1º simpósio ads reabilitação em alta competição (experiência africana)

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REABILITAÇÃO EM ALTO RENDIMENTO DESPORTIVO - EXPERIÊNCIA AFRICANA - Marco Fonseca, PhT BSc Fisioterapeuta CRD Libolo

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REABILITAÇÃO EM ALTO RENDIMENTO DESPORTIVO

- EXPERIÊNCIA AFRICANA -

Marco Fonseca, PhT BScFisioterapeuta CRD Libolo

NÚMERO DE JOGADORES DE FUTEBOL REGISTADOS NA FIFA EM 2006

(KUNTZ, 2006 – FIFA WORLD SURVEY: BIG COUNT)

LESÕES DESPORTIVASComparação do tipo e severidade daslesões do Futebol Profissional do CRD Libolo,nas Épocas Desportivas 2012, 2013 e 2014

ÉPOCAS DESPORTIVAS 2011, 2012 E 2013

0

5

10

15

20

25

30

Lesões Mio-tendinosas Lesões Cápsulo-ligamentares Lesões Osteo-condrais Doenças virais e Parasitoses

Tropicais

2012 2013 2014

89% TOTAL DAS LESÕES

ÉPOCAS DESPORTIVAS 2011, 2012 E 2013

LESÕES MIOTENDINOSAS Rotura / Mialgia dos Isquiotibiais (16%)

Tendinopatia do rotuleano (5%)

Tendinopatia do tibial posterior (4%)

Lombalgia aguda (5%)

LESÕES CÁPSULO-LIGAMENTARES Entorse da tíbio-társica (14%)

Lesão do LLI joelho (8%)

Entorse das interfalângias proximais / distais - guarda-redes (6%)

LESÕES OSTEO-CONDRAIS Lesão meniscal (7%)

Edema medular ósseo do maléolo tibial (4%)

DOENÇAS VIRAIS, INFECCIOSAS E PARASITOSES TROPICAIS Malária / Paludismo (11%)

Febre Tifóide (8%)

Dermatomicoses e Onicomicoses (1%)

ÉPOCAS DESPORTIVAS 2011, 2012 E 2013

LESÕES MIOTENDINOSAS Rotura intratendinosa do bicípete femural

Rotura muscular do quadricípete (22mm)

LESÕES CÁPSULO-LIGAMENTARES Luxação da coxo-femural

Luxação dos peroniais

Luxação (grau II) da acrómio-clavicular

LESÕES OSTEO-CONDRAIS Fractura do 5º metatarso

Fractura do 5º metacarpo e luxação da metacarpo-falângica

DOENÇAS VIRAIS, INFECÇÕES E PARASITOSES TROPICAIS Malária / Paludismo (12/campo)

11% TOTAL DAS LESÕES

Results

(…) The injury incidence during matches washigher than in training (27.5 vs 4.1, p<0.0001).(…) The single most common injury subtypewas thigh strain, representing 17% of allinjuries. (…) Traumatic injuries and hamstringstrains were more frequent during thecompetitive season, while overuse injurieswere common during the preseason. Trainingand match injury incidences were stable overthe period with no significant differencesbetween seasons.

O QUE É DIFERENTE ?

Viagens cansativas, morosas e incapazes de proporcionar sono. Redução do número e escalas de voo, contratualizando serviços privados de aerotransporte.

Em caso de viagem de autocarro, permitir uma maior recuperação física dos atletas antecipando a chegada ao destino. Até porque em África é normal haver grandes diferenças de altitude e de temperatura média.

Permitir algum tipo de treino de baixa intensidade após a viagem.

Desidratação e hiponatrémia decorrentes das características de países com alta temperatura e humidade. Aumentam a sudorese e também o consumo de água.

Preferencialmente para esforços físicos intensos e prolongados, usar bebidas energéticas.

Limitar o consumo de água em esforços físicos com duração inferior a 30 minutos. Hidratar sempre antes do treino.

MILEWSKI, M. (2012)

NADEL, E. (2009)

INGRAM, J. ET AL (2009)

SIM OU NÃO?

Dificuldade de acesso a meios complementares de diagnóstico e a especialidades médico-cirúrgicas de qualidade.

Tentar estabelecer protocolos com as entidades prestadoras de serviços de radiologia especializada.

Manter o contacto com outros profissionais de saúde dos Hospitais locais.

Escolher, com critério, os exames complementares de diagnóstico para cada patologia.

Alimentação extremamente variada de país para país. Simplificar a ementa a aplicar no decorrer do estágio noutro país. Preferencialmente, escolher um

hotel que pertença a uma organização hoteleira mundial (em muitos países existe Sheraton, Ritz, Hilton, Ibis, etc...)

Evitar água sem ser engarrafada

Evitar saladas

Vigiar os horários de refeição.

Atenção às necessidades alimentares específicas (jogadores muçulmanos, alergias alimentares, controlo de peso, etc...)

PRÁTICAS CLÍNICAS OCIDENTAIS Vs TRADICIONAIS

Preferência do atleta africano pelos métodos epráticas clínicas tradicionais e ancestrais.

Completo desinteresse da prática clínicatradicional sobre habituais Red Flags.

Resultados da prática clínica baseada naevidência (EBP) são confrontados com resultadostambém positivos, pela crença nos outcomes, daprática clínica tradicional. Principalmente quandoos sinais e sintomas são mais subjectivos.

Semelhança com alguns tipos de práticas clínicasocidentais, permite maior aceitação dos clínicosem aplicá-las.

MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO DISPENSADA