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Libras 26 de Agosto de 2008

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Libras

26 de Agosto de 2008

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Conteúdo

I Sobre essa apostila 2

II Informações Básicas 4

III GNU Free Documentation License 9

IV LIBRAS 18

1 LIBRAS 19

2 Plano de ensino 202.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202.2 Público Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202.3 Pré-requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202.4 Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202.5 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212.6 Cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212.7 Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212.8 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212.9 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

3 Lição 1 - Introdução 233.1 O surdo e sua educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233.2 As línguas de Sinais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253.3 As línguas de Sinais pelo mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

4 Lição 2- LIBRAS 314.1 O que é LIBRAS? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314.2 Características . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314.3 Os Urubus-kaapor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

5 Lição 3- Alfabeto 335.1 Alfabeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335.2 Números . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

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CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF

6 Lição 4- Legislação 536.1 Lei No 10.436 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 536.2 Decreto No 5.626 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

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Parte I

Sobre essa apostila

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CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF

Conteúdo

O conteúdo dessa apostila é fruto da compilação de diversos materiais livres publicados na in-ternet, disponíveis em diversos sites ou originalmente produzido no CDTC em http://www.cdtc.org.br.

O formato original deste material bem como sua atualização está disponível dentro da licençaGNU Free Documentation License, cujo teor integral encontra-se aqui reproduzido na seção demesmo nome, tendo inclusive uma versão traduzida (não oficial).

A revisão e alteração vem sendo realizada pelo CDTC ([email protected]), desde outubrode 2006. Criticas e sugestões construtivas são bem-vindas a qualquer tempo.

Autores

A autoria deste conteúdo, atividades e avaliações é de responsabilidade de Aline MedeirosFonseca ([email protected]) .

O texto original faz parte do projeto Centro de Difusão de Tecnolgia e Conhecimento, que vemsendo realizado pelo ITI em conjunto com outros parceiros institucionais, atuando em conjuntocom as universidades federais brasileiras que tem produzido e utilizado Software Livre, apoiandoinclusive a comunidade Free Software junto a outras entidades no país.

Informações adicionais podem ser obtidas atréves do email [email protected], ou dahome page da entidade, através da URL http://www.cdtc.org.br .

Garantias

O material contido nesta apostila é isento de garantias e o seu uso é de inteira responsabil-idade do usuário/leitor. Os autores, bem como o ITI e seus parceiros, não se responsabilizamdireta ou indiretamente por qualquer prejuízo oriundo da utilização do material aqui contido.

Licença

Copyright ©2006,Aline Medeiros Fonseca ([email protected]) .

Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the termsof the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published bythe Free Software Foundation; with the Invariant Chapter being SOBRE ESSA APOS-TILA. A copy of the license is included in the section entitled GNU Free DocumentationLicense.

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Parte II

Informações Básicas

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CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF

Sobre o CDTC

Objetivo Geral

O Projeto CDTC visa a promoção e o desenvolvimento de ações que incentivem a dissemi-nação de soluções que utilizem padrões abertos e não proprietários de tecnologia, em proveitodo desenvolvimento social, cultural, político, tecnológico e econômico da sociedade brasileira.

Objetivo Específico

Auxiliar o Governo Federal na implantação do plano nacional de software não-proprietário ede código fonte aberto, identificando e mobilizando grupos de formadores de opinião dentre osservidores públicos e agentes políticos da União Federal, estimulando e incentivando o mercadonacional a adotar novos modelos de negócio da tecnologia da informação e de novos negóciosde comunicação com base em software não-proprietário e de código fonte aberto, oferecendotreinamento específico para técnicos, profissionais de suporte e funcionários públicos usuários,criando grupos de funcionários públicos que irão treinar outros funcionários públicos e atuar comoincentivadores e defensores de produtos de software não proprietários e código fonte aberto, ofer-ecendo conteúdo técnico on-line para serviços de suporte, ferramentas para desenvolvimento deprodutos de software não proprietários e de seu código fonte livre, articulando redes de terceiros(dentro e fora do governo) fornecedoras de educação, pesquisa, desenvolvimento e teste de pro-dutos de software livre.

Guia do aluno

Neste guia, você terá reunidas uma série de informações importantes para que você comeceseu curso. São elas:

• Licenças para cópia de material disponível

• Os 10 mandamentos do aluno de Educação a Distância

• Como participar dos fóruns e da wikipédia

• Primeiros passos

É muito importante que você entre em contato com TODAS estas informações, seguindo oroteiro acima.

Licença

Copyright ©2006, Aline Medeiros Fonseca ([email protected]) .

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CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasília/DF

É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termosda Licença de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posteriorpublicada pela Free Software Foundation; com o Capítulo Invariante SOBRE ESSAAPOSTILA. Uma cópia da licença está inclusa na seção entitulada "Licença de Docu-mentação Livre GNU".

Os 10 mandamentos do aluno de educação online

• 1. Acesso a Internet: ter endereço eletrônico, um provedor e um equipamento adequado épré-requisito para a participação nos cursos a distância.

• 2. Habilidade e disposição para operar programas: ter conhecimentos básicos de Infor-mática é necessário para poder executar as tarefas.

• 3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distân-cia conta muitos pontos, pois irá colaborar para o processo ensino-aprendizagem pessoal,dos colegas e dos professores.

• 4. Comportamentos compatíveis com a etiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seuscolegas de turma respeitando-os e fazendo ser respeitado pelo mesmo.

• 5. Organização pessoal: planejar e organizar tudo é fundamental para facilitar a sua revisãoe a sua recuperação de materiais.

• 6. Vontade para realizar as atividades no tempo correto: anotar todas as suas obrigações erealizá-las em tempo real.

• 7. Curiosidade e abertura para inovações: aceitar novas idéias e inovar sempre.

• 8. Flexibilidade e adaptação: requisitos necessário a mudança tecnológica, aprendizagense descobertas.

• 9. Objetividade em sua comunicação: comunicar-se de forma clara, breve e transparente éponto-chave na comunicação pela Internet.

• 10. Responsabilidade: ser responsável por seu próprio aprendizado. O ambiente virtual nãocontrola a sua dedicação, mas reflete os resultados do seu esforço e da sua colaboração.

Como participar dos fóruns e Wikipédia

Você tem um problema e precisa de ajuda?

Podemos te ajudar de 2 formas:

A primeira é o uso dos fóruns de notícias e de dúvidas gerais que se distinguem pelo uso:

O fórum de notícias tem por objetivo disponibilizar um meio de acesso rápido a informaçõesque sejam pertinentes ao curso (avisos, notícias). As mensagens postadas nele são enviadas a

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todos participantes. Assim, se o monitor ou algum outro participante tiver uma informação queinteresse ao grupo, favor postá-la aqui.Porém, se o que você deseja é resolver alguma dúvida ou discutir algum tópico específico docurso, é recomendado que você faça uso do Fórum de dúvidas gerais que lhe dá recursos maisefetivos para esta prática.

. O fórum de dúvidas gerais tem por objetivo disponibilizar um meio fácil, rápido e interativopara solucionar suas dúvidas e trocar experiências. As mensagens postadas nele são enviadasa todos participantes do curso. Assim, fica muito mais fácil obter respostas, já que todos podemajudar.Se você receber uma mensagem com algum tópico que saiba responder, não se preocupe com aformalização ou a gramática. Responda! E não se esqueça de que antes de abrir um novo tópicoé recomendável ver se a sua pergunta já foi feita por outro participante.

A segunda forma se dá pelas Wikis:

Uma wiki é uma página web que pode ser editada colaborativamente, ou seja, qualquer par-ticipante pode inserir, editar, apagar textos. As versões antigas vão sendo arquivadas e podemser recuperadas a qualquer momento que um dos participantes o desejar. Assim, ela oferece umótimo suporte a processos de aprendizagem colaborativa. A maior wiki na web é o site "Wikipé-dia", uma experiência grandiosa de construção de uma enciclopédia de forma colaborativa, porpessoas de todas as partes do mundo. Acesse-a em português pelos links:

• Página principal da Wiki - http://pt.wikipedia.org/wiki/

Agradecemos antecipadamente a sua colaboração com a aprendizagem do grupo!

Primeiros Passos

Para uma melhor aprendizagem é recomendável que você siga os seguintes passos:

• Ler o Plano de Ensino e entender a que seu curso se dispõe a ensinar;

• Ler a Ambientação do Moodle para aprender a navegar neste ambiente e se utilizar dasferramentas básicas do mesmo;

• Entrar nas lições seguindo a seqüência descrita no Plano de Ensino;

• Qualquer dúvida, reporte ao Fórum de Dúvidas Gerais.

Perfil do Tutor

Segue-se uma descrição do tutor ideal, baseada no feedback de alunos e de tutores.

O tutor ideal é um modelo de excelência: é consistente, justo e profissional nos respectivosvalores e atitudes, incentiva mas é honesto, imparcial, amável, positivo, respeitador, aceita asidéias dos estudantes, é paciente, pessoal, tolerante, apreciativo, compreensivo e pronto a ajudar.

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A classificação por um tutor desta natureza proporciona o melhor feedback possível, é crucial, e,para a maior parte dos alunos, constitui o ponto central do processo de aprendizagem.’ Este tutorou instrutor:

• fornece explicações claras acerca do que ele espera, e do estilo de classificação que iráutilizar;

• gosta que lhe façam perguntas adicionais;

• identifica as nossas falhas, mas corrige-as amavelmente’, diz um estudante, ’e explicaporque motivo a classificação foi ou não foi atribuída’;

• tece comentários completos e construtivos, mas de forma agradável (em contraste com umreparo de um estudante: ’os comentários deixam-nos com uma sensação de crítica, deameaça e de nervosismo’)

• dá uma ajuda complementar para encorajar um estudante em dificuldade;

• esclarece pontos que não foram entendidos, ou corretamente aprendidos anteriormente;

• ajuda o estudante a alcançar os seus objetivos;

• é flexível quando necessário;

• mostra um interesse genuíno em motivar os alunos (mesmo os principiantes e, por isso,talvez numa fase menos interessante para o tutor);

• escreve todas as correções de forma legível e com um nível de pormenorização adequado;

• acima de tudo, devolve os trabalhos rapidamente;

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Parte III

GNU Free Documentation License

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(Traduzido pelo João S. O. Bueno através do CIPSGA em 2001)Esta é uma tradução não oficial da Licençaa de Documentação Livre GNU em Português

Brasileiro. Ela não é publicada pela Free Software Foundation, e não se aplica legalmente a dis-tribuição de textos que usem a GFDL - apenas o texto original em Inglês da GNU FDL faz isso.Entretanto, nós esperamos que esta tradução ajude falantes de português a entenderem melhora GFDL.

This is an unofficial translation of the GNU General Documentation License into Brazilian Por-tuguese. It was not published by the Free Software Foundation, and does not legally state thedistribution terms for software that uses the GFDL–only the original English text of the GFDL doesthat. However, we hope that this translation will help Portuguese speakers understand the GFDLbetter.

Licença de Documentação Livre GNU Versão 1.1, Março de 2000

Copyright (C) 2000 Free Software Foundation, Inc.59 Temple Place, Suite 330, Boston, MA 02111-1307 USA

É permitido a qualquer um copiar e distribuir cópias exatas deste documento de licença, masnão é permitido alterá-lo.

INTRODUÇÃO

O propósito desta Licença é deixar um manual, livro-texto ou outro documento escrito "livre"nosentido de liberdade: assegurar a qualquer um a efetiva liberdade de copiá-lo ou redistribui-lo,com ou sem modificações, comercialmente ou não. Secundariamente, esta Licença mantémpara o autor e editor uma forma de ter crédito por seu trabalho, sem ser considerado responsávelpelas modificações feitas por terceiros.

Esta Licença é um tipo de "copyleft"("direitos revertidos"), o que significa que derivações dodocumento precisam ser livres no mesmo sentido. Ela complementa a GNU Licença PúblicaGeral (GNU GPL), que é um copyleft para software livre.

Nós fizemos esta Licença para que seja usada em manuais de software livre, por que softwarelivre precisa de documentação livre: um programa livre deve ser acompanhado de manuais queprovenham as mesmas liberdades que o software possui. Mas esta Licença não está restrita amanuais de software; ela pode ser usada para qualquer trabalho em texto, independentementedo assunto ou se ele é publicado como um livro impresso. Nós recomendamos esta Licença prin-cipalmente para trabalhos cujo propósito seja de introdução ou referência.

APLICABILIDADE E DEFINIÇÕES

Esta Licença se aplica a qualquer manual ou outro texto que contenha uma nota colocada pelodetentor dos direitos autorais dizendo que ele pode ser distribuído sob os termos desta Licença.

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O "Documento"abaixo se refere a qualquer manual ou texto. Qualquer pessoa do público é umlicenciado e é referida como "você".

Uma "Versão Modificada"do Documento se refere a qualquer trabalho contendo o documentoou uma parte dele, quer copiada exatamente, quer com modificações e/ou traduzida em outralíngua.

Uma "Seção Secundária"é um apêndice ou uma seção inicial do Documento que trata ex-clusivamente da relação dos editores ou dos autores do Documento com o assunto geral doDocumento (ou assuntos relacionados) e não contém nada que poderia ser incluído diretamentenesse assunto geral (Por exemplo, se o Documento é em parte um livro texto de matemática, aSeção Secundária pode não explicar nada de matemática).

Essa relação poderia ser uma questão de ligação histórica com o assunto, ou matérias rela-cionadas, ou de posições legais, comerciais, filosóficas, éticas ou políticas relacionadas ao mesmo.

As "Seções Invariantes"são certas Seções Secundárias cujos títulos são designados, comosendo de Seções Invariantes, na nota que diz que o Documento é publicado sob esta Licença.

Os "Textos de Capa"são certos trechos curtos de texto que são listados, como Textos de CapaFrontal ou Textos da Quarta Capa, na nota que diz que o texto é publicado sob esta Licença.

Uma cópia "Transparente"do Documento significa uma cópia que pode ser lida automatica-mente, representada num formato cuja especificação esteja disponível ao público geral, cujosconteúdos possam ser vistos e editados diretamente e sem mecanismos especiais com editoresde texto genéricos ou (para imagens compostas de pixels) programas de pintura genéricos ou(para desenhos) por algum editor de desenhos grandemente difundido, e que seja passível deservir como entrada a formatadores de texto ou para tradução automática para uma variedadede formatos que sirvam de entrada para formatadores de texto. Uma cópia feita em um formatode arquivo outrossim Transparente cuja constituição tenha sido projetada para atrapalhar ou des-encorajar modificações subsequentes pelos leitores não é Transparente. Uma cópia que não é"Transparente"é chamada de "Opaca".

Exemplos de formatos que podem ser usados para cópias Transparentes incluem ASCII sim-ples sem marcações, formato de entrada do Texinfo, formato de entrada do LaTex, SGML ou XMLusando uma DTD disponibilizada publicamente, e HTML simples, compatível com os padrões, eprojetado para ser modificado por pessoas. Formatos opacos incluem PostScript, PDF, formatosproprietários que podem ser lidos e editados apenas com processadores de texto proprietários,SGML ou XML para os quais a DTD e/ou ferramentas de processamento e edição não estejamdisponíveis para o público, e HTML gerado automaticamente por alguns editores de texto comfinalidade apenas de saída.

A "Página do Título"significa, para um livro impresso, a página do título propriamente dita,mais quaisquer páginas subsequentes quantas forem necessárias para conter, de forma legível,o material que esta Licença requer que apareça na página do título. Para trabalhos que nãotenham uma página do título, "Página do Título"significa o texto próximo da aparição mais proem-inente do título do trabalho, precedendo o início do corpo do texto.

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FAZENDO CÓPIAS EXATAS

Você pode copiar e distribuir o Documento em qualquer meio, de forma comercial ou nãocomercial, desde que esta Licença, as notas de copyright, e a nota de licença dizendo que estaLicença se aplica ao documento estejam reproduzidas em todas as cópias, e que você não acres-cente nenhuma outra condição, quaisquer que sejam, às desta Licença.

Você não pode usar medidas técnicas para obstruir ou controlar a leitura ou confecção decópias subsequentes das cópias que você fizer ou distribuir. Entretanto, você pode aceitar com-pensação em troca de cópias. Se você distribuir uma quantidade grande o suficiente de cópias,você também precisa respeitar as condições da seção 3.

Você também pode emprestar cópias, sob as mesmas condições colocadas acima, e tambémpode exibir cópias publicamente.

FAZENDO CÓPIAS EM QUANTIDADE

Se você publicar cópias do Documento em número maior que 100, e a nota de licença doDocumento obrigar Textos de Capa, você precisará incluir as cópias em capas que tragam, clarae legivelmente, todos esses Textos de Capa: Textos de Capa da Frente na capa da frente, eTextos da Quarta Capa na capa de trás. Ambas as capas também precisam identificar clara elegivelmente você como o editor dessas cópias. A capa da frente precisa apresentar o titulo com-pleto com todas as palavras do título igualmente proeminentes e visíveis. Você pode adicionaroutros materiais às capas. Fazer cópias com modificações limitadas às capas, tanto quanto estaspreservem o título do documento e satisfaçam a essas condições, pode ser tratado como cópiaexata em outros aspectos.

Se os textos requeridos em qualquer das capas for muito volumoso para caber de formalegível, você deve colocar os primeiros (tantos quantos couberem de forma razoável) na capaverdadeira, e continuar os outros nas páginas adjacentes.

Se você publicar ou distribuir cópias Opacas do Documento em número maior que 100, vocêprecisa ou incluir uma cópia Transparente que possa ser lida automaticamente com cada cópiaOpaca, ou informar, em ou com, cada cópia Opaca a localização de uma cópia Transparentecompleta do Documento acessível publicamente em uma rede de computadores, a qual o públicousuário de redes tenha acesso a download gratuito e anônimo utilizando padrões públicos deprotocolos de rede. Se você utilizar o segundo método, você precisará tomar cuidados razoavel-mente prudentes, quando iniciar a distribuição de cópias Opacas em quantidade, para assegurarque esta cópia Transparente vai permanecer acessível desta forma na localização especificadapor pelo menos um ano depois da última vez em que você distribuir uma cópia Opaca (direta-mente ou através de seus agentes ou distribuidores) daquela edição para o público.

É pedido, mas não é obrigatório, que você contate os autores do Documento bem antes deredistribuir qualquer grande número de cópias, para lhes dar uma oportunidade de prover vocêcom uma versão atualizada do Documento.

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MODIFICAÇÕES

Você pode copiar e distribuir uma Versão Modificada do Documento sob as condições dasseções 2 e 3 acima, desde que você publique a Versão Modificada estritamente sob esta Licença,com a Versão Modificada tomando o papel do Documento, de forma a licenciar a distribuição emodificação da Versão Modificada para quem quer que possua uma cópia da mesma. Além disso,você precisa fazer o seguinte na versão modificada:

A. Usar na Página de Título (e nas capas, se houver alguma) um título distinto daquele doDocumento, e daqueles de versões anteriores (que deveriam, se houvesse algum, estarem lista-dos na seção "Histórico do Documento"). Você pode usar o mesmo título de uma versão anteriorse o editor original daquela versão lhe der permissão;

B. Listar na Página de Título, como autores, uma ou mais das pessoas ou entidades respon-sáveis pela autoria das modificações na Versão Modificada, conjuntamente com pelo menos cincodos autores principais do Documento (todos os seus autores principais, se ele tiver menos quecinco);

C. Colocar na Página de Título o nome do editor da Versão Modificada, como o editor;

D. Preservar todas as notas de copyright do Documento;

E. Adicionar uma nota de copyright apropriada para suas próprias modificações adjacente àsoutras notas de copyright;

F. Incluir, imediatamente depois das notas de copyright, uma nota de licença dando ao públicoo direito de usar a Versão Modificada sob os termos desta Licença, na forma mostrada no tópicoabaixo;

G. Preservar nessa nota de licença as listas completas das Seções Invariantes e os Textos deCapa requeridos dados na nota de licença do Documento;

H. Incluir uma cópia inalterada desta Licença;

I. Preservar a seção entitulada "Histórico", e seu título, e adicionar à mesma um item dizendopelo menos o título, ano, novos autores e editor da Versão Modificada como dados na Página deTítulo. Se não houver uma sessão denominada "Histórico"no Documento, criar uma dizendo otítulo, ano, autores, e editor do Documento como dados em sua Página de Título, então adicionarum item descrevendo a Versão Modificada, tal como descrito na sentença anterior;

J. Preservar o endereço de rede, se algum, dado no Documento para acesso público a umacópia Transparente do Documento, e da mesma forma, as localizações de rede dadas no Docu-mento para as versões anteriores em que ele foi baseado. Elas podem ser colocadas na seção"Histórico". Você pode omitir uma localização na rede para um trabalho que tenha sido publicadopelo menos quatro anos antes do Documento, ou se o editor original da versão a que ela se refirader sua permissão;

K. Em qualquer seção entitulada "Agradecimentos"ou "Dedicatórias", preservar o título da

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seção e preservar a seção em toda substância e fim de cada um dos agradecimentos de con-tribuidores e/ou dedicatórias dados;

L. Preservar todas as Seções Invariantes do Documento, inalteradas em seus textos ou emseus títulos. Números de seção ou equivalentes não são considerados parte dos títulos da seção;

M. Apagar qualquer seção entitulada "Endossos". Tal sessão não pode ser incluída na VersãoModificada;

N. Não reentitular qualquer seção existente com o título "Endossos"ou com qualquer outrotítulo dado a uma Seção Invariante.

Se a Versão Modificada incluir novas seções iniciais ou apêndices que se qualifiquem comoSeções Secundárias e não contenham nenhum material copiado do Documento, você pode optarpor designar alguma ou todas aquelas seções como invariantes. Para fazer isso, adicione seustítulos à lista de Seções Invariantes na nota de licença da Versão Modificada. Esses títulos pre-cisam ser diferentes de qualquer outro título de seção.

Você pode adicionar uma seção entitulada "Endossos", desde que ela não contenha qual-quer coisa além de endossos da sua Versão Modificada por várias pessoas ou entidades - porexemplo, declarações de revisores ou de que o texto foi aprovado por uma organização como adefinição oficial de um padrão.

Você pode adicionar uma passagem de até cinco palavras como um Texto de Capa da Frente, e uma passagem de até 25 palavras como um Texto de Quarta Capa, ao final da lista de Textosde Capa na Versão Modificada. Somente uma passagem de Texto da Capa da Frente e uma deTexto da Quarta Capa podem ser adicionados por (ou por acordos feitos por) qualquer entidade.Se o Documento já incluir um texto de capa para a mesma capa, adicionado previamente porvocê ou por acordo feito com alguma entidade para a qual você esteja agindo, você não podeadicionar um outro; mas você pode trocar o antigo, com permissão explícita do editor anterior queadicionou a passagem antiga.

O(s) autor(es) e editor(es) do Documento não dão permissão por esta Licença para que seusnomes sejam usados para publicidade ou para assegurar ou implicar endossamento de qualquerVersão Modificada.

COMBINANDO DOCUMENTOS

Você pode combinar o Documento com outros documentos publicados sob esta Licença, sobos termos definidos na seção 4 acima para versões modificadas, desde que você inclua na com-binação todas as Seções Invariantes de todos os documentos originais, sem modificações, e listetodas elas como Seções Invariantes de seu trabalho combinado em sua nota de licença.

O trabalho combinado precisa conter apenas uma cópia desta Licença, e Seções InvariantesIdênticas com multiplas ocorrências podem ser substituídas por apenas uma cópia. Se houvermúltiplas Seções Invariantes com o mesmo nome mas com conteúdos distintos, faça o título de

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cada seção único adicionando ao final do mesmo, em parênteses, o nome do autor ou editororigianl daquela seção, se for conhecido, ou um número que seja único. Faça o mesmo ajustenos títulos de seção na lista de Seções Invariantes nota de licença do trabalho combinado.

Na combinação, você precisa combinar quaisquer seções entituladas "Histórico"dos diver-sos documentos originais, formando uma seção entitulada "Histórico"; da mesma forma combinequaisquer seções entituladas "Agradecimentos", ou "Dedicatórias". Você precisa apagar todas asseções entituladas como "Endosso".

COLETÂNEAS DE DOCUMENTOS

Você pode fazer uma coletânea consitindo do Documento e outros documentos publicadossob esta Licença, e substituir as cópias individuais desta Licença nos vários documentos comuma única cópia incluida na coletânea, desde que você siga as regras desta Licença para cópiaexata de cada um dos Documentos em todos os outros aspectos.

Você pode extrair um único documento de tal coletânea, e distribuí-lo individualmente sobesta Licença, desde que você insira uma cópia desta Licença no documento extraído, e siga estaLicença em todos os outros aspectos relacionados à cópia exata daquele documento.

AGREGAÇÃO COM TRABALHOS INDEPENDENTES

Uma compilação do Documento ou derivados dele com outros trabalhos ou documentos sep-arados e independentes, em um volume ou mídia de distribuição, não conta como uma VersãoModificada do Documento, desde que nenhum copyright de compilação seja reclamado pela com-pilação. Tal compilação é chamada um "agregado", e esta Licença não se aplica aos outrostrabalhos auto-contidos compilados junto com o Documento, só por conta de terem sido assimcompilados, e eles não são trabalhos derivados do Documento.

Se o requerido para o Texto de Capa na seção 3 for aplicável a essas cópias do Documento,então, se o Documento constituir menos de um quarto de todo o agregado, os Textos de Capado Documento podem ser colocados em capas adjacentes ao Documento dentro do agregado.Senão eles precisarão aparecer nas capas de todo o agregado.

TRADUÇÃO

Tradução é considerada como um tipo de modificação, então você pode distribuir traduçõesdo Documento sob os termos da seção 4. A substituição de Seções Invariantes por traduçõesrequer uma permissão especial dos detentores do copyright das mesmas, mas você pode incluirtraduções de algumas ou de todas as Seções Invariantes em adição às versões orignais dessasSeções Invariantes. Você pode incluir uma tradução desta Licença desde que você também in-clua a versão original em Inglês desta Licença. No caso de discordância entre a tradução e a

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versão original em Inglês desta Licença, a versão original em Inglês prevalecerá.

TÉRMINO

Você não pode copiar, modificar, sublicenciar, ou distribuir o Documento exceto como expres-samente especificado sob esta Licença. Qualquer outra tentativa de copiar, modificar, sublicen-ciar, ou distribuir o Documento é nula, e resultará automaticamente no término de seus direitossob esta Licença. Entretanto, terceiros que tenham recebido cópias, ou direitos de você sob estaLicença não terão suas licenças terminadas, tanto quanto esses terceiros permaneçam em totalacordo com esta Licença.

REVISÕES FUTURAS DESTA LICENÇA

A Free Software Foundation pode publicar novas versões revisadas da Licença de Documen-tação Livre GNU de tempos em tempos. Tais novas versões serão similares em espirito à versãopresente, mas podem diferir em detalhes ao abordarem novos porblemas e preocupações. Vejahttp://www.gnu.org/copyleft/.

A cada versão da Licença é dado um número de versão distinto. Se o Documento especificarque uma versão particular desta Licença "ou qualquer versão posterior"se aplica ao mesmo, vocêtem a opção de seguir os termos e condições daquela versão específica, ou de qualquer versãoposterior que tenha sido publicada (não como rascunho) pela Free Software Foundation. Se oDocumento não especificar um número de Versão desta Licença, você pode escolher qualquerversão já publicada (não como rascunho) pela Free Software Foundation.

ADENDO: Como usar esta Licença para seus documentos

Para usar esta Licença num documento que você escreveu, inclua uma cópia desta Licençano documento e ponha as seguintes notas de copyright e licenças logo após a página de título:

Copyright (c) ANO SEU NOME.É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos da Licençade Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior publicada pela Free Soft-ware Foundation; com as Seções Invariantes sendo LISTE SEUS TÍTULOS, com os Textos daCapa da Frente sendo LISTE, e com os Textos da Quarta-Capa sendo LISTE. Uma cópia da li-cença está inclusa na seção entitulada "Licença de Documentação Livre GNU".

Se você não tiver nenhuma Seção Invariante, escreva "sem Seções Invariantes"ao invés dedizer quais são invariantes. Se você não tiver Textos de Capa da Frente, escreva "sem Textos deCapa da Frente"ao invés de "com os Textos de Capa da Frente sendo LISTE"; o mesmo para osTextos da Quarta Capa.

Se o seu documento contiver exemplos não triviais de código de programas, nós recomen-damos a publicação desses exemplos em paralelo sob a sua escolha de licença de software livre,

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tal como a GNU General Public License, para permitir o seu uso em software livre.

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Parte IV

LIBRAS

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Capítulo 1

LIBRAS

A lingua brasileira de Sinais - LIBRAS é atualmente de grande importância na coomunicaçãono territério brasileiro, reconhecida como meio legal de expressão entre as comunidades surdasem todo o país. Este curso tem por objetivo esclarecer dúvidas e aproximar a população em geraldessa importante linguagem.

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Capítulo 2

Plano de ensino

2.1 Objetivo

Apresentar ao público leigo algumas informações sobre a Língua Brasileira de Sinais.

2.2 Público Alvo

Todos que se interessem pelo tema.

2.3 Pré-requisitos

Não há pré-requisitos.

2.4 Descrição

O curso será realizado na modalidade Educação a Distância e utilizará a Plataforma Moodlecomo ferramenta de aprendizagem. Ele será dividido em tópicos e cada um deles é compostopor um conjunto de atividades (lições, fóruns, glossários, questionários e outros) que deverão serexecutadas de acordo com as instruções fornecidas. O material didático está disponível on-linede acordo com as datas pré-estabelecidas em cada tópico.

Todo o material está no formato de lições, e estará disponível ao longo do curso. As liçõespoderão ser acessadas quantas vezes forem necessárias. Aconselhamos a leitura de "Ambien-tação do Moodle", para que você conheça o produto de Ensino a Distância, evitando dificuldadesadvindas do "desconhecimento"sobre o mesmo.

Ao final de cada semana do curso será disponibilizada a prova referente ao módulo estudadoanteriormente que também conterá perguntas sobre os textos indicados. Utilize o material decada semana e os exemplos disponibilizados para se preparar para prova.

Os instrutores estarão a sua disposição ao longo de todo curso. Qualquer dúvida deve serdisponibilizada no fórum ou enviada por e-mail. Diariamente os monitores darão respostas eesclarecimentos.

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2.5 Metodologia

O curso está dividido da seguinte maneira:

2.6 Cronograma

• Lição 1 - Introdução

• Lição 2 - Origem e características da LIBRAS;

• Lição 3 - Alfabeto e vocabulário;

• Lição 4 - Legislação.

• Avaliação de aprendizagem

• Avaliação do curso

As lições contêm o conteúdo principal. Elas poderão ser acessadas quantas vezes foremnecessárias, desde que esteja dentro da semana programada. Ao final de uma lição, você rece-berá uma nota de acordo com o seu desempenho. Responda com atenção às perguntas de cadalição, pois elas serão consideradas na sua nota final. Caso sua nota numa determinada lição formenor do que 6.0, sugerimos que você faça novamente esta lição.Ao final do curso será disponibilizada a avaliação referente ao curso. Tanto as notas das liçõesquanto a da avaliação serão consideradas para a nota final. Todos os módulos ficarão visíveispara que possam ser consultados durante a avaliação final.Aconselhamos a leitura da "Ambientação do Moodle"para que você conheça a plataforma de En-sino a Distância, evitando dificuldades advindas do "desconhecimento"sobre a mesma.Os instrutores estarão a sua disposição ao longo de todo curso. Qualquer dúvida deverá serenviada no fórum. Diariamente os monitores darão respostas e esclarecimentos.

2.7 Programa

O curso de LIBRAS oferecerá o seguinte conteúdo

2.8 Avaliação

Toda a avaliação será feita on-line.Aspectos a serem considerados na avaliação:

• Iniciativa e autonomia no processo de aprendizagem e de produção de conhecimento

• Capacidade de pesquisa e abordagem criativa na solução dos problemas apresentados

Instrumentos de avaliação:

• Participação ativa nas atividades programadas.

• Avaliação ao final do curso.

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• O participante fará várias avaliações referente ao conteúdo do curso. Para a aprovação eobtenção do certificado o participante deverá obter nota final maior ou igual a 6.0 de acordocom a fórmula abaixo:

• Nota Final = ((ML x 7) + (AF x 3)) / 10 = Média aritmética das lições

• AF = Avaliações

2.9 Bibliografia

• http //www.libras.org.br/?gclid=CNqj157J2JQCFQObFQodzE99jw

• http //www.ines.gov.br/ines_livros/31/31_PRINCIPAL.HTM

• http //www.ines.gov.br/ines_livros/37/37_001.HTM

• http //www.libras.org.br/leilibras.php

• http //pt.wikipedia.org/wiki/Libras

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Capítulo 3

Lição 1 - Introdução

Aqui veremos um pouco sobre a história da educação de surdos ao redor do mundo e sobreas Línguas de Sinais de diversos países.

3.1 O surdo e sua educação

O surdo e sua educação

No passado, os surdos eram considerados incapazes de ser ensinados, por isso eles nãofreqüentavam escolas. As pessoas surdas, principalmente as que não falavam, eram excluídas

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da sociedade, sendo proibidas de casar, possuir ou herdar bens e viver como as demais pessoas.Assim, privadas de seus direitos básicos, ficavam com a própria sobrevivência comprometida.

Os principais registros que temos sobre a História da Educação dos Surdos são:No final do século XV:

• não havia escolas especializadas para surdos

• primeiras tentativas de ensino: Giralamo Cardamo, um italiano que utilizava sinais e lin-guagem escrita;

• Pedro Ponce de Leon, um monge beneditino espanhol que utilizava, além de sinais, treina-mento da voz e leitura dos lábios.

Nos séculos seguintes: Alguns professores dedicaram-se à educação dos surdos. Entre eles,destacaram-se:

• Ivan Pablo Bonet (Espanha);

• Abbé Charles Michel de I’Epée (França);

• Samuel Heinicke e Moritz Hill (Alemanha);

• Alexandre Gran Bell (Canadá e EUA);

• Ovide Decroly (Bélgica).

Esses professores divergiam quanto ao método mais indicado para ser adotado no ensinodos surdos. Uns acreditavam que o ensino deveria priorizar a língua falada (Método Oral Puro) eoutros que utilizavam a língua de sinais - já conhecida pelos alunos - e o ensino da fala (MétodoCombinado);

Em 1880, no Congresso Mundial de Professores de Surdos (Milão - Itália), chegou-se à con-clusão de que todos os surdos deveriam ser ensinados pelo Método Oral Puro. Um pouco antes(1857), o professor francês Hernest Huet (surdo e partidário de I’Epée, que usava o Método Com-binado) veio para o Brasil, a convite de D. Pedro II, para fundar a primeira escola para meninossurdos de nosso país: Imperial Instituto de Surdos Mudos, hoje, Instituto Nacional de Educaçãode Surdos (INES), mantido pelo governo federal, e que atende, em seu Colégio de Aplicação,crianças, jovens e adultos surdos, de ambos os sexos. A partir de então, os surdos brasileirospassaram a contar com uma escola especializada para sua educação e tiveram a oportunidadede criar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), mistura da Língua de Sinais Francesa com ossistemas de comunicação já usados pelos surdos das mais diversas localidades;

A.J. de Moura e Silva, um professor do INES, viajou para o Instituto Francês de Surdos (1896),a pedido do governo brasileiro, para avaliar a decisão do Congresso de Milão e concluiu que oMétodo Oral Puro não se prestava para todos os surdos.

No Século XX:Aumentou o número de escolas para surdos em todo o mundo: no Brasil, surgiram o Instituto

Santa Terezinha para meninas surdas (SP), a Escola Concórdia (Porto Alegre - RS), a Escolade Surdos de Vitória, o Centro de Audição e Linguagem ?Ludovico Pavoni? - CEAL/LP - emBrasília-DF e várias outras que, assim com o INES e a maioria das escolas de surdos do mundo,passaram a adotar o Método Oral.

A garantia do direito de todos à educação, a propagação das idéias de normalização e deintegração das pessoas com necessidades especiais e o aprimoramento das próteses otofônicas

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fizeram com que as crianças surdas de diversos países passassem a ser encaminhadas para asescolas regulares. No Brasil, as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação passaram acoordenar o ensino das crianças com necessidades especiais (inicialmente denominadas porta-doras de deficiências) e surgiram as Salas de Recursos e Classes Especiais para surdos, alémde algumas Escolas Especiais, com recursos públicos ou privados.

Com a organização das minorias no âmbito mundial, por terem garantido seus direitos decidadãos, as pessoas portadoras de necessidades especiais passaram a apresentar suas reivin-dicações que, no caso dos surdos, são: o respeito à língua de sinais, a um ensino de qualidade,acesso aos meios de comunicação (legendas e uso do TDD) e serviços de intérpretes, entreoutras.

Com os estudos sobre surdez, linguagem e educação, já no final de nosso século, os surdosassumiram a direção da única Universidade para Surdos do Mundo (Gallaudet University Library -Washington - EUA) e passaram a divulgar a Filosofia da Comunicação Total. Mais recentemente,os avanços nas pesquisas sobre as línguas de sinais, preconiza o acesso da criança, o maisprecocemente possível, a duas línguas: à língua de sinais e à língua oral de seu País - Filosofiade Educação Bilingüe.

3.2 As línguas de Sinais

Estudiosos em línguas de sinais afirmam que estas línguas são comparáveis em complex-idade e expressividade a quaisquer línguas orais. Utilizando sinais seus usuários expressamidéias sutis, complexas e abstratas; podem discutir filosofia, literatura, política, esportes, tra-balho,etc, além de utilizá-la com função estética para escrever poesias e romances.

Como acontece com toda língua, as línguas de sinais também sofrem processos de entrada deneologismos:as comunidades surdas aumentam seus vocabulários com novos sinais introduzidosem resposta à mudanças culturais e tecnológicas.

As línguas de sinais obviamente não são universais, cada língua de sinais tem sua própriaestrutura gramatical (sim, as línguas de sinais possuem traços lingüísticos como qualquer línguaoral como veremos adiante). Assim como as pessoas ouvintes em países diferentes falam difer-entes línguas, também as pessoas surdas ao redor do mundo, possuem suas próprias línguas,existindo portanto muitas línguas de sinais diferentes, como: Língua de Sinais Francesa, Amer-icana, Argentina, Portuguesa, Inglesa, Italiana, Japonesa, Chinesa, Uruguaia, Russa, Urubus-Kaapor, citando apenas algumas.

As línguas de sinais independem das línguas orais-auditivas utilizadas em seus respectivospaíses. Por exemplo: Brasil e Portugal possuem a mesma língua oficial, o português, mas aslínguas de sinais destes países são diferentes. Entretanto pode acontecer de uma mesma línguade sinais ser utilizada por dois países, como é o caso da língua de sinais americana que é usadapelos surdos dos Estados Unidos e do Canadá.

Um fato interessante é queE surdos de países com línguas de sinais diferentes comunicam-se mais rapidamente uns com os outros, fato que não ocorre entre falantes de línguas orais, quenecessitam de um tempo bem maior para um razoável entendimento. Isso se deve à capacidadeque as pessoas surdas têm em desenvolver e aproveitar gestos e estarem atentos às expressõesfaciais e corporais das pessoas.

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3.3 As línguas de Sinais pelo mundo

África: Existem pelo menos 25 línguas gestuais em África, de acordo com os dados dopesquisador Nobutaka Kamei.

• Língua Gestual de Adamorobe

• Língua Gestual Algeriana

• Língua Gestual de Bamako (numa escola do Mali)

• Língua Gestual de Bura

• Língua Gestual do Chade

• Língua Gestual do Congo

• Língua Gestual Egípcia

• Língua Gestual Franco-Americana

• Língua Gestual da Etiópia

• Língua Gestual da Gâmbia

• Língua Gestual de Gana

• Língua Gestual Guineense

• Língua Gestual Hausa

• Língua Gestual Queniana

• Língua Gestual Libanesa

• Língua Gestual de Madagáscar

• Língua Gestual Marroquina

• Língua Gestual Moçambicana

• Língua Gestual de Mbour (Senegal)

• Língua Gestual da Namíbia

• Língua Gestual Nigeriana

• Língua Gestual da Serra Leoa

• Língua Gestual Sul Africana

• Língua Gestual da Tanzânia

• Língua Gestual do Uganda

• Língua Gestual da Tunísia

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• Língua Gestual da Zâmbia

• Língua Gestual do Zimbábue

América:

• Língua Gestual Americana

• Língua Gestual Argentina

• Língua Gestual Boliviana

• Língua Brasileira de Sinais

• Língua Gestual Chilena

• Língua Gestual Colombiana

• Língua Gestual Cubana

• Língua Gestual da Costa Rica

• Língua Gestual do Equador

• Língua Gestual da Guatemala

• Língua Gestual das Honduras

• Língua Gestual das Províncias Marítimas

• Línguas gestuais maias (México)

• Língua Gestual Mexicana

• Língua Gestual Quebequiana

• Língua Gestual da Nicaraguense

• Língua Gestual do Perú

• Língua Gestual do Uruguai

• Língua Gestual da Providência

• Língua Gestual Kaapor Brasileira

• Língua Gestual Venezuelana

Ásia:

• Língua Gestual Australiana

• Língua Gestual Chinesa

• Língua Gestual de Ban Khor

• Língua Gestual Filipina

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• Língua Gestual Havaiana

• Língua Gestual de Hong-Kong

• Língua Gestual Indo-Paquistanesa ou Língua Gestual Indiana

• Língua Gestual Indonésia

• Língua Gestual Japonesa

• Língua Gestual Kata Kolok (Bali)

• Língua Gestual de Laos

• Língua Gestual Coreana

• Língua Gestual Malasiana

• Língua Gestual de Penang - Malásia

• Língua Gestual de Selangor - Malásia

• Malasiano manualmente codificado (ou Kod Tangan Bahasa Malaysia) - Malásia

• Língua Gestual da Mongólia

• Língua Gestual do Nepal

• Língua Gestual da Nova Zelândia

• Língua Gestual da Singapura

• Língua Gestual do Sri Lanka

• Língua Gestual de Taiwan

• Língua Gestual Tibetana

• Língua Gestual Thai

• Línguas gestuais vietnamitas

Europa:

• Língua Gestual Albanesa

• Língua Gestual Armeniana

• Língua Gestual Austríaca

• Antiga Língua de Sinais Francesa

• Língua Gestual de Valência

• Língua Gestual Turca

• Língua Gestual Suíço-Alemã

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• Língua Gestual Suíço-Francesa

• Língua Gestual Sueca

• Língua Gestual Espanhola

• Língua Gestual Russa

• Língua Gestual Belgo-Francesa

• Língua Gestual Britânica

• Língua Gestual Búlgara

• Língua Gestual Catalã

• Língua Gestual Croata

• Língua Gestual Checa

• Língua Gestual Dinamarquesa

• Língua Gestual dos Países Baixos

• Língua Gestual da Estónia

• Língua Gestual Finlandesa

• Língua Gestual da Flandres

• Língua Gestual Francesa

• Língua Gestual Alemã

• Língua Gestual Grega

• Língua Gestual Húngara

• Língua Gestual da Islândia

• Língua Gestual Irlandesa

• Língua Gestual Italiana

• Língua Gestual Lituana

• Língua Gestual da Malta

• Língua Gestual da Irlanda do Norte

• Língua Gestual Norueguesa

• Língua Gestual Polaca

• Língua Gestual Portuguesa

Oriente Médio:

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• Língua Gestual Al-Sayyid Bedouin

• Língua Gestual Israelense

• Língua Gestual Persa

• Língua Gestual da Jordânia

• Língua Gestual do Kuwait

• Língua Gestual da Arábia Saudita

Sistemas gestuais auxiliares:

• Gestuno

• Signuno

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Capítulo 4

Lição 2- LIBRAS

Nesta lição conheceremos um pouco mais sobre LIBRAS, sua origem e principais caracterís-ticas.

4.1 O que é LIBRAS?

A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), criada com base na Língua de Sinais Francesa, é alíngua de sinais utilizada pelos surdos que vivem em cidades do Brasil onde existem comunidadessurdas. Assim como as diversas línguas existentes, a LIBRAS é composta por níveis lingüísticoscomo: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica.

A diferenças entre LIBRAS e a língua portuguesa falada no Brasil, além do canal utilizado(como veremos a seguir), estão também nas estruturas gramaticais utilizadas em cada uma daslínguas. A LIBRAS, assim como toda língua de sinais, é uma língua de modalidade "gestual-visual"que utiliza como canal ou meio de comunicação movimentos gestuais e expressões faci-ais que são percebidos pela visão. Isto é, da mesma forma que nas línguas "oral-auditivas"asunidades que permitem a comunicação são as palavras, nas línguas "gestuais-visuais"estasunidades são os sinais.

Entretanto, para se comunicar em LIBRAS não basta apenas conhecer os sinais; é necessárioconhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo comunicação. Os sinaissurgem da combinação de configurações de mão, movimentos, e de pontos de articulação (locaisno espaço ou no corpo onde os sinais são feitos).

4.2 Características

Configuração das mãos: As formas das mãos podem ser da datilologia (alfabeto manual) oupossíveis movimentos feitos com a mão predominante (mão direita para os destros ou esquerdapara os canhotos), ou pelas duas mãos.

Ponto de articulação: local em que se faz o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ouestar em um espaço neutro.

Movimento: Os sinais podem possuir movimento ou não. Por exemplo, os sinais PENSAR eEM-PÉ não têm movimento; já os sinais EVITAR e TRABALHAR possuem movimento.

Orientação/Direção: Os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros acima. Assim,os verbos IR e VIR se opõem em relação à direcionalidade.

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Expressão facial e/ou corporal: As expressões faciais ou corporais são de grande importânciapara o entendimento real do sinal, sendo que a entonação em Língua de Sinais é feita pelaexpressão facial.

Os pronomes: são indicados por apontamento.Os verbos: são usados no infinitivo. exemplo: CASA, EU IR.

4.3 Os Urubus-kaapor

A LIBRAS não é a única língua de sinais existente em território brasileiro. Os índios da triboUrubu- Kaapor desenvolveram um sistema de sinais bastante peculiar. Mas antes vejamos algunsdados:

Nome: Kaapor Nomes alternativos: Urubu-Kaapor Auto-denominação: Ka’apor Classificaçãolingüística: Tupi, Tupi-Guarani, Oyampi (VIII) População: 800 Local: Maranhão, 10 aldeias espal-hadas sobre 7168 km2. Há quatro aldeias grandes, Zê Gurupi, Ximbo Renda, Gurupi-una e ÁguaPreta

Este povo surgiu distintamente há cerca de trezentos anos atrás, provavelmente na região en-tre os rios Tocantins e Xingu, no entanto migraram, em 1870, do Pará, através do rio Gurupi, parao Maranhão. Em 1911, quando da primeira tentativa das autoridades brasileiras de pacificaçãodeste povo, por intermédio do Serviço de Protecção aos Índios (SPI), os Kaapor se retirarampara a selva até que sua reserva fosse demarcada. A população esteve estável com cerca dequinhentas pessoas por muitos anos. Desde então a distribuição de medicamentos por váriosgrupos ajudou a combater a mortalidade infantil, e também ajudou os adultos a sobreviverem aepidemias de gripe forte. Atualmente (último dados em 2002) os Kaapor estão enumerados emcerca de oitocentas pessoas.

A Língua Kaapor é uma língua Tupi-Guarani, não falada por nenhuma outra tribo ou povoexceto, como segunda língua, nem se aproxima das línguas faladas pelos povos em volta. Émais ligada à língua Waiãpi, falada a uma distância de 900 km, do outro lado do Rio Amazonas.Aparentemente foi influenciada pela língua geral amazônica, a Waiãpi e as línguas Carib seten-trionais.

Os kaapor possuem uma Língua de sinais própria usada tanto pela comunidade surda dopovo, como também por seus membros ouvintes na comunicação com os surdos. Esta tribotem uma taxa elevada de surdez (de 1 surdo para 75 ouvintes), o que faz com que seus membrosouvintes cresçam bilingües. Uma característica interessante da língua Kaapor é que seus surdos-mudos são capazes de se comunicar com outros que não são surdos-mudos dentro e fora daaldeia: um surdo-mudo visitando uma aldeia distante tem capacidade de se comunicar com ummembro de outra aldeia sem problema.

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Capítulo 5

Lição 3- Alfabeto

Nesta lição veremos o Alfabeto de LIBRAS e algumas palavras mais usuais

5.1 Alfabeto

O alfabeto na Língua Brasileira de Sinais:

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5.2 Números

Os números na Língua Brasileira de Sinais:

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É possível ainda encontrar vídeos na internet com o vocabulario da Língua Brasileira de Sinais.O INES oferece material visual em: http://www.ines.gov.br/libras/index.htm

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Capítulo 6

Lição 4- Legislação

Nesta lição veremos o que dizem as leis brasileiras a respeito da LIBRAS.

6.1 Lei No 10.436

LEI No 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Librase dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu san-ciono a seguinte Lei:

Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira deSinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comuni-cação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gra-matical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos decomunidades de pessoas surdas do Brasil.

Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionáriasde serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileirade Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidadessurdas do Brasil.

Art. 3o As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistên-cia à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiênciaauditiva, de acordo com as normas legais em vigor.

Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais edo Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, deFonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileirade Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, con-forme legislação vigente.

Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidadeescrita da língua portuguesa.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 24 de abril de 2002; 181o da Independência e 114o da República.FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato SouzaTexto publicado no D.O.U. de 25.4.2002

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6.2 Decreto No 5.626

DECRETO No 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV,

da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e no art.18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000,

DECRETA:CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei

no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda

auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestandosua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.

Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarentae um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hze 3.000Hz.

CAPÍTULO IIDA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULARArt. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de for-

mação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursosde Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino edos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Parágrafo 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o cursonormal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de EducaçãoEspecial são considerados cursos de formação de professores e profissionais da educação parao exercício do magistério.

Parágrafo 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos deeducação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto.

CAPÍTULO IIIDA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LIBRAS E DO INSTRUTOR DE LIBRASArt. 4o A formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais do ensino funda-

mental, no ensino médio e na educação superior deve ser realizada em nível superior, em cursode graduação de licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesacomo segunda língua.

Parágrafo único. As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos nocaput.

Art. 5o A formação de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e nos anos inici-ais do ensino fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia ou curso normal superior,em que Libras e Língua Portuguesa escrita tenham constituído línguas de instrução, viabilizandoa formação bilíngüe.

Parágrafo 1o Admite-se como formação mínima de docentes para o ensino de Libras na edu-cação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, a formação ofertada em nível médio namodalidade normal, que viabilizar a formação bilíngüe, referida no caput.

Parágrafo 2o As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos no caput.Art. 6o A formação de instrutor de Libras, em nível médio, deve ser realizada por meio de:I - cursos de educação profissional;II - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior; e

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III - cursos de formação continuada promovidos por instituições credenciadas por secretariasde educação.

Parágrafo 1o A formação do instrutor de Libras pode ser realizada também por organizaçõesda sociedade civil representativa da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidadopor pelo menos uma das instituições referidas nos incisos II e III.

Parágrafo 2o As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos no caput.Art. 7o Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não haja docente

com título de pós-graduação ou de graduação em Libras para o ensino dessa disciplina em cursosde educação superior, ela poderá ser ministrada por profissionais que apresentem pelo menosum dos seguintes perfis:

I - professor de Libras, usuário dessa língua com curso de pós-graduação ou com formaçãosuperior e certificado de proficiência em Libras, obtido por meio de exame promovido pelo Min-istério da Educação;

II - instrutor de Libras, usuário dessa língua com formação de nível médio e com certificadoobtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido pelo Ministério da Educação;

III - professor ouvinte bilíngüe: Libras - Língua Portuguesa, com pós-graduação ou formaçãosuperior e com certificado obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido peloMinistério da Educação.

Parágrafo 1o Nos casos previstos nos incisos I e II, as pessoas surdas terão prioridade paraministrar a disciplina de Libras.

Parágrafo 2o A partir de um ano da publicação deste Decreto, os sistemas e as instituiçõesde ensino da educação básica e as de educação superior devem incluir o professor de Libras emseu quadro do magistério.

Art. 8o O exame de proficiência em Libras, referido no art. 7o, deve avaliar a fluência no uso,o conhecimento e a competência para o ensino dessa língua.

Parágrafo 1o O exame de proficiência em Libras deve ser promovido, anualmente, pelo Min-istério da Educação e instituições de educação superior por ele credenciadas para essa finali-dade.

Parágrafo 2o A certificação de proficiência em Libras habilitará o instrutor ou o professor paraa função docente.

Parágrafo 3o O exame de proficiência em Libras deve ser realizado por banca examinadorade amplo conhecimento em Libras, constituída por docentes surdos e lingüistas de instituições deeducação superior.

Art. 9o A partir da publicação deste Decreto, as instituições de ensino médio que oferecemcursos de formação para o magistério na modalidade normal e as instituições de educação supe-rior que oferecem cursos de Fonoaudiologia ou de formação de professores devem incluir Librascomo disciplina curricular, nos seguintes prazos e percentuais mínimos:

I - até três anos, em vinte por cento dos cursos da instituição;II - até cinco anos, em sessenta por cento dos cursos da instituição;III - até sete anos, em oitenta por cento dos cursos da instituição; eIV - dez anos, em cem por cento dos cursos da instituição.Parágrafo único. O processo de inclusão da Libras como disciplina curricular deve iniciar-se

nos cursos de Educação Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras, ampliando-se progressi-vamente para as demais licenciaturas.

Art. 10. As instituições de educação superior devem incluir a Libras como objeto de ensino,pesquisa e extensão nos cursos de formação de professores para a educação básica, nos cursosde Fonoaudiologia e nos cursos de Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa.

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Art. 11. O Ministério da Educação promoverá, a partir da publicação deste Decreto, progra-mas específicos para a criação de cursos de graduação:

I - para formação de professores surdos e ouvintes, para a educação infantil e anos iniciais doensino fundamental, que viabilize a educação bilíngüe: Libras - Língua Portuguesa como segundalíngua;

II - de licenciatura em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa, como segundalíngua para surdos;

III - de formação em Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa.Art. 12. As instituições de educação superior, principalmente as que ofertam cursos de Edu-

cação Especial, Pedagogia e Letras, devem viabilizar cursos de pós-graduação para a formaçãode professores para o ensino de Libras e sua interpretação, a partir de um ano da publicaçãodeste Decreto.

Art. 13. O ensino da modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda língua parapessoas surdas, deve ser incluído como disciplina curricular nos cursos de formação de profes-sores para a educação infantil e para os anos iniciais do ensino fundamental, de nível médio esuperior, bem como nos cursos de licenciatura em Letras com habilitação em Língua Portuguesa.

Parágrafo único. O tema sobre a modalidade escrita da língua portuguesa para surdos deveser incluído como conteúdo nos cursos de Fonoaudiologia.

CAPÍTULO IVDO USO E DA DIFUSÃO DA LIBRAS E DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA OACESSO DAS PESSOAS SURDAS À EDUCAÇÃOArt. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas sur-

das acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividadese nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de edu-cação, desde a educação infantil até à superior.

Parágrafo 1o Para garantir o atendimento educacional especializado e o acesso previsto nocaput, as instituições federais de ensino devem:

I - promover cursos de formação de professores para:a) o ensino e uso da Libras;b) a tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa; ec) o ensino da Língua Portuguesa, como segunda língua para pessoas surdas;II - ofertar, obrigatoriamente, desde a educação infantil, o ensino da Libras e também da

Língua Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos;III - prover as escolas com:a) professor de Libras ou instrutor de Libras;b) tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa;c) professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas;

ed) professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade lingüística mani-

festada pelos alunos surdos;IV - garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos, desde

a educação infantil, nas salas de aula e, também, em salas de recursos, em turno contrário ao daescolarização;

V - apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos,funcionários, direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos;

VI - adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda língua, na cor-reção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularidadelingüística manifestada no aspecto formal da Língua Portuguesa;

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VII - desenvolver e adotar mecanismos alternativos para a avaliação de conhecimentos ex-pressos em Libras, desde que devidamente registrados em vídeo ou em outros meios eletrônicose tecnológicos;

VIII - disponibilizar equipamentos, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação,bem como recursos didáticos para apoiar a educação de alunos surdos ou com deficiência audi-tiva.

Parágrafo 2o O professor da educação básica, bilíngüe, aprovado em exame de proficiênciaem tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, pode exercer a função de tradutor eintérprete de Libras - Língua Portuguesa, cuja função é distinta da função de professor docente.

Parágrafo 3o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual,municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo comomeio de assegurar atendimento educacional especializado aos alunos surdos ou com deficiênciaauditiva.

Art. 15. Para complementar o currículo da base nacional comum, o ensino de Libras e oensino da modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos,devem ser ministrados em uma perspectiva dialógica, funcional e instrumental, como:

I - atividades ou complementação curricular específica na educação infantil e anos iniciais doensino fundamental; e

II - áreas de conhecimento, como disciplinas curriculares, nos anos finais do ensino funda-mental, no ensino médio e na educação superior.

Art. 16. A modalidade oral da Língua Portuguesa, na educação básica, deve ser ofertada aosalunos surdos ou com deficiência auditiva, preferencialmente em turno distinto ao da escolariza-ção, por meio de ações integradas entre as áreas da saúde e da educação, resguardado o direitode opção da família ou do próprio aluno por essa modalidade.

Parágrafo único. A definição de espaço para o desenvolvimento da modalidade oral da Lín-gua Portuguesa e a definição dos profissionais de Fonoaudiologia para atuação com alunos daeducação básica são de competência dos órgãos que possuam estas atribuições nas unidadesfederadas.

CAPÍTULO VDA FORMAÇÃO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LIBRAS - LÍNGUA PORTUGUESAArt. 17. A formação do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa deve efetivar-

se por meio de curso superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em Libras - LínguaPortuguesa.

Art. 18. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, a formação de tradutore intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de:

I - cursos de educação profissional;II - cursos de extensão universitária; eIII - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e institu-

ições credenciadas por secretarias de educação.Parágrafo único. A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por orga-

nizações da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado sejaconvalidado por uma das instituições referidas no inciso III.

Art. 19. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não haja pes-soas com a titulação exigida para o exercício da tradução e interpretação de Libras - LínguaPortuguesa, as instituições federais de ensino devem incluir, em seus quadros, profissionais como seguinte perfil:

I - profissional ouvinte, de nível superior, com competência e fluência em Libras para realizara interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em

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exame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação em instituições deensino médio e de educação superior;

II - profissional ouvinte, de nível médio, com competência e fluência em Libras para realizara interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação emexame de proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação no ensino funda-mental;

III - profissional surdo, com competência para realizar a interpretação de línguas de sinais deoutros países para a Libras, para atuação em cursos e eventos.

Parágrafo único. As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, es-tadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigocomo meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação,à informação e à educação.

Art. 20. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, o Ministério da Edu-cação ou instituições de ensino superior por ele credenciadas para essa finalidade promoverão,anualmente, exame nacional de proficiência em tradução e interpretação de Libras - Língua Por-tuguesa.

Parágrafo único. O exame de proficiência em tradução e interpretação de Libras - LínguaPortuguesa deve ser realizado por banca examinadora de amplo conhecimento dessa função,constituída por docentes surdos, lingüistas e tradutores e intérpretes de Libras de instituições deeducação superior.

Art. 21. A partir de um ano da publicação deste Decreto, as instituições federais de ensinoda educação básica e da educação superior devem incluir, em seus quadros, em todos os níveis,etapas e modalidades, o tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, para viabilizar oacesso à comunicação, à informação e à educação de alunos surdos.

Parágrafo 1o O profissional a que se refere o caput atuará:I - nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino;II - nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e conteúdos

curriculares, em todas as atividades didático-pedagógicas; eIII - no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim da instituição de ensino.Parágrafo 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual,

municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo comomeio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, àinformação e à educação.

CAPÍTULO VIDA GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO DAS PESSOAS SURDAS OUCOM DEFICIÊNCIA AUDITIVAArt. 22. As instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir

a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da organização de:I - escolas e classes de educação bilíngüe, abertas a alunos surdos e ouvintes, com profes-

sores bilíngües, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;II - escolas bilíngües ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e

ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou educação profissional, comdocentes das diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade lingüística dos alunossurdos, bem como com a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.

Parágrafo 1o São denominadas escolas ou classes de educação bilíngüe aquelas em quea Libras e a modalidade escrita da Língua Portuguesa sejam línguas de instrução utilizadas nodesenvolvimento de todo o processo educativo.

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Parágrafo 2o Os alunos têm o direito à escolarização em um turno diferenciado ao do atendi-mento educacional especializado para o desenvolvimento de complementação curricular, comutilização de equipamentos e tecnologias de informação.

Parágrafo 3o As mudanças decorrentes da implementação dos incisos I e II implicam a for-malização, pelos pais e pelos próprios alunos, de sua opção ou preferência pela educação semo uso de Libras.

Parágrafo 4o O disposto no § 2o deste artigo deve ser garantido também para os alunos nãousuários da Libras.

Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionaraos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa em sala deaula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem oacesso à comunicação, à informação e à educação.

Parágrafo 1o Deve ser proporcionado aos professores acesso à literatura e informações sobrea especificidade lingüística do aluno surdo.

Parágrafo 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual,municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo comomeio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, àinformação e à educação.

Art. 24. A programação visual dos cursos de nível médio e superior, preferencialmente os deformação de professores, na modalidade de educação a distância, deve dispor de sistemas deacesso à informação como janela com tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa e sub-titulação por meio do sistema de legenda oculta, de modo a reproduzir as mensagens veiculadasàs pessoas surdas, conforme prevê o Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004.

CAPÍTULO VIIDA GARANTIA DO DIREITO À SAÚDE DAS PESSOAS SURDAS OUCOM DEFICIÊNCIA AUDITIVAArt. 25. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Sistema Único de Saúde - SUS

e as empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde,na perspectiva da inclusão plena das pessoas surdas ou com deficiência auditiva em todas asesferas da vida social, devem garantir, prioritariamente aos alunos matriculados nas redes deensino da educação básica, a atenção integral à sua saúde, nos diversos níveis de complexidadee especialidades médicas, efetivando:

I - ações de prevenção e desenvolvimento de programas de saúde auditiva;II - tratamento clínico e atendimento especializado, respeitando as especificidades de cada

caso;III - realização de diagnóstico, atendimento precoce e do encaminhamento para a área de

educação;IV - seleção, adaptação e fornecimento de prótese auditiva ou aparelho de amplificação

sonora, quando indicado;V - acompanhamento médico e fonoaudiológico e terapia fonoaudiológica;VI - atendimento em reabilitação por equipe multiprofissional;VII - atendimento fonoaudiológico às crianças, adolescentes e jovens matriculados na edu-

cação básica, por meio de ações integradas com a área da educação, de acordo com as neces-sidades terapêuticas do aluno;

VIII - orientações à família sobre as implicações da surdez e sobre a importância para acriança com perda auditiva ter, desde seu nascimento, acesso à Libras e à Língua Portuguesa;

IX - atendimento às pessoas surdas ou com deficiência auditiva na rede de serviços do SUS edas empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde,

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por profissionais capacitados para o uso de Libras ou para sua tradução e interpretação; eX - apoio à capacitação e formação de profissionais da rede de serviços do SUS para o uso

de Libras e sua tradução e interpretação.Parágrafo 1o O disposto neste artigo deve ser garantido também para os alunos surdos ou

com deficiência auditiva não usuários da Libras.Parágrafo 2o O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual, municipal, do

Distrito Federal e as empresas privadas que detêm autorização, concessão ou permissão deserviços públicos de assistência à saúde buscarão implementar as medidas referidas no art. 3oda Lei no 10.436, de 2002, como meio de assegurar, prioritariamente, aos alunos surdos ou comdeficiência auditiva matriculados nas redes de ensino da educação básica, a atenção integral àsua saúde, nos diversos níveis de complexidade e especialidades médicas.

CAPÍTULO VIIIDO PAPEL DO PODER PÚBLICO E DAS EMPRESAS QUE DETÊM CONCESSÃO OU PER-

MISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, NO APOIO AO USO E DIFUSÃO DA LIBRASArt. 26. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Poder Público, as empresas con-

cessionárias de serviços públicos e os órgãos da administração pública federal, direta e indiretadevem garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio do uso e difusão de Li-bras e da tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, realizados por servidores eempregados capacitados para essa função, bem como o acesso às tecnologias de informação,conforme prevê o Decreto no 5.296, de 2004.

Parágrafo 1o As instituições de que trata o caput devem dispor de, pelo menos, cinco por centode servidores, funcionários e empregados capacitados para o uso e interpretação da Libras.

Parágrafo 2o O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual, municipal e doDistrito Federal, e as empresas privadas que detêm concessão ou permissão de serviços públicosbuscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar às pessoassurdas ou com deficiência auditiva o tratamento diferenciado, previsto no caput.

Art. 27. No âmbito da administração pública federal, direta e indireta, bem como das empre-sas que detêm concessão e permissão de serviços públicos federais, os serviços prestados porservidores e empregados capacitados para utilizar a Libras e realizar a tradução e interpretaçãode Libras - Língua Portuguesa estão sujeitos a padrões de controle de atendimento e a avaliaçãoda satisfação do usuário dos serviços públicos, sob a coordenação da Secretaria de Gestão doMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em conformidade com o Decreto no 3.507, de13 de junho de 2000.

Parágrafo único. Caberá à administração pública no âmbito estadual, municipal e do DistritoFederal disciplinar, em regulamento próprio, os padrões de controle do atendimento e avaliaçãoda satisfação do usuário dos serviços públicos, referido no caput.

CAPÍTULO IXDAS DISPOSIÇÕES FINAISArt. 28. Os órgãos da administração pública federal, direta e indireta, devem incluir em seus

orçamentos anuais e plurianuais dotações destinadas a viabilizar ações previstas neste Decreto,prioritariamente as relativas à formação, capacitação e qualificação de professores, servidores eempregados para o uso e difusão da Libras e à realização da tradução e interpretação de Libras- Língua Portuguesa, a partir de um ano da publicação deste Decreto.

Art. 29. O Distrito Federal, os Estados e os Municípios, no âmbito de suas competências,definirão os instrumentos para a efetiva implantação e o controle do uso e difusão de Libras e desua tradução e interpretação, referidos nos dispositivos deste Decreto.

Art. 30. Os órgãos da administração pública estadual, municipal e do Distrito Federal, di-reta e indireta, viabilizarão as ações previstas neste Decreto com dotações específicas em seus

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orçamentos anuais e plurianuais, prioritariamente as relativas à formação, capacitação e qualifi-cação de professores, servidores e empregados para o uso e difusão da Libras e à realização datradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, a partir de um ano da publicação desteDecreto.

Art. 31. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 22 de dezembro de 2005; 184o da Independência e 117o da República.LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Fernando Haddad

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