1.manual do siapecad

266
1 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Secretaria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Sistemas de Informações de Recursos Humanos Coordenação-Geral de Cadastro e Atendimento SIAPEcad

Upload: anchieta-soares

Post on 02-Jan-2016

451 views

Category:

Documents


11 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1.Manual Do Siapecad

1

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Secretaria de Recursos Humanos

Departamento de Administração de Sistemas de Informações de Recursos Humanos

Coordenação-Geral de Cadastro e Atendimento

SIAPEcad

Page 2: 1.Manual Do Siapecad

2

MANUAL SIAPE/CADASTRO LEGISLAÇÃO

AUDITORIA E NÍVEIS DE SEGURANÇA Todo e qualquer acesso e' monitorado e controlado. Proteja sempre a sua senha. Quando encerrar as operações, tenha o cuidado de desconectar sua estação de trabalho do sistema. Ao teclar a opção AVANCAR, abaixo, usuário declara-se ciente das responsabilidades acima referidas. Fundamento Legal: Constituição Federal: Código Penal, Código Tributário Nacional e Portaria SRF No. 782/97. ADMINIST, ADCONTATUA, ADLOG, ADCOLOG – LOG com todos os acessos de determinado CPF/RH/ORGÃO TABELAS

TBFUNCIONA – Tabelas funcionais (Manutenção do MP) TBGERAIS – Tabelas Gerais (Manutenção do MP) TBORGANIZA – Tabelas Organizacionais (Atualização realizado pelo órgão)

UPAG)

SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,UORG - TBINUORG (Incluir UORG)

SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,UORG – TBCOESTUOR – (consulta)

SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,UPAG - TBINUPAG ( Incluir UPAG)

SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,UPAG - TBIFDAUPAG (informar as UORGS vinculadas à UPAG)

SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,DENAUTUORG - TBINDENAUT (Incluir denominação de autoridade pela UORG)

Page 3: 1.Manual Do Siapecad

3

SIAPE,TBSIAPECAD,TBORGANIZA,ORGAOUORG,DENAUTUORG -TBCODENAUT DISTRIBUIÇÃO DE VAGAS NO ÓRGÃO E UORG Vagas de cargo Portaria 209, 15 de fevereiro de 1995 Determina a implantação do Módulo de Lotação; Of. Circ. 8, 14 março de 1995 Instruções para a implantação do Módulo de Lotação; Of. Circ. 2, de 10 janeiro de 1996 Implantação das rotinas automáticas do controle de provimentos e vacâncias. SIAPE, ADMINIST, VAGADET, PREVLOT – ADIFPRELOT ( distribuir cargos) SIAPE,ADMINIST,VAGABASE,ADVAGACAR – ADDIVAGAPR – distribui vagas aprovada para UORG.

SIAPE,ADMINIST,VAGABASE,ADVAGACAR – ADEXVAGDIS – exclui vagas distribuídas para UORG. VAGAS DE FUNÇÃO De acordo com os Decretos de criação de Órgãos, publicação de Estrutura, o quantitativo Publicado é controlado pelo MP. SIAPE,ADMINIST,VAGADET,PREVFUNCAO - ADDIPREFUN (distribuir função por UORG) SIAPE,ADMINIST,VAGADET,CRIVAGAFUN – ADCOCRIFUN – consulta vagas de função no Órgão. SIAPE,ADMINIST,VAGADET,PREVFUNCAO – ADCOPREFUN – consulta previsão de função na UORG. SIAPE,ADMINIST,VAGADET,PREVFUNCAO – ADRMPREF – remaneja vaga de função para UORG. BOLETIM DE PESSOAL E BOLETIM DE SERVIÇO

Page 4: 1.Manual Do Siapecad

4

SIAPE,PROCDOCPUB,BP - DPPOBP – programa boletim Deverá ser programado no mês de dezembro para o ano seguinte SIAPE,PROCDOCPUB,BS – DPPOBLBS - programa boletim Deverá ser programado no mês de dezembro para o ano seguinte

CARGO PÚBLICO Lei 8112/90 Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. Lei 9515/1997 Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

LEI 9.624/1998

Art. 14. Os candidatos preliminarmente aprovados em concurso público para provimento de cargos na Administração Pública Federal, durante o programa de formação, farão jus, a título de auxílio financeiro, a cinqüenta por cento da remuneração da classe inicial do cargo a que estiver concorrendo.

§ 1° No caso de o candidato ser servidor da Adminis tração Pública Federal, ser-lhe-á facultado optar pela percepção do vencimento e das vantagens de seu cargo efetivo.

§ 2° Aprovado o candidato no programa de formação, o tempo destinado ao seu cumprimento será computado, para todos os efeitos, como de efetivo exercício no cargo público em que venha a ser investido, exceto para fins de estágio probatório, estabilidade, férias e promoção.

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

Secretaria de Recursos Humanos

Page 5: 1.Manual Do Siapecad

5

Coordenação-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Ementa: Trata-se de consulta acerca da prorrogação de concurso público para categorias da área médica.

Nota Técnica nº 28/2003/COGLE/SRH/MP

Brasília, 30 de abril de 2003.

Assunto: Prorrogação de concurso público

Refiro-me ao Processo nº 04500.000894/2003-17, onde consta o Ofício nº 254/FUB, datado de 08 de abril de 2003, da Fundação Universidade de Brasília-FUB referente prorrogação de concurso público, objeto do Edital de Abertura de Inscrições nº 01/2002, de 01 de maio de 2002, realizado por aquela Entidade para diversas categorias funcionais na área médica, tendo em vista o disposto no § 1º do art. 1º do Decreto nº 4.175, de 27 de março de 2002.

2. Sobre o assunto, é importante citar o contido § 1º do art. 1º do Decreto nº 4.175, de 27 de março de 2002, que assim dispõe:

“Art. 1º- A seleção de candidatos para o ingresso no serviço público federal ocorrerá de modo a permitir a renovação continua do quadro de pessoal, observada a disponibilidade orçamentária.

§ 1º - A validade dos concursos públicos poderá ser de até um ano, prorrogável por igual período.

§ 2º - O disposto no § 1º poderá aplicar-se aos concursos vigentes, a critério do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, desde que os respectivos editais não estabeleçam prazos mais longo.(grifo nosso)

3. Analisando o instrumento regulador do evento, contido nos autos do processo, verificou-se que o Edital nº 02, de 14 de maio de 2002, que retifica o Edital nº 01, no tocante ao prazo de validade, estabelece prazo de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado por período igual, portanto de acordo com a legislação vigente, e logo entendemos ser viável a prorrogação do certame.

4. Todavia, a autorização deve ser concedida pela Secretaria de Gestão deste Ministério, conforme disposto no art. 3º do Decreto nº 4.175, de 2002, que assim dispõe:

“Art. 3º- O órgão ou entidade interessado em realizar concurso público ou nomear candidato habilitado deverá apresentar à Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão justificativa fundamentada, com indicação de vagas a serem providas e comprovação de disponibilidade orçamentária.”

Page 6: 1.Manual Do Siapecad

6

5. Com estes esclarecimentos e tendo em vista o disposto na Portaria nº 45, de 24 de abril de 2003, submeto a presente Nota Técnica à apreciação da Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação, sugerindo o encaminhamento à Secretaria de Gestão.

Brasília, 28 de abril de 2003.

DAVID FALCÃO PIMENTEL

RENATA VILA NOVA MOURA HOLANDA

Mat. SIAPE Nº 0659825 Chefe da DIORC

De acordo. Encaminhe-se o presente processo à apreciação do Senhor Secretario de Recursos Humanos, sugerindo o encaminhamento à Secretaria de Gestão do MP para ciência.

Brasília, 29 de abril de 2003.

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Encaminhe-se à SEGES/MP para ciência e providências cabíveis.

Brasília, 30 de abril de 2003.

LUÍS FERNANADO SILVA Secretário de Recursos Humanos

Ofício nº 124/2002/COGLE/SRH/MP

Brasília, 17 de maio de 2002.

Senhora Chefe,

Refiro-me ao Ofício DERHU nº 007/2002, de 25 de abril de 2002, onde Vossa Senhoria solicita esclarecimentos desta Coordenação-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação acerca da aplicação dos § § 1º e 2º do art. 37 do Decreto nº 3.298, de 21 de dezembro de 1999, que trata da aplicação do percentual fracionário a candidatos na condição de deficientes, quando o número resultante do total de vagas não for inteiro.

2. Consoante consta do item 1.2 do Edital nº 01/2001, de 26 de setembro de 2001, as vagas destinadas para o concurso público no cargo de Analista de

Page 7: 1.Manual Do Siapecad

7

Comunicação em Jornalismo, atividade Reportagem, perfazem um total de 24 e

os § § 1º e 2º do art. 37 do Decreto nº 3.298, dispõem o seguinte:

"Art. 37 Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é portador.

§ 1º O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições, concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação obtida.

§ 2º Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente. (grifo nosso)"

3. No item 4.1 do edital regulador do evento foram reservados 5% (cinco por cento) das vagas para portador de deficiência. Assim para Analista de Comunicação em Jornalismo, atividade Reportagem, são 24 (vinte e quatro) vagas, item 1.2 do Edital Regulador, e aplicando-se o disposto no item 02, iremos chegar a um número fracionário, qual seja, 1,2 ( um vírgula dois) o que será arredondado para 02 (dois), haja vista o disposto no § 2º do art. 37 do Decreto nº 3.298/1999.

4. Diante do exposto, para o cargo acima citado serão classificados na condição de deficiente, listagem separada, 02 (dois) candidatos, e a candidata JULIANA MENEZES DE CASTRO, aprovada no certame, conforme consta no Ofício DERHU nº 07, de 25 de abril de 2002, constará na homologação final do evento, como 2º classificada.

5. Finalizando, lembro que quando da publicação do Edital de Abertura de inscrições do certame em Diário Oficial da União, especificamente o item 1.2, já devia constar o quantitativo de vagas reservadas para deficiente em cada cargo, conforme determina o inciso I do art. 39 do aludido Decreto, que dispõe o seguinte:

"Art. 39 Os Editais de concurso deverão conter:

I – o número de vagas existentes, bem como o total correspondente à reserva destinada a pessoa portadora de deficiência;"

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Page 8: 1.Manual Do Siapecad

8

SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS

ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 2, DE 25 DE MARÇO DE 2002

Programas de formação. Averbação de Tempo de Serviço referente a tempo de cursos de formação após a posse em cargo público. Impossibilidade de desconto para o PSS, durante o curso. Averbação do tempo anterior à promulgação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998. Curso posterior à data da Emenda: cobrança e recolhimento das importâncias referentes à contribuição após a posse, conforme Decisão nº 322/1999, do Tribunal de Contas da União. Necessidade de constar do edital de concurso público orientação quanto à cobrança das contribuições.

A presente Orientação Normativa visa a esclarecer aos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, sobre os efeitos do tempo de curso de formação, após a posse dos candidatos em cargo público, relativamente à averbação desse tempo para fins de aposentadoria.

1.A Medida Provisória nº 1.195, de 24 de novembro de 1995, determinou, no art. 13, parágrafo único, que "Aprovado o candidato no programa de formação, o tempo destinado ao seu cumprimento será computado, para todos o efeitos, como de efetivo exercício no cargo público em que venha a ser investido.".

2.A partir da edição da Medida Provisória nº1.480-37, de 05 de dezembro de 1997, esse parágrafo único, agora transformado em § 2º, foi alterado com o acréscimo da seguinte expressão: "exceto para fins de estágio probatório, estabilidade, férias e promoção.", redação mantida pela MP nº 1.644-41, convertida na Lei nº 9.624, de 02 de abril de 1998.

3.Assim, os procedimentos a serem adotados em relação à averbação de tempo de serviço decorrente de participação em programas de formação deverão obedecer às seguintes orientações:

a)até 16 de dezembro de 1998, data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, o tempo de serviço será averbado, independentemente de comprovação de contribuição, nos termos do art. 14, § º 2º da Lei nº 9.624, de 2 de abril de 1998;

b)após essa data, tendo em vista a impossibilidade legal de serem efetuados os descontos sobre auxílio pago durante o curso aos candidatos não-servidores - bem assim aos servidores que por ele optarem -, se aprovados e quando nomeados, após a posse, e mediante autorização formal, deverão ser recolhidos, os valores correspondentes às contribuições calculadas sobre o auxílio financeiro, averbando-se o tempo, exclusivamente, para fins de aposentadoria, conforme decisão do Tribunal de Contas da União - TCU, no DC-0322-33/99-P:

" Ademais, necessário se faz acrescentar às orientações contidas no edital de convocação para o programa de formação que esta Administração efetuará, obrigatoriamente, após a posse dos novos servidores, a retenção e o recolhimento das contribuições previdenciárias correspondentes ao período do curso devidas ao

Page 9: 1.Manual Do Siapecad

9

PSS, independentemente de eventuais recolhimentos individuais feitos pelos interessados ao INSS no decorrer da segunda etapa do certame."

c)Finalmente, solicita-se seja incluída nos editais de concursos públicos, orientação aos candidatos quanto ao recolhimento de que trata a decisão acima transcrita.

LUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA

Secretário

(Of. El. nº 109/2002)

D.O.U., 26/03/2002

LEI 8112/90

Do Concurso Público

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. (alterado para 1 ano conforme Dec. 4.175/2002)

§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Ofi cial da União e em jornal diário de grande circulação.

§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver ca ndidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirad o.

PORTARIA Nº 450 DE 6 DE NOVEMBRO DE 2002

O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, Interino, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no Decreto nº 4.175, de 27 de março de 2002, resolve:

CAPÍTULO I Das Disposições Preliminares

Page 10: 1.Manual Do Siapecad

10

Art. 1º Estabelecer normas gerais para realização de concursos públicos, no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional.

Art. 2º Os concursos públicos destinados a selecion ar candidatos para provimento de cargo efetivo ou emprego público têm por objetivo compatibilizar o suprimento das necessidades da Adm inistração Pública federal com as prioridades governamentais e os recu rsos orçamentários disponíveis.

Art. 3º A reposição da força de trabalho deve adequ ar-se, quantitativa e qualitativamente, à natureza e complexidade das ati vidades, aos objetivos e às metas institucionais da Administração Pública fe deral.

Art. 4º A seleção de candidatos para o ingresso no serviço público federal ocorrerá de modo a permitir a renovação contínua do quadro de pessoal, observada a disponibilidade orçamentária.

CAPÍTULO II

Do Pedido de Autorização

Art. 5º A realização de concursos depende de prévia autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e vi sa ao provimento de cargos ou empregos públicos.

Art. 6º O pedido de autorização deve ser encaminhad o à Secretaria de Gestão, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, pela Pasta à qual se vincula o órgão ou entidade demandante e de verá conter:

a) o perfil necessário aos candidatos para o desemp enho das atividades;

b) a descrição do processo de trabalho a ser desenv olvido pela força de trabalho pleiteada e o impacto dessa força de trabalho no desempenho d as atividades finalísticas do órgão ou entidade;

c) o número de vagas disponível em cada cargo ou em prego público;

d) a evolução do quadro de pessoal nos últimos três anos, em 31 de dezembro, com movimentações, ingressos, desligament os e aposentadorias, bem como a estimativa de aposentadorias nos próximo s três anos, por perfil;

Page 11: 1.Manual Do Siapecad

11

e) a situação atual do quantitativo do pessoal cedi do; e

f) a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no ano em exercício e nos dois anos subseqüentes, acompanhado da memóri a de cálculo.

CAPÍTULO III

Do Edital do Concurso

Art. 7º O prazo para publicação de edital de abertu ra de inscrições para realização do concurso público será de até seis mes es, contado a partir da data de publicação da Portaria de autorização do ce rtame.

Parágrafo único. Deverão constar do edital de abert ura de inscrições, no mínimo, as seguintes informações:

a) o número de vagas disponível em cada cargo ou em prego público;

b) o número de vagas reservadas aos portadores de deficiência; Of.124-2002

c) a denominação do cargo ou emprego público, a classe de ingresso e a remuneração inicial;

d) a descrição das atribuições do cargo ou emprego público;

e) o período e o(s) local(is) de inscrição;

f) o valor da inscrição;

g)a documentação a ser apresentada no ato de inscri ção;

h) indicativo sobre a existência e condições do cur so de formação, se for o caso; e

i) a validade do concurso.

Art. 8º O edital deverá ser publicado, na íntegra, no Diário Oficial da União e divulgado por meio eletrônico.

Parágrafo único. Quando o número de vagas for infer ior a dez, admitir-se-á a publicação no Diário Oficial da União, de forma res umida, das informações referidas no parágrafo único do art. 7º.

CAPÍTULO IV

Do concurso

Page 12: 1.Manual Do Siapecad

12

Art. 9º Os concursos serão de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizados em duas etapas, conforme dispuser as regras de provimento dos Cargos ou dos Empregos Públicos.

Art. 10. A primeira etapa do concurso público poderá ser composta de uma ou mais fases, sendo constituída de prova de conhecimentos gerais e específicos, de caráter eliminatório e classificatório, e poderá incluir avaliação de títulos, de caráter apenas classificatório.

Parágrafo único. Sempre que houver previsão legal, haverá, ainda na primeira etapa, a realização de exames psicotécnicos, prova de esforço físico e outros, para seleção de candidatos aos cargos ou empregos públicos cujas atribuições justifiquem tais exigências.

Art. 11. No caso de concursos públicos realizados em duas etapas, a segunda será constituída de curso ou programa de formação, de caráter eliminatório, podendo, desde que previsto nos instrumentos reguladores do concurso, ser, também, classificatória.

§1º A classificação poderá ser feita separadamente por etapas ou pela soma dos pontos obtidos nas duas etapas do concurso.

§2º Os candidatos classificados na primeira etapa serão convocados por edital, para fins de matrícula no curso de formação, observado o prazo fixado pelo órgão ou entidade realizador do certame.

§3º O candidato que não formalizar a matrícula no curso de formação, dentro do prazo fixado pelo instrumento de convocação, será considerado reprovado e, conseqüentemente, eliminado do processo seletivo, podendo ser convocados candidatos em igual número de desistências, obedecida a ordem de classificação.

§4º Será também considerado reprovado e eliminado do processo seletivo o candidato que não comparecer ao curso de formação, desde o início, ou dele se afastar.

§5º Quando o número de candidatos matriculados para a segunda etapa do concurso público ensejar a formação de mais de uma turma, com início em datas diferentes, o resultado do concurso será divulgado por grupo, ao término de cada turma, observado o disposto no §6º deste artigo e a ordem decrescente dos pontos obtidos.

§6º O prazo de validade do concurso público, para efeito do § 5º deste artigo, será contado a partir da publicação do edital de homologação da primeira turma.

Art. 12. A validade dos concursos públicos poderá ser de até um ano, prorrogável por igual período, contada a partir da data de publicação da homologação do concurso ou da homologação da primeira turma, no caso de certames organizados em duas etapas, conforme dispõe o art. 11.

Page 13: 1.Manual Do Siapecad

13

Art. 13. O órgão ou entidade responsável pela reali zação do concurso homologará e divulgará, pelo Diário Oficial da Uniã o, a relação dos candidatos aprovados no certame, classificados em a té duas vezes o número de vagas previsto no edital para cada cargo ou empr ego público, por ordem de classificação.

Art. 14. Durante o período de validade do concurso público, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá autorizar a nomeação ou contratação de candidatos classificados e não convo cados, até o limite de cinqüenta por cento a mais do quantitativo original de vagas.

§1º Para efeito do disposto no caput, no caso de concurso realizado em duas etapas, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá autorizar a convocação para a segunda etapa de candidatos aprovados na primeira etapa e não convocados, sendo que a nomeação dependerá de aprovação na segunda etapa.

§2º A nomeação ou contratação dos candidatos obedecerá rigorosamente à ordem de classificação do concurso público.

Art. 15. Havendo desistência de candidatos durante o processo seletivo, antes da nomeação ou da assinatura do contrato, fac ultar-se-á à Administração substituí-los, convocando candidatos com classificações posteriores, observado o limite estabelecido no art . 13, para provimento das vagas previstas no edital.

Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput, o órgão ou entidade responsável pela realização do certame poderá proce der a tantas convocações quantas necessárias, durante a validade do concurso, segundo a ordem de classificação, até o limite das vagas au torizadas no edital.

Art. 16. Dentro do período de validade do concurso, havendo exoneração de cargo ou demissão de emprego público de servidor no meado ou contratado em virtude de aprovação no concurso, poderá ser fei ta a substituição nos termos do parágrafo único do art.15.

Art. 17. O valor cobrado a título de inscrição no c oncurso será de, no máximo, 2,5% do valor da remuneração inicial do car go ou emprego público prevista no edital.

CAPÍTULO VI

Das Disposições Finais

Art. 18. O ato de autorização para realização de concurso público disporá, também, sobre o provimento dos cargos ou empregos públicos previstos no edital do respectivo certame.

Art. 19. O não cumprimento das disposições contidas nesta Portaria implicará o

Page 14: 1.Manual Do Siapecad

14

cancelamento da autorização concedida para fins de realização do concurso público e nomeação ou contratação, bem como a suspensão do certame, em qualquer fase em que se encontre.

Art. 20. O disposto nesta Portaria não se aplica às carreiras de Diplomata, do Ministério das Relações Exteriores, e às de Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacional, Assistente Jurídico e Procurador Federal, da Advocacia-Geral da União.

Art. 21. Eventuais dúvidas sobre a aplicação dos dispositivos desta Portaria deverão ser encaminhadas à Secretaria de Gestão, deste Ministério.

Art. 22. Esta Portaria aplica-se aos concursos em andamento.

Art. 23. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 24. Fica revogada a Portaria MARE nº 956, de 24 de março de 1998, publicada no Diário Oficial de 27 de abril de 1998, Seção 1.

SIMÃO CIRINEU DIAS

(Of. El. nº 621/2002)

D.O.U., 07/11/2002

DECRETO Nº 4.175, DE 27 DE MARÇO DE 2002 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, D E C R E T A :

Art. 1º A seleção de candidatos para o ingresso no serviço público federal ocorrerá de modo a permitir a renovação contínua do quadro de pessoal, observada a disponibilidade orçamentária. § 1º A validade dos concursos públicos poderá ser d e até um ano, prorrogável por igual período.

§ 2º O disposto no § 1º poderá aplicar-se aos concu rsos vigentes, a critério do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, des de que os respectivos editais não estabeleçam prazo mais longo. § 3º Durante o período de validade do concurso públ ico, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá autorizar a nomeação de candidatos aprovados e não convocados até o limite de cinqüent a por cento a mais do quantitativo original de vagas.

Page 15: 1.Manual Do Siapecad

15

Art. 2º Fica delegada competência ao Ministro de Es tado do Planejamento, Orçamento e Gestão para autorizar a realização de c oncursos públicos e a nomeação de candidatos, bem como estabelecer as res pectivas normas e procedimentos, exceto para ingresso na carreira de Diplomata, que serão autorizados pelo Ministro de Estado das Relações Ex teriores, e nas carreiras de Advogado da União, de Procurador da Fazenda Naciona l, de Assistente Jurídico da Advocacia-Geral da União e de Procurado r Federal, que serão autorizados pelo Advogado-Geral da União.

Art. 3º O órgão ou entidade interessado em realizar concurso público ou nomear candidato habilitado deverá apresentar à Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão just ificativa fundamentada, com indicação das vagas a serem providas e comprova ção da disponibilidade orçamentária.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se apl ica às carreiras de Diplomata, do Ministério das Relações Exteriores, e às de Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacional, Assistente Jurídico e Procurador Federal, da Advocacia-Geral da União.

Art. 4º O Sistema de Controle Interno do Poder Exec utivo Federal fiscalizará o cumprimento das disposições contidas neste Decreto. Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º Ficam revogados o art 3º do Decreto nº 86.3 64, de 14 de setembro de 1981, o Decreto nº 88.376, de 10 de junho de 1983, e o Decreto nº 2.373, de 10 de novembro de 1997. Brasília, 27 de março de 2002; 181º da Independência e 114º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Martus Tavares D.O.U., 28/03/2002

NOMEAÇÃO E PREPARAÇÃO DE POSSE CONCURSADO

Page 16: 1.Manual Do Siapecad

16

NOMEAÇÃO

Lei 8.112/90

Art. 9º A nomeação far-se-á:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administraç ão Pública Federal e seus regulamentos.

LEI Nº 9.515, DE 20 DE NOVEMBRO DE 1997

Dispõe sobre a admissão de professores, técnicos e cientistas estrangeiros pelas universidades e pelas instituições de pesquisa científica e tecnológica federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° O art. 5° da Lei n° 8.112, de 11 de dezembr o de 1990, em virtude da permissão contida nos §§ 1° e 2° do art. 207 da Con stituição Federal, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3°:

"Art. 5°

.................................................................................................

.................................................................................................. § 3° As universidades e instituições de pesquisa ci entífica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores , técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei."

Parecer CONJUR 684-2.2/2002 Art. 2° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3° Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 20 de novembro de 1997; 176° da Independê ncia e 109° da República.

Page 17: 1.Manual Do Siapecad

17

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Luiz Carlos Bresser Pereira

D.O.U, 21/11/1997

LEI Nº 9.030, DE 13 DE MARÇO DE 1995 Fixa a remuneração dos cargos em comissão e de Natureza Especial e das funções de direção, chefia ou assessoramento que menciona, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º A remuneração total dos cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis DAS-101.6, DAS-102.6, DAS-101.5, DAS-102.5, DAS-101.4 e DAS-102.4, e dos cargos de Natureza Especial, salvo aqueles cujo titular tem prerrogativas, vantagens e direitos equivalentes aos de Ministro de Estado, passa a ser a constante do Anexo I desta lei.

Art. 2º O servidor ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente na Administração Pública Federal direta ou indireta, investido nos cargos a que se refere o artigo anterior, que optar pela remuneração de seu cargo efetivo ou emprego permanente, perceberá, pelo exercício do cargo em comissão ou de Natureza Especial, a título de Parcela Variável, valor equivalente à diferença entre a remuneração recebida em seu órgão ou entidade de origem e a remuneração total do cargo em comissão ou de Natureza Especial que exerce.

§ 1º Para fins de cálculo da Parcela Variável a que se refere este artigo, será considerada como remuneração do cargo efetivo ou emprego permanente a definida no inciso III do art. 1º da Lei nº 8.852, de 4 de fevereiro de 1994.

§ 2º O servidor a que se refere este artigo poderá optar por receber, pelo exercício do cargo em comissão ou de Natureza Especial, Parcela Variável em valor igual a 25% da remuneração total do cargo ou função, obedecidos os limites fixados pela Lei nº 8.852, de 4 de fevereiro de 1994.

§ 3º A parcela a ser incorporada, nos termos da legislação específica, relativa aos cargos a que se refere o artigo anterior, será calculada sobre o valor da Parcela Variável fixado no parágrafo anterior.

Art. 3º O vencimento dos cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS), níveis DAS-101.3, DAS-102.3, DAS-101.2, DAS-102.2, DAS-101.1 e DAS-102.1, mantidos os respectivos percentuais de

Page 18: 1.Manual Do Siapecad

18

representação e fatores de Gratificação de Atividade por Desempenho de Função, passa a ser o constante do Anexo II desta lei.

Art. 4º O vencimento das Funções Gratificadas (FG), criadas pelo art. 26 da Lei nº 8.216, de 13 de agosto de 1991, e das Gratificações de Representação (GR) da Presidência da República e dos órgãos que a integram, mantidos os respectivos fatores de Gratificação de Atividade por Desempenho de Função, passa a ser o constante do Anexo III desta lei.

Parágrafo único. A designação para o exercício das Funções Gratificadas (FG) de que trata este artigo recairá, exclusivamen te, em servidor ocupante de cargo efetivo regido pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Art. 5º A tabela constante do Anexo X a que se refere o art. 11 da Lei nº 8.460, de 17 de setembro de 1992, fica alterada de conformidade com o Anexo IV desta lei.

Art. 6º (Vetado).

Art. 7º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir de 1º de março de 1995.

Brasília, 13 de março de 1995; 174º da Independência e 107º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Luiz Carlos Bresser Pereira

Ofício nº 121/99-COGLE/DENOR/SRH/SEAP Brasília, 05 de maio de 1999 Senhora Coordenadora-Geral, Referimo-nos ao Fax datado de 26 de abril de 1999, no qual Vossa Senhoria solicita pronunciamento sobre como proceder para efetivar o pagamento da remuneração a servidor ocupante de cargo efetivo na Administração Federal nomeado para exercer cargo de Ministro de Estado. 2. A respeito do assunto, verifica-se que a Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991, no seu artigo 3º, dispõe sobre as hipóteses de opção pela remuneração previstas para o ocupante do cargo de Ministro de Estado. "Art. 3º Aos ocupantes dos cargos de Ministro de Estado é facultado optar pela remuneração: I - do mandato, em se tratando de Deputado Federal ou de Senador; II - do cargo ou emprego efetivo de que seja titular na União, Estado, Distrito Federal, Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista ou em empresa pública. Parágrafo Único. Na hipótese do inciso I, o Ministro de Estado perceberá a vantagem pecuniária

Page 19: 1.Manual Do Siapecad

19

instituída pela Lei nº 7.374, de 30 de setembro de 1985; e, na do inciso II, a representação mensal da respectivo cargo, acrescida da mesma vantagem pecuniária." Destaque nosso A Sua Senhoria a Senhora DULCE APARECIDA DE CARVALHO Coordenadora-Geral de Recursos Humanos Ministério do Orçamento e Gestão Brasília/DF. 3. Acrescente-se que o Decreto-Legislativo nº 6, de 19 de janeiro de 1995, no art. 3º estabelece: "Art. 3º A remuneração mensal dos Ministros de Estado, a que se refere o inciso VIII do art. 49 da Constituição Federal, prevista para o exercício financeiro de 1995, é fixada em R$ 8.000,00 (oito mil reais). Parágrafo único. A remuneração a que se refere o caput deste artigo é compostas das seguintes parcelas: I - Vencimento básico: 3.000,00 (três mil reais) II - Representação: 3.000,00 (três mil reais) III - Gratificação pelo Exercício do cargo de Ministro de Estado: 2.000,00 (dois mil reais)." Destaques nosso 4. Desta forma, o servidor público nomeado para cargo de Ministro de Estado poderá optar pela remuneração do cargo de Ministro ou pela do cargo efetivo acrescida da representação mensal no valor estipulado pelo Decreto-Legislativo nº 6, de 1995, conforme disposto no art. 3º, parágrafo único, inciso II da Lei nº 8.162, de 1991. É de se salientar que o pagamento deverá observar o teto estabelecido na Lei nº 8.852, de 4 de fevereiro de 1994, que dispõe sobre a aplicação dos arts. 37, incisos XI e XII, e 39, § 1º, da Constituição Federal, e dá outras providências. 5. Esclarecemos que as dúvidas, relacionadas aos procedimentos junto ao Sistema SIAPE são de competência da Coordenação-Geral de Operações e Produção desta Secretaria, razão pela qual será remetida cópia do presente Oficio àquela Coordenação, para as providências necessárias quanto a operacionalização do pagamento de Ministro de Estado. Atenciosamente, PAULO APARECIDO DA SILVA Coordenador-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

.

Page 20: 1.Manual Do Siapecad

20

POSSE

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de

provimento. (Reda鈬o dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o

prazo será contado do término do impedimento. (Reda鈬o dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. (Reda鈬o dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste artigo.

Art. 14 A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

LEI 9.624/1998

Art. 14. Os candidatos preliminarmente aprovados em concurso público para provimento de cargos na Administração Pública Federal, durante o programa de formação, farão jus, a título de auxílio financeiro, a cinqüenta por cento da remuneração da classe inicial do cargo a que estiver concorrendo.

§ 1° No caso de o candidato ser servidor da Adminis tração Pública Federal, ser-lhe-á facultado optar pela percepção do vencimento e das vantagens de seu cargo efetivo.

Page 21: 1.Manual Do Siapecad

21

§ 2° Aprovado o candidato no programa de formação, o tempo destinado ao seu cumprimento será computado, para todos os efeitos, como de efetivo exercício no cargo público em que venha a ser investido, exceto para fins de estágio probatório, estabilidade, férias e promoção.

DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999.

Regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989,

DECRETA:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência compreende o conjunto de orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência.

Art. 2º Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.

Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:

I - deficiência - toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano;

II - deficiência permanente - aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; e

III - incapacidade - uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida.

Page 22: 1.Manual Do Siapecad

22

Art. 4º É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:

I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

II - deficiência auditiva - perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte:

a) de 25 a 40 decibéis (db) - surdez leve;

b) de 41 a 55 db - surdez moderada;

c) de 56 a 70 db - surdez acentuada;

d) de 71 a 90 db - surdez severa;

e) acima de 91 db - surdez profunda; e

f) anacusia;

III - deficiência visual - acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (tabela de Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações;

IV - deficiência mental - funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:

a) comunicação;

b) cuidado pessoal;

c) habilidades sociais;

d) utilização da comunidade;

e) saúde e segurança;

f) habilidades acadêmicas;

g) lazer; e

h) trabalho;

V - deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências.

Page 23: 1.Manual Do Siapecad

23

CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS

Art. 5º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em consonância com o Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes princípios;

I - desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto sócio-econômico e cultural;

II - estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econômico; e

III - respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos.

CAPÍTULO III

DAS DIRETRIZES

Art. 6º São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:

I - estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora de deficiência;

II - adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem assim com organismos internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política;

III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao lazer;

IV - viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de implementação dessa Política, por intermédio de suas entidades representativas;

Page 24: 1.Manual Do Siapecad

24

V - ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência, proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho; e

VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, sem o cunho assistencialista.

CAPÍTULO IV

DOS OBJETIVOS

Art. 7º São objetivos da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:

I - o acesso, o ingresso e a permanência da pessoa portadora de deficiência em todos os serviços oferecidos à comunidade;

II - integração das ações dos órgãos e das entidades públicos e privados nas áreas de saúde, educação, trabalho, transporte, assistência social, edificação pública, previdência social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção das deficiências, à eliminação de suas múltiplas causas e à inclusão social;

III - desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento das necessidades especiais da pessoa portadora de deficiência;

IV - formação de recursos humanos para atendimento da pessoa portadora de deficiência; e

V - garantia da efetividade dos programas de prevenção, de atendimento especializado e de inclusão social.

CAPÍTULO V

DOS INSTRUMENTOS

Art. 8º São instrumentos da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:

I - a articulação entre entidades governamentais e não-governamentais que tenham responsabilidades quanto ao atendimento da pessoa portadora de deficiência, em nível federal, estadual, do Distrito Federal e municipal;

II - o fomento à formação de recursos humanos para adequado e eficiente atendimento da pessoa portadora de deficiência;

III - a aplicação da legislação específica que disciplina a reserva de mercado de trabalho, em favor da pessoa portadora de deficiência, nos órgãos e nas entidades públicos e privados;

Page 25: 1.Manual Do Siapecad

25

IV - o fomento da tecnologia de bioengenharia voltada para a pessoa portadora de deficiência, bem como a facilitação da importação de equipamentos; e

V - a fiscalização do cumprimento da legislação pertinente à pessoa portadora de deficiência.

CAPÍTULO VI

DOS ASPECTOS INSTITUCIONAIS

Art. 9º Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta deverão conferir, no âmbito das respectivas competências e finalidades, tratamento prioritário e adequado aos assuntos relativos à pessoa portadora de deficiência, visando a assegurar-lhe o pleno exercício de seus direitos básicos e a efetiva inclusão social.

Art. 10. Na execução deste Decreto, a Administração Pública Federal direta e indireta atuará de modo integrado e coordenado, seguindo planos e programas, com prazos e objetivos determinados, aprovados pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência - CONADE.

Art. 11. Ao CONADE, criado no âmbito do Ministério da Justiça como órgão superior de deliberação colegiada, compete:

I - zelar pela efetiva implantação da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;

II - acompanhar o planejamento e avaliar a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer, política urbana e outras relativas à pessoa portadora de deficiência;

III - acompanhar a elaboração e a execução da proposta orçamentária do Ministério da Justiça, sugerindo as modificações necessárias à consecução da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;

IV - zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de defesa dos direitos da pessoa portadora de deficiência;

V - acompanhar e apoiar as políticas e as ações do Conselho dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VI - propor a elaboração de estudos e pesquisas que objetivem a melhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência;

VII - propor e incentivar a realização de campanhas visando à prevenção de deficiências e à promoção dos direitos da pessoa portadora de deficiência;

Page 26: 1.Manual Do Siapecad

26

VIII - aprovar o plano de ação anual da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE;

IX - acompanhar, mediante relatórios de gestão, o desempenho dos programas e projetos da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência; e

X - elaborar o seu regimento interno.

Art. 12. O CONADE será constituído, paritariamente, por representantes de instituições governamentais e da sociedade civil, sendo a sua composição e o seu funcionamento disciplinados em ato do Ministro de Estado da Justiça.

Parágrafo único. Na composição do CONADE, o Ministro de Estado da Justiça disporá sobre os critérios de escolha dos representantes a que se refere este artigo, observando, entre outros, a representatividade e a efetiva atuação, em nível nacional, relativamente à defesa dos direitos da pessoa portadora de deficiência.

Art. 13. Poderão ser instituídas outras instâncias deliberativas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, que integrarão sistema descentralizado de defesa dos direitos da pessoa portadora de deficiência.

Art. 14. Incumbe ao Ministério da Justiça, por intermédio da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, a coordenação superior, na Administração Pública Federal, dos assuntos, das atividades e das medidas que se refiram às pessoas portadoras de deficiência.

§ 1º No âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, compete à CORDE:

I - exercer a coordenação superior dos assuntos, das ações governamentais e das medidas referentes à pessoa portadora de deficiência;

II - elaborar os planos, programas e projetos da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, bem como propor as providências necessárias à sua completa implantação e ao seu adequado desenvolvimento, inclusive as pertinentes a recursos financeiros e as de caráter legislativo;

III - acompanhar e orientar a execução pela Administração Pública Federal dos planos, programas e projetos mencionados no inciso anterior;

IV - manifestar-se sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, dos projetos federais a ela conexos, antes da liberação dos recursos respectivos;

V - manter com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e o Ministério Público, estreito relacionamento, objetivando a concorrência de ações destinadas à integração das pessoas portadoras de deficiência;

Page 27: 1.Manual Do Siapecad

27

VI - provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil de que trata a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, e indicando-lhe os elementos de convicção;

VII - emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos demais órgãos da Administração Pública Federal, no âmbito da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência; e

VIII - promover e incentivar a divulgação e o debate das questões concernentes à pessoa portadora de deficiência, visando à conscientização da sociedade.

§ 2º Na elaboração dos planos e programas a seu cargo, a CORDE deverá:

I - recolher, sempre que possível, a opinião das pessoas e entidades interessadas; e

II - considerar a necessidade de ser oferecido efetivo apoio às entidades privadas voltadas à integração social da pessoa portadora de deficiência.

CAPÍTULO VII

DA EQUIPARAÇÃO DE OPORTUNIDADES

Art. 15. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal prestarão direta ou indiretamente à pessoa portadora de deficiência os seguintes serviços:

I - reabilitação integral, entendida como o desenvolvimento das potencialidades da pessoa portadora de deficiência, destinada a facilitar sua atividade laboral, educativa e social;

II - formação profissional e qualificação para o trabalho;

III - escolarização em estabelecimentos de ensino regular com a provisão dos apoios necessários, ou em estabelecimentos de ensino especial; e

IV - orientação e promoção individual, familiar e social.

Seção I

Da Saúde

Art. 16. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta responsáveis pela saúde devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamento prioritário e adequado, viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:

I - a promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à nutrição da mulher e da criança, à identificação e ao controle da gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doenças do metabolismo e seu diagnóstico, ao encaminhamento precoce de outras doenças causadoras de

Page 28: 1.Manual Do Siapecad

28

deficiência, e à detecção precoce das doenças crônico-degenerativas e a outras potencialmente incapacitantes;

II - o desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidentes domésticos, de trabalho, de trânsito e outros, bem como o desenvolvimento de programa para tratamento adequado a suas vítimas;

III - a criação de rede de serviços regionalizados, descentralizados e hierarquizados em crescentes níveis de complexidade, voltada ao atendimento à saúde e reabilitação da pessoa portadora de deficiência, articulada com os serviços sociais, educacionais e com o trabalho;

IV - a garantia de acesso da pessoa portadora de deficiência aos estabelecimentos de saúde públicos e privados e de seu adequado tratamento sob normas técnicas e padrões de conduta apropriados;

V - a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao portador de deficiência grave não internado;

VI - o desenvolvimento de programas de saúde voltados para a pessoa portadora de deficiência, desenvolvidos com a participação da sociedade e que lhes ensejem a inclusão social; e

VII - o papel estratégico da atuação dos agentes comunitários de saúde e das equipes de saúde da família na disseminação das práticas e estratégias de reabilitação baseada na comunidade.

§ 1º Para os efeitos deste Decreto, prevenção compreende as ações e medidas orientadas a evitar as causas das deficiências que possam ocasionar incapacidade e as destinadas a evitar sua progressão ou derivação em outras incapacidades.

§ 2º A deficiência ou incapacidade deve ser diagnosticada e caracterizada por equipe multidisciplinar de saúde, para fins de concessão de benefícios e serviços.

§ 3º As ações de promoção da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência deverão também assegurar a igualdade de oportunidades no campo da saúde.

Art. 17. É beneficiária do processo de reabilitação a pessoa que apresenta deficiência, qualquer que seja sua natureza, agente causal ou grau de severidade.

§ 1º Considera-se reabilitação o processo de duração limitada e com objetivo definido, destinado a permitir que a pessoa com deficiência alcance o nível físico, mental ou social funcional ótimo, proporcionando-lhe os meios de modificar sua própria vida, podendo compreender medidas visando a compensar a perda de uma função ou uma limitação funcional e facilitar ajustes ou reajustes sociais.

Page 29: 1.Manual Do Siapecad

29

§ 2º Para efeito do disposto neste artigo, toda pessoa que apresente redução funcional devidamente diagnosticada por equipe multiprofissional terá direito a beneficiar-se dos processos de reabilitação necessários para corrigir ou modificar seu estado físico, mental ou sensorial, quando este constitua obstáculo para sua integração educativa, laboral e social.

Art. 18. Incluem-se na assistência integral à saúde e reabilitação da pessoa portadora de deficiência a concessão de órteses, próteses, bolsas coletoras e materiais auxiliares, dado que tais equipamentos complementam o atendimento, aumentando as possibilidades de independência e inclusão da pessoa portadora de deficiência.

Art. 19. Consideram-se ajudas técnicas, para os efeitos deste Decreto, os elementos que permitem compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, com o objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão social.

Parágrafo único. São ajudas técnicas:

I - próteses auditivas, visuais e físicas;

II - órteses que favoreçam a adequação funcional;

III - equipamentos e elementos necessários à terapia e reabilitação da pessoa portadora de deficiência;

IV - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente desenhados ou adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência;

V - elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários para facilitar a autonomia e a segurança da pessoa portadora de deficiência;

VI - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para pessoa portadora de deficiência;

VII - equipamentos e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa portadora de deficiência;

VIII - adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria funcional e a autonomia pessoal; e IX - bolsas coletoras para os portadores de ostomia.

Art. 20. É considerado parte integrante do processo de reabilitação o provimento de medicamentos que favoreçam a estabilidade clínica e funcional e auxiliem na limitação da incapacidade, na reeducação funcional e no controle das lesões que geram incapacidades.

Art. 21. O tratamento e a orientação psicológica serão prestados durante as distintas fases do processo reabilitador, destinados a contribuir para que a

Page 30: 1.Manual Do Siapecad

30

pessoa portadora de deficiência atinja o mais pleno desenvolvimento de sua personalidade.

Parágrafo único. O tratamento e os apoios psicológicos serão simultâneos aos tratamentos funcionais e, em todos os casos, serão concedidos desde a comprovação da deficiência ou do início de um processo patológico que possa originá-la.

Art. 22. Durante a reabilitação, será propiciada, se necessária, assistência em saúde mental com a finalidade de permitir que a pessoa submetida a esta prestação desenvolva ao máximo suas capacidades.

Art. 23. Será fomentada a realização de estudos epidemiológicos e clínicos, com periodicidade e abrangência adequadas, de modo a produzir informações sobre a ocorrência de deficiências e incapacidades.

Seção II

Do Acesso à Educação

Art. 24. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta responsáveis pela educação dispensarão tratamento prioritário e adequado aos assuntos objeto deste Decreto, viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:

I - a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoa portadora de deficiência capazes de se integrar na rede regular de ensino;

II - a inclusão, no sistema educacional, da educação especial como modalidade de educação escolar que permeia transversalmente todos os níveis e as modalidades de ensino;

III - a inserção, no sistema educacional, das escolas ou instituições especializadas públicas e privadas;

IV - a oferta, obrigatória e gratuita, da educação especial em estabelecimentos públicos de ensino;

V - o oferecimento obrigatório dos serviços de educação especial ao educando portador de deficiência em unidades hospitalares e congêneres nas quais esteja internado por prazo igual ou superior a um ano; e

VI - o acesso de aluno portador de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, transporte, merenda escolar e bolsas de estudo.

§ 1º Entende-se por educação especial, para os efeitos deste Decreto, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de

Page 31: 1.Manual Do Siapecad

31

ensino para educando com necessidades educacionais especiais, entre eles o portador de deficiência.

§ 2º A educação especial caracteriza-se por constituir processo flexível, dinâmico e individualizado, oferecido principalmente nos níveis de ensino considerados obrigatórios.

§ 3º A educação do aluno com deficiência deverá iniciar-se na educação infantil, a partir de zero ano.

§ 4º A educação especial contará com equipe multiprofissional, com a adequada especialização, e adotará orientações pedagógicas individualizadas.

§ 5º Quando da construção e reforma de estabelecimentos de ensino deverá ser observado o atendimento as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT relativas à acessibilidade.

Art. 25. Os serviços de educação especial serão ofertados nas instituições de ensino público ou privado do sistema de educação geral, de forma transitória ou permanente, mediante programas de apoio para o aluno que está integrado no sistema regular de ensino, ou em escolas especializadas exclusivamente quando a educação das escolas comuns não puder satisfazer as necessidades educativas ou sociais do aluno ou quando necessário ao bem-estar do educando.

Art. 26. As instituições hospitalares e congêneres deverão assegurar atendimento pedagógico ao educando portador de deficiência internado nessas unidades por prazo igual ou superior a um ano, com o propósito de sua inclusão ou manutenção no processo educacional.

Art. 27. As instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de provas e os apoios necessários, previamente solicitados pelo aluno portador de deficiência, inclusive tempo adicional para realização das provas, conforme as características da deficiência.

§ 1º As disposições deste artigo aplicam-se, também, ao sistema geral do processo seletivo para ingresso em cursos universitários de instituições de ensino superior.

§ 2º O Ministério da Educação, no âmbito da sua competência, expedirá instruções para que os programas de educação superior incluam nos seus currículos conteúdos, itens ou disciplinas relacionados à pessoa portadora de deficiência.

Art. 28. O aluno portador de deficiência matriculado ou egresso do ensino fundamental ou médio, de instituições públicas ou privadas, terá acesso à educação profissional, a fim de obter habilitação profissional que lhe proporcione oportunidades de acesso ao mercado de trabalho.

Page 32: 1.Manual Do Siapecad

32

§ 1º A educação profissional para a pessoa portadora de deficiência será oferecida nos níveis básico, técnico e tecnológico, em escola regular, em instituições especializadas e nos ambientes de trabalho.

§ 2º As instituições públicas e privadas que ministram educação profissional deverão, obrigatoriamente, oferecer cursos profissionais de nível básico à pessoa portadora de deficiência, condicionando a matrícula à sua capacidade de aproveitamento e não a seu nível de escolaridade.

§ 3º Entende-se por habilitação profissional o processo destinado a propiciar à pessoa portadora de deficiência, em nível formal e sistematizado, aquisição de conhecimentos e habilidades especificamente associados a determinada profissão ou ocupação.

§ 4º Os diplomas e certificados de cursos de educação profissional expedidos por instituição credenciada pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente terão validade em todo o território nacional.

Art. 29. As escolas e instituições de educação profissional oferecerão, se necessário, serviços de apoio especializado para atender às peculiaridades da pessoa portadora de deficiência, tais como:

I - adaptação dos recursos instrucionais: material pedagógico, equipamento e currículo;

II - capacitação dos recursos humanos: professores, instrutores e profissionais especializados; e

III - adequação dos recursos físicos: eliminação de barreiras arquitetônicas, ambientais e de comunicação.

Seção III

Da Habilitação e da Reabilitação Profissional

Art. 30. A pessoa portadora de deficiência, beneficiária ou não do Regime Geral de Previdência Social, tem direito às prestações de habilitação e reabilitação profissional para capacitar-se a obter trabalho, conservá-lo e progredir profissionalmente.

Art. 31. Entende-se por habilitação e reabilitação profissional o processo orientado a possibilitar que a pessoa portadora de deficiência, a partir da identificação de suas potencialidades laborativas, adquira o nível suficiente de desenvolvimento profissional para ingresso e reingresso no mercado de trabalho e participar da vida comunitária.

Art. 32. Os serviços de habilitação e reabilitação profissional deverão estar dotados dos recursos necessários para atender toda pessoa portadora de deficiência, independentemente da origem de sua deficiência, desde que possa

Page 33: 1.Manual Do Siapecad

33

ser preparada para trabalho que lhe seja adequado e tenha perspectivas de obter, conservar e nele progredir.

Art. 33. A orientação profissional será prestada pelos correspondentes serviços de habilitação e reabilitação profissional, tendo em conta as potencialidades da pessoa portadora de deficiência, identificadas com base em relatório de equipe multiprofissional, que deverá considerar:

I - educação escolar efetivamente recebida e por receber;

II - expectativas de promoção social;

III - possibilidades de emprego existentes em cada caso;

IV - motivações, atitudes e preferências profissionais; e

V - necessidades do mercado de trabalho.

Seção IV

Do Acesso ao Trabalho

Art. 34. É finalidade primordial da política de emprego a inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho ou sua incorporação ao sistema produtivo mediante regime especial de trabalho protegido.

Parágrafo único. Nos casos de deficiência grave ou severa, o cumprimento do disposto no caput deste artigo poderá ser efetivado mediante a contratação das cooperativas sociais de que trata a Lei nº 9.867, de 10 de novembro de 1999.

Art. 35. São modalidades de inserção laboral da pessoa portadora de deficiência:

I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais;

II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais para sua concretização; e

III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e pessoal.

§ 1º As entidades beneficentes de assistência social, na forma da lei, poderão intermediar a modalidade de inserção laboral de que tratam os incisos II e III, nos seguintes casos:

I - na contratação para prestação de serviços, por entidade pública ou privada, da pessoa portadora de deficiência física, mental ou sensorial; e

Page 34: 1.Manual Do Siapecad

34

II - na comercialização de bens e serviços decorrentes de programas de habilitação profissional de adolescente e adulto portador de deficiência em oficina protegida de produção ou terapêutica.

§ 2º Consideram-se procedimentos especiais os meios utilizados para a contratação de pessoa que, devido ao seu grau de deficiência, transitória ou permanente, exija condições especiais, tais como jornada variável, horário flexível, proporcionalidade de salário, ambiente de trabalho adequado às suas especificidades, entre outros.

§ 3º Consideram-se apoios especiais a orientação, a supervisão e as ajudas técnicas entre outros elementos que auxiliem ou permitam compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, de modo a superar as barreiras da mobilidade e da comunicação, possibilitando a plena utilização de suas capacidades em condições de normalidade.

§ 4º Considera-se oficina protegida de produção a unidade que funciona em relação de dependência com entidade pública ou beneficente de assistência social, que tem por objetivo desenvolver programa de habilitação profissional para adolescente e adulto portador de deficiência, provendo-o com trabalho remunerado, com vista à emancipação econômica e pessoal relativa.

§ 5º Considera-se oficina protegida terapêutica a unidade que funciona em relação de dependência com entidade pública ou beneficente de assistência social, que tem por objetivo a integração social por meio de atividades de adaptação e capacitação para o trabalho de adolescente e adulto que devido ao seu grau de deficiência, transitória ou permanente, não possa desempenhar atividade laboral no mercado competitivo de trabalho ou em oficina protegida de produção.

§ 6º O período de adaptação e capacitação para o trabalho de adolescente e adulto portador de deficiência em oficina protegida terapêutica não caracteriza vínculo empregatício e está condicionado a processo de avaliação individual que considere o desenvolvimento biopsicosocial da pessoa.

§ 7º A prestação de serviços será feita mediante celebração de convênio ou contrato formal, entre a entidade beneficente de assistência social e o tomador de serviços, no qual constará a relação nominal dos trabalhadores portadores de deficiência colocados à disposição do tomador.

§ 8º A entidade que se utilizar do processo de colocação seletiva deverá promover, em parceria com o tomador de serviços, programas de prevenção de doenças profissionais e de redução da capacidade laboral, bem assim programas de reabilitação caso ocorram patologias ou se manifestem outras incapacidades.

Art. 36. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus cargos com beneficiários da Previdência Social

Page 35: 1.Manual Do Siapecad

35

reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência habilitada, na seguinte proporção:

I - até duzentos empregados, dois por cento;

II - de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;

III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou

IV - mais de mil empregados, cinco por cento.

§ 1º A dispensa de empregado na condição estabelecida neste artigo, quando se tratar de contrato por prazo determinado, superior a noventa dias, e a dispensa imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somente poderá ocorrer após a contratação de substituto em condições semelhantes.

§ 2º Considera-se pessoa portadora de deficiência habilitada aquela que concluiu curso de educação profissional de nível básico, técnico ou tecnológico, ou curso superior, com certificação ou diplomação expedida por instituição pública ou privada, legalmente credenciada pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente, ou aquela com certificado de conclusão de processo de habilitação ou reabilitação profissional fornecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.

§ 3º Considera-se, também, pessoa portadora de deficiência habilitada aquela que, não tendo se submetido a processo de habilitação ou reabilitação, esteja capacitada para o exercício da função.

§ 4º A pessoa portadora de deficiência habilitada nos termos dos §§ 2º e 3º deste artigo poderá recorrer à intermediação de órgão integrante do sistema público de emprego, para fins de inclusão laboral na forma deste artigo.

§ 5º Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer sistemática de fiscalização, avaliação e controle das empresas, bem como instituir procedimentos e formulários que propiciem estatísticas sobre o número de empregados portadores de deficiência e de vagas preenchidas, para fins de acompanhamento do disposto no caput deste artigo.

Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é portador.

§ 1º O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições, concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação obtida.

§ 2º Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subseqüente.

Page 36: 1.Manual Do Siapecad

36

Art. 38. Não se aplica o disposto no artigo anterior nos casos de provimento de:

I - cargo em comissão ou função de confiança, de livre nomeação e exoneração; e

II - cargo ou emprego público integrante de carreira que exija aptidão plena do candidato.

Art. 39. Os editais de concursos públicos deverão conter:

I - o número de vagas existentes, bem como o total correspondente à reserva destinada à pessoa portadora de deficiência;

II - as atribuições e tarefas essenciais dos cargos;

III - previsão de adaptação das provas, do curso de formação e do estágio probatório, conforme a deficiência do candidato; e

IV - exigência de apresentação, pelo candidato portador de deficiência, no ato da inscrição, de laudo médico atestando a espécie e o grau ou nível da deficiência, com expressa referência ao código correspondente da Classificação Internacional de Doença - CID, bem como a provável causa da deficiência.

Art. 40. É vedado à autoridade competente obstar a inscrição de pessoa portadora de deficiência em concurso público para ingresso em carreira da Administração Pública Federal direta e indireta.

§ 1º No ato da inscrição, o candidato portador de deficiência que necessite de tratamento diferenciado nos dias do concurso deverá requerê-lo, no prazo determinado em edital, indicando as condições diferenciadas de que necessita para a realização das provas.

§ 2º O candidato portador de deficiência que necessitar de tempo adicional para realização das provas deverá requerê-lo, com justificativa acompanhada de parecer emitido por especialista da área de sua deficiência, no prazo estabelecido no edital do concurso.

Art. 41. A pessoa portadora de deficiência, resguardadas as condições especiais previstas neste Decreto, participará de concurso em igualdade de condições com os demais candidatos no que concerne:

I - ao conteúdo das provas;

II - à avaliação e aos critérios de aprovação;

III - ao horário e ao local de aplicação das provas; e

IV - à nota mínima exigida para todos os demais candidatos.

Page 37: 1.Manual Do Siapecad

37

Art. 42. A publicação do resultado final do concurso será feita em duas listas, contendo, a primeira, a pontuação de todos os candidatos, inclusive a dos portadores de deficiência, e a segunda, somente a pontuação destes últimos.

Art. 43. O órgão responsável pela realização do concurso terá a assistência de equipe multiprofissional composta de três profissionais capacitados e atuantes nas áreas das deficiências em questão, sendo um deles médico, e três profissionais integrantes da carreira almejada pelo candidato.

§ 1º A equipe multiprofissional emitirá parecer observando:

I - as informações prestadas pelo candidato no ato da inscrição;

II - a natureza das atribuições e tarefas essenciais do cargo ou da função a desempenhar;

III - a viabilidade das condições de acessibilidade e as adequações do ambiente de trabalho na execução das tarefas;

IV - a possibilidade de uso, pelo candidato, de equipamentos ou outros meios que habitualmente utilize; e

V - a CID e outros padrões reconhecidos nacional e internacionalmente.

§ 2º A equipe multiprofissional avaliará a compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiência do candidato durante o estágio probatório.

Art. 44. A análise dos aspectos relativos ao potencial de trabalho do candidato portador de deficiência obedecerá ao disposto no art. 20 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Art. 45. Serão implementados programas de formação e qualificação profissional voltados para a pessoa portadora de deficiência no âmbito do Plano Nacional de Formação Profissional - PLANFOR.

Parágrafo único. Os programas de formação e qualificação profissional para pessoa portadora de deficiência terão como objetivos:

I - criar condições que garantam a toda pessoa portadora de deficiência o direito a receber uma formação profissional adequada;

II - organizar os meios de formação necessários para qualificar a pessoa portadora de deficiência para a inserção competitiva no mercado laboral; e

III - ampliar a formação e qualificação profissional sob a base de educação geral para fomentar o desenvolvimento harmônico da pessoa portadora de deficiência, assim como para satisfazer as exigências derivadas do progresso técnico, dos novos métodos de produção e da evolução social e econômica.

Seção V

Page 38: 1.Manual Do Siapecad

38

Da Cultura, do Desporto, do Turismo e do Lazer

Art. 46. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta responsáveis pela cultura, pelo desporto, pelo turismo e pelo lazer dispensarão tratamento prioritário e adequado aos assuntos objeto deste Decreto, com vista a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:

I - promover o acesso da pessoa portadora de deficiência aos meios de comunicação social;

II - criar incentivos para o exercício de atividades criativas, mediante:

a) participação da pessoa portadora de deficiência em concursos de prêmios no campo das artes e das letras; e

b) exposições, publicações e representações artísticas de pessoa portadora de deficiência;

III - incentivar a prática desportiva formal e não-formal como direito de cada um e o lazer como forma de promoção social;

IV - estimular meios que facilitem o exercício de atividades desportivas entre a pessoa portadora de deficiência e suas entidades representativas;

V - assegurar a acessibilidade às instalações desportivas dos estabelecimentos de ensino, desde o nível pré-escolar até à universidade;

VI - promover a inclusão de atividades desportivas para pessoa portadora de deficiência na prática da educação física ministrada nas instituições de ensino públicas e privadas;

VII - apoiar e promover a publicação e o uso de guias de turismo com informação adequada à pessoa portadora de deficiência; e

VIII - estimular a ampliação do turismo à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a oferta de instalações hoteleiras acessíveis e de serviços adaptados de transporte.

Art. 47. Os recursos do Programa Nacional de Apoio à Cultura financiarão, entre outras ações, a produção e a difusão artístico-cultural de pessoa portadora de deficiência.

Parágrafo único. Os projetos culturais financiados com recursos federais, inclusive oriundos de programas especiais de incentivo à cultura, deverão facilitar o livre acesso da pessoa portadora de deficiência, de modo a possibilitar-lhe o pleno exercício dos seus direitos culturais.

Art. 48. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta, promotores ou financiadores de atividades desportivas e de lazer,

Page 39: 1.Manual Do Siapecad

39

devem concorrer técnica e financeiramente para obtenção dos objetivos deste Decreto.

Parágrafo único. Serão prioritariamente apoiadas a manifestação desportiva de rendimento e a educacional, compreendendo as atividades de:

I - desenvolvimento de recursos humanos especializados;

II - promoção de competições desportivas internacionais, nacionais, estaduais e locais;

III - pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, documentação e informação; e

IV - construção, ampliação, recuperação e adaptação de instalações desportivas e de lazer.

CAPÍTULO VIII

DA POLÍTICA DE CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS

Art. 49. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta, responsáveis pela formação de recursos humanos, devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamento prioritário e adequado, viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:

I - formação e qualificação de professores de nível médio e superior para a educação especial, de técnicos de nível médio e superior especializados na habilitação e reabilitação, e de instrutores e professores para a formação profissional;

II - formação e qualificação profissional, nas diversas áreas de conhecimento e de recursos humanos que atendam às demandas da pessoa portadora de deficiência; e

III - incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do conhecimento relacionadas com a pessoa portadora de deficiência.

CAPÍTULO IX

DA ACESSIBILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Art. 50. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta adotarão providências para garantir a acessibilidade e a utilização dos bens e serviços, no âmbito de suas competências, à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a eliminação de barreiras arquitetônicas e obstáculos, bem como evitando a construção de novas barreiras.

Art. 51. Para os efeitos deste Capítulo, consideram-se:

Page 40: 1.Manual Do Siapecad

40

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das instalações e equipamentos esportivos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;

II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança das pessoas, classificadas em:

a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público;

b) barreiras arquitetônicas na edificação: as existentes no interior dos edifícios públicos e privados;

c) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa;

III - pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida: a que temporária ou permanentemente tenha limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio ambiente e de utilizá-lo;

IV - elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, saneamento, encanamentos para esgotos, distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico; e

V - mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da edificação, de forma que sua modificação ou translado não provoque alterações substanciais nestes elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, cabines telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga.

Art. 52. A construção, ampliação e reforma de edifícios, praças e equipamentos esportivos e de lazer, públicos e privados, destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, na construção, ampliação ou reforma de edifícios, praças e equipamentos esportivos e de lazer, públicos e privados, destinados ao uso coletivo por órgãos da Administração Pública Federal, deverão ser observados, pelo menos, os seguintes requisitos de acessibilidade:

Page 41: 1.Manual Do Siapecad

41

I - nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a estacionamento de uso público, serão reservados dois por cento do total das vagas à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, garantidas no mínimo três, próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas e com as especificações técnicas de desenho e traçado segundo as normas da ABNT;

II - pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;

III - pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, cumprirá os requisitos de acessibilidade;

IV - pelo menos um dos elevadores deverá ter a cabine, assim como sua porta de entrada, acessíveis para pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, em conformidade com norma técnica específica da ABNT; e

V - os edifícios disporão, pelo menos, de um banheiro acessível para cada gênero, distribuindo-se seus equipamentos e acessórios de modo que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 53. As bibliotecas, os museus, os locais de reuniões, conferências, aulas e outros ambientes de natureza similar disporão de espaços reservados para pessoa que utilize cadeira de rodas e de lugares específicos para pessoa portadora de deficiência auditiva e visual, inclusive acompanhante, de acordo com as normas técnicas da ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação.

Art. 54. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal, no prazo de três anos a partir da publicação deste Decreto, deverão promover as adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos edifícios e espaços de uso público e naqueles que estejam sob sua administração ou uso.

CAPÍTULO X

Do Sistema Integrado de Informações

Art. 55. Fica instituído, no âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça, o Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência, sob a responsabilidade da CORDE, com a finalidade de criar e manter bases de dados, reunir e difundir informação sobre a situação das pessoas portadoras de deficiência e fomentar a pesquisa e o estudo de todos os aspectos que afetem a vida dessas pessoas.

Parágrafo único. Serão produzidas, periodicamente, estatísticas e informações, podendo esta atividade realizar-se conjuntamente com os censos nacionais, pesquisas nacionais, regionais e locais, em estreita colaboração com

Page 42: 1.Manual Do Siapecad

42

universidades, institutos de pesquisa e organizações para pessoas portadoras de deficiência.

CAPÍTULO XI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 56. A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, com base nas diretrizes e metas do Plano Plurianual de Investimentos, por intermédio da CORDE, elaborará, em articulação com outros órgãos e entidades da Administração Pública Federal, o Plano Nacional de Ações Integradas na Área das Deficiências.

Art. 57. Fica criada, no âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, comissão especial, com a finalidade de apresentar, no prazo de cento e oitenta dias, a contar de sua constituição, propostas destinadas a:

I - implementar programa de formação profissional mediante a concessão de bolsas de qualificação para a pessoa portadora de deficiência, com vistas a estimular a aplicação do disposto no art. 36; e

II - propor medidas adicionais de estímulo à adoção de trabalho em tempo parcial ou em regime especial para a pessoa portadora de deficiência.

Parágrafo único. A comissão especial de que trata o caput deste artigo será composta por um representante de cada órgão e entidade a seguir indicados:

I - CORDE;

II - CONADE;

III - Ministério do Trabalho e Emprego;

IV - Secretaria de Estado de Assistência Social do Ministério da Previdência e Assistência Social;

V - Ministério da Educação;

VI - Ministério dos Transportes;

VII - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; e

VIII - INSS.

Art. 58. A CORDE desenvolverá, em articulação com órgãos e entidades da Administração Pública Federal, programas de facilitação da acessibilidade em sítios de interesse histórico, turístico, cultural e desportivo, mediante a remoção de barreiras físicas ou arquitetônicas que impeçam ou dificultem a locomoção de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 59. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação,

Page 43: 1.Manual Do Siapecad

43

Art. 60. Ficam revogados os Decretos nºs 93.481, de 29 de outubro de 1986, 914, de 6 de setembro de 1993, 1.680, de 18 de outubro de 1995, 3.030, de 20 de abril de 1999, o § 2º do art. 141 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, e o Decreto nº e 3.076, de 1º de junho de 1999.

Brasília, 20 de dezembro de 1999; 178º da Independência e 111º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Ofício nº 124/2002/COGLE/SRH/MP Brasília, 17 de maio de 2002. Senhora Chefe, Refiro-me ao Ofício DERHU nº 007/2002, de 25 de abril de 2002, onde Vossa Senhoria solicita esclarecimentos desta Coordenação-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação acerca da aplicação dos § § 1º e 2º do art. 37 do Decreto nº 3.298, de 21 de dezembro de 1999, que trata da aplicação do percentual fracionário a candidatos na condição de deficientes, quando o número resultante do total de vagas não for inteiro. 2. Consoante consta do item 1.2 do Edital nº 01/2001, de 26 de setembro de 2001, as vagas destinadas para o concurso público no cargo de Analista de Comunicação em Jornalismo, atividade Reportagem, perfazem um total de 24 e os § § 1º e 2º do art. 37 do Decreto nº 3.298, dispõem o seguinte:

"Art. 37 Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é portador.

§ 1º O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições, concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação obtida.

§ 2º Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente. (grifo nosso)"

3. No item 4.1 do edital regulador do evento foram reservados 5% (cinco por cento) das vagas para portador de deficiência. Assim para Analista de Comunicação em Jornalismo, atividade Reportagem, são 24 (vinte e quatro) vagas, item 1.2 do Edital Regulador, e aplicando-se o disposto no item 02, iremos chegar a um número fracionário, qual seja, 1,2 ( um vírgula dois) o que será arredondado para 02 (dois), haja vista o disposto no § 2º do art. 37 do Decreto nº 3.298/1999.

Page 44: 1.Manual Do Siapecad

44

4. Diante do exposto, para o cargo acima citado serão classificados na condição de deficiente, listagem separada, 02 (dois) candidatos, e a candidata JULIANA MENEZES DE CASTRO, aprovada no certame, conforme consta no Ofício DERHU nº 07, de 25 de abril de 2002, constará na homologação final do evento, como 2º classificada. 5. Finalizando, lembro que quando da publicação do Edital de Abertura de inscrições do certame em Diário Oficial da União, especificamente o item 1.2, já devia constar o quantitativo de vagas reservadas para deficiente em cada cargo, conforme determina o inciso I do art. 39 do aludido Decreto, que dispõe o seguinte:

"Art. 39 Os Editais de concurso deverão conter:

I – o número de vagas existentes, bem como o total correspondente à reserva destinada a pessoa portadora de deficiência;"

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Secretaria de Recursos Humanos Coordenação-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Ementa: Trata-se de consulta acerca da prorrogação de concurso público para categorias da área médica.

Nota Técnica nº 28/2003/COGLE/SRH/MP

Brasília, 30 de abril de 2003.

Assunto: Prorrogação de concurso público

Refiro-me ao Processo nº 04500.000894/2003-17, onde consta o Ofício nº 254/FUB, datado de 08 de abril de 2003, da Fundação Universidade de Brasília-FUB referente prorrogação de concurso público, objeto do Edital de Abertura de Inscrições nº 01/2002, de 01 de maio de 2002, realizado por aquela Entidade para diversas categorias funcionais na área médica, tendo em vista o disposto no § 1º do art. 1º do Decreto nº 4.175, de 27 de março de 2002.

2. Sobre o assunto, é importante citar o contido § 1º do art. 1º do Decreto nº 4.175, de 27 de março de 2002, que assim dispõe:

Page 45: 1.Manual Do Siapecad

45

“Art. 1º- A seleção de candidatos para o ingresso no serviço público federal ocorrerá de modo a permitir a renovação continua do quadro de pessoal, observada a disponibilidade orçamentária.

§ 1º - A validade dos concursos públicos poderá ser de até um ano, prorrogável por igual período.

§ 2º - O disposto no § 1º poderá aplicar-se aos concursos vigentes, a critério do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, desde que os respectivos editais não estabeleçam prazos mais longo.(grifo nosso)

3. Analisando o instrumento regulador do evento, contido nos autos do processo, verificou-se que o Edital nº 02, de 14 de maio de 2002, que retifica o Edital nº 01, no tocante ao prazo de validade, estabelece prazo de 01 (um) ano, podendo ser prorrogado por período igual, portanto de acordo com a legislação vigente, e logo entendemos ser viável a prorrogação do certame.

4. Todavia, a autorização deve ser concedida pela Secretaria de Gestão deste Ministério, conforme disposto no art. 3º do Decreto nº 4.175, de 2002, que assim dispõe:

“Art. 3º- O órgão ou entidade interessado em realizar concurso público ou nomear candidato habilitado deverá apresentar à Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão justificativa fundamentada, com indicação de vagas a serem providas e comprovação de disponibilidade orçamentária.”

5. Com estes esclarecimentos e tendo em vista o disposto na Portaria nº 45, de 24 de abril de 2003, submeto a presente Nota Técnica à apreciação da Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação, sugerindo o encaminhamento à Secretaria de Gestão.

Brasília, 28 de abril de 2003.

DAVID FALCÃO PIMENTEL RENATA VILA NOVA MOURA HOLANDA

Mat. SIAPE Nº 0659825 Chefe da DIORC

De acordo. Encaminhe-se o presente processo à apreciação do Senhor Secretario de Recursos Humanos, sugerindo o encaminhamento à Secretaria de Gestão do MP para ciência.

Brasília, 29 de abril de 2003.

Page 46: 1.Manual Do Siapecad

46

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Encaminhe-se à SEGES/MP para ciência e providências cabíveis.

Brasília, 30 de abril de 2003.

LUÍS FERNANADO SILVA Secretário de Recursos Humanos

SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS

ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 2, DE 25 DE MARÇO DE 2002

Programas de formação. Averbação de Tempo de Serviço referente a tempo de cursos de formação após a posse em cargo público. Impossibilidade de desconto para o PSS, durante o curso. Averbação do tempo anterior à promulgação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998. Curso posterior à data da Emenda: cobrança e recolhimento das importâncias referentes à contribuição após a posse, conforme Decisão nº 322/1999, do Tribunal de Contas da União. Necessidade de constar do edital de concurso público orientação quanto à cobrança das contribuições.

A presente Orientação Normativa visa a esclarecer aos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, sobre os efeitos do tempo de curso de formação, após a posse dos candidatos em cargo público, relativamente à averbação desse tempo para fins de aposentadoria.

1.A Medida Provisória nº 1.195, de 24 de novembro de 1995, determinou, no art. 13, parágrafo único, que "Aprovado o candidato no programa de formação, o tempo destinado ao seu cumprimento será computado, para todos o efeitos, como de efetivo exercício no cargo público em que venha a ser investido.".

2.A partir da edição da Medida Provisória nº1.480-37, de 05 de dezembro de 1997, esse parágrafo único, agora transformado em § 2º, foi alterado com o acréscimo da seguinte expressão: "exceto para fins de estágio probatório, estabilidade, férias e promoção.", redação mantida pela MP nº 1.644-41, convertida na Lei nº 9.624, de 02 de abril de 1998.

3.Assim, os procedimentos a serem adotados em relação à averbação de tempo de serviço decorrente de participação em programas de formação deverão obedecer às seguintes orientações:

a)até 16 de dezembro de 1998, data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998, o tempo de serviço será averbado, independentemente de comprovação de contribuição, nos termos do art. 14, § º 2º da Lei nº 9.624, de 2 de abril de 1998;

b)após essa data, tendo em vista a impossibilidade legal de serem efetuados os descontos sobre auxílio pago durante o curso aos candidatos não-servidores - bem

Page 47: 1.Manual Do Siapecad

47

assim aos servidores que por ele optarem -, se aprovados e quando nomeados, após a posse, e mediante autorização formal, deverão ser recolhidos, os valores correspondentes às contribuições calculadas sobre o auxílio financeiro, averbando-se o tempo, exclusivamente, para fins de aposentadoria, conforme decisão do Tribunal de Contas da União - TCU, no DC-0322-33/99-P:

" Ademais, necessário se faz acrescentar às orientações contidas no edital de convocação para o programa de formação que esta Administração efetuará, obrigatoriamente, após a posse dos novos servidores, a retenção e o recolhimento das contribuições previdenciárias correspondentes ao período do curso devidas ao PSS, independentemente de eventuais recolhimentos individuais feitos pelos interessados ao INSS no decorrer da segunda etapa do certame."

c)Finalmente, solicita-se seja incluída nos editais de concursos públicos, orientação aos candidatos quanto ao recolhimento de que trata a decisão acima transcrita.

LUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA Secretário

(Of. El. nº 109/2002)

D.O.U., 26/03/2002

SIAPE,SIAPECAD,CONCURSADO,EDITALHOMO - CAINEDITAL Incluir o DL - Edital SIAPE,SIAPECAD,CONCURSADO,EDITALHOMO–CAINCONCUR Informar o DL – Edital e inserir o nome de todos os concursados aprovados (Finalizar DL– >DPFINAL) SIAPE,SIAPECAD,CONCURSADO,PORTARIA - CAINCONPOR Informar primeiro o DL – Edital dar ENTER depois Incluir o DL – Portaria e inserir o nome de todos os concursados (Finalizar DL - >DPFINAL) SIAPE,SIAPECAD,CONCURSADO,NOMEACAO – CAIFPUBLIC Informar a data de publicação da Portaria de Nomeação SIAPE,SIAPECAD,CONCURSADO,PREPPOSSE - CAEMINPOS => Emite o Termo de Posse OBS: Para Editar DL o procedimento sempre será o seguinte: F2 – inclui todos os dados do DL – F4 – F3 e ENTER.

PROVIMENTO DE CARGO

Page 48: 1.Manual Do Siapecad

48

SIAPE,SIAPECAD,PCA,PROVIMENTO – CAPVPCAPOS Informar o DL de Nomeação e dar ENTER para inserir os outros dados À partir deste procedimento o concursado passa a ser servidor Quando chegar na informação de formação sair utilizando a tecla F12, para informar Data da posse e UORG de posse.

SIAPE,SIAPECAD,PCA,PROVIMENTO – CACANPCA

Cancelamento de PCA, se for PCA vigente só poderá cancelar com autorização do MP. Para cancelar primeiro será necessário desativar matrícula pela transação: SIAPE,SIAPECAD,INTEGRACAO – CADTMATFP – desativa matrícula Depois de tudo cancelado e incluído novamente deverá reativar a matrícula através Da transação: SIAPE,SIAPECAD,INTEGRACAO – CARTMATFP – reativa matrícula Para inclusão de cago efetivo a matrícula sempre será a mesma. Para inclusão de outro cargo acumulável que o outro seja de saúde deverá ser informado “S” para o cargo da área de saúde através da transação: SIAPE,CADSIAPE,CADASTRO,ATUCADAST – CDATATISAU - atualiza atividade de saúde. EXERCÍCIO

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da

função de confiança. (Reda鈬o dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar

em exercício, contados da data da posse. (Reda鈬o dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos

previstos neste artigo, observado o disposto no art.18. (Reda鈬o dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou

designado o servidor compete dar-lhe exercício. (Reda鈬o dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. (Pargrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

Page 49: 1.Manual Do Siapecad

49

Art. 16 O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.

Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual.

Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. ( Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. ( Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do impedimento. ( Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. ( Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

Art. 19 Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. ( Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17/12/91)

§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. ( Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis especiais. ( Parágrafo acrescentado pela )

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:

I - assiduidade;

II - disciplina;

III - capacidade de iniciativa;

IV - produtividade;

Page 50: 1.Manual Do Siapecad

50

V - responsabilidade.

§ 1º Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo.

§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.

§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo - Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. ( Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. ( Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

Da Estabilidade

Art. 21 O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício.

___________ Nota: Prazo alterado para 3 (trs) anos pela Emenda Constitucional nº 19 ___________

Art. 22 O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,LOTACAO,LOCALEXER – CALCEXERIN Incluir o DL – Portaria/Memorando/Boletim/Oficio para dar exercício À partir deste procedimento o servidor passa a receber salário

Page 51: 1.Manual Do Siapecad

51

SIAPE,SIAPECAD,DADOSPESS,ALTSERV – CAATDADSIA Para informar o ingresso no Órgão e no Serviço Público, bem como a pontuação da GDATA

SIAPE,SIAPECAD,DADOSPESS,ALTSERV – CAATDADBCO Informar dados bancários para pagamento, Banco/Agencia e Conta que consta para RH, deverá marcar X no parêntese desejado RH ou matrícula.

SIAPE,SIAPECAD,PCA - CACOPCA (consultar PCA)

Se o exercício foi informado com data errada o sistema não permitirá alterar, deverá

Efetivar os procedimentos a seguir:

SIAPE,SIAPECAD,PCA,PROVIMENTO – CACANPCA

Cancelamento de PCA, se for PCA vigente só poderá cancelar com autorização do MP. Para cancelar primeiro será necessário desativar matrícula pela transação: SIAPE,SIAPECAD,INTEGRACAO – CADTMATFP – desativa matrícula Depois de tudo cancelado e incluído novamente deverá reativar a matrícula através da transação: SIAPE,SIAPECAD,INTEGRACAO – CARTMATFP – reativa matrícula AUXILIO ALIMENTAÇÃO

Oficio n° 219/2001-COGLE/SRH

Brasília, 12 de julho de 2001.

Senhor Coordenador-Geral,

Em atenção à consulta formulada por intermédio de FAX recebido nesta Coordenação- Geral em 12.4.2000, acerca da concessão de auxílio- alimentação a servidor que trabalha em regime de plantão, esclarecemos que enquanto não há norma específica regulando a matéria, os órgãos conjugam os arts. 44 e 97 a 99, da Lei 8.112, de 1990, para adequar as escalas de revezamento ou plantão às suas necessidades.

2. Convém ressaltar, que o Decreto n° 2.050, de 31 de outubro de 1996, regulamenta que o auxílio- alimentação a ser concedido ao servidor, cuja jornada de trabalho seja inferior a trinta horas semanais, corresponderá a cinqüenta por cento dos valores unitários fixados na forma do art. 3° d o mesmo decreto. Na hipótese de acumulação de cargos cuja soma das jornadas de trabalho seja superior a trinta horas semanais, o servidor perceberá o auxílio pelo seu valor integral, a ser pago pelo órgão ou entidade de sua opção.

Page 52: 1.Manual Do Siapecad

52

3. Fica por este retificado o disposto no parágrafo 2° do Oficio n° 129/2000-COGLE/SRH, de 22 de maio de 2000.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação Identificação Decisão 59/2002 - Plenário Número Interno do Documento DC-0059-03/02-P

Ementa

Auditoria. TRE AP. Área de pessoal. Pagamento retroativo de auxílio-alimentação. Pagamento de abono pecuniário após a sua extinção. Pagamento de substituições por períodos inferiores a 30 dias. Pagamento de horas extras fora do período estipulado em ato normativo. Razões de justificativa acolhidas em parte. Determinação. Remessa de cópia à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral e à Procuradoria da República AP. Juntada às contas.

Grupo/Classe/Colegiado

Grupo II / Classe V / Plenário

Processo

775.097/1998-5

Natureza

Relatório de Auditoria

Entidade

Órgão: Tribunal Regional Eleitoral do Amapá

Interessados

Responsáveis: Dôglas Evangelista Ramos (ex-Presidente do TRE/AP), Carmo Antônio de Souza (ex-Presidente em exercício do TRE/AP), Rommel Araújo de Oliveira (Juiz Eleitoral), Juarez Távora Picanço do Nascimento (Secretário de Administração) e Elizabeth Rosa de Paiva (Diretora do Serviço de Assistência Médica e Odontológica).

Dados Materiais

Page 53: 1.Manual Do Siapecad

53

(com 8 volumes)

Sumário

Auditoria com vistas a verificar a regularidade de procedimentos na área de pessoal. Audiência dos responsáveis. Ausência de dano. Falhas passíveis de correção mediante determinações e acompanhamento nas contas anuais. Acolhimento parcial das razões de justificativa. Comunicação à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral e à Procuradoria da República no Estado do Pará. Juntada às contas.

Relatório do Ministro Relator

Versam os autos sobre auditoria realizada nos meses de junho e julho de 1998 por equipe de analistas da Secretaria de Controle Externo no Estado do Amapá, com vistas a verificar a regularidade de procedimentos, na área de pessoal, no âmbito do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá.

Em minucioso relatório (fls. 1/98), tendo em vista as diversas ocorrências constatadas, a Unidade Técnica sugeriu fosse promovida audiência dos Srs. Dôglas Evangelista Ramos (ex-Presidente do TRE/AP), Carmo Antônio de Souza (ex-Presidente em exercício do TRE/AP), Rommel Araújo de Oliveira (Juiz Eleitoral), Juarez Távora Picanço do Nascimento (Secretário de Administração) e Elizabeth Rosa de Paiva (Diretora do Serviço de Assistência Médica e Odontológica). Atuando naquela fase processual, o Ministro-Substituto Lincoln Magalhães da Rocha determinou que fosse realizada a aludida audiência (fl. 99).

Apresentadas as razões de justificativa (Volume 8), foram examinadas pela SECEX/AP, que, na instrução de fls. 109/178, acolheu algumas delas, rejeitando as relativas às seguintes ocorrências:

I) Quanto ao Sr. Dôglas Evangelista Ramos:

a) designação de servidores requisitados e efetivos para exercer função comissionada e cargo em comissão em unidade não implantada de fato, existente apenas na estrutura organizacional do TRE/AP;

b) designação de servidores para o exercício de funções comissionadas em unidade diversa daquela onde trabalham efetivamente;

c) designação de servidores efetivos e requisitados para o exercício de funções sem especificação e atribuições;

d) falta de nomeação de servidora aprovada em concurso público para exercer cargo de atribuições iguais às que desempenha no TRE/AP na condição de requisitada junto ao TJ/AP;

e) ausência de relatórios de atividades desenvolvidas pela empresa CTIS - Informática e Sistemas Ltda., que deveriam ser remetidos ao TSE, de modo a

Page 54: 1.Manual Do Siapecad

54

subsidiar pagamentos, por esse Tribunal Superior, referentes ao contrato com ela celebrado;

f) indicação de empregada da CTIS para exercer, no TRE/AP, funções de Analista de Sistemas, sem qualificação técnica para tanto, em desconformidade com o contrato de prestação de serviços celebrado;

g) falta de indicação dos elementos mínimos previstos na Mensagem CONED/STN nº 138.931/93 nos processos de concessão de diárias e passagens a colaboradores eventuais, sem o que se torna impossível identificar a finalidade do trabalho a ser desenvolvido, o interesse e a contribuição para os objetivos do órgão;

h) convocação de colaboradores eventuais para desempenhar atividades que poderiam ser realizadas por servidores do órgão, bem como da Sra. Apolônia Rodrigues Ferreira Neta, companheira do Sr. Dôglas Evangelista Ramos, também como colaboradora eventual, para prestar-lhe serviços de ?acompanhamento?, com ofensa aos princípios da moralidade administrativa e da impessoalidade, sendo que, na estrutura organizacional do TRE/AP, é atribuição do Gabinete da Presidência coordenar as atividades de apoio administrativo necessárias à execução dos trabalhos do Presidente;

i) cessão de servidores ao arrepio do art. 93 da Lei nº 8.112/90 (sem que fossem exercer cargo em comissão no órgão cessionário) e do art. 4º da Lei nº 6.999/82 (por prazo superior a um ano);

j) permanência de servidores requisitados pelo TRE/AP por prazo superior a um ano e sem que exercessem cargo em comissão;

k) requisição de servidora da Prefeitura Municipal de Oiapoque para o exercício junto ao juízo eleitoral daquele município, onde seu pai é Juiz Eleitoral, sendo ainda menor de idade à época da requisição, com afronta ao art. 5º da Lei nº 8.112/90;

l) concessão indiscriminada de vale-transporte a servidores que dispõem de condução própria, contrariamente ao disposto na Resolução-TSE nº 19.350/95 e nas Medidas Provisórias nºs 1.783 e 1.880;

m) aquisição de passagens aéreas pelo órgão, no exercício de 1997, sem o desconto previsto no Contrato/TRE nº 1/97, nem a utilização da tarifa ?G? instituída pelas Portarias-DAC nº 333/96, nº 460/97 e nº 265/98, que asseguram o desconto de 15% no valor de face dos bilhetes para órgãos da Administração Pública;

n) concessão de diárias a magistrados e colaborador eventual para tratarem de ?assuntos de interesse do Regional?, sem a indicação objetiva do serviço a ser realizado (Decreto nº 343/91, art. 7º, inciso III) e sem os elementos mínimos estabelecidos na Mensagem CONED/STN nº 138931/93;

o) concessão de diárias a servidores do TRE/AP, para participação em eventos, sem guardar qualquer correlação com as atribuições dos cargos por eles exercidos, bem

Page 55: 1.Manual Do Siapecad

55

como a empregado da CTIS, quando a realização de tal despesa compete ao TSE, que contratou os serviços da empresa;

p) homologação de pagamentos realizados via suprimento de fundos em despesas com combustíveis, materiais de expediente, gêneros alimentícios e fornecimento de refeição, em virtude da ausência de planejamento global pelo órgão, atentando contra os arts. 65 da Lei nº 4.320/64, 45 do Decreto nº 93.872/86 e 1º da Resolução-TSE nº 19.410/95, que autorizam a utilização de suprimento de fundos apenas em despesas de caráter excepcional;

q) pagamento do auxílio-alimentação aos servidores do TRE/AP retroativo a novembro de 1993, mês de implantação do benefício no TSE, com inobservância do art. 6º do Decreto nº 969/93, que vedava a conversão do auxílio em pecúnia;

r) concessão do abono pecuniário de férias em desacordo com a Medida Provisória nº 1.195, de 24.11.95, que extinguiu essa figura;

s) pagamento de substituições de cargos e funções comissionadas, no período de outubro de 1996 a maio de 1998, no caso de afastamentos do titular, inferiores a 30 dias, com violação ao disposto na MP nº 1.522 e na Lei nº 9.527/97, na qual aquela se converteu;

t) pagamento de serviços extraordinários aos servidores fora do período eleitoral (dos 90 dias anteriores à realização do pleito até a proclamação final dos resultados), com infringência à Resolução-TSE nº 14.421/94, bem assim pela realização de serviços que não se enquadram nas atividades fins do TRE/AP.

II) Quanto ao Sr. Carmo Antônio de Souza: cessão de servidores do TRE/AP em dissonância com o art. 4º da Lei nº 6.999/82 e motivada por interesses particulares dos mesmos;

III) Quanto ao Sr. Juarez Távora Picanço do Nascimento: inação relativamente à cobrança dos valores descontados a menor dos servidores do TRE/AP, em decorrência da adoção da alíquota de 6% para o custeio da Seguridade Social, nos meses de dezembro de 1996 a fevereiro de 1997;

IV) Quanto à Sra. Elizabeth Rosa de Paiva:

a) cadastramento de servidores e dependentes, durante a vigência do contrato celebrado com a UNIMED Macapá, em desacordo com os termos celebrados, com inobservância das regras concernentes à idade, grau de parentesco e cargo ocupado, aumentando sensivelmente os gastos com despesas médicas, no âmbito daquele TRE;

b) cadastramento de menor enteada do Sr. Dôglas Evangelista Ramos antes mesmo da formalização do pedido de inclusão como dependente e em descumprimento às determinações do então Presidente do TRE/AP.

As razões de justificativa do Sr. Rommel Araújo Oliveira, de forma geral, foram consideradas procedentes, ressalvando-se apenas a falta de amparo legal para a

Page 56: 1.Manual Do Siapecad

56

designação de Oficial de Justiça ad hoc por parte dos juízes eleitorais, nos termos dos arts. 34 e 35 da Lei nº 4.737/64.

Ao fim, a Unidade Técnica, após sugerir uma série de determinações ao TRE/AP (subitem III da proposta de encaminhamento às fls. 175/178), propôs a rejeição, em parte, das razões de justificativa dos Srs. Carmo Antônio de Souza, Rommel Araújo Oliveira, Juarez Távora Picanço do Nascimento e Elizabeth Rosa de Paiva, afastando a aplicação aos responsáveis da multa prevista no art. 58, inciso II, da Lei nº 8.443/92, por não serem de natureza grave as ocorrências a eles imputadas, cabendo quanto a elas a determinação de medidas corretivas. De seu turno, as razões de justificativa do Sr. Dôglas Evangelista Ramos foram rejeitadas em parte pela SECEX/AP, mas com proposta de aplicação da multa capitulada no inciso II do art. 58 da Lei nº 8.443/92, em razão das irregularidades apontadas nas letras ?q? a ?t? do item I acima.

Em 29.08.2001, autorizei o fornecimento de informações solicitadas pelo Sr. Procurador da República Manoel do Socorro Tavares Pastana, quanto à existência de auditoria desta Corte no TRE/AP, envolvendo a gestão do Sr. Juarez Távora Picanço do Nascimento, à frente da Secretaria de Administração do órgão (fl. 191).

O Ministério Público junto a este Tribunal manifestou-se no processo, na pessoa do Dr. Paulo Soares Bugarin (fls. 195/198), verbis:

?II

7. Cumpre, inicialmente, tecer algumas considerações a respeito do pagamento do benefício auxílio-alimentação aos servidores do TRE/AP em pecúnia, retroativo ao período de novembro de 1993 a maio de 1995, contrariando o disposto no art. 6º do Decreto nº 969/93.

8. Registre-se que, em relação a este assunto, a Unidade Técnica apresentou proposta no sentido de ser determinado o ressarcimento dos valores recebidos pelos servidores.

9. Ao se manifestar sobre a questão, o Sr. Coordenador de Controle Interno daquela Corte informou que desde novembro de 1993 os servidores do Tribunal Superior Eleitoral recebem o auxílio-alimentação, enquanto que, no âmbito do TRE/AP, o benefício somente foi implantado a partir de maio de 1995, ficando os servidores sem receber a vantagem a que tinham direito no período de novembro de 1993 a abril de 1995 (fl. 170 - Vol. III).

10. O questionamento da SECEX/AP é no sentido de que o pagamento em pecúnia do benefício somente passou a ser permitido a partir de 01/11/96, com a publicação do Decreto nº 2.050/96, sendo que, antes disso, era vedada a sua conversão em pecúnia, consoante previsto no art. 6º do Decreto nº 969/93.

11. Não obstante concordar, em regra, com o argumento defendido pela Unidade Técnica, entendo que o exame da questão deve levar em consideração,

Page 57: 1.Manual Do Siapecad

57

principalmente, o fato de que não houve, neste caso específico, qualquer dano ou prejuízo ao Erário.

12. Com efeito, é evidente que se o TRE/AP tivesse instituído o benefício desde 1993, como fez o TSE, teria incorrido em despesa no mesmo montante daquela decorrente do pagamento retroativo.

13. Além disso, não se pode admitir que seja dado tratamento diferenciado e desigual a servidores da mesma Justiça Eleitoral, apenas porque um de seus órgãos, por motivos que não cabe aqui discutir, não instituiu determinada vantagem na época devida.

14. Por fim, deve-se ressaltar, ainda, que o pagamento retroativo foi autorizado em 1997 (fls. 224/256 do Vol. III), época em que já estava em vigor o Decreto nº 2.050/96, que permitia que o pagamento referente ao auxílio-alimentação fosse feito em pecúnia.

15. Assim sendo, entende-se que as justificativas apresentadas pelo responsável em relação a esse item podem ser acolhidas, sendo desnecessária a adoção da medida alvitrada no item III.5 da instrução técnica (fl. 176).

III

16. A respeito do pagamento de substituições em desacordo com os dispositivos legais e da concessão de abono pecuniário após a extinção da vantagem, a justificativa do responsável baseou-se na tese da ineficácia das medidas provisórias reeditadas e não convertidas em lei no prazo de 30 dias a partir de sua publicação.

17. Sobre o assunto, cabe consignar que esta Corte, ao prolatar a Decisão nº 827/99 - Plenário (Ata nº 50/99), decidiu determinar à Justiça Federal de Primeira Instância - Seção Judiciária de Sergipe a adoção das seguintes medidas, entre outras:

?8.1.4 - observar que o pagamento da gratificação pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de Cargo de Natureza Especial, devido ao substituto, nos casos de afastamentos ou impedimentos legais do titular, só deverá ser realizado na proporção dos dias de efetiva substituição que excederem o período de trinta dias consecutivos (parágrafo 2° do art. 38, da Lei n° 8. 112/90, alterado pela Lei 9.527/97), devendo, dessa forma, nos termos do art. 46 da Lei n° 8.112/90, providenciar a reposição ao erário dos valores percebidos a título de substituição em períodos não superiores a trinta dias consecutivos;

8.1.5 - extinguir a concessão do abono pecuniário previsto nos §§ 1° e 2° do art. 78, da Lei n° 8112/90, por terem sido revogados, tais d ispositivos, pela edição da MP n° 1480/96, e reedições posteriores com efeito de convalidação?.

18. Cabe destacar que constou do Voto que fundamentou a supracitada deliberação as seguintes considerações a respeito da eficácia das medidas provisórias reeditadas:

Page 58: 1.Manual Do Siapecad

58

?Relativamente ao descumprimento de medidas provisórias reeditadas, levantado pela equipe, cumpre consignar que o entendimento desta Corte de Contas tem-se firmado no sentido de ser possível a convalidação de atos praticados em decorrência de dispositivos constantes em medida provisória, se tais dispositivos acham-se repetidos em outra MP, editada dentro do prazo de validade de 30 dias (CF, artigo 62, parágrafo único).?

A esse respeito, oportuno reproduzir trecho de Voto proferido pelo eminente Ministro Nelson Jobim, do Supremo Tribunal Federal, na ADIn nº 1.610-5:

?A medida provisória que consiste em reedição de anterior ou anteriores, prorroga a vigência e eficácia destas naquilo que ela for igual. Naquilo em que repetir tout court o texto da medida provisória cuja eficácia está se esgotando.? (transcrito igualmente no Relatório pertencente à DecisãoTCU-Plenário-438/98, Relator Ministro Adhemar Ghisi).?

19. Assim sendo, entende-se que tais falhas não devem ensejar a aplicação de multa ao responsável, uma vez que as medidas sugeridas pela SECEX/AP nos itens III.6 e III.8 (fl. 176) são suficientes para saná-las, não havendo indícios de que tenha havido má-fé, fraude ou locupletamento.

IV

20. A respeito das demais impropriedades, que não foram devidamente justificadas pelo responsável, considera-se, pelo mesmo motivo acima indicado, que não possuem gravidade suficiente para motivar a aplicação de multa, podendo ser sanadas com as determinações propostas pela SECEX/AP.

21. A propósito, ante a natureza das falhas apontadas, parece oportuno que se encaminhe cópia da deliberação que vier a ser proferida à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, para adoção das providências cabíveis.

22. No que tange à proposta contida no item III.1 (fl. 175), de se determinar ao TRE/AP que suspenda de imediato, se ainda não o fez, o pagamento das gratificações instituídas por meio da Resolução/TRE nº 100/94 aos servidores lotados em funções comissionadas sem a correspondente atribuição ou com atribuição distinta daquela inerente à função, entende-se que restou prejudicada, tendo em vista a Decisão nº 142/2000 - Plenário (Ata nº 09/2000), proferida na Sessão de 15/03/2000, ao ser apreciado Relatório de Auditoria realizada naquela Corte, com a finalidade de verificar a regularidade dos procedimentos nas áreas de licitações e contratos, pessoal, veículos, almoxarifado, convênios, acordos e ajustes, e controle interno, abrangendo o período de 01/01/95 a 01/07/97.

23. Naquela oportunidade, o TCU resolveu determinar ao TRE/AP, entre outras providências, que:

?8.1.7. faça constar das Portarias de nomeação para cargos em comissão, em especial daquelas referentes ao cargo de Chefe de Seção e de Assistente de Chefia,

Page 59: 1.Manual Do Siapecad

59

a identificação das respectivas unidades para as quais os servidores são nomeados, em observância ao contido na Resolução/TRE nº 100/94;

8.1.8. adote medidas no sentido de que os ocupantes de cargos em comissão efetivamente desenvolvam suas atribuições nos setores para os quais foram criados os mesmos, em consonância com o disposto nos Anexos II e III da Resolução/TRE nº 100/94?.

24. Finalmente, não obstante concordar com a proposta de que este feito seja juntado às contas do TRE/AP relativas ao exercício de 1998, conforme item IV (fl. 178), parece de bom alvitre que também seja determinada a extração de cópias dos documentos constantes dos autos relativos a atos de gestão praticados em 1997, para juntada às respectivas contas (TC nº 775.066/1998-2), que se encontram sobrestadas, segundo informações obtidas junto ao sistema eletrônico de controle de processos do TCU.

V

25.Ante todo o exposto, este Representante do Ministério Público, divergindo, data venia, da proposta de aplicação de multa ao ex-Presidente do TRE/AP, manifesta-se, em linhas gerais, de acordo com a expedição das determinações sugeridas pela SECEX/AP, com as ressalvas e acréscimos indicados neste Parecer.?

É o Relatório.

Voto do Ministro Relator

Antes de tudo, gostaria de deixar consignado meu elogio ao minudente trabalho levado a cabo pela SECEX/AP nos presentes autos.

Quanto às questões suscitadas, vejo que a Unidade Técnica considerou procedentes, em parte, as razões de justificativa de todos os responsáveis, alvitrando a aplicação de multa tão-somente ao Sr. Dôglas Evangelista Ramos, ex-Presidente do TRE/AP, em virtude dos seguintes pagamentos reputados indevidos: do auxílio-alimentação, retroativamente; do abono pecuniário, após a sua extinção pela MP nº 1.195; de substituições, relativamente a períodos inferiores a trinta dias; de horas extras fora do período estipulado na Resolução-TSE nº 14.421/94.

Entendo pertinentes as observações feitas pelo Ministério Público acerca do pagamento retroativo do auxílio-alimentação. Com efeito, não bastasse a isonomia a justificar a concessão do benefício a partir de novembro de 1993, considero que não haveria outra forma razoável de deferimento do auxílio, na parte retroativa, a não ser pela via pecuniária. Não se me afigura nem um pouco lógico contratar-se uma empresa fornecedora de tíquetes-alimentação para distribuí-los de uma só vez aos servidores. É princípio do Direito obrigacional que as prestações, quando não puderem mais ser satisfeitas in natura, sê-lo-ão pecuniariamente. Ademais, quando do pagamento dos valores retroativos pelo TRE, já vigia o Decreto nº 2.050/96, que determinava ser o auxílio-alimentação pago em pecúnia.

Page 60: 1.Manual Do Siapecad

60

Com respeito ao pagamento de substituições inferiores a trinta dias, entendo que as substituições de cargos em comissão e funções comissionadas estão autorizadas pela nova redação da Lei nº 8.112/90, mesmo quando inferiores a trinta dias. Dispõe o art. 38 da citada lei:

?Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.

§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período.

§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.?

O art. 4º da mesma lei, por seu turno, estabelece:

?Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.?

Seria um contra-senso a Lei nº 8.112/90, em seu art. 4º, proibir a prestação de serviços gratuitos, com exceção dos casos previstos em lei, não identificando nesse mesmo artigo qualquer desses casos, e, mais à frente, prever uma das exceções. Isso seria, no mínimo, de uma claudicante técnica legislativa. Evidentemente, ao referir-se aos casos previstos em lei, o art. 4º cuidou de hipóteses como a participação no Tribunal do Júri e o serviço eleitoral, é dizer, deveres cívicos. Causa espécie que o legislador tenha previsto uma forma de substituição de cargo com maiores responsabilidades e atribuições mais complexas que as do exercido pelo substituto, sem qualquer contraprestação, ainda que por um período inferior a trinta dias. Admitir isso seria placitar um enriquecimento sem causa da Administração. Não por outro motivo o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça entenderam, em âmbito administrativo, que é devida a retribuição pela substituição de cargo comissionado, ainda quando em período inferior a um mês. Nesse sentido, foram editados o Ato nº 278/98 - STJ (DJ de 31.07.98) e a Resolução nº 205/2000 - STF (DJ de 20.07.2000). Consoante ressaltou o setor instrutivo naquele primeiro Tribunal:

?Resultante de Medida Provisória, cujo texto evidenciava a disposição do Poder Executivo em evitar substituição remunerada por período igual ou inferior a 30 dias, a Lei nº 9.527/97, ao dispor de forma diversa, ou seja, permitindo ao servidor optar pela função de que é titular ou pela que ocupa, em caráter de substituição, efetivamente, a vontade do legislador buscou disciplinar duas situações conforme se verá:

Page 61: 1.Manual Do Siapecad

61

No texto da medida provisória somente era admitida a substituição automática e cumulativa, com a retribuição da função que o substituto exercia como titular, não admitindo a opção pela retribuição da função que substituía (art. 38, § 1º). O pagamento da retribuição desta somente ocorria nos casos de afastamentos superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excedessem o referido período (art. 38, § 2º).

Ao alterar a redação original da Medida Provisória, quando da edição da lei, o legislador expôs sua vontade no sentido de permitir ao substituto, nos casos dos afastamentos ou impedimentos do titular e na vacância do cargo, a opção pela remuneração da função de que é titular ou da que se encontra substituindo, uma vez que tal substituição é cumulativa. Esta é a primeira situação.

Na segunda, decorridos mais de trinta dias, o substituto terá jus à retribuição pelo exercício da função que se encontra substituindo, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período (art. 38, § 2º). A partir daí, a substituição não será mais cumulativa, já que não mais é admitida a opção, mas sim, a retribuição da função substituída.

Assim, ?ultrapassando o período de trinta dias consecutivos de substituição, cessa a submissão à norma do parágrafo primeiro e passa à normatividade do parágrafo segundo. Esta determina que nestes casos deverá ser paga a função que se está substituindo, não se tratando mais de acumulação, mas de exercício exclusivo da função substituída? (parecer da DILEP, fls. 88, 3º parágrafo).

Esta me parece a interpretação lógica do dispositivo em tela, sob pena de não se dar nenhuma praticidade ou eficácia ao referido diploma legal, o que não faria nenhum sentido.? (parecer constante do PA/STJ nº 2.641/96)

Em verdade, a MP nº 1.522, que pela primeira vez promoveu alterações no art. 38 da Lei nº 8.112/90, não previa, no § 1º do artigo, a expressão ?hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período.? Tal inserção se deu quando da conversão da medida provisória na Lei nº 9.527/97. Ora, o adendo seria de uma rematada inocuidade, caso se admitisse que a forma de pagamento de substituições se encontrasse exaustivamente regulada pelo § 2º do art. 38. Dessarte, uma interpretação lógica, histórica e sistemática preconiza que os §§ 1º e 2º versem sobre situações distintas: o § 1º tratando da substituição por período de até trinta dias, quando se dá o exercício cumulativo do cargo ocupado pelo substituto com o substituído, e o § 2º cuidando do período excedente a trinta dias, quando não há mais acumulação. Tal exegese se coaduna inclusive com o propósito de evitar substituições efêmeras em cascata. Finalmente, observo que mesmo nesta Corte o antedito critério é aplicado, sendo também remuneradas as substituições por período inferior a trinta dias, consoante se depreende do art. 2º da PortariaTCU nº 164/2001:

?Art. 2º A substituição é automática e ocorrerá nos casos de afastamento ou impedimento legal ou regulamentar do titular, de vacância da função comissionada e, ainda, nas seguintes hipóteses:

Page 62: 1.Manual Do Siapecad

62

........................................................................ ...........................

§ 2º Nos primeiros trinta dias, o servidor substituto acumulará as atribuições decorrentes da substituição com as da função de que seja titular e será retribuído com a remuneração que lhe for mais vantajosa.

§ 3º Transcorridos os primeiros trinta dias, o substituto deixará de acumular, passando a exercer somente as atribuições inerentes à substituição e a perceber a remuneração correspondente.?

A se considerar apenas o texto das reedições da MP nº 1.522, poder-se-ia concluir que, na vigência daqueles atos normativos, era vedado o pagamento a título de substituição, quando o período não excedesse um mês, haja vista que a mudança substancial havida, consistente no acréscimo da supratranscrita expressão ao § 1º, somente se deu com a conversão da medida em lei. Insta assinalar, no entanto, que o dispositivo inserido na Lei nº 8.112/90 pela medida provisória opunha-se ao art. 4º do Estatuto dos servidores, além de ser contrário ao princípio da razoabilidade. Destarte, entendo que, ante as dúvidas quanto à aplicação dos dispositivos citados, não se justifica, conforme propõe a Unidade Técnica, a devolução de quantias pelos servidores, a fortiori após a Lei nº 9.527/97, que, a meu ver, não proibiu o pagamento de substituições por período inferior a um mês.

Quanto às demais impropriedades que a Unidade Técnica considerou não justificadas pelo Sr. Dôglas Envangelista Ramos, entendo, na linha de argumentação do MP/TCU, que elas não devem ensejar a aplicação de multa, pois não há indícios de que tenha havido má-fé, fraude ou locupletamento. Ademais, alinhando-me ao entendimento da Unidade Técnica consignado no subitem ?I.1? da proposta de encaminhamento, observo que a expedição de determinações com o respectivo acompanhamento nas contas anuais do órgão auditado, na forma preconizada pelo § 3º do art. 194 do Regimento Interno desta Corte, tem eficácia coercitiva bastante para o saneamento das falhas.

Sobre a audiência dirigida ao Sr. Juarez Távora Picanço do Nascimento questionando sua ?inação relativamente à cobrança dos valores descontados a menor dos servidores do TRE/AP, em decorrência da adoção da alíquota de 6% para o custeio da Seguridade Social, nos meses de dezembro de 1996 a fevereiro de 1997?, entendo que as justificativas do responsável podem ser aceitas. Os pagamentos feitos estavam cobertos pelo manto de legalidade, porquanto atenderam a estrito cumprimento de Sentença Judicial prolatada nos autos da Ação Civil Pública nº 96.0003183-5 de autoria do Ministério Público Federal, a qual teve sua eficácia cessada temporariamente em razão da apelação feita pela União na Suspensão de Segurança nº 1997.01.00.0041331-2. Assim sendo, é de boa prudência, para evitar embaraços jurídicos e mesmo operacionais, que o órgão aguarde o julgamento definitivo da Ação Civil Pública para descontar de seus servidores os valores devidos.

Com referência às demais determinações sugeridas pela SECEX/AP, entendo-as pertinentes, com as mudanças decorrentes das considerações feitas acima.

Page 63: 1.Manual Do Siapecad

63

Como recomendado pelo MP/TCU, é conveniente o envio de cópia da deliberação à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, , e à Procuradoria da República no Estado do Pará.

Por fim, faz-se mister a juntada destes autos às contas do TRE/AP referentes ao exercício de 1998 e, por cópia, naquilo que for pertinente, às do exercício de 1997, após a adoção das providências consignadas.

Ante o exposto, acatando em parte os pareceres da Unidade Técnica e do Ministério Público, VOTO no sentido de que o Tribunal adote a deliberação que ora submeto a este Colegiado.

Sala das Sessões, em 06 de fevereiro de 2002.

GUILHERME PALMEIRA Ministro-Relator Assunto Relatório de Auditoria Ministro Relator GUILHERME PALMEIRA Representante do Ministério Público PAULO SOARES BUGARIN Unidade Técnica SECEX-AP - Secretaria de Controle Externo - AP

Decisão

O Tribunal Pleno, diante das razões expostas pelo Relator, nos termos do disposto no art. 43, inciso II, da Lei nº 8.443/92, c/c o art. 194, § 1º, do Regimento Interno, DECIDE :

8.1 acolher, em parte, as razões de justificativa apresentadas pelos responsáveis ouvidos em audiência;

8.2 determinar ao Tribunal Regional Eleitoral do Amapá que:

8.2.1 regularize de imediato a situação dos servidores cedidos, adequando-a às disposições insertas na Leis nº 6.999/82 e nº 8.112/90;

8.2.2 faça constar nos processos de concessão de diárias e passagens a colaboradores eventuais a identificação completa do beneficiário, qualificação, endereço residencial, descrição do trabalho a ser desenvolvido, interesse e contribuição para os objetivos da entidade;

8.2.3 cumpra o disposto nos arts. 2º, 3º e 4º da Lei nº 6.999/82, c/c o parágrafo único do art. 13 da Lei nº 8.864/94, acerca da requisição de servidores para colaborarem com a Justiça Eleitoral, bem assim o disposto no art. 5º, inciso V, da Lei nº 8.112/90;

8.2.4 cesse imediatamente, se ainda não o fez, a concessão de abono pecuniário de férias aos servidores, ante a ausência de amparo legal para tanto;

Page 64: 1.Manual Do Siapecad

64

8.2.5 reveja o procedimento de concessão do auxílio-transporte, adequando-o ao disposto no art. 2º da Resolução-TSE nº 19.350/95, c/c os arts. 1º e 6º da Medida Provisória nº 2.165-36/2001;

8.2.6 faça cumprir as cláusulas editalícias e contratuais estabelecidas com as empresas agenciadoras de bilhetes de passagens aéreas, com vistas à adoção da tarifa ?G? ou das promoções disponibilizadas pelas concessionárias aéreas, conforme mais econômico à Administração;

8.2.7 adote medidas com vistas ao recolhimento aos cofres do Tesouro Nacional de 1 (uma) diária paga ao Sr. Dôglas Evangelista Ramos, em decorrência do seu retorno antecipado, quando do deslocamento à cidade Parnaíba - PI, no período de 10 a 15.12.96;

8.2.8 atente, ao autorizar a participação em eventos, para a correlação entre as matérias neles tratadas e as atividades desenvolvidas no órgão pelo servidor participante;

8.2.9 observe as disposições da Resolução-TSE nº 19.965/97, ao designar servidores para viagem oficial ao exterior;

8.2.10 abstenha-se de efetuar despesas com serviços extraordinários que não guardem correlação com a finalidade precípua da Justiça Eleitoral, bem como obedeça, em relação a tais serviços, aos limites e períodos fixados pelo Tribunal Superior Eleitoral;

8.2.11 observe os exatos termos da Lei nº 4.320/64 e Resolução-TSE nº 19.410/95, quando da concessão de suprimento de fundos;

8.2.12 acompanhe o andamento da Ação Civil Pública nº 96.0003183-5, bem como da Suspensão de Segurança nº 1997.01.00.0041331-2, tomando as providências pertinentes em razão das deliberações nelas proferidas;

8.2.13 adote, de imediato, procedimentos com vistas a detectar eventual acúmulo indevido de remuneração pelos servidores requisitados que optaram pelo recebimento do valor da função comissionada no TRE/AP, tomando as providências cabíveis e dando ciência a esta Corte dos fatos apurados;

8.2.14 oriente os Juízes Eleitorais quanto à impossibilidade de designarem servidores para o exercício de funções de Oficial de Justiça ad hoc, competência essa do TRE/AP;

8.2.15 abstenha-se de manter servidor requisitado no exercício de atribuições inerentes a cargo para o qual exista servidor aprovado em concurso público;

8.3 determinar à SECEX/AP que acompanhe nas contas anuais do órgão a implementação das medidas consignadas no item 8.2 acima;

Page 65: 1.Manual Do Siapecad

65

8.4 encaminhar cópia desta Decisão, bem como do Relatório e do Voto que o fundamentam, à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral e à Procuradoria da República no Estado do Pará;

8.5 determinar a juntada dos presentes autos às contas do TRE/AP relativas aos exercícios de 1998 (TC 010.177/1999-0) e, por cópia, naquilo que for pertinente, às do exercício de 1997 (TC 775.066/1998-2).

Quorum

1. Ministros Presentes: Humberto Guimarães Souto (Presidente), Iram Saraiva, Valmir Campelo, Adylson Motta, Walton Alencar Rodrigues, Guilherme Palmeira (Relator), Ubiratan Aguiar e Benjamin Zymler.

2. Auditores Presentes: Augusto Sherman Cavalcanti e Marcos Bemquerer Costa.

Publicação

Ata 03/2002 - Plenário Sessão 06/02/2002 Aprovação 27/02/2002 Dou 06/03/2002

OFÍCIO-CIRCULAR Nº 03/SRH/MP

Brasília, 01 de fevereiro de 2002.

Aos Dirigentes de Recursos Humanos dos Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

Objetivando uniformizar procedimentos relativos ao pagamento do auxílio-alimentação, previsto no art. 22 da Lei nº 8.460, de 17 de setembro de 1992, alterado pelo art. 3º da Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997, ante o entendimento firmado pela Consultoria Jurídica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão-MP mediante o PARECER/MP/CONJUR/IC/Nº 0138-2.9/2001, e considerando os valores mensais fixados pela Portaria nº 21, publicada no Diário Oficial da União de 28 de janeiro de 2002, informamos que:

1. O auxílio-alimentação deve ser concedido a todos os servidores públicos federais civis ativos, desde que efetivamente em exercício nas atividades do cargo público.

2. De acordo com o art. 102 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

- férias;

Page 66: 1.Manual Do Siapecad

66

- exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;

- exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;

- participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme dispuser o regulamento;

- desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;

- júri e outros serviços obrigatórios por lei;

- missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento;

- licença à gestante, à adotante e à paternidade; - licença para tratamento da própria saúde;

- licença para o desempenho de mandato classista;

- licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

- Licença para capacitação;

- Licença por convocação para o serviço militar;

- Deslocamento para a nova sede (art. 18 da Lei nº 8.112, de 1990);

- Participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;

- Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere;

3. O auxílio-alimentação é extensivo aos contratados por tempo determinado e aos ocupantes de cargo em comissão sem vínculo com a União.

4. Nos casos de jornada de trabalho reduzida, o auxílio-alimentação deverá ser pago ao servidor de forma proporcional, e apenas nas situações em que a carga horária for inferior a trinta horas semanais, respeitadas as jornadas de trabalho estabelecidas em leis específicas.

5. O servidor que acumule cargo ou emprego nos termos do inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal, fará jus a percepção de um único auxílio-alimentação, mediante opção.

Page 67: 1.Manual Do Siapecad

67

6. O auxílio-alimentação é inacumulável com outros de espécie semelhante, tais como: auxílio para cesta básica, vantagem pessoal originária de qualquer forma de auxílio, benefício alimentação e diárias.

7. Considerando haver disponibilidade orçamentária para o pagamento do auxílio-alimentação no exercício de 2002, conforme "expediente SOF de 2001", os descontos efetuados no mês de janeiro de 2002, em virtude dos afastamentos dos servidores, são passíveis de devolução, levando-se em conta os valores correspondentes aquele mês.

8. Os valores do auxílio-alimentação, fixados pela Portaria nº 21, de 2002, têm vigência a partir de 1º de fevereiro de 2002. Considerando que a verba destinada ao custeio do auxílio-alimentação deve ser antecipada ao servidor, pela própria natureza do benefício, e que o fechamento da folha ocorreu em 22 de janeiro 2002, antecipando-se portanto à referida Portaria, a diferença relativa ao percentual de 3,5% (três virgula cinco por cento), que deixou de ser consignada nos valores do auxílio-alimentação na folha de pagamento que estará disponível a partir do dia 4 de fevereiro de 2002, será efetuada na folha de pagamento do mês de fevereiro de 2002.

9. Os pagamentos relativos ao auxílio-alimentação não gerarão passivo, nem retroagirão aos exercícios anteriores.

Atenciosamente,

LUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA Secretário de Recursos Humanos

Oficio n° 726 /2003/SRH/MP

Brasília, 30 de junho de 2003.

A Sua Senhoria o Senhor PAULO CÉSAR DE SOUZA Presidente Associação Nacional dos Servidores da Previdência Nacional 70398-900 Brasília-DF

Assunto: Auxílio-alimentação

Senhor Presidente,

1. Refiro-me ao Oficio ANASPS n° 089/2003, em que V . Sa. consulta sobre a possibilidade de devolução de descontos relativos ao auxílio-alimentação dos servidores, por ocasião dos afastamentos considerados como de efetivo exercício, de que trata o Oficio-Circular nº 03/SRH/MP, de O1/02/2002.

2. Sobre o assunto, esclareço que é devido o pagamento de auxílio-alimentação nos afastamentos do servidor, desde que sejam considerados como efetivo

Page 68: 1.Manual Do Siapecad

68

exercício, porem tal pagamento não gera passivo, nem retroage a exercícios anteriores, conforme o disposto no item 6.I do PARECER/MP/CONJUR/IC/N° 0298-2.5/2001, que aditou o PARECER/MP/CONJUR/IC/N° 0138-2.9/2001, cujo teor transcrevemos abaixo:

"Não assiste razão para cogitar-se da possibilidade de efeitos retroativos, por se tratar de ato administrativo que só surtirá efeitos a partir da data da aprovação, vez que a norma que rege a matéria permanece em pleno vigor. "

3. Portanto, não é devida a devolução dos descontos referentes ao pagamento de auxílio-alimentação relativos aos afastamentos dos servidores considerados como de efetivo exercício, ocorridos em data anterior à edição do PARECER/MP/CONJUR/IC/N° 0138-2.9/2001, que fundamen tou as disposições do Ofício-Circular SRH nº 03/2002.

Atenciosamente,

LUÍS FERNANDO SILVA Secretário de Recursos Humanos Lei 8.460/92

§ 1º - A concessão do auxílio-alimentação será feita em pecúnia e terá caráter indenizatório. ________ Nota: Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 ________

§ 2º O servidor que acumule cargo ou emprego na forma da Constituição fará jus à percepcão de um único auxílio- alimentação, mediante opção. ________ Nota: Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 ________

§ 3º O auxílio-alimentação não será: __________ Nota: Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 __________

a) incorporado ao vencimento, remuneração, provento ou pensão; __________ Nota: Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 __________

Page 69: 1.Manual Do Siapecad

69

b) configurado como rendimento tributável e nem sofrerá incidência de contribuição para o Plano de Seguridade Social do servidor público; __________ Nota: Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 __________

c) caracterizado como salário-utilidade ou prestação salarial in natura. __________ Nota: Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 __________

§ 4º O auxílio-alimentação será custeado com recursos do órgão ou entidade em que o servidor estiver em exercício, ressalvado o direito de opção pelo órgão ou entidade de origem. __________ Nota: Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 Redação anterior: Redação dada pela MP 1.522/96 - D.O.U. 14/10/96 e convalidada pela MP 1.522-6/97 __________

§ 5º O auxílio-alimentação é inacumulável com outros de espécie semelhante, tais como auxílio para a cesta básica ou vantagem pessoal originária de qualquer forma de auxílio ou benefício alimentação. __________ Nota: Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 __________

§ 6º Considerar-se-á para o desconto do auxílio-alimentação, o dia não trabalhado, a proporcionalidade de 22 dias. __________ Nota: Acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 __________

§ 7º - Para o efeito neste artigo, considera-se como dia trabalhado a participação do servidor em programa de treinamento regularmente instituído, conferências, congressos, treinamentos, ou outros eventos similares, sem deslocamento da sede. __________ Nota: Acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 __________

§ 8º - As diárias sofrerão descontos correspondente ao auxílio-alimentação que fizer

Page 70: 1.Manual Do Siapecad

70

jus o servidor, exceto aquelas eventualmente pagas em finais de semana e feriados, observada a proporcionalidade prevista no § 6º. __________ Nota: Acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97 __________

DECRETO Nº 3.887, DE 16 DE AGOSTO DE 2001

Regulamenta o art. 22 da Lei nº 8.460, de 17 de setembro de 1992, que dispõe sobre o auxílio-alimentação destinado aos servidores civis ativos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 22 da Lei nº 8.460, de 17 de setembro de 1992,

DECRETA:

Art. 1º O auxílio-alimentação será concedido a todos os servidores civis ativos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, independentemente da jornada de trabalho, desde que efetivamente em exercício nas atividades do cargo.

§ 1º O auxílio-alimentação destina-se a subsidiar as despesas com a refeição do servidor, sendo-lhe pago diretamente.

§ 2º O servidor fará jus ao auxílio-alimentação na proporção dos dias trabalhados, salvo na hipótese de afastamento a serviço com percepção de diárias.

Art. 2º O auxílio-alimentação será concedido em pecúnia e terá caráter indenizatório.

Art. 3º Ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão caberá fixar o valor mensal do auxílio-alimentação, observadas as diferenças de custo por unidade da federação.

Parágrafo único. O servidor que acumule cargos na forma da Constituição fará jus à percepção de um único auxílio-alimentação, mediante opção.

Art. 4º O auxílio-alimentação não será:

I - incorporado ao vencimento, remuneração, proventos ou pensão;

II - configurado como rendimento tributável e nem sofrerá incidência de contribuição para o Plano de Seguridade Social do servidor público;

Page 71: 1.Manual Do Siapecad

71

III - caracterizado como salário-utilidade ou prestação salarial in natura; e

IV - acumulável com outros de espécie semelhante, tais como cesta básica ou vantagem pessoal originária de qualquer forma de auxílio ou benefício alimentação.

Art. 5º O auxílio-alimentação será custeado com recursos dos órgãos ou das entidades a que pertença o servidor, os quais deverão incluir na proposta orçamentária anual os recursos necessários à manutenção do auxílio.

Art. 6º O auxílio-alimentação a ser concedido ao servidor, cuja jornada de trabalho seja inferior a trinta horas semanais, corresponderá a cinqüenta por cento do valor mensal fixado na forma do art. 3.

§ 1º Na hipótese de acumulação de cargos cuja soma das jornadas de trabalho seja superior a trinta horas semanais, o servidor perceberá o auxílio pelo seu valor integral, a ser pago pelo órgão ou pela entidade de sua opção.

§ 2º É vedada a concessão suplementar do auxílio-alimentação nos casos em que a jornada de trabalho for superior a quarenta horas semanais.

Art. 7º Os contratos referentes à concessão do auxílio-alimentação, em qualquer de suas formas, vigentes em 15 de outubro de 1996, serão mantidos até o seu termo, vedada a prorrogação

Parágrafo único. Os órgãos e as entidades que mantiverem contratos deverão ajustar-se de forma a não mais descontar a contribuição do servidor.

Art. 8º O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão expedirá instruções normatizando a aplicação deste Decreto.

Art. 9º Os órgãos e as entidades, cujas atividades-fim e localização geográfica justifiquem, poderão contratar empresa para fornecimento de refeições prontas a seus servidores ou manter o serviço próprio de alimentação.

Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 11. Revoga-se o Decreto nº 2.050, de 31 de outubro de 1996.

Brasília, 16 de agosto de 2001; 180º da Independência e 113º da República.

MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIEL

Martus Tavares

D.O.U., 17/08/2001

Memorando 73/2003

Page 72: 1.Manual Do Siapecad

72

Page 73: 1.Manual Do Siapecad

73

Page 74: 1.Manual Do Siapecad

74

Page 75: 1.Manual Do Siapecad

75

Page 76: 1.Manual Do Siapecad

76

Page 77: 1.Manual Do Siapecad

77

Ofício nº 365/2002-COGLE/SRH/MP

Brasília, 20 de dezembro de 2002.

Senhora Coordenadora,

Refiro-me à mensagem dessa procedência, que solicita a esta COGLE informar se é devido o pagamento de auxílio-alimentação e auxílio-transporte a servidor público federal afastado para participação em curso de formação, em virtude de aprovação em concurso público.

Em resposta, esclareço a V. Sa. que ao servidor público federal preliminarmente aprovado em concurso público, é facultado optar pela percepção da remuneração de seu cargo de origem ou do auxílio financeiro. Se optar pela remuneração do cargo efetivo, o servidor receberá o auxílio-alimentação e o auxílio-transporte. Por outro lado, se a opção do servidor for no sentido de receber o auxílio-financeiro, que não é pagamento de servidor e sim de candidato, não cabendo, portanto, o pagamento dos auxílios-alimentação e transporte.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

DESPACHO

No presente Documento a Subsecretária de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do Meio Ambiente, consulta este órgão sobre direitos dos empregados contratados temporariamente por processo seletivo simplificado a ser implementados no âmbito de acordos internacionais, especialmente se integram o SIAPE, se têm direito ao auxílio alimentação, auxílio-transporte, auxílio-pré-escolar.

2. Sobre o assunto, esclareço que os contratados temporariamente na forma definida no Decreto nº 4.748, de 16 de junho de 2003, com base na Lei nº 8.745/93, são obrigatoriamente cadastrados no SIAPE.

3. O auxílio-alimentação, concedido aos servidores públicos federais na forma de auxílio-alimentação, é estendido a essa clientela, haja vista já ter sido firmado entendimento pela Consultoria Jurídica deste Ministério por intermédio do PARECER/MP/CONJUR/IC/Nº 1014 - 2.9/2002, pela legalidade da concessão do benefício aos contratados temporariamente com base na Lei nº 8.745/93, bem assim o auxílio-transporte e o auxílio-pré-escolar, conforme entendimento do Parecer ASJUR/SAF/PR nº 273/94.

Page 78: 1.Manual Do Siapecad

78

4. É o pronunciamento que julgamos oportuno fazer sobre o assunto sugerindo o encaminhamento à Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do Meio Ambiente.

Brasília, 05 de março de 2004. JOSÉ EVERTON MOURÃO E MELO Administrador RENATA V.N. DE MOURA HOLANDA Chefe da DIORC

De acordo.

Restitua-se à Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do Meio Ambiente, na forma sugerida.

Brasília, 05 de março de 2004.

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização

SIAPE,CADSIAPE,CADASTRO,ATUCADAST - CDATALIIND Se a inclusão for diferente do dia 01 do mês o sistema não calcula automático no mês da inclusão, deverá ser incluído por valor informado e prazo 01, e a partir do mês seguinte gerará automático. Se o servidor for detentor de dois cargos o sistema só permitirá incluir em uma matrícula. SIAPE,CADSIAPE,CODIVCAD – CDCOINDFUN – consulta SIAPE,CADSIAPE,CODIVCAD –CDCOPROALI – dados programa de alimentação Os afastamentos que excluem oeste auxílio do pagamento do servidor, à partir da informação de afastamento no cadastro SIAPE do servidor já serão descontados automaticamente pelo sistema, claro quando a informação for no mês de folha. Para que possa saber antes de afastar se o código exclui ou não este benéfico deverá consultar através da transação SIAPE,CONSULTAS,TBSIAPE,TBFUNCIONA - COTBOCORRE – consulta ocorrência

Page 79: 1.Manual Do Siapecad

79

AUXILIO-TRANSPORTE

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.783-1, DE 13 DE JANEIRO DE 1999 Institui o Auxílio-Transporte> aos servidores e empregados públicos da administração federal direta, autárquica e fundacional da União, e revoga o § 1º do art. 1º da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º Fica instituído o <Auxílio-Transporte> em pecúnia, pago pela União, de natureza jurídica indenizatória, destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos servidores e empregados públicos da administração federal direta, autárquica e fundacional da União, nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, excetuadas aquelas realizadas nos deslocamentos em intervalos para repouso ou alimentação, durante a jornada de trabalho, e aquelas efetuadas com transportes seletivos ou especiais.

§ 1º É vedada a incorporação do auxílio a que se refere este artigo aos vencimentos, à remuneração, ao provento ou à pensão.

§ 2º O <Auxílio-Transporte> não será considerado para fins de incidência de imposto de renda ou de contribuição para o Plano de Seguridade Social e planos de assistência à saúde.

Art. 2º O valor mensal do <Auxílio-Transporte> será apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do artigo anterior, e o desconto de seis por cento do:

I - vencimento do cargo efetivo, ou emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial;

II - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego.

§ 1º Para fins do desconto, considerar-se-á como base de cálculo o valor do vencimento proporcional a vinte e dois dias.

§ 2º O valor do <Auxílio-Transporte> não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do disposto no art. 8º.

Page 80: 1.Manual Do Siapecad

80

§ 3º Não fará jus ao <Auxílio-Transporte> o servidor ou empregado que realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo.

Art. 3º O <Auxílio-Transporte> não será devido cumulativamente com benefício de espécie semelhante ou vantagem pessoal, originária de qualquer forma de indenização ou auxílio pago sob o mesmo título ou idêntico fundamento, exceto quando o servidor ou empregado acumular licitamente outro cargo ou emprego na administração federal direta, autárquica e fundacional da União.

Parágrafo único. Nos casos de acumulação lícita de cargos ou empregos em que o deslocamento para o local de exercício de um deles não seja residência-trabalho por opção do servidor ou empregado, poderá ser considerado na concessão do <Auxílio-Transporte> o deslocamento trabalho-trabalho.

Art. 4º Farão jus ao <Auxílio-Transporte> os servidores ou empregados que estiverem no efetivo desempenho das atribuições do cargo ou emprego, vedado o seu pagamento quando o órgão ou a entidade proporcionar aos seus servidores ou empregados o deslocamento residência-trabalho e vice-versa, por meios próprios ou contratados com fundamento nas exceções previstas em regulamento, bem como nas ausências e nos afastamentos considerados em lei como de efetivo exercício, ressalvados aqueles concedidos em virtude de:

I - cessão em que o ônus da remuneração seja do órgão ou entidade cedente;

II - participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme dispuser o regulamento;

III - júri e outros serviços obrigatórios por lei.

Parágrafo único. Não será devido o <Auxílio-Transporte> pelo órgão ou pela entidade de origem ao servidor ou empregado cedido para empresa pública ou sociedade de economia mista, ainda que tenha optado pela remuneração do cargo efetivo ou emprego.

Art. 5º O pagamento do <Auxílio-Transporte> será efetuado no mês anterior ao da utilização de transporte coletivo, nos termos do art. 1º, salvo nas seguintes hipóteses, quando se farão no mês subseqüente:

I - início do efetivo desempenho das atribuições de cargo ou emprego, ou reinício de exercício decorrente de encerramento de licenças ou afastamentos legais;

II - alteração na tarifa do transporte coletivo, endereço residencial, percurso ou meio de transporte utilizado, em relação à sua complementação.

§ 1º O desconto relativo ao <Auxílio-Transporte> do dia em que for verificada ocorrência que vede o seu pagamento será processado no mês subseqüente e considerada a proporcionalidade de vinte e dois dias.

§ 2º As diárias sofrerão desconto correspondente ao <Auxílio-Transporte> a que

Page 81: 1.Manual Do Siapecad

81

fizer jus o servidor ou empregado, exceto aquelas eventualmente pagas em finais de semana e feriados, observada a proporcionalidade prevista no parágrafo anterior.

Art. 6º A concessão do <Auxílio-Transporte> far-se-á mediante declaração firmada pelo servidor ou empregado na qual ateste a realização das despesas com transporte nos termos do art. 1º.

§ 1º Presumir-se-ão verdadeiras as informações constantes da declaração de que trata este artigo, sem prejuízo da apuração de responsabilidades administrativa, civil e penal.

§ 2º A declaração deverá ser atualizada pelo servidor ou empregado sempre que ocorrer alteração das circunstâncias que fundamentam a concessão do benefício.

Art. 7º Os contratados por tempo determinado na forma da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, fazem jus ao <Auxílio-Transporte> instituído por esta Medida Provisória, observado o disposto no art. 2º.

Art. 8º A concessão do <Auxílio-Transporte> dar-se-á conforme o disposto em regulamento, que estabelecerá, ainda, o prazo máximo para a substituição do Vale-Transporte pelo <Auxílio-Transporte em pecúnia, condicionado seu pagamento inicial à apresentação da declaração de que trata o art. 6º.

Art. 9º Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória nº 1.783, de 14 de dezembro de 1998.

Art. 10. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 11. Fica revogado o § 1º do art. 1º da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985.

Brasília, 13 de janeiro de 1999; 178º da Independência e 111º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Paiva D.O.U., 14/01/99.

O deslocamento residência/trabalho/residência feito pelo servidor público federal através de serviço de transporte regular rodoviário seletivo não enseja a concessão do auxílio-transporte, de acordo com a previsão da Medida Provisória nº 2.165-36, de 2001, haja vista esse serviço utilizar veículos equipados com poltronas reclináveis, estofadas, numeradas, com bagageiros externos e porta-pacotes no seu interior, com apenas uma porta, não sendo permitido o transporte de passageiros em pé.

Page 82: 1.Manual Do Siapecad

82

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.165-34, DE 28 DE JUNHO DE 2001

Institui o Auxílio-Transporte, dispõe sobre o pagamento dos militares e dos servidores do Poder Executivo Federal, inclusive de suas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º Fica instituído o Auxílio-Transporte em pecúnia, pago pela União, de natureza jurídica indenizatória, destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos militares, servidores e empregados públicos da Administração Federal direta, autárquica e fundacional da União, nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, excetuadas aquelas realizadas nos deslocamentos em intervalos para repouso ou alimentação, durante a jornada de trabalho, e aquelas efetuadas com transportes seletivos ou especiais.

§ 1º É vedada a incorporação do auxílio a que se refere este artigo aos vencimentos, à remuneração, ao provento ou à pensão.

§ 2º O Auxílio-Transporte não será considerado para fins de incidência de imposto de renda ou de contribuição para o Plano de Seguridade Social e planos de assistência à saúde.

Art. 2º O valor mensal do Auxílio-Transporte será apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1º, e o desconto de seis por cento do:

I - soldo do militar;

II - vencimento do cargo efetivo ou emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial;

III - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego.

§ 1º Para fins do desconto, considerar-se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias.

§ 2º O valor do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do disposto no art. 8º.

§ 3º Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou empregado que realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo.

Page 83: 1.Manual Do Siapecad

83

Art. 3º O Auxílio-Transporte não será devido cumulativamente com benefício de espécie semelhante ou vantagem pessoal originária de qualquer forma de indenização ou auxílio pago sob o mesmo título ou idêntico fundamento, exceto quando o servidor ou empregado acumular licitamente outro cargo ou emprego na Administração Federal direta, autárquica e fundacional da União.

Parágrafo único. Nos casos de acumulação lícita de cargos ou empregos em que o deslocamento para o local de exercício de um deles não seja residência-trabalho por opção do servidor ou empregado, poderá ser considerado na concessão do Auxílio-Transporte o deslocamento trabalho-trabalho.

Art. 4º Farão jus ao Auxílio-Transporte os militares, os servidores ou empregados que estiverem no efetivo desempenho das atribuições do cargo ou emprego, vedado o seu pagamento quando o órgão ou a entidade proporcionar aos seus militares, servidores ou empregados o deslocamento residência-trabalho e vice-versa, por meios próprios ou contratados com fundamento nas exceções previstas em regulamento, bem como nas ausências e nos afastamentos considerados em lei como de efetivo exercício, ressalvados aqueles concedidos em virtude de:

I - cessão em que o ônus da remuneração seja do órgão ou da entidade cedente;

II - participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme dispuser o regulamento;

III - júri e outros serviços obrigatórios por lei.

Parágrafo único. Não será devido o Auxílio-Transporte pelo órgão ou pela entidade de origem ao servidor ou empregado cedido para empresa pública ou sociedade de economia mista, ainda que tenha optado pela remuneração do cargo efetivo ou emprego.

Art. 5º O pagamento do Auxílio-Transporte será efetuado no mês anterior ao da utilização de transporte coletivo, nos termos do art. 1º, salvo nas seguintes hipóteses, quando se farão no mês subseqüente:

I - início do efetivo desempenho das atribuições de cargo ou emprego, ou reinício de exercício decorrente de encerramento de licenças ou afastamentos legais;

II - alteração na tarifa do transporte coletivo, endereço residencial, percurso ou meio de transporte utilizado, em relação à sua complementação.

§ 1º O desconto relativo ao Auxílio-Transporte do dia em que for verificada ocorrência que vede o seu pagamento será processado no mês subseqüente e considerada a proporcionalidade de vinte e dois dias.

§ 2º As diárias sofrerão desconto correspondente ao Auxílio-Transporte a que fizer jus o militar, o servidor ou empregado, exceto aquelas eventualmente pagas em finais de semana e feriados, observada a proporcionalidade prevista no § 1º.

Page 84: 1.Manual Do Siapecad

84

Art. 6º A concessão do Auxílio-Transporte far-se-á mediante declaração firmada pelo militar, servidor ou empregado na qual ateste a realização das despesas com transporte nos termos do art. 1º.

§ 1º Presumir-se-ão verdadeiras as informações constantes da declaração de que trata este artigo, sem prejuízo da apuração de responsabilidades administrativa, civil e penal.

§ 2º A declaração deverá ser atualizada pelo militar, servidor ou empregado sempre que ocorrer alteração das circunstâncias que fundamentam a concessão do benefício.

Art. 7º Os contratados por tempo determinado na forma da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e os militares contratados para prestar Tarefa por Tempo Certo na forma da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980, fazem jus ao Auxílio-Transporte instituído por esta Medida Provisória, observado o disposto no art. 2.

Parágrafo único. Os contratados por tempo determinado na forma da Lei nº 8.745, de 1993, que forem remunerados por produção, não farão jus ao auxílio-transporte de que trata o caput deste artigo, e ao auxílio-alimentação a que se refere o art. 22 da Lei nº 8.460, de 17 de setembro de 1992.

Art. 8º A concessão do Auxílio-Transporte dar-se-á conforme o disposto em regulamento, que estabelecerá, ainda, o prazo máximo para a substituição do Vale-Transporte pelo Auxílio-Transporte em pecúnia, condicionado seu pagamento inicial à apresentação da declaração de que trata o art. 6º.

Art. 9º A partir do mês de fevereiro de 2001, o pagamento da remuneração dos militares e dos servidores do Poder Executivo Federal, inclusive de suas autarquias e fundações, bem como dos empregados das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, independentemente da fonte de recursos utilizada para pagamento destas despesas, será efetuado segundo regulamento a ser editado pelo Poder Executivo.

§ 1º A regulamentação de que trata o caput deste artigo não poderá estabelecer data de pagamento posterior ao segundo dia útil do mês subseqüente ao de competência.

§ 2º Caso a data de pagamento adotada seja decorrente de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o dirigente da empresa estatal deverá providenciar, por ocasião do próximo dissídio ou acordo coletivo, a alteração da data de pagamento, com vistas ao cumprimento do disposto no caput deste artigo.

Art. 10. O disposto no art. 9º aplica-se aos proventos dos aposentados, aos soldos dos militares na reserva e às pensões devidas a beneficiários de servidor e militar falecido.

Page 85: 1.Manual Do Siapecad

85

Art. 11. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória nº 2.077-33, de 13 de junho de 2001.

Art. 12. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 13. Ficam revogados o § 1º do art. 1º da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, o art. 6º da Lei nº 8.627, de 19 de fevereiro de 1993, e a Medida Provisória nº 2.077-33, de 13 de junho de 2001.

Brasília, 28 de junho de 2001; 180º da Independência e 113º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Pedro Parente

D.O.U., 29/06/2001

DESPACHO – TRANSPORTE COLETIVO

DESPACHO

Refiro-me ao Ofício nº 062/CRH/2005 da Universidade Federal de Mato Grosso, que consulta sobre a concessão de auxílio-transporte.

Sobre o assunto, esclareço que para a concessão acima referida deve ser observada a regra contida no texto do art. 1º da Medida Provisória nº 2.165-36, de 2001, que determina que a utilização do benefício deve ocorrer em transportes coletivos, seja no âmbito municipal, intermunicipal ou interestadual, nos deslocamentos da residência para o local de trabalho e vice-versa, em meio de transporte que não seja seletivo ou especial, conforme transcrito:

“Art. 1º. Fica instituído o Auxílio-Transporte em pecúnia, pago pela União, de natureza jurídica indenizatória, destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos militares, servidores e empregados públicos da Administração Federal direta, autárquica e fundacional da União, nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, excetuadas aquelas realizadas nos deslocamentos em intervalos para repouso ou alimentação, durante a jornada de trabalho, e aqueles efetuadas com transportes seletivos ou especiais.”

No contexto de transportes coletivos insere-se o ônibus tipo urbano, o trem, o metrô, e os transportes marítimos, fluviais e lacustres, desde que revestidos das características de transporte de massa.

O deslocamento residência/trabalho/residência feito pelo servidor público federal através de serviço de transporte regular rodoviário seletivo não enseja a concessão do auxílio-transporte, de acordo com a previsão da Medida Provisória nº 2.165-36, de 2001, haja vista esse serviço utilizar veículos equipados com poltronas reclináveis, estofadas, numeradas, com bagageiros externos e porta-

Page 86: 1.Manual Do Siapecad

86

pacotes no seu interior, com apenas uma porta, não sendo permitido o transporte de passageiros em pé.

Dessa forma, cabe informar que o auxílio-transporte não pode ser concedido para atender à demanda de servidores que utilizam o sistema de transporte seletivo ou especial, ainda que inexista outra opção ao servidor, de acordo com entendimento já emitido pela douta Consultoria Jurídica deste Ministério, por meio do PARECER/MP/CONJUR/DB/Nº 0987-2.9/2002.

Na oportunidade, esclareço que embora o Parecer acima referido tenha avaliado uma situação concreta apresentada para análise, sobre a qual se pronunciou, tal documento fixou parâmetros, com fulcro na legislação que rege a matéria, esclarecendo sobre os critérios que ensejam o pagamento do auxílio-transporte aos servidores públicos federais.

Com estes esclarecimentos, submeto o presente despacho à apreciação da Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas.

Brasília, 1º de abril de 2005.

RENATA VILA NOVA DE MOURA HOLANDA Chefe da Divisão de Análise e Orientação Consultiva

Aprovo. Encaminhe-se à UFMT para ciência.

Brasília, 1º de abril de 2005.

VÂNIA PRISCA DIAS SANTIAGO CLETO Coordenadora Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas

OFÍCIO Nº 62/2004/COGES/SRH/MP

Brasília, 31 de março de 2004

A Sua Senhoria o Senhor JOÃO CARLOS MONTEIRO Coordenação de Recursos Humanos Ministério da Justiça Brasília-DF

Assunto: Auxílio-transporte

Senhor Coordenador,

Page 87: 1.Manual Do Siapecad

87

Refiro-me ao fax dessa procedência, que consulta sobre concessão de auxílio-transporte para servidor que utiliza transporte seletivo ou especial.

Sobre o assunto, esclareço que a deve ser observada a regra contida no texto do art. 1º da Medida Provisória nº 2.165-36, de 2001, que é no sentido da utilização do benefício somente com transportes coletivos, seja no âmbito municipal, intermunicipal ou interestadual, nos deslocamentos da residência para o local de trabalho e vice-versa, em meio de transporte que não seja seletivo ou especial.

Assim diz o art. 1º da Medida Provisória nº 2.165-36, de 23 de agosto de 2001:

“Art. 1º. Fica instituído o Auxílio-Transporte em pecúnia, pago pela União, de natureza jurídica indenizatória, destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos militares, servidores e empregados públicos da Administração Federal direta, autárquica e fundacional da União, nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, excetuadas aquelas realizadas nos deslocamentos em intervalos para repouso ou alimentação, durante a jornada de trabalho, e aqueles efetuadas com transportes seletivos ou especiais.”

No contexto de transportes coletivos insere-se o ônibus tipo urbano, o trem, o metrô, e os transportes marítimos, fluviais e lacustres, desde que revestidos das características de transporte de massa.

O deslocamento residência/trabalho/residência feito pelo servidor público federal através de serviço de transporte regular rodoviário não enseja a concessão do auxílio-transporte, de acordo com a previsão da Medida Provisória nº 2.165-36, de 2001, haja vista esse serviço se utilizar de veículos equipados com poltronas reclináveis, estofadas, numeradas, com bagageiros externos e porta-pacotes no seu interior, com apenas uma porta, não sendo permitido o transporte de passageiros em pé.

Dessa forma, cabe informar que o auxílio-transporte não pode ser concedido para atender à demanda de servidores que utilizam o sistema de transporte seletivo ou especial, ainda que inexista outra opção ao servidor, de acordo com entendimento já emitido pela douta Consultoria Jurídica deste Ministério, por meio do PARECER/MP/CONJUR/DB/Nº 0987-2.9/2002.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

Page 88: 1.Manual Do Siapecad

88

OFÍCIO CIRCULAR 49/2002 Ofício-Circular nº 49/SRH/MP Brasília, 09 de julho de 2002.

Aos Dirigentes de Recursos Humanos dos Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

Com o objetivo de orientar e uniformizar procedimentos acerca da concessão de auxílio-transporte a servidores que não utilizem transporte coletivo como meio de locomoção nos deslocamentos para o trabalho e do trabalho para a residência, venho informar o seguinte. O art. 1º da Medida Provisória nº 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, apenas prevê o pagamento do benefício quando da utilização, pelo servidor, de transporte coletivo, conforme transcrevemos, in verbis: " Art. 1º Fica instituído o Auxílio-Transporte em pecúnia, pago pela União, de natureza jurídica indenizatória, destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos militares, servidores e empregados públicos da Administração Federal direta, autárquica e fundacional da União, nos deslocamentos de suas residências para os locais do trabalho e vice-versa, excetuadas aquelas realizadas nos deslocamentos em intervalos para repouso ou alimentação, durante a jornadas de trabalho, e aquelas efetuadas com transportes seletivos ou especiais."(grifo nosso) Assim, caso o servidor não utilize transporte coletivo para deslocar-se da residência até o trabalho e do trabalho para a residência, não fará jus ao auxílio-transporte. Fica insubsistente o disposto na Orientação Consultiva nº 30/97-DENOR/SRH, de 18/12/1997, bem como o Ofício-Circular nº 48/SRH/MP, de 05 de julho de 2002. Atenciosamente, LUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA Secretário de Recursos Humanos LEI 9.327 CONDUZIR VEÍCULOS OFICIAIS LEI Nº 9.327, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1996 Dispõe sobre a condução de veículo oficial. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei. Art. 1º - Os servidores públicos federais, dos órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, no interesse do serviço e no exercício de suas próprias atribuições, quando houver insuficiência de servidores ocupantes do cargo de Motorista Oficial, poderão dirigir veículos oficiais, de transporte individual de passageiros, desde que possuidores da

Page 89: 1.Manual Do Siapecad

89

Carteira Nacional de Habilitação e devidamente autorizados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade a que pertençam. Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º - Revogam-se o art.9º da Lei nº 1.081, de 13 de abril de 1950, e demais disposições em contrário. Brasília, 9 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Luiz Carlos Bresser Pereira

Portaria TCU 126

PORTARIA Nº 126, DE 13 DE JUNHO DE 2000.

Regulamenta a concessão de Auxílio-Transporte aos servidores do Tribunal de Contas da União, na forma do art. 8º da Medida Provisória nº 1.953-19, de 26 de maio de 2000.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, no uso das atribuições conferidas pelo art. 94, inciso I, do Regimento Interno, aprovado pela Resolução Administrativa nº 15, de 15 de junho de 1993, e tendo em vista o disposto no art. 8º da Medida Provisória nº 1.953-19, de 26 de maio de 2000, resolve: Art. 1º A concessão do Auxílio-Transporte em pecúnia a servidor do Tribunal de Contas da União com base na Medida Provisória nº 1.953-19/2000 deve observar as regras estabelecidas nesta Portaria. Parágrafo único. O Auxílio-Transporte destina-se ao custeio parcial de despesas realizadas pelos servidores com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual, nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, excetuados aqueles realizados em intervalos para repouso ou alimentação, durante a jornada de trabalho, e aqueles efetuados com transportes seletivos ou especiais.

Page 90: 1.Manual Do Siapecad

90

Art. 2º Tem direito ao Auxílio-Transporte o servidor no efetivo desempenho das atribuições do cargo, nos termos dos arts. 1º e 4º da Medida Provisória nº 1.953-19/2000. § 1º Não será concedido o Auxílio-Transporte nas ausências e nos afastamentos considerados em lei como de efetivo exercício, ressalvados aqueles concedidos em virtude de: I – cessão em que o ônus da remuneração seja do Tribunal; II – participação em programa de treinamento autorizada pelo Presidente ou Plenário; III – júri e outros serviços obrigatórios por lei. § 2º Os servidores removidos não farão jus ao Auxílio-Transporte nos dias referentes ao deslocamento para a nova sede. § 3º Não será concedido Auxílio-Transporte: I – referente ao trecho atendido por condução própria do Tribunal; II – aos servidores que utilizarem condução própria para os deslocamentos residência-trabalho-residência. Art. 3º Compete à Secretaria de Recursos Humanos a concessão do Auxílio-Transporte. Parágrafo único. A competência de que trata este artigo pode ser delegada ao titular da Diretoria Técnica de Benefícios Sociais. Art. 4º Para obter a concessão do benefício, o servidor deverá preencher e encaminhar declaração à Secretaria de Recursos Humanos por meio do modelo de formulário constante do Anexo. § 1º A declaração deve conter: I – dados funcionais do servidor; II – endereço residencial completo; III – percursos e meios de transporte mais adequados ao deslocamento no trajeto residência-trabalho-residência; IV – valor da despesa de cada percurso e o correspondente valor total.

Page 91: 1.Manual Do Siapecad

91

§ 2º Presumem-se verdadeiras as informações constantes da declaração, sem prejuízo da apuração de responsabilidade administrativa, civil e penal.

§ 3º A declaração deve ser atualizada pelo servidor sempre que ocorrer alteração das circunstâncias que fundamentaram a concessão do benefício. § 4º O servidor deve anexar à declaração documento comprobatório de seu endereço residencial. Art. 5º O Chefe do Serviço de Administração da Unidade de lotação do servidor deve certificar a compatibilidade entre o endereço residencial e os percursos especificados na declaração. Art. 6º A apresentação de informação falsa deve ser apurada mediante instauração de processo administrativo disciplinar. § 1º O titular da unidade de lotação do servidor deverá promover a apuração da irregularidade no prazo de 5 (cinco) dias de sua ciência, nos termos do art. 24 da Lei nº 9.784/99, observados os arts. 143 a 182 da Lei nº 8.112/90. (NR)1 § 2º O processo administrativo disciplinar destina-se à apuração de responsabilidade administrativa, aplicação da penalidade correspondente e reposição ao erário dos valores percebidos indevidamente.

Art. 7º O pagamento do Auxílio-Transporte será efetuado no mês anterior ao da utilização de transporte coletivo, salvo nas seguintes hipóteses, quando se fará no mês subseqüente:

I – início do efetivo desempenho das atribuições do cargo, ou reinício de exercício decorrente de encerramento de licenças ou afastamentos legais; II – alteração na tarifa do transporte coletivo, endereço residencial, percurso ou meio de transporte utilizado, em relação à sua complementação; III – mês referente à apresentação da declaração de que trata o art. 4º desta Portaria. § 1º Quando ocorrer caso em que é vedado o pagamento do Auxílio-Transporte, o desconto correspondente será processado no mês subseqüente ao da ocorrência, levando-se em consideração a proporcionalidade de vinte e dois dias.

Page 92: 1.Manual Do Siapecad

92

§ 2º A indenização de transporte e a diária devem sofrer desconto do Auxílio-Transporte no valor correspondente aos dias úteis do período em que elas forem recebidas, observada a proporcionalidade citada no parágrafo anterior. Art. 8º O valor mensal do Auxílio-Transporte resultará do valor diário total da despesa realizada com transporte coletivo multiplicado por vinte e dois, descontado do montante o valor correspondente a seis por cento do vencimento do cargo efetivo. Parágrafo único. Para fins do desconto, considerar-se-á como base de cálculo o valor do vencimento proporcional a vinte e dois dias. Art. 9º A Coordenadoria de Tecnologia da Informação deve adotar as medidas necessárias ao registro de informações pelo servidor solicitante diretamente no sistema GRH e, após autorização pela unidade competente, à inclusão em folha de pagamento do Auxílio-Transporte. § 1º A declaração eletrônica contendo as informações necessárias à concessão deve ser registrada somente pelo próprio servidor ou pelo Serviço de Administração da Unidade na qual estiver lotado. § 2º Deve ser prevista homologação da declaração do servidor por parte do Chefe do Serviço de Administração da unidade em que ele estiver lotado. Art. 10. A solicitação do Auxílio-Transporte deve ser efetivada por meio do modelo de formulário constante do Anexo desta Portaria até a automatização de procedimentos de que trata o artigo anterior. Art. 11. Compete à Secretaria-Geral de Administração expedir instruções complementares necessárias à execução desta Portaria. Art. 12. Esta Portaria entra em vigor a partir de 1º de julho de 2000. IRAM SARAIVA Presidente (1) Alterado pela Portaria nº 134, de 28-06-2000 Redação anterior: Art. 6º - § 1º O processo administrativo disciplinar deve ser instaurado pelo titular da unidade de lotação do servidor no prazo de 05 (cinco) dias da ciência da irregularidade, nos termos do art. 24 da Lei nº 9.784/99, observados os arts. 143 a 182 da Lei nº 8.112/90.

Page 93: 1.Manual Do Siapecad

93

DECRETO N° 2.880, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998. Regulamenta o Auxílio-Transporte dos servidores e empregados públicos da administração federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo da União e altera o Decreto n° 95.247, de 17 de novemb ro de 1987. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Medida Provisória n° 1.783, de 14 de dezembro de 1998, DECRETA: Art. 1° O Auxílio-Transporte, de natureza jurídica indenizatória, e concedido em pecúnia pela União, será processado pelo Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - SIAPE e destina-se ao custeio parcial de despesas realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos servidores ou empregados públicos da administração federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, excetuadas aquelas realizadas nos deslocamentos em intervalos para repouso ou alimentação, durante a jornada de trabalho, e aquelas efetuadas com transporte seletivos ou especiais. § 1º É vedada a incorporação do auxílio a que se refere este artigo aos vencimentos, à remuneração, ao provento ou à pensão. § 2º O Auxílio-Transporte não será considerado para fins de incidência de imposto de renda ou de contribuição para o Plano de Seguridade Social e planos de assistência à saúde. Art. 2° O valor do Auxílio-Transporte resultará da correspondência estabelecida entre o valor diário total da despesa realizada com transporte coletivo e o idêntico ou, na sua ausência, o imediatamente superior encontrado em tabela do Auxílio-Transporte, escalonada a partir de R$ 1,00 (um real) em intervalos progressivos de R$ 0,20 (vinte centavos), multiplicada por vinte e dois dias, observado o desconto de seis por cento do: Regra – Sistema - VB : 30 x 22 x 6%

Ex: 300,00 : 30 = 10 x 22 = 220 x 6% = 13,20

Vlr Diário = 3,40 x 22 = 74,80 – 13,20 = 61,60 – Vlr rubrica 941

I - vencimento do cargo efetivo ou emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial; II - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego.

Page 94: 1.Manual Do Siapecad

94

§ 1° Para fins do desconto, considerar-se-á como ba se de cálculo o valor do vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º O valor do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o transporte, nem superior àquele resultante da multiplicação da correspondência estabelecida na tabela escalonada a que se refere este artigo. Art. 3º O Auxílio-Transporte será pago com recursos do órgão ou da entidade em que o servidor ou empregado estiver lotado, ressalvadas as seguintes hipóteses de cessão: I - para empresa pública ou sociedade de economia mista; II - para Estados, Distrito Federal ou Municípios em que o ônus da remuneração seja de responsabilidade do respectivo órgão ou da entidade cessionária. Art. 4° Para a concessão do Auxílio-Transporte, o s ervidor ou empregado deverá apresentar ao órgão ou a entidade responsável pelo pagamento declaração contendo: I - valor diário da despesa realizada com transporte coletivo, nos termos do art. 1º. II - endereço residencial; III - percursos e meios de transportes mais adequados ao seu deslocamento residência-trabalho e vice-versa; IV - no caso de acumulação lícita de cargos ou empregos, a opção facultada ao servidor ou empregado pela percepção do Auxílio-Transporte no deslocamento trabalho-trabalho em substituição ao trabalho-residência. § 1° A declaração deverá ser atualizada pelo servid or ou empregado sempre que ocorrer alteração das circunstâncias que fundamentam a concessão do benefício. § 2° Na hipótese de que trata o inciso IV, é vedado o cômputo do deslocamento residência-trabalho para fins de pagamento do benefício em relação ao cargo ou emprego da segunda jornada de trabalho. § 3° A autoridade que tiver ciência de que o servid or ou empregado apresentou informação falsa deverá apurar de imediato, por intermédio de processo administrativo disciplinar, a responsabilidade do servidor ou empregado, com vistas à aplicação da penalidade administrativa correspondente e reposição ao erário dos valores percebidos indevidamente, sem prejuízo das sanções penais

Page 95: 1.Manual Do Siapecad

95

cabíveis. Art. 5° No prazo máximo de noventa dias, a contar d a publicação deste Decreto, os órgãos e as entidades da administração pública direta, autárquica e fundacional deverão promover o pagamento do Auxílio-Transporte em pecúnia. Parágrafo único. Observado o prazo estabelecido neste artigo, o pagamento inicial do Auxílio-Transporte em pecúnia somente será efetuado após a apresentação da declaração de que trata o artigo anterior. Art. 6º Os órgãos e as entidades de que trata o artigo anterior deverão rever, até o mês subseqüente ao da adoção do pagamento do Auxílio-Transporte em pecúnia, os valores dos contratos de prestação de serviços de terceiros dos quais decorram despesas relacionadas, direta ou indiretamente, com aquisição, transporte, guarda e distribuição de Vale-Transporte. Art. 7º Os servidores envolvidos em atividades relacionadas com a aquisição, transporte, guarda e distribuição de Vale-Transporte passarão a exercer as atividades inerentes aos seus cargos, prioritariamente, em unidades de atendimento ao público ou relacionadas com a atividade-fim do órgão ou da entidade em que estejam lotados. Art. 8° O Ministro de Estado da Administração Feder al e Reforma do Estado poderá alterar o valor dos intervalos progressivos escalonados na tabela a que se refere o art. 2°, desde que mantida a diferença nominal entre eles constantes. Art. 9º O art. 1° do Decreto nº 95.247, de 17 de no vembro de 1987, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1° São beneficiários do Vale-Transporte, nos termos da Lei n° 7.418, de 16 de dezembro de 1985, os trabalhadores em geral, tais como: Art. 10. Aplica-se o disposto neste Decreto aos contratados por tempo determinado de que trata a Lei n° 8.745, de 9 de de zembro de 1993. Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 12. Fica revogado o inciso VII do art. 1° do D ecreto n° 95.247, de 17 de novembro de 1987. Brasília, 15 de dezembro de 1998; 177° da Independê ncia e 110º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Luiz Carlos Bresser Pereira MP 2.165/2001

Page 96: 1.Manual Do Siapecad

96

Ofício n.º 153 2000-COGLE/SRH

Brasília, 13 de junho de 2000.

Senhor Chefe,

Faço referência à mensagem dessa procedência, de 08 de junho de 2000, pela qual Vossa Senhoria solicita manifestação deste Órgão, sobre a possibilidade de pagamento referente a exercícios anteriores de auxílio transporte e de auxílio pré-escolar.

2. A propósito, cabe esclarecer que as legislações que regem os assuntos, auxílio alimentação, auxílio transporte e auxílio pré-escolar são diferentes e portanto, em virtude da matéria, qualquer autorização acerca de um assunto, não é extensiva aos outros.

3. Ainda, cabe lembrar que de acordo com o Princípio Constitucional da legalidade, contido no artigo 37 da carta Magna, ao Administrador Público só é permitido fazer oq eu a Lei expressamente autoriza.

4. Assim, quanto ao pagamento retroativo do auxílio pré-escolar, a Orientação Consultiva nº 12, DENOR/SRH/MARE, de 10 de outubro de 1997, não autoriza nem excepciona pagamento retroativo dos referidos valores.

5. Finalmente, a legislação que trata do auxílio transporte, a Medida Provisória nº 1953-19, de 25 de maio de 2000, também não autoriza o pagamento retroativo, uma vez que os pagamentos serão efeutados a aprtir da apresentação da declaração firmada pelo interessado, in verbis:

"Art. 6º A concessão do Auxílio-Transporte far-se-á mediante declaração firmada pelo militar, servidor ou empregado na qual ateste a realização das despesas com transporte nos termos do art. 1º."

"Art. 8º A concessão do Auxílio-Transporte dar-se-á conforme o disposto em regulamento, que estabelecerá, ainda, o prazo máximo para a substituição do Vale-Transporte pelo Auxílio-Transporte em pecúnia, condicionado seu pagamento inicial à apresentação da declaração de que trata o art. 6º."

6. Pelo exposto, não há previsão legal para o pagamento de exercícios anteriores dos auxílios-transportes e pré-escolar.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Page 97: 1.Manual Do Siapecad

97

SIAPE,CADSIAPE,CADASTRO,ATUCADAST – CDATAUXTRA Informar o valor gasto DIÁRIO no deslocamento casa x trabalho x Trabalho x casa. SIAPE,CADSIAPE,CODIVCAD – CDCOINDFUN – consulta Os afastamentos que excluem este auxílio do pagamento do servidor, à partir da informação de afastamento no cadastro SIAPE do servidor já serão descontados automaticamente pelo sistema, claro quando a informação for no mês de folha. Para que possa saber antes de afastar se o código exclui ou não este benéfico deverá consultar através da transação SIAPE,CONSULTAS,TBSIAPE,TBFUNCIONA - COTBOCORRE – consulta ocorrência SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,TRANSP - TBCOAUXTRA - Consulta valor auxílio-transporte. DEPENDENTE

DECRETO N° 977, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1993 Dispõe sobre a assistência pré-escolar destinada aos dependentes dos servidores públicos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e considerando o disposto no art. 54, inciso IV, da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, DECRETA:

Art. 1° A assistência pré-escolar será prestada aos dependentes dos servidores públicos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, nos termos do presente decreto.

Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Públ ica Federal direta, autárquica e fundacional deverão adotar planos de assistência pré-escolar, destinados aos dependentes dos servidores, contemplando as formas de assistência a serem utilizadas: berçário, maternal, ou assemelhados, jardim de infância e pré-escola, quantitativo de beneficiários, previsão de custos e cotas-partes dos servidores beneficiados.

Parágrafo único. A Secretaria da Administração Federal da Presidência da República baixará ato normalizando os procedimentos a serem obedecidos pelos órgãos e entidades na elaboração dos respectivos planos de assistência pré-escolar.

Art. 3° A assistência pré-escolar de que trata este decreto tem por objetivo oferecer aos servidores, durante a jornada de trabalho, condições de atendimento aos seus dependentes, que propiciem:

I - educação anterior ao 1° grau, com vistas ao des envolvimento de sua personalidade e a sua integração ao ambiente social;

Page 98: 1.Manual Do Siapecad

98

II - condições para crescerem saudáveis, mediante assistência médica, alimentação e recreação adequadas;

III - proteção à saúde, através da utilização de métodos próprios de vigilância sanitária e profilaxia;

IV - assistência afetiva, estímulos psicomotores e desenvolvimento de programas educativos específicos para cada faixa etária;

V - condições para que se desenvolvam de acordo com suas características individuais, oferecendo-lhes ambiente favorável ao desenvolvimento da liberdade de expressão e da capacidade de pensar com independência.

Art. 4° A assistência pré-escolar alcançará os depe ndentes na faixa etária compreendida desde o nascimento até seis anos de idade, em período integral ou parcial, a critério do servidor.

§ 1° Consideram-se como dependentes para efeito da assistência pré-escolar o filho e o menor sob tutela do servidor, que se encontrem na faixa etária estabelecida no caput deste artigo.

§ 2° Tratando-se de dependentes excepcionais, será considerada como limite para atendimento a idade mental, correspondente à fixada no caput deste artigo, comprovada mediante laudo médico.

Art. 5° O benefício de que trata este decreto não s erá:

I - percebido cumulativamente pelo servidor que exerça mais de um cargo em regime de acumulação;

II - deferido simultaneamente ao servidor e cônjuge, ou companheiro(a).

Parágrafo único. Na hipótese de divórcio ou separação judicial, o benefício será concedido ao servidor que mantiver a criança sob sua guarda.

Art. 6° Os planos de assistência pré-escolar serão custeados pelo órgão ou entidade e pelos servidores.

Art. 7° A assistência pré-escolar poderá ser presta da nas modalidades de assistência direta, através de creches próprias, e indireta, através de auxílio pré-escolar>, que consiste em valor expresso em moeda referente ao mês em curso, que o servidor receberá do órgão ou entidade.

§ 1° Fica vedada a criação de novas creches, matern ais ou jardins de infância como unidades integrantes da estrutura organizacional do órgão ou entidade, podendo ser mantidas as já existentes, desde que atendam aos padrões exigidos a custos compatíveis com os do mercado.

§ 2° Os contratos e convênios existentes à época da publicação deste decreto serão mantidos até o prazo final previsto nas cláusulas contratuais firmadas, vedada a

Page 99: 1.Manual Do Siapecad

99

prorrogação, ficando assegurada aos dependentes dos servidores a continuidade da assistência pré-escolar através da modalidade <auxílio pré-escolar.

Art. 8° A Secretaria da Administração Federal da Pr esidência da República fixará e atualizará o valor-teto para a assistência pré-escolar, nas diversas localidades do País, considerando-se as diferenciações de valores das mensalidades escolares.

Parágrafo único. Entende-se como valor-teto o limite mensal máximo do benefício, expresso em unidade monetária, o qual será atualizado, tendo como base a legislação vigente, cuja periodicidade será definida pela Secretaria da Administração Federal da Presidência da República.

Art. 9° O valor-teto estabelecido, assim como as fo rmas de participação (cota-parte) do servidor no custeio do benefício serão mantidas para todas as modalidades de atendimento previstas no art. 7°.

Parágrafo único. A cota-parte do servidor será proporcional ao nível de sua remuneração e, com sua anuência, consignada em folha de pagamento, de acordo com critérios gerais fixados pela Secretaria da Administração Federal da Presidência da República.

Art. 10. Os órgãos e entidades mencionados no art. 2° deverão incluir na proposta orçamentária anual os valores previstos para implantação e manutenção deste benefício, devendo, ainda, manter sistema de controle dos servidores beneficiários, com informações mensais sobre a evolução das despesas.

Parágrafo único. Os órgãos e entidades deverão cadastrar os dependentes beneficiados junto ao Siape (Sistema Integrado de Administração de Pessoal), no prazo de 180 dias, contados da data de publicação deste decreto, para garantirem sua permanência nos planos de assistência pré-escolar.

Art. 11. A fiscalização de assistência pré-escolar far-se-á através de comissões designadas pelos dirigentes das áreas de recursos humanos de cada órgão e entidade.

Art. 12. Os planos de assistência pré-escolar de que trata este decreto serão aprovados, no âmbito de cada Ministério e Secretaria, pelos respectivos Ministros de Estado, após a devida apreciação:

I - pela Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, quanto à observância das normas que regulamentam a administração do benefício;

II - pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Coordenação da Presidência da República, quanto à viabilidade orçamentária.

Art. 13. À Secretaria da Administração Federal da Presidência da República compete o controle sistemático da fiscalização estabelecida nos arts. 10 e 11, assim como o acompanhamento da aplicação e da prática deste benefício.

Art. 14. Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Page 100: 1.Manual Do Siapecad

100

Art. 15. Ficam revogados os Decretos n°s 93.408, de 10 de outubro de 1986, e 99.548, de 25 de setembro de 1990.

Brasília, 10 de novembro de 1993; 172° da Independê ncia e 105° da República. ITAMAR FRANCO Romildo Canhim

OFÍCIO Nº 271/2004/COGES/SRH/MP

Brasília, 30 de novembro de 2004

A Sua Senhoria o Senhor ÁNUAR NAHES Chefe do Pessoal Ministério das Relações Exteriores Brasília - DF

Assunto: Assistência Pré-escolar.

Senhor Chefe,

Refiro-me ao FAX datado de 05 de novembro de 2004, enviado a esta Coordenação-Geral, indagando se é considerado como dependente para efeito da assistência pré-escolar o filho e o menor sob tutela do servidor conforme orientação contida no ofício nº 587/98/COGLE/DENOR/SRH/MARE, de 1º de dezembro de 1998.

2. Sobre o assunto, informo que são considerados dependentes do servidor, para efeito de concessão do benefício assistência pré-escolar, os filhos e menores sob tutela, desde que a tutela seja devidamente comprovada mediante a apresentação do Termo de Tutela, estendendo-se à curatela e à guarda concedidos em juízo, e que se encontrem na faixa etária compreendida entre o nascimento aos seis anos de idade.

3. A assistência pré-escolar destina-se, também, ao dependente excepcional, de qualquer idade, desde que comprovado, mediante laudo médico, que o seu desenvolvimento biológico, psicológico e sua motricidade correspondam à idade mental relativa à faixa etária prevista no item anterior.

Atenciosamente,

VÂNIA PRISCA DIAS SANTIAGO CLETO Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

Page 101: 1.Manual Do Siapecad

101

Oficio n° 228 /2001-COGLE/SRH

Brasília, 20 de julho de 2001.

Senhor Diretor,

Em resposta ao oficio n° 179/2001-DDS-LTFRR, de 02 de julho de 2001, sobre a possibilidade de pagamento dos benefícios de auxílio pré-escolar, auxílio-alimentação e auxílio-transporte ao servidor sem vínculo com a Administração Pública Federal, informamos:

2. O auxílio-alimentação foi instituído pela Lei n° 8.460, de 27/09/92 e, posteriormente, alterado pela Lei n° 9.527, de 03/12/97 , que diz ser esse beneficio devido aos servidores públicos federais civis ativos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, não excluindo os que não tem vínculo efetivo com a União. Da mesma forma, o Decreto n° 977, de 10/11/93 , que dispõe sobre auxílio pré-escolar prevê em seu art. 1° que a assistëncia pré-escolar será prestada aos dependentes dos servidores públicos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Portanto, tais benefícios devem ser pagos aos servidores sem vínculo, mediante requerimento.

3. A Medida Provisória n° 1.783, de 14/12/1998 , instituiu o auxílio-transporte aos servidores e empregados públicos da administração federal direta, autárquica e fundacional da União, também mediante requerimento, sem distinguir o servidor efetivo do ocupante de cargo em comissão, inclusive definindo expressamente, em seu art. 2°, o percentual de desconto a ser aplicad o sobre o vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial.

A Sua Senhoria o Senhor

MANOEL ALVES BEZERRA JÚNIOR Diretor de Desenvolvimento Social Universidade Federal de Roraima Boa Vista –RR

4 . Embora a Lei nº 8.647/93 tenha vinculado os ocupantes tão-só dos cargos em comissão ao regime geral da previdência social, atribuindo-lhes a condição de segurados compulsórios desse sistema previdenciário e, em conseqüência, suprimindo-lhes os direitos pertinentes ao Plano de Seguridade Social, concernente ao pessoal estatutário, ressalvada a assistência à saúde, encontramos a situação

Page 102: 1.Manual Do Siapecad

102

singular de o servidor exercer o cargo de confiança sob o regime estatutário, com os direitos e encargos dela decorrentes.

5. Ratificando esse entendimento encontra-se o Parecer/Asjur/SAF da Presidência da República nº 273/94 (cópia anexa), que entende ser devida a concessão do pagamento de auxílio pré-escolar, auxílio-transporte e auxílio-alimentação aos ocupantes de cargo em comissão.

6. Finalmente, esclarecemos que não é permitido o pagamento retroativo desses benefícios, visto que a concessão dos mesmos é devida a partir do requerimento do servidor junto à Unidade de Recursos Humanos do órgão ou entidade a que se encontre vinculado o servidor.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

OF. 83/2004

OFÍCIO Nº 83/2004/COGES/SRH/MP

Brasília, 07 de abril de 2004

A Sua Senhoria a Senhora ADRIANA DE OLIVEIRA RESENDE Coordenadora de Recursos Humanos Substituta Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro-RJ

Assunto: Auxílio pré-escolar

Senhora Coordenadora,

Refiro-me ao Ofício nº 015 dessa procedência, que originou o Documento nº 04500.001274/2004-78, consultando sobre a concessão do auxílio pré-escolar a servidor que detém a guarda provisória de uma criança de 4 anos de idade.

Sobre o assunto, cabe esclarecer que o auxílio pré-escolar é o benefício financeiro concedido ao servidor ativo para auxiliar nas despesas pré-escolares de filhos ou dependentes, sendo requisito básico que o servidor ou servidora tenha filho ou dependente na faixa etária compreendida do nascimento até 7 (sete) anos incompletos.

Page 103: 1.Manual Do Siapecad

103

É necessário requerer junto ao setor de Recursos Humanos, apresentando cópia da certidão de nascimento do dependente, do Termo de Adoção ou do Termo de Guarda e Responsabilidade, e laudo médico, no caso de dependente excepcional com idade mental de até 7 anos incompletos.

Dessa forma, não encontramos óbice para o pagamento de auxílio pré-escolar ao servidor que detenha a guarda da criança, ainda que provisória, por se configurar um instituto mais abrangente que a tutela, de que trata o Decreto nº 977, de 1993, conforme entendimento contido no PARECER nº 486/CONJUR/SAF, cópia anexa.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

DESPACHO

No presente Documento a Subsecretária de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do Meio Ambiente, consulta este órgão sobre direitos dos empregados contratados temporariamente por processo seletivo simplificado a ser implementados no âmbito de acordos internacionais, especialmente se integram o SIAPE, se têm direito ao auxílio alimentação, auxílio-transporte, auxílio-pré-escolar.

2. Sobre o assunto, esclareço que os contratados temporariamente na forma definida no Decreto nº 4.748, de 16 de junho de 2003, com base na Lei nº 8.745/93, são obrigatoriamente cadastrados no SIAPE.

3. O auxílio-alimentação, concedido aos servidores públicos federais na forma de auxílio-alimentação, é estendido a essa clientela, haja vista já ter sido firmado entendimento pela Consultoria Jurídica deste Ministério por intermédio do PARECER/MP/CONJUR/IC/Nº 1014 - 2.9/2002, pela legalidade da concessão do benefício aos contratados temporariamente com base na Lei nº 8.745/93, bem assim o auxílio-transporte e o auxílio-pré-escolar, conforme entendimento do Parecer ASJUR/SAF/PR nº 273/94.

4. É o pronunciamento que julgamos oportuno fazer sobre o assunto sugerindo o encaminhamento à Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do Meio Ambiente.

Brasília, 05 de março de 2004.

JOSÉ EVERTON MOURÃO E MELO Administrador RENATA V.N. DE MOURA HOLANDA

Page 104: 1.Manual Do Siapecad

104

Chefe da DIORC

De acordo.

Restitua-se à Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do Meio Ambiente, na forma sugerida.

Brasília, 05 de março de 2004.

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização de Normas

SIAPE,CADSIAPE,DEPENDENTE – CDIADEPEND

Benefícios alcançados por este módulo: Auxílio Pré-escolar – 01-indireta - Imposto de Renda – Plano de Saúde - Salário Família SIAPE,CONSULTAS,TBSIAPE,TBFUNCIONA,TBCONLEG - COTBPREES – consulta base de cálculo de auxílio pré-escolar. SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,BENEFDEPEN - TBCOBENDEP – consulta PARENTESCO X CONDICAO X BENEFÍCIO SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,BENEF - TBCOBENEF – consulta tabela de beneficio de dependente. REPRESENTANTE LEGAL

SIAPE,CADSIAPE,CDREPLEG – CDIAREPLEG Inclui/Altera Representante Legal de ativos e aposentado SIAPE,CADSIAPE,CDREPLEG – CDIAREPLES Inclui/Altera Representante Legal de servidor SIAPE,CADSIAPE,CDREPLEG – CDCOREPLEG Consulta Representante Legal PCA HISTÓRICO

SIAPE,SIAPECAD,PCA,PCAHIST – CAINPCAHIS – inclui Se o servidor exerceu em Órgão SIAPE deverá ser incluído com o código do Órgão. Não poderá incluir código 9999.

SIAPE,SIAPECAD,PCA,PCAHIST - CAEXPCAHIS – exclui

SIAPE,SIAPECAD,PCA,ALTDADOPCA - CAALDTPCA – altera

SIAPE,SIAPECAD,PCA - CACOPCA (consultar PCA)

Page 105: 1.Manual Do Siapecad

105

CONTRATO TEMPORÁRIO

SIAPE,SIAPECAD,PCA,PROVIMENTO – CAPVSEMVA – incluir o CDT com cargo – (Professor Substituto) SIAPE,SIAPECAD,PCA – CACOPCA - consulta

SIAPE,CADSIAPE,CADASTRO,OCORFUNC – CDINREGIST – incluir CDT sem cargo. SIAPE,CADSIAPE,CODIVCAD – CDCOINDFUN - consulta SIAPE,CADSIAPE,CODIVCAD – CDCOCDTVAG – consulta CDT com ou sem cargo dentro do Órgão ESTAGIÁRIO

SIAPE,SIAPECAD,PFU,NOMEACAO - CAEDHTITVG - incluir

SIAPE,SIAPECAD,PFU,EXONERACAO – CAVADIRFEX – exclusão

SIAPE,SIAPECAD,PFU,CONPFU – CACODETPFU - CONSULTA PCA POR ENQUADRAMENTO SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 9, DE 29 DE OUTUBRO DE 1993 O MINISTÉRIO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 11 da Lei nº 8.490 de 19 de dezembro de 1992 e o Decreto nº 741, de 4 fevereiro de 1993, resolve: Expedir a presente Instrução Normativa (IN), destinada a esclarecer aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e funcional, quanto aos procedimentos a serem adotados na correta aplicação do § 5º do art. 8º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 4 - O servidor será enquadrado no Plano de Cargos ou Carreira pertinente ao órgão ou entidade, ou ainda o sucessor daquele a que pertencia, onde tenha ocorrido a readmissão. 4.1 - No enquadramento serão observados os critérios pertinentes a cada plano de cargos ou carreira;

Page 106: 1.Manual Do Siapecad

106

LEI Nº 9.624, DE 2 DE ABRIL DE 1998

Altera dispositivos da Lei n° 8.911, de 11 de julho de 1994, e dá outras providências.

Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisória n° 1.644-41, de 1998, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhães, Presidente, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:

Art. 12. O caput e o § 1° do art. 7° da Lei n° 8.270 , de 17 de dezembro de 1991, passam a vigorar com a seguinte redação, revogado o § 5°:

"Art. 7° Poderão ser enquadrados nos planos de clas sificação de cargos dos órgãos da Administração Pública Federal direta, das autarquias, incluídas as em regime especial, e das fundações públicas federais, pelo Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil, os respectivos servidores redistribuídos de órgão ou entidade cujos planos de classificação sejam diversos daqueles a que os servidores pertenciam, sem modificação da remuneração e da essência das atribuições dos cargos de que são ocupantes.

SIAPE,SIAPECAD,PCA,PROVIMENTO – CAPVPCAENQ ( _ ) MONTAR DL PARA PUBLICACAO E AGUARDAR PUBLICAÇ ÃO 1º PASSO – Informar o DL e todos os dados do enqua dramento

( _ ) INFORMAR PUBLICACAO DO DL E EFETIVAR OS FATOS NO ISTEMA

2º PASSO – Informar a data de Publicação do DL, som ente à partir deste procedimento que ocorre o enquadramento. SIAPE,SIAPECAD,PCA - CACOPCA (consultar PCA) Se efetivou algo errado deverá primeiro desativar matrícula SIAPE,SIAPECAD,INTEGRACAO – CADTMATFP – desativa matrícula

Cancela o PCA através da transação: SIAPE,SIAPECAD,PCA,PROVIMENTO - CACANPCA – cancela PCA

Cancela vacancia a través da transação: SIAPE,SIAPECAD,PCA,VACANCIA – CACANVAC – cancela vacancia

Enquadra novamente SIAPE,SIAPECAD,PCA,PROVIMENTO – CAPVPCAENQ

Page 107: 1.Manual Do Siapecad

107

Reativa matrícula SIAPE,SIAPECAD,INTEGRACAO – CARTMATFP – reativa matrícula

PROGRESSÃO

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO FEDERAL DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 02 Enquanto não vigorar o regulamento previsto no parágrafo único do art. 10 da Lei nº 8.112, de 1990, a promoção, a progressão ou a ascensão funcional poderão ser efetuadas com base nas normas regulamentares em vigor na data da mesma Lei, desde que exista cargo vago ou esteja legalmente prevista sua realização independentemente de vaga, bem assim não sejam incompatíveis com as normas pertinentes ao novo regime jurídico. D.O.U., 20/12/90

Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,PROGRESSAO – CAINPROGMA Incluir DL – Portaria/Boletim para fazer progressão individual

SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,PROGRESSAO – CACOPOSPRO – consulta

SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,PROGRESSAO – CAALPROGM – altera/corrige AFASTAMENTO

Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 202 Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

Art. 203 Para licença até 30 (trinta) dias, a inspeção será feita por médico do setor de assistência do órgão de pessoal e, se por prazo superior, por junta médica oficial.

§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do

Page 108: 1.Manual Do Siapecad

108

servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

§ 2º Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde se encontra ou tenha exercício em caráter permanente o servidor, e não se configurando as hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230, será aceito atestado passado por médico particular. ( Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

§ 3º No caso do parágrafo anterior, o atestado somente produzirá efeitos depois de homologado pelo setor médico do respectivo órgão ou entidade, ou pelas autoridades ou pessoas de que tratam os parágrafos do art. 230. ( Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

§ 4º O servidor que durante o mesmo exercício atingir o limite de trinta dias de licença para tratamento de saúde, consecutivos ou não, para a concessão de nova licença, independentemente do prazo de sua duração, será submetido a inspeção por junta médica oficial. ( Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Art. 204 Findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.

Art. 205 O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das doenças especificadas no art. 186, § 1º.

Art. 206 O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica.

SEÇÃO V

Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade

Art. 207 Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.

§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.

§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.

§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 208 Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.

Art. 209 Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactente terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que

Page 109: 1.Manual Do Siapecad

109

poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

Art. 210 À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada.

Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.

SEÇÃO VI

Da Licença por Acidente em Serviço

Art. 211 Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.

Art. 212 Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.

Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;

II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Art. 213 O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos.

Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.

Art. 214 A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.

Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por junta médica oficial. ( Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44. ( Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Page 110: 1.Manual Do Siapecad

110

§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até trinta dias, podendo ser prorrogada por até trinta dias, mediante parecer de junta médica oficial e, excedendo estes prazos, sem remuneração, por até noventa dias. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 91. A critério da Administração, poderá ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

__________

Nota:

Redação dada pela MP1.909-15/99 e convalidada pela MP2.225- 45/2001

Redação anterior:

Redação original

Redação dada pela Lei nº 9.527/97

__________

Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.

__________

Nota:

Redação dada pela MP1.909-15/99 e convalidada pela MP2.225- 45/2001

Redação anterior:

Redação original

Redação dada pela Lei nº 9.527/97

Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior

Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

Page 111: 1.Manual Do Siapecad

111

§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.

§ 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento.

AFASTAMENTOS P/EXTERIOR DEC. 2349/1997

DECRETO Nº 2.349, DE 15 DE OUTUBRO DE 1997 Dá nova redação ao art. 1º do decreto nº 1.387, de 7 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre o afastamento do país de servidores civis da Administração Pública Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição,

DECRETA :

Art. 1º O art. 1º do Decreto nº 1.387, de 7 de fevereiro de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 1º ............................................................. IV - serviço ou aperfeiçoamento relacionado com a atividade fim do órgão ou entidade de necessidade reconhecida Ministro de Estado; ............................................................................... § 1º A participação em congressos internacionais, no exterior, somente poderá ser autorizada com ônus limitado, salvo nos casos previstos no inciso IV deste artigo, ou de financiamento aprovado pelo Conselho nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico - CNPq, pela Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP ou pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, cujas viagens serão autorizadas com ônus, não podendo exceder, nas duas hipóteses, a quinze dias. .............................................................................." Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de outubro de 1997; 176º da Independência e 109º da República.

Page 112: 1.Manual Do Siapecad

112

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Clovis de Barros Carvalho D.O.U. 16/10/97

AFASTAMENTOS P/EXTERIOR DEC 1387/1995

DECRETO Nº 1.387, DE 7 DE FEVEREIRO DE 1995

Dispõe sobre o afastamento do País de servidores civis da Administração Pública Federal, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição e tendo em vista o disposto nos arts. 12 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, e 95 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,

DECRETA:

Art. 1º O afastamento do País de servidores civis de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, com ônus ou com ônus limitado, somente poderá ser autorizado nos seguintes casos, observadas as demais normas a respeito, notadamente as constantes do Decreto nº 91.800, de 18 de outubro de 1985:

I - negociação ou formalização de contratações internacionais que, comprovadamente, não possam ser realizadas no Brasil ou por intermédio de embaixadas, representações ou escritórios sediados no exterior;

II - missões militares;

III - prestação de serviços diplomáticos;

IV - serviço ou aperfeiçoamento relacionado com a atividade fim do órgão ou entidade, de necessidade reconhecida pelo Ministro de Estado;

V - intercâmbio cultura, científico ou tecnológico, acordado com interveniência do Ministério das Relações Exteriores ou de ultilidade reconhecida pelo Ministro de Estado;

VI - bolsas de estudo para curso de pós-graduação stricto sensu.

§1º A participação em congressos internacionais, no exterior, somente poderá ser autorizada com ônus limitado, salvo nos casos previstos no inciso IV deste artigo, ou de financiamento aprovado pelo Conselho Nacional de

Page 113: 1.Manual Do Siapecad

113

Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, pela Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP ou pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, cujas viagens serão autorizadas com ônus não podendo exceder, nas duas hipóteses, a quinze dias.

§ 2º O afastamento do País na forma disposta no parágrafo anterior; quando superior a quinze dias, somente poderá ser autorizado mediante prévia audiência da Casa Civil da Presidência da República, inclusive nos casos de prorrogação da viagem.

§ 3º Nos casos não previstos neste artigo, as viagens somente poderão ser autorizadas sem ônus.

Art. 2º Fica delegada competência aos Ministros de Estado, ao Advogado-Geral da União, ao Secretário Especial de Políticas Regionais da Câmara de Políticas Regionais do Conselho de Governo, aos titulares das Secretarias de Estado de Comunicação de Governo, de Relações Institucionais e de Desenvolvimento Urbano, e ao Chefe da Casa Militar da Presidência da República para autorizarem os afastamentos do País, sem nomeação ou designação, dos servidores civis da Administração Pública Federal.

Parágrafo único. O afastamento de servidores da Agência Espacial Brasileira será autorizado pelo Secretário-Geral da Presidência da República.

Art. 3º A autorização deverá ser publicado no Diário Oficial da União, até a data do início da viagem ou de sua prorrogação, com indicação do nome do servidor, cargo, órgão ou entidade de origem, finalidade resumida da missão, país de destino, período e tipo do afastamento.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos afastamentos que tenham por objeto os assuntos de que trata o art. 4º do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 79.099, de 6 de janeiro de 1977, cuja classificação, para os fins deste decreto, será feita pelo Ministro de Estado competente.

Art. 4º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Revogam-se os Decretos nºs 1.042, de 12 de janeiro de 1994, e 1.055, de 11 de fevereiro de 1994.

Brasília, 7 de fevereiro de 1995; 174º da Independência e 107º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Clóvis Carvalho

DEC 94.664/1987

Art. 14 - O Professor da carreira do Magistério Superior será submetido a um dos seguintes regimes de trabalho:

Page 114: 1.Manual Do Siapecad

114

I - dedicação exclusiva, com obrigação de prestar 40 (quarenta) horas semanais de trabalho em 2 (dois) turnos diários, completos e impedimento do exercício de outra atividade remunerada, pública ou privada;

II - tempo parcial de 20 (vinte) horas semanais de trabalho.

§ 1º - No regime de dedicação exclusiva admitir-se-á:

a) participação em órgãos de deliberação coletiva relacionada com as funções de Magistério;

b) participação em comissões julgadoras ou verificadoras, relacionadas com o ensino ou a pesquisa;

c) percepção de direitos autorais ou correlatos;

d) colaboração esporádica, remunerada ou não, em assuntos de sua especialidade e devidamente autorizada pela instituição, de acordo com as normas aprovadas pelo conselho superior competente.

§ 2º - Excepcionalmente, a IFE, mediante aprovação de seu colegiado superior competente, poderá adotar o regime de 40 (quarenta) horas semanais de trabalho para áreas com características específicas.

Art. 47 - Além dos casos previstos na legislação vigente, o ocupante de cargo ou emprego das carreiras de Magistério e Técnico-Administrativas poderá afastar-se de suas funções, assegurados todos os direitos e vantagens a que fizer jus em razão da atividade docente:

I - para aperfeiçoar-se em instituição nacional ou estrangeira;

II - para prestar colaboração a outra instituição de ensino ou de pesquisa;

III - para comparecer a congresso ou reunião relacionados com atividades acadêmicas;

IV - para participar de órgão de deliberação coletiva ou outros relacionados com as funções acadêmicas.

§ 2º - O afastamento a que se refere o item II não poderá exceder a 4 (quatro) anos, após o que o servidor perderá o cargo ou emprego na IFE de origem.

Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

Page 115: 1.Manual Do Siapecad

115

III - investido no mandato de vereador:

a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse.

§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

Of. 113/2004

OFÍCIO Nº 113/2004/COGES/SRH/MP

Brasília, 19 de maio de 2004

Refiro-me ao Ofício nº 221/INSS, de 17/05/2004, em que Vossa Senhoria consulta sobre o prazo para afastamento de servidor que concorrerá às eleições.

Primeiramente, cabe-nos esclarecer que ratificamos o Despacho exarado por essa Coordenação em 06 de setembro de 2000, que tratou do prazo de afastamento remunerado do servidor público candidato, compreendido na situação prevista na Lei Complementar nº 64, de 1990 e no art. 86 da Lei nº 8.112, de 1990, ambos tratando da regra geral imposta aos servidores públicos federais.

No entanto, a própria Lei Complementar nº 64, de 1990, ressalvou a situação peculiar dos servidores que têm competência direta, indireta ou eventual no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, taxas e contribuições de caráter obrigatório, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades.

A Resolução nº 20.135, de 19/03/1998, do Tribunal Superior Eleitoral, esclareceu a questão, firmando entendimento de que o afastamento remunerado de servidor público candidato será de três meses anteriores ao pleito, salvo quando se tratar de cargos relativos à arrecadação e fiscalização de impostos, taxas e contribuições, cujo prazo é de seis meses.

Dessa forma, entende esta Coordenação que os servidores ocupantes de cargos efetivos que se enquadram nas atividades acima relacionadas, devem afastar-se dos referidos cargos no prazo de seis meses anteriores ao pleito, a fim de não se tornarem inelegíveis, cabendo-lhes a remuneração no respectivo período de afastamento, a ser paga pelo órgão ou entidade da Administração ao qual é vinculado.

Atenciosamente,

Page 116: 1.Manual Do Siapecad

116

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

DECRETO Nº 1.387, DE 7 DE FEVEREIRO DE 1995

Dispõe sobre o afastamento do País de servidores civis da Administração Pública Federal, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição e tendo em vista o disposto nos arts. 12 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, e 95 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,

DECRETA:

Art. 1º O afastamento do País de servidores civis de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, com ônus ou com ônus limitado, somente poderá ser autorizado nos seguintes casos, observadas as demais normas a respeito, notadamente as constantes do Decreto nº 91.800, de 18 de outubro de 1985:

I - negociação ou formalização de contratações internacionais que, comprovadamente, não possam ser realizadas no Brasil ou por intermédio de embaixadas, representações ou escritórios sediados no exterior;

II - missões militares;

III - prestação de serviços diplomáticos;

IV - serviço ou aperfeiçoamento relacionado com a atividade fim do órgão ou entidade, de necessidade reconhecida pelo Ministro de Estado;

V - intercâmbio cultura, científico ou tecnológico, acordado com interveniência do Ministério das Relações Exteriores ou de ultilidade reconhecida pelo Ministro de Estado;

VI - bolsas de estudo para curso de pós-graduação stricto sensu.

§1º A participação em congressos internacionais, no exterior, somente poderá ser autorizada com ônus limitado, salvo nos casos previstos no inciso IV deste artigo, ou de financiamento aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, pela Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP ou pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, cujas viagens serão autorizadas com ônus não podendo exceder, nas duas hipóteses, a quinze dias.

Page 117: 1.Manual Do Siapecad

117

§ 2º O afastamento do País na forma disposta no parágrafo anterior; quando superior a quinze dias, somente poderá ser autorizado mediante prévia audiência da Casa Civil da Presidência da República, inclusive nos casos de prorrogação da viagem.

§ 3º Nos casos não previstos neste artigo, as viagens somente poderão ser autorizadas sem ônus.

Art. 2º Fica delegada competência aos Ministros de Estado, ao Advogado-Geral da União, ao Secretário Especial de Políticas Regionais da Câmara de Políticas Regionais do Conselho de Governo, aos titulares das Secretarias de Estado de Comunicação de Governo, de Relações Institucionais e de Desenvolvimento Urbano, e ao Chefe da Casa Militar da Presidência da República para autorizarem os afastamentos do País, sem nomeação ou designação, dos servidores civis da Administração Pública Federal.

Parágrafo único. O afastamento de servidores da Agência Espacial Brasileira será autorizado pelo Secretário-Geral da Presidência da República.

Art. 3º A autorização deverá ser publicado no Diário Oficial da União, até a data do início da viagem ou de sua prorrogação, com indicação do nome do servidor, cargo, órgão ou entidade de origem, finalidade resumida da missão, país de destino, período e tipo do afastamento.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos afastamentos que tenham por objeto os assuntos de que trata o art. 4º do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 79.099, de 6 de janeiro de 1977, cuja classificação, para os fins deste decreto, será feita pelo Ministro de Estado competente.

Art. 4º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Revogam-se os Decretos nºs 1.042, de 12 de janeiro de 1994, e 1.055, de 11 de fevereiro de 1994.

Brasília, 7 de fevereiro de 1995; 174º da Independência e 107º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Clóvis Carvalho

OFÍCIO Nº 113/2004/COGES/SRH/MP

Brasília, 19 de maio de 2004

Refiro-me ao Ofício nº 221/INSS, de 17/05/2004, em que Vossa Senhoria consulta sobre o prazo para afastamento de servidor que concorrerá às eleições.

Primeiramente, cabe-nos esclarecer que ratificamos o Despacho exarado por essa Coordenação em 06 de setembro de 2000, que tratou do prazo de

Page 118: 1.Manual Do Siapecad

118

afastamento remunerado do servidor público candidato, compreendido na situação prevista na Lei Complementar nº 64, de 1990 e no art. 86 da Lei nº 8.112, de 1990, ambos tratando da regra geral imposta aos servidores públicos federais.

No entanto, a própria Lei Complementar nº 64, de 1990, ressalvou a situação peculiar dos servidores que têm competência direta, indireta ou eventual no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, taxas e contribuições de caráter obrigatório, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades.

A Resolução nº 20.135, de 19/03/1998, do Tribunal Superior Eleitoral, esclareceu a questão, firmando entendimento de que o afastamento remunerado de servidor público candidato será de três meses anteriores ao pleito, salvo quando se tratar de cargos relativos à arrecadação e fiscalização de impostos, taxas e contribuições, cujo prazo é de seis meses.

Dessa forma, entende esta Coordenação que os servidores ocupantes de cargos efetivos que se enquadram nas atividades acima relacionadas, devem afastar-se dos referidos cargos no prazo de seis meses anteriores ao pleito, a fim de não se tornarem inelegíveis, cabendo-lhes a remuneração no respectivo período de afastamento, a ser paga pelo órgão ou entidade da Administração ao qual é vinculado.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

OFÍCIO Nº 113/2004/COGES/SRH/MP

Brasília, 19 de maio de 2004

A Sua Senhoria o Senhor FERNANDO SIQUEIRA RODRIGUES Coordenador-Geral de Administração de Recursos Humanos Instituto Nacional do Seguro Social Brasília-DF

Assunto: Afastamento de servidor para candidatura eleitoral

Senhor Coordenador,

Refiro-me ao Ofício nº 221/INSS, de 17/05/2004, em que Vossa Senhoria consulta sobre o prazo para afastamento de servidor que concorrerá às eleições.

Page 119: 1.Manual Do Siapecad

119

Primeiramente, cabe-nos esclarecer que ratificamos o Despacho exarado por essa Coordenação em 06 de setembro de 2000, que tratou do prazo de afastamento remunerado do servidor público candidato, compreendido na situação prevista na Lei Complementar nº 64, de 1990 e no art. 86 da Lei nº 8.112, de 1990, ambos tratando da regra geral imposta aos servidores públicos federais.

No entanto, a própria Lei Complementar nº 64, de 1990, ressalvou a situação peculiar dos servidores que têm competência direta, indireta ou eventual no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, taxas e contribuições de caráter obrigatório, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades.

A Resolução nº 20.135, de 19/03/1998, do Tribunal Superior Eleitoral, esclareceu a questão, firmando entendimento de que o afastamento remunerado de servidor público candidato será de três meses anteriores ao pleito, salvo quando se tratar de cargos relativos à arrecadação e fiscalização de impostos, taxas e contribuições, cujo prazo é de seis meses.

Dessa forma, entende esta Coordenação que os servidores ocupantes de cargos efetivos que se enquadram nas atividades acima relacionadas, devem afastar-se dos referidos cargos no prazo de seis meses anteriores ao pleito, a fim de não se tornarem inelegíveis, cabendo-lhes a remuneração no respectivo período de afastamento, a ser paga pelo órgão ou entidade da Administração ao qual é vinculado.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

ORGANISMO INTERNACIONAL

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.

ACUMULAÇÃO/CAPACITAÇÃO

Ofício nº 74/COGLE-SRH

Brasília, 19 de abril de 2000.

Senhor Coordenador-Geral, Faço referência a mensagem dessa procedência, de 13 de abril de 2000, pela qual Vossa Senhoria solicita manifestação deste Órgão, sobre licença capacitação a ser utilizada em curso no exterior e se haveria por conseguinte de haver a autorização para afastamento do País, conforme previsão legal contida

Page 120: 1.Manual Do Siapecad

120

no art. 95 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e no Decreto nº 1.387, de 7 de fevereiro de 1995.

2. A propósito, a legislação acima citada, a Lei nº 8.112, de 1990, assim dispõe, verbis:

"Art. 95 O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidentes dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.

§ 4º As hipóteses, condições e formas para autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

3. Entretanto, no artigo que disciplina o afastamento para o gozo da licença capacitação, o art. 87 da Lei nº 8.112, de 1990, com redação dada pela Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997, assim dispõe, in verbis:

A Sua Senhoria o SenhorCELSO MARTINS SÁ PINTO Coordenação-Geral de Recursos Humanos Ministério da Fazenda Brasília - DF

"Art. 87 Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis."

4. Pelo exposto, está correto o entendimento manifestado por esse órgão quanto a desnecessidade de autorização para afastamento do País, um vez que o referido afastamento não contém o caráter oficial previsto no art. 95 da Lei nº 8.112, de 1990.

5. Ainda, quanto ao recebimento dos valores do cargo em comissão durante o período em que estiver em gozo da licença capacitação, cada caso deverá ser estudado em suas particularidades, garantindo-se tão somente o recebimento das parcelas relativas ao cargo efetivo, conforme previsto na legislação em vigor.

Page 121: 1.Manual Do Siapecad

121

6. Finalmente, não há a possibilidade de acumulação de períodos de licença. O período obtido, após os cinco anos de efetivo exercício, deverá ser totalmente usufruído até o implemento da condição para a obtenção de novo período e caso o período antigo não seja utilizado dentro do prazo legalmente previsto haverá a preclusão do direito.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

DECRETO Nº 2.349, DE 15 DE OUTUBRO DE 1997 Dá nova redação ao art. 1º do decreto nº 1.387, de 7 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre o afastamento do país de servidores civis da Administração Pública Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição,

DECRETA :

Art. 1º O art. 1º do Decreto nº 1.387, de 7 de fevereiro de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 1º ............................................................. IV - serviço ou aperfeiçoamento relacionado com a atividade fim do órgão ou entidade de necessidade reconhecida Ministro de Estado; ............................................................................... § 1º A participação em congressos internacionais, no exterior, somente poderá ser autorizada com ônus limitado, salvo nos casos previstos no inciso IV deste artigo, ou de financiamento aprovado pelo Conselho nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico - CNPq, pela Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP ou pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, cujas viagens serão autorizadas com ônus, não podendo exceder, nas duas hipóteses, a quinze dias. .............................................................................." Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de outubro de 1997; 176º da Independência e 109º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Clovis de Barros Carvalho

Page 122: 1.Manual Do Siapecad

122

D.O.U. 16/10/97

SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS/MARE ORIENTAÇÃO CONSULTIVA Nº 38/98/DENOR/SRH/MARE ASSUNTO : AFASTAMENTOS, INVESTIDURA E MOVIMENTAÇÃO Visa a presente Orientação Consultiva dirimir dúvidas relativas ao afastamento de servidor público federal ocupante de cargo efetivo e/ou cargo comissionado ou função de confiança, no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Pessoal Civil-SIPEC, com vistas à participação de atividade política. 2. Com a proximidade das eleições majoritárias e proporcionais a realizar-se, em todo o País, no primeiro domingo de outubro de 1998, não raras são as solicitações formuladas por parte daqueles órgãos, envolvendo questões sobre, nomeação, exoneração, redistribuição, remoção, cessão, estágio probatório, entre outros, ancorados na Lei Complementar nº 064, de 18 de maio de 1990, nos artigos 86 e 87 da Lei nº 8.112/90, assim como na Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, que estabelece normas para a realização das eleições. 3. A análise mais acurada do assunto sugere trazer à colação a leitura do artigo 86 da Lei nº 8.112/90, que disciplina o afastamento do servidor público federal para o desempenho de atividade política, conforme se pode ver: "Art. 86. O servidor terá direito à licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. § 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte do pleito. (redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses. (redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)" 4. Esclareça-se, que o servidor público que vier a ser indicado em Convenção Partidária (período de 10.06 a 30.06.98), ficará licenciado do cargo efetivo a partir de 05 de julho de 1998, data em que termina o prazo para os pedidos de registro de

Page 123: 1.Manual Do Siapecad

123

candidatura junto ao Tribunal Superior Eleitoral-TSE. 5. Vale lembrar, que a licença do servidor enquadrado nesta situação, ao mesmo tempo que encontra amparo legal na legislação pertinente, é de caráter obrigatório, sob pena de inelegibilidade, sendo o servidor remunerado como se em atividade estivesse. 6. Socorrendo-se da Lei nº 8.852/94, para interpretar o aspecto estipendiário encontrado na expressão "vencimentos", inserta no § 2º do artigo 86 da Lei nº 8.112/90 (redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97), considera-se vencimentos a soma de vencimento básico com as vantagens permanentes relativas ao cargo, emprego, posto ou graduação. 7. Importa-nos realçar, que aos titulares de cargos em comissão de livre exoneração, é inaplicável o direito ao afastamento remunerado de seu exercício, nos termos do art. 1º, II, "l" da Lei Complementar nº 064, de 18 de maio de 1990, qualquer que seja o cargo eletivo ou município onde venha a concorrer. 8. Advirta-se, que a Lei nº 9.504, de 30.09.97, que cuida de estabelecer normas para a realização das eleições, no art. 73, contido no capítulo que trata "Das Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Campanhas Eleitorais", proíbe nos três meses que antecedem o pleito até a posse dos eleitos, contratar ou demitir servidor público com exceção de cargos em comissão, função de confiança, nomeação para cargos do Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunais, Conselhos de Contas e órgãos da Presidência da República, nomeação de candidatos aprovados em concursos públicos, homologados e em plena validade, nomeações e contratações de serviços públicos essenciais devidamente autorizados, remoção ex-officio de militares, policiais e de agentes penitenciários, entre outras. 9. Diga-se, também, que a norma em comento tem por finalidade impedir a prática de atos, por quem os exercitar, no intuito de causar perseguições de caráter político, para fins eleitorais, afigurando-se, ressalvadas deste contexto, as redistribuições, remoções, cessões ou qualquer outra forma de movimentação de pessoal, legalmente estabelecida, para atender ao interesse público. 10. Ressalta-se, por oportuno, que o servidor candidato a cargo eletivo que estiver cumprindo o estágio probatório, previsto no artigo 41 da Constituição Federal de 1988 e no artigo 20 da Lei nº 8.112/90, não poderá se afastar do exercício do cargo de provimento efetivo para o qual foi nomeado, vez que o artigo 86, da Lei nº 8.112, que disciplina tal licença, não oferece qualquer guarida àquele que se encontra nessa situação de estágio probatório. 11. Em se tratando de servidor eleito, caberá o afastamento para o exercício de mandato eletivo, nos termos do artigo 94, da Lei nº 8.112, de 1990, que estabelece as seguintes disposições:

Page 124: 1.Manual Do Siapecad

124

I - Ficará afastado do cargo efetivo o servidor que estiver exercendo mandato federal, estadual ou distrital. (continuação da OC nº 38/98/DENOR/SRH/MARE) II - Ficará afastado do cargo efetivo o servidor que estiver investido no mandato de Prefeito, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. III - Estando o servidor investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens do cargo efetivo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. IV - Não havendo compatibilidade de horário, o servidor investido no mandato de vereador, ficará afastado do cargo efetivo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. V - O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa onde exerce o mandato. 12. É de se destacar que não haverá recolhimento para o Plano de Seguridade Social, de que trata o artigo 231, da Lei nº 8.112/90, durante o período em que o servidor se encontrar afastado para o exercício de mandato eletivo, vez que inexiste o fato gerador da contribuição, qual seja, a remuneraçãodo cargo efetivo. Assim, investido em cargo eletivo, federal, estadual ou municipal, nos casos em que não manifeste opção pela remuneração do cargo efetivo, em conformidade com o artigo 38, da Constituição Federal, o servidor passará a recolher para a previdência social, na condição de segurado obrigatório, nos termos do § 1º do artigo 12, do Decreto nº 2.173, de 05 de março de 1997, que aprova o regulamento da Organização e do Custeio da Seguridade Social. 13. De acordo com a Instrução Normativa nº 08, publicada no Diário Oficial de 07 de julho de 1993, o período do afastamento para atividade política, estabelecido no artigo 86, § 2º da Lei nº 8.112/90 (redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97), será contado apenas para efeitos de aposentadoria e disponibilidade. Quanto ao período do afastamento previsto no artigo 94 da citada Lei estatutária, para os mesmos fins, correspondente ao desempenho de mandato federal, estadual, municipal e distrital, será considerado se anterior ao ingresso no serviço público. 14. Com estes esclarecimentos, submetemos a presente Orientação Consultiva à apreciação do Senhor Coordenador-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação/SRH/MARE. Brasília, 17 de abril de 1998.

Page 125: 1.Manual Do Siapecad

125

OTÁVIO CORRÊA PAES LOURDES ELIZABETH BRAGA DE ARAÚJO Mat. SIAPE 0659605 Chefe da DIORC De acordo. Encaminhe-se a presente Orientação Consultiva à DISLE, desta Coordenação-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação, com vistas a sua sistematização e divulgação para conhecimento de todos os órgãos e entidades do SIPEC. Brasília, 17 de abril de 1998. PAULO APARECIDO DA SILVA Coordenador-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação-SRH/MARE Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Consultoria Jurídica

PARECER/MP/CONJUR/RA/N.º 0600 - 29/2003

PROCESSO Nº: 0311l.004607/2002-70 EMENTA: CONSULTA. SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS. TERMO INICIAL DA LICENÇA REMUNERADA PARA O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE POLÍTICA. CONFLITO ENTRE O DISPOSTO NO ART. 1.°, IN CISO 11, ALÍNEA "L" DA LEI COMPLEMENTAR Nº 64, DE 1990 E ART. 86, § 2.° DA LEI N.o 8.112, DE 1990. SOLUÇÃO DA ANTINOMIA. CRITÉRIO HIERÁRQUICO E PRESERVAÇÃO DOS ASPECTOS COMPATÍVÉIS.

Vêm, a essa Consultoria Jurídica; os autos do processo administrativo 03111.004607/2002-70, em face do Despacho/SRH s/n.(fls. 44/45), em que a Senhora Secretária_Adjunta de Recursos Hunanos; Cláudia Duranti, formula consulta relativa ao interregno em que a servidora estatutária Affonsa de Ligorio de Oliveira faz jus à licença remunerada, para o exercício de atividade política, consignando o entendimento preliminar daquela Secretaria no sentido de que seria somente a partir da data do registro da candidatura, em 20.08.2002, nos termos do art. 86, § 2." da Lei n." 8.112, de 1990, sendo que o requerimento da servidora em questão (fis. 02), foi no sentido da concessão da licença remunerada de três meses, a .contar do dia 06.07.2002 (fls. 02), com base no disposto no art. 1º, ínciso II, alínea l da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990.

2. Cumpre, inicialmente, observar os dispositivos legais relativos à matéria sob

Page 126: 1.Manual Do Siapecad

126

exame: 2.1 Lei Complementar nº 64, de 18 de maio do 1990: "Art, 1(1 São inelegíveís II - para Presidente e Vice-Presidente da República: I) os que, servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarem -.até 3 (três) meses anteriores ao pleito. garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais: ... V - _ para o Senado Federal: a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República especificados na alínea "a" do inciso II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tratar de repartição pública, associação ou empresa que opere no território do Estado, observados os mesmos prazos; VI - para a Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa e Câmara Legislativa, no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado Federal, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos; "2.2 Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990: "Art. 86 O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, Como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. § 1 ° O servidor candidato a cargo eletivo na local idade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito (Redação dada pela 1eí nº 9.527; de 10/12/97). § 2° A partir do registro da candidatura e até o décimo dia. seguinte ao da eleição_ o servidor fará jus à licença_ assegurados os vencimentos do cargo efetiyo. somente; pelo período de três meses. ( Redação dada pela Lei n° 9.527, de 10/12/97)," 3. Conforme se depreende dos autos, a requerente é servidora pública estatutária, lotada e em exercício na Secretaria de Orçamento Federal, em Brasília-DF (fls. 01/02/27), que se candidatou ao cargo de Deputada Distrital para a Câmara Legislativa do Distrito Federal (fls. 10/11/16/19); nas eleições ocorridas em

Page 127: 1.Manual Do Siapecad

127

07.10.2002 (1º turno), candidatura esta sujeita ao afastamento obrigatório, no período de três meses anteriores ao pleito, com direito à percepção dos vencimentos integrais, sob pena de inelegibilidade, nos temos do art. 1º, inciso II, alínea "1", combinado com o inciso V, alíena "a" e com inciso VI da Lei Complementar n.o 64, de 1990, acima citados. 4. O art. 86, § 2.° da Lei nº 8.112, de 1990, norma posterior, prevê, contudo, que a licença remunerada somente é devida a partir do registro da candidatura, até o décimo dia seguinte ao da eleição, limitada ao período máximo de três meses. Está evidente, portanto, o conflito de normas (antinomia), pois os dispositivos legais prescrevem diferentes termos iniciais para a licença remunerada. 5. Diante disto, cumpre solucionar tal conflito, mediante parâmetros extraíveis do próprio ordenamento, conforme ensina a ciência jurídica. 6. Conforme o critério que se adote, poder-se-ia cogitar de solução diversa. Tomando-se o critério cronológico ou da especialidade, deveria prevalecer o disposto na Lei nº 8.112, de 1990, restrita aos servidores estatutários e por ser posterior à Lei Complementar nº 64, de 1990. Ocorre que, no presente caso, bem como, de modo geral, o critério hierárquico deve prevalecer sobre os demais (lex superior derogat legi nferior), por ser a hierarquia normativa imprescindível para a estabilidade do ordenamento jurídico e haja vista que a Lei Complementar nº 64, de 1990, elaborada mediante quorum qualificado, define as situações de inelegibilidade, em decorrência direta do disposto no art. 14, § 9.° da Constituição Federal, inserida no capitulo relativo aos "Direitos Políticos" (Capítulo IV), que por sua vez, se insere titulo dos "Direitos e Garantias Fundamentais" (Título lI), normas estas que não se subordinam àquelas inerentes ao regime jurídico dos servidores públicos civis da União. Vale dizer, antes de ser servidora pública, a requerente é cidadã, com direitos e deveres de natureza política, que não se colocam sob as regras relativas ao vínculo de natureza jurídico-funcional; dos servidores públicos estatutários. 7. Sendo assim, é imperativa, no caso; a observância do art. 1º, inciso II, alínea "1" da Lei Complementar nº 64, de 1990. 8. Por outro lado, a solução da antinomia não se dá, necessariamente, com a desconsideração integral de um dispositivo, em proveito de outro, podendo-se admitir, quando possível, a fim de extrair o máximo de eficácia das normas jurídicas, que a inaplicabilidade do texto normativo a ser desconsiderado somente se dê no que for incompatível com o prevalecente, senão vejamos: "Assim, se houver conflito entre duas normas, por uma delas estatuir algo como inconciliável com o que a outra prescreve como devido, ante a inaplicabilidade de um daqueles critérios, essa antinomia se resolve anulando ou limitando a validade de uma das normas antagônicas com uma norma derrogatória, que estabelece, segundo Kelsen, o não-mais-dever-ser (Nichtsollen) de um certo comportamento, isto é, afirma que não é mais devida uma conduta estatuída como tal em outra norma, Tal função não é, portanto, de uma das normas em conflito, mas de uma

Page 128: 1.Manual Do Siapecad

128

terceira norma, que estabelece que, em caso de antinomia, uma das duas, ou ambas as normas perdem a validade." (Compêndio de Introdução à Ciência do Direito, Maria Helena Diniz, 5.11 ed., atual., 1993. São Paulo: Saraiva, pág. 437). 9. No caso concreto, a solução a ser adotada é das mais simples: reconhecer-se o direito à servidora à licença nos três meses anteriores ao pleito, com fundamento na Lei Complementar, cujos requisitos foram por ela. implementados, como visto (itens "2" c "3", supra), bem como a limitação da validade e eficácia da norma contida no art. 86, § 2.° da Lei nº 8.112, de 1990, estritamen te no que concerne ao termo inicial da licença remunerada, objeto de regramento complementar, observando-se o texto do estatuto em todos os seus demais aspectos, o que redundará na fixação, in casu, do término da licença. Remunerada na data do pleito, já que limitada a três meses, devendo haver, se for o caso, dedução dos valores porventura já pagos sob idêntico título, referentes ao período posterior. 10. Propomos, sugerindo tal solução, o retorno dos presentes autos, de nº 03111.004607/2002-70, à Secretaria de Recursos Humanos - SRH. Brasília, 30 de maio de 2003. RODRIGO CENI DE ANDRADE Advogado da União Aprovo. Remeta-se à Secretaria de Recursos Humanos - SRH. Em 03.06.2003. ENI ALVES VILA-NOVA Consultor Jurídico - Substituto ofício nº 167/99-COGLE/SRH/SEAP Brasília, 15 de junho de 1999. Senhor Coordenador-Geral-Substituto, Em atenção ao FAX recebido nesta Coordenação-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação, encaminhamos a Vossa Senhoria Despacho emitido pela Divisão de Análise e Orientação Consultiva/SRH/SEAP contendo informações relativas aos procedimentos a serem adotados com vistas aos pagamentos dos servidores sem vínculo, afastados por motivo de saúde e outros previstos no regime jurídico da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, tendo em vista o disposto na Lei nº 8.647, de 13 de abril de 1993. Atenciosamente, PAULO APARECIDO DA SILVA Coordenador-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação/SRH/SEAP

Page 129: 1.Manual Do Siapecad

129

A Sua Senhoria o Senhor CELSO MARTINS SÁ PINTO Coordenador-Geral de Recursos Humanos-Substituto Ministério da Fazenda Brasília-DF. REF. FAX transmitido em 12.5.99 ÓRGÃO : Ministério da Fazenda ASSUNTO : cargo em comissão - afastado com base no artigo 202 da Lei nº 8.112/90 DESPACHO Mediante FAX datado de 12 de maio de 1999, o Senhor Coordenador Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda-Substituto, com fulcro na Lei nº 8.647, de 1993, apresenta os seguintes questionamentos, tendo em vista as informações constantes do Ofício 123/99-COGLE/DENOR/SRH/SEAP, de 7 de maio de 1999: "- Como proceder nos pagamentos efetuados superiores a 15 (quinze) dias, a servidores nomeados anteriormente à edição da Lei nº 8.647/93, tendo em vista não termos conhecimento de que a presente lei tenha sido regulamentada até a presente data (art. 7º da Lei nº 8.647/93) ? - O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente, ocupante de cargo efetivo, está regido pela CL T ou pela Lei nº 8.112/90 ? - O art. 183, da Lei nº 8.112/90, com o parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.647/93, estabelece que o servidor não terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção, da assistência à saúde, como será mantida esta assistência com o seu afastamento da folha ? " 2. Desde logo, é preciso esclarecer que todo o servidor público ocupante de cargo em comissão sem vínculo efetivo com a União, autarquias, inclusive as em regime especial, e fundações públicas federais, está vinculado obrigatoriamente ao Regime Geral da Previdência Social de que trata a Lei nº 8.213, de 24 de junho de 1991, de acordo com o disposto no art. 1º da Lei nº 8.647, de 13 de abril de 1993. 3. Convém registrar que embora vinculado ao Regime Geral da Previdência Social para fins de contribuições, o servidor público efetivo investido em cargo em comissão com vínculo efetivo está submetido ao regime jurídico instituído pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Page 130: 1.Manual Do Siapecad

130

4. A propósito, no respeitante ao aspecto estipendiário do auxílio-doença do servidor sem vínculo, afastado por motivo de licença para tratamento de saúde, com fulcro no art. 202, da Lei nº 8.112, de 1990, há que se fazer a leitura do art. 60, § 3º, da Lei nº 8.213, de 1991, assim redigido: "Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado e empresário a contar do 16º (décimo sexto) dia do afastamento da atividade, e no caso dos demais segurados, a contar da data do inicio da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. .............................................. § 3º Durante os primeiros 15 (quinze) dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral ou, ao segurado empresário, a sua remuneração. § 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no § 3º, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da previdência quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias. " 5. Nesse diapasão, o órgão de lotação do servidor efetuará o pagamento integral nos primeiros quinze dias consecutivos ao afastamento, ficando a despesa por conta do Instituto Nacional do Seguro Social, a partir do l6º (décimo sexto) dia, conforme dispõe o § 4º do citado diploma legal. 6. Contudo, nunca é demais lembrar que o cargo em comissão é um cargo público de natureza transitória, precário, estando o seu ocupante ao nutum do administrador, portanto, enquanto houver vinculação jurídica com o ente empregador, haverá a contrapartida financeira, e por conseguinte, será mantida a assistência à saúde. Por outro lado, na hipótese do servidor se encontrar afastado da folha de pagamento, procedimentos de compensação e de repasse financeiro deverão ser adotados pelo órgão de lotação do servidor, com vistas a atualização dos descontos, em razão dos benefícios previdenciários. 7. Desta feita, reportando-se aos questionamentos apresentados na inicial, responde-se: - O servidor sem vínculo ocupante de cargo em comissão, embora submetido ao Regime Geral da Previdência Social, está vinculado ao regime jurídico da Lei nº 8.112, de 1990, por força dos arts. 1º, 2º e 3º, da Lei nº 8.112, de 1990. - Enquanto permanecer a vinculação jurídica com o ente empregador será mantida a assistência à saúde ao servidor sem vínculo. Na hipótese do servidor se encontrar afastado da folha de pagamento do órgão de lotação, haverá a necessidade de se adotar procedimentos de compensação, com vistas à atualização dos descontos em

Page 131: 1.Manual Do Siapecad

131

razão dos benefícios previdenciários. 8. Com estes esclarecimentos, submetemos o assunto à apreciação do Senhor Coordenador-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação/SRH/SEAP. Brasília, 15 de junho de 1999. OTAVIO CORREA PAES Mat. SIAPE nº 0659605 LOURDES ELIZABETH BRAGA DE ARAÚJO Chefe da DIORC De acordo. Encaminhe-se à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda, Despacho emitido pela Divisão de Análise e Orientação Consultiva, contendo informações acerca da vinculação de servidor ocupante de cargo em comissão sem vínculo efetivo com a União, autarquias, inclusive as em regime especial, e fundações públicas federais, ao Regime Geral da Previdência Social, de que trata a Lei nº 8.213, de 24 de junho de 1991. Brasília, 15 de junho de 1999. PAULO APARECIDO DA SILVA Coordenador-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação/SRH/SEAP INFORMAR NO SIAPECAD SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,AFASTAMEN – CAINOCORSE Afastamentos posteriores a 12/12/1990.

SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,AFASTAMEN – CAIFHISOCO Afastamentos anteriores a 12/12/1990.

SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,AFASTAMEN - CAEXOCORSE Exclui

SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,AFASTAMEN – CACOOCORSE Consulta INFORMAR NO SIAPE SIAPE,CADSIAPE,CADASTRO,OCORFUNC – CDATAFAST - Inclui

Page 132: 1.Manual Do Siapecad

132

PROVIMENTO DE FUNÇÃO/PFU

Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício . (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

___________ Nota: Revogado(a) pelo(a) Lei nº 9527/1997 ___________

Parágrafo único . Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9º. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

SIAPE,SIAPECAD,PFU,NOMEACAO – CAEDHTITVG SIAPECAD,PFU,CONPFU - CACODETPFU Observação: Se o servidor for requisitado, o primeiro passo é incluir uma nova matrícula – CAINMATRIC. FAZER EXONERAÇÃO

Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á : ( Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

I - a juízo da autoridade competente;

II - a pedido do próprio servidor.

Parágrafo único. ( Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

SIAPE,SIAPECAD,PFU,EXONERACAO – CAVADIRFUN PARCELA INCORPORADA DE FUNÇÃO – PIF

Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente

Page 133: 1.Manual Do Siapecad

133

Identificada - VPNI a incorporação da retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei nº 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3º da Lei nº 9.624, de 2 de abril de 1998.

___________ Nota: Acrescentado(a) pelo(a) MP2.225-45/2001 ___________

Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos servidores públicos federais.

___________ Nota: Acrescentado(a) pelo(a) MP2.225-45/2001 SIAPE,SIAPECAD, INCGRATADI, CDPARCINCO - CAIFHISPIF LOTAÇÃO/REMOÇÃO

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: ( Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

I - de ofício, no interesse da Administração; ( Inciso acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

II - a pedido, a critério da Administração; ( Inciso acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: ( Inciso acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; ( Alínea acrescentada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; ( Alínea acrescentada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

Page 134: 1.Manual Do Siapecad

134

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados. ( Alínea acrescentada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,LOTACAO,REMOCAOLOT–CAROCOL HIS (quando tratar de remoção dentro da mesma UPAG) SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,LOTACAO,REMOCAOLOT– CATCRE MOCA ( 1º passo quando tratar de remoção entre UPAG´s) , esse passo deverá ser executado pela UPAG que está liberando o servidor. SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,LOTACAO,REMOCAOLOT– CADLRE MOCA (2º passo quando tratar de remoção entre UPAG’s) , esse passo deverá ser executado pela UPAG que está liberando o servidor. SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,LOTACAO,REMOCAOLOT– CALCEX ERIN (3º passo quando tratar de remoção emtre UPAG’s), esse passo deverá ser executado pela UPAG que está recebendo o servidor) SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,LOTACAO,CONSRELAT, CACONLO TAC REDISTRIBUIÇÃO

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

I - interesse da Administração; ( Inciso acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

II - equivalência de vencimentos; ( Inciso acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

III - manutenção da essência das atribuições do cargo; ( Inciso acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; ( Inciso acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; ( Inciso acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade. (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

Page 135: 1.Manual Do Siapecad

135

§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO PORTARIA Nº 57, DE 14 DE ABRIL DE 2000 O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 37 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com a redação dada pela Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997 e o Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, e ainda, considerando a necessidade de promover o ajuste de cargos com vistas a descentralização e desburocratização dos processos concernentes à redistribuição de cargos e o alcance da lotação ideal de cada órgão ou entidade, resolve: Art. 1º Disciplinar os procedimentos relativos a redistribuição de cargos efetivos ocupados ou vagos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, no interesse da administração. Art. 2º Fica delegada a competência para a prática de atos de redistribuição de cargos efetivos vagos prevista no § 2º do art. 37 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 aos Ministros de Estado e aos dirigentes máximos dos órgãos integrantes da Presidência da República. Art. 3º a redistribuição de cargo efetivo vago ou ocupado será efetuada mediante ato conjunto entre os Ministros de Estado ou dos dirigentes máximos dos órgãos integrantes da Presidência da República envolvidos, devendo o ato ser publicado no Diário Oficial.

Page 136: 1.Manual Do Siapecad

136

Parágrafo único. Em se tratando de redistribuição entre órgãos ou entidades vinculadas a um mesmo Ministério, a redistribuição será efetivada pelo respectivo Ministro de Estado. Art. 4º A redistribuição de cargo ocupado ou vago somente poderá ser efetivada se houver, como contrapartida a redistribuição de um cargo efetivo, ocupado ou vago, do mesmo nível de escolaridade. § 1º Na hipótese da contrapartida oferecida recair em cargo vago, este deverá ser redistribuído para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MP, ressalvado quando a redistribuição ocorrer exclusivamente entre as Instituições Federais de Ensino - IFE's. § 2º O disposto neste artigo não se aplica no caso de redistribuição de cargos efetivos, vagos ou ocupados destinados a constituição de quadro de pessoal de órgão ou entidade. Art. 5º No caso de órgãos ou entidades extintos, os servidores ocupantes de cargo efetivo serão lotados provisoriamente no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por intermédio do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - SIAPE (código 02.050), para posterior redistribuição, de acordo com as necessidades identificadas nas lotações dos órgãos e entidades, por ato do Secretário de Recursos Humanos do MP, ficando a critério deste a aplicação do disposto no artigo anterior. Art. 6º A redistribuição de cargo ocupado por servidor do quadro de pessoal dos extintos Territórios Federais se dará por ato do Secretário de Recursos Humanos do MP, e a contrapartida será destinada a este Ministério. Art. 7º A Secretaria de Recursos Humanos do MP promoverá o controle das redistribuições por intermédio do módulo de lotação do SIAPE. Art. 8º A publicação do ato de redistribuição implicará no automático remanejamento do cargo efetivo e a apresentação do servidor para o órgão ou entidade de destino, que ocorrerá dentro do prazo estabelecido no art. 18 da Lei nº 8.112/90. Parágrafo único. Levada a efeito a redistribuição do cargo efetivo ocupado no SIAPE, o órgão ou entidade de destino passará a efetuar o pagamento da remuneração a que o servidor fizer jus. Art. 9º O órgão ou entidade de origem do servidor, encaminhará para o órgão ou entidade de destino dentro de 30 dias a contar da efetivação do ato de redistribuição, todo o acervo funcional do servidor, contendo as ocorrências até a data da redistribuição. Art. 10 Na redistribuição que implicar mudança de domicílio, o órgão ou entidade a

Page 137: 1.Manual Do Siapecad

137

que o servidor passar a pertencer custeará as conseqüentes despesas, observadas as normas pertinentes. Art. 11 A redistribuição quando em desacordo com esta Portaria será tornada sem efeito pelo Secretário de Recursos Humanos do MP, o qual dará ciência aos órgãos ou entidades envolvidos. Art. 12 Os processos de redistribuição, ora existentes na Secretaria de Recursos Humanos do MP, serão remetidos aos órgãos ou entidades interessados para adequação ao estabelecido nesta Portaria. Art. 13. Ficam instituídos os formulários anexos à esta Portaria que se destinam à pratica dos atos de redistribuições de cargos efetivos vagos e ocupados, devendo o Anexo I ser utilizado para redistribuições entre Ministérios e o Anexo II para redistribuições entre órgãos e entidades vinculadas a um mesmo Ministério. Art. 14. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 15. Ficam revogadas a Instrução Normativa/MARE nº 5, de 23 de fevereiro de 1996 e a Portaria/MP nº 1.295, de 28 de dezembro de 1999. MARTUS TAVARES ANEXO I O(s) , de conformidade com a delegação de competência outorgada pela Portaria MP nº de de 2000, e considerando o disposto no art. 37 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com redação dada pela Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997, resolve(m) redistribuir: Servidor : (nome do servidor e matrícula SIAPE) Cargo : (denominação do cargo) Classe ,Padrão /Nível Código da vaga : (nº do código da vaga) Do (a) : (órgão ou entidade de origem) Para : (órgão ou entidade de destino) Contrapartida Servidor : (nome do servidor e matrícula SIAPE) Cargo : (denominação do cargo) Classe Padrão/Nível Código da vaga : (nº do código da vaga) Do (a) : (órgão ou entidade de origem) Para : ( órgão ou entidade de destino) Processo : (nº do processo) (assinatura da autoridade competente que está redistribuíndo)

Page 138: 1.Manual Do Siapecad

138

(assinatura da autoridade competente que está fornecendo a contrapartirda) Anexo II O , de conformidade com a delegação de competência outorgada pela Portaria MP nº de de 2000, e considerando o disposto no art. 37 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com redação dada pela Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997, resolve redistribuir: Servidor : (nome do servidor e matrícula SIAPE) Cargo : (denominação do cargo) Classe ,Padrão /Nível Código da vaga : (nº do código da vaga) Do (a) : (órgão ou entidade de origem) Para : (órgão ou entidade de destino) Contrapartida Servidor : (nome do servidor e matrícula SIAPE) Cargo : (denominação do cargo) Classe ,Padrão/Nível Código da vaga : (nº do código da vaga) Do (a) : (órgão ou entidade de origem) Para : (órgão ou entidade de destino) Processo : (nº do processo) (assinatura da autoridade) (Of. nº 108/2000) D.O.U., 17/04/2000

SIAPE,SIAPECAD, PCA,REDISTRIB – CALIREDIST Editar o DL - Portaria através do módulo de Documento Legal, pela transação SIAPE,PROCDOCPUB,DL,DOCLEGAL - DPEDITADL Finalizar o DL pela transção: SIAPE,PROCDOCPUB,DL,DOCLEGAL >DPFINAL Liberar o servidor por redistribuição, procedimento realizado pelo Órgão de origem do servidor Para realização de uma redistribuição é necessário que informe a vaga de Contrapartida OBS: Somente usar Histórico de DL quando for Portaria de outro exercício

SIAPE,SIAPECAD, PCA,REDISTRIB – CAALREDIST Aceite do servidor redistribuído, procedimento realizado pelo Órgão de destino do Servidor. Neste caso o servidor chega com toda sua bagagem, (matrícula, vaga, auxílios, benefício, passivos, etc...) SIAPE,SIAPECAD,PCA - CACOPCA (consultar PCA)

Page 139: 1.Manual Do Siapecad

139

Para toda administração Pública regulamentada pela Portaria 57/2000-14/05/2000 Para IFE regulamentado pelo Ofício Circular nº 27/2002/SRH/MP CESSÃO

Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Lei nº 8.270/1991 e regulamentado(a) pelo(a) Decreto nº 4.050/2001 ___________

I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Lei nº 8.270/1991 ___________

II - em casos previstos em leis específicas.

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Lei nº 8.270/1991 ___________

§ 1° Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para ó rgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos.

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Lei nº 8.270/1991 Redação(es) anterior(es): Redação original ___________

§ 2° Na hipótese de o servidor cedido à empresa púb lica ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem.

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Lei nº 8.270/1991

Page 140: 1.Manual Do Siapecad

140

Redação(es) anterior(es): Redação original ___________

§ 3° A cessão far-se-á mediante portaria publicada no Diário Oficial da União.

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Lei nº 8.270/1991 Redação(es) anterior(es): Redação original ___________

§ 4° Mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo.

___________ Nota: Acrescentado(a) pelo(a) Lei nº 8.270/1991 ___________

5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo.

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Lei nº 10.470/2002 Redação(es) anterior(es): Acrescentado(a) pelo(a) MP nº 1.573-9/1997 e convalidado(a) pelo(a) Lei nº 9.527/1997 ___________

§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado cedido condicionado a autorização específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em comissão ou função gratificada.

___________ Nota: Acrescentado(a) pelo(a) Lei nº 10.470/2002 ___________

§ 7º O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a finalidade de promover a composição da força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de

Page 141: 1.Manual Do Siapecad

141

empregado ou servidor, independentemente da observância do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo.

___________ Nota: Acrescentado(a) pelo(a) Lei nº 10.470/2002 ___________

DECRETO Nº 4.273, DE 20 DE JUNHO DE 2002

Dá nova redação ao art. 11 do Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001, que regulamenta o art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a cessão de servidores de órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 84 da Constituição, e considerando o disposto no art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e no art. 1º da Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997,

D E C R E T A :

Art. 1º O art. 11 do Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 11. As cessões ou requisições que impliquem reembolso pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista, à exceção da Presidência e da Vice-Presidência da República, somente ocorrerão para o exercício de cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, e de Natureza Especial ou equivalentes." (NR)

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 20 de junho de 2002; 181º da Independência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Pedro Parente

D.O.U., 21/06/2002

DECRETO Nº 4.050, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2001

Regulamenta o art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a cessão de servidores de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e considerando o disposto no art. 93 da Lei nº 8.112, de

Page 142: 1.Manual Do Siapecad

142

11 de dezembro de 1990, e no art. 1º da Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997,

D E C R E T A :

Art. 1º Para fins deste Decreto considera-se:

I - requisição: ato irrecusável, que implica a transferência do exercício do servidor ou empregado, sem alteração da lotação no órgão de origem e sem prejuízo da remuneração ou salário permanentes, inclusive encargos sociais, abono pecuniário, gratificação natalina, férias e adicional de um terço;

II - cessão: ato autorizativo para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, ou para atender situações previstas em leis específicas, em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sem alteração da lotação no órgão de origem;

III - reembolso: restituição ao cedente das parcelas da remuneração ou salário, já incorporadas à remuneração ou salário do cedido, de natureza permanente, inclusive encargos sociais;

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Decreto nº 4.493/2002 Redação(oes) anterior(es): Redação original ___________

IV - órgão cessionário: o órgão onde o servidor irá exercer suas atividades; e

V - órgão cedente: o órgão de origem e lotação do servidor cedido.

Parágrafo único. Ressalvadas as gratificações relativas ao exercício de cargos comissionados ou função de confiança e chefia na entidade de origem, poderão ser objeto de reembolso de que trata o inciso III outras parcelas decorrentes de legislação específica ou resultantes do vínculo de trabalho, tais como: gratificação natalina, abono pecuniário, férias e seu adicional, provisões, gratificação semestral e licença prêmio.

___________ Nota: Acrescentado(a) pelo(a) Decreto nº 4.493/2002 ___________

Art. 2º O servidor da Administração Pública Federal direta, suas autarquias e fundações poderá ser cedido a outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluindo as empresas públicas e sociedades de economia mista, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança e, ainda, para atender a situações previstas em leis específicas.

Parágrafo único. Ressalvadas as cessões no âmbito do Poder Executivo e os casos

Page 143: 1.Manual Do Siapecad

143

previstos em leis específicas, a cessão será concedida pelo prazo de até um ano, podendo ser prorrogado no interesse dos órgãos ou das entidades cedentes e cessionários.

Art. 3º Ressalvada a hipótese contida no § 4º do art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, a cessão obedecerá aos seguintes procedimentos:

I - quando ocorrer no âmbito do Poder Executivo, será autorizada pelo Ministro de Estado ou autoridade competente de órgão integrante da Presidência da República a que pertencer o servidor; e

II - quando ocorrer para órgão ou entidade dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios ou de outro Poder da União, será autorizada pelo Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil - SIPEC, ficando condicionada à anuência do Ministro de Estado ou autoridade competente de órgão integrante da Presidência da República ao qual o servidor estiver lotado.

Art. 4º Na hipótese do inciso II do art. 3º, quando a cessão ocorrer para os Poderes dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o ônus da remuneração do servidor cedido, acrescido dos respectivos encargos sociais, será do órgão ou da entidade cessionária.

§ 1º O valor a ser reembolsado será apresentado mensalmente ao cessionário pelo cedente, discriminado por parcela remuneratória e servidor, e o reembolso será efetuado no mês subseqüente.

§ 2º O descumprimento do disposto no § 1º implicará o término da cessão, devendo o servidor cedido apresentar-se ao seu órgão de origem a partir de notificação pessoal expedida pelo órgão ou entidade cedente.

§ 3º O dirigente máximo do órgão ou entidade cedente é o responsável pelo cumprimento das determinações contidas nos §§ 1º e 2º.

Art. 5º Observada a disponibilidade orçamentária, a Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional poderá solicitar a cessão de servidor ou empregado oriundo de órgão ou entidade de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, suas empresas públicas e sociedades de economia mista, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança e, ainda, requisitar nos casos previstos em leis específicas.

Art. 6º É do órgão ou da entidade cessionária, observada a disponibilidade orçamentária e financeira, o ônus pela remuneração ou salário do servidor ou empregado cedido ou requisitado dos Poderes dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios ou das empresas públicas e sociedades de economia mista, acrescidos dos respectivos encargos sociais definidos em lei.

Parágrafo único. O ônus da cessão ou requisição prevista no caput não se aplica no caso de o cedente ser empresa pública ou sociedade de economia mista que receba recursos financeiros do Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha

Page 144: 1.Manual Do Siapecad

144

de pagamento de pessoal, bem assim do Governo do Distrito Federal em relação aos servidores custeados pela União.

Art. 7º O período de afastamento correspondente à cessão ou à requisição, de que trata este Decreto, é considerado para todos os efeitos legais, inclusive para promoção e progressão funcional.

Art. 8º Até 31 de dezembro de 2002, as cessões de servidores da Administração pública Federal direta, autárquica e fundacional para os Estados, Distrito Federal, Municípios ou para outros Poderes da União somente ocorrerão:

I - para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, equivalentes aos cargos em comissão do Grupo Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de nível 6, e de Natureza Especial, do Poder Executivo Federal;

II - para o exercício de cargo de Secretário de Estado e Secretário Municipal ou equivalentes;

III - para o exercício de cargo de presidente de autarquia ou de fundação pública estadual, distrital e municipal;

IV - para o exercício de outros cargos cujas funções estratégicas sejam consideradas de relevante interesse para a Administração Pública Federal, a critério do respectivo Ministro de Estado; e

V - para atender a leis específicas.

Art. 9º A cessão de servidor da Carreira Auditoria da Receita Federal para Estados, Distrito Federal e Municípios somente ocorrerá para o exercício de cargo de Secretário de Estado, Presidente de autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista estadual.

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Decreto nº 4.587/2003 Redação(es) anterior(es): Redação original ___________

Parágrafo único. A cessão prevista no caput, na hipótese de Município, apenas será autorizada para capital de Estado.

Art. 10. Na hipótese do não reembolso pelos cessionários, os órgãos ou as entidades cedentes do Poder Executivo Federal deverão adotar as providências necessárias para o retorno do servidor, mediante notificação.

Parágrafo único. O não-atendimento da notificação de que trata o caput implicará suspensão do pagamento da remuneração, a partir do mês subseqüente.

Art. 11. As cessões ou requisições que impliquem reembolso pela Administração

Page 145: 1.Manual Do Siapecad

145

Pública Federal direta, autárquica e fundacional, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista, à exceção da Presidência e da Vice-Presidência da República, somente ocorrerão para o exercício de cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, e de Natureza Especial ou equivalentes.

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Decreto nº 4.273/2002 Redação(es) anterior(es): Redação original ___________

§ 1º As cessões já autorizadas sob a égide do Decreto nº 925, de 10 de setembro de l983, poderão ser mantidas, desde que manifestado o interesse pelo órgão cessionário e observado, quanto ao reembolso, as disposições deste Decreto.

___________ Nota: Acrescentado(a) pelo(a) Decreto nº 4.493/2002 ___________

§ 2º O reembolso de que trata o inciso III do art. 1º contemplará, exclusivamente, as parcelas de natureza permanente, inclusive vantagens pessoais, decorrentes do exercício de cargo efetivo ou emprego permanente exercido pelo cedido nos órgãos ou entidades cedentes.

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Decreto nº 4.587/2003 Redação(es) anterior(es): Redação original ___________

Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 13. Ficam revogados os Decretos nº 925, de 10 de setembro de 1993, e nº 3.699, de 22 de dezembro de 2000.

Brasília, 12 de dezembro de 2001; 180º da Independência e 113º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Martus Tavares

D.O.U., 13/12/2001

DECRETO Nº 4.493, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2002.

Page 146: 1.Manual Do Siapecad

146

Dá nova redação aos arts. 1º e 11 do Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001, regulamento do art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a cessão de servidores de órgãos e entidades da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição,

DECRETA:

Art. 1º Os arts. 1º e 11 do Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art.1º.........................................................................

III - reembolso: restituição ao cedente das parcelas da remuneração ou salário, já incorporadas à remuneração ou salário do cedido, de natureza permanente, inclusive encargos sociais;

....................................................................................

Parágrafo único. Ressalvadas as gratificações relativas ao exercício de cargos comissionados ou função de confiança e chefia na entidade de origem, poderão ser objeto de reembolso de que trata o inciso III outras parcelas decorrentes de legislação específica ou resultantes do vínculo de trabalho, tais como: gratificação natalina, abono pecuniário, férias e seu adicional, provisões, gratificação semestral e licença prêmio."

"Art.11. (NR) -DECRETO 5.213 – 2004

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 3 de novembro de 2002; 181º da Independência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

DECRETO Nº 4.587, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2003

Dá nova redação aos arts. 9º e 11 do Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001, que regulamenta o art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a cessão de servidores de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DECRETA:

Page 147: 1.Manual Do Siapecad

147

Art. 1º Os arts. 9º e 11 do Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 9º A cessão de servidor da Carreira Auditoria da Receita Federal para Estados, Distrito Federal e Municípios somente ocorrerá para o exercício de cargo de Secretário de Estado, Presidente de autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista estadual." (NR)

DECRETO Nº 5.213, DE 24 DE SETEMBRO DE 2004

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,

DECRETA: Art. 1º O art. 11 do Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 11. As cessões ou requisições que impliquem reembolso pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista, à exceção da Presidência e da Vice-Presidência da República, somente ocorrerão para o exercício de :

I - cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, e de Natureza Especial ou equivalentes; e

II - cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível 3, ou equivalente, destinado a chefia de superintendência, de gerência regional, de delegacia, de agência ou de escritório de unidades descentralizadas regionais ou estaduais.

§ 2º O reembolso de que trata o inciso III do art. 1º contemplará, tão-somente, as parcelas de natureza permanente, inclusive vantagens pessoais, decorrentes do cargo efetivo ou emprego permanente, nos órgãos ou entidades cedentes e, ainda, as parcelas devidas em virtude de cessão, neste último caso quando instituídas em contrato de trabalho ou regulamento de empresa pública ou sociedade de economia mista até 31 de dezembro de 2003.”

§ 3º A limitação contida no caput deste artigo não se aplica às cessões de empresas públicas e sociedades de economia mista a partir da data que deixaram de receber recursos do Tesouro Nacional para custear sua folha de pagamento de pessoal, cujos empregados, na mesma data, independentemente do exercício de cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS:

I - estejam em atividade em órgão da Administração Federal direta, autárquica e fundacional; ou

II - tenham respectivo processo de cessão em andamento.

Page 148: 1.Manual Do Siapecad

148

§ 4º Na hipótese do inciso I do § 3º, os procedimentos administrativos necessários ao cumprimento do disposto neste Decreto deverão ser iniciados no prazo máximo de sessenta dias a partir da data em que cessou o recebimento de recursos do Tesouro Nacional.”

Art. 2º No caso das empresas públicas e sociedades de economia mista que deixaram de receber recursos do Tesouro Nacional para custear as respectivas folhas de pagamento de pessoal no exercício- financeiro de 2004, o prazo para o início dos procedimentos administrativos necessários ao cumprimento do disposto neste Decreto será de sessenta dias a contar da data de publicação deste Decreto.

Art. 3º Ficam convalidados os atos praticados nas cessões já realizadas, em caso de defeito decorrente de mera irregularidade formal afastada por este Decreto, ou que por ele estejam autorizados, observado o disposto no art. 55 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

Parágrafo único. A convalidação abrange os reembolsos realizados em consonância com o disposto no § 2º do art. 11 do Decreto nº 4.050, de 2001, com a redação dada pelo art. 1º deste Decreto. Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de setembro de 2004; 183º da Independência e 116º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Guido Mantega

Ofício-Circular nº 14/SRH/MP Brasília, 5 de junho de 2003. Aos Dirigentes de Recursos Humanos dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Com o objetivo de orientar a aplicação do Decreto nº 4.587, de 7 de fevereiro de 2003, que dispõe sobre a cessão de servidores e empregados públicos, informamos que o órgão ou entidade cessionário, está obrigado a efetuar o reembolso das despesas realizadas pelo cedente, compreendendo todos os seus gastos decorrentes do vínculo funcional ou empregatício, sem qualquer ressalva ou restrição, na forma do disposto no §2º do art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Neste sentido, toda e qualquer parcela remuneratória que o servidor ou empregado cedido tiver direito por força do vínculo funcional ou da relação de emprego terá que necessariamente ser ressarcida pelo cessionário ao cedente.

Page 149: 1.Manual Do Siapecad

149

Esclarecemos, contudo, que não haverá ressarcimento a entidades estatais que recebam recursos financeiros do Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, conforme determina o §5º do art. 93 da Lei nº 8.112, de 1990. Atenciosamente, LUIS FERNANDO SILVA Secretário de Recursos Humanos

OFÍCIO-CIRCULAR Nº 03/SRH/MP

Brasília, 2 de maio de 2005.

Senhores Dirigentes de Recursos Humanos dos Órgãos e das Entidades da Administração Pública Federal, direta, autárquica e fundacional.

O Supremo Tribunal Federal-STF, nos autos do Mandado de Segurança nº 25.216-2, suspendeu os efeitos do Acórdão nº 2060/2004, objeto do Processo nº 011.992/220-6, do Tribunal de Contas da União - TCU, que determinou ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba o levantamento dos servidores requisitados, bem assim o retorno daqueles cujo prazo de permanência no Órgão esteja em desacordo com o previsto na Lei nº 6.999/82, de 7 de junho de 1982.

2. No cumprimento do seu papel institucional, o Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil passou a adotar a determinação constante do Acórdão do Tribunal de Contas da União, deixando de atender às prorrogações solicitadas pelos órgãos e entidades do SIPEC, que estivessem em desacordo com a referida Lei, ratificando, com isso, as orientações contidas no PARECER DRH/SAF nº 382, de 1991, referente ao Processo nº 00610.0004202/91-53.

3. Considerando a repercussão da matéria no âmbito dos Tribunais Regionais Eleitorais, em particular, em relação aos servidores do Poder Executivo Federal, requisitados para aqueles Órgãos com base na Lei nº 6.999, de 1982, informo que o assunto está sendo estudado pela Consultoria Jurídica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão/MP e até que seja dado o parecer conclusivo, ficam suspensos os atos de prorrogação desses servidores.

4. Os servidores que ainda não retornaram aos respectivos órgãos de origem, apesar de o prazo de permanência naqueles Tribunais ter se esgotado, poderão permanecer em exercício até a definição da CONJUR/MP.

Atenciosamente,

SÉRGIO E. A. MENDONÇA Secretário de Recursos Humanos

Page 150: 1.Manual Do Siapecad

150

Ofício nº 78/2002-COGLE/SRH/MP

Brasília, 03 de abril de 2002.

Senhor Coordenador-Geral,

Em atenção à consulta formulada por intermédio de FAX recebido nesta Coordenação-Geral em 18.3.2002, a respeito da opção por exercício de cargo comissionado por servidor cedido a <Estados> e <Municípios, temos a esclarecer que o servidor não terá direito a opção da parcela do cargo efetivo, devendo receber pelo valor do cargo comissionado de forma cheia, conforme disposto no art. 93, § 1º, da Lei nº 8.112/90, que foi regulamentado pelo Decreto nº 4.050, de 12.12.2001.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria o Senhor

ANTONIO RENATO COSTA E SILVA

Coordenador-Geral de Recursos Humanos

Ministério da Saúde

Ofício nº 247/2003/COGES/SRH/MP

Brasília, 9 de setembro de 2003.

A Sua Senhoria o Senhor Cláudio da Silva Lima Coordenador-Geral de Logística e Administração do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE Brasília– DF

Assunto: cessão de servidor de Estado para ocupar cargo em comissão DAS - 03

Senhor Coordenador-Geral,

1. Refiro-me à mensagem, datada de 12.02.03, encaminhada mediante fax, onde Vossa Senhoria questiona esta Coordenação-Geral acerca da cessão de servidor do Governo do Estado do Rio Grande do Sul à Delegacia desse Estado, em face do contido no Decreto nº 4.050, de 2001.

2. Sobre o assunto, é importante transcrever o contido no art. 11 do citado Decreto, alterado pelo Decreto 4.273, de 2002, que assim dispõe:

"Art. 11 – As cessões e requisições que impliquem reembolso pela Administração pública federal direta, autárquica e fundacional, inclusive empresas públicas e

Page 151: 1.Manual Do Siapecad

151

sociedades de economia mista, à exceção da Presidência e da Vice-Presidência da República, somente ocorrerão para o exercício de cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores DAS , níveis 4, 5 , e 6, e de Natureza Especial ou equivalentes.

3. Assim, informo a Vossa Senhoria não ser permitida a cessão de servidor estadual para exercer Cargo em Comissão DAS, nível 03 na Administração Pública Federal, tendo em vista que o Decreto citado apenas permite o reembolso para DAS, Níveis 04, 05 e 06 e a Lei nº 8.112, de 1990 disciplina em seu art. 93 a obrigatoriedade de reembolso quando se trata de servidor com vínculo estadual ou municipal.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO

Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

OFÍCIO-CIRCULAR Nº 02/SRH/MP

Brasília, 10 de março de 2005.

Senhores Dirigentes de Recursos Humanos dos Órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. 1. A Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, objetivando orientar a aplicação do Decreto nº 5.213, de 24 de setembro de 2004, que deu nova redação ao art. 11 do Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001, informa que o órgão ou entidade cessionária, efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo cedente quando da cessão ou requisição de servidor ou empregado público.

2. O reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade cessionária, nos casos de requisição ou cessão de servidor ou empregado público, está previsto no § 2º do art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

3. Para efeito de reembolso, são consideradas tão-somente as parcelas permanentes, já incorporadas a remuneração ou salário do servidor ou empregado público cedido, inclusive encargos sociais e ainda as parcelas devidas em virtude de cessão, instituídas em contrato de trabalho ou regulamento de empresa pública e sociedade de economia mista até 31 de dezembro de 2003.

4. Tendo em vista a nova redação do § 2º do art. 11 do Decreto nº 4.050, de 12 de dezembro de 2001, trazida pelo Decreto nº 5.213, de 24 de setembro de 2004, a Gratificação Especial de Cessão-GEC, bem assim as demais vantagens pecuniárias devidas em virtude de cessão, constitui parcela a ser reembolsada pelo órgão ou entidade cessionário.

Atenciosamente,

SÉRGIO E. A. MENDONÇA Secretário de Recursos Humanos

Page 152: 1.Manual Do Siapecad

152

Ofício nº 279/99-COGLE/SRH/MP

Brasília, 20 de setembro de 1999.

Senhor Diretor,

Em atenção à consulta formulada no FAX recebido nesta Coordenação-Geral em 9.9.99, procedente da Fundação Alexandre de Gusmão, consultando sobre requisição de servidor para exercício de função gratificada, informamos a V.Sa. que a Lei nº 9.030, de 13 de abril de 1995, estabelece no Parágrafo único, do art. 4º que a designação para o exercício das funções gratificadas FG, criadas pelo art. 26 da Lei nº 8.216, de 13 de agosto de 1991 recairá, exclusivamente, em servidor ocupante de cargo efetivo regido pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Os servidores requisitados para o exercício de função, por exemplo, em Secretário Parlamentar do Congresso Nacional, tinham suas atribuições correlatas com os ocupantes de função gratificada FG - 1, 2, e 3 e DAS- 102.1, para fins de incorporação de quintos/décimos, de acordo com o Ofício-Circular nº 9, de 21 de maio de 1997.

Assim, observada a legislação supracitada poderá ocorrer requisição de servidor pela Fundação Alexandre de Gusmão para ocupar uma função gratificada.

Nesta oportunidade, ressaltamos que esse Departamento deverá informar à Fundação Alexandre de Gusmão que as consultas ao órgão Central do SIPEC deverão ser precedidas do pronunciamento do órgão setorial de pessoal desse Ministério.

Atenciosamente, PAULO APARECIDO DA SILVA Coordenador-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria o Senhor Eduardo Prisco Paraíso Ramos Diretor do Serviço Exterior (DSE) Ministério das Relações Exteriores Brasília-DF

SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,LOTACAO,LOCALEXER – CAEDCSSPTC Incluir DL – Portaria e proceder a cessão informando o Órgão para onde o servidor irá exercer sua funções.

Page 153: 1.Manual Do Siapecad

153

Para receber o servidor cedido o Órgão requisitante deverá inclui uma matrícula através da transação: SIAPE,SIAPECAD,DADOSPESS,MATRICULA -CAINMATRIC .

Depois incluir a função através da transação: SIAPE,SIAPECAD,PFU,NOMEACAO – CANOPFUDIR

Depois informar os dados de ingresso no Órgão através da transação: SIAPE,SIAPECAD,DADOSPESS,ALTSERV - CAATDADSIA

SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,LOTACAO,CONSRELAT –CACONLOTAC Consulta servidor cedido. SIAPE,SIAPECAD,PCA - CACOPCA (consultar PCA)

RETORNO DE SERVIDOR CEDIDO SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,LOTACAO,LOCALEXER -CARRSERCED Incluir DL Portaria/Ofício para receber o servidor de volta, procedimento realizado pelo Órgão de origem do servidor. SIAPE,SIAPECAD,DADOSFUNC,LOTACAO,CONSRELAT –CACONLOTAC Consulta. ANUÊNIO

Art. 67. O adicional por tempo de serviço é devido à razão de cinco por cento a cada cinco anos de serviço público efetivo prestado à União, às autarquias e às fundações públicas federais, observado o limite máximo de 35% incidente exclusivamente sobre o vencimento básico do cargo efetivo, ainda que investido o servidor em função ou cargo de confiança. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

__________

Nota:

Revogado pela MP2.225-45/2001, respeitadas as situações constituídas até 8 de março de 1999

__________

Parágrafo único. O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o qüinqüênio. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Page 154: 1.Manual Do Siapecad

154

ART. 67 8112/90 (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

MP 1815

MP 1815

Art. 4º Revoga-se o art. 67 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, respeitadas as situações constituídas até 8 de março de 1999.

OF.CIR. 36 - 2001

Ofício-Circular n.º 36/SRH/MP Brasília, 29 de junho de 2001 Aos Dirigentes de Recursos Humanos dos Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Objetivando uniformizar procedimentos quanto à aplicação do inciso II do art. 7º da Medida Provisória nº 2.088-40, de 24 de maio de 2001, publicada no Diário Oficial do dia 25 subseqüente, no âmbito do Sistema de Pessoal Civil-SIPEC, esclarecemos que o tempo de serviço público prestado pelo servidor no período compreendido entre 05 de julho de 1996 a 8 de março de 1999, será considerado para efeito de anuênios. 2. O passivo dos anuênios correspondentes ao período acima assinalado deverá ser executado observando-se as orientações contidas na Portaria Conjunta nº 1, de 5 de dezembro de 2000, publicada no Diário Oficial do dia 7 de dezembro de 2000. Atenciosamente, LUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA Secretário de Recursos Humanos

SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

Retificado pelo Ofício 39/2004, mas não podemos deixar de observar o disposto no Parecer AGU 13, desde que seja sem interrupção.

OFÍCIO Nº 135/2002-COGLE/SRH/MP

Brasília, 20 de maio de 2002.

Senhor Assistente,

Page 155: 1.Manual Do Siapecad

155

Em atenção à consulta formulada por intermédio do FAX recebido nesta Coordenação-Geral em 13.5.2002, acerca da contagem de tempo de serviço militar obrigatório para efeito de anuênio, temos a esclarecer que tal tempo constitui obrigação cívica de todo brasileiro que completa 18 (dezoito) anos de idade, na forma do art. 143 da Constituição Federal, podendo ser computado apenas para fins de aposentadoria. 2. De acordo com o art. 100 do RJU, quando o militar segue a carreira, e posteriormente ingressa no Serviço Público Federal, seu tempo de serviço prestado às Forças Armadas é contado para todos os efeitos, como também está definido na Instrução Normativa SAF nº 8, de 1993. Atenciosamente, CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria o Senhor FREDERICO DE MELLO TUDE Assistente Jurídico Arquivo Nacional Rio de Janeiro-RJ

SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS Aprovo. Em, 4 de setembro de 1992.

WILSON CALVO MENDES DE ARAÚJO Secretário-Adjunto da SAF

Processo nº 01180.0005259/92-11

Ementa: É contado, para todos os efeitos, o tempo de serviço prestados às Forças Armadas, inclusive pelo servidor que, em 12 de dezembro de 1990, era regido pela legislação trabalhista. PARECER Nº 442/92

A Coordenação-Geral de Administração da Secretária de Assuntos Estratégicos formulou a seguinte consulta, verbis: "Tendo em vista o entendimento firmado pela Assessoria Jurídica dessa Secretaria, através da NOTA SAF/AJ Nº 585/91, consulto a V.Sa. pela

Page 156: 1.Manual Do Siapecad

156

semelhança entre casos, sobre a viabilidade de ser computado para fins de anuênio, o tempo de serviço prestado às Forças Armadas, como militar, já que durante esse tempo, o servidor já fazia jus a tal benefício, na forma de "qüinqüênios".

Esclareço que a presente consulta, se refere a servidor que se desligou das Forças Armadas e foi admitido como celetista, sendo mantido nesta condição até o advento da Lei nº 8.112, de 1990."

2. A referida NOTA da extinta Assessoria Jurídica desta Secretaria, aprovado pelo então Secretário-Adjunto da Administração Federal, consubstancia o entendimento de que será contado, para todos os fins, o tempo de serviço público federal, prestado pelo servidor regido pela Lei nº 1.711, de 1952, o qual, posteriormente, veio a ser submetido ao regime trabalhista e, nessa condição, se encontrava na data de vigência da Lei nº 8.112, de 1990 (12 de dezembro de 1990). 3. Referida NOTA apresenta os seguintes argumentos para a ilação nela contida:

"Data venia do respeitável ponto de vista do DRH, prefiro o entendimento de que o tempo de serviço prestado sob o regime estatuário é necessariamente válido para todos os efeitos inerentes a esse regime jurídico, inclusive o de anuênio, visto como o eventual status posterior do servidor, sob a égide do regime celetista, não há de descaracterizar o referido tempo de serviço.

.......................................................... Aliás, esse mesmo tempo de serviço, prestado sob a égide do Estatuto, resultaria entendido pacificamente computável, na forma do art. 100 da Lei nº 8.112/90, se o servidor passasse para o RJU por outro meio que não o art. 243 da Lei nº 8.112/90. Isso evidencia absurdo não computá-lo em razão daqueles abrangidos por esse dispositivo legal de mudança de regime jurídico." 4. A fundamentação de ordem jurídica da espécie, dada a similitude de situações funcionais, há de se aproveitar em relação ao tempo de serviço prestado às Forças Armadas, posto que se constitui em estatutário e sujeito à incidência do artigo 100 da Lei nº 8.112.

5. Em conclusão, o tempo de serviço prestado às Forças Armadas pelo servidor amparado pelo artigo 243 da referida Lei nº 8.112, porque regido pela legislação trabalhista em 12 de dezembro de 1990, será contado para todos os efeitos, com base no artigo 100 do mesmo Diploma Legal. Isto em decorrência da NOTA aludida.

À consideração do Senhor Diretor de Recursos Humanos.

Page 157: 1.Manual Do Siapecad

157

Brasília, em 3 de setembro de 1992.

WILSON TELES DE MACÊDO Gerente do Programa de Aplicação da Legislação de Pessoal, de Serviços Gerais e de Imóveis Funcionais.

De acordo.

Submeto o assunto à apreciação do Senhor Secretário-Adjunto, sugerindo a posterior devolução do processo ao Órgão de Pessoal da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Brasília, em 04 de setembro de 1992.

MARCO ANTONIO BRITO DE CARVALHO Diretor do Departamento de Recursos Humanos.

D.O.U., 16/09/92

QUEBRA DE VÍNCULO

Ofício nº 106/2002-COGLE/SRH

Brasília, 13 de abril de 2002.

Senhora Coordenadora-Geral, Refiro-me à Mensagem, oriunda dessa procedência, que, em atendimento à solicitação da SUFRAMA, busca reiterar consulta formulada por aquela autarquia acerca de cômputo do tempo de serviço público federal, em outro órgão, para fins de concessão de anuênio, mesmo tendo havido interrupção do efetivo exercício e o servidor se desligado do órgão por exoneração, a pedido, para tomar posse em outro cargo de natureza inacumulável. 2. Em resposta, informo a Vossa Senhoria que não há mais como se falar em cômputo de tempo de serviço para tal fim, uma vez que essa vantagem, inclusa anteriormente na Lei nº 8.112/90, foi revogada pela Medida Provisória nº 1.964/2000, respeitando apenas as situações constituídas até 8 de março de 1999. 3. O entendimento firmado no Parecer nº GM-013-AGU, de 11.12.2000, publicado no Diário Oficial de 13.12.2000, assegura a preservação dos direitos personalíssimos do servidor, em caso de posse em outro cargo público federal e a consequente vacância do anterior, ambos inacumuláveis, porém, desde que não tenha havido quebra dessa relação jurídica. 4. No caso em espécie, o servidor solicitou exoneração em 04.03.99, só retornando ao serviço público em 09.03.99, esvaziando consequentemente todo e

Page 158: 1.Manual Do Siapecad

158

qualquer direito para se considerar tempo de serviço público ininterrupto, afim de usufruir a vantagem até então vigente. Atenciosamente, CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria a Senhora ROSÂNGELA MARIA VITAL RANGEL Coordenadora-Geral de Recursos Humanos Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Brasília - DF

RESOLUÇÃO SENADO 35/1999

Ofício nº 74/2001-COGLE/SRH

Brasília, 20 de março de 2001.

Senhor Diretor,

Em atenção à consulta formulada por intermédio de E-MAIL de 9.11.2000, de interesse dessa Universidade, acerca de questionamentos sobre anuênios e licença-prêmio, temos as seguintes respostas pela ordem das dúvidas formuladas:

1. Os procedimentos que se referem ao servidor que firmar termo de transação judicial relativos a percepção de anuênios retroativamente ao tempo de celetista devem observar as orientações firmadas no Ofício- Circular SRH nº 15 de 31.5.2000, e neste aspecto convém atentar para o estabelecido no art. 8º da Medida Provisória nº 2.086-35, de 25 de janeiro de 2001:

"Art. 8º O pagamento do passivo referente ao Adicional por Tempo de Serviço, decorrente da suspensão da execução do inciso I do art. 7º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991, pela Resolução nº 35, de 1999, do Senado Federal, publicada no Diário Oficial da União de 3 de outubro de 1999, será efetivado a partir de 2001, em até dois anos, nos meses de junho e dezembro.

§ 1º Ao servidor que se encontre em litígio judicial, visando ao pagamento do Adicional de que trata o caput, é facultado receber os valores devidos pela via administrativa, firmando transação até 23 de fevereiro de 2001, a ser homologado no juízo competente.

Page 159: 1.Manual Do Siapecad

159

§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto neste artigo, a Advocacia-Geral da União e as Procuradorias Jurídicas das autarquias e fundações públicas federais ficam autorizadas a celebrar transação nos processos movidos contra a União ou suas entidades."

A Sua Senhoria o Senhor MARCO PALOMBINI Diretor da Divisão de Análise Funcional Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre- RS

2. O enquadramento de servidores redistribuídos de outros órgãos e planos de cargos diversos, no PUCRCE, permitirá o recebinento dos anuênios pela IFE nos moldes autorizados pela Resolução nº 35, de 1999, do Senado Federal.

3. A condição essencial seja para que o homem ou mulher também tenham isenção da Seguridade Social é que o servidor complete o tempo para aposentadoria voluntária com proventos integrais e ainda permaneça na atividade. Esta condição está expressa no art. 4º da Lei nº 9.783, de 28 de janeiro de 1999.

4. O servidor que já integralizou 35 (trinta e cinco) anos de serviço em 16.12.98, somente poderá contar a licença- prêmio em dobro para efeito de aposentadoria se cumpriu os requisitos legais até o período de 15.10.96, quando por intermédio da Medida Provisória nº 1.522, de 11.10.96, foi instituída a licença capacitação, e portanto está amparado se já reunia todas as demais condições exigíveis na data da promulgação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998.

5. Quanto ao tempo de serviço prestado como celetista para efeito de contagem em dobro na aposentadoria que ainda não completou tempo para aposentadoria voluntária, este órgão deve considerar tal período para esse fim até a data de 15.10.96, quando foi instituída licença capacitação, considerando também o contido na Emenda Constitucional, de 1998. Assim, somente a licença- prêmio já integralizada e não usufruída, é considerada para efeito de aposentadoria, ao teor do contido no Parecer MP/CONJUR/IC/Nº 2721/2000.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

INCORPORAÇÃO TEMPO CELETISTA

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

Secretaria de Recursos Humanos

Page 160: 1.Manual Do Siapecad

160

Coordenação-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação Ementa: Trata-se de consulta acerca da percepção por servidores inativos do percentual de anuênios referentes à prestação de serviço sob a égide da CLT Ofício n.º 91/2003/COGLE/SRH/MP Brasília, 12 de maio de 2003. A Sua Senhoria o Senhor José Fernando Alves de Sousa Coordenador de Controle Interno do Tribunal Regional Eleitoral – TRE/GO Goiânia – GO Assunto: Pagamento de Anuênio Senhor Coordenador, Refiro-me a consulta encaminhada mediante FAX, datado de 03 de abril de 2003, pelo qual Vossa Senhoria consulta esta Coordenação-Geral acerca da percepção por servidores inativos do Tribunal Regional Eleitoral do percentual de anuênios em razão de prestação de serviço as esferas estadual, municipal sob a égide da Consolidação das Leis Trabalhistas, e que agora, nesse Tribunal requerem sua incorporação. 2. Sobre o assunto, é bom citar o contido no art. 243, da Lei n.º 8.112, de 1990, que assim dispõe: “Art. 243 – Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta Lei, na qualidade de servidores públicos, os servidores dos poderes da União, dos ex - Territórios, das autarquias, inclusive em regime especial, e das fundações públicas, regidos pela Lei n.º 1.711, de 28 de outubro de 1952, - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovado pelo Decreto - Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, exceto os contratados por prazo determinado, cujos contratos não poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de prorrogação. §1º – Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime instituído por esta Lei ficam transformados em cargos, na data de sua publicação. 3. Portanto, os empregados públicos federais que passaram a ser servidores públicos federais, terão o tempo de serviço prestado sob a égide da CLT, contado, para efeito de licença –prêmio, quintos incorporados e os anuênios, assim como outras vantagens advindas na vigência do Regime Jurídico Único. 4. Informo ainda que o tempo de serviço de serviço municipal, estadual, ou mesmo de alguma empresa pública não alcançado pelo art. 243, da Lei n.º 8.112, de 1990, contar-se-á apenas para aposentadoria. 5. Por fim, ressalto que esta Secretaria de Recursos Humanos já se manifestou sobre assunto similar, conforme consta do Ofício - Circular n.º 19/SRH/MP, datado de 19 de março de 2002, que consta no site

Page 161: 1.Manual Do Siapecad

161

www.servidor.gov.br, no sentido de que o tempo de serviço no Governo do Distrito Federal, regido pela CLT, contar-se-á apenas para aposentadoria. Atenciosamente, CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Ementa: Refere-se à possibilidade de a disponibilidade interromper o tempo para concessão de anuênio.

Oficio nº 362/2000-COGLE/SRH

Brasília, 22 de dezembro de 2000.

Senhora Coordenadora,

Em atenção à consulta formulada no FAX recebido nesta Coordenação-Geral em 19.12.2000, questionando se a disponibilidade interrompe o tempo para concessão de anuênio, esclarecemos que este instituto interrompe a contagem do interstício, pois essa concessão depende do efetivo exercício condição essencial na espécie, bastando para tanto observar o contido no art. 67, da Lei nº 8.112/90, na sua redação original, assim disposto:

"Art. 67 - O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 1 % (um por cento) por ano de serviço público efetivo, incidente sobre o vencimento de que trata o art. 40. "

2. Nestas circunstâncias o tempo em que o servidor esteve em disponibilidade, na qual o mesmo não ficou em efetivo exercício, interrompe a concessão de anuênios.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÂO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

A Sua Senhoria a Senhora ROSÂNGELA MARIA VITAL RANGEL Coordenadora-Geral de Recursos Humanos Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Brasília- DF

Page 162: 1.Manual Do Siapecad

162

OFÍCIO-CIRCULAR Nº 19/SRH/MP

Brasília, 19 de março de 2002.

Senhor Dirigente de Recursos Humanos de Órgãos e Entidades da Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Visando a dirimir dúvidas acerca da averbação de tempo de serviço prestado ao Governo do Distrito Federal, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, levo ao conhecimento de Vossa Senhoria que, examinando a matéria, a douta Consultoria Jurídica deste Ministério, no PARECER/MP/CONJUR/DB/Nº 0231 - 2.5/202, assim se manifestou:

9. Pelo exposto, constata-se que até o advento da Constituição Federal de 1988, que o Distrito Federal não possuía autonomia administrativa, seguindo as determinações legais da União, no que diz respeito aos seus servidores, de modo que se os servidores federais e distritais estavam sob as mesmas leis, os benefícios dados aos primeiros alcançavam os segundos, entendimento este esposado pela Orientação Consultiva DENOR/SRH/MARE 9/1997, de 25 de setembro de 1997, que trata das vantagens e benefícios dos servidores que exerceram cargo em comissão no Governo do Distrito Federal - GDF, quanto à questão de quintos, aplicando a Lei nº 6.732, de 1979, para ambos.

10. Entretanto, no vertente caso, registre-se por necessário e oportuno, que a Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a revisão dos vencimentos, salários, proventos e demais retribuições dos servidores civis e da fixação dos soldos dos militares do Poder Executivo, na Administração Direta, autárquica e fundacional, em seu art.7º, assegura a contagem de tempo de serviço, para todos os fins, aos servidores que passaram ao regime jurídico instituído pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, nos seguintes termos:

Art. 7º São considerados extintos, a partir de 12 de dezembro de 1990, os contratos individuais de trabalho dos servidores que passaram ao regime jurídico instituído pela Lei nº 8.112, de 1990, ficando-lhe assegurada a contagem de tempo anterior de serviço público federal para todos os fins, exceto:

I - anuênio; ....................................................

II - licença-prêmio por assiduidade."

11. Ademais, impende ressaltar o disposto no art. 103, da Lei nº 8.112, de 1990, que assim dispõe, verbis:

Art. 103 Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade: I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;"

Page 163: 1.Manual Do Siapecad

163

12. Portanto, pela legislação que rege a matéria, o tempo de serviço prestado em órgão da Administração direta e indireta do Governo do Distrito Federal, sob a égide da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, antes da promulgação da Constituição Federal não pode ser contado para fins de concessão do Adicional de Tempo de Serviço no serviço público federal, por falta de amparo legal."

Atenciosamente,

LUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA Secretário de Recursos Humanos

OFÍCIO CIRCULAR Nº 15, DE 31 DE MAIO DE 2000

SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS

Aos Dirigentes de Recursos Humanos dos órgãos e entidades integrantes do SIPEC, Informo a Vossa Senhoria os procedimentos que deverão ser adotados para aplicação do artigo 8º, da Medida Provisória n.º 1.962-26, de 26 de maio de 2000, publicada em 27 seguinte, que trata do pagamento do passivo relativo ao Adicional por Tempo de Serviço, decorrente da suspensão da execução do inciso I do artigo 7º da Lei n.º 8.162, de 8 de janeiro de 1991, pela Resolução do Senado Federal nº 35, de 1999, publicada no Diário Oficial de 3 de setembro de 1999, que será efetuado a partir de 2001, em até dois anos, nos meses de junho e dezembro. 2. É facultado ao servidor que encontra-se em litígio judicial receber os valores devidos pela via administrativa, desde que firmando termo de transação judicial, até 30 de julho de 2000, com a participação do advogado, a ser homologada no juízo, de acordo com o disposto no § 1º do art. 8º, da citada MP. 3. O Termo de Transação Judicial, anexo I, a que se refere o parágrafo anterior, destina-se ao servidor ativo, aposentado ou beneficiário de pensão que encontra-se em litígio com a União, tendo por objeto o passivo relativo ao adicional por tempo de serviço. 4. O servidor público ativo, inativo, beneficiário de pensão ou ex-servidor, que não requereu, judicialmente, o pagamento do passivo relativo ao adicional por tempo de serviço, deverá fazê-lo por intermédio do Termo de Acordo, anexo II.

Page 164: 1.Manual Do Siapecad

164

5. Fica a cargo das Unidades de RH dos órgãos/entidades integrantes do SIPEC, o fornecimento dos Termos ao servidor ativo, aposentado, pensionista ou ex-servidor, devidamente preenchido com os dados do servidor, do órgão e o valor do montante em UFIR . As informações sobre a ação judicial, no Termo de Transação, são de responsabilidade do interessado. 6. Para o caso de ex-servidor de órgão/entidade extinta, que não teve sucessor, o interessado deverá solicitar à Coordenação-Geral de Pessoal dos Órgãos Extintos-CGPOE/SRH/MP o referido pagamento, assinando o respectivo Termo, conforme o caso. 7. O pagamento será efetuado por intermédio do SIAPE, exceto os casos de servidores que não possuam cadastro no referido sistema, o órgão/entidade deverá encaminhar planilha - anexo III, deste Ofício-Circular, por intermédio de ofício a esta Secretaria, para que os valores possam ser liberados e pagos extra SIAPE. 8. Oportunamente serão expedidas informações e cronograma sobre a operacionalização do pagamento. Solicitamos seja encaminhada cópia deste Ofício-Circular aos respectivos Subsecretários de Assuntos Administrativos ou equivalentes, para conhecimento. Atenciosamente, LUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA Secretário de Recursos Humanos

OFÍCIO Nº 46/2004/COGES/SRH/MP

Brasília, 12 de março de 2004

A Sua Senhoria a Senhora RUTH MARIA DA SILVA MOURA Auditora-Chefe da Auditoria Interna do Ministério Público da União SAF Sul, Quadra 4 - Lote 03 - Bloco "B" 70.050-900 - Brasília - DF

Assunto: Tempo de serviço de cargo em comissão, sem vínculo com Administração Pública

Senhora Auditora-Chefe,

1. Refiro-me aos termos do Ofício nº 746/2003 AUDIN-MPU, de 24 de novembro

Page 165: 1.Manual Do Siapecad

165

de 2003, que consulta esta Coordenação-Geral sobre a possibilidade de considerar tempo de serviço exercido exclusivamente em cargo em comissão, sem vínculo com a Administração Pública, no cômputo do requisito 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público, conforme dispõe o inciso III, § 1º do art. 40 da CF/88, com redação dada pela EC nº 20/98.

2. Sobre o assunto esclareço que o servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado de livre nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, é segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de empregado, vedada a inclusão desse servidor no regime próprio de previdência do servidor, conforme Instrução Normativa SEAP nº 5, de 28/4/1999.

3. Dessa forma, para a aposentadoria no regime de previdência do servidor público deve ser cumprido o tempo mínimo de 10 anos de serviço público nesse regime, esclarecendo que o tempo de serviço exercido, exclusivamente, em cargo em comissão, sem vínculo efetivo com Administração Pública Federal, será contado para a aposentadoria no regime para o qual se contribui.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

Servidor ativo: SIAPE,SIAPECAD,INCGRATADI,CDANUENIO - CAACLCIND Com o cadastro do servidor todo atualizado puxar um cálculo individual de anuênio, e o sistema registrará o que existe informado no cadastro.

SIAPE,SIAPECAD,INCGRATADI,CDANUENIO - CAINANMARC . Informar o número de anuênios que esteja faltando no cadastro do servidor, informar o período a que se refere o anuênio informado.

Alterar anuênio de aposentado: Se o aposentado tiver PCA, deverá efetivar no sistema o seguinte procedimento: SIAPE,SIAPECAD,INCGRATADI,CDANUENIO – CAATCANCMA Se o aposentado tiver como informação anuênio marco. SIAPE,SIAPECAD,INCGRATADI,CDANUENIO – CAEXANMARC Se o aposentado tiver informação que não seja de marco. SIAPE,SIAPECAD,INCGRATADI,CDANUENIO - CAINANMARC Informar o quantitativo correto de anuênio. SIAPE,SIAPECAD,APOSENTADO,PROVENAPOS – CAALPROVEN Altera o quantitativo de anuênio

Page 166: 1.Manual Do Siapecad

166

TEMPO ANTERIOR DE SERVIÇO

Art. 100 É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.

Art. 101 A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

Parágrafo único. ( Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Art. 102 Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I - férias;

II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;

III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;

IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO - MP

Secretaria de Recursos Humanos

Coordenação-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Ementa: Esclarece sobre a possibilidade de averbação de tempo de serviço fictício.

Processo s/ nº Referente ao FAX recebido do DPRF

INTERESSADO : Departamento de Polícia Rodoviária Federal

ASSUNTO : Contagem de tempo de serviço em atividades periculosas

Page 167: 1.Manual Do Siapecad

167

DESPACHO

Trata o presente FAX de consulta formulada pela Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, solicitando esclarecimentos acerca da possibilidade de averbação de tempo de serviço fictício, constante de certidão emitida pelo INSS, referente a atividades insalubres, fundamentando-se em Mandado de Segurança, obtido por servidor da citada autarquia.

2. Convém, inicialmente, observar que a Administração deve precaver-se na concessão de tal aposentadoria, tendo em vista o contido no § 4º, do art. 40, da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, neste termos:

"Art. 40 omissis

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar."

3. Registramos, ainda, que segundo consta em documento apenso a consulta, a decisão judicial determinou apenas a averbação do tempo de serviço.

4. Portanto, salvo expressa determinação judicial, não cabe, na Administração Pública Federal, direta, autárquica e fundacional, conceder aposentadoria utilizando critérios diferenciados, pois com relação a esse tempo de serviço não existe norma autorizativa, devendo, como os demais tempos de serviços, ser aproveitado de forma linear para aposentadoria.

(Continuação do Despacho nº /2001-COGLE/SRH Fls. 2) 5. Em face do exposto, propomos o encaminhamento à Coordenação-Geral de Procedimentos Judiciais desta Secretaria para esclarecer o exato alcance do Mandado de Segurança mencionado na consulta, a fim de subsidiar a elaboração da resposta à consulta formulada. Brasília, 13 de julho de 2001 CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

SIAPE,SIAPECAD,TEMPOS,TAS - CAINTAS Averbar Tempo de Serviço que não conste no cadastro do servidor e tenha a Certidão de averbação expedido pelo Órgão competente. Os períodos deverão ser informados por regime.

Page 168: 1.Manual Do Siapecad

168

Deverão se averbados neste módulo os tempos exercidos em outros Poderes, Estados, Municípios, Distrito Federal, Empresas Públicas e Privadas e Autonomos AVERBAÇÃO DE GRU

Para incluir averbação de GRU - Guia de Recolhimento da União.

Servidores que se afastaram sem remuneração, deverá informar o afastamento No SIAPECAD:

SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,AFASTAMEN – CAINOCORSE

Afastamentos posteriores a 12/12/1990.

SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,AFASTAMEN – CAIFHISOCO

Para afastamentos anteriores a 12/12/1990.

No SIAPE:

SIAPE,CADSIAPE,CADASTRO,OCORFUNC - CDATAFAST

Se houver contribuição a guia de GRU deverá ser entre ao Órgão de origem do

Servidor até dia 10 de cada mês.

No retorno do afastamento do servidor deverá ser averbado este tempo:

Só haverá incidência para tempo/contribuição.

SIAPE,SIAPECAD,TEMPOS,TAS - CAINTAS

NATUREZA JURIDICA : 19 SERVICO PUBLICO FEDERAL/GRU

REGIME JURIDICO : 02 REGIME JURIDICO UNICO

TIPO ATIV. EXTERNA: 166 ATIVIDADE EXTERNA/GRU/DARF

DARF

TIPO DE INCIDENCIA PERIODO DE VIGENCIA PROPORCAO

004 APOSENTADORIA 12DEZ1990 A 1,0000 AVERBAÇÃO DE TEMPO INSALUBRE SE O SERVIDOR TEM PCA NO PERÍODO A SER AVERBADO COMO ESPECIAL EXERCIDO NO SERVIÇO PÚBLICO.

Page 169: 1.Manual Do Siapecad

169

DEVERÁ INFORMAR PRIMEIRO UM CÓDIGO DE AFASTAMENTO NO CADASTRO PARA PERMITIR COCOMITANTE UMA AVERBAÇÃO COM UM PCA. SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,AFASTAMEN - CAIFHISOCO Informar um afastamento com o código 00189 no período exercido como insalubre. Depois informar o tempo a ser sverbado através da transação: SIAPE,SIAPECAD,TEMPOS,TAS - CAINTAS NÃO PODERÁ COLOCAR CÓDIGO DE ÓRGÃO E SIM NOME DE ÓRGÃO ONDE EXERCEU O TEMPO. ----------------------------------------------------------------------------- PERIODO TRABALHADO DATA INICIO: _________ DATA FIM: 11DEZ1990 CODIGO ORGAO/EMPRESA: deixar em branco__ OU NOME: Informar o nome do órgão ou sigla _______________ TIPO DE AVERBACAO : B (B=BRUTA L=LIQUIDA) OBSERVACOES : AVERBAÇÃO TEMPO ESPECIAL______________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ PARA SEXO MASCULINO NATUREZA JURÍDICA: 16 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL REGIME JURIDICO : 01 COSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO TIPO DE ATIVIDADE EXTERNA: 168 ATIVIDADE INSALUBRE (1,4) PARA SEXO FEMININO NATUREZA JURÍDICA: 16 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL REGIME JURÍDICO : 01 COSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO TIPO DE ATIVIDADE EXTERNA: 169 ATIVIDADE INSALUBRE (1,2) SE JÁ TIVER TEMPO AVERBADO NO PERÍODO CONSULTAR: SIAPE,SIAPECAD,TEMPOS,TAS – CACOTAS DEVERÁ SER EXCLUIDO E POSTERIORMENTE INCLUIDO DE ACORDO COM AS ORIENTAÇÕES ACIMA, OS PERÍODOS ESPECIAIS DEVERÃO FICAR AVERBADO SEPARADO DO TEMPO NORMAL. SIAPE,SIAPECAD,TEMPOS,TAS – CAEXTAS SE FOR TEMPO DE ESTADO, MUNICIPIO OU DF A AVERBAÇÃO NO PERÍODO DEVERÁ SER INFORMADA SOMENTE NO TEMPO ANTERIOR DE SERVIÇO: SIAPE,SIAPECAD,TEMPOS,TAS – CAINTAS AVERBAÇÃO DO TEMPO DE MAGISTÉRIO SIAPE,SIAPECAD,TEMPOS,TAS – CAINTAS

Page 170: 1.Manual Do Siapecad

170

Deverá ser informado como Atividade Externa – 048 ATIVIDADE DE MAGISTÉRIO QUALQUER CONTRIBUIÇÃODE SERVIDOR PARA OUTROS REGIME S (RGPS E OUTROS) SOMENTE PODERÁ SER AVERBADO ATÉ A DATA DA MP 86/02 QUE FOI CONVERTIDA NA LEI 10.667/03. LICENÇA PRÊMIO ASSIDUIDADE

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990.

Art. 87. Após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a 3 (três) meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo efetivo.

§ 1° (Vetado).

§ 2° (Vetado).

Art. 88. Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:

I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão;

II - afastar-se do cargo em virtude de:

a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração;

b) licença para tratar de interesses particulares;

c) condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva;

d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.

Parágrafo único. As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de 1 (um) mês para cada falta.

Art. 89. O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade.

Art. 90. (Vetado).

SEÇÃO VII

Page 171: 1.Manual Do Siapecad

171

SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL Gabinete do Ministro INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 6 DE JULHO DE 1993 O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem a Lei nº 8.490, de 19 de novembro de 1992 e o Decreto nº 741, de 04 de fevereiro de 1993, resolve: Baixar a presente Instrução Normativa com o objetivo de orientar os órgãos de pessoal da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, integrantes do Sistema de Pessoal Civil - SIPEC, a respeito do exame de processos referentes ao cômputo de tempo de serviço de servidores públicos federais, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. I - DAS REGRAS GERAIS SOBRE A CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO 1 - Conta-se para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, prestado sob a égide das Leis n. 1.711, de 1952, e 8.112, de 1990. 2 - Para o servidor público, que em 11 de dezembro de 1990, era regido pela Consolidação das Leis do Trabalho, o tempo de serviço público federal anterior à vigência da Lei n. 8.112, de 1990, é contado para todos os efeitos legais, exceto para: I - a concessão de anuênio; II - a incorporação da gratificação de que trata o art. 62 da Lei n. 8.112, de 1990; III - o gozo de licença-prêmio> por assiduidade. 3 - Na apuração do tempo de serviço, a que se refere o art. 101 da Lei n. 8.112, de 1990, não será admitido o arredondamento para 1 (um) ano do período superior a 182 dias, em virtude de decisão judicial concessiva de liminar, proibindo tal procedimento. 4 - O período de afastamento do servidor, considerado como de efetivo exercício, é contado para todos os efeitos legais. 5 - De acordo com o art. 102, combinado com o art. 97, ambos da Lei n. 8.112, de 1990, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos do servidor, na forma que se segue: I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:

Page 172: 1.Manual Do Siapecad

172

a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrastas ou padrastos, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. IV - férias; V - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgãos ou entidades dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; VI - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República; VII - participação em programa de treinamento regularmente instituído; VIII - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento; IX - júri e outros serviços obrigatórios por lei; X - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento; XI - licença; a) à gestante, à adotante e à paternidade; b) para tratamento da própria saúde, até 2 (dois) anos; c) para o desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento; d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; e) prêmio assiduidade; f) por convocação para o serviço militar; XII - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18 da Lei n. 8.112, de 1990; XIII - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica. 6 - o tempo de serviço público federal, prestado pelo servidor amparado pelo art. 243 da Lei nº 8.112, de 1990, será contado para efeito da incorporação dos quintos, de que trata a Lei n. 6.732, de 1979, ex vi do art. 100 da Lei n. 8.112, de 1990. 7 - O servidor que exerce cargo comissionado sem vínculo com a Administração Pública Federal direta, Autárquica e Fundacional, fará jus ao cômputo desse tempo de serviço para fins de aposentadoria previdenciária (Lei n. 8.647, de 1993). 8 - O tempo de serviço prestado sob a forma de contrato de locação de serviços, de

Page 173: 1.Manual Do Siapecad

173

que trata o art. 232 da Lei n. 8.112 de 1990, não será computado para qualquer efeito no Serviço Público Federal. 9 - O tempo de serviço prestado às Forças Armadas é computado, nos termos do art. 100, da Lei nº 8.112, de 1990, para todos efeitos. 10 - Conta-se para efeito de aposentadoria o tempo de serviço de aluno-aprendiz, com vinculação empregatícia, remunerado pelos cofres públicos. 11 - O tempo de serviço retribuído mediante recibo não é contado para nenhum efeito, na Administração Pública Federal direta, Autárquica e Fundacional. 12 - Os acréscimos retributivos percebidos em razão do implemento do tempo de serviço, exigido para incorporá-lo aos proventos (anuênio, quintos, vantagem de cargo comissionado), integram, por inteiro, qualquer espécie de aposentadoria concedida ao servidor efetivo (compulsória, invalidez, voluntária integral ou proporcional ao tempo de serviço). 13 - O servidor afastado nos termos do art. 92 da Lei n. 8.112, de 1990, terá o respectivo período contado para todos efeitos, exceto para promoção por merecimento. 14 - O período de afastamento do servidor para o exterior, sem ônus para os cofres públicos, com a finalidade de estudo ou aperfeiçoamento, não será computado para qualquer efeito. 15 - Não se aplica o fator de conversão na apuração do tempo de serviço público federal, nem mesmo para o professor (1.166) ou professora (1,20) que exerceu atividade alheia ao magistério. 16 - Não será computável, para qualquer efeito, o período em que o servidor estiver afastado: a) para tratar de interesses particulares; b) em virtude de licença não remunerada por motivo de doença em pessoa da família; c) por licença para acompanhamento do cônjuge; e d) em razão do cumprimento de pena de suspensão. 17 - A penalidade de suspensão quando convertida em multa não caracteriza falta, computando-se esse tempo para todos efeitos, caso o servidor continue trabalhando. 18 - Em obediência ao que dispõe o art. 7º da Lei n. 8.162, de 1991, e à Orientação Normativa - SAF n. 43, o anuênio ou qualquer outro adicional por tempo de serviço, que vinha sendo pago ao servidor regido pela Consolidação das Leis do Trabalho até 11 de dezembro de 1990, será transformado em vantagem pessoal, nominalmente identificada.

Page 174: 1.Manual Do Siapecad

174

19 - O tempo de serviço será contado somente uma vez para cada efeito, vedada a cumulação do prestado concomitantemente. II - DA CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PARA EFEITO DE APOSENTADORIA E DISPONIBILIDADE 20 - Será contado apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade: I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal; II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com remuneração; III - a licença para atividade política, no uso do art. 86, § 2º, da Lei n. 8.112, de 1990; IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal; V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social; VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; 21 - O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para efeito de nova aposentadoria. 22 - Será contado em dobro, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra. III - DA CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PARA EFEITO DE CONCESSÃO DE <LICENÇA-PRÊMIO> 23 - Após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a 3 (três) meses de <licença-prêmio> por assiduidade, sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo. 24 - Em face do que prescreve o art. 87, da Lei n. 8.112, de 1990, o servidor efetivo que exercer cargo comissionado não fará jus à remuneração correspondente durante o período de gozo da licença. 25 - Interrompe a contagem do qüinqüênio para efeito de concessão da <licença-prêmio> por assiduidade os afastamentos do servidor em razão de: a) licença por motivo de doença em pessoa da família sem remuneração; b) licença para tratar de interesses particulares; c) condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva; d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.

Page 175: 1.Manual Do Siapecad

175

26 - Os 5 (cinco) anos de serviço, exigidos para o deferimento de <licença-prêmio> por assiduidade, nas hipóteses do item anterior, serão contados a partir do reinício do exercício, desprezado o tempo anterior do respectivo período aquisitivo. 27 - Não se concederá <licença-prêmio> por assiduidade ao servidor que, no período aquisitivo, sofrer penalidade disciplinar de suspensão, observado o disposto no item 17 antecedente. 28 - As faltas injustificadas ao serviço, apurados no período aquisitivo da <licença-prêmio>, retardarão a sua concessão na proporção de 1 (um) mês para cada dia de ausência. 29 - Nos termos da Orientação Normativa - SAF n. 38, em relação a cada qüinqüênio ininterrupto de exercício, exigido para o deferimento de <licença-prêmio> por assiduidade, anterior a 12 de dezembro de 1990, o correspondente período de 3 (três) meses será contado em dobro, para efeito de aposentadoria do servidor celetista amparado pelo art. 243 da Lei n. 8.112, de 1990, inclusive o de instituição federal de ensino, desde que licença equivalente não tenha sido usufruída. 30 - Para efeito de concessão e gozo da <licença-prêmio por assiduidade, considera-se exclusivamente o tempo de efetivo exercício, apurado de conformidade com o disposto nos arts. 15 e 102 da Lei n. 8.112, de 1990. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. ROMILDO CANHIM SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL Gabinete do Ministro INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 4, DE 3 DE MAIO DE 1994 O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere a Lei nº 8.490, de 19 de novembro de 1992 resolve: Expedir a presente Instrução Normativa (IN), destinada a esclarecer aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, integrantes do Sistema de ¹ Pessoal Civil, quanto ao procedimento a ser adotado quando da concessão da Licença-Prêmio> por Assiduidade, de que tratam os arts. 87 e 89 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. 1 - DA LICENÇA 1.1 - A <licença-prêmio> por assiduidade de que trata o art 87, do Regime Jurídico

Page 176: 1.Manual Do Siapecad

176

Único dos Servidores Públicos Civis (Lei nº 8.112/90) será concedida ao servidor que completar cinco anos ¹ ininterruptos de exercício em cargo efetivo de serviço público federal. 1.2 - O tempo de serviço para fins de concessão da <licença- prêmio> não será necessariamente prestado a um único órgão. 1.3 - Em caso de faltas injustificadas ao serviço, será retardada a concessão dessa vantagem em um mês para cada falta, nos termos do parágrafo único do art. 88, da Lei nº 8.112, de ¹ 1990. 1.4 - A suspensão, quando convertida em multa, não interrompe a contagem do quinquênio para fins de concessão de licença, a título de prêmio por assiduidade. 1.5 - O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança, quando afastado por motivo de <licença-prêmio> por assiduidade, fará jus apenas à remuneração do cargo efetivo de que seja ¹ titular (ON/SAF Nº 36). 2 - DA CONCESSÃO 2.1 - A <licença-prêmio> deverá ser gozada de uma só vez ou parceladamente, em dois ou três períodos, sendo que nenhum desses períodos poderá ser inferior a 30 (trinta) dias ¹ consecutivos. 2.2 - O servidor deverá requerer a concessão da <licença-prêmio> junto à unidade de Recursos Humanos, indicando a forma em que deseja usufruí-la. O atendimento do pedido ficará subordinado aos ¹ interesses da administração. 2.3 - Deferiada a concessão da <licença-prêmio>, o órgão de pessoal promoverá a sua publicação no Boletim de Serviço. 2.4 - Tendo direito a mais de uma <licença-prêmio>, o servidor poderá gozá-la em períodos consecutivos ou parcelados. 2.5 - Adquirido o direito de desfrutá-la nos termos do art. 116, da Lei nº 1.711, de 1952, e não tendo sido gozada in totum, fica assegurado o direito de o servidor usufruir a posteriori, o ¹ período referente aos meses restantes. 2.6 - A <licença-prêmio> não será concedida ao servidor que, no período aquisitivo (quinqüenio), houver sofrido penalidade disciplinar de suspensão, ou se for afastado do cargo, na forma ¹ estabelecida pelo inciso II, do art. 88, da Lei 8.112, de 1990.

Page 177: 1.Manual Do Siapecad

177

2.7 - À administração é vedado interromper o gozo da <licença- prêmio>, dada a inexistência de norma legal autorizativa. 3 - DO TEMPO DE SERVIÇO 3.1 - Os afastamentos previstos no art. 88, da Lei nº 8.112 de 1990, interrompem a contagem do quinquênio para efeito de <licença-prêmio> por assiduidade, reiniciada a sua contagem, com o ¹ retorno do servidor à atividade, desprezando-se o tempo anterior. 3.2 - Concedida a <licença-prêmio> e após constar dos assentamentos funcionais do servidor, a mesma poderá ser desfrutada ou ainda, aproveitado o respectivo período em dobro, ¹ para fins de aposentadoria. 3.3 - A <licença-prêmio> por assiduidade, concedida no âmbito da administração estadual ou municipal, não poderá ser aproveitada na esfera federal, porque o tempo de serviço prestado a essas ¹ entidades de direito público só é computável para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 103, da Lei nº 8.112, de 1990). 3.4 - Quanto à apuração de tempo de serviço destinado à <licença- prêmio, concernente aos servidores que até 11 de dezembro de 1990 eram regidos pela Consolidação da Leis do Trabalho-CLT, ¹ observar-se-á o que dispõe o art. 7º combinado com o art. 5º, da Lei nº 8.162, de 1991, computando-se o referido período de licença, tão-somente, para efeito de contagem em dobro, na ¹ aposentadoria. 4 - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. ROMILDO CANHIM

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse

Page 178: 1.Manual Do Siapecad

178

da administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação

profissional. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis.

(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Ofício n.º 290 /2001-COGLE/SRH

Brasília, 27 de agosto de 2001.

Senhora Coordenadora,

Em atenção à consulta transmitida por fax datado de 06/08/2001 recebido nesta Coordenação-Geral, sobre contagem de tempo para fins de concessão de licença prêmio, temos a esclarecer que cada falta injustificada retarda a concessão dessa vantagem na proporção de um mês para cada dia de falta, não importando se o servidor pretende gozar tal licença ou contá-la em dobro para aposentadoria, conforme disposto no parágrafo único do art. 88 da Lei nº 8.112/90.

2. Ainda sobre o assunto, dispõe a Instrução Normativa PR/SAF nº 4, de 03/05/1994, que assim dispõe:

" 1.3 - Em caso de faltas injustificadas ao serviço, será retardada a concessão dessa vantagem em um mês para cada falta, nos termos do parágrafo único do art. 88, da Lei nº 8.112, de 1990.

....................................................................................

3.2 - Concedida a licença-prêmio e após constar dos assentamentos funcionais do servidor, a mesma poderá ser desfrutada ou ainda, aproveitado o respectivo período em dobro, para fins de aposentadoria."

3. Pelo presente ofício ficam insubsistentes os ofícios nº 231/2001-COGLE/SRH, de 20/07/2001 e 121/2001-COGLE/SRH/MP, de 30/04/2001.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Page 179: 1.Manual Do Siapecad

179

A Sua Senhoria a Senhora

VERA LÚCIA ALVES GONÇALVES FONSECA Coordenadora-Geral de Recursos Humanos Substituta Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Brasília-DF

Ofício nº 229/COGLE-SRH

Brasília, 21 de agosto de 2000.

Senhor Coordenador,

Refiro-me ao FAX datado de 11 de agosto, de 2000, pelo qual Vossa Senhoria solicita orientação da Divisão de Análise e Orientação Consultiva - DIORC, sobre qual o procedimento a ser tomado para a concessão de Licença Prêmio por Assiduidade a servidor com ocorrência de faltas para fins disciplinares. 2. Conforme informação desse órgão, as faltas em comento não são consideradas para efetivo exercício, bem como não é computada para fins de vencimentos e tempo de serviço para aposentadoria. 3. A propósito, o art.88 da Lei n 8.112 de 11 de dezembro de 1990, assim dispõe, in verbis:

"Art.88 – Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:

I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão;

II - afastar-se do cargo em virtude de: (O N. 34/91)

a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração;

b) licença para tratar de interesses particulares;

c) condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva;

d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro. (O.N. 78/91)"

A Sua Senhoria o Senhor CELSO MARTINS SÁ PINTO Coordenador-Geral de Recursos Humanos Ministério da Fazenda Brasília - DF

Page 180: 1.Manual Do Siapecad

180

4. Ademais, mesmo não tendo conhecimento sobre qual a penalidade disciplinar sofrida pelo servidor, somos do entendimento que a partir do momento que foi interrompida a contagem do interstício, da referida vantagem, o mesmo perderá o direito de usufruir a licença prêmio. Desta forma ratificamos o entendimento citado pelo órgão. Atenciosamente, CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Ofício nº 74/2001-COGLE/SRH

Brasília, 20 de março de 2001.

Senhor Diretor,

Em atenção à consulta formulada por intermédio de E-MAIL de 9.11.2000, de interesse dessa Universidade, acerca de questionamentos sobre anuênios e licença-prêmio, temos as seguintes respostas pela ordem das dúvidas formuladas:

1. Os procedimentos que se referem ao servidor que firmar termo de transação judicial relativos a percepção de anuênios retroativamente ao tempo de celetista devem observar as orientações firmadas no Ofício- Circular SRH nº 15 de 31.5.2000, e neste aspecto convém atentar para o estabelecido no art. 8º da Medida Provisória nº 2.086-35, de 25 de janeiro de 2001:

"Art. 8º O pagamento do passivo referente ao Adicional por Tempo de Serviço, decorrente da suspensão da execução do inciso I do art. 7º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991, pela Resolução nº 35, de 1999, do Senado Federal, publicada no Diário Oficial da União de 3 de outubro de 1999, será efetivado a partir de 2001, em até dois anos, nos meses de junho e dezembro.

§ 1º Ao servidor que se encontre em litígio judicial, visando ao pagamento do Adicional de que trata o caput, é facultado receber os valores devidos pela via administrativa, firmando transação até 23 de fevereiro de 2001, a ser homologado no juízo competente.

§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto neste artigo, a Advocacia-Geral da União e as Procuradorias Jurídicas das autarquias e fundações públicas federais ficam autorizadas a celebrar transação nos processos movidos contra a União ou suas entidades."

A Sua Senhoria o Senhor

MARCO PALOMBINI Diretor da Divisão de Análise Funcional Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Porto Alegre- RS

Page 181: 1.Manual Do Siapecad

181

2. O enquadramento de servidores redistribuídos de outros órgãos e planos de cargos diversos, no PUCRCE, permitirá o recebinento dos anuênios pela IFE nos moldes autorizados pela Resolução nº 35, de 1999, do Senado Federal.

3. A condição essencial seja para que o homem ou mulher também tenham isenção da Seguridade Social é que o servidor complete o tempo para aposentadoria voluntária com proventos integrais e ainda permaneça na atividade. Esta condição está expressa no art. 4º da Lei nº 9.783, de 28 de janeiro de 1999.

4. O servidor que já integralizou 35 (trinta e cinco) anos de serviço em 16.12.98, somente poderá contar a licença- prêmio em dobro para efeito de aposentadoria se cumpriu os requisitos legais até o período de 15.10.96, quando por intermédio da Medida Provisória nº 1.522, de 11.10.96, foi instituída a licença capacitação, e portanto está amparado se já reunia todas as demais condições exigíveis na data da promulgação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998.

5. Quanto ao tempo de serviço prestado como celetista para efeito de contagem em dobro na aposentadoria que ainda não completou tempo para aposentadoria voluntária, este órgão deve considerar tal período para esse fim até a data de 15.10.96, quando foi instituída licença capacitação, considerando também o contido na Emenda Constitucional, de 1998. Assim, somente a licença- prêmio já integralizada e não usufruída, é considerada para efeito de aposentadoria, ao teor do contido no Parecer MP/CONJUR/IC/Nº 2721/2000.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

OFÍCIO Nº 36/2002/COGLE/SRH/MP

Brasília, 13 de março de 2002.

Senhor Coordenador-Geral,

Em atenção à consulta formulada por intermédio de FAX recebido nesta Coordenação-Geral em 25.02.2002, acerca do pagamento da licença-prêmio em pecúnia a servidor aposentado, que não usufruiu da contagem em dobro para integralizar o tempo para aposentadoria integral, temos a informar que não existe amparo para o pagamento como solicitado, haja vista que esse acerto de contas só poderia ter sido efetuado caso o servidor falecesse em atividade. 2. A decisão judicial do Superior Tribunal de Justiça trazida a colação por Vossa Senhoria é clara ao mencionar que o acerto de contas deve se dar no momento

Page 182: 1.Manual Do Siapecad

182

da aposentação, e não quando o servidor já está desligado do órgão. No entanto, as decisões só produzem efeitos para as partes constantes do processo Atenciosamente, CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

Ofício-Circular nº 48 /SRH/MP

Brasília, 21 de agosto de 2001.

Aos Dirigentes de Recursos Humanos dos Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

Considerando o expressivo número de consultas formuladas a esta Secretaria de Recursos Humanos, relativas à conversão da licença-prêmio não usufruída em pecúnia no caso de falecimento do servidor em exercício, vimos esclarecer que as áreas de Recursos Humanos dos órgãos e entidades integrantes do SIPEC deverão, de ofício, converter em pecúnia os períodos de licença-prêmio não gozados pelos servidores falecidos na atividade, adquiridos na forma da Lei nº 8.112/90, até 15 de outubro de 1996, como determina o art. 7º da Lei nº 9.527, de 10/12/1997, e efetuar o pagamento aos beneficiários cadastrados para percepção de pensão.

LUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA Secretário de Recursos Humanos

ORIENTAÇÃO NORMATIVA/DENOR Nº 1, DE 8/4/1999.

Licença-prêmio por assiduidade e disponibilidade. O tempo residual> de serviço público federal anterior ao período em que o servidor permanecer em disponibilidade não deve ser computado para concessão de licença-prêmio por assiduidade, por estar caracterizada a interrupção do efetivo exercício. Do mesmo modo, o período em que o servidor permanecer em disponibilidade não pode ser computado para concessão dessa licença, por não ser considerado como de efetivo exercício. Presente Orientação Normativa visa esclarecer aos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC sobre o cômputo do tempo de serviço exercido anteriormente à disponibilidade, bem como o tempo em que o servidor permanecer em disponibilidade, para fins de concessão de licença-prêmio por assiduidade. 2. Releva destacar, inicialmente, que a Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997, introduziu no regime jurídico dos servidores públicos, de que trata a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, no que concerne a concessão da licença-prêmio por assiduidade, as seguintes modificações:

Page 183: 1.Manual Do Siapecad

183

a) extinguiu a licença-prêmio por assiduidade e instituiu a licença para capacitação (nova redação dada ao art. 87 da Lei nº 8.112, de 1990, pelo art. 1º da Lei nº 9.527, de 1997); b) revogou expressamente os arts. 88 e 89, da Lei nº 8.112, de 1990, que estabeleciam regras de concessão da licença-prêmio por assiduidade ( art. 18 da Lei nº 9.527, de 1997); c) assegurou aos servidores públicos o direito a concessão dos períodos de licença-prêmio, adquiridos até 15 de outubro de 1996, de acordo com as regras até então estabelecidas pelos arts. 88 e 89, da Lei nº 8.112, de 1990, referidos na alínea anterior. 3. O art. 87 da Lei nº 8.112, de 1990, na sua redação original, previa que após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício, o servidor faria jus a três meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo efetivo. 4. O conceito legal de exercício corresponde ao efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança, conforme dispõe o art. 15 da Lei nº 8.112, de 1990, com a redação dada pela Lei nº 9.527, de 1997. 5. A disponibilidade remunerada com proventos integrais ( §§ 2º e 3º do art. 41 da Constituição de 1988, em sua redação original) e proporcionais (§§ 2º e 3º do art. 41 da Constituição, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, publicada em 5 seguinte), se caracteriza pela ausência de efetivo desempenho das atribuições do cargo.

6. Com efeito, o <tempo residual de serviço público federal anterior à disponibilidade não deve ser computado para fins de concessão de licença-prêmio por assiduidade, em virtude da interrupção do efetivo exercício, bem como o tempo de serviço em que permanecer em disponibilidade não deve ser computado para concessão dessa licença, por não ser considerado como de efetivo exercício.

OTÁVIO CORRÊA PAES Técnico em Assuntos Educacionais LOURDES ELIZABETH BRAGA DE ARAUJO

Chefe da Divisão de Análise e Orientação Consultiva PAULO APARECIDO DA SILVA

Coordenador-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação RICARDO DA SILVA SOUZA Diretor do Departamento de Normas

Page 184: 1.Manual Do Siapecad

184

9974OAB-DF D.O.U., 09/04/99

ART. 88, LEI 8.112/90 (Redação Anterior) Art. 88. Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo: I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão; II - afastar-se do cargo em virtude de: a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração; b) licença para tratar de interesses particulares; c) condenação a pena privativa de liberdade por sentença definitiva; d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro. Parágrafo único. As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de 1 (um) mês para cada falta. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

Da Licença para Capacitação

(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 88. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 89. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 90. (VETADO).

OFÍCIO Nº 238/2004/COGES/SRH/MP

Page 185: 1.Manual Do Siapecad

185

Brasília, 13 de outubro de 2004

A Sua Senhoria o Senhor AIRTON BUENO JÚNIOR Procurador-Geral Adjunto da Fazenda Nacional Ministério da Fazenda 70048-900 Brasília-DF

Assunto: Licença para capacitação

Senhor Procurador,

Refere-se o presente ofício à consulta encaminhada por meio do Ofício nº 1024/PGFN/PGA, de 16/07/2004, que originou o Processo nº 03090.001188/2004-71, analisado pela Consultoria Jurídica deste Ministério.

A CONJUR/MP se manifestou por meio do PARECER/MP/CONJUR/RA/Nº 1217-2.6/2004, que entendeu ser possível a concessão de licença para capacitação ao servidor para fins de elaboração de dissertação de mestrado ou tese de doutorado.

Dessa forma, em que pese a argumentação apresentada por esta Coordenação constante dos Ofícios nº 116/2001 e 95/2004/COGES/SRH/MP, cópias anexas, entende esta Secretaria que deve ser adotado o entendimento da douta CONJUR/MP, motivo pelo qual o referido ofício fica insubsistente.

Atenciosamente,

VÂNIA PRISCA DIAS SANTIAGO CLETO Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Secretaria de Recursos Humanos

A Sua Senhoria o Senhor AUGUSTO SÉRGIO DO ESPÍRITO SANTO Coordenador-Geral de Logística e Administração Ministério do Trabalho e Emprego Brasília-DF

Page 186: 1.Manual Do Siapecad

186

Da Licença para Capacitação

Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, (***não se fala em ininterruptos) o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis.

Dec. 2794 - 98

DECRETO Nº 2.794, DE 1º DE OUTUBRO DE 1998 Institui a Política Nacional de Capacitação dos Servidores para a Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 87 e 95 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DECRETA: Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Capacitação dos Servidores públicos federais, a ser implementada pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, com as seguintes finalidades: I - melhoria da eficiência do serviço público e da qualidade dos serviços prestados ao cidadão; II - valorização do servidor público, por meio de sua capacitação permanente; III - adequação do quadro de servidores aos novos perfis profissionais requeridos no setor público; IV - divulgação e controle de resultados das ações de capacitação;

V - racionalização e efetividade dos gastos com capacitação. Art. 2º Para fins deste Decreto, são consideradas ações de capacitação: cursos presenciais e à distância, treinamentos em serviço, grupos formais de estudos, intercâmbios ou estágios, seminários, congressos, desde que contribuam para a atualização profissional e o desenvolvimento do servidor e que se coadunem com as necessidades institucionais dos órgãos e das entidades.

Page 187: 1.Manual Do Siapecad

187

Art. 3º São diretrizes da Política Nacional de Capacitação dos Servidores: I - tornar o servidor público agente de sua própria capacitação, nas áreas de interesse do respectivo órgão ou entidade; II - possibilitar o acesso dos servidores a ações de capacitação, oferecendo, anualmente, pelo menos uma oportunidade de capacitação a cada servidor, otimizando os recursos orçamentários disponíveis; III - priorizar as ações internas de capacitação, que aproveitem habilidades e conhecimentos de servidores da própria instituição, e programas de educação continuada que contemplem eventos de curta duração; IV - incluir, entre os requisitos para a promoção nas carreiras da Administração Pública Federal, atividades de capacitação do servidor; V - utilizar a avaliação de desempenho e a capacitação como ações entre si complementares; VI - oferecer oportunidades de requalificação aos servidores redistribuídos; VII - avaliar permanentemente os resultados advindos das ações de capacitação; VIII - implantar o controle gerencial dos gastos com capacitação. Art. 4º São instrumentos da Política Nacional de Capacitação dos Servidores: I - diretrizes bienais das ações de capacitação; II - valores de referência de custo por hora, por treinando; III - Planos Anuais de Capacitação; IV - Relatórios de Execução dos Planos Anuais de Capacitação; V - sistema de acompanhamento e informações gerenciais. § 1º As diretrizes bienais deverão indicar as orientações estratégicas, os conteúdos prioritários e os respectivos públicos-alvo relativos às ações de capacitação para o período a que se referem, levando em consideração os resultados alcançados no período anterior e os almejados para o subseqüente. § 2º Os valores de referência de custo serão os balizadores dos gastos com capacitação por hora, por treinando, de acordo com a natureza das ações implementadas, e serão calculados a partir de levantamento dos preços praticados em ações de capacitação por entidades públicas ou privadas.

Page 188: 1.Manual Do Siapecad

188

§ 3º Os Planos Anuais de Capacitação, a serem encaminhados ao Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado pelos órgãos e pelas entidades, observarão as orientações da Comissão Interministerial de Capacitação e definirão as metas a serem alcançadas em consonância com os resultados institucionais esperados, as quais deverão contemplar: I - ações de capacitação direcionadas aos públicos-alvo e ao atendimento dos conteúdos prioritários, indicados na forma do § 1º deste artigo; II - ações de capacitação direcionadas ao atendimento das necessidades específicas do órgão ou da entidade, aí incluídos o curso de formação inicial para as carreiras e a pós-graduação. § 4º Para cada ação de capacitação prevista no Plano Anual de Capacitação deverá ser explicitado: I - o universo de servidores aos quais se destina; II - o percentual de servidores, dentre o universo definido na forma do inciso anterior, que será atendido anualmente; III - a carga horária; IV - a estimativa de custos; V - os indicadores relativos aos resultados institucionais esperados em decorrência da implementação das ações de capacitação. § 5° Os Relatórios de Execução dos Planos Anuais de Capacitação, destinados a possibilitar o controle gerencial das ações de capacitação, incluirão os resultados obtidos no cumprimento das metas propostas com base nas informações definidas no parágrafo anterior. § 6º O sistema de acompanhamento e informações gerenciais, tendo por fonte de dados o Relatório de Execução, contemplará conjunto de indicadores que permita a avaliação permanente da Política Nacional de Capacitação, a publicidade das ações e os resultados dela decorrentes, bem como a atualização no cadastro funcional de cada servidor dos dados referentes à participação em ações de capacitação. Art. 5° Fica criada a Comissão Interministerial de Capacitação, composta por um representante de cada Ministério a seguir descrito, indicados pelos respectivos titulares: I - da Administração Federal e Reforma do Estado, que a presidirá; II - da Fazenda;

Page 189: 1.Manual Do Siapecad

189

III - do Planejamento e Orçamento; IV - da Educação e do Desporto; V - do Trabalho. § 1° Integram também a Comissão Interministerial de Capacitação um representante das unidades de recursos humanos dos órgãos e das entidades e um das escolas de governo federal responsáveis pela formação e capacitação de servidores públicos, escolhidos pelo Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado. § 2° Os membros da Comissão Interministerial de Cap acitação serão designados pelo Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado. § 3º A Comissão Interministerial de Capacitação contará com o apoio técnico e administrativo do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. Art. 6º A Comissão a que se refere o artigo anterior terá as seguintes atribuições: I - fixar o cronograma de execução da Política Nacional de Capacitação e as diretrizes bienais das ações de capacitação; II - definir a cada biênio o percentual mínimo a ser observado pelos órgãos e pelas entidades, na forma do art. 8º; III - fornecer ao Ministério do Planejamento e Orçamento subsídios técnicos e informações sobre as ações de capacitação realizadas pelos órgãos e pelas entidades federais, com vistas à consolidação da proposta orçamentária da União; IV - avaliar os resultados da implementação da Política Nacional de Capacitação e propor os ajustes necessários; V - fornecer subsídios ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo para avaliação da gestão dos órgãos e das entidades quanto ao atendimento às diretrizes da Política Nacional de Capacitação e ao cumprimento das metas propostas nos Planos Anuais de Capacitação. Parágrafo único. No exercício das atribuições de que trata o inciso I, a Comissão Interministerial de Capacitação ouvirá os órgãos centrais dos sistemas da Administração Pública Federal, bem como os responsáveis por capacitação dos órgãos e das entidades, podendo ouvir também as entidades representativas dos servidores públicos federais. Art. 7º Na implementação da Política Nacional de Capacitação, o Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado deverá:

Page 190: 1.Manual Do Siapecad

190

I - estabelecer e publicar valores de referência de custo por hora, por treinando; II - promover a disseminação da Política Nacional de Capacitação junto aos dirigentes dos órgãos e das entidades, aos titulares das unidades de recursos humanos, aos responsáveis pela capacitação, aos servidores públicos federais e às suas entidades representativas; III - elaborar e divulgar sínteses e estatísticas sobre os resultados alcançados e as despesas efetuadas com capacitação, bem como encaminhá-las à Comissão Interministerial de Capacitação; IV - orientar os órgãos e as entidades na elaboração do Plano Anual de Capacitação; V - promover ações de formação de multiplicadores para os conteúdos prioritários definidos pela Comissão Interministerial de Capacitação; VI - criar mecanismos de incentivo à atuação de servidores dos órgãos e das entidades como facilitadores, instrutores e multiplicadores em ações de capacitação e de apoio às iniciativas de crescimento profissional do servidor; VII - desenvolver e manter atualizado o sistema de acompanhamento e informações gerenciais. Art. 8º Do total de recursos orçamentários aprovados e destinados à capacitação, os órgãos e as entidades devem reservar, no mínimo, o percentual fixado a cada biênio pela Comissão Interministerial de Capacitação para atendimento aos públicos-alvo e a conteúdos prioritários, ficando o restante para atendimento das necessidades específicas. Art. 9º A média dos gastos anuais efetuados por hora, por treinando, de acordo com a natureza das ações de capacitação, não poderá ultrapassar os valores de referência de custo estabelecido pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. Parágrafo único. O limite de que trata este artigo só se aplica às ações de capacitação custeadas pelos órgãos e pelas entidades, nele não se incluindo os financiamentos por intermédio de bolsas ou quaisquer outras formas de custeio. Art. 10. Considera-se treinamento regularmente instituído qualquer ação de capacitação contemplada no art. 2º deste Decreto, cuja temática esteja contida no Plano Anual de Capacitação do respectivo órgão ou entidade. § 1º Só serão autorizados afastamentos para treinamento regularmente instituído quando a ação de capacitação objeto do afastamento estiver contemplada no Plano e o horário destinado à participação do servidor inviabilizar o cumprimento da

Page 191: 1.Manual Do Siapecad

191

jornada semanal de trabalho. § 2º Aos afastamentos no País aplica-se o disposto no art. 1º do Decreto nº 91.800, de 18 de outubro de 1985. § 3º Quando os afastamentos envolverem concessão de bolsa por agências de fomento ou organismos nacionais ou internacionais, prevalecerão, quanto ao ônus, as normas daquelas agências e organismos. § 4º O prazo de afastamento a ser autorizado será de até vinte e quatro meses, para mestrado, de até quarenta e oito meses para doutorado, de até doze meses para pós-doutorado e especialização e de até seis meses para intercâmbio ou estágio. Art. 11. As despesas com as ações de capacitação de que trata o § 4º do artigo anterior não excederão a quinze por cento dos recursos destinados no orçamento dos órgãos e das entidades às ações de capacitação, aí computados a remuneração paga ao servidor e o custeio do curso, intercâmbio ou estágio quando pagos pelo órgão ou pela entidade do servidor. Parágrafo único. O limite de que trata este artigo não se aplica às ações de capacitação destinadas aos professores de instituições federais de ensino e aos integrantes das carreiras de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da área de Ciência e Tecnologia. Art. 12. Os órgãos e as entidades poderão, respeitado o montante de recursos orçamentários aprovados e destinados à capacitação, substituir ou alterar as ações previstas nos respectivos Planos até o limite de trinta por cento dos recursos destinados ao atendimento das suas necessidades específicas. Art. 13. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá solicitar ao dirigente máximo do órgão ou da entidade em que se encontre em exercício licença remunerada, por até três meses, para participar de ação de capacitação, cuja concessão se condiciona ao planejamento interno da unidade organizacional, à oportunidade do afastamento e à relevância do curso para a instituição. § 1º A licença para capacitação poderá ser parcelada, não podendo a menor parcela ser inferior a cinco dias. § 2º A Administração Pública Federal poderá custear a participação do servidor em ações de capacitação durante a licença a que se refere o caput deste artigo, limitado este custeio a cento e setenta e seis unidades de valor de referência de custo a cada qüinqüênio, de acordo com a natureza das ações realizadas, desde que incluídas no Plano Anual de Capacitação. Art. 14. No biênio 1999-2000, as atribuições da Comissão Interministerial de Capacitação referidas no art. 6º deste Decreto serão exercidas pelo Ministério da

Page 192: 1.Manual Do Siapecad

192

Administração Federal e Reforma do Estado, a quem compete expedir instruções específicas para o cumprimento do disposto neste artigo. Art. 15. O não-cumprimento das metas estabelecidas nos Planos Anuais de Capacitação poderá implicar revisão da proposta orçamentária, nas rubricas da subatividade Capacitação de Recursos Humanos, para o exercício subseqüente. Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 17. Revoga-se o Decreto nº 2.029, de 11 de outubro de 1996. Brasília, 1º de outubro de 1998; 177º da Independência e 110º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Claudia Maria Costin

Licença para Capacitação Definição:

Licença concedida ao servidor após cada quinqüênio de efetivo exercício, a fim de que o mesmo possa afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de programas de desenvolvimento profissional, desde que os objetivos se coadunem com as necessidades institucionais.

Documentação Necessária para instruir o processo:

1. Requerimento do servidor, contendo a data a partir da qual é solicitada a licença, o período a ser gozado, bem como justificativa da solicitação.

2. Rol atualizado das atividades do servidor, com encaminhamento da chefia imediata.

3. Parecer da chefia imediata, com encaminhamento da direção da Unidade/Órgão.

4. Documento de aceite da instituição promotora, se houver.

5. Programa do evento de capacitação solicitado, traduzido caso não seja apresentado na língua portuguesa.

Informações Gerais:

1. A licença para capacitação poderá ser parcelada, não podendo a menor parcela ser inferior a cinco dias.

2. Os períodos de licença para capacitação não são acumuláveis.

Page 193: 1.Manual Do Siapecad

193

3. Fica resguardado o direito ao cômputo do tempo de serviço residual, existente em 15/10/96, não utilizado da licença especial e/ou licença-prêmio por assiduidade, para efeitos da licença para capacitação.

4. Ao receber o processo para ciência, o solicitante deverá conservá-lo na Unidade/Órgão para, após o término da atividade de qualificação, anexar comprovante de freqüência e/ou certificado de conclusão, com visto da chefia imediata, e encaminhá-lo ao Departamento de Desenvolvimento de recursos Humanos/DDRH - Pró-Reitoria de Recursos Humanos.

5. No caso de interrupção por licenças ou outros motivos que impossibilitem a continuidade da licença para capacitação, o servidor deverá notificar, através do processo de solicitação, à chefia imediata. Este deverá ser encaminhado pela direção da Unidade/Órgão à Pró-Reitoria de Recursos humanos para as devidas providências.

Doc. Retirado da UFRGS Ofício nº 549/98-COGLE-DENOR-SRH-MARE Brasília, 27 de outubro de 1998. Senhor Coordenador-Geral, Em resposta ao FAX transmitido em 22.10.98, no qual V. Sa. consulta acerca da viabilidade de ser autorizado o afastamento de servidores ocupantes de cargos de nível médio/intermediário para participarem de cursos de pós-graduação, com ônus para esse órgão, temos a esclarecer que o art. 10, §§ 1º e 4º do Decreto n.º 2.794, de 01/10/98, estabelece: "Art. 10. Considera-se treinamento regularmente instituído qualquer ação de capacitação contemplada no art. 2º deste Decreto, cuja temática esteja contida no Plano Anual de Capacitação do respectivo órgão ou entidade. § 1º Só serão autorizados afastamentos para treinamento regularmente instituído quando a ação de capacitação objeto do afastamento estiver contemplada no Plano e o horário destinado à participação do servidor inviabilizar o cumprimento da jornada semanal. ................................................................................................... § 4º O prazo de afastamento a ser autorizado será de até vinte e quatro meses para mestrado, de até quarenta e oito meses para doutorado, de até doze meses para pós-doutorado e especialização e até seis meses para intercâmbio ou estágio." Existe, ainda, a previsão de que para cada ação de capacitação prevista no Plano Anual de Capacitação deverão ser explicitados os indicadores relativos aos resultados institucionais esperados em decorrência da implementação das ações de capacitação ( art. 4º, § 4º, inciso V), visto que somente são consideradas ações de capacitação aquelas que contribuam para a atualização profissional e o desenvolvimento do servidor e que se coadunem com as necessidades institucionais

Page 194: 1.Manual Do Siapecad

194

dos órgãos e entidades (art. 20). Em assim sendo, afigura-se-nos inviável o afastamento do servidor de nível médio/intermediário para curso de pós-graduação sem evidenciar um desvio de função, face às exigências legais acima mencionadas que devem ser atendidas para liberação. Atenciosamente, PAULO APARECIDO DA SILVA Coordenador - Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A sua Senhoria o Senhor Pedro Raimundo da Silva Coordenador-Geral de Recursos Humanos do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal NORMA INTERNA MP/SE/Nº 01 , DE 13 DE AGOSTO DE 2001. Dispõe sobre a Política de Capacitação dos Servidores Públicos em exercício no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O SECRETÁRIO EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso da competência que lhe confere o art. 4º do Anexo I ao Decreto nº 3.224, de 28 de outubro de 1999, e tendo em vista o disposto no Decreto no 2.794, de 1o de outubro de 1998, resolve: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Norma Interna - NI regulamenta a Política de Capacitação e o acesso dos servidores em exercício nos órgãos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP a eventos voltados à ampliação do campo cognitivo, ao aprimoramento das atitudes e ao desenvolvimento de habilidades. Art. 2º Cada órgão do MP indicará um servidor para atuar como Agente de Capacitação, conforme o art. 37 desta Norma. Art. 3º A participação de servidor em evento da capacitação poderá ocorrer: I. com ônus, quando implicar na concessão, total ou parcial, de inscrições, de passagens, diárias ou outras taxas, assegurados ao servidor o vencimento e demais vantagens do cargo ou função; II. com ônus limitado, quando implicar apenas na manutenção do vencimento e demais vantagens do cargo ou função;

Page 195: 1.Manual Do Siapecad

195

III. sem ônus, quando não acarretar qualquer despesa para o MP, seja de vencimento ou demais vantagens. CAPÍTULO II DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO E DURAÇÃO DOS EVENTOS Art. 4º A capacitação e o desenvolvimento de recursos humanos do MP compreende as seguintes áreas de conhecimento: I. finalístico - visa atender as necessidades de formação e qualificação técnica, fornecendo ao servidor conhecimentos e propiciando o desenvolvimento de habilidades imprescindíveis ao adequado desempenho das tarefas típicas de sua área de atuação; II. básico/complementar - visa proporcionar ao servidor aperfeiçoamento no uso de ferramentas tecnológicas e conhecimentos básicos ou complementares aos finalísticos. São conhecimentos que, em geral, permeiam toda a organização e dão suporte à execução das funções técnicas sem caracterizar-se como tal; III. desenvolvimento gerencial - objetiva desenvolver habilidades necessárias ao desempenho da função gerencial. ; IV. institucional - visa aprimorar os conhecimentos sobre a instituição por meio da multiplicação de idéias, propostas e experiências inovadoras no contexto econômico, social e administrativo, num enfoque sistêmico. Art. 5º Os eventos de capacitação são classificados como de curta, média ou longa duração: I. curta duração: cursos internos ou externos, congressos, fóruns, seminários, e outros que resultem na capacitação, aperfeiçoamento e atualização de conhecimentos, visando o crescimento profissional e pessoal, com carga horária inferior a 88 (oitenta e oito) horas; II. média duração: cursos internos ou externos, programas de educação continuada, ensino à distância, e outros que resultem na capacitação, aperfeiçoamento e atualização de conhecimentos, visando o crescimento profissional e pessoal, com carga horária superior a 88 (oitenta e oito) horas e inferior a 360 (trezentos e sessenta) horas; III. longa duração: cursos com carga horária igual ou superior a 360 (trezentos e sessenta) horas, que objetivem complementar a formação e aprofundar os conhecimentos específicos pertinentes às áreas de interesse do MP. Art. 6º No âmbito dos campos de conhecimento, destacam-se as seguintes áreas de concentração: I. planejamento; II. orçamento; III. gestão pública; IV. recursos humanos

Page 196: 1.Manual Do Siapecad

196

V. finanças públicas; VI. contabilidade; VII. políticas públicas e governo; VIII. relações internacionais IX. tecnologia da informação X. administração; XI. direito; XII. economia; XIII. estatística XIV. idiomas nacional e estrangeiros. CAPÍTULO III DOS CRITÉRIOS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO ANUAL DE CAPACITAÇÃO Art. 7° É facultado aos órgãos do MP a elaboração d e um Plano de Capacitação Específico - PCE que integrará o Plano Anual de Capacitação - PAC do Ministério, observadas as disposições desta Norma. Art. 8º Para elaboração do PAC e sua aprovação, deverão ser observados os seguintes critérios: I. a pertinência do tema, objeto do evento, com as atividades desempenhadas pelo servidor ou adequação às necessidades do mesmo para o MP; II. a relevância do evento para a atualização profissional e o desenvolvimento do servidor. § 1° A participação em eventos de capacitação não c ontemplados no PAC fica condicionada a aprovação pela Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração - SPOA e homologação do Secretário-Executivo. § 2° Na escolha dos eventos que integrarão o PAC, d everá ser dada preferência aos realizados na cidade de exercício do servidor . § 3° Será evitada, sempre que possível, a indicação do mesmo servidor para participar em evento de natureza similar a que já tenha participado, pelo período de 1 (um) ano. Art. 9° Poderão participar de evento de capacitação , os servidores que satisfaçam aos seguintes requisitos: I. estar em exercício nos órgãos do MP; II. preencher os quesitos exigidos na programação do evento; III. no caso de habilitação para curso de longa duração, ter cumprido no MP, período de exercício superior ao de sua última participação em evento de capacitação, contado a partir do término do mesmo; IV. ter concluído regularmente o último evento de capacitação, ressalvados os afastamentos previstos em lei e convocações da administração; V. apresentar todas as informações necessárias à realização da inscrição no evento.

Page 197: 1.Manual Do Siapecad

197

Art. 10. A participação de servidor em curso de pós-graduação lato e stricto sensu deve atender também os seguintes requisitos, além dos mencionados no art. 9° desta Norma: I. ser ocupante de cargo efetivo dos quadros de pessoal da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional; II. ter sido aprovado em processo seletivo, quando exigido pela instituição promotora do evento; III. na modalidade stricto sensu, ter concluído o período de estágio probatório; IV. na modalidade lato sensu ter concluído o período de estágio probatório, ressalvados os casos que lhe possibilitem cumprir a carga horária mensal de trabalho; V. encontrar-se em efetivo exercício no MP há pelo menos 1 (um) ano para participação em cursos da modalidade lato sensu e 2 (dois) anos para a modalidade stricto sensu. § 1º Servidores ocupantes de cargo cujo exercício é descentralizado, quando em exercício no MP, poderão ser dispensados pela Secretaria Executiva do cumprimento do item V deste artigo. § 2º Na hipótese de servidor requisitado deverá também encontrar-se em efetivo exercício no MP há pelo menos 2 (dois) anos, para a modalidade de pós-graduação. § 3º Servidores ocupantes de cargo em comissão somente poderão participar de cursos de pós-graduação, em horário compatível com o exercício da função. § 4º Poderá ser destinado o percentual de até 25% (vinte e cinco por cento) das vagas oferecidas para cursos de pós-graduação, de que trata o inciso III do art. 34 desta Norma, para servidores requisitados, que atendam às disposições contidas no § 1° deste artigo. § 5º A liberação de servidores cujo exercício é descentralizado, quando em exercício fora do MP, só ocorrerá com ônus limitado. § 6º No caso da liberação de que trata o parágrafo anterior, e apenas para efeito do limite estabelecido no art. 11 do Decreto nº 2.794/98, a parcela referente a remuneração do servidor será computada no orçamento do órgão ou entidade de exercício. Art. 11. A participação de servidor não ocupante de cargo efetivo da Administração Pública Federal em cursos no exterior de curta duração, inclusive oferecidos por organismos internacionais, e em qualquer evento de média ou longa duração, fica condicionada à autorização do Senhor Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. CAPÍTULO IV DA EXECUÇÃO DO PLANO ANUAL DE CAPACITAÇÃO Seção I

Page 198: 1.Manual Do Siapecad

198

Da Indicação e Solicitação de Participação em Eventos Art. 12. A solicitação para a participação do servidor em eventos de capacitação deverá ser efetuada, por meio do preenchimento completo do formulário Indicação para Participação em Evento, Anexo I desta Norma, devidamente assinado pelo servidor, pelo Agente de Capacitação, pela chefia imediata e pelo titular do órgão ou autoridade competente. § 1º O encaminhamento da solicitação à COCAC deverá ser feita, obrigatoriamente, pelo Agente de Capacitação, observados os requisitos desta Norma. § 2º O campo “Justificativa para participação” do anexo I, deverá conter: I. a pertinência do conteúdo programático com as atividades desenvolvidas pelo servidor, estabelecendo vínculo com metas e objetivos institucionais; II. oportunidades de melhoria no processo de trabalho após a participação. § 3º Deverá ser anexado ao formulário, o programa divulgado pela entidade promotora do evento solicitado. Art. 13. Os prazos mínimos para o encaminhamento da solicitação à COCAC, contados da entrada da documentação naquela Coordenação, serão, em relação à data do início do evento, de: I. 10 (dez) dias úteis, para evento de curta duração; II. 20 (vinte) dias úteis, para evento de média ou longa duração, excetuados os de pósgraduação, que terão prazo de 30 (trinta) dias úteis. Parágrafo único. Para evento no exterior, os prazos serão ajustados às exigências estabelecidas pela legislação em vigor e aos requisitos das instituições responsáveis por sua execução. Seção II Dos Cursos de Pós-Graduação Art. 14. A solicitação para participação em eventos de pós-graduação, observado o PAC, deverá ser requerida pelo dirigente do órgão de exercício do servidor, mediante o preenchimento do formulário próprio, anexo II desta Norma, e encaminhamento dos seguintes documentos: I. termo de compromisso assinado, no caso de stricto sensu, conforme anexo IV desta Norma; II. comprovação de sua aceitação ou documento equivalente, pela entidade promotora, se possível; III. declaração do valor da bolsa, se houver; IV. curriculum vitae atualizado; V. conteúdo programático.

Page 199: 1.Manual Do Siapecad

199

Parágrafo único. Quando do preenchimento do campo “Justificativa para participação” do anexo II, deverão ser observadas as disposições contidas no §2º do art.12. Art. 15. A participação do servidor nestas modalidades ficará condicionada a aprovação da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração e homologação do Secretário-Executivo. Art. 16. A realização do curso de pós-graduação, será acompanhado pelo Agente de Capacitação da unidade que indicou o servidor, mediante comprovação de freqüência, correspondências ou histórico escolar. Art. 17. Considerar-se-á concluído o curso, após a entrega, pela instituição promotora do evento, do diploma ou, na falta deste, do certificado ou declaração de sua conclusão. Art. 18. Após a conclusão do curso de mestrado ou doutorado, o servidor entregará à COCAC, no prazo de 60 dias, os seguintes documentos: I. curriculum vitae atualizado, datado e assinado; II. diploma, certificado ou declaração de conclusão do curso; III. histórico escolar; IV. 1 (um) exemplar encadernado da dissertação ou tese, que comporá o acervo da Biblioteca do MP; V. resumo executivo da tese, para fins de divulgação interna. Art. 19. No caso de pós-doutorado, o servidor deverá entregar à COCAC, no prazo de 60 dias após o retorno ao serviço, os seguintes documentos: I. certificado ou atestado emitido pela instituição onde foi realizado o programa, especificando as pesquisas ou estudos realizados e o período concernente; II. relatório das atividades desenvolvidas. Seção III Dos Cursos de Idioma Estrangeiro Art. 20. Fica limitado a 5% (cinco por cento) do quantitativo do quadro de pessoal do MP o universo de servidores que poderá participar de cursos de idioma estrangeiro, patrocinados por este Ministério, cabendo somente ao Secretário-Executivo a alteração deste percentual. Art. 21. Os cursos de idioma estrangeiro contemplarão, preferencialmente, inglês e espanhol. Parágrafo único. O MP fará o credenciamento das escolas que atenderem aos requisitos que serão definidos pela COCAC e aprovados pela SPOA. Art. 22. Poderão participar os servidores que atendam aos seguintes quesitos, além dos constantes do art. 9º: I. ser ocupante de cargo efetivo dos quadros de pessoal da Administração Federal direta, autárquica e fundacional;

Page 200: 1.Manual Do Siapecad

200

II. na hipótese de servidor requisitado, encontrar-se em efetivo exercício no MP há pelo menos 1 (um) ano. Art. 23. A solicitação para participação em cursos de idioma estrangeiro deverá ser feita semestralmente e seguirá as disposições contidas nos arts. 12 e 13 desta Norma e mediante assinatura do Termo de Compromisso (Anexo V). Parágrafo único. O servidor deverá optar por uma das escolas credenciadas pelo MP, por meio de Termo de Credenciamento firmado pelo MP e pela instituição promotora (Anexo VI). Art. 24. O MP arcará com parte do valor da mensalidade, ficando o restante a cargo do participante. Parágrafo único. O valor a ser pago pelo MP será definido, anualmente, pelo Secretário- Executivo, levando-se em conta as diretrizes gerais de capacitação e a disponibilidade orçamentária. Art. 25. Em caso de reprovação ou desistência, o beneficiário restituirá ao MP toda a importância investida no semestre ou módulo em que tenha ocorrido a interrupção. Art. 26. A continuidade do benefício dependerá da freqüência e aproveitamento do treinando, consoante a média estabelecida pela Escola de Idiomas. CAPÍTULO V DA DESISTÊNCIA, REPROVAÇÃO E SANÇÕES Art. 27. A desistência do servidor, após efetuada a sua inscrição, deverá ser comunicada à COCAC, por escrito, pelo Agente de Capacitação do órgão com antecedência mínima de 2 (dois) dias úteis da data do início do evento. Art. 28. O servidor não participará de eventos de capacitação pelo período de 6 (seis) meses ou por igual período do evento, o que for maior, nos seguintes casos: I. desistência injustificada após o início do evento; II. freqüência inferior à estabelecida para aprovação no evento; III. inobservância do art. 27 desta Norma; IV. desqualificação por aproveitamento insatisfatório em processo de avaliação. Parágrafo único. O período definido no caput deste artigo será contado a partir da data do término do evento. Art. 29. O abandono do evento pelo servidor ou sua reprovação por motivo de freqüência, implicará no ressarcimento total das despesas realizadas, nas formas especificadas nos arts. 46 e 47 da Lei nº 8.112/90. Parágrafo único. O servidor estará isento do ressarcimento e das sanções previstas, quando

Page 201: 1.Manual Do Siapecad

201

interromper sua participação no evento, em virtude de licença por doença própria ou de parente deprimeiro grau, devidamente comprovada por laudo pericial médico, ou por justificativa endossada pelo dirigente do órgão e homologada pela SPOA. Art. 30. A ausência não justificada do servidor às atividades do evento, no horário de expediente, ainda que respeitado o limite de faltas permitido, configurará falta ao serviço, com seus devidos efeitos legais e administrativos. Art. 31. São consideradas faltas passíveis de sanções: I. as descritas nos arts. 28 a 30 desta Norma; II. não apresentação do formulário Relatório do Participante, anexo III desta Norma, devidamente preenchido e assinado. Art. 32. As sanções que poderão ser aplicadas são as seguintes: I. advertência formal; II. ressarcimento das despesas realizadas com o evento; III. inabilitação temporária ou permanente para a participação em eventos futuros. CAPÍTULO VI DO COMITÊ DE CAPACITAÇÃO Art. 33. Fica instituído o Comitê de Capacitação do MP, composto pelos titulares dos órgãos que integram a estrutura do Ministério e pelo Subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração. Parágrafo único. Na ausência do titular, suas atribuições serão exercidas pelo respectivo substituto eventual ou pelo chefe de gabinete. CAPÍTULO VII DAS COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES Art. 34. Compete ao Comitê de Capacitação: I. estabelecer, anualmente, com base nas orientações estratégicas do MP, as diretrizes gerais de capacitação, considerada a proposta técnica apresentada pela COCAC; II. aprovar o PAC, e submetê-lo à homologação do Secretário-Executivo; III. quantificar o número de servidores que poderão, anualmente, afastar-se para participar de cursos de pós-graduação; IV. estipular o percentual de servidores que poderá exceder o estabelecido no inciso III quando tratar-se de cursos sem ônus ou com ônus limitado; V. estabelecer as regras de seleção, a serem obedecida pelos dirigentes dos órgãos do MP, privilegiando o interesse da administração e o mérito do servidor-candidato; VI. estabelecer, por órgão do MP, os recursos financeiros anuais disponíveis para eventos de pós-graduação. VII. estabelecer normas reguladoras e complementares a esta NI. Parágrafo único. A periodicidade das reuniões e o funcionamento do Comitê de Capacitação serão definidos pelo próprio Comitê. Art. 35. Incumbe aos Titulares dos Órgãos:

Page 202: 1.Manual Do Siapecad

202

I. fornecer as informações para o Levantamento de Necessidades de Capacitação - LNC e para a elaboração do PAC, observadas as orientações estratégicas do MP e as diretrizes gerais de capacitação estabelecidas pelo Comitê de Capacitação; II. zelar pelo desenvolvimento pessoal dos servidores de sua unidade, possibilitando, segundo a conveniência e oportunidade, a participação em eventos de capacitação, observados os critérios desta Norma e a legislação em vigor; III. indicar o servidor para participação em eventos, observado o PAC; IV. ratificar a justificativa de participação do servidor em evento no formulário Indicação para Participação em Evento, ou Programa de Pós-graduação – Proposta, respectivamente anexos I e II desta Norma, conforme disposto no §2º do art.12. Art. 36. Compete à Coordenação de Capacitação, Cargos e Carreiras - COCAC: I - propor, anualmente, ao Comitê de Capacitação, mediante proposta técnica, diretrizes gerais de capacitação fundamentadas nas orientações estratégicas do MP e na avaliação dos programas desenvolvidos anteriormente; II - realizar o LNC, observadas as diretrizes estabelecidas pelo Comitê de Capacitação e a legislação vigente; III - elaborar o PAC, com base no LNC e nos PCE dos órgãos, e submetê-lo à análise e aprovação do Comitê de Capacitação; IV - executar o PAC aprovado; V - analisar as solicitações de participação em eventos, observando os critérios e requisitos estabelecidos nesta Norma e o PAC; VII - atuar como Secretaria Executiva do Comitê de Capacitação; VI - viabilizar a participação dos servidores nos eventos, adotando as providências administrativas cabíveis e articulando-se com as entidades promotoras. Art. 37. Incumbe ao Agente de Capacitação: I. atuar como elo de ligação entre o órgão do MP e a COCAC; II. verificar a conformidade das solicitações de participação em evento de capacitação com esta Norma e com o PAC; III. encaminhar à COCAC, nos prazos estabelecidos, os formulários de solicitação de participação em eventos de capacitação, devidamente preenchidos e assinados; IV. providenciar, junto à área de apoio administrativo do órgão, quando necessário, os pedidos de diárias e passagens relativas ao período em que o servidor estará participando do evento; V. comunicar, por escrito e observando o prazo estipulado no art. 27 desta Norma, a desistência do servidor na participação em eventos; VI. encaminhar à COCAC o “Relatório do Participante” (anexo III) e cópia do

Page 203: 1.Manual Do Siapecad

203

certificado de conclusão dos eventos; VII. liquidar a despesa referente ao evento, por meio de atesto no documento de cobrança; VIII. verificar, previamente, a regularidade fiscal, tributária e previdenciária da entidade promotora, mediante consulta ao Sistema SICAF; IX. acompanhar a participação do servidor em cursos de pós-graduação; X. observar, durante o curso de pós-graduação, entre outros, os seguintes aspectos: a) cumprimento das exigências curriculares do curso de pós-graduação; b) assunto ou tema objeto da monografia, dissertação ou tese, quando for o caso; c) problemas de natureza funcional. Art. 38. Incumbe ao servidor: I. fornecer as informações necessárias a sua participação nos eventos de capacitação anexos I ou II desta Norma; II. assinar o Termo de Compromisso e Responsabilidade, anexo IV desta Norma, quando se tratar de cursos de pós-graduação; III. assinar o Termo de Compromisso (anexo V) a que se refere o art. 23 desta Norma, quando se tratar de curso de idioma estrangeiro; IV. efetuar a avaliação do evento no formulário Relatório do Participante, anexo III desta Norma; V. comprovar a sua participação, até 5 (cinco) dias úteis após o término do evento, mediante apresentação de cópia do Diploma, Certificado de Conclusão/Participação ou documento equivalente, ao Agente de Capacitação; VI. apresentar relatório final, no caso de participação em curso de pós-graduação; VII. ao retornar do evento, divulgar os ensinamentos recebidos, objetivando a sua multiplicação e melhoria institucional. CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 39. Respeitados os direitos autorais, o MP poderá divulgar os trabalhos realizados pelo servidor durante sua participação no evento. Art. 40. Concluída a participação do servidor em curso de pós-graduação, só será concedida aposentadoria, exoneração a pedido do cargo efetivo, licença para tratar de interesses particulares ou licença incentivada, e autorizada a cessão ou redistribuição, após decorrido tempo de efetivo exercício no MP igual ao período do curso, salvo mediante indenização das despesas realizadas pelo MP no mencionado período, na forma definida no Termo de Compromisso e Responsabilidade, anexo IV desta Norma. Art. 41. Os servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento, da Carreira de Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental e os ocupantes dos cargos de Técnico de

Page 204: 1.Manual Do Siapecad

204

Planejamento, TP 1500, em exercício nos órgãos setoriais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, poderão participar de eventos coletivos contemplados no PAC, a critério do dirigente do órgão específico do sistema e conforme disponibilidade orçamentária e financeira. Art. 42. Até que seja aprovado o PAC, a participação do servidor em qualquer evento de capacitação com ônus, fica condicionada à homologação do Secretário Executivo do MP, ou autoridade por ele designada. Art. 43. Os casos omissos, ou supervenientes, serão decididos pelo Secretário-Executivo. Art. 44. Esta Norma entra em vigor na data de sua publicação no Boletim de Pessoal e Serviço. GUILHERME GOMES DIAS Secretário-Executivo

: Trata sobre licença capacitação a ser utilizada em curso no exterior e se haveria possibilidade de autorização para afastamento do País, conforme art. 95 da Lei nº 8.112/90 e no Decreto nº 1.387/95.

Ofício nº 74/COGLE-SRH

Brasília, 19 de abril de 2000.

Senhor Coordenador-Geral, Faço referência a mensagem dessa procedência, de 13 de abril de 2000, pela qual Vossa Senhoria solicita manifestação deste Órgão, sobre licença capacitação a ser utilizada em curso no exterior e se haveria por conseguinte de haver a autorização para afastamento do País, conforme previsão legal contida no art. 95 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e no Decreto nº 1.387, de 7 de fevereiro de 1995.

2. A propósito, a legislação acima citada, a Lei nº 8.112, de 1990, assim dispõe, verbis:

"Art. 95 O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidentes dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

Page 205: 1.Manual Do Siapecad

205

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.

§ 4º As hipóteses, condições e formas para autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97)

3. Entretanto, no artigo que disciplina o afastamento para o gozo da licença capacitação, o art. 87 da Lei nº 8.112, de 1990, com redação dada pela Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997, assim dispõe, in verbis:

"Art. 87 Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis."

4. Pelo exposto, está correto o entendimento manifestado por esse órgão quanto a desnecessidade de autorização para afastamento do País, um vez que o referido afastamento não contém o caráter oficial previsto no art. 95 da Lei nº 8.112, de 1990.

5. Ainda, quanto ao recebimento dos valores do cargo em comissão durante o período em que estiver em gozo da licença capacitação, cada caso deverá ser estudado em suas particularidades, garantindo-se tão somente o recebimento das parcelas relativas ao cargo efetivo, conforme previsto na legislação em vigor.

6. Finalmente, não há a possibilidade de acumulação de períodos de licença. O período obtido, após os cinco anos de efetivo exercício, deverá ser totalmente usufruído até o implemento da condição para a obtenção de novo período e caso o período antigo não seja utilizado dentro do prazo legalmente previsto haverá a preclusão do direito.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS

COORDENAÇÃO-GERAL DE SISTEMATIZAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO

Ementa: Retificação do ofício nº74/COGLE?SRH, de 2000 para informar sobre afastamento de servidores para fora do país para licença capacitação.

Ofício nº 320/2001-COGLE/SRH/MP

Brasília, 25 de setembro de 2001.

Page 206: 1.Manual Do Siapecad

206

Senhor Coordenador-Geral,

Retificamos o item 4 do Ofício nº 74/COGLE/SRH, de 19 de abril de 2000, para informar que nos afastamentos de servidores para fora do país para licença capacitação seja com a finalidade de participar de Seminários, Congressos ou eventos similares só poderá ser efetivado precedido de autorização do Ministro da respectiva Pasta, com a publicação em Diário Oficial, com os dados essenciais do evento, nos termos do Decreto nº1.387, de 7.2.95, art. 2º, como legalmente é praxe na Administração Pública Federal.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria o Senhor CELSO MARTINS SÁ PINTO Coordenador-Geral de Recursos Humanos Ministério da Fazenda Brasília-DF

ASSUNTO : Licença capacitação

DESPACHO

Restituímos o presente Documento à Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, esclarecendo que o art. 87 da Lei nº 8.112/90, na redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97, dispõe:

"Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

Parágrafo único. Os períodos de que trata o caput não são acumuláveis."

(Destaque nosso)

Page 207: 1.Manual Do Siapecad

207

2. Como se observa, a licença para capacitação se destina exclusivamente a servidores detentores de cargo efetivo, não alcançando o servidor detentor unicamente de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a Administração.

Brasília, 18 de Setembro de 2002.

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,LPA, CACSHTLPA Informar os períodos de licença Premio que o servid or tem direito, é primordial que seja atualizado este módulo para todos os servidores que tem este direito, pois tem interferência em outros módulos. SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,LPA, CAIFGZLPA Informar o gozo de Licença Prêmio, como este módulo ainda não Estar integrado ao SIAPE deverá também também ser informado No afastamento do SIAPE.

INFORMAR NO SIAPE

SIAPE,CADSIAPE,CADASTRO,OCORFUNC – CDATAFAST Informar o período de Licença Prêmio quando houver o gozo. FÉRIAS

Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.

Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

Art. 77 O Servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. (Redação dada pela Lei nº 9.525, de 03/12/97)

§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública. (Acrescentado pela Lei nº 9.525, de 03/12/97).

Page 208: 1.Manual Do Siapecad

208

Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, observando-se o disposto no § 1º deste artigo.

§ 1° (Revogado pela Lei nº 9.527/97)

§ 2° (Revogado pela Lei nº 9.527/97)

§ 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.216, de 13/08/91).

§ 4º A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.216, de 13/08/91).

§ 5º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal quando da utilização do primeiro período. (Acrescentado pela Lei nº 9.525, de 03/12/97).

Art. 79 O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527/97 ).

Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.527, de 10/12/97).

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL E REFORMA DO ESTADO SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS

PORTARIA NORMATIVA SRH Nº 2, DE 14 DE OUTUBRO DE 1998

Dispõe sobre as regras e procedimentos a serem adotados pelos órgãos setoriais e seccionais do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC para a concessão, indenização, parcelamento e pagamento da remuneração de férias de Ministro de Estado e de servidor público da administração pública federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo da União.

O SECRETÁRIO DE RECURSOS HUMANOS, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto nos arts. 76 a 80 da Lei n° 8.1 12, de 11 de dezembro de 1990, 2° da Lei n° 9.525, de 3 de dezembro de 1997, 8° do Decreto-lei nº 465, de 11 de

Page 209: 1.Manual Do Siapecad

209

fevereiro de 1969, combinado com o 2°, § 5°, da Lei n° 7.596, de 10 de abril de 1987, 16 do Anexo I ao Decreto n° 2.415, de 8 de de zembro de 1997, e 2°, inciso I, alínea "b", da Instrução Normativa MARE n° 5, de 17 de julho de 1998, resolve:

Art. 1° A concessão, indenização, parcelamento e pa gamento da remuneração de férias de Ministro de Estado e de servidor público da administração pública federal direta, autárquica e fundacional devem obedecer as regras e procedimentos estabelecidos nesta Portaria Normativa.

CAPÍTULO I

DO DIREITO E DA CONCESSÃO

Art. 2° O Ministro de Estado e o servidor de que tr ata o artigo anterior farão jus a trinta dias de férias a cada exercício correspondente ao ano civil, ressalvados:

I - o servidor que opera direta e permanentemente com raios "X", substâncias radioativas ou ionizantes, que fará jus a vinte dias consecutivos de férias, por período de seis meses de exercício profissional;

II - o servidor integrante das carreiras de Magistério Superior ou de Magistério de 1° e 2° Graus, que fará jus a 45 dias por exercício.

Art. 3° As férias correspondentes a cada exercício, integrais ou a última etapa, no caso de parcelamento, devem ter início até o dia 31 de dezembro.

Parágrafo único. As férias relativas ao primeiro período aquisitivo corresponderão ao ano civil em que o servidor completar doze meses de efetivo exercício, exceto as dos servidores de que trata o inciso I do art. 2°.

Art. 4° O servidor licenciado ou afastado fará jus às férias relativas ao exercício em que retornar.

§ 1° Na hipótese em que o período das férias progra madas coincidir, parcial ou totalmente, com o período da licença ou afastamento, as férias do exercício correspondente serão reprogramadas, vedada a acumulação para o exercício seguinte em decorrência da licença ou afastamento.

§ 2° O servidor que não tenha completado doze meses de efetivo exercício e que entrar em licença por um dos motivos abaixo especificados terá que, quando do retorno, completar o referido período:

I - para tratamento de saúde de pessoa da família;

II - para atividade política, a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, somente pelo período de três meses;

III - para tratamento da própria saúde que exceder o prazo de 24 meses;

IV - por motivo de afastamento do cônjuge.

Page 210: 1.Manual Do Siapecad

210

CAPÍTULO II

DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS

Seção I

Das Férias de Servidor que Opera com Raios "X", Substâncias Radioativas ou Ionizantes

Art. 5° Ao servidor que opera com raios "X", substâ ncias radioativas ou ionizantes que tenha usufruído vinte dias de férias e que no mesmo exercício deixar de exercer essas atividades será assegurado o direito a usufruir os dez dias restantes relativos ao respectivo exercício.

§ 1° Ao servidor de que trata o caput que tenha usu fruído vinte dias de férias relativas ao primeiro semestre aquisitivo e que deixar de operar com raios "X", substâncias radioativas ou ionizantes será assegurado o direito a usufruir os dez dias restantes, após cumprido o período aquisitivo de doze meses, correspondente ao primeiro exercício de férias.

§ 2° O servidor que venha a operar com raios "X", s ubstâncias radioativas ou ionizantes e que já tenha usufruído férias integrais dentro do exercício fará jus, após seis meses de exercício nas atividades relacionadas, a vinte dias de férias.

Seção II

Das Férias de Servidor Integrante da Carreira de Magistério Superior ou de 1° e 2° Graus

Art. 6° O servidor integrante das carreiras de Magi stério Superior ou de Magistério de 1º e 2° Graus, quando afastado para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança em órgãos não integrantes das instituições federais de ensino, fará jus somente a trinta dias de férias por exercício.

§ 1° O servidor de que trata o caput que venha a ex ercer cargo em comissão ou função de confiança dentro do ano civil, e que já tenha usufruído parcela de férias, fará jus aos dias restantes com base na legislação relativa ao atual cargo ocupado, efetivo ou em comissão.

§ 2° As férias do servidor de que trata o caput que opera direta e permanentemente com raios "X", substâncias radioativas ou ionizantes, no total de 45 dias, devem ser gozadas semestralmente em período de no mínimo vinte dias cada.

Seção III

Das Férias de Servidor que Teve Declarada Vacância de Cargo em Virtude de Posse em Outro Cargo Inacumulável

Art. 7° No caso de vacância de cargo efetivo ocupad o por servidor regido pela Lei n° 8.112, de 1990, decorrente de posse em outro cargo inacumulável, não será exigido

Page 211: 1.Manual Do Siapecad

211

período aquisitivo de doze meses de efetivo exercício para efeito de concessão de férias no novo cargo, desde que o servidor tenha cumprido essa exigência no cargo anterior.

Parágrafo único. O servidor que não tiver doze meses de efetivo exercício no cargo anterior deverá complementar esse período exigido para concessão de férias no novo cargo.

Seção IV

Das Férias de Servidor Aposentado

Art. 8° Ao servidor que, ao se aposentar, permanece r no exercício de cargo em comissão, inclusive de Natureza Especial, ou de Ministro de Estado, não será exigido novo período aquisitivo de doze meses para efeito de férias.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput ao servidor que se aposentar e, sem interrupção, for nomeado para cargo em comissão, inclusive de Natureza Especial, ou de Ministro de Estado.

CAPÍTULO III

DA PROGRAMAÇÃO E DO PARCELAMENTO

Art. 9° O período das férias, integral ou parcelado em até três etapas, deve constar da programação anual de férias, previamente elaborada pela chefia imediata, de acordo com o interesse da administração e observados os procedimentos operacionais estabelecidos pelos órgãos setoriais ou seccionais do SIPEC.

§ 1° A critério da chefia imediata, as férias podem ser reprogramadas.

§ 2° Ao Ministro de Estado não se aplicam as regras de programação e reprogramação de férias.

§ 3° O parcelamento requerido pelo servidor poderá ser concedido pela chefia imediata que estabelecerá o número de etapas e respectiva duração.

§ 4° É facultado ao servidor integrante das carreir as de Magistério Superior ou de Magistério de 1° e 2° Graus o parcelamento de féria s em três etapas.

Art. 10. É facultado ao Presidente da Comissão, quando julgar necessário, solicitar à chefia imediata do servidor acusado em processo de sindicância ou processo administrativo disciplinar, a reprogramação de suas férias.

CAPÍTULO IV

DA ACUMULAÇÃO E DA INTERRUPÇÃO

Art. 11. Em caso de necessidade do serviço, as férias podem ser acumuladas em até dois períodos, observado o disposto no art. 3°.

Page 212: 1.Manual Do Siapecad

212

Art. 12. Na interrupção das férias por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, o restante do período integral ou da etapa, no caso de parcelamento, será gozado de uma só vez, sem qualquer pagamento adicional, antes da utilização do período subseqüente.

Art. 13. Durante o período das férias, é vedada a concessão de licença ou afastamento, a qualquer título, ressalvado o disposto no artigo anterior, sendo considerados como de licença ou afastamento os dias que excederem o período das férias.

CAPÍTULO V

DAS FORMAS DE PAGAMENTO

Seção I

Da Remuneração

Art. 14. A remuneração das férias de Ministro de Estado e de servidor ocupante de cargo efetivo ou em comissão será:

I - correspondente à remuneração do período de gozo das férias, tomando-se por base a sua situação funcional no respectivo período, inclusive na condição de interino;

II - acrescida do valor integral do adicional de férias, correspondente a um terço da remuneração.

§ 1° A remuneração das férias a que se refere o inc iso I será paga proporcionalmente aos dias usufruídos, no caso de parcelamento.

§ 2° O pagamento da remuneração das férias será efe tuado até dois dias antes do seu início.

§ 3° Quando ocorrer alteração da situação funcional ou remuneratória no período das férias, o acerto será efetuado proporcionalmente aos dias do mês em que ocorreu o reajuste ou alteração.

§ 4° No caso de parcelamento de férias, o valor do adicional de férias será pago integralmente quando da utilização do primeiro período.

§ 5° O servidor que opera, direta e permanentemente , com raios "X", substâncias radioativas ou ionizantes faz jus ao adicional de férias em relação a cada período de afastamento, calculado sobre a remuneração normal do mês, proporcional aos vinte dias.

§ 6° O pagamento antecipado da remuneração das féri as, integrais ou parceladas, será descontado de uma só vez na folha de pagamento correspondente ao mês seguinte ao do início das férias.

Page 213: 1.Manual Do Siapecad

213

§ 7° A antecipação da gratificação natalina por oca sião do gozo das férias, no caso de parcelamento, poderá ser requerida em qualquer das etapas, desde que estas sejam anteriores ao mês de junho de cada ano.

Seção II

Da Indenização

Art. 15. A indenização de férias devida a Ministro de Estado e a servidor exonerado de cargo efetivo ou em comissão será calculada sobre a remuneração do mês correspondente à data da exoneração.

§ 1° No caso de férias acumuladas, a indenização de ve ser calculada integralmente e, na hipótese de férias relativas ao exercício em que ocorreu a exoneração, na proporção de um doze avos por mês trabalhado ou fração superior a quatorze dias, acrescida do respectivo adicional de férias.

§ 2° A indenização proporcional das férias de Minis tro de Estado e de servidor exonerado que não tenham completado os primeiros doze meses de exercício dar-se-á na forma do parágrafo anterior.

§ 3º O Ministro de Estado e o servidor, exonerado do cargo perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito, inclusive proporcionais, em valores correspondentes a 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias, observada a data de ingresso do servidor no cargo ou função comissionada.

___________ Nota: Redação dada pelo(a) Portaria Normativa nº 1/2002/SRH/MP Redação(ões) anterior(es): Redação original ___________

§ 4° A indenização, na hipótese de parcelamento de férias, será calculada na proporção de um doze avos por mês trabalhado ou fração superior a quatorze dias, deduzido o valor correspondente à parcela de férias gozada.

Art. 16. O servidor aposentado ou demitido e os sucessores de servidor falecido não fazem jus à indenização de férias.

Parágrafo único. Ao servidor que estiver usufruindo férias na data da aposentadoria ou da demissão, bem assim aos sucessores de servidor que faleceu durante o período de gozo de férias não cabe nenhuma restituição.

CAPÍTULO VI

DAS FÉRIAS DE SERVIDOR OU EMPREGADO REQUISITADO

Art. 17. Para a concessão das férias de servidor ou empregado requisitado, o órgão

Page 214: 1.Manual Do Siapecad

214

ou entidade cessionária deve:

I - incluir as férias do servidor ou empregado na programação anual;

II - proceder a inclusão das férias no SIAPE, quando o servidor ou empregado for exercer cargo em comissão ou função de confiança ou quando o órgão ou entidade cedente for integrante do Sistema;

III - comunicar o período de gozo ao órgão ou entidade cedente se não integrante do SIAPE, para fins de registro;

IV - observar o período aquisitivo do órgão ou entidade cedente.

Art. 18. O servidor integrante das carreiras de Magistério Superior ou de Magistério de 1° e 2° Graus, quando afastado para servir a out ro órgão ou entidade, em casos previstos em leis específicas, que lhe assegurem todos os direitos e vantagens a que faça jus na entidade de origem, permanecerá com direito a 45 dias de férias.

Art. 19. Em se tratando de empregado requisitado de empresa pública ou sociedade de economia mista para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, serão observadas as regras de aquisição de férias da cedente.

§ 1° A remuneração das férias, relativamente ao car go em comissão ou função de confiança, será paga integralmente ou na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício ou fração superior a quatorze dias, no caso de o gozo das férias ocorrer anteriormente ao empregado ter completado doze meses no exercício do cargo em comissão ou da função de confiança.

§ 2° A indenização das férias de empregado de que t rata o caput dar-se-á na forma do parágrafo anterior.

Art. 20. Aos empregados requisitados para ter exercício na Presidência da República ou respectivos órgãos integrantes, sem ocupar cargo em comissão ou função de confiança, serão observadas para concessão das férias todas as regras da cedente.

Art. 21. Não se aplica o parcelamento de férias a empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista requisitado para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança.

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 22. O disposto nesta Portaria Normativa aplica-se, no que couber, ao servidor contratado por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.

Art. 23. Esta Portaria Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ CARLOS DE ALMEIDA CAPELLA

Page 215: 1.Manual Do Siapecad

215

(Of. nº 148/98)

D.O.U., 15/10/98

OFÍCIO Nº 46/2004/COGES/SRH/MP

Brasília, 12 de março de 2004

A Sua Senhoria a Senhora RUTH MARIA DA SILVA MOURA Auditora-Chefe da Auditoria Interna do Ministério Público da União SAF Sul, Quadra 4 - Lote 03 - Bloco "B" 70.050-900 - Brasília - DF

Assunto: Tempo de serviço de cargo em comissão, sem vínculo com Administração Pública

Senhora Auditora-Chefe,

1. Refiro-me aos termos do Ofício nº 746/2003 AUDIN-MPU, de 24 de novembro de 2003, que consulta esta Coordenação-Geral sobre a possibilidade de considerar tempo de serviço exercido exclusivamente em cargo em comissão, sem vínculo com a Administração Pública, no cômputo do requisito 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público, conforme dispõe o inciso III, § 1º do art. 40 da CF/88, com redação dada pela EC nº 20/98.

2. Sobre o assunto esclareço que o servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado de livre nomeação e exoneração, bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, é segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de empregado, vedada a inclusão desse servidor no regime próprio de previdência do servidor, conforme Instrução Normativa SEAP nº 5, de 28/4/1999.

3. Dessa forma, para a aposentadoria no regime de previdência do servidor público deve ser cumprido o tempo mínimo de 10 anos de serviço público nesse regime, esclarecendo que o tempo de serviço exercido, exclusivamente, em cargo em comissão, sem vínculo efetivo com Administração Pública Federal, será contado para a aposentadoria no regime para o qual se contribui.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO

Page 216: 1.Manual Do Siapecad

216

Coordenadora-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

DESPACHO

Restituímos o anexo processo à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Educação, que trata de reivindicação da Adufrgs, em prol de seus associados, informando que o Ofício Circular nº 44 /2000, expedido pela Pró-Reitoria de Recursos Humanos da UFRGS, em momento algum, quis ignorar o motivo do afastamento dos docentes para capacitação, que é uma melhor qualificação para o corpo docente daquela Universidade, mas, expedir instruções em consonância com a Portaria Normativa nº 2, de 14 de outubro de 1998, deste órgão central do SIPEC, que dispõe sobre as regras e procedimentos a serem adotados pelos órgãos da Administração Federal para concessão e pagamento da remuneração de férias.

2. Esse ato, não nega o direito a férias do servidor afastado, apenas determina que o mesmo só fará jus às férias relativas ao exercício em que retornar, exigindo a complementação dos 12 meses àqueles que, por ventura, não tenham cumprido esse período de efetivo exercício.

3. Na verdade, o que se observa, é que aquela Associação de Classe não questiona tanto o fato da impossibilidade do usufruto do período aquisitivo de férias, durante o afastamento do docente, e sim, o direito às suas repercusssões financeiras. Convém lembrar que essa proibição se faz em observância ao cumprimento do princípio constitucional da legalidade, aplicável a todos os servidores públicos federais submetidos ao RJU.

Brasília, 11 de fevereiro de 2003

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

DESPACHO

Refiro-me ao e-mail dessa procedência, indagando sobre interrupção de férias de servidor por necessidade do serviço. Em resposta ao questionamento formulado, informamos nosso entendimento, que segue relatado:

2. Assim dispõe a Lei nº 8.112/90:

" Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.

Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77."

Page 217: 1.Manual Do Siapecad

217

" Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. § 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. § 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. § 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública."

3. Diante da leitura dos artigos transcritos acima, compreende-se que o legislador resguardou a possibilidade de interrupção de férias do servidor, nas hipóteses previstas no art. 80, mas não restringiu o número de vezes que tais casos poderiam ocorrer, até por serem situações imprevisíveis. No caso de interrupção de férias por necessidade de serviço, o legislador restringiu ao dirigente máximo do órgão ou entidade a capacidade de declarar a ocorrência de necessidade de serviço que justifique interrupção de férias do servidor.

4. Desde que não ocorra novamente uma situação capaz de interromper férias, o servidor deverá gozar o restante do período interrompido de uma só vez. Note-se que o restante faz parte do mesmo período de férias que foi interrompido, e não deve ser tratado como novo período. No entanto, se o servidor já tiver interrompido suas férias uma vez e voltar a ocorrer alguma das hipóteses excepcionais elencadas no art. 80 da Lei nº 8.112/90 suas férias poderão ser novamente interrompidas, por se tratar de situações de relevante interesse público que configuram interesse da Administração que se sobrepõe ao do servidor.

5. O art. 77 da lei já mencionada se refere a acumulação de períodos de férias, até o máximo de dois (períodos), no caso de necessidade do serviço. É importante esclarecer que período de férias é o quantitativo de dias de férias a que o servidor faz jus. Logo, havendo necessidade do serviço, a Administração pode suspender ou adiar o gozo de até dois períodos de férias do servidor, lembrando que períodos de férias não se confundem com parcelas ou etapas de férias, que se constituem em frações de um único período de férias, sendo facultado ao servidor requerer o parcelamento de seu período de férias, se assim desejar, e concedida no interesse da Administração, observado o limite de três etapas estabelecido pelo § 3º do art. 77 da Lei nº 8.112/90. Portanto, o restante dos dias de férias que o servidor deixou para ser gozado oportunamente, no caso de ter suas férias interrompidas nos casos previstos no art. 80 da mesma lei não se confunde com período de férias de que trata o art. 77, e por isso não está sujeito à limitação por este imposta.

6. Diante do exposto, concluímos que as férias do servidor podem ser interrompidas todas as vezes que tivermos ocorrência de situação excepcional tratada no art. 80 da Lei nº 8.112/90, e submetemos o assunto à apreciação da Senhora Coordenadora Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação-SRH/MP.

Brasília, 17 de Julho de 2002.

Page 218: 1.Manual Do Siapecad

218

RENATA VILA NOVA DE MOURA HOLANDA Chefe da Divisão de Análise e Orientação

De acordo. Encaminhe-se o presente despacho à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda, informando sobre a possibilidade de interrupção de férias, nos termos do art. 80 da Lei nº 8.112/90.

Brasília, 17 de Julho de 2002

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação-SRH/MP

DESPACHO

Restituímos o anexo processo à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Educação, que trata de reivindicação da Adufrgs, em prol de seus associados, informando que o Ofício Circular nº 44 /2000, expedido pela Pró-Reitoria de Recursos Humanos da UFRGS, em momento algum, quis ignorar o motivo do afastamento dos docentes para capacitação, que é uma melhor qualificação para o corpo docente daquela Universidade, mas, expedir instruções em consonância com a Portaria Normativa nº 2, de 14 de outubro de 1998, deste órgão central do SIPEC, que dispõe sobre as regras e procedimentos a serem adotados pelos órgãos da Administração Federal para concessão e pagamento da remuneração de férias.

2. Esse ato, não nega o direito a férias do servidor afastado, apenas determina que o mesmo só fará jus às férias relativas ao exercício em que retornar, exigindo a complementação dos 12 meses àqueles que, por ventura, não tenham cumprido esse período de efetivo exercício.

3. Na verdade, o que se observa, é que aquela Associação de Classe não questiona tanto o fato da impossibilidade do usufruto do período aquisitivo de férias, durante o afastamento do docente, e sim, o direito às suas repercusssões financeiras. Convém lembrar que essa proibição se faz em observância ao cumprimento do princípio constitucional da legalidade, aplicável a todos os servidores públicos federais submetidos ao RJU.

Brasília, 11 de fevereiro de 2003

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

DECRETO 94.664/87

Art. 38 - Ao docente em efetivo exercício serão concedidos 45 (quarenta e cinco) dias de férias anuais, que poderão ser gozados em 1 (um) ou 2 (dois) períodos.

Page 219: 1.Manual Do Siapecad

219

Portaria. Normativa 2/98 Art. 6° O servidor integrante das carreiras de Magi stério Superior ou de Magistério de 1º e 2° Graus, quando afastado para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança em órgãos não integrantes das instituições federais de ensino, fará jus somente a trinta dias de férias por exercício. § 1° O servidor de que trata o caput que venha a ex ercer cargo em comissão ou função de confiança dentro do ano civil, e que já tenha usufruído parcela de férias, fará jus aos dias restantes com base na legislação relativa ao atual cargo ocupado, efetivo ou em comissão. § 2° As férias do servidor de que trata o caput que opera direta e permanentemente com raios "X", substâncias radioativas ou ionizantes, no total de 45 dias, devem ser gozadas semestralmente em período de no mínimo vinte dias cada.

OFÍCIO Nº 139/2002-COGLE/SRH/MP

Brasília, 28 de maio de 2002.

Senhora Coordenadora-Geral,

Em atenção à consulta formulada por intermédio do FAX recebido nesta Coordenação-Geral em 15.5.2002, acerca do pagamento de indenização de férias a servidor que as interrompeu por necessidade de serviço, após um dia de usufruto, e em seguida foi exonerado do cargo que ocupava, temos a esclarecer que o servidor exonerado fará jus, caso não tenha percebido, a gratificação natalina, na forma do art. 65 do RJU, bem como a indenização de férias, na forma dos §§ 3º e 4º do art. 78, da Lei nº 8.112, de 1990. Atenciosamente, CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria a Senhora LUCIENE FERNANDES DE SOUZA Coordenadora-Geral de Recursos Humanos Ministério do Esporte e Turismo Brasília-DF

DESPACHO

Page 220: 1.Manual Do Siapecad

220

Refiro-me ao e-mail dessa procedência, indagando sobre interrupção de férias de servidor por necessidade do serviço. Em resposta ao questionamento formulado, informamos nosso entendimento, que segue relatado:

2. Assim dispõe a Lei nº 8.112/90:

" Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.

Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77."

" Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. § 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. § 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública."

3. Diante da leitura dos artigos transcritos acima, compreende-se que o legislador resguardou a possibilidade de interrupção de férias do servidor, nas hipóteses previstas no art. 80, mas não restringiu o número de vezes que tais casos poderiam ocorrer, até por serem situações imprevisíveis. No caso de interrupção de férias por necessidade de serviço, o legislador restringiu ao dirigente máximo do órgão ou entidade a capacidade de declarar a ocorrência de necessidade de serviço que justifique interrupção de férias do servidor.

4. Desde que não ocorra novamente uma situação capaz de interromper férias, o servidor deverá gozar o restante do período interrompido de uma só vez. Note-se que o restante faz parte do mesmo período de férias que foi interrompido, e não deve ser tratado como novo período. No entanto, se servidor já tiver interrompido suas férias uma vez e voltar a ocorrer alguma das hipóteses excepcionais elencadas no art. 80 da Lei nº 8.112/90 suas férias poderão ser novamente interrompidas, por se tratar de situações de relevante interesse público que configuram interesse da Administração que se sobrepõe ao do servidor.

5. O art. 77 da lei já mencionada se refere a acumulação de períodos de férias, até o máximo de dois (períodos), no caso de necessidade do serviço. É importante esclarecer que período de férias é o quantitativo de dias de férias a que o servidor faz jus. Logo, havendo necessidade do serviço, a Administração pode suspender ou adiar o gozo de até dois períodos de férias do servidor, lembrando que períodos de férias não se confundem com parcelas ou etapas de férias, que se constituem em frações de um único período de férias, sendo facultado ao servidor requerer o parcelamento de seu período de férias, se assim

Page 221: 1.Manual Do Siapecad

221

desejar, e concedida no interesse da Administração, observado o limite de três etapas estabelecido pelo § 3º do art. 77 da Lei nº 8.112/90. Portanto, o restante dos dias de férias que o servidor deixou para ser gozado oportunamente, no caso de ter suas férias interrompidas nos casos previstos no art. 80 da mesma lei não se confunde com período de férias de que trata o art. 77, e por isso não está sujeito à limitação por este imposta.

6. Diante do exposto, concluímos que as férias do servidor podem ser interrompidas todas as vezes que tivermos ocorrência de situação excepcional tratada no art. 80 da Lei nº 8.112/90, e submetemos o assunto à apreciação da Senhora Coordenadora Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação-SRH/MP.

Brasília, 17 de Julho de 2002.

RENATA VILA NOVA DE MOURA HOLANDA Chefe da Divisão de Análise e Orientação

De acordo. Encaminhe-se o presente despacho à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda, informando sobre a possibilidade de interrupção de férias, nos termos do art. 80 da Lei nº 8.112/90.

Brasília, 17 de Julho de 2002

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação-SRH/MP

Ementa: Responde consulta sobre isenção de Imposto de Renda em férias e licença-prêmio convertida em pecúnia.

Documento n°- 04500.000848/2000-67

INTERESSADA : Universidade Federal do Espírito Santo

ASSUNTO : Isenção de imposto de Renda

DESPACHO

Restituímos o presente documento à Diretoria Geral do Departamento de Recursos Humanos da Universidade Federal do Espírito Santo, informando que não há cogitação para isenção de imposto de renda em férias e licença-prêmio convertida em pecúnia, prevalecendo os termos da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988.

Page 222: 1.Manual Do Siapecad

222

Brasília, 06 de outubro de 2000

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação

ORIENTAÇÃO CONSULTIVA Nº 007/97- DENOR/SRH/MARE

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

Em face do volume de consultas sobre férias no que se refere a indenização, interrupção seguida de exoneração sem o gozo completo das mesmas e incidência da contribuição de previdência social sobre o terço constitucional de férias pago ao pessoal de contrato temporário por ocasião da rescisão do contrato, esclarecemos: O Ofício - Circular n º 70, de 1995, no seu item 16 orienta, in verbis:

"16. O servidor exonerado do cargo efetivo ou em comissão, faz jus ao pagamento de indenização relativa ao período de férias completo e não usufruído correspondente à remuneração do mês da exoneração, mais gratificação natalina proporcional. Se contar com período incompleto deverá ser calculado na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês trabalhado ou fração superior a quatorze dias, sobre a remuneração do mês da exoneração."

Portanto, o servidor que gozou férias relativas ao exercício anterior e foi exonerado em meados do exercício em curso, só fará jus à indenização de férias proporcionais até a data da respectiva exoneração, ou seja, na proporção dos meses trabalhados. Sobre a hipótese do servidor que ocupa cargo em comissão, sem vínculo com a União, ser exonerado, com fração de férias a ser usufruída, em razão de as mesmas terem sido interrompidas por interesse da administração, esclarecemos que o servidor deverá usufruir a parcela restante tão logo se resolva a situação que motivou a interrupção, sendo, posteriormente, exonerado. Se, no entanto, esse servidor não usufruiu do período restante de férias, mas efetuou a devolução dos valores referentes a esse período, cabe a indenização prevista no § 4º do artigo 78, calculado proporcionalmente aos dias de férias não gozados. Relativo à incidência da contribuição da previdência social sobre o terço constitucional quando pago na rescisão contratual, lembramos que o contratado temporário está vinculado ao Regime Geral de Previdência por força do que determina o artigo 8º da Lei 8.745, de 1993, ficando sujeito às normas pertinentes. Por conseguinte, conforme disciplina o subitem 1.3.5.g.6 da Orientação Normativa nº 8, de 21, de março de 1997, da Secretaria de Previdência Social não incide o percentual de contribuição sobre o terço em referência, quando da rescisão de contrato.

Brasília 21 de setembro de 1997

Alzirene Soares Souto Gonçalves Mat. 06559607

Page 223: 1.Manual Do Siapecad

223

Lourdes Elizabeth Braga de Araújo Chefe da DIORC

De acordo. Encaminhe-se a presente Orientação Consultiva à DISLE com vistas a sua sistematização e divulgação, via comunica SIAPE, para conhecimento de todos os órgãos integrantes do SIPEC.

JANDIRA SIQUEIRA RODRIGUES DE MOURA Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação.

Ofício nº 245/2002-COGLE/SRH/MP

Brasília, 10 de setembro de 2002. Senhora Coordenadora-Geral, Refiro-me à Mensagem, oriunda da Delegacia Federal de Agricultura, no estado de Mato Grosso do Sul, cópia anexa, que solicita informação quanto a base legal para concessão de férias a servidor posto à disposição de sindicato para cumprimento de mandato classista.

2. Em resposta, solicito a V.Sª o obséquio de informar àquela unidade consulente que em conformidade com a Portaria Normativa SRH Nº 2,de 14 de outubro de 1998, publicada no DOU de 15 subsequente, que dispõe sobre as regras e procedimentos a serem adotados para a concessão de férias de servidor público do Poder Executivo da União, o servidor licenciado ou afastado somente fará jus às férias relativas ao exercício em que retornar.

Atenciosamente, CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria a Senhora MARIÉDEM TOSTES Coordenadora-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Brasília - DF

OFÍCIO Nº 282/2002-COGLE/SRH/MP

Brasília, 04 de outubro de 2002.

Page 224: 1.Manual Do Siapecad

224

Senhor Coordenador-Geral,

Em atenção à consulta formulada por intermédio de FAX recebido nesta Coordenação-Geral em 20.9.2002, acerca do pagamento de abono pecuniário decorrente de conversão de 1/3 (um terço) de férias, de empregado requisitado da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, para esse Ministério, temos a esclarecer que observado a definição de requisição contida no art. 1º do Decreto nº 4.050, de 2001, pode ser pago o referido abono pecuniário aos empregados que pleitearem o direito junto as suas entidades de origem, haja vista as disposições constantes da legislação que disciplina o vínculo laboral dos empregados. Atenciosamente, CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria o Senhor RICARDO CORRÊA DE BARROS Coordenador-Geral de Logística e Administração Ministério do Trabalho e Emprego Brasília-DF

Ofício nº 313/2002/COGLE/SRH/mp

Brasília, 12 de novembro de 2002. Senhor Chefe, Em atenção à consulta efetuada por intermédio de FAX recebido em 25.10.2002, acerca dos dias de férias que são concedidos ao Professor CDT, contratado com base na Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, informamos que o art 11 da referida Lei assim dispõe: “Art. 11.Aplica-se ao pessoal contratado nos termos desta Lei o disposto nos arts. 53 e 54: 57 a 59: 63 a 80; 97; 104 a 109; incisos I, in fine, e II, parágrafo único, a 115; 116, incisos I a V, alíenas a e c, VI e XII e parágrafo único; 117, incisos I a VI e IX a XVIII; 118 a 126; 127, incisos I, II e III, a 132, incisos I a VII, e IX a XIII; 136 a 142, incisos I, primeira parte, a III, e §§ 1º a 4º; 236; 238 a 242, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.” 2. Tendo em vista que o art. 77 da Lei nº 8.112/90, que trata do período de férias do servidor público federal aplica-se aos contratados com base na Lei nº 8.745/93, concluímos que essa clientela faz jus a 30 (trinta) dias de férias. Atenciosamente, CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO

Page 225: 1.Manual Do Siapecad

225

Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria o Senhor Ten-Cel JOSÉ REINALDO BUCHARA MARTINS Chefe da Subdivisão de Pessoal Academia da Força Aérea Pirassununga-São Paulo

Ofício nº 313/2002/COGLE/SRH/mp

Brasília, 12 de novembro de 2002. Senhor Chefe, Em atenção à consulta efetuada por intermédio de FAX recebido em 25.10.2002, acerca dos dias de férias que são concedidos ao Professor CDT, contratado com base na Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, informamos que o art 11 da referida Lei assim dispõe: “Art. 11.Aplica-se ao pessoal contratado nos termos desta Lei o disposto nos arts. 53 e 54: 57 a 59: 63 a 80; 97; 104 a 109; incisos I, in fine, e II, parágrafo único, a 115; 116, incisos I a V, alíenas a e c, VI e XII e parágrafo único; 117, incisos I a VI e IX a XVIII; 118 a 126; 127, incisos I, II e III, a 132, incisos I a VII, e IX a XIII; 136 a 142, incisos I, primeira parte, a III, e §§ 1º a 4º; 236; 238 a 242, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.” 2. Tendo em vista que o art. 77 da Lei nº 8.112/90, que trata do período de férias do servidor público federal aplica-se aos contratados com base na Lei nº 8.745/93, concluímos que essa clientela faz jus a 30 (trinta) dias de férias. Atenciosamente, CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria o Senhor Ten-Cel JOSÉ REINALDO BUCHARA MARTINS Chefe da Subdivisão de Pessoal Academia da Força Aérea Pirassununga-São Paulo Ofício n.° 95/2001-COGLE/SRH Brasília, 06 de abril de 2001. Prezado Senhor,

Faço referência a sua mensagem eletrônica, de 27 de dezembro de 2000, pela qual Vossa Senhoria solicita manifestação deste órgão sobre a possibilidade de

Page 226: 1.Manual Do Siapecad

226

transferência de período de férias para o exercício seguinte em razão de licença para tratamento de saúde.

2. A propósito, a Portaria Normativa nº 2 de 14 de outubro de 1998, do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, a qual dispõe sobre as regras e procedimentos a serem adotados pelos órgãos setoriais e seccionais do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC para a concessão, indenização, parcelamento e pagamento da remuneração de férias de Ministro de Estado e de servidor público da administração pública federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo da União, no parágrafo 1º de seu art. 4º, assim dispõe, in verbis:

"Art. 4º O servidor licenciado ou afastado fará jus às férias relativas ao exercício que retornar.

§ 1º Na hipótese em que o período das férias programadas coincidir, parcial ou totalmente, com o período da licença ou afastamento, as férias do exercício correspondente serão reprogramadas, vedada a acumulação para o exercício seguinte em decorrência da licença ou afastamento. "

4. Pelo exposto, a sua interpretação do dispositivo legal ora vigente está correta.

Na situação hipotética citada em sua consulta, o servidor perderá as férias e o correspondente 1/3 legal.

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora-Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação A Sua Senhoria o Senhor ÁLVARO GARCIA RABELO Auditor Fiscal do INSS Belo Horizonte- MG SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,FERIAS , CAIFFERIAS Informar férias de servidor. SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,FERIAS, INTERRFER, CAITFERIAS Interrupção de férias, quando já foi iniciada o gozo SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,FERIAS , CANCELA, CACAFERIAS Cancelar férias já pagas e não gozadas SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,FÉRIAS - CAPRFERIAS Reprograma férias SIAPE,SIAPECAD,AUSENCIAS,FÉRIAS - CACOFERIAS Consulta férias

Page 227: 1.Manual Do Siapecad

227

FALECIMENTO DE SERVIDOR ATIVO

SIAPE,SIAPECAD,PCA,VACANCIA, CAVAEXCEP Quando o falecimento é de servidor ativo. A própria transação solicita os dados do óbito.

SIAPE,SIAPECAD,PCA,VACANCIA – CACANVAC Cancelamento de falecimento de um servidor ativo

SIAPE,SIAPECAD,DADOSPESS,RH,OBITO, CACAOBITRH Quando se cancela o falecimento de servidor ativo e de aposentado deverá cancelar os dados de óbito informado. APOSENTADORIA

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998

Modifica o sistema de previdência social, estabelece normas de transição e dá outras providências.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1º - A Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 7º - ..........................................................................................

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

......................................................................................................

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

.........................................................................."

"Art. 37 - ........................................................................................

§ 10 - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e

Page 228: 1.Manual Do Siapecad

228

os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração."

"Art. 40 - Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

§ 1º - Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma do § 3º:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

§ 3º - Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão calculados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração.

§ 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar.

§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para

Page 229: 1.Manual Do Siapecad

229

o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.

§ 7º - Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no § 3º.

§ 8º - Observado o disposto no art. 37, XI, os proventos de aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei.

§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.

§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

Page 230: 1.Manual Do Siapecad

230

§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

§ 15 - Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá sobre as normas gerais para a instituição de regime de previdência complementar pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para atender aos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo.

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar."

"Art. 42 - .................................................................................

§ 1º - Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.

§ 2º - Aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios e a seus pensionistas, aplica-se o disposto no art. 40, §§ 7º e 8º."

"Art. 73 - .......................................................................................

§ 3º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.

.........................................................................."

"Art. 93 - .....................................................................................

VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40;

.........................................................................."

"Art. 100 - ..................................................................................

§ 3º - O disposto no "caput" deste artigo, relativamente à expedição de precatórios, não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual ou

Page 231: 1.Manual Do Siapecad

231

Municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado."

"Art. 114 - ......................................................................................

§ 3º - Compete ainda à Justiça do Trabalho executar, de ofício, as contribuições sociais previstas no art. 195, I, "a", e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir."

"Art. 142 - ....................................................................................

§ 3º - ...................................................................................

IX - aplica-se aos militares e a seus pensionistas o disposto no art. 40, §§ 7º e 8º;

.........................................................................."

"Art. 167 - .......................................................................................

XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, "a", e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

.........................................................................."

"Art. 194 - ...........................................................

Parágrafo único - ...........................................................................

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados."

"Art. 195 - ...........................................................

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

Page 232: 1.Manual Do Siapecad

232

...........................................................................

§ 8º - O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.

§ 9º - As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra.

§ 10 - A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.

§ 11 - É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, "a", e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar."

"Art. 201 - A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;

II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.

§ 1º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar.

§ 2º - Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.

Page 233: 1.Manual Do Siapecad

233

§ 3º - Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei.

§ 4º - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.

§ 5º - É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

§ 6º - A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.

§ 7º - É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:

I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;

II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

§ 8º - Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

§ 9º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.

§ 10 - Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado.

§ 11 - Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei."

"Art. 202 - O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.

Page 234: 1.Manual Do Siapecad

234

§ 1º - A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos.

§ 2º - As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei.

§ 3º - É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado.

§ 4º - Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada.

§ 5º - A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada.

§ 6º - A lei complementar a que se refere o § 4º deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação."

Art. 2º - A Constituição Federal, nas Disposições Constitucionais Gerais, é acrescida dos seguintes artigos:

"Art. 248 - Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo regime geral de previdência social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao limite máximo de valor fixado para os benefícios concedidos por esse regime observarão os limites fixados no art. 37, XI.

Art. 249 - Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proventos de aposentadoria e pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos recursos dos respectivos tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Page 235: 1.Manual Do Siapecad

235

Municípios poderão constituir fundos integrados pelos recursos provenientes de contribuições e por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desses fundos.

Art. 250 - Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo regime geral de previdência social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desse fundo."

Art. 3º - É assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos servidores públicos e aos segurados do regime geral de previdência social, bem como aos seus dependentes, que, até a data da publicação desta Emenda, tenham cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente. § 1º - O servidor de que trata este artigo, que tenha completado as exigências para aposentadoria integral e que opte por permanecer em atividade fará jus à isenção da contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria contidas no art. 40, § 1º, III, "a", da Constituição Federal. § 2º - Os proventos da aposentadoria a ser concedida aos servidores públicos referidos no "caput", em termos integrais ou proporcionais ao tempo de serviço já exercido até a data de publicação desta Emenda, bem como as pensões de seus dependentes, serão calculados de acordo com a legislação em vigor à época em que foram atendidas as prescrições nela estabelecidas para a concessão destes benefícios ou nas condições da legislação vigente. § 3º - São mantidos todos os direitos e garantias assegurados nas disposições constitucionais vigentes à data de publicação desta Emenda aos servidores e militares, inativos e pensionistas, aos anistiados e aos ex-combatentes, assim como àqueles que já cumpriram, até aquela data, os requisitos para usufruírem tais direitos, observado o disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal. Art. 4º - Observado o disposto no art. 40, § 10, da Constituição Federal, o tempo de serviço considerado pela legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até que a lei discipline a matéria, será contado como tempo de contribuição. Art. 5º - O disposto no art. 202, § 3º, da Constituição Federal, quanto à exigência de paridade entre a contribuição da patrocinadora e a contribuição do segurado, terá vigência no prazo de dois anos a partir da publicação desta Emenda, ou, caso ocorra antes, na data de publicação da lei complementar a que se refere o § 4º do mesmo artigo. Art. 6º - As entidades fechadas de previdência privada patrocinadas por entidades públicas, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista, deverão rever, no prazo de dois anos, a contar da publicação desta Emenda, seus planos de benefícios e serviços, de modo a ajustá-los atuarialmente a seus ativos, sob pena de intervenção, sendo seus dirigentes e

Page 236: 1.Manual Do Siapecad

236

os de suas respectivas patrocinadoras responsáveis civil e criminalmente pelo descumprimento do disposto neste artigo. Art. 7º - Os projetos das leis complementares previstas no art. 202 da Constituição Federal deverão ser apresentados ao Congresso Nacional no prazo máximo de noventa dias após a publicação desta Emenda. Art. 8º - Observado o disposto no art. 4º desta Emenda e ressalvado o direito de opção a aposentadoria pelas normas por ela estabelecidas, é assegurado o direito à aposentadoria voluntária com proventos calculados de acordo com o art. 40, § 3º, da Constituição Federal, àquele que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo na Administração Pública, direta, autárquica e fundacional, até a data de publicação desta Emenda, quando o servidor, cumulativamente: I - tiver cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher; II - tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a aposentadoria; III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior. § 1º - O servidor de que trata este artigo, desde que atendido o disposto em seus incisos I e II, e observado o disposto no art. 4º desta Emenda, pode aposentar-se com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, quando atendidas as seguintes condições: I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior; II - os proventos da aposentadoria proporcional serão equivalentes a setenta por cento do valor máximo que o servidor poderia obter de acordo com o "caput", acrescido de cinco por cento por ano de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de cem por cento. § 2º - Aplica-se ao magistrado e ao membro do Ministério Público e de Tribunal de Contas o disposto neste artigo. § 3º - Na aplicação do disposto no parágrafo anterior, o magistrado ou o membro do Ministério Público ou de Tribunal de Contas, se homem, terá o tempo de serviço exercido até a publicação desta Emenda contado com o acréscimo de dezessete por cento. § 4º - O professor, servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que, até a data da publicação desta Emenda, tenha ingressado, regularmente, em cargo efetivo de magistério e que opte por aposentar-se na forma do disposto no "caput", terá o tempo de serviço exercido até a publicação desta Emenda contado com o acréscimo de dezessete por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo

Page 237: 1.Manual Do Siapecad

237

exercício das funções de magistério. § 5º - O servidor de que trata este artigo, que, após completar as exigências para aposentadoria estabelecidas no "caput", permanecer em atividade, fará jus à isenção da contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria contidas no art. 40, § 1º, III, "a", da Constituição Federal. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19.12.2003) Art. 9º - Observado o disposto no art. 4º desta Emenda e ressalvado o direito de opção a aposentadoria pelas normas por ela estabelecidas para o regime geral de previdência social, é assegurado o direito à aposentadoria ao segurado que se tenha filiado ao regime geral de previdência social, até a data de publicação desta Emenda, quando, cumulativamente, atender aos seguintes requisitos: I - contar com cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher; e II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior. § 1º - O segurado de que trata este artigo, desde que atendido o disposto no inciso I do "caput", e observado o disposto no art. 4º desta Emenda, pode aposentar-se com valores proporcionais ao tempo de contribuição, quando atendidas as seguintes condições: I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior; II - o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a setenta por cento do valor da aposentadoria a que se refere o "caput", acrescido de cinco por cento por ano de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de cem por cento. § 2º - O professor que, até a data da publicação desta Emenda, tenha exercido atividade de magistério e que opte por aposentar-se na forma do disposto no "caput", terá o tempo de serviço exercido até a publicação desta Emenda contado com o acréscimo de dezessete por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício de atividade de magistério. Art. 10 - O regime de previdência complementar de que trata o art. 40, §§ 14, 15 e 16, da Constituição Federal, somente poderá ser instituído após a publicação da lei complementar prevista no § 15 do mesmo artigo. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19.12.2003) Art. 11 - A vedação prevista no art. 37, § 10, da Constituição Federal, não se aplica aos membros de poder e aos inativos, servidores e militares, que, até a publicação desta Emenda, tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público de provas ou de provas e títulos, e pelas demais formas previstas na Constituição Federal, sendo-lhes proibida a percepção de mais

Page 238: 1.Manual Do Siapecad

238

de uma aposentadoria pelo regime de previdência a que se refere o art. 40 da Constituição Federal, aplicando-se-lhes, em qualquer hipótese, o limite de que trata o § 11 deste mesmo artigo. Art. 12 - Até que produzam efeitos as leis que irão dispor sobre as contribuições de que trata o art. 195 da Constituição Federal, são exigíveis as estabelecidas em lei, destinadas ao custeio da seguridade social e dos diversos regimes previdenciários. Art. 13 - Até que a lei discipline o acesso ao salário-família e auxílio-reclusão para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social. Art. 14 - O limite máximo para o valor dos benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal é fixado em R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais), devendo, a partir da data da publicação desta Emenda, ser reajustado de forma a preservar, em caráter permanente, seu valor real, atualizado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social. Art. 15 - Até que a lei complementar a que se refere o art. 201, § 1º, da Constituição Federal, seja publicada, permanece em vigor o disposto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8213, de 24 de julho de 1991, na redação vigente à data da publicação desta Emenda. Art. 16 - Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. Art. 17 - Revoga-se o inciso II do § 2º do art. 153 da Constituição Federal. Brasília, 15 de dezembro de 1998

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2003

Modifica os arts. 37, 40, 42, 48, 96, 149 e 201 da Constituição Federal, revoga o inciso IX do § 3º do art. 142 da Constituição Federal e dispositivos da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, e dá outras providências.

As MESAS da CÂMARA DOS DEPUTADOS e do SENADO FEDERAL, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Art. 1º A Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 37. .....................................................................

....................................................................................................

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

Page 239: 1.Manual Do Siapecad

239

dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

........................................................................................" (NR)

"Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;

...................................................................................................

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.

...................................................................................................

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual:

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime

Page 240: 1.Manual Do Siapecad

240

geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.

...................................................................................................

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.

...................................................................................................

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei.

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.

§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X." (NR)

"Art. 42. .....................................................................

...................................................................................................

§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal." (NR)

"Art. 48. .....................................................................

...................................................................................................

XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I." (NR)

"Art. 96. .....................................................................

Page 241: 1.Manual Do Siapecad

241

..…….........................................................................................

II - ..............................................................................

...................................................................................................

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;

........................................................................................" (NR)

"Art. 149. ...................................................................

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

........................................................................................" (NR)

"Art. 201. ...................................................................

...................................................................................................

§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para trabalhadores de baixa renda, garantindolhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo, exceto aposentadoria por tempo de contribuição." (NR)

Art. 2º Observado o disposto no art. 4º da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, é assegurado o direito de opção pela aposentadoria voluntária com proventos calculados de acordo com o art. 40 , §§ 3º e 17, da Constituição Federal, àquele que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo na Administração Pública direta, autárquica e fundacional, até a data de publicação daquela Emenda, quando o servidor, cumulativamente:

I - tiver cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher;

II - tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se der a aposentadoria;

III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:

a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e

b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data de publicação daquela Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea a deste inciso.

§ 1º O servidor de que trata este artigo que cumprir as exigências para

Page 242: 1.Manual Do Siapecad

242

aposentadoria na forma do caput terá os seus proventos de inatividade reduzidos para cada ano antecipado em relação aos limites de idade estabelecidos pelo art. 40, § 1º, III, a, e § 5º da Constituição Federal, na seguinte proporção:

I - três inteiros e cinco décimos por cento, para aquele que completar as exigências para aposentadoria na forma do caput até 31 de dezembro de 2005;

II - cinco por cento, para aquele que completar as exigências para aposentadoria na forma do caput a partir de 1º de janeiro de 2006.

§ 2º Aplica-se ao magistrado e ao membro do Ministério Público e de Tribunal de Contas o disposto neste artigo.

§ 3º Na aplicação do disposto no § 2º deste artigo, o magistrado ou o membro do Ministério Público ou de Tribunal de Contas, se homem, terá o tempo de serviço exercido até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, contado com acréscimo de dezessete por cento, observado o disposto no § 1º deste artigo.

§ 4º O professor, servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que, até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, tenha ingressado, regularmente, em cargo efetivo de magistério e que opte por aposentar-se na forma do disposto no caput, terá o tempo de serviço exercido até a publicação daquela Emenda contado com o acréscimo de dezessete por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício nas funções de magistério, observado o disposto no § 1º.

§ 5º O servidor de que trata este artigo, que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no caput, e que opte por permanecer em atividade, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no art. 40, § 1º, II, da Constituição Federal.

§ 6º Às aposentadorias concedidas de acordo com este artigo aplica-se o disposto no art. 40, § 8º, da Constituição Federal.

Art. 3º É assegurada a concessão, a qualquer tempo, de aposentadoria aos servidores públicos, bem como pensão aos seus dependentes, que, até a data de publicação desta Emenda, tenham cumprido todos os requisitos para obtenção desses benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente.

§ 1º O servidor de que trata este artigo que opte por permanecer em atividade tendo completado as exigências para aposentadoria voluntária e que conte com, no mínimo, vinte e cinco anos de contribuição, se mulher, ou trinta anos de contribuição, se homem, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no art. 40, § 1º, II, da Constituição Federal.

Page 243: 1.Manual Do Siapecad

243

§ 2º Os proventos da aposentadoria a ser concedida aos servidores públicos referidos no caput, em termos integrais ou proporcionais ao tempo de contribuição já exercido até a data de publicação desta Emenda, bem como as pensões de seus dependentes, serão calculados de acordo com a legislação em vigor à época em que foram atendidos os requisitos nela estabelecidos para a concessão desses benefícios ou nas condições da legislação vigente.

Art. 4º Os servidores inativos e os pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, em gozo de benefícios na data de publicação desta Emenda, bem como os alcançados pelo disposto no seu art. 3º, contribuirão para o custeio do regime de que trata o art. 40 da Constituição Federal com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

Parágrafo único. A contribuição previdenciária a que se refere o caput incidirá apenas sobre a parcela dos proventos e das pensões que supere:

I - cinqüenta por cento do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal, para os servidores inativos e os pensionistas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

II - sessenta por cento do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal, para os servidores inativos e os pensionistas da União.

Art. 5º O limite máximo para o valor dos benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal é fixado em R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais), devendo, a partir da data de publicação desta Emenda, ser reajustado de forma a preservar, em caráter permanente, seu valor real, atualizado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social.

Art. 6º Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas estabelecidas pelo art. 40 da Constituição Federal ou pelas regras estabelecidas pelo art. 2º desta Emenda, o servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que tenha ingressado no serviço público até a data de publicação desta Emenda poderá aposentar-se com proventos integrais, que corresponderão à totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei, quando, observadas as reduções de idade e tempo de contribuição contidas no § 5º do art. 40 da Constituição Federal, vier a preencher, cumulativamente, as seguintes condições:

I - sessenta anos de idade, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade, se mulher;

II - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;

Page 244: 1.Manual Do Siapecad

244

III - vinte anos de efetivo exercício no serviço público; e

IV - dez anos de carreira e cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se der a aposentadoria.

Parágrafo único. Os proventos das aposentadorias concedidas conforme este artigo serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, na forma da lei, observado o disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal.

Art. 7º Observado o disposto no art. 37 , XI, da Constituição Federal, os proventos de aposentadoria dos servidores públicos titulares de cargo efetivo e as pensões dos seus dependentes pagos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, em fruição na data de publicação desta Emenda, bem como os proventos de aposentadoria dos servidores e as pensões dos dependentes abrangidos pelo art. 3º desta Emenda, serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei.

Art. 8º Até que seja fixado o valor do subsídio de que trata o art. 37, XI, da Constituição Federal, será considerado, para os fins do limite fixado naquele inciso, o valor da maior remuneração atribuída por lei na data de publicação desta Emenda a Ministro do Supremo Tribunal Federal, a título de vencimento, de representação mensal e da parcela recebida em razão de tempo de serviço, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento da maior remuneração mensal de Ministro do Supremo Tribunal Federal a que se refere este artigo, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.

Art. 9º Aplica-se o disposto no art. 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias aos vencimentos, remunerações e subsídios dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza.

Art. 10. Revogam-se o inciso IX do § 3º do art. 142 da Constituição Federal, bem como os arts. 8º e 10 da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998.

Art. 11. Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Page 245: 1.Manual Do Siapecad

245

Brasília, em 19 de dezembro de 2003.

MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS MESA DO SENADO FEDERAL

Deputado JOÃO PAULO CUNHA Presidente

Senador JOSÉ SARNEY Presidente

Deputado INOCÊNCIO DE OLIVEIRA 1º Vice-Presidente

Senador PAULO PAIM 1º Vice-Presidente

Deputado LUIZ PIAUHYLINO 2º Vice-Presidente

Senador EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS 2º Vice-Presidente

Deputado GEDDEL VIEIRA LIMA 1º Secretário

Senador ROMEU TUMA 1º Secretário

Deputado SEVERINO CAVALCANTI 2º Secretário

Senador ALBERTO SILVA 2º Secretário

Deputado NILTON CAPIXABA 3º Secretário

Senador HERÁCLITO FORTES 3º Secretário

Deputado CIRO NOGUEIRA 4º Secretário

Senador SÉRGIO ZAMBIASI 4º Secretário

D.O.U., 31/12/2003

Page 246: 1.Manual Do Siapecad

246

MEDIDA PROVISÓRIA 167/2004

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 167, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2004

Dispõe sobre a aplicação de disposições da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, altera dispositivos das Leis nºs 9.717, de 27 de novembro de 1998, 9.783, de 28 de janeiro de 1999, 8.213, de 24 de julho de 1991, 9.532, de 10 de dezembro de 1997, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º No cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores titulares de cargo efetivo de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, previsto no § 3º do art. 40 da Constituição, será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência.

§ 1º As remunerações consideradas no cálculo do valor inicial dos proventos terão os seus valores atualizados, mês a mês, de acordo com a variação integral do índice fixado para a atualização dos salários-de-contribuição considerados no cálculo dos benefícios do regime geral da previdência social.

§ 2º Na hipótese da não-instituição de contribuição para o regime próprio durante o período referido no caput, considerar-se-á, como base de cálculo dos proventos, a remuneração do servidor no cargo efetivo no mesmo período.

§ 3º Os valores das remunerações a serem utilizadas no cálculo de que trata este artigo serão comprovados mediante documento fornecido pelos órgãos e entidades gestoras dos regimes de previdência aos quais o servidor esteve vinculado.

§ 4º Para os fins deste artigo, as remunerações consideradas no cálculo da aposentadoria não poderão ser:

I - inferiores ao valor do salário mínimo;

II - superiores aos valores dos limites máximos de remuneração no serviço público do respectivo ente; ou

III - superiores ao limite máximo do salário-de-contribuição, quanto aos meses em que o servidor esteve vinculado ao regime geral de previdência social.

§ 5º Os proventos, calculados de acordo com o caput, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

Page 247: 1.Manual Do Siapecad

247

Art. 2º Aos dependentes dos servidores titulares de cargo efetivo e dos aposentados de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, falecidos a partir da data de publicação desta Medida Provisória, será concedido o benefício de pensão por morte, que será igual:

I - à totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite; ou

II - à totalidade da remuneração de contribuição percebida pelo servidor no cargo efetivo na data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite.

Art. 3º Para os fins do disposto no inciso XI do art. 37 da Constituição, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que mantenham regime próprio de previdência social de que trata o art.40 da Constituição, manterão sistema integrado de dados relativos às remunerações, proventos e pensões pagos aos respectivos servidores e militares, ativos e inativos e pensionistas, na forma do regulamento.

Art. 4º A Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 1º .......................................................................

....................................................................................................

X - vedação de inclusão nos benefícios, para efeito de cálculo e percepção destes, de parcelas remuneratórias pagas em decorrência de função de confiança ou de cargo em comissão, exceto quando tais parcelas integrarem a remuneração de contribuição do servidor que se aposentar com fundamento no art. 40 da Constituição, respeitado, em qualquer hipótese, o limite previsto no § 2º do citado artigo;

XI - vedação de inclusão nos benefícios, para efeito de cálculo e percepção destes, de parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho ou do abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº41, de 19 de dezembro de 2003.

........................................................................................” (NR)

“Art. 2º A contribuição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios aos respectivos regimes próprios de previdência social não poderá ser inferior ao valor da contribuição do segurado nem superior ao dobro desta contribuição.

§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários.

Page 248: 1.Manual Do Siapecad

248

§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios encaminharão ao Ministério da Previdência Social demonstrativo das receitas e despesas do respectivo regime próprio, correspondente a cada bimestre, até trinta dias após o seu encerramento, na forma do regulamento.” (NR)

Art. 5º A Lei nº 9.783, de 28 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos:

“Art. 1ºA. A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de onze por cento, incidente sobre a totalidade da base de contribuição.

§ 1º Entende-se como base de contribuição o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou quaisquer outras vantagens, excluídas:

I - as diárias para viagens;

II - a ajuda de custo em razão de mudança de sede;

III - a indenização de transporte;

IV - o salário-família;

V - o auxílio-alimentação;

VI - o auxílio-creche; e

VII - o abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.

§ 2º O servidor ocupante de cargo efetivo poderá optar pela inclusão na base de contribuição da parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou função de confiança para efeito de cálculo do benefício a ser concedido com fundamento no art. 40 da Constituição, respeitada, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida no § 2º do citado artigo.” (NR)

“Art. 3ºA. Os aposentados e pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, contribuirão com onze por cento, incidente sobre o valor da parcela dos proventos de aposentadorias e pensões concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art.40 da Constituição e pelos arts. 2º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.” (NR)

“Art. 3ºB. Os aposentados e pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, em gozo desses benefícios na data de publicação da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, contribuirão com onze por cento incidente sobre a parcela dos proventos de aposentadorias e pensões que

Page 249: 1.Manual Do Siapecad

249

supere sessenta por cento do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.

Parágrafo único. A contribuição de que trata o caput incidirá sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas aos servidores e seus dependentes que tenham cumprido todos os requisitos para obtenção desses benefícios com base nos critérios da legislação vigente até 31 de dezembro de 2003.” (NR)

“Art. 4ºA. O servidor ocupante de cargo efetivo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas na alínea “a” do inciso III do § 1º do art. 40 da Constituição, no § 5º do art. 2º ou no § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, e que opte por permanecer em atividade fará jus a abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição.” (NR)

“Art. 5ºA. A contribuição da União para o custeio do regime de previdência, de que trata o art. 40 da Constituição, será de vinte e dois por cento, incidente sobre a mesma base de cálculo das contribuições dos respectivos servidores ativos e inativos e pensionistas, devendo o produto de sua arrecadação ser contabilizado em conta específica.

Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do regime, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários.”(NR)

Art. 6º A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:

“Art. 29-B. Os salários-de-contribuição considerados no cálculo do valor do benefício serão corrigidos, mês a mês, de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.” (NR)

Art. 7º O caput do art. 11 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 11. As deduções relativas às contribuições para entidades de previdência privada, a que se refere a alínea “e” do inciso II do art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, e às contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, a que se refere a Lei nº 9.477, de 24 de julho de 1997, cujo ônus seja da própria pessoa física, ficam condicionadas ao recolhimento, também, decontribuições para o Regime Geral de Previdência Social ou, quando for o caso, para regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, observada a contribuição mínima, e limitadas a doze por cento do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos.” (NR).

Page 250: 1.Manual Do Siapecad

250

Art. 8º As contribuições a que se referem os arts. 1ºA, 3ºA e 3ºB da Lei nº 9.783, de 1999, serão exigíveis após decorridos noventa dias da data de publicação desta Medida Provisória.

§ 1º Decorrido o prazo estabelecido no caput, os servidores abrangidos pela isenção de contribuição referida no § 1º do art. 3º e no § 5º do art. 8º da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, passarão a recolher contribuição previdenciária correspondente, fazendo jus ao abono a que se refere o art. 4ºA da Lei nº 9.783, de 1999.

§ 2º A contribuição de que trata o art. 1º da Lei nº 9.783, de 1999, fica mantida até o início do recolhimento da contribuição a que se refere o caput, para os servidores ativos.

Art. 9º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 10. Ficam revogados os §§ 3º, 4º, 5º, 6º e 7º do art. 2º e o art. 2ºA da Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, os arts. 1º, 3º e 4ºda Lei nº 9.783, de 28 de janeiro de 1999, e o art. 8º da Medida Provisória nº 2.187-13, de 24 de agosto de 2001, na parte em que dá nova redação ao inciso X do art. 1º, ao art. 2º e ao art. 2ºA da Lei nº9.717, de 1998.

Brasília, 19 de fevereiro de 2004; 183º da Independência e 116º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Nelson Machado Amir Lando

D.O.U., 20/02/2004

RET., 20/02/2004 - Edição Extra

MENSAGEM: 483964 EMISSAO: 03NOV2004 ASSUNTO: OFICIO-CIRCULAR NR 25/SRH/MP CONCESSAO DO ABONO DE PERMANENCIA OFICIO-CIRCULAR NR 25 /SRH/MP BRASILIA, 29 DE OUTUBRO DE 2004.

AOS DIRIGENTES DE RECURSOS HUMANOS DOS ORGAOS E ENTIDADES DA ADMINISTRACAO PUBLICA FEDERAL DIRETA, AUTARQUICA E FUNDACIONAL. COM O OBJETIVO DE DIRIMIR DUVIDAS SOBRE A CONCESSAO DO ABONO DE PERMANENCIA, ESTABELECIDO PELA EMENDA CONSTITUCIONAL NR

Page 251: 1.Manual Do Siapecad

251

41/2003, INFORMO A VOSSAS SENHORIAS QUE O REFERIDO ABONO EH DEVIDO AOS SERVIDORES QUE PREENCHEREM AS CONDICOES IMPOSTAS PELA NORMA CONSTITUCIONAL, SENDO DEVIDO A PARTIR DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS PARA A OBTENCAO DO BENEFICIO, LIMITADO AA VIGENCIA DA EC NR 41/2003 E CONDICIONADO AA OPCAO EXPRESSA DO SERVIDOR POR PERMANECER EM ATIVIDADE.

ATENCIOSAMENTE SERGIO E A MENDONCA SECRETARIO DE RECURSOS HUMANOS OFÍCIO Nº 155/2004-COGES/SRH/MP

Brasília, 13 de julho de 2004

A Sua Senhoria o Senhor PEDRO RAIMUNDO DA SILVA Coordenador-Geral de Recursos Humanos Ministério do Meio Ambiente Brasília-DF

Assunto: Abono de permanência

Senhor Coordenador,

Em atenção ao fax nº 49 dessa procedência, que consulta sobre o abono permanência, informo que a concessão do abono de permanência ocorrerá mediante a opção do servidor em permanecer em atividade, após implementar os requisitos exigidos pela EC nº 41/2004, devendo haver a publicação do ato em Boletim Interno do órgão ou entidade.

Esclareço ainda que o servidor contemplado com o referido abono não é obrigado a permanecer em atividade até atingir a idade da aposentadoria compulsória, podendo, dessa forma, se aposentar antes de atingir a idade limite de permanência no cargo público efetivo.

Page 252: 1.Manual Do Siapecad

252

Atenciosamente,

CYNTHIA BELTRÃO DE SOUZA GUERRA CURADO Coordenadora Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação de Normas

REQUERIMENTO DE ABONO DE PERMANÊNCIA À Coordenação-Geral de Recursos Humanos.

________________________________________________________, ocupante do cargo de

___________________________________, Classe ________, Padrão ________, matrícula

SIAPE nº _________________, em exercício no (a) ________________________________,

requer seu Abono de Permanência , de acordo com o previsto na EC 41:

( ) art. 1º § 19 – (O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para

aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.)

( ) art. 2º § 5º - (O servidor de que trata este artigo, que tenha completado as exigências para

aposentadoria voluntária estabelecidas no caput, e que opte por permanecer em atividade, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para

aposentadoria compulsória contidas no art. 40, § 1º, II, da Constituição Federal. )

( ) art. 3º § 1º - (O servidor de que trata este artigo que opte por permanecer em atividade tendo

completado as exigências para aposentadoria voluntária e que conte com, no mínimo, vinte e cinco anos de contribuição, se mulher, ou trinta anos de contribuição, se homem, fará jus a um abono de permanência

Nome do Servidor

Page 253: 1.Manual Do Siapecad

253

equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria

compulsória contidas no art. 40, § 1º, II, da Constituição Federal.)

LOCAL/DATA

ASSINATURA

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 47

Altera os arts. 37, 40, 195 e 201 da Constituição Federal, para dispor sobre a previdência social, e dá outras providências.

AS MESAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Art. 1º Os arts. 37, 40, 195 e 201 da Constituição Federal passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 37. ................................................................................... ...........................................................................................................

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.” (NR)

“Art. 40. ................................................................................... ...........................................................................................................

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

I - portadores de deficiência;

II - que exerçam atividades de risco;

III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

Page 254: 1.Manual Do Siapecad

254

...........................................................................................................

§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.” (NR)

“Art. 195. ................................................................................. ...........................................................................................................

§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.

...............................................................................................” (NR)

“Art. 201. ................................................................................. ..........................................................................................................

§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.

...........................................................................................................

§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo.

§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social.” (NR)

Art. 2º Aplica-se aos proventos de aposentadorias dos servidores públicos que se

aposentarem na forma do caput do art. 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, o disposto no art. 7º da mesma Emenda.

Art. 3º Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas estabelecidas

pelo art. 40 da Constituição Federal ou pelas regras estabelecidas pelos arts. 2º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, o servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que tenha ingressado no serviço público até 16 de dezembro de 1998 poderá aposentar-se

Page 255: 1.Manual Do Siapecad

255

com proventos integrais, desde que preencha, cumulativamente, as seguintes condições:

I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;

II - vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço público, quinze anos de carreira e cinco anos no cargo em que se der a aposentadoria;

III - idade mínima resultante da redução, relativamente aos limites do art. 40, § 1º, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, de um ano de idade para cada ano de contribuição que exceder a condição prevista no inciso I do caput deste artigo.

Parágrafo único. Aplica-se ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas

com base neste artigo o disposto no art. 7º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, observando-se igual critério de revisão às pensões derivadas dos proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade com este artigo.

Art. 4º Enquanto não editada a lei a que se refere o § 11 do art. 37 da Constituição Federal, não será computada, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput do mesmo artigo, qualquer parcela de caráter indenizatório, assim

definida pela legislação em vigor na data de publicação da Emenda Constitucional nº 41, de 2003.

Art. 5º Revoga-se o parágrafo único do art. 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.

Art. 6º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, com

efeitos retroativos à data de vigência da Emenda Constitucional nº 41, de 2003.

Brasília, em 5 de julho de 2005

D.O.U., 06/07/2005

SIAPE,SIAPECAD,APOSENTADO,PREAPOSENT - CAEMTRQAPO Consulta Mapa de tempo de serviço SIAPE,SIAPECAD,APOSENTADO,APOSENTAD - CAAPSERVID Aposenta servidor SIAPE,SIAPECAD,APOSENTADO,APOSENTAD - CAINAPOSEN Incluir aposentado que não tenha cadastro no sistema, um ingresso de um aposentado SIAPE,SIAPECAD,APOSENTADO,APOSENTAD - CAENEXCAPO (encerra aposentadoria por FALECIMENTO)

Page 256: 1.Manual Do Siapecad

256

INSTIUIDOR DE PENSÃO SIAPE,CADSIAPE,CADASTRO,OCORFUNC – CDATSITFUN Depois da informação de falecimento no cadastro do servidor, fazer modificação funcional para EST15 SIAPE,PENSAO, PSINSPEN – CDINPSINST Quando o servidor não estiver na base do sistema e tiver que inclui-lo como instituidor. BENEFICIÁRIO DE PENSÃO

Art. 215 Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valor correspondente ao da respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito, observado o limite estabelecido no art. 42.

Art. 216 As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e temporárias.

§ 1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente se extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários.

§ 2º A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação de invalidez ou maioridade do beneficiário.

Art. 217 São beneficiários das pensões:

I - vitalícia:

a) o cônjuge;

b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia;

c) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade familiar;

d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor;

e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a dependência econômica do servidor;

II - temporária:

a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;

b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade;

Page 257: 1.Manual Do Siapecad

257

c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor;

d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.

§ 1º A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas "a" e "c" do inciso I deste artigo exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas "d" e "e".

§ 2º A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas "a" e "b" do inciso II deste artigo exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas "c" e "d".

Art. 218 A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão temporária.

§ 1º Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.

§ 2º Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária.

§ 3º Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

Art. 219 A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida.

Art. 220 Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do servidor.

Art. 221 Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes casos:

I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;

II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço;

III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de segurança.

Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente

Page 258: 1.Manual Do Siapecad

258

cancelado.

Art. 222 Acarreta perda da qualidade de beneficiário:

I - o seu falecimento;

II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge;

III - a cessação de invalidez em se tratando de beneficiário inválido;

IV - a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos 21 (vinte e um) anos de idade;

V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;

VI - a renúncia expressa.

Art. 223 Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverterá:

I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os titulares da pensão temporária, se não houver pensionista remanescente da pensão vitalícia;

II - da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão vitalícia.

Art. 224 As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no parágrafo único do art. 189.

Art. 225 Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de duas pensões.

LEI Nº 10.887, DE 18 DE JUNHO DE 2004

Dispõe sobre a aplicação de disposições da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, altera dispositivos das Leis nºs 9.717, de 27 de novembro de 1998, 8.213, de 24 de julho de 1991, 9.532, de 10 de dezembro de 1997, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º No cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores titulares de cargo efetivo de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, previsto no § 3º do art. 40 da

Page 259: 1.Manual Do Siapecad

259

Constituição Federal e no art. 2º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência.

§ 1º As remunerações consideradas no cálculo do valor inicial dos proventos terão os seus valores atualizados mês a mês de acordo com a variação integral do índice fixado para a atualização dos salários-de-contribuição considerados no cálculo dos benefícios do regime geral de previdência social.

§ 2º A base de cálculo dos proventos será a remuneração do servidor no cargo efetivo nas competências a partir de julho de 1994 em que não tenha havido contribuição para regime próprio.

§ 3º Os valores das remunerações a serem utilizadas no cálculo de que trata este artigo serão comprovados mediante documento fornecido pelos órgãos e entidades gestoras dos regimes de previdência aos quais o servidor esteve vinculado ou por outro documento público, na forma do regulamento.

§ 4º Para os fins deste artigo, as remunerações consideradas no cálculo da aposentadoria, atualizadas na forma do § 1º deste artigo, não poderão ser:

I - inferiores ao valor do salário-mínimo;

II - superiores ao limite máximo do salário-de-contribuição, quanto aos meses em que o servidor esteve vinculado ao regime geral de previdência social.

§ 5º Os proventos, calculados de acordo com o caput deste artigo, por ocasião de sua concessão, não poderão ser inferiores ao valor do salário-mínimo nem exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria.

Art. 2º Aos dependentes dos servidores titulares de cargo efetivo e dos aposentados de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, falecidos a partir da data de publicação desta Lei, será concedido o benefício de pensão por morte, que será igual:

I - à totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, acrescida de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite; ou

II - à totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo na data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, acrescida de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite, se o falecimento ocorrer quando o servidor ainda estiver em atividade.

Page 260: 1.Manual Do Siapecad

260

Parágrafo único. Aplica-se ao valor das pensões o limite previsto no art. 40, § 2º, da Constituição Federal.

Art. 3º Para os fins do disposto no inciso XI do art. 37 da Constituição Federal, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão sistema integrado de dados relativos às remunerações, proventos e pensões pagos aos respectivos servidores e militares, ativos e inativos, e pensionistas, na forma do regulamento.

Art. 4º A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de 11% (onze por cento), incidente sobre a totalidade da base de contribuição.

§ 1º Entende-se como base de contribuição o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou quaisquer outras vantagens, excluídas:

I - as diárias para viagens;

II - a ajuda de custo em razão de mudança de sede;

III - a indenização de transporte;

IV - o salário-família;

V - o auxílio-alimentação;

VI - o auxílio-creche;

VII - as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;

VIII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança; e

IX - o abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição

Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.

§ 2º O servidor ocupante de cargo efetivo poderá optar pela inclusão na base de contribuição de parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, para efeito de cálculo do benefício a ser concedido com fundamento no art. 40 da Constituição

Federal e art. 2º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, respeitada, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida no § 2º do art. 40 da Constituição Federal.

Art. 5º Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de aposentadorias e pensões

Page 261: 1.Manual Do Siapecad

261

concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição

Federal e nos arts. 2º e 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.

Art. 6º Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, em gozo desses benefícios na data de publicação da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre a parcela dos proventos de aposentadorias e pensões que supere 60% (sessenta por cento) do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.

Parágrafo único. A contribuição de que trata o caput deste artigo incidirá sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas aos servidores e seus dependentes que tenham cumprido todos os requisitos para obtenção desses benefícios com base nos critérios da legislação vigente até 31 de dezembro de 2003.

Art. 7º O servidor ocupante de cargo efetivo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas na alínea a do inciso III do § 1º do art.

40 da Constituição Federal, no § 5º do art. 2º ou no § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, e que opte por permanecer em atividade fará jus a abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal.

Art. 8º A contribuição da União, de suas autarquias e fundações para o custeio do regime de previdência, de que trata o art. 40 da Constituição Federal, será o dobro da contribuição do servidor ativo, devendo o produto de sua arrecadação ser contabilizado em conta específica.

Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do regime decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários.

Art. 9º A unidade gestora do regime próprio de previdência dos servidores, prevista

no art. 40, § 20, da Constituição Federal :

as I - contará com colegiado, com participação paritária de representantes e de servidores dos Poderes da União, cabendo-lhes acompanhar e fiscalizar sua administração, na forma do regulamento;

II - procederá, no mínimo a cada 5 (cinco) anos, a recenseamento previdenciário, abrangendo todos os aposentados e pensionistas do respectivo regime;

III - disponibilizará ao público, inclusive por meio de rede pública de transmissão de dados, informações atualizadas sobre as receitas e despesas do respectivo regime, bem como os critérios e parâmetros adotados para garantir o seu equilíbrio financeiro e atuarial.

Page 262: 1.Manual Do Siapecad

262

Art. 10. A Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, com a redação dada pela

Medida Provisória nº 2.187-13, de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com seguintes alterações:

“Art. 1º .....................................................................................

...........................................................................................................

X - vedação de inclusão nos benefícios, para efeito de percepção destes, de parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho, de função de confiança ou de cargo em comissão, exceto quando tais parcelas integrarem a remuneração de contribuição do servidor que se aposentar com fundamento no art. 40 da Constituição Federal, respeitado, em qualquer hipótese, o limite previsto no § 2º do citado artigo;

XI - vedação de inclusão nos benefícios, para efeito de percepção destes, do abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do

art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.

...............................................................................................” (NR)

“Art. 2º A contribuição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, aos regimes próprios de previdência social a que estejam vinculados seus servidores não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao dobro desta contribuição.

§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são responsáveis pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do respectivo regime próprio, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários.

§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios publicarão, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, demonstrativo financeiro e orçamentário da receita e despesa previdenciárias acumuladas no exercício financeiro em curso.

§ 3º (revogado)

§ 4º (revogado)

§ 5º (revogado)

§ 6º (revogado)

§ 7º (revogado)” (NR)

“Art. 3º As alíquotas de contribuição dos servidores ativos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para os respectivos regimes próprios de previdência social não serão inferiores às dos servidores titulares de cargos efetivos da União, devendo

Page 263: 1.Manual Do Siapecad

263

ainda ser observadas, no caso das contribuições sobre os proventos dos inativos e sobre as pensões, as mesmas alíquotas aplicadas às remunerações dos servidores em atividade do respectivo ente estatal.” (NR)

Art. 11. A Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 12. ...................................................................................

I - ..............................................................................................

...........................................................................................................

j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;

...............................................................................................” (NR)

“Art. 69. ...................................................................................

...........................................................................................................

§ 4º Para efeito do disposto no caput deste artigo, o Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS procederão, no mínimo a cada 5 (cinco) anos, ao recenseamento previdenciário, abrangendo todos os aposentados e pensionistas do regime geral de previdência social.” (NR)

“Art. 80. ...................................................................................

..........................................................................................................

VII - disponibilizará ao público, inclusive por meio de rede pública de transmissão de dados, informações atualizadas sobre as receitas e despesas do regime geral de previdência social, bem como os critérios e parâmetros adotados para garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do regime.” (NR)

Art. 12. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 11. ...................................................................................

I - ..............................................................................................

..........................................................................................................

j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;

...............................................................................................” (NR)

Page 264: 1.Manual Do Siapecad

264

“Art. 29-B. Os salários-de-contribuição considerados no cálculo do valor do benefício serão corrigidos mês a mês de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.”

Art. 13. O art. 11 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 11. As deduções relativas às contribuições para entidades de previdência

privada, a que se refere a alínea e do inciso II do art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, e às contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programada

Individual - Fapi, a que se refere a Lei nº 9.477, de 24 de julho de 1997, cujo ônus seja da própria pessoa física, ficam condicionadas ao recolhimento, também, de contribuições para o regime geral de previdência social ou, quando for o caso, para regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, observada a contribuição mínima, e limitadas a 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos.

§ 1º Aos resgates efetuados pelos quotistas de Fundo de Aposentadoria Programada Individual - Fapi aplicam-se, também, as normas de incidência do

imposto de renda de que trata o art. 33 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995.

§ 2º Na determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, o valor das despesas com contribuições para a previdência privada, a

que se refere o inciso V do art. 13 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e para os Fundos de Aposentadoria Programada Individual - Fapi, a que se refere a

Lei nº 9.477, de 24 de julho de 1997, cujo ônus seja da pessoa jurídica, não poderá exceder, em cada período de apuração, a 20% (vinte por cento) do total dos salários dos empregados e da remuneração dos dirigentes da empresa, vinculados ao referido plano.

§ 3º O somatório das contribuições que exceder o valor a que se refere o § 2º deste artigo deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido.

§ 4º O disposto neste artigo não elide a observância das normas do art. 7º da Lei nº 9.477, de 24 de julho de 1997.

§ 5º Excetuam-se da condição de que trata o caput deste artigo os beneficiários de aposentadoria ou pensão concedidas por regime próprio de previdência ou pelo regime geral de previdência social.” (NR)

Art. 14. O art. 12 da Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, passa a vigorar com a seguinte redação:

Page 265: 1.Manual Do Siapecad

265

“Art. 12. Para fins de compensação financeira entre o regime geral de previdência social e os regimes próprios de previdência social dos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, os regimes instituidores apresentarão aos regimes de origem até o mês de maio de 2007 os dados relativos aos benefícios em manutenção em 5 de maio de 1999 concedidos a partir da promulgação da Constituição Federal.” (NR)

Art. 15. Os proventos de aposentadoria e as pensões de que tratam os arts. 1º e 2º desta Lei serão reajustados na mesma data em que se der o reajuste dos benefícios do regime geral de previdência social.

Art. 16. As contribuições a que se referem os arts. 4º, 5º e 6º desta Lei serão exigíveis a partir de 20 de maio de 2004.

§ 1º Decorrido o prazo estabelecido no caput deste artigo, os servidores abrangidos

pela isenção de contribuição referida no § 1º do art. 3º e no § 5º do art. 8º da

Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, passarão a recolher contribuição previdenciária correspondente, fazendo jus ao abono a que se refere o art. 7º desta Lei.

§ 2º A contribuição de que trata o art. 1º da Lei nº 9.783, de 28 de janeiro de 1999, fica mantida até o início do recolhimento da contribuição a que se refere o caput deste artigo, para os servidores ativos.

Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 18. Ficam revogados os §§ 3º, 4º, 5º, 6º e 7º do art. 2º, o art. 2ºA e o art. 4º da

Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, o art. 8º da Medida Provisória nº 2.187-13,

de 24 de agosto de 2001, na parte em que dá nova redação ao inciso X do art. 1º, ao

art. 2º e ao art. 2ºA da Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, e a Lei nº 9.783, de 28 de janeiro de 1999.

Brasília, 18 de junho de 2004; 183º da Independência e 116º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Guido Mantega

Amir Lando

D.O.U., 21/06/2004

SIAPE,PENSÃO,PSBENEF – CDINPSBENE Inclusão de beneficiário de pensão civil SIAPE,PENSÃO,PSBENEF – CDCOPSBENE Consulta beneficiário

Page 266: 1.Manual Do Siapecad

266

RECURSOS HUMANOS Cadastra todas as informações pessoais de pessoa física que poderá ser referenciada em qualquer módulo do SIAPECAD através do CPF, matrícula ou código de controle do RH. SIAPE,SIAPECAD,DADOSPESS,RH,INCALTRH– CAIASERVID (inclui/altera servidor) PROVIMENTO EXCEPCIONAL

Esta transação é utilizada para incluir Provimento de Cargos excepcionais Incluir o DL pelo Módulo de Documento Legal SIAPE,PROCDOCPUB,DL,DOCLEGAL – DPEDITADL Finalizar o DL SIAPE,PROCDOCPUB,DL,DOCLEGAL – DPFINAL

INCLUIR RH SIAPE,SIAPECAD,DADOSPESS,RH,INCALTRH – CAIASERVID (inclui/altera servidor) Cadastrar todas as informações pessoais de pessoa física que poderá ser referenciada em qualquer módulo do SIAPECAD através do CPF, matrícula ou código de controle do RH