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UMA METODOLOGIA DE SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DA FROTA DE VErCULOS RODOVIÁRIOS PARA O TRANSPORTE PRINCIPAL DE MADEIRA FERNANDO SEIXAS Engenheiro Florestal Tese apresentada à Escola de Engenharia de São Cartos, da Universidade de São Paulo, para obtenção do trtulo de Doutor em Engenharia de Transportes. SÃO CARLOS Estado de São Paulo - Brasil 1992

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UMA METODOLOGIA DE SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DA FROTA DE

VErCULOS RODOVIÁRIOS PARA O TRANSPORTE PRINCIPAL DE MADEIRA

FERNANDO SEIXAS

Engenheiro Florestal

Tese apresentada à Escola de Engenharia de

São Cartos, da Universidade de São Paulo,

para obtenção do trtulo de Doutor em

Engenharia de Transportes.

SÃO CARLOS

Estado de São Paulo - Brasil

1992

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UMA METODOLOGIA DE SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO

DA FROTA DE VEfcULOS RODOVIÁRIOS PARA O

TRANSPORTE PRINCIPAL DE MADEIRA

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À IARA EALEX

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À CAPES pela concessão da bolsa de estudos.

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A complexidade do planejamento do transporte principal de madeira levou

ao desenvolvimento de um método que auxiliasse na racionalização da escolha da

frota de vefculos rodoviários para o transporte de madeira.

Baseando-se na solução do problema do transporte através da programação

linear, o método descrito neste trabalho permite, em uma situação ae civersas

origens e um único destino, análises quanto às diferentes opções de vefculos,

desempenhos, tempos terminais de carga e descarga, comprimento de vias etc.

Os resultados obtidos nos estudos de casos mostram a adequação econÔmica

do uso de vefculos pesados do tipo "tremlnhão" e "rodotrem" para o transporte

principal de madeira, desde que em condições adequadas quanto à rede viária.

Em condições de restrições de vias para o tráfego de alguns vefculos, os custos

de carga e descarga e o tempo dessas operações podem inviabilizar o baldeio da

madeira para os vefculos de melhor desempenho.

Outros resultados mostram também a sensibilidade dos valores estimados

de velocidades na escolha da frota. Variações de 2% nas velocidades causaram

a substituição de vefculos em alguns trechos.

Quanto ao método em si, este trabalho Indica as possibilidades da sua

utilização, permitindo a rapidez na geração dos resultados e versatilidade quanto

a alteração e introdução de novas variáveis. Ressalta-se também a necessidade

do levantamento criterloso dos valores de velocidades e custos, fatores primor-

diais para a correta aplicaçâo do método proposto.

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lhe complexity in planning the maln transport of wood was the motivation to

develop a method to support the raclonalization of the fleet planning processo

Based on the LP solution of the transportation problem, the method presented

in this study permits the evaluation of different vehicle options, daily working shifts,

loading and unloading times at terminais and route conditions, on the economic

performance of the transportatlon network, In a sltuation of several origins and a

slngle destlnatlon.

lhe results obtalned In the case studies show 1hat heavy trucks, Iike the

tremlnhão (1 truck + 2trallers) andtheroadtraln (1 truck + 1 semltrailer + 1 trailer)

have economic advantages If the road network Is compatible with their operation.

Under certain road network restrictions, the loading and unloading costs and the

time consumed during these operations, outweigh the economic advantages of

these vehicles under unrestricted conditions.

lhe sensitivity of the solutions with respect to vehicle speed is also shown.

Variations of only 2% In speed have caused vehicle substitution on certain

segments.

lhe aplicability of the method to reallife problems Is discussed, based on its

slmplicity, speed In solutlon generatlon and flexlbility to be adapted to different

operational conditions.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS Iv

LISTA DE TABELAS.. v

GLOSSÁRIO vii

1. INTRODUÇÃO........... 1

1.1. Situação florestal brasileira 1

1.2. O transporte florestal.......................................................................... 2

1.3. Objetivos....... 4

1.4. Estrutura do trabalho 5

2. REVISÃO DE L1TERATURÀ 6

2.1. O abastecimento industrial 8

2.2. O transporte florestal ferroviário 8

2.3. O transporte florestal fluvial 11

2.4. O transporte florestal rodoviário 14

2.4.1. O transporte florestal rodoviário no exterior 14

2.4.2. O transporte florestal rodoviário no Brasil 15

2.4.3. A rede viária florestal............................................................... 18

2.4.4. Caracterrsticas da frota....... 20..2.4.4.1. Caracterrsticas básicas dos verculos 20

2.4.4.2. Produção de caminhões 21

2.4.4.3. Composição e utilização da frota de caminhões 23

2.5. Métodos de otimização no transporte florestal................................ 25

2.5.1. Introdução :.. 25

2.5.2. O problema de transporte 27

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3. METODOLOGIA 36

3.1. O modelo matemático de planejamento de frota 36

3.1.1. A especificação do modelo 37

3.1.2. Fluxograma do modelo matemático de planejamento

de frota 39

3.1.3. Determinação dos coeficientes de custo C1JK e total de

madeira transportada TI1JK •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 40

3.2. Critérios para determinação dos fatores V1JK •••••••••••••••••••••••••••••••••••• 43

3.3. O método de solução 45

4. AVALIAÇÃO DO MODELO - ESTUDOS DE CASOS 47

4.1. Introdução 47

4.2. Caracterrsticas da situação de referência 47

4.3. Especificações dos verculos utilizados nos estudos de casos 49

4.4. Descrição das alternativas e resultados 51

4.4.1. ALTERNATIVA A - Situação original...................................... 51

4.4.2. ÂLTERNATIVA B - Solução do modelo para turno de 8

horas, com restrição de frota e sem restrição de vias de

acesso :............................... 52

4.4.3. ALTERNATIVA C - Soluções do modelo para turnos de 16

e 24 horas, com restrição de frota e sem restrição de vias

de acesso 56

4.4.4. ALTERNATIVA D - Solução do modelo para turno de 8

horas, sem restrição de frota e vias de acesso 59

4.4.5. ALTERNATIVA E - Solução do modelo para turno de 8

horas, sem restrição de frota e com restrição de vias de

acesso ,... 61

4.4.6. ALTERNATIVA F - Solução do modelo para alterações

'técnicas e de custos dos verculos 62

4.4.7. ALTERNATIVA G - Análise de sensibilidade para os

valores de velocidade :............................... 64

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5. CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS 67

5.1. Sobre o método 67

5.2. Sobre os estudos de casos 68

5.3. Continuidade da pesquisa 70

6. REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS 71

ANEXOS 77

1. Sistemas de exploração florestal........................................................ 77

2. Equações básicas de custo 85

3. Valores de coeficiente de resistência e atrito 87

4. Programa CALCA 89

5. Dados sobre transporte rodoviário de madeira 99

6. Determinação da velocidade 103

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Figura 1.1. Etapas do transporte da madeira de reflorestamento 3

Figura 2.1. Terminal ferroviário de carga de madeira 10

Figura 2.2. Sistema de flutuadores 13

Figura 2.3. Balsa tipo catamarã 13

Figura 2.4. Formas de transporte de madeira nos parses do norte da

Europa em 1970 15

Figura 2.5. Gráfico lIustratlvo de operações florestais e respectivos

rendimentos 17

Figura 2.6. Produção anual de caminhões no perfodo de 1963-87 22

Figura 2.7. Tabela dos coeficientes das restrições para o problema do

transporte 28

Figura 2.8. Rede representativa de um problema de transporte 28

Figura 2.9. Uma rede de 4 nós propiciando 7 "árvores" 30

Figura 3.1. Exemplo de rede viária 37

Figura 3.2. Fluxograma do modelo matemático 39

Figura 4.1. Escolha do tipo de vefculo em função de variações nos

valores de velocldad~ 65

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Tabela 2.1. Distribuição por modos do transporte de madeira à longa

distância 9

Tabela 2.2. Sistema de classificação de estradas do Serviço Florestal

dos E.U.A. 19

Tabela 2.3. Resumo da frota nacional em dezembro de 1987.................... 22

Tabela 2.4. Terminologia para o problema de transporte............................ 27

Tabela 4.1. Distâncias das fazendas ao centro de consumo e

quantidade de madeira transportada em 1 dia 48

Tabela 4.2. Número real de viagens por tipo de vefculo 48

Tabela 4.3. Caracterfsticas técnicas tfpicas das classes de vefculos

permitidas pela Lei da Balança 49

Tabela 4.4. Velocidades médias estimadas 51

Tabela 4.5. Custo(US$) do transporte de madeira por fonte e tipo de

vefculo 52

Tabela 4.6. Valores finais do programa para turno de 8 horas 53

Tabela 4.7. Número de viagens por tipo de vefculo e número de vefculos

necessários em um turno de 8 horas 54

Tabela 4.8. Número de viagenslVefculo, real e calculado, para cada

fazenda em 1 turno de trabalho 55

Tabela 4.9. Número de viagens por tipo de vefculo e número de vefculos

necessários em um turno de 16 horas 57

Tabela 4.10. Número de viagens por tipo de vefculo e número de

vefculos necessários em um turno de 24 horas 58

Tabela 4.11. Custo mfnlmo de transporte para três diferentes turnos de

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Tabela 4.12. Custo e número de vefculos necessários por opção

de transporte em um turno de 8 horas 60

Tabela 4.13. No. de viagens/tipo.vefculo e número de vefculos

necessários em situação de restrições ao tráfego 62

Tabela 4.14. Velocidades médias estimadas em trecho de terra firme

e asfalto para vefculos do tipo 6 63

Tabela 4.15. Número de viagens por tipo de vefculo e número de

vefculos necessários em um turno de 8 horas 65

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-Baldeio: transporte da madeira efetuado entre a floresta e um pátio intermediário.

-Capacidade de carga por eixo (CE): é o máximo peso (carga + tara) que cada

eixo pode suportar em função de limites legais. Define a distribuição do

PBTC máximo que, via de regra, corresponde à soma das capacidades

por eixo quando o vefculo trafega lotado.

-capacidade máxima de tração - calculada (CMT): a CMT calculada é o máximo

peso total que um vefculo pode tracionar em um aclive conhecido, de

acordo com a expressão:

CMT = Fr I (Rr + 10 x i) sendo:

Fr <= FadeFr = força na roda

Fad = força de aderência

Rr = coeficiente de resistência ao rolamento

i = aclive

-Capacidade máxima de tração - técnica (CMT): é a CMT Eispecificada pelo fabri-

cante, encontrada em especificações técnicas para cada modelo. baseada

em considerações sobre resistência dos elementos da transmissão e

potência do motor, condições de aderência, topografia.

-Carga útil (Cc): é o peso total da carga que Irá ser transportada de uma s6 vez por

um determinado vefculo.

-Carreador: via de acesso à rede viária; passagem livre deixada na floresta.

-Cord: unidade volumétrica cçmumente empregada na América do Norte equivalente

a 3,6 metros cúbicos de madeira bruta (em toras) empilhada.

-Corte: conjunto de operações que visa o processamento da árvore para fins de

aproveitamento comercial.

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-Estéreo: 1 (um) metro cúbico de madeira bruta (em toras) empilhada.

-Peso bruto total - máximo (PBT): é o máximo peso (carga + tara) que o vefculo

trator suporta em função da resistência do chassi, suspensão e eixos,

sendo especificado pelo fabricante ou, o que é mais comum, por limites

legais.

-Peso bruto total combinado - máximo (PBTe): é o máximo peso (carga .1- tara) que

a combinação veicular (vefculo trator + reboque ou semi-reboque)

suporta em função da resistência do(s) chassi(s), suspensão(sões),

eixo(s) etc., também especificado pelo fabricante.

-Peso especffico da carga (Pe): é o peso da carga por unidade de volume, sendo

normalmente calculado o peso (em kg) por 1 m3 de volume.

-Tara do vefculo (T): é o peso do vefculo sem carga e com todos os equipamentos

necessários ao serviço no qual vai operar. Para efeito de cálculos que

utilizam taras de vefculos, devemos pesá-Ios com motorista e 3/4 de

combustrvel nos tanques.

-Toras curtas: a árvore é abatida, desgalhada, retirado o topo, não aproveitado

comercialmente, e secclonada em toras com comprimento variando entre

1 e 6 metros.

-Toras longas: semelhante à toras curtas, mas com toras com comprimento acima

de 6 metros.

-Transporte primário: retirada da madeira do local de corte da árvore até à margem

de carreadores ou estradas.

-Transporte principal: retirada dá madeira colocada na margem dos carreadores

ou estradas até o local do seu aproveitamento comercial. Também

chamado de transporte secundário quando enfocado em termos de

sequêncla de operações.

-Volume útil (Vu) ou capacidade: é o volume máximo que um equipamento oferece

para acondicionamento da carga. O produtd do volume útil pelo peso

especffico da carga é a carga útil máxima possfve!.

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1- INTRODUÇÃO

1.1. SITUAÇÃO FLORESTAL BRASILEIRA

Em 1988 o setor florestal participou com cerca de 2% para a formação do

Produto Interno Bruto (PIB), enquanto que, para a balança comercial, os produtos

florestais atingiram US$ 1,8 bilhão de dólares (SOCIEDADE BRASilEIRA DE

SilVICULTURA, 1990).

Esses dados envolvem também alguns aspectos trágicos, entre eles a

remoção de florestas nativas no Brasil, no passado por vezes em ritmo superior

a 6 milhões de hectares por ano. Esse desmatamento atinge a Região Amazônica,

que perdeu, somente no ano de 1985, 2,7 milhões de hectares da sua cobertura

vegetal; a Região Semi-Árida do Nordeste, com a destruição do patrimônio vegetal

para fins de subsistência; e os Cerrados do Sudeste e Centro-Oeste, com o

desmatarnento visando a expansão da fronteira agrfcola e a produção de lenha

para fins energéticos e industriais. Outras áreas como São Paulo e o Sul do pafs

já estão com quase toda a sua cobertura florestal primitiva irremediavelmente

perdida.

A atividade de reflorestamento foi estimulada pelo governo federal com o

estabelecimento da lei dos incentivos fiscais a partir de 1966. Atualmente o Brasil

conta com 6 milhões de hectares reflorestados principalmente com eucaliptos e

pinus, contribuindo para a diminuição da derrubada das florestas nativas. Como

exemplo, um hectare de eucalipto fornece madeira para fins energéticos ou carvão

equivalente a 10 hectares de cerrado. Contudo, toda essa área plantada é

insuficiente para atender às necessidades dos diversos setores industriais que se

utilizam da madeira como fonte de matéria-prima ou energia (SOCIEDADE

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BRASILEIRA DE SILVICULTURA, 1990).

"O consumo anual de madeira para suprimento Industrial, energia, uso

doméstico rural e secagem de grãos é de 267 milhões de m3• Estima-se a produção

das florestas plantadas em 64 milhões de m3/ ano com um déficit de 203 milhões

de m3 suprido pelas florestas naturais" (SaS, 1987). Levando-se em consideração

a expansão do mercado interno e o setor de exportação, além da duplicação da

capacidade de produção das Indústrias de celulose e papel prevista para 1994,

estima-se uma necessidade de se plantar mais 16,5 milhões de hectares até o ano

2000 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA, 1990).

Todo esse volume de madeira necessita ser transportado da floresta para

os centros consumidores. No caso particular/ de algumas empresas de celulose

e papel e de chapas no Estado de São Paulo, a importância e destaque do

transporte de madeira de florestas Implantadas na composição dos custos de

produção podem ser avaliados pelos percentuais variando entre 38 e 66% do

custo final de aquisição da madeira posto fábrica, obtidos para distâncias médias

entre 45 e 240 km respectivamente (CHAMPION, 1983; DURAFLORA, 1984;

SALMERON, s.d.).

A retirada da madeira de dentro da floresta envolve algumas etapas influendadas

pelas mais diversas condições de tipo de solo, clima, vegetação, tipo de equipamento,

relevo, tamanho de toras etc. Em r.eflorestamentos comerciais a árvore é abatida,

desgalhada e seccionada em toretes, com comprimentos variando conforme a

utilização, que são deixados empilhados ou amontoados em faixas acompanhando

a linha de plantio. A primeira etapa é o chamado transporte primário, feito

geralmente em distâncias curtas, que envolve a retirada da madeira de dentro da

floresta até carreadores que permitam o acesso dos caminhões que farão o

transporte subsequente. Nessa etapa, a qual é chamada de transporte principal,

a madeira é transportada até os centros consumidores. Por vezes, quandoI .

algumas situações adversas, como aclives acentuados e excesso de umidade nos

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pavimentos, impedem o acesso de alguns tipos de caminhões pesados até as

proximidades da floresta, há a necessidade do baldeio, ou seja, o transporte da

madeira da floresta até pátios Intermediários. Desses pátios intermediários a

madeira é posteriormente transportada até os centros consumidores. Outra

situação é a retirada da madeira de dentro da floresta pelos caminhões que farão

o transporte diretamente até às Indústrias, inexistindo neste caso o transporte

primário.

~~~~

1.-. .'f~TRANSPORTE PRIMARIO: 1-2BAlDEIO:1-3 E 2-3TRANSPORTE PRINCIPAL: 1-4, 2-4 E 3-4

Em virtude do desmatamento que ocorreu nos centros mais desenvolvidos

e da necessidade do aumento da produção agdcola nessas regiões, as áreas

disponfveis para reflorestamento e as florestas ainda existentes foram ficando

cada vez mais distantes. Assim, em alguns casos, onde a empresa não seja auto-

suficiente, a tendência do transporte florestal é alcançar maiores distâncias para

garantir o fornecimento de madeira para o abastecimento das fábricas.

Esses dados demonstram a posição de destaque que ocupa hoje o transporte

principal de madeira na empresa florestal. Trata-se de uma operação vital para a

exploração florestal, garantindo o abastecimento constante de matéria-prima e

contribuindo para o crescimento do'Setorflorestal, atualmente em franca evolução.

Portanto, torna-se patente a necessidade de um planejamento rigoroso e eficiente,

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além do desenvolvimento de pesquisas que forneçam novos subsídios para o

técnico florestal ordenar e otimlzar as operações de transporte.

Outro aspecto é quanto à elevada utilização de frota de terceiros no

transporte florestal, frota esta que já atinge a idade média de doze anos de

utilização e necess~a ser renovada em um curto espaço de tempo. Um levantamento

efetuado por SEIXAS (1987) registra que 80% em média de toda a madeira

transportada em diversas empresas florestais está sob a responsabilidade de

empreiteiros. Essa situação é um reflexo da atual polftica de fretes que torna

economicamente pouco atraente, o investimento em frota própria.

Contudo, se considerarmos as dificuldades econômicas para a correta

reposição desses vefculos, podemos supor que começará a ocorrer em breve

uma diminuição na oferta de transporte de carga, com consequente aumento dos

fretes. Sendo assim, diversas empresas estão hoje preocupadas com a otimização

do uso dos caminhões de terceiros, bem como com a formação de frota própria,

realizando diversos estudos sobre quals vefculos e tipos de compcsições que

deveriam ser adquiridos de acordo com as suas caractedsticas próprias de

transporte. A racionalização dessa escolha é portanto um fator econômico

importante.

o principal objetivo deste trabalho é desenvolver um modelo para auxiliar na .

determinação das opções mais adequadas de caminhõés e composições veiculares

para o transporte rodoviário principal de madeira, em uma situação de diversas

origens e um único destino, conforme as características de distância de transporte,

condições de estradas, período de trabalho e quantidade de madeira a ser

transportada.

Inclui-se também entre os objetivos a análise de possfveis aplicações do

modelo no gerenclamento do transporte principal, avaliando-se alternativas de

vefculos, turnos de trabalhos, restrições de vias, variações nos valores de

velocidade etc.

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Para tanto o trabalho está estruturado da seguinte forma:

- No capftulo 2 a revisão descreve as caracterfsticas do transporte principal

de madeira, no Brasil e no exterior, e os métodos de otimização mais comumente

empregados nessa área.

- No capftulo 3 encontra-se descrita a metodologia empregada.

- No caprtulo 4 faz-se a avaliação do modelo e estudos de casos, utilizando-

se como referência básica uma situação real de transporte de madeira em um dia

de trabalho de uma empresa.

- No capftulo 5 são apresentadas as conclusões, comentários e proposições

de continuidade da pesquisa.

- No capftulo 6 são Iistadas as referências bibliográficas.

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2- REVISÃO DE LITERATURA

. o transporte principal de madeira não representa uma operação isolada,

sendo parte integrante de um sistema maior de exploração florestal. O seu alto

custo e a posição na cadeia produtiva exigem que o planejamento lhe dê uma

posição de destaque quanto à hierarquia das operações. As etapas anteriores de

corte e transporte primário devem permitir a otlmização do transporte de madeira

até o centro de consumo, evitando-se pontos de estrangulamento e favorecendo

o fluxo de madeira ao menor custo possfve!. No Anexo 1 encontram-se mais

detalhados alguns sistemas de exploração em flor,estas implantadas. Esses

sistemas não fazem parte do assunto a ser abordado nesta tese, mas condicionam

o tipo de transporte a ser realizado.

~ O modo principal de transporte de madeira é o rodoviário (ftem 2.4.), situação

que ressalta a larga aplicabllidade de um trabalho de planejamento nesta área,

com menor importância para os transportes ferroviário (ftem 2.2.) e fluvial (ftem

2.3.). Essa situação reflete uma tendência registrada na maior parte do mundo, que

adota o transporte rodoviário pelas suas caracterfstlcas de mobilidade, flexibilidade

e permitir um transporte "porta-á-porta".

Por exigir a retirada da madeira a partir da floresta, esse tipo de transporte

enfrenta condições adversas quanto às vias de acesso (ftem 2.4.3.), exigindo-se

que os vefcules se adaptem às condições distintas de transporte em estradas

asfaltadas e de terra. Por vezes, conforme as condições do pavimento, o próprio

clima impõe condições restritivas quanto à possibilidade de transporte, impedindo

a retirada de madeira em determinadas épocas do ano. Neste caso, as opções

concentram-se na formação de estoques estratégicos, no melhoramento das vias

de acesso, ou na realização da operação de baldeio com a instalação de pátios

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intermediários. I

Na concorrência pelo frete, o setor florestal vê pela frente um m'3rcado de

caminhões com elevada idade média, com uma produção de vefculos que não

acompanhou o desenvolvimento dos mais diversos setores da economia nacional

nos últimos anos (ftem 2.4.4.2). Além do aspecto das .dificuldades de renovação,

de frota, encontra-se também a.lJtilização irracional dos vefculos, que reflete-se no

baixo aproveitamento da capacidade efetiva de transporte de carga por parte dos

proprietários dos vefculos (ftem 2.4.4.3).

A preocupação quanto à garantia do abastecimento de madeira reflete-se na

necessidade de um planejamento mais apurado, preocupado com a otimização

do uso e adequação dos vefculos para o transporte principal. As questões de

escolha de rotas; frota própria ou de terceiros; escolha de turnos de trabalho;'

distância de transporte; tipo de vefculo etc.; proporcionaram o desenvolvimento

de diversos trabalhos na área de planejamento, procurando fornecer ferramentas

de auxOiona tomada de decisões em uma área de vital importância para o sucesso

de qualquer empreendimento Industrial ligado ao setor florestal (ftem 2.5). Alguns

desses trabalhos ocupam-se do planejamento da red,e viária de acesso ao local

de corte das árvores, facilitando os serviços de implantação e exploração florestal.

Outro trata da determinação de distâncias econÔmicas e localização de pátios

intermediários. O dimensionamento de frota e escolha do(s) tipo(s) de vefculo(s)

complementa todos esses demais trabalhos, envolvendo uma área complexa com

um grande número de variáveis de influência.

Considerando-se uma redá viária já definida, a preocupação básica é a

escolha do vefculo que melhor se adapte às suas condições, ou mesmo, entre

alguns disponfveis, os de melhor desempenho. Com base na quantidade de

madeira a ser retirada das diversas fazendas e na capacidade de carga dos

vefculos, determina-se o número necessário destes para um determinado perfodo

de tempo. Por ser um evento dinâmico, realizado durante todo o ano, e devido a

diversos fatores externos de Ingerência, como, por exemplo, concorrência sazonal

por frete, o processo de decisão precisa ser rápido e preciso, buscando sempre

a alternativa mais racional possfvel para a empresa.

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Em 1981, SIMÕES et alil afirmavam que no setor florestal orasileiro pr~dominava

o transporte rodoviário e que poucas empresas se utilizavam do modo ferroviário.

MACHADO (1984) comenta que o transporte florestal principal é praticamente

representado pelo caminhão. Essa situação pouco se alterou no passado recente

mantendo-se a predominância do transporte rodovlár!o, com algumas empresas

transportando parte da sua madeira por ferrovias e o transporte fluvial mais restrito

à região AmazÔnica (SEIXAS, 1988).

. ,2.2. O TRANSPORTE FLORESTAL FERROVIARIO

A predominância do modo rodoviário é uma caracterrstica de todo o setor de

transportes brasileiro. A Instalação de Indústrias cuja matéria-prima é a madeira,

procurou, via de regra, ser feita próxima aos grandes reflorestamentos, o que

viabilizava o transporte rodoviário devido à curta distância. Mesmo o incremento

posterior nas distâncias de transporte, com o aumento na demanda por madeira,

não alterou essa tradição devido às limitações das outras opções de transporte.

No caso do transporte florestal por ferrovias, o pequeno número de vias

férreas próximas às áreas florestadas dificulta a utilização desse tipo de transporte

por parte das empresas florestais. O alto investimento exigido paraa implantação

da ferrovia impede a sua construção no caso de ser somente utilizada para o

transporte de madeira. A sua utilização torna-se viável no caso do transporte ser

feito à longa distância, com caminhões realizando o transporte para e dos

terminais de carga, ou mesmo no caso de situações privilegiadas onde os

terminais estão próximos da floresta e do pátio da Indústria consumidora (MACHADO,

1984). Um dos problemas está na maior movimentação de carga, que ocorre com

a carga e descarga nos terminais ferroviários, que não seriam necessárias caso

o caminhão fizesse o transporte dlreto até à fábrica.

Nos Estados Unidos o transporte de madeira por ferrovias é mais indicado

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para volumes elevados e distâncias superiores a 500 km. Sob condições adequadas,

o transporte ferroviário é superior, em termos do custo, ao modo de transporte

rodoviário. Para atingir o custo mrnimo várias condições entretanto devem ser

satisfeitas: os volumes da madeira devem ser garantidos e manuseados de

maneira uniforme durante todo o ano; carga e descarga devem ser feitas o mais

rapidamente possrvel; os carros devem ser carregados em toda a sua capacidade;

e, finalmente, deve existir um número mrnimo de locais de embarque de madeira

(CONWAY, 1976). A capacidade dos carros maiores, comumente usados, pode

atingir até 136 m3 de toras curtas sem casca (Masson, 1971, citado por CONWA Y,

1976).

WIBSTAD (1981) preparou uma tabela sobre a distribuição modal do

transporte de madeira à longa distância em três parses da Europa. Considera que,

em condições favoráveis, o transporte ferroviário é capaz de competir com o

transporte por caminhões em distâncias superiores à 200 km.

% Volume Dist.média

Km

% Volume Dlst.média

Km

% Volume Dist.média

Km

CamlnhAo

Ferrovia

FlutuaçAo

Madeira pl celulose

Caminhão

Ferrovia

FlutuaçAo

73160225

35150

93252250

80221230

73225220

Fonte: Adaptado de WIBSTAD (1981)

(*) Inclui madeira p/ serraria e celulose

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Um exemplo sueco é dado pela companhia Tratag AB que realiza uma

combinação de transporte rodo-ferroviário. A madeira é transportada por caminhões

da floresta até os terminais ou locais de carga dos vagões. A distância média de

transporte para os terminais é 40-50 km. A madeira é transferida para as

composições ferroviárias, às vezes diretamente dos caminhões para os vagões,

e depois transportada diretamente para o local de consumo à uma distância média

de transporte de 210 km. A movimentação da carga é feita por grandes tratores

com garra frontal, que conseguem descarregar e depositar a carga de um

caminhão em 4 a 6 minutos. Nos terminais são feitas pilhas com 5 metros de altura,

reduzindo o espaço necessário para estoque e a distância de deslocamento das

carregadelras. Cada terminal cobre uma área variando entre 5 a 15 hectares e tem

um movimento anual entre 100.000 e 300.000 m3 (Figura 2.1). Cada trem de

madeira consiste de 44 vagões especiais, cada um dos quais pode carregar cerca

de 30 toneladas. A quantidade anual de madeira transportada por essa companhia "

é de 1,7 milhões de metros cúbicos (ARVIDSSON & NYLlN, s.d.).

Figura 2.1- Terminal ferroviário de carga de madeira

Fonte: ARVIDSSON & NYLlN (s.d.).

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A utilização de ferrovias no Brasil para transporte de madeira é feita em

diversas regiões. A Companhia Florestal Monte Dourado (Amapá) possui 68 km

de ferrovia própria onde operam locomotivas diesel-elétricas de 2000 HP. Cada

composição opera com cerca de vinte vagões com capacidade total de 1400 t. O

carregamento dos vagões nos pátios ferroviários é feito através de equipamentos

com garra frontal e sempre que possfvel a madeira é baldeada diretamente dos

caminhões. A madeira transportada nos trens é entregue no pátio da fábrica, onde

é estocada ou entra diretamente na linha de preparação de madeira para celulose

(SORGES, 1S87).

Já a CHAMPION PAPEL E CELULOSE S.A. (1983) transportava em 1983

cerca de 28% de toda madeira consumida pela fábrica por via férrea, a uma

distância média de 127 km. Neste caso o terminal de carga situa-se dentro de uma

floresta de propriedade da empresa e a descarga é feita diretamente no p~tio da

indústria economizando-se na movimentação da madeira. Atualmente essa empresa

reduziu esse transporte a 15% do total de madeira consumida (COUlO, 1992·).

De maneira geral, o transporte ferroviário ainda depende para a sua consecução

do apoio de verculos rodoviários, permitindo-se a sua ligação com a área de corte

eo pátio da indústria consumidora. A opção por esse modo não permite prescindir

dos verculos rodoviários, mas proporciona, no caso de distâncias longas, grandes

quantidades de madeira e facilidades de acesso, uma maior economia no

transporte principal de madeira.

o transporte fluvial é a mais antiga forma de transporte de madeira e há muito

tempo é utilizado nos Estados Unidos e Canadá. A sua Importância diminuiu

sensivelmente, mas em algumas provfncias do Canadá f) transporte fluvial de

madeira para celulose chega próximo de 40% do total transportado (CONWAY,

1976). A sua substituição ocorreu por diversos motivos entre eles a maior

economicidade do transporte por caminhões em curtas distâncias e a sazonalidade

• ComunlcaçAo pessot'll

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do transporte fluvbl, corn q.';'é' fI\:; ~lgua Inadequado para transporte contfnuo

durante o ano. CornD cc:r-'-~'r fi. ~'~:;:2ocorra a concentração de um volume elevado

de madeira p~x~t[~n':":"':'~:::.':-,'::~um curto perfodo de tempo, o que implica em

custos de armt'~".:",nr"~T''''f;~n, ~1'~;r8d['çãoda madeira e perdas. Outro grande

problema exist9 t~rnb,{rn r''''' construção das barragens das hidrelétricas, que

muitas vezes Imp"3(hm a.ce.;,:r:1uaçãodo transporte naqueles pontos.

STAAF & WI!(STEN ('18B4J consideram o transporte fluvial como sendo um

método simples e bÇlr~tQ ds ti ansports, possuindo elevada capacidade para

transporte em longas distânc!<?,s.Contudo, na Escandinávia os rios perderam a

sua importância no transporte de madeira após a 2! Guerra Mundial devido ao

rápido desenvolvimento do transporte por caminhões e a construção de diversas

estradas florest2!s. f'!o caso, também o tempo de transporte até os centros

consumidores em um problema grave, chegando em casos extremos a até 2 anos

e Implicando em perdas no abastecimento. No mais, os problemas descritos são

os mesmos citados anteriormente como: perda e danos à madeira, sazonalidade,

hidrelétricas etc. ..No caso do Brasil o imenso potencial hidroviário da Região Amazônica,

aliado às dificuldades do transporte por terra, proporcionam um meio ideal para

o transporte de toras e aproveitamento dos recursos madeireiros existentes na

região. "Grande parte do transporte fluvial é feito juntando-se espécies que não

flutuam a espécies leves que flutuam, como bambu ou palmeiras, em jangadas.

Este método é trabalhoso e nem sempre estas espécies flutuantes são encontradas

em quantidade suficiente ou facilmente no local. O transporte é também inseguro.

A jangada torna-se gradualmente mais pesada à medida que as toras absorvem

água, podendo-se romper e aumentando a perda de matéria-prima" (SUDA~

1978).

Procurando solucionar esse problema testou-se um sistema de flutuadores

com cilindros, entre os quais as toras são transportadas. Os cilindros são

interligados por chapas dupla9 a fim de dar uma maior estabilidade ao sistema e

servir de sustentação para a madeira.

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Figura 2.2 • Sistema de f1utuadores.

Fonte: SUDAM (1978).

Outro sistema também testado é a balsa tipo Catamarã que efetua o

transporte com as toras submersas. A diferença com o anterior é que o Catamarã

é uma embarcação rrglda construfda em estaleiro, aumentando com isso seu

custo de aquisição. Também não possui a flexibilidade que têm os flutuadores e

seu carregamento e descarregamento não são tão fáceis e rápidos.

0::.': ~::'•."'<._.._ ...t,. ••.•.•••••••••..••..

I. ltI••••• t••·..-.ro,.

-A\Y" ••'NOA"CAr"""""trr'-C. .~,,' ••" •••

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Figura 2.3 - Balsa tipo Catamarã

·Fonte: SUDAM (1978).

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IEm outras regiões do Brasil a modalidade hidroviária é praticamente inexistente,

não representando uma alternativa viável economicamen~j Contudo, a hidrovia

Tietê-Paraná, atualmente com um trecho navegável de 440 km, entre Santa Maria

da Serra e Àraçatuba (SP), estaria operando em 1990 em plena capacidade, com

1680 km de extensão, beneficiando os Estados de São Paulo,Paraná, Mato

Grosso do Sul, Minas Gerais e Golãs. Está prevista Inclusive a Implantação de um

terminal de Integração para transferência de cargas da hidrovia para a ferrovia em

Pederneiras, a 350 km de São Paulo (TRANSPORTE MODERNO, 1989). Para as

empresas florestais localizadas próximas a essa hldrovla Isto representa uma

opção a mais de transporte, principalmente em função do pólo de reflorestamento

no Estado do Mato Grosso do Sul que atualmente já supre algumas empresas de

São Paulo.

,2.4. O TRANSPORTE FLORESTAL RODOVIARIO

'" 2.4.1. O TRANSPORTE FLORESTAL ROOO,\IÁRIO NO EXTERIOR

O transporte principal de madeira é crucial para todo o sistema de exploração.

Apesar das variações o custo de transporte nos Estados Unidos chega a atingir

entre 50 e 60% do custo total da madeira posto fábrica. O transporte de madeira

por caminhões iniciou-se ao redor de 1913 tendo se tornado o principal modo de

transporte nos E.U.A.. Dentro das florestas nacionais há um sistema viário com

320.000 km de estradas, com c1 Serviço Florestal Norte-Americano conf,tr'Jindo

1300 km de novas estradas por ano e reformando outros 600 km. Os consumidores

de madeira constroem 5.600 km de novas estradas e reformam 2.000 km a cada

ano (CONWAY, 1976).

Nos pafses do norte d~ Europa o caminhão também é o principal meio de

transporte. Do total de madeira transportada para as Indústrias em 1970 5,0

milhões de toneladas o foram por via férrea e 40 milhões de toneladas por meio

de caminhões: Outros 5,2 milhões de rrtJ de madeira utilizaram-se de jangadas e

somente 36.000 m3foram transportados por barcos (STAAF & WIKSTEN. 1984).

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Figura 2.4 - Formas de transporte de madeira nos pafses do norte da Europ;:l em

1970.

Fonte: STAAF & WIKSTEN (1984).

ARVIDSSON & NYLlN (s.d.) comentam que a rede de rodovias se ~xtende na

Suécia por mais de 400.000 km, sendo que a maior parte é de propriedade privada,

com cerca de 70% do total da rede sendo utilizada principalmente para fins

florestais. Essa rede servindo o setor florestal é 25 vezes maior que toda a rede

ferroviária. A construção intensiva de estradas florestais reduziu a distância média

entre o local de corte e a estrada mais próxima a cerca de 450 metros.

o setor florestal brasileiro também depende sobremaneira do transporte

rodoviário, aproveitando-se do sistema de estradas asfaltadas que interligam

todas as regiões do Pafs. Em virtude das suas caracterfsticas em termos -de

especificidade de carga e exclusividade do frete, o transporte florestal possibilita

ao caminhão viajar carregado somente em um sentido, o que faz com que os

custos ten~am a ser maiores por unidade de volume do que em outros setores dos

transportes (IBDF/COPLAN, 1981; MACHADO, 1984).

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Ao envolver longas distâncias e o tráfego em estradas de terra e asfalto, o

transporte principal de madeira exige o emprego de caminhões pesados. Grande

parte das empresas florestais que possuem frota própria ou desenvolvem estudos

para tanto, acabam optando por um caminhão com maior capacidade de carga,

ressalvando-se as limitações quanto à qualidade do pavimento e a capacidade de

aclive de cada vefculo. Em diversas regiões do Pafs as soluções de transporte

concentram-se em alguns verculos que primam por esta maior capacidade de"-

Lcarga.

Na AMCEL (Amapá Celulose) o transporte principal foi planejado para

trabalhar com toras longas. O equipamento é uma composição do tipo "rodotrem",

composta de um cavalo mecânico, um seml-reboque e um reboque. O comprimento

do conjunto é de 30 m e a capacidade é de aproximadamente 100 st (50 ton). A

distância média de transporte é de 100 km e cada cicio de transporte é completado

em menos de alto horas. Cada "rodotrem" faz dua~ viagens por dia transportando

cerca de 200 st (100 ton) diariamente (FERNANDES & TIBURCIO, 1987).

Também no Amapá, BORGES (1987) comenta que o transporte florestal na

região do Jari é feito através de caminhões pesados. A capacicade do conjunto

é de 40 t (quando se usa sem l-reboque) ou 60 t (no caso do uso de relJoqu9s). A

distância média do transporte é de cerca de 25 km, podendo alcançar até 40 km.

r Operando no Estado de São Paulo. onde a fiscalização quanto à observância

dos limites da Lei da Balança é mais rigorosa, e em função dela, a DURATEX

FLORESTAL S/A (1987) abandonou a utilização da composição "Romeue

Julieta", caminhão pesado (6x4) mais reboque de 2 eixos, passando a utilizar

caminhões 4><2cavalo mecânico e sem l-reboque de 3 eixos. Os parâmetros

referenciais dà utilização de mão-de-obra e consumo e'nergético foram reduzidos;

com a mudança do sistema, de 9 homens.dia / 100 st e 2,53 1diesel / st para 7

homens. dia /100 st e 2,271 ~iesel / st (Figura 2.5).

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OPtRAÇOES EQUIP~NTOS E/W MAo-a-CERA T\IM) TAASAi.H:: AD-Vl~NIOS(0Pe r.llorii) (equ1pnent 8I1CIIorll1bour) warklng haurs onxt.clh 1tr )

CORtE: ~ R' 2~ stlHldh

ff11 h

(cuttlng) --ti lst/-vda)/)

BALDEIO gtJiJ'l' 240 sUd1e

, (Plll118ry ij.~~ ·WJ 26 h

t.ransport.) (sl/dly)

~O

~

I1.2(() stldl.

(lo.ding) 2_,hlst/da)/)

TRANSPORTE 190 sllrl1e

~ttJllJ~Õ~l 2_ hI transport) (SUdly)

Utll1zaçlo d~ mio~de~obt. • 7 homens dií/l00 st.Consu.o Inergitlco • 2,27 1 dlesel/ít.

Figura 2.5~ Gráfico i1ustrativo de operações florestais e respectivos rendimentos

(DURATEX FLORESTAL S/A, 19~7)

No Estado do Paraná, MOREIRA (1987) descreve a utilização do "treminhão",

caminhão pesado (6x4) mais dois reboques, em distâncias curtas de até 30 km.

O transporte principal na Klabin (Paraná) é feito durante as 24 horas do dia,

utilizando-se de 9 unidades para transportar 60.000 st/mês de toras com 2,40 m

de comprimento. Diversos problemas internos como qualidade de estradas, alta

porcentagem de aclives acentuados, velocidade das operações de carga e

descarga etc., fazem com que os"resultados econômicos desse sistema ainda não

sejam satisfat6rios. Contudo, a utilização do treminhão otimizou o fluxo de madeira

na Klabin, o qual é feito em grande parte em rede viária pr6pria, garantindo o

abastecimento da fábrica e tornando-se uma opção estratégica da empre~a.

Esses fatores, que ressaltam a Importância do tr"ansporte rodoviário para o

setor florestal brasileiro, motivaram a abordagem deste assunto em termos do

desenvolvimento de uma metodologia de apoio ao planejamento que permitisse

a otimização e a racionalização deste modo de transporte.

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o sucesso operaclonal em um empreendimento florestal depende do

sistema viário. Ele provê o acesso à propriedade com fins de Implantação e

condução da floresta, serve como linha vital entre a colheita de madeira e o

mercado consumidor e possibilita uma maior proteção contra fogo, pestes e

Intrusos. Um sistema cuidadosamente planejado, bem construrdo e apropriadamente

mantido significa economia de recursos. Boas estradas permitem manutenção

mais barata e podem ser mais facilmente mantldas em condições de uso

permanente. Também produzem menos estragos aos recursos do solo, qualidade

da água e à paisagem. Nenhuma outra etapa da operação florestal produz tantos

distúrbios e erosão no solo como as estradas, logo elas necessitam especial

atenção na prevenção desses danos (ARVOLA, 1978) .., -, - ~

"Estradas são o principal fator nos problemas de estabilidade em terrenos

acidentados associados com o manejo da terra". Em 1975 Swanson e Dyrnes....realizaram um levantamento das atividades de deslizamento na Floresta Experimental

de Andrews, onde as estradas ocupavam 3,2% da área. Eles estimaram que os

desllzamentos associados com estradas durante um perrodo de 25 anos moveram

88.600 m3 de solo e estradas. Isto representou 13,2 vezes o volume estimado do

movimento de terras nos sftios de corte raso que cobriam 19,3% da área (citados

por FROEHLlCH, 1978).

A qualidade da estrada condlclona o tipo de vefculo que poderá trafegar

sobre a mesma e o seu desempenho operacional. Um maior investimento no

padrão das estradas permite a utilização de caminhões de maior porte, os quals

proporcionam maior economia no transporte principal. Entretanto, quando o

Investimento assume grandes dimensões, torna-se por vezes mais atraente a

instalação de pátios Intermed,lárlos em locais de acesso mais fácil para os verculos

de maior porte. Nestes casos, o baldeio da área de corte até esses locais deve

então ser feito por verculos de menor porte tecnologicamente compaHveis com as

condlçõe~ adversas do sistema viário, como aclives acentuados e baixa aderência

do pavimento. O equilfbrlo entre o Investimento a ser feito quanto à qualidade da

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estrada e o ganho resultante quanto à possibilidade de utilização das diferentes

opções de vefculos e a diminuição dos custos de manutenção, é um indicativo de

quanto deve ser Investido na rede viária para se alcançar o nrvel economicamente

compatrvel com o transporte principal de madeira. Esse método de enfocar o

problema entretanto constitui ainda um grau de desenvolvimento dWcil de ser

atingido no setor florestal brasileiro, em virtude do grande investimento inicial

necessário para construir uma estrada e o retorno do Investimento em prazos

muito longos. Assim, observam-se diversas soluções paliativas de instalação de

pátios intermediários e mesmo a não retirada de madeira de algumas áreas

especfficas na época chuvosa.

Existem diversas maneiras de se classificar as estradas florestais. O Serviço

Floresta! dos Estados Unidos da América Idealizou um sistema baseado na

manutenção de uma velocidade média de circulação (FAD, 1978). A Tabela 2.2

mostra essa classificação acompanhada de um exemplo de custos de transporte

de madeira nas respectivas classes de estradas.I

Tabela 2.2- Sistema de classificação de estradas do Serviço Florestal dos E.U.A.

e custos de transporte de madeira para celulose em Minnesota

(US$ / m3-km)

TAMANHO DO CAMINHÃO-CARGA MÉDIA ("T13) 1

14 22 29 36

Alta velocldade-72 km/h

Classe I - 56 km/h

Classe 11 • 40 km/h

Classe 111 - 26 km/h

Classe IV • 13 km/h

Classe V • 6.5 km/h

Custos fixos (esperas,atrasos, carga/descarga)

0.02.02.03.04.08.15

US$ 1.78

0.01

.02

.03

.04

.07

.131.65

0.01

.02

.03

.04

.08

.151.41

0.01

.01

.02

.03

.06

.111.81 j

Fonte: Adaptado de FAD (1978)(1) Descrição do caminhão - todos equipados com carregador:

14 m3.- 4x2 - PST 13 t; 22 m3 - 6x4 - PST 17 t29 m3 • 4x2 • PST 27 t; 36 m3 • 6x4 • PST 33 t

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Em uma publicação da FAO (1974) destinada à parses em desenvolvimento

é considerada uma outra classificação:

a) estradas de transporte

I) primárias ou estradas principais

li) estradas secundárias

iii) estradas de abastecimento

b) carreadores - para transporte com trator florestal de arraste ou trator

florestal auto-carregável.

c) estradas de acesso

Estradas de transporte são aquelas nas quais a madeira é retirada das pilhas,

após efetuado o transporte primário, e levada até o destino de consumo. Os

carreadores permitem a retirada da madeira da área de corte até o local de

estocagem ~ Il'fclrgem das estradas. As estradas de acesso ligam a floresta aos

centros administrativos, locais de fornecimento de materiais e de acesso para a

mão-de-obra. O termo "estrada de acesso" é puramente funcional não implicando

em qualidade ou padrão da estrada. Essa classificação Indica somente uma

qualidade comparativa e as posições relativas em uma rede viária.

Em termos nacionais, MACHADO (1989) desenvolveu o SIBRACEF (Sistema

Brasileiro de Classificação de Estradas Florestais). Esse sistema é uma técnica

qualitativa que estabelece o padrão ideal de estrada para um deterrrllnarfo meio

de transporte rodoviário florestal, e vlce-versa.

Os tipos'de, verculos rodoviários mais utilizados no Brasil para o transporte

florestal são:

a) caminhão convencional (4)<2; 4x4; 6><2;6x4);, ,

b) caminhão e reboque - "Romeu e Julieta" (caminhão 6x4);

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c) cavalo mecânico e semi-reboque articulado (cavalo 6x4);

d) cavalo mecânico, seml-reboque e reboque - "Rodotrem" (cavalo 6x4);

e) caminhão mais dois reboques - "Tremlnhão" (caminhão 6x~

2.4.4.2. PRODUÇÃO DE CAMINHÕES

A evolução do setor de transporte rodoviário de cargas foi marcante nos

últimos anos. Em 1963 as sete montadoras da época ofereciam dez modelos,

Inclurdas plcapes e utilitários. Hoje o mercado nacional tem cerca de 111 modelos

de verculos comerciais, com diversas opções de tração, potência dos motores,

distância entre-eixos, além da variação do PBT de 50a quilos nas picapes até 45

t nos caminhões mais pesados.

Outra alteração significativa foi o processo de dieseli~ação da frota,

anteriormente dominada pelos caminhões a gasolina. Dados obtidos pela GEIPOT

Indicam que já em 1982, 89,7% da frota de caminhões era movida à diesel

(TRANSPORTE MODERNO, 1988). Atualmente também foram incorporados outros

avanços como motores equipados com turbina e "intercooler", direção hidráulica,

freios a ar, além de testes com Injeção eletrônica e transmissão automática.

A Figura 2.6 registra a produção de caminhões de 1963 até 1987. O recorde

de produção foi alcançado em 1980, sendo que após três anos ocorria uma crise

no mercado com a produção de somente 35.487 unidades, abaixo inclusive da

produção anual registrada no final da década de 60.

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87197573 77ANO

Figura 2.6-Produção anual de caminhões no perfodo de 1963-87

Fonte: Zietlow (citado por TRANSPORTE MODERNO, 1988).

Zietlow, citado por TRANSPORTEMODERNO (1988), realizou um levantamento

onde conclufu que a frota nacional de caminhões atingiu em 1987 um total de

1.096.413 verculos. Isso admitindo-se que desde 1968 nenhum verculo tenha

deixado as estradas. Outra grave conclusão foi a de que 70% dos vefculos médios

estavam com mais de dez anos de uso. As porcentagens por segmento dos outros

tipos de verculos com mais de dez anos de vida eram as seguintes: leves (40,8%

da frota); semipesados (41,2%); e pesados (52,9%).

TIPO DE VEICULO

LEVESMÉDIOSSEMIPESADOSPESADOS

246.356525.920212.735111.402

22,547,919,410,2

8,6212,528,349,89

TOTAL 1.096.413 100,0 10,57

Fonte: Zietlow (citado por TRANSPORTE MODERNO, 1988).

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Os aspectos aqui levantados demonstram a precariedade do setor quanto

à gararitia de abastecimento nos próximos anos, em se mantendo a dependência

do transporte rodoviário. A frota própria torna-se assim uma alternativa analisada

por diversas empresas florestais, procurando diminuir os riscos na entrega de

madeira para as Indústrias transformadoras. Outra opção é o apoio da empresa

ao transportador em termos de fornecer um suporte básico de planejamento e

demais condições de Infra-estrutura, que permitam uma maior especia:ização na

operação de transporte de madeira e possibilitem ganhos econômicos para os

dois lados. Esses ganhos seriam traduzidos na maior utilização do caminhão com

consequente aumento no valor recebido pelo transportador, e na diminuição do

valor do frete por unidade de volume (ou carga) de madeira transportada.

2.4.4.3. COMPOSiÇÃO E UTIUZAÇÃO DA FROTA DE CAMINHÕES

As empresas de carga própria tiveram nos últimos anos uma crescente

participação na composição da frota brasileira de caminhões, não somente em

termos do número de caminhões mas também na capacidade estática desses

vefculos. Em 1982, com base em estudos efetuados pelo GEIPOT, estas empresa~

detinham 2.738.100 t de carga, que somadas à capacidade dos autônomos

vinculados chegavam a perfazer um total de 3.116.600 t de carga útil. Este valor

situava-se bem acima das 2.037.500 t de capacidade estática das transportadoras,

ainda que acrescidas as 684.500 t de autônomos vinculados, e mais ainda das

1.232.200 t dos autônomos nãõ vinculados (caminhoneiros) (TRANSPORTE

MODERNO, 1985). ---l

Em termos de números de caminhões o segmento de carga própria

participava com 37,8% da frota, seguido pelas transportadoras com 17,6% do total

e autônomos que possuem 1,6,1%do volume de caminhões, não contabilizados

os 6,2% de autÔnomos vinculados à empresas transportadoras e os 4,6%

vinculados às empresas de carga própria. Para a composição final restam ainda

9,2% de vefculos Individuais de carga própria e 8.5% na categoria "outros". Esses

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valores indicam que está disponrvel para o transporte efetuado por terceiros

somente cerca de 40% do total da frota nacional de caminhões .

.f; Se junto com o estudo destes dados for analisado também o fator de

ocupação, ou seja, quanto do potencial de transporte de carga é efetivamente

realizado, a distorção torna-se ainda maior. Estima-se que os autÔnomos vinculados

às empresas transportadoras ocupam a primeira colocação, com 66,2% da sua

capacidade de carga em trabalho efetivo, ficando as empresas transportadoras

com 57,3%, os autônomos sem vrnculo com 54%, autônomos vinculados à

empresas de carga própria com 51,4% e, finalmente, as empresas de carga

própria com 45,1%. Ou seja, o maior segmento de frota participa com a menor taxa

de ocupação dos seus caminhões, o que representa uma grande perda em termos

da capacidade estática em carga útil desses verculos (TRANSPORTE MODERNO,

1985).

Quanto à categoria de caminhões, os pesados têm o maior fator de

ocupação com 60,6%, os semipesados alcançam 58,9%, os médios 44,9% e os

leves 37,7%. Estes fatores correspondem ao racionalmente esperado, haja vista

a necessidade de maior ocupação do caminhão pesa~o em virtude do seu custo

mais elevado.

Outra estimativa é de que a frota operacional de cargas representa apenas

55,1% do total de caminhões, pois 9,4% estão sucateados ou desativados, 5,7%

não ~ão utilizados no transporte de carga, 13,3% permanecem parados em

serviço de manutenção e 16,5%não trafegam por outros motivos, como adve:sidades

climáticas, falta de carga para transportar, ou estão aguardando a operação de

carregamento/descarregamento.

A preocupação básica aqui registrada é quanto à sub-utilização de uma frota,

cuja maior parte está ligada ao transporte próprio, em parte devido problemas de

planejamento inadequado, manutenção deficiente, aspectos econÔmicos etc. Isto

reforça ainda mais a necessidade do planejamento e da correta adequação e

escolha de uma frota de verculos.

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, -2.5. MElODOS DE OTIMIZAÇAO NO TRANSPORTE FLORESTAL

2.5.1. INTRODUÇÃO

Os assuntos discutidos até este ponto trataram da acentuada dependência

do setor florestal pelo transporte rodoviário e a importância do transporte principal

na composição do custo da madeira posto fábrica., Caracterizado pela maior

predominância do serviço de terceiros~transporte florestal está inserido em um

contexto mais amplo de transporté ae cargas, onde concorre pelos serviços de

frete oferecidos por uma frota de vefculos de Idade média avançada e cuja

utilização efetiva não atinge nrveis satisfatórios, considerados aqui ao redor de

70%. Ao se falar do transporte principal de madeira deve-se, obrigatoriamente,

relacioná-Io com a rede viária, em função do tráfego de verculos ser feito em

trechos de estrada de terra e de asfalto. Devido ao aumento nos custos da madeira

e do transporte e à necessidade de se buscar a matéria-prima em Cf'ntros mais

distantes, essa etapa da exploração assumiu uma posição de destaque no setor

florestal, exigindo uma maior atenção quanto ao planejamento em virtude das

cifras envolvidas e à preocupação quanto à garantia de abastecimento.

A disponibilidade de frete a preços baixos em determinadas épocas do ano

e o custo inicial elevado para investimento em frota própria favoreceram a

predominância do transporte a cargo de terceiros. A atuação da empresa florestal

ao contratar o transporte é oferecer um determinado volume de madeira a ser~ •.transportado em um perrodo de tempo estipulado e analisar as propostas quanto

ao preço dessa madeira posto fábrica. A escolha do verculo mais apropriado,

número de viagens/verculo.dia, manutenção preventiva etc., são critérios de

decisão exclusivos do proprietário do verculo. À empresa florestal importa que a

madeira chegue à fábrica no'prazo estipulado e não a maneira como o transporte

é efetuado.---JA falta de planejamento aliada aos baixos preços tradicionalmente pagos

pelo setor florestal fazem com que, multas vezes, os transportadores transfiram-

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se temporariamente para outras culturas de colheita sazonal mais rentáveis.

voltando a transportar madeira na entressafra. Essa irregularidade na oferta de

frete, aliada às dificuldades de transporte na estação chuvosa. levaram algumas

empresas, inclusive de grande porte, a formarem estoques de madeira suficientes

para até 3 meses de consumo. Aumenta-se o transporte na entressafra para se

formar o estoque estratégico, procurando enfrentar os perfodos adversos. Essas

condições. mais os problemas de infra-estrutura para carga e descarga. propiciam

Inclusive a formação de filas extensas de caminhões esperando o momento de

carga ou descarga. Um exemplo i1ustrativo desse problema é estudado por

SEIXAS & WIDMER (1989), enfocando uma prática já costumeira de transformar

camlnhOes em armazéns temporárlo~

Ao assumir custos cada vez maiores, caracterizados por um elevado

percentual no preço final da madeira posto fábrica, bem como aumentos na

distância de transporte, crescimento acentuado na demanda por madeira e

concorrência por frete em uma frota de vefculos que não acompanhou o incremento

na produção de bens, o transporte florestal passou a exigir também uma maior

especialização no seu planejamento (SEIXAS, 1987).

Essa especialização visa inclusive enfrentar o sucateamento da frota nacional

de vefculos, já comentada anteriormente, promovendo um uso mais racional dos

vefculos disponfveis para o transporte florestal.

Todos os aspectos aqull~vantados ressaltam portanto, a necessidade de se

planejar o transporte, procurando considerar a escolha do(s) vefculo(s) mais

Indicado(s) p'ara uma determirtada caracterfstica de rede viária, o número de

turnos de trabalho mais econÔmico, prioridades do transporte quanto à localização

dos pontos de origem, adequação do fluxo de vefculos com respeito à infra-

estrutura de carga e descarga etc. Mesmo considerando-se a frota de terceiros~1

cabe à empresa florestal realizar tal planejamento, pois através do mesmo

possibilitar-se-á uma maior eficiência no uso dos vefculos, maiores ganhos por

parte do proprietário do vefculo e redução no valor pago pelo frete em virtude da

racionalização do processo de transporte. .. _ I '1

J n

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o problema de transporte geral diz respeito à distribuição de qualquer

mercadoria de qualquer grupo de centros de oferta, chamados de fontes, para

qualquer grupo de centros de recebimento, chamados de destinos, de tal modo

que minimize os custos totais de distribuição. Portanto, em geral. a fonte i (i =

1,2,...,m) tem uma oferta de ~unidades para distribuir aos destinos, e os destinos

j U = 1,2,...,n) têm uma demanda de di unidades a serem recebidas das fontes.

Unidades de uma mercadoriam fontesn destinos

" ofertas da fonte Idi demandas pelo destino JC'I custos por unidade dlstrlbuida da fonte I para o destino J

Fazendo~se de Z o custo total de distribuição e de XII (I = 1,2, ... ,m; J = 1,2, ... ,n)

o número de unidades a serem distribuidas da fonte Ipara o destino j, a formulação

de programação linear deste problema se torna:

m To

Minimizar Z = 2 2 Cij >: Xiji.=.t j=.t

~ XII = fi ' par~ I = 1,2,...,mfort XII = dJ ' para j = 1,2•...,nJ.t.

XII >= O , para todo i e j

A tabela dos coeficientes das restrições resultante tem a estrutura especial

apresentada na Figura 2.7. Qualquer problema de programação linear que se

ajuste a esta formulação é do tipo problema de transporte, independentemente de

seu contexto frslco.

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C~c1'"ltd,

x •• XI1 ... x •• x, , xd ... x •• X.a X.I ... x••'1 . '1 i

d ~1 11 ,~ :.:~: 1.1 , 1R"" I"",. Cl • TJ!l ,1 d,o/,,,o_.14-

(1 i1'. R,s/rird,J1 ~J.,"l,'.' J d,d,mondo. - \' .• "~

....,.('~.... -o "iI' I

Figura 2.7.- Tabela dos coeficientes das restrições para o problema de transporte.

Fonte: HILLlER & L1EBERMAN (1988)

o termo modelo de rede é usado, em um contexto de programação

matemática, para definir uma classe ampla de técnicas úteis para resolver uma

variedade de problemas que tratam da geometria da posição, onde esta posição

pode ser ffslca ou temporal.

Figura 2.8- Rede representativa de um problema de transporte

Nós 1,2, 3 e 5 = fontes

Nó 4 = pátio Intermediário

Nós 6 e 7 = destinos

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Para a solução desses problemas é muito comum o uso de programação

linear, dada a estrutura linear ou IInearizável da função objetivo e das restrições.

O algorltmo de solução é geralmente o simplex desenvolvido por Dantzig, mas

frequentemente algo ritmos mais eficientes têm sido desenvolvidos para tirar

vantagem das estruturas especiais de alguns modelos de transporte, os quais

levam a soluções mais rápidas do que o método simplex.

DYKSTRA (1984) comenta sobre diversos modelos de programação linear

com possfvels utilizações no transporte florestai em geral. Um primeiro medeio, o

de "árvore com ramificação mfnima", baseia-se na definição de "árvore" como

uma rede conectada sem ciclos, ou seja, todo nó em uma rede pode ser atingido

a partir de todos os outros nós e não existe uma sequência de arcos que conecte

qualquer rota com ela mesma. A Figura 2.9 ilustra uma pequena rede e mostra os

sete modos possfveis que os nós podem ser conectados por meio dos cinco arcos

existentes para se formar uma "árvore".

No modelo de "árvore com ramificação mfnlma" ("minlmum spanning tree

model") são dados um conjunto de nós e as distâncias entre pares destes nós.

Entretanto, os ramos entre os nós não são mais especificados. Portanto, em lugar

de. encontrar uma rota mais curta dentro de uma rede plenamente definida, o

problema é escolher os ramos da rede que tenham o menor comprimento total e

que, ao mesmo tempo, forneçam um~ rota entre cada par destes nós. Os arcos

são escolhidos na rede de tal maneira que uma "árvore" é formada passando por

todos os nós minimizando a soma das distâncias (ou tempo, ou custo, ou qualquer

outra quantidade apropriada). Este modelo é útil no planl3jamento de redes de

transporte que serâo multo usadas, onde a principal consideração é a de fornecer

alguma rota de conexão entre todos os pares de nós da maneira mais econômica

possfvel.

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Trr. l' I + .1 + I • 5

~

, 4

0-, I '3 ':'

Ire. 4 I • ,1 + 4 • A

ITr.e 5' I + I + 4 • 6 Irr.6' 1. I + I • ri]t -

Millllllum

'r~nnln~ IreI'

Figura 2.9- Uma rede de 4 nós propiciando 7 "árvores". A "árvore" 6 é a com

ramificação mfnima (DYKSTRA, 1984).

Há também o "modelo da rota mais curta" ("shortest path model") cujo

objetivo é encontrar o caminho mais curto entre uma origem e o d'3stino finalI

através de uma rede de conexão. A essência deste procedimento é que ele parte

da origem, identificando sucessivamente a rota mais curta para cada um dos nós

da rede na ordem ascendente de suas distâncias (mais curtas) da origem,

resolvendo ao mesmo tempo o problema quando o nó do destino é alcançado

(HILLlER & L1EBERMAN, 19881. Em 1959 Dijkstra desenvolveu um algoritmo

considerado como um dos mais rápidos para resolver problemas de rota mais

curta, além de ser facilmente programado em um computador. Este algoritmo

encontra-se detalhado em DYKSTRA (1984).

O "modelo de fluxo rl)áximo" ("maximum flow model") procura utilizar

quantas linhas forem possfveis para maximizar o fluxo através de toda a rede,

sendo empregado em situações de tráfego intenso.

E, por fim, o "modelo do caminho crftlco" f'crltlcal path model" - CPM) que,

como o anterior, trabalha com fluxos através da rede em sua totalidade, com a

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diferença de que os fluxos são unidireclonais e usualmente representam a duração

de uma atividade. O CPM é mais aplicado ao planejamento e controle de projetos,

onde o objetivo é minimizar a duração totéilde um projeto. Este procedirnerto pode

ser caracterizado como sendo um, método para encontrar a rota mais longa

através de uma rede não dclica na qual a duração do projeto é minimizada. Esta

rota mais longa é a rota dos eventos crfticos; estas atividades devem ser

completadas em tempo para que a duração mfnima do projeto seja atingida

(DYKSTRA, 1984).

BERGER (1975) utilizou o modelo de transporte procurando organizar o

complexo das fábricas celulósico-papeleiras e de chapas de fibra de madeira no

Estado de São Paulo, visando a mlnimização dos custos de transporte de

Euca/yptus. Os objetivos espedficos foram:

a) Minimizar o custo de transporte de matéria-prima;

b) determinar o raio médio de transporte para cada unidade consumidora de

madeira;

c) determinar o custo médio unitário de transporte para cada unidade

consumidora.

WEINTRAUB & NAVON (1976) sugeriram um modelo prático de programação

Iinear'para se conseguir um planejamento integrado do manejo florestal, corstrução

e manutenção de estradas etransporte de madeira. O objetivo era de se maximizar

os rendimentos obtidos com a venda de madeira descontados os custos de:

construção e manutenção de estradas; manejo; e transporte de madeira.,

PAUtA JR. & PEREIRA (1980) realizaram um estudo de dimensionamento de

frota de caminhões para transporte de carvão utilizando-se da programação

linear. As restrições consideradas foram: a) tipos de caminhões (3); b) sistemas

de carga (2); 'época do ano (seca e chuva); d) rotas de acesso ao centro de

consumo (5); e) oferta de carvão (30.000 a 70.000 m3 de carvão/mês); f) custos e

tempos de carga e descarga; g) tempo de trajeto; h) custos operacionais de

transporte. O trabalho exigIa que a quantidade e o tipo de caminhões usados para

o transporte de carvão fossem Iguais nas duas épocas,do ano. O total de variáveis

seria 60, mas algumas rotas não eram trafegávels por alguns dos tipos de vefculos

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considerados, reduzindo-se no final para 40 variáveis. Com uma quantidade

mfnlma de carvão a ser transportada por mês e o custo operacional de transporte

por caminhão/mês já calculado para cada rota, a distribuição dos vefculos era feita

escolhendo-se a(s) rota(s) e o sistema de carga nas respectivas estações do ano

que possibilitassem o mfnimo custo para o transporte de carvão.

SESSIONS & FILlPPEITO (1983) utilizaram a programação linear para

determinação de custos marginais em nfveis alternativos de produção semanal de

madeira, empregando diferentes equipamentos de transporte. TAUBE NEITO

(1984) apresentou um modelo de programação linear para planejamento otimizado

de florestas de eucaliptos, com a função de auxiliar uma empresa nas decisões de

plantar, cortar, reformar, rebrotar, vender ou implantar f:'rojetos florestais, num

horizonte de vários anos.

SESSIONS (1987) desenvolveu o programa NETWORK para

microcomputadores que analisa e identifica o mfnimo custo, tempo ou distância ao

se efetuar o movimento de um ponto a outro em um sistema viário florestal

(estradas para caminhões, carreadores, trilhas para arraste etc.). Nesse sistema

a solução do programa indica a combinação de rotas que devem ser usadas

proporcionando o custo total mfnimo ou receita máxima. Cada segmento da rede

viária é descrito em termos do seu nó inicial e nó final, custo de construção e custo

de transporte. A rede ótima para o transporte de madeira é determinada

considerando-se os fatores:

a) sistemas alternativos de exploração florestal; -

b) destinos alternativos;

c) múltiplos produtos;

d) locações alternativas de estradas;

e) padrões alternativos de estradas;

f) perfodos múltiplos de tempo;

g) custo mfnimo ou receita máxima.

O programa NETWORK calcula o custo mrnimo ou receita máxima em uma

rede utilizando um algoritmo de rota mais curta para resolver o problema do custo

variável similar àquele proposto por Dijkstra (citado por DYKSTRA,1984).

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oprocesso começa classificando as quantidades vendidas por perfodo de tempo,

resolvendo depois o problema da rota mais curta e incluindo os custos fixos, c'l'

para cada arco i J associado com a melhor solução do custo variável. As somas

dos volumes, VII' que passaram por cada linha são acumuladas e no final da

primeira iteração têm-se as somas de todos os volumes, VII' sobre cada arco. Os

custos variáveis para cada arco, h'l' são depois recalculados usando a fórmula:

hl/ = hll + cll/ VII

Os volumes sobre todos os arcos são depois zerados e a próxima iteração

começa. O processo continua até que a mesma solução seja obtida para duas

lterações.

PAREDES & SESSIONS (1988) desenvolveram um procedimento para

aumentar a eficiência de sistemas de transporte florestal, proporcionando modos

alternativos de transporte de madeira e escolhas para a localização de pátios de

transferência de madeira. Esse procedimento reduziu a complexidade computacional

de tal tipo de problema. A solução envolve o uso de três tipos de informação: o

custo dos diferentes equipamentos de transporte, a construção e o custo

operaclonal dos pátios e a estrutura da rede viária. O método de solução elimina

os locais inadequados para pátio em um exame dos possfveis locais e depois

explora as caracterfsticas da rede viária dividindo o problema em dois outros

problemas de rota mais curta, somente um deles envolvendo custos fixos.

Os modelos de transporte aqui destacados chegam a analisar desde a

exploração até à construção de,estradas, tratando da coleta de um "produto" em

diversas fontes e o seu transporte até diversos destinos. A preocupação comum

à maioria deles refere-se à escolha de uma rota, a mais econÔmica possfvel, ou

mesmo a alocação da rede viária mais Indicada a cada sltuaçào. Em função dos

custos da madeira e do transporte determina-se inclusive o raio médio de

transporte para cada centro consumidor de madeira (BERGER, 1975).

Alguns desses programas são extremamente úteis quanto à retirada da

madeira de dentro da floresta (transporte primário), operação para a qual a

empresa florestal necessita planejar e Implantar uma rede de estradas terciárias

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e/ou secundárias, e mesmo abrir carreadores até o local de corte das árvores.

Contudo, os aspectos técnicos e econÔmicos referentes às opções existentes de

verculos para o transporte principal de madeira não são enfocados em detalhes,

cabendo somente a determinação de um custo especffico para essa operação.

Entretanto, o transporte principal de madeira em empresas de reflorestamento

possui uma etapa na qual os verculos trafegam por estradas de terra, de padrão

inferior, e outra etapa na qual o transporte é feito em estradas asfaltadas, de melhor

padrão. É ainda prática comum em algumas empresas a entrada dos caminhões

no local de corte, sem que haja nenhum preparo do terreno. Nessas condições é

frequente que as condições adversas do terreno, tais como declividade e umidade

do solo, impeçam que alguns caminhões de maior porte entrem na floresta,

exigindo-se portanto a instalaçào de pátios intermediários com condições de

acesso favorável. Em outros casos, as caracterrsticas geométricas da rede viária

impedem a circulação de verculos combinados longos como o "treminhão", que

exige uma sobrelargura maior da faixa de tráfego ao realizar uma curva.

O programa computacional de PAREDES & SESSIONS (1988) contribuiu

sobremaneira para o planejamento da localização Ideal desses pátios intermediários,

mas quanto ao vefculo ele considera somente duas opções: um caminhão

"pequeno" e outro "grande"; calculando a localização ótima do pátio a partir de

estimativas macrosc6picas de composição de frota e consequente custo operacional

da rede.

Este levantamento das pesquisas realizadas para o problema dE:ltrênsporte..florestal mostra o valor do desenvolvimento de um modelo que dê suporte ao

processo de escolha, dirnensionamento e distribuiçã"o da frota de veiculos, em

função das caracterfsticas da rede de transporte.

No estudo do problema de transporte principal, os seguintes aspectos são

considerados relevantes:

- fazer a análise econÔmica envolvendo a determinação do padrão e

qualidade dai rede viária em função dos custos de transporte de cada tipo de

verculo e volume de madeira a ser transportada;

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- determinar o tipo e número de vefculos necessários por perfodo de

transporte, em função da quantidade de madeira a ser transportada de cada

origem;

- optar pelo Investimento em frota própria ou contratação de terceiros;

- distribuir os vefculos para realizar o transporte de diferentes fontes (fazendas);

- programar as atividades de carga e descarga, otimizando-se o fluxo de

vefculos etc.

Estas etapas não são necessariamente sequenciais e, por vezes, não são

consideradas em conjunto. Ao se optar, por exemplo, pela contratação de

terceiros o planejamento efetuado pela empresa florestal torna-se menos complexo,

transferindo parte da responsabilidade quanto à escolha dos vefculos, infra-

estrutura de carregamento nas fazendas, turnos de trabalho etc., para o dono do

vefculo.

Pretende-se através deste trabalho, contribuir no sentido do desenvolvimento

de uma ferramenta que permita avaliar quantitativamente as opções abertas a uma

empresa florestal, e que sirva de base para a tomada de decisão em relaçào a um

conjunto de alternativas.

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3. METODOLOGIA

3.1. O MODELO MATEMÁTICO DE PLANEJAMENTO DE FROTA

Analisando-se a etapa do transporte principal dentro da exploração florestal,

a Função Objetivo representa o custo de transportar a madeira a partir de n fontes

distintas (fazendas), durante um determinado perfodo de tempo, até um único

destino (centro de consumo). A restrição quanto a um único destino deve-se à

caracterfstica de grande parte das empresas florestais serem verticalizadas

atendendo uma única unidade fabril, mas nada impede, no programa a ser aqui

descrito, que mais centros de consumo sejam Inclufdos. A opção pela minimização

de custos, excluindo-se a maxlmização de lucros, atende também um procedimento

contábil interno dessas empresas verticalizadas, cuja maior preocupação é

quanto aos lucros recebidos na venda do produto industrializado. A madeira entra

como matéria-prima no processo de fabricação, representando custos.

Sendo assim, esta análise visa a minlmização da Função Objetivo (F.G.),

procurando determinar um ótimo em termos da alocação da frota de veículos que

permita a realização do transporte principal de madeira ao menor custo possível.

As variáveis que compõem a Função Objetivo dizem respeito ao tipo de

vefculo utilizado para realizar o transporte a partir de uma determinada fonte de

matéria-prima, no caso a floresta produtora de madeira, e o centro de consumo.

Dadas as caracterfsticas do problema já relatadas, parte-se da hipótese de

que tanto a função objetivo como as restrições podem ser representadas por

relações lineares ou Ilnearizáveis, permitindo assim reduzir a complexidade

computacional e tornar a interpretação e a análise de sensibilidade das soluções

mais acessfveis aos seus potenciais usuários.

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Os coeficientes das variáveis na Função Objetivo ropresentam o custo de

toda a carga de madeira transportada durante o perfodo em estudo, a partir de

uma determinada fazenda (fonte) ou pátio intermediário. por meio de uma unidade

de um tipo de vefculo especffico.

11Figura 3.1.- Representação de um sistema viário interligando diversas fontes

produtoras de madeira com um único destino (O). Nós representando

fontes produtoras: 1,2.3...F. Nós de pátios/baldeio: 11, 21.31 ...8.

3.1.1. A ESPECIFICAÇÁO DO MODELO

m n o

F.O. -.2 .2 2 CiJk x X1JK onde:,,=t J'" i._k_':L . ._

m = nós do tipo F (font,e produtora) + nós do tipo 8 (pátio intermediário)

n = nós do tipo 8 (pátio intermediário) + nós do tipo O (destino).

o = tipo de vefculo.

C1JK = custo de toda madeira transportada na rota i-j. por meio do vefculo

do tipo k, no período de tempo T.

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X1JK = número de veículos do tipo k alocados para o transporte de madeira

na rota i-j.

X1JK = X1JK X V1JK onde V1JK = { O , 1 }

19( I-J

2. Condição de transportar toda a madeira de cada fazenda (F) no perfodo

considerado:o

2 .TI'JK X X1JK >= QF - total de madeira a ser transportada no período a partir dak= i

fonte F.

'ir} i = F; e V j = O ou 8 e

TI'JK = total de madeira (t) transportada de i para j, por um veículo do tipo

k no período de tempo T.

TI1JK = CCK X NV'JK

onde:

CCK = capacidade de carga do veículo k

NV1JK = no.de viagens de 1 veículo k no período T, na rota i-j.

3. Condição de garantir continuidade do transporte no caso da ocorrência de

baldeio:

4. Condição de existirem veículos do tipo k suficientes:m n

X1JK <= Nk - total de veículos do tipo k disponíveis para o transporte demadeira no período.

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3.1.2. FLUXOGRAMA DO MODELO MATEMÁTICO DE PLANEJAMENTO DE

FROTA

A representaçào esquemátlca de todo o procedimento para a determinação

da frota e custo do transporte de madeira está na Figura 3.2.

c-····.-__o ,

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3.1.3. DETERMINAÇÃO DOS COEFICIENTES DE CUSTO CIJK E TOTAL DE

MADEIRA TRANSPORTADA TTIJK"

Para calcular os coeficientes de custo C1JKutilizou-se em linhas gerais o

método de cálculo do custo operacional de caminhões apresentado em STREIT

et alii (1982), incluindo-se uma fórmula para cálculo do consumo de comoustível/

hora em função da potência bruta do motor adaptada às nossas condições

tropicais (MACHADO & SOUZA, 1981; SAAB-SCANIA, 1988)~J

O método de cálculo dos C1JK,considerando-se um perfodo de 1 mês, é o~

seguinte:

1) Custo fixo mensal (CFM) - calculado em função de.:

·custo mensal do investimento (depreciação);

·remuneração do capital;

·custo mensal do salário de motorista, incluindo encargos sociais;

-custo mensal do Iicenciamento do caminhão e seguro obrigatório.

2) Custo variável/km (CV/KM) • calculado em função de:

·custo de pneus, recapagem e câmara;

-custo de manutenção (peças e mão-de-obra);

-custo de lavagem e lubrificação;

-custo de combustfvel;

-custo de óleos lubrificantes.

São efetuados dois cálculos distintos para o valQr de custo, considerando-

se os desempenhos em terra e asfalto (WEILLE, 1973). Emprega-se um fator de

correção a mais para o transporte em terra de 1.50. Devem-se incluir também os

valores das operações de carga e descarga, realizadas em cada viagem. Sendo

assim, o coeficiente C1JKpara um mês de trabalho seria:

C1JK= CFMK + CVKx TKM'JK+ CT x NV,JKx CCK onde

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CFMK = custo fixo mensal do verculo k no período T;

CVK = custo variável por quilÔmetro do veículo k;

TKMIJK = total de quilômetros percorridos pelo veículo k na rota i-j I no pedodo T;

CT = custo de carga e descarga por tonelada de madeira;

NV1JK = número de viagens do veículo k na rota i-j, no período T;

CCr. = capacidade de carga (lotação) do veículo.

o total de quilÔmetros percorridos no período T é função da velocidade do

veículo e do número de horas gastas em operações de carga e descarga, bem

como o número de horas totais de operação disponíveis. O número de horas

operaclonals totais depende do período disponfvel para se efetuar o transporte

como, por exemplo, os turnos diários de trabalho de 8, 16e 24 horas. A velocidade

é uma característica do veículo e também o resultado dá Interação deste com o tipo

de pavimento. Da combinação desses fatores resulta um rendimento operacional

em quilômetros dependente da distância de transporte e qualidade da rede.

O próximo passo é o cálculo do rendimento operacional de cada veículo,

sendo necessários os valores de capacidade de carga (citados na Tabela 4.3) e

velocidades médias de cruzeiro (citados na Tabela 4.4). Com esses valores

calcula-se a quantidade total de madeira transportada no perfodo e o número total

de quilômetros percorridos, considerando o veículo alocado a uma fazenda

específica. No caso de não haver a necessidade de baldeio, a sequência é:

(1) Tempo gasto em uma viagem (TV1JK)

TV'JK= KMTu x (11 VMTCK + 11 VMTVK) + KM~J x (11 VMACK + 1 1 VMAVK) + TCO

onde:

KMTIJ = distância em trecho de terra (Km) na rota I-j.

KMAIJ = distância em trecho de asfalto (Km) na rota i-j.

VMTCK = velocidade média do veículo k em trecho de terra carregado (Km/h).

VMTV K= velocidade média do veículo k em trecho de terra vazio (Km/h).

VMACK =, velocidade média do veículo k em trecho de asfalto carregado (Km/h).

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VMAV K = velocidade média do vefculo k em trecho de asfalto vazio (Km/h).

TCD = tempo gasto em carga e descarga (h).

(2) Número de viagens no perfodo (NV1JK)

NV1JK = NHTR / TV'JK onde:

NHTR = número de horas trabalhadas.

(3) Total de madeira transportada (TT1JK)(toneladas) pelo vefculo k na rota i-j, no

perfodo T

TT1JK= NV1JKX CCK onde:

CCK = capacidade de carga do vefculo (t)

(4) Total de quilÔmetros percorridos no perfodo (TKM1JK)

NKM'J = (KMT1J + KMA,) x 2

TKM'JK = NV1JKX NKM'J onde:

NKM'J = distância total da rota l-j (Km)

Quando ocorre o baldeio, é necessário separar o cálculo para os trechos em

terra e asfalto. A sequência de cálculos é a mesma para os dois trechos:

(1) Tempo gasto em uma viagem por terra anterior ao pátio intermediário (TVT1JK)

TVT1JK= KMT1Jx (1/ VMTCK + 1/ VMTVK) + TCO*

(2) Tempo gasto em uma viagem após pátio Intermediário (TVA1JK)

TVA1JK= KMTIJx (1/ VMTCK + 1/ VMTVK) + KMAIJx (1/ VMACK + 1/ VMAVK) + TCO

onde j = D

(3) Número de viagens no perfodo por terra (NV1JK)

NV1JK = NHTR / TVT1JK onde

NHTR = .número de horas trabalhadas no perfodo.

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(4) Número de viagens no perrodo IiO trecho após o pátio intermed:ário (NV1JK)

NV'JK= NHTR /lVA'JK onde J = D

(5) Total de madeira transportada (TT'JK)em todas a~ rotas consideradas

TT1JK= NV'JKX CCK

(6) Total de quilÔmetros percorridos no perrodo no trecho em terra anterior ao

pátio intermediário (TKM'JK)

TKM'JK= NV'JKX KMT'J X 2

(7) Total de quilÔmetros percorridos no perrodo nos trechos em terra e asfalto

após o pátio intermediário (TKM'JKTer e TKM'JKAsI)

TKM'J/er = NV1JKx KMT'J X 2

TKM'JKAsI = NVIJKX KMA'J X 2 onde j = D

De posse do número total de quilÔmetros percorridos por um vefculo do tipo

k no pedodo (T) mais as equações básicas de custo (Anexo 2), calculp-se o custo

total relativo a todo o transporte realizado no perrodo em questão por vefculo do

tipo k, incluindo os custos de carga e descarga. Neste trabalho foi considerado um

custo fixo total dos equipamentos para carga/descarga de US$ O,83/t, com o

tempo de duração dessas atividades estipulado em 1 hora (valores embutidos no

programa). Este resultado de custo total é o coeficiente C1JKda Função Objetivo..e o total de madeira transportada pelo vefculo (TT1JK)passa a ser o coeficiente das

variáveis nas restrições do tipo (2) e (3) (rtem 3.1.1).

3.2. CRITÉRIOS PARA DETERMINAÇÃO DOS FATORES VIJK

o transporte principal de madeira geralmente engloba um trecho de transporte

em estrada de terra, ou seja, a utilização de estradas não pavimentadas em

condições mais adversas, e outro trecho em rodovia pavimentada, que favorece

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o tráfego dos vefculos. Na rede viária aqui considerada pressupõe-se a existência

dos trechos em terra e asfalto em todas as linhas que ligam as n fazendas (fontes)

com um único centro consumidor.

Essa caracterfstlca da rede por vezes dificulta a utilização de um veículo por

sua inadequação à via no caso de algumas condições adversas, como aclive

acentuado e/ou falta de aderência em pista molhada. Essas condições podem

eliminar certas opções de vefculos, ou mesmo, no caso de uma acentuada

economicidade de algum veiculo impróprio para o tráfego nas condições crfticas.

favorecer a ocorrência do baldeio. A Instalação de pátios Intermediários facilita o

acesso de composições mais pesadas ao estoque de madeira, representando um

custo a mais quanto às operações de carga e descarga necessárias nesses pátios,

mas proporcionando a utilização de vefculos com menor custo operacional por

tonelada x km no asfalto.

A representação das restrições da rede viária quanto à determina-;é.o dos

coeficientes e dados das variáveis existentes na formulação consiste em: a)

levantamento do valor em porcentagem do grau dos aclives existentes nas vias;

b) tipo e estado do solo ou do pavimento nos seus vários trechos; c) capacidade

de carga das pontes porventura existentes; d) limites quanto à geometria das vias

de acesso.

O máximo aclive (%) que o vefculo consegue vencer I utilizando-se da máxima

Força Efetiva na Roda é calculado por:

IMÁ><= min {Fr; Fad} / (10 x G) - Rr /10

onde:

Fr = força na roda (K9n

Fad = força de aderência (Kgf)

G = peso total do vefculo (t)

Rr = coeficiente de resistência ao rolamento (Kg/t) (valores típicos Anexo 3)

Desprezam-se os efeitos de resistência aerodinâmica devido à baixa velocidade

imprimida pelos vefculos no transporte de madeira nos trechos de condições

adversas.

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o tráfego dos vefculos. Na rede viária aqui considerada pressupõe-se a existência

dos trechos em terra e asfalto em todas as linhas que ligam as n fazendas (fontes)

com um único centro consumidor.

Essa caracterfstica da rede por vezes dificulta a utilização de um veículo por

sua inadequação à via no caso de algumas condições adversas, como aclive

acentuado e/ou falta de aderência em plsta'molhada. Essas condições podem

eliminar certas opções de vefculos, ou mesmo, no caso de uma acentuada

economicidade de algum veiculo impróprio para o tráfego nas condições crfticas,

favorecer a ocorrência do baldeio. A instalação de pátios Intermediários facilita o

acesso de composições mais pesadas ao estoque de madeira, representando um

custo a mais quanto às operações de carga e descarga necessárias nesses pátios,

mas proporcionando a utilização de vefculos com menor custo operacional por

tonelada x km no asfalto.

A representação das restrições da rede viária quanto à determinação dos

coeficientes e dados das variáveis existentes na formulação consiste em: a)

levantamento do valor em porcentagem do grau dos aclives existentes nas vias;

b) tipo e estado do solo ou do pavimento nos seus vários trechos; c) capacidade

de carga das pontes porventura existentes; d) limites quanto à geometria das vias

de acesso.

O máximo aclive (%) que o vefculo consegue vencer, utilizando-se da máxima

Força Efetiva na Roda é calculado por:

iMÁ)(= min {Fr; Fad} I (10 x G) - Rr 110

onde:

Fr = força na roda (Kgf)

Fad = força de aderência (Kgf)

G = peso total do vefculo (t)

Rr = coeficiente de resistência ao rolamento (Kg/t) (valores típicos Anexo 3)

Desprezam-se os efeitos de resistência aerodinâmica devido à baixa velocidade

imprimida pelos vefculos no transporte de madeira nos trechos de condições

adversas.

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Com:,

(1) Fr = Tr I Rd onde:

Fr = força na roda

Tr = torque na roda = torque motor x reI. transmissão x E

E = eficiência da transmissão

Rd = raio dinâmico do pneu

(2) Fad = P x u onde:

Fad = força de aderência

P = peso incidente no eixo de tração

u = coeficionle de atrito pneu x solo (veja limites típicos no Anexo 3)

Essa análise deve ser feita para cada tipo de veículo nas condições

encontradas na rede viária considerada. As limitações quanto aos veículos são

repassadas ao programa, enfocadas quanto à necessidade da ocorrência do

baldeio ao se utilizar os tipos de veículos com restrições em alguns trechos críticos.

3.3. O MÉTODO DE SOLUÇÃO

Conforme mostrado no fluxo~rama da Figura 3.2 para otimizar o cálculo do

rendimento operacional de cada veículo aplicado a cadá um dos trechos analisados

(TT1JK)e respectivos custos (C1JK), foi desenvolvido um programa (CALCA) em,

separado para obter os valores que Irão compor o problema de programação

linear.

O prograrn'a CALCA em todos os seus passos está detalhado no Anexo 4.

Os dadoS de capacidade de carga, velocidades médias, custo fixo e custo/Km

estão destacaclos e podem ser alterados de acordo com as considerações do

usuário, tornanôo-o versátil e de larga aplicabilidade. O mesmo foi desenvolvido

na linguagem BASIC para micro-computadores da linha PC. Posteriormente, os

coeficientes C'Jl<e IT1JKirão alimentar o programa gerador de planilhas QUATIRO.

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o programa QUATIRO gera a matriz que será introduzida no programa Lp·

88, empregado na solução de problemas de programação linear não-inteira.

Para contornar os valores não Inteiros dos resultados gerados pelo LP-88,

devemos primeiro calcular o número de viagens necessárias por verculo a partir

de cada uma das fazendas, o que é feito dividindo-se o total de madeira

transportada pela capacidade de carga do verculo. Para se ter o número total de

viagens necessárias por tipo de vefculo deve-se multiplicar o número de viagens

por vefculo pelo número total de verculos. O próximo passo é a determinação do

número Inteiro de viagens possfveis de serem feitas por verculo. No caso de turno

de 8 horas pode-se considerar a aproximação para valores superiores a 5 na

primeira casa decimal para o primeiro número inteiro posterior. fiar8 valores

inferiores a 5 na primeira casa decimal considera-se o primeiro número inteiro

anterior. Em alguns casos, o turno de 8 horas é ultrapassado, o que é compensado

com o pagamento de horas extras. Finalmente, calcula-se o número de verculos

necessários dividindo-se o número total de viagens necessárias por tipo de verculo

pelo número inteiro de viagens possfveis.

Análises adicionais poderão ser feitas também sobre os resultados das

variáveis duals, consideradas aqui como "preços-sombra". O "preço-sombra"

para o recurso I (denotado por Y1) mede o valor marginal desse recurso, isto é, a

taxa à qual Z (Função Objetivo) poderia ser aumentado, aumentando-se (ligeiramente)

a quantidade disponfvel desse recurso (b,). Na análise efetuada neste trabalho as

variáveis duais representam o ganho adicional, ou, em outras palavras, a economia

possfvel a partir da utilização áe um ou mais vefculos' além dos já disponfveis.

O principal objetivo do programa é o de ser simples, permitindo o seu uso por

pessoas leigas em computação, além da rapidez na obtenção de soluções e a

possibilidade de alteração dos valores básicos de cálculo.

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4. AVALIÁÇÃO DO MODELO - ESTUDOS DE CASOS

4.1. INTRODUÇÃO

Para a avaliação da aplicabllidade do método proposto foi considerada uma

situação básica (ftem 4.2) a partir dos dados de transporte de madeira, coletados

durante um dia de trabalho i de uma firma produtora de celulose e papel.

Procurando contornar as constantes variações' financeiras com a moeda

nacional, o modelo foi alimentado com valores de custo dos vefculos, combustrvel,

salário de motorista etc., em dólar americano.

O ftem 4.3. descreve as especificações dos vefculos considerados nesta

avaliação. A capacidade de carga dos vefcuios foi fixada no limite máximo

estipulado pela "Lei da Balança" (Tabela 4.3). Os valores de velocidades médias

de cruzeiro dos caminhões (vazios e cheios) foram estimados a partir de dados

fornecidos pelos fabricantes, considerando estradas padrões de terra e asfalto.

O ftem 4.4. detalha os casos estudados, descritos como alternativas, e

apresenta os resultados gerados com a aplicação do modelo.

4.2. CARACTERrSTICAS DA SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA.

O transporte principal de madeira nessa empresa é efetuado durante um

único turno de 8 horas (Anexo 5). No dia de trabalho observado foram utilizados

87 vefculos dos mais diversos modelos, agrupados nas seguintes classes:

- Tipo 1) Caminhão 4 x 2 : 68 vefculos- Tipo 2) Caminhão 6 x 2 : 14 vefculos- Tipo 4) Caminhão 4 x 2 + seml-reboque 2 eixos: 5 vefculos

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Neste dia o transporte de madeira foi efetuado a partir de 6 fontes, não

havendo restrição ao tráfego de verculos em nenhuma das rotas utilizadas I com

as seguintes quantidades de madeira retiradas de cada uma das fazendas e

respectivas distâncias em terra e asfalto:

Tabela 4.1. Distâncias das fazendas ao centro de consumo e quantidade de

madeira transportada em 1 dia.

FAZENDA QUANTIDADE DISTÂNCIA (KM)

(FONTE) MADEIRA (T) TERRA ASFALTO

1 247.36 10 40

2 144.96 52 783 191.28 15 354 280.28 44 665 217.38 4 816 289.92 2 35

o transporte efetivamente realizado apresentou a distribuição detalhada na

Tabela 4.2.

Tabela 4.2. Número real de viagens por tipo de verculo em 1 dia de trabalho.

FÀZENDA No. DE VIAGENS I TIPO DE VErCULO GERAL1 2 4

1 17 8 252 12 3 153 11 3 3 174 26 4 305 15 1 4 206 25 4 1 30

TOTAL 106 23 8 137

MÉDIA(1) 1.6 1.6 1.6 1.6

(1) No. de viagens I vercuio.dla

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4.3. ESPECIFICAçõES OOS VEfcUlOS UTILIZADOS NOS ESTUDOSDE CASOS.

As situações trplcas com as quals o planeJador'do transporte principal de

madeira geralmente se defronta são: a) a seleção dos vefculos entre os de uma

frota já existente à disposição para o transporte; e b) a determinação da(s)

opção(ões) mais favorável (eis) econÔmica e tecnicamente entre todos os tipos de

vefculos existentes no mercado. A segunda alternativa é menos comum, ocorrendo

somente quando da aquisição de frota própria.

Para efeito de proposição e avaliação do modelo definiu-se um conjunto de

13 vefculos trplcos entre a ampla gama de vefculos disponfveis no mercado

legalmente viáveis pelo artigo 82 da Lei da Balança (Tabela 4.3.).

Tabela 4.3. Caracterrstlcas técnicas trplcas das classes de vefculos permitidas

pela Lei da Balança.

Veiculo TARA· PBTC LOTAÇÃO POT: POT./PBTC(T) (T) (T) (HP)

1.4 x2 6.3 15.0 8.7 124 3.3

2.6x2 8.5 22.0 13.5 168 7.6

3. 4 x 2 + SR 1 E. 13.1 25.0 11.9 189 7.6

4. 4 x 2 + SR 2 E. 13.7 32.0 18.3 235 7.3

5. 6 x 4 + SR 2 E. 13.9 39.0 25.1 246 6.3

6. 4 x 2 + SR 3 E. 13.9 40.5 26.6 321 7.9

7. 6x4 + SR3E. 18.7 47.5 28.8 301 6.3

8. 4 x 2 + R 1+ 1 E. 11.8 35.0 23.2 301 8.6

9. 4 x 2 + R 1+2 E. 16.3 42.0 25.7 301 7.2

10. 6 x 4 + R 1+1 E. 14.3 42.0 ' 27.7 301 7.2

11. 6 x 4 + R 1+2 E. 21.7 49.0 27.3 335 6.9

12. 6x4 + SR 2E. + R2+2 23.1 73.0 49.9 394 5.4/

13.6 x 4 + 2 R 1+1 E. 17.1 62.0 /44.9 394 6.4

Obs.: R = reboque; SR = semi-reboque; E. = eixo.

(*) Valores tfpicos de vefculos IIustrativos de cada classe

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De acordo com a Tabela 4.3 têm-se 13 tipos de vefculos com possibilidades

de emprego no setor florestal. Não entrando no mérito da validade técnica dos

limites de carga por eixo estabelecidos pela Lei da Balança, a sua utilização como

padrão de referência foi aceita como a alternativa mais lógica pClraadoção neste

trabalho. A escolha do caminhão para cada classe foi feita de ae;ordo com

Indicações dos fabricantes para o transporte florestal~

Inclurram-se também dois vefculos que apesar de não satisfazerem a

condição legal acima aludida têm seu tráfego autorizado em condições especiais

pelos OER(s} nas estradas estaduais e ONER nas federais. Os vefculos 7,11,12

e 13 não satisfazem a condição de PBTC < 45 t e o verculo 12 além desta não

satisfaz também a condição de relação Potência/Peso mrnlma legal de 6.08 HP/t

OIN (Resolução COI No. 40/75).

Quanto à velocidade, foram utilizados valores médios empfricos de velocidade

para cada um dos tipos de verculos trafegando em estrada de terra firme e asfalto

independente de condições particulares de cada rota, valores esses estimados

com base na experiência dos fabricantes. A confiabilidade nos resultados obtidos

a partir deste procedimento é menor I mas nada Impede que haja uma retro-

alimentação e correção dos valores de velocidade' assim que as viagens se

efetivem. No Anexo 6 comenta-se com mais detalhes o processo de determinação

das velocidades.

As caracterfsticas de capacidade de carga, velocidades especffit::as de

acordo com o tipo de estrada e a Intensidade de uso (turnos de trabalho),..proporcionam, ao final de um determinado perrodo de tempo, uma "produção" de

madeira transportada das fazendas ao centro de consumo. Essa "produção",

expressa em toneladas, é o coeficiente TT1JK da variável X1JK colocada nas restrições

referentes ao total de madeira a ser transportada das fazendas (fontes).

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Tabela 4.4. Velocidades médias estimadas em trecho de terra firme e asfalto para

os 13 tipos de verculos.

VeIculo POT./PBTC Vel. Terra (Km/h) Vel. Asfalto (Km/h)

Vazio Carregado Vazio Carregado

1 8.3 58 48 63 532 7.6 53 44 57 493 7.6 53 44 57 494 7.3 51 42 55 475 6.3 44 37 48 406 7.9 55 46 60 507 6.3 55 45 55 458 8.6 60 50 65 559 7.2 57 47 62 52

10 7.2 58 48 58 4811 6.9 33 28 5:5 5012 5.4 30 23 45 4013 6.4 30 23 45 40

Fonte: Dados dos fabricantes.

4.4. DESCRiÇÃO DAS ALTERNATIVAS E RESULTADOS

4.4.1. ALTERNATIVA A- SITUAÇÃO ORIGINAL

Essa alternativa visa exclusivamente a determinação do custo total do

transporte efetivamente realizado pela empresa, de acordo com os valores

adotados neste trabalho. Considerou-se que a empresa procedeu a uma distribuição

subjetiva "otimizada" do transporte feito em um turno de 8 horas.

A determinação do custo total relativo ao transporte de madeira no dia de

operações considerado na empresa em questão, englobou os resultados

discriminados na Tabela 4.5.

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TIPO DE VErCULOFAZ. 1 2 4

1 1.479,00 947,20

2 2.327,80 824,60

3 974,20 365,30 562,70

4 4.365,70 948,80

5 1.887,00 173,30 1.073,10

6 1.729,10 368,80 145,70

TOTAL = US$18.172,31

4.4.2. ÀLTERNÁTlVA B- SOLUÇÃO DO MODELO PARÁ TURNO DE 8

HORAS COM RESTRiÇÃO DE FROTA E SEM RESTRiÇÃO DE

VIAS DE ACESSO.

O turno de trabalho de 8 horas contempla, principalmente, o perfodo

disponfvel para carregamento nas fazendas. A operação de descarga na fábrica

é mais elástica, aceitando a chegada de vefculos praticamente durante todo o dia.

A escolha e distribuição dos vefculos foram feitas de acordo co'm a frota disponfvel

Jáem uso. Contudo, a análise do resultado da programação linear, através do dual,

permite determinar se a utilização de Um ou mais verculo(s), além do número

disponrvel, seria ou não vantajosa do ponto de vista econômico.

O resultado do modelo quanto à distribuição do número e tipo de vefculos

pelas diversas fazendas e re,spectivos custos e total de madeira transportada no

turno de serviço de 8 horas, encontra-se detalhado na Tabela 4.6.

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VARIÁVEIS CUSTO TOTAL TOTAL MADEIRA CUSTOrr No. DETRANSPORTE TRANSPORTADA (US$) VEfcULOSI VEfcULO (T) I VEfcULO

CAM 1·FAZ 1 251.12 25.12 10.00

CAM 1·FAZ2 272.58 12.23 22.29 11.9

CAM 1·FAZ 3 254.30 24.97 10.18 6.4

CAM 1·FAZ4 270.44 14.01 19.30 20.0

CAM ~-FAZ 5 253.69 17.55 14.46 12.4

CAM i-FAZ 6 241.55 30.37 7.95

CAM2-FAZ 1 323.15 36.86 8..77 6.7

CAM 2·FAZ2 359.64 17.66 20.36

CAM 2-FAZ3 328.65 36.44 9.02 0.0

CAM 2-FAZ4 356.07 20.27 17.57

CAM 2-FAZ5 327.53 25.51 12.84

CAM 2-FAZ6 306.51 44.85 6.83 6.5

CAM 4-FAZ 1 489.89 48.70 10.06·

CAM4-FAZ2 525.93 23.16 22.71

CAM 4-FAZ3 495.96 48.39 10.25

CAM 4-FAZ4 522.61 26.61 19.64

CAM 4-FAZ 5 492.20 33.58 14.66

CAM 4-FAZ6-

473.10 59.45 7.96

o custo total encontrado para esta solução otimizada, com restrição de frota

e turno de 8 horas de trabalho, foi de US$ 17.844,70.

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Tabela 4.7. Número de viagens por tipo de vefculo e número de vefculos

necessários em um turno de 8 horas.

FAZENDA No.VIAGENSrrlPOVErCULO No.VErCULOS1 2 4 1 2 4

1 18 6

2 17 17

3 18 3 6 1

4 32 16

5 25 136 22 7

TOTAL 92 43 52 14MÉDIA!!) 1.8 3.1

(1) No. de viagens / verculo

A tendência da programação linear no caso de se procurar o menor custo

possfvel do transporte é a de alocar as opções de menor custo nas rotas onde

sejam mais rentáveis. No caso, a maior quantidade de madeira a ser retirada de

uma das fazendas mais distantes (4) fez com que os vefculos do tipo 1, mais

velozes, fossem nela alocados. Os vefculos do tipo 2 foram distribufdos pelas

fazendas mais próximas, mas J;lão foram detectadas diferenças significativas

quanto aos valores de custo para cada uma das situações analisaCas. Outro

aspecto foi a não utilização dos vefculos do tipo 4- em nenhuma das rotas, dados

estes que contrastam com a distribuição real (Tabela 4.2). Como resultado final,

o programa utilizou: a) 52 vefculos do tipo 1 entre os 68 disponfveis; b) o total de. .

vefculos do tipo 2 disponfvels, ou seja, 14; e c) nenhum dos 5 vefculos do tipo 4.

Teoricamente, baseado nos dados médios de velocidades, o programa possibilitou

a economia de 21 vefculos.

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A diferença obtida devido às aproximações para a fazenda 6, onde são

necessárias 22 viagens feitas por 7 verculos do tipo 2 (relação de 3.1 viagens/

verculo), pode ser compensada colocando-se um verculo a mais do tipo 1

disponrvel para realizar uma única viagem nesse trecho. Ou mesmo, a realização

de mais uma viagem com 1 vefculo do tipo 2 fora do horário normal de trabalho.

O vefculo do tipo 1 empregado a mais poderia ser também utilizado para realizar

mais uma viagem à fazenda 1.

A análise do problema pelo seu dual demonstrou que para o verculo do tipo

2 ainda existem perspectivas de aplicação mais favoráveis em relação aos outros

vefculos, caso fossem adquiridas mais unidades. O uso de um veIculo a mais

proporcionaria uma redução no custo de US$ 44.50.

- Variáveis duais:

• Y1 = 0.00

· Y2 = -44.50

· Y. = 0.00

Para se verificar a viabilidade da distribuição obtida pelo programa, a Tabela

4.8 compara o número de viagens / vefculo, efetivamente realizadas, com os

valores calculados.

Tabela 4.8. Número de viagens / verculo, real e calculado, para cada fazenda em

1 turno de trabalho.

FAZENDA I No. REAL VIAGENSNE[C. No. CALCo VIAG.NEfcrlti 2 4 1 2 4

1 2.9 3.0 2.7 (3)

2 1.1 1.2 1.4 (1)

3 2.4 2.3 1.9 2.9 (3) 2.7 (3)

4 1.1 1.0 1.6 (2)

5 1.7 1.6 1.7 2.0 (2)

6 2.5 2.8 2.3 3.3 (3)

(*) Os valores entre parênteses representam o número final de viagens possrveis.

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Os dados aqui analisados representam a situação encontrada em um único

dia de transporte, não sendo realmente representativa das condições globais de

transporte da empresa. Os valores calculados refletem uma diferença de 22,4%

comparativamente ao número real de vlagenslverculo. Comparando-se o custo

encontrado para a situação "otlmizada" da empresa ao custo determinado pela

solução através do modelo, encontra-se uma diferença favorável, em termos

econÔmicos, de 2% para a solução calculada.

Basicamente, o erro encontrado na aplicação do modelo aqui proposto será

função dos valores considerados para as velocidades de cruzeiro nas· rotas

trafegadas e para os tempos de carga e descarga. A utilização dos valores médios

fornecidos pelos fabricantes permite somente uma primeira aproximação, devendo,

necessariamente, ser complementada com a aplicação do método com os valores

médios de velocidade, além dos tempos de carga e descarga, obtidos na rede

viária particular de cada empresa. Indica-setambém a coleta de dados representativos

de cada mês de operação, procurando abranger todas as variações estacionais

e demais fatores de Influência. A Importância e a sensibilidade quanto às variações

na magnitude da velocidade do verculo são discutidas no ftem 4.4.7.

4.4.3. ALTERNATIVA C- SOLUÇÕES DO MODELO PARA TURNOS DE

16 E 24 HORAS, COM RESTRiÇÃO DE FROTA E SEM

RESTRiÇÃO DE VIAS DE ACESSO .

.•.Essa alternativa visa demonstrar a aplicação do modelo para quantificar a

economlcldade do aumento do perrodo de trabalho e a distribuição da frota para

turnos de 16 e 24 horas.

Apesar da situação real considerar 1 único turno de trabalho, foram analisadas

mais duas opções procurando proporcionar uma Idéia de possfveis ganhos em

termos de diminuição de custos e número de vefculos necessários. Como estudo

teórico os turnos foram considerados como tempo corrido de 16 e 24 horas, não

levando em conta eventuais paUsas e problemas mecânicos, o que pode ser

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perfeitamente Introduzido no programa quando da indagação do perfodo de

trabalho.

Tabela 4.9. Número de viagens por tipo de vefculo e número de vefculos

necessários em um turno de 16 horas.

FAZENDA No. VIAGENS/TIPO VErC. No. VErCULOS NECESSÁRIOS1 2 4 1 2 4

1 19 4

2 17 6

3 14 3

4 2 15 1 5

5 16 4

6 22 4TOTAL 17 73 15 6 16 5

MÉDIA "1 2.8 4.6 3

111 No. de viagens I vefculo

Um turno de 16 horas colocaria 62 verculos 4><2em disponibilidade, exigindo

contudo a aquisição de mais 2 vefculos do tipo 2. A opção pelo vefculo do tipo 4,

em detrimento dos vefculos do tipo 1, é consequêncla' do aumento de custos, ex.

mais um motoristà, absorvido mélhor pela opção com maior capacidade de carga

e que, consequentemente, nas condições analisadas proporciona um custo

operacional menor por tonelada de madeira transportada. A utilização preferencial

dos vefculos do tipo 4 ocorreu Justamente em Uma das fazendas maio distantes

(F4) entre as maiores produt0ras de madeira. Os resultados das variáveis duais

indicam ainda a perspectiva favorável da utilização de mais unidades dos vefculos

dos tipos 2 e 4:

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-Variáveis duais:

· Y1 = 0.00

· Y2 = -12.43

· Y. = -3.61

A ressalva a ser feita é que a maior utilização dos vefculos implica em um

maior desgaste e tempos maiores de pausa, o que, provavelmente, diminuiria os

ganhos econÔmicos. Mas, de acordo com as condições de transporte, padrão das

estradas, planejamento e manutenção mecânica, valores próximos poderiam ser

obtidos com ganhos em termos de maior número de fretes por verculo e uma maior

disponibilidade de vefculos no mercado. O maior ganho por parte do frotista

permitiria que a frota fosse renovada em um perfodo mais curto de tempo, com

ganhos gerais quanto à qualidade do serviço, remuneração e aquecimento da

Indústria de caminhões, com reflexos para toda sociedade. Isso permitiria até a

negociação de um valor de frete mais baixo devido ao aumento da quantidade de

viagens por vefculo.

Tabela 4.10. Número de viagens por tipo de verculo e número de verculos

necessários em um turno de 24 horas.

FAZENDA No.VIAGENSmpOVEfc. No.VEfcUlOS NECESSÁRIOS1 2 4 1 2 4

1 18 3

2 5 6 2 2

3 14 2

4 16 4

5 16 4

6 22 3

TOTAL 5 70 . 22 2 12 6

MÉDIA(1) 2.5 5.8 3.7

(1) No. de viagens I vefculo

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Neste último caso quase todos os vefculos do tipo 1foram eliminados. Nesta

análise considerou-se que todas as viagens deveriam ocorrer dentro do limite das

24 horas, não havendo como exceder o turno; por ex., para o resultado de 9.9

viagens / vefculo (Tipo 2-Faz. 6) foi considerado como sendo possfvel a realização

de somente 9 viagens. Teoricamente, caso seja mantido este consumo diário da

fábrica, todo o transporte de madeira poderia ser feito com somente 20 verculos,

proporcionando uma redução de 67 vefculos. Quanto à economia obtida pelo

frotista, a Tabela 4.11 permite uma comparação relativa entre os três turnos de

acordo com as soluções encontradas a partir do modelo sem as correções

posteriores para valores inteiros.

TURNO

8h 17.844,7

13.437,6

Reiteramos o aspecto de que se tratam de valores teóricos máximos, mas os

valores relativos são válidos, pois a maior utilização de um vefculo não implica em

um aumento de custos de maneira proporcional. Resta a conscien~ização do

frotista quanto a tornar viável a maior utilização dos seus caminhões e dos

potenciais ganhos econÔmicos em transportes advindos se a empresa utilizar a

operação de carga no campo no perfodo noturno.

4.4.4. ALTERNATIVA 0- SOLUÇÃO DO MODELO PARA TURNO DE 8

HORAS. SEM R~STRIÇÃO DE FROTA E'vIAS DE ACESSO.

Além da distribuição dos verculos de uma frota já existente, o modelo aqui

desenvolvido permite que se determine, de acordo com as particularidades de

distância e volume, qual(is) o(s) vefculo(s) economicamente mais indicado(s).

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Para tanto, elimina-se o limite quanto ao número de vefculos disponfveis, colocando-

se as restrições 11 >= O" na soma do número de vefculos para cada fonte reunidos

por tipo. Por não haver restrições ao tráfego de vefculos, todas as classes foram

consideradas quanto à determinação da frota (Tabela 4.3).

A Tabela 4.12 detalha os custos e o número de vefculos necessár ios para se

realizar todo o transporte de madeira em um turno de 8 horas, para todas as

opções existentes, considerando-se que todo o transporte seria feito por um único

tipo de vefculo.

Tabela 4.12- Custo e número de verculos necessários por opção de transporte em

um turno de 8 horas

VErCULO QUANTIDADE CUSTO RELAÇÃO COM A opçÃO(US$) DE MENOR CUSTO (%)

Tipo 13 19 13.662,50Tipo 12 17 13.916,00 1.9Tipo 6 24 14.029,30 2.7Tipo 9 25 14.995,20 9.5Tipo 8 26 15.176,20 11.1Tipo 10 24 16.091,70 17.8Tipo 7 24 16.347,90 19.7Tipo 2 49 16.532,40 21.0TipoS 30 17.301,20 26.6Tipo 11 27 17.842,90 30.6Tipo 1 71 18.510,20 35.5Tipo 4 37 18.738,60 37.2Tipo 3 55 23.210,90 69.9

Logicamente, há que se comparar as performances estimadas neste trabalho

com os dados reais de capacidade de cada tipo de vefculo ao trafegar pela rede

viária em questão. Caso não existam pontos crrticos, como aclives acentuados e

condições de umidade elevada nos pavimentos, os resultados aqui obtidos,

quanto ao número de vercul<?s,devem se repetir. Em termos de custo os valores

absolutos podem variar bastante, de empresa para empresa, mas a relação entre

as opções possivelmente pouco Irá se alterar. Poderá haver alguma dúvida quanto

à opção entre os verculos dos Tipos 12 e 13, mas não entre os verculos dos Tipos

3 e 6, por exemplo.

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No caso em questão, onde se respeitou a Lei da Balança, a escolha recaiu

somente sobre verculos do tipo 13 (caminhão 6x4 + 2 reboques 1+1 eixos). O

custo encontrado foi de US$ 13.662,52, uma alternativa 23% mais econômica do

que a solução encontrada para o turno de 8 horas com a frota disponrvel. O número

de verculos necessários é de 19 unidades, Uma redução de 68 unidades no

tamanho da frota já existente. O verculo 12, com maior capacidade de carga, foi

preterido em virtude do seu custo operaclonal maior.

Esta Tabela 4.12., bem como a lista de custo de todos os tipos de verculos

para cada uma das fazendas, auxilia o planejador quando o mesmo se vê frente

a uma oferta de verculos distintos para a realização do seu transporte. Contudo,

deverão ser consideradas as particularidades de cada via e os respectivos custos

de cada verculo trafegando pelas mesmas, para enfim se determinar a melhor

frota.

A escolha de um único tipo de verculo foi resultado das caracterfsticas da

situaçào analisada neste trabalho, não se tratando de regra geral, conforme será

observado mais adiante.

4.4.5. ALTERNATIVA E- SOLUÇÃO DO MODELO PARA TURNO' DE 8

HORAS. SEM RESTRiÇÃO DE FROTA E COM RESTRiÇÃO DE

VIAS DE ACESSO.

A necessidade do baldeio no transporte principal de madeira é uma.,caraeterrstica comum a diversas empresas do setor florestal, quer seja por motivos

estratégicos, quer seja pela dificuldade de acesso em trechos de estradas de terra

em condições crrticas ao tráfego de determinados tipos de verculos.

Como exemplo hipotético, considerou-se a ocorrência de chuva nos trechos

iniciais das fazendas 2 e 4, deIxando as estradas de terra molhadas. Em cada um

dos trechos existe uma rampa de 6% de Inclinação, o que Impediu o tráfegq dos

verculos dos tipos 6, 9, 12 e 13 nesses trechos. Os pátios Intermediários foram

situados a 30 e 22 Km respectivamente das orlgefls. Este método também

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possibilita que um caminhão realize somente o baldeio ou que faça o transporte

direto.

Nas condições analisadas (Turno de 8 horas) o verculo do tipo 8 foi escolhido

para realizar o transporte direto até às fábricas nas duas fazendas, não sendo

econÔmico o baldeio para o vefculo do tipo 13, anteriormente selecionado. O custo

final foi de US$ 14.060,43.

Tabela 4.13. No. de viagens/tipo. vefculo e número de vefculos necessários em

situação de restrições ao tráfego

No. VIAGENSfTlPO VErC. No. VErCULOS NECESSÁRIOS8 13 8 13

6 3

6 6

4 2

12 6

5 3

7 2

18 22 12 10

No caso das fazendas 4, 5 e 6 os vefculos terão que ultrapassar o turno de

8 horas para completar todas Slsviagens necessárias. Deve-se ressaltar porém

que, no caso da necessidade de um número pequeno de viagens que não englobe

todo o perfodo de trabalho disponfvel, não haverá como realocar o vefculo em

outro trecho com o uso do modelo aqui proposto.

4.4.6. Al TERNATlVÁ F- SOlUÇÃO DO MODELO PARA ALTERAÇÓES

TÉCNICAS E DE CUSTOS DOS VElcULOS .

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alteração de algum fator relacionado ao tipo de verculo, seja ele técnico ou

econômico. Considerando-se ainda o exemplo analisado até o momento, foram

simulada alterações dos custos e a potência relativos ao verculo do tipo 6. Essas

alterações constlturram-se no aumento da potência em mais 60 HP e no aumento

em 12,7% nos custos.

Analisando-se as alterações por etapa, o aumento da potência do verculo do

tipo 6 em 60 HP possibilitaria, teoricamente,os seguintes novos valores de

velocidades:

Tabela 4.14. Velocidades médias estimadas em trecho de terra firme e asfalto para

verculos do tipo 6.

Vel. Terra (Km/h)Vazio Carregado

Vel. Asfalto (Km/h)Vazio Carregado

o resultado final Indicou a substituição dos verculos do tipo 13 por vorculos

do tipo 6 nas fazendas 1, 2, 3 e 4, mantendo-se a sua utilização nas fazendas 5 e

6, caracterizadas como sendo as de menor trecho de via de acesso por terra. O

custo final foi de US$ 13.275,03, 3% a menos do que a solução encontrada no rtem

4.4.4.

Mas, supondo-se que o áumento da potência do verculo implicaria em um

aumento de 12,7% nos custos, a solução deste novo problema manteve a

utilização dos verculos do tipo 13 em todos os trechos.

Essa versatilidade do método favorece a análise de diversas si·uações que

podem ser imaginadas pelo planejador, Inclusive quanto à aquisição de novos

verculos e implementos com tecnologia superior ou formas de redução de custos,

como: construção e manutenção de estradas mais adequadas, manutenção

preventl~a mais eficiente, operações de carga e descarga mais rápidas etc.

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4.4.7. ALTERNATIVA G- ÀNÁLlSE DE. SENSIBILIDADE PARA OSVALORES DE VELOCIDADE.

O principal aspecto a governar o rendimento operacional dos verculos e, por

consequêncla, do próprio custo, é o valor teórico considerado para a velocidade

média dos verculos nas situações de terra e asfalto, vazio e carregado.

Procederam-se análises complementares alterando-se os valores de

velocidades médias dos vefculos da frota Ideal calculada em -1%, -2%, -3%, -4%

e -5%, primeiramente somente no trecho em terra e depois em todo o percurso.

A frota ideal calculada contemplou unicamente vefculos do tipo 13. A redução

em 1% nos valores de velocidades não alterou a opção pelo vefculo 13. As

alterações começaram a ocorrer na redução de 2% nos valores de velocidades

para todo o percurso. Nas fazendas 2 e 4, mais distantes, os verculos do tipo 13

foram substitufdos por verculos do tipo 6. Essa alteração se manteve na redução

das velocidades em 3%, tanto para o trecho em terra como para todo o percurso,

o que se repetiu no desempenho dos vefculos do tipo 13 com redução de 4% na

velocidade média em terra.

Considerando-se uma redução de 4% nas velocidades em todo o percurso,

a opção por vefculos do tipo 13 se manteve unicamente para a fazenda 6, mais

próxima da Indústria, sendo substitufdos nas fazendas 1 e 5 por vefculos do tipo

12.

Analisando-se o resultado encontrado para a frota ideal e diminuindo-se em

5% os valores de velocidade do verculo do tipo 13, terfamos:..

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Tabela 4.15. Número de viagens por tipo de vefculo e número de vefculos

necessários em um turno de 8 horas.

FAZENDA No. VIAGENS/TIPO VElc. No. VEICULaS NECESSÁRIOS6 12 6 12

1 5 3

2 5 4

3 7 3

4 10 7

5 4 3

6 6 2

TOTAL 22 15 14 B

MÉDIA(1) 1.6 1.9

(1) No. de viagens / vefculo

NUMERO DE VEICULOS20

-1" -2" -3" -4~ -6~VARIACAO NAS VELOCIDADES DO VEICULO 13

Figura 4.1. Escolha do tipo de veIculo em função de variações nos valores de

. velocidade do vefculo tipo 13.

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Estes resultados demonstram a importância da determinação o mais apurada

possrvel dos valores de velocidades médias que representem, de maneira

bastante aproximada, o desempenho dos vefculos nas situações particulares de

cada empresa. Permitem também o cálculo, por parte da empresa, das vantagens

de se investir na melhoria da rede viária em função da economicidade das diversas

opções de vefculos. Esses valores mostram também a importância dos tempos de

espera para carregamento nas fazendas e de descarga na indústria, que refletem

no tempo total gasto no cicio de transporte. Dependendo da eficiência das

operações alguns tipos de vefculos serão mais adequados que outros.

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5. CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS

,5.1. SOBRE O MElaDO

o método utilizado neste trabalho mostrou a sua utilidade como ferramenta

de auxrlio na determinação das opções mais adequadas de veículos para o

transporte rodoviário principal de madeira, na situação aqui enfocada de diversas

fontes e um Único destino.

As vantagens do método estão associadas à rapidez de geração dos

resultados e à versatilidade quanto à alteração e Introdução de novas variáveis.

Isto permite ao planejador verificar as consequências de uma série de alternativas,

mesmo que fictrcias, sem que se tenha de adquirir caminhões e colocá-Ios em teste

por longos períodos.

A utilização de valores médios estimados para velocidades e custos exige

que se faça uma amostragem abrangente e o mais representativa possível da

realidade vivida pela empresa florestal no seu sistema de transporte de madeira.

Quanto melhor a qualidade da amostragem, maior será a confiança a düpositar

nos resultados obtidos através do método aqui proposto.

Os valores de custos utilizados fornecem ordens de grandeza para uma

avaliação comparativa entre as diferentes opções de veículos e entre as possíveis

soluções encontradas para a situação analisada, não sendo necessariamente

representativos dos custos contábeis das empresas. Para a determinação

aproximada dos custos contábels previstos para o transporte, torna-se imprescindível

o cálculo prévio desses custos para cada situação em particular. No caso da

aquisição de uma frota, tal processo poderá ser complexo, mas a confiabilldade

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nos resultados será tanto maior quanto mais próxima da realidade for a estimativa

desses custos.

Nas condições operaclonals atuais do mercado, o método tem um valor

maior para os donos dos vefculos ou das frotas, tendo um potendal de contribuição

direta menor para a empresa florestal que, via de regra, utiliza frota de terceiros

com pagamento por tonelada transportada, não Importando portanto a ela o tipo

de vefculo empregado. Contudo, o método pode ser usado pelas empresas como

base para a negociação do frete, demonstrando ao proprietário do vefculo as

possibilidades de utilização do mesmo e as perspectivas de ganho em cada

situação.

Não é dltrcil estender à aplicação do método aqui proposto ao estudo de

caso de aquisição de novas florestas e a Influência com respeito ao grau de

utilização da frota de vefculos disponfveis para aquele transporte. Para tornar o

programa mais operaclonal e abrangente, deve-se Incluir paralelamente o processo

de escolha dos vefculos de acordo com as condições especfficas da rede viária,

Isto é, aclives, condições do pavimento, condições meteorológicas etc. Isto

permitiria que o próprio programa fizesse a escolha dos vefculos face a condições

crftlcas, sem a necessidade da Interferência do usuário. Para utilização na prática,

deve-se também tornar automática a transferência dos resultados do programa

CALCA para um programa como o LP 88, sem que haja a necessidade da

elaboração lImanual" da planllha gráfica.

Nos casos aqui estudados, tornaram-se claras as perspectivas de ganhos

advindos de análises mais criteriosas. Mostrou-se também a importância da

combinação de diversas Informações e conhecimentos na elaboração de um

processo de tomada de decisões. O método aqui proposto não pode ser

considerado como um fim, mas como uma ferramenta de apoio para facilitar o

trabalho de análise das diversas variáveis envolvidas em um sistema de transporte.

A escolha da frota, sem restrições quanto ao tipo de vefculo dlsponfvel,

contemplou o lItremlnhão" e, em segundo lugar, o lIrodotrem". Isto reforça a

opção, desde que em condições .favorávels, do transporte efetuado por meio de

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composições com maior capacidade de carga. Contudo, a terceira opção

selecionada, vefculo 4x2 + seml-reboque de 3 eixos (Tipo 6), apresentou custos

bem próximos às anteriores. Tal fato poderia inclusive, em virtude do seu menor

custo de aquisição, vlablllzar uma decisão da empresa em favor de um menor

Investimento financeiro Inicial para aquisição de trota, em detrimento de um custo

operaclonal um pouco menor.

O estudo de caso com restrições ao tráfego de alguns tipos de vefculos em

certos trechos, mostroU a Importância dos cListos e tempos relativos às operações

de carga e descarga, Invlablllzando, no caso em questão, a ocorrência do baldeio.

Assim, o transporte principal tal feito diretamente com o vefculo 4><2 + reboque

1+1 eixos (Tipo 8), selecionado entre os verculos ap~os ao tráfego nos trechos

crftlcos.

As análises quanto a variação nos valores de velocidade mostraram a

ImportÂncia da correta determinação desse fator, bem como dos valores de

custos, existindo, por vezes, margens estreitas de Indicação da opção por algum

tipo de vefculo.

Os valores emprricos das velocidades aqui empregados podem servir como

subsfdlo na tomada de decisão, sendo que os resultados não podem ser

considerados como definitivos sem que se tenha um bom conhecimento do

sistema "vefculos e rede viária" de acesso às fazendas.

Através Ciosestudos de casos foram obtidas outras Informações, tais como

as vantagens econÔmicas advindas do aumento do número de turnos, não

proporcionais ao aumento do número de horas em virtude do aumento dos custos..variáveis e contratação de mais motoristas. Inclusive ocorreram alterações quanto

ao tipo do vefculo escolhido decorrentes desses aumentos dos custos de

transporte.

Finalmente, para a utilização da sistemática aqui desenvolvida, cada usuário~deve alterar os dados considerados de acordo com as suas caracterrsticas locais.

Contudo, a sequência básica será sempre a mesma. A Programação Inteira deve

ser estudada, fazendo-se Uma análise comparativa com o procedimento aqui

sugerido ,de arredondamento e desrespeito às restrições ao se permitir horas

extras além do perfodo normal de trabalho.

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5.3. CONTINUIDADE DÀ PESQUISA

A continuidade deste trabalho deve se refletir no estabelecimento de uma

metodologia complementar que, de posse dos resultados quanto ao número de

viagens e de vefculos, determine um cronograma de distribuição dos vefculos por

tempo de chegada nas fazendas e na Indústria. A avaliação técnica dos vefculos

quanto às condições da rede viária também deve ser inclufda, possibilitando a

análise dos efeitos sobre o desempenho dos mesmos de fatores tais como:

ocorrência de chuvas, mudanças no padrão dos pavimentos, existência de

aclives, limitação de pontes etc.

Deve-se pesqulsar também a Integração com metologlas já existentes

quanto ao planejamento do transporte primário de madeira e localização ideal para

a Instalação de pátios Intermediários. O resultado será 'um programa integrado de

planejamento envolvendo todo o abastecimento Industrial de madeira.

Por fim, estudos sobre à redução dos tempos ociosos e a especialização das

operações de carga e descarga poderão ter consequências importantes quanto

à otimização do uso de alguns vefculos, principalmente os de maior custo.

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ANEXO 1 - SISTEMÁs DE EXpLoRAÇÃO FlOREST ÁL

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etapa seja normalmente absorvida pela etapa posterior.Evitam-se assim acOmúlos de madeira que geram pontos deestrangulamento no sistema; prejud'ciais ao pr6priorendimento operacionai das mâquinas e trabalhadores e,principalment.e, ao abastecimento industrial (SALMERON,

No caso f10restài existe Uma padronizac;:lIoquanto à

classificac;:lIddos sistemas de expldrac;:lIo.Essa classificac;:lIo

a troca de informac;eJes inclusive internacionalmente.Basicamente existem três tipos: a) Sistemas de Toras Curtas:

~desgaihamento e o corte do ponteiro; c) Sistemas de qrvoresInteiras: a Arvore é abatida e, em seguida, transportada

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Contudu, algumas companhias desenvolveram a explora~~o

de toras longas buscando uma menor dependência da m~o-de-

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grade desgalhadora. No carregamen~o es~ao sendo usados

guindastes Madal MD-9500 e Munck MJ-1072. O v~lculo de

transporte nesse sistema de toras longas é uma composi~~o do

tipo rodotrem, compbsta de um cavalo mecênico, um semi-

reboque e um reboque. As carretas possuem fueiros laterais

para transporte das toras longitudinalmente e têm 12 metrosde comprimento. O conjunto todo mede 30 metros e a

capacidade ~ de aproximadamente ioo st (50 ton). A distência

média do transporte principal é de 100 km com cada treminh~o

fazendo duas viagens diârias.

Outra empresa também situada na regi~o Norte do Pais, a

Companhia Florestal Monte Dourado, uti Iiza um sistema bem

distinto na e):plora~~o de plantios de eucalipto, pinus e

gmelina. O corte em toretes de 2,20 m de comprimento é feito

por um operador de moto-serra mais um ajudante. A retiradada madeira até pátios intermediários é fl;>ita através de

caminhOes Mercedes-Benz 1113 e 1313 (4x4) equipados com

guincho mecênico e uma lan~a hidráulica. Cabos de a~o com

diêmetro de 3/8' permitem ao guincho arrastar pilhas de até

500 kg à distências que chegam até a 35 metros. A capacidade

do caminh~o é de 8 a 10 toneladas (BORGES, 1987).

Já a DURATEX FLORESTAL S/A (1987) descreve um sistema

onde a equipe de corte também é composta por duas pessoas,

sendo a madeira de ,euca1ipto explorada em toretes de 2,5

metros. O carregamento dentro das florestas é feito nos

reboques (Ju1ieta) por meio de gruas montadas em tratores

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agr1colas de 60 HP. Os reboques s:ro tracionados por umtrator agricol a 4>14 até à estrada onde s:ro acopl ados aocaminh:ro jé carregado. Uma alternativa por eles analisada é

quanto ao transporte primârio ser feito através de tratores

provisoriamente, por um sistema de trator agricola equipadocom grua e tracionando uma carretà.

SILVA (1987) coment.a ti sist.einá da Champion Papel e

Celulose Ltda., ressaltando qUe 901. das Areas da empresa é

mecanizâvel. A eqUipe de cort.~ também. composta por duas

pessoas sendo prevH:õt.o para ti fut.Uro ti operador de moto-

serra realizar todas as tarefas. Os toretes de 2,20 m s:ro

empilhados na área de corte e depois carregados, por meio de

gruas montadas em t.riH:.oresagricoias; nos caminhOes que

realizam o t.ransporte direto até à fébrica. Nesse caso

inexist.e o transporte primério.

Quant.o A explorac;:ro florestal em éreas acidentadas a

CENIBRA FLORESTAL S.A. (1989) apresenta um sistema com

algumas diferenc;as em relac;:ro aos exemplos anteriores. As

equipes de corte s:ro formadas por i operador e 1 ajudante ou

i operador e 2 ajudantes, conforme a necessidade ou n:ro de

se empilhar a madeira para o baldeio através de guincho. O

comprimento dos toretes é de 2,20 m com o aproveitamento da

mad~ira sendo feito para a obtenc;:rode celUlose. A retiradada madeira da f lorest.a pode ser fei t.a manualmente dté uma

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florest.al auto-carregÀvel em declives até 25° e dist3ncias

de no mÀ>:imo 300 ml por caminh~o Mercedes-Benz LA (4x4)

equipado com grua hidréulica Munck Jons 3050 nas mesmascondic;eJes que o t.rat.or f lorest.al; ou retirada por trator

por meio de tratores CBT 8440 equipados com gruas MJ-6166,

adaptados inclusive pará carregamento noturno.

regionais de m~o-de-obra e topografia, tipo da floresta,

valor de mercado do produto industrial final (o que

setor florestal) etc. As equipes de corte atualmente variam

ent.re i+i e i+2, com algumas si tUac;eJesonde o operador de•.

sozinho.

caminheJes etc. Algumas vezes, quando a topografia e ascondic;eJesdo terrend assim o permitem, o t.ransporte primério

se torna transporte direto até à fâbrica, situac;~o que

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algumas empresas procUram evitar devido à compactac;tlodo

solo pelos caminhOes carregados (SEIXAS, 1987).

o cárregament.ci geralment.e é mecanizado, persistindo o

trabalho manUal no caso de empreiteiros e em alguns locais

onde a madeira é exploradá para a produc;tlo de carv~ovegetal. Contudo; deve-se destacar que~ na maioria das

vezes, à madeira na formá de toretes, com comprimentos

variando ao redor de 2,20 m, é colocada em pilhas à margem

caminhOes; os quais s~o carregados mecanicamente por vezes

até através de gruas de emprego mais generalizado em pátios

de estocagem de madeira.

comprimento ao redor de 2;20 m, mas cuja individualidade é

mantida durante todo o processo de e>:ploraçtlo. Em outras

palavras, n~o existe a unitizac;tlo da carga ocorrendo o

manuseio de feixes de volumes distintos durante as etapas de

careregamento e descarregamento. Por vezes, a garra de uma

grua transporta um úni~o torete em um ciclo, seja pela sua

operacionais etc. Essa característica, motivada às vezes por

problema de espaço nas àreas de carga dos caminhOes, faz com

que essa etapa ainda,ntlo esteja totalmente otimizada.

o aumento do comprimento dos toretes, ou a utilizac;~o

de sistemas de torás longas, seria uma maneira de se

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aumentar o rendimento operacional da carga e descarga.

Diversos autores destacam as vantagens de tal procedimento,

envolvendo até a et.apa de corte ao aliviar o trabalho do

motosserrista. Trata-se inclusive do si6tema mais indicado

,parte de diversas empresas

dos toretes (GRAMMEL, 1983; LDFFLER, 1982; LDNNER, 1976;

SEIXAS, 1985).

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ANEXO 2 - EQUAçÓES BÁsicAs DE CUSTO

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Tabela 1. EqUações para cUsto mensal de transporte.

Verculo EqLlação de custo (US$)

i C1 = 3.649,16+ (0,27)xTKM

2 C2 = 3.667,83 + (0,49) x TKM

3 Cs';" 6.399,53 + (0,41) xTKM

4 C" = 7.138,10 + (0,56) xTKMO

5 Cll = 9.154,78 + (0,55) x TKM

6 Ce - 6.390,42 + (0,78) x TKM

7 Ct = 10.895,80 .•. (0,62) x TKM

8 Ci ~ 8.831,06'" (0,49) x TKM

9 ClI = 9.134,67 + (0,55) xTKM

10 C10 = 10.936,50 + (0,56) xTKM

11 C11 = 10.648,97 + (0,61) xTKM

12 C12 = 12.773,924- (0,86) x TKM

13 C13 = 11.133,36 + (0,78) xTKM

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Tabela i. Coeficiente dê atrito (u) pneU x solo

Concreto com 2 anos 0,74 0,71

Asfalto com 2 anos 0,80 0,70

Cascalho 0,60 0,57

Terràflrmê 0,65 0,55

Terràsolià 0,50 0,40

Argila 0,60 0,40

Saibro 0,70 0,57

Ârela 0,20 0,40

Tabela 2. Coeficientes de resistência ao rolamento (Kg/t)

Concreto 12

Âsfalto 11

Ástalto rUgoso ". 15

Cascalhado 20

Terra seca 50

Terra solta 100

Argila 80

Saibro 90

Areia solta 120

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A primeira informa~~o necessária para se iniciar o

processo de cálculo é o número de fazendas envolvidas no

planejamento

distâncias em

asfalto. De

do transporte.

termos de estrada

maneira ilustrativa

respectivas

estrada de

ETAPA 1

P- QUANTAS ORIGENS (FAZENDAS) FAZEM PARTE DA ANALISE?

R-

O programa abre a possibilidade de altera~~o quanto aos

turnos de trabalho, permitindo a análise financeira e

t~cnica quanto às op~ees de diferentes periodos diários de

tempo para o transporte de madeira. S~o considerados 25 dias

úteis no mês para o transporte de madeira.

ETAPA 2

P- QUAL O PERIODO DE TRABALHO DIARIO (HORAS) ?

R-

ETAPA 3

P- QUAL A DISTANCIA 'POR TERRA DA FAZENDA (FZ) ?

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locali2aç~o do pAtio intermediário. No programa o pátio

estará sempre no trecho da via em terra, fato este querepresenta a maior parte das situaç~es encontradas nas

ETAPA 4

p- HA NECESSIDADE DE •.BALDEIO NESTA FAZENDA? <8> ou <N>

R-

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ETAPA 6

A- ESCOLHA O VEICULO COM CAPACIDADE DE OPERAR NA FAZENDA(FZ).

P- 1) CAMINHAO 4 >: 2 <S} ou <N> ?

R-P- 2) CAMINHAO 6 x 2 <S> ou <N> ?

R-

fazendas envolvidas, o programa ~mite uma listagem com os

valores de: a) custo total do transporte de madeira no

per10do considerado (em terra, asfalto ou direto) (CX~K); e

b) total de madeira transportada no per1odo (em terra~

asfalt.o ou direto) (TT1l.71c:), por veiculo alocado para cadat.recho.

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ANEXO 5· DADOS SOBRE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE MADEIRA

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HOATO FLORESTAL CAMINHAO i TEMPO 1'lJ: ;11. DISTANCIA PREFIXO TIPO . V'AGÉM

CHAO ASFALTO ! ; i

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ANEXO 6 - DETERMINAÇÃO DÁ VELOCIDADE

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veiculo, o fator primordial ê achar a velocidade com que omesmo consegue percorrer um determinado trajeto. E>:iste uma

fbrmula que dá a velocidade teórica (provável) que o veiculoestar~ desenvolvendo em uma determinada situa~~o:

v = ( 0 , 377 >: Rn >1 n) I (i e >: i n)

Rn = Raio dinamico dos pneus em metros.

n = Rota~~o do motor em rota~hes por minuto.

ie = Relac;:~ode reduc;:~oda marcha selecionada na cai>:a de

mudan~as.

Para a sua aplica~~o deve-se determinar para cada

trecho da estrada os fatores considerados na equa~~Q. Estes

fatores s~o resultantes da interac;:àode diversas forc;:asque

atuam sobre o veiculo. Para que o veiculo se mova da maneiradesejada algumas for~ass~o necessárias para: a) sobrepujara resistência inerente ao movimento; b) propiciar acelerac;:~o

e desacelera~~o; c) guiar ou dirigir; e d) mudan~a de

eleva~Oes.

Genericamente, a força disponi vel na roda ~ 1imitada

pelas condi~eJes de aderência dos pneus do ei>:o de trac;:~ocom

o solo, deve "vencer" as for~as resistivas~ que seriam:

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Uma aI ternativa mais prática é a detenninéic;~o de uma

velocidade média no trajeto especi fico obtida a través da

realiza!i=ào efetiva da viagem pelo veiculo. (-\ maior" DU fllE'IlDY"

confian!i=a nessa média será fLln!i=~odo n(uner"o de ve4:p-s em qUI:?

o trajeto for repetido e mesmo das diversas condi!i=Oes

enfrentadas em cada uma das viagens. Ainda assim, essa

aI ternativa pressupefe a disponibilidade dos veiculos para

teste e de tempo por parte da empresa quanto à espera para a

obtp-n~ào dos resultados.