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Encarte da Revista Renovação n° 19 - Março/Abril 2003 Boletim n° 8 Como fazer no Grupo de Oração 1. A PREGAÇÃO DE JESUS A pregação no grupo de ora ção é um a ssunto que há muito tempo nos desafia. Primeiro, devido às nossas próprias limitações. Somos limit ados em sa nti- dade, testemunho, formação bíbli ca , form ação doutri - nária e capacitação técnica para a comunicação . Se- gundo, porque a din âmica do grupo é bastante exigen- te. O pregador tem somente de dez a quinze minutos para anunciar o evangelho com eficácia. Terceiro, por- que o grupo recebe toda espécie de filhos de Deus. Lá vão pessoas equilibradas, saudáveis, bem encaminha- das na vida, que talvez busquem soment e respostas para seus anseios espirituais. Junto com elas vão pes- soas doentes do espírito, da alma e do corpo. Estas, além de necessitarem de ajudas espirituais, necessitam, em primeira mão, de soluções para depressão, deses- peranç a, compulsão para suicídio, cefal éias, cardiopatias, doenças renais, nevralgias, etc. , etc., etc... Ser ia ilusão ignorar os problemas relacionados com a humanidade dos freqü entadores do Grupo de Oração, para levar-lhes somente um ensinamento dou - trinário, aind a que fosse perfeito do ponto de vista teo- lógico. Tal atitude excluiria quase cem por cento das pessoas. O que fazer, então ? Para começar, poderíamos seguir o exemplo de Jesus. No seu tempo o povo sofria de males sernelhan- tes aos que nos acometem nos dias de hoje. Certa vez ele estava preg ando na entrada do templo, para ovelhas sem pastor, mais ou menos como as que vão ao grupo de oração. Ele não perdeu tempo com rode ios, utopias, ou outros devaneios. Foi direto às suas necessidades, pois sabia que bus cavam soluções reais para proble- mas que as atligiam diariamente. E elas iam a Jesus porque sempre recebiam o que buscavam. Jesus tinha um jeito especial de atender a cada uma. Naquele dia. em especial, as autoridades do templo ficaram muito indignadas com os frutos da pregação do Senhor (Jo 7,28-47), pois inúmer as pessoas acreditavam nele , e muitas já pensavam que ele dev eria ser o Cristo, o pro- metido do Pai, por isso enviaram soldados para prendê- lo. Os soldados o encontraram pregando ainda na por- ta do templo, e o ouv iram dizer, entre outras coisas: "Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manar ão rios de água viva". Após a pregação, junt amente com muitos outros ouvintes, ficaram impres sionados com o que ouviram, voltaram sem prender Jesus e disse- ram às autoridades: "Jamais homem algum falou como este hornernl..." Que pregação! Até os soldados que foram prendê-lo desistiram da tarefa, após ouvi-lo. Jesus pre gou eficazmente . Despertou a fé nos ouvintes e apontou-lhes a salvação, isto é, ele me smo ; abriu-lhes o coração p ara que recebessem as soluções que nece ssit avam .E que ele pregava a verdade de maneira simples, direta e ardorosa. Sua pregação era querigmática. Até quando exortava os fariseus era para que voltassem à razão e se convertessem. Pregações queri gmátic as são todas aquelas relacionadas com os seguintes temas: o amor de Deus, o pecado , a salva- ção, a fé, a conversão, o Espírito Santo e a comunid a- de. como fruto do E spírito Santo . Ma sa prega ção querigmática, por si só, não é garantia de eficácia. Para produzir fruto, ela deverá também ser ungida, ardoro- sa e entendida por quem dela necessitar. Como foi a pre gação de nos so Senhor Je su s Cristo, deverá ser a nossa. 2. O ROTEIRO DE PREGAÇÃO Alguns irmãos enganam- se sobre certos aspec- tos da pregação no Grupo de Oração. Pensam que por ela ser de curta duração não necessitam de preparação con veniente. E alguns até correm o risco de negligen-

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Encarte da Revista Renovação n° 19 - Março/Abril 2003 1. A PREGAÇÃO DE JESUS A pregação no grupo de ora ção é um assunto que há muito tempo nos de safi a. Prim eir o, de vido às noss as próprias limitações. Somos limit ados em sa nti- tos da pregaç ão no Grupo de Oração. Pensam que por ela ser de curta duração não nec essitam de preparação con veniente. E alguns até correm o risco de negligen- Boletim n° 8

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Page 1: 19-Março/Abril20031.APREGAÇÃODEJESUSApregaçãonogrupodeoraçãoéumassuntoquehámuitotemponosdes

Encarte da Revista Renovação n° 19 - Março/Abril 2003 Boletim n° 8

Como fazer no Grupo de Oração

1. A PREGAÇÃO DE JESUSA pregação no grupo de ora ção é um assunto

que há muito tempo nos desafi a. Prim eiro, de vido àsnoss as próprias limitações. Somos limit ados em santi­dade, testemunho, formação bíbli ca , form ação doutri ­nári a e cap acitação técnica para a comunicação. Se­gundo, porqu e a din âmica do grupo é bast ante exi gen­te. O pregador tem somente de dez a quinze minutospara anunciar o evangelho com eficácia. Terceiro, por­que o grupo recebe tod a esp écie de filho s de Deu s. Lávão pessoas equilibrad as, saud áveis, bem encaminha­das na vida, que tal vez busquem somente resposta spara seus anseios espirituai s. Junto com ela s vão pes­soas doentes do espírito, da alma e do corpo. Est as,além de necessitarem de ajudas espirituais, necessitam,em primeira mão, de soluções para depressão, deses­peranç a, compulsão para suicídio, cefal éias, cardiopatias,doenças renai s, nevralgi as, etc. , etc., etc ...

Seria ilusão ignorar os problemas relacionadoscom a humanidade dos freqü entadores do Grupo deOração, para levar-lhes somente um ensinamento dou ­trinário, aind a que fosse perfeito do ponto de vista teo­lóg ico . Tal atitude excluiria quase cem por cento daspessoas. O que faz er, então ?

Para começar, poderíamos seguir o exemplo deJesus. No seu tempo o povo sofria de male s sernelhan­tes aos que nos acometem nos dias de hoje. Certa vezele estava pregando na entrada do templo, para ovelh assem pastor, mais ou menos como as que vão ao grupode oração. Ele não perd eu tempo com rode ios, utopi as,ou outros de vaneios. Foi direto às suas necessidades,pois sabia que buscavam soluções reais para proble­mas que as atligiam diariamente. E elas iam a Jesusporque sempre recebi am o que buscavam. Jesus tinhaum jeito espe cial de atender a cada uma. Naquele dia.em especial , as autoridades do templo ficaram mu ito

indignadas com os frutos da pregação do Senhor (Jo7,28-47 ), pois inúmeras pessoas acreditavam nele , emuitas já pen savam que ele dev eria ser o Cri sto, o pro­met ido do Pai, por isso env iaram soldados par a prendê­lo. Os so lda dos o encontraram pregando ainda na por­ta do templo, e o ouv iram diz er , entre outras coi sas:"S e alguém tiver sede, venha a mim e beb a. Quem crêem mim, como diz a Escritura: Do seu interior manar ãorios de água viva". Apó s a pregação, juntamente commuitos outros ou vintes, ficaram impressionados como que ouviram, voltaram sem prender Jesus e disse­ram às autoridade s: "Ja ma is homem algum falou comoeste hornern l..." Que pregação! Até os so ldados queforam prendê-lo desistiram da tarefa, apó s ouvi-lo.

Jesus pregou eficazmente. Despertou a fé nosouvintes e apontou- lhes a sal vação, isto é, ele mesmo;abriu-lhes o co ração p ara que recebessem as soluçõesque necessit avam . E que ele pre ga va a ve rdade demaneira simples, direta e ardorosa. Sua pregação eraquerigmática. Até quando exortava os fariseus era paraque voltassem à razão e se convertessem. Pregaçõesqueri gmáticas são tod as aque las relacionadas com osseg uintes temas: o amor de Deus, o pecado, a sal va­ção , a fé , a conversão, o Espírito Santo e a comunida­de . como fruto do Espírito Santo. Mas a pregaçãoquerigmática, por si só, não é garantia de eficácia. Paraproduzir fruto, ela deverá também ser ungida, ardoro­sa e entendida por quem dela necessitar.

Como foi a pre gação de nos so Senhor Je susCri sto , de verá ser a nossa.

2. O ROTEIRO DE PREGAÇÃOAlguns irmãos enganam-se sobre cert os aspec­

tos da pregação no Grupo de Oração. Pensam que porela ser de curta duração não nec essitam de preparaçãocon veniente. E alguns até correm o risco de negligen-

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ciar os jejuns e as orações. Às vezes as pregações sãoconfundidas com simples conversas, com meros bate­papos, com recados de comadres, ou , quando muito,com uma palestra. Não! Pregação não é isso. Pregaçãoé o que deve ser: PREGAÇÃO. A pregação não podeser substituída por nada , sob pena de causar sério pre­juízo à evangelização . Jesus tinha duas formas deevangelizar. Uma delas era a pregação, a outra, as obras.

Quanto menor o tempo para pregar, mais cuida­doso deve ser o planejamento. Em uma pregação deuma hora , o pregador terá sessenta minutos para aju ­dar as pessoas abrirem seus corações para Deus. Casocometa alguma falha, terá tempo suficiente para retificá­lo. Com uma pregação de curta duração o desafio émaior. Ocorrendo algum erro, corre-se o risco de pora pregação a perder, pois o tempo poderá não ser sufi­ciente para se consertar. De mais a mais, o pregadorsó terá alguns minutos para apresentar aos ouvintes ocaminho da graça, Jesus, e de forma que eles enten­dam e aceitem. É por isso que quanto menor for otempo, mais bem preparada deve ser a pregação.

O planejamento da pregação materializa-se emum roteiro de pregação que deve conter três partes:introdução, desenvolvimento e peroração. .A introdu­ção é uma preliminar do que será a pregação. Nela opregador anuncia o tema e algumas idéias que desen­volverá. É importante apresentar aos ouvintes algunsmotivos pelos quais será bom que ouçam a pregação.

No desenvolvimento o pregador apresenta asidéias principais da pregação e as sustenta com argu­mentos sólidos, fundamentados na Sagrada Escritura.

Nesta parte os testemunhos são muito bern-vin-dos .

A peroração é a conclusão dos discursos. Nãode qualquer discurso, mas dos discursos que são ver­dadeiras peças de oratória. A pregação, do ponto devista da comunicação verbal, deve ser uma bela peçade oratória.

Como a pregação dura entre dez e quinze minu­tos, não deve conter muitas )déias, principalmente emse tratando de novidades . E preferível uma ou duasidéias bem compreendidas, acolhidas de boa vontade,para serem praticadas, a uma porção de idéias confu­sas . Muitas idéias, ainda que a argumentação seja per­feita, corre o risco de não serem bem entendidas pelosouvintes, quando o tempo da pregação é pequeno."Quando um homem ouve a palavra do Reino e não aentende, o Maligno vem e arranca o que foi semeadono seu coração" (Mt 13,19).

O roteiro tem a função de melhorar a comuni­cação. Isso significa que ele dá ao pregador mais faci­lidade para pregar, além de brindar os ouvintes com

idéias mais claras.

Para conhecer melhor e dominar as técnicas deroteirizarão sugerimos participar do curso deroteirizarão oferecido pela Secretaria Pedro Nacional.Informamos ainda, que no próximo BRC publicaremosum modelo básico de roteiros para pregação no GO.

Deus o abençoe!

Dercides Pires da Silva

Secretário Nacional Pedro

QUElVI PODE PREGAR NO G.O.?

o pregador do GO é aquele que em pri­meiro lugar conhece e é íntimo de Jesus, umavez que é o Seu porta-voz e que O reflete quan­do O anuncia.

É uma pessoa batizada no Espírito Santo, quese deixa conduzir por Ele e que abre o coração paratodos os don s que são muito necessários para que apregação seja eficaz. É uma pessoa de oração, de fé e

. que tem a experi ência de salvação pessoal, que teste­munhe plenamente aquilo que anuncia, que tenha zelopelo evangelho e que seja fiel e ame a igreja, sendoobediente a ela , enquanto Instituição Sagrada.

O pregador do GO é aquele que transmite o fer­vor e amor de Deus pelo povo, pregando com o poderdo ES. Anseia sempre buscar a formação colocando­se numa atitude humilde de que há muito ainda a apren­der e conhecer.

É o Espírito Santo quem nos autoriza e capacitaa servir, contudo é bom e desejável que sempre bus­quemos formação de qualidade e saudável para cres­cermos e servir melhor. No caso da pregação, os pre­gadores devem procurar orientação da Secretaria Pedro,cursos, livros, fitas K-7 e observar bons modelos depregadores.

Finalmente é imprescindível que o pregador doGO participe como membro efetivo de um GO da Re­novação Carismática Católica.

Kátia Roldi Zavaris.Coordenadora RCC-ES e

membro do núcleo editorial do BRCFavor enviar a sua pergunta para o e-mail:[email protected] ou carta para o Escritó­rio Nacional da RCC end. Rua Santa Clara, 56,Centro, Sorocaba-SPCEP 18030-420

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PARA REFLETIR E REAGIR...

Como se preparar para pregar no G.O.

Quando me preparo para pregar num Grupo deoração ou falo sobre isso , sempre sou levado a imagi­nar que para alguém que irá me ouvir talvez possa sera sua única ou última oportunidade de se encontrarcom Deus. Que responsabilidade, hein?!

Pregar no GO não é apenas uma oportunidadepara o pregador, mas é uma importante açãoevangelizadora que deve ser tratada com grande res­peito. O Espírito Santo age e vem em nosso auxílio,claro, mas como quando vamos regar um jardim, pormais que a água que sai da torneira possa ser pura ecristalina, se a mangueira estiver entupida ou rachada,o resultado pode ser um pouco desastroso. Por issocreio que o pregador deva cumprir pelo menos quatropassos quando for pregar num GO:

1° passo - Abrir-se à revelação de Deus: a partir dotema fornecido pelo Núcleo, o pregador deve colocar­se à escuta de Deus. Por mais que já tenha pregado otema mil vezes, o Senhor tem sempre algo novo paranos oferecer. O Ideal é que o pregador se disponha arefazer todo O roteiro e a meditar novamente na passa­gem bíblica escolhida. (Lembrando que numa prega­ção de GO, mais ou menos 15 minutos, não se temcomo utilizar extensos trechos bíblicos, nem fazermuitas citações: geralmente bastam alguns versículos)

2° passo - Estar imbuído e concentrado no tema:O tema escolhido é algo muito sério, principalmente sefoi dado por Deus ao núcleo em oração . É comumouvirmos que o ES mudou tudo na ora; isso só se ve­rifica se confirmado por todos, em especial o Núcleoque discerniu o tema. Se a mudança está somente nocoração do pregador e não da comunidade, é bom re­fletir um pouco mais, mesmo porque o Espírito nãofica mudando temas de seminários nem cursos de for­mação, porque mudaria os do GO. Contudo, insisto.queo Núcleo faça sempre um prévio discernimento em ora­ção. Enfim que o pregador permita que o seu coração emente mergulhem no tema, definindo bem a estruturabásica da pregação: introdução - desenvolvimento ­conclusão, ou seja, que tenha claro como começar,pelo menos um argumento para desenvolver e comoirá terminar.

3°passo - Desejar ver a ação de Deus: Desde omomento em que for convidado para pregar, o prega-

dor deverá desejar ver os sinai s confirmando a ação deDeus, conforme Me 16, 15-18. A pregação no GO éum momento profundamente "carismático"; por issotodo pregador deve desejar e pedir a Deus que interfiracurando, libertando, batizando no ES , etc . (cf At 10,44-46) e, com alegria e resignação, se dispor para queDeus o use com os dons como os de cura, ciência,sabedoria, fé, milagres ... (I Cor 12, 4 -10.31)

4°passo - Amar: O pregador deve amar incondicio­nalmente os ouvintes. É pelo amor que a graça é derra­mada. Jejue, estude, ore, prepare-se com todo afinco,mas tudo faça por amor. E o amor que faz a diferençana pregação; pregue como quem acolhe e não comoquem condena; pregue como quem anuncia a boa novada salvação e não como quem teme a condenação e oinferno mais que a Deus. Faça do amor a sua motiva­ção e objetivo na pregação. Deseje que as pessoas aoouvirem a pregação, mais do que encantados com suasabedoria, eloqüência e unção, sintam-se profundamenteamadas por Deus. Segundo o Apóstolo João, quemodeia seu irmão é assassino (cf 110 3,15); nós prega­mos para que o irmão tenha vida e vida nova, renovadaem Jesus. Aleluia!

Com esses primeiros quatro passos penso quepodemos fazer uma grande e bonita caminhada. E queDeus abençoe a todos pregadores.

Francisco JúniorCoordenador RCC-GO e

Membro do Núcleo editoriaJ do BRC

Pregação no G.O., Como se preparar!

Já é sabido que, um dos momentos mais importantesde uma reunião de oração é a pregação}!' Quantos,quando foram ao G.O ., ouviram uma palavra do pre­gador que transpassou a alma como uma espada! SãoPaulo diz aos Romanos: "Logo, afé provém da prega­ç ão e a pregação se exerce em razão da palavra deCristo. " (Rm IO,J7).

O Próprio Jesus, dias antes de fazer o Sermãoda montanha (Mt 5,6 e 7) passou quarenta dias no de­serto, emjejum e oração, preparando-se para sua grandemissão (Mt 4 ,1- I I). Então começamos a ver que umaboa preparação para a pregação começa pelo jejum epela oração. Mas não somente aquela que fazemos nodia da pregação, quase desesperadamente, e, na maio­ria das vezes dizendo: Jesus, Socorre-me!

A oração que estamos dizendo é sim uma "vida

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de oração". Devemos estar sempre prontos para qual­quer chamado do Senhor. E isso quer dizer que, inde­pendente, se tenho ou não alguma pregação, reservoparte do dia para, como Maria. irmã de Marta, estaraos pés do Senhor (Lc 10,38-42).

A partir do momento que tenho uma vida dejejum e oração, quando me chamam para uma prega­ção começo a me preparar. Os passos que vou dar. sãosugestões para aqueles que desejam pregar com o po­der do Espírito Santo. Não são as únicas , nem sãoregras rígidas que devem ser cumpridas à risca . Cadaum, com o passar do tempo, terá sua maneira própriade se preparar. O que apresento são apenas sugestões'

I) A partir do dia que você foi chamado parapregar, comece, nas suas orações ou no dia a dia, aperceber a que o Senhor está te movendo. Anote tudo!Mesmo que a princípio não esteja muito claro, não dei­xe de perceber a moção do Espírito. Caso você nãotenha muito conhecimento do tema proposto, procureestudar. Lembre-se que a pregação do 0.0. não deveser muito profunda. Não dá tempo disso. Deixe os en­sinos mais profundos para cursos de formação.

2) Na véspera da pregação, separe um momen­to do dia para organizar as palavras que o Senhor tedeu! Monte um roteiro da pregação, ore mais e peçaque o Senhor te dê discernimento para melhor organi­zar a pregação.

3) Continue orando e, momentos antes da pre­gação, intensifique a oração, principalmente em línguas,o que te dará uma maior liberdade no Espírito. Nãotenha medo de que o Senhor mude os planos. Se vocêestiver em oração, saberá qual o desejo de Jesus paraaquela pregação. Mas cuidado!! I Deve ser no Espíri­to!!! Muitos falam que o Senhor quer um tema dife­rente daquele que o Núcleo escolheu , mas na realidadenão se prepararam, e querem pregar o tema que já es­tão acostumados. Qualquer alteração. peça sempre aonúcleo que confirmei!'

4) Peça unção do Espírito Santo, e revestimentopara você e sua família

Para encenar, algumas sugestões para o prega­dor. Não chegue no 0.0. somente no momento da pre­gação. Nem o núcleo aceite alguém que vá para so­mente para pregar. O pregador é convidado para parti­cipar de toda reunião, e é bom que assim aconteça,porque ele poderá sentir como o Espírito está condu­zindo a reunião. Então ele chegará no começo, partici­pará da animação, orará como todos, e depois de pre­gar, ficará até o final da reunião!

A partir destas observações, que ele se lancetotalmente no Senhor!!! Experimente todos osmilagres de uma pregação ungida; mas isso é assuntopara um próximo momento!'!

Deus nos dê coragem'

Ziad Joseph EsperSecretário Ágape-GO

Membro do Núcleo Editorial do BRC

Como me preparo para pregar noGrupo de Oração

Não quero aqui dar uma norma, pois sei que o EspíritoSanto age de diversas formas, quando quer e comoquer. Mas a minha experiência quando sou convidadopara pregar é:

'Ouvir Deus - Saber o que Deus quer falar(Dt 6,4); eu não posso falar por mim, ou de mim mes­mo (2Cor 10,18) . O Grupo de Oração é local de prega­ção kerigmática e não catequética, é local de Batismono Espírito e não de formação. O dom da escuta é omaior dom que podemos ter para falar de Deus.

·Jejum - Jejuar faz bem para o corpo e tambémpara a alma, é uma arma importantíssima para vencer­mos as fraquezas da carne, os obstáculos do dia-a-dia,até mesmo as tentações de satanás.

'Oração (pessoal e comunitária) - Ela é o cami­nho de aproximação com Deus (FI 4,2). Se quero falarde Deus, preciso estar próximo e ser íntimo Dele . Aoração é a santidade de amar (Lc 6,28); eu precisoamar a Deus e aos irmãos, O Senhor me envia a falar,devo orar até ficar bem claro em mim a vontade deDeus, ou seja, rezar até a graça acontecer, até o fim dapregação.

Este caminho tem me levado a experimentar abondade de Deus em minha vida, e ao mesmo tempoposso vê-Ia se realizando na vida das pessoas que fre­qüentam o G.O., com milagres e prodígios extraordi­nários (2Tm 4.1-5).

Na pregação do G. O., não podemos fugir denossa dinâmica carismática; a palavra ganha vida quan­do agimos assim; é a palavra ouvida que leva as pesso­as a acreditarem e terem um encontro com Jesus vivo.

Não se esqueça. meu irrnãoi ã): a pregação é ocaminho do encontro com Jesus, o Caminho, a Verda­de e a Vida.

Que Deus nos abençoe e, boa pregação!

Ironi SpuldaroCoordenador RCC-PR