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N'? 1 1984 Março A reconciliação conjugal .... ....... . .... . .. .. " Ave Maria " . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . 3 A Carla dos Direitos da Família . . . . . . . . . . . . . . 4 A oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 "Para que lodos lenham vida" . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Pôr -se em marcha e aceitar a dura lei do deserto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Defendendo o direito à vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Drogas - um alerta aos pais . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Mais dois Conselheiros Esp irituais ordenados Sacerdotes , Equipisla ordenado Diácono, Jubileu de ouro sacerdotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 N olícias dos Selor es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 1 ' ••

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Page 1: 1984 Março - ens.org.br · EDITORIAL Desde a proclamação do Ano Santo da Redenção, vem o Santo Padre insistindo no ru;pecto da reconciliação, inerente à

N'? 1 1984

Março

A reconciliação conjugal . . . . .......• . .... . .. . .

" Ave Maria" . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . 3

A Carla dos Direitos da Família . . . . . . . . . . . . . . 4

A oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

"Para que lodos lenham vida" . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Pôr-se em marcha e aceitar

a dura lei do deserto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Defendendo o direito à vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Drogas - um alerta aos pais . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Mais dois Conselheiros Espirituais

ordenados Sacerdotes, Equipisla

ordenado Diácono, Jubileu de ouro

sacerdotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

N olícias dos Selores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

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EDITORIAL

Desde a proclamação do Ano Santo da Redenção, vem o Santo Padre insistindo no ru;pecto da reconciliação, inerente à história da Salvação. Reconciliação do homem com Deus, mas também dos homens entre si. Aqui o Con. Caffarel nos fala da reconciliação entre marido e mulher.

A RECONCILIAÇÃO CONJUGAL

É importante considerar como podem os conJuges, quando o não-amor os separou momentaneamente, voltar a dialogar, reatar a comunhão de amor. Numa palavra, perguntemo-nos em que con­siste a reconciliação conjugal, qual é o seu process~.

Não se resignar com o mal, com o não-amor, é a disposição de base. Leva a reconhecer .a própria falta diante do cônjuge, a julgar-se e a condenar-se. O pedido de perdão é a seqüência ló­gica desse reconhecimento. Que prova de amor neste ato de hu­mildade! É o primeiro elemento desta reparação, deste acréscimo de amor que aspiramos a dar para compe.nsar o déficit de amor clP que nos reconhecemos culpados.

É preciso, evidentemente, que o ofendido seja acolhedor. Se tle souber perdoar, com esse perdão- o único verdadeiro- que consiste em restituir a sua confiança total, ele fará uma admirá­vel e inesperada experiência.

Exatamente a do profeta Oséias, a quem Deus pede que re­tome a sua mulher infiel: tendo-o feito com um coração sem re­ticências, bastou-lhe recorrer à sua experiência pessoal no dia em que lhe foi necessário revelar a fidelidade, a · ternura, a miseri­cÓ'rdia de Javé para com o seu povo adúltero. Se o profeta não tivesse sabido perdoar, não teria podido penetrar nos segredos do coração de Deus e seríamos privados de alguns versículos entre o::; mais comoventes da Bíblia: "O meu coração se contorce dentro dE' mim, as minhas entranhas estremecem. Não me abandonarei ao ardor da minha cólera. . . - Conduzi-la-ei ao deserto e falar­-lhe-ei ao coração. E ela voltará a ser como nos dias da sua ju­ventude." (Os. 11, 8c-9; 2, 16-17) .

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Saber perdoar. Ciência tão necessária às pessoas casadas! Bem o tinha compreendido o pai que encerrava seu brinde num jantar de casamento com essas palavras: "Há uma graça que lhes desejo entre todas e que a minha oração solicita a Deus: que, ao longo da sua vida, saibam perdoar-se!" Os solteiros pareceram muito ;mrpreendidos, mas os casais mais velhos muito menos ...

Alguns jovens casais tomam e conservam ciosamente a reso­lução de não adormecerem sem se terem reconciliado. Pressentem que o futuro do seu amor disso depende. Penso num deles: uma noite, pela primeira vez depois de três anos de casados, a esposa recusou o beijo da: paz.. . Sem nada dizer, o marido pôs se de joelhos ao pé da cama e começou a rezar seu terço, convencido de que aquela era uma hora grave. Sabendo que ele era capaz de passar a noite toda em oração, a mulher não o deixou ir além do terceiro mistério!

Toda verdadeira reconciliação exige de um e de outro - de um para pedir perdão, do outro para consentir no perdão sem re­ticências - um acréscimo, uma primavera de amor que levarão a uma nova arrancada do casal em vista de uma comunhão mais perfeita.

Não existe amor algum que não alimente no seu seio, muitas vezes sem sabê-lo, germes de morte. Se os esposos não empreen­derem uma guerra de exterminação, hábil e perseverante, contra eles, o seu amor não sobreviverá. Esta luta é extenuante. Ultra­passa, na verdade, as forças humanas. Por isso não nos surpreen­demos com os resultados de um recente inquérito revelando que o amor não sobrevive mais de seis anos ao casamento, exceto n0 caso de pessoas de fé__. das quais os que apresentam o inquérito confessam não conhecer o segredo.

Acima das forças humanas . . . mas não acima das forças de Deus! Os esposos tinham imaginado, nos primeiros tempos do seu nmor, aparentemente tão forte e invulnerável, que havia nele bas­tante poder vital para triunfar de seus inimigos internos e exter­nos. Hoje são obrigados a reconhecer que foram presunçosos. Mes­mo para se amar- primeiro para se amar! - o homem e a mulher precisam de Deus. Sem Ele não poderão proteger-se do mal, sem Ele não saberão, durante muito tempo, perdoar-se um ao outro as falhas do próprio amor. "Se o Senhor não constroi a casa, é em vão que trabalham os operários." (SI: 127).

HENRI CAFF AREL

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"AVE MARIA"

Maria, a mais moderna, a primeira entre todas as mulheres.

Ela encabeçou a imensa multidão de homens caminhando ao ~;ncontro de Deus que tinham perdido.

Ponta de lan-ça da pureza da humanidade.

Coração todo entregue ao amor.

Liberdade total para pronunciar o SIM dos esponsais do ho­mem com Deus.

Maria é a primeira mulher que reatou definitivamente com Deus a Aliança do Amor infinito. Em sua alma e em sua própria carne, ela é terra de encontro

do natural e do sobrenatural. do finito e do infinito, do homem e de Deus.

Ela é a primeira criatura "re-~riada", desposando a condição de homem resgatado, protótipo do homem novo em que nos de-­vemos transformar.

o

- Por que você não conhece Nossa Senhora, se é ela quem, em primeiro lugar, pode fazer com que sua vida em Cristo alcance pleno êxito, se é ela quem, em primeiro lugar, pode fazer a humanidade progredir no amor fraternal , se é ela quem, em primeiro lugar, pode fazer toda a Criação avan-çar para a glorificação do Cristo?

Você não conhece Nossa Senhora porque hoje, na rustória aos homens, como ontem, na história de seu Filho,

Ela se mantém apagada, silenciosa ...

Ela se cala, mas está sempre presente.

Diga-lhe todos os dias, em todos os momentos de sua vida. com a maior simplicidade possível:

"Ave Maria"

Michel Quoist

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A CARTA DOS DIREITOS DA FAMíLIA

Pe. Antonio Aquino, S.J.

1. Meses atrás os jornais noticiaram resumidamente a publi­cação pela Santa Sé de uma "CARTA DOS DIREITOS DA FA-1.\,ULIA". Assim a informa~ão mais favoreceu uma visão minima­lista do documento do que promoveu o seu estudo.

2. Cresce a ca:da dia o número dos que não sabem mais o que pensar a propósito do casamento, da família e de seus próprios direitos, nem conseguem formular de modo adequado suas vaci­lantes opiniões. A opinião pública, sob a influência das ideologias, ou manipulada em grande estilo pelos meios de comunicação so­cial, vai sendo arrastada na correnteza e não retrata convicções r,Jicerçadas na cultura dos povos e referendadas pelos séculos. O que vemos em muitas expressões aparentemente plebicitárias é que as pessoas não se manife~tam na originalidade de suas cons­ciências e sentimentos profundos, firmadas em razões coerentes, mas repetem os "slogans" do momento e que amanhã perderão a efêmera consistência de hoje. A maioria silenciosa é substituída pelos grupos de pressão a serviço de interesses nem sempre ma~ nifestos e não raro SJ!tilmente ocultos pelas palavras e nos gestos.

3. O comportamento do homem e da rimlher, e os relaciona­mentos familiares, sofrem no momento uma aparente falta de pa­àcões estabelecidos e aceitos. Cada qual dá seu palpite nas pes­quisas de opinião, diz o que passa pela cabeça, o que "dá certo", e são poucos os que cuidar:p. de acompanhar o que acont~ce e ava­liam as conseqü ências reais de suas idéias postas na prática. Quem ~e encontra com o "trombadinha" raramente tem tempo e gosto çle cogitar sobre suas origens, sua família (ou falta dela), seus pais, etc. Os efeitos dos direitos postergados nem sempre se fa-7.em sentir, são precisos muitos anos para detectar o resultado de nossas ações ou omissões.

4. A família, o casamento, a vida estão sendo agredidos e devem ser defendidos. No momento, por exemplo, se discute em tantas nações sobre a legalização do aborto. Qual será o resultado final nos parlamentos, ninguém pode . ainda determinar, mas as tendências vão se afirmando, avassaladoras como um rolo com­pressor.

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A tecnologia no campo biológico chega sem dificuldade a ne­gar ao futuro bebê a possibilidade de ter um pai e até uma mãe que sejam conhecidos ou reconhecíveis. A transmissão da vida foi, assim, desvinculada do conceito e da expressão humana da paternidade e da maternidade. Ninguém diz qual é o futuro pre­visível dessas crianças, privadas, no próprio processo de sua con­cepção, de seus direitos mais fundamentais; nem merecem ulterior consideração todos aqueles que foram calculadamente eliminados na seleção dos embriões ...

5. A Santa Sé, organismo central e supremo do governo da Igreja Católica, publica agora este documento sobre os DIREITOS DA F AMtLIA. De forma sistemática, completa, ordenada e OTgâ­nica, define com clareza o conteúdo já expresso em outros docu­mentos, tanto da Igreja como da comunidade internacional. A CARTA é diriR].da em primeiro lugar aos governos e organizações internacionais.

6. Não se trata de um estudo teórico, mas de explicitar a consciência da humanidade que se examina, que vive e constroi um patrimônio que está ameaçado de se perder. O homem não vive pela força do instinto, mas cada geração, no uso de sua liber­dade, conserva, aumenta ou desgasta valores comuns recebidos das gerações anteriores.

Não se trata: de uma "exposição de teologia dogmática ou mo­ral sobre o matrimônio e a família". Trata-se de descobrir os di­reitos fundamentais inerentes a esta sociedade natural e universal que é a família. São direitos gravados na consciência do ser hu­mano, valores comuns a toda a humanidade, uma lei inscrita pelo Criador no coração humano. Não podemos afirmar que este docu­mento transcreva um consenso votado ou seja resultado de um plebiscito agitado em praça pública. As famílias mais vivem do que debatem estes valores, que são afirmados no seio dos lares rr.uito antes de codificados ou impugnados pelos legisladores.

7. Apesar de tudo há uma certa racionalidade no proceder humano, quando globalmente considerado; há uma certa coerên­cia que a história descobre quando reavalia o passado sob a luz do que permanece e quando esta mesma história não é reescrita pelas ideologias em voga. No fundo do coração humano prevalece um desejo de conhecer a verdade dos fatos e sua interpretação.

8. O documento, depois de uma introdução, traz um preâm­bulo que em seus considerandos nos dá a perspectiva, as razões porque formular estes direitos. A família tem que ser protegida, tem que ser amparada, e seus direitos fomentados e reafirmados. Falando de direitos, estão igualmente reconhecidos os deveres, co­mo conceitos correlatas.

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A "CARTA" estrutura sistematicamente os direitos da família a partir do direito do indivíduo para o casamento e o que se segue na geração e educação da prole, e a posição de toda a família em relação à sociedade, à nação e ao Estado.

9. Trata -<Se da família alicerçada sobre o matrimônio livre e responsável, a quem é confiada exclusivamente a missão de trans­mitir a vida. É a comunidade de amor e solidariedade insubstituí­vel para a transmissão dos valores éticos, sociais, espirituais e religiosos essenciais para o desenvolvimento e bem-estar de seus próprios membros e da sociedade. A pessoa humana sem a famí­lia encontra-se como que perdida, sem significado, sem proteção, sem objetivo. Os direitos da família são, em última análise, direi­tos dos indivíduos e garantia dos mesmos direitos individuais.

10. O documento se dirige também a todas as famílias, suas organizações e associações, conseqüentemente também às Equipes de Nossa Senhora. Um estudo objetivo, uma análise e reflexão das e sobre as diversas proposições da CARTA DOS DIREITOS ['A FAMíLIA poderão ajudar não pouco para firmar posição e (ormular com precisão o que pensamos e defendemos como válido, encontrando motivações novas e argumentos convincentes, no con­texto em que vivemos, para justificar tais afirmações. Será tam­bém esta CARTA um instrumento precioso para o testemunho de nossas convicções diante dos homens.

As razões do Evangelho, que conhecemos, não desmentem mas ilustram e completam aqueles desígnios que o Criador inseriu no coração de todos os homens, seus direitos e deveres.

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DIFUSAO DA "CARTA" NO nn::XICO

Os jornais do México deram ampla divulgação ao documento, destacando a solicitude da Santa Sé pelo respeito à vida. Isto precisamente enquanto o Parlamento mexicano debatia a questão da legalização do aborto. Em várias Cartas oostora.is os bispos do México têm se pronunciado, salientando que "a vida humana é o fundamento de todos os bens, fonte e condição necessária de toda a atividade humana, e deve ser resguardada desde a sua concepção'', c aue "nem a mãe nem o pai, nem autoridade alguma podem dispor da vida de um ser humano". acrescenta.nd'o que a legalização do aborto significa "abrir a porta a muitos outros males". (Fonte: "L'Oss. Rom." 29-1-84).

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- A ORAÇÃO

Santo Agostinho dizia: "Em verdade, quem sabe rezar bem também sabe viver bem".

Não são muitos os que sabem rezar bem. Por isso mesmo sua vida não vai lá muito bem ...

Devemos bisar os apóstolos, constantemente: "Senhor, ensi­na-nos a rezar".

Rezar ou não rezar: eis o dilema do qual depende o futuro da humanidade. Empobrece e definha quem se afasta de Deus, do Evangelho, da oração. Vida humana, sem prece, é flor cor­tada a haste: murcha breve, morre logo. Ramo-vida, desvincu­lado da Videira-Cristo, seca em dois tempos, perde as folhas e não frutifica.

Da fonte da oração brota fundamentalmente a arte de saber viver. Só vive com sabedoria quem se volta para os irmãos e es­tende as mãos suplicantes para Deus.

Na escola do Mestre, quantas lições não aprendemos ainda! Jesus Profundamente Orante: que Ele nos ensine a rezar. A re­zar mais e melhor. A rezar nossa existência.

A oração é a expressão mais preciosa do culto prestado a Deus pelo homem. É a comunicação com o divino em nós.

A oração, compreendida como profunda comunhão pessoal com Deus, é o que existe de mais importante na vida do homem. É a realização da própria vocação do homem.

Frei Alberto Becichauser (Da revista .. Mensageiro", março/83)

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A ECIR CONVERSA COM VOC~S

"Mas a nossa palavra seja sim, se for sim; não, se for não. Tudo o que passar disso vem do mal." (Mt. 5, 37)

Um novo ano se llllCla. Encerrou-'se o período de férias. Já estamos nos envolvendo no corre-corre.

Acreditamos ser este um excelente momento para uma peque­na parada, para uma reflexão sobre nós mesmos, nossa vida e, quem sabe, repensarmos algumas posições nossas.

Pode estar havendo, em nossa vida, incoerência, que nem se­quer são percebidas por nós. Como se estivéssemos com os dois pés em barcos diferentes, cada um indo para uma direção; não saímos do lugar. Essas incoerências podem se manifestar tanto nos pequenos acontecimentos como nas grandes opções.

Alguns exemplos:

Num retiro, no clima de paz que lá sempre encontramos, so­bram-nos argumentos para defender a necessidade de um "ou mais" retiros por ano, para o nosso crescimento. No entanto, en­volvidos por outros interesses, facilmente respondemos não ao chamado para participarmos de um.

Apregoamos o valor e a necessidade do desapego e da sim­plicidade para a nossa felicidade, mas muito facilmente nos dei­xamos seduzir pelas inovações da tecnologia, sucumbindo ao con­sumismo desenfreado.

Somos prontos a reconhecer e a criticar as injustiças sociais que nos cercam, mas, ao mesmo tempo, continuamos preocupados em acumular bens materiais, visando nossa "segurança", às vezes torcendo mesmo, no fundo, para que as coisas fiquem como estão, pois poderíamos perder certas regalias.

Somos cristãos, mas muito mais de boa intenção do que de vida propriamente dita.

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O pior é que estas nossas incoerências têm suas consequen­cias não apenas para nós. Elas atingem principalmente nossos fi­lhos, podendo mesmo causar a perda do verdadeiro sentido da existência humana e de sua realização.

Início de ano - quaresma - campanha da, fraternidade, com o tema Para que fudos tenham vida, visando mobilizar os cris­tãos, e todas as pessoas de boa vontade, para refletir (e agir) so­bre todos os aspectos da vida espiritual, moral, intelectual, psico­lógica e física.

Um ponto que merece uma profunda reflexão e uma posição firme de nossa parte.

Estamos vendo, a todo momento, pessoas com projeção nos meios intelectuais, políticos e sociais, às vezes dizendo-se cristãos, declararem através dos meios de comunicação que o aborto não deve ser crime, que as pessoas têm o direito de poder decidir so­bre seu destino ( ?) .

Onde ficamos? Continuamos com um pé em cada barco, ou vamos assumir nossa fé na vida como um dom sagrado de Deus, devendo assim ser respeitada e protegida de modo absoluto desde G momento de sua concepção? (Carta dos direitos da família, Artigo 4).

Vamos nos engajar concretamente na defesa e promoção da vida humana?

Quaresma - tempo forte de penitência e conversão - final ào Ano Santo da Redenção.

Como vamos vivê-la? Como cristãos, num esforço pessoal de conversão através da penitência e da oração, participando em nos­sa comunidade da celebração da morte e ressurreição de Cristo, ou "aproveitando" os feriados da semana santa para viajar?

Que o nosso sim seja verdadeiramente sim e que o nosso não seja verdadeiramente não!

Cidinha e Igar

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"PARA QUE TODOS TENHAM VIDA"

Para reflexão do casal e em equipe, d11.mos alguns trechos do Texto-base da Campanha da Fraternidade 1984.

Hoje, o sinal dos tempos mais radical e questionador da so­ciedade brasileira é, sem dúvida alguma, a injustiça. Sobre ela se organiza e se orienta essa sociedade. Para os milhões de brasilei­ros que vivem na pobreza quase absoluta, para a multidão de sub­-empregados e desempregados, para os sem-terra, os analfabetos, os posseiros, os bóias-frias, essa injustiça que se "institucionaliza" sig­nifica doen-ça, miséria e sofrimentos para eles e suas famílias.

Uma vez mais, durante a quaresma e a Campanha da Frater­nidade, em clima de oração e conversão, a comunidade vai julgar o panorama de dor e luta em que se debate o mundo. Vai alimen­tar nas consciências. pela força do Espírito Santo, a necessidade urgente de aprofundar a conversão dos caminhos pessoais. Exigirá que "deixemos as obras das trevas e vistamos a armadura da luz" t_Rm. 13, 26), porque "a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, nos libertou da lei do pecado e da morte" (Rm. 8, 12) . Essa con­versão pessoal é o critério essencial para que haja vida para todos.

o

Todo e qualquer tipo de vida é reflexo de Deus vivo. É dom sagrado e precioso, é realidade "muito boa" (Gn. 1, 31), porque criada por Deus. É o dom máximo, supremo. A ela é superior apenas a graça (Sl. 63, 4). Na verdade, a graça outra coisa não é senão a própria vida humana elevada a uma participa-ção ainda maior da própria vida divina. Elevação também chamada "vida sobrenatural". Infelizmente, separando o homem dessa vida di­vina, o pecado tornou frágil também a própxia vida que se cos­tuma denominar "natural". Tornou-a quase um fardo pesado (Gn. 3, 16-19).

o

A fé no Deus vivo que dá a vida passa necessariamente e se realiza mediante o pão partido entre os irmãos. Não é metáfora ou parábola. Jesus fala da verdadeira partilha de um pão real. ( ... ) Compreendendo esse fato, os cristãos da primeira comuni­dade de fé, em Jerusalém, procuraram pôr em prática os ensina­mentos de Jesus: passaram a ter "tudo em comum. Vendiam suêls

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propriedades e seus bens e dividiam o preço entre todos, de acor~ <io com as necessidades de cada um". E o pão era repartido pelas casas com simplicidade e alegria. "E não havia necessitados entre eles" (At. 2, 44-45; 4, 34).

A Boa~ ova do Evangelho não se fixa neste ou naquele mo­delo político e econômico, mas apresenta para as sociedades de todos os tempos o amor, a partilha: e a justiça como condições abso­lutamente necessárias e indispensáveis para se alcançar a vida que Deus quer para todos os homens. A fé no Deus vivo, que ressus• citou o Crucificado, força a abandonar os ídolos do poder e da riqueza, para caminhar construindo a justiça entre os irmãos, rumo à comunhão com o Deus vivo e verdadeiro (1 Tes. 1, 9-10) .

o É preciso fazer que a vitória de Cristo sobre a morte se torne

realidade concreta na história de hoje. Cada cristão, cada comu­nidade, paróquia, diocese ou região, cada movimento ou obra que se pretendam inspirados no Evangelho, são chamados a se reve­rem e a se reorientarem à luz da Ressurreição. Convocados a tes­temunharem, com a entrega generosa da própria vida, que o Deus de Jesus Cristo é o Deus vivo e doador da vida.

o O primeiro grande desafio do tema Vida na CF consiste em

esmiuçar-lhe o conteúdo, descendo às implicações e conseqüências na ação de cada Igreja ou comunidade menor, e no testemunho pessoal de cada cristão. Uma pergunta simples e direta se apre­senta às pessoas e comunidades: estamos produzindo vida, e vida em plenitude? Ou estamos sendo veículos e instrumentos de mor­te para nossos innãos e para nós mesmos, por causa do nosso egoísmo e da nossa omissão? É um questionamento que pede exa­me pessoal e comunitário sobre a qualidade da vida, e exige de todos, com a fOT'ça do Evangelho, uma avaliação honesta da pró­pria caminhada e de tudo que está a<!ontecendo ao redor de ca­da um.

São muitos os acontecimentos que indicam presença ou au­sência de vida. É preciso analisá-los após uma leitura atenta da vida real. O estudo em comum leva a compreendê-los, para depois encontrar a maneira correta de agir. É preciso plantar sementes P. gestos de vida onde a terra é seca e onde a morte parece sufo­car qualquer alento.

Famílias e Comunidades Edesiais de Base, Colégios e Univer~ sidades, obras especializadas e movimentos de qualquer gênero se empenharão em ler e debater os gritos de socorro que de toda a parte chegam através dos próprios fatos da vida, revistas, emis

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soras de rádio e TV. Atrás de cada fato ou notícia, há sempr!'l o rosto de um irmão, talvez suplicando fraternidade e vida. Guiada pelo Espírito Santo, cada comunidade saberá decidir em que sen tido encaminhar o gesto fraterno de levar mais vida aos irmãos que clamam. Este gesto multiplica a vida que vem de Deus.

As grandes cidades brasileiras, com suas multidões solitárias, precisam de comunidades cristãs capazes de personalizar o gesto da solidariedade e do amor desprendido com que Jesus Cristo se colocou pessoalmente a serviço dos irmãos. Os gestos pessoais e diretos, aparentemente pequenos, não diminuem, ao contrário, ser­vem de estímulo a outras ações mais amplas, de cunho político e comunitário. É preciso desenvolver ações assim para que uma vida mais abundante se estenda a todos os que no Brasil sofrem penúria por conta de estruturas iníquas. Contudo, a estruturação da assis­tência e promoção humana jamais devem sacrificar a participação humana, direta e pessoal, da ação caritativa.

Cada diocese, paróquia, cidade, escola, hospital, grupo, movi­tnento ou congregação religiosa pode facilmente determinar alguns pontos para uma ação em favor da vida. Neste sentido, é impor­tante e desejável que a escolha do programa de trabalho se de­senvolva a partir de uma pesquisa sobre as condições de vida em cada lugar ou espaço humano. Pesquisa que responda a interro­gações como estas: Onde a vida está se de~eriorando?... O que poderemos fazer em conjunto para defender, preservar ou recu­perar a vida, testemunhando aos irmãos ameaçados e abandona­dos a vida que vem de Deus?

o

A descoberta da vida, a abertura vivencial para o outro, a par­tilha fraterna, a alegria e a gratidão de viver e de doar a vida pelos irmãos serão sempre a marca de nossas comunidades cristãs. Eliminando tudo o que em seu próprio meio esteja provocando a morte ou a má qualidade de vida, essas comunidades serão, em si mesmas, um convite à celebração da vida, dom gratuito que o Pai nos deu em Jesus Cristo Ressuscitado no Espírito Santo.

Não há prova maior de amor do que dar a vida pelos amigos, disse o Senhor. A seu exemplo, no tempo da Quaresma, que lem­bra de modo especial sua doação total pelo mundo, os cristãos e comunidades cristãs e todos os homens de boa vontade se cons­e:ientizam e procuram os melhores meios de fazer como o Mestre, <{Ue veio "para que todos tenham vida".

(N<~s 41, 48, 53, 83, 88, 89, 129, 130, 133, 137, 143, 144, 147, 148)

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PôR-SE EM MARCHA E ACEITAR A DURA LEI DO DESERTO . . .

Por-se em Marcha ... - Sem saber para onde, sabendo ape­nas que Deus vela sobre nós, sem recursos, sem alimentos, sem reservas, sem uma gota d'água. . . mas estando certos de que Deus vela por nós e que Deus proverá . . . e que, chegado o momento, haverá o maná do céu e haverá uma rocha que se fende para de­salterar a sede ...

Por....se em Marcha ... apesar dos obstáculos aparentemente in­transponíveis, apesar do Mar Vermelho que nos barra a passa­gem ...

Por-se em Marcha . . . sabendo que temos diante de nós a imen­sidade do deserto. . . e por-se em marcha assim mesmo, obstina­damente, porque há acima de nós, em torno de nós, dentro de nós a Presença de Deus!

Por-se em Marcha . . . sabendo de ante-mão que a marcha se­rá dura, que haverá calor e frio , fome e sede, que haverá a fa­diga, que os pés ficarão feridos, doerão muito alguns dias ...

Por-se em Marcha . .. cada manhã, renovar este ato de con­fiança em Deus, certos de que, ao fim do longo caminho, a Terra Prometida nos espera . . .

Por-se em Marcha . .. com o pequeno rebanho que nos cer-ca. . . apesar das murmurações. . . apesar das defecções. . . apesar das incompreensões . . .

Par .se em Marcha. . . mas estar sempre à escuta da voz do Senhor!

E no entanto, Senhor! . . . Moisés hesitou algumas vezes. . . e Vós não o perdoastes . . .

Mas, depois disso houve o Cristo! O Cristo que veio acertar o seu passo com o nosso! . ..

E agora, é com o Cristo que nós nos Pomos em Marcha!

(Trecho dos "Cadernos de Refiexáo" do

Dr. Moncau - 5-8-58)

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DEFENDENDO O DIREITO A VIDA

TrallScrevemos do Boletim de Juiz de Fora a carta envia­da por uma equlpista - a "Zezé", da Equipe 5 - às autori­dades legislativas em Brasfiia.

"Juiz de Fora, 29 de setembro de 1983.

Senhores Deputados

Ficamos cientes de que estão preparando uma matéria sobre a Legislação do Aborto no Brasil e, como cidadãos brasileiros, gos­ta:ríamos de expor nossos pensamentos sobre o assunto em pauta.

Realmente muitas leis precisam ser modificadas, outras pre­cisam ser criadas, para que o nosso Código Penal acompanhe os progressos da nossa civilização, para atualizar-se com a vida mo-­derna no Brasil e enquadrar-se dentro da nossa realidade brasi­leira.

Os senhores foram escolhidos por nós, povo brasileiro, para nos representar diante dos governantes da. nação, pa:ra levar para as Câmaras as necessidades, as reivindicações, os pensamentos so­bre esse ou aquele assunto e por isto é necessário que externemos nossas opiniões e é necessário também que forneçamos subsídios para os estudos dos senhores.

A responsabilidade dos senhor es na hora de votar aprovando uma lei é muito grande. E quanto maior a responsabilidade, mais estudo se faz necessário. A conscientização de um voto deve ser superior ao fato de agradar essa ou aquela pessoa, esse ou aquele grupo. E é aí que está a grandeza da pessoa e é aí que se encontra u determinação firme do indivíduo que escolhemos para nos re­presentar.

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Muito bem, agora devem votar, de uma forma ou de outra, contra ou a favor do aborto. A complexidade não consiste em estar contra ou a favor, pois a causa, desta vez, é superior a todas as outras. É a vida humana que está em jogo. Pois o feto é uma pessoa humana, como eu, como os senhores. Ele mesmo luta, so­zinho, para defender sua vida, como diz o Dr. Bernard Nathanson: "Quando o feto se implanta na parede do útero, o sistema imuno­lógico materno reage para expulsar o intruso, mas naturalmente o feto está dotado de um delicado método de defesa em face dessa reação. Em alguns casos, a defesa não é suficiente como devia e o feto é expulso e abortado. Isto prova que o feto não é uma parte do corpo da mãe. Simplesmente lá está de passagem, como hóspede, e ela não pode dispor dele".

Uma mãe não mata, nem manda matar um filho que vê, a não :::er que seja uma doente mental. Como pode matar ou mandar matar um filho só porque não o vê? Ela só não vê; mas sabe que ele existe; ela sabe. Sentir ela sente. Então ela não sabe que é crime? Sim, ela o sabe. Tanto é que pratica o assassinato de seu próprio filho às escondidas. E paga bem caro por isso!

Os colaboradores que ela encontra para ajudá-la também sa­bem que é crime e se escondem. Escondem-se atrás de um cora­ção bondoso que quer ajudar a mãe aflita. Escondem-se atrás de um médico que pratica a farsa de um aborto terapêutico. Cora­ções bondosos cujos donos se enriquecem com o sangue dos ino­CC'ntes e indefesos.

Sabem, senhores, eu estou grávida de 8 meses. E é simples­mente indescritível a sensação que sinto, agora, enquanto escrevo. Meu filhinho se movimenta sem parar dentro de mim. As vezes parece que se encolhe todo, outras que se estica. As vezes parece que empurra minha pele, outras é como se estivesse esperneando. Ainda há pouco estava quietinho. Acho que dormia tranqüila­mente. Os estudiosos da embriologia sabem que ele até chupa o dedinho desde os três meses. E esta sensação é mesmo marRvi­lhosa. Eu não o vejo mas sinto-o. Sint().J() de verdade. E amn-o, amo-o muito mesmo. E dói pensar que muitos outros bebês po­deriam estar assim como o meu: preparando-se para desembar~ar no mundo e estão mortos. Foram assassinados, covardemente, pas­sionalmente.

Como então desincriminar o aborto? Como excluir do C6digo Penal esse tipo de crime? Se o Código não fala em crime ele não existe.

Como deixar de punir mães e médicos que praticam a ma­tança dos inocentes? Sim, porque, se o Código Penal não aponta o aborto como crime, as senhoras mães poderão assassinar seus

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filhos livremente e os distintos médicos poderão ostensivamente montar suas clínicas como se fossem suntuosos matadouros hu­manos.

Permitir através do Código Penal, ou qualquer outra lei, a prática do crime de aborto, nada mais é do que disciplinar ~ prá­tica do crime.

Sim, senhores, esta é a pura verdade. Nua e Crua. O resto é uma trama de mentiras e uma maquinação calculada.

Com as graças de Deus, podemos contar com os senhores, pois, felizmente não foram abortados por suas mães! Pensem nisto, por favor.

Muito obrigada pela atenção.

Ass.) Maria José Ribeiro de Almeida"

o artigo que segue foi publicado no "O Jornal do Brasil" durante a campanha em defesa da vida, no âmbito da Semana da Familia. l!: de autoria da Daisy, que pertence, com Adolfo, à Equipe 9 (Setor A) do Rio de Janeiro.

O DIREITO DE VIVER

Mundo louco e insensato este em que vivemos!

Os médicos fazem um juramento pró-defesa da vida. Defen­der qual vida? A vida adulta e produtiva? A vida que surge e se delineia, cheia de interrogações e promessas?

Que vida defender? A do velho, alquebrado e doente? A do excepcional, peso para a sociedade e angústia das famílias?

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Pode o médico decidir qual vida vale mais? Seu julgamento humano, emocional ou científico será sempre correto? Que sabe ele dos caminhos de Deus, para poder decidir qual vida proteger? Que sabem os homens pa:ra julgar e decidir sobre a Vida ou a Morte?

Como pode um Governo instituir uma lei que permita o exer­cício desse terrível poder?

Discute-se no mundo a validade e a moralidade da pena de morte. Vários países hesitam em adotá-la. No entanto, concordam em legalizar o aborto!

Que mundo estamos preparando para nossos filhos?

É um mundo absurdo, que proclama os "direitos do homem", mas não hesita em liquidar os pequenos e indefesos "indesejáveis", que ainda não nasceram! Prolonga a vida dos moribundos, mas corta sem piedade o direito de viver, de outros!

Quem será o Profeta a clamar contra tanta injustiça!

D. S. Bertoche Rio de Janeiro

O ABORTO VOLUNTARIO - Vários autores. Edições Paul!nas, 1983.

Uma. vez que continuam as pressóefl visando à. legalização do aborto, vem bem a propósito este pequeno livro, que apresenta. os argumentos teológicos e morais, apresentados por autoridades religiosas çomo o Rabino Henry Sobel, o Dr. Ali R. Allá, os Freis Barruel e Lepa.:rgneur. o Dr. Ricardo Gonçalves dá o ponto de vista do hindu!smo e do budismo. A apresentação do livro é de D. Paulo Evaristo Arns, a. conclusão do Frei Barruel e, em apêndice, a. Ora. Eliana Thiollier apresenta. o aborto na legislação brasileira.

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DROGAS- UM ALERTA AOS PAIS

D.ois irmãos, equipistas do Gua.rujá, desenvolvem, junto com um· grupo de especialistas, um tl'31balho de prevenção e tratamento de jovens viciados. Pe­dimos que nos contassem al:o de sua experiência. Num retiro em São Paulo, Frei Virgílio Ambrosini falou-nos também sobre o assunto. E re(ebemos do Setoi' do ABC reportagem sobre a "Casa da Providência", que se dedica à re­(1Uperação de jovens viciados.

Depoimento de Waldyr e Wanderley Tamburús:

Um grupo de médicos, advogados e um delegado, ao trocarmos idéias sobre o gravíssimo problema do tóxico, resolvemos partir para um estudo mais profundo. Em conseqüência desse estudo, pensamos na possibilidade de mostrar aos jovens, e principalmente aos pais, muitas das coisas que aprendemos sobre tóxicos. Com a ajuda de uma empresa, a Dow Química, que nos forneceu um jogo de slides, passamos a fazer palestras em clubes, encontros de jo­vens, escolas, sociedades de bairros, etc. Como resultado das pa­lestras, começamos a ser procurados espontaneamente por jovens viciados e assim teve início a segunda fase do nosso projeto: o tratamento.

A palestra começa procurando mostrar como um jovem se inicia nesta "viagem" tão desastrosa. Os primeiros slides mostram o aliciamento do jovem por um grupo de viciados em uma escola. A seguir, mostram a mudança de hábitos e conduta desse jovem.

Destacamos a importância de ·OS pais estarem sempre alertas, pois, nesta fase, a possibilidade de recuperação é mais viável. São sinais com os quais os pais devem se preocupar: o jovem não liga muito para a aparência, alimenta-se mal, hca agressivo, tem os olhos vermelhos; há diminuição do rendimento escolar, o jovem não se interessa mais pelo estudo, não procura arranjar traba­lho, etc.

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Geralmente, a porta de entrada é o cigarro, depois a maconha, e daí o jovem parte para tóxicos mais pesados e de difícil trata­mento. Quando se trata de maconha, consegue-se recuperar o jo­\"em em 95% dos casos, mas se ele já partiu para heroína ou co­caína, é quase impossível a recuperação.

A seguir mostramos a parte degradante que é a da justiça, visto que nossa legislação não é especializada para esses casos, que merecem atenção especial. Esta parte cabe aos advogados do gru­po e ao delegado.

Depois desses esclarecimentos, procuramos mostrar como se pode ajudar o jovem. A principal forma de ajuda está no convívio familiar - entra também a pa:rte médica, mas a colaboração da família é primordial.

É difícil um pai aceitar um filho drogado. No entanto, é pre­ciso que aceite, pois é condição para salvá-lo! Como, infelizmente, acontece quase sempre o oposto - os pais condenam, quando seria hora de ajudar - precisamos insistir sobre a impOTtância da fa­mília na cura de um jovem viciado.

O principal- enquanto o jovem é recuperável- é o pai dar a mão! A psicoterapia pode ajudar, mas nossa experiência é que nada substitui o convívio familiar.

Gostaríamos de deixar aqui um alerta aos pais. Ao estudar os muitos casos com que lidamos, descobrimos que a falha princi­pal reside na família. O grande drama é que os pais não têm tem­po de observar os filhos .. . E quando descobrem, a situação já se deteriorou. Os pais PRECISAM arranjar TEMPO para os filhos!

Colocamo-nos à disposição para uma demonstração, pois, se fosse possível, através das Equipes, montar um grupo que pas­.!;asse a difundir esse tipo de esclarecimento, acreditamos que seria de grande valia: temos certeza que, se descobertos e orientados precocemente, esses jovens teriam chances muito melhores de cura.

Endereços de Waldyr e Wanderley :

Maria Silvia e Waldyr Tamburlls - Fone : (0132) 86-2924 Rua Monte Negro, 424 - 11.400 - GUARUJA, São Paulo

Sonia e Wanderley Ta.mburús - Fone: (0132) 86-4765 Rua Ubaldo Sócio, 116 - 11.400 - GUARUJA, São Paulo

-·-Uma pergunta. que volta sempre: POR QUE??? Frei Virgílio Ambroslnl,

que teve a oportunidade de estudar o assunto em profundidade aqui e no ex­terior, responde :

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Em muitos casos o jovem inicia na droga por mera curiosi­dade ou instigado por amigos (de maneira especial nas escolas), depois cria-se uma dependência. :Outras vezes, devido a problemas sérios de personalidade ou por frustrações; na grande maioria dos rasos, porém, é devido ao fato de o jovem não ter ideais. Em casa tem tudo, mas não tem o carinho dos pais: esses não têm tempo para os .filhos. . . . , · !

Decorrem algumas conclusões:

- É indispensável o diálogo com os filhos -um diálogo em profundidade, baseado na compreensão e no carinho. Isto não se faz de um dia para o outro: começa desde pequeninho! Só com e:sse diálogo profundo os pais vão perceber a personalidade do fi­lho, os problemas que tem ou pode vir a ter. O diálogo é preven­tivo - e também curativo!

- Os pais não podem dar tudo aos filhos! Os filhos precisam conquistar as coisas. É importante o espírito de ascese na família. O trabalho, o esforço devem ser mostrados como valores na vida diária.

- É importante a coerência, a autenticidade no viver. Não adianta só falar: é preciso viver aquilo que se prega!

...:._ Educar os filhos para terem senso crítico. Vão ser bom­bardeados, lá fora, por outros valores. Na hora da TV, os pais devem estar ao lado dos filhos.

- Percebendo um problema, é preciso fazer um esforço pro­fundo e verdadeiro para eliminar a causa, muitas vezes de ori­gem familiar .. .

Alguns dados bastante assustadores citados pelo Frei Virgílio:

A indústria da droga é uma "Máfia" da qual é praticamente impossível sair, e seguramente não se sai sem represálias.

Na Cidade do México, onde trabalhou 2 anos na Pastoral Universitária, eram 34 padres, em tempo integral, atenden­do 6. 000 jovens por dia.

Está bastante difundida na América Latina - no Brasil está mais forte no sul- uma seita dita dos "néo-gnósticos", que se apresenta com a Bíblia na mão ... e cujo objetivo é a destruição da família a partir do jovem (são homosse­'Xuais).

Além das grandes cidades, incluindo Curitiba, seriam estes os maiores centros de drogas no Brasil: Ribeirão Preto, São José dos Campos, Bauru, Araraquara, Fartura e a maioria das cidades de fronteira.

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Conheceu muitos jovens que queriam, honestamente, dei­xar o vício - mas, na primeira oportunidade, caiam no­vamente.

São poucos os que conseguem recuperar-se totalmente en­tre aqueles que usam drogas pesadas.

gndereço do Frei Virgílio:

Em São Paulo: Rua João de Santa Maria, 120 (Jardim da Saúde) Fone: 275-3092

Em Curitiba: Rua Deputado carneiro de Campos, 507 (Hugo Lange) Fone: 254-1689 -·-Para es~es jovens, felizmente, existem, como já vimos no início, tentativas

de recuperação. Em Santo André, sob a. orientação do Diácono Djalma. Alves dos Santos, a COMUNIDADE CASA DA PROVID:fi:NCIA recebe jovens de 15 a 25 anos. Durante um período dei 6 a. 9 meses, são tra.ta.dos todos os seus pro­blemas: droga, alcoolismo, sexualidade, relacionamento com a familla., etc. A experiência. compreende tratamento clínico, psicológico, educação fisica, labor­terapia. e orientação espiritual

Djalma Alves dos Santos lecionava (é professor de letras) num colégio quando percebeu que um garoto da 5.a série estava dro­gado. Após as devidas sindicâncias, iniciou o tratamento do menor. Em conseqüência dessa experiência, interessou-se pela psicanálise, fez vários estágios em clínicas e logo em seguida começou a co­ordenar encontros de jovens. Convencido de que o cristão ouve muita teoria mas não a pratica, resolveu renunciar a tudo para dedicar-se integralmente à cura de jovens viciados. Assim, com alguns rapazes, fundou a obra inicialmente chamada "Casa de Oração Providência". Hoje, uma equipe de 30 casais encontristas é responsável pela administra-ção da comunidade e uma equipe de 6 jovens são seus monitores.

A finalidade da comunidade é levar o jovem a um encontro consigo mesmo, com o próximo e com Deus. O dia inicia-se às 6,00 horas, com reflexão e meditação de um trecho bíblico, que os jo­vens deverão tentar colocar em prática durante o dia. Além da educação física, artesanato, etc., há trabalhos com horta, granja, criação de animais, além da manutenção do próprio prédio. As 18 horas, recolhem-se à capela para uma oração em agradecimento a Deus por mais um dia vivido sem a dependência da droga. As ati­vidades encerram....se às 21,30 horas, com uma revisão do dia, ava­liando os momentos fáceis e difíceis, observando as falhas para tentar superá-las no dia seguinte.

Quando se encontra em crise pela falta da droga, o jovem necessita da ajuda de alguém para relaxamento físico e oração.

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Quando adquire a auto ... confiança e uma segurança apoiada na es­piritualidade, encontra força suficiente para superar a crise sozi­nho. Sentindo, simultaneamente, Deus e a ciência vindo em seu auxílio, o jovem adquire essa segurança, e o êxito é total.

A casa comporta no máximo 30 jovens, encaminhados geral­mente através de encontros de jovens, mas a comunidade também é procurada espontaneamente, em conseqüência do grande número de palestras dadas pelo Djalma, principalmente através da Escola de Pais. Os portões permanecem sempre abertos e os jovens vão ficando, pela convivência de cunho familiar, as distrações sadias e a descoberta que fazem do amor de Deus.

A família do jovem é assistida paralelamente ao tratamento do jovem. O primeiro contato entre o jovem e a família é feito após 15 dias de sua entrada na comunidade. O trabalho com a família é importante, pois foi constatado que o maior fator que le-va o jovem a usar drogas é a falta de amor e carinho dos pais e, às vezes, até o excesso no que se refere a bens materiais . .. •rambém, é claro, a falta de estrutura familiar, paisl separados, al­coólatras, mães prostitutas, etc. Alguns jovens, em depoimentos, bmentaram profundamente a falta de diálogo, entrrosamento e to­lerância por parte dos pais.

Endereço da Comunidade - Casa. da. Providência:

Rua Cáucaso, 809 Parque Novo Oratório - Cidade dos Meninos

00000 - SANTO AND~, São Paulo Fone: (011) 446-4902

-·-Quem leu atentamente esta reportagem não pode ter deixado

de perceber a concordância: são quase que as mesmas palavras ... Waldyr e Wanderley: ua falha principal reside na família: os pais não têm tlempo de observar os filhos ... os pais precisam arranjar tempo para os filhos". Frei Virgílio: "na grande maioria dos ca­sos. . . o jovem tem tudo, mas não tem o carinho dos pais: esses r:âo têm tempo para os filhos". Djalma: uo maior fato·r que leva o.c: jovens ao uso de drogas é a falta de amor e carinho dos pais e às vezes até o excesso de bens materiais".

Seja esta lastimável constatação um alerta para nós, pais! Que saibamos conciliar trabalhos profissionais e engajamentos apostó­licos com a atenção aos filhos, o diálogo com eles, vital para o de­sabrochar de uma personalidade equilibrada e feliz. E que levemos mais a sério os apelos da Igreja e do movimento para vivermos a pobreza evangélica.

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MAIS DOIS CONSELHEIROS ESPIRITUAIS ORDENADOS SACERDOTES

"O Se to r V alinhos Vinhedo, escrevem Adalgisa e Fabri, sen­te-se jubiloso pela ordenação presbiteral do amigo monge Dom Mauro de Souza Fernandes, OSB. Dom Mauro tornou-se sacerdote no dia 7 de janeiro, Festa da Epifania do Senhor, na lgreja de São. Sebastião, em Vinhedo, pela imposição das mãos de D. Remberto Weakland, Arcebispo de Milwaukee, EUA, diante de enorme mul­tidão de fiéis e amigos.

Estudando e trabalhando no Mosteiro de São Bento, Dom Mau­ro, pela sua humildade, bondade e carinho para com o próximo, conquistou legião de amigos em todas as camadas sociais de Vi­nhedo, Louveira e Valinhos. Trabalha com a juventude e é Con­selheiro Espiritual da Equipe 2 de Vinhedo, bem como de uma equipe em Louveira. Demonstrando a sua voca-ção para trabalhar com casais, participou do último EACRE realizado em São Carlos e já colocou a sua inteligência a serviço do movimento partici­pando como palestrista no Encontro Regional realizado em Dois. Córregos. É um grande admirador do movimento, ao qual tem dedicado todo o ardor e entusiasmo."

o

Em Sorocaba, o Diácono Ricardo Dias Neto, Conselheiro Es­piritual da Equipe 4, foi ordenado, no dia 15 de novembro, em solene liturgia presidida pelo Bispo Diocesano, D. José Lambert, e realizada no Ginásio de Esportes da cidade, carinhosamente pre­parado e inteiramente tomado por cerca de 5. 000 fiéis. "Seja por­tanto a vossa pregação alimento para o povo de Deus e a vossa vida estímulo para OSI fiéis, de modo a edificardes a casa de Deus,. isto é, a Igreja, pela palavra e pelo exemplo." "Sem dúvida o novo padre, escrevem Maria José e Hélio, responsáveis pelo Setor, saberá corresponder às expectativas, pois já demonstrou a auten­ticidade de sua vocação e vem grangeando profunda admiração e grande afei-ção na comunidade. A sua dedicação ao nosso movi­mento é notória e os equipistas se regozijam por tê-1(!), entre os seus Conselheiros Espirituais."

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EQUIPISTA ORDENADO DIACONO

No dia 17 de dezembro, Diomedes Oliveira, da Equipe 2, Na. Sra. Aparecida, de Gravataí, RS, foi ordenado diácono pelo B1spo Auxiliar de Porto Alegre, D. José Má:rio Stroeher. Participaram da cerimônia os Conselheiros Espirituais da Coordenação, bem co­mo alguns seminaristas. A igreja matriz de Gravataí estava lo­tada, pois Diomedes é muito bem quisto na comunidade, que já vinha servindo há v.arios anos como Ministro da Eucaristia e tra­balhos n.a paróquia. Casado há 23 anos com Hilda, que sempre o estimulou na sua vocação a serviço da Igreja, Diomedes é tape­ceiro e tem quatro filhos.

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL

Depois de um tríduo vocacional, em missa solene presidida por D. David, Frei Eugênio Parisi, Conselheiro Espiritual das Equipes 1 e 7 de Santos, celebrou o jubileu de ouro de sua ordenação sa­cerdotal. Muitos se uniram à efeméride, pois o querido capuchi­nho exerceu seu ministério em muitas cidades deste Estado: Mo­coca, Botucatu, Piracicaba, Biriguí, São Paulo. Está há mais de dez anos em Santos, onde aos 74 anos desenvolve uma atividade f;Urpreendente. Escreve o Nelito, da Equipe 1: "O que tem sido sua presença na cidade é a descrição de sua eterna juventude: andando a pé ou guiando o 'Fusca', amanhece celebrando nas Marcelinas, visitando doentes, ouvindo penitentes, encorajando os idosos da 'Vida em Ascensão', participando da renovação carismá­tica, da catequese batismal, do preparo e estímulo aos ministros extraordinários da Eucaristia, da assistência aos casais e seus fa­miliares, em especial como Conselheiro Espiritual das ENS. E não bastasse ser ainda o pá:roco responsável pela igreja da Sagrada Família, lá na Areia Branca, vive a descobrir cada dia novas ati­vidades a incentivar e novas almas a salvar. Não é sem razão o prestígio de que desfruta junto aos irmãos de sacerdócio, que preza e ama como poucos, e a quem serve de amigo e confessor."

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NOTíCIAS DOS SETOR.ES

JUNDIAt - Encontro com o Pastor

Realizou-se no dia 5 de novembro o esperado encontro dos equipistas com seu Pastor, D. Roberto Pinarello cre Almeida. Deixando a Assembléia dos Bis­pos do Regional Sul I em Itaici D. Roberto foi recebido, no Colégio Divino Salvador, por mais de uma centena de equipistas. Depois de apresentar o significado do encontro, D. Roberto falou sobre a Pastoral Orgânica. Afirman do que "há um desmantelamento da familia e uma inversão de valores que vêm ctesagregando toda a estrutura social", D. Roberto disse que como cristãos e equipistas devemos assumir o estudo e as aplicações da Exortação Apostólica Familiaris Consortio. "Nossa participação deve se efetivar através de um com­prometimento responsável no esforço conjunto da implantação do Reino", lem­btou D. Roberto, e convocou as E.NJS. a inserir·-se na pastoral orgânica no lugar onde forem chamadas, mostrando ainda. os perigos a. que estão sujeitos os movimentos que vivem desvinculados da Igreja; ressaltou que a comunhão e participação devem ser na, pela e com a Igreja.

- Assembléia diocesana

Com a participação de mais de 600 pessoas, realizou-se no dia 15 de no­vembro, a 1• Assembléia Diocesana de Pastoral, que vinha sendo preparada desde maio de 1982. Com base nos problemas e desafios apontados pelas pa­róquias (mais de 2. 000 leigos participaram nessa fase preparatória), foram definidas as prioridades pastorais da Diocese. Entre elas: catequese, famflia juventude.

- O "momento de Maria."

O Setor decidiu propor às equipes que reservem, em todas as reuniões, um tempo especial a Maria, padroeira do nosso movimento. Sugere que antes de rezarem o Magnificat, dediquem alguns instantes à meditação da vida de Nossa 8enhora, através de trechos bíblicos, leituras de capítulos de livros dedicados à Virgem e outras formas piedosas de honrar-se nossa Mãe. E dá duas pistas, entre outras possíveis: o cap. VIII da Lumen Gentium e o livro do Pe. Vir­gflio, "Uma mulher no meu caminho". Ao que poderíamos acrescentar o be­lissimo capítulo que a Conferência de Puebla dedicou a Maria.

- Na. Semana da Família

Três casais equipistas participaram da Comissão Organizadora da Semana dê> Famflia que, entre outras coisas planejou para a semana de 6 a 13 de novembro "reuniões domiciliares para debates e oração". Estavam programa­das, a partir daquela semana e para serem desenvolvidas por todo o ano, ''CI.ivulgação era Familiaris Consortio" e duas campanhas: "Adote uma fami­il2" e "valorização da vida". Enquanto aguardamos notícia do que foi efeti-

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<amente realizado, temos dois ecos no Boletim: a Equipe 10 realizou as reuniões sugeridas, durante três quintas-feiras, cada casal ficando encarregado de con­vidar outros; "tivemos nas três reuniões a participação de sEis outros casais, que enriqueceram com sua experiência as nossas reflexões"; acrescentam os equipista.s que os casais mostraram o desejo de reunir-se novamente com eles, principalmente em preparação para o Natal ; a Equipe 11 realizou uma reu­nião com vários casais convidados, na. qual contou com a participação de jo­vens da Vila Arens, com seus violões.

- Orando com os filhos

A Equipe 7, que há algum tempo vem realizando encontros semanais de oração, organiza uma vez por mês uma noite de oração especial para. os filhos. "Nossas crianças, na faixa etária de 1 a 8 anos, aguardam com ansi·edade seu 'dia de reunião', como elas dizem, e participam ativamente, fazendo, inclusive, orações expontâneas. Noosa intenção além de encaminhá-las para o conhe­cimento de Deus e despertá-las para a fé, é fazer com que se sintam também parte integrante de nossa equipe."

A Equipe 10 tem terços semanais com as crianças menores da equipe. "Hou­ve certa negligência por parte dos adultos, escrevem no Boletim, e as crianças comeca.r·am a cobrar-nos 'a reunião do terço' !"

CRJCumMA -Dez anos

o décimo aniversário da fundação do movimento em Criciuma, se, foi comemorado, no di!li 8 de dezembro, Festa da Imaculada Conceição. A missa., preparada por várias equipes e celebrada pelo Conselheiro Espiritual do Setor, Pe. Arcângelo Bússolo e os Pe. Manoel Francisco e Osni Za.natta, foi um mo­mento de ação de graças por tudo qua.nto os equipistas receberam e puderam dar através da intercessão de Maria, Padroeira das Equipes. Presença maciça das 11 equipes do Setor, além de vários convidados. Seguiu-se um jantar à I:'loda equipista, na. residência de um dos casais.

RIO DE JANEmO - Inter-equipes

Vinte e cinco grupos, com uma média de 22 pessoas em cada grupo, todos eles com um conselheiro Espiritual, reuniram-se em torno do tema: Maria, modelo, em nossas vidas, de entrega total a Deus e de serviço aos irmãos. A pergunta "Como estamos concretizando o nosso sim à vontade de Deus?" en­sejou muitos testemunhos, alguns emocionantes. e idéias de muit a esperança.

-Diversas

No Natal: através do Boletim, fez-se um apelo para. que os equipistas con­tribuíssem com latas de leite em pó, "congas", material escolar e copos vazios de geléia ou massa de tomate para diversas creches e orfanatos atendidos por equipistas. A Equipe 3 continua com o Natal em Acari; este ano, aboliram

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ceia d'e Natal e troca de presentes entre os casais e foram colocando dinheiro, mensalmente, em caderneta de poupança, para comprar uniformes e material escolar para as crianças. Também na 25, apenas Frei Dino rebeceu presen­tes do "amigo secreto": muitas latas de leite em pó ...

Casamento em equipe: em fevereiro. duas famílias da Equipe 60 (Agua Santa) ficaram mais unidas ainda com o casamento de seus filhos; os jovens, que eram coordenadores de uma equipinha, querem continuar doando-se jun­tos pela vida afora.

Doação total: Pe. Raimundo, Conselheiro das Equipes 60, 63 e 68, na Agua Santa havia declarado: "Enquanto eu tiver um sábado livre, estarei à disposição das Equipes." Não tem mais: acaba de assumir uma pré-equipe, que lhe preenche o quarto sábado.

NITEROI- "Equijovens"

o Setor organizou, em outubro, o "EQUIJOVENS I", dias de estudo para jovens acima de 18 anos. Tiveram a partiçipação de 57 jovens, entre filhos de equipistas e não-equipistas. Continuamos aguardando wn noticiário mais detalhado sobre o evento.

RIBEIRAO PRETO - Jubileu da. Arquidiocese

No dia 4 de dezembro, com solene concelebração, presidida pe~o Núncio Apostó!!co, D. Car~o Furno, e tendo como pregador o Arcebispo de Uberaba, D. Benedito de Ulhoa Vieira, comemoraram-se os 75 anos da Diocese de Ribeirão Preto e os 25 da Arquidiocese.

-- Equipes de Jovens

1l: grande a euforia da Equipe de Setor: tiveram inicio as equipes de jovens. Eacrevem Cleide e Euclides, no Boletim: "Ontem foi a grande noite, tão an­siosamente esperada e preparada! Convidamos nossos filhos a participarem desta experiência gratificante que temos vivido ao longo de nossas vidas: o n ;ovimento das Equipes de Nossa Senhora.

A resposta ao nosso convite foi o sinal visível de que Jesus nos ouvira, com a presença macdça de 89 (oitenta e nove) jovens das mais diversas idades. Os grupos foram formados de acordo com a idade, com dez a doze jovens em cada grupo, orientados por wn casal equipista.

Os jovens participaram ativamente nos grupos e a maior parte achou muito pouco só uma reunião mensal. As crianças pegaram fogo e, na espon­taneidade que lhes é peculiar, vibraram como se todos já se conhecessem há muito tempo.

No final da noite, podia notar-se em cada. casal responsável a alegria que sentiam pelo sucesso dos grupos; a satisfação de poder dar wn pouco de si mesmos nesta disponibilidade com que aceitaram ser instrumentos de Deus,

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deixando-o realizar o Seu trabalho através deles. Até os casais que entravam para buscar seus filhos contagiavam-se com a alegria reinante. Foi uma noite memorável."

- Noites de oração

Eram mensais e da responsabilidade de uma equipe. Agora são semanais e um grupo de várias equipes prepara o roteiro e marca presença - esten­dendo. é claro o convite às demais equipes e convidados. Escreve a Equipe de Setor: "Precisamos louvar a Deus pelo muito que temos... Precisamos pedir por nós ... para que, como equipistas, levemos a mensagem do amor cristão a muitas familias. Precisamos pedir pela paz, pelos governantes, pelos desempregados, pelos marginalizados e sobretudo para que tenhamos a coragem de an-egaçar as mangas e tratá-los como irmãos."

Qua-nto ao terço, há um ano a. Equipe 1 se reúne, todas as segundas-feiras, para rezá-lo. Em maio, a. Equipe 18 dedicou três noites de oração ao rosário, oob a. orientação do Conselheiro Espiritual e usando o texto de FreL Constan­tino Mammo <Vozes). Em maio também, a Equipe 4 dedicou a noite de oração do Setor à "História de Maria" como modelo para os cristãos. Nos cinco mis­térios, foram abordados os seguintes te:nas: a fé- ponto básico e dinamizador da vida; o am.or - que liberta., faz crescer e dá sentido a. todo o relacionamen­to do casal; o serviço - a. responsabllidade que temos de colocar nossos dons a serviço, a. disponibilidade e o despojamento; o casal cristão e a. família., de modo .especial os filhos - amar o filho, respeitando-o como um dom de Deus c dando-lhe liberdade para crescer; o Magnificat - com ele Maria. nos mos­tra a nossa missão: amar a Deus, engajados na comunidade. Comenta. Maria Marta: "O terço, tão mal compreendido, é a forma de oração por excelência se nos são dados subsidias para. a. meditação."

-Preparando o Natal com os filhos

Já no ano passado notamos, pelo Boletim, que várias equipes estavam fazendo a ''novena" de Natal com a participação dos filhos - a. 3 teve até jogral com os mais velhos e t eatrinho com os menores. Desta vez novamente es reuniões foram feitas em conjunto com os filhos, já desejosos de tmtender melhor o sentido do Natal.

GUARATINGUETA - Missa da Fa.mília.

"Em todo terceiro domingo do mês, escrevem Marlene e João Roberto, há o encontro dos equipistas de Guaratinguetá e Aparecida aos pés de Nossa Se­nhora Aparecida. Em dezembro. no dia 18, às 8:30 horas, casais das equipes 1 de Guaratinguetá e 1 e 3 de Aparecida participaram junto com D. Geraldo Maria de Morais Penido, desse evento. Com a Basílica completamente tomada por grande número de fiéis, a Missa da Família teve momentos bem fortes, mun clima de espiritualidade que envolveu todos os participantes. A oração de ação de graças, proferida com muito amor, devoção e emoção por uma de nossas irmãs equipistas , agradecendo o ano de 1983 e pedindo. proteção a Deus

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e Maria, a todos tocou. Gostaríamos de convidar todos os innãos equipistas que vierem a. Aparecida, para que participem conooco desse encontro da Missa da Familla, no 39 domingo, às 8,30 horas, apresentando-se na sacristia da Ba­sílica."

TAUBAtt - Volta o Boletim

Depois de um "longo e tenebroso inverno", ressuscitou o "Mensagem", ao qual desejamos vida longa. Está ótimo, informativo e ... bem-humorado: para e.~t.imular o pessoal a mandar colaborações, instituíram um concurso! às duas p-rimeiras colaborações chegadas seria entregue como prêmio um disco do Pe. Zézinho e, entre as demais, sorteado um brinde surpresa. Mas tem coisa mais séria: uma coluna onde comunicam endereço e telefone de equipistas desem­pregados. Nas notícias do Setor o aviso de dois "novos lançamentos" -aliás, re-lançamentos, pois já existiram em anos passados: as equipes de jovens e as equipes de aconselhamento matrimonial. Fazemos votos para que surjam muitas vocações para assumir esse.s doill tmportantes apostoladO&.

O Boletim também relata a participação das Equipes na comunidade: em dois novenários em pró! da Igrej.a do Rosário, com churrasco em pró! da cons­tmção de um poço artesiano para a Casa do Ancião e arrecadando 14 toneladas de alimentos para os flageiados do Sul. Acrescentam Anete e Márcio respon­sáveis pelo Setor: "Não caiamos na. tentação de pensar que fizemos tudo e o melhor: há muito DOr fazer e muito DOr crescer."

- Retiro conconido

Quando o Pe. Genésio Murara foi ccwnvidado para. pregar o . retiro, per­guntou Drimeiro se haveria mais de vinte casais, porque teria de deixar sua paróquia. com mais de 60 mil habitantes... O comparecimento foi além das expectativas - 45 casais - tanto que algums tiveram de levar os próprios col­chões... "O tema do retiro: Ano Santo e Reoonciliação. As palestras e me­ditações foram maravilhosas, mostrando-nos novos rumos para a vida. Pe. Genésio soube penetrar na intimidade de nosso coração através de sua inteli­gência, de sua intuição, do seu carisma especial." Escreve um casal: ·•con­fessamos que até a véspera do retiro ainda arrumávamos mil desculpas para não participar, e acabamos indo ma.is por obrigação. Logo nas primeiras horas d':l manhã de sábado, começamos a sentir o efeito transformador da presença de Deus entre os casais . .. "

VOLTOU AO PAI

MERCEDES ARTIGAS - Da Equipe 22, Setor A, de Curitiba. - Em 18-1-84. Equi,pista há 23 anos, ela e Leôncio foram casal piloto, casal de ligação e trabalharam em equipes de serviço de retiros. Mercedes ainda dis­pensava seus cuidados a favelados e às "Capelinhas de Nossa Senhora".

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ENCONTRO REGIONAL

Congregando RR, RS, RC e CE de quatro Regiões - Norte, centro, O€ste e São Paulo Sul/ll, tivemos em Dois Córregos, não apenas "ma!s um encon­tro", mas uma nova e única oportunidade de viver o Dom de Deus. Desde a cledicação doo Irmãos, que nos receberam com tanto carinho no sábado cedo, até o lanche de despedida no domingo, tudo esteve ótimo, num clima d'e amor, fraternidade e serviço.

Pe. Tosi de São Carlos, falou-nos sobre o Dom de Deus e o Ano Santo da Redenção, que deve fazer reviver em cada um de nós a realidade funda­mental do nosso batismo, marcar uma volta às raizes d'e nossa vida, renovan~ do-a para de!xar agir em nós a graça de Deus, o Dom de Deus.

Tivemoo a. seguir os seguintes questionamentos: "Onde precisamos de re­uovacão? Nossa familia. nossa equipe, nossa cidade? Onde colher as gra.ças nec€ssârias para a renovação?"

Dina e Chico representando a ECJ:R, nos lembraram mais uma vez que, antes de ser equipistas. somos cristãos. O Movimento deve noo dar condições de nos tornarmos cada vez cristãos melhores, através de constantes conver­sões. As E.N.S. são um meio de nos ajudar a sermos mais Igreja, inseridos em nossas comunidades paroquiais.

D. Mauro. de Vinhedo. meditou conosco sobre Maria, com questionamen­tos sobre nossa vida confrontada com suas atitudes s:mpre coerentes. Padre Chictuinho fa:ou-noo sobre "A Igreja e o Povo de Deus". Moema e Nelson, de Ribeirão Preto. nos deram uma verdadeira aula de como estudar o Evan­gelho.

Mae:nifica a liture;ia. com reconciliação e celebração eucaristica, numa caminhada da história. d'a. salvacão com cantos apropriadissirnos. Foi um dos pontos altos do encontro, pela espiritualidade que vivemos.

Na missa de encerramento, houve a despedida de Diva e Vinicio como Regionais, com posse de Cida e Mârio, de São Carlos, como novo Casal Res­Qonsá.vel pela Região Oeste.

Neusa e Orlando Casal Responsável do Setor de Bauru

SESSÃO DE FORMAÇÃO EM SANTOS

~b a responsabilidade de Thais e Duprat e coordenad'a por Vania e Walter, responsáveis pelo Setor de Santos, realizou-se, de 12 a 15 de novem­bro no CEFAS, uma Sessão de Formação da qual participaram 25 casais, vin­dos de vârias cidades do Estado de São Paulo e também do Rio de Janeiro. Frei Eduardo Quirino de Oliveira, OP, veio especialmente de CUritiba para l'er o Conselheiro Espiritual da Sessão.

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'Frei Eduardo foi muito feliz em seus ensinamentos e suas palestras foram bastante debatidas e comentadas pelos participantes, que demonstraram lnte­l'esse em conhecer melhor as E.N.S. Tivemos palestras proveitosas, proferidas pelo Rubens, por Vania e Walter e Kika e Ezio, que, com muito amor, deram seu testemunho de trabalho e dedicação ao Movimento. A turma da cozinha Pra formada por equipistas de Santos e a comida foi muito apreciada pelos Participantes.

o único ponto negativo foi que a casa fora reservada. para. 38 casais ins­r.ritos e só compareceram 25. . . Essas desistências de última hora, algumas delas no próprio dia sobrecarregaram de prejuizos os organizadores da Sessão - prejuizos esses que se estendem ainda a outros casais: muitos teriam gos­tado de participar, mas não haviam podido se escrever por falta de vagas ...

Mailu e Oswaldo

Casal Responsável do Setor de Santos

NOVAS EQUIPES

CATANDUVA - Equipe 7 - Casal Piloto: Janete e Aimar; Conselheiro Espiritual: Pe. José Ve.lsania..

PETRóPOLIS - Equipe 23 (Setor A) - Na. Sra. Auxiliadora; Casal Pi­loto: Jo e Toledo; Conselheiro Espiritual: Frei Waldir Zuccheratto.

RmEIRAO PRETO - Equipe "nova" 15 -Casal Piloto: Cida e Pedro; Conse;heiro Espiritual: Pe. Rossini.

SAO JOS1: DO RIO PRETO - Equipe 3 - Na. Sra. Mãe da Consolação - Casal Pilot.o: Cida e Silvério; Conselheiro Espiritual: Pe. Chiquinho.

TAUBAn - Equipe "nova." 8 - Casa.! Piloto: Celina e Rubens; Conse­lheiro Espiritual: Pe. Claudionor Schmidt, scj.

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NOVOS RESPONSÁVEIS

JACARE1 - Roseni e Nadi de Almeida e Silva substituem Cleusa e Adilson.

8ANTOS - No lugar de Vania e Walter, que foram para a Região, assu­nliram o Setor Mailu e oswaldo de Barros Toledo Jr.

REGIÃO SÃO PAULO OÉSTE - ·Substituindo Diva e Venfcio, Cida e Má­

rio (A,pa.recida Elisa e Maria Duarte de Souza), de São Carlos, assumiram a

Região.

REG~O SAO PAULO SUL .I -Vania e Walter Denari são o novo Casal Regional, no lugar de Thais e Duprat.

FLORIANóPOLIS

SÃO PAULO ..

RETIROS DO 1<? SEMESTRE 84

Por enquanto só temos as datas dos se­guintes retiros:

9 a 11 de março

- 13 a 15 de abril - no Cenáculo

RIO DE JANEIRO - 27 a 29 de abril - no Sumaré - Frei Estevão Nunes

JUNDIAí - 4 a 6 de maio - em ValiiÍhos - Pe. Chiquinho

SÃO PAULO - 18 a -20 de maio - em Barueri

SAO PAULO - 8 a 10 de junho - "

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TER VIDA ~ CAMINHAR NO AMOR

TEXTO DE MEDITAÇAO - Deut. 30 15-20

Eis que hoje estou colocando diante de ti a vida e a felici­dade, a morte e a infelicidade. Se ouves os mandamentos de Javé teu Deus que hoje te ordeno- amando a Javé teu Deus, andando em seus caminhos e observando seus mandamentos, seus estatutos e suas normas - , então viverás e te multiplicarás. Javé teu Deus te abençoará na terra em que estás entrando a fim de possuí-la. Contudo, se o teu coração se desvia, e não ouves, e te deixas se­duzir e te prostras a outros deuses , e os serves, eu hoje vos de-­claro : é certo que perecereis! Não prolongareis vossos dias sobre o solo em que, ao atravessar o Jordão , estais entrando para dele tomar posse. Hoje tomo o céu e a terra como testemunhas contra vós: el.l! te E!:2.lli:!.!i. a vida ou a ~te, a ~n..~ou a rpaldi~ão . Es­colhe, pois, a vida, pára que vivas, tu e a tua descendência, aman­do a Javé teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a ele. Porque disto depende a tua vida e o prolongamento dos teus dias. E assim poderás habitar sobre este solo que Javé jurara dar a teus pais Abraão e Jacó.

ORAÇAO - Canto

Vós sois o Caminho, a Verdade e a Vida,

o Pão da alegria descida do céu.

Nós somos caminheiros que marcham para os céus,

Jesus é o caminho que nos conduz a Deus.

Da noite da mentira, das trevas para a luz,

busquemos a verdade , verdade é só Jesus.

Pecar é não ter vida, pecar é não ter luz,

tem vida só quem segue os passos de Jesus.

Jesus, Verdade e Vida, Caminho que conduz

as almas peregrinas que marcham para a luz!

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Movimento de casais por uma espiritualidade

conj.ugal e familiar

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA

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SAO PAULO. SP .,