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ARMP Aula 1 Conceitos e Princpios 1 Introduo Ao longo da histria a Administrao sempre foi e ser reflexo dos movimentos econmicos e sociais. Assim foi com as primeiras escolas administrativas, cujas teorias nada mais eram que o compndio do conhecimento humano aplicado s organizaes, numa tentativa de ordenar o funcionamento de modo a acelerar os resultados e torn-los timos. Desta maneira a produtividade era meta a alcanar para que o sucesso fosse certo e o lucro concreto, palpvel e aprecivel. Acontece que o fator humano, considerado apenas como um recurso disponvel para a execuo das tarefas, tambm sofre influncias, desgastes, desequilbrios dentro de um processo intenso de produo. Focar o homem passou de teoria a fato; necessrio foi criar alternativas para propiciar condies de trabalho favorveis; perceber no fator humano uma pea de suma importncia nas organizaes para alcance de metas e objetivos tornou-se preocupao dos administradores, inserindo maior necessidade de busca do conhecimento dos fatores de motivao, suas aplicaes e conseqncias, dentro das organizaes. Entender a figura humana, seu agrupamento e sua liderana, embasava o administrador de ferramental suficiente para direcionar os talentos dos seus colaboradores nas tarefas do cotidiano. A prpria viso da organizao como um sistema dinmico dinamizou as atividades e processos, dando-lhes novas perspectivas e, por conseqncia, novos resultados. A contingncia, ou seja, a situao no prevista, comeou a acontecer com menor espao de tempo, exigindo capacitao e preciso para solucion-la. Tempo passou a representar capital e os investimentos no poderam mais acontecer revelia de um planejamento e de uma estratgia bem definidos. A administrao entra na era moderna como um centro de confluncia do conhecimento humano. As mais diversas reas aplicam dentro das organizaes a confirmao e o desenvolvimento de seus conceitos. Harmonizar e otimizar todos os processos, conduzindo-os de forma ordenada para os objetivos delineados fez da Administrao uma refinada ferramenta que exige no somente uma formao acadmica, mas a especializao dentro dos mais diversos setores da economia, desde a tomada de deciso at o nvel operacional. Novos conceitos surgiram, aumentando a complexidade para as decises e forjando o perfil, cada vez mais especializado, dos profissionais.

A NECESSIDADE, MOLA MESTRATodo o processo produtivo da humanidade fruto da escassez. medida que o homem se via desprovido de soluo para os problemas, a ansiedade para buscar alternativas crescia, impulsionando-o na aventura de desvendar o conhecimento e aplic-lo na elaborao de artefatos adequados para as necessidades. Logo, concluiremos que o conhecimento, e tudo que dele derivou, formou-se em funo do prprio exerccio de sobrevivncia da raa humana. At a formao dos primeiros registros de conhecimento, muito esforo foi gasto em tentativas e erros, muitas vezes implicando na perda da soluo devido morte dos indivduos que retinham o pouco que sabiam sobre a situao e a necessidade. Registrar, no somente para comunicar, como tambm para perpetuar tornou-se necessidade extrema, levando-nos gerao de nossos smbolos de expresso, a fim de concretizar e preservar o que conquistramos at aquele momento. Graas a esses registros nosso conhecimento expandiu, possibilitando solues mais eficazes para problemas comuns e tambm complexos. Alm disso, esse mesmo conhecimento est cada vez mais disponvel e torna-se diferencial de competncia e sucesso no somente entre os profissionais como tambm entre as organizaes. Reter conhecimento e aplic-lo de forma adequada e eficiente, hoje, fator determinante de poder. 1

ARMP Aula 1 Conceitos e Princpios Da mesma forma as organizaes justificam sua existncia por atenderem de forma tima s necessidades dos clientes. A necessidade a mola mestra do processo de produo na medida em que s produziremos aquilo que possa atender aos anseios dos clientes e retorne, de alguma forma, capital para garantir a continuidade do processo. Para produzir precisamos de recursos materiais, financeiros e humanos, entretanto os recursos materiais, foco da nossa matria, desviam nossa ateno pela cadeia de estgios, processos e decises pelos quais passam, a fim de suprir nossa linha de produo que ir transform-los, os recursos materiais, em novos recursos capazes de alimentar uma outra linha de produo ou atender aos pedidos dos clientes finais ( como clientes finais tomemos os indivduos ou empresas que no transformaro o recurso recebido ). Na verdade, desde a captao dos recursos materiais, passando pela transformao dos mesmos, quando precisamos armazen-los de formas especficas, at a disponibilizao do produto acabado clientela, teremos todo um conjunto de processos e tarefas que exigiro providncias para manter a qualidade do processo e do produto. Instalaes para acomodao, equipamentos para movimentao, planejamento de reas para posicionamento, controle de quantidades, solues de transporte, desdobramento de reas para disponibilizao so somente um exemplo de um conjunto de situaes que geraro problemas e determinaro o sucesso da organizao. Com o aumento das exigncias dos clientes e o crescimento da abrangncia geogrfica das organizaes o setor de materiais saiu de uma abordagem minimalista para fator de mensurao do crescimento e da qualidade das empresas. O investimento no setor cresceu de tal forma a movimentar muitas outras reas para proverem condies ao bom funcionamento dos servios. No h como uma empresa funcionar sem a existncia de recursos, sejam eles financeiros, humanos ou materiais. Esta disciplina ir focar a sua ateno sobre estes ltimos, sejam eles no que diz respeito aos insumos ou aos bens patrimoniais indispensveis no processo de fabricao. Com a crescente concorrncia existente por participao no mercado consumidor as empresas buscam identificar formas de melhorar seus desempenhos, encontrando maneiras diferentes de obterem vantagens competitivas. Uma das formas de obter uma vantagem, se no competitiva, mas pelo menos comparativa atravs de uma boa gesto dos recursos materiais e patrimoniais.

Com os custos crescentes importante gerir bem seus estoques e seu patrimnio produtivo de forma a utiliz-los com a mxima eficincia e eficcia. 2

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2 - A IMPORTNCIA DA ADMINISTRAO DE MATERIAIS E SUA AMPLITUDESendo o ambiente competitivo como faz-se necessrio a busca de alternativas de vencer os concorrentes. A administrao de materiais bastante ampla e pode contribuir a partir do momento que envolve as seguintes atividades: Gerenciamento dos recursos materiais: Gerenciamento dos estoques: Materiais auxiliares Matria-prima Produtos/materiais em processo Produtos acabados Gerenciamento dos Recursos Patrimoniais: Equipamentos Instalaes, prdios, veculos, etc. Compras: O que deve ser comprado Como deve ser comprado Quando deve ser comprado Onde deve ser comprado De quem deve ser comprado Por qual preo deve ser comprado Em que quantidade deve ser comprado Logstica interna e Logstica Externa 3

ARMP Aula 1 Conceitos e Princpios Um dos grandes indicadores do desenvolvimento organizacional, a rea de materiais assume diversas configuraes de acordo com a evoluo das empresas, retratando o investimento, a importncia e o crescimento das mesmas. De modo geral, teremos algumas configuraes, tais como: - Organizao em pequenas e mdias empresas: - Departamento de Suprimentos ou - Departamento de Administrao de Materiais. - Organizao em grandes empresas: - rgo de Compras; - rgo de planejamento e controle de materiais: - Armazenamento; - Programao; - Logstica interna; - Logstica externa. No obstante a configurao da rea dentro da organizao, a qualidade dos servios, levando ao aumento da preciso dos processos com resultados timos, cumprimento de prazos e continuidade de fluxos sero objetivos alcanados com a manuteno de detalhes importantes para aumento da lucratividade. Imprescindivelmente a organizao precisa de planejamento cuidadoso e superviso constante, a fim de evoluir seus processos e melhor-los continuamente. Afinal de contas, alcanar a satisfao do cliente, garantir a sobrevivncia da empresa e obter lucro atravs de suas atividades sero pontos cruciais para o sucesso. 3 - VISO SISTMICA DOS MATERIAIS E DO PATRIMNIO ARMP

Catalogao

Armazenagem

Movimentao

Distribuio Custos

Compras

Os subsistemas que compem a ARMP formam um conjunto de atividades encadeadas onde o processo produtivo evolui de forma a viabilizar a transformao do recurso material do seu estgio de matria-prima at produto finalizado, incluindo a disponibilizao do mesmo ao cliente-alvo. A Catalogao criar o ambiente necessrio para o gerenciamento da base de conhecimento sobre os itens de suprimento e sua manipulao, atravs da gerao de normas tcnicas, proporcionando base suficiente para os investimentos em equipamentos de acomodao, manipulao e movimentao. Atravs da catalogao a ARMP consolida seus padres, possibilitando a aplicao dos mesmos no exerccio do cotidiano. A Armazenagem o subsistema que agrupa a maior parte dos processos e exige controles cada vez mais sofisticados. A guarda, manipulao, recepo e o gerenciamento das quantidades tero suas execues com volumes e modos diferenciados de forma a alcanar nveis de excelncia que proporcionem preciso no cumprimento dos prazos e agilidade na apurao dos valores e coleta das informaes. A movimentao proporcionar a dinamicidade dos processos tanto dentro das instalaes, como entre as mesmas. A organizao das instalaes aliada ao planejamento consoante aos objetivos estratgicos da empresa sero consolidadas com utilizao de equipamentos adequados para acomodao, transporte e 4

ARMP Aula 1 Conceitos e Princpios manipulao, bem como a aplicao de mtodos e tcnicas padronizados que colaboraro com a obteno dos desejados nveis timos de servios. A distribuio o subsistema que contribui para a confluncia de atividades de vrios outros setores da empresa com a ARMP. A abrangncia geogrfica e suas conseqncias, o desdobramento dos estoques, a criao de instalaes com capacidade adequada s diretivas comerciais e de divulgao da empresa sero preocupaes advindas da distribuio, bem como as solues dos modais de transporte que possibilitem a preciso dos prazos e o cumprimento das tarefas. O subsistema de custos resulta das informaes dos processos da ARMP, onde os valores precisam de anlise consistente para suporte s decises sobre ocasies de compras e possibilidades de quantidades adequadas para os processos produtivos. Finalmente o subsistema de compras consolida a viso sistmica da ARMP, uma vez que o processo de aquisio no simplesmente resume-se ao ato de procuraaquisio-pagamento. Informaes de vrias reas da organizao so consolidadas para aumentar a eficincia da compra, evitando os desperdcios, a perda dos investimentos, as compras desnecessrias e a harmonizao dos objetivos estratgicos com a escassez de recursos e as sazonalidades da demanda. Assim, a ARMP mostra-se uma rea de confluncia de conhecimentos organizacionais e de tecnologia que precisam de coordenao, controle e superviso, levando-nos a confirmao dos princpios administrativos. Independente da constatao, o profissional de ARMP precisa conscientizar-se da necessidade de reduo do empirismo nas atividades e da insero de solues voltadas para as situaes de forma precisa e economicamente vivel. Tcnicas e metodologias para a armazenagem como o Just-in-Time ou o Kanban, que revolucionaram a concepo dos estoques necessrios e manuteno dos fluxos de materiais, pessoas e equipamentos, ou as tcnicas de parcerias como o comakership, advindas da evoluo das relaes com os fornecedores, elevando-os a condio de parceiros e co-participantes dos processos produtivos e incluindo as figuras das polticas de fornecedores e compras; alm do controle das possibilidades de terceirizao de servios tornaram-se pontos cruciais de conhecimento para os profissionais, exigindo conhecimento e pr-atividade dos mesmos nas decises e aplicaes. 4 A HARMONIZAO ESTRATGICA A evoluo administrativa absorveu conceitos, antes aplicados outras esferas de atividades, tais como os relacionados estratgia. Tipicamente de cunho militar a estratgia foi adaptada batalha entre as organizaes para conquista de supremacia no mercado consumidor. No obstante a iluso metafrica, os conceitos de estratgia passaram a compor as atividades de deciso da organizao, fundindose ao planejamento e delineao dos seus objetivos e metas, modificando a atuao dos setores da organizao de forma coordenada e direcionada. No contexto, as decises relativas ARMP no somente tomam direo estratgica como conduzem atividades aparentemente desconexas ao cumprimento de metas e objetivos alinhados com as metas e objetivos do planejamento da organizao. Consolidar tarefas para cumprir prazos so um desafio constante para a ARMP, pelo fato da necessidade de incluso de diversos setores diferentes num nico processo.

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5 CONCEITOS PRINCIPAIS - Bens: tudo aquilo suscetvel de avaliao e que tenha qualidade de satisfazer a uma necessidade humana. - Classificam-se em : - Quanto a Materialidade: - Corpreos e Incorpreos Marcas; - Materiais e imateriais registros, jazidas; - Tangveis e intangveis patentes; - Quanto a mobilidade: Mveis e Imveis; - Quanto a Divisibilidade: Divisveis e indivisveis; - Quanto a Disponibilidade: Disponveis e indisponveis; - Quanto a fungibilidade (capacidade de fundir, misturar a outros bens sem que percam as caractersticas): - fungveis: podem ser substitudos por bens de outra natureza; - infungveis: so insubstituveis; - Divises: - Bens de Capital: utilizados para a fabricao de outros bens (mquinas e instalaes); - Bens de Consumo Durveis: Duram mais de um perodo fiscal ou mais de um ano; - Bens de Consumo no-Durveis: Deterioram-se ou acabam antes do trmino de um perodo fiscal, ou um ano;

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ARMP Aula 1 Conceitos e Princpios - Recurso Material: a designao genrica usada no singular, englobando qualquer bem ocupante de espao fsico tais como peas, componentes, acessrios, utenslios, matria-prima, de uso em expediente e outros em geral, considerados como itens de suprimento, destinados a utilizao em toda e qualquer atividade, independentemente de sua condio, demanda, custo, ou finalidade de uso. - Recurso Patrimonial: o complexo de bens TANGVEIS (Corpreos ou concretos), tais como: mveis, imveis, terrenos, veculos, etc, ou INTANGVEIS, direitos, promissrias, ttulos, aes e posses, e tudo mais que pertencer a uma empresa e seja sucetvel de apreciao econmica. - Fornecedor: firma/pessoa fsica fornecedora de material, independente de sua atividade, localizao ou categoria comercial. - Estratgia: Ordenamentos, etapas, passos e procedimentos previstos para o alcance de uma meta / objetivo. - Custos: Medidas monetrias dos valores financeiros com os quais uma organizao, pessoa ou governo deve arcar para atingir objetivo(s), tais como: utilizao de um produto/servio qualquer na obteno de outros bens/servios. So registrados para avaliao do(s) processo(s). - tica Contbil: Medidas monetrias da aplicao de bens e servios na produo de outros bens/servios durante um ou mais processos de fabricao. - Despesa: Gasto necessrio para obteno de receita. So gastos que no se identificam com o processo de transformao ou produo dos bens/produtos. Relacionados aos gastos com estrutura administrativa e comercial da organizao: aluguel, salrios e encargos, pr-labore, telefone, propaganda, impostos, comisses, etc. So relacionados na Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE). - DESPESA CUSTO. - Despesa -> Manuteno das Atividades. - Custo -> Processo produtivo. - Administrao de Recursos Materiais e Patrimoniais um ramo especializado da cincia da administrao que trata especificamente de um conjunto de normas relacionadas com a gerncia de artigos essenciais necessrios produo de produtos e servios. Estabelecendo mtodos e tcnicas de padres para execuo racional de suas atividades visando prever e prover o materiais necessrios aos diversos setores da empresa a tempo certo e pelo menor custo, a fim de atingir os objetivos propostos. Recursos Materiais (RM) Estado: sempre fsico Contbil: Valor baixo Material de consumo Tratamento: Controle: coletivo Recursos Patrimoniais (RP) No necessariamente fsico Valor alto Material permanente Controle: individual

- Logstica : A Logstica a rea da Administrao que cuida do transporte e armazenamento das mercadorias. o conjunto de: Planejamento, Operao e Controle do Fluxo de Materiais, Mercadorias, Servios e Informaes da Empresa, 7

ARMP Aula 1 Conceitos e Princpios integrando e racionalizando as funes sistmicas, desde a Produo at a Entrega, assegurando vantagens competitivas na Cadeia de Distribuio e, conseqentemente, a satisfao dos clientes.; - Cadeia de Suprimentos (Supply chain): O conceito cadeia de suprimentos pode ser expresso como uma rede de organizaes envolvidas em diferentes processos e atividades, com o objetivo de fornecer produtos e servios que satisfaam as necessidades dos clientes. - Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ou supply chain management (SCM): Estratgia de negcio que visa o aumento do valor da cadeia e de seus clientes, atravs da otimizao do fluxo de produtos, servios e informaes relacionadas. Para um efetivo gerenciamento da cadeia, necessrio o aporte de tecnologia de informao, como os aplicativos para gerenciamento da cadeia de suprimentos ou supply chain management applications. A competio imposta pela economia mundial e a constante evoluo da tecnologia influenciaram a concepo dos aplicativos para gerenciamento da cadeia de suprimentos. Eles passaram de ferramentas estticas de apoio aos processos para ferramentas com funes estratgicas, fazendo do gerenciamento da cadeia de suprimentos um diferencial competitivo. Esses aplicativos so compostos de vrios componentes cujo objetivo a automatizao dos processos da cadeia de suprimentos. Eles podem apoiar o planejamento e a execuo na cadeia. Os aplicativos para o planejamento compreendem funcionalidades que apiam processos como previso de demanda, relacionamento com fornecedores, planejamento e programao das operaes de produo, planejamento e programao das operaes de transporte. Consideram restries de recursos e utilizam algoritmos de otimizao. J na execuo so suportados processos como criao de ordens de compra, venda, gerenciamento de estoque, movimentao de materiais, entrega de produtos aos clientes, ou seja, suportada a execuo dos planos criados. Para a empresa alem SAP, fornecedora de aplicativos para o gerenciamento da cadeia de suprimentos, o crescimento de seu market-share em 2003 deveu-se, principalmente, ao crescimento de 36% do mercado de aplicativos para o planejamento da cadeia de suprimentos, tambm conhecidos como aplicativos de planejamento avanado, ou advanced planning systems (APS). A funo de planejamento, apoiada pelos aplicativos de planejamento avanado, compreende processos de outras cadeias de suprimento e tem como objetivo o desenvolvimento de estratgias para balancear recursos, de forma a atender os clientes. Parte da funo planejamento estabelece processos para atender requerimentos de suprimento, manufatura e entrega, alm de possuir indicadores para o monitoramento da cadeia. O processo de planejamento tambm assegura um gerenciamento efetivo das regras de negcio e a aderncia do plano da cadeia de suprimento ao plano financeiro da empresa. O planejamento da demanda, por exemplo, auxilia os usurios a determinar quantos produtos devem ser produzidos para atender as variaes na demanda. Os aplicativos de suporte ao processo de planejamento utilizam otimizao baseada em restries, que considera mltiplas restries de recursos, associadas capacidade, trabalho, atendimento demanda, reposio de estoque e entrega no desenvolvimento do plano. Esses aplicativos tambm permitem aos planejadores determinar o nvel de detalhamento do plano, bem como as restries consideradas. Todos os passos de uma cadeia de suprimentos podem ser suportados por aplicativos de planejamento. - Vantagem Competitiva : qualquer caracterstica da empresa e/ou produto que os clientes reconhecem como diferenciao positiva em relao as outras empresas e que atraem os clientes para a empresa em foco. 6 - Agrupamento das funes da ARMP 8

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Grupo 1 Subsistema de normalizao Responsvel por responder pergunta: o qu? (comprar, armazenar e distribuir). composto das funes de normalizao, que vai selecionar, padronizar e especificar os materiais, e de classificao/codificao de materiais. -Caractersticas : - Prticas Racionais; - Maior Produtividade; - Menor Custo; Grupo 2 Subsistema de controle Deve responder s questes: quando e quanto? Suas funes so gesto e valorao de estoques. Caractersticas: - Aspectos Tcnicos; - Aspectos legais; - informaes Contbeis; Grupo 3 Subsistema de aquisio Possui duas funes a aquisio, que responde pela compra dos materiais, e a alienao, que cuida da venda de materiais no utilizados ou inservveis. Grupo 4 Subsistema de armazenamento Responsvel pelo recebimento de materiais, armazenamento e distribuio. Nesse subsistema h as funes de armazenamento, movimentao e transporte 9

ARMP Aula 1 Conceitos e Princpios de materiais e o controle de qualidade. Funes presentes: - Funo Tcnica : - Funo Segurana : - Funo Guarda e Distribuio : - Funo Manuteno, Recuperaao, Conservao e Reaproveitamento : Grupos 3 e 4 - Funo Programao : - Programao de Compras; - Programao de Armazenagem. 7 - FERRAMENTAS DA ARMP Normatizao dos trabalhos Normas,ensaios instrues e controles de qualidade Racionalizao Simplificao de rotinas Modificao dos mtodos Anlise organizacional Interligao das diversas operaes por setores isolados. A administrao de material, cria portanto, desde os levantamentos das necessidades at suprimentos setoriais OBS.: Normalizao x Normatizao Qual a diferena entre normatizar e normalizar? Normatizar criar regras, normas, Leis. So formais (escritas), editadas para serem cumpridas pela sociedade local. Normalizar So cumprimentos de rotinas, procedimentos e tarefas. So geralmente informais (forma de fazer), no escritas e sim assimiladas. 8 - PRINCPIOS FUNDAMENTAIS Administrao da qualidade produtiva Qualidade dos materiais adquiridos e processados Qualidade dos servios operacionais Qualidade de armazenamento Administrao dos tempos e dos prazos Prazo de requisio Prazo de suprimento Prazo de entrega Prazo de recebimento e planejamento financeiro Administrao dos custos Custo de aquisio Custo de distribuio 10

ARMP Aula 1 Conceitos e Princpios Custo operacional Administrao das informaes e tecnologias 9 - ALGUNS TERMOS ENCONTRADOS NA ARMP - Core Process Processo principal da organizao, relativo a atividade para a qual a organizao formou-se; - Lead Time a diferena de tempo entre o incio e o trmino de uma atividade qualquer, muito utilizado para a indicao do tempo para ressuprimento do estoque de um tem. - ABC Activity Based Costing ou Custeio Baseado em Atividades. Mtodo contbil que permite que a empresa adquira um melhor entendimento sobre como e onde realiza seus lucros. - ACF - Attainable Cubic Feet ou Espao Cbico Permitido. - ANSI X12 - Um conjunto de normas promulgadas pelo American National Standards Institute, para uso na formatao e manuseio de documentos relacionados a compra transmitidos via EDI. - APS - Advanced Planning Scheduling ou Planejamento da demanda do suprimento, programao, execuo avanada e otimizao. - Assemble to order - S fabricado por encomenda. - AWB - Air Waybill ou Conhecimento de Transporte Areo. - Backflushing ou Baixa por Exploso - Baixa no estoque do grupo de peas e componentes utilizados na montagem ou fabricao de determinado equipamento ou produto. - Back Order - Pedido em atraso. - Back Scheduling - Programao Retrocendente. - Back to Back - Consolidao de uma nica expedio em um MAWB (Master Air Waybill - Conhecimento Principal de Transporte Areo) abrangendo um HAWB (House Air Waybill - Guia de Transporte Areo emitida por um expedidor). - Backlog - Pedido pendente. - Benchmarking - Verificar o que as empresas lderes no seu segmento de mercado esto utilizando de processos e adaptar o modelo, de acordo com o seu dia a dia (prprias caractersticas). - Bill of lading - Manifesto martimo. - Bonded Warehousing - Armazm Alfandegado. - Brainstorming (tempestade de idias) - Um grupo de pessoas tendo idias sobre um determinado assunto ou problema, sem censura, com algum estimulando a todos e anotando tudo falado. - Break-Bulk - Expresso do transporte martimo, significa o transporte de carga geral ou fracionadas. - Budgets - Oramento. - Bulk Cargo - Carga granel, ou seja, sem embalagem. - Bulk Carrier - Navio graneleiro, ou seja, prprio para o transporte de cargas granel. - Bulk Container - Continer graneleiro, ou seja, prprio para o transporte de cargas granel. - Bulk Storage - Estocagem granel. - CIF - Cost, Insurance and Freight ou Custo, Seguro e Frete. Neste caso, o material cotado j tem tudo embutido no preo, ou seja, posto no destino. - CIP - Cariage and Insurance Paid To ou Transporte e Seguro Pagos At. - Code Stitching - Tecnologia que permite decifrar e reconstruir os cdigos de barras danificados ou truncados. - Core Business - Relativo ao prprio negcio ou especialidade no negcio que faz. - Cost Drivers - Fatores Direcionadores de Custos. 11

ARMP Aula 1 Conceitos e Princpios - CPT - Cariage Paid To ou Transporte Pago At. - Cross Docking - uma operao de rpida movimentao de produtos acabados para expedio, entre fornecedores e clientes. Chegou e j sai (transbordo sem estocagem). - DAF - Delivered At Frontier ou Entregue na Fronteira. - Demurrage ou Sobreestadia - Multa determinada em contrato, a ser paga pelo contratante de um navio, quando este demora mais do que o acordado nos portos de embarque ou de descarga. - DEQ - Delivered Ex QUAY ou entrega no cais. O vendedor entrega a mercadoria no cais do porto de destino. - DES - Delivered Ex SHIP ou Entrega no Navio. - ETA - Expresso do transporte martimo, que significa dia da atracao (chegada). - ETS - Expresso do transporte martimo, que significa dia da sada (zarpar). - EVA - Economic Value Added ou Valor Econmico Agregado. - FAS - Free Alongside Ship ou Livre no Costado do Navio. O vendedor entrega a mercadoria ao comprador no costado do navio no porto de embarque. - FCA - Free Carrier ou Transportador livre. O vendedor est isento de responsabilidades, no momento que entrega a mercadoria para o agente indicado pelo comprador ou para o transportador. - FOB - Free On Board ou Preo sem Frete Incluso (posto a bordo). Tem algumas variaes de FOB. Pode ser FOB Fbrica, quando o material tem que ser retirado e FOB Cidade, quando o fornecedor coloca o material em uma transportadora escolhida pelo cliente. - Forecasting - previses de tempo. - Fulfillment - atender no tempo e no prazo. o conjunto de operaes e atividades desde o recebimento de um pedido at sua entrega. - Layday ou Laytime - estadia do navio no porto, que significa perodo previsto para acontecer a operao (atracar, carregar e zarpar). - Outsourcing - Provedores de servios ou terceirizao. - Pick and Pack - separar os materiais e etiquetar, embalar, etc. - TKU - Toneladas por quilmetro til. - TMS - Transportation Management Systems ou Sistemas de Gerenciamento de Transporte.

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