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INTRODUÇÃO VASCONCELL C.A. 1986 ADUBAÇ~O NITROGENADA NO ESTi",DO DE t·1:l NAS C:;;EI;~A I S a.E. França' A.F.C. Bahia Filho' C.A. Vasconcellos' H.L. Santos' As culturas de felJio. milho. sorQo e triQo foram seleclonadas p~rd estudo de alQuns aspectos relacionados com a adubação nltroQenaua. através de levantamento das informações eXistentes em publicações téc- niCO-Científicas relativas ao Estado de Minas Gerais. A seleção desta~; culturas é JUstlflcada pelo seu potenCial aQronômlco dentro do E9tado. sendo que o milho e o feijão são cultivados. tradicionalmente. no~ mais variados tiPOS de solo e de propriedades aQrícolas. o tr i co. com a política de i rr i çação e sua eut.o-uuf i c i ênc i a, adcu i r n: importJncla no Alto Paranaíba em Jreas do Plano·de Assentamento Drrl 'lido (PNJIIP). São Co t atdo , Patroc nu o , Iraí e outros nuru crpros VIZI' nhos. onde predominam 9010s 90b veQetaçio de cerrado (Paula et alll. 1983). Nestas reQlôe9. é feito o cultivo sucessIvo sOJa-trIQo. ' A cultura do sorQo. embora ainda sem Qrande expressão potenCial deVido aos bons resultados obtidos. seja em em sucessão a sOJa. econômica. t monocult Ivo 011 Exiat••um volume considerável de dados exper uaeut are, dentro do F.etMj,' de MiliasCera 19. envo Ivendo dose. modo e ét'oca de apli cacão de 111 t ro Q@nlo pdra as cultura9 de milho e feijão. Para as culturas do sorQo • do tri'lo. as informações são mais escassas. No presente trabalho apresenta-se um enfoque sobre o estado de conhe- cimento atual da adubaçJo nltro'lenada em Minas Gerais. com identifica- ção de áreas carentes de Informdções. e sUQestão de prioridades de pesquisas. RESPOSTAS A NITROGÊNIO o nitroQênio e o f6sforo são os dOIS nutrIentes que maiS limltam J pr oduç ão de alimentos no Brasil. espec i aInente em cr anmeas , Se')"nd<' Malavolta (1972). as respostas maiores e mais f[eq~entes são devIdas. P. e em seQundo IUQar a N. Entretanto. exceto para as culturas hOltI I - Pesqu rsadores do CNPMS/EMBRIIPA. Sete Laçoas , MG.

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INTRODUÇÃO

VASCONCELLC.A.1986

ADUBAÇ~O NITROGENADANO ESTi",DO DE t·1:l NAS C:;;EI;~A I S

a.E. França'A.F.C. Bahia Filho'

C.A. Vasconcellos'H.L. Santos'

As culturas de felJio. milho. sorQo e triQo foram seleclonadas p~rdestudo de alQuns aspectos relacionados com a adubação nltroQenaua.através de levantamento das informações eXistentes em publicações téc-niCO-Científicas relativas ao Estado de Minas Gerais. A seleção desta~;culturas é JUstlflcada pelo seu potenCial aQronômlco dentro do E9tado.sendo que o milho e o feijão são cultivados. tradicionalmente. no~mais variados tiPOS de solo e de propriedades aQrícolas.

o tri co . com a política de irri çação e sua eut.o-uufic i ênc i a , adcu i rn:importJncla no Alto Paranaíba em Jreas do Plano·de Assentamento Drrl'lido (PNJIIP). São Co t atdo , Patroc nu o , Iraí e outros nuru c rpros VIZI'nhos. onde predominam 9010s 90b veQetaçio de cerrado (Paula et alll.1983). Nestas reQlôe9. é feito o cultivo sucessIvo sOJa-trIQo. '

A cultura do sorQo. embora ainda sem Qrande expressãopotenCial deVido aos bons resultados obtidos. seja emem sucessão a sOJa.

econômica. t e«monocult Ivo 011

Exiat ••um volume considerável de dados exper uaeut are , dentro do F.etMj,'de Mi liasCer a 19. envo Ivendo dose. modo e ét'oca de ap li cacão de 111 t roQ@nlo pdra as cultura9 de milho e feijão. Para as culturas do sorQo •do tri'lo. as informações são mais escassas.

No presente trabalho apresenta-se um enfoque sobre o estado de conhe-cimento atual da adubaçJo nltro'lenada em Minas Gerais. com identifica-ção de áreas carentes de Informdções. e sUQestão de prioridades depesquisas.

RESPOSTAS A NITROGÊNIO

o nitroQênio e o f6sforo são os dOIS nutrIentes que maiS limltam J

produç ão de alimentos no Brasil. espec i a Inente em cranmeas , Se')"nd<'Malavolta (1972). as respostas maiores e mais f[eq~entes são devIdas.P. e em seQundo IUQar a N. Entretanto. exceto para as culturas hOltI

I - Pesqu rsador es do CNPMS/EMBRIIPA. Sete Laçoas , MG.

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G.E. França et alii

colas. o uso de fertIlizantes nitroGenados no BraSIl é ainda mUitobaIxo. insufiCiente para se atlnQlrem tetos elevados de produtividade.Por outrú lado. as estatístIcas mostram que o consumo de fertilizantestem se duplicado a cada 10 anos (Goedert. 1981). sem um aumento cor-respondente na produção de Qrãos. € necessáriO portanto que 5~ usemmais eficientemente os fertllizantes. adequando-os aos demals f~toresde produção. para que seus efeItos reflitam Ganhos de produtlvldade.

MilhoOs dados de experimentos conduzidos em MInas GeraIs (Quadro I). sobdiversas condições de solo. clima e sistemas de cultiVO. mostram res-posta Generalizadas de milho. sorQo e triQo à adubação nltro~enada.A demanda de mtroQênio pela cultura do milho é Qrande. sendo. em Qe-ral. necessáriO o uso de adubação nltroQenada em cobertura para com-plementar a quantidade suprida pelo solo. para obtenção de produtiVI-dades elevadas. Resultados. InclUIndo médias de dlversos experimentos(FIQura I). mostram respostas com a aplicaçâo ~e até 120 kQ de N ha-~O maIor Incremento. entretanto. fOI verIfIcado com a dose de30 kQ de N ha • cu]a produção fOI 47l superior à testemunha sem aduba-ção. Para esse Qrupo de experimentos. a produção do tratamento semadubação nltroQenada fOI de J t ha-1• 6Jt superior à produtividade mé-dia do Estado. estimada em 1890 kQ de Qrãos por hectare (FundaçãoIBGE. 1984). Esses resultados Indicam limitações por outros fatores deprodução que. uma vez contrólados. poderão asseQurar maiores perspec-tivas de êxito com o uso de adubos nitroQenados.

Soroo

Dados de produção de sorQo Qranífero. cultivar'BR Joi. de alQuns expe-

QUADRO 1 • Frequência de resposta das culturas de mi lho, feijão,snq~o

trigo a nitrogênio no Estado de ~linas Gerais.

Resposta I

Culturas NO;> Exp.O

Milho 170 168(99) 2 O (1)

Feijão 76 43(56) )3(44) O

Sorgo 11 II (100) O O

Trigo 5 (100) O O

+ - resposta positiva,O • sem resposta

resposta negativaVa.lores entre parênteses representam percentagem do numero deexperimentos.

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6

100

147

169

109

180

o 30 60 120NITROGÊNIO APLICADO (k~ ho-I)

FIGURA 1 - Resposta do mi lho a di Ie rentes doses de ferti lizantes n i-

trogenados no Estado de Minas Gerais.

rlmentos conduzidos em Sete laQoas em solomostram resposta à adubaçao nltrooenada1985). Para o solo Aluvlal a produçâo30 kQ N ha-J.

1I1uvial e lEd (Quadro 2),nos dOIs solos (EMBRAPA,

máXima fOI atlnQlda com

Reis et alll (1977) estudaram o efeito de densidade de plantio e dosesde nltroQenlo sobre alQumas características do soroo Qranífero, culti-var (DKE 57-a) em dOIs tiPOS de solo do Trl~nQulo Mineiro. No experi-mento conduzido em latossolo Roxo não houve resposta ao N, sendo que aprodutiVidade da testemunha Bem ddubaç~o nltroQenada fOI de 7.500 kode crãos ha-'. No outro experimento, conduz ido num latossolo VermelhoEscuro, houve respo9ta até 40 ko N ha-~ com produção de 3.450 kQ decr ãos ha-' correspondendo a um aumento de 191 em relação à testemunha.Não ge observou, para produção de Qrâos, interação 91Qnificativa paradensidade de plantiO e níveiS de N.

Os trabalhos conduz idos por Azeredo et aI11 (1977), em Podzõ lico Ver-melho Amarelo (PVA) de Viçosa (MG), demonstraram re9posta9 do 90roooranlfero à adubação nitrooenada ate 50 kQ de N ha-1: todavia estasrespostas foram dependentes do dno aorícola. No mesmo 9010, Ferrelraet alli (1979), além de demon9trarem a Viabilidade de9te mesmo nívelpara a cultura do soroo, VerifiCaram ser desnecessário o fraclonamentoda adubação nltroQenada.

Carvalho (1979) também demonstrou a viabilidade do uso da adubação nl-trooenada para o soroo oranífero em solo PUA (Viçosa, MG), obtendo umaprodutividade máXima de 6.420 kq de qrJos ha-~ com a aplicação de t07ko de N ha-~ entretanto. com a apllcdção de 30 kq de N hd~ houvema i or p",.j'Jção Je ytáug por qu t loorama de ti .1.'IICcldo.

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C.E. França et alii

qUADRO 2. Resposta de sorgo e trigo ; adubaç~o nitroRenada em co-bertura em dois tipos de solos (EHRRAPA, 1985).

N ap I icado-I(kg ha ) sorgo

Produção do graos ( kg ha-I)Trigo

O

3060

120240

3560 (100) J

4240 (119)4200(118)4180 (117)4120(116)

o3060

120240

1990(100)3230(162)3110(l56)3530(177)3800(19\ )

IAluvinl

2210(100)2920(132)3770(171)3670(166)2340(106)

7

LEd

1830(100)2370(\29)2640 (J 44)2850(156)2130(1\6)

Dados medios de 3 ensaios para sorgo (1981/82/83/84) e de 2 en-saios para trigo (1983 e 1984).

Dados médios de 2 ensaios para sorgo (1982/83 e 1983/84) e de2 ensaios para trigo (1983 e 1984).

Valores entre parênteses representam produção relativa.Estes resultados, portanto, demonstram a dependência das resposta~ àadubação nltro~endda a condições adequadas de solo e clima.

TriQo

Resultados de trJbalh0s conduzidos em várzeas de Minas GeraIs por Co-quelrO et alll são apre!Jcntados por Silva e Andrade (1980). Nos expe-rimentos de adubação, conduzIdos em vários locaIS, houve resposta Qe-nerallzada a apllcaçâo de N, com aumentos que variaram de 20t a 40: emreldção à testemunha sem N.

Coqueiro et alii (1972), em exper ieent os realizados durante três anosconsecutiVOS, em solo Aluvlal, em Sete LaGoas, conclulram que o N fOIo nutrIente maIs Ilmltante da produção de Qrãos e que p, K e uma mIS-tura de se i s mr cronut rlente" n,i,;afetacam d pr oducâo , As orodut ivida-des , néd i a rie '.:''':'~r\'J3. nos tratamentos IIPK e PI: foram de

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Estado de Mina., Ger ais 11

2.280 ka ha-1e 1.550 kQ ha-~ respectivamente. tendo havido um Jument(de 32~ devido ao N.Trabalhos realizados em Sete LaQoas (EMBRAPA. 1985) em um solo AJuvlale um LEd fase cerrado. com IrrlQação durante o período da seca no!anos de 1983 a 1984. mostram resposta à aplicação de N até a dose de60 kQ no primeiro solo e até 120 ka no LEd fase cerrado (Quadro 2).Como o solo Aluvlal tem maior capacIdade de suprlm~nto de N, doses su·periores a 60 kQ N ha-1provocaram acamamento das plantas de triao. AIDrodutlvldadc~ variaram entre 2.210 e 3.770 kQ ha~no 3010 Aluvial rentre 1.830 e 2.850 ka ha-1no LEd. No 9010 Aluvlal obteve-se o mj~lm(de 20 kQ de Qrãos por kQ de N aplIcado quando se usou a dose d,60 kQ de N ha-1; no LEd. o máximo obtIdo fOI de 18 ka de qrãos por k(de N. quando a aplicação fOI de 30 kq de N ha·l.

FeijãoPara o feijão em nonocu lt ivo , num total de 76 experimentos, constatou-se que 56t deles responderam positivamente à adubação nltroQenada(Quadro I). Nos casos em que houve resposta. os aumentos foram peque-nos, como se observa na r i cure 2. que r epresenta dados de var ios expe-rimentos .Trabalhos conduzidos no CNPMS (EMBRAPA. 1985) em um soleAluvial e num Latossolo Vermelho Escuro. dlstr6fico (LEd). fase cerra-do. os aumentos médiOS para os dOIS solos também foram pequeno!(Quadro 3). A pr odut ividadejnéx ma foi a t inç ida com 30 kq N ha-1, tantepara o cultiVO das áquas como para o cultivo da seca. com um aumenterespectivo de 14t e 9t em relaçio à testemunha sem adubaç30 em cober·tura.

Verifica-se muitas vezes uma diversidade mUIto Qrande na maQnitude dEresposta. para ensaios conduzidos na mesma reQião e até no mesmo lo-cal. em épocas diferentes. Esta aparente contradição pode estar asso-ciada a diversos fatores que afetam com maior ou menor intensidade d

resposta a N. como disponibilidade de áQua e de outros nutrientes.acidez do solo. entre outros.

Em ensaios conduzidos na Zona Metalúralca de Minas Gerais. Bolsanellc(1975) encontrou uma relação estreita entre resposta a N e doses de rpara ensaios conduzidos em vários locais. Na ausência de P. não houverespostas a N ou estas foram de pequena maQnitude, enquanto que napresença de p. as respostas foram lineares ou quadráticas para 3D e60 kQ N ha-1 Resultados semelhantes foram também obtIdos por Urben FI-lho et a li i (1980). Cardoso et a li r (1978) e Ber çe r et alii (1983).mostrando que na aus~ncla do P. não houve resposta a N. Com a aplica-ção de 60 a 120 kQ de ~O. ha:1 houve resposta a doses elevadas de N(90 a 120 kq ha-I) com pr odut rv í dadea de até 2.360 kQ de çr ãos ha(BerQer et alli. 1983).

Houve respostas à adubação em cobertura no feijão das áQuas e falta deresposta no f e i jão da seca. em ensaios couduz idos por Araya et ali I(1981). Esta fOI atribuída à meno! demanda de N pelo feIjão da seca. ON aupr Ido p(~lo solo mais aquele aplicado 110 sulco fOI auí rcrente par,latender ~ drmallda da cultura. (orno o teto de r-roducão nos dOIS enaa ronnão fOI t,jll d t í erent e , sendo mc lus ive n.n or IIU [clHo da seca, ~~S,l

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G.r. França et alii

1.500 O Planlio do secoTest. 440 kg grãos/ho

~ Plantio dos óguos~ Test.I.OOO kg grãos/ho'a.c.

11

cnO1<o::<.!) 1.000lIJO

O1<U'~oOo:: 500c,

-30- -60- -120-NITROGÊNIO APLICADO (kg ha-I)

FIGURA 2 - Resposta do feijão ã adubação nitrogenada em diferentes sis-temas de cultivo, no Estado de Minas Gerais.

~UADRO 3. Resposta de feijio a diferentes doses defertilizantes nitrogenado (CNPHS/EtIBRAPA,1985) .

N aplicado CultivoÁguas Seca

kg -1--- ha

1310(100) 460 (00)

1310(100) 490(107)

1490(114) 500(09)

l460(1l1) 500(109)

1590(121) 460(100)

o

15

30

60

120

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11.1

~xpllr3çjo nJo satisfaz. A explicação mdlS viável é que como a precI-~llaç~0 plU~lométrlcd é maior no feljao Jas aqua9. parte do~ poJe terSIJ0 ~.ldldo ~or llxlvlaç~o. acarretando resposta ao adubo aplicado emcober I.ur a ,

ÉPOCA E MODO DE APLICAÇÃO

Não há mUita conslst~ncla nos resultados sobre época e parcelamento daadubação nltroQenada na cultura do feijão (FIQura ). variando. porexemplo. com a dose aplicada.Urben Filho et a li i (1980). Silva et al í í (1977) e Kornelius et a l í i

(1976) observaram que o parcelamento da adubação nltroQenada não apre-senta vantaQem para a cultura do feijão. Mascarenhas et al11 (1966)ap licaram de uma só vez SO ko N ha-' aos 7. 14 e 21 dias após, a emer-gênCia da planta e não encontraram diferença entre dS épocas de suaaplicação. Por outro lado. Miyasaka et alll (1963) obtiveram melhoresresu ltados com a aplreação do adubo ru troçenado (50 ko N ha-1) na emer-g~ncla do felJoelro. As produções decresceram com aplicações aos 22.42 e 62 dias após a emergênCia.

o sistema consorcIado milho-feiJão é muito difundido no Estado de Mi-nas Gerais. Num diagn6stlco da cultura do feIjão em MG. veriflcou-S~que 81l do felJ~o cultlvado,no Estado é consorciado. principalmp.ntrcom o milho (Oliveira et alii. 1980). Apesar da Import3ncld desse SIO'tema. s~o poucas as Informações sobre como adubá-Ia.

1.500 § Todo no plantio

D 1/2 plantio 01/2 15dio. opó. gormlno,ao

[Z)//3Plontio, 2/3 15dlos opó'. germino~ão

F>::] 1/3 plontio, 1/3 00.10. 1/300.20 dia.'" ." opô. Qtrmino,ao

F E I J ÃO DAS ÁGUAS

(J)

I~ 1.000

ol.LIOO

I~,:s 5008IX:a.

----30 60----

N IT ROGÊNI O APLICADO ( kQ ha-I)

FIGURA 1 - Resposta de feijio solteiro a fertilizanteaplicado em diferentes ipocas e doses.

ni t rog enndn

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G.l:. r.nnçl et 111I

Em t raba lho rea lrzado no CNPMS, Sete Laçoas , MG, (dados não pub l í ca-dos), estudou-se época de apl.cação da adubação nltroQenada no cons6r-CIO mllho-felJdo, semeauos na mesma linha, constatando-se que, em ter-mos de produção equivalente, o desempenho do sistema foi melhor qUdndometade do N foi aplicado aos 25 dias e a outra metade aos 45 dias, ouquando todo o N fOI apllcddo aos 45 dias ap6s o plantio. O melhor de-sempenho do 919tema fOI devido principalmente à resposta do milho àadubação nitroQenada.

Coelho e Silva (1984) estudaram o efeito de fontes de N aplicadas emcobertura na cultura de Dlllhoe feijão consorciadas e em monocultlvo.Não houve diferença slQnificatlva entre fontes (uréia, sulfato deamônio e nitrocálclo) na cultura do milho para o pe90 de espiQas ver-des, tanto no sl9tema de monocultlvo como no consorciado. Os mesm09resultados foram observados para o feijão, onde não houve diferençaentre fontes na produção de Qrãos para 09 dOIS 91stemas de cultivo.

Para o milho, 90roo e trioo, recomenda-se o parcelamento da adubaçãonltroQenada, aplicando uma parte no plantiO e o restante por ocaSiãoda maior demanda de nitroQênio pela cultura. E9ta prática tem como ob-jetivo diminUir o tempo que o N permanece no solo antes de ger absor-vido pela planta, redUZindo as perdas por llxivlação, volatilização deNH: e de9nltrlficação.

Navais et alll(1974) estudaram o efeito' da aplicação de 60 a120 kQ ha-1de N na forma de'sulfato de amônio, parcelado em diferentesépocas, desde o plantiO até 65 dias ap6s a emeroência das plantas, so-bre a produção e outras características do milho. A aplicação parcela-da de 1/3 no plantio e 2/3 aos 45 dias e a aplicação de todo o aduborutroçenado no plantio (60 kO de N ha-') foram as que apresentaram 09melhores rendimentos na produção de Qrãos. Resultados relativos a ma-nejo de fertilizantes nltrooenad09, em seis cultiVOS de milho em umLEd fase cerrado, mostraram que uma única aplicação a 30 dias ap6s oplantiO deram as mesmas produçõe9 e percentaoem de recuperação de Nque duas apl í caçõe s a09 20 e 60 dias (Grove et ali i, 1980). Esaes re-sultad09 são compatíveiS com os obtidos por ferreira et alii (1979),para a cultura do soroo.

R090lem et alll (1980) estudando o efeito da adubaçJo nltrooenada nasemeadura, na época de diferenciação da panicula, no emborrachamento eno iniCIO do floreclmento, sobre a produção de orã09 de 90roo em umtatossolo Roxo dlstr6flco e em um Latossolo Uer~elho Escuro, texturamédra , constataram que, no LR, quando os adubos foram aplicados nasemeadura, gem parcelamento, e no LE quando aplicados aos 25 dias dnemerQêncld, o sorQo prodUZIU maior número de orãos por panícula. Asaplicações de adubos nltroQenad09 n09 estádios mais avançados fizeramcom que o soroo prodUZisse Qrãos mais pesados, mas esse efeito nãocompensou o menor mimero de cr ãos produzidos. A tentativa do autor emexplicar a diferença entre os solos com relação à época de adubaçãofOI apenas especulação, POIS não foram coletados dad09 que confirmemlixivlação de nltro~@nlo no LE. Por outro lado, o teor mais elevadode matéria oroânlca no LR não Indica que necessariamente este solo te-nha maior capaCidade de suprrmento de N, pOIS ~m oeral, a correlaçãoda produção com o teor Je mdtrfla orqdnlca é baixa.

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Estado de Minu enab 1I ~

Neptune (1977), usando N marcado, comparou vários modos de aplicaçãodesse elemento na cultura do mllho: todo o N, na forma de s,vlfato deamônlo ("N), (100 kQ h~') Incorporado ao solo dntes da semeadura; to-do o N aplicado lateralmente, 40 dias após a semeadura; todo o N apli-cado em faixa; 1/2 incorpurado e 1/2 aplIcado lateralmente 40 dldSapós a semeadura; 1/2 Incorporado e 1/2 em faixa; 1/2 em faIxa e 1/2aplIcado lateralmente 40 dIas após a semeadura; 1/3 incorporddo, 1/)aplicado em faixa e 1/3 aplicado lateralmente 10 dias após J semeJdu~ra. Exceto para o pior tratamento onde todo o N foi incorporado, ob-serva-se que não houve diferença entre modos de apllcaç30 Quanto àproduç~o de Qr~os. Com a aplicação de N lateralmente, 40 dias após asemeadura, foi encontrada a maior QuantIdade de protelna provenlelltedo fer t i li zante ()77 kQ ha-1) e maior ef í c i ênc i a do fer t t li zante na suaconvers~o em protelnas (60t).Em trabalho realizado no CNPMS. Sete LaQoas, MG (dados não publlc~-dos), estudou-se o efeito de doses e modo de ap li cação de N em cober-tura na cultura do eu lho em um Latossolo Vermelho Escuro dí atrof ico(LEd) fase cerrado e em um Aluvial. A uréla foi aplicada a 20 cm dafileira, a 50 cm do meiO da fileira e a 50 cm em fileiras alternadas.A quantidade de adubo aplicada foi a mesma para os três modos de apli-caçJo, nas doses de 3D, 60, 120 e 240 kQ de N ha-~ NJo houve respostapara doses de N nos dois solos. Os dados de produção de Qrãos, médiadas doses, fOI de 5.450, 5.420 e 5.930 kQ ha-1 no LEd e de 6.500, 6.500e 6.640 kQ ha-1no Aluvial, para a aplicação de N a 20, 50 e a 50 cm emfileiras alternadas, respectivamente. No solo LEd, com o adubo aplica-do a 50 em, em fileiras alternadas, o milho produziu 500 kQ deQr~os ha-'a mais Que com os outros dois modos de aplicação, enquantoQue no solo Aluvial ndo houve diferenças entre modos de aplicação. Es-tes resultados, embora preliminares, dão indicação de que a adubaçJonitroQenada poderá ser aplicada a 50 cm da planta em fileiras alterna-das, com economia de mJo de obra e sem prejuízo da produtividade.

COHPARAC~O DE FONTES

Como a transformação dos fertilizantes nltroQenados no solo é bastanteráPida e o N na forma de NO, é bastante móvel, estando por 11380~uJel-to a perdas por váriOS processo~, os aspectos relaCionados com fonte,época e modo de sua aplicação são de Qrande Importância.Em Minas Gerais poucos são os trabalhos comparando fontes de N nasculturas de milho (AraújO t AraÚJO, 1958 e Paixão et alii, 1959)1 ~arJsorQo e triQo nào há refer@ncla na literatura. Os trabalhos realizadosno Bras i l (Araújo t Araü jo , 1958; Paixão et a li i, 1959: Malavolta ~GarQantlni, 1966; Grave et alil. 1980 e Campos l Tedesco. 1979) e emoutros países da reQião trOPical (Fox et alli, 1974 e Sanchez. 1973)mostram Que não há diferença entre as fontes de nitroQênio mais comu-mente usadas. SeQundo Sanchez (1976), situações onde sulfato de amônlofoi superior à uréla, o efeito fOI devido à defiCiência do solo pm en-l':ofreou a perdas de nltroQênio por volatlllzar;ão de amônia. QualldouréIa fOI superIor, a diferença [01 devida ao efeito aCldlficant~ dosulfato de amônia em SOl06 que Já apresentavam problemas de acidez.

Cardoso et alil (1978) compararam Quatro fertilizantes nltroQenaJos

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G.E. França o, a111

e~ quatro níveis e trêo ~odos de aplicaçâo, n~ cultura do feij~o, em-dois mu~icípios na Zona da Mata de Minas Gerais. Houve resposta linearpara doses até 90 kQ d'> N ha-1, porém as fontes empre çadaa (uré ia,sulfato de amônia, salitre do Chile e nitrato de amônlo) foram Simi-lares Quanto à capacidade de fornecer N à cultura.Em trabalhos realizados no Estado de Sâoversas fontes de nitroQênio, na produçãodiferença entre as mesmas (Mlyasaka etalii, 1966; Pons t Mayer, 1977 e neis et

Paulo sobre o efeito de dl-de feiJão, n~o se encontroualll, 1963; Mascarenhas etalii,1972).

A1Quns trabalhos realizados com fertllizante3 nltroQenados de libera-ç~o controlada, na cultura de ~ilho e soroo, cama uréla revestlda comenxofre e NH NO revestido Com calcJrlo, most"dm que essa R fontes nãoforam superiores às fontes convencionais (Grove et alii, 1980; Fox etalii, 1974). Respostas Similares foram encontradas por Bartz et alii(1976) ao comparar d uréla revestida com enxofre e um produto da Impe-rial de Indústrias Químlcds do BraSil (ICI) com uréia e sulfato deamônlo na cultura do trlOo. ReRultados similares foram também encon-trados por Maoalhães (1976) quando cumparou a urdia reve9tlda com en-xofre com a uréla comum na cultura do triQo.

FICIÊNCI~ DE UTILIZAÇÃO

Existem poucas Informações sobre a eficiênCia de utilizaç~o dos ferti-lizantes nitroQenados no Brasil. Na sua quase totalidade, os trabalhosconduzidos se limitam à verificação dos efeitos da adubaç~o sobre aprodução. A ausência de uma abordaQem ~ais ampla do problema tem leva-do Que a compreensão do sistema no seu modo de funCionamento e,principalmente, o poder preditivo para diferentes situações tenha sidode certa forma restrito.

Dados de alouns trabalhus realizados no BraSil nos qualS se determinoua efici@ncia de utlllzaçdo de N, através de mptodo indireto ou do usode N para as culturas de milho, soroo, trlQo e feIJão, serão apre-sentados a seouir.Em trabalhos conduzidos pela IAEA (1970) em vJrios países, inclUSive oBrasll, sobre manejO de fertillzantes nitrooenados na cultura do mi-lho, a percentaoem de utilização de N dos fertilizantes variou de va-Iares muito baixos (20t) até valores bastante altos <)70l), com umamédia de cerca de 40~ para todos os países.

A percentaQem de recuperação aparente de N para as culturas de milho,80roo e trlOo [01 determinada para as doses de 60 e 240 ko N ha-'apll-cadas em cobertura nd forma de uréia, em um solo Aluvlal e em um La-tossolo Vermelho Escuro di str õf i co (LEd) fase cerrado (EMBAAPA, 1985).Independente do tiPO dp 5010 e da cultura, a percentaGem de recupera-ção de N dimInuiu com o aumento da dose de uréla aplicada (Quadro 4).Para uma mesma cultura, O!'l va lores foram na i ores para o solo Aluv raldo que para LEd. A exceçJo do trlOo, no solo Aluvial, d percentaQem derecuperação é baixa, variando entre 19 e 52:. Os resultados para a

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Estado de Mina~ Gtrais 117

QUADRO 4. Recuper ação aparente de 11 i t rogênio I ap 1 iC.1Jo na f~rma de

u r e i a em dois tipos de 5010s (EfIBRAI'A, 1985).

Solo Cultura-I

N .1r1 ic ado kg ha

60 240

7.-----

LEd

fIÍ lho 52Sor~o

Trigo 7l

X 61

Hilho 50

Sorgo 37

Trigo 41

X 64

38

Aluvial

30

34

32

2719

39

lecuperaçõo aparente N ext.pelo tratamento - N ext.p/testem~nha

N aplicado no trataMento

cultura do mIlho no 9010 LEd foram semelhantes aos encontrados porGrave et a lir (1900) que também trabalharam num solo LEd t ane cer rado .Esses autores observaram que a recuperação de N do fertilizante varioude 601 a 3SL rox et a li i (1974) obtiveram recuper ação de Slt paradose considerada 6tima de N aplicada em cobertura no milho em PortoRIco. mas a recuperação diminuiu para 33l quando a mesma dose foiaplIcada a lanço e incorporada no solo.

Melrelles et s li i (1900) e Re ichardt et .1111 (1979) estudaram o ba-lanço de N para as culturas de feIjão e mIlho. usando sulfato de amô-nia marcado com .aN. As perdas de N do fertIlizante foi de 91 para ofeijão e de 18t para o mIlho. Esses valores são bem menores do queacue les estimados através da recuper acão aparente método indireto. In-dicando que as pressuposIções em que se baseia o último método estãolevando a ~ma superestlmação das perdas de N.

RECOHENDAÇ~O DE ADUBAÇÃO NITROGENADA

Há muitos anos vêm-se tentando pncontrar índices que permitam determi-nar a capacidade de suprimento de N pelos solos. de forma simples eefiCiente. Poucos avanços. entret~nto. têm SIdo alcançados devido acomplexIdade d~ fatores 4ue afetam a tran9formaçâo desse nutriente noambiente. Na ma ror ra dos traba lhon, tenta-se cor re lac ionar producão

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com características do solo, com o N total, teor de matéria oroAnica,CTC, relação C/N etc.Mlranda (1971), por exemplo. suoere o teor de matéria oroânica comocritério pdra recomendação de N para a cultura de milho, enquantofuzatto et alii (1970) suoerem o teor de N total. Por outro lado,RalJ et dlii (1981) não obtiveram correlação entre produç30 de milho eo teor de matéria oroânlca revelado na amostra de solo. A dispersào deresposta (oi orande, havendo resposta sioni(icativa tanto para solocom menos de 21 de matéria oroânlca como com mais de 51. Da mesma for-ma, respostas insionificantes (oram verificadas também para solos comteores de matéria oroância entre 2 e 81.

Portanto, os critérios de análises de solo para indicação de adubaçãonltrooenada, baseados nos teores de matéria oroânica e N total. nãotêm sido eficientes.

No Estado de São Paulo, utiliza-se como critério o histórico da área,e ~s vezes, a produtividade esperada (Ralj et alii, 1985).No Estado de Hlnas Gerais. o último boletim de recomendações para usode corretivos e fertilizantes em diferentes culturas, foi editado em1978 (Comissão de fertilidade do Solo. 1978). Embora não esteja explí-cito nas Tabelas de recomendações, a adubação nitrooenada é baseadanas curvas de respo~td9 dos Inúmeros experimentos realizados nas vá-rias reOlões do estado.

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Estado de Mina~ Gerais 119

RESUMO

~'~te trabalho é apresentadaumarevisAo das pesquisas com nitroQ@niono Estado de Minas Gerais. visando estabelecer o estado de conhecimen-to atual. verificar ~reas carentes de informações e sUQerir ~reas aserem pesquisadas. Uma avaliação dos dados disponíveis mostra que. namaioria dos trabalhos. tem sido considerado apenas o resultado físico(produção) da aplicação de N. Na sua quase totalidade. esses trabalhosdizem respeito a doses. métodos e épocas de aplicação de fertilizantesnitroQenados. em v~rias culturas. A frequência de resposta para aeculturas de milho. sorQo. triQo e feijão entre outras. é Qrande. Osfertilizantes nitroQenados comumente usados têm apresentado efici@n-cias semelhantes entre si. Essa eficiência diminui com o aWlento daquantidade aplicada. Encontrou-se uma amplitude de variação na efi-ciência relativa aparente de 19 a 52& para as culturas de milho. sorQce triQo. com a aplicação de diferentes níveis de N. A dificuldade nouso da an~lise de solo. para a recomendação de adubação nitrooenada.tem sido a falta de um método que expresse a disponiblidade do nu-triente e que se ajuste ~ rotina. atualmente o N tem sido recomendado.baseando-se na curva de resposta das culturas e no histórico da ~rea.Observa-se a necessidade de uma abordaQem mais ampla no estudo do N.visando melhor conhecimento do sistema e. com isto. tornando poss(velum manejo mais adequado do solo e dos fertilizantes para um aumento n;eficiência de utilização.

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SUHHARY

<i.E. França ct atii

In this work it ia presented a revision of the research carried out onnitroQen. in the Minas Geraia state aiminQ to stablish the presentknowledQe on thia subject. to find out points with lack of informationand to sUQQeat others to be studied. An estimation of the dataavailable ahowa that in moat of the wworks only the phyaic reault(productionl of the nitroQen application has been considered. AlmoBtali the worKa are concerninQ to rates. methods and periods of thenitroQen fertilizer application to several crops. The frequencec ofthe reaponse to corno sorQhum. wheat and beans is Qreat. The commonlyused nitroQen fertilizers have shown similar efficiency between them.As thia efficiency decreases the amount of N applied increaaea. TheranQe of variation in the relative apparent efficiency was found to bebetween 19 to 52l for corno aorQhum and wheat for different leve1a ofN application. The difficulty in the use of soil analyses for thenitroQen fertilizer recommendation has been the lack of a method ableto expreBS the availability of this nutrient that could be ajusted torutine; at the preBent time the N ia recommended. baaed in thereaponBe to curves of cultures and in the hiBtoric of the aarea. It iBevident the need of a wider approach in the Btudy of N. aiminQ a moreadequa te Boil and feertilizer manaQement for a increaae in theefficiency of use.

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