17ª estado de santa catarina 3ª sessão legislatura … · assembleia legislativa do estado de...

24
ANO LXII FLORIANÓPOLIS, 8 DE NOVEMBRO DE 2013 NÚMERO 6.620 MESA Joares Ponticelli PRESIDENTE Romildo Titon 1º VICE-PRESIDENTE Pe. Pedro Baldissera 2º VICE-PRESIDENTE Kennedy Nunes 1º SECRETÁRIO Nilson Gonçalves 2º SECRETÁRIO Manoel Mota 3º SECRETÁRIO Jailson Lima 4ª SECRETÁRIO LIDERANÇA DO GOVERNO Aldo Schneider PARTIDOS POLÍTICOS (Lideranças) PARTIDO PROGRESSISTA Líder: Valmir Comin PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO Líder: Carlos Chiodini PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO Líder: Darci de Matos PARTIDO DOS TRABALHADORES Líder: Ana Paula Lima PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA Líder: Dóia Guglielmi DEMOCRATAS Líder: Narcizo Parisotto PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL Líder: Angela Albino PARTIDO POPULAR SOCIALISTA Líder: Altair Guidi PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE Líder: Sargento Amauri Soares COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Mauro de Nadal - Presidente Silvio Dreveck - Vice-Presidente José Nei A. Ascari Jean Kuhlmann Ana Paula Lima Dirceu Dresch Serafim Venzon Narcizo Parisotto Aldo Schneider COMISSÃO DE TRANSPORTES E DESENVOLVIMENTO URBANO Reno Caramori - Presidente Carlos Chiodini - Vice-Presidente Volnei Morastoni Darci de Matos Aldo Schneider Marcos Vieira Sargento Amauri Soares COMISSÃO DE PESCA E AQUICULTURA Dirceu Dresch - Presidente Maurício Eskudlark - Vice-Presidente Edison Andrino Moacir Sopelsa Reno Caramori Dóia Guglielmi Sargento Amauri Soares COMISSÃO DE TRABALHO, ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO Marcos Vieira - Presidente Silvio Dreveck - Vice-Presidente Ciro Roza Dirceu Dresch Aldo Schneider Renato Hinnig Angela Albino COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA José Nei A. Ascari - Presidente José Milton Scheffer - Vice-Presidente Altair Guidi Luciane Carminatti Dirce Heiderscheidt Antonio Aguiar Serafim Venzon COMISSÃO DE RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL, COMUNICAÇÃO, RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DO MERCOSUL Taxista Voltolini - Presidente Neodi Saretta - Vice-Presidente Silvio Dreveck Aldo Schneider Edison Andrino Dado Cherem Maurício Eskudlark COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Gilmar Knaesel - Presidente Darci de Matos - Vice-Presidente Angela Albino Silvio Dreveck Neodi Saretta Luciane Carminatti Renato Hinnig Antonio Aguiar Marcos Vieira COMISSÃO DE AGRICULTURA E POLÍTICA RURAL Moacir Sopelsa - Presidente José Milton Scheffer - Vice-Presidente José Nei A. Ascari Dirceu Dresch Narcizo Parisotto Mauro de Nadal Dóia Guglielmi COMISSÃO DE ECONOMIA, CIÊNCIA, TECNOLOGIA, MINAS E ENERGIA José Milton Scheffer - Presidente Angela Albino - Vice-Presidente Gelson Merisio Dirceu Dresch Carlos Chiodini Moacir Sopelsa Dado Cherem COMISSÃO DE TURISMO E MEIO AMBIENTE Neodi Saretta - Presidente Taxista Voltolini - Vice-Presidente Ciro Roza Altair Silva Dirce Heiderscheidt Edison Andrino Gilmar Knaesel COMISSÃO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR Dóia Guglielmi - Presidente Jorge Teixeira Gelson Merisio Altair Silva Luciane Carminatti Volnei Morastoni Moacir Sopelsa Antonio Aguiar Narcizo Parisotto COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS Luciane Carminatti - Presidente Angela Albino - Vice-Presidente Jorge Teixeira Dirce Heiderscheidt Antonio Aguiar Gilmar Knaesel José Milton Scheffer COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA Maurício Eskudlark - Presidente Carlos Chiodini - Vice-Presidente Sargento Amauri Soares Reno Caramori Ana Paula Lima Renato Hinnig Marcos Vieira COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Antonio Aguiar - Presidente Luciane Carminatti - Vice-Presidente Altair Silva Ismael dos Santos Sargento Amauri Soares Carlos Chiodini Dado Cherem COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA Angela Albino - Presidente Jean Kuhlmann - Vice-Presidente Reno Caramori Volnei Morastoni Edison Andrino Dirce Heiderscheidt Gilmar Knaesel COMISSÃO DE SAÚDE Volnei Morastoni - Presidente Antonio Aguiar - Vice-Presidente José Milton Scheffer Sargento Amauri Soares Jorge Teixeira Mauro de Nadal Serafim Venzon COMISSÃO DE PROTEÇÃO CIVIL Jean Kuhlmann - Presidente Aldo Schneider - Vice-Presidente Silvio Dreveck Volnei Morastoni Mauro de Nadal Taxista Voltolini Gilmar Knaesel COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Serafim Venzon - Presidente Ismael dos Santos - Vice-Presidednte Ana Paula Lima Dirce Heiderscheidt Carlos Chiodini Altair Silva Narcizo Parisotto COMISSÃO DE PREVENÇÃO E COMBATE ÀS DROGAS Ismael dos Santos - Presidente Ana Paula Lima - Vice-Presidente Antonio Aguiar Dado Cherem Reno Caramori Gelson Merisio Sargento Amauri Soares 17ª Legislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislativa

Upload: vuthu

Post on 02-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

ANO LXII FLORIANÓPOLIS, 8 DE NOVEMBRO DE 2013 NÚMERO 6.620

MESA

Joares Ponticelli

PRESIDENTE

Romildo Titon 1º VICE-PRESIDENTE

Pe. Pedro Baldissera 2º VICE-PRESIDENTE

Kennedy Nunes 1º SECRETÁRIO

Nilson Gonçalves 2º SECRETÁRIO

Manoel Mota

3º SECRETÁRIO

Jailson Lima 4ª SECRETÁRIO

LIDERANÇA DO GOVERNO

Aldo Schneider

PARTIDOS POLÍTICOS

(Lideranças)

PARTIDO PROGRESSISTA Líder: Valmir Comin

PARTIDO DO MOVIMENTO

DEMOCRÁTICO BRASILEIRO Líder: Carlos Chiodini

PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO

Líder: Darci de Matos

PARTIDO DOS TRABALHADORES

Líder: Ana Paula Lima

PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA

Líder: Dóia Guglielmi

DEMOCRATAS Líder: Narcizo Parisotto

PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL Líder: Angela Albino

PARTIDO POPULAR SOCIALISTA

Líder: Altair Guidi

PARTIDO SOCIALISMO E

LIBERDADE Líder: Sargento Amauri Soares

COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Mauro de Nadal - Presidente Silvio Dreveck - Vice-Presidente José Nei A. Ascari Jean Kuhlmann Ana Paula Lima Dirceu Dresch Serafim Venzon Narcizo Parisotto Aldo Schneider

COMISSÃO DE TRANSPORTES E DESENVOLVIMENTO URBANO Reno Caramori - Presidente Carlos Chiodini - Vice-Presidente Volnei Morastoni Darci de Matos Aldo Schneider Marcos Vieira Sargento Amauri Soares

COMISSÃO DE PESCA E AQUICULTURA Dirceu Dresch - Presidente Maurício Eskudlark - Vice-Presidente Edison Andrino Moacir Sopelsa Reno Caramori Dóia Guglielmi Sargento Amauri Soares

COMISSÃO DE TRABALHO, ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO Marcos Vieira - Presidente Silvio Dreveck - Vice-Presidente Ciro Roza Dirceu Dresch Aldo Schneider Renato Hinnig Angela Albino

COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA José Nei A. Ascari - Presidente José Milton Scheffer - Vice-Presidente Altair Guidi Luciane Carminatti Dirce Heiderscheidt Antonio Aguiar Serafim Venzon

COMISSÃO DE RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL, COMUNICAÇÃO, RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DO MERCOSUL Taxista Voltolini - Presidente Neodi Saretta - Vice-Presidente Silvio Dreveck Aldo Schneider Edison Andrino Dado Cherem Maurício Eskudlark

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Gilmar Knaesel - Presidente Darci de Matos - Vice-Presidente Angela Albino Silvio Dreveck Neodi Saretta Luciane Carminatti Renato Hinnig Antonio Aguiar Marcos Vieira COMISSÃO DE AGRICULTURA E POLÍTICA RURAL Moacir Sopelsa - Presidente José Milton Scheffer - Vice-Presidente José Nei A. Ascari Dirceu Dresch Narcizo Parisotto Mauro de Nadal Dóia Guglielmi COMISSÃO DE ECONOMIA, CIÊNCIA, TECNOLOGIA, MINAS E ENERGIA José Milton Scheffer - Presidente Angela Albino - Vice-Presidente Gelson Merisio Dirceu Dresch Carlos Chiodini Moacir Sopelsa Dado Cherem COMISSÃO DE TURISMO E MEIO AMBIENTE Neodi Saretta - Presidente Taxista Voltolini - Vice-Presidente Ciro Roza Altair Silva Dirce Heiderscheidt Edison Andrino Gilmar Knaesel COMISSÃO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR Dóia Guglielmi - Presidente Jorge Teixeira Gelson Merisio Altair Silva Luciane Carminatti Volnei Morastoni Moacir Sopelsa Antonio Aguiar Narcizo Parisotto COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS Luciane Carminatti - Presidente Angela Albino - Vice-Presidente Jorge Teixeira Dirce Heiderscheidt Antonio Aguiar Gilmar Knaesel José Milton Scheffer

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA Maurício Eskudlark - Presidente Carlos Chiodini - Vice-Presidente Sargento Amauri Soares Reno Caramori Ana Paula Lima Renato Hinnig Marcos Vieira

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Antonio Aguiar - Presidente Luciane Carminatti - Vice-Presidente Altair Silva Ismael dos Santos Sargento Amauri Soares Carlos Chiodini Dado Cherem

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA Angela Albino - Presidente Jean Kuhlmann - Vice-Presidente Reno Caramori Volnei Morastoni Edison Andrino Dirce Heiderscheidt Gilmar Knaesel

COMISSÃO DE SAÚDE Volnei Morastoni - Presidente Antonio Aguiar - Vice-Presidente José Milton Scheffer Sargento Amauri Soares Jorge Teixeira Mauro de Nadal Serafim Venzon

COMISSÃO DE PROTEÇÃO CIVIL Jean Kuhlmann - Presidente Aldo Schneider - Vice-Presidente Silvio Dreveck Volnei Morastoni Mauro de Nadal Taxista Voltolini Gilmar Knaesel

COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Serafim Venzon - Presidente Ismael dos Santos - Vice-Presidednte Ana Paula Lima Dirce Heiderscheidt Carlos Chiodini Altair Silva Narcizo Parisotto

COMISSÃO DE PREVENÇÃO E COMBATE ÀS DROGAS Ismael dos Santos - Presidente Ana Paula Lima - Vice-Presidente Antonio Aguiar Dado Cherem Reno Caramori Gelson Merisio Sargento Amauri Soares

17ª Legislatura ESTADO DE SANTA CATARINA

3ª Sessão Legislativa

Page 2: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

2 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/2013

DIRETORIA LEGISLATIVA

Coordenadoria de Publicação:Responsável pela revisão dosdocumentos digitados, bem comoeditoração, diagramação e distribuição.Coordenador: Carlos Augusto deCarvalho Bezerra

Coordenadoria de Taquigrafiado Plenário:

Responsável pela composição e revisãodas atas das sessões ordinárias,especiais, solenes e extraordinárias.Coordenadora: Rita de Cassia Costa

DIRETORIA DE TECNOLOGIA EINFORMAÇÕES

Coordenadoria de Divulgação eServiços Gráficos:

Responsável pela impressão.Coordenador: Francisco CarlosFernandes Pacheco

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA

EXPEDIENTE

Assembleia Legislativa do Estado de Santa CatarinaPalácio Barriga Verde - Centro Cívico Tancredo Neve s

Rua Jorge Luz Fontes, nº 310 - Florianópolis - SCCEP 88020-900 - Telefone (PABX) (048) 3221-2500

Internet: www.alesc.sc.gov.br

IMPRESSÃO PRÓPRIA - ANO XXIINESTA EDIÇÃO: 24 PÁGINAS

TIRAGEM: 5 EXEMPLARES

ÍNDICE

PlenárioAta da 081ª Sessão Ordináriarealizada em 18/09/2013...........2Publicações DiversasAudiência Pública .....................8Atas de ComissõesPermanentes...........................19Avisos de Licitação .................20Portarias..................................20Redações Finais .....................21

P L E N Á R I O

ATA DA 081ª SESSÃO ORDINÁRIADA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17ª LEGISLATURA

REALIZADA EM 18 DE SETEMBRO DE 2013PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO JOARES PONTICELLI

Às 14h, achavam-se presentes os seguintessrs. deputados: Aldo Schneider - Ana PaulaLima - Angela Albino - Arnaldo Moraes - CarlosChiodini - Ciro Roza - Dado Cherem - DirceuDresch - Dóia Guglielmi - Edison Andrino -Gelson Merisio - Gilmar Knaesel - Jailson Lima -Jean Kuhlmann - Joares Ponticelli - JorgeTeixeira - José Nei Ascari - Kennedy Nunes -Luciane Carminatti - Manoel Mota - MarcosVieira - Mauro de Nadal - Moacir Sopelsa -Narcizo Parisotto - Neodi Saretta - NilsonGonçalves - Padre Pedro Baldissera - RenoCaramori - Romildo Titon - Sargento AmauriSoares - Serafim Venzon - Silvio Dreveck - ValmirComin - Volnei Morastoni.

Gostaríamos de destacar também apresença do vereador de Itajaí, Giovani Felix, doPartido dos Trabalhadores, que está acompa-nhado de seu assessor Valdir Rocha e deoutras lideranças.

brasileiras e a juventude é o consumo dedrogas e o aumento da prostituição infantil ejuvenil.

Poucos meses atrás tivemos umahistórica mobilização da juventude nacional,que foi para as ruas do país manifestar-sesobre diversos temas, desde a reforma políticaaté um conjunto de reformas estruturais,englobando aí a questão do transporte coletivoe da mobilidade urbana.

Passaremos às Breves Comuni-cações.

Com a palavra o primeiro oradorinscrito, deputado Dirceu Dresch, por até dezminutos.

Mais recentemente, a presidentaDilma lançou o Estatuto da Juventude, quepretende ser um marco histórico na vida dosjovens brasileiros, pois engloba um conjunto dedireitos, de diretrizes, de políticas públicas, taiscomo: transporte, mobilidade, saúde, lazer,cultura etc.

O SR. DEPUTADO DIRCEU DRESCH -Sr. presidente, srs. deputados, todos os queassistem à nossa sessão ordinária,especialmente o vereador Giovani Felix, deItajaí.

O SR. PRESIDENTE (Deputado PadrePedro Baldissera) - Havendo quórum regimentale invocando a proteção de Deus, declaro abertaa presente sessão.

Ocupo, nesta tarde, esta tribuna parafalar um pouco sobre o momento histórico quevive a juventude brasileira, especialmente ajuventude catarinense, e relatar a audiênciapública que tivemos neste plenário, pelamanhã, na qual discutimos diversos temas.

Assim, entendemos importante fazerum debate do assunto também nesta Casa, ehoje pela manhã tivemos uma grande audiênciapública, que contou com representações detodas as regiões de Santa Catarina, de todasas entidades da juventude, para discutir opapel, a participação e a elaboração depolíticas públicas para esse segmento, querepresentem tantos os seus sonhos, comoalguns desafios para os próximos anos.

Solicito ao sr. secretário que procedaà leitura da ata da sessão anterior.

(É lida e aprovada a ata.) O Brasil vive um momento histórico,quando ainda temos um número muito grandede jovens neste país, uma vez que a tendênciaatual é a redução da natalidade e, consequen-temente, o envelhecimento da população. Porisso, os governos precisam preocupar-semuito no sentido de atender a essajuventude, nas mais diversas dimensões, ouseja, educação, saúde e segurança pública.E uma das questões que ronda as famílias

Solicito à assessoria que distribua oexpediente aos srs. deputados.

Gostaria de fazer, em nome daPresidência, o registro da presença de váriosrepresentantes do Instituto Federal de SantaCatarina, que vieram tratar de questõesreferentes ao projeto do curso de EngenhariaEletrônica.

Foi um momento extraordinário, umriquíssimo debate, deputados Neodi Saretta eLuciane Carminatti, capitaneado pela comissãode Direitos Humanos.Sejam bem-vindos ao nosso convívio!

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 3: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 3

Ao final, depois dos debates queforam enriquecidos com contribuições deentidades como a Pastoral da Juventude daIgreja Católica, a UCE, a Fetraf/Sul e a CUT,apuramos novos elementos, novas propostas,que deverão farão parte do Estatuto daJuventude de Santa Catarina.

Está suspensa a sessão. saneamento em Santa Catarina. E ninguémalém da Assembleia Legislativa pode investigarisso, porque as Câmaras Municipais apenasvão poder dar conta da sua questão.

O SR. PRESIDENTE (Deputado PadrePedro Baldissera)(Faz soar a campainha.) -Estão reabertos os trabalhos.

A Assembleia Legislativa precisapronunciar-se sobre esse assunto. E é por issoque estamos subindo à tribuna repetidas vezes.Há um mês vimos peleando - e como dizem osgaúchos, não tá morto quem peleia - natentativa de instalar essa CPI que 19 parla-mentares disseram que queriam. E não é umafiligrana jurídica ou, mais que isso, umproblema de português que vai tirar-nos a CPIdas mãos.

Quero registrar a presença da BandaMunicipal Unidos de Imaruí e dos acadêmicosdo curso de Gestão Pública da Uniasselvi, deRio do Sul.Além disso, depois de décadas de

discussão, também está em debate nesta Casaa construção do Conselho Estadual daJuventude. Felizmente, depois de muitamobilização e pressão, o governo do estadoencaminhou o projeto que cria o ConselhoEstadual da Juventude.

Passaremos ao horário reservado aosPartidos Políticos. Hoje, quarta-feira, osprimeiros minutos são destinados ao PCdoB.

Com a palavra a sra. deputada AngelaAlbino, líder da bancada, por até cinco minutos.

A SRA. DEPUTADA ANGELA ALBINO -Sr. presidente, novamente gostaria deagradecer ao Plenário, que abriu umaexcepcionalidade para receber o setor deturismo na Assembleia Legislativa.

A decisão da comissão deConstituição e Justiça de limitar a CPI apenas àPalhoça traz-nos a responsabilidade de dizer oque vamos fazer com todos os outrosmunicípios que o Tribunal de Contas e oMinistério Público já disseram que têmproblemas. Quem vai poder investigar, se oMinistério Público já nos pediu e se o Tribunalde Contas, que é um órgão auxiliar daAssembleia Legislativa, diz que tem.

Foi criado um grupo de trabalho repre-sentativo, que se reunirá para discutir aproposta estadual do Estatuto da Juventude,projeto que já tramita nesta Casa. Vou pedir,inclusive, vistas desse projeto para contribuirna elaboração do estatuto, além de promoveroutros debates sobre a reforma política e aredução da maioridade penal.

Sr. presidente, hoje quero dialogarindiretamente sobre turismo, pois se trata deuma questão correlata, o saneamento emSanta Catarina, que só é melhor do que o doestado do Piauí. A nossa cobertura nãocorresponde às necessidades de um estadoque ostenta índices de qualidade de vidaextraordinários em relação ao resto do país.

Os jovens estão preocupados, sr.presidente, com essa questão da diminuição damaioridade penal, porque as prisões brasileirassão verdadeiras faculdades do crime e não umespaço de recuperação dos apenados. A solução,em nosso entendimento, não é, de forma alguma,amontoar jovens nos presídios, mas construirpolíticas educativas, investir mais na educação,qualificar profissionalmente os jovens, para quepossam ter trabalho, cultura, lazer e dignidade.

Portanto, reafirmo o pedido a estaCasa que possamos de fato investigarplenamente esse tema através da nossa CPI.

Muito recentemente o estado temvivido um processo de municipalização eprivatização dos serviços de água esaneamento, que lá no começo dizíamos quetinha muitas chances de dar errado, porque naárea de saneamento, em particular, há umarelação de solidariedade entre os municípios.Como exemplo pego a querida capital doscatarinenses, Florianópolis, à qual,generosamente, Santo Amaro da Imperatriz dáágua e Biguaçu recebe o lixo. Portanto, nãosomos autossuficientes nem no abastecimentod’água nem na destinação de lixo.

Muito obrigada!(SEM REVISÃO DA ORADORA)O SR. PRESIDENTE (Deputado Padre

Pedro Baldissera) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PSDB.Foi um grande evento, do qual

tiramos inúmeros encaminhamentos. Por issofaremos um documento das propostas dosjovens e traremos a esta tribuna. Nessesentido, teremos a elaboração de um conjuntode políticas públicas a partir desse diagnóstico,dessas informações.

Com a palavra o sr. deputado SerafimVenzon, por até dez minutos.

O SR. DEPUTADO SERAFIM VENZON -Sr. presidente, srs. deputados, quero saudartodos os nossos visitantes, os prefeitos, osvereadores, os deputados e deputadas, alémdos catarinenses que nos acompanham pelosmeios de comunicação.

Quero destacar também a importanteparticipação da secretária nacional daJuventude, a catarinense Severine CarmenMacedo, de Anita Garibaldi.

Os municípios precisam ter relaçãode solidariedade no trato da questão dosaneamento e da água, até porque osaneamento não conhece as barreiras dosmunicípios. O município de Biguaçu não tem umúnico metro de saneamento e atingediretamente a balneabilidade, esse importantevetor econômico que é para nós o turismo, emFlorianópolis, pois as cidades se comunicamnesse campo.

Em primeiro lugar, quero pedirdesculpas a quem sempre tem acompanhadoas nossas sessões, pois inúmeras vezes eucoloquei desta tribuna, deputado Valmir Comin,que Santa Catarina tinha uma fila no SUS de250km. Naturalmente que é uma fila virtual,mas é pior do que a real!

No mais, quero agradecer estaoportunidade e reafirmar o grande compromissocom a organização da juventude, com o seufortalecimento, com a sua luta por melhoria daspolíticas públicas, pois estamos desde o finaldos anos 70 atuando nos movimentos dejuventude do estado e do país.

Mas acredito que estava enganado,porque só as filas na regional de Joinville,conforme o jornal A Notícia, e todos sabem dasua credibilidade, têm 112 mil pessoas. Élógico que compreende as cidades do entorno,como, por exemplo, São Bento do Sul, CampoAlegre, Rio Negrinho, Mafra e Itaiópolis. Apenasna especialidade de oftalmologia, a fila tem22.500 pessoas aguardando. E apesar desseprocedimento ter como pagamento um valormuito pequeno por cada cirurgia, ainda assimhá valores que não foram pagos e outros quesequer foram liberados.

O processo de municipalização e deprivatização em Santa Catarina, srs. parla-mentares, viu de tudo, assim confirmado peloTribunal de Contas de Santa Catarina:municípios tinham editais de privatização emunicipalização absolutamente idênticos. Estoufalando de municípios diferentes, cujos editaiseram absolutamente idênticos, inclusive noserros de português. Ou nós estamos falando deuma situação de excepcional comunicação dagenialidade humana, ou nós estamos falandode alguém que de propósito, de formaorganizada, tem-se aproveitado desse momentoque o estado vive para a fraude, fraude essaque o TCE já constatou e que o Gaeco,recentemente e de forma ruidosa, em Palhoça,constatou que virou caso de polícia.

Muito obrigado!(SEM REVISAO DO ORADOR)O Sr. Deputado Jean Kuhlmann - Pela

ordem, sr. presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Padre

Pedro Baldissera) - Com a palavra, pela ordem,o deputado Jean Kuhlmann.

O SR. DEPUTADO JEAN KUHLMANN -Gostaria apenas de agradecer, sr. presidente, apresença e cumprimentar o Grupo Esperança,de Blumenau, que veio visitar esta Casa.

Assim, srs. parlamentares, osmédicos acabam ficando impedidos de fazer ascirurgias, porque na hora em que realizam osprocedimentos, eles têm um custo previsto, umcusto real, que quando não autorizado, deixa ohospital sem ter os valores registrados,ficando, consequentemente, sem o valordevido.

Boas-vindas à dona Elona e a toda aequipe, bem como à dona Norma Dickmann,que trouxe todo o grupo.

O Sr. Deputado Jailson Lima - Pelaordem, sr. presidente.

Mas não é só nessa perspectiva, evou falar novamente de Palhoça e de Capivaride Baixo, no sul do estado, onde os prefeitosdizem abertamente que o dinheiro quearrecadam com saneamento está sendodestinado ao caixa geral do município parapagar a folha. Portanto, não é feito saneamentonem em Palhoça, nem em Capivari de Baixo,embora o povo pague, e pague caro,saneamento nos dois municípios.

O SR. PRESIDENTE (Deputado PadrePedro Baldissera) - Com a palavra, pela ordem,o sr. deputado Jailson Lima.

Já na área de ortopedia, há naquelaregional uma fila de 16 mil pacientes, enquantoem neurologia, há nove mil pessoas aguardando.Isso porque os hospitais de Joinville são referênciaregional. Se considerarmos que Chapecó, Lages,Criciúma e Florianópolis são consideradosmunicípios referência, imaginem o número depessoas que estão na fila.

O SR. DEPUTADO JAILSON LIMA -Quero registrar a presença do prefeito EgonGabriel Júnior, juntamente com o vice e lide-ranças da cidade de Dona Emma.

Sejam bem-vindos!O SR. PRESIDENTE (Deputado Padre

Pedro Baldissera) - Esta Presidência, conformeentendimento anterior, suspenderá a presentesessão pelo tempo dez minutos para ouvirmoso sr. Estanislau Bresolin, presidente Federaçãode Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares deSanta Catarina.

Foi por isso que criamos uma CPI,com o representativo número de 19 assinaturasde parlamentares desta Casa, quando sóprecisávamos de 14, o que demonstra que háalgo estranho ocorrendo na municipalização eprivatização dos serviços de água e

Mas eu não vim à tribuna apenaspara dizer isso, até porque estaria sendorepetitivo e mudando números. O importante éo seguinte: diante disso tudo o que se estáfazendo e o que vamos fazer?

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 4: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

4 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/2013

Eu sempre relatei que o problema dasaúde é a gestão do SUS, que ultrapassa aautoridade do secretário da Saúde, queultrapassa a autoridade do governador doestado. Por quê? Porque a estrutura central doministério da Saúde tem uma visão equivocadada gestão do SUS e precisa mudar. De tantocolocarmos isso desta tribuna, estamos vendoagora um grande farol, não é nem uma luz, queirá resolver essa questão, ou seja, o governo doestado vai intervir fortemente na gestão e comrecursos para modificar esses números.

Primeiramente, sr. presidente, querofazer uma consideração elogiosa ao governadorRaimundo Colombo, ao vice-governador EduardoPinho Moreira e, principalmente, à secretária deestado da Saúde, que nos autorizou, nasemana passada, comunicar, lá no municípiode Palmitos, acerca da assinatura de umconvênio da ordem de R$ 719 mil para que oHospital Regional de Palmitos possa concluir asobras de construção, parte final de toda ainfraestrutura, a fim de prestar atendimentonão só aos munícipes de Palmitos, mas de todaa região. Com esse aporte de recursos doestado, o hospital poderá concluir a obra eimplementar alguma especialidade que atraiapacientes de outros municípios daquela região.Hoje, embora já tenha a denominação dehospital regional, carece dessa infraes trutura.

do curso de Enfermagem em Palmitos ou atéum curso dentro daqueles que foram levan-tados pela pesquisa realizada pela AssociaçãoEmpresarial de Palmitos e pela secretaria deestado do Desenvolvimento Regional:Engenharia Civil ou Direito.

Infelizmente, não foi essa a notíciatrazida pelo reitor e por isso estamos bastantepreocupados. Acho que o nosso próximo passoé envolver o governador e o vice-governadornesse projeto, porque não podemos mais ficaraguardando a boa vontade da Udesc, que alegadificuldades financeiras e que sem um aportede recursos de outras fontes não poderá fazeros investimentos necessários em Palmitos.

Quando o governo do estado pagavaos médicos com vencimento mensal e elesganhavam também um pró-labore por cadaprocedimento efetuado, havia 40% de procedi-mentos a mais do que atualmente. Ou seja, omédico ganhando apenas um valor fixo por mêsacabou perdendo o estímulo.

Entretanto, discordamoscompletamente dessa afirmação, porqueentendemos que o orçamento já contemplaesse curso, basta já com que o curso retornepara o município de Palmitos.

O estado catarinense já foi parceirodaquele hospital, até 2011 repassou mais deR$ 1 milhão para a adequação da obra e agoraestá fazendo a terceira parte, ou seja, a partefinal da obra, repassando R$ 719 mil paraconcluí-la em definitivo.

Diante dessa constatação, o governoestadual editou três grandes medidasprovisórias que, a meu ver, ajudarão a mudarbastante essa triste realidade atual.

O Sr. Deputado Marcos Vieira - V.Exa.nos permite um aparte?

O SR. DEPUTADO MAURO DE NADAL -Ouço, com muita satisfação, o nobre colegaque participou da reunião de ontem, deputadoMarcos Vieira.

A Medida Provisória n. 192/2013institui o Programa de Estímulo à Produtividadee Atividade médica; o Programa EstadualPermanente de Mutirões de ProcedimentosClínicos e Cirúrgicos, e o Programa deProfissionalização da Gestão Hospitalar.

Estamos na Assembleia Legislativadesde 2011 trabalhando fortemente no objetivode encontrar alternativas para que os hospitaisdo interior do estado, principalmente oslocalizados nos pequenos municípios, possamcontinuar mantendo as suas atividades,propiciando um atendimento de excelência àspessoas que moram mais distante dos grandescentros de atendimento.

O Sr. Deputado Marcos Vieira -Deputado Mauro de Nadal, v.exa. tem razãoquando diz que foram inúmeras as reuniõesrealizadas por iniciativa do Poder Legislativocatarinense, tendo à frente, é verdade, opresidente da Casa, deputado Joares Ponticelli,e contando com a participação de v.exa., dadeputada Luciane Carminatti e de outros depu-tados.

Nos últimos três anos de governo foifeito um grande estudo, no qual foramenvolvidos entidades públicas e particulares,sindicatos, gestores e hospitais, tendo-seidentificado os seguintes desafios: Então, o nosso objetivo é trabalhar

nessa parceria e tentar encontrar, de umaforma microrregionalizada, algumas alternativasque otimizem a ocupação desses hospitais. Enessa direção tramita na Casa, mais especifica-mente agora está na comissão de Constituiçãoe de Justiça, a medida provisória que cria ascentrais de regulação e possibilita a destinaçãode auxílio financeiro para os municípiosrealizarem algumas consultas especializadas.

1. O modelo de gestão é inadequado;Havia um acordo segundo o qual no

dia 10 de setembro a Udesc definiria quecurso, afinal de contas, instalaria na cidade dePalmitos. Portanto, qual foi a nossa surpresaquando o reitor nos disse, na audiência pública,que se fosse para implantar um curso deDireito e de Ciências Contábeis na cidade dePalmitos, teria que ter uma disponibilidadefinanceira da ordem de R$ 8,2 milhões/mês.Se fosse um curso de Engenharia, a disponibi-lidade teria que ser de R$ 6,6 milhões, e deDireito, R$ 4,2 milhões.

2. Os recursos são distribuídos nem sempre deforma eficiente;3. Há falta de instrumentos formais quepossibilitem uma gestão profissional doshospitais; e4. O sistema de remuneração tem reduzidosincentivos ao aumento sustentável daprodução.

As centrais de regulação terãoinfluência direta na vida dos hospitais dospequenos municípios, uma vez que estãoconcentrados no entorno dos polos regionais,que poderão utilizar leitos que hoje estãopraticamente ociosos e abrigar algunspacientes cirúrgicos.

Segundo essa MP, será investida,ainda este ano, a soma de R$ 25 milhões; em2014, R$ 83,9 milhões, e em 2015, R$ 93,1milhões.

Não era isso que esperávamos. Anossa esperança era o simples anúncio sobrequal curso de ponta iria ser instalado na cidadede Palmitos. Mas fruto de uma sugestão dada aele pelos deputados, inclusive v.exa.,reiteramos que ele teria prazo para resolver.

Se aumentarmos o atendimento em50% vamos levar aproximadamente um ano emeio para consumir essa grande fila de espera. Mas quero destacar, na tarde de

hoje, uma de tantas reuniões que já realizamoscom a Udesc e que desta feita aconteceu nogabinete da Presidência desta Casa. Estavampresentes eu, o deputado Marcos Vieira, adeputada Luciane Carminatti e também opresidente Joares Ponticelli, que ansiososesperávamos da Udesc uma solução para ocampus de Palmitos.

Sr. presidente, a Medida Provisória n.191/2013 dispõe sobre o incentivo financeiroaos municípios para consultas e exames demédia complexidade. Infelizmente, ontem o reitor manteve

a posição e quis passar a bola para esta Casa,a fim de que a Assembleia procurasse o gover-nador e lhe pedisse um aumento do seupercentual orçamentário. Esqueceu-se a reitoriaque nos últimos cinco anos o orçamento finan-ceiro da Udesc passou de R$ 140 milhões paraR$ 280 milhões. Apesar disso, nas regiões quemais precisam, nas regiões com menor IDH, aUdesc não se faz presente ou não tem oscursos de ponta para propiciar desenvol-vimento.

A Medida Provisória n. 190/2013dispõe sobre a criação e o incentivo financeirode centrais de regulação, justamente para fazeresses encaminhamentos com mais eficiência.Para este ano estão previstos R$ 7,2 milhões;para o ano que vem, 2014, R$ 21,6 milhões; epara 2015, também R$ 21,6 milhões.

Já é do conhecimento de todos oscatarinenses que a Udesc está num processode descentralização do ensino universitário eacabou levando para o interior do estado catari-nense vários cursos. No extremo oeste deSanta Catarina tivemos a instalação da Udescnos municípios de Palmitos e de Pinhalzinho.

Então, sr. presidente, para nossasatisfação, percebemos que grande partedaquilo que vimos reivindicando está sendoatendido pelo governador Raimundo Colombo,que editou essas três medidas provisórias parainjetar recursos que farão as coisasacontecerem na área da saúde.

Quero dizer, sobretudo, que a criaçãoda Udesc foi fruto da administração de umgrande catarinense visionário, que foi gover-nador no início da década de 60, Celso Ramos.Ele criou a Udesc, a Celesc e deu ao oestede Santa Catarina a condição de ter suaprópria estrutura administrativa paraimpulsionar seu desenvolvimento, que foi apoderosa secretaria do Oeste, que hoje nãoexiste mais.

Pois bem. Em Pinhalzinho estamoscom dificuldades de ordem estrutural e nasemana retrasada, se não me falha a memória,o teto de uma das salas de aula desabou.Esses problemas já vinham sendo relatados àUdesc há muito mais tempo, que não tomouprovidência alguma. A sorte é que o teto nãodesabou na cabeça de algum aluno ouprofessor que estivesse na sala de aula.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Padre

Pedro Baldissera) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PMDB.

Com a palavra o deputado Mauro deNadal, por até 14 minutos.

Em Palmitos havia sido implantado ocurso de Enfermagem, mas em virtude de umencaminhamento feito por alunos e pelo próprioconselho da Udesc, o referido curso foi retiradode Palmitos e levado a Chapecó. A nossaesperança, na reunião, era que o reitortrouxesse uma alternativa que restabelecesse

Ora, a Udesc foi instalada mais nolitoral do estado, nas cidades com maisqualidade de vida. E, infelizmente, no meio-oeste, onde ocorreu o maior conflito social dahistória do país, a Guerra do Contestado, e noextremo oeste a presença da Udesc inexiste oué muito pequena.

O SR. DEPUTADO MAURO DE NADAL -Sr. presidente, prezados pares desta Casa,público aqui presente, pessoas que nosacompanham pela TVAL e pela Rádio DigitalAlesc.

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 5: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 5

Mas é oportuno o seu pronuncia-mento. Queremos crer que ainda há condiçãode uma reflexão para que a reitoria da Udescpossa, no dia de hoje, tomar a decisão de qualcurso instalar em Palmitos, fruto da reunião doConselho Universitário.

Além disso, o prefeito Udo Döhler nãopode mais reclamar da falta de recursos,porque o governo do estado nunca investiutanto dinheiro no hospital. E torno a dizer queaquele hospital é municipal, é responsabilidadeda prefeitura. Nós temos o Hospital RegionalHans Dieter Schmidt, que é estadual, e por issonão pode o governo do estado ficarsustentando esses dois hospitais da nossacidade, sendo que um deles é responsabilidadedo prefeito.

O que acontece atualmente? Eu sei,por exemplo, que um projeto está na comissãode Constituição e Justiça e que lá foi aprovadoe assim sucessivamente, nas demaiscomissões técnicas. Quando o projeto érejeitado em qualquer comissão, não apareceno site por que. O cidadão comum nãoconsegue saber por que determinada matériafoi rejeitada.

Muito obrigado, deputado!O SR. DEPUTADO MAURO DE NADAL -

Agradeço, deputado.No caso dos vetos, não há como

saber, pelo site, qual é o veto. O cidadão temque entrar no site pelo número do veto dogovernador para saber qual é o projeto, ou seja,é muito complicado e dificulta a transparência!

Devo levar esse assunto ao conheci-mento do governador nesta tarde, pois nosdeslocaremos ao oeste, onde haverá váriosatos do governo.

Por favor, prefeito Udo Döhler, digaque foi o estado que pagou o ar-condicionado,que é o estado que está dando R$ 14 milhõese que é o estado que colocou mais seisobstetras e outros profissionais na MaternidadeDarci Vargas, maternidade em que eu nasci,maternidade pública de Joinville, mas queatende a toda a região.

Em tempo ainda, quero destacar aminha indignação com fatos que presenciei noextremo oeste catarinense, na recuperação daBR-163. Esperamos tanto para que aquela obrasaísse do papel e graças ao bom empenho e àcobrança de inúmeros parlamentares, dentreeles cito o deputado Padre Pedro Baldissera,hoje a obra está acontecendo. Mas causou-meindignação o fato de que ao lado da pista umacratera se abriu em virtude da chuva, masapesar de haver uma empresa fazendo arecuperação da rodovia, ninguém temresponsabilidade de tapar o buraco. Faltasensibilidade, o que custa para a empresasimplesmente pegar terra do barranco e fazer ocomplemento do buraco ou colocar um pó debrita? O que custa isso para a empresa,sabendo que a 10m dali uma pessoa trocava opneu do carro por causa do buraco e que nofinal do dia capotou um carro no local?

Sr. presidente e srs. deputados, diasdesses um projeto de minha autoria foi vetadoe um cidadão queria saber por quê. Assim, épreciso que no Portal da Transparência constea raiz principal, o número do projeto de lei dodeputado e a partir dali todos os pareceres dascomissões, os vetos etc. Entendo que essa émais uma forma de facilitar ao cidadãoacompanhar a tramitação e o destino final dosprojetos parlamentares apresentados nestaCasa.

Quero agradecer mais uma vez aogovernador Raimundo Colombo, que tem sidomais que um pai para o Hospital São José, deJoinville, e que neste momento, além de fazer oanúncio das obras de fiação subterrânea, levaas autorizações de contratação dessesprofissionais para a Maternidade Darci Vargas etambém para o Hospital Municipal São José.

Mais uma vez o nosso muito obrigadoao governador Raimundo Colombo por ser tãoparceiro de Joinville.Quero também agradecer à secretária

Tânia Eberhardt que, diferentemente do ex-secretário Dalmo Claro de Oliveira, tem feito detudo para que as coisas possam funcionar emJoinville e que também tem comunicado aos depu-tados quando as ações serão implementadas.

Prefeito Udo Döhler, é muito feio nãodeclarar o nome de quem está pagando ascontas e fazer cortesia com o chapéu alheio!Meu pai dizia que é falta de respeito!

Muito obrigado!Deputado Romildo Titon, a comissão

de Constituição e Justiça do Senado aprovou ofim do voto secreto. Eu adoro isso, porque essenegócio de votar secretamente não dá certo.Não estou aqui me representando, estou aquirepresentando aqueles que me elegeram, porisso todos devem saber como eu voto aqui, atémesmo na apreciação dos vetos.

Com esse requerimento queremossaber se a empresa é responsável por isso ouo DNIT, porque assim não dá para continuar.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O Sr. Deputado Aldo Schneider - Peço

a palavra, pela ordem, sr. presidente.Muito obrigado! O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - com a palavra, pela ordem, osr. deputado Aldo Schneider.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Padre

Pedro Baldissera) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PSD.

O SR. DEPUTADO ALDO SCHNEIDER -Sr. presidente, gostaria de registrar a visita daturma de Gestão Pública da cidade de Rio doSul, da Universidade da Uniasselvi. Entre osalunos podemos citar o vereador Diego RamiresPereira, de Vitor Meireles, o vereador JeanCarlos Rizzieri, de Dona Emma, o vereador LuizCarlos de Oliveira, o Lucas, de Witmarsum, e oprefeito de Dona Emma, Egon Gabriel Júnior.

Esses dias um jornalista, deputadaAngela Albino, perguntou-me se eu era a favordo voto secreto na votação dos vetos. Eurespondi que há muito tempo não votosecretamente em nada. Eu, juntamente com odeputado Padre Pedro Baldissera, tenho umcompromisso: votar sempre contra os vetos.Então, se houver apenas um voto contra o veto,podem crer que é o meu. Por quê? Por umaquestão de conceito, pois entendo que quemlegisla é o Poder Legislativo e o Executivoexecuta. E o que estamos vendo? Tudo quecriamos aqui dizem que tem vício de origem evetam. O Executivo, seja lá de que partido for, atodo instante está legislando e nós estamosfazendo o quê?

Com a palavra o sr. deputadoKennedy Nunes, por 14 minutos.

O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES -Sr. presidente, srs. deputados, sras. depu-tadas, cidadãos que nos acompanham pelaTVAL, hoje quero falar sobre dois assuntos.

Quero dar as boas-vindas, em nomeda Assembleia Legislativa, a todos osacadêmicos de Gestão Pública, que estão, naverdade, aperfeiçoando os seus conheci-mentos, uma vez que a maioria já trabalha como poder público.

Parafraseando o ex-presidente Lula,nunca antes na história de Joinville tivemos umgovernador que investisse tanto no HospitalMunicipal São José como o governadorRaimundo Colombo. O governador tem sidomais que um pai para o Hospital São José, queé um hospital municipal e que atende todos osmunicípios da região já que é referência emtraumatologia.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoRomildo Titon) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PT.

Então, por esse conceito entendo quenós, deputados, temos a responsabilidade delegislar, de criar leis e não o Executivo. Mas oproblema é que todos os Executivos têm suasProcuradorias-Gerais que querem legislar. Daquia pouco, deputado Sargento Amauri Soares,seremos apenas um balcão de homologação doExecutivo. Por isso, por princípio, voto contraqualquer veto, porque a decisão sobre as leis énossa.

Neste momento o governador está láem Joinville repassando mais R$ 14 milhõespara o Hospital Municipal São José, recursosque serão investidos no Complexo EmergencialUlysses Guimarães, que começou com oprefeito Luiz Henrique, passou pelo prefeitoMarco Tebaldi, pelo prefeito Carlito Merss eainda se arrasta.

Com a palavra a sra. deputadaLuciane Carminatti, por até dez minutos.

A SRA. DEPUTADA LUCIANECARMINATTI - Em primeiro lugar, gostaria decumprimentar o prefeito do município de DonaEmma, Egon Gabriel Júnior, que está visitando-nos juntamente com seus colegas do curso deGestão Pública.Digo isso agradecendo ao governador

Raimundo Colombo e agora exigindo do prefeitoUdo Döhler que comece a colocar o dinheiro domunicípio também, porque, afinal de contas,aquele hospital é municipal e Joinville está emgestão plena em termos do Fundo Nacional daSaúde. O prefeito diz que a primeira ação queele fez foi colocar o sistema de climatização, oar-condicionado. Mas o ar-condicionado que oprefeito diz que foi colocado por ele, estásendo pago com verba do estado! Então, eleque diga a verdade. Ele que vá à imprensa eagradeça ao governador Raimundo Colombo porpagar o sistema de ar-condicionado do HospitalMunicipal São José. Não pode governo estadualpagar e o prefeito dizer que foi ele que pagou.

Aproveito para convidá-los a participarde uma audiência pública no município de Riodo Sul, que vai tratar, a pedido da vereadoraZeli, do Centro de Referência em Atendimento àMulher.

Deputado Romildo Titon gostaria dasua colaboração. O que está acontecendo aquicom relação à transparência? Vamos supor queo deputado Romildo Titon apresente um projetode lei. Ao entrarmos no site da transparênciavemos o seu projeto de lei, o autor e toda atramitação. O problema é que não estão sendoanexados à origem do projeto os pareceres dascomissões.

Quero cumprimentar o sr. presidente,as deputadas e os deputados e todos os queacompanham esta sessão.

Em primeiro lugar, quero enaltecer obrilhante trabalho que o Instituto Federal, nosseus 104 anos de existência, tem feito emtermos de ensino profissionalizante dequalidade.

Então, o que peço, deputado RomildoTiton? Peço que a Casa providencie que todosos pareceres das comissões e também quandoum veto é oposto a projeto de origem parla-mentar que ele seja anexado ao Portal daTransparência.

Se essas instituições não são asalvação da pátria, pelo menos são uma grande

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 6: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

6 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/2013

porta que se abre para levar conhecimento,informação e tecnologia aos nossos jovens que,caso não consigam chegar à universidade, játerão uma profissão e capacidade de intervir,de produzir novas tecnologias e novasrespostas à sociedade.

Outro eixo do Plano Viver sem Limitesé a inclusão social que busca investir R$ 72milhões e garantir ao trabalhador que perde oemprego voltar a receber o benefício deprestação continuada. Prevê ainda a buscaativa e o encaminhamento ao mercado detrabalho para 50 mil beneficiários.

mente nenhum tipo de cargo. Isso nos dá,certamente, a liberdade de criticar e de elogiarquando necessário.

Por isso, vejo com muita expectativaesse grande momento que o estado vive. Éevidente que esses recursos não vieram emfunção da cor dos olhos do governador, do vicee de sua equipe. Mas, sim, pelo esforço degestão implementada pelo governo, quepromoveu o enxugamento da máquina,conseguindo com isso dar musculatura ecapacidade de endividamento ao estado, o quelhe permitiu tomar emprestados esses R$ 10bilhões.

O segundo ponto que quero abordarcom mais tempo refere-se a um pedido daministra Maria do Rosário, que esteve conoscono dia 6 de setembro, em Chapecó, quandofalou longamente sobre o Plano Nacional dosDireitos da Pessoa com Deficiência - Viver SemLimite, lançado em 2011, mas que no estadode Santa Catarina tem tido pouca adesão dosmunicípios.

Por último, prevê a acessibilidade,que conta com R$ 4,2 bilhões, a construção de1,2 milhão de moradias adaptáveis peloprograma Minha Casa, Minha Vida 2.

As obras de mobilidade urbana daCopa do Mundo de 2014 e do PAC 2 tambémserão adaptadas às pessoas com deficiência.Outras medidas preveem a implantação decinco centros tecnológicos de formação deinstrutores e treinadores de cães-guias, commicrocrédito pelo Banco do Brasil paraaquisição de produtos de tecnologiasassistivas.

Para terem uma ideia da importânciadesses recursos, faço um comparativo com oestado do Rio Grande do Sul, que é muito maiordo que o estado de Santa Catarina, que temmais municípios e que, no entanto, conseguiuuma capitalização de somente R$ 2,5 bilhões,ou seja, 25% do que nosso estado conseguiujunto ao governo federal, numa parceriacredenciada, evidentemente, pela presidenteDilma Rousseff.

A ministra nos pediu queintervíssemos junto aos prefeitos, no sentidode assinarem o termo de adesão, porque àmedida que os prefeitos aderem ao plano, elesrecebem recursos para investir em seusmunicípios. Essas ações reafirmam o

compromisso do governo federal de assegurar atodos os brasileiros, sem qualquerdiscriminação, o direito ao desenvolvimento e àautonomia.

Qual é a intenção do Plano Viver semLimites? Ele tem o objetivo de incrementariniciativas e intensificar ações desenvolvidaspelo governo em benefício das pessoas comdeficiência. O plano tem ações articuladas em15 ministérios e também conta com a partici-pação do Conselho Nacional dos Direitos daPessoa com Deficiência, além de muitascontribuições da sociedade civil. Tambémenvolve os entes federados, municípios, es-tados e união, e prevê um investimento, até ofinal deste ano, da ordem de R$ 7,6 bilhões.

Sr. presidente, reputo como as áreasmais importantes para recebereminvestimentos as de logística, mobilidadeurbana, acesso aos portos e aeroportos. É issoque dá segurança jurídica para que osinvestidores possam estabelecer-se em SantaCatarina, que é um estado promissor, pujante eque representa apenas 1,1% do seu territórionacional, mas que tem 5,6% das exportaçõesbrasileiras e mais de 4,5% do PIB do país.

A base dessa responsabilidade estána Constituição Federal de 1988. O Plano Viversem Limites tem atenção especial com aspessoas que se encontram em situação deextrema pobreza, que é um grande desafio paratodos.”

Então, quero fazer um pedido aosprefeitos de Santa Catarina que se mobilizempara aderir ao Plano Viver sem Limites, porquecom isso a nossa sociedade se tornará cadavez mais democrática.

Segundo o censo de 2010, do IBGE,o Brasil tem 45,6 milhões de pessoas comalgum tipo de deficiência. Isso representa23,91% da população brasileira. Então, nãoestamos falando de poucas pessoas, mas deum número inexpressivo, estamos falando dequase um quarto da população brasileira queapresenta algum tipo de deficiência.

Ressalte-se, catarinenses, que ogoverno do estado repassará R$ 500 milhõesaos 295 municípios do estado sem distinção decor partidária, a fundo perdido, sem a neces-sidade de contrapartida. Vejo com muitaesperança.

Muito obrigada, sr. presidente!(SEM REVISÃO DA ORADORA)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Romildo Titon) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PP.

Espero que a aplicação dessesrecursos seja exatamente naquilo que ogoverno anunciou, pois são obras e ações quepermitem o fortalecimento da economia e amelhoria da qualidade de vida do povo catari-nense.

O que o Plano Viver Sem Limites tema ofertar para os municípios?

Com a palavra o sr. deputado ValmirComin, por até sete minutos.(Passa a ler.)

“Na área da educação, o planoaplicará em torno de R$ 1,9 bilhão, e prevê aampliação do acesso dos alunos comdeficiência à escola regular, saltando de 229mil alunos para 378 mil alunos. Nessesrecursos o está incluída a adequação dasescolas públicas e das instituições federais deensino superior às condições de acessibilidade.Sabemos que a escola que não tem acessibi-lidade dificulta o acesso dos alunos.

O SR. DEPUTADO VALMIR COMIN - Sr.presidente srs. deputados, sras. deputadas,amigos da TVAL e ouvintes da Rádio AlescDigital, quero saudar os acadêmicos daUniasselvi, de Rio do Sul, do curso de GestãoPública. Sejam bem-vindos a este Parlamento.

Espero também, sr. presidente, queesses R$ 10 bilhões se multipliquem em R$ 50ou R$ 100 bilhões, fazendo frutificar a nossaeconomia e a pujança desta terra de genteordeira, empreendedora e trabalhadora.

Sr. presidente, tivemos aoportunidade, na manhã desta quarta-feira, nacomissão de Finanças e Tributação, de analisarno mérito os últimos R$ 2 bilhões que ogoverno do estado coloca à apreciação desteParlamento. Contando com este, já passarampelas comissões de Constituição e Justiça, deFinanças e Tributação e de Trabalho,Administração e Serviço Público financiamentosno valor de R$ 10 bilhões, conseguidos juntoaos governos do estado e federal, principal-mente no BNDES, no Banco do Brasil e noBanco Interamericano de Desenvolvimento,para dar suporte a ações baseadas em cincovigas mestras: saúde, educação, segurança,infraestrutura e assistência social.

Era isso, sr. presidente e srs. depu-tados, o que tínhamos para o dia de hoje.

Muito obrigado!O plano prevê ainda: implantação de

novas salas de aula com recursosmultifuncionais; atualização das salas jáexistentes; oferta de até 150 mil vagas parapessoas com deficiência nos cursos federais deformação profissional e tecnológica.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Joares

Ponticelli) - Passaremos à Ordem do Dia.A Presidência comunica que a

comissão de Constituição e Justiça apresentoudecisão sobre o recurso interposto pelo líder doPSD ao Requerimento n. 0006/2013, quesolicita a constituição de Comissão Parlamentarde Inquérito e que a mesma está publicada noDiário da Assembleia Legislativa n. 6.599, de17 de setembro de 2013.

Na área da saúde temos umaprevisão de R$ 1,5 bilhão a serem investidosna triagem neonatal, com inclusão de doisnovos exames no teste do pezinho, além daimplantação completa do exame em todos osestados até 2014. Prevê também aimplantação de 45 centros de referência emreabilitação, garantindo atendimento das quatromodalidades - intelectual, física, visual eauditiva. No caso de Santa Catarina, osmunicípios de Chapecó e Joaçaba já foramcontemplados com esses centros, queproporcionam um atendimento especializado,para que depois as pessoas possam ingressarno mundo de trabalho.

Comunica ainda que o prazo pararecorrer da decisão do Plenário expira napróxima reunião ordinária da comissão deConstituição e Justiça.

Entretanto, esses recursos não são afundo perdido, ou seja, são empréstimos quedeverão ser pagos a médio e longo prazo, como suor do trabalho de cada um dos catari-nenses. Porém é preciso ressaltar que feitocomo esse jamais ocorreu na história político-administrativa do estado catari nense.

Feita esta comunicação, estaPresidência registra com muita alegria apresença do defensor-geral, ex-presidente destaCasa, querido amigo deputado Ivan Ranzolin,que nos prestigia, que vem rever os amigose que vem lembrar-nos que esta Casatambém tem o compromisso com a soluçãode um grande problema que o estadoprecisa administrar, que é a pendência daDefensoria Dativa e uma estruturaçãoorçamentária mais forte para a nossaDefensoria Pública.

Falo com muita tranquilidade até nacondição de líder do Partido Progressista, poistenho a honra de suceder o deputado SilvioDreveck, que muito bem conduziu a nossabancada até agora. É com muita tranquilidade,repito, que falo em nome do PartidoProgressista, que hoje apoia o governo doestado sem condicionar esse apoio a absoluta-

Haverá atendimento odontológico,com o aumento de 20% no financiamento doSUS para 420 centros de especialidadeodontológica; formação de 660 novosprofissionais da saúde em órteses e prótesesaté 2014, e aumento de 20% no fornecimentode próteses e meios auxiliares de locomoção.

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 7: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 7

Deputado Jorge Teixeira, fomos oúltimo estado do Brasil a criar a DefensoriaPública, mas é preciso reconhecer, deputadoRomildo Titon, que o esforço do deputado IvanRanzolin e de todos os membros daquelainstituição já a colocou em posição dedestaque em nível nacional.

Em discussão. momento não tínhamos clareza sobre opagamento de uma dívida que a Celesc tinhajunto ao BNDES, com uma taxa de juros de14%. O secretário da Fazenda e o governadorentenderam que havia necessidade dopagamento dessa dívida, até porque se pagavamensalmente um valor muito alto de juros.Então, foram R$ 970 milhões daquele primeirofinanciamento de R$ 3 bilhões.

(Pausa)Não havendo quem a queria discutir,

encerramos sua discussão.Em votação.Os srs. deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Eu pude testemunhar isso quando

representava esta Casa por ocasião da possede 15 novos defensores públicos. Inclusive, apresidente da entidade nacional, que é doParaná, dava conta de que no seu estado aDefensoria foi criada há mais de três anos eaté hoje não foi implementada. Assim tambémocorre no estado de Goiás, que há algumtempo criou a sua Defensoria, mas não aimplementou.

Aprovada.Discussão e votação em turno único

da admissibilidade à Medida Provisória n.0191/2013, que dispõe sobre o incentivofinanceiro aos municípios do estado de SantaCatarina destinado a consultas e exames demédia complexidade.

Além disso, sr. presidente, tambémcriamos por unanimidade nesta Casa o Fundode Apoio aos Municípios Catarinenses, no valorde R$ 500 milhões.

Então, esses R$ 2 bilhões definanciamento do Banco do Brasil servemexatamente para cobrir os recursos retirados dofinanciamento de R$ 3 bilhões, sendo R$ 970milhões para pagar o BNDES e R$ 500 milhõespara o Fundo de Apoio aos Municípios Catari-nenses - Fundam.

Conta com parecer da comissão deConstituição e Justiça pela admissibi lidade.

Em discussão.A nossa, ao contrário, em temporecorde, com poucos recursos e com esforçogigante de toda equipe liderada pelo deputadoIvan Ranzolin está consolidando-se.

(Pausa)Não havendo quem a queria discutir,

encerramos sua discussão. O saldo remanescente dessesrecursos estão disponíveis para aplicação nasmais diversas áreas previstas no projeto. Edentre essas áreas, a bancada do PSDB,através do deputado Marcos Vieira e dodeputado Gilmar Knaesel, apresentou umaemenda destinando recursos para acapitalização da Casan.

Em votação.Por isso, temos o desafio de resgataro compromisso com a Defensoria Dativa, que éuma conta que ultrapassa a casa dos R$ 100milhões e de ampliar a estrutura da nossaDefensoria Pública e o seu orçamento, paraque ela consiga, efetivamente, dar asrespostas que a comunidade espera.

Os srs. deputados que a aprovampermaneçam como se encontram.

Aprovada.Discussão e votação em turno único

da admissibilidade à Medida Provisória n.0192/2013, que institui o Plano de Gestão daSaúde, composto pelo Programa de Estímulo àProdutividade e à Atividade Médica, peloPrograma Estadual Permanente de Mutirões deProcedimentos Clínicos e Cirúrgicos Eletivos epelo Programa de Profissionalização da GestãoHospitalar.

O governador entendeu comoimportante essa sugestão desta CasaLegislativa e esses poderão ser os recursosdestinados a servir de contrapartida que aCasan vai precisar nos próximos meses.

Parabéns ao defensor-geral IvanRanzolin, que acaba de nos informar queaqueles 15 novos defensores empossadosestão sendo deslocados para mais 14municípios. E foi esta Casa - e o defensor Ivansempre tem feito este reconhecimento - queemendou o projeto de lei e ajudou a definir ocritério de haver uma representação em cadamicrorregião do estado, de acordo com aconfiguração feita pela Fecam.

Então, o projeto em tela recebeuduas emendas, ratificadas pela comissão deFinanças e Tributação e, posteriormente, pelacomissão de Constituição e Justiça.

Conta com parecer da comissão deConstituição e Justiça pela admissibi lidade.

Em discussão.E aqui faço, na condição de líder do

governo, um agradecimento aos presidentes ea todos os membros que compõem essascomissões, pela forma madura e conscientecomo discutiram o projeto, fazendo assugestões julgadas importantes peloParlamento. Também agradeço ao governador oentendimento que no dia de ontem, acatandouma emenda proposta pelos parlamentares dabancada do PSDB.

(Pausa)Portanto, vamos ter, a partir de

agora, a presença de pelo menos um defensorpúblico em cada microrregião.

Não havendo quem a queria discutir,encerramos sua discussão.

Em votação.Parabéns, defensor-geral Ivan

Ranzolin, v.exa tem o respeito e ocomprometimento desta Casa neste desafio.

Os srs. deputados que a aprovampermaneçam como se encontram.

Aprovada.A Presidência comunica que acomissão de Defesa dos Direitos da Pessoacom Deficiência apresentou parecer favorávelaos Ofícios n.s: 0537/2013, 0568/2013 e0650/2013.

Esta Presidência determina a retiradada pauta da Ordem do Dia de hoje da Propostade Emenda à Constituição n. 0002/2013,deixando-a para a próxima terça feira.

Era isto o que eu gostaria deesclarecer à sociedade catarinense: que essesrecursos estão vindo exatamente para fazerfrente a programas já apro vados por esta Casa.

Conforme acordo de líderes,discussão e votação do Projeto de Lei n.0309/2013, de procedência governamental,que autoriza o Poder Executivo a contrataroperação de crédito junto ao Banco do Brasil nomontante de R$ 2 milhões para atender aoprograma Pacto por Santa Catarina, eestabelece outras providências.

Votação da redação final do Projetode Lei n. 0045/2012.

Coloco-me à disposição paraquaisquer outros esclarecimentos.

Não há emendas à redação final.Em votação.

Muito obrigado, sr. presidente.Os srs. deputados que a aprovampermaneçam como se encontram. (SEM REVISÃO DO ORADOR)

O SR. PRESIDENTE (Deputado JoaresPonticelli) - Deputado Aldo Schneider, duvidoque tenha permanecido qualquer dúvida depoisda brilhante síntese feita por v.exa., cumprindomuito bem o seu papel de líder do governonesta Casa.

Aprovada.Votação da redação final do Projeto

de Lei n. 0064/2012.Em discussão.O Sr. Deputado Aldo Schneider - Peço

a palavra, sr. presidente, para discutir.Não há emendas à redação final.Em votação. O SR. PRESIDENTE (Deputado Joares

Ponticelli) - Com a palavra, para discutir, o sr.deputado Aldo Schneider.

Os srs. deputados que a aprovampermaneçam como se encontram.

Informo que a matéria será votadacom a emenda modificativa global contida a fls.16 e com a subemenda modificativa a fls. 31.Aprovada. O SR. DEPUTADO ALDO SCHNEIDER -

Sr. presidente, com satisfação, apóspassarmos por toda a tramitação necessáriapelas comissões de Justiça, de Finanças e deServiço Público, e havendo um entendimentoamplo com o governador do estado e com osecretário da Casa Civil, chegamos à condiçãode, neste momento, aprovar esse financia-mento na ordem de R$ 2 milhões, fruto de umacomplementação dos recursos que fazem partedo Pacto por Santa Catarina.

Votação da redação final do Projetode Lei n. 0470/2011.

Continua em discussão.(Pausa)

Não há emendas à redação final.Não havendo mais quem queira

discutir, encerramos sua discussão.Em votação.Os srs. deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Em votação.Os srs. deputados que aprovam

permaneçam como se encontram.Aprovada.Discussão e votação em turno único

da admissibilidade à Medida Provisória n.0190/2013, que dispõe sobre a criação e aconcessão de incentivo financeiro às centraisde regulação no estado de Santa Catarina.

Aprovado.Esta Presidência encerra a presente

sessão, convocando outra, extraordinária, paraas 16h18, destinada à votação da redação finaldessa matéria e a dar sequência à pauta.

Eu gostaria de aproveitar estemomento, sr. presidente, para esclarecer àsociedade catarinense que uma parte dessesrecursos faz parte do primeiro financiamentoque aprovamos, de R$ 3 bilhões, mas naquele

Conta com parecer da comissão deConstituição e Justiça pela admissibi lidade.

Está encerrada a sessão.

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 8: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

8 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/2013

P U B L I C A Ç Õ E S D I V E R S A S

AUDIÊNCIA PÚBLICAprincipal - atendendo uma intenção do governo de Santa Catarina - deaproveitar as oportunidades que temos de contar com a criatividadede todos os setores organizados da estrutura social e de buscar,então, novas alternativas para melhorar o atendimento,especialmente no tema que tratamos, da criança e do adolescente.Não apenas se referindo a alguns casos especiais, graças a Deussão raros os casos especiais que cometem algum ato, digamos, nãocondizente com a lei e com os costumes gerais, como buscaralternativas para todas as crianças, de tal maneira que a gente façauma ação muito mais preventiva, uma ação propositiva. Para issonós precisamos contar justamente com o apoio de toda a sociedade,especialmente com a estrutura já organizada que temos na área, epassar a ter resultados do ponto de vista prático.

ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PROMOVIDA PELA COMISSÃO DEDEFESA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DA ASSEMBLEIALEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA PARA DEBATER ASITUAÇÃO DO MENOR EM CONFLITO COM A LEI, REALIZADA NODIA 27 DE SETEMBRO DE 2013, ÀS 9H, EM LAGES

A MESTRE DE CERIMÔNIA JULIANE GONÇALVES ROCHA -Autoridades presentes, senhoras e senhores, bom-dia.

Nos termos do Regimento Interno do Poder Legislativocatarinense, a Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e doAdolescente da Assembleia Legislativa, por proposição do Presidentedessa Comissão, excelentíssimo Deputado Serafim Venzon, dá inícioa esta audiência pública para discutir sobre os adolescentes emconflito com a lei e as medidas socioeducativas, como o Fundo paraInfância e Adolescência estadual (FIA) pode ajudar a solucionar oproblema.

Então, pela presença que eu vejo aqui de todos vocês,para mim é um dia muito especial por poder contar com vocês. Eusou um sonhador nessa área. Fui Secretário de Assistência Socialem 2011, portanto neste governo de Raimundo Colombo.[Taquígrafa-Revisora: Sabrina Schmitz] Hoje inclusive, por umacoincidência, nós temos três grandes eventos. O primeiro deles éeste aqui; o segundo é a presença do Governador nesta cidade, quevem fazer a assinatura para convênios na área da segurança, dainfraestrutura e outras e, terceiro, é um curso do Tribunal de Justiçae da Promotoria Pública do Estado de Santa Catarina para todos osjuízes e promotores aqui em Lages. Por isso justificamos a ausênciado doutor Tiago, Promotor de Justiça e do doutor Ricardo Fiuza, Juizda Vara da Infância e da Juventude por estarem nessa agenda aquiem Lages.

Convidamos para tomar assento junto à mesa dostrabalhos as seguintes autoridades: excelentíssimo senhorPresidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente,Deputado Estadual Serafim Venzon; o senhor coordenador doConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, LuizAzzi, neste ato representando o excelentíssimo senhor Prefeito deLages, Elizeu Mattos; o senhor gerente de Fundos Especiais (FIA),Lúcio Marcelo Varela, neste ato representando o excelentíssimosenhor Secretário de Assistência Social de Lages, José AmarildoFarias; Comandante do 6º Batalhão de Lages, Tenente CoronelRoberto Vidal Fonseca; a senhora coordenadora regional daAssociação Catarinense dos Conselhos Tutelares, Fabiana Amorim; asenhora Presidente da Comissão da Infância e Juventude daOAB/SC, advogada Elisabeth Hartmann; o senhor pró-reitor dePesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Uniplac, professor JulianoLeite; a senhora gerente regional de Educação e Lages, Maria deFátima Ogliari, neste ato representando o excelentíssimo senhorSecretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps.

Agradecemos muito a presença de todos vocês aqui, poisjuntamente conosco, podem mudar a atual situação.

Eu fui, em 2011, Secretário da Assistência Social, e logono começo fiz algumas análises para saber o que os governosnormalmente vêm executando na área da infância e do adolescente.

Então, quando vemos o discurso do que precisa ser feito eo que se faz realmente, uma maneira de saber sobre isso é terconhecimento do quanto está se gastando em relação a isso, porqueaí dá para se ter uma ideia mais ou menos do que está se fazendo.Mas o governo como um todo não consegue fazer alguma coisagratuitamente, ele vai gastar. Então, o recurso do FIA de 2002 a2010, que é um instrumento legal que se poderia utilizar 1% doimposto devido das empresas sobre o lucro líquido, ou 6% doimposto devido das pessoas que pagam Imposto de Renda, naquelesoito anos não havia sido feita nenhuma movimentação. E pior ainda,o FIA estadual não tinha gestor nem conta específica; o Conselhoestava em uma Secretaria e o Fundo estava em outra. Estava tudode acordo para não funcionar como de fato não funcionou.

Neste momento, registramos as seguintes presenças:Érmine Lúcia Chilemper, neste ato representando o Conselho Tutelarde Bom Retiro; Renilda Terezinha Arruda Santos, presidente doConselho Tutelar de Painel; Vânia Mufatto, neste ato representandoo Conselho Tutelar de Rio Rufino; Kátia dos Santos Oliveira, nesteato representando a presidente do Conselho Tutelar de Capão Alto,Tânia Ramos; Rosemeri da Silva Madruga Martins, coordenadora doConselho Tutelar de Corrêa Pinto; Franciele Ribeiro de Oliveira,coordenadora do Conselho Tutelar de Lages; Marciano de SouzaPagani, neste ato representando o Conselho Tutelar de Urupema;Nelci da Silva Tomaz, coordenadora do Conselho Tutelar de SãoJoaquim; Rose Aparecida Andrade Oliveira, presidente do ConselhoTutelar de Bocaina do Sul; Ione Branco Ribeiro, presidente doConselho Tutelar de São José do Cerrito; Erli Camargo, conselheiraestadual do Conselho da Criança e do Adolescente; padre DilmarSell, coordenador do Fórum Municipal do Direito da Criança e doAdolescente e das Políticas Públicas; Ilizia Rodrigues, presidente doConselho Tutelar de Anita Garibaldi; Francine de Barros, neste atorepresentando o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)de Palmeira; irmã Maria Perini, diretora da Instituição IrmandadeNossa Senhora das Graças; Ana Paula Battistella, coordenadora doCentro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS);Vanessa Baumgartem, coordenadora do Centro de Referência deAssistência Social (CRAS) de Bocaina do Sul, neste ato repre-sentando o senhor Luiz Carlos Schmuler, Prefeito de Bocaina do Sul;Iris Fontana Ramos Matos, presidente do Conselho dos Direitos daCriança e Adolescente de Anita Garibaldi; Wilma Koerich, secretáriada Assistência Lageana do Menor - ALAM, e vice presidente daEscola de Pais do Brasil, Seccional de Lages; Mateus Furtado,coordenador do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público doEstado de Santa Catarina; Adriana Cabral de Ataíde, coordenadorada Casa de Semiliberdade de Lages; Sueli Paim da Silva, presidentedo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; e osenhor gerente da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, AltairRamos.

Então, por determinação do Governador, nós criamos aconta especial, escolhemos o gestor e acertamos a questão doConselho passar para a Secretaria. Agora podemos utilizar o Fundoda Infância e da Adolescência estadual para promover essa partici-pação. Mas ainda temos o Fundo da Infância e da Adolescênciamunicipal, que é exatamente a mesma lei, que tem as mesmasprerrogativas, que é um belo instrumento em cada Município quepode utilizar os recursos através dessa lei.

Eu vejo esta reunião com muita expectativa e com certezanós vamos sair daqui um pouco melhores. Com certeza também asociedade vai sair beneficiada porque nós, aos poucos, estamostransformando o discurso em atos.

Quero agradecer a recepção das lideranças quando, nasegunda-feira, aqui estivemos visitando, juntamente com a nossaequipe, o Case, o Casep, a Casa de Semiliberdade, o ConselhoMunicipal, o Crea, o CRAS, o Conselho Tutelar, a Prefeitura, aCâmara de Vereadores, o gestor do FIA, a Uniplac e a presidente daAssociação dos Conselheiros Tutelares de toda a Amures para fazerum reconhecimento e um convite para se fazerem presente a esteencontro. Quero também agradecer a Câmara dos Vereadores deLages, na pessoa do seu Presidente, Vereador Hamilton Freitas, quenos cedeu este belo espaço.

Registro a presença do Vereador Mário Hoeller de Sousa,de Lages, e do Vereador Antônio Carlos Contezini, Presidente daCâmara de Vereadores do Rio do Campo, representando osVereadores do Alto Vale.

Vou fazer agora rapidamente uma apresentação de algunsnúmeros e depois passaremos para as manifestações dosparticipantes da mesa e na sequência para a plateia com afinalidade de colhermos números, dados e opiniões para fazermosum relatório que chegará à Assembleia e ao governo. Com esserelatório esperamos que haja uma mudança de atitude.

Com a palavra o excelentíssimo senhor Presidente daComissão de Defesa da Criança e do Adolescente, DeputadoEstadual Serafim Venzon.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -Já nos cumprimentamos, mas eu quero saudar de forma carinhosatodos vocês que vieram nesta audiência pública que tem a finalidade (Procede-se à apresentação imagens em PowerPoint )

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 9: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 9

A audiência de hoje trata sobre a aplicação de medidassocioeducativas, mas é apenas a ponta do tema, é a ponta doiceberg. [Taquígrafa-Revisora:Iwana L. Lentz] Atualmente temos 309adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em 26unidades diferentes, ou seja, em Case (Centro de AtendimentoSocioeducativo), em Casep (Centro de Atendimento SocioeducativoProvisório), em casas de semiliberdades. Agora, 97 adolescentesnão estão em nenhuma delas por falta de vaga no sistema.

A nossa capacidade é para 45 adolescentes, que sãooriundos das mais diversas cidades, pois o Centro é regional. NesteCentro atendemos os adolescentes, aplicamos as medidassocioeducativas e tentamos, através dos meios disponíveis, ofertar aesses adolescentes a reeducação e a recuperação, para quepossamos devolvê-los à sociedade bem melhores do que láentraram.

Quero me colocar à disposição da plateia e das auto-ridades presentes para responder perguntas e dúvidas que tiverem.Algumas infrações mais comuns que acontecem no

Estado: daqueles 309, 68 são homicídios; 63 assaltos; 51 tráfico dedrogas; 41 roubos; 21 furtos; e segue outros números menores.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -

Com a palavra, agora, a senhora Adriana Cabral de Ataíde,coordenadora da Casa de Semiliberdade de Lages.

Aqui em Lages nós temos aproximadamente 35, 36adolescentes no Case e no Casep contando meninos e meninas;parece que são 6 ou 7 na casa de semiliberdade; e de 100 estão noCentro de Referência Especial de Assistência Social. Um grandenúmero se refere à questão das drogas. Aliás, a droga, a dificuldadena renda familiar, e os desajustes familiares são os pivôs, os centrosdessas questões.

A SRA. ADRIANA CABRAL DE ATAÍDE - Bom-dia a todos. Éuma satisfação estarmos participando desta audiência pública,buscando socializar a Casa de Semiliberdade, que este ano completacinco anos de atividades aqui no Município e faz parte das medidassocioeducativas que são elencadas dentro do Estatuto da Criança edo Adolescente (ECA). E faltava, dentro do Município, a existênciadesse programa para a aplicação das medidas no Judiciário.

Algumas medidas: advertência, reparação de danos,prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida,semiliberdade, e internação. (Procede-se à apresentação de imagens em PowerPoint. )

Com a estrutura superlotada para atender adolescentesinfratores em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Justiça eCidadania tem grandes projetos pela frente, alocando para a área dasegurança pública R$ 280 milhões, sendo que R$ 28 milhões serãodirigidos nesta área da infância e adolescência. Aliás, o governonunca investiu tanto, ou melhor, vai começar agora; nesses trêsanos do Governador Colombo praticamente se planejou e se estudouonde buscar os recursos para as diversas áreas: infraestrutura,saúde, educação, segurança, etc. Se a gente olhar o recurso que oEstado tem; se tentarmos fazer o que precisaria ser feito, mas com orecurso do próprio Estado, sobra muito pouco; não daria R$ 500milhões para um Estado com 295 Municípios. Imaginem se o Estadotivesse R$ 2 milhões por Município. Não é nada! O recurso da receitaprópria que o Estado tem seria muito pequeno. Então, graças aesses planejamentos estão sendo injetados nessas execuções maisde R$ 10 bilhões. Uma parte é fundo perdido, outra parteemprestada do sistema financeiro.

A Casa de Semiliberdade é a única casa de semiliberdadedentro do Município, dentro do Estado diretamente vinculada aogoverno do Estado, à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania. Anossa localização atual fica na Rua Wenceslau Franklin, no BairroSão Cristóvão, mas já estamos em processo de mudança, poisiremos para uma casa maior, podendo atender com maior eficiênciae eficácia os nossos adolescentes. Então o nosso gestorresponsável é a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (SJC),através do Departamento de Administração Socioeducativa (Dease).

Qual a missão da Casa de Semiliberdade? É executardiretamente a medida socioeducativa de semiliberdade comeficiência, eficácia e efetividade, garantindo os direitos previstos emlei e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio socialcomo protagonista da sua história.

Nossa visão é tornar-se referência no atendimento aoadolescente autor de ato infracional, pautando-se na humanização ena personalização da medida, ou seja, trabalhamos o indivíduo comoser único, sem descaracterizar a questão do contextosocioeducativo, o contexto social do qual ele se encontra. Nossosvalores são a ética, a justiça e o respeito ao ser humano.

Então, para a área da segurança serão R$ 280,00 milhõesdos quais R$ 28 milhões serão para a infância e adolescência.Apesar de serem números grandes, cabe uma observação: se agente considerar que a infância (sic) vai até os 20 anos e que nósduramos em média 80 anos, 20 anos correspondem a 1/4 da vidade uma pessoa, sem considerar que a formação dela acontecenessa fase, até a adolescência, quando se forma o caráter. Naverdade, o volume de investimento teria que ser muito maior do quesimplesmente um percentual equivalente. Ou seja, estamosinvestindo ali apenas 10%, mas teria que ser, no mínimo, 25% sefosse considerar a fração por idade. Se fosse considerar a questãoda importância, talvez tivesse que ser 50%. É um número pequeno,mas de qualquer maneira bem maior do que já se fez em outrasépocas. Por isso, agora temos o Case de Chapecó que estáfuncionando; o de Lages - depois o Altair vai fazer uma apresentação-, o Prefeito e o governo de Santa Catarina já estão acertando umaárea nova para a construção de um novo Case dentro de conceitosmodernos, para que seja realmente um processo de reinserçãosocial; o de Joinville, está pronto, mas ainda não está funcionando,pois está faltando a Fatma dar autorização para funcionar a captaçãode água que tem que ser por um poço artesiano. Dá a impressãoque a Fatma é adversária do governo, mas é um órgão do governo eo Case também. O de São José - o São Lucas -, que até o início dogoverno Colombo estava funcionando muito mal, foi derrubado,construindo-se um novo que, agora, dentro de três, quatro mesesestará pronto.

Nosso público-alvo: nós atendemos, como Casa deSemiliberdade, somente adolescentes do sexo masculino oriundosda região da Amures, aos quais lhes tenha sido atribuída autoria deato infracional e recebido a media socioeducativa de semiliberdade.

Mas veremos em seguida que estendemos um pouco onosso público-alvo, pois não estamos atendendo somenteadolescentes da região da Amures, porque pela falta de vagas,conforme o Deputado já colocou, estamos atendendo adolescentesde outras Comarcas, como Biguaçu, Florianópolis, Jaraguá do Sul,entre outras.

A nossa capacidade hoje é de doze adolescentes, e a Casapossui mesmo essa restrição de atender um número menor, umnúmero pequeno de adolescentes porque ela se chama Casa deSemiliberdade e não instituição. Nós temos a visão de que aproximidade com o adolescente descaracteriza toda a questão deuma internação em meios privados, ela é uma casa, que se torna,entre aspas, uma família, e ali tem que ser trabalhado com essecontexto.

A metodologia de trabalho é focada em três eixos, saúde;educação e profissionalização; família e comunidade.

No eixo educação e profissionalização, trabalhamosatravés do ensino supletivo, do ensino formal regular, de cursosprofissionalizantes, corte e costura. Todos os adolescentes que lá seencontram estão inseridos em programas, são obrigatoriamenteinseridos em programas de educação através do Ceja, através doensino regular e encaminhados a cursos profissionalizantes, quiçátambém a trabalho.

Na prática, os direitos básicos, como saúde, alimentação,educação, não são respeitados na maior parte do sistemasocioeducativo catarinense, como constatou a inspeção doMinistério Público estadual em abril deste ano.

O resto pode passar. Na questão saúde, há interação com programas municipaise estaduais: todos os atendimentos clínicos, médico-odontológico,palestras educativas, o CAPSi, o CAPS AD; Programa Saúde doHomem. Nós vislumbramos essa questão do trabalho em rede, otrabalho parceiro com todas as unidades, com toda a rede de atendi-mento do Município que atenda a criança e o adolescente. Então agente coloca ali que CAPSi e CAPS AD é a porta de entrada do nossoadolescente, ou seja, todo adolescente que é acolhido na Casa deSemiliberdade, o primeiro passo é fazer integração no CAPSi e noCAPS AD para fazer todo o processo de triagem.

Bom, passo a palavra ao senhor Altair Ramos, gerente daSecretaria de Estado da Justiça e Cidadania.

O SR. ALTAIR RAMOS - Bom-dia.Em nome da nossa Secretária de Justiça e Cidadania Ada

De Luca, eu cumprimento todos os presentes. Justifico a ausênciada Secretária em virtude da formatura de agentes socioeducativosque vão iniciar seus trabalhos no Case de Joinville. [Taquígrafa-Revisora: Sibelli D’Agostini ]

A maioria do pessoal já conhece o nosso trabalho em Lages,mas para quem não conhece, estamos nos colocando à disposição naRua Allan Kardec, 900, no Bairro Penha. Lá atendemos hojeadolescentes, tanto masculino quanto feminino, sendo queprovisoriamente o feminino em virtude da reforma do PAI em Florianópolis.

No eixo família e comunidade, temos reuniões de pais,trabalhamos muito a questão dos pais, porque não podemosdesvincular a família e trabalhar somente o adolescente sem trazerpara junto os pais, porque a família é a base de todo o contexto -

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 10: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

10 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/201 3

não adianta trabalharmos o adolescente isolado sem trabalharmos afamília. Então fazemos visitas domiciliares, que são fundamentaispara conhecermos o contexto do adolescente, de onde ele vem, ocontexto sociofamiliar, o contexto de família, o contexto que integratodo o ambiente desse adolescente, porque é para a família que elevai retornar. Então é fundamental essa questão da visita domiciliarpara que possamos conhecer in loco a realidade desse adolescente.[Taquígrafa-Revisora: Siomara G. Videira] Visita das famílias à Casa;inserção das famílias em programas municipais, que muitas vezesnão é o adolescente como se diz, o problema, mas sim a família quenecessita do atendimento.

Festa do Pinhão, quase todo mundo se assusta: nossalevar o adolescente na Festa do Pinhão, mas nós levamos sim, oadolescente na Festa do Pinhão porque é um evento cultural deLages e eles participam ativamente e com muita responsabilidade ecompromisso.

O Projeto Jovem de Atitude trazendo o adolescente comoprotagonista da sua história e isso é trabalhado através da nossaestagiária de Serviço Social que implantou dentro da nossa Casatrabalhos que chamem a questão do protagonismo juvenil.

Outras atividades, são festas que são comemoradasdentro da Casa. Quanto ao certificado, a gente fica muito contentequando os adolescentes têm a sua certificação, através dos cursosque participam, porque eles estão aptos a entrar no mercado detrabalho; o horário de refeição.

Nós nos pegamos muito na questão das normascomplementares para organização e funcionamento do Sistema deAtendimento Socioeducativo Catarinense do regime restritivo eprivativo de liberdade, então, hoje, há uma normativa depadronização de todo o atendimento do adolescente em conflito coma lei dentro do Estado, da qual já estamos nos inteirando eestudando para que todo o Estado de Santa Catarina possa agir deuma forma padronizada nesse atendi mento ao adolescente.

As participações nos colóquios, hoje nós estamos comtodos os adolescentes da Casa participando desse evento e assimpor diante e visitas domiciliares.

Essa é a rede de desenvolvimento e convivência da qualnós colocamos o adolescente como foco central, mas toda a redefuncionando para que a gente possa fazer esse processo deressocialização, reinserção sociofamiliar, é necessário parcerias, eas parcerias que nós temos hoje são de grande validade, sãovaliosas para a construção de um novo ser a esse adolescente.

E o Sistema de Informação para Infância e Adolescência(Sipia) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo(Sinase), que nós estamos alimentando para que o Estado de SantaCatarina em todos locais que o adolescente adentrar, seja acolhido,e as unidades tenham já o histórico desse adolescente através doSipia e do Sinase.

Então embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novocomeço a gente pode começar agora e fazer um novo fim. O serhumano é um ser em construção e a gente aposta muito no nossotrabalho.

A Casa de Semiliberdade ela está devidamente inscrita noConselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente.

Passaram pela unidade há quatro anos, 113 adolescentes,para nós que bom se não tivesse passado ninguém, porque essa é anossa intenção trabalhar a questão da prevenção para que oadolescente não precise ser posto e aplicado uma medidasocioeducativa, mas infelizmente nós temos que ter essa criação daCasa de Semiliberdade e até mesmo a privação de liberdade.

Seria isso, me coloco à disposição se houver algumquestionamento. [Taquígrafa-Revisora:Dulce Maria daCosta]

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -A Casa Semi Liberdade é uma estrutura estadual, esta que elaapresentou, a Adriana não colocou, mas está sendo construída umacasa nova, porque a casa que atualmente está funcionando é umaresidência normal que fica no centro da cidade, e ela terá melhorescondições. A ideia é transformas esta casa parecida com a nossa eque os jovens participem também das atividades sociais comocinema, teatro, futebol, festa do pinhão, feira do livro, enfim osdiversos eventos sociais com o objetivo de aplicar uma nova visão ereinserir o jovem como uma criança normal.

A faixa etária de adolescentes atendidos, hoje nósatendemos uma faixa etária de 17 a 19 anos, na sua grandemaioria, já são adolescentes que se tivessem a maioridade ecometesse crime ou ato infracional já adentraria ao sistemaprisional, mas enquanto medida socioeducativa a gente ainda estácom ele.

O total de adolescentes como foi falado, nós temos umagrande demanda dentro do Município de Lages, isso para nós éfundamental porque a aproximação da família, o trabalho quando oadolescente é da região nossa fica mais fácil o nosso trabalho,adolescentes que vêm de outras regiões, a gente necessita muito doapoio do Creas para que possa estar trabalhando a questão família enos passando relatórios e fazendo todo o processo participativo.

Quero agradecer e cumprimentar o Vereador JulianoPolese, de Lages, e o Vereador João Maria Chagas, de Lages.

Cada um anote suas perguntas e depois vamos concederum ou dois minutos para fazer as perguntas ou a apresentação.

Com a palavra a senhora Camila Moraes de Oliveira, repre-sentando o Centro de Referência Especializado de Assistência Social(CREAS).Parecer geral das medidas socioeducativas, a maior parte

dos nossos adolescentes, posterior ao cumprimento de medidasocioeducativa da semiliberdade, eles são encaminhados, em suagrande maioria, para medida de liberdade assistida dentro do meioaberto da qual faz. O adolescente dará continuidade às metas daqual ele se propôs junto ao Poder Judiciário.

A SRA. CAMILA MORAES DE OLIVEIRA - Bom-dia a todos.Estou representando o CREAs, pela Secretaria de Assistência Social,e trabalho com adolescentes em cumprimento de medidassocioeducativa em meio aberto, o nome fantasia é Serviço VidaNova, que é um serviço de proteção social aos adolescentes emcumprimentos de medidas socioeducativa em meio aberto deprestação de serviço à comunidade e da liberdade assistida.

Agora temos um registro fotográfico (aponta para aimagem), que são os anexos dos nossos atendimentos aosadolescentes, dinâmicas em grupo; reuniões; Projeto Comunicação,que são adolescentes que estão lá, que a gente faz todo o atendi-mento do interno também; oficina de artes junto ao Sesc, existemvários parceiros, graças à Deus, a gente conseguiu abarcar dentro donosso projeto várias parcerias tanto na área pública como na áreanão governamental; trabalhamos como uma família qualquer,comemorações de aniversários dos adolescentes; dos funcionários,porque essa aproximação da Casa de Semiliberdade com osadolescentes é muito grande.

(Procede-se apresentação em PowerPoint)

Os dados dos serviços no ano de 2013. São profissionais,assistentes sociais e psicólogos que trabalham, tem duasassistentes sociais, duas psicólogas e no momento contamos comdois estagiários do serviço social supervisionados.

Estes são um pouco dos nossos recursos orçamentários:subvenção federal e recursos do Município e estamos devidamentecadastrados no municipal nos direitos da criança e dosadolescentes.

Esse também (aponta para imagem) são trabalhosvoluntários, são cortes de cabelo; todos os CRAS do nosso Municípioeles são nossos parceiros, através de todos os mecanismos que láeles tem, como oficinas; palestras educativas; acompanhamentopedagógico através da nossa pedagoga da unidade; as aulas deinformática também pelos CRAS; os cursos profissionalizantes doSenai - o Senai é um parceiro indispensável ao nosso trabalho, doqual ele abre espaço em cada curso para uma vaga para cadaadolescente nosso; as práticas esportivas, nós buscamos interagirnosso adolescente junto à comunidade como um adolescentecomum, normal, quando comete um ato infracional, está seresponsabilizando e pagando sua medida socioeducativa, mas nãodeixa de ser um adolescente normal que tem gosto pelo futebol, temgosto pelo skate, pelo xadrez, e assim por diante.

Trouxemos alguns dados dos adolescentes queingressaram no serviço ainda este ano, por gênero. Em janeiro, dosexo masculino foram sete adolescentes e do sexo feminino foramcinco, em fevereiro, masculino 15 e do sexo feminino nenhum;em março, do sexo masculino foram quatro e do sexo femininonão teve nenhum; em abril, masculino 13 e feminino dois; emmaio masculino 27 e feminino quatro; em junho, masculino 23 efeminino seis; em julho, masculino 25 e feminino três; emagosto, masculino 23 e feminino dois; em setembro, masculino12 e feminino dois.

O total de adolescentes inseridos no ano de 2013 foram202 adolescentes inseridos no serviço, mas alguns já foramdesligados do serviço porque já concluíram a prestação de serviço àcomunidade ou a liberdade assistida. O total de adolescentesdesligados no ano de 2013, que também tem um pouco deadolescentes do ano de 2012, foi de 148.

Participamos muito de eventos culturais, não deixamos oadolescente restrito dentro da nossa Casa, a semiliberdade ela temesse caráter de fazer o encontro do adolescente ao meio externo,socializando então a gente vai em eventos culturais como a Bienal doLivro, exposições fotográficas e assim por diante.

A faixa etária dos adolescentes que temos atendido aindaeste ano, trouxemos dados mais estatístico do ano de 2013, é de12 anos; temos um adolescente em atendimento; temos quatro de

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 11: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 1 1

três anos; de 14 anos temos 10; de 15 anos temos nove; de 16anos temos 24; de 17 anos temos 28; de 18 anos temos 17; de 19anos temos seis; e de 20 anos temos um.

E eu sempre digo que não adianta só construir maisunidades para estes adolescentes infratores se a gente não tivermedidas públicas que trabalhem a família, porque quando elessaírem de lá eles vão ter que voltar para a família. E se a família nãodá uma estrutura, a comunidade, a sociedade não der umaestrutura, um alicerce a estes adolescentes, o que vai acontecer? Areincidência, e aí nós vamos nadar, nadar e morrer na praia.

Adolescentes em atendimento no ano de 2013. Nomomento contamos com 106 adolescentes. No dia que o Deputadofoi visitar tínhamos 102 adolescentes, sendo que os dadosaumentaram em menos de três dias.

Enquanto não se trabalhar a família, que é o alicerce paraestar recebendo esses adolescentes de volta, eu vejo que a gentevai ter muito e muito trabalho pela frente ainda. Independentementedo fato de a minha cidade ter quatorze, quinze mil habitantes aminha realidade não é diferente da realidade da cidade de Lages,que tem 170 ml habitantes, de Municípios com três, quatro milhabitantes, enfim. O índice é menor, mas os problemas são osmesmos. Enquanto não trabalharmos isso, não iremos avançar.

De prestação de serviço à comunidade temos 82adolescentes; liberdade assistida 28; adolescentes que cometeramalgum tipo de ato infracional no transito, direção sem habilitação,seis; o Grupo Arte Educação, que contamos com um Grupo Reflexivo,que vamos falar mais tarde, 12; e a porcentagem de reincidência,que são os adolescentes que praticam outro ato inflacionário e quejá estão em cumprimento de outro ato inflacionário, a média está em18%.

Enquanto conselheiros tutelares, nós encontramos umagrande dificuldade para trabalhar, de repente muitas situaçõesdestas, de adolescentes infratores, poderiam não ter acontecido. Setivéssemos também condições de trabalho e programas dentro dosMunicípios que trabalhassem com estes adolescentes, a maioria dosMunicípios da regional atualmente não conta nem com o Cras, aí ficadifícil fazer um trabalho preventivo, que são feitos através dosprogramas dentro dos Municípios, sem contar que também hoje amaioria dos conselhos não tem condições mínimas e dignas detrabalho.

Vamos falar um pouco das instituições parceiras quetemos, porque na prestação de serviço à comunidade osadolescentes prestam serviços gratuitos à algumas instituições. Asinstituições que são nossas parceiras: A Secretaria Municipal deEducação, que deviam ser todas as escolas e o centro de educaçãoinfantil da rede municipal, e a Secretaria de Educação, que deveriatambém ser todas as escolas da rede estadual.

Um breve comentário que fizemos, enquanto equipe doserviço Vida Nova e enquanto CREA, é em relação as dificuldadesque enfrentamos para inserir os adolescentes nas escolas paraestarem cumprindo a medida socioeducativo. A gente tem sim aparceria deles, não podemos negar isto, muitos acolhem osadolescentes, mas muitos têm resistência em acolher osadolescentes, sendo que temos sérias dificuldades em estarinserindo os adolescentes para cumprir medidas socioeducativas ealguns estão na fila de espera para cumprir serviço comunitáriodevido as negações das escolas em aceitar estes adolescentes.

Os conselheiros tutelares hoje trabalham numa carga-horária de quarenta horas semanais mais plantão, na sua grandemaioria. A maioria dos conselhos tutelares ganha um salário-mínimoe desconta-se ainda o INSS, de 8% a 9%, então volta menos de umsalário-mínimo. Não tem o reconhecimento, muitos conselhostutelares, para fazer qualquer tipo de atendimento que tenha que sedeslocar da sede tem que estar mendigando carros nas secretarias,porque não tem carro; não tem computador, há conselhos tutelaresque nem internet tem para acessar o sistema de informação, que é onosso Sipia, que é o Sistema de Informação para a Infância eAdolescência. Para quem não conhece o sistema, este programapermite que todas as informações lançadas do Sipia on Web (narede) possam ser acessadas em qualquer Município do Brasil.

Tínhamos parceria com o Conselho Tutelar Municipal deLages e precisamos rever esta situação da parceria com eles. Temosparceria com o Asilo Vicentino; com a Associação Beneficente doMenino Deus; com a biblioteca do Município; com o Hospital InfantilSeara do Bem; com o Centro de Referencia de Assistência Social;com a Polícia Militar; com o Corpo de Bombeiros; e com o Centro deDireitos Humanos e Cidadania. Estas são as instituições queacolhem os adolescentes.

Hoje, na serra, infelizmente a gente conta com somentequatro ou cinco Municípios usando este sistema; não temos apoiodos Municípios, dos Prefeitos, das secretarias às quais somosligados e infelizmente na maioria dos Municípios nem sequer a contado FIA é ativa, esta é outra triste realidade. E aqueles Municípiosque tem o FIA, que poderiam estar aí com programas para garantir odireito da Criança e do Adolescente, muitos Municípios também nãousam este dinheiro em prol, não usam da ferramenta.

O nosso Grupo Reflexivo se reúne todas as sextas-feiras noServiço Vida Nova. Este projeto acontece semanalmente sob a formade grupo reflexivo e tem como objetivo intensificar o processo desocialização, proporcionar o desenvolvimento do pensamento critico,informações e formação para a vida, bem como proporcionar oresgate de autoestima do adolescente dentro das temáticastrabalhadas como sexualidade, drogas, cidadania, motivação, culturada paz entre outras. [Taquigrafa-Revisora:Jacqueline de O. VBitencourt]

E aí muitas empresas acabam deixando de fazer as suasdoações para Municípios tendo em vista isso. E temos tambémmuitos conselhos de direito que existem somente no papel dentro doseu Município. Como coordenadora regional eu tenho todos osMunicípios e é triste a realidade encontrada. Eu sei que não é sóaqui na regional Amures, é uma dificuldade em nível de SantaCatarina e em nível de Brasil. Mas não podemos cruzar os braçosporque a nossa realidade é igual a dos outros, a gente tem queavançar. E para a gente avançar a gente tem que ter um trabalho emrede. E este trabalho em rede é que vai evitar muitos problemascomo este, inclusive da situação do adolescente infrator. Setivéssemos programas de prevenção dentro dos Municípios usadoscom este dinheiro do FIA, pela rede de proteção, de repente estesíndices hoje apresentados seriam bem menores.

Sendo que para serem trabalhados tais temas são usadosdiversos recursos, como visitas a campo, recursos de áudio visual,palestra, dinâmica de grupo, entre outros.

Essa é a apresentação que a gente tem do nosso serviçoatualmente. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -Obrigado, Camila. Agora nós vamos passar, não teria como passar apalavra a todos os conselhos tutelares de cada cidade, mas vamospedir à Fabiana, coordenadora regional da Associação Catarinensedos Conselhos Tutelares da Amures, então falará em nome de todos.Lembro que já cumprimentamos o pessoal de Lages, de CorreiaPinto, de Palmeira, de Bocaina do Sul, de Anita, de São Joaquim, dePainel, de São José do Cerrito, de Campo Belo, de Otacílio Costa,que estão todos representados aqui.

Eu trago, até diria que um desabafo dos conselheirostutelares, porque nenhum conselheiro tutelar quer ter dentro do seuMunicípio um adolescente infrator, ninguém quer isso, o nossotrabalho não é repressão; é garantir os direitos da Criança e doAdolescente, e este é um desabafo da nossa regional que faço comocoordenadora. Hoje a gente não tem condições dignas de trabalhoem 90% dos conselhos tutelares da nossa regional. Eu sei que faloisso e tenho o apoio dos colegas, e já que a rede está aqui, temosVereadores e lideranças, que se voltem aos conselhos tutelares dosseus Municípios.

Assim, passo a palavra à Fabiana Amorim, coordenadoraregional da Associação Catari nense dos Conselhos Tutelares.

A SRA. FABIANA AMORIM - Um bom-dia Deputado, integrantesda mesa, bom-dia a toda a plenária, em especial aos conselheirostutelares da regional. Nós temos doze Municípios representados aquiatravés de seus conselheiros, dos dezoito da regional, e quero agradeceraos colegas que atenderam ao convite, ao apelo e vieram.

Falo em especial hoje a respeito da realidade de Lages, jáque temos Vereadores aqui, que convoquem uma audiência públicatambém para discutir a criação de um segundo conselho nesteMunicípio. A Cidade tem mais de 170 mil habitantes e cincoconselheiros atendendo toda uma demanda, pois são mais de doismil casos ao mês. Estes conselheiros tutelares hoje não têm vidaprópria; eles trabalham quarenta horas na sede, eles fazem mais oplantão e eles ganham o mesmo que eu ganho em Correia Pinto, quetem dezessete mil habitantes. [Taquígrafo-Revisor: EduardoDelvalhas dos Santos]

Quando se fala em medida socioeducativa, adolescenteinfrator, na verdade eu acho que é uma polêmica em todo Município,independente se for serra ou por onde se andar em nível de SantaCatarina, em nível de Brasil. Na verdade nós, conselheiros tutelares,não atendemos adolescentes infratores, isso cabe à Polícia, aoMinistério Público, ao Poder Judiciário, e através das medidassocioeducativas são encaminhados aos programas competentespara a fiscalização dessas medidas. O nosso trabalho, enquantoconselheiros tutelares, é o de garantir que os direitos destesadolescentes infratores também sejam preservados, seja nasinstituições onde eles possam estar cumprindo essas medidassocioeducativas seja no retorno deles à família.

Eu considero isso uma vergonha. E eu não ganho bem! Eunão digo que ganho bem porque a minha cidade tem dezessete mil

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 12: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

12 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/201 3

habitantes, porque eu trabalho. Eu trabalho. Eu ganho menos quemuita gente que cumpre uma carga horária bem menor e, derepente, não estudou o que eu estudei e não está numa frente,como eu estou, assim como os meus colegas.

Já tem essa lei, essa estrutura... Nós estamos aqui com oprofessor Ronaldo Moreira - levante aí para a turma te ver umpouquinho! O Ronaldo é da nossa Comissão e ele é técnico,especialmente, para dar atenção à aplicação dos recursos do FIA.Um dos desafios é utilizar esse recurso do FIA em projetos quepoderiam ser executados pelo Conselho Tutelar, e aí utilizar orecurso então para deslocamento, para ter uma estrutura de compu-tador, telefone, programas de informática e tal. Quer dizer, hoje nósnão podemos trabalhar de facão no meio de uma guerra dessas, emque o crime, a diferenciação social age com uma velocidade digital, edeixar o Conselho a pé. Então, estamos aí buscando essa maneirade instrumentalizar.

Então, faço esse apelo aos Vereadores: que convoquemessa audiência pública para discutir isso. Tenho certeza de que afrente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente naAssembleia, Deputado, através da sua pessoa, nos dará esse apoioe esse respaldo, principalmente na situação de Lages, hoje, etambém em relação aos outros Municípios que estão na penúria emrelação aos Conselhos Tutelares.

E deixar bem claro que o Conselho Tutelar é parceiro dequalquer programa e instituição que venha a trabalhar e garantir osdireitos da criança e do adolescente. Nós temos o Luiz aí, na mesa -já foi conselheiro, não é, Luiz? Conhece bem a realidade também.Fiquei feliz em saber que hoje você está à frente do CMDCA aqui deLages. Creio que também será um grande parceiro nessa luta quenão é só minha, mas de todos.

E ainda comentar, dizer da nossa grande expectativa...Nessas visitas que fiz, visitei também o Prefeito Elizeu Mattos, quefoi Deputado Estadual comigo na Assembleia, e ele, no mesmo dia,já determinou à sua assessoria um conjunto de ações. Uma delas éfazer uma divulgação do FIA, estudar todas as maneiras deaplicação, fazer um trabalho de contato direto, pessoal, dele, comempresários, com as pessoas que pagam Imposto de Renda, parautilizarem... Não precisa pagar do seu, não queremos que ninguémpague do seu! Não. O dinheiro que é o salário, deixa para ele. Nóssó queremos 6% daquilo que ele vai pagar para o Leão, que boteaqui no FIA de Lages, no FIA de Correia Pinto, de Bocaina, dePalmeiras, de Anita, enfim, no FIA do seu Município. Então, em vezde ir para Brasília, depois lá nós passamos um trabalho danado parabuscar, e quando a gente busca tem que pagar ainda com juros paradevolver ainda com juros. [Taquígrafa-Revisora: Carla Greco Granato]Então, se depositar já fica direto, já usa para projetos feitos aqui.Mas isso vai ser apresentado adiante pelo Azzi, pelo Varella, peloJuliano, vão será presentadas essas expectativas.

E quando o Deputado esteve, também, em Correia Pinto,numa visita, nós fizemos um apelo para que vissem a situação dosveículos para os nossos Conselhos Tutelares. Hoje, 70% dos nossosMunicípios da regional não têm carro. Alguns Municípios, hoje, nãose fizeram presentes porque não tiveram como vir. Alguns vieramcom carro próprio e pagaram do seu bolso. Então, essa é umagrande dificuldade, hoje, enfrentada pela nossa regional.

Então fica um apelo a toda a rede, em nome dos dezoitoMunicípios que compõem a nossa regional... Que também entendoas dificuldades enfrentadas pelos conselheiros tutelares, e que,realmente, quando há crítica em relação ao fato de que o ConselhoTutelar não atende situação de ato infracional é porque, realmente,não é nossa função. Então, esse seria um desabafo da regional emnome dos conselheiros tutelares. Seria isso. (Palmas.)

Com a palavra a Maria de Fátima Ogliari, gerente regionalde Educação e Lages, neste ato representando o Secretário deEstado da Educação, senhor Eduardo Deschamps. A SRA.MARIA DE FÁTIMA OGLIARI - Obrigada. Eu cumprimento o nossoDeputado Serafim Venzon e em sem nome todas as autoridades quese fazem presentes aqui. Também quero cumprimentar todos osrepresentantes de entidades que participam deste momento dedebates. Quero aqui trazer o abraço do nosso Secretário de Estadoda Educação, professor Eduardo Deschamps, que por outroscompromissos, Deputado, não pode ser fazer presente nestaaudiência.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -Muito obrigado, Fabiana.

Só para comentar um pouquinho as afirmações daFabiana: está mudando, porque agora tem a Lei 12.696,determinando que a partir de 2015 vai haver uma eleição em todo oterritório nacional no primeiro domingo de outubro - assim, de quatroem quatro anos haverá a escolha dos conselheiros tutelares de cadaMunicípio, o mandato será de quatro anos e cada um pode ainda ir auma reeleição. Havendo essa padronização, já dá para haver, navéspera das eleições, uma divulgação nacional da importância doconselheiro tutelar.

Eu quero colocar rapidamente que nós, enquantoeducadores, enquanto Gerência de Educação, a questão dosmenores infratores. A gente fica muito feliz quando escuta, quandovê os relatos aqui do nosso Case, a gente inclusive acompanha esabe da beleza, da maravilha que é e que está sendo esses nossosjovens em sua inserção na comunidade. Também escutamos aquiatentamente o relato da nossa conselheira, fazendo o seu apelo,enquanto Conselho Tutelar das demais entidades aqui da nossaAmures.

Hoje, o conselheiro tutelar está muito desconectado - nãopor parte dele, mas a estrutura política não liga o que elesobservam, não promove a mudança. E o que se quer é que haja amudança lá onde está a família em que o menor está sendo agredidoporque a renda familiar é insuficiente, ou pela casa que não existe,pela escola... Enfim, uma série de coisas que precisariam sermudadas para mudar aquele ambiente. Só que eles não conseguemser ouvidos para fazer essa mudança, mas eu acredito que isso éuma questão de tempo.

Eu quero lançar aqui um desafio, enquanto professora.Março do ano que vem, Deputado, eu completo quarenta anos deeducação e vou deixar a educação, vou me aposentar com umagrande angústia, enquanto educadora, e essa angústia não é sóminha, enquanto educação, são de todos os meus colegasprofessores. Qual é o caminho? O que fazer com todos essesmenores que estão sob o nosso domínio, sob o nosso comando,enquanto educação? Sabemos, de acordo com os dados apresen-tados até agora, de alguns menores que estão sendo assistidos etrabalhados. Nós estamos muito felizes por essas ações. Mas o quefazer com aqueles menores que estão lá dentro das nossasunidades escolares e que neste momento estão nos agredindo,agredindo os nossos professores, agredindo os colegas, agredindoaté mesmo - vou contar a vocês - dando pontapés nos vigias dafrente da escola. Qual é o encaminhamento que fazemos? Família! Oque vamos fazer enquanto família? Nós, da educação, estamospassando, estamos sendo vítimas desses menores que ainda estãoconosco lá. Que tipo de encaminha mento?

E vocês não precisam ficar desanimadas por isso. Porquê? Porque a Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e doAdolescente - que tanto se fala que o investimento tem que ser nacriança porque ali que nós formamos a pessoa, o jovem, o adulto deamanhã - só foi criada no ano passado também! Sabiam? Antes, osdireitos da criança e do adolescente estavam diluídos dentro daComissão geral dos Direitos Humanos, que daí fica um termo muitovago: direitos humanos, o que é isso? Mas nem sei, nunca se faziaalguma reunião de impor tância.

Então, de três anos para cá foi criada a ComissãoPermanente de Combate às Drogas, a Comissão Permanente dasPessoas com Deficiência Física, porque nós tanto falamos que maisde 20% das pessoas tem alguma deficiência, e o que se faz paraisso? Se alguém que precisa comprar um carro especial apresentaros documentos, ainda não existe nenhuma estrutura nas regionaispara dar guarida, para auxiliar essas pessoas a preencher odocumento e poder ter acesso a esse benefício que teria a pessoacom alguma deficiência. Mas agora tem a Comissão, o DeputadoJosé Nei Ascari está comandando aquilo e, de certeza, devagarzinhovai mudando.

Ficamos, às vezes, Deputado, bastante decepcionadoscom algumas autoridades quando fazemos relatórios, quando nosreunimos, vamos até o Ministério Público, pedimos ajuda e nada éfeito. E os menores continuam lá dentro da unidade escolar. Nósqueremos que eles continuem, nós somos a favor, mas que medida?Que acompanhamento? Eles não estão tendo esse acompanha-mento. O acompanhamento está existindo nesses setores.

Como vamos mudando nós, aqui, com a Comissão dosDireitos da Criança e do Adolescente. Apresentei algumas mudançasque promovemos neste governo; o ECA, o Estatuto da Criança e doAdolescente, tem 23 anos, mas ele é uma lei e, como dizia SãoPaulo, de nada adianta a gente fazer muita oração e muita prece senão se transformar em ação. Então, o ECA, por enquanto, é umagrande prece, mas ainda não se transformou em ação, em coisa realque vai mudar a condição da criança e do adolescente. Mas estamoscaminhando nesse sentido e por isso que os conselheiros tutelares,podem ter certeza, devagarzinho vai modificando, sim.

Dos 27 mil alunos da nossa região, da abrangência da 27ªSecretaria de Desenvolvimento Regional, nós estamos com umproblema grave e quem é de Lages, quem é da região sabe o queestamos enfrentando. Quando recorremos aos conselheiros,sabemos que o Conselho Tutelar não está para trabalhar no... e osnossos professores nos pedem ajuda. Então nós sempre temos umpaliativo, que é a Polícia Militar que chega na hora e nos ajudanaquele momento, nos dá proteção. É como se fosse um analgésico

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 13: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 1 3

para nós, educadores. É alguma coisa que vai curar a dor ali na hora.E depois, o que fazer? Eu espero que este espaço de discussão nostraga uma alternativa enquanto educação. A nossa função social daeducação é estar fazendo essa mediação do conhecimento e nósnão estamos preparados para atender esses casos lá na educação.Quem vai nos ajudar? E nós precisamos de uma resposta imediatadas autoridades e da sociedade como um todo.

2013, que proíbe que fóruns das entidades da sociedade civil se reúnamnas dependências da Secretaria. Isso para todos os fóruns, não somentepara os fóruns das entidades não governamentais e do Cedica, mas paratodos os fóruns de todos os Conselhos que lá estão. A sensação quetemos é que não se tem compreensão do que realmente é o trabalho quedeve ser feito pelo Conselho e qual é o papel da Secretaria que o acolhepara fazer com que o trabalho aconteça.

Então, eu quero deixar aqui neste momento: a educaçãonão só da região serrana, mas toda a educação do Estado está emdesespero! Nós estamos sendo agredidos e nós não estamos tendorespostas. Nós temos um analgésico. Aquelas pessoas queprontamente nos auxiliam. E neste momento, aqui em Lages, agente quer agradecer a Polícia Militar que é quem na hora queestamos em desespero chega e nos ajuda. A polícia leva o menor,mas amanhã ele está ali de novo conosco fazendo ameaças aosnossos educadores e batendo. Vocês podem acompanhar pela mídiaque diariamente estamos tendo um caso desses. Eles estãoinvadindo as escolas, eles estão adentrando. Recentemente, numadas nossas maiores escolas, há cerca de duas semanas, um menorentrou com o uniforme da escola, Deputado, para agredir outro ládentro, e agrediu violentamente. Chamamos a polícia, a polícia olevou, mas no dia seguinte ele estava lá de novo dentro da escola. Eagora o que fazer?

Em resumo, nós estamos em maus lençóis, porémcaminhando. Mas caminhando a passos bastante otimistas. Algumascoisas V.Exa. tem conhecimento, outras não, mas trazemos parareflexão, ou seja, apesar de termos parcerias e estarmostrabalhando.

No ano passado o grupo anterior de conselheiros fez umplanejamento de encontro mesorregionais; seis mesorregiões emSanta Catarina... Eu cheguei ontem de Forquilhinha, mesorregião deCriciúma, e lá realizamos um encontro também. São encontros comprevisão de participação de trezentas pessoas cada um. O primeiroaconteceu em Florianópolis, o segundo aqui em Lages, depoisaconteceu em Chapecó, depois em Joinville e Forquilhinha, comorelatei. O próximo será em BaIneário Camboriú, na mesorregião deItajaí.

O que estamos procurando com esses encontros?Perguntar para conselheiros e para o sistema de garantias, para arede de proteção à criança e ao adolescente... e não ao menor,professora Fátima, me desculpe. Vamos atualizar a terminologia.(Palmas.) E também não é adolescente infrator é adolescente de atoinfracional. Nós precisamos atualizar a linguagem para podermosgradativamente educar o nosso ouvido e as nossas ações para orumo certo. O ECA não é fé, o ECA é lei, e as obras que o fazem valerprecisam ser pensadas por nós.

Nós queremos, enquanto educação, pedir socorro. Aescola não pode mais ser palco da violência. O que fazer com asfamílias? Eu escutei alguém falando na plateia, que realmente nós,educadores, sabemos que os nossos estudantes são um produto domeio. Mas o que vamos fazer com as famílias?

Então, neste momento, nós queremos nos colocar aqui aserviço, enquanto educação, já participamos das redes, masqueremos deixar aqui, eu faço em nome dos 2.500 educadores danossa região, nós precisamos de respostas urgentes. Quem vai nosajudar?

Eu anotei outra questão: o FIA estadual tem o seu gestor,mas esse gestor é também conselheiro estadual, e o Tribunal deContas não recomenda isso. Então, eu pediria, Deputado Venzon,que isso fosse levado para o governo a fim de decidirem. O padreCaon vai ser conselheiro ou vai ser gestor? Se puder ser as duascoisas nós vamos nos resignar.

Muito obrigada. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -

Com a palavra a senhora Erli Camargo, conselheira estadual doConselho dos Direitos da Criança e do Adolescente. Nós percebemos que tem alguns furos na rede e esses

furos têm a ver com coisas que não coadunam com a realidadequando falamos, por exemplo... aliás, detectamos no Estado queexistem conselheiros tutelares sem formação, lamentavelmente, semcondições de operar dentro do sistema porque não compreenderamqual é o seu papel. O Cananda - Conselho Nacional dos Direitos daCriança e do Adolescente - recomenda que tenhamos um cuidadoespecial com a formação permanente. E eu acho que nós estamosno rumo certo - faço parte da comissão de capacitação e políticaspúblicas do Cedica - quando estamos pensando que a partir dessesencontros mesorregionais estamos coletamos dados riquíssimospara compor o plano decenal (e temos o prazo para completá-lo atéjulho do ano que vem); o plano de implementação plena do SipiaSinase; o plano de enfrentamento à violência e exploração sexualinfantojuvenil, que inclusive foi feito e não foi assinado, foi guardadonuma gaveta e até agora não descobrimos em qual gaveta estáguardado. E isso foi em 2009. Resgatamos a sua cópia em outrosetor por cuidado da pessoa. E o fórum catarinense tinha uma cópiae estamos resgatando isso. Fizemos, inclusive, um grupo de trabalhopara tratar esse tema.

A SRA. ERLI CAMARGO -(Cumprimenta as autoridades e demais presentes. )Primeiramente, quero dizer quem eu sou? Eu não sou só

conselheira estadual do Conselho dos Direitos da Criança e doAdolescente, membro da mesa diretora do Conselho, eu sou tambémcoordenadora do Movimento Nacional de Direitos Humanos em SantaCatarina, sou também coordenadora do Fórum Catarinense pelo Fimda Violência e Exploração Sexual Infanto-juvenil. [Taquígrafa-Revisora:Sabrina Schmitz] Aqui em Lages eu coordeno a comissão demonitoramento do protocolo de atenção a vítimas de violência, e mederam uma incumbência que é a coordenação do Conselho Municipaldos Direitos da Mulher. Então, eu tenho um peso bem grande nascostas, mas o que eu quero dizer vai mais ou menos na linha deraciocínio aqui colocado pela Fabiana.

Nós temos visitado, Deputado Venzon, todo o Estado comofórum, como movimento, como rede de educação cidadã - de ondetambém faço parte como educadora popular - e tenho visto o gritoagonizante dos conselhos tutelares e dos conselhos de diretos.

Quero fazer um histórico, mas serei breve, apesar de teranotado várias coisas fundamentais a serem ditas neste momentoporque é o momento oportuno. V.Exa. esteve em uma plenária doCedica, que apresentou a sua proposta, e nós atentamente ouvimose inclusive fizemos algumas perguntas. Agora tenho a oportunidadede dizer perante à região da Amures algumas angústias que noscolocam a realidade pela qual nós temos passado.

Além do plano decenal, do plano de enfrentamento àviolência, temos também o plano de convivência familiar e fortaleci-mento de vínculos, que está sendo elaborado, a partir, obviamente,de coleta de dados e de pesquisa de campo ampla. Inclusive euchamo a atenção para o assunto e gostaria muito que a CCT fossenossa parceira.

Outra questão importante, Deputado Venzon, conselheirosaqui presentes e autoridades em geral, nós temos notícias erelatórios que inclusive sofreu uma intervenção. [Taquígrafa-Revisora:Iwana L. Lentz] Eu diria assim uma intervenção, por falar de algummodo, do Conanda que veio visitar Santa Catarina - para a nossasurpresa -, porque havia denúncias de tortura no Case de Joinville.Não vou falar do São Lucas, porque é outro departamento gravetambém. Mas, eis que, na continuidade dos fatos, descobrimostambém que não foi apenas um problema com a Fatma - a Fatma nãoiria mesmo, porque seria imoral dar uma licença de funcionamentopara um prédio cujas paredes eram ocas, com material de péssimaqualidade.

Eu fico bem admirada de ver que o Governador RaimundoColombo passou três anos planejando. Curiosa situação! Deveriapassar um ano planejando e três anos executando. Mas, tudo bem!Lidamos com isso e temos que administrar. ( Palmas.)

O FIA estadual realmente ficou parado, mas o Cedicatambém ficou. E as deliberações que passam nesse Conselho,passam para ver o que fazer com o FIA; envolvem campanhas,envolvem ações e tudo mais. Junto a isso o Cedica também ficou -V.Exa. disse e eu repito, porque isso deve ser enfatizado aqui - semsaber quem era o pai e quem era a mãe, como Secretariaadministrativamente vinculada. Essa é uma situação grave. Então, osconselheiros não tinham condições de trabalhar.

Então, adolescente não comete crime, adolescente cometeato infracional. Crime é corrupção! Crime é desvio de verbas as quaisdeveriam ser aplicadas devidamente! Mas fazem prédios desse tipoque precisam ser revisados de cabo a rabo, gente. Isso é uma coisadoida, inconcebível que precisa ser, inclusive, denunciada, eestamos fazendo isso.

Eu não vou dizer que os conselheiros municipais não têmcondições de trabalhar por conta disso, temos notícia de todo os Estadoque os conselheiros muitas vezes são boicotados em suas ações deforma dramática. E um exemplo para ilustrar! E é o que está acontecendoagora na atual Secretaria a qual o Conselho está vinculado, que é aSecretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação.

Os Conselhos Tutelares sem formação. Daí vem a questão:escola de Conselhos. Foi aprovado o projeto... eu represento o

Quem quiser pesquisar no Diário Oficial do Estado vaipoder ver a Instrução Normativa nº 1, datada de 1º de fevereiro de

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 14: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

14 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/201 3

Cedica, um grupo gestor dessa escola de Conselhos. Uma outrasituação dramática, porque agora se pergunta: como vamoscontratar os profissionais, monitores dos temas, enfim, já que averba é federal e estão injetados ali mais de R$ 500 mil?. Essestemas precisam ser trabalhados e aí vem uma gama de possibi-lidades. Nós ficamos mais de seis meses perguntando como iria sera contratação dos professores, porque tinha uma discussãotremenda: é por licitação ou por chamada pública? Todos os editaisabertos pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência daRepública são abertos dizendo que são por chamada pública. E noEstado barrou no jurídico e eu sou advogada e posso dizer isso combastante tranquilidade: a contratação não pode ser por chamadapública; tem que ser por licitação. E no pacote você não tem certezase a empresa que apresenta cursos a granel vai ser aquilo querealmente pode ser colocado como prioridade para os Conselhos dedireitos e os Conselhos Tutelares.

gratificante passar o dia conversando com os condenados. Eu fizmestrado na área da criminologia e a gente sabe, qualquer um desegurança sabe - e o meu foco neste momento é o adolescente emconflito com a lei - que para existir o crime é obrigado existirem trêselementos: o criminoso motivado, uma vítima vuInerável e umambiente favorável. E no sistema prisional a gente percebe queexistem pessoas para as quais a ressocialização realmente é muitodifícil.

Então, a política de segurança se faz da seguinte maneira:quando há uma determinada pessoa e ela comete determinadosdelitos, as atenções têm que estar voltadas para essa pessoa - nonosso caso, dizemos que temos que ir atrás da raposa, porqueaquela única pessoa está atormentando toda a sociedade, por isso ofoco é para ela. Agora, quando há uma pessoa que é vítima dediversos criminosos, a gente diz que a preocupação é a ovelha. Nãoadmitimos que uma mulher possa ser violentada por vinte carasdiferentes em ocasiões diferentes; eu acho que o problema está navítima e muita gente questiona, dizendo que a vítima faz parterealmente do sistema de segurança e ela tem que ter responsabi-lidade, porque segurança é responsabilidade de todos; é dever doEstado, mas responsabilidade de todos. Então a vítima é tambémchamada a sua responsabi lidade.

Outro tema: progressão de medida da semiliberdade paraa liberdade assistida não pode ser automática, pois tem que passarpelo juiz. Esse encaminhamento é errôneo e, se estiver acontecendo,tem que ser corrigido.

O apoio das escolas para prestação de serviços àcomunidade. Primeiro, você mandar alguém para a escola para fazerserviço geral? Lá tem uma servente. Será que a escola não temcriatividade o suficiente para adequar com alguma outra coisa queseja realmente socioeducativa? (Palmas.)

E o terceiro item que se diz é um ambiente favorável. Temque existir um ambiente favorável para existir o crime: um carro comporta aberta, uma casa com a janela aberta favorece, e no caso doadolescente em conflito com a lei, a gente percebe que nesse caso aintenção não deve voltar para o criminoso ou autor de ato infracional- desculpe a expressão, doutora Derli, mas acho que pouco importa asemântica, o que importa é o objetivo que a gente quer alcançar.Mas a questão é a seguinte: o problema do adolescente em conflitocom a lei é estar realmente num ambiente propício, e quando umambiente é favorável? O ambiente é favorável quando tem umadesestrutura familiar e a falta de perspectiva de vida.

Fico bem feliz que a gente esteja dizendo aqui reiterada-mente que os adolescentes são normais. Eu sempre os tive comonormais. Então, eu me admiro de alguém ter que dizer isso, porqueadolescente é normal e tem que ser tratado como normal. Ele nãodeixou de ser gente. Nós potencialmente temos capacidade de nostornarmos criminosos de um minuto para o outro. Isso precisa serpensado também.

Fico feliz em saber também que há uma preocupação comApomt (Aviso por Maus-Tratos Contra Criança o Adolescente) e com oApóia (Programa de Apoio à Evasão Escolar). E fico triste que temosmais de cinco Comarcas - acredito - na região e não há nenhum juizou Promotor presente. O Apomt e o Apóia precisam ser revisados oupelo menos colocados em ação.

Hoje em dia percebemos que quando se começa aquestionar que o Estado é laico e começamos a pensar em separarIgreja de Estado, isso acaba fazendo um mal tremendo para asociedade. O nosso foco é olhar para a família, porque no sistemaprisional 95% dos jovens com os quais eu conversei tinham a famíliaseparada, não conheciam o pai, tinham uma família desestrutura,existia um problema enorme na família. O que a Polícia Militar estáfazendo agora aqui em Lages? Estamos colocando um policial emcada bairro para identificar os problemas, e um dos maioresproblemas que agora começamos a perceber aqui na cidade deLages é a violência doméstica. Está aí se criando o clima doambiente favorável.

Sipia-CT. Como que num Conselho Tutelar que não tem umcomputador com um sistema operacional adequado vai operar umsistema que exige os pré-requisitos mínimos de hardware? Meu Deusdo céu, 23 anos de Estatuto, já fiz um curso em 1998 sobre Sipia naépoca em que fui conselheira tutelar e até hoje há ConselhosTutelares que não têm o Sipia instalado. E tem gente aindaganhando voto com isso!

Em relação a essa violência doméstica, e dou um exemplorápido, peço que os policiais do bairro chamem a comunidade,chamem os setores para discutir, porque muitas vezes são coisassimples que no dia a dia fazem com que o adolescente vá para ocrime. Normalmente quando um casal se separa, o filho fica com amãe e o pai tem momentos de visita. O pai normalmente pega o filhonos finais de semana ou quando tem dinheiro e o leva para festas,se o filho sujar a roupa é motivo de alegria, e a mãe faz aquele papeldifícil de educar, acordando cedo o filho na segunda-feira, mandandolavar a orelha, mandando desligar a televisão para estudar, etc. E ofilho, logicamente, uma criança de 10 anos, já começa a associar opai como um cara bom e a mãe como ruim, questionando-se quetalvez por isso o pai tenha se separado da mãe. E se a mãe começaa dizer para o filho não usar droga, aquele é o caminho que ele vaiseguir; se a mãe diz para ele não andar com aquela turma, é comaquela turma que ele vai andar. Então, a Polícia Militar estápreocupada hoje com essa situação e começa a conversar arespeito.

Enfim, precisamos rever princípios para podermos dizerque precisamos fazer alguma coisa. A rede precisa funcionar, mas arede precisa de apoio, de sustentabilidade, de pessoaspreocupadas. Acho que nesta mesa e nesta platéia há pessoaspreocupadas.

Muito obrigada. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -

Muito obrigado.Tenho certeza que somando os seus sonhos juntamente

com os nossos vamos mudar essa realidade.Passo a palavra ao Tenente Coronel Roberto Vidal

Fonseca, Comandante do 6º Batalhão de Lages.O TENENTE-CORONEL ROBERTO VIDAL FONSECA -

Cumprimentando o Deputado Estadual Serafim Venzom, eucumprimento todos.

Hoje eu tive uma convocação e um convite. A convocaçãoera para estar com o Governador que hoje está na cidade de Lages eo convite era para participar desta audiência pública. Logicamente, aminha opção foi estar aqui presente, porque o tema é bastanterelevante e preocupa muito a Polícia Militar.

Eu fui a uma reunião com o Reitor de universidade e eleestava pedindo policiamento, porque estava havendo furto nocampus da universidade e droga. Mas o Reitor tinha tomado umadecisão que poderia despertar a criminalidade, qual seja, que oaluno que não pagasse a mensalidade não entraria mais na aula. Aía gente fica imaginando a reação de um rapaz de 17 anos, 18 anos,que achava que estava em dia com sua mensalidade, recebendo anotícia de que nos mês seguinte não poderia entrar na aula porquenão estava paga a mensalidade. Essa situação seria fácil para otraficante, pois poderia pedir ao aluno para levar a droga até umlocal por R$ 3 mil, e com certeza esse aluno levaria a droga. Então,o Reitor está preocupado com a droga no campus, preocupado como furto, mas estava tomando ações que despertariam acriminalidade.

Antes de assumir o comando do 6º Batalhão, eu tambémtive a oportunidade de trabalhar quatro anos na Secretaria de Justiçacomo corregedor. Quando eu estive no presídio de Joinvilleassumindo a direção interina de lá, eu me lembro de um jovem de 27anos, 28 anos que tinha cumprido quatro anos de prisão. Eu,conversando com ele, disse o seguinte: bacana, cumprisse os quatroanos. Agora, vou pedir para a viatura te levar até a tua residência.Isso porque eu imaginei que a família estivesse ansiosa, contente,esperando-o por ele ter cumprido sua obrigação. Isso era umas 14hda tarde. Umas 21h o agente retornou e me disse: “Olha, foi umtrabalho. Levei-o na casa da mãe e ela não quis aceitá-lo, porque láela disse que o irmão iria matá-lo. Levei-o para a casa da tia, mas eladisse que não tinha condições...” [Taquígrafa-Revisora: SibelliD’Agostini] Aí ele conseguiu com um conhecido ficar aquela noite nacasa dele.

Então, sobre esses fatos a Polícia Comunitária estátomando as medidas... Uma coisa é certa, não conseguimoscombater a criminalidade com um órgão só, há necessidade dessediálogo, da parceria dos segmentos organizados. Nós também vamosfazer levantamento nos bares evitando que vendam bebida alcoólicapara menores, vamos fazer uma abordagem junto com o Ministério

Diante desse fato, com o nosso trabalho na segurançapública, comecei a questionar as causas, e foi uma experiência

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 15: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 1 5

Público nas casas de show. E quando cheguei aqui em Lages fuiquestionado sobre o fato de a Polícia Militar ter desfeito sua bandade música, e eu entendo também que uma banda de música causauma sensação de segurança, porque a música traz isso, mas aqueletrabalho está sendo substituído por um projeto, o Vivendo comMúsica, no qual os policiais militares que estavam na banda demúsica passaram a ensinar crianças carentes, através de umaseleção, para que seja despertado nelas o talento para a música.Hoje já temos 43 adolescentes fazendo parte desse projeto, quefunciona às terças e às quintas-feiras, quando aprendem música eapós é servido um lanche.

recurso do FIA, mas não existe o projeto. No FIA estadual tem agoraperto de R$ 1 milhão, aí dizemos por que não está sendo utilizado,não é que não tem projeto, é que essa história de não terpaternidade, que a Elí estava querendo colocar e também toda aindignação dela, por que? Até tem dinheiro no FIA, mas sequer existeum acerto de utilizar aquele recurso, não porque o conselho nãoquer, mas ainda não se ganhou, ainda não chegamos no ritmo paracaminhar gestor e conselho e como ela colocou até aqueladeterminação de proibir encontro. Mas quero dizer que havendorecursos nos FIAs Municipais é um pouco mais simples de fazer odesencalhamento daquele recurso e utilizá-lo nesses projetos quetanto se quer aí.Então a Polícia Militar se preocupa também com esse lado

e pedimos o apoio do senhor Deputado e dos demais segmentosorganizados para incentivarmos essa política. Agora, existem casos,como foi apontado, de adolescentes cuja recuperação é difícil, e aítem que se tomar outras medidas, que os senhores podem discutir,mas a grande maioria tem solução.Portanto, também estamosfazendo um trabalho de prevenção.

(A senhora Elizabete Hartmann manifesta-se fora domicrofone: pode contar com o nosso apoio )

Obrigada Elizabete.Visitamos na segunda-feira para fazer a Uniplac e

fizemos o convite para estarem neste evento, também fiqueiencantado com vários projetos que a Uniplac tem, não só paraestarem aqui mas para serem parceiros de todos nós e dasociedade. A Uniplac e as universidades de cada região são asmaiores referências e fico feliz com a presença aqui.

Eu encerro a minha fala dizendo que estou à disposição detodos, e como sempre digo aos policiais militares, a Polícia Militar éimportante, porque a partir do momento que se coloca uma farda setem a chance de ajudar as pessoas, e é isso que fica na nossa vida,ou seja, depois de um bom tempo de serviço saber que pôde ajudar.Estamos aí para contribuir e para ser parceiro de qualquer ação quepercebamos seja boa para todos.

Passo a palavra ao professor Juliano Leite, Pró-reitorde Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Uniplac.

O SR. JULIANO LEITE - Bom-dia ao Deputado SerafimVenzon e a todos.

Obrigado. (Palmas.) [Taquígrafa-Revisora: Siomara G.Videira]

Agradeço imensamente ao convite de estarmosparticipando desta audiência pública aqui, para a universidade émuito importante esses momentos de debate, de conversa, porquenós saímos disso aqui para chegarmos em atos práticos.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -Obrigado, Coronel.

Passo a palavra à doutora Elisabeth Hartmann, presidenteda Comissão da Infância e Juventude da OAB de Lages.

Então, vendo todas as pessoas, os órgãos públicos,entidades, participando deste movimento conosco, é extremamenteimportante. A SRA. ELIZABETH HARTMANN - Cumprimento o

Deputado; autoridades e a todos em nome do nosso presidente daOAB, doutor Marcelo Menegotto e da doutora Janaina Ferri Maines,atual presidente em exercício, da OAB de Lages.

Nós temos diversos projetos que a universidade, hoje,busca através de recursos e temos editais em aberto paradesenvolvermos projetos. E que esses projetos não fiquem somentedentro da universidade e é justamente ter as portas abertas e para irmosalém dos nossos muros e praticarmos ações realmente práticas.

A atual gestão de Lages tem o objetivo de trabalharna esfera social demonstrando que o trabalho da advocacia é umafunção social. Como presidente da Infância e da Juventude nospreocupamos e pretendemos trabalhar em projetos sociais, relativosaos direitos da criança e do adolescente.

Hoje, nós buscamos, realmente, parcerias com acomunidade, com as entidades para que eles possam nos trazerprojetos, nos apresentar essas realidades que estamos vendo hoje,aqui e transformar isso em pesquisa, extensão e com aplicação juntoà comunidade, acho que isso é extremamente importante.[Taquígrafa-Revisora: Dulce Maria da Costa]

Portanto, nos colocamos à disposição de todas asentidades e dos segmentos sociais para firmar parcerias, trabalharcom os direitos da criança e da juventude. E temos interesse emfirmar essas parcerias, porque entendemos que juntos poderemosfazer grandes projetos e ter grandes trabalhos. Estamosdesenvolvendo um projeto importante com a família dos presidiáriose pretendemos, também, trazer a Lages à Escola de Pais, porqueentendemos que a questão do...

A universidade vem fazendo alguns projetos, como osenhor já falou, e dentro desses projetos trouxemos um projetoespecífico junto ao CMDCA, um projeto que estamos desenvolvendo,a professora Mariléia está aqui e vai falar um pouco mais sobre odesenvolvimento do projeto porque, na verdade, ela está fazendo umdiagnóstico da nossa região, na cidade de Lages, aonde irá nosmostrar a realidade referente à criança e ao adolescente, mas nãosomente dentro disto, de outros projetos porque, às vezes, falamosmuito sobre criança e adolescente, mas também é importantecuidarmos do meio para que estas pessoas possam tenham ummeio bom para poder desenvolver isto.

(A senhora Wilma Koerich manifesta-se fora domicrofone: já tem há quarenta anos em Lages a Escola de Pais.)

Gostaríamos, então, de fazer parceria com vocêspara trabalharmos com essas famílias, obrigada, eu não sabia queem Lages tínhamos a Escola de Pais, mas que bom, assim fica maisfácil de trabalharmos juntos.

Sabemos que essas crianças e esses adolescentes têmdificuldades de chegar até a universidade, muitos deles desistem,largam no ensino fundamental e não dão continuidade, e queremosver essas crianças e esses adolescentes, mais para frente, dentrodas universidades. Então, queremos que eles tenham este contatodesde agora, que entrem na universidade para conhecer os nossosprojetos, os cursos, mas que futuramente eles possam estargraduando, dando continuidade e saindo desta marginalidade. Paranós isto é importante.

Encerro minha fala, propondo parceria com todas asentidades e segmentos sociais para fazermos um trabalho emconjunto para preservar os direitos da infância e da juventude.(Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual SerafimVenzon) - Obrigada, doutora Elizabeth, eu gostaria de pedir a ajudada senhora junto à OAB, justamente porque para as pessoas quepagam imposto de renda é mais fácil, no dia da declaração, ocontador preencher um documento e pagar tudo no dia do venci-mento, é mais fácil! É um pouquinho mais difícil a gente chegar nofinal deste ano, por exemplo, dar uma olhadinha quanto que pagouno ano passado de imposto de renda, digamos assim o doutor fulanopagou 100 mil de imposto de renda, no imposto devido, tem muitodoutor que paga mais do que isso, mas vamos supor que ele pagou100 mil, então se ele pagou 100 mil ele poderia doar 6 mil para oFIA, que é 6%, isso do ano passado, é provável que este ano eletenha mais ou menos os mesmos rendimentos ai ele vai pagar de100 a 110, ou seja se ele usar como base de cálculo o imposto derenda do ano passado e ele depositar 6 mil no FIA. A única coisa queele tem é que ele vai depositar no mês de março ou abril e quandoele fizer a declaração vai ter 100 mil para pagar, mas como 6 ele jápagou, ele só tem o 94, se já descontaram dele na folha, 70, 80,90, bom, ele só vai pagar o que falta.

A Uniplac está de braços abertos, estamos além dosnossos portões. Dizemos lá que não temos tramela na nossa porta,a porta está sempre aberta e todos serão bem-vindos paraconversarmos, debatermos, discutirmos, fazer projetos e executá-los.Isto para nós é extremamente importante.

Contamos com a parceria de todos, deixo aqui um abraçopara o professor Elson Rogério Bastos Pereira, Reitor da Uniplac; eprofessora Elusa Camargo, diretora executiva da Fundação Uniplac.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -

Com a palavra a professora Marileia Wolf Tubs, coordenadora docurso de Pedagogia da Uniplac.

A SRA. MARILEIA WOLF TUBS - Bom-dia a todos. Estouaqui com dois moços que são bolsistas e fazem parte desse projetoque a Uniplac está desenvolvendo com o CMDCA e ao FIA.Então, assim com a OAB, têm com os contadores,

com os médicos, com os dentistas, com os empresários e com todosque pagam imposto de renda. E queremos contar com essemovimento, o primeiro movimento é justamente ter a contribuição, edaí vem aquilo que a Elí e nós todos colocamos aqui. Às vezes tem

Antes de falarmos do projeto, gostaríamos de colocar quetemos outros que estão sendo desenvolvidos e são permanentesdentro da Universidade, que são voltados para as crianças e para osadolescentes.

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 16: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

16 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/201 3

Temos um projeto permanente com a Casa Semi Liberdadeque fazíamos com os meninos lá; temos a proposta que está sendolevada para o Conselho de uma capacitação com todos osConselheiros sobre a questão da Lei do ECA; a Uniplac estáencaminhando um pedido de um segundo conselho tutelar paraLages; há uns dias atrás iniciamos uma parceria com a IrmandadeNossa Senhora das Graças; temos o projeto Integração Instituições ea Comunidade, sendo que este está em vias de relatório final da escritado diagnóstico que é a Política de Prevenção à Violação e o Projeto dosDireitos das Crianças e dos Adolescentes do Município de Lages.

tudo o que a Universidade pode oferecer, então nós temos, além doFIAs municipal de Lages, tem os FIAs de cada cidade, mas tem o FIAestadual e se nós tivermos o projeto robusto, encampado porentidades como universidades, igrejas, clubes esportivos, asPolícias, as escolas; este projeto que o Coronel estava colocando, damúsica na Polícia, isso tudo eles estão fazendo por conta deles, maspodemos usar a Lei e estes recursos e desenvolvê-lo melhor, e poderampliá-lo.

Quero que vocês contem com o nosso apoio e quero ver seao final do ano que vem, em mais dois ou três anos a gente poderapresentar números diferentes, que deem resultado.O projeto tem como objetivo conhecer e avaliar as políticas

de prevenção a violação e proteção dos direitos das crianças e dosadolescentes de Lages. Este é o grande objetivo do projeto, dodiagnóstico.

Passo a palavra ao senhor Lúcio Marcelo Varela, gerentedo FIA

O SR. LÚCIO MARCELO VARELA - Um bom-dia a todos osparticipantes e às auto ridades da mesa.Os específicos são: mapear e localizar geograficamente as

instituições credenciadas ao CMDCA/ FIA; identificar o número decrianças e adolescentes das instituições pesquisadas; identificar eanalisar as políticas públicas de prevenção a violação e proteção dosdireitos da criança e dos adolescentes do Município de Lages;descrever os programas de atendimento infantojuvenil; pesquisar osdireitos e a vuInerabilidade do público alvo; e identificar o impactodesses programas diante do desenvol vimento humano na região.

Eu trouxe alguns dados sobre o Fundo para a Infância eAdolescência do Município sobre o Conselho. Eu vou ser breve, porconta do horário, que está curto.

(procede-se à apresentação de imagens)

Nós temos um programa, o Cidadão Amigo da Criança, quehá dois anos já funciona no Município. Nós estamos muito à frentedo que funciona sobre o Fundo para a Infância e Adolescência. Nóstemos há dois anos a captação casada, que é uma captação derecursos através do imposto de renda junto aos empresários e àspessoas que fazem as doações dos impostos de renda. Então apessoa que faz a doação pode diretamente optar por qual entidadeela quer aplicar o dinheiro dela para pegar os recursos dos projetos.

Como metodologia usamos a localização dos cinco Craspara fazer a divisão da pesquisa. Nós, bolsistas, e eles temos aregião de pesquisa onde estão inseridas as políticas públicas dentrodesses bairros, nestes espaços.

Passamos alguns momentos da pesquisa e assistênciasocial, desde a Secretaria Municipal de Assistência Social, CRAS,CREA, abrigos, CMDCA, etc., da educação; na Secretaria Municipalda Educação EMEBs, CEIMs e educação especial; e na SecretariaEstadual de Educação e Educação Especial também, na Gered, e asescolas privadas.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -Varela, isso se chama agora, com a aprovação do Conanda, projetochancelado; ou seja, uma entidade faz o projeto, apresenta para oConselho, o Conselho analisa, aprova ou não. Sendo aprovado, eletem a lei debaixo do braço; aí ele vai ao empresário “x”, que paga oimposto de renda sobre o lucro real, porque tem muita gente quepaga imposto sobre o lucro presumido, ele não pode destinar dentrodesta lei. Daí ele vai visitar o empresário, se o empresário gostar doprojeto ele vai destinar 1% do seu imposto para este fundo e daíviabiliza o projeto, isso se chama projeto chancelado. Só para usar apalavra correta, já que estamos na adequação dos termos.

São as localizações no Município de Lages das escolas edos CEIMs que estão na nossa cidade e também buscamos nasaúde, na Secretaria Municipal da Saúde, nas Unidades Básicas daSaúde, no Núcleo de Apoio à Saúde, os NASF; na Coordenação daCriança e do Adolescente; no Programa de Atenção Psicossocial; noCentro de Atenção Psicossocial Criança e Adolescentes; e noHospital Infantil e o Hospital Maternidade Tereza Ramos. O SR. LÚCIO MARCELO VARELA - Nós temos, como disse

o Deputado, o projeto chancelado. Há dois anos nós estamosfazendo este tipo de atuação que permite a lei.

Na Secretaria Municipal encontramos as 28 UnidadesBásicas de Saúde, os Núcleos de Apoio da Família e a Coordenaçãoda Criança e Adolescente com os seus programas. Ainda tambémtem o CAPSi na Secretaria Municipal e o Programa de AtençãoPsicossocial.

Aqui fala um pouquinho do que é o conselho municipal, oque a maioria de vocês aqui sabem; o que é o FIA, onde sãoaplicados os recursos, nas crianças e adolescentes exploradossexualmente, usuários de drogas, vítimas de maus tratos,erradicação, profissionalização dos jovens e a orientação do apoiosociofamiliar.

A pesquisa vai até a justiça, nas delegacias, no MinistérioPúblico, na 4ª Promotoria da Infância e da Juventude, na Vara daInfância e Juventude e no Conselho Tutelar.

Também as analises documental começando pelo IBGE,buscando a população de Lages por raça, sexo, faixa etária esituação de domicílio, isto tudo por bairro.

Aí tem outros projetos que podem ser tambémbeneficiados, quem administra este dinheiro é o Conselho dosDireitos da Criança e do Adolescente; todos os conselheiros,independente da situação, vão votar ou não para quem vai o dinheiroe que projeto será aprovado, então quem determina, quem ésoberano na decisão, são os conselheiros do Conselho.

Chegamos a algumas conclusões preliminares que, umadelas, nas mudanças de gestão dos programas municipais eestaduais ocasiona uma dificuldade de acesso do grupo de pesquisapara a coleta das informações, este é um dos entraves; as políticaspúblicas necessitam ser de Estado e não de governo; é necessário oatendimento psicopedagógico para crianças e adolescentes quefrequentam a rede regular de ensino estadual, porque a incidênciamaior é para as crianças da rede pública municipal.

A destinação do FIA é através de formulário completo,então que faz a declaração do imposto devido mais o retido na fontepode doar o seu imposto para o Fundo para a Infância eAdolescência, para ser aplicado nos projetos.

Então é simples pessoal, é isso que nós precisamosconscientizar a comunidade, que é simples fazer a doação. Nósvamos ter, a partir do dia 1º de outubro, o lançamento da página doFundo municipal, do FIA Lages, lá estará explicado todas assituações, quem pode doar, quem não pode. Tem o formuláriocompleto, a pessoa preenche e já emite o boleto na hora, paga nobanco e já efetua a doação. Só vai apresentar o valor na época dadeclaração. Então, fez a doação, guarda o recibinho; quando ela forfazer a sua declaração ela já lança o valor que ela doou, então nãotem complicação.

Para o tratamento de crianças e adolescentes usuários eabusivos de drogas identificou-se a necessidade em ampliação deleitos psiquiátricos no Hospital Infantil, que também já está emandamento e na rede de saúde de assistência social de ensino ejustiça é preciso potencializar o trabalho em rede para aresolutividade dos casos atendidos. E também há necessidade doensino com dispositivos para atendimentos educacional paraadolescentes com disparidade entre as séries do ano daescolaridade e a sua idade. [Taquígrafa-Revisora:Jacqueline de O VBitencourt] Os contadores, me desculpem os contadores, mas muitos

deles acham um trabalho a mais, “ah, não vamos fazer porque é umpouco complicado. Não é complicado, nós pagamos os nossoscontadores, então é um direito nosso pedir que eles façam o quenós queremos. E se nós queremos doar, eles que tirem um tempinhoa mais e façam a nossa doação.

A inserção na educação de trabalhos escolares com resul-tados efetivos para o acompanhamento do ano, idade e série; e ademanda de crianças para a Educação Infantil é maior do que aquantidade de vagas nos CEIMs existentes no Município. O trabalhodiscute em suma deste trabalho da pesquisa que a Uniplac já estáfazendo o relatório. Aqui tem algumas simulações, e o contador sabe muito

bem isso aqui. É o imposto de renda devido mais o imposto de rendadevido na fonte. Então se soma os dois impostos, tiram os 6% dapessoa física ou 1% da pessoa jurídica e emite a doação.

É mais ou menos isso, queremos dar encaminhamento atédezembro, então entregaremos o resultado de toda a pesquisa maisas propostas que vão ser colocadas pelo grupo. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -Muito Obrigado, professora.

Para fazer a doação nós temos a ferramenta, que é o sitede Lages, o lages.sc.gov.br, ali vai ter as informações. A Lei autorizadeixarmos no Município, ao invés de mandar para o governo federal,para a Receita Federal o valor do nosso imposto, nós podemosdeixar 1% da pessoa jurídica e 6% da pessoa física; e a Lei permite

Quero dizer à Universidade que naturalmente aUniversidade ultrapassa o portão da Universidade de Lages, nomínimo toda a grande região serrana precisa receber o retorno de

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 17: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 1 7

ainda que a partir de 1º de janeiro até 30 de abril que a pessoafísica possa doar ainda até 3% do imposto renda devido.

o relatório para a gente de onde está sendo aplicado. E em Lages édiferente: junto com o Fundo e o Conselho dos Direitos das Crianças,tudo é claro. Entrou o dinheiro da captação, tem o valor recebido, osempresários já podem direcionar diretamente para a entidade, aentidade já sabe o quanto recebeu e em que vai aplicar.

Eu trouxe alguns números, por que qual que é o nossotrabalho? Nós lançamos um edital no início do mês de setembropara as entidades virem até nós com seus projetos para poder fazera captação chancelada. Fizemos um trabalho de divulgação na mídia,visitamos as entidades; mas, mesmo assim, a dificuldade parece que égrande de apresentar um projeto, para vir até nós. Lages hoje, aocontrário dos outros Municípios, tem dinheiro sobrando na conta do FIA.

Então eu peço, mais uma vez, o apoio de todos para quedivulguem. Vocês receberam o folhetinho do nosso programaCidadão Amigo da Criança: que o levem até os contadores, até osempresários, divulguem para o Fundo Municipal para a Infância eAdolescência, para que esse dinheiro fique aqui.Como o Deputado bem falou, nós precisamos é de projetos

para aplicar esse dinheiro que nós temos parado, não adianta agente fazer a captação, reunir o dinheiro se a gente não temprojetos. Nós hoje cadastrados junto ao Conselho dos Direitos dasCrianças do Município 36 entidades municipais, dentre elas toda arede de CEIMs e escolas da Secretaria da Educação. Então qualquerum deles que estejam cadastrados no Conselho, como foi falado docaso do Casep, dos Cras, todos eles têm o cadastro conosco.[Taquígrafo-Revisor: Eduardo Delvalhas dos Santos]

Aqui tem uma lista das organizações não governamentaiscadastradas, que são as entidades. Aí nós temos asgovernamentais, que englobam a Secretaria da Assistência Social, aSecretaria da Educação, a Secretaria da Habitação, todas elaspodem apresentar projetos também.

Os programas estaduais, ali o Cras, o Casep, o Creas,todos eles também estão cadas trados conosco.

Esse é o modelo da nossa página, que a partir do dia 1º jáestará no ar.Todos eles podem apresentar projetos e ser beneficiados

com recursos do Fundo. Só que, para isso, tem que montar umprojetinho com começo, meio e fim, especificar, justificar para o queé o recurso, onde vai ser aplicado, e trazer até nós para que sejaaprovado ou não pelos conselheiros.

O Banco do Brasil é a agência onde poderão ser feitas asdoações, e pelo site da Prefeitura é o Banco Itaú.

Eu fico à disposição na Secretaria da Assistência Social,junto aos Conselhos, para que todos que tiverem dúvidas entrem emcontato comigo, junto com a Cláudia, que é nossa secretáriaexecutiva lá e que também desempenha um excelente trabalho juntoaos Conselhos, para nós suprirmos todas as informações neces-sárias e dúvidas que tiverem em questão de doações, de arreca-dação de projetos - tem a Morgana, também, que trabalha conosco,que é especialista em projetos. Então, dúvidas em montar o projeto,ligue para nós que a Morgana vai até a entidade e ajuda a montar oprojeto, para gente poder aplicar no Município e ter esses recursos,que eles fiquem aqui.

Então aqui, no ano passado, nós tivemos nove projetosapresentados ao Fundo. Dos nove projetos, todos foram aprovados etodos estão sendo pagos agora, neste momento. Nós temos oexemplo do Crença, que lida com jovens usuários e dependentes dedrogas, que apresentou três projetos - os três foram aprovados eestão sendo pagos -; a Uniplac também tem um projeto emandamento conosco, cujos recursos já foram pagos e estão sendoaplicados agora; o Hospital Infantil tem todo um equipamento paraum tomógrafo que vão adquirir, para ter essa ajuda às crianças donosso Município; a Alam; a Islam; a Carta Diocesana, que tem umprojeto conosco... Todos eles estão começando a iniciar os projetose estão sendo pagos agora.

Quero agradecer o Deputado Serafim pela oportunidade;fique à vontade, sempre que tiver disposição para vir ao nossoMunicípio, para nos acompanhar nos nossos trabalhos aqui peranteo Fundo para Infância e Adolescência. E eu quero agradecer todos damesa, também, pela atenção, e todo o público que participou e veioaté a Câmara de Vereadores nesta audiência que o Deputado nosproporcionou.

Então não é difícil, pessoal. Nós precisamos éconscientizar as entidades, os empresários, para gente fazer umaunião desse conjunto projeto e captação, para gente ter o maiornúmero de arrecadação dentro do Município. O FIA tem, hoje, alémdo pagamento dos projetos, um saldo em torno de R$ 200 mil a R$300 mil que vai sobrar na conta. Nós vamos fazer uma proposiçãopara os conselheiros para que eles abram projetos, editais de até R$8 mil, para que não precisem ir para licitação municipal, para queseja aplicado imediatamente esse dinheiro em projetos de pequenoprazo. Então, no próximo mês, a gente já vai divulgar esse edital paraprojetos de até R$ 8 mil na mídia, no site do FIA, no site daPrefeitura.

Obrigado a todos. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -Obrigado, Varela.

Eu não combinei antes com o Varela, porque ele estavadiante dessas colocações todas, mas faço uma pergunta aqui: seráque a gente não podia fazer um dia, em breve... Em breve porquequeremos aproveitar o Imposto de Renda deste ano - e, como elecolocou, no ano que vem, de janeiro a abril, quem depositar no FIA opercentual referente a este ano, a 2013, só pode 3%, mas se fizeraté dezembro, vão 6%. Então é o dobro.

Hoje nós temos esse saldo, como eu falei, mas nãoadianta a gente ter o saldo se não tem projetos. Eu vou bater nessatecla mais uma vez. Nós precisamos que as entidades apresentemprojetos. Nós temos um prazo, infelizmente, até o dia 1º. Vou entrarem contato com o pessoal dos Conselhos para gente poderprorrogar esse prazo até o dia 15 de outubro, porque no dia 15de outubro acontecem as Comissões. Então, as Comissõesdecidem sobre esses projetos. Então eu peço aos conselheirosque analisem e façam essa prorrogação para gente ter até o dia15 para a apresentação de projetos. Já recebemos váriosprojetos, mas a gente precisa de um número maior, porque nóstemos entidades cadastradas, precisamos de maiores projetos.Certo, pessoal?

Então, era interessante... É que Lages, como é cidade dereferência, cidade maior, é cidade de maior importância social eeconômica, mas também tem maior responsabilidade, ou seja, detransmitir conhecimento, tecnologia, prática e tal, para todas ascidades aqui do entorno. Então, a gente poderia promover umencontro só dos gestores e dos Conselhos Municipais de todos osMunicípios da Amures para nós fazermos uma ação conjunta,valente, em todos os Municípios, para ser uma ação proativa, comovocê estava colocando aqui, que vejo que é exemplo em SantaCatarina.

O SR. LÚCIO MARCELO VARELA - Perfeito.No ano passado, como informação, nós recebemos

doações de pessoas físicas de R$ 93 mil até o dia 30 de dezembro,e com a nova lei, até o dia 30 de abril, mais R$ 16 mil. De pessoasjurídicas foram R$ 308 mil, e de jurídicas até o dia 30 de abril forammais R$ 5 mil. Então, a captação em 2012 para aplicação em 2013totalizou R$ 423 mil. Nós fizemos um estudo junto à Receita Federal,junto com o senhor Luiz Spricigo... Nós temos a capacidade, dentrodo Município, de no mínimo R$ 3 milhões em arrecadação deImposto de Renda. É muito dinheiro, pessoal.

Eu queria fazer mais uma colocação. Eu queria sócomunicar também aos presentes que na reunião que tivemos com oPrefeito junto ao Deputado Serafim, ele deu carta branca para quenós possamos divulgar o Fundo para Infância e Adolescência, oseditais, as captações, os projetos, de maneira bem simples. Ele vaidisponibilizar para gente alguns telemarketings para, em nome dele,ligar pessoalmente para os empresários, para as entidades, para asempresas estarem contribuindo com o Imposto de Renda. Então,isso foi um ganho gigante para o nosso Município, a gente ter esseapoio do Prefeito, sem distinção. Ele falou que pode fazer, que agente está aqui para assinar. Então, a gente tem 100% de parceriado Prefeito para que possamos divulgar o Fundo para a Infância eAdolescência do Município.

Nós precisamos conscientizar a comunidade para deixaresse dinheiro no nosso Município e não passar para o governofederal. Como disse o Deputado, é um trabalho gigante, enorme,para gente poder pegar esse recurso depois que ele foi para lá. Agente tem que encaminhar projeto, demora uns dois ou três anospara vir e não é fácil. Então, se a gente deixar no Município é bemmais prático para gente aplicar. E quanto à transparência, dentro dosite a gente vai ter todos os projetos cadastrados, qual é o valor decada projeto, quanto vai ser aplicado, quanto foi doado, então ficatransparente. O dinheiro ficou, mas você sabe para quem estádoando. Entendeu?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -O Prefeito Elizeu, então, ele mesmo vai ligar para muita gente quepaga o Imposto de Renda e dizer da importância. E são volumes dequatro, cinco, seis mil de cada um, mas junta a duzentas, trezentas,quatrocentas pessoas, isso dá uma soma considerável para a gentefazer um conjunto de ações para mudar essa realidade. [Taquígrafa-Revisora: Carla Greco Granato ]

Nós temos aí campanhas diversas: Criança Esperança,Teleton, entre outras. A gente deposita o dinheiro, mas eles não dão

A SRA. FABIANA AMORIM - O senhor me concede umaparte? (Aquiescência do Presidente. )

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 18: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

18 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/201 3

Eu não sei se o Marcelo me responderia ou se seria o Luiz,como atual coordenador do CMDCA. Eu vi ali que são várias açõesusadas com o dinheiro do FIA, mas não vi capacitação para osconselheiros tutelares, que é um dos objetivos, sim, com o dinheirodo FIA, sim. Eu gostaria de saber se foi proporcionado aosconselheiros tutelares, com o dinheiro do FIA, a capacitação? Seexiste alguma estimativa para isso dentro do Conselho Municipal dosDireitos, hoje?

Eu queria dizer assim, Deputado, companheiros e compa-nheira que estão na plenária, o nosso sistema de garantia, quando oEstatuto criou essa Lei ele criou um sistema. Ele não criou só oConselho Tutelar! O Artigo 86, se não me engano, diz assim: “é umconjunto articulado de ações”. Então cria o sistema de garantias queengloba o Conselho Tutelar, Conselho de Direitos, o FIA, a SegurançaPública, o Judiciário, o Ministério Público, o gestor, o Governo, asentidades governamentais e não governamentais que executam osprogramas e o Sistema de Controle: Câmara de Vereadores, Tribunalde Contas, Assembleia Legislativa sim, e nós, com 23 anos, nãoconseguimos sentar enquanto Sistema. Hoje estamos fazendo umexercício aqui. Nós não conversamos muito. Então, criança eadolescente passa a ser problema da polícia, do Conselho Tutelar eassim por diante e não é por aí. É obrigação de todos. O artigo 227da Constituição e o artigo 4º do Estatuto são bem claros e a genteainda não conseguiu entender essa jogada. Nós precisamos nosreunir, conversar, trocar figurinha, é uma rede.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -Antes de passar a palavra para o Luiz Azzi, representante do Prefeitode Lages - o Prefeito justificou que não poderia comparecer aaudiência devido a sua agenda e também por que o Governador estáaqui e não tem como -, registrar também a justificativa de ausênciada Promotoria e do Tribunal de Justiça. Por coincidência, nós nãoconseguimos mais mudar a data desta audiência - eu visitei o doutorRicardo Fiuza e o doutor Tiago que é Promotor da Infância e daAdolescência -, e eles lamentaram muito, me ligaram duas, trêsvezes tentando encaixar a agenda, mas eles apesar de juízes epromotores, estão dentro de um sistema, e precisavam estar em umgrande encontro do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, que éum curso de capacitação, eu diria assim, não sei especificardetalhes, mas é por isso que eles não estão aqui. Mas isso nãoinvalida o trabalho e a coisa prática que nós vamos fazer, queprecisamos fazer aqui.

Agora, temos peças importantes no Sistema da Criança edo Adolescente que não estão funcionando. Temos uma mesa comalgumas pernas quebradas. Já foi dito: os conselhos de direitos, àsvezes, o conselheiro passa o mandato sem saber qual é o papeldele, sem nem saber direito o nome do Conselho. Não é?Conselheiro Tutelar sem capacitação. Eu digo assim: é fundamentalque os conselheiros governamentais e não governamentais saibam oque estão fazendo ali, porque ninguém faz aquilo que não sabe. Eupeço, Deputado, assim, encarecidamente, eu já fui conselheiro doConselho Estadual, o Conselho Estadual já foi um conselho mais ativo,mas hoje por falta de estrutura, de apoio, enfim n, o Conselho Estadualestá com dificuldades muito grandes, aqui já colocado pela Erli, e é uminstrumento importante de controle e de deliberação de política pública. Éo órgão mais importante no Município em termos de políticas paraatender os direitos das crianças e dos adolescentes.

Por isso, agradeço a presença do Luiz Azzi, coordenador doConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, nesteato representando o senhor Elizeu Mattos, Prefeito de Lages.

O SR. LUIZ GONZAGA AZZI - Bom-dia Deputado,componentes da mesa e plenária.

Eu gostaria de agradecer esta oportunidade de nos reunire fazer este debate aqui. Eu também, como Tenente-Coronel tive umconvite e uma convocação. O Prefeito convocou, porque a gente estádiretor de Proteção Básica, lá na Secretaria de Assistência, e oconvite do Deputado que nos visitou. Eu optei por vir aqui, atéporque sou militante desde 1993 na questão do direito da criança edo adolescente, já tendo estado, como outros companheiros, noConselho Estadual, no Conselho Tutelar por dois mandatos. Eu souum apaixonado e um batalhador pela causa, independente do lugaronde quer que eu esteja.

Eu diria assim, o CRAS, o CREAS, todas as políticas têmque ser fortalecidas porque no CRAS tu trabalha o Programa deAtenção Integral à Família (PAIF), que vai focar os profissionais ematender aquela família, tentar promover aquela família, para isso temos cursos no CRAS, tem os cursos no Pronatec e assim por diante. OCREAS também é um instrumento importante quando já houveviolação de direito e ele procura fazer o resgate.

Então a prevenção é a questão mais importante.Prevenção é ter política pública de boa qualidade, a importância dosgestores. Outra coisa que eu lembrei, quando troca a administração... a gente teve muito trabalho este ano para explicar para oSecretário, para todo mundo, porque eles chegam e não entendem apolítica e sem obrigação também. Não sei se tem obrigação ou nãode entender, mas quando chegam, às vezes, querem mudar tudo.Então, alguém falou aqui, tem que ter políticas de Estado e não degoverno, isso é verdade. O Conselho de Direitos, enquanto órgão deEstado, não de governo, ele tem que estar fortalecido para elegarantir o processo porque se não cada Prefeito que entra querinventar a roda e assim por diante; cada secretário que entra querinventar a roda, e o Conselho de Direitos, seja de que política for, daAssistência, do Idoso, ele tem que garantir essa continuidade, eletem que garantir o plano, aliás, temos que ter plano.

Eu vou responder a pergunta da Fabiana, em seguida, naminha fala, que pretendo fazer bem breve, até para vocês nãoficarem com muita fome. Eu tenho dito, e conheço vários Municípiosda região, onde a gente trabalhou com capacitação, conselheirostutelares e conselheiros de direitos, implantação do Cipia, enfim. Eutenho uma convicção que hoje se firmou ainda mais pelas falas queaqui se deram: de nada adianta a gente discutir adolescente autorde ato infracional, ato infracional, violência, se a gente não trabalhara prevenção. Eu estou convencidíssimo disso! E acho que foi porconta disso que me convidaram para a Diretoria de Proteção Básicada Assistência Social, onde a gente tem uma oportunidade impar deestar tentando fortalecer esses mecanismos.

A Constituição Federal no artigo 227, onde o Estatuto daCriança e do Adolescente está firmado, principalmente, ele diz que édever da família, da comunidade, da sociedade, do Poder Público emgeral garantir aquele elenco de direitos. E ele coloca a família emprimeiro lugar. A família, a comunidade, a sociedade e o PoderPúblico. Isso a gente tem que saber de cor e no dia a dia nosso temque estar na nossa prática.

Então, a pesquisa que a professora Mariléia trouxe aqui vainos auxiliar muito a ter um plano, um plano municipal, sem plano agente não sabe onde chegar e quando não sabe onde chegarqualquer lugar é bom.

O Prefeito tem dado muito apoio nesse sentido,fortalecendo o FIA. Na administração anterior já tinha uma pessoasemiliberada para fazer essa divulgação nas empresas, e quando agente chegou, aqui na Secretaria junto com o Secretário Amarildo e oPrefeito dando carta branca, a gente trouxe o Lúcio para o Conselho.Nós estamos fortalecendo o Conselho de Direitos, onde está aCláudia; nós temos cinco pessoas na Secretaria dos Conselhos,porque entendemos o papel desses órgãos. E, provavelmente,vamos, o Lúcio colocava, chamar o Conselho agora, eu estouassumindo, nem assumi ainda a coordenação do Conselho, foi naúltima plenária para prorrogar esse edital.

Eu sempre digo, outro dia esteve aqui o Secretário deAssistência Social doutor João José Cândido da Silva, num semináriodo SESC, e ele também repetia isso, nenhuma criança, ninguémnasce torto, ninguém nasce marginal, ninguém nasce bandido, afalta, a ausência de direitos, é que o torna assim. A começar pelodireito de ter uma família. Então se ele não tem uma família a rua vaieducá-lo, a sociedade vai educá-lo, ou melhor, vai deseducá-lo.

Eu estou muito convencido hoje de que é fortalecendo afamília que nós vamos dar conta, não digo resolver, mas enfrentar aquestão da violência, da angústia que muitos têm, a marginalidade,o ato infracional, sem isso o resto é paliativo, o resto é analgésicoque não vai resolver a doença, porque a causa da doença a gentenão está atacando.

E, respondendo a tua pergunta, Fabiana, a gente estámuito preocupado com a estrutura do Conselho Tutelar, com acapacitação do Conselho Tutelar - foi assunto da última plenária doConselho -, vamos elaborar agora um planejamento para dar contadisso. É fundamental, conselheiro tutelar sem capacitação não temcomo trabalhar e também estrutura.

O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é muitointeligente no sentido de pensar uma política parecida com a políticada Educação, que tem a Proteção Básica, que é prevenção; depois, aProteção Especial que tem a Média e Alta Complexidade, que aí já étratamento e internação. Nós temos que cuidar muito da prevençãopara não precisar tratar tanto e internar tanto. Está aqui o pessoal doCRAS, que faz a prevenção, o papel mais da básica; depois, o CREAS, quefaz o tratamento e o internamento quando precisa, internamento nosentido de abrigamento e o internamento nas casas, no CAS e CASEP,enfim. Então, quando chega lá é porque já quebrou e um vidro quebrado,pode até consertar, mas ele vai ficar com as marcas.

Quando nós chegamos na Secretaria, o Conselho Tutelartinha um carro sucateado. Nós tínhamos um carro para os diretorese esse carro foi para o Conselho Tutelar, porque a gente entendeque é prioridade. A capacitação agora é prioridade, a estrutura parao Conselho Tutelar e de pessoal, de pessoal de apoio. Está vindo umcarro para o Conselho Tutelar e estamos aí como meta do Conselhode Direitos - já foi discutido em algumas plenárias -, de rever a leimunicipal que piorou nos últimos anos, a nova lei ela piorou a

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 19: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 1 9

condição trabalhista do Conselho Tutelar, ela piorou. Na minhaépoca, em 1993, era bem melhor a condição salarial do ConselhoTutelar do que é hoje, ela regrediu.

ATA DA 31ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17ªLEGISLATURA, REALIZADA ÀS 09H DO DIA 5 DE NOVEMBRO DE2013.Então, o Secretário e toda a administração vai tentar

reverter essa situação. Era isso que eu, em rápidas palavras, queriadizer, teria muito mais coisas, mas assim: que a gente trabalhe naprevenção; que a gente fortaleça os Conselhos; que se dê estruturapara os conselhos; e que as redes atue conjuntamente. Auniversidade é importante, as entidades são importantes, todos osatores, a segurança pública, enfim, nós temos que sentar porquesenão cada um na sua gaveta não consegue dar conta de tantosdesafios que a gente tem. (Palmas.)

Às nove horas do dia cinco de novembro do ano de dois mil e treze,sob a Presidência do Deputado Mauro de Nadal, reuniram-se osmembros da Comissão de Constituição e Justiça, com a presençados Senhores Deputados: Aldo Schneider, Ana Paula Lima, DirceuDresch, José Nei Alberton Ascari, Serafim Venzon, Silvio Dreveck eJean Kuhlmann. A assessoria do Deputado Narcizo Parisottocomunicou que o mesmo encontra-se em licença saúde. Abertos ostrabalhos, o Presidente colocou em votação a ata da 30ª reuniãoordinária realizada no dia 29 de outubro de dois mil e treze a qual foiaprovada por unanimidade. O Deputado Jean Kuhlmann apresentouvoto-vista ao Projeto de Resolução nº 0002.3/2010 concordandocom o voto do relator, favorável à proposição com emendaSubstitutiva Global que, posto em discussão e votação, foi aprovadopor unanimidade; relatou o Projeto de Lei nº 0335.0/2013apresentando requerimento pela realização de diligência externa que,posto em discussão e votação, foi aprovado por unanimidade; oProjeto de Lei nº 0469.1/2013 apresentando requerimento pelarealização de diligência externa que, posto em discussão e votação,foi aprovado por unanimidade. O Deputado Silvio Dreveck relatou oProjeto de Lei nº 0406.8/2013 apresentando requerimento pelarealização de diligência interna que, posto em discussão e votação,foi aprovado por unanimidade. O Deputado Dirceu Dresch relatou oProjeto de Lei nº 0394.0/2012 apresentando parecer favorável àproposição com emenda Substitutiva Global que, posto emdiscussão e votação, foi aprovado por unanimidade; o Projeto de Leinº 0258.3/2013 apresentando parecer favorável à proposição que,posto em discussão, foi cedido pedido de vista ao Dep. AldoSchneider; o Projeto de Lei nº 0302.1/2013 apresentando parecerfavorável à proposição com emendas Supressiva e Modificativa que,posto em discussão e votação, foi aprovado por unanimidade; oProjeto de Lei nº 0090.8/2013 apresentando requerimento pelarealização de diligência externa que, posto em discussão e votação,foi aprovado por unanimidade; apresentou voto-vista ao Projeto deLei nº 0396.1/2013 concordando com o voto do relator, favorável àproposição que, posto em discussão e votação, foi aprovado porunanimidade; ao Projeto de Lei Complementar nº 0027.7/2013concordando com o voto do relator, favorável à proposição que,posto em discussão e votação, foi aprovado por unanimidade;relatou o Projeto de Lei Complementar nº 0022.2/2013apresentando parecer favorável à proposição que, posto emdiscussão, foi cedido pedido de vista ao Dep. Aldo Schneider. ODeputado José Nei Alberton Ascari relatou o Projeto de Lei nº0446.5/2013 apresentando requerimento pela realização dediligência externa que, posto em discussão e votação, foi aprovadopor unanimidade; o Projeto de Lei nº 0339.3/2013 apresentandoparecer favorável à proposição que, posto em discussão e votação,foi aprovado por unanimidade; o Projeto de Lei nº 0460.3/2013apresentando parecer favorável à proposição que, posto emdiscussão e votação, foi aprovado por unanimidade; o Projeto de Leinº 0373.5/2013 apresentando parecer contrário à proposição que,posto em discussão, foi cedido pedido de vista aos Deputados AnaPaula Lima, Dirceu Dresch e Jean Kuhlmann; o Projeto de Lei nº0365.5/2012 apresentando parecer favorável à proposição comemenda Substitutiva Global que, posto em discussão e votação, foiaprovado por unanimidade; o Projeto de Lei nº 0438.5/2013apresentando parecer contrário à proposição que, posto emdiscussão e votação, foi aprovado por unanimidade. O DeputadoMauro de Nadal relatou o Projeto de Lei nº 0318.9/2013apresentando parecer favorável à proposição com emendaSubstitutiva Global que, posto em discussão e votação, foi aprovadopor unanimidade; o Projeto de Lei nº 0442.1/2013 apresentandorequerimento pela realização de diligência interna que, posto emdiscussão e votação, foi aprovado por unanimidade; o Projeto de Leinº 0450.1/2013 apresentando parecer favorável à proposição comemenda Substitutiva Global que, posto em discussão e votação, foiaprovado por unanimidade. O Deputado Aldo Schneider relatou oProjeto de Lei nº 0458.9/2013 apresentando parecer favorável àproposição que, posto em discussão e votação, foi aprovado porunanimidade; o Projeto de Lei nº 0457.8/2013 apresentandoparecer favorável à proposição que, posto em discussão, foi cedidopedido de vista coletivo; o Projeto de Lei nº 0403.5/2013apresentando parecer favorável à emenda Modificativa que, postoem discussão e votação, foi aprovado por unanimidade. O DeputadoJean Kuhlmann relatou o Projeto de Lei nº 0312.3/2013apresentando parecer favorável à proposição que, posto em

O SR. PRESIDENTE (Deputado Estadual Serafim Venzon) -Obrigado Secretário, o Tenente-Coronel Fonseca, Comandante do 6ºBatalhão, tem uma reunião em Florianópolis às 14h, 15h, fique avontade, se precisar se ausentar. Muito obrigado pela suacontribuição e conte conosco para fazermos uma grande parceria.Algum comentário. Tem mais alguma pergunta? Alguém maisgostaria de fazer alguma consideração? O Padre Dilmar? Já saiu. OVereador Antônio Carlos Cortezini, lá de Rio do Campo. Não!((Ninguém manifesta interesse em fazer o uso da palavra. )

Está bem. Então, como já passou do meio-dia, muitoobrigado pela presença de vocês aqui. Eu tenho absoluta certeza quea região serrana vai ter inúmeras atitudes, vai melhorar o atendi-mento aqui, seja no Conselho, seja no CRAS, seja na mudança doambiente das famílias, e tudo isso vai depender de um conjunto deações que seguramente terão um encaminhamento melhor, maisrápido depois deste encontro.

Nós ficamos à disposição, através da Comissão dosDireitos das Crianças e dos Adolescentes da Assembleia Legislativa.Nós estaremos montando o relatório dessa reunião. Já fizemosencontros também em Joinville, em Itajaí, em Criciúma, no próximodia 25 de outubro vamos estar em Chapecó, e, em novembro, ogrande encontro em Florianópolis. Esperamos também contar com apresença de representantes. e vamos lembrar vocês principalmentedo encontro de Florianópolis.

No mais fiquei encantado pela recepção de Lages, desegunda-feira, da vinda aqui e, principalmente da vinda de vocês, depraticamente todos os Municípios da região da Amures, para estaaudiência, que nos ajudaram a mudar esta realidade. Muito obrigadoe uma boa tarde. (Palmas.)

Nada mais havendo a tratar encerra-se esta audiênciapública. (Ata sem revisão dos oradores.) [Taquígrafa-Revisora:Almerinda Lemos Thomé ]

DEPUTADO ESTADUAL SERAFIM VENZONPRESIDENTE

*** X X X ***

ATAS DE COMISSÕESPERMANENTES

ATA DE INSTALAÇÃO DA COMISSÃO DE REGULARIZAÇÃOFUNDIÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA DA DECIMASETIMA LEGISLATURAÀs dez horas do dia dezessete de outubro de dois mil e treze,reuniram-se os Senhores Deputados VoInei Morastoni, SerafimVenzon, Padre Pedro Baldissera, Silvio Dreveck e Narcizo Parizotto,para instalação e eleição do Presidente e Relator da Comissão deRegularização Fundiária. Os trabalhos foram abertos pelo DeputadoVoInei Morastoni, em obediência ao Regimento Interno, solicitou aosMembros candidatos a Presidente e Relatoria que fizessem suasinscrições visando concorrer aos cargos. Foram apresentados osnomes dos senhores Deputados VoInei Morastoni para Presidente edo Deputado Serafim Venzon, para Relator. Prosseguiu-se a chamadanominal e exerceram o direito de voto todos os membros presentes,tendo sido os mesmos eleitos por unanimidade. A posse deu-se emseguida a eleição. Fazendo uso da palavra, o senhor Deputado VoIneiMorastoni agradeceu aos Deputados Membros pela sua eleição.Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente considerouencerrada a reunião, da qual eu, Vanessa Vidal, AssessoraParlamentar da Comissão, digitei a presente ata, que após lida eaprovada, será assinada pelo Presidente e membros presentes.Florianópolis, em dezessete de outubro de dois mil e treze.Deputado VoInei MorastoniPresidente da Comissão de Regularização FundiáriaDeputado Serafim VenzonRelator da Comissão de Regularização FundiáriaDeputado Narcizo ParizottoDeputado Padre Pedro BaldisseraDeputado Silvio Dreveck

*** X X X ***

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 20: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

20 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/201 3

discussão e votação, foi aprovado por unanimidade. A Deputada AnaPaula Lima apresentou voto-vista ao Projeto de Lei nº 0014.7/2012concordando com o voto do relator, contrário à proposição que,posto em discussão e votação, foi aprovado por unanimidade;relatou o Projeto de Lei nº 0443.2/2013 apresentando parecerfavorável à proposição que, posto em discussão e votação, foi apro-vado por unanimidade. O Deputado Serafim Venzon relatou o Projetode Lei nº 0266.3/2013 apresentando requerimento pela realização dediligência externa que, posto em discussão e votação, foi aprovado porunanimidade. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidenteagradeceu a presença dos Senhores Deputados e dos demais presentese encerrou a presente reunião, da qual, eu, Robério de Souza, Chefe daSecretaria, lavrei a Ata que, após lida e aprovada por todos os membros,será assinada pelo Senhor Presidente e, posteriormente, publicada noDiário da Assembléia Legislativa.

AVISO DE LICITAÇÃOA Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina - ALESC, comsede na rua Dr. Jorge Luz Fontes, nº 310, Centro, Florianópolis/SC,CEP 88020-900, comunica aos interessados que realizará licitaçãona seguinte modalidade:

PREGÃO PRESENCIAL Nº 037/2013OBJETO: AQUISIÇÃO DE CONVERSOR E SINCRONIZADOR DE ÁUDIO EVÍDEO PARA TRANSMISSÃO DE SINAL DA TVAL VIA FIBRA ÓPTICA.DATA: 28/11/2013 - HORA: 09:00 horasENTREGA DOS ENVELOPES: Os envelopes contendo a partedocumental e as propostas comerciais deverão ser entregues naCoordenadoria de Licitações até as 09:00 h do dia 28 de novembrode 2013. O Edital poderá ser retirado na Coordenadoria de RecursosMateriais, no 6º andar, Edifício João Cascaes na Avenida HercílioLuz, 301, esquina com a Rua João Pinto, Centro - Florianópolis e nosite eletrônico (www.alesc.sc.gov.br).

Sala das Comissões, em 5 de novembro de 2013. Florianópolis, 7 de novembro de 2013.Deputado Mauro de Nadal Lonarte Sperling Veloso

Presidente Coordenador de Licitações*** X X X *** *** X X X ***

ATA DA NONA REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DETRANSPORTES E DESENVOLVIMENTO URBANO, REFERENTE À 3ªSESSÃO DA 17ª LEGISLATURA

PORTARIAS

Às dezoito horas do dia cinco de novembro de dois mil e treze,amparado no § 1º do art.123 do Regimento Interno, sob aPresidência do Deputado Reno Caramori, reuniram-se os Deputadosmembros da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano:Carlos Chiodini, VoInei Morastoni, Sargento Amauri Soares, Darci deMatos, Aldo Schneider e Marcos Vieira. Aberto os trabalhos oDeputado Presidente, colocou em discussão a Ata da Oitava ReuniãoOrdinária, que em votação, foi aprovada por unanimidade. Atocontinuo, o Presidente submeteu para votação os Projetos de LeiPL./0253.9/2013 de autoria do Deputado José Milton Scheffer, quedenomina Rodovia Alcides Angelo Saretto, o trecho da Rodovia SC-108 compreendido entre os municípios de Praia Grande e JacintoMachado e Pl./0370.2/2013 de autoria do deputado Mauro deNadal, que dispõe sobre a implantação de espaços de retenção parabicicletas e motocicletas e adota outras providências, ambosavocados pelo Presidente, com parecer pela aprovação. Porunanimidade os membros da Comissão, aprovaram os Projetos deLei apresentados. Dando continuidade o Presidente apresentou oofício 372/2013, encaminhado ao Presidente da Casa DeputadoJuares Ponticelli, com proposição anexa de Moção nº 036/2013, doVereador Nelson Martins Filho do município de Palhoça, SC, derepúdio pela demora da duplicação da BR-101 no trecho “Morro dosCavalos” naquele município. Apresentou também sugestão do Sr.João Ernesto Koch, encaminhada via email, que trata da MobilidadeUrbana na Cidade, mais especificamente sobre o transportemarítimo, nova ponte e túnel, para a travessia Ilha/Continente. Nadamais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião, ondepara constar eu, Claudio Luiz Sebben,Chefe de Secretaria lavrei apresente Ata, que após ser lida e aprovada por todos, será assinadapelo Presidente e posteriormente publicada no Diário Oficial destaAssembléia.

PORTARIA Nº 2534, de 8 de novembro de 2013O DIRETOR GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18,inciso XI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006,

RESOLVE: com fundamento no art. 169, I, da Lei nº6.745, de 28 de dezembro de 1985,

EXONERAR a servidora MABEL COELHO DOSSANTOS MARTINS, matrícula nº 6694, do cargo de SecretárioParlamentar, código PL/GAB-52, do Quadro do Pessoal daAssembleia Legislativa, a contar de 1º de novembro de 2013 (GabDep Jose Nei Alberton Ascari).Carlos Alberto de Lima SouzaDiretor Geral

*** X X X ***PORTARIA Nº 2535, de 8 de novembro de 2013O DIRETOR GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18,inciso XI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006,

RESOLVE: nos termos dos arts. 9º e 11 da Lei nº6.745, de 28 de dezembro de 1985, emconformidade com as Resoluções nºs001 e 002/2006, e alterações,

NOMEAR MABEL COELHO DOS SANTOS MARTINS,matrícula nº 6694, para exercer o cargo de provimento em comissãode Secretário Parlamentar, código PL/GAB-46, AtividadeAdministrativa Interna, do Quadro do Pessoal da AssembleiaLegislativa, a contar da data de 1º de novembro de 2013 (Gab DepJose Nei Alberton Ascari).Carlos Alberto de Lima SouzaDiretor Geral

*** X X X ***PORTARIA Nº 2536, de 8 de novembro de 2013Sala das Comissões, cinco de novembro de dois mil e treze.O DIRETOR GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18,inciso XI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006,

Deputado Reno CaramoriPresidente da Comissão de Transportes

e Desenvolvimento Urbano RESOLVE: com fundamento no art. 169, I, da Lei nº6.745, de 28 de dezembro de 1985,*** X X X ***

AVISOS DE LICITAÇÃOEXONERAR a servidora LETICIA KATIA DOS SANTOS

DELA ROCA, matrícula nº 3349, do cargo de Secretário Parlamentar,código PL/GAB-94, do Quadro do Pessoal da Assembleia Legislativa, acontar de 1º de novembro de 2013 (Gab Dep Jose Nei Alberton Ascari).

AVISO DE LICITAÇÃO Carlos Alberto de Lima SouzaA Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina - ALESC, comsede na rua Dr. Jorge Luz Fontes, nº 310, Centro, Florianópolis/SC,CEP 88020-900, comunica aos interessados que realizará licitaçãona seguinte modalidade:

Diretor Geral*** X X X ***

PORTARIA Nº 2537, de 8 de novembro de 2013O DIRETOR GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18,inciso XI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006,

PREGÃO PRESENCIAL Nº 036/2013OBJETO: FORNECIMENTO DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS COMENTREGA MENSAL PROGRAMADA. RESOLVE: nos termos dos arts. 9º e 11 da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985, emconformidade com as Resoluções nºs001 e 002/2006, e alterações,

DATA: 27/11/2013 - HORA: 09:00 horasENTREGA DOS ENVELOPES: Os envelopes contendo a partedocumental e as propostas comerciais deverão ser entregues naCoordenadoria de Licitações até as 09:00 h do dia 27 de novembrode 2013. O Edital poderá ser retirado na Coordenadoria de RecursosMateriais, no 6º andar, Edifício João Cascaes na Avenida HercílioLuz, 301, esquina com a Rua João Pinto, Centro - Florianópolis e nosite eletrônico (www.alesc.sc.gov.br).

NOMEAR LETICIA KATIA DOS SANTOS DELA ROCA,matrícula nº 3349, para exercer o cargo de provimento em comissãode Secretário Parlamentar, código PL/GAB-96, AtividadeAdministrativa Interna, do Quadro do Pessoal da AssembleiaLegislativa, a contar da data de 1º de novembro de 2013 (Gab DepJose Nei Alberton Ascari).

Florianópolis, 7 de novembro de 2013. Carlos Alberto de Lima SouzaLonarte Sperling Veloso Diretor Geral

Coordenador de Licitações *** X X X ****** X X X ***

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 21: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 2 1

PORTARIA Nº 2538, de 8 de novembro de 2013 DESIGNAR os servidores abaixo relacionados pararealizar os procedimentos previstos no Edital de Pregão nº036/2013.

O DIRETOR GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, noexercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18,inciso XI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, Matr Nome do Servidor Função

RESOLVE: com fundamento no art. 169, I, da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985, 1877 Antonio Henrique Costa Bulcão Vianna Pregoeiro

0947 Valter Euclides Damasco Pregoeiro substitutoEXONERAR o servidor JERONIMO LOPES, matrículanº 2492, do cargo de Secretário Parlamentar, código PL/GAB-70, doQuadro do Pessoal da Assembleia Legislativa, a contar de 1º denovembro de 2013 (Gab Dep Jose Nei Alberton Ascari).

0775 Adriana lauth Fualberto

3748 Evandro Carlos dos Santos Equipe de apoio

1332 Hélio Estefano Becker FilhoCarlos Alberto de Lima SouzaDiretor Geral 1998 Bernadete Albani Leiria

*** X X X ***1039 Victor Inácio KistPORTARIA Nº 2539, de 8 de novembro de 2013Carlos Alberto de Lima SouzaO DIRETOR GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18,inciso XI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006,

Diretor Geral*** X X X ***

REDAÇÕES FINAISRESOLVE: nos termos dos arts. 9º e 11 da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985, em

conformidade com as Resoluções nºs

001 e 002/2006, e alterações, EMENDA SUBSTITUTIVA GLOBAL AO PROJETO DE LEI NºPL/0052.2/2011NOMEAR JERONIMO LOPES, matrícula nº 2492, para

exercer o cargo de provimento em comissão de SecretárioParlamentar, código PL/GAB-75, Atividade Administrativa Interna, doQuadro do Pessoal da Assembleia Legislativa, a contar da data de 1ºde novembro de 2013 (Gab Dep Jose Nei Alberton Ascari).

O Projeto de Lei nº 0052.2/2011 passa a ter a seguinteredação:

"PROJETO DE LEI Nº PL/0052.2/2011

Acrescenta os arts. 4º-A e 4º-B e dá novaredação ao art.10 da Lei Promulgada nº10.501, de 9 de setembro 1997, quedispõe sobre normas de segurança parao funcionamento de estabelecimentosfinanceiros e dá outras providências.

Carlos Alberto de Lima SouzaDiretor Geral

*** X X X ***PORTARIA Nº 2540, de 8 de novembro de 2013O DIRETOR GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18,inciso XI, da Resolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, Art. 1º Ficam acrescentados os arts. 4ºA e 4ºB à Lei

Promulgada nº 10.501, de 9 de setembro de 1997, alterada pela Leinº 14947, de 4 de novembro de 2009, com a seguinte redação:

RESOLVE: com fundamento no art. 169, I, da Lei nº

6.745, de 28 de dezembro de 1985,

EXONERAR o servidor ADELMO ALBERTI, matrículanº 7314, do cargo de Secretário Parlamentar, código PL/GAB-55, doQuadro do Pessoal da Assembleia Legislativa, a contar de 7 denovembro de 2013 (Gab Dep Luiz Eduardo Cherem).

'Art. 4º-A Fica proibido o uso do telefone ceIular,por clientes e pelo público em geral, no interior de postose agências bancárias.

Parágrafo único. Os aparelhos só serão admitidosnos recintos mencionados no caput se desligados.Carlos Alberto de Lima Souza

Diretor GeralArt. 4º-B Os estabelecimentos bancários ficam

obrigados a instalar junto aos caixas eletrônicos e cabinesde proteção visual, com o objetivo de resguardar aprivacidade dos usuários..

*** X X X ***PORTARIA Nº 2541, de 8 de novembro de 2013O DIRETOR GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18 daResolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006, Parágrafo único. Entende-se por cabine de

proteção visual o dispositivo fabricado com qualquermaterial opaco, que impossibilite a visualização do procedi-mento financeiro por terceiros.'

RESOLVE:LOTAR a servidora RENATA ROSENIR DA CUNHA,

matrícula nº 6342, na Escola do Legislativo, a partir de 1º denovembro de 2013. Art. 2º O art. 10 da Lei Promulgada nº 10.501, de 9 de

setembro de 1997, alterada pela Lei nº 14.947, de 4 de novembrode 2009, passará a vigorar com a seguinte redação:

Carlos Alberto de Lima SouzaDiretor Geral

*** X X X *** 'Art. 10. A inobservância ao disposto nesta Leisujeitará o estabelecimento infrator às seguintes sanções:PORTARIA Nº 2542, de 8 de novembro de 2013

O DIRETOR GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, noexercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18 daResolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006,

I - advertência, mediante notificação, para quepromova a regularização da pendência no prazo de trintadias úteis;

RESOLVE: Com base no Art. 1º parágrafo único do

Ato da Mesa nº 396, de 29 de novembro

de 2011, e do item II, da cláusula quinta

do Termo de Compromisso de

Ajustamento de Conduta entre MPSC e a

ALESC, de 25 de outubro de 2011.

II - multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) porinfração, dobrada a cada reincidência até a terceira, a qualserá reajustada, anualmente, com base na variação doÍndice Geral de Preço de Mercado - IGPM/FGV, ou poríndice que vier a substituí-lo e

III - suspensão do alvará de funcionamento doestabelecimento até a sua regularização, após a terceirareincidência.

PUBLICAR que o servidor abaixo relacionado exerceAtividade Parlamentar Externa, a contar de 7 de novembro de 2013.Gab. Dep. Jean Kuhlmann

§ 1º Os recursos oriundos da arrecadação dasmultas serão recolhidos em favor da Unidade Orçamentária16091 - Fundo para Melhoria da Segurança Pública, daSecretaria de Estado da Segurança Pública.

Matrícula Nome do Servidor Cidade5206 EDILSON ERMES SIQUEIRA FLORIANÓPOLIS

Carlos Alberto de Lima SouzaDiretor Geral

§ 2º Os Sindicatos dos Empregados em Estabeleci-mentos Bancários e a Federação dos Vigilantes de SantaCatarina poderão representar junto à Secretaria de Estadoda Segurança Pública contra os estabelecimentos finan-ceiros que funcionem em sua base territorial e queestejam transgredindo o disposto nesta Lei.' (NR)

*** X X X ***PORTARIA Nº 2543, de 8 de novembro de 2013O DIRETOR GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, no

exercício das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 18 daResolução nº 001, de 11 de janeiro de 2006,

RESOLVE: com fundamento no art. 3º, IV, da Lei nº10.520, de 17 de julho de 2002, e emconformidade com a Resolução nº 967,de 11 de dezembro de 2002,

Art. 3º Esta Lei será regulamentada pelo Poder Executivono prazo cento e vinte dias, a contar da data de sua publicação, nostermos do inciso III do art. 71 da Constituição do Estado.

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 22: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

22 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/201 3

Parágrafo Único. Os estabelecimentos previstos no art. 1º,caput e parágrafo Único, da Lei Promulgada nº 10.501, de 9 deagosto de 1997, terão o prazo de noventa dias, a contar da suaregulamentação, para se adaptarem ao estabelecido nesta Lei.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina,

DECRETA:

Art. 1º As mensagens da publicidade de atos, programas,serviços e campanhas das administrações direta, indireta efundacional do Estado de Santa Catarina veiculadas na televisãoterão tradução simultânea para a linguagem de sinais e serãoapresentadas em legendas para os portadores de deficiênciaauditiva.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação."

Sala das Sessões, em

Deputado José Nei Ascari

APROVADO EM 1º. TURNOArt. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Em Sessão de 05/11/13

SALA DAS COMISSÕES, em Florianópolis, 6 de novembro de 2013.APROVADO EM 2º. TURNODeputado MAURO DE NADALEm Sessão de 06/11/13

Presidente da Comissão de Constituição e JustiçaREDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 0027/2011*** X X X ***Acrescenta os arts. 4º-A e 4º-B e dá nova

redação ao art. 10 da Lei nº 10.501, de1997, que dispõe sobre normas desegurança para o funcionamento deestabelecimentos financeiros e adotaoutras providências.

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 133/2012

Fica assegurada a gratuidade dostransportes coletivos públicosintermunicipais às crianças menores de7 (sete) anos e adota outrasprovidências.A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina,

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina,DECRETA:DECRETA:Art. 1º Ficam acrescentados os arts. 4º-A e 4º-B à Lei nº

10.501, de 9 de setembro de 1997, alterada pela Lei nº 14.947, de4 de novembro de 2009, com a seguinte redação:

Art. 1º Fica assegurada a gratuidade dos transportespúblicos intermunicipais às crianças menores de 7 (sete) anos.

“Art. 4º-A. Fica proibido o uso de telefone celular, porclientes e pelo público em geral, no interior de postos e agênciasbancárias.

Parágrafo único. A dispensa de pagamento de passagem àcriança, menor de 7 (sete) anos, que não ocupar, definitivamente, olugar de outro passageiro.

Parágrafo único. Os aparelhos só serão admitidos nosrecintos mencionados no caput deste artigo se desligados.

Art. 2º Para efeito de identificação, no ato da verificaçãodas passagens a pessoa acompanhante responsável apresentarádocumento de identidade com foto e certidão de nascimento dacriança.

Art. 4º-B. Os estabelecimentos bancários ficam obrigados ainstalar junto aos caixas eletrônicos cabines de proteção visual, como objetivo de resguardar a privacidade dos usuários. Art. 3º O Poder Executivo, no prazo de 90 (noventa) dias,

regulamentará a presente Lei.Parágrafo único. Entende-se por cabine de proteção visualo dispositivo fabricado com qualquer material opaco, queimpossibilite a visualização do procedimento financeiro porterceiros.” (NR)

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS COMISSÕES, em Florianópolis, 6 de novembro de 2013.

Deputado MAURO DE NADALArt. 2º O art. 10 da Lei nº 10.501, de 1997, alterada pela

Lei nº 14.947, de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação:Presidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***“Art. 10. A inobservância ao disposto nesta Lei sujeitará o

estabelecimento infrator às seguintes sanções: REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 257/2012

Institui a Campanha Estadual TodosSomos Pedestres - Respeite a suaprópria preferência, e adota outrasprovidências.

I - advertência, mediante notificação, para que promova aregularização da pendência no prazo de 30 (trinta) dias úteis;

II - multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) por infração,dobrada a cada reincidência até a terceira, a qual será reajustada,anualmente, com base na variação do Índice Geral de Preços deMercado (IGP-M/FGV), ou por índice que vier a substituí-lo; e

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina,

DECRETA:

Art. 1º Fica instituída no Estado de Santa Catarina aCampanha Estadual Todos Somos Pedestres - Respeite a sua própriapreferência.

III - suspensão do alvará de funcionamento do estabeleci-mento até a sua regularização, após a terceira reincidência.

§ 1º Os recursos oriundos da arrecadação das multasserão recolhidos em favor da Unidade Orçamentária 16091 - Fundopara Melhoria da Segurança Pública, da Secretaria de Estado daSegurança Pública.

Parágrafo único. A Campanha de que trata o caput desteartigo será realizada, anualmente, na primeira semana do mês dedezembro.

Art. 2º A presente Lei tem por finalidade:§ 2º Os Sindicatos dos Empregados em EstabelecimentosBancários e a Federação dos Vigilantes de Santa Catarina poderãorepresentar junto à Secretaria de Estado da Segurança Públicacontra os estabelecimentos financeiros que funcionem em sua baseterritorial e que estejam transgredindo o disposto nesta Lei.” (NR)

I - a realização de palestras para esclarecimento econscientização sobre a necessidade de respeitar o pedestre e suamovimentação junto à faixa de travessia, as possíveis consequênciasquando desrespeitada a referida sinalização, bem como sobre ocorreto comportamento do pedestre;Art. 3º Esta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo no

prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data de sua publicação, nostermos do inciso III do art. 71 da Constituição do Estado.

II - a divulgação da Campanha por intermédio depropaganda em rádio e TV; e

Parágrafo único. Os estabelecimentos previstos no art. 1º,caput e parágrafo único, da Lei nº 10.501, de 1997, terão o prazode 90 (noventa) dias, a contar da sua regulamentação, para seadaptarem ao estabelecido nesta Lei.

III - a interação entre agentes de trânsito, Polícia Militar epopulação em geral.

Parágrafo único. Os eventos descritos neste artigo nãoestão limitados à Campanha, objeto da presente Lei, podendo osmesmos ser realizados a qualquer tempo.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS COMISSÕES, em Florianópolis, 6 de novembro de 2013. Art. 3º Na execução desta Lei, o Poder Público poderáfirmar convênios e parcerias com entidades afins.Deputado MAURO DE NADAL

Art. 4º O Poder Executivo regulamentará a presente Lei noprazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de sua publicação.

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 092/2012 SALA DAS COMISSÕES, em Florianópolis, 6 de novembro de 2013.Institui a obrigatoriedade de mensagemaos portadores de deficiência auditiva napropaganda oficial.

Deputado MAURO DE NADALPresidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração

Page 23: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

08/11/2013 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 2 3

EMENDA SUBSTITUTIVA GLOBAL AO PROJETO DE LEI Nº0303.2/2012

Parágrafo único. Os recursos oriundos da arrecadação dasmultas serão recolhidos em favor da Unidade Orçamentária 04091 -Fundo para Reconstituição de Bens Lesados, vinculado ao MinistérioPúblico de Santa Catarina.

O Projeto de Lei nº 0303.2/2012 passa a ter a seguinte redação:

"PROJETO DE LEI Nº 0303.2/2012Art. 4º O Poder Executivo regulamentará a presente Lei,

nos termos do inciso III do art. 71 da Constituição do Estado.Dispõe sobre o uso de dispositivosportáteis que emitem raio laser, noEstado de Santa Catarina. Art. 5º Os fabricantes dos dispositivos de que trata esta

Lei terão o prazo de 90 (noventa) dias, para se adaptarem às suasdisposições.

Art. 1º Os dispositivos portáteis para apresentação queemitem raio laser devem ser usados, no âmbito do Estado de SantaCatarina, exclusivamente para exibir conteúdo didático em salas deaula, palestras e atividades afins.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS COMISSÕES, em Florianópolis, 6 de novembro de 2013.

Parágrafo único. Os dispositivos mencionados no caput

devem ter:Deputado MAURO DE NADAL

Presidente da Comissão de Constituição e JustiçaI - potência máxima de 1mW; e *** X X X ***II - informações claras e precisas, de forma destacada nos

rótulos, sobre o seu uso correto, os riscos do seu uso indevido, bemcomo a existência desta Lei.

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 039/2013

Assegura a oferta de alimentaçãosaudável e adequada aos beneficiáriosda alimentação fornecida pelo Estado deSanta Catarina e adota outrasprovidências.

Art. 2º Os dispositivos objeto desta Lei não poderão sercomercializados ou vendidos para menores de 18 (dezoito) anos.

Art. 3º A inobservância ao disposto nesta Lei sujeitará oinfrator às seguintes sanções, sem prejuízo de outras estabelecidasno Código de Defesa do Consumidor - Lei federal nº 8.078. de 11 desetembro de 1990:

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina,

DECRETA:

Art. 1º Fica assegurado aos beneficiários da alimentaçãofornecida pelo Estado de Santa Catarina uma alimentação adequadae saudável, considerada um direito humano básico.

I - advertência por escrito, pela auto ridade competente; e

II - multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) por infração,dobrada a cada reincidência, a qual será reajustada, anualmente,com base na variação do Índice Geral de Preço de Mercado -IGPM/FGV, ou por índice que vier a substituí-Io

§ 1º Estão obrigados ao fornecimento da alimentaçãoreferida no caput deste artigo os estabelecimentos de ensino, asaúde, a assistência social, os estabelecimentos penitenciários, osmilitares, os de cumprimento de medidas socioeducativas, bemcomo os de atendimento aos servidores públicos, todos da redeestadual.

Parágrafo único. Os recursos oriundos da arrecadação dasmultas serão recolhidos em favor da Unidade Orçamentária 04091 -Fundo para Reconstituição de Bens Lesados, vinculado ao MinistérioPúblico. § 2º Entende-se para efeito desta Lei, como

alimentação adequada e saudável, a prática alimentarconveniente aos aspectos biológicos e sociais dos indivíduos, deacordo com o ciclo de vida e as necessidades alimentaresespeciais, considerando e ajustando quando necessário oreferencial tradicional local.

Art. 4º O Poder Executivo regulamentará a presente Lei,nos termos do inciso III do art. 71 da Constituição do Estado.

Art. 5º Os fabricantes dos dispositivos de que trata estaLei terão o prazo de 90 (noventa dias), para se adaptarem às suasdisposições.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação." Art. 2º O direito de que trata esta Lei será implementadopor meio de políticas públicas estratégicas participativas, emconformidade com os princípios da vigilância em saúde nas etapasde produção, comercialização e consumo de alimentos.

Sala da Comissão,

Deputado Jean Kuhlmann

APROVADO EM 1º TURNOArt. 3º São diretrizes da alimentação adequada e saudável:

Em Sessão de 06/11/13I - a garantia da segurança e da qualidade dos alimentos e

da prestação de serviços;APROVADO EM 2º TURNO

Em Sessão de 06/11/13 II - a prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e dasdoenças associadas à alimentação e nutrição, como a desnutrição, aobesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis;

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 303/2012

Dispõe sobre o uso de dispositivosportáteis que emitem raio laser, noEstado de Santa Catarina.

III - o controle e a prevenção das deficiências demicronutrientes, especialmente ferro, iodo e vitamina A;

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, IV - a redução do consumo excessivo de açúcar, sódio,gorduras saturadas e gorduras trans na dieta;DECRETA:

V - o aumento do consumo de frutas, legumes, verduras,sucos, carnes magras, cereais integrais, peixes, leite e derivados,com ênfase na produção agroecológica local ou regional;

Art. 1º Os dispositivos portáteis para apresentação queemitem raio laser devem ser usados, no âmbito do Estado de SantaCatarina, exclusivamente para exibir conteúdo didático em salas deaula, palestras e atividades afins. VI - a prioridade para as compras de produtos da

agricultura familiar e suas agroindústrias;Parágrafo único. Os dispositivos mencionados no caput

deste artigo devem ter: VII - a valorização de hábitos culturalmente referenciados;I - potência máxima de 1mW (um megawatt); e VIII - o estímulo à implantação de boas práticas de

manipulação de alimentos nos locais de produção e fornecimento narede pública estadual;

II - informações claras e precisas, de forma destacada nosrótulos, sobre o seu uso correto, os riscos do seu uso indevido, bemcomo a existência desta Lei. IX - o estímulo à produção de hortas escolares para a

realização de atividades com os alunos e a utilização dos alimentosproduzidos na alimentação ofertada na escola;

Art. 2º Os dispositivos objeto desta Lei não poderão sercomercializados ou vendidos para menores de 18 (dezoito) anos.

X - a atenção nutricional a populações específicas, como aindígena, de comunidades quilombolas, com deficiência orgânica eoutras em situação de vuInerabi lidade; e

Art. 3º A inobservância ao disposto nesta Lei sujeitará oinfrator às seguintes sanções, sem prejuízo de outras estabelecidasno Código de Defesa do Consumidor - Lei federal nº 8.078, de 11 desetembro de 1990: XI - a restrição ao comércio e à promoção comercial, no

âmbito dos responsáveis pelo fornecimento dos alimentos, depreparações que não atendam às diretrizes estabelecidas nesta Lei.

I - advertência por escrito, pela auto ridade competente; e

II - multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) por infração,dobrada a cada reincidência, a qual será reajustada, anualmente,com base na variação do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M/FGV), ou por índice que vier a substituí-lo.

Art. 4º A oferta de alimentação adequada e saudável seráexecutada de forma articulada às ações intersetoriais, com vista aodesenvolvimento rural sustentável, ao fortalecimento da agriculturafamiliar, ao acesso universal aos alimentos e ao estímulo da

Sistema Informatizado de Editoração - Coordenadoria de Publicação

Page 24: 17ª ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislatura … · Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina ... e invocando a proteção de Deus, ... que deverão farão parte

24 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA - SC - NÚMERO 6.620 08/11/201 3

produção e da comercialização de alimentos saudáveis,especialmente aqueles obtidos por meio de práticas agroecológicas.

derados polinizadores por excelência das plantas nativas,popularmente conhecidos como abelhas-sem-ferrão, abelhas-da-terra,abelhas-indígenas, abelhas nativas ou abelhas brasileiras;Art. 5º Os cardápios de alimentação deverão ser

elaborados observando os seguintes princípios em relação aosprodutos ofertados:

II - meliponicultor: pessoa que, em abrigos apropriados,mantém abelhas-sem-ferrão, objetivando a preservação do meioambiente, a conservação das espécies e a utilização delas, de formasustentável, na polinização das plantas e na produção de mel, depólen e de própolis, para consumo próprio ou para comércio;

I - a variedade;

II - a qualidade;

III - o equilíbrio;III - meliponário: local destinado à criação racional de

abelhas-sem-ferrão, composto de um conjunto de colônias alojadasem colmeias especialmente preparadas para o manejo emanutenção dessas espécies;

IV - a moderação;

V - o sabor;

VI - as dimensões de gênero, raça e etnia;IV - colônia: família de abelhas-sem-ferrão, formada por

uma rainha, operárias e zangões que vivem em um mesmo ninho; eVII - as formas de produção ambientalmente sustentáveis; e

VIII - as normas legais sobre limites dos contaminantesfísicos, químicos e biológicos. V - colmeia (casa das abelhas): os abrigos preparados, na

forma de caixas, em troncos de árvores seccionadas, cabaças,recipientes cerâmicos ou similares.Art. 6º O Poder Executivo regulamentará a presente Lei na

forma do disposto no art. 71, inciso III, da Constituição do Estado deSanta Catarina. Art. 3º São permitidos o manejo, a multiplicação de

colônias, a aquisição, a guarda, o comércio, o escambo e a utilizaçãode produtos tangíveis e intangíveis obtidos com o meliponário.Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS COMISSÕES, em Florianópolis, 6 de novembro de 2013. § 1º É livre a criação, o manejo e as demais atividades queenvolvam colônias de abelhas-sem-ferrão dentro de zona rural decada Município.

Deputado MAURO DE NADAL

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça§ 2º Ficam asseguradas as atividades que envolvam

colônias de abelhas-sem-ferrão dentro da zona urbana de cadaMunicípio, respeitadas as disposições previstas no Plano Diretormunicipal.

*** X X X ***EMENDA SUPRESSIVA

Suprime o artigo 5º do PL.0302.1/2013.

Sala das Sessões, em Art. 4º Fica autorizado o transporte de disco de cria e decolônia de abelha-sem-ferrão, dentro dos limites do Território catari-nense, mediante a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), daCompanhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina(CIDASC).

JUSTIFICATIVA

A presente Emenda Supressiva tem como objetivo eliminardo Projeto o artigo 5º, tendo em vista que a matéria já se encontraregulamentada por legislação federal, a Resolução nº 346/2004.

Parágrafo único. Não será exigido do comprador de discosde cria, mel, pólen, própolis e colmeias de abelhas-sem-ferrão acomprovação de propriedade rural.

Dep. DIRCEU DRESCH

Líder da Bancada do PT

APROVADO EM 1º TURNOArt. 5º As despesas decorrentes da execução desta Lei

correrão por conta das dotações orçamentárias próprias.Em Sessão de 06/11/13

APROVADO EM 2º TURNO Art. 6º O Chefe do Poder Executivo regulamentará esta Lei,nos termos do inciso III do art. 71 da Constituição do Estado.Em Sessão de 06/11/13

EMENDA MODIFICATIVA Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Modifica o artigo 4º do PL.0302.1/2013, passando a ter aseguinte redação:

SALA DAS COMISSÕES, em Florianópolis, 6 de novembro de 2013.

Deputado MAURO DE NADALArt. 3º Fica autorizado o transporte de disco de cria, e de

colônia de abelha-sem-ferrão, dentro dos limites do território catari-nense, mediante a emissão de Guia de Trânsito Animal - GTA, daCompanhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola - CIDASC"

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça

*** X X X ***REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 452/2013

Dispõe sobre a implantação do sistemabiométrico de identificação de recém-nascidos no Estado de Santa Catarina.

Sala das Sessões, em

JUSTIFICATIVA

A presente Emenda Modificativa se justifica para melhoradequar o transporte pretendido, excluindo do texto, o mel, prócolisque não necessitam de autorização especial do estado para o seutransporte.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina,

DECRETA:

Art. 1º Os hospitais e maternidades públicos e privados doEstado de Santa Catarina ficam obrigados a implantar eoperacionalizar sistema biométrico de identificação dos recém-nascidos em suas dependências.

Dep. DIRCEU DRESCH

Bancada do PT

APROVADO EM 1º TURNOParágrafo único. O sistema de identificação biométrico a

que se refere esta Lei consiste em um banco de dados civil,centralizado no órgão estadual competente, vinculando asimpressões digitais das mãos e dos pés dos recém-nascidos às desuas mães.

Em Sessão de 06/11/13

APROVADO EM 2º TURNO

Em Sessão de 06/11/13

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 302/2013Art. 2º As impressões digitais dos recém-nascidos serão

recolhidas imediatamente após o seu nascimento, por leitorbiométrico eletrônico, pelos hospitais e maternidades.

Dispõe sobre a criação, o comércio e otransporte de abelhas-sem-ferrão(meliponíneas) no Estado de SantaCatarina. Art. 3º O Poder Executivo regulamentará a presente Lei, na

forma do disposto no art. 71, inciso III, da Constituição do Estado deSanta Catarina.

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina,

DECRETA:Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a criação, o comércio e otransporte de abelhas-sem-ferrão (meliponíneas) no Estado de SantaCatarina.

SALA DAS COMISSÕES, em Florianópolis, 6 de novembro de 2013.

Deputado MAURO DE NADAL

Presidente da Comissão de Constituição e JustiçaArt. 2º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:*** X X X ***I - meliponíneos: subfamília de insetos himenópteros, da

família dos apídeos, animais sociais que vivem em colmeias, consi-

Coordenadoria de Publicação - Sistema Informatizado de Editoração