1.uepa 3ª etapa 2008-2014

203
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ BOLETIM DE QUESTÕES PROVA TIPO 1 LEIA, COM ATENÇÃO, AS SEGUINTES INSTRUÇÕES 1. CARTÃO-RESPOSTA destinado à marcação das respostas das 56 questões objetivas. 2. Confira seu nome, número de inscrição e TIPO DE PROVA na parte superior do CARTÃO-RESPOSTA que você recebeu. 3. No caso de não coincidir seu nome e número de inscrição, devolva-o ao fiscal e peça-lhe o seu. Se o seu cartão não for encontrado, solicite um cartão virgem, o que não prejudicará a correção de sua prova. 4. Verifique se o TIPO DE PROVA, indicado neste Boletim de Questões, coincide com o que aparece no rodapé da sua prova e no seu CARTÃO-RESPOSTA. Em caso de divergência, comunique ao fiscal de sala para que este providencie a troca do Boletim de Questões. 5. Após a conferência, assine seu nome no espaço correspondente do CARTÃO-RESPOSTA, utilizando caneta esferográfica de tinta preta ou azul. 6. Para cada uma das questões existem 5 (cinco) alternativas, classificadas com as letras a, b, c, d e e. Só uma responde corretamente ao quesito proposto. Você deve marcar no Cartão-Resposta apenas uma letra. Marcando mais de uma, você anulará a questão, mesmo que uma das marcadas corresponda à alternativa correta. 7. O CARTÃO-RESPOSTA não pode ser dobrado, nem amassado, nem rasgado. LEMBRE-SE 8. Este Boletim de Questões é constituído de 56 questões objetivas. A duração desta prova é de 5 (cinco) horas, iniciando às 8 (oito) horas e terminando às 13 (treze) horas. 10. É terminantemente proibida a comunicação entre candidatos. ATENÇÃO 11. Quando for marcar o Cartão-Resposta, proceda da seguinte maneira: a) Faça uma revisão das alternativas marcadas no Boletim de Questões. b) Assinale, inicialmente, no Boletim de Questões, a alternativa que julgar correta, para depois marcá-la no Cartão-Resposta definitivamente. c) Marque o Cartão-Resposta, usando caneta esferográfica com tinta azul ou preta, preenchendo completamente o círculo correspondente à alternativa escolhida para cada questão. d) Ao marcar a alternativa do Cartão-Resposta, faça-o com cuidado, evitando rasgá-lo ou furá-lo, tendo atenção para não ultrapassar os limites do círculo. Marque certo o seu cartão como indicado: CERTO e) Além de sua resposta e assinatura, nos locais indicados, não marque nem escreva mais nada no Cartão- Resposta. 12. Releia estas instruções antes de entregar a prova. 13. Assine a lista de presença, na linha correspondente, o seu nome, do mesmo modo como foi assinado no seu documento de identidade. BOA PROVA!

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  • UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PAR

    BOLETIM DE QUESTES

    PROVA TIPO 1

    LEIA, COM ATENO, AS SEGUINTES INSTRUES

    1. CARTO-RESPOSTA destinado marcao das respostas das 56 questes objetivas.

    2. Confira seu nome, nmero de inscrio e TIPO DE PROVA na parte superior do CARTO-RESPOSTA que voc recebeu.

    3. No caso de no coincidir seu nome e nmero de inscrio, devolva-o ao fiscal e pea-lhe o seu. Se o seu carto no for encontrado, solicite um carto virgem, o que no prejudicar a correo de sua prova.

    4. Verifique se o TIPO DE PROVA, indicado neste Boletim de Questes, coincide com o que aparece no rodap da sua prova e no seu CARTO-RESPOSTA. Em caso de divergncia, comunique ao fiscal de sala para que este providencie a troca do Boletim de Questes.

    5. Aps a conferncia, assine seu nome no espao correspondente do CARTO-RESPOSTA, utilizando caneta esferogrfica de tinta preta ou azul.

    6. Para cada uma das questes existem 5 (cinco) alternativas, classificadas com as letras a, b, c, d e e. S uma responde corretamente ao quesito proposto. Voc deve marcar no Carto-Resposta apenas uma letra. Marcando mais de uma, voc anular a questo, mesmo que uma das marcadas corresponda alternativa correta.

    7. O CARTO-RESPOSTA no pode ser dobrado, nem amassado, nem rasgado.

    LEMBRE-SE 8. Este Boletim de Questes constitudo de 56 questes

    objetivas. A durao desta prova de 5 (cinco) horas, iniciando s 8 (oito) horas e terminando s 13 (treze) horas.

    10. terminantemente proibida a comunicao entre candidatos.

    ATENO 11. Quando for marcar o Carto-Resposta, proceda da

    seguinte maneira: a) Faa uma reviso das alternativas marcadas no Boletim

    de Questes. b) Assinale, inicialmente, no Boletim de Questes, a

    alternativa que julgar correta, para depois marc-la no Carto-Resposta definitivamente.

    c) Marque o Carto-Resposta, usando caneta esferogrfica com tinta azul ou preta, preenchendo completamente o crculo correspondente alternativa escolhida para cada questo.

    d) Ao marcar a alternativa do Carto-Resposta, faa-o com cuidado, evitando rasg-lo ou fur-lo, tendo ateno para no ultrapassar os limites do crculo.

    Marque certo o seu carto como indicado: CERTO

    e) Alm de sua resposta e assinatura, nos locais indicados, no marque nem escreva mais nada no Carto-Resposta.

    12. Releia estas instrues antes de entregar a prova. 13. Assine a lista de presena, na linha correspondente, o

    seu nome, do mesmo modo como foi assinado no seu documento de identidade.

    BOA PROVA!

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 2

    Barbrie Social: jovens, ricos e intolerantes

    Os textos 1 e 2, sob o ttulo acima, apresentados a seguir, exemplificam manifestaes da barbrie social urbana, ou seja, aes condenveis praticadas por indivduo ou grupos de uma classe social contra outra a que consideram inferior. Exatamente o contrrio do que se espera de pessoas ditas civilizadas. Leia-os com ateno para responder s questes de n 1 a 7 inerentes no s construo deles como tambm sua compreenso, interpretao e anlise.

    Texto 1

    Em 1997, a Unesco reuniu cientistas, polticos e estudiosos em Utrecht, na Holanda, para discutir como lidar com a violncia entre crianas, adolescentes e jovens em escolas europias. Um dos primeiros problemas do grupo foi chegar a um acordo sobre o que identifica algum violento. Termos como comportamento indesejvel ou anti-social e atitudes politicamente incorretas apareceram para descrever jovens normais e sem aparentes tendncias delinqncia, mas que, um dia, fizeram algo gravssimo. Dez anos depois, essas questes permanecem desafiando pais, escolas e governos. O que leva jovens com famlia, dinheiro e acesso boa educao a se comportarem como brbaros sem motivo aparente? Este o debate no qual o Brasil se envolve aps tomar conhecimento de que um grupo de garotos da classe mdia alta carioca espancou covardemente uma empregada domstica que estava sozinha em um ponto de nibus, na madrugada do domingo 24. At ento, eles eram considerados mimados, arrogantes, segundo vizinhos e colegas de faculdade que no quiseram se identificar. Agora so criminosos.

    (Assis Filho e Eliane e Lobato. Comportamento: marginais de classe mdia. Revista ISTO , 04 julho de 2007)

    Texto 2

    O assassinato do ndio patax Galdino Jos dos Santos foi um dos muitos crimes cometidos por jovens de classe mdia que mais chocaram o Brasil. Em 1997, cinco rapazes de Braslia tocaram fogo no ndio que dormia num ponto de nibus. A gente s queria dar um susto em um mendigo, no sabamos que era ndio, disse na poca A.N.V., filho de um juiz. Foi preso com os amigos M.R.A, E.R. de O., T.O. e G.O. de A., por incendiar o patax. Galdino teve 95% do corpo queimado e morreu. Eles nunca ficaram em celas enquanto esperavam o julgamento, diz a promotora Maria Jos Miranda. Segundo ela, ocupavam a biblioteca da penitenciria, tinham banho quente e computador, entre outros privilgios.

    Os rapazes foram julgados e condenados a 14 anos de priso em 2001 e deveriam ter permanecido pelo menos nove anos em regime fechado. No foi o que aconteceu. Em 2003, A.N. e N.M., enteado de um ex-ministro do TSE, foram flagrados tomando cerveja num bar. Em 2004, estavam todos soltos. Para sair da cadeia, disseram que queriam trabalhar e estudar. Nenhum estudava antes de ser preso, diz o promotor Maurcio Miranda. O rico, depois que entra na cadeia, vai para a faculdade para se beneficiar com o saido. Hoje levam uma vida discreta.

    (Assis Filho e Eliane e Lobato. Comportamento: marginais de classe mdia. Revista ISTO , 04 julho de 2007)

    1. Os textos 1 e 2 referem-se a dois episdios brbaros o espancamento de uma domstica, em 2007 (Texto 1) e o assassinato de um ndio, em 1997 (Texto 2) cometidos por jovens de classe mdia. Ao l-los, encontra-se a seguinte relao entre eles: a o Texto 2 comprova que, aps a reunio

    da Unesco, em 1997, a delinqncia praticada por crianas, adolescentes e jovens diminuiu no mundo todo.

    b os textos 1 e 2 mostram prticas criminosas juvenis dissociadas das discusses ocorridas na reunio da Unesco, na Holanda.

    c os textos 1 e 2 limitam a barbrie infanto-juvenil ao territrio das naes do 1 mundo, no alcanando pases emergentes como o Brasil.

    d as ocorrncias expressas nos dois textos exemplificam, claramente, que, afora a coincidncia temporal o encontro da Unesco, em 1997 e o assassinato do ndio patax, tambm em 1997 no h outra relao entre eles.

    e o Texto 2, ao mostrar a brandura das penas e do cumprimento delas, pelos assassinos do ndio patax, possibilita ver, nestes fatos, uma causa para o crime relatado no Texto 1, em 2007.

    2. Aps a leitura dos textos 1 e 2, considere com ateno as afirmativas que seguem. I. De modo geral, apesar de os dois textos

    tratarem do mesmo tema, as idias no se articulam, o que torna a frase ttulo Barbrie Social: jovens, ricos e intolerantes incompatvel com os dois textos.

    II. Entre as informaes da UNESCO (1997) que identificam algum violento, e os crimes praticados pelos jovens, ricos e intolerantes, mencionados, deduz-se que a pobreza no o nico fator responsvel por essa barbrie.

    III. Os textos exemplificam a barbrie social urbana, como a sofrida pelo patax e a domstica, mas ambos, explicitamente, afirmam que esse tipo de violncia s tem ocupado mais espao na mdia pelo fato de envolver jovens da elite.

    IV. Em 1997, enquanto na Holanda se discutia a barbrie juvenil, em Braslia 5 jovens mataram um ndio patax. Decorridos dez anos, nada mudou e a flagrante impunidade provoca novo crime.

    V. A iniciativa da UNESCO, em 1997, de nada adiantou, pois no apontou claramente outras causas da barbrie juvenil e nem apresentou um caminho a percorrer no processo de superao desse problema.

    De acordo com os textos 1 e 2, so corretas, apenas: a as afirmativas I, III e IV. b as afirmativas II, III e V. c as afirmativas II, III e IV. d as afirmativas II, IV e V. e as afirmativas III, IV e V.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 3

    3. Qual das afirmativas, a seguir, extradas dos textos 1 e 2, exemplifica a ntima relao entre preconceito, violncia e excluso social; respectivamente?

    a Galdino teve 95% do corpo queimado e morreu.

    b Eles nunca ficaram em cela, enquanto esperavam o julgamento.

    c Foram flagrados tomando cerveja em um bar.

    d A gente s queria dar um susto em um mendigo, no sabamos que era ndio.

    e Tinham banho quente e computador, entre outros privilgios.

    4. Os textos 1 e 2 so fragmentos de uma reportagem sobre a violncia entre jovens de classe mdia. Por se tratar de textos de um gnero jornalstico, evidencia-se neles a seguinte funo da linguagem:

    a metalingstica.

    b referencial.

    c emotiva.

    d conativa.

    e potica.

    5. Na frase (Texto 2): Eles nunca ficaram em celas enquanto esperavam o julgamento..., o termo grifado expressa:

    a conformao da promotora com as leis brasileiras.

    b satisfao da promotora com o rumo do processo encaminhado pelos juzes responsveis.

    c decepo da promotora com o desenvolvimento do processo contra os jovens delinqentes.

    d aceitao da promotora por serem os jovens de classe mdia.

    e o desejo das autoridades de oportunizar uma chance aos jovens infratores.

    6. Nos textos jornalsticos, de carter informativo, no so muito freqentes as figuras de linguagem, no entanto, no Texto 1 ocorre uma metonmia bastante expressiva. Assinale a alternativa em que foi usada essa figura.

    a Um dos principais problemas do grupo foi chegar a um acordo que identifica algum violento.

    b Termos como comportamento indesejvel ou anti-social e atitudes politicamente incorretas apareceram para descrever jovens normais...

    c Dez anos depois, essas questes permanecem desafiando pais, escolas e governos.

    d Este o debate no qual o Brasil se envolve aps tomar conhecimento de que um grupo de garotos de classe mdia alta carioca espancou covardemente uma empregada domstica...

    e At ento, eles eram considerados mimados, arrogantes, segundo vizinhos e colegas de faculdade que no quiseram se identificar.

    7. A construo sinttica dos perodos iniciais dos textos 1 e 2 tm os termos da orao ordenados de modo diferente, conforme a inteno do autor. Assinale a alternativa que descreve, corretamente, a ordenao e a inteno do autor.

    a Ambos os perodos comeam com o sujeito porque a inteno do autor destacar este termo como o elemento mais importante da informao.

    b O perodo inicial do Texto 1 comea com um adjunto adverbial temporal e o mesmo ocorre no Texto 2, visto que o foco de informao de ambos os textos o decurso do tempo entre as aes criminosas.

    c Ambos os perodos ordenam seus termos conforme a ordem direta (sujeito verbo objeto adjunto adverbial), embora o perodo do Texto 1 comece com um marcador temporal (adjunto adverbial de tempo).

    d O primeiro perodo do Texto 1 comea com adjunto adverbial de tempo, pois o autor quer destacar o decurso do tempo entre as aes criminosas, e o inicial do Texto 2 comea com o sujeito, pois o autor quer a nfase direcionada ao fato relatado.

    e As diferentes formas de ordenar os termos da orao do perodo inicial dos textos 1 e 2 no interferem no sentido deles; qualquer ordenao levaria mesma compreenso.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 4

    8. A submisso da mulher ao homem um sintoma de violncia cultural que tem sido combatido, mas ainda persiste em alguns lugares do mundo. As conseqncias disso so vrias. Voc ler a seguir algumas frases relativas situao da mulher no Trovadorismo. Assinale aquela em que h registro de uma dessas conseqncias.

    a A relao de vassalagem entre o servo e seu senhor transferida para as cantigas de Amor, uma vez que nelas a dama apresentada como senhora absoluta do trovador.

    b A mulher inacessvel ao trovador, entre outras coisas, ou por ser casada, ou por sua condio social de superioridade.

    c Nas cantigas de Amigo, h queixas constantes das mulheres pela ausncia do amado, que o rei levou para a guerra.

    d Nas Cantigas de Amigo, a expresso do desejo feminino de retorno do amado exprime uma noo diversa da inacessibilidade da senhora existente nas Cantigas de Amor.

    e No h notcias de que mulheres hajam escrito versos na poca do Trovadorismo. O ndice de analfabetismo entre elas era muito superior ao dos homens. So eles que expressam a voz delas nas cantigas de Amigo.

    9. As relaes entre a Metrpole e a Colnia eram normalmente fundamentadas em atos de selvageria econmica. Gregrio de Matos Guerra registrou esse fato em seus poemas satricos. Assinale a opo em que os versos exemplificam esse registro:

    a Qual homem pode haver to paciente. Que, vendo o triste estado da Bahia, No chore, no suspire e no lamente ?

    b Porm, se acaba o sol, por que nascia? Se formosa a luz, por que no dura?

    c No sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro.

    d Triste Bahia! quo dessemelhante Ests e estou do nosso antigo estado (...) Rica te vi eu, j, tu a mim abundante A ti trocou - te a mquina mercante Que em tua larga barra tem entrado.

    e Todos somos ruins, todos perversos./ S nos distingue o vcio e a virtude./ De que uns so comensais, outros adversos .

    10. A violncia racial uma das muitas formas da expresso da barbrie humana. Mesmo poetas, como Gregrio de Matos Guerra, no esto livres dela. Em qual das alternativas abaixo se verifica esta forma de expresso da barbrie humana?

    a O amor finalmente um embarao de pernas, uma unio de barrigas (...) quem diz outra coisa besta .

    b Maldade, que encaminha vaidade, vaidade, que todo me h vencido, vencido quero ver-me, e arrependido, arrependido a tanta enormidade.

    c Os Brancos aqui no podem mais que sofrer , e calar, e se um negro vo matar, chovem despesas.

    d Crioula da minha vida Supupema da minha alma, Bonita como umas flores E alegre como umas pscoas.

    e Eu sou aquele que passados anos Cantei na minha lira maldizente Torpezas do Brasil, vcios e enganos.

    11. A descrio de cenrios naturais tranqilos serviu, muitas vezes, para o poeta expressar seu descontentamento com o caos produzido pelas conseqncias da civilizao. Em quais dos versos a seguir, retirados da obra Poesias, ocorre a construo desse tipo de cenrio?

    a Ontem vi um figo mesmo que um veludo redondo, polpudo (Henriqueta Lisboa)

    b Dorme, ruazinha... tudo escuro E os meus passos, quem que pode ouvi-los? (Mrio Quintana)

    c Teu nome, Maria Lcia (...) tem o palor* que irradia a estrela quando desmaia. (Vincius de Moraes)

    d Quando a noite vem baixando nas vrzeas ao lusco-fusco e na penumbra das noites, e na sombra erma* dos campos piscam, piscam pirilampos. (Henriqueta Lisboa)

    e Seria um bicho do sul? Seria um bicho do Norte? Sei l. Quem quiser saber Que lhe pea o passaporte. (Jos Paulo Paes)

    *palor = palidez *erma = isolada

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 5

    12. A Inquisio ibrica um forte exemplo da intolerncia humana. Um dos contos de Corrupo recria esse momento histrico. Assinale o trecho dele retirado.

    a O sujeito acordou, acho que acordou, parece mais em estado de choque, achei melhor amarrar os braos e as pernas... (Zen e a arte de bem ocupar os espaos vazios)

    b Ento era verdade. Tinham me dito que o Bruno ultimamente dormia num caixo de defunto. (Repouse em paz)

    c Nada deveria ser verdade. Miriam deveria estar passando por todos os tormentos habituais na Fortaleza do Rossio. (O stimo dia)

    d 13. Ouvistes o que foi dito aos homens: Amai vos uns aos outros. Pois eu digo- vos: comei- vos uns aos outros; (O sermo do diabo)

    e No fim, como os votos assegurassem a condenao, ficou satisfeito, disse que seria um ato de fraqueza, ou coisa pior, a absolvio que lhe dssemos. (Suje-se gordo)

    13. Em suas relaes scio-econmicas, os homens tm-se comportado desonestamente, o que impede a construo de uma sociedade racionalmente justa. Assinale o trecho de o Auto da ndia que registra essa prtica.

    a Marido Se no fora o capito eu trouxera o meu quinho um milho vos certifico.

    b Moa - Todas ficassem assi Leixou lhe* pera trs anos Trigo,azeite,mel e panos.

    c Castelhano- Quero destruir el mundo quemar la casa , es la verdad despus quemar la ciudad.

    d Ama Mostra-messa roca c; siquer fiarei um fio.

    e Ama Quebra- me aquelas tigelas e trs ou quatro panelas.

    * deixou-lhe

    14. Atingir os prprios objetivos amorosos pela fora fsica um tipo de ato de barbrie que Adamastor pretendeu cometer em Os Lusadas. Assinale os versos que registram esse momento.

    a Que ameao divino ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta Qui mor causa parece que tormenta?

    b Tu, que por guerras cruas , tais e tantas, E por trabalhos vos nunca repousas.

    c Aqui espero tomar, se no me engano, De quem me descobriu suma vingana.

    d Eu farei de improviso tal castigo Que mor seja o dano que o perigo!

    e Como fosse impossvel alcan-la Pela grandeza feia de meu gesto Determinei por armas de tom-la E a Dris este caso manifesto.

    Texto 3

    [...] Certa ocasio ouvimos, quase meia-noite, gritos de mulher [...] acudimos imediatamente e verificamos que se tratava apenas de uma mulher em hora do parto. O pai recebeu a criana nos braos, depois de cortar com os dentes o cordo umbilical e amarr-lo. Em seguida, continuando no seu ofcio de parteiro, enxugou com o polegar o nariz do filho, como de praxe entre os selvagens do pas. Note-se que nossas parteiras, ao contrrio, apertam o nariz aos recm-nascidos para dar maior beleza, afilando-o. (Jean de Lry. Viagem terra do Brasil, 1578. In AMADO, Janaina

    e GARCIAS, Lenidas Franco. Navegar preciso descobrimentos martimos europeus. SP: Atual, 1989, p. 46-47)

    15. A descrio do viajante francs nos finais do sculo XVI sobre os habitantes nativos das terras portuguesas na Amrica nos possibilita identificar no Texto 3:

    a a absoro das prticas mdicas das populaes nativas pelos europeus.

    b a violncia do colonizador em relao s prticas higienizadoras dos nativos considerados brbaros.

    c o choque do europeu em relao s prticas indgenas, denotando o confronto entre as duas culturas.

    d a aceitao do mtodo adotado pelos indgenas, no parto, considerado superior prtica mdica europia.

    e a surpresa das populaes nativas diante do espanto dos europeus em relao s prticas de pajelana.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 6

    Texto 4 Para Herdoto, a barbrie fundamentalmente

    poltica: em face dos gregos que vivem em cidades politicamente organizadas, o brbaro aquele que se mostra sempre incapaz de viver sem reis.

    (HARTOG, Franois. A histria de Homero a Santo Agostinho. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001, p. 53.)

    Texto 5 Civilizao ou barbrie?

    [...] O signo da violncia produzido pelas relaes humanas e estruturas sociais est em todos os lugares; nas casas, ruas, bairros, cidades, campos e pases. Nas ltimas dcadas do sculo XX exacerbaram-se a fome, a misria, a excluso social, o apartheid social e racial, a xenofobia em muitos povos, a intolerncia tnica e religiosa, a concentrao de riqueza, o trfico de drogas, os arsenais blicos, a concentrao do poder mundial em um pas ou em blocos de pases, a destruio dos ecossistemas terrestres e o desemprego, principalmente aquele considerado fruto do avano tcnico [...].

    A maioria dos fatos acima no exclusividade do agora, pois afinal tm sido os seres humanos e as sociedades os autores de violncias e barbaridades em diferentes pocas atravs da histria [...], porm, agora, todos so iguais diante da violncia e da barbrie.

    [...] os ataques ao corao econmico do mundo, considerado por muitos o mago do capitalismo excludente e violento, os conflitos cada vez mais cotidianos do Oriente Mdio, as lutas tnicas de tantos outros lugares. E o que dizer das experincias atmicas de alguns pases ? [...] Os senhores do mundo precisam perceber que a realizao da paz implica na reconstruo de uma Nova Ordem Social. (Adaptado de CARDOSO, Luis de Souza. www.iep.br./ pastoral

    / civilizao ou barbarie.doc acesso em 22 set 2007 11:15)

    16. De acordo com o Texto 5, o signo da violncia est em todos os lugares e, nas cidades dos pases perifricos onde a urbanizao cada vez mais intensa, a presena dos problemas urbanos contribui para o aumento dessa violncia. A respeito desses problemas, afirma-se que: a a transferncia de pobres, com poucas

    perspectivas de melhoria de sua condio social, para as cidades, contribui para que os epicentros da violncia localizados nessas reas urbanas venham a aumentar.

    b os pases perifricos altamente urbanizados concentram a maior parte de sua populao ativa em empregos formais, reduzindo, assim, cada vez mais, o desemprego e o subemprego.

    c a ineficincia dos servios pblicos em bairros pobres dos pases perifricos, a exemplo de: gua encanada, arruamento e condies sanitrias, tem diminudo atravs do avano da urbanizao.

    d o reduzido acesso educao e o menor poder aquisitivo das populaes de pases perifricos pouco influencia no aumento da criminalidade nesses pases.

    e a concentrao de renda em reas urbanas de pases perifricos tem reduzido as diferenas sociais e transformado o dficit habitacional em um problema praticamente resolvido.

    17. No Texto 5 Civilizao ou barbrie? destaca-se o termo senhores do mundo. Plutarco, historiador grego que viveu entre 50-120 d.C. resumiu o discurso em que Tibrio Graco afirma o seguinte: Os animais tm cada um seu buraco [...], seu covil [...] e aqueles que combatem e morrem pela Itlia s tm o ar e a luz. [...] Ns os chamamos de senhores do mundo, mas eles no possuem sequer um pedao de terra [...]. O discurso de Tibrio, no contexto em que foi escrito (133 -121 a.C):

    a critica a poltica imperialista de Roma que exclui os soldados que ficam sem ter recursos para sua sobrevivncia.

    b enaltece o uso do termo senhores do mundo, glorificando os romanos que reivindicam para si um terreno no qual possam enterrar seus mortos na guerra.

    c incentiva os soldados que lutem pelos senhores do mundo para que, desta forma, sejam beneficiados na partilha das terras conquistadas.

    d sugere ao Estado uma poltica que exclua da partilha das terras os soldados que se envolvessem nos movimentos de reivindicao lei agrria.

    e exalta as aes do Estado Romano cujo objetivo era a conquista de terras para a manuteno da unidade do Imprio.

    18. Considerando que O signo da violncia produzido pelas relaes humanas e estruturas sociais est em todos os lugares:

    Em fins do sculo XVII, comea o grande perodo de perseguio aos cristos-novos do Brasil [...]. Assim, trs ou quatro denncias foram suficientes para desencadear, em 1711, ondas de priso no seio da comunidade criptojudaica do Rio de Janeiro. (FLEITER, Bruno. O refgio enganoso. In: Revista Nossa

    Histria. Ano n. 32, junho/2006, p. 25)

    De acordo com a citao acima e o termo em destaque, afirma-se que: a mesmo convertidos ao cristianismo,

    pairava sobre cristo-novos a suspeita de judaizarem em segredo como guardar o sbado e a dieta alimentar judaica.

    b os cristos-novos eram batizados aos nascerem como forma de proteo contra as famlias cujos membros professavam a f muulmana.

    c os cristos-novos conheciam previamente as denncias que pesavam sobre eles e os seus delatores, pois isso era um direito seu para melhor organizar a sua defesa.

    d os cristos-novos tornaram-se cristos devotos no Brasil, abandonando por completo as prticas religiosas judaicas, ou seja, no praticavam o criptojudaismo.

    e denunciados junto Igreja Catlica, os cristos-novos conservavam todos os seus bens, uma vez que O Tribunal do Santo Ofcio no confiscava as propriedades dos judeus.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 7

    19. Entre as vrias formas de violncia citadas no Texto 5 merece meno o desemprego, considerado um dos srios problemas da atualidade, sendo temtica dos versos abaixo:

    Essa a dana do desempregado Quem ainda no danou t na hora de aprender A nova dana do desempregado Amanh o danarino pode ser voc Gabriel O Pensador.

    Sobre o desemprego, caracterstico dos nossos dias, afirma-se que:

    a conseqncia do desaquecimento da economia da maioria dos pases ricos, que procuram superar suas crises produzindo menos, provocando desta forma demisses em massa no setor produtivo, especialmente na rea industrial.

    b suas causas residem principalmente no surgimento de novas formas de gerenciamento do processo produtivo, onde a expanso do meio tcnico-cientfico informacional estimula o emprego de novas tecnologias que vo influenciar na liberao de mo-de-obra em larga escala, eliminando empregos que no retornam.

    c considerado fruto de uma conjuntura, a exemplo de guerras e catstrofes naturais, ocorre independentemente do crescimento e de crises econmicas, retornando rapidamente aps a eliminao do problema.

    d causado principalmente pela expanso das multinacionais, que atualmente procuram se localizar em pases subdesenvolvidos , onde os salrios so mais baixos, provocando desta forma desemprego em seus pases-sede, quase sempre de economia altamente desenvolvida e forte avano tcnico-cientfico-informacional.

    e exclusivo dos pases desenvolvidos tecnologicamente, e sua causa reside, principalmente, na expanso dos tecnoplos, que se caracterizam em especial pelo emprego de modernas tecnologias informacionais.

    20. Nas ltimas dcadas ocorreu no espao mundial uma forte expanso da economia capitalista, considerada por muitos analistas geopolticos como excludente e violenta, conforme abordado no Texto 5. Sobre essa nova realidade do espao mundial como fruto dessa expanso, afirma-se que:

    a ocorre uma difuso mundial de marcas e produtos apoiada numa universalizao da informao, que amparada em campanhas publicitrias de convencimento, induz a um maior consumo e mudana de hbitos e costumes, produzindo significativas transformaes nas culturas locais.

    b as grandes empresas passaram a produzir apenas os produtos que buscam satisfazer as necessidades bsicas das populaes, haja vista que o capitalismo se caracteriza pela idia de que todos os indivduos so comuns quanto s possibilidades de aquisio de bens de consumo.

    c nos pases que anteriormente adotavam a economia socialista, ocorreu uma fcil transio para a economia capitalista, tendo suas populaes se adaptado facilmente nova realidade, sem ocorrncia da generalizao do consumo.

    d h em todos os lugares uma nova cultura moldada pelo consumo, cuja distribuio harmnica evidencia uma desconcentrao da riqueza no mundo.

    e nos pases do antigo leste europeu, ocorre uma forte generalizao do consumo de bens durveis, principalmente eletrodomsticos e automveis, fato j presente no perodo da Guerra Fria e estimulado pelo avano tecnolgico desses pases no referido perodo.

    21. Com respeito reforma protestante e ao princpio de liberdade defendido na reforma luterana, afirmar-se que: a o princpio de liberdade defendido por

    Lutero se expressava no apoio dado pelo monge ao dos camponeses contra os prncipes da Saxnia pela posse das terras da Igreja.

    b consistia na liberdade de professar a f publicamente, ainda que tal profisso negasse aos princpios defendidos pela reforma protestante no Conclio de Trento.

    c inaugurou uma fase de tolerncia religiosa, marcada pelo Tratado de Westflia que orientava os fiis catlicos quanto relao com outras religies.

    d contribuiu para a construo de uma sociedade mais justa orientada pelos princpios de igualdade e fraternidade entre luteranos e catlicos na Europa Ocidental.

    e serviu aos anseios dos camponeses que encontraram no discurso luterano uma justificativa para o ataque aos prncipes alemes e s suas respectivas terras.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 8

    [...] em face dos gregos que vivem em cidades politicamente organizadas, o brbaro aquele que se mostra sempre incapaz de viver sem reis.

    (HARTOG, Franois. A histria de Homero a Santo Agostinho. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001, p. 53.)

    22. A citao acima sugere que nas cidades-estados gregas tais como Atenas e Esparta, o uso do termo em destaque:

    a aplicava-se indiscriminadamente tanto aos metecos, estrangeiros domiciliados em Atenas, quanto aos hilotas, descendentes dos povos dominados na Lacnia.

    b adequava-se somente ao perodo da Repblica, momento em que os atenienses depuseram o ltimo rei espartano, considerado brbaro pela aristocracia ateniense.

    c tornou-se vulgar durante as conquistas espartanas no Peloponeso, caracterizando os cidados cujo comportamento se assemelhasse ao dos povos conquistados.

    d representava a forma de descrever o outro, considerando a organizao poltica e a realeza como elementos distintivos na organizao poltica de um povo.

    e limitava-se aos habitantes das regies dominadas pelo exrcito espartano, onde inexistiram povos e cidades organizados politicamente.

    23. A apropriao da natureza pelas sociedades contemporneas tem gerado vrios impactos ambientais no planeta. Dentre esses impactos, o aquecimento global se apresenta como uma das formas de violncia e destruio aos ecossistemas terrestres. Sobre as transformaes decorrentes do aquecimento global, afirma-se que:

    a esse desequilbrio tem contribudo para a elevao do nvel dos oceanos, reduzindo os riscos que as populaes de cidades costeiras e pases insulares possam vir a sofrer.

    b as ondas de calor, secas e enchentes, que tm aumentado freqentemente com esse desequilbrio, so conseqncias que tm modificado muito pouco a vida das populaes habitantes das reas ribeirinhas.

    c a alterao do regime de chuvas provocado pelo aquecimento global tem alterado de forma negativa os reservatrios de gua e produzido prejuzos agricultura.

    d os ciclones tropicais como o Katrina, que devastou principalmente a Amrica do Norte, tendem a diminuir com a presena do aquecimento global.

    e o aumento das temperaturas em florestas tropicais tende a contribuir para a reduo do efeito estufa, devido presena de maior calor e menor umidade.

    24. Nos dias atuais, as intervenes humanas na natureza so consideradas extremamente violentas e esto produzindo verdadeiras catstrofes, ameaando o futuro do planeta e suas populaes. Sobre o assunto, correto afirmar que:

    a as alteraes nos micro climas, a exemplo das ilhas de calor, acontecem quando h a inundao do reservatrio de gua para a construo de uma usina hidreltrica.

    b a intensa ao do homem nos solos, atravs de prticas agrcolas predatrias, intensifica a capacidade de recomposio de sua fertilidade.

    c a ao antrpica pouco tem influenciado na destruio do mapa gentico botnico do planeta devido reduo das taxas atuais de destruio das florestas tropicais a cada ano.

    d a ao humana nos ecossistemas marinhos pouco tem contribudo para o desaparecimento da vida nos oceanos devido, principalmente, presena das algas marinhas que protegem esse espao.

    e grande parte da poluio das guas doces do planeta resultado da presena de resduos industriais, esgotos domsticos, fertilizantes e pesticidas qumicos, fatos associados geralmente ao significativo aumento das populaes e da dinmica econmica.

    25. Nas ltimas dcadas, na sia de mones, o espao de prtica da rizicultura modificou-se atravs da modernizao agrcola e da conseqente intensificao de conflitos sociais. Nesse contexto correto afirmar que:

    a essa modernizao valorizou a terra e favoreceu a concentrao dos camponeses em reas rurais.

    b a presena da Revoluo Verde deflagrou o processo de valorizao das terras e estimulou a migrao de camponeses pobres para as cidades.

    c a implantao de novas tcnicas agrcolas, durante a Revoluo Verde, reduziu tanto a concentrao fundiria quanto o uso abusivo de pesticidas.

    d o aumento da produtividade da rizicultura, a partir da Revoluo Verde, teve como conseqncia direta o uso cada vez menor de variedades melhoradas de arroz.

    e o sistema de rizicultura, com a chegada da Revoluo Verde, intensificou o uso de fertilizantes e reduziu os mtodos de controle de pragas.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 9

    PRIORI, Mary Del (Org.) Histria das Mulheres no Brasil: 2.ed. So Paulo: Contexto, 1997, p. 37.

    26. No que se refere s prticas dos nativos da colnia portuguesa nas Amricas, a iconografia acima descreve:

    a o ritual de sacrifcio de um prisioneiro de guerra, executado apenas pelos guerreiros da tribo, visto que o mesmo expressa a vingana sobre o inimigo, vingana essa que perpetua o conflito.

    b diversos sujeitos da tribo, tais como homens, mulheres e crianas, participando de um episdio em que um inimigo da tribo era devorado, prtica esta considerada como barbrie pelo europeu.

    c a imagem de mulheres idosas, responsveis no ritual antropofgico pelo repasto canibal e pelo preparo do cauim, uma espcie de mingau servido nessa ocasio.

    d o destaque dado numericamente s mulheres idosas no ritual antropofgico, contrariando narraes de viajantes que relatam a participao apenas de homens.

    e um episdio de canibalismo de que participam vrios sujeitos da tribo, destacando-se a figura dos ancios preparando o corpo da vtima para o ritual.

    27. O Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) criou o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) com base em trs grandes indicadores: educao, longevidade e renda. A composio desses indicadores capaz de identificar aspectos fundamentais da grande diferena de desenvolvimento humano que separa os pases do mundo, revelando a excluso social de parcela significativa da humanidade, considerada uma das formas de violncia dos tempos contemporneos. Nesse sentido, correto afirmar que:

    a a revoluo tecnocientfica gerou novos tipos de qualificao de mo-de-obra, como na construo civil, na indstria de transformao, no comrcio e nos servios, valorizando a fora de trabalho com baixo nvel de instruo.

    b o ingresso precoce dos jovens no mercado de trabalho, presente em grande parte nos pases perifricos, reflete as condies de pobreza de parte significativa das famlias desses pases, desqualifica a fora de trabalho e refora os mecanismos de excluso social.

    c o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, componente financeiro do IDH, revela a qualificao da fora de trabalho, sendo responsvel pela excluso social.

    d as elevadas taxas de analfabetismo, presentes nas populaes de muitos pases subdesenvolvidos, tm como conseqncia a melhoria da qualidade de vida e aumento da qualificao da mo-de-obra.

    e a eficincia dos servios pblicos relacionados educao e qualificao profissional tem proporcionado, em muitas naes subdesenvolvidas, elevadas taxas de evaso escolar e de repetncia.

    acesso em 21 set 2007 23:01 Francos, vocs no so habilidosos

    cavaleiros? Poderosos guerreiros na palavra de Deus? Prximos a So Miguel na habilidade de expurgar o mal pela espada? Dem um passo a frente! [...] Tornem-se agora soldados, pois a causa suprema. Aproximem-se os que desejam vida eterna.

    Papa Urbano II (1088-99)

    28. Considerando o discurso e a cena representada na imagem ao lado, conclui-se que nas cruzadas:

    a em nome da defesa da f, a cristandade ocidental combateu as religies que ameaavam o domnio exercido pela Igreja Medieval, submetendo espada povos no cristos.

    b os infiis muulmanos, representados pelo cavaleiro armado impediam a propagao do islamismo nos pases rabes, matando em campo de batalha os missionrios cristos.

    c a destruio da f crist no Oriente limitou a ao dos guerreiros de Cristo na batalha contra os mouros representados na iconografia pelo cavaleiro armado.

    d o extermnio dos muulmanos, representado na iconografia, intensificou-se com a invaso dos reinos cristos localizados na pennsula Ibrica em 1492.

    e a luta pela defesa da conservao da cristandade ocidental representava a manuteno dos domnios e hegemonia que a Igreja catlica exercia no Oriente medieval.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 10

    Texto 6

    Realidade gentica e biolgica do recm-concebido

    Nas ltimas dcadas, o avano tcnico-cientfico desvendou mistrios, desfez mitos e tabus e trouxe para os consultrios mdicos no s a compreenso mas tambm a possibilidade de controle e manipulao da reproduo humana e tambm as discusses a respeito do aborto no que tange realidade biolgica do recm-concebido em busca de evidncias se o embrio humano ou no vida humana desde a fecundao. A biologia ensina que cada ser humano possui dois tipos fundamentais de clulas: clulas somticas e clulas germinativas4. A gentica moderna demonstra que todas as clulas somticas sem exceo possuem o mesmo gentipo. Assim, qualquer clula do corpo humano contm o gentipo completo da pessoa responsvel pelo desenvolvimento embrionrio5, desenvolvimento fetal, infantil, adolescente e adulto.

    Com a demonstrao de que o gentipo presente em todas as clulas somticas do organismo humano o mesmo presente no zigoto, ou seja, o mesmo formado na fertilizao, fica ento evidente que no existem diferenas na composio gentica do recm-concebido e do adulto. Do ponto de vista gentico, o recm-concebido , portanto, um organismo informacional completo.

    (Extrado do livro A Biotica no sculo XXI, Eliane Azevedo, 2000)

    Com relao ao Texto 6, responda s questes de nmero 29 a 32, observando os nmeros assinalados.

    29. A respeito do processo correspondente ao nmero 1, assinalado no Texto 6, afirma-se:

    I. Quando uma mulher nasce, seus ovrios contm ovcitos primrios.

    II. Os espermatozides so produzidos no interior do epiddimo que compe os testculos.

    III. Aps ocorrida a ovulao (ovocitao), as paredes do folculo, sob a influncia do LH (hormnio luteinizante), transformam-se em uma estrutura glandular produtora de progesterona, mantendo a gestao.

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta : a I.

    b I e II.

    c II e III.

    d I e III.

    e Todas as afirmativas esto corretas.

    30. Sobre a estrutura nmero 2, assinalada no Texto 6, afirma-se que:

    I. originado, logo aps a fecundao normal, por um processo de diviso celular chamado meiose.

    II. As estruturas denominadas anexos embrionrios, que auxiliam no seu desenvolvimento, permanecem at a fase adulta do individuo.

    III. formado, logo aps a fecundao normal, por uma srie de divises sucessivas denominadas mitoses a qual origina clulas mencionadas no texto com a numerao 3.

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta : a I

    b II

    c III

    d I e II

    e II e III

    31. As afirmativas a seguir referem-se s estruturas correspondentes aos nmeros 3 e 4, assinalados no Texto 6. Coloque V para as consideradas verdadeiras e F para as consideradas falsas.

    ( ) A estrutura de nmero 3 refere-se s clulas diplides.

    ( ) As espermtides constituem exemplos de clulas de nmero 3.

    ( ) A estrutura de nmero 4 compreende clulas haplides.

    ( ) O zigoto constitui exemplo de clulas assinaladas com o nmero 3.

    A seqncia correta :

    a F, F, V, V

    b V, V, F, F

    c F, V, F, V

    d V, V, F, V

    e V, F, V, V

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 11

    32. Na figura abaixo, destacam-se estruturas que se formam durante as etapas relacionadas com o processo de nmero 5, assinalado no Texto 6. Observe atentamente a figura e assinale a alternativa correta:

    Estruturas Funes I responsvel pelas trocas de

    substncias entre o sangue materno e fetal.

    II Participa da formao da estrutura I.

    III ocupada pelo lquido amnitico que impede o dessecamento do embrio.

    IV Participa da formao do cordo umbilical.

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta :

    a II

    b I e II

    c I e III

    d II e III

    e III e IV

    Texto 7

    Existem pessoas que tm o hbito de jogar sal sobre as lesmas. Elas derretem e morrem por desidratao. Entretanto, essa atitude no deve ocorrer, pois alm do sofrimento causado ao animal provoca-se ainda desequilbrio no ecossistema.

    (Adaptado do Programa Completo de Matrias So Paulo, 2004).

    33. A morte do animal a que o Texto 7 se refere ocorre porque:

    I. H a formao de uma soluo salina na superfcie da pele do animal.

    II. A soluo que se forma na superfcie do corpo do animal mais concentrada que a soluo dos fluidos corpreos da lesma.

    III. A desidratao do animal se d pela passagem de lquido do meio menos concentrado para o mais concentrado.

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta : a I

    b I e II

    c I e III

    d II e III

    e I, II, III

    Texto 8

    A fome e a desnutrio no Brasil continuam sendo as principais causas de mortes e doenas de milhes de crianas. A sociedade civil organizada busca solues alternativas para dar respostas ao problema. Assim, surgiu a proposta de alimentao alternativa com a elaborao da chamada multimistura, rica em amido, gordura e protena alm de vitamina A, C e B1, minerais (Ferro e clcio) e fibras. Com isto a Pastoral da Criana vem reduzindo as taxas de mortalidade infantil no Brasil.

    (Adaptado da revista ISTO , setembro/2007).

    34. Com relao aos nutrientes citados no Texto 8, afirmar-se que:

    I. O primeiro mineral um ativador de enzimas da coagulao, e o segundo est presente na hemoglobina que transporta oxignio.

    II. O segundo composto orgnico no se dissolve na gua e funciona como isolante trmico em aves e mamferos.

    III. O terceiro composto orgnico est relacionado com a defesa do organismo e pode exercer funo enzimtica.

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta :

    a I

    b II

    c III

    d I e II

    e II e III

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 12

    Texto 9

    O pH de uma soluo qumica mede a acidez da

    mesma e definido como

    = +]H[

    logpH1 , onde

    ]H[ + , representa a concentrao de ons +H Devido s secas registradas na regio nordeste

    do Pas, a escassez de gua tornou-se uma calamidade pblica em algumas cidades. Como atendimentos de urgncia, caminhes pipas distriburam guas retiradas diretamente de audes entre as famlias atingidas, com pH baixssimo, tornando-as vulnerveis contaminao com determinadas bactrias prejudiciais sade humana. Numa amostra dessas

    guas foi detectado que 910.5,2]H[ + = . 35. Quanto ao ser vivo em destaque no Texto 9,

    afirma-se que:

    I. So organismos que apresentam em sua constituio ribossomos onde ocorre a sntese de protenas.

    II. Constituem-se em um organismo dotado de membrana plasmtica que seleciona a entrada e sada de substncias na clula.

    III. Apresentam o material gentico separado do citoplasma por uma membrana delimitante.

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta :

    a I b II c I e II d I e III e II e III

    36. De acordo com o Texto 9, e considerando log(5) = 0,70 , o pH dessa gua foi de:

    a 9,70 b 9,68 c 9,23 d 8,87 e 8,60

    37. Em agosto de 2007, houve um aumento significativo nas ocorrncias de focos de incndios em todo territrio nacional. A situao mais grave foi no Par com a maioria dessas ocorrncias. Um programa emergencial de combate a incndios implantado em setembro de 2007, mostrou que, para cada grupo de 13 focos ocorridos em agosto, 5 foram combatidos, fazendo com que o nmero de focos ocorridos ficasse reduzido a 16.000. Desta forma, o nmero de focos acontecidos em agosto de 2007 em todo pas, foi de:

    a 41.600 b 36.000 c 32.000 d 28.600 e 26.000

    38. No artigo Arsenal qumico contra o vcio, publicado na Revista VEJA de 23.05.07, especialistas afirmaram que, em cinco ou dez anos, a medicina viver uma revoluo no tratamento de todo e qualquer vcio. Exemplo disso a utilizao do medicamento Naltrexona, que inibe os efeitos associados aos prazeres da bebida. Polmicas diversas surgiram sobre a veiculao de propaganda de bebidas quanto aos horrios: se apenas em horrios restritos ou em horrios livres. Uma pesquisa registrou que 75% dos entrevistados foram a favor de que a propaganda s acontecesse em horrios restritos e 25%, em horrios livres. Uma projeo indica que o nmero de adeptos dos horrios restritos crescer 60% ao ano e o dos horrios livres crescer 40% ao ano. Desta forma, daqui a dois anos, o percentual de adeptos de horrios restritos ser aproximadamente de:

    a 90%

    b 85%

    c 82%

    d 80%

    e 75%

    39. Visando abertura do programa de aquisio da casa prpria do Governo Federal, um funcionrio pblico dividiu suas reservas em duas partes e aplicou-as, a juros simples, em dois bancos. Aplicou a primeira parte dessa reserva no banco A, que remunera a 2% ao ms e, no mesmo dia, a segunda parte no banco B, que remunera a 1,5% ao ms, recebendo no final de um ms o total de R$123,00 de juros. Percebeu que se tivesse trocado as quantias aplicadas, isto , tivesse aplicado a segunda parte no banco A e a primeira parte no banco B, teria recebido um total de juros de R$139,50. As reservas do funcionrio eram de:

    a R$ 7.500,00

    b R$ 7.200,00

    c R$ 7.000,00

    d R$ 6.400,00

    e R$ 5.600,00

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 13

    40. Um incndio numa Reserva Florestal iniciou no momento em que um fazendeiro vizinho Reserva ateou fogo em seu pasto e o mesmo se alastrou at a reserva. Os prejuzos para o meio ambiente foram alarmantes, pois a rea destruda foi crescendo diariamente at que, no 10 dia, tempo mximo de durao do incndio, foi registrado um total de 16.000 hectares de rea dizimada. A figura abaixo um arco de parbola que representa o crescimento da rea dizimada nessa reserva em funo do nmero de dias que durou o incndio. Nestas condies, a expresso que representa a rea dizimada A em funo do tempo T, em dias, :

    a A = 16.000T2 + 10T

    b A = 16.000T2 3.200T

    c A = 160T2 + 3.200T

    d A = 160T2 3.200T

    e A = 16.000T2 - 10T

    41. Por ocasio dos preparativos do PAN 2007, um grupo de operrios resolveu se cotizar para adquirir uma TV Plasma 42. Na poca, o valor do aparelho era de R$4.800,00, e todos iriam contribuir com quantias iguais. No momento da compra, quatro deles acharam que j estavam com seus salrios totalmente comprometidos e desistiram, fazendo com que a cota de cada um dos demais ficasse acrescida de R$60,00. O nmero de operrios que inicialmente haviam concordado em comprar a TV um:

    a mltiplo de 3.

    b mltiplo de 10.

    c divisor de 30.

    d divisor de 45.

    e divisor de 50.

    42. A poluio uma agresso ao meio ambiente que causa grandes transtornos sociedade. A multa para se remover essa poluio estimada em funo da porcentagem (x) de poluente removido. Estas questes so complexas e a definio de custo discutvel. O modelo matemtico que trata da questo, chama-se modelo custo-benefcio. Em situao recente de poluio de um rio, constatou-se que o modelo ficaria bem representado pela funo f, cujo grfico encontra-se abaixo. Essa funo f pode ser representada por:

    a f(x) = x2 2x - 10

    b f(x) = ex + 10

    c f(x) =10log(x)

    d f(x) =10ex

    e f(x) = x2 +2x + 10

    43. No mundo dos esportes de alto desempenho, cada centsimo e at milsimo de segundo pode determinar a vitria ou a derrota de um atleta numa prova. Em uma corrida de 100 m rasos, um atleta acelera rapidamente no incio do percurso, mantm uma velocidade aproximadamente constante em um trecho e, prximo ao final do percurso, j comea a perder velocidade. A tabela abaixo mostra os valores considerados ideais de velocidade para diferentes pontos do percurso. Para ter uma idia das aceleraes envolvidas na corrida, calcule o valor de acelerao entre as posies 0 e 10 m, considerando-a constante.

    Posio (m) 0 10 50 60 100 Velocidade (m/s) 0 10 12 12 11

    Adaptado de Veja, n 37, set./2007, p.114.

    Dentre as alternativas abaixo, a que mais se aproxima do valor que voc calculou a acelerao:

    a de metade da gravidade na superfcie da Terra.

    b de um foguete na Terra que submete um astronauta a fora de 3 vezes seu peso.

    c da gravidade na superfcie da Terra.

    d sofrida por um corpo em queda ao atingir a velocidade limite na atmosfera.

    e de um corpo em queda na superfcie da Lua, cuja gravidade um sexto daquela da Terra.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 14

    44. Durante a procisso do Crio de Nossa Senhora de Nazar, os romeiros sobem uma ladeira, com um desnvel de 4m de altura, no incio da Av. Presidente Vargas. Considere um romeiro de 80kg, subindo a ladeira com velocidade constante. Ao subir, ele realiza uma certa quantidade de trabalho. Se o romeiro comer barras de cereais, cada uma capaz de fornecer 800J de energia para seu corpo, quantas barras ele deve ingerir para repor exatamente a energia gasta para realizar o trabalho na subida? (Considere g = 10 m/s2)

    a 2

    b 4

    c 6

    d 8

    e 10

    45. Nas proximidades da belssima cidade de Santarm, no Oeste do Par, um barco se movimenta nas guas do rio Tapajs. Para percorrer uma distncia de 20km rio acima, em sentido contrrio ao da correnteza, o barco leva 2h. A velocidade do barco em relao gua constante e igual a 20km/h. Quando ele faz o percurso inverso, a favor da correnteza, o tempo que leva para percorrer os 20km ser de quantos minutos?

    a 10

    b 20

    c 30

    d 40

    e 50

    46. Um dos sistemas usados para frear um avio a jato, aps tocar na pista de pouso, o chamado reverso, que um sistema que direciona o jato das turbinas para frente, exercendo uma fora para traz em conformidade com a Terceira Lei de Newton. Considere que um avio com todos os sistemas funcionando corretamente precisa de uma extenso de pista de 700m do momento em que o reverso ligado at parar completamente. Suponha que as foras de frenagem so constantes durante a passagem do avio pela pista. Se uma das turbinas falhar durante o pouso, considere que 30% da fora de frenagem seja perdida. Neste caso, qual a extenso de pista que ser necessria para o avio parar, supondo que ele toque na pista sempre com a mesma velocidade?

    a 800m

    b 900m

    c 1000m

    d 1100m

    e 1200m

    47. Coletes prova de balas dissipam parte da energia cintica de uma bala e transmitem o restante para o corpo da pessoa, porm exercendo fora em uma rea grande de seu corpo, ao invs de concentrar em apenas a rea de seo transversal da bala. Considere a situao em que uma pessoa, usando o colete, recebe um tiro e a bala se fixa no colete. Analise as afirmativas abaixo:

    I. A energia cintica dissipada pelo colete convertida em energia potencial, pois ela no pode deixar de ser uma forma de energia mecnica pela lei da conservao da energia.

    II. A pessoa, usando o colete, receber uma quantidade de movimento igual que receberia se no estivesse de colete e a bala se alojasse em seu corpo.

    III. A eficincia da arma de fogo se deve ao fato de que a energia adquirida pela bala bem maior do que aquela gerada pela queima da plvora.

    IV. Se o colete rebatesse a bala de volta na direo em que ela veio, a quantidade de movimento recebida pela pessoa seria maior do que quando a bala se fixa ao colete.

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta :

    a I e II

    b II e III

    c III e IV

    d II e IV

    e I, III e IV

    48. No caos dirio que enfrentamos no trnsito das grandes cidades, comum ocorrerem colises entre veculos, principalmente devido imprudncia dos motoristas. Ao dirigir em velocidades altas, o motorista coloca em risco sua vida e a de outros. Quando um carro colide com outro que est parado, a energia do choque a sua energia cintica no momento da coliso. Considere a energia envolvida numa coliso quando um carro estava a 40km/h. De acordo com a Fsica, se o mesmo carro colidir a 80km/h, a energia da coliso ser:

    a 50% maior.

    b o dobro.

    c trs vezes maior.

    d quatro vezes maior.

    e cinco vezes maior.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 15

    49. A trajetria de um projtil disparado de um canho em condies ideais uma parbola, e a distncia mxima atingida pelo projtil at voltar ao solo alcanada quando o ngulo de lanamento de 45. Entretanto, no mundo real, existem fatores que influenciam o movimento do projtil e o tornam diferente da situao ideal. Analise as afirmativas abaixo sobre o lanamento do projtil no mundo real, identificando as que so verdadeiras e influenciam o movimento:

    I. A acelerao da gravidade sobre o projtil diminui com a altura.

    II. A inrcia do projtil tende a faz-lo cair alm do ponto calculado com condies ideais.

    III. A resistncia do ar provoca uma fora contrria ao movimento durante todo o percurso.

    IV. A trajetria do projtil ser tanto mais semelhante do caso ideal quanto maior for a velocidade inicial do lanamento.

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta :

    a I e II

    b I e III

    c II e III

    d II e IV

    e I, II e IV

    50. Uma das maiores catstrofes da histria foi a inveno e lanamento da bomba atmica nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. O modelo abaixo representado foi a base para a construo da bomba atmica:

    + + ... ENERGIAneutron (bombardeamento)

    ncleo ncleo ncleo

    X Y Z

    Em relao ao modelo, assinale a alternativa correta.

    a Representa fisso e fuso atmica, seguida de liberao de energia.

    b uma representao de fuso nuclear.

    c Representa fuso e fisso atmica, seguida de absoro de energia.

    d uma representao de fisso nuclear.

    e uma representao de fuso atmica.

    51. As indstrias de ferro gusa instaladas no estado do Par utilizam carvo vegetal extrados da floresta para produo de calor. A queima do carbono contido no carvo obedece seguinte equao de reao:

    22 COOC +

    Afirma-se que na reao o:

    a carbono oxidante.

    b oxignio redutor.

    c carbono oxidado.

    d carbono reduzido.

    e oxignio oxidado.

    O Texto 10 refere-se s questes 52 e 53.

    Texto 10

    A brbara tecnologia de fabricao de armas de fogo (revlveres, fuzis, canhes, etc.) utilizou e ainda utiliza a plvora, a qual uma mistura de carbono, enxofre e nitrato de potssio. Esta mistura, quando explode, provoca um grande aumento de volume devido liberao de gases, arremessando os projteis das armas. A combusto da plvora devida ao oxignio proveniente da decomposio do nitrato de potssio, conforme a equao de reao (no balanceada) representada abaixo:

    )()()( gOsKNOsKNO 223 +

    52. Os coeficientes da reao a que se refere o Texto 10 so, respectivamente:

    a 1 : 1 : 1

    b 2 : 1 : 1

    c 2 : 2 : 1

    d 2 : 2 : 2

    e 1 : 2 : 2

    53. A reao a que se refere o Texto 10 classificada como:

    a anlise.

    b sntese.

    c dupla troca.

    d simples troca.

    e neutralizao.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA XI Prova Tipo 1 Pg. 16

    54. O vazamento de caulim (minrio argiloso de caulinita) de um dos tanques de conteno da Empresa Ymerys Rio Capim Caulim, ocorrido em 11/06/2007, atingiu afluentes do Rio Par, causando polmica entre ambientalistas, tcnicos da empresa, ribeirinhos, entre outros, sobre o impacto ambiental negativo causado pelo vazamento. Sabendo que a caulinita ( OHSiOOAl 2232 22 .. ) o principal constituinte do caulim e que uma determinada anlise de caulim apresentou 40g de caulinita por litro de amostra. Nesse sentido afirma-se que a quantidade de matria de caulinita (em mols) presente na amostra de:

    Dados: Massa Molar da caulinita (g/mol) = 258 a 0,01

    b 0,15

    c 1,0

    d 2,5

    e 10

    55. O cido ciandrico mata por asfixia e foi usado pelos nazistas para causar a morte em cmaras de gs. Pode ser obtido atravs da equao de reao representada abaixo:

    42SOH + KCN2 42SOK + HCN2 A B C D

    As substncias A, B, C e D so respectivamente:

    a cido sulfrico, cido ciandrico, sulfato de potssio e nitrometano.

    b sulfeto de hidrognio, cianeto de potssio, sulfato de potssio e cianato de hidrognio.

    c cido sulfrico, cianato de potssio, sulfeto de potssio e cido ciandrico.

    d cido sulfrico, cianeto de potssio, sulfato de potssio e cido ciandrico.

    e cido sulfdrico, nitrito de potssio, sulfito de potssio e cido cianeto.

    56. O Urnio-235 o principal combustvel usado nas usinas nucleares e em bombas atmicas, por ser um metal que quando bombardeado por um nutron libera uma enorme quantidade de calor, conforme a equao de reao representada abaixo:

    calorn103Kr9236U

    23592n

    10 ++++ X

    O nmero de massa e o nmero atmico do elemento X so, respectivamente: a 137 e 56

    b 137 e 66

    c 56 e 139

    d 141 e 55

    e 141 e 56

  • QUESTO ALTERNATIVA QUESTO ALTERNATIVA QUESTO ALTERNATIVA

    01 E 20 A 39 A

    02 D 21 E 40 C

    03 D 22 D 41 B

    04 B 23 C 42 D

    05 C 24 E 43 A

    06 D 25 B 44 B

    07 D 26 B 45 D

    08 E 27 B 46 C

    09 D 28 A 47 D

    10 C 29 D 48 D

    11 D 30 C 49 B

    12 B 31 ANULADA 50 D

    13 A 32 C 51 C

    14 E 33 E 52 C

    15 C 34 E 53 A

    16 A 35 C 54 B

    17 A 36 E 55 D

    18 A 37 E 56 E

    19 B 38 D

    GABARITO DA PROVA DA 1 ETAPA - TIPO 1 - REALIZADA EM 02/12/2007

    UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARPR-REITORIA DE GRADUAO

    DEPARTAMENTO DE ACESSO E AVALIAO

    PROCESSO SELETIVO 2008

  • UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PAR

    BOLETIM DE QUESTES PROVA TIPO 1

    LEIA, COM ATENO, AS SEGUINTES INSTRUES

    1. Este Boletim de Questes constitudo de 60 questes objetivas.

    2. Voc receber, tambm um CARTO-RESPOSTA destinado marcao das respostas.

    3. Confira seu nome, nmero de inscrio e TIPO DE PROVA na parte superior do CARTO-RESPOSTA que voc recebeu.

    4. No caso de no coincidir seu nome e nmero de inscrio, devolva-o ao fiscal e pea-lhe o seu. Se o seu carto no for encontrado, solicite um carto virgem, o que no prejudicar a correo de sua prova.

    5. Verifique se o TIPO DE PROVA, indicado neste Boletim de Questes, coincide com o que aparece no rodap da sua prova e no seu CARTO-RESPOSTA. Em caso de divergncia, comunique ao fiscal de sala para que este providencie a troca do Boletim de Questes.

    6. Aps a conferncia, assine seu nome no espao correspondente do CARTO-RESPOSTA, utilizando caneta esferogrfica de tinta preta ou azul.

    7. Para cada uma das questes existem 5 (cinco) alternativas, classificadas com as letras a, b, c, d e e. S uma responde corretamente ao quesito proposto. Voc deve marcar no Carto-Resposta apenas uma letra. Marcando mais de uma, voc anular a questo, mesmo que uma das marcadas corresponda alternativa correta.

    8. O CARTO-RESPOSTA no pode ser dobrado, nem amassado, nem rasgado.

    LEMBRE-SE 9. A durao desta prova de 5 (cinco) horas, iniciando s 8

    (oito) horas e terminando s 13 (treze) horas.

    10. terminantemente proibida a comunicao entre candidatos.

    ATENO 11. Quando for marcar o Carto-Resposta, proceda da

    seguinte maneira: a) Faa uma reviso das alternativas marcadas no Boletim

    de Questes. b) Assinale, inicialmente, no Boletim de Questes, a

    alternativa que julgar correta, para depois marc-la no Carto-Resposta definitivamente.

    c) Marque o Carto-Resposta, usando caneta esferogrfica com tinta azul ou preta, preenchendo completamente o crculo correspondente alternativa escolhida para cada questo.

    d) Ao marcar a alternativa do Carto-Resposta, faa-o com cuidado, evitando rasg-lo ou fur-lo, tendo ateno para no ultrapassar os limites do crculo.

    Marque certo o seu carto como indicado: CERTO

    e) Alm de sua resposta e assinatura, nos locais indicados, no marque nem escreva mais nada no Carto-Resposta.

    12. Releia estas instrues antes de entregar a prova. 13. Assine a lista de presena, na linha correspondente, o

    seu nome, do mesmo modo como foi assinado no seu documento de identidade.

    BOA PROVA!

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA X Prova Tipo 1 Pg. 2

    Os textos 1 e 2, a seguir apresentados, denunciam o que talvez seja a mais antiga das barbries: a guerra, signo maior da violncia produzida pelos humanos. Em ambos os textos, a destruio de Guernica, pelos alemes, durante a guerra civil espanhola. Leia-os, com ateno, para responder s questes de nmero 1 a 7 referentes no s construo deles como tambm a sua compreenso e interpretao.

    Texto 1

    A morte cai do cu O laboratrio do horror da guerra moderna

    A noite do dia 26 de abril de 1937 marcou um ponto de ruptura na histria da guerra contempornea. Durante trs horas a cidade de Guernica foi bombardeada ininterruptamente pelos avies da Legio Condor. A atrocidade no era exatamente uma novidade o bombardeio de pessoas inocentes era prtica corrente nas colnias das potncias ocidentais na poca, tendo sido meticulosamente executado pelos italianos na Etipia- e na prpria Espanha, outra cidade basca, Durango, j havia sido bombardeado pelos alemes no fim de maro de 1937.

    Foi Guernica, porque entrou para a histria como o lugar onde a nova e moderna guerra surgiu, em parte porque, graas ao relato do jornalista sul-africano George Steer, o que aconteceu naquela noite foi visto como a primeira vez que um bombardeiro areo destrua um alvo civil indefeso. Correspondente do jornal botnico The Times no Pas Basco, Steer escreveu o texto que talvez tenha tido mais impacto poltico do que qualquer artigo escrito por correspondente durante a Guerra Civil Espanhola. Foi atravs dele que Pablo Picasso tomou conhecimento do bombardeio da cidade basca. []

    Guernica, a mais antiga cidade dos bascos e o centro de sua tradio cultural, foi completamente destruda ontem por avies bombardeiros insurgentes. O bombardeio desta cidade, situada atrs das linhas ocupadas, estendeu-se por precisamente trs horas e quinze minutos, durante as quais uma poderosa frota de avies alemes, formada por bombardeiros Junkes e Heinkel, no pararam de lanar sobre a cidades bombas pesando 453kg e mais de 3 mil projteis incendirios de alumnio, aproximadamente, enquanto isso os combatentes precipitaram-se sobre o centro da cidade para metralhar a populao civil, que tinha se refugiado no campo. []

    O ataque surpresa a Guernica no tem paralelo na histria militar, tanto no que diz respeito forma de execuo e escala da destruio quanto na seleo do objetivo militar. Uma fbrica que produzia material de guerra ficava fora da cidade e permaneceu intocada. Assim como dois alojamentos militares a alguma distncia de Guernica. A cidade estava situada atrs das linhas. O objetivo do bombardeiro aparentemente foi a desmoralizao da populao e a destruio do bero da raa basca. [...]

    (Revista Histria viva. Ano IV N 46. So Paulo, junho de 2007.)

    Texto 2

    (Fonte: Pablo Picasso, Guernica, leo sobre tela em preto e

    branco. 1937, Madri, Museu Nacional Reina Sofia.In: Revista Histria viva. Ano IV N 46. So Paulo, junho de 2007.)

    1. No Texto 1, no perodo inicial da citao de Steer (Guernica, a mais antiga cidade dos bascos... por avies bombardeiros insurgentes), dois recursos sintticos, entre outros empregados pelo jornalista, contriburam para que, em tom contido e nada sensacionalista, conseguisse traduzir de forma contundente, at que ponto, em escala de brutalidade, o bombardeio representou um novo modo de guerrear. Esses recursos sintticos so: a o aposto que revela Guernica por sua

    longevidade e tradio cultural e a opo pelo sujeito paciente que destaca sua condio de vtima da barbrie alem.

    b o modalizador adverbial completamente que, hiperbolicamente, reduz a cidade de Guernica a nada e o emprego da vrgula logo aps o sujeito da orao.

    c a separao, por vrgula, do sujeito do seu respectivo predicado, uma transgresso norma vigente e concordncia Guernica/destruda.

    d a relao espao-temporal Guernica/ tarde, ora da sesta espanhola e o sintagma nominal avies bombardeiros insurgentes, agente metonmico da destruio.

    e o superlativo relativo de superioridade em a mais antiga das cidades, destacando a importncia de Guernica entre as cidades do Pas Basco, e a seleo do item lexical insurgente, tendo em vista sua formao com prefixo e sufixo.

    2. O ttulo e o subttulo do Texto 1, A morte cai do cu e O laboratrio do horror da Guerra moderna, mostram que o jornalista valeu-se, respectivamente, das seguintes figuras do plano da conotao, nas expresses sublinhadas:

    a metfora e metonmia. b metonmia e eufemismo. c metfora e anttese. d hiprbole e metonmia e metonmia e metfora

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA X Prova Tipo 1 Pg. 3

    3. No Texto 2, o pintor Pablo Picasso recria, com a linguagem plstica, todo o horror do bombardeio de Guernica. Interpretada a simbologia dos elementos usados por Picasso, a viso do quadro possibilita leitura ainda mais fascinante.

    Ao lhe serem apresentados smbolos e interpretaes, associe-os corretamente:

    Smbolos A O touro B O cavalo

    C Bocas abertas, pescoos estendidos, corpos retorcidos

    D A lmpada

    Interpretao

    ( )

    Retrata tanto o sol negro de melancolia como o projetor que ilumina esta cena de batalha da guerra moderna.

    ( )

    Simboliza o povo, sua coragem e pnico. Pisa seguidamente sobre o corpo esquartejado de um soldado de quem se v um brao cortado e a mo segurando uma espada.

    ( )

    Simboliza a Espanha, sua bravura, mas tambm a morte: ele domina uma mulher em lgrimas, segurando nos braos o corpo inerte do filho.

    ( )

    As figuras humanas tornam o quadro sonoro: imaginem-se os gritos de pnico lanados pelas vtimas. Da mesma forma, a amplitude exagerada dos pescoos e os braos dos corpos desarticulados do movimento composio.

    A seqncia correta da associao est na alternativa:

    a A, B, C, D b B, D, A, C c D, B, A, C d C, D, B, A e C, A, B, D

    4. A obra Guernica, Texto 2, composta por um conjunto de smbolos. Marque a alternativa correta que sintetiza, sob todos os aspectos, a tristeza do artista pela atrocidade ao povo basco.

    a O touro esmagando uma mulher com o filho no colo.

    b A obra ser, originalmente, toda em preto e branco.

    c O brao amputado do soldado segundo a espada.

    d A mulher segurando o candeeiro. e O cavalo em disparada.

    5. Ao pintar sua obra-prima, Guernica (Texto 2), considerada o smbolo do martrio da cidade basca (Texto 1), Picasso eterniza o que sempre afirmara, que engajamento poltico e artstico sempre estiveram ligados. Escreveu em seu dirio: No, a pintura no feita para decorar apartamentos; uma arma ofensiva e defensiva contra o inimigo. Considerando a leitura dos textos 1 e 2, marque a alternativa que justifica o escrito no dirio do autor.

    a A desmoralizao da populao e a destruio do bero da raa basca.

    b O bombardeio ininterrupto pelos avies da Legio Condor.

    c O ataque surpresa sem paralelo na histria militar.

    d A cidade de Guernica no era um objetivo militar.

    e Um lugar onde a nova e moderna guerra surgiu.

    6. Marque a alternativa que justifica corretamente o bombardeio a Guernica como uma nova e moderna guerra ou uma guerra contempornea no dizer do jornalista sul africano George Steer.

    a O ataque surpresa a Guernica no tem paralelo na histria militar.

    b A desmoralizao da populao e a destruio do bero da raa basca.

    c Por ser eternizada por Pablo Picasso no quadro Guernica.

    d A primeira vez que um bombardeio areo destrua um alvo civil indefeso.

    e A cidade estava situada atrs da linha de combate.

    7. A leitura do excerto da matria A morte cai do cu. O laboratrio do horror da guerra moderna informa, sensibiliza, faz refletir e possibilita inferir sobre formas de barbrie que, infelizmente, ainda ocorrem em nossos dias. Toda essa abrangncia na leitura propiciada pela predominncia da seguinte tipologia textual:

    a narrativa-descritiva.

    b descritiva-narrativa.

    c dissertativa-argumentativa-narrativa.

    d dissertativa-argumentativa.

    e dissertativa-expositiva.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA X Prova Tipo 1 Pg. 4

    8. Nas estrofes destacadas do poema Marlia de Dirceu, de Toms Antonio Gonzaga, duas realidades, de um mesmo personagem, demonstram a barbrie da represso poltica no Brasil colnia.

    Lira I Eu, Marlia, no sou algum vaqueiro, que viva de guardar alheio gado, de tosco trato, de expresses grosseiro, dos frios gelos e dos sis queimado. Tenho prprio casal e nele assisto; d-me vinho, legume, fruta, azeite; das brancas ovelhinhas tiro o leite, e mais as finas ls, de que me visto. Graas, Marlia bela. graas minha Estrela!

    Lira XV Eu, Marlia, no fui nenhum Vaqueiro, fui honrado Pastor da tua Aldeia; vestia finas ls e tinha sempre a minha choa do preciso cheia. Tiraram-me o casal e o manso gado, nem tenho, a que me encoste, um s cajado.

    Sobre as estrofes acima, avalie as seguintes afirmativas:

    I. Nos dois versos finais da estrofe da Lira XV, o conhecimento prvio do leitor permite ver, no lamento do eu- lrico, o triste fim da participao dele na Inconfidncia Mineira.

    II. Constata-se, entre as duas estrofes, um paralelismo sinttico na construo, porm, sintaticamente, percebe-se uma anttese no comportamento do eu - lrico.

    III. O tom de lamento do eu- lrico, na estrofe da 2. parte do poema, revela sentimentalismo e subjetividade traos pr - romnticos.

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta : a I, II e III b I e III c II e III d II e III

    TEXTO 3 Insuficincia dos Ditames da Razo contra o Poder de Amor

    Sobre estas duras, cavernosas fragas, Que o marinho furor vai carcomendo, Me esto negras paixes nalma fervendo Como fervem no pego as crespas vagas: Razo feroz, o corao me indagas, De meus erros a sombra esclarecendo, E vs nele (ai de mim!) palpando, e vendo De agudas nsias venenosas chagas: Cego a meus males, surdo a teu reclamo, Mil objetos de horror coa idia eu corro, Solto gemidos, lgrimas derramo: Razo, de que me serve o teu socorro? Mandas-me no amar, eu ardo, eu amo; Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro.

    (Bocage)

    TEXTO 4 " mais do que em qualquer outro dos

    escritores portugueses seus contemporneos, teve repercusso em Bocage o agravamento profundo daquele momento histrico vivido em todas as naes da nossa cultura, do conflito permanente entre a civilizao e a barbrie, entre a razo e a emoo, entre a ordem e a liberdade.

    (Hernani Cidade, Bocage, 1969.)

    9. Avalie as situaes a seguir para considerar as que, baseadas no poema (Texto 3), ilustram corretamente a repercusso, na obra do poeta, da dicotomia citada por Hernani Cidade (Texto 4): a O ttulo do soneto contrasta com o tema

    abordado. b Quem assume o papel de confidente no

    soneto a prpria razo personificada. c O locus amoenus predomina em toda a

    caracterizao do cenrio. d As ondas agitadas, ao deteriorarem as

    encostas, so metforas das paixes que destroem o homem: Me esto negras paixes nalma fervendo / Como fervem no pego as crespas vagas. Elas exemplificam a noo de equilbrio, de conteno, presentes no estilo neoclssico.

    e A anlise formal do poema nos revela um Bocage romntico, pois organiza o caos que o sujeito potico vive numa estrutura totalmente racional e harmoniosa - o soneto.

    10. Leia o excerto abaixo. Esse meio de preencher os quadros do exrcito era ao tempo da guerra posto em prtica com barbaridade e tirania, indignas de um povo que pretende foros de civilizado.

    Assinale o comentrio correto sobre ele. a Pertence ao conto Acau e comenta as

    atrocidades cometidas pelo capito Jernimo Ferreira na poca do recrutamento em Faro.

    b Foi retirado do conto A Quadrilha de Jac Patacho e se refere ao modo arbitrrio usado pelos cabanos para recrutar jovens para seus quadros rebeldes.

    c a fala em que o Juiz de Paz condena a maneira de recrutar jovens para o exrcito imperial, no momento em que legalmente libera Jos, o namorado de Aninha, do recrutamento para lutar contra a Revolta Farroupilha.

    d um comentrio do narrador do conto Voluntrio, expressando seu desagrado com a forma de procedimento do Estado em recrutar jovens para lutar na Guerra do Paraguai.

    e Pertence ao romance Amor de Perdio e condena o modo de a justia portuguesa punir os crimes de assassinato com a deportao dos detentos, como Simo Botelho, para servir ao exrcito nas colnias da frica.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA X Prova Tipo 1 Pg. 5

    11. Leia os fragmentos abaixo: Excerto I

    Sentimento de um ocidental () Vazam-se os arsenais e as oficinas; Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras; E num cardume negro, hercleas, galhofeiras, Correndo com firmeza, assomam as varinas.

    (Cesrio Verde)

    Excerto II

    O incndio de Roma Raiva o incndio. A ruir, soltos, desconjuntadas, As muralhas de pedra, o espao adormecido. De eco em eco acordando ao medonho estampido, Como a um sopro fatal, rolam esfaceladas. E os templos, os museus, o Capitlio erguido Em mrmore frgio o Foro, as erectas arcadas Dos aquedutos, tudo as garras inflamadas Do incndio cingem, tudo esbroa-se partido ()

    (Olavo Bilac)

    Nos excertos de Cesrio Verde e Bilac, respectivamente, h a presena da barbrie: em Cesrio a explorao do operariado na Lisboa que busca se renovar; em Bilac, a lembrana da insanidade do poder imperial de Nero. Sobre eles, avalie as seguintes assertivas:

    I. Em ambos os excertos, o eu - lrico apresenta a mesma atitude subjetiva diante da realidade, materializando traos de um romantismo tardio.

    II. Nesses excertos contrastam o envolvimento, muitas vezes subjetivo, de Cesrio com a realidade que o cerca, e o distanciamento dessa mesma realidade, expresso por Bilac com rigor formal.

    III. Tanto no excerto de Cesrio quanto no de Bilac, a linguagem, nitidamente parnasiana, recusa os ornamentos das figuras de palavra e de pensamento.

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta :

    a I, II e III II e III c I e II d I e II

    12. Uma das marcas do Realismo, segundo Jos Guilherme de Merquior, a descrena nos seres humanos, no que difere do Romantismo, cujas obras expressam uma percepo positiva de nossa capacidade em superar obstculos e construir um mundo sempre melhor. Voc ler a seguir frases extradas de O Alienista, Jos Matias e Cinco Minutos, assinale aquela cujo contedo pode ser associado viso dos autores realistas.

    a Mas o amor () criado com uma partcula do fogo divino, ele eleva o homem acima da terra, despreende-o da argila que o envolve e d-lhe fora para dominar todos os obstculos, para querer o impossvel.

    b No fim de cinco meses e meio, estava vazia a Casa Verde; todos curados! O vereador Galvo, to cruelmente afligido de moderao e eqidade, teve a felicidade de perder um tio; digo felicidade, porque o tio deixou um testamento ambguo e ele obteve uma boa interpretao corrompendo os juzes e embaraando outros herdeiros.

    c Mas, na castidade deste amor, entrou muita nobreza moral e finura superior de sentimento.

    d Seguramente o alienista podia estar em erro, mas nenhum interesse alheio cincia o instigava.

    e Criaria para ela com o meu corao um mundo novo, sem as misrias e as lgrimas deste mundo em que vivemos, um mundo s de ventura, onde a dor e o sofrimento no pudessem penetrar.

    13. O Cdigo das leis, quando aplicado com iseno, regula satisfatoriamente as relaes sociais, impedindo que se produzam prticas arbitrrias. Entretanto a fora fsica, ou poltica, s vezes, se sobrepe ao Cdigo e os juzes so coagidos a desrespeit-lo. Assinale o trecho alusivo a essa situao.

    a Alm disso, de na nossa ardente gerao, ele foi o nico intelectual que no rugiu com as misrias da Polnia. (Jos Matias)

    b Desenganados da legalidade, alguns principais da Vila recorreram secretamente ao barbeiro Porfrio e afianaram-lhe todo o apoio de gente de dinheiro e influncia na corte se ele se pusesse testa de outro movimento contra a Cmara e o alienista. (O Alienista)

    c O magistrado disse-me com alguma tristeza: - Escusado tentar mais nada. O rapaz j embarcou. (Voluntrio)

    d o pai e os filhos caram banhados em sangue, e nos seus brancos cadveres a quadrilha de Jac Patacho vingava a morte de seu feroz tenente, mutilando-os de um modo selvagem. (A Quadrilha de Jac Patacho)

    e O argumento principal deste magistrado que a Cmara, legislando sobre uma experincia cientfica, no poderia excluir as pessoas dos seus membros das conseqncias da lei; a exceo era odiosa e ridcula. (O Alienista)

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA X Prova Tipo 1 Pg. 6

    14. Os fragmentos de poema, a seguir, compem a quarta e a quinta partes de O Navio Negreiro, de Castro Alves, poema em seis partes que traduz a selvageria, a barbrie cometida contra os escravos.

    IV () Presa nos elos de uma s cadeia,

    A multido faminta cambaleia, E chora e dana ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martrios embrutece, Cantando, geme e ri!

    () E ri-se a orquestra irnica, estridente E da ronda fantstica a serpente Faz doudas espirais... Qual um sonho dantesco as sombras voam! Gritos, ais, maldies, preces ressoam! E ri-se Satans!

    V Senhor Deus dos desgraados ! Dizei-me vs, Senhor Deus! Se eu deliro se verdade Tanto horror perante os cus!? mar, por que no apagas Co'a esponja de tuas vagas De teu manto este borro? Astros! noites! tempestade! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufo! ()

    A respeito desses trechos do poema, avalie as seguintes afirmaes:

    I. Castro Alves usa de ironia ao delinear um quadro de pavor que finda concluindo que esse triste desenho da realidade humana motivao de gargalhadas por parte de Satans: "Gritos, ais, maldies, preces ressoam! / E ri-se Satans!..."

    II. Em: "Senhor Deus dos desgraados! "/Dizei-me vs, Senhor Deus!/Se eu deliro... se verdade / Tanto horror perante os cus!?, observamos um enfrentamento com Deus, pois h um"eu interrogante" questionando, implacvel-mente, a divindade.

    III. Na estrofe destacada da 5 parte do poema, Castro Alves centra no eu a problemtica da sua poesia. Embora eliminando de todo a emoo pessoal, pode ser considerada uma grande alegoria do inconformismo perante tamanha sensao de despropsito que a condio dos escravos.

    IV. O eu lrico no aceita de forma alguma a tragicidade do destino dos escravos. Sob esse prisma, problematiza o poder, percebendo uma mancha de infinito horror no universo humano frente passividade de um Deus que nada faz para modificar a realidade, metaforizada em : mar, por que no apagas/ Co'a esponja de tuas vagas/De teu manto este borro?...

    De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta :

    a I c I e III b II e IV d II, III e IV e I, II, III e IV.

    Texto 5

    O macabro achado, descoberto recentemente num

    cemitrio inca perto de Lima, Peru, foi a vtima de um mosquete espanhol, de acordo com uma anlise detalhada. Isso faz com que este esqueleto tenha sido a vtima de tiro mais velha no Novo Mundo e possivelmente a primeira pessoa nas Amricas a ter sido morta com uma arma de fogo, dizem os peritos.

    (Fonte: National Geographic. http://news.nationalgeographic.com/ news/ 2007/06/ photogalleries/gunshot-pictures/images/ primary/

    inca_bullethole001_461.jpg> acesso em 28 set 2007 23:15)

    15. O macabro achado a que se refere o Texto 5 coloca em debate a questo das prticas colonizadoras das Coroas Ibricas na Amrica Colonial. Tais prticas, entre outras coisas, revelaram:

    a o desenvolvimento das cincias mdicas na Amrica, considerando que os peritos conseguiram identificar o corpo de um antigo habitante dos Andes peruano ferido na guerra contra os espanhis.

    b a supremacia blica dos espanhis que poca da conquista j utilizavam as armas de fogo em conflitos cujo poder de guerra fosse igualmente desenvolvido como no caso do inca ferido na cabea.

    c a religiosidade dos espanhis que destinavam para o sepultamento dos guerreiros mortos, cemitrios prximos da capital do Imprio, para facilitar a peregrinao dos cristos ao tmulo dos guerreiros.

    d a existncia da luta armada entre as culturas espanhola e amerndia provocada pela disputa e posse dos lugares sagrados como Machu Pichu, importante centro da religiosidade catlica.

    e as prticas de colonizao europia na Amrica Ibrica evidenciadas pelo crnio perfurado por arma de fogo trazida para o continente pelos conquistadores espanhis.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA X Prova Tipo 1 Pg. 7

    Texto 6

    Todas as medidas que esto ao alcance da Junta Provisria se tem tomado; sentimos no podemos afirmar que a tranqilidade est inteiramente restabelecida, porque ainda temos a temer principalmente a gente de cor, pois quase muitos Negros e Mulatos foram vistos no saque e envolta com os soldados; e os infelizes que se mataram a bordo do navio entre outras vozes sediosas deram vivas ao Rei Congo o que faz supor alguma combinao de soldados e negros.

    (Fonte: Ofcio n. 22. 23/10/1823. In a Junta Povisria e a Independncia, Conselho Federal de Cultura, R.J. 1974.

    p. 37 apud. Da COSTA, Joo Lcio Mazzini. REI CONGO.Belm: Produo Independente, 2004.)

    16. A descrio do Texto 6 relaciona-se ao processo de formao do Imprio Brasileiro. Neste contexto correto afirmar que no Gro Par:

    a as investidas da Coroa Portuguesa em defesa de D. Pedro I motivaram a aliana de soldados e de negros na luta pela incorporao do Gro Par ao nascente Imprio Brasileiro.

    b a presena inglesa a servio do Imprio brasileiro na capital da Provncia denotava a associao dos comerciantes em defesa expanso do capitalismo ingls na Provncia.

    c a presena de negros e mulatos apoiando os soldados no episdio do Brigue Palhao contribuiu para a rpida incorporao da Provncia ao nascente Estado Brasileiro.

    d a reao popular contra a imposio dos soldados que serviam ao imperador na Provncia paraense encontrou apoio por parte da populao pobre que desejava a autonomia poltica.

    e o processo encontrou resistncias tanto da populao mais pobre como negros e mulatos, quanto das camadas mais abastadas, temerosas pelas mudanas que ocorreriam com a adeso.

    Texto 7

    Para separar as pepitas de ouro do cascalho dos rios ou arranc-los da terra das encostas era preciso mo - de - obra, e as Minas se tornaram um sorvedouro voraz de escravos africanos [...] Antes de terminar o primeiro quartel do sculo XVIII, a populao mineira era majoritariamente negra, os quilombos se multiplicavam e os homens brancos, apavorados, adivinhavam em cada escravo um inimigo potencial, rezando para que um maior nmero de soldados portugueses chegasse capitania fosse capaz de fazer o impossvel: garantir o controle da minoria branca sobre a massa cativa. Os governadores aderiram ao pnico e alimentavam a parania havendo quem [...] defendesse a prtica de cortar o tendo de aquiles dos negros fujes para impedi-los de reincidir.

    (SOUZA, Laura de Mello.Canalha indmita. In A Revista de Histria da Biblioteca Nacional. N 2, Agosto de 2005, p. 38 e 39.)

    17. Considerando a leitura do Texto 7 e os estudos que a histria nos proporciona sobre o assunto, correto afirmar que:

    a na regio das Minas Gerais, no incio do sculo XVIII, houve uma grande entrada de escravos negros vindos no s da frica, mas tambm dos engenhos do Nordeste, o que provocava medo na minoritria populao branca, at porque esses escravos fugiam e construram diversos quilombos nas redondezas da rea da minerao.

    b ndios e negros foram usados em grande quantidade como mo-de-obra escrava na Minas Gerais do sculo XVIII. Os ndios eram utilizados como mo-de-obra na extrao do ouro nos rios, enquanto que os escravos africanos eram encaminhados para as minas de ouro e de diamante, o que favoreceu a muitos deles na compra de sua carta de alforria.

    c a grande quantidade de escravos negros de origem africana no trabalho de extrao do ouro nas Minas Gerais dos finais do sculo XVII e meados do XVIII, favoreceu a presena de uma grande mestiagem nessa regio, visto que, a minoria branca, predominantemente masculina, constituiu com as negras, famlias com proles numerosas.

    d os escravos negros, por se rebelarem contra o trabalho compulsrio nas minas de ouro e prata, foram classificados pela sociedade branca e escravista como canalhas. Essa desqualificao, presente ao longo do sculo XVIII, contribuiu para a organizao de muitos quilombos e mocambos nos arredores de Vila Rica.

    e em todo o sculo XVIII, predominou, na sociedade da regio das Minas Gerais a figura do mulato, fruto da expressiva mestiagem ocorrida entre brancos e negros, nos finais do sculo XVII, quando foram descobertas as primeiras minas de ouro e diamante. A intensa mestiagem possibilitou a convivncia pacfica de senhores e escravos nessa regio.

  • UEPA PRISE SUBPROGRAMA X Prova Tipo 1 Pg. 8

    Texto 8

    Tiradentes Esquartejado Pedro Amrico (CAMPOS, Flvio. Oficina de histria.:histria do Brasil. So Paulo: Moderna,1999,p.182)

    Texto 9

    Nas cerimnias de suplcio, o personagem principal era o povo, cuja presena real e imediata requerida para sua realizao. Um suplcio que tivesse sido conhecido, mas cujo desenrolar houvesse sido secreto no teria sentido. Procurava-se dar o exemplo no s suscitando a conscincia de que a menor infrao corria srio perigo de punio; mas provocando um efeito de terror pelo espetculo do poder tripudiando sobre o culpado.

    (FOULCAUT, Michel. Vigiar e punir, p.46 e 53. In CAMPOS, Flvio. Oficina de histria: histria do

    Brasil. So Paulo: Moderna, 1999, p.182)

    18. O suplcio a que se refere o Texto 9 pode ser observado no Texto 8, na medida em que: a representa o martrio daquele que foi responsabilizado pela Coroa Portuguesa pelo crime de lesa

    majestade. b expressa a viso do artista sobre terror imprimido na populao colonial pelo Tribunal do Santo

    Ofcio. c traduz o sacrifcio de esquartejamento de Tiradentes, que foi exposto na Praa de Vila Rica aps o

    enforcamento. d ressignifica o sentido do martrio de Tiradentes, pois desconstruiu o mito enquanto heri da

    repblica. e reafirma o princpio do espetculo de terror poltico s leis civis republicanas, sob a qual a

    Conjurao Mineira estava inserida.

    Texto 10 Era festiva e esperada a chegada dos chamados

    regates, comerciantes ambulantes que, em barcos, passavam pelas proximidades dos seringais negociando com os seringueiros e outros moradores uma variedade de produtos como, por exemplo: botinas, chapus, cachaa, alimentos, s vezes tecidos para as mulheres, gua de cheiro, e at brinquedos para as crianas, s escondidas dos patres e, claro, com preos exorbitantes...

    (Texto adaptado de LACERDA, Franciane. A vida e o trabalho nos seringais . In FONTES, Edilza Joana Oliveira. Contando a Histria

    do Par. 1v. Belm: E- Motion, 2002, p. 212)

    19. A descrio apresentada no Texto 10 nos remete a uma estratgia do seringueiro de: a trocar as bolas de ltex por ele coletado

    por produtos necessrios ao seu cotidiano nos seringais, fugindo das compras semanais que realizava na cidade de Belm.

    b embarcar nos regates quando estes chegavam para ir s compras em Manaus, o que os tirava da dependncia financeira em relao ao aviamento nos armazns dos seringais.

    c vender sua produo de ltex em Rio Branco, Manaus e Belm e comprar as mercadorias trazidas nos regates, desvinculando-se do sistema de aviamento.

    d lutar contra o endividamento,mesmo que fosse esporadicamente, produzido pelo sistema de aviamento que o mantinha preso explorao do dono do seringal.

    e comprar produtos de maior qualidade e por menor preo, saindo da rede de endividamento provocada pela compra de produtos vendidos nos armazns dos patres.

    Texto 11

    [...] No perodo que se seguiu Guerra dos Cem Anos no ainda a concentrao ou centralizao completas de poder num nico lugar e num par de mos, mas um estgio no caminho para a monarquia absoluta.

    (Nobert Elias. O processo