18.06.15
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Jornal do CommercioTRANSCRIPT
-
Dilmamuda as regras
para a aposentadoria
q cidades
UDIO
QUINTA-FEIRA
TEXTO
Ficou feio para Brasil
na Copa Amrica
Motorista de nibus do qual
o universitrio Harlynton dos
Santos caiu, Jos Cndido da
Silva disse que teria parado se
tivesse visto o rapaz pendurado
e que est traumatizado. No
enterro do jovem, pai avisou
que considera episdio um
homicdio e que vai acionar a
empresa do coletivo, o Estado e
o Grande Recife Consrcio de
Transporte. k cidades 4............
Tiro no corao
VDEO
Noticirio internacional e
nacional est publicado hoje
dentro do caderno de
Economia
Centro Social Urbano do
Engenho do Meio se
encontra abandonado, Jos
Rosal. k pgina 7
Aps derrota por 1x0 para a
Colmbia no Grupo C, seleo se
envolve em confuso com rivais
e Neymar expulso. Domingo,
time decide classificao contra
a Venezuela. k esportes 1.........
Com anncio de que a Sony
deve produzir console no Pas,
preo pode cair de R$ 3.999
para R$ 2.000. k economia 3
Comisso da Cmara aprova
queda de 18 para 16 anos para
crimes hediondos. Texto vai ao
Plenrio. k capa dois
exemplardoassinante
GugaMatos/JCImagem
HeulerAndrey/EstadoContedo
Extras no jc.com.br e no
jconline.com.br/digital
IMAGEM
Presidente veta sistema aprovado no Congresso, mas usa projeto como base para nova proposta.Medida provisria a ser
publicada hoje prev aumento progressivo da combinao entre idade e tempo de servio para se aposentar. k economia 6
Eu
no
vi
EmEscada, dor de Severina Lopes de Oliveira contagiou a cidade. Chorava a
morte do filhoMarcelo Laureano. Ao volante de uma caminhonete, o jovem
de 16 anos tentou fugir de uma abordagem policial. Foi atingido na cabea
por umdisparo de fuzil e no resistiu. Omilitar foi afastado. k 1 e 2............
Aos leitores Voz do leitor
BobbyFabisak/JCImagem
PlayStation
mais barato
para o Brasil
Reduo da
maioridade
avanamais
AndrNery/JCImagem
TV JORNAL
Emissora do
SJCC est em
festa pelos 55
anos de
transmisso
para todos os
pernambuca-
nos.
k caderno C 4
k Recife, 18 de junho de 2015 www.jconline.com.br -ano 97 - nmero 169 - R$ 2,00
-
Noticirio nacionalAgncia Estado (AE), Agncia Globo(AG), FolhapressNoticirio internacionalAgncia France Presse (AFP)Central de atendimento ao leitorGrande Recife: 3413.6100Interior e outros Estados:0800-081-5100Horrios6h30 s 18h30 - 2 a 6 feira6h30 s 11h30 - Sbados, domingose feriadose-mail: [email protected]
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DiretoraAdministrativo-FinanceiraLuciane SallasDiretora ComercialRoseane GonalvesDiretor IndustrialSatyro Gil
DIRETORIA OPERACIONAL
DIRETORIA
Cmara dos Deputadosdever votar antes dorecesso de julho a PECque probe Unio detransferir encargos aosestados e municpios sema previso de repassesnecessrios ao seu custeio.
U m assalto ocorridoentre as estaes Im-biribeira e Largo daPaz, na Linha Sul do Metrdo Recife, deixou usuriosem pnico na tarde de on-tem. Segundo testemunhas,um homem e um adolescen-te abordaram os passageirose exigiram que eles entregas-sem seus pertences.Este o terceiro assalto
ocorrido no sistema em me-nos de dez dias. Na manhdo ltimo dia 9, pelo menostrs homens levaram celula-res, dinheiro e outros objetosde passageiros entre as esta-es Floriano e Cavaleiro, naLinha Centro. Na tarde domesmo dia, assaltantes pro-moveram um arrasto den-tro de um vago na LinhaSul.A falta de segurana nas es-
taes e composies do me-tr j foimotivo de uma para-lisao de trs dias dos me-trovirios de Pernambuco,
ocorrida no ano passado. Naocasio, a Companhia Brasi-leira de Trens Urbanos (CB-TU) se comprometeu a elabo-rar, em parceria com o sindi-cato da categoria, um plano
de segurana para o sistema.Em 2014 a CBTU afirmou
que elaboraria um plano desegurana local e nacional pa-ra o metr. Em cerca de 60dias o sindicato desenvolveu
uma sugesto de plano e o en-tregou empresa, que disseque at o final de janeiro fe-charia o documento final,mas, at omomento, nada es-t definido, explicou DiogoMoraes, presidente do Sindi-cato dosMetrovirios de Per-nambuco (Sindmetro-PE).Ainda segundo Moraes, o
fim da Polcia Ferroviria Fe-deral piorou o quadro de se-gurana no sistema. Quan-do a Polcia Ferroviria exis-tia, ns tnhamos problemas,mas eles estavam relaciona-dos falta de contingente,no atuao dos policiais. APolcia Federal retirou os po-liciais ferrovirios e hoje nod nenhum suporte CB-TU, disse.Procurada pela reporta-
gem para se posicionar sobrea falta de segurana no me-tr e denncias feitas peloSindmetro-PE, a assessoriade imprensa do Metrorecno atendeu s chamadas.
kPassageiros em trnsito
Gestomunicipal
kMulheres empreendedoras
Pernas para o ar
MERCADONACIONALEngenho de Mdia Recife(81) 3126.8181So Paulo (11) 3854.9030Braslia (61) 3328.5683Rio de Janeiro (21) 2213.0904www.engenhodemidia.com.br
VENDA AVULSA
PE..........Outros Estados
Dias teis ..........R$ 2,00 ....R$ 5,00Domingos R$ 3,00 R$ 6,00ExemplaresAtrasados R$ 6,00 R$ 6,00
Os exemplares do Jornal do Commercio de venda avulsa no socomercializados diretamente ao pblico.Neste caso, a venda feita por bancas de terceiros devidamenteautorizados pelas prefeituras, agentes autnomos e representantescomerciais credenciados (pessoas jurdicas), que adquirem o jornalpara revenda ao pblico. As assinaturas, com entrega domiciliar, sovendidas por representantes autnomos, empresas prestadoras deservio e funcionrios da Editora Jornal do Commercio.
Oficialmente, no est na pauta do 103 Encontro doColgio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justia,que ocorre de hoje a sbado, no Cabo de Santo Agostinho, apolmica sobre o corte do oramento do Judicirio impostopelo Executivo. Mas o assunto, sem dvidas, perpassar osdebates que resultaro na Carta de Pernambuco. Aautonomia financeira do Judicirio continua na ordem do diano TJPE pois persiste a insatisfao com o corte dooramento de 2015, que vem exigindo do presidente,desembargador Frederico Neves, medidas de austeridadepara permitir o equilbrio das contas. O Governo do Estado,no incio do ano, negou a reduo de verbas e que disse queapenas no concedeu o aumento do oramento. Noconvenceu: desembargadores defendem que o oramentodo Estado no pode ser monoplio apenas do Executivo. Ogovernador Paulo Cmara, politicamente, oferecer o jantarde boas vindas aos 27 presidentes de TJs logo mais noite.
Relatrio de aes na Sade
IMPOSTOSCarga tributria (de produtos eservios aos consumidores)aproximada: 3,65%
Editores de Arte e Infografia:Bruno Falcone Stamford [email protected] Martins [email protected] Tenrio [email protected] conosco: (81) 3413.6482
A infraestrutura pode at no ser o item decisivo paraatrair o Hub da LaTam para o Aeroporto dos Guararapes(foto). O Recife ganha disparado de outras capitaisnordestinas no critrio das representaes diplomticas.Tem todas, inclusive o Consulado dos EUA, diz leitora atentada coluna. O Hub far conexes entre grande parte daAmrica do Sul, do Norte, Europa, frica e o Oriente Mdio.
Para ir se agendando:no dia 23 o expedientedas reparties pblicasdo Estado ser at o meiodia. O governador PauloCmara determinou que aquarta-feira, Dia de SoJoo, ser feriado.
As moradoras do bairrode Stio dos Pintosrecebero a secretria daMulher do Recife,Elizabeth Gondim, hoje,para debater as polticas eaes para as mulheres dacidade do Recife.
capa dois
ASSINATURASGrande Recife .................Interior s/classificados
Diria anual R$ 782,00 .........................................R$ 750,00
Diria semestral R$ 391,00 ..........................................R$ 375,00
Fins de semana anual R$ 260,00 .........................................R$ 249,00
Editor-assistente de abertura:Diana Moura [email protected] de fechamento:Rafael Carvalheira [email protected] conosco: (81) 3413.6408
kExpediente
HeliaSche
ppa/AcervoJC
Imag
em
A alterao das regras deexplorao do pr-sal serdebatida no Senado dia 30.A proposta do senador JosSerra (PSDB-SP) acaba coma participao obrigatriada Petrobras no modelo deexplorao de partilha.
Divulgao
Comisso reduzmaioridade penalAgncia Estado
B RASLIA Em sessofechada, deputadosaprovaram ontem a re-duo da maioridade penal de18 para 16 anos para alguns ti-pos de crime. Apesar de uma s-rie de manobras de parlamenta-res contrrios ao texto para obs-truir a votao, com21 votos a fa-vor e seis contra, a comisso es-pecial criada para discutir o te-ma decidiu que sero punidoscomo adultos os maiores de 16anos que cometerem crimes he-diondos (como latrocnio e estu-pro), homicdio doloso (com in-teno de matar), leso corporalgrave, leso corporal seguida demorte e roubo qualificado.Os nicos contrrios ao texto
da reduo foram rika Kokay(PT-DF), Margarida Salomo(PT-MG),Maria doRosrio (PT-
RS), Arnaldo Jordy (PPS-PA),Tadeu Alencar (PSB-PE) e We-verton Rocha (PDT-MA).Onovo relatrio foi apresenta-
do pelo deputado Laerte Bessa
(PR-DF), que decidiu acolherpropostas acordadas entrePMDB, PSDB e outros partidos,flexibilizando o parecer originalque havia apresentado na sema-
na passada. O acordo foi costura-do pelo presidente da Casa,EduardoCunha (PMDB-RJ), pa-ra garantir a aprovao na co-misso. No texto anterior, a re-duo da maioridade valia paraqualquer crime.O texto aprovado dispensa a
obrigao de se consultar o Mi-nistrio Pblico. Os maiores de16 anos e menores de 18 anoscumpriro a pena em estabeleci-mento separado dos maiores de18 anos e dos menores de 16, eque Unio e Estados tero quecriar os estabelecimentos para ocumprimento das penas.Como se trata de uma Propos-
ta de Emenda Constituio, otexto precisa ser votado em doisturnos no plenrio da Cmara edepois no Senado. A primeira vo-tao est prevista para o dia 30de junho. Na Cmara, precisoummnimo de 308 votos.
PresidenteJoo Carlos Paes Mendona
Vice-PresidenteJaime de Queiroz Lima Filho
DiretorEduardo Amorim de Lemos
Encontro do Judicirio
Pr-sal
Est em anlise na Alepe projeto de lei que estabelece8 de outubro como o Dia Estadual da MulherEmpreendedora. A autoria da deputada SimoneSantana, que escolheu a data em referncia ao dia daformatura da 1 turma de pernambucanas no programaNacional de Trabalho e Empreendedorismo da Mulher.
O secretrio de Sade, Iran Costa, disse que asdespesas do Governo de Pernambuco com serviospblicos de sade nos primeiros quatro meses de 2015chegaram a R$ 844 milhes, o que equivale a 14,36% dareceita lquida total do Estado.
reprter jc
COMIT DE CONTEDO DO SJCCIvanildo Sampaio (Coordenador)
Eduardo LemosBeatriz IvoLcia Pontes
por e-mail: [email protected]/[email protected]
jornal do commercio
ROTINA Foi o 3 assalto no Metrorec emmenos de dez dias
Fale conosco:
(81)3413.6174www.jc.com.br
Feminina
Condenados pormatar jovem gay
k
Gustavo
Lima/Cm
aradosDep
utad
os
CUNHA Principal fiador da reduo da maioridade penal
Assalto na Linha Sul do metr
www.jconline.com.br
04h51 - 2.4m11h11 - 0.2m17h15 - 2.2m23h24 - 0.4m
05h32 - 2.3m11h54 - 0.3m17h58 - 2.1m
Edmar
Melo/JCIm
agem
CMARA DOS DEPUTADOS Por 21 votos a 6, comisso especial criada para discutir otema aprovou a reduo da maioridade de 18 para 16 anos no caso de crimes hediondos
D epois de um julga-mento rpido, quedurou apenas setehoras e meia, dois homensacusados de matar um jovemhomossexual a pauladas, noRecife, foram condenados a18 anos de priso pelo Tribu-nal do Jri por homicdio tri-plamente qualificado moti-vo ftil, emprego de meiocruel e impossibilidade de de-
fesa da vtima. A defensorados rus, Alice Maria Quei-roz, anunciou que vai recor-rer da deciso.O julgamento de Augusto
Csar Rodrigues, 26 anos, eWindson Flvio de Melo, 25,ocorreu ontem, no FrumThomaz de Aquino, no Cen-tro do Recife. Segundo o in-qurito policial, em outubrode 2010 eles atacaram a paula-
das Jos Ricardo Pereira daSilva, 24 anos, em Jardim SoPaulo. O rapaz ainda foi socor-rido, mas no resistiu gravi-dade dos ferimentos.Na poca, a polcia definiu
o crime comoo primeiromoti-vado por homofobia no Esta-do,mas as investigaes apon-taram, posteriormente, que osrus mantinham relaciona-mento ntimo com a vtima e
queriam manter esse fato emsigilo. Essa teria sido a causado crime.Augusto Csar Rodrigues j
estava preso desde dezembrode 2010, no Complexo Prisio-nal do Curado. Em maro de2012, Windson Flvio de Me-lo tambm foi capturado e le-vado para o complexo. Depoisdo julgamento, voltaram paraomesmo presdio.
2 jornal do commercio Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira
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kOpapel de Romrio naAlepe
As contas de 1996 em aberto viraram arma poltica para o
ento governador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Mas em 2001
o deputado Romrio Dias (hoje PTB, ento PFL), que presidia
a Assembleia, decidiu coloc-las em votao. Romrio (foto)
peitou o Palcio, votou e aprovou as contas. Em 2007, como
gratido, o governador Eduardo fez dele conselheiro do TCE.
kComo a crise suja prefeitos
kNa verso eletrnica da coluna
Quando o Tribunal de Contas da Unio (TCU) sinalizou
ontem que pode rejeitar as contas da presidente Dilma
Rousseff (PT), ao dar 30 dias para o governo apresentar
contrarrazes, trouxe uma nova ligao entre as histrias
de Dilma e da famlia Arraes. Para abrir esse prazo, o TCU
invocou um caso emblemtico na poltica pernambucana,
o Escndalo dos Precatrios. O que marcou a biografia do
ento secretrio da Fazenda Eduardo Campos (PSB), mais
tarde governador e candidato a presidente contra Dilma
em 2014, quando faleceu no acidente que comoveu o Pas.
Em 1996, Eduardo era secretrio da Fazenda na gesto
Miguel Arraes. O governo estadual emitiu ttulos pblicos
para quitar dvidas vencidas, precatrios. No ano seguinte,
1997, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) marcou a data
para julgar as contas de Arraes. Como hoje ocorre no caso
de Dilma, surgiram especulaes de que o TCE rejeitaria as
contas. Arraes questionou e foi Justia. Como podia
haver julgamento sem ele sequer ter se defendido?
O Tribunal de Justia de Pernambuco (TJPE) concordou
e o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal
(STF), ratificou: o TCE no poderia julgar as contas sem
antes ouvir Arraes. Alm do mais, como no caso de Dilma,
a palavra final caberia ao Legislativo, que em Pernambuco
ficou sem votar contas de governadores at 2001, quando
a Alepe afinal aprovou as contas de 1996.
Por tudo isso, foi at descuido do TCU marcar a votao
e s ento invocar essa jurisprudncia. No final, o acaso
promoveu mais esse encontro da histria da presidente
com da famosa famlia da poltica. E j h outro agendado.
Ana Arraes, filha de Arraes e me de Eduardo, ministra
do TCU. E participa do julgamento das contas de Dilma.
Governo lana seu
mapa estratgico
Dilma, TCUea famliaArraes
Assim com as
paralisaes
no TJPE...
No mesmo encontro no Senado, o presidente da Cmara,
Eduardo Cunha (PMDB), voltou a falar na PEC 172, do deputado
federal Mendona Filho (DEM), que probe a Unio de criar
encargos para Estados e municpios sem indicar a fonte do
dinheiro. A previso vot-la antes do recesso. No jc.com.br
MicheleSouza/AcervoJCImagem
poltica
Editores:
Bianca Negromonte [email protected]
GilvanOliveira [email protected]
Fale conosco: (81) 3413-6182
Twitter:@jc_politica
pinga-fogo
Giovanni Sandes
twitter:@pingafogojc
telefone: (81) 3413.6531
O presidente da
Amupe, Jos Patriota,
voltou a buscar do
equilbrio regional, na
reunio sobre o pacto
federativo no Senado.
Em So Paulo, disse, o
FPM representa 25%
da receita. A mdia
de 90% no Nordeste.
Ele disse ainda que
70% dos prefeitos do
Estado tm ficha suja
por romper a LRF nos
gastos com pessoal.
Franco Benites
S
er amanh, s 9h, no
Teatro Guararapes, no
Centro de Convenes,
o lanamento do mapa da es-
tratgia de gesto do governo
Paulo Cmara (PSB). O docu-
mento reunir os objetivos e
metas prioritrias da adminis-
trao, que sero apresenta-
dos pelo governador e pelo se-
cretrio de Planejamento e
Gesto, Danilo Cabral.
O mapa da estratgia foi
construdo em cima do pro-
grama de governo e das de-
mandas apresentadas pela po-
pulao durante os semin-
rios do Todos por Pernambu-
co. Demaro a abril, o projeto
colheu cerca de 16 mil suges-
tes nas mais diversas reas.
Com o lanamento do ma-
pa da estratgia, Paulo repete
os passos de Eduardo Cam-
pos. O contexto econmico
atual, no entanto, d uma di-
menso ainda maior ao docu-
mento uma vez que, com me-
nos dinheiro em caixa, o go-
vernador ter que ser mais
certeiro ao definir as priorida-
des de sua gesto.
Para elaborar o mapa, o go-
vernador promoveu reunies
com todos os secretrios de
governo no intuito de definir
o oramento de cada pasta e
as principais demandas pelas
quais os auxiliares sero co-
brados nas reunies de moni-
toramento.
HOSPITAL
Ontem, Paulo falou sobre as
obras das emergncias adulto
e peditrica doHospital Belar-
mino Correia, em Goiana, na
Mata Norte. Ele esteve na ci-
dade em janeiro e prometeu a
concluso dos servios em 60
dias, o que no ocorreu. A
parte maior da obra, que era a
parte de emergncia e de ur-
gncia e de enfermaria, est
devidamente pronta e est
operando dentro das condi-
es do hospital, garantiu.
A reportagem do JC procu-
rou a Secretaria de Sade pa-
ra obter mais detalhes da re-
forma das emergncias e foi
informada de que as obras es-
tavam finalizadas, mas que o
governo estadual aguardava o
recebimento e instalao dos
equipamentos para inaugurar
os setores.
EdmarMelo/JCImagem
Mudana legal Poderia ser nulo
...quase passaram em branco,
pouca gente notou, mas a Justia
Federal est em greve aqui em
Pernambuco e mais 15 Estados.
PEC deMendona na pauta de Cunha
AndrNery/JCImagem
www.jconline.com.br
Outro efeito do caso de
Arraes foi mudar a prpria
lei orgnica do TCE, que
institucionalizou o que o
ex-governador precisou
buscar na Justia: a rotina
de escutar o Executivo
antes de julgar as contas.
Ante o histrico no TCE,
um conselheiro diz sobre o
julgamento de Dilma: Com o
relatrio tcnico pesado e
sem notificar a gesto para
apresentar defesa, o TCU viu
que era temerrio. Esse
julgamento poderia ser nulo.
k
REUNIES Paulo ouviu os secretrios para fechar mapa
GESTO Com base nos dados do Todos por Pernambuco, Paulo Cmara apresentar
amanh o mapa estratgico com as prioridades contempladas para sua administrao
Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira jornal do commercio
3
-
Isso coisa que
o Brasil no est
preparado para
discutir, disse
Cleiton Collins
Ayrton Maciel
P
or 31 votos contra 11, a
Assembleia Legislativa
aprovou, ontem, com
muita balbrdia e pouca clareza
de posies, a emendamodifica-
tiva n 04 avalizada pela ban-
cada evanglica que suprimiu
do Plano Estadual de Educao
(PEE) todas as referncias a g-
nero, diversidade e orientao
sexual, depois de aprovar por
unanimidade o projeto de lei n
269, do Poder Executivo, que de-
fine o programa de diretrizes e
metas para o setor educacional
nos prximos dez anos
(2015-2025).
Instantes antes, a emenda
de autoria do Pastor Cleiton Co-
llins (PP) tinha sido declarada
constitucional, no plenrio, por
seis votos a trs, pela Comisso
de Constituio, Legislao e
Justia (CCLJ), rejeitando o ar-
gumento de inconstitucionalida-
de apresentado pelos oposito-
res. A maioria aprovou que no
se tenha orientao sexual nas
escolas. Isso coisa que o Brasil
no est preparado para discu-
tir, saudou o resultado Cleiton
Collins, ressaltando que sua
emenda seguiu a deciso do
Congresso que tambm retirou
a temtica do Plano Nacional de
Educao.
Conduzida por Guilherme
Uchoa (PDT) presidente da
Casa e favorvel emenda , a
sesso plenria com 42 deputa-
dos exps contradies e
desinformaes de uns e reve-
lou convices que eram desco-
nhecidas em outros. Ante a inse-
gurana e incerteza, num plen-
rio tendente votao com base
no foro ntimo e no em ra-
zes pedaggicas ou polticas ,
os lderes do governo e da oposi-
o liberaram as bancadas para
votar conforme a conscincia de
cada um.
A emenda Collins retira da
meta 8 do Plano Estadual de
Educao as expresses discri-
minao, orientao sexual e
identidade de gnero, troca o
termo gnero por sexo e su-
prime os substantivos travestis
e transgneros dos censos para
saber a situao educacional de
jovens, adolescentes, crianas e
adultos em situao de
hospitalizao, sob medidas so-
cioeducativas, encarcerados e
nas ruas. Retira, ainda, os ter-
mos gnero, diversidade e orien-
tao sexual das polticas e pro-
gramas de formao dos profis-
sionais em educao.
Peo aos deputados que ou-
am o clamor das ruas, que vo-
tem com sua conscincia, ape-
lou o deputado presbtero Adal-
to Santos (PSB) sob aplausos da
maioria nas galerias que abriu
umbanner com a imagemde Je-
sus Cristo. O Estado laico,
respondeu a minoria, represen-
tandomovimentos sociais.
A emenda 04 foi uma substi-
tuio emenda 01, tambm de
Cleiton Collins, derrotada na
CCLJ com o voto deminerva da
presidente Raquel Lyra (PSB),
que chegou ao plenrio, ontem,
depois de concluda a votao.
Relator anterior, Tony Gel
(PMDB) votou tambm contra a
nova emenda. Novo relator, An-
tnioMoraes (PSDB), porm, re-
comendou a aprovao. So di-
ferentes. Votei contra a 01, voto
a favor na 04,mudou o voto Ro-
drigo Novaes (PSD).
O lder da oposio, Slvio
Costa Filho (PTB), votou a favor
da emenda 01 na CCLJ. Ontem,
alegando no estar seguro para
votar e haver radicalizao, pe-
diu a construo de uma emen-
da de consenso, foi derrotado e
acabou votando a favor de Co-
llins. A emenda despreza o di-
reito de informar das escolas,
protestou a deputada e professo-
ra Teresa Leito (PT).
Bancada evanglica vitoriosa
qMais na web
www.jconline.com.br
poltica
www.jconline.com.br
O protesto na Cmara do Recife
nowww.jconline.com.br/politica
RinaldoMarques/Alepe
PLENRIO Deputados pressionam o presidente Guilherme Uchoa durante a sesso de ontem
LEGISLATIVO Por 31 a 11, a Assembleia Legislativa aprovou a retirada de qualquer meno de gnero do Plano Estadual de Educao
Cmara: protesto
contra Geraldo
Mariana Mesquita
A proposta da gesto Geral-
do Julio (PSB) para o PlanoMu-
nicipal de Educao do Recife
est enfrentando oposio na
Cmara Municipal e, tambm,
por parte das entidades que in-
tegraramaConfernciaMunici-
pal de Educao (Comude), for-
mada no incio do ms. Ontem,
os professores afirmaram que o
documento enviado Cmara
uma fraude.
Geraldo Julio tirou um pro-
jeto diferente da gaveta (do
aprovado no Comude) e apre-
sentou Cmara, jogando as
discusses no lixo. O plano fere
estrategicamente todas as deci-
ses que foram tomadas em
conjunto, inclusive envolvendo
representantes da gesto pbli-
ca, disse a diretora de Comuni-
cao do Sindicato Municipal
dos Professores do Recife (Sim-
pere), Cludia Ribeiro.
Segundo o lder do governo
na Cmara, Gilberto Alves
(PTN), a prefeitura realizou
um processo democrtico, mas
nem tudo o que foi aprovado na
Comude foi aproveitado no pla-
no. O presidente da Cmara,
Vicente Andr Gomes (PSB),
adiantou que o projeto ser vo-
tado assim que receber o pare-
cer do presidente da Comisso
de Educao, provavelmente
at a prxima segunda (22).
Ontem, dois dias depois da
prefeitura ter encaminhado o
projeto de lei Cmara, o plen-
rio da Casa aprovou uma dis-
pensa regulamentar do prazo
ordinrio de tramitao para
que o plano possa ser votado an-
tes do dia 24, a fim de cumprir
o prazo estabelecido pelo gover-
no federal.
Membros do Simpere e de
outras entidades ligadas Edu-
cao ocuparam as galerias da
Cmara gritando palavras de or-
dem contra o prefeito e os ve-
readores de sua base. No plen-
rio, Andr Rgis (PSDB), presi-
dente da Comisso de Educa-
o, Isabella de Roldo (PDT),
Antnio Luiz Neto (PTB) e Ju-
randir Liberal (PT) pediram,
sem sucesso, o adiamento da vo-
tao do plano. A prefeitura
mandou a esta Casa um plano
que no tem objetivos claros,
atacou Rgis.
Aps o encerramento da ses-
so, os manifestantes se reuni-
ram com alguns vereadores de
oposio para discutir a possibi-
lidade de apresentarem emen-
das ao plano. Os vereadores fi-
caram de avaliar a proposta.
4
jornal do commercio Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira jornal do commercio
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Prefeitos em
Braslia por
pacto federativo
poltica
www.jconline.com.br
poltica
RoqueS/Divulgao
O Hospital Santa Joana
conquistou o Joint Commission
Internationals Gold Seal of Approval
TM
FRENTE Cunha e Renan (esq) receberam prefeitos de vrias cidades, entre eles Geraldo Julio
CONGRESSO Gestores queremmudanas
na diviso da arrecadao tributria, com
mais recursos para Estados e municpios
Da redao, com agncias
P
refeitos de vrios Esta-
do do Pas cobraram
ontem, no Congresso
Nacional, celeridade na vota-
o das alteraes no projeto
que altera o Pacto Federativo.
Os gestores entregaram car-
tas ao presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-
AL), e da Cmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), com 11
pontos que consideram impor-
tantes. Os presidentes no de-
ram um prazo para votao,
mas prometeram dar celerida-
de ao processo.
A proposta levada por Ge-
raldo Julio (PSB), prefeito do
Recife, foi a volta da distribui-
o de recursos como na po-
ca da promulgao da Consti-
tuio de 1988. De cada R$ 4
que a Unio arrecadava, R$ 3
eram compartilhados com os
Estados e com os municpios.
Hoje, de cada R$ 4, apenas
R$ 1,50 compartilhado. Sei
que isso no pode acontecer
de um dia para o outro, mas
de interesse do governo fede-
ral, dos Estados e dos munic-
pios. Propomos que o retorno
da participao dos recursos
seja feita de maneira gradati-
va em 12 anos, nos prximos
trs governos, defendeu.
Segundo o gestor, caso os
recursos fossem alterados ho-
je, a prefeitura teria capacida-
de de investir o dobro dos re-
cursos aplicados atualmente,
alm de destravar processos
simples. Do modo como est
hoje, trava as prefeituras. O
prefeito tem que vir a Braslia
para pedir para fazer uma cre-
che, um posto de sade, uma
praa. No so todos que con-
seguem chegar, completou.
DePernambuco, foram tam-
bm o prefeito de Afogados
da Ingazeira, Jos Patriota
(PSB), e de Olinda, Renildo
Calheiros (PCdoB). Patriota
reclamou que mais de 70%
dos prefeitos do Estado esta-
riam com a ficha suja por
no conseguirem cumprir a
Lei de Responsabilidade Fis-
cal. J Renildo destacou a es-
cassez de recursos para a Sa-
de.
O presidente da comisso
mista que analisa o pacto fede-
rativo, senadorWalter Pinhei-
ro (PT-BA), disse que o texto
estar pronto para ser levado
ao plenrio em 8 de setembro.
4
jornal do commercio Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira jornal do commercio
5
-
A incultura brasileira
rasgou a boca da
poesia e cegou os
olhos das artes
Deborah Brennand
Marcus Accioly
N
s estamos morrendo? Eu di-
ria que ns vamosmorrer. Po-
rm Joseph Brodsky diz: A
maior prova da existncia de Deus
que no sabemos quando vamos mor-
rer. Ento como disse Boileau na
Arte Potica nos apressamos lenta-
mente e sem perder a coragem. Ns,
os jovens de ontem, ou de anteontem,
ns, os da Gerao 60 ou 65, vivemos e
convivemos com a Gerao de 30 e a de
45. Delas, pelo menos dois nomes esto
plantados dentro de um balde de flores
que regamos todamanh: Carlos Drum-
mond de Andrade e Joo Cabral deMe-
lo Neto. Dos demais nomes (ou dos dez
mais nomes) colhemos e plantamos as
sementes. Os fantasmas dos nossos ve-
lhos mestres ainda povoam nossas soli-
des. Pois a ns, qual se no bastasse
uma ditadura militar de duas dcadas e
mais um ano, em vez da esperana, so-
brevm essa vergonha civil que tem as-
solado o Pas. Fomos condenados en-
tre represso e corrupo no ao siln-
cio, mas ao esquecimento. Antes, eu ha-
via escrito que a nossa gerao era um
sanduche mordido pelas duas pontas
(h, Jomar Muniz de Brito!) pelos mais
novos e pelos mais velhos. Agora nem
sequer somosmais isso. A incultura bra-
sileira rasgou a boca da poesia, vazou
os ouvidos da msica e cegou os olhos
das artes.
Como escrever outra coisa, assinalo
uma perda irreparvel: a morte de De-
borah Brennand. A dor faz lembrar o
incio do prefcio de AlceuAmoroso Li-
ma, para a edio bilngue de Une Sai-
son en Enfer deArthur Rimbaud tra-
duzida por Ivo Barroso: Relata a co-
nhecida lenda grega que alguns pesca-
dores passando a noite por uma praia
deserta, ouviram uma voz misteriosa
lanar um longo grito: O grande Pan
morreu! Esse grito atravessou os scu-
los. O grito damorte de Deborah Bren-
nand (apesar dos jornais, revistas, televi-
ses, academias, redes sociais) morreu
na praia. Mas sua poesia, no. Ela foi a
mais simples das criaturas de Deus.
Mas sua poesia, no. Ela vive na sua
poesia. Vive na palavra. Vive em cada
palavra que escreveu. No prefcio do
seu primeiro livro O Punhal Tingido
ouOLivro dasHoras deD. Rosa de Ara-
go diz Roberto Alvim Corra: Rpi-
da qual relmpago na sua apreenso
das coisas, sabe que fala uma lngua que
no se decifra em um dia. No posso
acrescer uma vrgula ao que disse Ro-
berto AlvimCorra em todo o seu pref-
cio. Porm, onde ele disse uma ln-
gua que no se decifra em um dia eu
diria que no se decifra no tempo. Diria
Auden: O tempo que intolerante/
Com os bravos e os inocentes./ Indife-
rente numa semana/ A um belo fsico/
Venera a linguagem. Logo eis a gran-
de inverso no a linguagem que ve-
nera o tempo, mas o tempo que venera
a linguagem. Ao que Joseph Brodsky
acresceria: Se o tempo venera a lingua-
gem, isto quer dizer que ela maior, ou
mais velha, do que o tempo. Assim, a
linguagem do poeta a linguagem de
Deborah Brennand h de ser venera-
da pelo tempo.
Em um e-mail, o pintor Francisco
Brennand confessa: Voc me permite
um exagero, pois nesses momentos de
comoo eles so perdoveis, eu diria
que ela foi a maior artista da minha ge-
rao, incluindo pintores, escultores,
poetas, escritores e dramaturgos. No
meu entender, ela umpoeta da dimen-
so (e mesmo irmanada) de Emily Di-
ckinson. No, meu amigo Francisco,
voc no comete nenhumexagero. Prin-
cipalmente porque sua observao tres-
passa voc. Portanto, o que existe um
reconhecimento: S os iguais diz
Henry Miller conhecem os iguais.
Todos se distraram commil coisas. De-
borah nunca saiu de si jamais. Como no
poema da sua citada Emily Dickinson
Morri pela Beleza Deborah tambm
morreu (e viveu) pela beleza e pela ver-
dade. J faz trs anos que falei da sua
bela poesia, mas ela quem diz (ou
quem se diz) ter ficado: Como a doce
ma que rubra,/ l em cima, no alto do
mais alto ramo,/ os colhedores esquece-
ram./ No, no esqueceram: no pude-
ram atingir. Talvez seja possvel al-
can-la, mas para atingir Deborah
Brennand, urge uma biografia Oscar
Wilde: A fechadura e a escada de servi-
o so partes essenciais domtodo utili-
zado para se escrever biografiasmoder-
nas. Na deDeborah Brennand, a altura
da escada a sua estatura e o olho da fe-
chadura o olho da poesia.
kMarcus Accioly poeta
Magdalena e as hortas
A privatizao da TAP
opinio JC
q Chargekmiguel
q editorial
A
vitria de David G. Neele-
man, em consrcio com
Humberto Pedrosa dirigen-
te do Barraqueiro, um grupo privado
portugus responsvel por mais de
30 empresas no ramo de transportes
, no processo de privatizao da
TAP Portugal, nos aproxima ainda
mais da principal companhia area
portuguesa, no ar desde 1945. Neele-
man um empresrio com DNA do
Brasil, onde nasceu e viveu at os 5
anos de idade, quando foi levado pe-
los pais para os Estados Unidos, onde
desenvolveu formao mrmon e se
fez fundador de vrias companhias
areas, entre as quais a Azul Linhas
Areas Brasileiras, com fortes liga-
es no mercado pernambucano.
Esse o primeiro bom sinal em um
complexo e delicado processo de
privatizao, bemmais do que imagi-
namos do lado de c do Atlntico. Do
lado de l, h muito rumor de nature-
za trabalhista e, sobretudo, uma aten-
o redobrada de instituies podero-
sas, como a interveno do Conselho
de Preveno da Corrupo, ligado
ao Tribunal de Contas, que analisa to-
do o processo de privatizao. Uma li-
o qual nos cabe prestar ateno,
agora que o Brasil anuncia o mesmo
propsito em relao a diversos seto-
res.
A Comisso Europeia para Trans-
portes tambm j deu sinais de que es-
t monitorando a privatizao e que
no ter dvidas em abrir investiga-
es na hora em que suspeitar de que
o controle da maioria do capital, e do
processo de deciso, saia das mos de
um pas da Unio Europeia. A deter-
minao do organismo continental
no sentido de que uma companhia a-
rea registrada por l tem que ser con-
trolada em pelo menos 50% pelos da
terra, como poderamos dizer por
aqui. E esse cuidado europeu est sen-
do expresso em bom portugus por-
que no caminho da transao tem a
proposta de um financiamento de
250 milhes como apoio renovao
da frota de avies e, nesse caso, nosso
BNDES pode entrar em campo.
O diretor executivo da companhia
area, o brasileiro Fernando Pinto,
emite outros sinais do cuidado com
que se est fazendo o negcio, assegu-
rando que, pelo que foi visto e ouvido
do consrcio vencedor, no h dvi-
da de que a histria da TAP ser res-
peitada, sero salvaguardados os seus
valores em relao ao servio que ofe-
rece e aos interesses dos trabalhado-
res. Aparentemente, depois de decla-
raes como essa, tudo deveria estar
em cu de brigadeiro, mas ainda falta
muito caminho a percorrer, como a
aprovao da Comisso Europeia e
apaziguamento das reaes polticas,
como a do Partido Socialista, para
quem estamos a entregar a TAP de
borla, isto , de graa, sem o preo
devido. Acontece que l esse partido
tem fora e j anunciou que, se voltar
a ser governo, no hesitar em utili-
zar a clusula pela qual at a liquida-
o fsica das compras e vendas, o
Conselho de Ministros pode suspen-
der ou anular o processo.
CPMF xCPAT (E a?)
Diretor de Redao:
Laurindo Ferreira [email protected]
Diretora-Adjunta de Redao:
Maria Luiza Borges [email protected]
kOs textos assinados publicados emOpinio e Voz do Leitor no refletem necessariamente a posio do Jornal do Commercio. O JC se reserva o direito de editar e de adaptar os textos linguagem jornalstica.
Olbiano Silveira
C
ad a chamada bancada evan-
glica e por onde andam os au-
toproclamados bebedores
conscientes e ainda aqueles que se di-
zem capazes de ir s ltimas
consequncias em defesa da populao
hipossuficiente? Cad aqueles que alar-
deiam a necessidade de medidas, at
extremas, para garantir um sistema de
sade minimamente eficiente no aten-
dimento aos que no podem pagar pla-
no de sade e at mesmo aos que po-
dem e, mesmo assim, enfrentam a pre-
cariedade dos planos em seus momen-
tos cruciais?
Difcil como est o retorno da
CPMF, em vista da resistncia dos
mais dspares setores, por que ser que
no surgiu ainda um gnio congressista
(e nem precisa ser to gnio assim)
com a bizarra ideia de propor a criao
de algo parecido com uma CPAT
Contribuio Permanente sobre o Con-
sumo do lcool e do Tabaco? Parece
mais do que trivial a justeza de atribuir
aos fumantes, cervejeiros e uisqueiros
o dever de contribuir com alguns reais
por cada carteira de cigarros queima-
dos ou garrafa de loura suada ingerida,
para a sade deles mesmos e dos que
no fumaamnemenriquecemos fabri-
cantes de spirit ou das souza cruzes
da vida. Prestem bem ateno neste de-
talhe: se o cidado se dispe a pagar, di-
gamos, dez dinheiros por uns tubinhos,
branquinhos, venenosos para empurr-
los no prprio sangue, ou uma grana
preta por uma dose ou garrafa de gua
teoricamente escocesa, que violncia
ser obrig-lo a destinar algumas moe-
das para a sade pblica?
Resta apenas aos nossos operosos,
mas nem tanto, deputados e senadores,
acordarem e tomar uma deciso bvia
como esta que aqui se sugere. E obser-
vemque, ao taxar os bebedores e fuma-
ceiros, eles, os parlamentares, estaro
to somente fazendo caridade no s
aos hipossuficientes dependentes do
sistema pblico de sade como, e, (pas-
mem) principalmente, queles a quem
se vai cobrar o imposto, eis que pagan-
domais caro espera-se beberome-
nos e vo expirar menos fumaa txi-
ca.
A est, portanto, de graa, uma recei-
ta infalvel para soluo dos problemas
de sade pblica sem mexer com a vi-
da de ningum, sem conturbar ainda
mais o claudicante contexto econmi-
co atual e a conjuntura
socioeconmica. Estamos diante, mui-
to provavelmente, de uma ideia destina-
da ao apoio da unanimidade ( exce-
o, bvia, de alguns dos bebedores e
fumaceirosmais rebeldes emenos com-
prometidos com o bem-estar social e
deles prprios). Mas, estes que se da-
nem. Prope-se, aqui, s vantagem pa-
ra eles; sacrifcio, nenhum. At porque
essa turma toda bebe e fuma com to-
do o direito de qualquermaneira. Pre-
o pra eles no obstculo. Quem no
concordar com esta ideia, que entre pa-
ra a turma dos do contra. Ou passe a
reinventar a CPMF e enfrentar a fria
dos eventuais prejudicados, em espe-
cial daqueles emitentes de cheques de
100 mil pra cima. E, ento, ilustres se-
nhores deputados e senadores da rep-
blica, vamos encarar? (repblica assim
mesmo, com r minsculo).
kOlbiano Silveira jornalista
Wilame Jansen
P
elo interfone avisaram-me que
DonaMagdalena, esposa do go-
vernador, estava na secretaria
e queria falar comigo. Fui receb-la, e a
conduzi, juntamente com duas funcio-
nrias da Cruzada de Ao Social, me-
sa de reunio do gabinete da Emater.
Eu havia tomado posse na Presidncia
da Empresa h dois dias.
Ela no perdeu tempo. O senhor a
quarta pessoa do governo do Estado a
quem fao um pedido, coisa simples,
sem conseguir ser atendida. Explicou-
me que se tratava da instalao de uma
horta comunitria na localidade Car-
queja, situada no Serto de Pernambu-
co. J conseguira at a anuncia da pro-
prietria, a Igreja Catlica.
Prometi a Dona Magdalena que a
Emater seria autorizada, naquele mes-
mo dia, a instalar a horta em Carqueja,
emais, que a empresa garantiria a insta-
lao de tantas hortas quantas fossem
as que ela conseguisse terreno com
anuncia do proprietrio, desde que
em Pernambuco.
Prometeu manter-me a par das
aes da empresa, no que ela j chama-
va de programa. Quinze dias depois, co-
mecei a receber pedidos de instalao
de hortas, acompanhados de sesso de
terrenos e de documentos de anuncia,
conforme a exigncia. E no parava de
chegar pedidos de hortas de tudo que
era lugar do interior do Estado.
Com dois meses do incio do Progra-
ma Hortas Comunitrias, recebi o con-
vite da ilustre visionria para a inaugu-
rao da primeira horta, na RegioMe-
tropolitana. Confesso que, quando fiz a
promessa, eu no avaliara a capacidade
de trabalho e demobilizao da primei-
ra-dama. Tampouco sabia de sua con-
vico sobre a importncia de uma co-
munidade pobre dispor de hortalias
gratuitamente na sua alimentao. E a
conscincia de que a contrapartida era
amplamente disponvel nos locais serta-
nejos: mo-de-obra para um trabalho
simples e leve.
Anos depois, viajando pelo interior
do Estado, chamaram-me para ver
uma horta comunitria. Nunca mais
deixei de perguntar por elas, quando
viajo. Lembro que foram mais de 250
hortas. Sem dvida, um grande progra-
ma. Tenho dois lbuns, presentes de
DonaMagdalena, com fotos do seu pro-
grama. Ela administrava e monitorava
tudo.
Em tempo: Lailson deHolanda eVal-
da Colares lanam hoje o livro Magda-
lena Arraes A Dama da Histria, no
Museu do Estado.
kWilame Jansen consultor e
escritor, autor de Cajarana da Serra,
romance
www.jconline.com.br
k
6
jornal do commercio Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira
-
lamentvel a situao do Centro Social Urbano do Engenho doMeio, que se encontra com as portasfechadas, abandonado, cheio de mato. Pessoas se aproveitam do descaso e consomem drogas no local.
k Jos Rosal [email protected]
Na Farmcia do Estadofaltammedicamentos parapacientes que fazem usocontnuo de remdios. Meupai faz tomaMezalazina eAzatioprina para retocoliteulcerativa e h dois meses norecebe os medicamentos.
k Leonardo Lacerda viacomuniQ
kFrase
A Compesa fornece algo parecido com lama no municpiode Escada, Zona daMata de Pernambuco. Situaovergonhosa! Mas se o consumidor no pagar a conta, cortena certa!
k Lus Carlos Silva Lins [email protected]
kZonaNorte
kPede-se providncia
kFrase
Chamo ateno do prefeitode Olinda para que providenciea pintura das faixas parapedestre em todos cruzamentosde Olinda. A cidade estcompletamente sem faixas emtodas as avenidas e ruas demaior trnsito. Os pedestresatravessam em qualquer lugar,expondo suas vidas a riscos.Sem falar que os motoristasprecisam voltar s autoescolas,para aprenderem de novo o que sinal vermelho.
k Bismarck [email protected]
kQualidade
Envie suas cartas para a Ruada Fundio, 257, Santo Amaro
Jos
Rosal/
VozdoLe
itor
Prefeito, quer reeleio? Ento cuidecom urgncia da iluminao doRecife. A cidade vive s escuras.Tambm necessrio limpar o canalque corta Boa Viagem sentido doDerby, que hoje uma fossa a cuaberto, contaminando o ar combactrias nocivas sade pblica.
k Geraldo [email protected]
k
k
O bairro de Jardim SoPaulo mergulhou nastrevas no ltimo domingo,pois, mais uma vez,moradores do bairroficaram sem fornecimentode energia. Tal suspenso recorrente, bastando paratanto um vento mais forte,indcio de chuva. Osprejuzos ficam conosco,enquanto a cobranaleonina fica com a Celpe.
k Franklin [email protected]
Parabenizo a ilustreprofessora Dayse deVasconcelosMayer etambm Eduardo Carvalho,pelos artigos publicadosneste JC, no ltimo dia 14.No texto intitulado Estoumentindo?, Daysequestiona os baixos salriospagos a professores. Soume de uma pedagoga e, porisso, o artigo me chamoutanta ateno. EduardoCarvalho, em O povo paga a
conta, expe os gastoscrescentes dos brasileirospor causa da roubalheiraque impera no Pas. Os doisautores merecemhomenagens. Ficoimpressionada com a faltade respeito e consideraodos polticos pela populaobrasileira. No final, sblablabl. E nada pelo povo.
k Aderita Alves de FreitasCoelho Muniz por telefone
kEngenho doMeio
Centro Social Urbano abandonado
H um buraco sem tampa na entrada da Rua 19 de Abril, emApipucos. Carros precisam desviar e pedestres correm perigo.
k Jernimo Bezerra via comuniQ
pelo comuniQ
voz do leitor
Sua opinio muito importante.Fale conosco:
(81)3413.6178www.jconline.com
um absurdo o colapso donosso transporte pblico. Estasemana tivemos mais umavtima do descaso e dairresponsabilidade dos quecuidam do sistema detransporte da RMR: oestudante Harlynton Santos.Casos como esse e o daestudante CamilaMirele,morta h umms, tambm aocair de um nibus, podemacontecer a qualquer momentonovamente, pois no h umafiscalizao eficaz por parte doGrande Recife Consrcio.
k Edilson Santos via comuniQ
Tera-feira ocorreu asegundamorte de estudante noRecife devido s pssimascondies do transportepblico, operado pelo GrandeRecife Consrcio. Tudoacontece porque as autoridadesno fazem uso. nibus lotados,em condies precrias,ausncia de fiscalizao, pemem risco a vida do cidado.
k Vandoci [email protected]
A CTTU determinousentido nico nas ruas BomJardim e AlexandreRodrigues, para melhorar ofluxo de veculos no bairro.Tudo bem. Mas necessriauma avaliao das 10lombadas da Rua BomJardim para ver se esto deacordo com as normastcnicas.
k Francisco Moura pore-mail
As filas organizadas doTerminal Joana Bezerra so, naverdade, o retrato da baguna,com empurra-empurra econfuso. Fiscais at existem narea, mas de nada adianta.Talvez eles tenhammedo deabordar os passageiros maleducados e sofrerem violncia,j que trabalham sem qualquerproteo.
k Vanessa Joana da Silva portelefone
Ao ler a coluna de CludioHumberto, dia 30, percebe-se adificuldade que o Planalto temem explicar comisso encarre-gada de cumprir a Lei de Acesso Informao sobre as despesasde Rosemary Noronha, quandochefe do escritrio da presidn-cia, em SP. Denunciada por im-probidade administrativa e cor-rupo passiva, continua livre.
k Jos Mussolini Gabriele pore-mail
Entre emcontato
pela internetMande seu e-mail e suas fotospara [email protected]
pelo telefone por carta
Senhor prefeito JniorMatuto, os moradores deMaranguape I, em Paulista,esto vivendo dias de terror,com assaltos a qualquer hora.Os bandidos chegam emmotos e levam celulares,bolsas e carteiras, sem contarcom os assaltos ao comrciolocal. O posto policial noserve de nada, pois os policiaisdizem que no podem sair dolocal para fazer diligncias.Estamos abandonados epedimos uma soluo.
k Patrcia [email protected]
Desrespeito ao povo brasileiro
Gol de placa marcou oex-governador Joo Lyra, coma tradicional festa no StioMacambira, em Caruaru, nofinal de semana. Lyra conseguiujuntar, nummesmo balaio,gregos e troianos. Estrelaspolticas de todos os matizes lestavam, satisfeitos da vida,tudo em prol da boa poltica.Quem figurou muito bem nafoto foi o senador DouglasCintra. Forte candidato prefeitura de Caruaru, a quem
pergunta, ele responde: Estoubem onde estou, mas o que forpreciso eu fao. S quem noengoliu a corda foi o prefeitoJos Queiroz. Ciceroneou ogovernador Paulo Cmara nosbado, mas, na hora de seguirpara o Stio, ele deu marcha r, sem qualquer cerimnia. Seassim no fosse, Joo Lyra teriafeito cabelo, barba e bigode.
k Joo Cncio da CostaFerreira por e-mail
Travessia perigosa
Parece lama,mas gua
Vidas em risco
Risco de acidentes emApipucos
Entre os quiosques 38 e 39,na Avenida Boa Viagem,duas rampas foramdestrudas desde agosto doano passado. Denunciei oproblema nesta seo e aEmlurb logo respondeu,dizendo que ia resolver. Masat hoje nada foi feito. Anossa preocupao quandohouver outro pico de mar,que pode destruir de vez oque restou das rampas, jque no foramprovidenciados reparos, nemuma proteo.
k Josias Souza por telefone
Esta semana, ao passarpela Avenida 17 de agosto,prximo ao Banco Ita, emCasa Forte, vi, na calada,um vazamento muitogrande, dando a entenderque mais uma mentira essenegcio de seca no Nordeste.Na Rua das Pernambucanas,Graas, os buracos persistemh quase trs meses,sacrificando os pedestres.Um deles, o que fica noconfronto com a Rua
Guilherme Pinto, depois deaparentemente concludo,ressurgiu, com umvazamento enorme. Houtro, de esquina com a RuaJacobina, que tambmchegou a ser consertado evoltou. Pelo exposto, a gentev como usado o dinheiroproveniente dos impostos.
k Valdeciro JosVasconcelos [email protected]
Binrio Desorganizao Explicaes
Editores de fotografia:Arnaldo Carvalho [email protected] Porto [email protected] Regis [email protected] conosco: (81) 3413.6433
LusCarlosLins
/VozdoLe
itor
Ligue para a Redao do jc:(81) 3413.6178
Faa o download e acompanhe pelocomuniqapp.com.br
JernimoBezerra
/VozdoLe
itor
k
Violncia
Sem energia
Tudo emprol da boa poltica
Vtimas do descaso
Rampas destrudas
Recife esburacado
Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira jornal do commercio 7
-
kFrase
kFeriado de deputados doNE
Independentemente da eventual deciso poltica do
Tribunal de Contas da Unio sobre as pedaladas fiscais
do governo, Dilma corre outras srias ameaas: a mais
grave o possvel afastamento da presidente caso o
Ministrio Pblico Federal acolha o requerimento da
oposio sobre as manobras de Dilma, por crime contra o
sistema financeiro, alm de, segundo o pedido, ter ferido a
Lei de Responsabilidade Fiscal.
Se o Ministrio Pblico Federal identificar crime comum
de Dilma no caso das pedaladas, a Justia Federal pode
afastar a presidente. A Lei veda que bancos pblicos como
Caixa, Banco do Brasil e BNDES financiem seu controlador,
a Unio. o que a oposio denunciou.
Outra grave ameaa a Dilma so processos de cassao
protocolados no Congresso Nacional, que tambm
dependem de deciso poltica.
Ser deciso do presidente da Cmara, Eduardo Cunha,
colocar em votao qualquer processo de cassao contra
Dilma na Casa.
Essa deciso consagra um avano
Presidente do Senado, Renan Calheiros
sobre o pedido de explicaes do TCU a
Dilma
O presidente da Cmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), cedeu presso dos parlamentares do
Nordeste e liberou do registro de presena na tera e
quarta-feira da prxima semana para poderem pular o
So Joo nos seus respectivos estados. Com a deciso de
Eduardo Cunha, todos os parlamentares esto livres para
faltar s sesses, sem correr o risco de ter os salrios
cortados.
Pode dar em afastamento
Casquinha
Governo ter que
explicar pedaladas
cludiohumberto
www.jconline.com.br
poltica
Cludio Humberto, Teresa
Barros e Ana Paula Leito
twitter:@colunaCH
EvaristoSa/AFP
O PSDB quer
aproveitar o frescor do
barraco do fim de semana
entre PT e Eduardo Cunha
para iniciar flerte com o
PMDB. Geraldo Alckmin
articula para os prximos
dias encontro com
caciques peemedebistas.
Sem essa
PRAZO Tribunal de Contas da Unio concedeu 30 dias para o Executivo apresentar
defesa e explicar 13 indcios de irregularidades fiscais na prestao de contas de 2014
AndrDusek/EstadoContedo
Os ministros Joaquim
Levy (Fazenda), Miguel
Rossetto (Secretaria-Geral)
e Carlos Gabas
(Previdncia) pediram a
Renan Calheiros apoio ao
veto pelo fim do fator
previdencirio. Deram com
os burros ngua.
Sem vestgios
O feriado de So Joo
resultou de acordo verbal
entre deputados, pois
nenhum deles se
prontificou a assinar
documentos sobre isso.
Nordeste inteiro
Os parlamentares de
Bahia, Sergipe, Alagoas,
Pernambuco, Paraba,
Piau, Cear, Rio Grande do
Norte e Maranho tero
ponto facultativo.
Na nossa conta
Ao contrrio dos
trabalhadores, as
excelncias no vo gastar
o prprio dinheiro para
viajar no feriado: tudo na
cota parlamentar, paga por
ns.
Frustrao
Os deputados
governistas esto cada vez
mais pessimistas quanto s
possibilidades de
realizarem as nomeaes
para o segundo e terceiro
escalo. Agora foram
adiadas para a segunda
quinzena de julho
Piada pronta
O senador Hlio Jos
(PSD), que em Braslia
conhecido como Hlio
Gambiarra, pelo seu
apego a iluminao
pblica, apresentou at
agora um nico projeto de
lei: prev a expanso da
oferta de energia. Claro.
Sobrou para eles
De olho em 2018
O senador Euncio
Oliveira (PMDB-CE) se
juntou aos descontentes
que defendem candidatura
prpria nas eleies
presidenciais de 2018. Diz
que no d mais para o
PMDB ficar a reboque de
qualquer partido.
O chefe de fato
O embaixador do Brasil
em Caracas, Jos
Marcondes de Carvalho,
entusiasmado
bolivarianista, parece
considerar o aspone Marco
Aurlio Garcia seu
verdadeiro chefe. Segundo
colegas, ele fala mais com
Top-Top do que com o
gabinete do Ministro das
Relaes Exteriores.
ADVOGADO Governo no tem nada a temer, diz Lus Adams
Agncias O Globo e Estado
B
RASLIA - A presiden-
te Dilma Rousseff ter
de se explicar sobre 13
indcios de irregularidades em
suas contas de 2014, segundo o
Tribunal de Contas da Unio
(TCU). A presidente ter 30
dias para apresentar as explica-
es sobre pedaladas fiscais;
ausncia de contingenciamento
de recursos num ano eleitoral;
omisso de dvidas no balano;
pagamento de despesas do Mi-
nha Casa Minha Vida com
adiantamentos do FGTS; e
mais nove indcios de irregulari-
dades cuja responsabilidade di-
reta foi atribuda a Dilma pelo
TCU. O julgamento sobre o pa-
recer em relao s contas ser
feito depois de a presidente
apresentar a sua defesa.
O advogado-geral da Unio,
Lus Incio Adams, disse on-
tem que o governo no tempro-
blemas em dar explicaes ao
TCU sobre as contas federais
do ano passado. O governo
no tem nada a temer. O gover-
no est fazendo seu papel de
tentar governar o Pas e fazer
as polticas pblicas avana-
rem, disse. Adams tambm re-
jeitou o termopedaladas. Peda-
ladas um termo com que no
concordo, ela transmite uma in-
tencionalidade com que no
concordo.
O presidente do Senado, Re-
nan Calheiros (PMDB-AL), co-
memorou, ontem, a deciso to-
mada TCU de pedir explica-
es presidente sobre as pe-
daladas fiscais. Segundo ele, is-
so mostra o fortalecimento dos
rgos pblicos e d oportuni-
dade para que o governo escla-
rea o que aconteceu. Essa de-
ciso um avano consagrado
que devemos comemorar.
Alm disso, cria uma oportuni-
dade para que as informaes
cobradas sejamprestadas e defi-
nitivamente se esclarea a ques-
to, afirmou. Renan, que tem
se afastado do governo e tenta-
do imprimir uma pauta inde-
pendente no Legislativo, afir-
mou que o momento de ati-
vismo dos Poderes e que, por-
tanto, natural que o Tribunal
de Contas tambm viva esse
momento.
O ministro Augusto Nardes,
relator do processo das contas
de 2014 do governo Dilma no
TCU, afirmou, em entrevista
Rdio Estado, que o povo est
pagando a conta da irresponsa-
bilidade do governo petista du-
rante as eleies do ano passa-
do e, por essa razo, o tribunal
tomou a deciso indita de sina-
lizar a rejeio das contas. Dil-
ma no tem que prestar contas
ao TCU das irregularidades co-
metidas nas contas de 2014,
mas sim sociedade brasilei-
ra, disse.
CUNHA
O presidente da Cmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
avisou, ontem, que o Congresso
Nacional retomar o julgamen-
to das contas presidenciais. Se-
gundo Cunha, ele e Renan Ca-
lheiros falaram rapidamente so-
bre a necessidade de o Parla-
mento cumprir seu papel e de-
sengavetar o julgamento de con-
tas que esto paradas desde o
governo Fernando Collor.
Cunha negou, no entanto,
que seja mais uma medida de
retaliao presidente Dilma.
Para ele, a retomada das vota-
es no deve ser interpretado
comomais um ataque do Legis-
lativo a ela. Eu j defendi que
tinha que votar faz tempo,
nossa obrigao constitucional.
O fato de cumprir sua obriga-
o no quer dizer que voc
queira atingir quem quer que
seja, acrescentou o presidente.
8
Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira
-
Fotos:GugaMatos/JCImagem
Um tiro de
fuzil e uma
dor sem fim
cidades
cidades
entrevista
qMais na web
Editores:
Andr Malagueta Galvo [email protected]
Betnia Santana [email protected]
Fale conosco: (81) 3413.6187
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Twitter:@jc_cidades
JC O senhor acredita em tiro acidental?
MARCELO GOMES Como pode ter sido
acidental se s alvejou a cabea do meu filho?
Quando eu cheguei no local, me deparei com ele
molhado em sangue, commassa enceflica espa-
lhada. Foi morte instantnea.
JC O senhor acredita que a polcia errou
na abordagem?
MARCELO Com certeza. Acidental quan-
do se atira para cima. Ele atirou com preciso.
Justamente para acertar quem estava dirigindo o
carro.
JC O senhor pretende processar os poli-
ciais?
MARCELO Ainda no sei o que vou fazer.
Mas eu sei que um inocente morreu. Meu filho
no sabia o mal que estava esperando por ele.
Meu beb, meu filho era um beb de 16 anos. Era
inteligente, pensava em estudar, em progredir,
em fazer faculdade. Tinha um futuro brilhante.
JC Como o senhor se sente, sabendo que
permitiu que seu filho de apenas 16 anos diri-
gisse seu carro?
MARCELO Eu sei que errado, mas isso
muito comum no interior. E ele dirigia muito
bem, melhor do que eu. Era um menino respon-
svel, entendia muito de carro. Era atencioso no
volante.
JC Ele aprendeu a dirigir com que idade?
MARCELO Ele comeou a guiar moto com
13 anos. E depois, com 14 anos, eu ensinei a diri-
gir carro. Ele eramuito habilidoso na direo. Eu
acho que ele se desesperou. Deve ter pensado
em no me prejudicar porque ele era um filho
maravilhoso. Eu perdi a minha vida.
Assista entrevista com o pai do adolescente,
Marcelo Laureano Gomes, no jconline.com.br
Recife | 18 de junho de 2015 | quinta-feira
O comercianteMarcelo
Laureano Gomes, 52 anos,
reconhece que errou ao
permitir que o filho dirigisse
seu carro. Mas disse que o filho
era inocente e no merecia ser
assassinado com um tiro na
cabea.
k
MORTE DE ADOLESCENTEMarcelo Laureano Filho, 16 anos,
foi morto por tiro de fuzil disparado por um policial, em Escada
Ciara Carvalho
O
ntem a dor tinha rosto. Tinha nome e
endereo. A dor se escondia numa ca-
sa simples, de primeiro andar, numa
rua estreita da periferia de Escada, municpio
da Mata Sul do Estado. O que vai ser de mim
sem tu? Meu amor, me diga. O que vai ser de
mim? Os gritos da dona de casa Severina Lo-
pes de Oliveira, 39 anos, quebravam, de tem-
pos em tempos, o silncio que ecoava na casa,
apesar da multido que se espremia l dentro.
No centro da sala, o caixo do filho, o adoles-
cente Marcelo Laureano Gomes Filho, 16
anos, morto por um tiro de fuzil disparado
por um militar da Companhia Independente
de Operaes e Sobrevivncia na rea da Caa-
tinga (Ciosac), durante uma abordagem poli-
cial. Apesar de ser menor de idade, o jovem di-
rigia a caminhonete do pai, com o irmo e
mais dois rapazes. Ao ver a viatura da Polcia
Militar, Marcelo se assustou, se negou a parar
e tentou fugir. Na fuga, foi atingido por um
disparo na cabea e morreu na hora.
O estudante Guilherme de Oliveira Gomes,
19 anos, estava sentado no banco do passagei-
ro da caminhonete, ao lado do irmo, no mo-
mento em que houve a abordagem. Ele conta
que o grupo conversava, por volta das 23h,
com dois rapazes que estavam num Corola
branco, sem placa, em frente a uma agncia
bancria. Um carro ao lado do outro. Foi quan-
doMarcelo percebeu a aproximao da viatu-
ra da Ciosac. Ele se apavorou porque era de
menor e sabia que isso era proibido e traria
problemas para o nosso pai. Quando os poli-
ciais mandaram a gente descer, eu falei para
ele ficar parado, mas ele tentou manobrar o
carro para fugir. Quando ele fez a volta, o poli-
cial atirou, diz o irmo. Ele negou os boatos
que circularam pela cidade de que os jovens
estivessem fazendo um pega. Isso no exis-
tiu. Tnhamos feito um lanche e estvamos
dando uma volta. Os carros estavam parados,
quando a viatura se aproximou, garantiu.
O irmo acredita que a reao deMarcelo foi
motivada tambm pelo fato de no ter sido a
primeira vez que o adolescente foi flagrado
conduzindo um veculo. No Carnaval do ano
passado, o garoto estava pilotando uma moto
emEscada, quando foi abordado numa blitz po-
licial. Por causa da irregularidade, a carteira do
comerciante Marcelo Laureano Gomes, 52, pai
do adolescente, foi apreendida. Ele ficou com
medo que isso acontecesse de novo, que meu
pai se prejudicasse. Ele era muito responsvel,
mas se desesperou diante da situao, conta o
estudante.
O tiro de fuzil quematou o adolescente indig-
nou a cidade. A mesma pergunta ecoava entre
moradores, amigos e familiares: Por que o poli-
cial atirou paramatar?. Apesar de todos admi-
tirem que o jovem estava numa situao irregu-
lar, a conduta do policial foi duramente critica-
da. Ele podia ter atirado no pneu, disparado
para o alto, feito qualquer coisa, menos atirar
para matar. No d para acreditar em tiro aci-
dental. Foi uma brutalidade, uma total falta de
controle emocional, afirmou a professoraMa-
ria Jos de Souza Pinto, que j deu aulas de
geografia para Marcelo.
No velrio, a indignao foi traduzida em
palavras de ordem. Queremos justia. Fora
Ciosac, gritava a multido que se formou na
frente da residncia deMarcelo. Quando o cai-
xo chegou casa da famlia, no incio da tar-
de, a me do garoto desmaiou e teve que ser
hospitalizada. Ao retornar para casa, Severina
Lopes de Oliveira ficou a maior parte do tem-
po sentada, perto do filho. Arranhava um fia-
po de voz que mal se conseguia ouvir. Meu
amor, por que tu me deixasse?, repetia, qua-
se sem foras.
Durante o cortejo at o cemitrio da cidade,
onde o corpo foi enterrado, vrias lojas fecha-
ram as portas em sinal de luto. O jovem era
bastante conhecido no municpio. O pai pos-
sui uma lanchonete e Marcelo trabalhava no
local. Os amigos da escola elogiaram o com-
portamento do adolescente. Ele era muito es-
tudioso, muito atencioso com todomundo. Es-
tava no 3 ano do ensino mdio e queria fazer
vestibular para administrao, j pensando
em ajudar o pai na lanchonete. Ele queria ver
o pai crescer, prosperar. Era um filho exem-
plar, afirmou o amigo Jeanderson Arraes, 21.
Traduzindo um sentimento que ontem pare-
cia unir a cidade, o jovem disse que toda a tris-
teza e angstia agora vo se juntar em busca
de um nico objetivo: lutar por justia.
k Continua na pgina 2
COMOO Garoto era querido na cidade e enterro na tarde de ontem mobilizou moradores
SOFRIMENTO Algumas pessoas desmaiaram
durante o velrio, ontem tarde, no subrbio
de Escada. Parentes e amigos lamentam a perda
O PM poderia ter disparado
em qualquer direo, menos
na cabea dele. Vimos que
ele ia atirar e nos baixamos.
Quando vi, nosso amigo
estavamorto, diz o jovem
Anderson Douglas da Silva,
17 anos, que estava com a
vtima na hora da abordagem
uma dor que jamais
passar. Perdemos um
menino de ouro. Ele estava
sempre sorridente, era
companheiro, muito
carinhoso com os pais e com
todos na cidade, conta Ana
Lcia dos Santos, 46 anos,
tia de Marcelo
Ele era umbeb
de 16 anos. Eu
perdiminha vida
-
Todo mundo sabe: lei existe para ser cumprida. Mas nem
sempre isso acontece, principalmente no setor de trnsito,
onde a bandalha corre solta, e infrao de todo jeito s o que
se v no meio da rua. D para se imaginar, ento, o que ocorre
com as motos de 50 cilindradas. As chamadas cinquentinhas
ainda no so regulamentadas em quase todo o Estado. Ou
seja, dispensam emplacamento. E seus condutores no
precisam de habilitao para dirigi-las. O resultado o que se
v nas reas urbanas e rurais: menores pilotando, adultos e
crianas sem equipamentos de segurana, trafegando sobre
caladas, ou na mo contrria. toda sorte de imprudncia. Os
nmeros indicam que os acidentes commotocicletas s fazem
crescer. Em 2014, os atendimentos no Estado a vtimas de
motos somaram 34.288 contra 30.411, de 2013. No Hospital da
Restaurao, 80 por cento dos leitos do setor de traumatologia
so ocupados por pacientes, que sofreram desastres com o
mesmo tipo de veculo. NO HR, os nmeros tambm mostram
ascendncia. Destes, com certeza, boa parte pode ser atribuda
s cinquentinhas. margem, os condutores se aproveitam.
Afinal, so os sem regulamentao. E fazem muito bom uso
dessa condio.
A Prefeitura do Recife
prometeu que as
regulamentaria em junho
desse ano. A despesa
prevista para toda a
documentao era de R$1,4
mil. rgos pblicos tentam
forma de reduzir esse custo,
j que maior parte dos
usurios de baixa renda.
A omisso
k muita bronca mesmo. Como um sargento
consegue dar um tiro acidental em um adolescente
que veio a bito? Emerson Love
k To culpado quanto o policial o pai que deixou o
menino sair com o veculo. Ordens militares so para
serem obedecidas, caso contrrio a reao disparo
direto com arma de fogo. Kleytinho Amorim
k Nada justifica tirar a vida de um ser humano.
Polcia fraca e sem preparo. Queria ver se fosse
algum da famlia de vocs ou at mesmo um filho, se
vocs iriam aplaudir os policiais! Raul Alexandre
k Sou PM e quando acontecem casos como esse,
ns, da PMPE, ficamos arrasados, pois sabemos que
nada trar a vida dessa vtima. Pensamos muito na
famlia desse menor, pois hoje ela est destruda. Peo
que Deus conforte os familiares. Ao colega que atirou,
peo tambm a Deus que o conforte. Cavalcanti
k Policial despreparado + irresponsabilidade dos
pais. Ensinar filhos menores a dirigir tentador,
porm quando se faz isso, se ensina ao filho que as
leis podem ser burladas sem problemas.Marcelo
Martins
kMenor de idade pode tudo nesse Brasil. Querem
colocar a culpa na polcia. Quem deu esse carro pro
menor? Rogerio Marinho
Carteira de habilitao popular, isenta de
qualquer taxa, para populao de baixa renda.
Vejam s o flagrante. Proprietrio desse ciclomotor o
emplacou, tripudiando da falta de regulamentao.
Observem o que est escrito na placa: IPVA (que no se paga)
e 0800 (cdigo de acesso gratuito a servios telefnicos).
Morte de adolescente em Escada, vtima de
dupla responsabilidade, do pai e da polcia.
kOexemplo de imprudncia
q na web
Essa outra uma das cenas comuns na cidade. Trs pessoas
em ummesmo veculo, nem todas com o equipamento
necessrio. No HR, o nmero de atendimentos a vtimas de
motos subiu de 2.340 (em 2010) para 3.641 em 2014)
kNa berlinda
k Regulamentao e ironia
O Detran est divulgando
relao dos primeiros 12.884
nomes que vo se beneficiar
do Programa Popular de
Formao de Condutores,
em 2015. Eles tm direito a
fazer testes gratuito de
habilitao. Se aprovados,
ganham a carteira sem
gastar nenhum tosto.
Cemmil semmulta nem lei
Caruaru, no
agreste, saiu
na frente...
Com base no
comportamento dos
nmeros observados desde
2010, a projeo que 2015
encerre com 3.780
atendimentos, s no HR. Ou
seja, 169 a mais do que
2014.A estimativa de Joo
Veiga, Presidente do Cepam.
Ver mais no jc.com.br.
k rpidas
Umdos envolvidos no
assassinato da alem Jennifer
Kloker, em 2010, o italiano
Ferdinando Tonelli, 56 anos,
morreu na manh de ontem
por falncia mltipla dos
rgos, em decorrncia de
uma pneumonia bacteriana
no especificada (segundo
informou a Secretaria
Executiva de Ressocializao
Seres), no Hospital Memorial
Guararapes, em Jaboato dos
Guararapes, no Grande Recife.
Ele cumpria pena h seis anos
na Penitenciria Barreto
Campelo, em Itamarac, na
RegioMetropolitana. A
famlia de Delma Freire,
companheira de Tonelli e
presa pelo mesmo crime, deve
providenciar o sepultamento
no Brasil. Segundo a Seres, o
italiano sofreu um Acidente
Vascular Cerebral (AVC) em
2013 e vinha sendo
acompanhado pelo setor
mdico da penitenciria. No
incio da semana passada, foi
transferido para a Unidade de
Terapia Intensiva (UTI). Alm
de Delma Freire, esto presos
pelo crime Alexsandro dos
Santos, o irmo de Delma,
DinarteMedeiros, e o filho
adotivo de Ferdinando, Pablo
Tonelli. O crime foi motivado
por um seguro de vida
milionrio em nome da vtima,
cujo beneficirio seria
Ferdinando. A trama ganhou
repercusso internacional.
PMafastado
at concluso
do inqurito
Letcia Lins
[email protected] e [email protected]
twitter:@jcnasruas
telefone: (81) 3413.6103
A cena foi registrada pelo
colega Arnaldo Carvalho, no
bairro de Santo Amaro.
Pernambuco tem 1 milho de
motos, de acordo com o
Detran. Mas o Comit
Estadual de Preveno a
Acidentes de Motos (Cepam)
calcula que haja 100 mil
cinquentinhas no Estado.
... e j comeou a matricular as
cinquentinhas. O custo para cada
proprietrio sai a R$720, j que eles
contam com a iseno de IPVA. No
Recife, o compasso de espera.
Detran divulga
GugaMatos/JCImagem
GugaMatos/JCImagem
www.jconline.com.br/cidades
RodrigoLbo/AcervoJCImagem
Terminam s 23h59 de hoje
as inscries para o Programa
Universidade para Todos
(Prouni), do governo federal,
que oferece bolsas de estudos
em faculdades privadas para
jovens carentes. Para
Pernambuco, so 4.513 bolsas,
sendo 2.462 integrais e 2.051
parciais (financiamento de
50%). o 9 Estado brasileiro
commaior quantidade de
bolsas. No Pas, sero
contemplados 116.004 pessoas
que vo estudar em 856
instituies de ensino superior.
Para concorrer s bolsas
preciso ter participado do
Exame Nacional do Ensino
Mdio (Enem) do ano passado
e haver obtido no mnimo 450
pontos na mdia das notas da
avaliao. No pode tambm ter
tirado zero na redao. As
inscries so online, na pgina
do programa. O resultado da
seleo sai segunda-feira (22).
Quem for selecionado comear
a estudar no prximo semestre.
No Recife, o estudante poder
escolher entre 81 cursos. Para
concorrer s bolsas integrais, o
candidato deve comprovar
renda familiar bruta mensal,
por pessoa, de at um salrio
mnimo e meio. Para as bolsas
parciais (50%), a renda familiar
bruta mensal deve ser de at
trs salrios mnimos por
pessoa. Professores no
precisam comprovar renda se
forem estudar licenciatura.
Inscries para o
Prouni acabam
s 23h59 de hoje
MATA SULMorte ocorreu em rua onde ficam as agncias
bancrias de Escada. No velrio, a comoo de parentes
O inusitado
Previso sombria
jc nas ruas
cidades
Morre italiano
envolvido na
morte deKloker
MORTE DE ADOLESCENTE Segundo a Polcia Militar, existem
relatos dos envolvidos na abordagem de que o tiro foi acidental
O
policial militar que
disparou contra o es-
tudanteMarcelo Lau-
reano Gomes Filho, 16 anos,
est afastado das atividades
operacionais at a concluso
do inqurito aberto pela
corporao, em 60 dias. Se-
gundo a Polcia Militar (PM),
h relatos dos envolvidos na
abordagem de que o tiro foi
acidental. A delegada Gleide
ngelo do Departamento de
Homicdios e Proteo Pes-
soa (DHPP) tambm investi-
ga as circunstncias do ocorri-
do e enviou uma equipe de pe-
ritos para Escada, municpio
da Zona da Mata Sul do Esta-
do, onde ocorreu o caso.
O disparo de arma de fogo
um recurso do policial. Po-
rm, todo protocolo operacio-
nal visa preservao da vida.
H relatos de que o disparo
foi acidental, mas o inqurito
vai apontar a responsabilida-
de. Os membros da Ciosac
usam armamento pesado, co-
mo o fuzil, porque atuam em
reas inspitas, mas s os in-
quritos vo poder mostrar
qual arma e munio foram
usadas. O afastamento pre-
ventivo, estamos falando de
um policial militar que tem
29 anos de carreira e possui
um comportamento excepcio-
nal, afirma o porta-voz da
PM, Julio Arago.
Os quatro policiais que
abordaram o jovem so da
Companhia Independente de
Operaes e Sobrevivncia na
rea da Caatinga (Ciosac) e
prestaram depoimento ontem
na sede do DHPP, no Cordei-
ro, Zona Oeste do Recife. O
advogado do autor do tiro,
EduardoMorais, afirma que o
sargento est muito abalado
com a situao. No depoi-
mento, ele afirmou que tudo
levava a crer que era uma si-
tuao de risco, por causa do
horrio, dos dois carros para-
dos em frente a duas agncias
bancrias e da recusa em obe-
decer s orientaes do grupo
ttico. Meu cliente no vai se
eximir de qualquer responsa-
bilidade, relata.
Segundo informaes preli-
minares, os oficiais aborda-
ram dois carros que estavam
estacionados em frente a duas
agncias bancrias, por volta
das 23h da ltima tera-feira.
Um dos veculos era uma ca-
minhonete S10 conduzida por
Marcelo, que estava acompa-
nhado de outras trs pessoas,
e o outro, um Corola branco,
sem placa, com duas pessoas
dentro. Durante a abordagem,
o jovem teria se recusado a pa-
rar e tentado realizar mano-
bra para fugir. Em seguida, o
comandante da guarnio tti-
ca atirou. Segundo o chefe do
ncleo de percia do DHPP,
Fernando Benevides, em dez
dias sero feitos todos os exa-
mes necessrios. Vamos reali-
zar coletas e encaminhar para
o setor de balstica. O veculo
ser levado a um local adequa-
do para percia. Se for preci-
so, realizaremos uma reprodu-
o simulada.
A delegada Gleide ngelo
garante que todos os elemen-
tos sero analisados. Estou
comeando a investigao
agora. Vou fazer a ouvida de
todos os envolvidos, procurar
testemunhas, filmagens, reu-
nir todas as provas. Vamos fa-
zer tudo que for preciso.
ArnaldoCarvalho/JCImagem
EdmarMelo/JCImagem
2
jornal do commercio Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira
-
qMais na web
k cincia/meio ambiente
O
s Doutores da Ale-
gria fizeram um ar-
raial no Hospital da
Restaurao (HR), no Derby,
rea central do Recife, na ma-
nh de ontem. Diferentemen-
te das visitas sistemticas ao
longo do ano, restritas ao se-
tor peditrico, o projeto So
Joozinho leva o forr para
outras alas do hospital e arran-
ca sorrisos de toda a equipe. A
trupe finaliza as comemora-
es juninas amanh, no Hos-
pital Otvio de Freitas, no San-
cho, s 10h.
Seis doutores participam
do cortejo. Alm do noivo e
da noiva, um Santo Antnio
acompanha o arraial que tem
direito a casamento e quadri-
lha improvisada. A msica
garantida pelo Trio Porta So-
ro, com zabumba, tringulo e
sanfona. No repertrio, clssi-
cos juninos e muito forr p
de serra. Quando comea-
mos a ensaiar, revemos o re-
pertrio e selecionamos as
msicasmais ldicas, comen-
ta Marcelo Oliveira, conheci-
do nos hospitais como Dr.
Marmelo. um satisfao
enorme trazer o So Joo pa-
ra essas crianas. Algumas es-
to internadas h muito tem-
po e no vo poder brincar.
Nossa alegria atinge desde o
paciente, at mdicos, tcni-
cos, enfermeiros, garante.
A iniciativa tem repercus-
so positiva no tratamento.
A hospitalizao um mo-
mentomuito difcil, principal-
mente para as crianas que
saem do mundo delas para
um quarto branco estranho,
onde s chega gente para fu-
rar e dar remdio. Os Douto-
res vm com outra inteno:
sorrir, soltar piadas, cantar,
ressalta a pediatra Mrcia Ja-
queline. Essa humanizao
deixa pacientes e acompa-
nhantesmais tranquilos e rela-
xados, o que repercute bem
no tratamento, relata.
Antes da ao, JoaquimGa-
briel do Nascimento, 2 anos,
j esperava a trupe. Ele sem-
pre fica assim, se estiver dor-
mindo, pula da cama para ver
os palhaos, diz a meMaria
Jos Nascimento. Joaquim
tem atresia de esfago,m-for-
mao que o obriga a retornar
ao hospital a cada 15 dias. Ma-
ria se emociona ao falar da ini-
ciativa dos Doutores: boa
porque as crianas aqui pas-
sam por muito sofrimento. Eu
fico muito feliz em ver a ale-
gria delas.
Os Doutores so mantidos
por doaes que podem ser
feitas pelo www.doutoresdaa-
legria.org.br, onde tambm se
adquire produtos da ONG.
www.jconline.com.br
Menos poluio
salvariamilhes
de vidas por ano
W
ASHINGTON
Ao menos trs mi-
lhes demortes po-
deriam ser evitadas no mundo
anualmente com o respeito s
normas sobre a poluio do ar
da Organizao Mundial de
Sade (OMS), especialmente
na China e na ndia, destaca
um estudo publicado ontem.
A poluio do ar respons-
vel por cerca de 3,2 milhes de
mortes ao ano, segundo estima-
tiva da OMS, o que supera os
bitos provocados pela aids e a
malria juntas, destacam os au-
tores do estudo, publicado na
revista Environmental Science
and Technology.
Os pesquisadores se concen-
traram principalmente nas par-
tculas em suspenso no ar infe-
riores a 2,5 mcrons, que po-
dem penetrar profundamente
nos pulmes, aumentando o ris-
co de doenas cardacas e pul-
monares, como enfisema e cn-
cer, assim como acidentes vas-
culares cerebrais.
Estas partculas procedem
da combusto do carvo nas
centrais eltricas, do escapa-
mento dos automveis e de ou-
tras emisses industriais. Nos
pases de baixa renda so resul-
tado da queima da lenha em fo-
ges ou na calefao.
Amaioria da populaomun-
dial vive com concentraes su-
periores a 10 microgramas por
litro de ar, o mximo aceitvel
segundo a OMS, mas em algu-
mas partes de ndia e China tal
ndice supera os 100 microgra-
mas.
Tratamos de determinar o
quanto devem reduzir nos dife-
rentes lugares do mundo estas
partculas para diminuir a mor-
talidade, explicou Joshua Ap-
te, um dos pesquisadores da
Universidade do Texas.
O modelo informtico elabo-
rado para este estudo poder
ajudar a conceber estratgias
para proteger a sade pblica.
ndia e China deveriam redu-
zir seu nvel mdio de partcu-
las de 20 a 30% para manter
sua taxa atual de mortalidade,
levando-se em conta sua pro-
gresso demogrfica, estimam
os pesquisadores.
Mas para chegar a 10 micro-
gramas/litro seriam necess-
rias medidas drsticas: para re-
duzir a mdia de mortalidade
devido poluio do ar os pa-
ses mais contaminados preci-
sam baixar em 68% a densida-
de de micropartculas em rela-
o aos nveis de 2010.
Os pases da sia respondem
por 72% dos 3,2milhes de bi-
tos anuais causados pela polui-
o do ar. Nas naesmenos po-
ludas, como Estados Unidos,
uma reduo de 25%na concen-
trao demicropartculas salva-
ria 500mil vidas anualmente.
SrgioBernardo/JCImagem
Forr para garantirmais vida
Fotos da apresentao dos
Doutores na Restaurao:
www.jconline.com.br/cidades
BobbyFabisak/JCImagem
PARTCULAS Escapamento dos carros foi avaliado na pesquisa
ESTUDO Seguir regras da OMS evitaria pelo menos 3 milhes de
mortes no mundo. Nos EUA, seriam preservadas 500 mil pessoas
O arrasta-p
se espalha
pela periferia
A menos de uma semana pa-
ra o So Joo, o clima junino j
tomou conta da capital e do in-
terior do Estado. Hoje o arrasta-
p chega com tudo nos ar-
raiais comunitrios da cidade.
Na sexta-feira, o forr rola sol-
to na Praa do Arsenal, no Bair-
ro do Recife. Em Caruaru e em
Gravat, no Agreste, a festa
acontece no fim de semana.
De hoje at sbado, as comu-
nidades de Alto do Refgio e
Cho de Estrela, na Zona Norte
da capital, recebem apresenta-
es culturais e shows nos ar-
raiais comunitrios, a partir das
20h. Abrindo a programao na
Praa do Arsenal, haver apre-
sentao de dana emsica nes-
ta sexta-feira. O Bal Popular
do Recife se apresenta s 19h.
s 21h, Geraldo Maia sobe ao
palco para animar o pblico.
J em Gravat, os grupos
Forr Bom Clima e Gal ani-
mam a populao no Ptio de
Eventos, amanh. No sbado,
quem faz a festa o Galeguinho
de Gravat, Valdinho Paes e
Brucelose, a partir das 21h. No
MercadoCultural, o TrioMistu-
ra Brasileira e o Forr Apruma-
do se apresentam s 13h, tam-
bm no sbado.
Em Caruaru, Lucas Costa e a
banda Gatinha Manhosa co-
mandam o arrasta-p no Ptio
de Eventos Luiz Gonzaga, ama-
nh.
cidades
ARRAIAL Trupe organizou um cortejo no HR com direito a casamento e quadrilha improvisada
FESTA Doutores da Alegria levam animao a crianas internadas no Hospital da Restaurao e arrancam sorrisos tambm dos adultos
Recife I 18 de junho de 2015 I quinta-feira jornal do commercio
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Delegado alega
que houve
contradies
com testemunha
AshlleyMelo/JCImagem
Eu estou traumatizado
Galeria de fotos do enterro no
www.jconline.com.br/cidades
entrevista k Jos Cndido da Silva
BobbyFabisak/JCImagem
O motorista do nibus de
ondeHarlynton Santos foi ar-
remessado contra a grade do
Terminal do Cais de Santa Ri-
ta, no Centro do Recife, na
noite da ltima segunda-fei-
ra, nega ter visto o estudante
se pendurar ou t-lo ouvido
bater na porta do coletivo.
Jos Cndido da Silva tem
62 anos e 40 de profisso, ao
longo dos quais garante nun-
ca ter dirigido em situaes
que colocassem em risco a vi-
da dos usurios. O que eu fiz
foi desembarcar dois passa-
geiros no terminal e partir.
Tanto que cumpri meu per-
curso at o Terminal de
Integrao Tancredo Neves
(na Imbiribeira, Zona Sul) e
de l fui para a garagem da
empresa, em Jaboato.
O delegado de Delitos de
Trnsito, NewsonMotta, afir-
mou que o depoimento de Jo-
s Cndido diferente do
que foi dado pela nica teste-
munha ouvida at agora
um homem identificado ape-
nas como Josu. A testemu-
nha disse que o nibus subiu
a calada, o motorista arran-
cou com velocidade e no
prestou socorro vtima,
contou.
O delegado ter 30 dias pa-
ra concluir o inqurito relati-
vo morte de Harlynton. Ele
solicitar percias ao Institu-
to de Medicina Legal (IML)