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O REALISMO REALISMO NA ARTE (Europa – 1850-1900) Contexto social e político Desenvolveu-se juntamente com a industrialização. Os novos conhecimentos científicos levaram o homem a uma realidade social e política menos idealizada e mais verdadeira. Os templos e palácios foram deixados em segundo plano e iniciaram-se as grandes construções sociais: fábricas, escolas, lojas, hospitais, etc.

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O REALISMOREALISMO NA ARTE(Europa – 1850-1900)

Contexto social e político

• Desenvolveu-se juntamente com a industrialização. Os novos conhecimentos científicos levaram o homem a uma realidade social e política menos idealizada e mais verdadeira.

• Os templos e palácios foram deixados em segundo plano e iniciaram-se as grandes construções sociais: fábricas, escolas,

lojas, hospitais, etc.

Características

• Ideias políticas e sociais.• Objetividade nas manifestações artísticas condenando-se

igualmente a idealização padronizada do Néo-classicismo e a livre interpretação pessoal do Romantismo (escapismo).

• Identificação e reprodução das particularidades que diferenciam os fatos, as coisas e as pessoas representadas.

• Pintura – também política e social, revelava aspectos da realidade (foto jornalismo). Inspirou o Impressionismo. Destaques para Millet, Manet, Degas e Courbet.

• Escultura – o nome principal é do francês Rodin (1840 – 1917). Escultor, excelente retratista modelador, continua a ser uma das figuras mais discutidas da arte europeia. Foi considerado o iniciador da escultura moderna.

Em síntese

• Domina o cenário artístico na 2ª metade do século XX, em contraposição ao Neoclássico (anacronismo) e Romantismo (escapismo).

• Realismo – sempre fez parte da arte ocidental – Renascença: superação de todas as limitações técnicas e representaram a natureza com acuidade fotográfica.

Os Artistas e os Temas

• Antes do realismo – idealização dos temas, tornando-os sensacionais.

• No “novo” Realismo – insistência na imitação precisa das percepções visuais sem alteração.

• Temas – limitavam-se a fatos do mundo moderno à medida que os experimentavam pessoalmente (somente o que podiam ver ou tocar era considerado real) – CAMPONESES e a CLASSE TRABALHADORA.

• Deuses, deusas e herois da antiguidade estavam fora das representações.

Realismo francês

• Gustave COURBET (1819-77)

- Limitava-se a temas próximos ao lar, pintura sobre gente comum.

- Defendia a classe trabalhadora.

Detalhe do autorretrato

Figuras monótonas ocupadas em tarefas cotidianas.

Mulheres peneirando trigo

Com Courbet a arte sensual e o erotismo na arte atinge o auge (ainda que estas pinturas não fossem publicamente expostas, eram feitas apenas por

encomenda)

Realismo francês• Jean Baptiste-Camille

CORROT (1796-1875)

- Trouxe um estilo natural, objetivo, à pintura de paisagens, captando a qualidade do lugar num determinado momento.

- Limitou sua paleta a tons de pérola, prata e verde-oliva, utilizando pinceladas suaves.

- Últimos anos de vida - paisagens quase monocromáticas – Comentário: “Corot pintou três mil quadros, dos quais seis mil estão na América”.

Corrot

c. 1841 – Retrato de Amand Ono

• Jean-François Millet (4 de Outubro de 1814 na vila de Gruchy em La Hague na Normandia, filho de camponeses, e morreu a 20 de Janeiro de 1875.• Foi um pintor realista e um dos fundadores da Escola de Barbizon na França rural.• Mudou-se para Paris em 1838. Apesar de ter recebido uma formação acadêmica da parte de Paul Delaroche e Jérome Langlois, após 1840 decide abandonar o Academismo e fica sob a influência de Daumier. • Em 1849 abdica definitivamente de Barbizon para se dedicar por inteiro às suas representações de trabalhadores rurais das mais diversas áreas• Millet foi contemporâneo de Van Gogh (1853 – 1890) com uma considerável diferença de idade. Este considerava-o como um pai, no sentido de orientador como artista, como guia do seu próprio pensamento, assim como um ídolo. Um ano antes de morrer e tendo Millet já falecido mais de uma década antes, Van Gogh comentou que a sua compulsão em fazer releituras de Millet se devia a considerá-lo como um lider espiritual. O fato é que são frequentes as releituras.• Millet era um homem de campo e retratou as cenas do campo, o trabalho rural no seu aspecto mais duro e sacrificante.• Foi tido como um agitador revolucionário, mas, na verdade, apenas retratava a verdadeira vida no campo.

• Jean-François Millet (4 de Outubro de 1814 na vila de Gruchy em La Hague na Normandia, filho de camponeses, e morreu a 20 de Janeiro de 1875.• Foi um pintor realista e um dos fundadores da Escola de Barbizon na França rural.• Mudou-se para Paris em 1838. Apesar de ter recebido uma formação acadêmica da parte de Paul Delaroche e Jérome Langlois, após 1840 decide abandonar o Academismo e fica sob a influência de Daumier. • Em 1849 abdica definitivamente de Barbizon para se dedicar por inteiro às suas representações de trabalhadores rurais das mais diversas áreas• Millet foi contemporâneo de Van Gogh (1853 – 1890) com uma considerável diferença de idade. Este considerava-o como um pai, no sentido de orientador como artista, como guia do seu próprio pensamento, assim como um ídolo. Um ano antes de morrer e tendo Millet já falecido mais de uma década antes, Van Gogh comentou que a sua compulsão em fazer releituras de Millet se devia a considerá-lo como um lider espiritual. O fato é que são frequentes as releituras.• Millet era um homem de campo e retratou as cenas do campo, o trabalho rural no seu aspecto mais duro e sacrificante.• Foi tido como um agitador revolucionário, mas, na verdade, apenas retratava a verdadeira vida no campo.

1851 – A Caminho do Trabalho

C 1855 – Mulher a Lavar Roupa

• Millet, conservador por natureza, não colocava na sua arte qualquer intenção de reforma política: antes a colocava ao serviço da constante reiteração das obscuras emoções despertadas pelo eterno ciclo das sementeiras e das colheitas daqueles camponeses que viviam da terra onde repousavam os corpos dos seus antepassados.

• O quadro mais famoso de Millet e o que melhor exprime a sua arte realista – o Angelus – é uma recordação direta da atitude devota de sua avó, à tardinha, ao toque das ave-marias, embora contenha igualmente muito de indireto e artístico. Através dele, Millet aproxima-se, por exemplo, daquele simbolismo vulgar na pintura do século XIX, cuja expressividade pretendia captar tudo aquilo que menos facilmente englobamos na nossa visão do mundo.• Tudo quanto nos pode parecer convencional ou oleográfico no seu famoso Angelus ou no humilde esforço das Respigadoras,sob o sol, obra que eleva cenas de um impiedoso sofrimento a um heroísmo quase épico, transformando a vida dos camponeses em atos de nobreza e coragem num flagrante realismo, é compensado por outros quadros, além de outras paisagens primaveris de grande e grave força colorística e vasta estruturação; ou em compacta síntese compositiva, como em A Mulher a Lavar Roupa.

• Millet, conservador por natureza, não colocava na sua arte qualquer intenção de reforma política: antes a colocava ao serviço da constante reiteração das obscuras emoções despertadas pelo eterno ciclo das sementeiras e das colheitas daqueles camponeses que viviam da terra onde repousavam os corpos dos seus antepassados.

• O quadro mais famoso de Millet e o que melhor exprime a sua arte realista – o Angelus – é uma recordação direta da atitude devota de sua avó, à tardinha, ao toque das ave-marias, embora contenha igualmente muito de indireto e artístico. Através dele, Millet aproxima-se, por exemplo, daquele simbolismo vulgar na pintura do século XIX, cuja expressividade pretendia captar tudo aquilo que menos facilmente englobamos na nossa visão do mundo.• Tudo quanto nos pode parecer convencional ou oleográfico no seu famoso Angelus ou no humilde esforço das Respigadoras,sob o sol, obra que eleva cenas de um impiedoso sofrimento a um heroísmo quase épico, transformando a vida dos camponeses em atos de nobreza e coragem num flagrante realismo, é compensado por outros quadros, além de outras paisagens primaveris de grande e grave força colorística e vasta estruturação; ou em compacta síntese compositiva, como em A Mulher a Lavar Roupa.

O Angelus

1856-57 – Mulher provavelmente com um ancinho

Pastora com o seu Rebanho

Cercado de Ovelhas ao Luar, Musée d’Orsay, Paris

1857 – As Respigadoras, Musée National du Louvre, Paris

O Lar da Família Millet em Grouchy

A Leiteira Norman de Gréville

Primavera

1871 – A Rajada de Vento

1871 – 1874 – A Igreja de Gréville

1871 – 74 – O Ramo de Margaridas, Musée d’Orsay, Paris

O Cavalo

A Lição de Tricot

Camille Claudel

A onda

Irmão de Cammile aos 13 anos

A valsa

Auguste Rodin

A Era do Bronze (bronze)O Beijo

O Pensador

“A Porta do Inferno”Um dos maiores trabalhos (em tamanho e importância) da carreira de Rodin

Danaíde

RealismoA moda no Período Vitoriano

• Em meados do século XIX, a moda começou a se sofisticar.

• As roupas “simples” para valorizar a Revolução Francesa acaba...surgem os vestidos extramamente armados (Scarlett O'Hara no filme “E o Vento Levou").

• Esse exagero dura poucos anos, apesar de lindo, mas pouco prático.

Final do século XIX – a moda estava ainda mais "simplificada". A armação fica apenas na parte da "traseira", são as "ancas" que ficam um bom tempo em moda...quanto maior sua "anca" maior a sua classe! O silicone cumpre esta função hoje em dia.