atlas geográfico de santa catarina - estado de santa catarina/seplan

125
a ESTADO DE SANTA CATARINA - SECRETARIA DE ESTADO DE COORDENAÇÃO GERAL E PLANEJAMENTO- SEPLAN / SC ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

Upload: camila-cancelier

Post on 25-Jan-2017

283 views

Category:

Environment


49 download

TRANSCRIPT

Page 1: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

a ESTADO DE SANTA CATARINA

- SECRETARIA DE ESTADO DE COORDENAÇÃO

GERAL E PLANEJAMENTO-SEPLAN / SC

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

Page 2: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • •

S"" ESTADO DE SANTA CATARINA

.• ' " -. :';: SECRETARIA DE ESTADO DE COORDENAÇÃO • 1- ~. ,; . ,ft GERAL E PLANEJAMENTO-SEPLAN / SC

• : ATLAS ESCOLAR : DE SANTA CATARINA • • • • •

Page 3: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

S231a Santa Catarina. Secretaria de Estado de Coorde­nação Ge ral e Planejame nto. Subsecretaria de Estudos Geográficos e Estatísticos

Atlas e scolar de Santa Catarina/Secretaria de Estado de Coorde nação Ge ral e Planejame nto, Subsecretaria de Estudos Geográficos e Estatísticos. - - Rio de Janeiro, Aerofoto Cruzeiro, 1991

96p. tab. gráf.

1. Atlas ge ral - Santa Catarina. I. Título 912(816.4)

Tiragem: 50.000 exemplares

Permitida a reproduçáo total ou parcial deste trabalho desde que citada a fonte.

PEDIDOS E CORRESPONDÊNCIA:

Secretaria de Estado de Coordenação Geral e Planejamento Subsecretaria de Estudos Geográficos e Estatísticos Av. Osmar Cunha, 15 - Bloco B - 6~ andar Caixa Postal 1551 88019 Florianópolis - SC Fone (0482) 24-6166 - Ramal 38

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA Casildo Maldane r - Governador

SECRETARIA DE ESTADO DE COORDENAÇÃO GERAL E PLANEJAMENTO Danilo Aronovich Cunha - Secretário Melzi Cavazzola - Diretor Geral

EQUIPE TÉC NICA Ademir Koerich (Subsecretário de Estudos Geográficos e Estatísticos - SUEGE e Coordenador do Planejamento Cartográfico), Amilton do Nascimento, Carlos Tramontin, Cleide Torquato Silveira, Elizabete Luiza Fe rnandes Baesso (Avaliaçáo e Crítica dos Conteúdos), Fernando João da Silva, João Serafim Tusi da Silve ira (Avaliação e Crítica dos Conteúdos), Irio Pedrinho Caron, Isa de Oliveira Rocha, Lilian Jussara Lopes, Luilene Barros Danielewicz, Maria Teresinha de Rese nes Marcoo, Marice Kikue Yokoi Bardio (Revisora da Redação), Mario Cezar Ramos , Renato Francisco Lebarbe nchon (Consultor dos Temas Econômicos), Rita de Cássia Martins , Stella Vie ira da Rosa Fernandes, Valdir José Peres , Victor José Philippi Luz (Chefe da Divisão de Geografia e Cartografia).

EQUIPE DE DESENHO Alexandre Boleslau Wisintainer, Antonio Anselmo Coe lho, David Vieira da Rosa Fernandes , Pedro Agripino Sagaz, Valdir Goulart , Luciana Burati , Rosangela Refosco.

EQUIPE DO SERVIÇO DE EDITORAÇÃO Amélia Maria Torres Nunes , Cleusa Martins Corre ia Salgado, lete Arruda Salomé, Luiz Alberto Braga da Silva, Marco Aurélio Leite, Maria Hele na Milani Bento, Valmor Se rafim.

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Coordenadorias dos Currículos de 1~ e de 2~ graus (Avaliação e Crítica dos Conte údos). DEPARTAMENTO REGIONAL DE GEOCIÊNCIAS DO IBGE EM SANTA CATARINA João Batista Lins Coitinho (Geologia), José Marcos Moser (Solos - Tipos e Aptidões), Pedro Furtado Leite (Vegetação), Rogério de Oliveira Rosa (Relevo), Ulisses Pastore. SANTA CATARINA TURISMO - SANTUR

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS Pedro Ivo Figueiredo de Campos ("In Memoriam" - Ex-Governador) Roberto Ferreira Filho (Secretário da SEPLAN/SC de 15.03.87 a 20.03.89) Paulo Macarini (Secretário da SEPI..AN/SC de 20.03.89 a 19.01.90) . Jamir Abre u (Secretário da SEPLAN/SC de 19.01.90 a 28.03.90)

Apoio financeiro parcial: Ministério da Educaçáo Fundação de Assistência ao Estudante - F AE

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 4: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • .. • • • • • • • • • • • • • •

APRESENTAÇÃO

o Governo do Estado tem a satisfação de apresentar à sociedade catarinense o primeiro "Atlas Escolar de Santa Catarina", elaborada no âmbito da Secre­taria de Estada de Coordenação Geral e Planejamento - SEPLAN/SC, através da Subsecretaria de Estudos Geográficos e Estatísticos.

Trata-se de mais uma iniciativa do Governo de Santa Catarina de promover a melhoria do ensino, através da produção e do fornecimento às escolas e aos seus alunos de meios necessários ao estudo e à pesquisa.

O trabalho aborda aspectos administrativos, geográficos, demográficos, econômicos e organizacionais do Estado, ilustrados com textos e mapas didatica­mente distribuídos.

Esta obra tem como objetivo principal atender à demanda do estudo de aspectos geo-sócio-econômicos de Santa Catarina, no ensino de 1 ~ e 2~ graus. Para tanto, adequou-se a redação às características daqueles a quem a obra se destina, de forma a tomar seu estudo fácil e agradável.

Contudo, devida à riqueza e à qualidade das informações, o "Atlas Escolar de Santa Catarina" extrapola seu objetivo básico e apresenta-se, também,como um importante instrumento de estudo e pesquisa a todos aqueles que desejarem aprofundar seus conhecimentos sobre o espaço catarinense.

Casildo Maldaner Governador do Estado

INTRODUÇÃO

O "Atlas Escolar de Sania Catarina" é um volume que contém um conjunto corrente e completo de mapas, gráficos, quadros e tabelas, acompanhado de textos elucidativos que descrevem o território catarinense, seus acidentes físicos, clima, solo, vegetação, suas atividades econômicas, sua organização político-administrativa e as relações entre o meio natural e os grupos que nele habitam .

A obra é composta de sete unidades, enfocando os aspectos geográficos, demográficos, econômicos e organizacionais do Estado de Santa Catarina.

A primeira unidade, Quadro Administrativo, descreve a posição geográfica, os limites e os pontos extremos de Santa Catarina e sua evolução político-admi­nistrativa.

No Quadro Natural, apresentado na segunda unidade, faz -se a apreciação da formação geológica do solo catarinense, da morfologia, dos elementos líqui­dos, da representação cartográfica do relevo de cada região, dos tipos climáticos e suas características, da cobertura vegetal, dos solos e suas aptidões e do meio ambiente onde se insere o homem catarinense.

Os aspectos demográficos e sociais estão contemplados na terceira unidade, no Quadro Humano, onde são abordados a história da ocupação do solo catarinense pelas diversas etnias, os movimentos migratórios, a evolução popu­lacional e a situação da educação e da saúde.

O Quadro Econômico, na quarta unidade, apresenta a economia sob a abordagem dos setores primário, secundário e ~erciário, onde constam comen­tários sucintos a respeito da evolução das diferentes atividades em cada região.

A quinta unidade, Estrutura Urbana, apresenta a evolução dos aspectos urbanos de algumas das principais cidades catarinenses.

Consta da sexta unidade, Microrregiões Geográficas, um resumo dos aspec­tos geográficos, demográficos, econômicos e organizacionais das 20 micror­regiões geográficas do Estado.

Faz parte da última unidade, Organização do Estado, a conformação políti­co-administrativa do Estado e dos Poderes, bem como, os símbolos estaduais.

Para tornar mais fácil o entendimento dos textos distribuídos ao . longo da Atlas, colocou-se à disposição do leitor um breve vocabulário onde estão apresentados os principais termos utilizados .

Oanilo Aronovich Cunha Secretário da SEPLAN/SC

Page 5: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • .­• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

SUMÁRIO

UNIDADE 1- QUADRO ADMINISTRATIVO

Posição Geográfica ................ . Evolução da Divisão Político-Administrativa

UNIDADE 11- QUADRO NATURAL

Geologia ............. . Re levo .............. . Hidrografia. Hipsome tria . ... Clima vegetação .................................. . Solos - Tipos de Aptidões M eio Ambiente . .

UNIDADE lll- QUADRO HUMANO

Povoamento e Colonização .. . .............. . População Total Res idente e De nsidade Demográfica .......... 0.0.

População Urbana e Rural.. ..... População Economicame nte Ativa .. População - Natalidade e Mortalidade ... População - Pirâm ides Etárias e Migrações . .. . Educação.. . ........... . . Sa~de .... . . ... .. .. .. ... .. . ...... .................. .

UNIDADE IV - QUADRO ECONÓMICO

Agricultura ............ . Pecuária .. . Indústria .. .. . Recursos Naturais e Extrativismo. Comércio. . .. ... . .. ... .. . Meios de Transporte ....... . ..... . . Comu nicações e Energia Elé trica .. Saneamento Básico ... Turismo . ..

UNIDADE V - ESTRUTURA URBA NA

Evolução Urbana ........... ... . ...... .. Evolução dos Aspectos Urbanos de Algumas Cidades

UNIDADE VI - M1CRORREGIÓES GEOGRÁFICAS

Divisão M icrorregional Geográfica Microrregião Geográfica de São Miguel d 'Oes te - 452 Microrregião Geográfica d e Chapecó - 453 .................. . Microrregião Geográfica d e Xanxerê - 454 . .. . . .............. ... . . Mic rorregião Geográfica de Joaçaba - 455. . . .. .... ... . . .......... . . Microrregião Geográfica de Concórdia - 456. . . ..........•. Microrregião Geográfica de Canoinhas - 457 ... Microrregião Geográfica de São Sento do Sul - 458. Microrregião Geográfica de JOinville - 459 . .. . . .

8 ..... 10 12

16 18 20 22 24 26

. ... .. 2830 32

36 38 40 42 44 46 48 50

. ..... 54 56 58 60 62 64 66 66 70 72

76 78

82 84 86 88 90 92 94 96 98

Microrregião Geográfica Curitibanos - 460 .. Microrregião Geográfica de Campos de Lages - 461 ..... . Microrregião Geográfica de Rio do Sul - 462 ... Microrregião Geográfica de Slume nall - 463 .. Microrregião Geográfica Itajaí - 464 ..... '. Microrregião Geográfica de Ituporanga - 465 ................ . Microrregião Geográfica de Tijllcas - 466 Microrregião Geográfica de Florianópolis - 467 ....... . . . .. . ........ . .... . .... .. .... . Microrregião Geográfica do Tabule iro - 468 ...... ......... .. . . ............. . .. Microrregião Geográfica de Tubarão - 469 ........................... ........ ..... .. Microrregião Geográfica de Cricitíma - 470 ................... .. .. . .......... .. .. Microrregião Geográfica de Araranguá - 471 .

UNIDADE VII - ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

100 102 104 106 108 110 112 114 116 Jl8 . 120 122

Símbolos Estaduais Organização Político·Administrativa do Estado e dos Poderes ..

126 128 130

VOCABULÃRIO .....

BIBLIOGRAFIA

USTA DE TABELAS

132 133 134

135

Tabela 1 - Área total e part icipação pe rcentual, segundo os Estados da Região Sul... 8 Tabela 2 - Limites de Santa Catarina , segundo a posição geográfica e conrrontan tcs.. 8 Tabela 3- Ano de criação e origem dos municípios de Santa Catarina. . . . ... .. . 10, 12 Tabela 4 - Escala do Tempo Geológico, segundo a e ra e o pe ríodo de formação..... . . ... ... ... ... ..... 16 Tabela 5 - Área e comprimento dos cursos das principais bacias hidrográficas de Santa Catarina.. 20 Tabela 6 - Altitude e localização por município dos pontos culminantes e m Santa Catarina -

1986... ............. ... ................ 22 Tabela 7 - População residente por sexo e participação percentual no total e m Santa Catarina

- 1940-1989.. ... .......... ... ... .. ..... ...... 38 Tabela 8 - Área física e projeção da l>opulação total e densidade demográfica, segundo as microrre·

giões geográficas em Santa Catarina - 1989.. . ...... . .... . .. .. 38 Tabela 9 - Proporção da população rural e urbana , - segundo as Regiões do Srasil - lD70·1980.... 40 Tabela 10 - População rural e urbana e participação percentual em Santa Catarina - 1940·1990...... 40 Tabela 11 - Projeção da população rural e urbana , por microrregiões geográficas em Santa Catarina

- 1989....... ............. .... . ........ . ....... ............ 40 Tabe la 12 - População rural e urbana e participação perce ntual por sexo, e m Santa Catarina

1940-1990 ................................... . Tabela 13 - Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por condição de atividade, segundo o se tor

de atividade em Santa Catarina - 1980 .............. . Tabe la 14 - População economicame nte ativa do Estado de. Santa Catarina, por microrregiões

geográficas e se tores de atividade econômica - 1980 ........ ... ... ......... . .................. . Tabela 15 - Taxa de mortalidade, natalidade e c rescimento vegetativo , segundo as microrregiões

geográficas em Santa Catarina -1987 Tabela 16 - Alunos matriculados no l~e 2? graus e m Santa Catarina - 1978·1989 Tabela 17 - Estabelecimentos de satíde, por dependê ncia administrativa e tipo em Santa Catarina

- 1989 ............ . . .............. .... . .................. ..... . Tabela 18 - Percentual da cobertura vacinal com doses ' conside radas imunizan tes e m menores

de 1 ano , em ges tan tes, por tipo de vacina, segundo os CARS em Santa Catarina - 1989/1.000 ............ ......... . . ......... .

Tabe la 19 - Estrutura Fundiária de Santa Catarina - 1980 .. Tabela 20 - Principais produtos exportados por Santa Catarina - 1987.

40

42

42

44 48

50

50 54 64

Page 6: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

LISTA DE MAPAS

Posição Geográfica . . Evolução da Divisão Político-Administrativo . .. .. ... . ... .. . .. . . . . .. . .. .. .. .. ... . .. ........... 0 . 0 •••

Divisão Político-Administrativa . . Geologia .. . .. . ... . .. . Relevo .. . .. .. . ... . .. . .. . .. .. . ... ,' Hidrografia Hipsometria. Clima ... . ... . .. .. .. . ... . .. .. . .. . . Vegetação ......... . .... .. . Tipos de Solos . . Aptidão Agrícola dos Solos . .. .. ... . ... •• • Maio Ambiente . Povoamento e Colonização .. . ..... . .. .. . ....... ... . População Total Residente e Densidade Demográfica .. População Urbana e Rural . ... . ... .. ... . ... . .. ...... ... ... .. .... .. ..... . . . . População Economicamente Ativa.. . . .. ... . .. ... . 0 .0 ........... .. . .. .

População-Natalidade e Mortalidade . ... 0.0 • ••• • •• • • •

População-Pirâmides Etárias e Migrações Educação .... .. ........ . Saúde . . Agricultura - Milho, Soja, Arroz e Fe ijão .. Agricultura - Fumo, Cebola, Maçã e Banana .. Pecuária - Suínos, Bovinos, Aves e De rivados . . Indústria - Principais Ramos. Recursos Naturais e Extrativismo .. Comé rcio - Varejista e Atacadista Meios de Transporte ... Comunicações e Ene rgia Elé trica Saneamento Básico . ... . . ... . ... . ... . .. . . Turismo . .. . Evolução Urbana... . . . .. .. .. .. .. . . Evolução dos Aspectos Urbanos de Algumas Cidades .. . Divisão Microrregional Geográfica.. . .. .. ... .. . ... . . . . . Microrregião Geográfica de São Miguel D 'Oeste - 452 .. Microrregião Geográfica de Chapecó - 453 ............... . ...... . ..... .. . . . ... . .. .... .. Microrre gião Geográfica de Xanxerê - 454 .. . Microrregião Ge ográfica de Joaçaba - 455 . . . Microrregião Ge ográfica de Concórdia - 456 .... . Microrregião Geográfica de Canoinhas - 457 . . Microrregião.Geográficade São Bento do Sul - 458 .. Microrregião Ge ográfica de Joinville - 459. Microrregião Geográfica de C u ritibanos - 460 .............. ..• Microrregião Geográfica dos Campos de Lages - 461 Microrregião Geográfica de Rio do Sul - 462 ... Microrregião Ge ográfica de Blume nau - 463 . ... . . . .....• Microrregião Geográfica de Itajaí - 464 .. . .. .. . ... ....... .. ... . . Microrregião Geográfica de Ituporanga - 465.. . .. . .. . .. .. ... ... . .. ... ••. Microrre gião Ge ográfica de Tijucas - 466. . ...... . ... . ..... .. ... . . . .. . .. . .. .. .. . Microrregião Geográfica de F lorianópolis - 467 ... . ... .. . . . . . ....... . ... .. . •• Microrregião Geográfica do Tabuleiro - 468.. . .. ... . ... .. . .. Microrregião Ge ográfica de Tubarão - 469 .. . .

9 11 13 17 19 21 23 25 27 29 31 33 37 39 41 43 45 47 49 5 1 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 77 79 83 85 87 89 91 93 95 97 99

101 103 105 107 109 111 113 115 117 119

Microrre gião Geográfica de Criciúma - 470 . .. . ...... .. . . . . Micro rregião Geográfica de Araranguá - 47l. Bandeira do E stado de Santa Catarina .. Armas do Estado de Santa Catarina . .......... .

121 123 127 129

• '. • • • ., • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 7: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • '. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

UNIDADE I QUADRO ADMINISTRATIVO

Posição Geográfica Evolução da Divisão Político-Administrativa

7

Page 8: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

8

POSIÇÃO GEOGRÁFICA

Para localizar o Estado de Santa Catarina é importante verificar primeiro a posição geográfica do Brasil. A República Federativa do Brasil está localizada na América do Sul e é cortada pelas linhas do Equador. no norte, e pelo Trópico de Capricórnio, no sul. Como se observa no mapa da América do Sul, o Brasil está situado Quase que totalmente no hemisfério Sul, ocupando a parte centro-oriental do continente sul-americano.

O Estado de Santa Catarina, que é uma das unidades da República Federativa do Brasil , está localizado no sul do te rritório brasileiro e juntamente com os Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul formam a Grande Região Sul. Santa Catarina é o menor Estado dessa Região c, ainda assim, tem extensão territorial quase equivalente à de países corno a Áustria, Hungria, Irlanda e Portugal , e quase três vezes maior do que a da Holanda e a da Bélgica.

Santa Catarina possui urna área oficial de 95318,30 quilômetros quadrados(km~. Portanto, ocupa 1,11% da área territorial brasile ira e 16,57% da área da Região Sul.

Tabela 1 - Área Total e Participação Percentual , segundo os Estados da Região Sul

ESTADO ÁREA '

Km 2 %

Rio Grande do Sul 280.674,00 48, 79 Santa Catarina 95.3 18 ,30 16,57 Paraná 199.323,90 34,64

TOTAL 575.316,20 100,00

FONTE: Fundação In sti tuto Bras ileirode Geografia e Estatística - IBGE ; Secretar ia de Estadode Coordenação Ceral e Planejamento - SEPLAN/SC/Subsecretaria de Estudos CeogTáfl.cos e E statísticos - SUECE.

o território catarinense encontra-se entre os parale los 25°57'41" e 29"23'55" de latitude Sul e entre os meridianos 48°19'37" e 53°50'00" de longitude Oeste.

A linha litorânea catarinense inicia na foz do rio Saí-Guaçu, na divisa com o Estado do Paraná, seguindo até a foz do rio Mampituba, na divisa com o Estado do Rio Grande do Sul, numa extensão de 561 ,4km . A costa catarinense corresponde a 7% do litoral brasile iro.

Limites Norte - com o Estado do Paraná: a partir do marco divisório entre Santa Catarina , Paraná e

República Argentina, na nascente do rio Peperi-Guaçu, segue pelo divisor de águas das bacias hidrográ­ficas dos rios Iguaçu e Uruguai, rumo leste, até a nascente do rio Jangada; desce por este até encontrar a BR-153; continua por esta rodovia, pelo traçado antigo de 1917, até encontrar o cruzamento da estrada de ferro da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima - RFFSA; segue por esta ferrovia até a ponte sobre o rio Iguaçu; continua pelo rio Iguaçu acima até a foz do rio Negro e por este acima até a foz do rio Cachoeira; por este acima até a foz do rio Campo de C ima; por este acima até sua nascente; a partir daí segue pelos marcos divisórios, em linha geodésica, até encontrar o rio Saí-G uaçu e por ele até o marco próximo a sua foz no oceano At lântico e daí segue , em linha geodésica, até o marco na ilha de Saí-Guaçu.

Leste - com o oceano Atlântico: a partir do marco da ilha de Saí-Guaçu , em direção sul , até a foz do rio Mampituba.

Sul - com o Estado do Rio Grande do Sul: a partir da foz do rio Mampituba, no oceano Atlântico, segue por aquele acima até a foz do arroio Josafá e por este acima até a sua nascente; daí segue pelos taimbés da Serra Geral, até a nascente do rio das Contas ; pelo mesmo abaixo até a sua fo z no rio Pelotas e por este abaixo até o rio Uruguai ; segue por es te até a foz do rio Peperi-Guaçu na fronteira com a República Argentina.

Oeste - com a República Argentina: iniciando na foz do rio Peperi-Guaçu , no rio Uruguai , segue o rio Peperi-Guaçu acima até a sua nascente , no marco divisório entre os Estados de Santa Catarina e do Paraná e a República Argentina.

Tabela 2 - Limites de Santa Catarina, segundo a Posição Geográfica e Confrontantes,

POSiÇÃO EM se

Norte

Leste Sul

Oeste

e ONFRONTANTES

Paraná

oceano Atlântico Rio Grande do Sul

República Argentina

LIM ITES

- divisor de águas (serras da Capanema e da Fartura) - r io: Jangada - BR-I53 - Re de F erroviária Federal S.A. - RFFSA - rios: Iguaçu, Negro, Cachoeira e Campo de C ima - marcos divisórios em linha geodésica - rio : Saí-Guaçu - linha litoninea - rio: Mampituba - arroio J osafá. - taimbés da Serra Geral - rios: das Contas, Pelotas e Uruguai - rio: Peperi-Guaçu

FONTE: Secretaria de Estado de Coordenação Ceral e Planejamento - SEPL'\N/SC - Atlas de Santa Catarina 1986.

Pontos Extremos Nordeste - no limite com o Estado do Paraná, o ponto extremo é a ilha de Saí-Guaçu, cujas

coordenadas geográficas são: 25°58'37" de latitude Sul e 48"35'24" de longitude Oeste. Noroeste - entre os Estados de Santa Catarina e do Paraná e a República Argentina, o ponto

extre mo é o marco divisório, cujas coordenadas geográficas são: 26°12'25" de latitude Sul e 53"38'49" de longitude Oeste.

Sudoeste - o ponto extre mo é a foz do rio Peperi-Guaçu, no rio Uruguai, cujas coordenadas geográficas são: 27°10'01 " de latitude Sul e 53"49'58" de longitude Oeste.

Sudeste - o ponto extremo é a foz do rio Mampituba, no oceano Atlântico, cujas coordenadas geográficas são: 29"18' 18" de latitude Sul e 49"42'02" de longitude Oeste .

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 9: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA POSiÇÃO GEOGRÁFICA • NA AMÉRICA DO SUL NO BRASIL • "'" ... 40"

O I C E A I I • N O I

\ -4

T U"'1iA 00 [QuAOOR • (

• I

J AM

• /

C' AC • UNfM 00 EOUAlJoR --,

• c c , • , ,.

• a ~

, ,..

• BRAS I L V • ---------- TRoPiãiÕt: Co.PRIÕ5i!Njõ • .<"

DIVISÃO REGIONAL <-• ."

.... • " • ~ c

-z.

-~ IH .,.

• ,.---------o NA REGIÃO SUL <o - ~ ..:y fRõpiêõ --_ • -------- " D( """~_ • '? • ""

• .,. AR GENT INA I --_ ....... --- ---- - -- -- --

• () ()

• - c c

• """ / , , ,.

• '" ~. ~

• C> \

,

• v • o () • \

\

• L • ~ • , , <o-

9

Page 10: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

10

EVOLUÇÃO DA DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Evolução Municipa l O prime iro município a se r c riado na Capita ni a d e Santa Ca tarina fo i o dI..' Nossa Senhora da

Graça do Rio Sii.O Francisco d o Sul. hoje São Francisco do Sul. no a lio d e 1660; 1..'111 l7I-I , e ra criado o st~gllndo munic ípio. Santo Antô nio dos Anjos d a Laguna, a tual Laguna.

Em 1726, d es!Ilc mbra\'a-se d L' Laguna o mu nicípio de Nossa do lJes lerro , hoje Flo ri anó poli .. . Pelos caminhos de Lages foram -,,(' fixando povoações em direção ao Hio Grande do Sul c , l' 1ll

1770, Lages e mancipava-se d a Capitan ia de S.10 Pall lo , anexando-se à Cap itania d e Santa Catarina . Por volt a de 1832, e manc ipava m -se de Florianó po lis: Po rto Be lo. São M igUl' l (hoje Biguaç'1I 1 ('

São José. Após 27 3nos. Po rlo BL' lo perdia sua au tonomia, retomando-a em 1925. Em 1859 fo i a vez d a e manci paçt"io de São Sehasti ão d a Foz d o Ri o Tijucas, a tua l Tij ucas.

Em 1839, o Gov(' rno da H.e p líblica Farroup ilha dec re tava a cidade d e L.1.guna como a capita l de San ta Catarina. com o nomc d e Juliana , é poca movime ntada que terminou em março d e 1845.

A vinda d e imigrantes europe us para colonizar ter ras d e Santa C atarina contri b uiu para a ('x pall s~"io dos povoados e conseqüente aume nto da populaç·ão.

O mapa de 1907 mostra os contornos imprecisos do Estado, devido a questões d e limi tes com os Estados do Rio G rande d o Su l t.' do Paraná. Em 1917, fo i es tabe lecid o o " Acordo d e Limites" e ntre o Paraná c Santa Catarina , passando o lim ite desses E stados pe lo di \"i'iOf" d e águas e lltH' a .. bacias hid rográficas d os ri os 1! ~1I<1~' 1I (.' Uruguai , incorporando-se d efiniti vamt' nt c a Santa Catariml todo o OC'i te e os municípios d e ~-1afra e Po rto Uni~"io , ao no rte.

No ano d e 1930, ficou reso lvido o proble ma di visó rio e ntre Santa C atarina f..' o Rio Grande d o Sul, anexando-se ao territó rio catarinen:;c o trecho da nascenl(' do rio ~·t aTllpitllba , ent re o arroio Josafá e a encos ta da Serra G e ral. Ne ssa é po('a, Santa Catarina contava com 34 Tllunicípios.

Em 19:14, desmembrava m-se d e Blume nau : Timhó , Indaial. Ihira ma c Gaspar: d e Joaçaba : Concórd ia: d e Campos Novos e J oa~'aba : Caçador; e d e Joinville : Jaraguá do Sul.

Em 1944 . o Estado d e Santa Ca tarina sofreu uma redução com a criação d o Territó rio d e Iguaçu . poré m por pouco te mpo. pois e m 1946 Santa Catarina retomava es te territó rio.

No ano d e 1953. 8 municípios con seguiam sua autonomia: Dionísio Cerque ira . Itapiranga. Mo ndaí. Palmitos, São Carlos, São Migue l d ·O cs te, Xanxc rê e Xaxim , frag mentando , pe la prime ira vez , () Illunicípio d e C hapccó.

Em 1958 , mais d e 30 municíp ios fo ram criados; e de 1961 a 1967 fo ram criad os mais 91. Após um inte rvalo de 15 a nos , e m 1982, e manciparam -se de Lages, os municípios d e Otac íl io

Costa e d e Corre ia Pinto, O maior ntíme ro d e desme mbramento ocorreu nas zonas coloniais d e maior d e nsidade populacional.

como nos vales d os rios Itajaí, d o Pe ixe, Tuban"io e C hapecó.

Si tuação Atual Santa Catarina. até o ano d e 1987, possuía 199 municípios . No transcorre r do ano de 1988, foram

criad os 7 mun icípios L' , e m abril de 1989. mais 1I municípios , totalizando, assim , 217 municípim .

Tabela 3 - Ano de C riação e Origem dos Municípios d e Santa Cntarina

\1l!~· lc ípIO

Abdo n Bat i.~ ta Abelardo Luz Agrolândia ~gronômica

~gua Doce 1-gU3S de Chapecó Aguas Mo rnas Al fredo \Vagner Anc hie ta Angel ina Anita Caribaldi Anitápo lis

A:\O DE CRI AÇ t\.O

1989 1958 1962 1964 1958 1002 1961 1961 1963 1961 1961 1961

OHIGE\I

Campos Novo .. Xanxe rê Tromhudo Centra l Hio do Su l J ()a~·aba C hapccó San to Amaro d a Impe ratriz Bom Re tiro Gtlaraciaba São José Lages Sant o Anutro d a Impf..' ratri z

M UN iC íPIO

Antônio Carl()~ Apilina Araquari Ar;lra nguj Arll lazérn Ar ro io Trinta A"Cllrra Atalanta Auro ra Baln L' :.í.rio Can lborili Barra Vt:'lh.l (3 t;! llcc.lito Novo Uig uaç·u Blum t..' nau Bo m Jardim da S. 'na Bo m Retiro Uo tu ve rá Br:1ç·o d o Norh ' Bru .. quc Caç·ado r Caibi Ca mho,·ilí Campo Alegre Ca mpo 13e lo d o Su l Campo Erê Ca m pos Novos Canc linha Cano in has Capinzal C atandu vas C a xam bu d o Su l Cc l .. o Ramos C hapecó Concórdia Coro nel Fre ila lo Correia Pinto Corupá C ricitima Cu nha Porá C uritibanos IJt..'!>ca nso Dionísio Cerq ue ira Do na Emma Do utor Ped rinho Erval Velho F~lchinal d05 C II L'dL'~ Flo rianópolis Fonluilhinha Frai )urgo Cal ,,;"i.o Caropaba Caru va G aspar Co\'t'rnado r C(·I'lo Ramos Cr:"i.o Pará G ravatal Cl lUIJiruba Cuaraciaba C uaramirim G uarujá d o Sul Il c rva l d 'O este Ibica ré Ih irama Iça ra Ilh o ta I rnaruí

ANO DE C RI A Ç ÃO

1963 1988 1876 1880 1958 1961 1963 196-t 1964 1964 1961 196 1 1833 1880 1967 1922 1925 1955 188 1 193-t 1965 1884 1896 19fil 1958 188 1 1962 1911 L9-t8 1963 1962 1989 19 17 1934 196 1 198 2 1958 1925 1958 18fi9 1956 1953 1962 1988 1963 1958 1726 1989 1961 1962 1961 1963 1934 1963 1958 1961 1962 1961 1948 196 1 1953 1962 193-t 1961 1958 1890

OH IG EM

Biguaç'u [lIdai,,1 S~I() Franc i'iCo do Sul Tubar.jo T llbaró\o Vide ira lndaial Ituporanga Rio d o Sul Camboriti Araquari Hocle io Flo rianópol i'l Itajaí S:"i.o Joaquim Lages (' I'alhm,:a Brusc lue Tuhan.\u lt ajaí Campo!> N" o\"os t ' JO<I(,:"IIIa Palmitos It ajaí S,"i.o Bt..'nt o do SIlI L:.lgt.·~

C ha pt..'oo C uriti ballO'l Tij ucalo Cur itibanos Joaç·aba e Campos No\"u~ Joaç'aba C hapecó Anila Caribaldi Des <ln l:xado do Paraná (A{·ordo de I.imites) Joaç·aba C hapccó I .. agt' s Jaraguá do Sul Aram llg uá Palmi tos Lage'l Mo ndaí C hapecó Pr('s id t"n te Getülio Bell('dil o Novo Campo!> Novos Xanxerê Lag una C ricitima Cu ritibanos e Videira Xaxim Palhoç·a São Frallci 'lco do Sul Blumc nau Biguaç·u Orl .... lIns ' r ubarão Bru squc São Miguel d 'O es t l:.· Join v ille Dio nís io Cerqueira Joaç·aba I le rva l (rOes te c Ta ngará Blumcnau C ricitÍ ma Itajaí l ,agunll

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 11: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

1872 LEGENDA

ORIGENS

S50 FranciSCO do Sul

Laguna

Lages

1944 LEGENDA ORIGENS

Silo FrancISCO do St.il

Laguna

Lages

Acordo de limites

I'onle' Secreta". de ESlado de Coordeniçlo Geral e PIaoejemenIO-SEPlAN/ SC Altas de s.,,~ Catarm .. 1986

O D

1907 LEGE NDA

ORIGENS

$ao FranciSCO do Sul

Laguna

Lag~

TemlÓrlQ em LitígiO com o Paraná

1954 LEGEN DA ORIGENS

São FranciSCO do Sul

O Laguna

D Lages

Acordo de limites

EVOLUÇÃO DA DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

1930 LEGENDA

ORIGENS

550 FranciSCo do Sul

Laguna

Lages

Acordo de limites

1967 LEGENDA ORIGENS

S!O FranciSCO do Sul

laguna

D Lages

Acordo de Limites

11

Page 12: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

MUN IC fPI O ANO DE • C RIAÇ ÃO ORIGEM M UN IC fPIO ANO DE ORIGEM C RIAÇ ÃO • Imbituha 1958 Laguna Praia Grande 1958 Turvo • Imbuia 1962 It u po ranga Presid e nt e Caste lo Bmnco 1963 Ouro

Indaial 1934 Blumenau Presiden te Ge túlio 1953 lbirama Ipira 1963 Piratuba Preside nt e Nercu 1961 Vidal Ramos • Iporã d o Oeste 1988 Mondaí Quilombo 196 1 C hapec6 Ipumirim 1963 Concórdia Ranch o Queimado 1962 São José l raceminha 1989 C unha Porá: Rio das Antas 1958 C açador • Ira n ( 1964 Joaçaba Rio d o Campo 1961 Tai6 I ri nc6poli s 1962 Porto U nião Rio do O est e 1958 Rio do Sul Itá 1956 Seara Rio dos Cedros 1961 Timb6 • lta i6polis 1918 Mafra Rio do Su l 1930 81ume n au ltajaí 1859 São Francisco do Sul e Porto Be lo Rio F o rtun a 1958 Braço do Norte • Itape m a 1962 Porto Be lo Rio Negrinho 1953 São Be nto do Sul ltapiranga 1953 C hapec6 Rode io 1936 Timbó ltapoá 1989 Caruva Rome lândia 1963 São Mig uel d 'O este • Ituporanga 1948 Bo m Re tiro Salcte 1961 Tai6 jaborá 1963 j oaçaba Salto Vcloso 1961 Vide ira jacinto M ach ado 1958 Turvo Santa Cecília 1958 C uritiba nos • Jaguaruna 1891 Tubarão Santa Rosa d e Lima 1962 Rio Fortuna Jaraguá d o S ul 1934 Joi nvillc Santa Rosa do Sul 1988 So mbrio Joaçaba 1917 C uritiba nos San to Ama ro d a Imperatriz 1958 Palhoya • Jo in ville 1866 São Francisco do Su l São Be nt o d o Su l 1883 Joinvi le José Boitc lIx 1989 Ibirama São Bo ni fácio 1962 Palhoça • Lacerd6poli s 1963 Ouro São Carlos 1953 C hapecó Lages lí70 C apitania d e São Pa ulo São Do mingos 1962 Xaxim Laguna 1714 Criad o po r Ato São Francisco d o Sul 1660 C riado por Carta Régia • Laure n tino 1962 Rio do Sul São João Batis ta 1958 Tijucas Lauro Müller 1956 Orlean s São João do Sul 1961 Sombrio Lebon Régis 1958 Curitiba nos São Joaq uim 1886 Lages • Leobe rto Leal 1962 Nova Tre nto São José 1833 F lo rianópoli s Lind6ia d o Sul 1989 Concórdia e Irani São José do Cedro 1958 Dio nísio Cerquc ira • Lontras 1961 Rio d o Sul São José d o Cerrito 1961 Lages Luís Al ves 1958 Itajaí São Loure nço d 'Ocste 1958 C hapecó Mafra 1870 Rio Negro (PR) São Ludgero 1962 Braço do No rte • Majo r Cerci no 1961 São João Batista São Martinho 1962 Imaruí Major Vie ira 1960 Canoinhas São Migue l d 'Oestc 1953 C hapecó Ma raCajá 1967 Araranguá Saud ades 1961 São Carlos • Maravi ha 1958 Palmitos Schroed e r 1964 G uaramirim Mare ma 1988 Xax im Seara 1953 Concórd ia Massaranduba 1961 C uaramirim Serra Alta 1989 Mod e lo • Matos Costa 1962 Porto União Side ró po li s 1958 Urussanga Meleiro 1961 T urvo Sombrio 1953 Arara nguá • Modelo 1961 São Car los Taió 1948 Rio do Su l Mo ndaí 1953 C hapec6 Tangará 1948 Vide ira Monte C astelo 1962 Papandu va Tijucas 1859 Porto Be lo • Mo rro d a Fumaça 1962 Urussanga Timbé do Sul 1967 T u rvo Navegantes 1962 Itajaí T imbó 1934 Blume nau Nova Erechim 1964 Saudades Timb6 Grande 1989 Santa Coo1ia, Matos Costa, Lebon Régis lrincópolis • Nova Tre nto 1892 Tijucas Três Ba rras 1960 Canoinhas Nova Ve neza 1958 C riciúma Treze d e Ma io 1961 Tubarão O rleans 1913 Tubarão Treze Tílias 1963 Ib icaré • O tacílio Cos ta 1982 Lages Trombudo Centra l 1958 Rio do Sul Ouro 1963 C apin zal Tubarão 1870 Laguna • Palhoça 1894 São José Tunápoli s 1989 Itapiranga Pa lma Sola 1961 Dionísio Cerque ira Turvo 1948 Araranguá Palmitos 1953 C hapecó U nião d o Oeste 1988 Corone l Freitas • Papanduva 1953 C a noinhas Urub ici 1956 São Joaquim Pau lo Lopes 1961 Palhoça Urupe m a 1988 São Joaquim Pe dras G randes 1961 Tubarão Urussanga 1900 Tubarão • Pe nha 1958 Itajaí Vargcão 1964 Fachinal d os Guedes Pe ritiba J963 Piratuba Vidal Ramos 1956 BnJsque • Pe trolândia 1962 It uporanga Vide ira 1943 Campos Novos, Caçado r e Joaçaba Piçarras 1963 Pe nha Vic tor M c irc1es 1989 lbirama Pinhab .inho 1961 São Carlos Witmarsum 1962 Preside nte Getúlio • Pinhe iro Pre to 1962 Vide ira Xanxe rê 1953 C hapecó Piratu ba 1948 Concórdia e C ampos Novos Xavan tina 1963 Seara Pome rode 1958 Blume nau Xaxim 1953 Chapecó • Pon te Alt a 1964 C uritibanos Po nt e Se rrad a 1958 Joaçaba e C hapecó FONTE: Secretaria de Estado de Coordenação Gt;!ral c Planejamento - SEPLA N/SC/Subsecrt;!taria de Estudos GeográfICos c • Porto Belo 1832 F lorianóãoli s e C ambo riú Estatísticos - SU EGE. Porto U nião 1917 Desanexa o do Paraná (Acordo de Limites) Pouso Redond o 1958 Rio d o S ul • 12

Page 13: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

UJ

4: '

z

ESTADO

DIVISÃO MUNICIPAL 1990

NUCLEOS Capital

Cidade

LEGENDA

HIDROGRAFIA Curso d Agua

Lagoa

Represa

RODOVIAS Com Pavimentação

Sem Pavimentação

LIMITES IntermuniCipal

Interestadual

In ternaCional

\ D ~ O

Fonte' Secrelllfl. de ESlado de CoordeMçJo Geral e PI<lneIBmento SEPlANJ SC - ~I>' 1'01'1100 de Sionla CéltBr!l'\lI 1990.

friO

REP PASSO FUNOO

, D o

.. '\

.. ,."

.... 0 O

DIVI SÃO POLí TICO-ADM I N ISTRATIV A

a

ESCALA 1 2 000 000 10~ ", o la '10 10 .0 &O~m

1ixIl='=-I ~-' PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA

DE MERCATOR . UTM

a

13

Page 14: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

UNIDADE 11 QUADRO NATURAL

Geologia Relevo Hidrografia Hipsometria Clima Vegetação Solos - Tipos e Aptidões Meio Ambiente

15

Page 15: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

16

GEOLOGIA

Gcologia é a ciê ncia que estuda a hist6r~a da Te rra c suas sucess ivas transformações. A hi stória geológica da Te rra é re presentada por lima escala de tempo, com as principais divi sões

e respectivos intervalos, conforme tabela 4.

Tabela 4 - Escala do Tempo Geológico, segundo a Era c o Período de Formação

ERA PERÍODO MILHÓES DE A1\DS (APROXI~IADOS)

Cenozóica Quaternário 2,5 _____ _

Te rciário 65------

Mesozóica Cretáceo 136------

cJ'~,'~á~ss~i~co~ ______________________________ 190--------------__ Triáss ico

----------------------- 2~------Paleozóica Pc rmiano

~~~------------ 2~-------Carbonírero ~~~~------------ 345-----­Devoniano ~~~------------ 395------­Silu riano ~~~------------- 430------Ordoviciano '?-'=="'--------------- 500-----­Carn briano

------~~~~---------- 570------Proterozóica _____________________ 2.500 _____ _

Arq ucoz6ica ---'-__________________ 4.600 __________ _

FQf"TE: Fundação Instituto 8 rasileiro de Geografia e Estatística - IBGE .

A geologia de Santa Catarina pode ser claSSificada em cinco grandes domínios: Embasamento Crista­lino, Coberturas Vulcano-Sedimentares Eo-Paleozóicas, Cobertura Sedime ntar Gonduânica, Rochas Efusivas (Formação Serra Geral) e Cobertura Sedimentar Quaternária.

Embasamento Cristalino Engloba o conjunto de rochas mais antigas do Estado de Santa Catarina, incluindo dife re ntes til>OS

de litologias , cujas idades vão desde o Arqueano (mais de 2,5 bilhões de anos) até o final do Proterozóico (cerca de 570 milhões d e anos).

As principais associações litológicas, representadas no mapa, são constituídas por granulitos; gnaisses e migmatitos; xistos e filitos ; e granitos.

Granulitos - Ocorre m no Nordeste do Estado. Inclue m uma variedade de rochas , tai s como: noritos , enderbitos, charnoqui tos, com freqüentes associações com ultramafitos, gnaisses, migmatitos, anortositos e quartzitos fe rrífe ros.

Gnaisses e Migmatitos - Ocorrem na porção Sudes te do Estado. Além dos gnaisses e migmatitos, esta associação inclui metagranitos, metadioritos , metatonalitos , etc.

Xistos e Filitos - Localizam-se na porção centro-les te do Estado, na região de Brusque . Estão balizados pelas cidades de Blumenau, ao norte; Itajaí, a leste; Vidal Ramos e Leoberto Leal , a oeste; e Major Gercino, ao su l.

G ranitos - Distribuem-se e m toda a porção leste do Estado, desde as imediações de Joinville até a região ao sul de Tubarão. Geralmente, as rochas graníticas constituem altos topográficos , destacan­do-se das litologias adjacentes, devido a sua maior resistência ao intemperismo.

Coberturas Vulcano-Sedimentares Eo-Paleozóicas Ocorrem em quatro bacias isoladas, nas regiões de Campo Alegre; Corupá, Itajaí, Queçaba; Cambirela

e Ilha de Santa Catarina. São constituídas, predominantemente, por rochas sedimentares com metamorfismo incipiente, pouco dobradas, representadas por arenitos (arcósios), cong1omerados, siltitos, ardósias e filHos, com freqüente associação com rochas vulcânicas extrusivas. Estas podem ser de car:iter ácido, intennediário ou básico. A5 rochas :icidas são as mais co~uns, predominando nas regiões de Campo Alegre , Corupá,

-Cámbirela e ilha de Santa Catarina. Pe trograficamente, são riolitos, riodacitos, dacitos e rochas piroclásticas (tufos).

Cobertura Sedimentar Gonduânica Schne ide r et alii (1974) estabeleceram a seguinte coluna estratigráfica para a bacia do Paraná.

{

Formação Se rra Ge ral Grupo São Be nto Formação Botucatu

Grupo Passa Dois

Grupo Cuatá

Supe rgrupo Tubarão

Grupo Itararé

Formação Piramb6ia

{

Formação H.io do Rastro Formação Teresina Formação Serra Alta Formação Irat i

{ Formação Palermo Formação Hio Bonito

{

Formação Hio do Sul Formação Mafra Formação Campo do Tenente

A base da sedimentação gonduânica e m Santa Catarina iniciou-se no Permiano Médio com deposição de argilitos , diamictitos, ritmitos , arenitos finos , siltitos, folhelhos e conglomerados do Crupo Itararé, em ambiente contine ntal a marinho, com innuência glacial.

No Pe rmiano Médio e Superior, ocorreu a deposição do Grupo Guatá, em ambiente litorâneo, núvio-deltáico e, progressivamente, marinho de águas rasas. Os depÓSitos correspondentes a esse ambien­te são arenitos finos e grosseiros, siltitos, folhelhos carbonosos, camadas de carvão e si ltitos argilosos.

No Pe rmiano Superior, inicialmente, predominou o ambiente marinho, passando após a fluvial. Sob essas condições ocorreu deposição de folhelhos pirobetuminosos, níveis de calcário , argilitos , siltitos, folhelhos e a renitos finos do Grupo Passa Dois .

No Mesozóico, ocorre u a deposição dos sedimentos da Formação Pirambóia, representada por argilitos, siltitos e arenitos conglomerados e m ambiente fluvial. Poste riormente, ocorreu a deposição dos arenitos da Formação Botucatu , em ambiente desértico.

Rochas Efusivas (Formação Serra Geral) Sob esta designação são descritas as rochas vulcânicas efu sivas (ou cxt rusivas) da bacia do Paraná,

representadas por uma sucessão de derrames que cobre m quase cinqüenta por cento da superfície do Estado de Santa Catarina.

Duas seqüências são destacadas: a Seqüência Básica, predominante nos níveis mais inferiores , é representada por basaltos e fe nobasaltos , com diques e corpos tabulares de diabásio, com ocorrências ocasionais de lentes de arenitos inte rderrames, brechas vulcânicas e vu lcano-sedimentares, alé m de andesitos e vidros vulcânicos; e a Seqüência Ácida, predominando em direção ab topo do pacote vulcânico, está representada por riolitos , riodacitos e dacitos.

A idade destas rochas é atribuída do Jurássico Superior ao C re táceo Inferior (Ver Tabela 4).

Cobertura Sedimentar Quaternária A Cobertura Sedimentar Quaternária é constituída por depÓSitos inconsolidados ou fracamente

consolidados de are ias, de sittes , de argilas ou conglomerados, distribuídos ao longo da planície costeira , nos vales dos principais cursos d'água , ao longo de antigas lagunas ou prÓximos às e ncos tas . De acordo com sua origem podem ser classificadas como: depósitos marinhos, aluvionares , lagu nares, e6licos (dunas) e coluvionares.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 16: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

...

ESTADO

LEGENDA

Cobertura Sedimen tar Oua terná r la

Rochas EfusIVas (Formação Serra Geral) (, . Sequênc,a Basica (f • $equénc;:13 AClda

Cobertura Sedimentar Gonduãnlca

Cobertura Vulçano -Sedlmentar Eo Paleozóica

Embasamento Cnstalmo r - Granllos

., • Xlstosf,!ttosCalcárIOS, QuarlZltos e MetavulcâOlcas

l/f1 - Gna,sses e Mlgmatttos 91 - Granull tos

.....

__ Contato Am. Agua M lneral

bx· Bauxita

___ Falha e/ou Fratura Geológica C ... • Carvão

• Co - Calcáno

'1 li

Ocorrência Mmeral

Mina ou Jazida Mineral

Mina ou Jazida Abandonada

cc· Conche'f:> Natural

f - Fluonta

Fonte: Sec:reuor" de E511do de Coordenaçk> Gerai e PI~ento SEPlAN/SC- AIIM de s.nuo Cauo, ..... 1986

e F~ i9GE.DepIr~ RegoooaI de ~s em 5.n1a Catar ...... 1989

te - Talco

Av· Ouro

pb . Chumbo

Cu - Cobre

w Tungstênio

Fe - Ferro

...

.. \

GEOLOGIA

\'

o

o ESCALA 1 2000000

100 , 10 lO :10 4 [} 1>(''''

b t .. J I==! I=d:. j

PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MEFtCATOR UTM

o

17

Page 17: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

18

RELEVO

Re levo é o conjunto de irregularidades da supe rfície te rrestre, sendo constituído por muitas e variadas formas (modelados), agrupadas segundo sua semelhança em unidades. As principais unidades de relevo encontradas e m Santa Catarina são:

Planícies Costeiras Corresponde m a uma estre ita fa ixa situada na porção mais orie ntal do Estado, junto ao oceano

Atlântico, onde existem inúmeras praias arenosas e dunas, que evidenciam a predominância de ações e processos marinhos e eólicos. Alé m das praias arenosas c das dunas, aparecem com freqüência , ao longo de todo o lito ral catarine nsc, pe nínsu las , ilhas, pontas , pontais, e nseadas, baías c lagunas.

As altitudes mé dias registradas situam·se em torno de 10m, atingindo até 30m e m alguns pontos mais afastados do mar, junto às serras e montanhas . O contato e ntre as planícies costeiras e estes relevos e levados ocasiona contrastes altimétricos acentuados .

Planícies F luviais Correspondem às áreas planas situadas junto aos rios, pe riodicamente inundadas e frcqücnteme nte

utilizadas por lavouras. Por sua localização particu lar ocorrem , ao contrário das de mais unidades, de forma descontínua e em pequenas ex tensões. As mais expressivas localizam-se na divisa com o Paraná (rios Iguaçu e Negro), no norte (bacia do ltapocu), na po rção central do território (vários pontos da bacia do ltajaí), bem como na Unidade de Relevo Planalto de Lages (rios Canoas e João Paulo).

Planalto Dissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai Sua principal característica é a forte dissecação a que foi submetido o relevo , com vales profundos

e encostas em patamares. As maiores altitudes são registradas na borda leste e ultrapassam 1.00001; para oeste e noroeste

as cotas altimétricas decaem para menos de 300m, sendo que este caime nto topográfico caracteriza o relevo da área como um planalto monoclinal.

Planalto dos Campos Gerais Apresenta-se distribuído em blocos de rele vos isolados pelo Planalto Dissecado rio Iguaçulrio Uruguai.

Os blocos que constituem esta unidade são conhecidos como planalto de Palmas, planalto de Capanema, planalto de Campos Novos e planalto de Chapec6. E stes blocos estão situados to pograficame nte acima das áre as circundantes.

As cotas altimétricas mais e levadas ocorre m na porção leste da unidade, ultrapassando 1.2oom , nas proximidades da "cuesta" da Se rra Ge ral , enquanto as me nores são e ncontradas no planalto de Chapecó, atingindo 600m .

Serra Geral É formada pe las escarpas do planalto dos Campos Gerais, com desníveis acentuados de até I.OOOm .

A direção geral deste escarpamento é N- S, sendo poré m , a direção NNE - SSW a mais freqüente e a que corresponde à se rra do Rio do Rasto. As formas de relevo abruptas apresentam vales fluviais com aprofundame ntos superiores a 500m em suas nascentes, formando verdade iros "can yons".

Patamares da Serra Geral Aparecem como uma faixa es tre ita e descontínua no ex tremo su l de Santa Catarina e representam

testemunhos do recuo da linha de escarpa conhecida como Serra Geral. As formas de re levo alongadas e irregulares avançam sobre as planícies costeiras.

A alta capacidade erosiva dos principais rios fragmenta a unidade , inte rrompe ndo-a e m alguns trechos , como ocorre ao longo do vale do rio Mam pituba e de seus aflue ntes da margem esquerda.

Depressão da Zona Carbonífera Catarinense Posicionada no extre mo sul de Santa Catarina, es ta unidade configura uma faixa alongada na direção

N- S. As características de relevo são diversificadas : da cidade de Siderópolis para o norte, pre dominam as formas colinosas com os vales e ncaixados e as vertentes íngremes; de Siclerópolis para o sul, as formas de re levo são côncavo-convexas com vales abertos. Disseminados nesta última área encontmm-se

relevos residuai s de topo plano (m esas), mantidos por rochas mais resistentes, e que faze m parte dos Patamares da Se rra Ge ral.

Patamares do Alto Rio ltajaí Dispondo-se em uma faixa de direção geral NW - SE que se es treita para o sul , es ta unidade

é carac terizada pela inte nsa dis secação do relevo, com patamares e vales estruturais, cujo melhor exemplo é o vale do rio Itajaí do Norte ou He rcíli o. A presença de e xtensos patamares , alcançando dezenas de quilômetros, e de relevos residuai s de to po p\.ano (mesas), limitados por escarpas , de ve-se às rochas de dife re ntes res istências à erosão, como os are nitos mais resiste ntes c os fa lhe lhos menos resiste ntes.

O re levo apresenta grandes contrastes altimé tricos, sendo que as maiores altit udes , que atingem 1.220m, são encont radas na serra da Boa Vista , locali zada no sudeste da unidade. As m e nores altitudes estão nos vales dos rios, sendo grande a amplitude altimétrica e ntre os topos dos morros e os fundos dos vales.

Planalto de Lages Caracteriza-se, e m quase toda a sua exte nsão, como um degrau en tre os Patamares do alto rio

ltajaí e o plana lto dos Campos Gerais , com exceção da área da nascente do rio Canoas . O relevo do planalto d e Lages é ('omposto basicame nte por formas co linosas, sendo comum a

presença de re levos residuais (mo rros teste munhos), com destaque para o morro do Tributo que se eleva a 1.200m de altitude , nas de mais porções do planalto, as cotas altimé tricas es tão e m torno de 850 a 900m . Alé m das colinas e dos rele vos residuais, observa-se també m a ocorrê ncia de ressaltas topográficos, com a frente voltada geralme nte para sudeste .

Patamar de Mafra Localiza-se no ex tremo norte de Santa Catarina, ap resentando um relevo de colinas com peque na

ampli tude alt imé trica, formando uma superfície regular, quase plana . A "cu esta" da Se rra Ge ral , que se rve de limite em alguns setOres e ntre o Patamar de Mafra e

o planalto dos Cam pos Ge rais, corresponde a um desnível de 300m em média . As altitudes médias desta unidade são de aproximadame nte 750m , sendo que as menores cotas são registradas junto ao sopé da "cu esta" da Serra Ge ral e se situam em torno dos 650m .

Serra do Mar Constitui -se num prolongame nto para o sul da escarpa do planalto Paulistano, conhecida també m

pe lo nome de Se rra do Mar. No extre mo norte de Santa Catarina, o re levo apresenta -se como uma se rra propriamente dita, com verte ntes voltadas para leste e para oeste; a vertente leste (atlântica) é a de maior decli vidade. Esta unidade se apresenta como um conj un to de cristas c picos, separados por vales profundos, com verte ntes de forte de clividade . A grande am plitude altimétrica deve-se à profundidade dos vales, podendo atingir 4oom . Na Serra do Mar , registram· se as segundas maiores altitudes e ncontradas e m Santa Catarina, atingindo 1.500m e m alguns picos.

Planalto de São Bento do Sul Uma peque na parte desta unidade locali7..a-se no e xtremo norte de Santa Catarina, e ntre as unidades

Serra do Mar e o Patamar de Mafra, ocorrendo a sua maior extensão no Estado do Paraná, onde é me lhor caracte rizado. O re levo apresenta formas colinosas, posicionando-se altimetricamente en tre 850 e 950m.

Serras do Leste Catarinense Estendem-se na direção N - S, desde as proximidades de Joinville até Laguna. A principal caract e ­

rística do relevo é dada pela seqüência de serras dispostas de forma subparalela. Estas se rras se di spõem. predominante me nte, no sentido NE - SW, e se apresentam gradativamente mais baixas e m direção ao litoral, te rminando em pontais, penínsulas e ilhas. Nas proxi midades da linha de cos ta , as altitudes situam-se e m torno dos 100m, enquanto no limite oc iden tal da unidade , na á rea de contato com os Patamares do alto rio ltajaL as mesmas at ingem 9OOm . Nas serras do Tabulei ro e de Anitápoli s, ocorrem as maiores e levações, ultrapassando 1.200m em alguns pontos.

• • • • .. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 18: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • .. • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

1 i 4-

• ~

" .\ 1"" .... ~/( f '4.

~ li <' . l c,

« ~

A Ó\ O

E '5 T A D 1;),

l

<: •

D D -

1 •

8

\

Planícies CosteIras

Planícies Fluvia Is

,\

f? , O

\

LEGENDA UNIDADES DE RELEVO

-Planalto DIssecado AIo Iguaçu/ RIo Urugua i

Planalto dos Campos Gerais

D O ~

I

Patamares do Alto Rro Itajai

Planalto de Lages

Patamar de Mafra

Planalto de São Bento do Sul

_ Serra Geral _ Serra do Mar

D Patamares da Serra Geral Serra s do Leste Catarmense

D Depressão da Zona Carbonifera Catannense

Fonte" Secrelllna de Estado de Coordenaçlo Geral " PIa~mento-SEPLAN/SC-ArIM de 5Mlta Catarina 1986 li Fundaçlo IBGE. [)epIorwnenlO fleglClMl de Geoxofnc,as em Santa Catarlf\3.1989

-..,; O O

SíMBOLOS o Pontão

Ressalto

Escarpa

~~ Cuesta

..

Borda de Patamar Estrutural

Escarpa de Falha

««< Duna

"'"' ... N

"'-""

-1

\

A

RELEVO

o

o ESCALA ''2 000 000

U)'<rTI n lO '0 30 <10 t,,, ~ ... Qu d b:=:::::I L==t

PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR UTM

o

19

Page 19: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

20

HIDROGRAFIA

Hidrografia é o es tudo do e le me nto líquido , como oceanos, mares, lagos , rios , e tc. A h idrografia do E stado d e Santa C atarina é re presentada por dois siste mas inde pe nde ntes de

dre nagem : o sistema integrado da ve rte nte do inte rior (bacia do Prata), comandado pelas bacias dos rios Paraná c Uruguai , e o siste ma da ve rte nte do Atlântico (litoral de Santa C atarina), formado po r um conjunto de bacias isoladas .

A Se rra Geral é o grande di visor das águas q ue dre nam para os ri os Uruguai e Iguaçu , e das que se dirige m para o litoral catarine nsc , no oceano Atlântico. No norte do E stado, a Se rra do Mar ta mbé m se rve como diviso r ent re a bacia do rio Iguaçu e as bacias da ve rte nte atl ântica.

O siste ma de d re nagem da ve rte nte do in te rior ocupa uma área aproximada de 60. 185km2, equivale nte

a 63% do te rritório catarin ense . Neste siste ma se des taca a bacia d o ri o Uruguai com 49. 573kmz, cujo curso do rio apresenta uma exte nsão de 2.300km , da cabeceira principal à foz do rio Pe pe ri -Guaçu . Esta bacia apresenta aflu e ntes importantes como os ri os Pe pe ri-Guaçu, das An tas, C hapecó (com seu afluente Chapecozinho, fo rmando o maior aflu en te do rio Urug uai) , lrani , Jacutinga, do Pe ixe , Canoas e Pelotas. Outra bacia que faz parte do mesmo siste ma é a do rio Iguaçu, com uma área aproximada de 1O.612km2

; seus principais aflue ntes são o~ rios Jangada e Negro (limite com o Estado do Paraná), Tim bó e Pac iê ncia.

O sis te m a de dre nagem da ve rte nte d o Atlântico co mpree nde uma á rea de aproximadame nte 35.298km 2, ou seja, 37% da área total do E stado, o nde se des taca a bacia do ri o Itajaí com 15. 500km 2

de área aproximada. E sta bacia t e m como rio principal o ltajaí-Açu, que conta com dois grandes fo rmadores: os rios Itajaí do Su l e It ajaí do Oeste; e com doi s grandes tributários: os rios ltajaí do No rte ou He rcílio e Itajaí-Mirim, fo rma ndo, assim , a maio r bacia inte iramente catarine nse.

Ai nda na vertente do At lântico , existe m ou tras bacias como a do rio Tubarão , com 5 .100km 2; a

do ri o Araranguá, com 3.020km 2; a do rio Itapocll , com 2.930km 2

; a do ri o Tijucas, com 2.420km 2;

a do rio Mampituba (di visa com o E stado do Rio G rande do Sul) , com 1. 224km 2; a do rio Urussanga,

com 580km 2; a do rio C ubatão (do no rte), com 472km 2; a do rio C ubatão (do sul) , com 900km 2

; e a do rio d ' Una , com 540km 2

.

Tabela 5 - Área e Comprimento dos Cursos das Principais Bacias Hidrográficas de Sa nta Catarina

BAC IAS H IDH.OG H.ÁFl C AS

Vertente do Interior (bacia do Prata)

bacia do rio Uruguai sub-bacias

rio Peperi-Guaçu rio das Antas rio Chapecó r io Irani rio Jacutinga r io do Peixe rio Canoas rio Pelotas

bacia do rio Iguaçu sub-bacias

rio j angada r io Tirnb6 rio Paciência r io Kegro

rio Canoinhas riu São João rio Preto

Vertente do Atlân tico (Litoral de Santa Catarina)

bacia do rio ltajaí-Açu

1.043 2.655 8. 180 1. 227

992 5.2 16 15.016 7.268

10.612

495 2.682

574 5.944 1. 443

879 1.032

15.500

CO\1PRIME:\"TO DOS CU RSO S (km)

250 154

12.7 16 209 154

8.304 24.992 12.824

19.092

82 129 78

347 144 83 99

24 . 171

BAC IAS HIDROG RÁFI C AS

bacia do rio Tubarão bacia do rio Araranguá bacia d o r io Itapocu bacia d o r io T ijucas bacia do rio Mampituba bacia do rio Uru ssanga bacia do rio C ubatão (do :\'orte) bacia do rio Cubatão (do Sul) bacia do rio d'Unal bacia do r io Bigll al,~u bacia do rio .\1 ad re

ÁREA ( Km~

5. 100 3.020 2.930 2. 420 1.224

580 472 900 540 382 305

COMPRIM E NTO DOS CU RSOS (km )

7. 172 5 .916 4.684 4.088 1.864 1.064

792 1.284 1.028

582 608

FONT E: Secre taria de Estado de Coordenação Geral c Planejamento - SE PLAN/SC - Atlas dt' Santa Catarina 1986.

Na vertente do interio r , os rios apresentam , via de re gra , um pe rfil longitudinal com longo percurso e ocorrê ncia de inüme ras quedas d 'água, re presentando importante riqueza e m pote ncial hidre létrico.

Os rios da ve rte nte atlântica apresentam um pe rfil longitudinal bastante acidentado no curso superior , onde a topografia é muito mo vime ntada; no curso infe rio r , os rios ge ralme nte formam meandros, e os pe rfis longitudinais assinalam baixas declividades, caracte rizando-se como rios de planície.

Os rios de Santa C atarina são normalmente comandados pe lo re gime pluviomé trico , caracte ri zado pelas chuvas di stribuídas o ano inte iro , garantindo, assim , o abastecime nto normal dos mananciai s. O comportame nto da grande maioria dos rios, de acordo com a distribuição das chuvas, é re presentado po r do is máximos (um na primavera e outro no fi nal do ve rão) e dois mínimos (um no início do verão e outro nooutono, com prolongame nto no inverno), re ve lando caracte rísticas do re gime subtropical .

Em Santa Catarina , os recursos hídricos e ncontram-se e m situação de plorável. Segundo a Fundação de Amparo à Tecnologia e ao Me io Ambie nte - F ATMA, ce rca de 80% dos recursos hídricos do te rritório catarincllse estão comprometidos pelos me tais pesados , agrotóxicos, eflue ntes urbanos e indus­triai s e li xo urbano. Alé m da poluição das águas, há o desmatamento irracional (mais d e 80% da cobe rtura veg\ tal nativa do Estado já foi des truída), as que imadas e o assoream e nto dos rios, das lagunas e das lagoas.

O processo de degradação dos recursos hídricos no te rritório catarinense ve m se dese nvolvendo de form a alarmante e, provave lmente , irreversível e m três regiões conside radas críticas.

O sul do Estado, onde a mineração de carvão é a principal re sponsáve l pela polui ção da~ águas, coloca-se e m 14'? lugar e ntre as regiões mais poluídas do Bras il. As bacias hidrográficas dos rios Tubarão, Ararang uá e Urussanga tê m suas águas comprome tidas e m qualidade, ameaçando seriame nte o abasteci ­me nto de água e m di versas cidades.

O norte do E stado constitu i a segunda áre a crítica estadual e m te rmos de degradação ambie ntal. Some nte e m Join ville, importante centro industrial , 19 indústrias de galvanoplásticos lançam diariame nte grande quantidade de metais pesados , especialme nte chumbo e me rc úrio, no rio Cachoeira e seus aflu e ntes, provocando elevado índice de poluição no refe rido rio e na lagoa de Saguaçu (situação talvez irreversível), alé m de comprometer se riame nte toda a área de mangues e a baía de Babitonga.

No Me io-Oeste do Es tado, a bacia hidrográfica do rio do Pe ixe re presenta a te rce ira áre a seriame nte ameaçada pe la degradação ambie ntal, a través das indüstrias de celulose e papel, frigoríficos, c urtumes, indüstrias de pasta mecân ica, de óleo vegetal e de vinho. E ssa situação se agrava ainda mais com O lançame nto de eflu entes urba nos diretame nte aos rios e com o uso indiscriminado de agrotóxicos e fe rtili zantes químicos . Por outro lad o, a área cobe rta pe la vegetação nati va da bacia hidrográfica do rio Uruguai está resumida a aproximadame nte 12%.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 20: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

ESTADO.,. D

" 1 IY'o •

o .,.

o

p

• G ,,\ J r-__ -C ____ -C ________________________ ~~'_~ __ '~ __ O __ 'UN __ DO ______ _,~

LEGENDA

VERTENTE DO ATLÂNTICO (Litoral de Santa Catarina)

RIo Ifalai-Açu

2 RlO Tubarão

3 RIo Araranguá

4 RIo Itapocu

5 RIO lrJucas

6 RIo Mampltuba

7 RIo Urussanga

8 RIO Cubatão (do Norte)

9 RIO Cubatao (do Sul)

VERTENTE DO INTER IOR (Bacia do Prata)

RIO Uruguai

1 1 RIO Pepen -Guaçu , 2 RIO das Antas 1 3 RIO Chapeco '4 RIO Irani 1 5 AIO Jacutmga 1 6 RIO do Peixe 1 7 AIO Canoas 1 8 A la Pelotas

2 RIO Iguaçu

2 1 AIO Jangada 22 RIO T,mbó 2 3 RIO PaCiênCia 24 RIO Negro 2 4 1 RIO Canomhas 24 2 RIO São João 243 AIO Preto

Fonte. Seae1illl' .. de ENdo óe Coordenaçio GeBI e ~IO-SEPl.AN/SC· AIIft óe s.m. C.1a"1~ 1986

o CJ D -

DIVisor das Vertentes DIvisor das BaCias

o O

DIVisor das Sub BaCias DIvisor das Sub·Sub-Baclas

BaCias do Atlântico

BaCias Sub-BaCias e Sub· Sub BaCias

Vertente do A tlântico

Vertente do Interior

... ~. N A

..

\

HIDROGRAFIA

--_. o

o ESCALA 1 2 .000000

10km" 'O :20 30 4 0 ~OI<,

~j PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA

Df MERCATOR . UThA

o

21

Page 21: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

22

HIPSOMETRIA

A hipsolllctria t rata da representação cartográfica do re levo de uma região e m faixas altitudinais. delimitadas através de curvas de nível.

Como se observa no mapa hipsométrico de Santa C atarina , a re presentação é fcita através d e cores convencionai s. Dessa forma, nota-se a distri buição do re levo segundo suas diferentes classes de altitudes a partir da cota O (zero), ou seja. o nível do mar .

As menores altitudes de Santa Catarina , representadas pela fa ixa de O - 200 m, encontram-se ao lo ngo do lito ral, formando as planícies Costeiras. e num peque no trecho do ex tre mo oe ste catarinense, no vale do rio Uruguai , entre os rios das Antas e Pepe ri -Guaçu .

As planícies cos te iras são formadas por sedimentos marinhos, fluviomarinhos e aluviais, correspon­dendo ao baixo curso dos principais rios da ve rtente atl ântica. Apresen tam te rrenos planos ou levemente ondulados , de limitados por aclives , com largura variáve l.

No Norte do Estado, no município de Garuva, a larg ura dessas planícies cos te iras é de 26km até a encosta da Serra do Mar. Já a sua maior largura, aproximadamente 85km, se encontra no val (' do rio Itajaí, quando a cota 200 m se adentra até o limite entre os municípios de Ibirama e Indaia\. A me nor largura . aproximadamente 500 m, situa-se no sopé do morro do Cambirela, na baía su l, defront e à ilha de Santa Catarina . Mais ao sul , a cota 200 m afas ta-se novamente . formando d uas grandes planícies: a do rio Tubarão e a do rio Araranguá.

A faixa de 200 - 400 m ocupa menor porção no Estado. Esta fa ixa se estende e ntre as planícies coste iras e as se rras litorâneas, constituindo-se numa área inte rmediária . No Sul do Estado, es ta faixa corresponde ao sopé da Se rra Geral. Ocorre també m ao longo dos principais afluen tes do rio Uruguai.

Na faixa de 400 - 800 111 , encontram-se as se rras litorâneas e grande parte do planalto Ocide ntal. As Se rras Litorâneas são fo rmadas por antigas estruturas cristalinas e me tamórficas do Pré-Cambriano.

Dispos tas . em sua maioria , obl iquamente à costa, e las vão em média até 600 m, porém, algumas serras e morros ultrapassam esta cota, como as se rras do Itajaí, do Tijucas e do Tabuleiro e os morros do Bali. do Spitzkopf e do Cam bire la.

Esta faixa ocupa grande parte da zona basáltica (que integra o planalto Ocidental), principalme nte no extremo oes te. e acompanhando os vales dos rios do Pe ixe, Canoas e outros.

A faixa de 800 - 1.200 m é a de maior ocorrência no Es tado , (..'O rrespondendo a grande parte do planalto Ocidental e às áreas mais e levadas das se rras litorâneas .

A maior parte da Se rra Ge ral , que não passa de borda de planalto ,ou escarpa , eneontra·se nes ta faixa, delimitando o planalto Ocidental.

Dentro desta faixa encontramos. no Norte do Estado , trechos das se rras do Mar, de Jaraguá e da Moema. Enquanto que no oeste , tem-se as serras do Gregório. do Irani, do Ariranha, do Pedrão, do Bonito, do Sertãozinho, da Anta , do Capanema e da Fartura, sendo que as duas últimas delimitam os Estados de San ta Catarina e do Paraná. Ainda nes ta fa ixa, encontram-se, nos altos do rio Itajaí do sul , as serras da Boa Vista e dos Faxinais .

A fa ixa d e 1200 - 1.600 m constit ui as maiores altitudes da se rra do Chapecó. da Taquara, do Espigão, da Pedra Branca. da Farofa, da Anta Gorda, do Mar e Geral.

O trecho me ridional da Se rra Ge ral é a única região do Estado onde as altitudes ultrapassam a cota de 1.600 m, como por exe mplo, no morro da Boa Vista , O mais elevado do Estado com 1.827 m, e no Be la Vista do Guizoni , que possui 1.823,49 m de altitude. Além des tes. tê m-se os morros da 19reja e Campo dos Padres, com 1.822 m e L 790 m. respectivamente, am bos na Serra Geral.

Tabela 6 - Altitude e Localização por Município dos Pontos Culminantes em Santa Catarina _1986

DEj\O~H :'\AÇÃO

morro d a Boo Vista morro Bela Vista do Guizoni morro da Igreja morro Campo dos Padres mo rro do Quiriri morro d o Capão Doc(' llIorro do T ributo morro da Pedra Branca morro do Funil morro d o Cambil'e la morro do Taió morro do Spit7.kopf morro d o Baú

ALTIT UDE (111 )

1.82i,OO ( I) 1.823.49

1.822.00 l .i90.00

(I) 1. 430.66 1. 340.00

li ) 1.260, 12 1.128,00 1.062,00 1.043,00

950,00 ( I ) 913.00 (1) 819,47

LOCAUZAÇ ÃO/\ 'I U:'\ICÍPIO

Bom Ret iro c Urub ici Bom Ret iro Bom Jardim d a Serra . Orleall s c Urub .ci Bom Retiro e Anitápolis Garuva Água Doce Lages I.ages Taió Palhoça Itaiópolis BIUlllcnau c Indaial Ilhota

FONTE. SecrNaria de Estado de Coordenação G~'ral e Planejamento - SEPL'-l'/SC - At las de Santa Catarina 19"6 (1) Cota compro\'ada.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 22: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • .. •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

'­'\ \

<!

Z

ESTADO ...

\

LEGENDA ALTITUDES EM METROS

ACima de 1600

1600

/-- -'1 1200

/---'1 800

f---1 400

\--, 200

'----' O

~ ~ Curvas de Nivel

fonte" 5ecrfl ..... di! Eslado de CoordeNçio Gefl.1 ,,~to­

SEPLAN/ 5(;' A!In de s.n .. c..n .... 1986

friO

l

\

HIPSOMETRIA

o

o ESCALA 12.000000

IO~"" o I) ~o 30 4\ ~o. "

InuJ bd t=4 j PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA

DE MERCATOR • UTM

a

23

Page 23: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

24

CLIMA

Entende-se por clima a sucessão habitual de tipos de tempos. Te mpo é o estado da atmosfera de um lugar num dado momento. Para defini r o clima de uma região é necessário considerar a atuação de seus fatores: rad iação solar, latitude, continentalidadc, massas de ar c correntes oceânicas. Tais fatores condicionam os e lementos climáticos como: te mperatura, precipitação, umidade do ar e pressão atmosférica, que, por sua vez , definirão os tipos climáticos .

Circulação Atmosférica Os siste mas atmosfé ricos que atuam no Sul do Bras il são controlados pela ação das massas de

ar intertropicais (que ntes) c polares (frias), sendo estas últimas responsáveis pelo caráter mesotérmico do cl ima.

Na região Sul do Brasil , as condições de tempo dependem da atuação da Massa Tropical Atlântica (MTA) e da Massa Polar Atlântica (MPA). A prime ira atua o ano inteiro, destacando-se na primave ra e no ve rão, enquanto que a Massa Polar Atlântica at ua com maior freqü ência no outono e no inverno. A Frente Polar Atlântica, resultado do contato entre a Massa Tropical Atlântica com a Massa Polar Atlântica, é a responsável pela boa distribuição das chuvas durante o ano.

A atuação destes sistemas atmosféricos, que se dá com maior ou menor freqüência , é que proporciona o estado de te mpo na região Sul e , conseqüentemente. no território catarinense. A Massa Tropical Atlântica, originária do Anticiclone Semifixo do Atlântico, caracteriza-se pelos ventos do quadrante norte e apresenta-se com elevadas te mperaturas e fo rte umidade. A Massa Polar Atlântica, originária da zona Subantártica, caracteriza-se por ventos do quadrante sul e por te mperaturas baixas. O encontro da Massa Polar Atlântica com a Massa Tropical Atlântica forma a Frente Polar Atlântica (FPA), resultando na ocorrência de chuvas com a passagem desta frente em direção ao norte. Após a passagem da Frente Polar Atlântica, o tempo torna-se estável, com te mpe raturas mais baixas.

Pressão Atmosférica A pressão atmosférica é o peso da camada de ar que está sobre a superfície te rrestre. variando

de lugar para lugar. Esta variação é causada principalme nte pela altitude e pela temperatura. Quanto maior a altitude, menor será a pressão atmosférica. Quanto mais baixa a te mpe ratura, maior será a pressão.

As áreas frias são consideradas de alta pressão atmosfé rica e constitue m áreas de depressão de massas de ar. Tais tipos de áreas recebem o nome de áreas anticiclonais. As áreas quentes , de nominadas ciclonais, são de baixa pressão atmosfé rica e recebem massas de ar. Conclui -se, então , que os desloca­mentos de massas de ar dependem da temperatura e, conseqüentemente, da pressão atmosférica.

Temperatura A temperatura atmosférica é definida como o estado té rmico do ar atmosfé rico, ou seja, o estado

de frio ou calor da atmosfera. A análise do mapa de te mperaturas médias anuais revela que as isote rmas de 22°C aparecem na

região Nordeste do Estado, compreendendo a área de Joinville, São Francisco do Sul, Garuva e Itapoá. Já as isotermas de 2Ü"C aparecem no litoral centro-norte e no oeste catarinense; as de 19"C e 18°C , aparecem no litoral centro-sul , acompanhando as bordas das Se rras do Mar e Geral, e áreas do oeste do Estado. As isotermas de menor valor aparecem nas regiões mais e levadas , que corresponde m ao planalto , onde se destaca o m OrTO da Boa Vista , na se rra da Anta Corda, com o menor valor do Estado (7°C).

Nas te mperaturas médias do mês mais quente. janeiro, as isotermas de maior valor (24°C e 25°C) aparecem no Nordeste do Estado. Na região Centro-S ul , o valor té rmico é um pouco menor (23°C), decrescendo na borda oriental das Serras do Mar e Geral , cujas temperaturas médias variam de 22°C a 19"G Nas áreas do planalto, as te mperaturas médias são menores devido às cotas altimétricas serem maiores. No Oeste do Estado, as isotermas apresentam médias mais e levadas nos meses mais quentes.

Nos meses de inverno, quando as temperaturas são mais baixas, as médias mais elevadas aparecem no Nordeste do Estado, com temperaturas médias de 16"<:. Do litoral norte até a ilha de Santa Catarina predominam temperaturas médias de 15"<:. No litoral, em direção sul , as médias declinam, chegando a 12"C. Em di reção ao inte rior do Estado, as temperaturas diminue m ainda mais, atingindo médias de goC. A me nor média do Estado ocorre no morro d a Boa Vista, na se rra da Anta Gorda, com 7OC. No Oeste do Estado, as te mperaturas médias aumentam novamente, atingindo 15°C.

Precipitação É o fenômeno pelo qual a água re torna à superfície terrestre sob a forma líquida ou sólida. A distribuição espacial dos totais anuais de precipitação no Estado revela que as Isoie tas de maiores

valores ocorre m no Oeste e as de menores valores, no Sul do Estado. A amplitude pluviométrica no Estado é de 1. 154mm, diferença entre a estação de Xanxe rê (2.373m01),

no oeste, e a de Araranguá (1.219mm), no litoral. Em geral, a pluviosidade es tá be m distribuída no te rritório catarinense devido às atuações d o

re levo, da Massa Polar Atlântica e da Massa Tropical Atlântica que , por sua constância, faze m com que não ocorra uma estação chuvosa e uma estação seca. Pela distribuição das chuvas durante todo o ano, fica definido o regime tropical.

Umidade Relativa do Ar O ar, geralmente, não está saturado, contém apenas uma fração do valor de água possível. Esta

fração, expressa em percentagem, é a umidade re lativa. Observando os valores médios da umidade re lativa no Estado, nota-se que e les ficam , geralmente, entre 73,4% e 85%, tendo assim uma amplitude de 11 ,6%.

Na distribuição espacial das isoígras , o extremo oeste catarinense registra valores médios de 75%, o oeste e o planalto, com valores d e 80%, havendo um aumento em direção ao litoral , onde ocorrem valores de 85%. De um modo geral, as isoígras decrescem do litoral para o inte rior.

Tipos Climáticos Segundo a classificação climática de Thornthwaite, o Estado de Santa Catarina é dotado de um

clima mesotérmico, com precipitação distribuída durante todo ano. A própria posição do Estado , o enquadra nas regiões te mperadas úmidas, possuindo, ass im, o

tipo supe rúmido , que ocorre na região Oes te do Estado, na região próxima a São Joaquim e em torno da cidade d e Joinville, e m direção a nordeste ; e o tipo úmido, que predomina no restante do Estado.

Aplicando o sistema de Kõppen, o te rritório catarine nse se enquadra nos climas d o Grupo C -Mesotérmico, uma vez que as temperaturas médias do mês mais frio estão abaixo de 18°C e superior a 3°C . Perte nce ao tipo úmido (O, sem es tação seca definida , pois não há índices pluviométricos inferiores a 60mm mensais. Dentro deste tipo é ainda possível di stinguir , graças ao fator altitude , dois subtipos: de verão q ue nte (a) encontrado no litoral e no oeste, onde as temperaturas médias de ve rão são mais e levadas; e de verão fresco (b), nas zonas mais e levadas do planalto. Portanto, segundo Kõppen , predominam no Estado os climas Cfa - com verão quente e Cfu - com verão fresco.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ., •

Page 24: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

\ S T A o O

,,-STAOO DO

TEMPERATURA MEDIA ANUAL LEGENDA

ISOTERMAS EXPRESSAS EM °C

12

" ,. 18

20

n • EstaçOes MeteorológicaS

"- 5«<_ .. do Eu.ck> do ~ Gerol e~­

SO'lANISC ''Il0l '" Sonu c..,. ..... 1986

\ '"

DO

S O 4'.

r A O O O

i '"

z! 'I

<t ,

"

FS

f? 'O

UMIDADE RELATIVA ANUAL LEGENDA

ISOiGRAS EXPRESSAS EM "

75

80

" >" • EstaÇOEIs Meteorológicas

FotIIo Sooa __ ""EltIdo""~Gerol.~ SlI'\.AN se: ,,"- di SInAo c-.... 1986.

""

A R

o

A R

• CAÇ AOOR

A N Á

"

• ,

\ S T A o

,,-STAOO DO

PRECIPITAÇÃO TOTAL ANUAL LEGENDA

ISOIETAS EM MILlMETROS

1400

1600

1800

2000

2200 2400

:> 2400

• Estac;Oes Meleorolôgocas

fo:Itt s.v-.. de~""~Gef". ~ SEl't.AN/ SC_A_ de $IrQ CaIannII 1986

!Ao MIGUH · OIUH

E'STAOO

unul •

f? 'O

TIPOS CLIMÁTICOS SEGUNDO THORNTHWAITE

LEGENDA

~ Super Úmido

D Umldo

• EstaÇOes Meteorológicas

FonM Sect-.. de &1.:10 de CoordowIooçIo Gerol •• ~

SlI'\.AN/ SC AdII OI! s-. c-.... 1986

p A

P A O J

O 'ORlO U

_ "UUl o OnH

CAMPOS IOVes

R A

CLIMA

" III OAI.I _ "", _ 6 . i ,uAf

BlUM(fU,U " _ qAMIORIU

.. aaUSQD(

OUlÇ"'", •

IM8 11UU .)

25

Page 25: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

26

VEGETAÇÃO

Vegetação é o conjunto de plantas ou vegetais que se estabelecem numa área . O d esenvo lvime nto vegeta l es tá intimamen te vinculado às ca racte rís ti cas do ambie n te onde se

encont ram, depe nde dos índices de umidade, luminosidade, ca lor, fertilidade c de outros fa tores do substrato . Em ou tras palav ras. a cobe rtura vege tal é sempre O re flexo das condições ambien tais (clima, solo , relevo, e tc .). O processo natu ral de seleção/adaptação per mite identificar espécies c formas de vida próprias de ambie ntes diversos: úmidos (higrófi tas), alagados (hidrófitas), áridos ou semi-áridos (xeróll tas), pobres e m nut rie ntes (oligotróficas. xe rom6rficas), sujei tos ã alt e rnância de pe ríodos climáticos tí midos c secos (t rorx')n.tas). sali nos (halóntas), e tc. Como conseqüência deste processo. ocorre o dese nvol­vime nto de di ve rsas formações vegetais arbóreas, arb usti vas, he rbáceas o u gramíneo- Ie nhosas , be m como densas, abe rt as , es tacionais, ombrófi las c ou tras.

O Es tado de San ta Catari na, pe la s it uação geográfi ca, formas d e re le vo , natu reza de suas rochás e dive rs ifi cação dos solos , apresenta a mpla var iedade am bie ntal, traduzida na multiplic idade das paisagens naturais e das fo rmações vegetais , dis tri buídas pelas suas vá ri as regiôes fltogeográficas.

Região da F loresta Ambrófila Densa (Mata Atlãntica) Com preende as p lanícies e se rras da cos ta catar ine nse , com ambientes ma rcados in te nsame nte

pe la influência oceânica, traduzida e m ele vado índ ice de umidade e baixa amplitude té rmica. As excepcio nais condições am bien tais da região pe rmitiram o desenvo lvime n to de uma fl ores ta

com fi sionomia e es trutura peculiares, g ra nde variedade de fo rmas de vida e e levado con tingente de espécies endêmicas. As canelas , os guamirins, a bicuíba, a peróba-vermelha , o ced ro, o pau-d'óleo, a figue ira, o o landi , o palmitc iro , e out ras espécies de árvo res, arvore tas , arbus tos, palmeiras, e rvas , epífi tas e lia nas compõem as suas comunidades vege tais.

Região da Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucária) Transpo ndo as se rras coste iras para o interior , penetra-se no planalto catarinense, de clima mais

ameno, o nde se obse rva a coex istê ncia das flora.s t ro pical c te mpe rada , compo ndo a flores ta de Araucá ria. A coexistê ncia de floras adve rsas de te rmina o padrão est rutural e fi tofisionômico da Flores ta Ombr6fila Mista , cujo domínio desce aos 500/600 me t ros de altitude.

A a raucá ria desempe nha papel principal na fisionomia flo restal do planalto. Se u valor paisagístico, poré m foi desca rtado face ao va lor econô mico. Hoje, esta espécie, j untame nte com o utras andinas e principalme nte a de origem tropical , está desaparecendo diante da expansão da fron te ira agrícola e da exploração made ire ira.

Nos ambie ntes ainda prese rvados é possível, hoje , observa r-se a impone nte ara ucária sobre a copagem de outras espécies, onde se des taca m principalme nte as cane las c , e m partic ular, a imbuia, ao lado dos camboatás, da sapo pc ma, da e rva-mate, da b racatinga e tantas ou t ras arbóreas, arbustivas e he rbáceas típicas do planalto.

Região da Floresta Estacionai Decidual (Mata Caducifólia) No oeste catarine nse, descendo o planalto , pe ne tra-se na bacia do rio Uruguai. por onde se es te nde

o domínio da Flo resta EstacionaI Decidual, dos 500/600 me tros para baixo, em cujas formações já não se o bserva natura lme nte a araucária.

Nesses ambientes, freqüente me nte marcados por fo rte d issecação do relevo, vales e ncaixados e pende ntes íngre mes, o clima ca racte riza-se por ace ntuada va riação té rmica e po r tempe raturas médias mais e levadas do que no planalto. Esses e o utros gradi e ntes ecológicos pe rmite m o desenvolvime nto de urna flora típica e de uma flo resta particularme nte inte ressan te pe lo seu dinâmico aspecto fi tofis io­nômico. A dinarnicidade é re fle tida mag nificamente no estrato supe rior da floresta que , anualme nte , no inve rno pe rde suas fo lhas , recuperando-as na primave ra e pe rmanecendo verdes durante o verão e o o utono. Como exemplo des te tipo de vege tação, pode -se ci tar a grápia, o ang ico ve rmelho, o louro-pardo, a canafís tula e a guajuvira.

A Flores ta Decidual ap resenta també m grande núme ro de espécies perenifoliadas, po ré m , de baixa re presentat ividade fi sionómica. Deste grupo faze m parte o pau-marfim , as cane las, os camboatás, o tanhei ro, e tc. , q ue junto com as espécies arbusti vas e he rbáceas dão conteúdo inte rior à floresta.

Região da Savana (Campos do Planalto) No planalto catari ne nse, face as suas caracte rísticas a mbie ntais, e ncon tram-se dive rsas formações

campest res acompanhando geralmente as supe rfícies de rel cvo mais suave, e m cuja fisionomia distin­guem-se, esparsalllen te , as flores tas-de-galeria e os capões-d e-mata , marcando o avanço das comun idades arbóreas sobre a Savana (C ampos), fruto princ ipalme nte dos processos dinâmicos de cxpans:."io natura l das fl orestas , acionados pc la evolução cl imá tica.

O clima ameno do planalto ve m , há mi lhares de anos , evoluindo de tem pe rado para tro pica l, promovendo a natural a mpliação das flo res tas sobre os campos .

As savanas (Campos) co mpõe m -se de grande quantidade de espécies de gramíneas , sobretudo o capim -canin ha , o capilll -co lchão, a grama-forq u ilha, a grama-scmpre-verde e a grama-missione ira, além de outras, que se mis turam a uma grande variedade de espécies de di versas famílias COIllO cipe ráccas , leguminosas, verbc náceas c compos tas. .

Área das Formações Pioneiras A expressão Formação Pio ne ira é usada para desig nar a vegetação constituída de espécies coloni zadoras

de ambie ntes in stáveis ou e m fase de estabelecimento , isto 6, áreas sub traídas naturalme nte a outros ecoss iste mas ou surgidas e m fu nçâo da atuação recen te Oll atual dos agentes morfodi nâmicos e pcdoge­nét icos.

As espécies pione iras desempe nham importante papel na pre paração do me io à instalação subseqüe nte de espécies mais exigentes ou menos adaptadas às condiçôes de instabi lidade. Conforme o ambie nte e m q ue se desenvolvem , as formações pio ne iras pode m se r classificadas em: fo rmaçôcs de influência marinha, fl uvio ma rinha e flu vial.

As de influê ncia ma rinha são chamadas resti ngas . Cobrem as dunas, as de pressües interdunares c out ros ambie ntes sob influê ncia do mar c , e m geral, têm IXlrte arbustivo c he rbáceo. Nestas fo rmações se des tacam as a roeiras, os guam irins, as capororocas , as macegas, a sa lsa-da-praia , o capim-d as-du nas, o fe ijão-da-p raia , o mangue-da-praia e outras espécies.

A fo rmação fluvio- marinha compreende a vegetação de ma ngue, que ocorre e m contato com os ambie ntes salinos c lodosos. As espécies caracte rísticas são a siriüba, o ma ngue-ve rme lho e o mangue­branco. També m se obse rva nestes ambie ntes o capim-praturá, a g uaxuma e Out ras espécies me nos freqüe ntes.

As formações de influê ncia flu vial desenvolvem-se sobre planícies aluviais e Fluvio- Iaeustres, pode ndo ser de arbu sti vas e herbáceas, com ou sem agrupamentos signi ficativos de palme iras. Geralme nte , são dominadas por cipe ráceas e gram íneas altas, alé m de compostas e verbenáceas, es tabelecidas e m locais melhor dre nados.

Considerações Finais O E stado de Santa Catarina, apesa r de possui r hoje a maior á rea de flores ta nativa da região

Sul , es tá com seu património vegetal natural e m adiantado estágio de exte rm ín io. Os campos naturais, como as florestas , ced e m espaço à agri cultura . A e xpansão das áreas agríco las e pecuárias mudou a fisionomia geral das paisagens ca tarine nses, devastando o patrimônio flo restal do Estado. Some nte na re gião coste ira as reservas alcançam maior expressão, e ntre tanto, a grande maioria do ve rde natural que se observa são fo rmações secundárias pobres, re flexo da dinâmica de reconstit uição da cobertura vege tal.

• • • • • • • • • • • • • .. • • • • • • • • • • • • • .. •

Page 26: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • .. • • • • • • ~

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

w

z

A O \:J '1.

LEGENDA

DISTRIBUiÇÃO REGIONAL

SAVANA (CAMPOS DO PLANALTO)

t=J Áreas Remanescentes

C==:J Atividades Agrícolas

FLORESTA QMBA6FiLA DENSA (MATA ATLÂNTICA)

Áreas Remanescentes

Vegetação Secundária e Atividades Agrícolas

friO

(MATA DE ARAUCÁRIA)

Áreas Remanescentes

Atividades Agrícolas e Vegetação Secundária

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL (MATA CADUCIFÓLlA)

E::J Áreas Remanescentes

C==:J Atividades Agrícolas e Vegetação Secundária

FORMAÇÕES PIONEIRAS (HERBACEA FLUVIAL,AESTINGA E MANGUE)

Áreas Originais

Áreas Remanescentes

Atividades Agrícolas

Fonte: Secretar,a de Esüdo de CoordenaçJo Geral e f'laOE!jamento-SEPLAN / SC·AIIas de Sanuo CatawlI 1986 e Fl.IfIdação IBGE. Depart8mento RegIOnal de Geoclênc,as 1101 Santa Calarina.1989

I} ~. ..c:J \

\\ ~. ~

(

.r ~

$'

o

I • ~ -\'

P + f>.

.... {) o

(

f r'

,,'" ~ c:'

,., ~t ..

~<q

1l, .. "<".

ón

\.

'~

~

" ,

VEGETAÇÃO

--

o ESCALA 1, 2 000 000

1 O~ '" Q 1(l 20 30 4 0 w~rn

l::o .., d I=::od Ld I

PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATQR - UTM

o

27

Page 27: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

28

SOLOS - TIPOS E APTIDÕES

Introdução O homem depende do so lo e, até certo ponto, bons solos dependem do homem c do uso que

e le faz. Seu padrão de vida é muitas vezes determinado pela qualidade de seus solos c pelos tipo.', de espécies de plantas c animais que neles se desenvolvem.

Os solos, porém, sign ificam para o homem mais do que um meio ambien te para o dcscnvokimt'nto de culturas. Ap6iam os alicerces de casas e fábricas, são usados como leitos para estradas, exercem grande influência sohre a vida útil dessas estruturas, além de impresci nd íveis para a produção de alimentos.

As grandes civili zações, quase sempre, dispuseram clt' bons solos como uma d e suas principais fontes naturais de produção. As antigas dinastias do .\filo só existiram graças à capacidade de produção de alimentos nos férteis so los do va le e aos seus sistemas associados de irrigação. Igualmente, os ~o l os do vale do Tigre e do Eu fra tes, na Mesopotânia , c dos rio s [ndus, Ya ngtse e H uang-ho , na [ndia e na C hina, foram berços de civi lizações florescentes. Submetidos a freqüentes renovações na sua fertilidade por inundações naturais, esses so los assegu ram abundante e contínuo suprimento de alime ntos .

A d estruição do solo ou exploração desordenada esteve associada à queda de algumas daq ue las civilizações, cujos solos ajudaram a cons truí-las.

A hi stó ria fo rnece li ções que o homem moderno nem sempre aproveita. Um exemplo é o uso imprevidente dos recursos do solo nos Estados Unidos durante o primeiro século de inte nsiva produção agrícola do homem branco. Mes mo hoje, muitos não dão o devido apreço aos solos, em termos de exploração a longo prazo. o que é. em parte, conseqüê ncia da ignorância gene ralizada dos problemas de solos, do que re presentavam para ge rações passadas e do que significanl para as atuais e as fu turas. A falta de preocupação com o solo é devida. principal mente. a conceitos e pontos de vista divcr.~os em re lação a es te importante produto da natureza.

Tipos de Solo Solo é a camada supe rficial da crosta terrestre, conte ndo maté ria viva e suportando ou sendo capaz

de suportar as plan tas. Essa tênue camada é composta por partícu las de rochas em dife rentes es tágios de desagregação, água. substâncias químicas em di ssolução, ar, organi sm os vivos c maté ria orgânica e m distintas fases de decomposição. É desta camada que se suste ntam e se nutrem as plantas, sendo lima das maiores fontes de energia que atua na te rra , geração após ge ração de homem, plantas e animais.

De modo geral , o uso e a potenCialidade agríco la dos so los es tão estre itame nte relacionados às suas características físicas e químicas, como também ao clima e ao re levo de cada região.

Para se ter uma visão geral dos solos do Estado de Santa Catarina, serão comentadas a seguir as suas principais características:

- Latossolo Bruno H úmico, Latossolo Bruno, Latossolo Bruno Intermediário para Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro - São solos p rofundos (e m média 2 a 3m), porosos e bem drenados, com es trutura predominante mente granular e situados em relevo suave ondulado c ondulado. Quando muito ricos em matéria orgânica são chamados de HlÍmicos. Normalmcnte, são de uaixa fertilidade natural , necess itando de calagem e adubação para se obte r boa produção agrícola. Entretanto, por se situarem em relevo que facilita a mecanização. sâo solos muito utilizados para o plantio da soja e do trigo, para a pastagem e para a cultura de maçã.

Ocupam, aproximadamente, 7,5% da área total do Estado. - Te rra Bruna Estrutu rada H lí mica, Terra Bruna E stru turada , Te rra Bruna Intermediária para

Terra Roxa Estrutu rada e Te rra Roxa Estruturada - São solos profundos (1 a 2m) e bem drenados, com es trutura normalmente e m blocos suhangulares e si tuados preferencialmente e m re levo suave ondulado e ondulado , ocorre ndo també m em relevo fo rte o ndulado, principalme nte a Terra Roxa Estruturada. Na sua supe rfície podem ocorrer pedras de tamanhos va riados.

Com e xceção da Te rra Roxa E struturada que possui fe rtilidade alta ou média , as de mais var iedades são d e baixa fer ti lidade natural, necess itando de adubação e calagem para o bte r produção agrícola satisfatória. São utilizados principalmente para o plantio da soja, do trigo e do milho, para pastage m e fruticultura.

Ocupam. aproximadamente, 12,5% da área total do Estado.

- Podzólico Vermelho-Amarelo - São so los profundos (l a 2m) e bem dre nados, cuja ca racterística principal é a marcante diferenciação entre a camada supe rficial (horizon te A) mais are nosa ou me nos argi losa e a camada subsllperficial (horizonte H) !"nais argilosa, devido à m igração da argila de A para B. Situam-se em relevo ond ulado e for te ondulado, necessitando de cu idados para evitar a crosão quando utilizados. Normalmente, possuem fertilidade natural baixa e são utili zados, principalmen te . para pastagem natural e para culturas de subsistência.

- Pod zol - São solos profundos (1 a 3m ) e arenosos, com acumulação dc matéria orgânica ou de ferro na camada subsu per ficial. Quando ocorrem em ambien te encharcado são denominados de Podzol Hidromórfico. Estes solos não deve m ser utilizados para a produção aglicola por serem muito arenosos, com lllUitO baixa fertilidad e natura l; nos Hidromórficos existe o proble ma de e.xcesso de água.

Ocupam , ap roximadamente, 1 % da área total do Estado. - Cambissolo BmllO I-Iúmico, Cambissolo Bruno, Cambissolo e Cambissolo I-llÍmico - São solos

com menor profundidade (0 ,5 a ( ,5m), ainda em processo de desenvolvimento c com material de origem na lllassa do solo. Quando possuem teor muito elevado de matéria orgânica são denominados H úmicos. Situam-se nos mais variados tipos de re levo, desde o suave ondulado até o montanhoso , podendo ou não a presentar pedras em sua supe rfície. Sua fertilidade natural é muito variável, de baixa a alta. São utilizados principalmente para o plantio de milho, fe ijão, batatinha, arroz. banana, huno, soja c trigo, para pastagem e reflorestamento.

Ocupam, aproximadamente. 52% da área total do Estado. - Glei Húm ico e G lei Pouco Húmico - São so los com elevado teo r de matéria orgânica, desenvol­

vidos num ambiente com excesso de umidade ternporál'ia ou permancnte, fazendo com que possuam cores acinzentadas. Possuem média e alta fertilidade natu ral e oco rre m em relevo praticamente plano, margeando os rios ou locais de depressão, sujeitos a inllndayões . A principal limitação para seu uso é a má dre nagem . São utilizados para o plantio de arroz irrigado, hortali ças c cana-de-açúcar.

Ocupam, aproximadamente , 1,5% da área total do Estado. - Solos Orgânicos - São so los de colo ração preta ou cinza muito escura , resu ltantes de depósitos

vegetais em grau vari ável de decomposição, e m ambiente com excesso de água. Para serem aproveitados necess itam de dre nagem artificial e são utilizados para o plantio de cana-de-açúear, hortaliças e arroz irrigado.

- Are ias Quartzosas - São solos profundos (l a 3m), arenosos e excessivamente drenados . Sua utilização é limitada devido a baixa fertilidade natllTal e baixa capacidade de retenção de água .

Ocupam , aproximadamente , 1,5% da área total do Estado. - Solos Litó licos - São so los rasos (0, 15 a 0 ,40m), de fertilidade natural variável. O relevo bastante

acidentado em que ocorrem, a pequena espessura que cond iciona lima deficiê ncia de água, e a presença de pedras na superncie . são fato res que limitam a sua util izayão agrícola, principalmente. em relação à mecanização. São utilizados para o plantio de milho, feijão e para as de mais c ulturas de subsistência.

Ocupam , aproximadamente, 9 ,5% da área total do Estado. - Solos [ndiscrim inados de Mangue - São solos predominantemente alagados que se localizam

nas partes baixas do lito ral, nas proximidades da desembocadura cios rios, nas reentrâncias da cos ta e margens de lagoas. diretamente influenciados pelo movime nto das marés. Devem ser mant idm. como am bien tes de preservação ecológica.

Características Gerais Aproximadamente 60% dos solos do Estado apresentam baixa fe rtilidade natural , necessitando de

calagem e adubação para lima produção agríco la sat isfató ria . Os solos de fertilidade natural elevada ocupam uma área de 21% da superfície do Estado, mas

grande parte deles se situam e m re levo muito aciden tado, não recomendando sua util ização para a agric ultura.

Apesar do relevo scr um fator limitante para a ut ili zação dos solos de boa parte do te rritório ca tarincnse, prinCipalmente com culturas anuais. na maioria das vezes esta limitação não es tá sendo respeitada, ocas ionando g ra ndes perdas po r erosão e reduzindo drasticamente o tempo de utilização do solo.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • .. • • • • • • .. •

Page 28: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • .. • • • • • • • • • • • • • • • • • • .. ... •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

ESTADO ~

1

T A

o

'\ Di O

F?,o

, .0

\. J 1'..q ,_"--__ "-______ -''-___ -'':tl...!.R'<'''-'''''''''"''O''"'t!UNOO''''''-___ -'!:-L ___ , 'V O •

~.

D -LEGENDA

latossolo Bruno HúmICO. latossolo Bruno Latossolo Bruno Intermediário Para Latossolo Roxo Latossolo Vermelho-Escuro

Terra Bruna Estruturada Húmlca,Terra Bruna Estruturada.Terra Bruna Estruturada Intermediária Para Terra Roxa Estruturada Terra Roxa Estruturada

Podzólico Vermelho-Amarelo

D Podzol

Camblssolo Bruno Húmica Camblssolo BrunoCamblssolo,Camblssolo Húmlco

D Glel HúmlCO e Glel Pouco HúrnlCO

_ Solos Orgânicos

D Areias Quartzosas

D Solos L,lóllcos

_ Solos Ind l~c rlminados de Mangue

Fonte" Secrtlfl"" de ESI.oo de CoordenaçJo Gtr~ t Plantfl'Tl!<llo-SEPLAN / SC "AlI" de s.nu. Cal ...... 1986 • FundaçIo laGE. ~to Reg..".,.1 de Geoc~l,II$tm s.nu. c.w .... 1989

\ .... O

O

"

\

TIPOS DE SOLO

o

->-.

o

o ESCALA '·2000000

lOt:m" 10 'O 10 ~O !,Otm

8e d I=:::::::i ---=- !

PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MEReATOR UTM

29

Page 29: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

30

Isto faz com que haja uma tendência natural de compensar a pe rda de produtividade do solo aumentando a área cu lti vada . Com isso , ocorrem novos des matame ntos que alteram sensivel me nte () regime hídrico dos có rregos t' ri os .

Aptidão Agrícola dos Solos Foram consideradas 4 classes de aptidão agrícola, de nominadas boa, regular , restrita e inapta ,

para utiliza~'ão com culturas, pastagem e si lvicu ltu ra. Classe Boa - so los sem limitações significativas pa ra p rodução suste ntada de um determinado

tipo de utilização , observando as condições de manejo considerado . As restri ções são mínimas , de tal forma que nâo reduzem a produtividade, sem aumentar os insumos acima de UIll nível ace itável.

Classe Hegular - solos que apresentam limitações moderadas para a produção sustentada de um determinado tipo de utilização, observando as condições de manejo considerado. Essas limitações redu­zem a produtividade, elevando a necessidade de insllmos para se obte r lima boa produção.

Classe Restrita ~ solos que apresentam limitações fortes para a p rodução sustentada de um determi­nado tipo de utilização , obse rva ndo as condições de manejo considerado. Essas lim itações reduzem a produtividade de ta l forma que exigem lima ap licaç:ão de insu mos a nível muito elevado.

Classe lnapta - solos que não apresentam condições de utilização para agricu ltu ra , podendo ser indicados para a prese rvaç:ão da flora (' da fauna, recreação ou algum ou tro tipo de li SO não agrícola .

Os fatore s de limitação mais significativos utilizados para J efinição das classes de apt idão são: d efi ­ciê ncia de fert ilidadt:" deficiência de águá: excesso de água ou de ficiê ncia de ox igênio , suscep tibil idade à erosão e im pedimentos à mecanização.

• • • • • • • .. • • • • • • • • .. • • • • • • • • • ., ,. •

Page 30: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • .. • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

úJ

\

"-A ú O

S ..... ADO D

lEGENDA

GRUPOS DE APTIDÃO AGRíCOLA _ Aptidão Boa Para Culturas

_ Aptidão Regular Para Culturas

Aptidão Restrita Para Culturas

Apttdão Boa para Pastagem Plantada

Aptidão Regular Para Pastagem Plantada

Aplldão Restnta Para Pastagem Plantada

Aptidão Boa Para Silvicultura

Aptidão Regular Para SilVicultura

D Aptidão Restnta Para Silvicultura

CJ Aptidão Regular Para Pastagem Natural

Sem Aptidão Para Uso Agricola

~ IGuAÇU

/iop .Ftu.AI .....

... o

... ()

Fonte, Secrel~na de Estado de Coo<OOJl8Çao Geral e f'IltnelatTle'nlo-SEPlAN / SC AII~ de Santa Cata"", 1986 ~~ e Fundaçlo IBGE. Dep;onamenlo Aeg~1 de Geoc~nc'as em Santa Catarme 1989

O

.. ... ... .•

APTIDÃO AGRíCOLA DOS SOLOS

\'

o

o ESCALA 12000000

lO<. I020~"4{)5.m

tlgA --------=I l=:::::=i 1 PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA

DE MERCATOR . UTM

o

31

Page 31: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

32

MEIO AMBIENTE

o meio ambiente é fo rmado por todos os e le me ntos que constit uem o lugar , o espaço onde o homem vive . Fazem part e deste me io , os rec ursos naturais produzidos diretame nte pela nature za, como a vegetação, os rios, os solos. e tc. , c os produzidos pelo home m, como os edifícios , as ruas, a agricultura, as pontes , as barragens, e tc.

Os recursos naturais em Santa Catarina, como na grande maioria dos lugares ocupados pelo home m, vêm sendo degradados . Este fa to deve-se a três fatores principais:

Fator Econômico As atividades comerciais e produtivas de uma fo rma geral e as condições sociais delas decorrentes

são as grandes responsáve is pe las alt erações ambie ntais negativas , comume nte chamadas de poluição ou degradação ambiental. Poluir O ambiente é degradar os recursos naturais existentes: o ar , as águas , o solo, a fauna e a flora.

O desenvolvimento econômico envolve um cus to ambiental que precisa ser be m conhecido e aval iado. Apesar de trazer benefícios à população, e le aca rre ta sérios danos ao meio ambiente. A cobe rtura vegetal do Estado origina lmente e ra de 8 l%, hoje é de apenas 14%, portanto, se não forem tomadas prov idências rápidas e eficazes , a própria população passará a sofrer as conseqüências dos agentes poluidores.

Na região carbonífera , tida como a 14~ área crít ica nacional em termos de poluição (Decreto Federal n~ 85.206, de 25. 09.80), a lavra e o beneficiame nto do carvão mineral nos últimos anos de ixaram um rast ro de des truição.

A presença de finos e ultrafinos de carvão nos rios compromete a qualidade da água para o abasteci­mento püblico, a dessedentação de animais, a irrigação e o uso industrial nos estuários dos rios da região. A presença da poluição compromete també m a reprodução de peixes e crustáceos, des locando os pescadores para ou tras frentes de trabalho. As terras fé rte is foram inuti li zadas ou tornadas esté re is pela lavra do carvão mineral a cé u aberto ou pela utilização das mesmas para depósito de reje itos de carvão.

Ao longo do litoral, os balneários mais visitados tê m aprese ntado condições de balneabilidade bas tante prejudicadas pela má destinação dos esgotos cloacais que , muitas vezes, são conduzidos pelas valas, c6rregos, rios e canalizações pluviais até a própria praia, havendo, também, problemas generalizados de má ocupação do solo, destruição de mangues, dunas e patrimônio natural.

Na região Norte, onde predom ina O se tor metal-mecânico, os indicadores da poluição são os metais pesados encontrados na lagoa de Saguaçu e na baía de Babitonga, reduzindo, assim , a produção pesqueira da região.

No planalto, as indüstrias de madeira e moveleira produzem toneladas de resíduos sólidos (aparas, se rragem , pó de serra), que , muitas vezes, são lançados aos rios inadequadamente. Nos locais onde predomina a agropecuária, o liSO indiscriminado de agrotóxicos causa problemas de abrangência estadual.

No vale do Itajaí, os rios vêm sendo contaminados por despejos das tinturarias têxte is e fecularias, comprometendo seriamente a vida nesses ambientes.

No Oeste do Estado , onde predomina a agroindústria , a c riação de aves e suínos contaminou praticamente todos os recursos hídricos. No vale do rio do Peixe , a indüstria papele ira despeja seus eflu entes nos rios, causando sé rios proble mas ao meio ambiente.

Fator Cultural Para que se recupe re os ambientes degradados e se mantenha os mananciais , faz-se necessário

que a população tenha consciência de que é iml>ortante não I>oluir. Essa conscienti zação s6 virá at ravés de um programa de educação ambiental incen tivado pelas autoridades, educadores e pela própria comunidade.

Fator Legal Os mecanismos legais e administ ra tivos são criados para disciplinar e orientar as at ividades causadoras

da 1>oluição, bem como, protege r e recuperar a natureza. Além da legislação não se r cumprida por Illuitos, pela falta de consciência ecológica, a situação se agrava ainda mais pela insuficiê ncia de uma fiscalização competente.

Em Santa Catarina, o órgão estadual que cuida dos assuntos do meio ambiente é a Fundação de Amparo à Tecnologia e ao Meio Ambiente - F ATMA. vinculada a Secre taria de Estado de Desenvol-

vime nto Urbano e Meio Ambiente, que faz parte do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SlSNAMA, coordenado a nível nacional pelo Instituto Brasile iro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Reno­váve is.

As principais atividades da FATMA são: controle da poluição, através d o licenciamento ambie ntal das atividades potenciais ou efetivamente causadoras de degradação ambiental ; a avaliação ambiental, pela afe rição da qualidade dos recursos naturais suje itos à degradação; promoção de pesqu isas e geração de tecnologia aplicáveis na área ambiental ; educação ambiental; e proteção dos recursos naturais através de legislação e a admin istração de parques e rese rvas instituídas pelo Estado.

A nível muniCipal , as prefeituras desenvolvem atividades se melhantes às da F ATMA. A Secretaria de Estado da Agricultura, do Abastecimento e da Irrigação criou , em 1977, o Distrito

Florestal , estabelecendo crité rios para a ordenação do espaço físico quanto aos locais destinados ao reflorestamento, bem como às áreas de preservação permanente , no se ntido de dar atendimento ao setor madeire iro do Estado, dividindo-o em três setores: o Subdistrito Florestal Celulóico, o Subdistrito Florestal Energético e as Flores tas de Preservação. Este último abrange praticamente toda a unidade morfológica da Serra do Mar e da Serra Geral , onde se registram as maiores declividades e se localiza a Floresta Tropical Atlântica.

O Oeste catarinense não foi envolvido nas áreas de preservação devido a q uase total ausência de mata expressiva naque la região, decorrentes da ação degradadora das atividades agrícolas, pastoris e industriais. Alé m do Distrito Florestal que, de certa forma, proíbe as agressões às florestas , outras unidades de conservação foram também criadas com a finalidade de dar proteção não só à' flora como també m à fau na, aos recursos hídricos e aos solos. Os parques , as reservas biológicas e as estações ecológicas são categorias adotadas de acordo com as condições ecológicas de cada área.

Em Santa Catarina, a preocupação a nível governamental e m criar unidades de conservação surgiu em 1975, com a decretação do Parque Es tadual da Serra do Tabuleiro. A seguir foram criados: Reserva Biológica Estadual do Sassafrás, Reserva Biológica Estadual da Canela Pre ta, Parque Estadual da Serra Furada, Reserva Biológica Estadual do Aguaí e Estação Ecológica do Bracinho. A administração dos parques e reservas está afe ta à F ATMA, com exceção da Estação Ecológica do Bracinhoque é propriedade das Centrais Elé tricas de Santa Catarina S. A. - CE LESC.

A preocupação em preservar os recursos naturais, especialmente as matas, é sentida também nos municípios e até mesmo por particulares que tê m procurado proceder o tombamento de florestas e solucionar casos de d esmatamentos produzidos por grandes e mpresas . Apesar disso, somente 236. 769 ,34 hectares de florestas são preservadas mediante ato institucional, corresponde ndo a 2,44% da superfície te rritorial cata rinense . Este índice é preocupante e m decorrência dos acelerados processos de desmata­mentos para atender o setor madeire iro a exp'ansão da fronte ira agrícola e a produção de carvão vegetal. Esta re tirada de madeira nem sempre é seguida por re florestame nto com espécie s nativas. De ssa forma, aumentam as preocupações com relação à cobertura flore stal catarinense que , uma vez dizimada, haveremos de pagar altos preços pelos danos ecológicos da ação antrópica nociva ao meio ambiente.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 32: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA POPULAÇÃO TOTAL RESIDENTE E DENSIDADE DEMOGRÁFICA •

a

E 'ST

'"" I) t I?,O o

.; <- ~) -~~

, . <, G' r,~ ,

-.y " v{ Ij' I' \ \", <\ "'1\1 ;,; J ' o '}

~, " ~' r r 'l"O se.

<- I) \\ \( ..l 1, ~ .

/ I, .... '.{) LEGENDA

DENSIDADE DEMOGRÁFICA POR

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA -1989

(hab/ km 2 )

o 9.49 a 35,00

O 35,01 a 75.00

O 75,01 a 121 19

16048

_ 19541

Limite das Microrregiões Geográficas

POPULAÇÃO TOTAL RESI DENTE POR

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA -1989

(NQ de Habitantes)

___ -~."'--- -·-· -· ····················495203 hab

___ -,---............ .......... ... -300 000 hab

____ --,.-............... .............. -150 000 hab

-····-············ 50000 hab ---··--···-·········· 25.000 hab

Fonte' Secretaria de Estado da SaUde / SC- EstllTllluva PopulacIonal para 1989

\0

C'

a

o ESCALA 1 '2.000 000

10~ '" (} 10 20 30 40 50km

8 8 R =---4 I=d PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA

DE MERCATOR • UTM

39

Page 33: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

40

POPULAÇAO URBANA E RURAL

o processo de industrialização atraiu, para as aglomemçõcs de caráter urbano, um número cada vez maior de pessoas oriundas do campo ou de cidades menores, gerando o fenômcno da urbanização. Este fenômeno é cntcndido como a concentração cada vez mais densa de população cm árcas urbana.~.

r\o Brasil, a urbanização possui duas características bem marcantcs: é reecnte e rápida. Ela começou a ganhar proporçõcs a partir da década de 50. juntamente com o processo dc ind\lStrializa~'ão , não ocorrendo uniformemente em topo o País. Há regiõcs como o Sudeste , Centro-Oeste c Sul que, em 1980, apresentaram um percentual de urbanização bastante elevado. A região Centro-Oeste foi a que sofrcu mais intensamente o processo c \lrbaniza~'ão no período 1970 - 1980, conforme se observa na tabela 9.

Tabela 9 - Proporção da População Rural e Urbana , se~undo as Regiões do Brasil - 1970 - 1980

1970 1980

RE C IÓ ES Rural I Urbana Rural I Urbana % % % %

l\ortc 54,9 45,1 48,3 51,7 ~ordcstc 58,0 42,0 49.6 50,4 Sudes te 27,2 72,8 17,2 82,8 Sul 5S,4 44 ,6 37,5 62, 4 Centro-Oeste 51,7 48,3 32,3 6i,7

TOTAL 44 ,0 56.0 32,4 67,6

FONTE, Companhia do Desenvolvimento do Planalto Central - CODEPLAK - Atlas do Distrito rederalll - 1984.

A região Sul concentrava 62,4% de sua populaç'ão em áreas urbanas em 1980. Deste montante. 18.14% correspondiam população urbana de Santa Catarina

O Estado de Santa Catarina, noo; últimos decénios. tem sofrido o processo de desrurali7.açãu, com o crescimento vertiginoso da sua I)()pulação urbana, devido a fatores como:

- mecanização das atividades agrárias. e cOllSeqüente liberação de mão-de-obra: - decadência econômica de propriedades furais, acarretando na "fuga dos campos"; - ampliação do mcrcado de trabalho ( servi~~os ) em áreas urhanas. atraindo a população rural: - atração em particular pelos salários em geral mais elevados nas Cidades: - redll~'ão das áreas novas de ocupação agrícola: e - suposição de maiores oportunidades de emprego (' condiÇ'ÕCs de vida cultural nas cidades . - Falta de--incentivo a população rural. Em 1980, 59,38% da população catarinense residiam em áreas urbanas (Cidades e sedes distritais) e 40,62% em áreas rurais

(campos). conformt' dados da tabela 10. Segundo estimath'a populacional para 1990, iL25% da população catarinense cstarão residindo em áreas urbanas e 28,75% em áreas rurais : o que caract erizará ° Estado como urbano, acarrct;lIldo problemas às cidades que não encontram suportes eficientemente adequados para absorver contingentes populacionais em seu quadro ocupacional e em seu cspaço físico-territorial.

Tabela 10 - População Rural c Urba na e Participação Percentual em Santa Catarina - 1940 - 1990

ANOS

1940 1950 1960 1970 1980 1990 (1)

Rural

924,623 1.197.785 1.440.894 1.655.691 1.473.695 1.281,263

% Urbana

78,47 253.7 17 76,76 362.717 67 ,67 688.358 57,06 1.246.043 40,62 2. 154.238 28,75 3. 174.599

%

21 ,53 32,24 32,33 42 ,94 59,38 71,25

FONTE: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístiça IBGE - Censo Demográfico/SC - 1940 - 1980, Seçretaria de Estado dE" Coordenil~'ão GeJ:al t' Planejamen to - SEI' LA/'>; /SC/Sunsecretaria dt· Estudus Geu~I,'ifi(;os t' Estatísticos - SUEGE .

(l ) Estimativa da Secretaria {Ie Estado da Saúde/Se.

Analisando a projeção da população urbana e rural !Xlr microrrcgiões geográficas - 1989 - Tabela 11 - observa-se que há uma tendência de urhanizaç-"do. Este fato deve-se ao enômenu de atra<.;ão que as cidades vem cxercendo sobre o meio rural, e que pela falta de incentivo , vcm sofrendo um processo de repulsão. No entanto. percebe-se que algumas microrregiões apresentam uma população rural maior que a urbana. é o caso das mLcrorre,giõcs geográficas de Ituporanga, do Tabuleiro, de Concórdia c de São Miguel d ·Oeste . onde a diferenç'a de um perccntual para o outro ultrapassa os 30%.

Tabela 11 - Projeção da População Rural e Urbana , por Microrregiões Geográficas em Santa Catarina - 1989.

"-Il C ROR RF. G IÕr. S GEOGRÁ FIC AS DE

RURAL U RBAi\A

São Miguel d'Oeste Chapecó Xanxerê Joaçaba Concórdia Canoinhas São Bento do Sul Joirwille Curitibanos Campos de Lages Rio do Sul Bl uJIlcnau Itajaí ltuporanga Tijucas Florianópolis Tabuleiro Tubarão Criciúma Araranguá

TOTAL

Total

149.254 193.820 i3.818 84.92 1 87.284 72.971 11.482 50.637 36.493 70.220 65.874 59.385 29.489 31.866 24 .76 1 ,'57.5.'51 16.061 85. 100 49 ,857 52.417

1.303.26 1

I %

64.74 52,53 53,90 36,54 67 ,58 35,87 12,06 10,23 33,67 28,02 40.35 13,93 11 .82 70,28 45 ,91 11 ,7 1 72,48 3 1,29 19,45 44,54

29.84

Total I %

81.289 35,26 175.148 47,47 63.134 46,10

147,492 63,46 41.871 32, 42

130.449 64, 13 83.737 87,94

444 .566 89,77 71. 902 66,33

199.666 73 ,98 97.376 59,65

367.020 86.07 220.056 88, 18

13.474 29.72 29.176 54,09

433.907 88,29 6.098 27,<'52

186.830 68,71 2(){j.4G8 80,55 65.276 55,46

3.064.935 70.16

FQ1 .... TE: Secretaria de Estado da Saúde/Se Secretaria de Estado de Coordenação Geral e Planejamento - SEPLAN/SCISubsc­cretaria de Estudos Geo~nifkos e Estalísticus - SVEGE .

As maiores concentrações populacionais urbanas cncont ram -se nos centros local izados nas regiões litorâncas de ocupa\'âo mais antiga (Florianópolis , São José, Criciúma e Tubarão): na região de colonização alemâ (Joinville , Blumcnau c ltaja0: no planalto (Lages), e no Oeste (Chapecó), rcsponsáveis por mais de 50% da popula~'ão urbana estadual em 1980; o que representa uma tendcncia de concentração populacional se eomparada com a ta.xa verificada e.m 1970. Entretanto. os núcleos de menor porte também apresentaram, de uma forma geral. um crescimcnto bastante expressivo

Ao observar a tabela 12, que trata da população rural e urbana por sexo, constata-se que a população r\.iral masculina supera a femin ina em todos os anos . Já nas áreas urbanas ocorre o contrário, a população feminina supcra a masculina.

Tabela 12 - População Rural e Urbana e Participação Percentual por Sexo, em Santa Catarina - 1940 - 1990.

R URAL URB ANA A~O

H omens % Mulhere s % H omens % Mulheres %

1940 472.172 51,07 452.451 48,93 123.970 48,86 129.747 51 , 14 1950 613.965 51,26 583.820 48 .74 175.258 48,32 187.458 51,68 1960 741.800 5 1,48 699.094 48,52 337.305 49,00 351.053 51,00 1970 853.100 51.53 802.591 48,47 609.602 48.92 636.44 1 51 ,08 1980 764.094 51,85 709,601 48 ,15 1.066.105 49,49 1.088. 133 50,51 1990 (I) 670.507 52,33 610.757 47,67 1.575.848 49,73 1.595.750 50,27

FONTE: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia c Estatística IBGE - Censo Demográfico/SC - 1940 - 1980: Secretaria de Estado de Coordenação Ceral e Planejamento - SEPLANISC/Subsecretaria de Estudos Geográficos e Estatísticos -SUECE,

(I) Estimativa da Secretaria dc Estado da Saúde/SC.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 34: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

l j

• " ~ :'>\

\ <i'

Z

J-.

w

(!)

u::

E Z T A DO Q , 1. J

• -.: , ~ •

'\ \ lO

~

<

VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL POR MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

1980-1989

149 a 75

D 7.4 , O - - O 1 a - 75

D -76 a -175

-176 a - 2445

Limite das Microrregiões Geográficas

LEGENDA

COMPARAÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL POR MICRORREGIÃO

GEOGRÁFICA -1989

444 566 hab

350000 hab

150000 hab

50000 hab

20000 hab

Fonte. FundaçIo lostllulO BrllSOle!ro de Geog;afia e EstatlSllC8-IBGE- Censo OemogrMoco 1980;

Secrettroa de hlJdo <UI SaUde-EstimalJV~ l'opuIacoonal par, 1989 \

POPULAÇÃO URBANA E RURAL

a

o ESCALA 12.000.000

!O~", OI lU ?fl :!,) 4 0 ~,O'

b u d 1=:::=1 bd 1 PROJEÇAO UNIVERSAL TRANSVERSA

DE MERCATOR UTM

a

41

Page 35: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

42

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA

o exame das caracterís ticas da estrutu ra sócio-econômica de lima dada soc iedade pe rm ite a constatação da população chamada ativa ou não-ativa, sob o ponto de vista do exercício de uma ati vidade econômica.

A população economicamente ativa é a que exerce uma atividade econô mica re mune rad a, ou q ue esteja a procura d e e mpre go, ab rangendo pessoas de ambos os sexos , com 10 anos ou mais. A não-economi­camente ativa é Cormada por l>essoas q ue não exercem atividade rem unerada, como as cr ianças , 05

idosos, os inválidos, as mulheres que se ded icam aos afazeres domésticos, etc. As atividades econômicas são agru padas e m tres grandes setores: Primário (agricu ltura, pesca, silvi­

cult ura e pecuá ria), Secundário (indústri as extrati vas m inerais , de construção e de transformação), Terciário (comércio, t ransportes, administração pública, serv iços, etc).

Da pop ulação total do Es tado em 1980,37,38% estavam e ngajados na fo rça de trabalho, representando 1. 356.186 pessoas, assim di stribu ídas: 30 ,84% no setor primário, 3 1,59% no setor secundário , 35,70% no setor tc rciário e 1,87% es tavam , na é poca, procu rando trabalho.

Embora os seto res primário e secundário scjam expressivos, é no seto r te rciário que se concentrava a maio r part e da força produtiva catarine nse.

A população ativa catarincnsc, e m 1980, e ra predominante mente mascu lina nos se to res primário c secundário, e feminina no terciá rio . Do total da população at iva , 73,36% e ram home ns c 26,64 %, m ulhe res.

O maior con ti ngente d a população economicamente ativa se encontrava na microrregião geográfica de Blumenau, que detinha 11 ,04% do total da população ati va do Estado. Deste montan te, 9,22% atuavam no se tor primário , 54,80% no se tor secundário. 34,53% no se tor te rciário e 1,45% p rocurando trabalho,

Na m icrorregião geográfica de Joinville resid iam 10.82% da população economicame nte ativa es tad ual, sendo q ue destes, 9. 55% atuava m no se to r primário, 53,55% no seto r secundário, 34.70% no setor te rciário e 2 ,21 % procurando trabalho ,

Na microrregião geográfica de Florianó poli s res idiam 9,80% da população econom icame nte ativa estadual. sendo que destes, 7,03% atuavam no seto r primário , 23,03% no secundário, 66,96% no te rciário e 2.98% procurando trabalho,

Constata-se , através da tabe la 14 , que na microrre gião geográfica de C hapecó se concentrava a ma io r parte da população economicamente ativa do se to r primário do Estado; o se tor secundá ,·io p redo­minava nas mic ro rregiões geográficas de Blumenau e de Joinville e o setor te rciário na de Florianópo lis.

Tabela 13 - Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por Condição de Atividade, segundo o Setor de Atividade de DependênCia em Santa Catarina - 1980.

TABELA 14 - Populaçâo Economicamente At'iva do Estado de Santa Catarina, por Microrregiões Geográficas e Setores de Atividade Econômica - 1980.

SETOR DE ATIVIDADE

DE DEPENI)ÉNC IA

Setor Primário

Atividade ag ropecuária, de

extração vegetal e I>csqueira

Setor Secu ndário

Indústria de Transformação

Indústria de Construção

Outras atividades indust riais

Setor Terciário

Comércio de !\Iercadorias

Transportes e Comuniea~-ões

Prestaçáo de Serviços

Atividades Sociais

Administração Plíblica

Outras Atividades

Procurando Trabalho

Cond ição de Inativo

TOTA L

CON DlÇÔES DE ATIVIDADES

Economi­camente

Ativa.~

41 8,249

418,249

428.392

319.323

80.799 28.270

484 , 161

110.004

50.377

161.907 81.517

46.988

33.368

25 .384

1.356.186

%

30,84

30,84

31,59

23,55

5,96

2.08

35,70

8, 11 3,72

11 ,94

6,01 3,46

2A6

1,87

Não-Econo­micamen te

Ativas

391.323 391.323

320.394

211.8 15 75.595

32.984

313.345

78.716 56,584

79.346

26.764

53.754

18. 181

2.709

335.603

1.363. 374

%

28, 70

26.70

23.48 15,33 5,54

2.41

22,96

5,77

4.1 5 5.81

1.96 3,94

1,33

0,19

24,61

FONTE: Funda~'ão Instituto Brasile iro de Geografia e Estatística - IBGE - Ce nso Dt'mográfi co - ~t :io-de-ObraJSC - 1980; Secretaria de Estado de Coorde­nação Geral c Planejamen to - SEPLAN/SC-$ubsecretaria dl' E studo~ Ceogr:1ficos c Estatísticos - SU EGE.

.\![CRORRECIÀO

CEOCRiFICI

452 .\Iicromgião de São \ligue! D'Oeste

453 Microrregião de ChapeftÍ

454 .\I icrorregião de Xanterê

-155 .\Iicrorregiáo de J~ab.t

456 .\Iicrorregião de Concin1ia

4.51 \hrrorregião de Canoinbas

4.5S .\h:rorregião de S;io Bento do Sul

4.59 \hrrorregião de Jomlille

460 .\hrrorregião de Curilib.too!

461 .\tlCrorregião de Campos de Lages

462 .\hcrorregião de Rio do Sul

~ \I irrorreflio de Blumenau

4&4 ~ icrorregi.io de Ita}ií

-165 .\t icrorregião de Itupor.mga

~ .\t irrorregW> de Tijucas

-l6i \ticrorregiio de FloriaoolX'!i5

468 .\t irrorregião do Tabuleiro

·169 Microrregião de Tubarão

470 \ticmrregião de Criciúma

4iI .\ticrorregião de Araranguá

TOTAL

TOT.\I.

~O 'ST.\DO

População

t'ronomlca·

mente

atha

iU&6 108.&;6

41.896

50.914

42.124 &1.58;

27.m 146,H9

33.!05

79!H6 62931

149.;46

65.1iO

192i8 2HS5

IJ2.932

10.2<lJ

86.326

iO,E.63 40,m

1.356.166

Partri(>lÇâo 4

So ) I Sa Estado .\Ikro

5,26 100,00

8.03 100.00

J,II! 100,00

5.9i 100.00

J. II 100.00

4,76 100,00

2,00 100.00

10.62 100.00

2.45 100.00

5.S9 100,00

t&l 100,00

11 ,1)< 100,00

tS[ 100.00

1.42 100.00

U9 [00,00

9,50 100.00

0,i5 100,00

6,J1 100.00

5.20 100,00

J.OO 100,00

100.00 100.00

SETOR PRI \I.\RIO

População

eronomica·

mente

atilo.

~.HJ

tiH93 22.&-18 2S.0-I;

2iJSJ

25.995

liSO

1 ~ .011

12.595

2t lH 29.j,j4

IJ 110

9.879

IL5bi

9.006 9.339

7.(~

nus 1O.35i

00.00l

418.249

Participação %

So I ~a Estado \ltero

11,65 &S,28

15,18 58,33

5A6 M,.).!

6, i1 J4,66

6.07 00,26

6.22 4O.11 0,52 s.ro

3.35 9.~

J.OI J7.93

5,ii ]).20

i,Oi 46,96

3,30 9,21

i36 15.\6 3,49 75,67

U6 H,OO

H1 I,ro

l.iO 69,~

6, 49 3L ü

2.48 14.68

4,i8 49,10

100.00 :11..84

SETOR SECUSDÁRJO

População

eronomiCll·

mente

atll1

i.S6j

14.824 7,581

N,!J5&

7,522

li.0-I5

17,213

78.5;7

9,207

II 692

15.461 ,lllH

lL!1i9

I&H 6.111

30,612

Uil

22.864

33.502

il91

,J8.J~l

PartICIpação 4

~o o I ~. E.t~do \ticro

1.8' 11.02 3,46 13,62

1.11 18.11!

;,iJ 3O.i.l 1,76 17.66 3.95 26,39

t<t2 &139 18,J.\ 53,M

tl5 2i,73 5,(16 2i,13

3.61 24,57 19,15 5-1,&0

U2 3i.36

0.38 8.7>1 l.43 25. 49

I, J.I Z3,ro 0,32 13,44

5,34 26,49

7,82 47.48

1.68 li,65

100,00 JI.59

SETOR IERCIÁRIO

População

t'fODOmo-

mente

ali".

14.358 zg,ID3

10.914

8.006 2l),f.31

1.175

3lg.~

10.616

3J.S!19

1'i.l'IS

j1 7~

31.752

J.007

611!1

~.Oll

\.612

34.621 2), 240

12.5.31

454.151

PartJcipaçào%

~o I ~. Estado .\Iirro

l ,9i 20.1 I 5,87 26 ,00

2,25 26,05

5,iS 33,40

1.S5 lUI t26 31. 9--1

US 26.43 to,52 3t70

:UO 31.1;,

6.59 J9.9Il J.jii li,55

10.68 :\<.7>1 6.56 48,72 0,62 15.60

1.2<; J8.J5

18.J9 66.96

0.33 15,80 'i,lj 40,10

5,21 35,7i

2.65 3J.,'()

100.00 35,iO

PROCL!Il\S DO

TIl\BAUIO

População

erooomica·

mente

athO!

420 1.13<;

5.lJ

&S6 JSJ

916

58< 3.239

2.211 jjj

2.176

U 50 ,O

23i 3.95i

IN

1.693

\.4&1

ill

PartICIpação i

So I ~. E.tado .\! lCro

1.66 0,59

8,41 1.96

2.IS 1.32

3A9 1.00

1.12 0,6i

3.61 1.42 2.30 2,15

12.i6 2.21

1,56 2,19

8.;1 L77

u~ 0.92

5.57 1.43

9.65 J.76 0.16 0.20

0,93 1.10

15,59 2,95

0,49 UI

6,6i 1.96

5,j'i l,Oi

2.80 I. jj

100,00 I.Si

FONTE: Fundação Instituto Brasileiro de Geogr.l.fla e Estatlstica - IBGE - Censo De mográfico - M :lo-d~-obra/SC - 1980, Secretaria de Estado de Coordenação Geral e Planejamen to - SEPLAr\/sC/Subsccretaria de Estudos Geográficos e Estatísticos - SUEG E .

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 36: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

• ~.

<t '.

z

~/O

J

\ -_:::...~

LEGENDA

SETORES DE ATIVIDADES POR

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA

POR MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

D Setor Primá no

_ Setor Secundário

Setor Terciário

Procurando Trabalho

Limite das Mlcrorregloes Geográficas

Fonte; Fundação Insll1l.l10 BnJSile"o de Geografia e Es18tíSlic30-IBGE-Cemo Demog,álioo-MA<Kie-Obra / SC · 1980

.... _-_. -149 746 hab

100000 hab

-50000 hab.

- - -- ----.- 20 000 hab

,. À

p' "

\

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA

o

o ESCALA "2.000.000

l()1.:m o 10 20 30 40 50k",

b ., d 1:::::::::::0:: bd I PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA

DE ~ERCATOR . UTM

o

4 3

Page 37: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

44

POPULAÇÃO - NATALIDADE E MORTALIDADE

o c rescime nto populacional é resultante de doi s fato res: a) do crescime nto vegetati vo ou natural, q ue é a diferença e ntre a taxa de natalidade e a taxa de mort alidade, o u seja, a dife re nça entre o número de nascimento e o número de óbitos ocorridos; e b ) das migrações , q ue é a transfe rê ncia de pessoas de um lugar para o outro .

Natalidade A taxa de natalidade (T N) é a relação e ntre o número de nascime ntos ocorridos e o núme ro de

habitantes ex iste ntes num mesmo ano c num de te rminado te rritório. Em Santa Catarina, a taxa d e natalidade , e m 1980, c ra de 32 ,76%., o que significa que nasceram 32,76 crianças vivas para cada grupo de mil habitantes .

A fórmula para calcula r a taxa de natalidade é a seguinte:

TN = N? de nascidos vivos x 1000 = x%.

N': de habitantes

TN 118.885 x 1000 32,76%. 3. 627.933

E m 1987, a taxa de natalidade no E stado e ra da o rde m d e 25,60%. A microrre gião geográfica de C riciúma apresentou , e m 1987, a maior taxa de natalidade do Estado, ou seja, 29,36%, e a d o Tabule iro registrou a me nor taxa eom 21 ,40% (tabe la 15).

O aume nto da natalidade é uma constante pre ocupação , não s6 para o Estado como para todo o País c o m undo, porque reduz a re nda "pe r capita" e to rna o de se nvolvime nto econômico de masiadame nte le nto , dete rio rando o nível d e vida das populações ating idas pelo fe nôme no.

TABELA 15 - Taxa de Mortalidade, Natalidade e Crescimento Vegetativo, segundo as Microrregiões Geográficas cm Santa Catarina - 1987.

MIC RORRE G IÕE S TAXA DE TAXA DE C RESCIME NTO :\IORTALIDADE NATALIDADE VEGETATIVO

G EOG RÁFI C AS DE (por 1(00) (poc 1000)

Sâo Miguel d 'Oe stc 3,54 25,40 2 1,86 C hapecó 3,69 27,33 23,64 Xanxerê 3 ,74 26,27 22,53 Joaçaba 5,25 28.26 23,0 1 Concórdia 4,04 24,48 20,44 Canoinhas 6 ,79 27 ,64 20,85 São Be nto do Sul 4,82 25,74 20,92 Joinville 4,92 23,7 1 18,79 Curitibanos 5,00 28 ,22 23 ,22 Campos de Lages 5 ,35 25,09 19,74 Rio do Su l 5.61 26.81 21 .20 Bl ulIlcnau 5 ,82 22.0 1 16, 19 Itaja í 5,45 23, 84 18, 39 It u po ranga 3.86 27,93 24 ,07 Tijucas 5, 47 27,72 22,25 Florianópol is 5,5 1 24,91 19, 40 Tabule iro 4,35 2 l ,40 17,05 Tu barão 5,3G 25,06 19.70 CriciÍlma 5, l9 29,36 24 , 17 Araranguá 4,81 27,88 23,07

TOTAL DO ESTALJ O 5, 05 25,60 20,55

FONTE : F undação Ins tituto Brasile iro de Geografi a c E stat ística - IBG E - E statíst ícas do Regist ro Civil 1987; Secretar ía de Estado de CoorJt' Ilfi~'ão Geral e Planejament o - SE I' LA;'; /SC/Subsecre tar ia de Eslu{Jos Geográficos e Estatíst icos - SU EG E .

Mortalidade A taxa de mortalidade é a re lação e nt re o nüme ro de óbitos ocorridos e o nümero d e habitan te s

num mesmo ano e num de terminado te rritório. Em Santa Catarina, a taxa de mortalidade , e m 1980, foi da orde m de 5 ,63%. Alé m des ta taxa ,

que indica a mortalidade ge ral, existe a taxa de mortalidade in fantil , que aponta o núme ro de c rianças mortas antes de comple tar o prime iro ano de vida para cada mi l crianças nascidas vivas ,

E m 1987, a taxa de mortalidade estadual decresceu para 5, 05%, e m conseqüê ncia do desenvolvimento econômico que te m elevado o níve l de vida da população , proporcionando melhores condições de alimentação , de saüde e de saneame nto bás ico. Poré m , a re dução da taxa de mortalidade nâo é maior devido à insuficiê ncia dos me ios de prevenção de acide ntes de trabalho; à falta de condições salubres, principalme nte na mine ração de carvão e nas indüstrias agropasto ris; e à falta ou insufic iê ncia de saneamne to básico na pe rife ria d as grandes cidades e nas zonas rurai s.

As microrregiões geográficas que registraram as me nores taxas de mortalidade C Io 1987 fo ram : de São Migue l d 'Oes te (3, 54%), de C hapec6 (3, 69%), de Xanxecê (3, 74%), de ltupocanga (3,86%).

As microrregiões geográficas que possue m hospitais me lhor equipados apresentam índices mais e levados de mortalidade , por se re m a li ass istidos pacientes oriundos de outros locais à proc ura de me lhores condições hospitalares . O re gistro de óbitos efe tuado no local de ocorrê ncia e não no de procedê ncia do pacie nte faz e le var o índice de mortalidade nas microrre giões melho r assist idas.

A re d ução da taxa de mortalidade reflete-se na e le vação do ciclo da vida, chamado de e sperança de vida ao nasce r , que para a população catarine nse e ra de 60,3 anos e m 1980, sendo 58 ,7 anos para homens e 62, I anos para mulhe res . A vida m édia do catarinense naque le ano e ra a maior de ntre as re gistradas pe las de mais unidades da fe de ração ,

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 38: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

• , • ", ' 'I-

'i. \ «,

E <

1

" ,

~

c~

lf ~

~.

j ,

TAXA DE NATALIDADE POR MICRORREGIÃO

GEOGRÀFICA -1987 (% Por 1000 Habi tantes)

D 21 40 a 23 00

o 2301 a 24 70

247 1 a 2710

2711 a 2936

REP PASSO FUNDO

TAXA DE MDRTALl DADE PDR MICRORREGIÃO GEOGRÀFICA 1987

(Or Por: 000 t-Jar"iilf' l e .<;; o 3 54 ~ 4 20

O 421? 4 78

o 479õ'22

Limite das M icrorregiões Geog raf lcas O·" Fome- Furo:l;oyio IJlSt,luIO B,as'.!no de Geograf.a e EstatíStIca-IBGE ESl3tos ltca do RegIstro eMI 1987., 12

\

,'" v

~l;

~ ~'

I>-~~

'"

.., So". ,.

'" ~,.,

POPULAÇÃO-NATALIDADE E MORTALIDADE

'"

'4..,.",.

• ,

\

o ESCALA 12_000.000

IO~", l O ;>."l 30 40 50~",

U U c ~ L:.:...:::t=-=t PROJEÇÃO UNlVERSAL TRANSVERSA

DE MEA;CATOR • UTM

o

45

Page 39: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

46

POPULAÇÃO PIRÃMIDES ETÁRIAS E MIGRAÇÕES

Pirâmides E tá ri as As pirâmides e tárias re presentam e m um gráfico a estru tura etária da população, ou seja , a distribui\'ão

da população por raixas de idade. Observando uma pirâmide etária no ta-se que: - a base da pirâmide representa a população jovcnl, de O a 19 anos; - o corpo, parte intermediária, representa a população adulta, de 20 a 59 anos: - o ápice da pirâmide re presenta a população idosa, de mais de 60 anos: - à direi ta estão representadas as mulheres e à esquerda os homens: (' - no e ixo vertical es tão representadas as faixas de idade c no eixo horizontal , o míme ro de habitantes. A análise detalhada de lima pirâmide etária mostra a evo lução demográfica da população quanto

à natalidade, mortalidade, expectativa de vida e ao equilíbrio e ntre as populações femini na e masculina. As pirâmides etá rias variam de acordo com a predominância da população do país que represe nta : - As pirâmides de países de população jovem caracte ri zam -se peJo alto wntingente d e pessoas

com idade inferior a L9 anos e haixo contingente de população idosa, indicando uma alta taxa de natalidade e baixa expectativa de vida. Os países suhdesenvo lvidos , em ge ral , apresentam esta forma de p irâmide. Ex. · Mé xico, Argélia (' Brasil.

- As pirâmides de países de população intcrmediária caracterizam-se pela predominância de pessoas e m idade adulta (20 a 59 anos), com índices mé dios de natalidade c de expectativa de vida em rclaç,· .. 10 aos países de população jovem. São, em geral, países desenvolvidos como os Estados Unidos , Canadá e União Soviética.

- As p irâmides d e países de população idosa representam aqueles I)aíscs que atingiram o desenvol­vimento há mais tempo. Possuem um baixo índice de natalidade e uma alta expectativa de vida em relação aos países de po pulação jove m . Ex.: Suécia, França c Replíblica Federal da Ale manha.

Ass im, no caso de Santa Catarina, a pirâmide , por se apresentar larga na base. demonstra quc os níve is de natalidade são e levados. enquanto o ápice muito es treito demons tra baixa expectativa de vida. Pode-se dizer que a estrutura demográfica catarinensc é acentuadamente jovem.

Observando a pirâmide etária de Santa Catarina sem um es tudo de talhado , percebe-se que há um equ ilíbrio en tre o Illímero de home ns e de mulheres e m cada faixa de idade. Porém, analisando deta lhadame nte os dados, observa-se que a população feminina de O a 9 anos c de 10 a 19 anos é menor que a masculina das mesmas faixas de idade. Isto dCl"nonstra que na década de 70-80 nasce ram menos me ninas que na década de 60- 70, ao passo que o continge nte masc u lino viu-se ampliado na década d e 70-80.

A dife re nça en tre home ns c mulheres encontra um e quilíbriO a partir dos 30 anos, quando a população fem inina torna-se gradativame nte mais ampla, devido a maior incidência de mortalidade nos homens. Conclu i-se , en tão , que a expecta tiva de vida das mulheres é maio r que a dos ho mens.

O c rescime nto populacional ca tarinense duplicou nas ültimus duas décadas devido ao cresdmento vege tat ivo c à importante contribuição imigratória.

Migrações As migrações são movimentos populac ionais, ou seja , o deslocamento de pessoas de UIll lugar

para o outro da supe rfície terrestre. Podem se r pe ríodicas ou definitivas, explicando, em g rande parte , não só a complexidade é tnica de certas regiões como a própria distribuição atual do homem na terra.

Os movimentos migratórios não são características exclusivas de nossos tempos, pois ocorrem desde os tem pos mais remotos.

As causas das migrações podem ser repulsivas ou atra ti vas , determinadas po r fatores de ordem po lítica, soc ial religiosa , econôm ica e natural. Quanto ao tempo. podem se r pe riódicas ou definitivas e quanto ao espaço, nacionais (inte rnas) e internacionais (exte rnas ).

Os movime ntos migratórios compree ndem dois momentos: a saída, denominada e migração e a e ntrada, imigração.

De ntro des ta dinâmica demográfica, o E stado de Santa Catarina ca ra.c te riza-se como receptor , princi ­palme nte, de ga úchos, paranaenses, paulistas e ca riocas, seguindo-se os mi neiros, capixabas e nordes­tinos .

Na década de 70-80, 100.865 migrantes ca tarincnses foram para o Estado do Paraná, atraídos pela florescente agricultura de soja e trigo . 1'\a década seguinte . seguiram para o Mato Grosso , Goiá~ e Rondôn ia para conquistar a nova fronteira agrícola do País.

O maior indutur da migração é a expulsão do homem do campo, que provoca o inchamcnto da

pe riferia das maiores cidades, com a c riação de mícleos favelados, e a abertura de fronteiras no vas para o trabalho agrícola.

O Censo Demográfico d e 80 mostrou que 64 ,8% da população eatarinense nasceram no Estado , 30,8% em outros estados e 4.4% no exterior . A mpbilidadc interna, nesse período, com transfe rências intcrdistritais , inte rmunicipais e interrcgionais, superou a casa dos 70% , indicando lima migração direta das áreas rurais para as cidades mais industrializadas ou para aquelas com maior ofe rta de serviço.

A composição dife re nciada por sexo nas cidades receptoras mostra que o con tingente masculino supe ra o feminino .

A migração interes tadual e o êxodo no Estado são formados por pessoas com idade média de 30 anos . As que têm idade abaixo de 15 anos represe ntam 50% do contingente. demonstrando qut..' são famílias com pais não muito idosos e uma prole relativamente grande qll e ocasionalll a maio r movime ntação.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 40: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

500

600 500

SANTA CATARINA

H M

LEGENDA

FAIXAS ETAPIAS

( Em 1 000 Hablt3rl19S )

m 1970 m 1980

Fonte: Fun<MçIo Ins~luto Bras<Ko'O ót Geogtlha ~ Eo1llt .. ,ICII - [9G( • Cens<.> O".n"II,.he<> 0"""" Gela0. se - 1980

400

FIltldaç.!o I"'UMO Br .... Ie<", "" Geog,.I~" Emh'!1CI IBGE C."".;. Oemog.ol lC<l , SC ~ '970

300 200

SANTA CATAR INA

H M

100 100

LEGENDA

FAIXAS ETAR IAS

( Em 1 (XX) HabItantes)

11:] 1980

~ 1990'

• População EstImada

200 300 400

Fonte FundaçIc Insl'IUIO ar ........ " de Geoyrafia" Es"''''''oco . IBGE _ Cer>so Oemogtrioco - 0.00. Ge< ... , $C - 1980

s..c,eta ... 1 di Estodo di s.údoI / SC - [JI""IIdo POpJI..:"""" p.. 1990

500 600

POPULAÇÃO - PIRÂMIDES ETÁRIAS E MIGRAÇÕES

MOVI MENTO DE SAíDA

1970 - 1980

LEGE NDA

N? DE SAioAS

• Infeflor , 1000

• 1000 , 2500

2500 , 5000

5.000 , 10.000

10000 25000

25000 , 50000 ... 50000 , 100 865

- 147210

MOVIM ENTO DE ENTRADA

1970 - 1980

LEG EN DA

NQ DE ENTRADAS

4- ~ Infeflor , 1000

• 1000 , 2500

2500 , 5000

5_000 10_000

10.000 , 50000 ... 50000 , 100000 ... 126.597

297980

fonte' FundaçIc InslIIUIC Ih ...... " "" GeogrIR. e bl~tis_ IBGE - Censo DemogrMico i SC - 1970

FundllÇlD ",",,(= IIrMi,"O de Geogr,'io e EstoIiSl.,. IBGE _ Censo DemogrMim - o.doo GeI ... ' SC - 1980

47

Page 41: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

48

EDUCAÇÃO

A educação é um processo pelo qual as ge rações adultas transfe rem às gerações mais jove ns suas experiências c conhecime ntos, adaptando-os à vida social ; estimulando, desenvolvendo c orientando as aptidões do indivíduo, aperfeiçoando e desenvolve ndo sua faculdade s físicas, intelectuais c morai s de acordo com os ideai s de uma socie dade.

A educação pública no Estado é de responsabilidade da Secre taria de Estado da Educação, que te m por finalidade desenvolve r , para o ensino, as atividades de: educação Física, magistério, ass istência ao e ducando, cultura, inte rcâmbio e educação especial.

Em Santa Catarina, a educação e nfrenta vários problemas como a insuficiência de matrículas ofere ­cidas, de mate riais escolares, de míme ro de e scolas , de recursos finance iros e outros.

Segundo constatações do Plano Estadual de Educação, o ensino pré-escolar em Santa Catarina abrange uma peque na percentagem do total de crianças na faixa de O a 7 anos que recebem ate ndime nto formal e m creches, jardins de infância , esco las maternais e similares . E sse atendime nto é reduzido quantitativamente e deficiente qualitativame nte, concentrando-se nas áreas l! rbanas e des tinando-se , prefe re ncialmente, às crianças das classes mé dia e alta . As crianças que mais precisam desse atendime nto são as me nos be neficiadas. O problema se agrava mais nas pe riferias urbanas, nas áreas pesqueiras e nas zonas rurai s.

Apesa r do e nsino de I ~ grau se r obrigatório para crianças na faixa de 7 a l4 anos, a evasão escolar é grande, sendo comum os alunos abandonare m as escolas para trabalhar.

Já o e nsino de 2 .grau apresenta caráter profi ss ionalizante , dirigido à fo rmação de mão-de-obra qualificada, cujos técn icos d e nível médio enfre ntam problemas profissionais.

Os currículos, atualme nte, es tão vol tados para o materiali smo e individualismo , desvalorizando as disciplinas humanizantes, mostrando desinte resse pelos assuntos sociais da cornunidade , não atendendo às aspirações e necessidade do homem; e estão presos aos conteúdos teóricos, c ujos objetivos são inadequados à realidade tanto dos alunos das zonas urbanas quanto das rurais.

Em Santa Catarina, a evolução do número de alunos matriculados no l '~ c 2': graus registra quase sempre um aumento posi tivo, sendo o núme ro de matriculados no 2'~ grau muito inferior ao mime ro de matriculados no l .grau , o que indica um grande núme ro de alunos que não continuam os estudos (ve , tabela 16).

Em 1989, os alunos matriculados no e nsino de l~ grau estavam distribuídos da seguinte forma : 588.114 alunos na área urbana , e m 1.602 escolas; 195 .147 alunos na área rural , e m 6 .698 esco las. Já os alunos matriculados no ensino de 2': grau estavam assim distribuídos: 115. 164 alu nos na área urbana, em 527 estabelecimentos de e nsino; 2.484 alunos na área rural, e m ape nas 18 estabelecimentos.

Tabela 16 - Alunos Matr iculados no I: e 2~ graus em Santa Cata rina - 1978- 1989

AKOS

1978 1980 1982 1984 1986 1988 1989

NÚ:\:IERO DE AL U:\OS ~IATRICU LADOS

I ~ Grau

51 4.376 508.654 496.771 500.64 1 712.862 756.560 783. 261

2~' Grau

82.511 95.246 97.403 96.673

106.524 11 7.768 1\7 .648

FOl\TE: Secretaria de Estado da Ed ucao;'ãolSC - Plano Estadual de Educação 1985- 1988.

O n úmero de estabelecime ntos de e nsino de l~ e 2? graus, no Estado de Santa Catarina é de 8.245 c está distribuído de maneira irregular. Na área urbana, totalizam 2. 129 estabe lecimentos de ensino, estando as microrregiões geográficas do Tabuleiro, de Ituporanga e de Tijucas com o menor número de estabe leci me ntos , ou seja, 16, 26 e 40, respectivamente . O maior número de e stabelecimentos concen t ram-se nas regiões mais dese nvolvidas economicamente, como a mic rorregião geográfica de Blumenau, com 211 estabelecimentos na á rea urbana. Na área rural o total de es tabele cimentos somam 6 .716, estando grande parte comprometida com o e nsino d e 1 ~ grau , ou seja, 6 .698 : e ape nas 18 com o e nsino de 2~ grau .

Atualmente, 17 municíp ios catarinenses possuem estabelecimentos de ensino superior , que visam a formação de profissionai_s especializados em dive rsos c ursos nas seguinte s áreas:

- ciências econômicas, humanas e sociais - administ ração e ge rência, educação artística , b iblioteco­nomia, ciê ncias sociais , contabilidade, economia, jornalismo, direito , estudos sociais, filosofia , geografia, história , let ras, pedagogia , psicologia e se rviço social;

- ciências exatas e tecno lógicas - arquitetu ra, computação, engenharias, física, matemática c quí­mica;

- c iênc ias biológicas e da saúde - biologia, educaç:'lo física, e nfe rmage m , farmácia e bioquímica, medicina, odon tologia e nutrição;

- ciê ncias agrárias - agronomia e ve tcrinária; - c ursos de pós-graduação e m vá rias áreas. A capacidade de expansão do e nsino supe rior parece es tagnada , pe lo menos para a presente década.

O míme ro de pessoas que prestam vestibular é bastante grande em relação ao núme ro de vagas oferecidas. O ensino supletivo, que atende aos adolesecn tes c adultos que não concluíram a esco larização

na idade adequada , junto com os cu rsos de aprendizagem e qualificação de mão-de-obra , ofe recidos pe lo Serviço Nacional do Comércio - SENAC e Serviço Nacional da Indústria - SEN Al , e o p rograma de alfabetização para adu ltos da Fundação Educar são insulicientes, pois concen tram-se nas regiões de forte dens idade demográfica.

Em alguns municípios catarine nses existe o programa de educação especial que atende crianças e adolescentes com de ficiências físico-mentais. Apesar desse programa, as unidades de ate ndimento e o pessoal técnico não são suficicntes para a clie nte la existe nte.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 42: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• EDUCAÇÃO ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA • A R A N A • " "

A \ " • D O

00 D O

00

• o o

• .., "

• ~

" • ESTADO DO ESTADO

DO ~I • ALUN OS DE 2' GRAU 1989 O

• ALUNOS DE l ' GRAU 1989 LEGENDA <>'1> LEGENDA NÚMERO DE ALUNOS POR "/1-• NÚMERO DE ALUNOS POR

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA 0<:-

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA O RURAL URBANA O • RURAL URBANA .. D O 19720 ° .. O 1672 li 6700 ~ D 80 • 200 12000 O

• 50000 ~ 6000 oSv D 6701 a 14100 D 201 8 275 3000 ( ...... 25000 G G

• D 14101 li 18047 10000 O El 276 a 375 '23 3000 - 18048 a 26290 376 a 454

• Fom.: s.a-;. .. bIaiIo tt. EOuo::.çIo/SC . 1989.

'" • A N

• \ " " 00 00

• D O O O

• O

..,

• • • ESTADO ESTADO DO DO

~I

• ESCOLAS DE 2' GRAU 1989 O

ESCOLAS DE l ' GRAU 1989 <>'1> LEGENDA <>'1> ~ • "/1- NÚMERO DE ESCOLAS POR "/1-LEGENDA MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA • NÚMERO DE ESCOLAS POR 0<:- RURAL URBANA 0<:-

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA O O

• RURAL URBANA .. D O 57 O .. O D 64 a 250 D 1 35

110 25 oSv • D 251 a 360 D 2 " ~

~8 C ( (, - 361 a 550 14 O liliiii 3 O • - 551 a 781 - , N

• Fonw. s.c.-.. di budo ct. EduaoçIo/ SC - l989 ForIM' s.cr-.. de Estado di Educaçiof SC · 1989

'" 49

Page 43: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

50

SAÚDE

Saúde é o es tado de bem·cstar físico , me ntal e social que s6 pode rá existir de ntro de est ruturas polít ica, social e economicamente sadias, segundo a Organização Mund ial da Saúde - O MS.

Para man ter bons níveis de saúde c ga ran tir o bem-es tar social da população, o governo c ri a c ope ra siste mas de saúde p ública.

A partir de 1987, foi implan tado pelo Ministé rio da Saúde, em todo o País, o Sistema Unificado Descentrali zado de Saúde - SU DS , hoje denominado de Siste ma Unificado de Saúde - 5 US, com o obje tivo de descentraliza r os se rviços de saúde e municipali zar o setor. Já foram firmados 139 convênios com municípios catarinc nses, que passa ram a ge re nciar as ações de saúde.

A assistê ncia médica no Estado é realizada bas icame nte por unidades hospi talares e sanitárias, at ravés dos se rviços médicos, auxil iares méd ico-hospitalar e paramédicos (ve r tabela 17).

Tabela 17 - Es tabelecimentos de Saúde. por De pendência Administrativa e Tipo em Santa Catarina - 1989.

ESTAB E L EC I\ I F. :\"TOS

Il os pital Un idade IntOo'j.:rada Ce ntro de Saúde Po,to de Saúd e Po,to de tb sistênci.1 \ 'I('Ilica

3

43

FOl\'T K Secre taria de Estado da Saúde/SC .

DEPF. :\" D E ."\CIA AIJ\t1 ~ ISTRATIVA

Estad ll al

19 5

3'16

~\'I uníci pal

9

620

Part icl llar

173

Total

204 5

346 620

43

Unidade Hospitalar - ass istê nc ia hospitalar integra-se à polít ica de saúde da pop ulação , c ujo fu ncioname nto é fiscalizado pe los Minis té rios e pelas Secre ta rias Estaduais e Municipais, que supe rvi­sionam a saúde pública e toda a red e de es tabe lecime ntos de saúde part ic ulares. A principal fu nção de um hospital é a prestação de se rviços de d iagnósticos, de ass istê ncia médica e de e nfe rmagem. Compe te aos hospitais a realização e participação de ati vidades de prevenção à saúde , a ofe rta de oportunidades d e e nsino, de t re inamento c pesqu isa cie ntífica , e o desenvolvime nto d e programas de reabilitação física, social e profiss ional.

A rede hospitalar catari ne nse, e m 1989, constit uía-se de 204 unidades , sendo 3 fede rai s, 19 es taduais, 9 mu nicipais e 173 part ic ulares, com um total de 16.446 le itos, ou seja, 3, 76 le itos 1'0 mil habita ntes.

- Unidade Sanitária - A Secre taria de Estado da Saúde é o ó rgão responsável pe lo siste ma de "aüde pública nos m unicípios catarinc nscs . Atua através dos 7 Cent ros Administrativos Regionais de Saúde - CARS, que estão subord inados ao De partame nto de Saúde ptíblica - DSP. Em 1989 os CAHS ate nd ia m a população, através de 971 un idades sani tá rias.

As unidades sanit árias são di vididas, segundo o porte , e m: unidades in tegradas - possue m até 12 le itos para ate nd ime nto e me rgencial e peq uenas cirurgias, com in te rname nto por um pe ríodo infe rio r a 48 horas; cent ros de saúde - pres tam ate ndimento médico-ambulatori al e desenvolvem programas de ate ndime nto mate rno-in fantil ; postos de saúde - são unidades me nores Que atuam como peque nos ambulatórios.

- Se rviço Méd ico - O Estado contava, e m 1989, com 3. 447 médicos insc ri tos no Conse lho Regional de Medic ina - C RM /SC . Des tes , 1. 12.3 e stavam sediados na micro rregião geográfica de F lorianól>o!is.

- Auxiliares Médico-hospi talar e Pessoa l Paramédico - Os e nfe rme iros , técnicos e m e nfe rmagem e auxili ares, e m 1989, somavam 862, 750 e 1.200, respecti vame nte. Nesse mesmo ano, os pa ramédicos totalizavam e m 3.372 profiss ionais, dos quais J .46 1 e ram farmacêut icos e bioQuímicos e 1.461, de nti stas.

Mortalidade Infantil É um dos indicadores pa ra o diagnóst ico e de termi nação do nível de saüde, pe lo fa to da criança

se r mais susceptível ã .. agressões do me io. Em 1980, o núme ro de óbitos e m me nores de um ano fo i de 3.803. Em 1988, com a imple mc ntação

de proje tos de vaci nação c melhores cond ições de saúde, esse ntíme ro caiu para 2.553.

As princi pais causas de mortalidade infantil, no ano de 1988, fo ram : infecções originárias no pe ríodo pré-natal; doe nças infecciosas e paras itárias mal de fin idas; doenças do apare lho respiratório; anomalias congênitas ; doe nças das glândulas e ndócrinas , da nu t rição e do me tabolismo; doenças do siste ma ne rvoso e dos órgãos dos sent idos doe nças do aparelho ci re ulatório e nt re out ros.

Doenças As principais doenças que ati ngem a população infan til e que ainda ocorre m de fo rma e ndê mica

e m Santa Catari na sâo: sarampo, d ifte ria, coque luche , té tano , me ni ngite me ningocóccica, out ras me nin­gites , fe bre tifóide , tube rculose, hanseníase e he patite.

No cont role de e nde m ias como a malári a, fe bre amare la, doe nça de chagas e esq uistossomose, també m atua no Estado a Superinte ndê ncia de Cam panhas de Saúde Pública - SU CAM , órgão fede ral. Dessas doenças, ape nas a esqu istossomose ainda não fo i totalme nte erradicada .

No Estado, registraram-se surtos de me n ingite me ni ngocóccica , de poliomie lite c de he pat ite , respectivamente, e m 1974, 1979 e 1983.

Para o sarampo, a d ifteria , a coque luche. o tétano , a tu be rculose? a poliomie li te e xiste m vacinas que são dadas rotine irame nte e m me nores de 5 anos de idade . A febre t ifóide , a hepatite e a me ningite me ningocóccica també m pode m se r e vitadas pe la vacina, poré m sua aplicação rotine ira necessita de ind icação específica .

A partir de 1979, houve um c resci me nto sign ificativo da cobe rtura vacinal no Estado, e com a obrigatoriedade da vacinação a té o prime iro a no de vida, red uziu-se a mortalidade inf..1. nt il. Em 1980, fo i instituído O D ia Nacional de Vacinação contra a Poliomie li te.

Tabe la 18 - Percentual da Cobertura Vacinal com Doses Conside radas l munizantes (1) em Menores de 1 ano, em Gestantes. por Tipo de Vacina , segundo os CARS e m Santa Catarina - 1989/1.000

T IPOS DE VAC I~A

CAHS SABI~ T RÍ PLI C E

" 69, 0 2: 73,7 3: 89,5 4: 74 ,0 5? 89.3 6: 76.9 7, 72.9

ESTA DO 79,3

FOl\"TE: Secretaria de Estado da Saúde/Se. (I ) São consideradas contO doses imunizantcs:

- 3: dose para trfplice e sabin; - 2~ dosc para anll t o~ tetân ica E ; - dose lh lica para anti-sarampo c BCC.

69 .7 73. 9 89.7 74,7 90.3 77 ,0 73.3

78 ,3

A."\TI ·SARA\ I \'0

70 .3 75 .3 95,0 77,7 97,5 80.7 80.9

82.4

BCC

77,0 85 ,3 106.0 80,7

105.1 87.0 96.9

9 1, 1

TETÂ."\I C A

3,0 5,5

16, 1

4.' 10,5 10,5 6. 1

8.0

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 44: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• SAÚDE ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA • • A A N Á

I'

• O ° 0° O °

• " " • u u

• ~ ~

~ • ESTADO ESTADO .. ,

• 00 00 Fr, Fr,O O • MÉDICOS -1989 0"" DENTlSTAS-1989 0"" ( ..... 1% • LEGENDA -'1'), LEGEND A -'1'),

NUMER0!1 .000 hab POR 0(;> " NÚMERO/ 1.000 hab. POR 0(;> " • MICRORREG IÃO GEOGRÁFICA

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA ~ ~ .. 2.29 ° --- -- - --1 ,53 °0 O • ....... 10.0 ······ 0.80

"V( ··········· 050 G

··············-· 0.50

• 0'00.25 ········ 020

• Fonte: Secretaria de Estado di SaUde / SC-l989 Fonte, ÇonsooIho fIe9- de O<Iontologla/ SC-l989.

• ~ A N Á A N Á A ~ A R

• \ I' I'

0° '. ,,' 00 .. "",," S T A D O • • " "

U U • " -• ~ ~

• ESTADO ESTADO 00 00 • Fr,

UNIDA DES SANITÁR IAS. CENTRO O

• LEITOS HOSPITALA RES-1989 0"" E POSTOS DE SAÚDE - 1989 0"" ~

\ LEGENDA -'1'),

• LEGENDA -'1'), NÚMERO POR 0(;> " NÚMERO /1000 hab. POR 0(;> "0 " MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA .." / "

• MICRORREGIÃO GEOGRAFICA '"-~s ~ D ° " °0

6 11 25 O ········6.00 t ···············_· 4.00 c=J 26 a 50 "v ;- ~ • S ··············· 210 V( C L::J 51 11 70

( I C

Q ) • 71 a 121 /

F<>nte: See.-III de EStado di Saúde/ SC- 1989 Fune: $ecretamo de Estado di s.w./ SC - 1989. I"~ • "-

51

Page 45: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

·UNIDADE IV QUADRO ECONÔMICO

Agricultura Pecuária Indústria Recursos Naturais e Extrativismo Comércio Meios de Transporte Comunicações e Energia Elétrica Saneamento Básico Turismo

53

Page 46: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

54

AGRICULTURA

A Agricultura é a atividade que se caracteriza-pcla produção de alimentos e matérias-primas decor­ren tes do cultivo de plantas e da criação de animais. E la es tá relacionada com o meio ecológico, social , econôm ico e político, podendo se e ncontrar e m estágios de desenvolvimento mais avançado , como a moderna agricultura dos Estados Unidos , o u menos avançado, como a agricultura antiga e itinerante de algumas regiões do Brasil - sistema de roças.

No Brasil, a agricultura tropical de culturas de exportação, desde o descobrime nto até a década de 1930, fo i uma das principais atividades econômicas. Inicialmente, explorava-se a madeira. Depois, cultivou-se a cana-de-açúcar e, do final do século XIX até a década de 1930, o café.

A partir da grande crise econômica mundial de 1929, a indústria passou a ter crescente importância na economia brasileira. A maior necess idade de mão-de-obra, fez com que as pessoas se deslocassem do campo rumo à~ cidades, acelerando o c rescimento das mesmas.

Apesar do se tor industrial es tar atualme nte bastante desenvolvido, a agricu ltura ainda desempe nha importante papel, representando considerável peso nas exportações e no e mprego da mão-de -obra brasileira.

A agricu ltura refle te a história da ocupação e co lonização do território catarinense. O litoral , primeira área povoada do Estado, foi ocupado, inicialmente, pelos vicen ti stas (Séculos

XVII e XVIII), madeire nses e aço rianos (de 1748 a 1756) e, mais tarde , por imigrantes alemães e italianos (principalmente a partir de 1850), que se fixaram em lotes coloniais, constituídos basicame nte de pequenas propriedades. Atualmente , na produção agrícola des ta região des taca-se o arroz, a banana, o le ite , o fumo, a hortaliça e a cebola.

No planalto, os caminhos de gado, as árcas de invernadas e a extração de made ira foram fatores preponde rantes para a constituição de grandes propriedades. As microrre giões geográficas dos Campos de Lages e de Cu ritibanos dedicam-se principalme nte à criação de bovinos e à .p rodução de alho e maçã , favorecidas pe lo clima e pe la presença d e campos naturais. Nas microrregiões geográficas de Canoinhas, de Ri o do Sul e de ltuporanga, a produção agrícola dominante cons iste nos cultivos de milho , soja, feijão , cebola e fumo.

O Oeste e o Me io-Oeste catarine nse, que e nglobam as microrregiões geográficas de Joaçaba, de Concórdia, de Xanxe rê, de Chapecó e de São Migue l d'Oes te , corresponcle m à área mais populosa e de maior superfície do Estado. A re gião foi ocupada por migrantes (descendentes de alemães e italianos) oriundos do Rio Grande do Sul , que se fixaram em pequenas propriedades. G rande parte da população se manté m no meio rural porq ue a região abriga importante parque agroindustrial (industria­lização de aves e suínos). Os principais produtos agropecuários são: suínos , aves , milho , soja, fe ij ão e maçã .

É importante destacar, ainda , que em Santa Catarina existe grande número Je pequenas propriedades onde se adota a policultura , ou seja, o cultivo de vários p rodutos na mesma área . A monocultura, cultivo de um só produto numa grande área , é caracterizada pe las plantações de cana-de-açúcar, trigo e out ros, poré m não é tão predominante quanto à policu ltura .

Estrutura F undiária Os e stabelecime n tos rurais são classificados pe lo seu tamanho e pe la quantidade; chama-se a essa

organização de Estrutura Fundiária. Nos estados brasile iros existem vários tamanhos de propriedades. Por exemplo, e m Santa Catarina

há um grande número de minifúnd ios e pequenas propriedades, e um reduzido núme ro de grandes propriedades e latifúnd ios , conforme constata-se na tabe la 19.

Tabela 19 - Estrutura Fund iá ri a de Santa Catarin~ - 1980,

CRUPOS DE TAMANHO (ha)

inferior a 100 100 a 500 acima de 500

TOTAL (1)

NÚ:\1ERO

206.512 7.847 l. 633

215.992

ÁREA OCUPADA (ha)

3.875. 179 l.552.057 2.046.540

7.473. 776

CATECORIA

pequena propriedade e minifúndio média propriedade grande propriedade e latifúndio

FONTE: Fundaçao Insti tuto Brasileiro de Geografia c Estatíst ica - IBGE - Censo Agropecuário/SC 1980. (I ) Totais incluem "sem declaração", conforme o Censo Agropecuário

o número de pequenas propriedades é quase 127 vezes maior que o número das grandes proprie ­dades, e elas ocupam uma área aproximadamente duas vezes maior que a área ocupada pe las grandes. Observa-se, ai nda, que 134.667 propriedades no Estado são de tamanho inferior a 20 hectares.

As pequenas propriedades, além de ocuparem pouca quantidade de te rra , com o te mpo acabam sendo divididas, na maioria das vezes por he rança, tornando-se ainda menores. O s minifúndios, insufi­cie ntes para o sustento, fo rçam a família a migrar para as cidades em busca de e mprego. A migração do campo para a cidade, que recebe o nome de êxodo rural , ocasiona o aumento da população urbana , a concent ração da pobreza (fave las) e o desemprego.

Principais Produtos Agrícolas Santa Catarina caracteriza-se pela policultura e pe lo cu ltivo de produtos que ocupam posição de

destaque no cenário agrícola nacional. Nas culturas temporár ias sobressaem o milho , a soja, o fumo, o feijão , o arroz e a cebola e nas permanen tes, a banana e a maçã.

Milho Ocupando, em 1985, o 5? lugar na produção nacional e o I ~ na produção estadual, o milho é

a cultura de maior destaque no Estado, tanto em área plantada quanto no valor da produção. É cult ivado em todas as microrregiões e m pe que nas proprie dades rurais, sendo grande parte da produção utilizada como ração para a criação de suínos e aves.

Como se pode visuali zar no mapa ao lado, as microrregiões geográficas localizadas no Oeste catarinense e no vale do rio do Pe ixe são as maiores produtoras de milho do Estado, como destaque para a microrregião geográfica de C hapecó. E sta produção de stina-se à alime ntação do grande re banho de suínos e aves (frangos , perus e outros) que são indust rializados.

No en tanto, a produção estadual ainda é insuficien te para atende r ao consumo, sendo necessária a sua importação dc ou tros estados.

Soja .Santa Catarina, em 1985, era o 8~ produtor de soja do Brasil. A soja també m é cultivada por

pe quenos produtores, mas as grandes propriedades são as responsáveis pela maior parte da produção . Parte dos grãos de soja é utilizada nas indústrias alime ntares, onde é t ransformada em ó leo e

fa re lo. O farelo serve també m para á alimentação de suínos e aves . Outra parte da soja é exportada para outros es tados e países .

O Oeste de Santa Catarina é o maior produtor de soja, sobressaindo as microrregiões geográficas de Xanxerê, de Chapecó e de São Miguel d'Oeste.

Os municípios de Campos Novos e Abe lardo Luz são os q "e mais produze m soja no Estado de Santa Catarina. No litoral catarinense , o cu ltivo de soja é praticado no extre mo sul , onde existe pequena produção.

Arroz Santa Catarina, e m 1985, ocupava o 7? lugar na produção nacional de arroz. No Estado, a maioria dos produtores possui proprie dades peque nas e cultiva tanto o tipo irrigado

como o de sequeiro. O arroz de sequeiro é c ultivado em peque nas áreas e destina-se à subsistência da família, enquanto que o arroz irrigado é cultivado e m grandes áreas e destinado ao mercado consu­midor .

As maiores produções de arroz localizam -se no Sul do Estado, no vale do rio ltajaí no litoral norte.

A microrregião geográfica de Araranguá é a maior produtora de arroz do Estado.

Feijão Santa Catarina, e m 1985, e ra o 3? produtor de feijão do País. O produto é cultivado em pequenas

propriedades, utili zando-se predominante mente do trabalho familiar. Apesar de utilizar pouca tecnologia, a produção catarinense tem sido suficiente para ate nde r às

necessidade s do consumo inte rno e també m para a comercialização com outros estados. A microrregião geográfica de Chapecó é a que apresenta a maior produção de feijão em Santa

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 47: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• FEIJÃO • ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA AGRICUL TURA -MILHO,SOJA,ARROZ E

R A N A A R A N A • P A P

"- '\ ~/

<t'- é' 0 0 ,"" ~ 0 0 .. • Z S T A D ° D ° • ;:1

o Q

• U U

• ~ ~

~ '" • ES T ADO EST A DO '" 00 00 ~ • ~

trIo f? lO

,.,"""'" OIS ""'" ,. \...

~

• MILHO,1988 SOJA,1988

<>'1> ~

<>'1> ~

LEGE NDA L·"r~ LEGENDA ,"-.~r""ó • QUANTIDADE (TONELADA). POR -<1 1- '" QUANTIDADE (TONELADA). POA -<11- ",

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA 0<0' O MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA 0<0' O • D "'0' D 5128 a 40000 ~ Produç.1o Inexistente ou Inexpressiva

°0 i'

D 40001 a 80000 °0 D 250 a 10000 • D 80001 a 120000 ~0 ~ 10 001 a 60 000 ~0

( ~ (

• 120001 a 350156 O 60001 a 106931 ~

525127 155227 j • Fon., IBGE · '''000;:l0 AgrlcoII MunocIpeI.l988. Fonle' 11!GE.I'I-od\.çIo Agriooloo MunocI\W. 1988 ~

• A N Á A R A • \ P

1(' \ P

<t'- é' 0 0 rI"~~/ 0 0 "" S • ~r-~' T A D ° V D °

• z~~a O lU .....

"'l ..... u • O:' , ra:sn

«, " • . ~

, "'-'V-

'" '" • ESTADO '< ESTADO '" 00 00 • trIo f? lO A RROZ,1988 FEI JÃO,1988 • <>'1>

~ <>'1>

~

LEGE NDA L ..... ! .... LEGENDA

• QUANTIDADE (TONELADA), POR -<11- " QUANTIDADE (TONELADA), POR -<11-MICRORREGIÃO GEOGRÂFICA 0<0' " MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA 0<0'

"'" ('(LorAS

D ", D • 310 a 6000

°0 i' 410 a 2500

°0 i'

D 6001 a 16000 ~ D 2501 a 10000

• D 16001 a 52626 ~0( 10001 a 20000 ~0 (

111 681 v - 20 001 a 32 935

t - 150 088 - 85662

fonw. I8GfA'rocluçlo Agrfcdr. ~ 1988. FonIe: 1I:IGl- Produçlo AgricIM ~.1988

55

Page 48: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

56

Catarina. No litoral , e ncontra-se a mais baixa produção, com e xceção do litoral su l.

Fumo Em 1985, Santa Catarina era o primeiro produtor nacional de fumo. O fumo é uma alternativa

de renda para o pequeno agricultor . Grande núme ro de produtores rurais dedica-se à fumicultura e m pequenas propriedades, utilizando-se da mão-de-obra familiar.

A produção de fumo é comprada por e mpresas fumagei ras que fiscalizam o cultivo dos agricultores. A e mpresa fornece assistência aos agricultores com a finalidade de comprar um produto de boa qualidade.

Parte das folhas de fumo é processada e re metida para as fábricas de ciga rros existe ntes no Brasil. Outra grande parte da produção é exportada na forma de fumo e m fol ha para outros países.

Apesa r do fumo ser cultivado praticame nte e m todo o Estado, as microrregiões geográficas d e Araranguá, de Tubarão e de Rio do Sul são as maiores produtoras .

Cebola Em 1985, Santa Catarina conquistou o 3~ lugar na produção nacional de cebola. Se u cultivo é

realizado e m peque nas lavouras e sua produção é suficie nte para atender ao consumo estadual , sendo també m come rciali zado com outros estados.

O uso de fe rtilizantes e a utilização de novas técnicas de c ulti vo têm contribuído para o aumento da produção.

Nas microrregiões geográficas de Ituporanga , do Tabule iro , de Tijucas e de Rio do Sul e ncontram-se as maiores produções de cebola, destacando-se os municípios d e Ituporanga e Alfredo Wagne r.

Maçã A produção catarinense de maçã corresponde a mais de 60% da produção nacional, posicionando

o Estado como o maior produtor brasile iro . As condições climáticas encontradas em Santa Catarina, principalme nte no planalto ea tarinense,

são favoráveis ao cultivo da maçã. O inverno rigo roso com baixas tempe raturas contribui para o melhor rendimento da macie ira . Já o excesso de chuvas, na é poca do florescime nto, prejudica o bom re ndime nto da safra.

A maleicultura (cultivo da maçã) é recente no Estado e requer técnicas sempre novas e altos investi­me ntos.

A maçã catarinense , além de abastecer o Estado, é comercializada principalmente nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Su l, Distrito Fede ral e Minas Gerais.

As maiores produções de maçã e ncon tram-se nas microrregiões geográficas de Joaçaba , de Curitibanos c dos Campos de Lages .

Banana San ta Catarina é o maior produtor de banana da região Sul e ocupava, em 1985, o 5~ lugar na

produção nacional. A banana é cu ltivada e m pequenas propriedades por muitos produtores rurais. No Estado, o bananal ocupa á reas menos nobres, como as e ncostas de morros , onde é protegido

do vento e das geadas, ficando as áreas planas para culturas mais exigentes. As culturas mais comuns no Estado são: nanieão, nanica , e nxe rto e branca. A micro rregião geográfica de Joinville é a maior produtora de banana do Es tado, sendo o município

de Corupá o principal prod utor , seguida da microrregião geográfica de Araranguá e de Criciüma, onde se destaca o município de Jacinto Machado.

Mandioca o cultivo da mandioca, o riginária das c ulturas indígenas, e stá bastante difundido por todo O Estado

como uma cultura tradic ional e de subsistência. No lito ral, esta ati vidade passou a exe rcer maior influência após a sua assimilação pelos açorianos . Atualmente , os antigos e nge nhos de far inha estão sendo substi ­tuídos por indústrias be ne ficiado ras.

Na produção, destacam-se as microrregiões geográficas de Blumcnau, de Rio do Sul e de Ituporanga, onde a mandioca destina-se às indústrias que e xtraem o amido e fabr icam a fécula . Nas microrregiões geográficas de Tubarão , de Criciúma e de Araranguá, a produção destina-se principalme nte para a fabricação de farinha.

Quanto à área plantada, a mandioca no Estado ocupa normalme nte a 5~ posição, após o milho , soja, feijão e arroz. Em 1985, Santa Catarina foi o 6~ produtor nacional.

Alho Até 1976 o alho não tinha expressão econômica no Estado, mas com a campanha desenvolvida

a nível nacional para aumentar a produção, esta olerícola tem ampliado sua área cultivada e a prod ução . No Estado, destaca-se a variedade Chonan , obtida pe los imigrantes japoneses no município de Curiti­banos.

Apesar de cultivado em todas as microrregiões geográficas , são as de C uritibanos e dos Campos de Lages que se destacam por apresentarem condições edafo-climáticas favo ráveis.

Na safra 1984/85, Santa Ca tarina pos icionou-se como o 2~ maior produtor de alho do País.

Uva Santa Catarina é o 3': produtor nacional de uva, seguido do Rio Grande do Sul e São Paulo. A viticultura é desenvolvida principalmen te nas regiões de tradição germânica e italiana, com a

utilização de mão-de-obra familiar. Ass im , parte do cultivo concentra -se na microrregião geográfica de Joaçaba (Videira, Pinhe iro Pre to, Tangará , Fraiburgo c outros) e no Sul do Estado sobressai o município de Urussanga, na microrregião de Criciúma.

A maior parte da produção de uva destina-se à vini ficação para o consumo no próprio Estado, como també m no Paraná, e m São Paulo e no Mato Grosso, principalme nte.

A fruta ·'in natura" é comercializada principalme nte no litoral catarinense e centros como Curitiba c São Paulo.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 49: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• AGRICUL TURA-FUMO,CEBOLA,MAÇÃ ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA E BANANA • A R A N Á

~ A • \ ? ?

0° 0° ~o • D ° A D O

• o o

• " "

• ~ ~

" " • ESTADO " ESTADO '" • 00 00 FrIO FrIO ~

• CEBOLA-1988 (;'1> ~ (;'1> ~

FUMO-1988 LEGENDA • LEGENDA -<1.-v QUANTIDADE (TONELADA) POR -<1.-v

QUANTIDADE (TONELADA) POR O(!> C MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA 0('- O • MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

°0 " D Produção Ine~ istente ou Inexpressiva " D D O 277 a 3000 16 , 1000 O • D 3001 a 7000 ~ D 1001 a 8.000 0$0

G ( G

• D 7001 a 16.000 D 8.001 a 53.236 O - 16.001 a 25 11 4 100900

• Fonte: IEIGE-f'roduo;Jo Ag<icolo Munocipol.198B. Fonle: IBGE - ProOOçlo Agrioolo Munoc1pal.1988

• N A L R A N Á A ? A • \ ,..ç

0 0 <!', f' 0° '" ~' ..

S • D O zr-~ T A D O

;:~ ( ... ".\

• O Z~ """"'\,~, O

'" " ... ___ J r " (I)~ MI&lJEl' MICIIIlIIII(Gllo " • " '" /,',. """i ~

.q // ~ • 1 ,0

" " • ESTADO Do ." ESTADO Do ."

• ~ ~

MAÇÃ-1988 (;'1> ~ BANANA-1988

~ • LEGENDA -<1.-v t."!.-t~ LEGENDA ,,~ • QUANTIDADE (1000 FRUTOS). POR O(!> QUANTIDADE (1000 CACHOS), POA

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA O MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA "'o O

• D Produção lne",stente ou InexpreSSiva ° " D Produçi'io IneXistente ou InexpreSSiva ° " D 3705 a O D 36 , O • 50000 $0

500 0$0 • D 50001 a 100000 ( D 501 a 2500 (

C 295511 O D 2501 a 7267 O

C " - 717 268 19532

Fonoe: ISGE-Produçlo Agrícola M"""'t!>aI ,I988 Fonte' ISGE- Produç,kl AgrlcoII Municr;»l,l988.

"-

57

Page 50: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

58

PECUÁRIA

A pecuária é a atividade econômica que visa à cri ação de grandes e pe quenos animais (bovinos , bubalinos, eqüinos, asininos , muares , su ínos, ovinos, caprinos, coelhos , aves, abel has e bicho-da-seda), que são destinados ao consumo em forma de alimentos, à indústria em forma de matéria-prima e ao trabalho. Esta at ividade pode ser praticada através de dois sistemas de cri ação.

a) Sistema In tensivo: o animal é criado em estábu los ou em pequenas áreas e recebe atenções especiais, como cuidados ve te rinários, pastagens artificiais , alime ntação especia l e seleção de raça c cruzamento, resu ltando numa melhor qualidade e maior produtividade.

b) Sistema Extensivo: o animal é criado em grandes áreas, geralmente de pastagem natural, sem maiores cu idados especiais.

A pecuária catarinense destaca-se pela avicultura, principalme nte, e su inocultura , atividades de grande importância econômica, ocupando destacada pos ição no contex to nacional.

Suinocultura l nicialme nte , a criação de su ínos objetivava apenas à produção de gordura animal (banha) e , a

partir de 1960 , iniciou-se t.ambém a industrialização de sua carne. Em Santa Catarina, a suinocultura é desenvolvida em pequenas propriedades, cuja mão-de-obra

é predominantemente familiar. Com a mode rnização do parque produtivo, os produtores passaram a utilizar tecnologias cada vez mais avançadas, conseguindo, assim, e levar o nível de produtividade.

H oje, a principal característica da suinocultura catarinense é a organização da produção e m sistemas integrados, que são utilizados po r aproximadamente 50% dos produto res.

As agroindústrias , através do siste ma integrado , mantêm contratos com os produtores que são obrigados a vender sua produção às mesmas, em troca de assistência para a criação. Com isso, se estabele uma dependência mútua e ntre o agricultor e as agroindústrias.

As propriedades criado ras de su ínos dedicam-se também à agricultura , p roduzindo milho c/ou soja para a alimentação dos rebanhos.

Os rebanhos suínos concentram -se, principalme nte, nas microrregiõcs geográficas de Concórdia, de Xanxerê, de Chapec6, de Joaçaba e de São Miguel d'Oeste, perfazendo 80% do efetivo estadual, com destaque para os municípios de Concórdia, ltapiranga, Chapecó e Seara.

Bovinocultura A bovinocultura catarinense caracte ri za-se por pequenos estabe lecimentos agrícolas, cuja produção

se destina, em grande parte , à subsistê ncia familiar (leite e tração animal). De modo geral, o re banho apresen ta baixa produtividade por não possuir um padrão racial definido, uma vez que os animais resultam do cruzamento de dive rsas raças . Alg umas proprie dades tradicionais vêm se preocupando com a modernização e com o investimento na tentativa de eleva r o seu nível de produtividade. O baixo desempenho dos rebanhos está ligado també m à alime ntação deficitária, à alta incidência parasitária, às doenças infecto-contagiosas e de re produção, o q ue atrasam o desenvolvimento do animal e elevam a mortalidade dos bezerros.

A produção de carne não tem sido suficie nte para suprir as necessidades do mercado consumidor interno, sendo necessária a sua importação. D estacam-se como maiores prod u toras de gado de corte , as microrregiões geográficas dos Campos de Lages, de C uritibanos e de Canoinhas.

Q uanto à produção de leite, o Estado consegue atender as necess idades do mercado consumidor interno. O produto te m do is destinos: consumo "in natura" e abastecime nto às indústrias de laticínios.

As indüstrias de laticínios concentram-se em áreas de produção le ite ira, principalmente nas regiões do Vale do Itajaí, do Planalto Serrano e do Oeste Catarinense. Outra região com significativo potencial leiteiro é o Sul do Estado, c uj a produção é e ntregue às indústrias da região e do Rio Grande do Sul.

Avicultura Em Santa Cata rina, a criação de frangos tem destaque econômico bastante significativo no cenário

nacional. A c riação de perus é outra atividade econômica de grande importância, que visa abastecer o consumo sazonal do mercado brasileiro.

Na década de 70, a avicu ltura e m Santa Catarina passou por um processo de expansão, deixando de ser uma atividade de subsistê ncia para se tornar uma atividade de característica ag roindustrial. Os aviários fOJ;"am dotados de moderna tecnologia , melhorando sensivelmente a produti vidade e a

qualidade das aves, tornando-se o Estado o maior produtor de aves do País. Este ava nço na produção deveu-se à implantação dos siste mas integrados de produção, constituídos da união e ntre o produtor e a indüstria frigorífica. A indüstria frigorífiea é responsáve l pe lo abate e come rci ali zação de aves em g rande escala para o abastecime nto do mereado inte rno e externo.

A avicu ltura te m apresentado crescimento substancial nas microrregiões geográficas de Joaçaba, de Concórdia, de Xanxerê, dc Chapecó e de São Mig ue l d 'Oeste, onde está diretamente ligada às peque nas propriedades produtoras de cereais e próxima a importantes indústrias frigoríficas.

Apesar da tecnologia desenvolvida, a produção comercial de ovos não te m acompanhado o crescimento do mercado consumidor, obrigando o Estado a importá- los. As microrregiõcs geográficas localizadas no vale do rio do Peixe e Oeste cata rinense são as maiores produtoras de ovos.

Apicultura A apicultura é uma das ativ idades mais antigas do mundo,

ao home m através da produção de mel, gelé ia real, pr6poli s e polinização.

prestando cera, be m

significat iva cont ribuição como à agricultura, pela

Em Santa Catarina, o prod uto apíeola de maio r des taque é o mel , cuja produção alcança a P colocação a níve l nacional, abas tecendo o mercado consumidor catarine nsc e os principais centros do País com mel de primeira qualidade. .

A apicultura é uma excele nte alte rnativa de re nda para o agr icu ltor , tendo e m vista que necess ita de pouca mão-de-obra, pouco espaço e pode ser desenvolvida juntamente com outras atividades.

Parte da produção de m e l de abelhas é be neficiada - passa ndo pe lo trabalho de controle de qualidade , de processamento e de comercialização - po r empresas q ue seguem normas es tabelecidas pe los ó rgãos de fiscalização; ou tra parte da produção é vendida di retamente ao mercado consumidor, sem passar por um processo industrial e pela inspeção fe de ral.

Esta atividade concentra-se , principalme nte, nas microrregiões geográficas do Tabule iro , dos Campos de Lages, de Curitibanos c de Joaçaba.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 51: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

D o

ESTADO

'Y/O

REBANHO SUiNO·1988 LEGENDA

QUANTIDADE (N~ DE CABEÇAS), POR

MICRORREGIÃO GEOGRAFICA

c==J 7772 11 70000

c=J 70001 a 170000

c=::::] 170.001 11 518605

530791

\

D O

ESTADO 00

,-----------------~'Y/O AVES·1988

LEGENDA

QUANTIDADE (N9 DE CABEÇAS). POR

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

o 231985 , 1000000

O 1000001 11 2000000

O 2000.001 , 7000000

7000001 a 14056714 - 71306108

Fónle; IfIGE·Ptod.,çlo Pecu&r" M"""",*,l96a

f>.

0 0

f>.

0 0

c

c

PECUÁRIA-SUíNOS,BOVINOS,AVES E DERIVADOS

\

e S T A D O

ESTADO DO

REBANHO BOVINO·1988 LEGENDA

QUANTIDADE (Ng DE CABEÇAS) . POR MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

[=:J 29130 11 80.000

c=J 80001 11 160000

I==:J 160001 11 250000

~ 250001 a 481 600

F<>n"" IIIGE-PmduçJo Pecuiril M~.1988.

\

A D O

LEGENDA 'Y/O

PRODUÇÃO POR MICRO/'REGI/lo', GEOGRÁFICA

LEITE (1000 litros)

0 0

0 0

..•. _ .. -.-.-- ~:!:~:~~ 000 ::: 000 ovos (1000 DÚZias)

IA: ~.

MEL (k-g)

:::?ª!1·?'?'Q500 000 ····250000 ::::··2!Ú:iOO 100000 ~ ····';iii

o O

R A N Á

A R A N A ~'- ~"

~f_ v. 0 ""·"[,,,,

• il ~

oD MlCllllRllEGllIl DOS WIf'DS li[ lJIltS

.'~'"

c

59

Page 52: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

60

IND ÚSTRIA

A indüstria é um conjunto de atividades produtivas que se caracte riza pela transformação de matérias­primas, manualmente ou com o auxílio de máquinas e ferramentas, eom o objetivo de fabricar mercadorias. De uma maneira bem ampla, entende-se como indüstria desde o artesanato voltado para o autoconsumo até a moderna produção de eomputadores e instrume ntos e le trô nicos.

No passado , o homem empregou sua própria força física para transfo rmar as matérias-primas, passan­do , posteriorme nte , a utilizar tração animal. Entre tanto , a indüst ria só teve impulso considerável com a utilização da e ne rgia prove nie nte do carvão mineral e vege tal nas máq uinas a vapor e nos transportes. A partir do final do século XIX, os derivados do petróleo passaram a ser cada vez mais usados como insumos energéticos, tornando-se, juntamente com a eletricidade, imprescindíveis ao desenvolvime nto da indüstria no século XX.

A indústria divide-se e m dois setores principais: a Extrativa Mine ral , que tem como Finalidade a extração, a elaboração e o beneficiamento de minerais : e a l ndüstria d e Transformação, voltada para a transformação de maté rias-primas e m be ns.

De acordo com a utilização dos bens produzidos, a indústria é ass im classificada: indústria de bens de eapital (máquinas e equipame ntos), indústria de bens de consumo intermed iário (matérias-primas para outras e mpresas) e indústria de be1)s de consumo fi nal (duráveis ou não).

A indústria catarinense empregava em 1980301.116 pessoas em suas 11. 363 e mpresas e era respon­sável pe la geração de 37% do Produto Inte rno Bruto estadual.

De maneira ge ral , a inexistê ncia de cidades de grande porte con tribuiu para que Santa Catarina não apresentasse grandes concentrações industriai s. As microrregiões geográficas de Joinville, BJumenau, ltajaí, Criciúma, Joaçaba, Concórdia e C hapecó, são as que concentram maior mímero de indústrias.

Na microrregião geográfica de JOinville , as indüstrias voltadas para a produção de produtos me talür­gicos, e lé tricos, p lás ticos e mecânicos alcançam grande projeção nacional.

A microrregião geográfica de Blumenau caracteriza-se por possuir um dos mais importantes parques da indt't stria têxtil e do vestuário da América do Sul , respo nde ndo por 15% da produção nacional de malhas e 10% da fabricação de fe lpudos.

As microrregiõe~ geográficas de Criciúma e de Tubarão, no Sul do Estado, apresen tam um expressivo centro industrial , sendo re sponsáveis pelas maiores indústrias ex trati vas e de beneficiamento do carvão e d e cerâmicas. C riciúma e Urussanga são os doi s municípios que mais se destacam na produção de pisos e azulejOS. Em Tubarão a Us ina Jorge Lacerda, antiga SOTELCA , é a maior te rmoe létrica brasileira movida a carvão-va por. No municíp io de Imbituba , opera a Indústria Carboquímica Catarinense - ICC, a qual aproveita os rejeitas piritosos do carvfl.O para a produção de ácido su lfúrico que é u tilizado para a fab ricação de ácido fosfórico .

Nas microrregiões geográfias de Canoinhas e, especialmente, na dos Campos de Lages , predominam as indústrias de beneficiamento de madeira e de fabricação de papel e papelão. Os principais fatores que favoreceram o desenvolvimento destes gêneros industriais foram as fac ilidades encontradas , como o preço da terra, o ap rovei tamento hidroelétrico de baixo custo e as cond ições ecológicas para o refloresta­mento com pinus, araucárias e cucaliptus, além de outras espécies exóticas.

O Oeste do Estado é representado pe la atividade agroindustrial , responsável pela produção e industra­Iização de aves , suínos , soja , milho , etc. As empresas adotam o siste ma de produção integrada, no qual o agricul tor te m o compromisso de fornecer a matéria-prima (suínos , aves e grãos) para as indústrias que, po r sua vez , fornecem assis tência ao produtor.

Em 1985 foram recenseados 10.431 estabelecimentos industriai s e 3 10.272 pessoas ocupadas. Neste parq ue industrial constituído basicamente de pequenos estabelecimentos , cerca de 80% das

empresas empregavam , em 1980, menos de 20 trabalhadores e 36%· absorviam menos de 5. Já em 1985 essa t't ltima proporção subiu para 43% e o número de microempresas representava cerca de 51 % total.

É importante sali entar que apesar da caracte rística atom isada, a indústria catarinense é sus ten tada pelas empresas que possue m mais de 5 empregados , as quais ge raram 99% do valo r bruto da produção industrial de 1985.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 53: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

s T A o o 0 0

E.STADO

PRODUTOS ALlMENTARES-1980

LEGENDA

VALOR DA PRODUÇÃO (C r$ lO O) POR MICRORREGIÃO GEOGRAFICA

~­~

12470342

8000000 5000 000 2500000 1000000

Fonte: f\A'ldaçio ImlllulO s.. .. lewo de Geograí.a e EstaUsIlClI-IBGE-Ceoso Inch.i$tflilll 1980

\ 4'. ~ Z,Y ;~ <!~-

IL 11( $ia

'" u .m ,

S T A o O

ESTAD DO

r-------------------~~'O VESTUÁRIO,CALÇADOS E

ARTEFATOS DE TECIDOS -1980

LEGENDA

VALOR DA PRODUÇÃO (Cr$ 100 ~POR MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

22108 644

10000000 5000000 1000000

500000

Fonle Funo:laçlo Insh!\JIO &M,IeKO de Geografo.a I!

EslallslocalBGE·Censo Indusl1~ 1980

0 0

lO "

o O

R

R

A N A

A N A

vv "

• ~LO~S

S T

ESTADO

A D O

DO 1 ~ "

'O

INDÚSTRIA TÊXTIL -1980

LEGENDA

VALOR DA PRODUÇÃO (Cr$ l OO)POR MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

42886973

20000000

10000 000 5000000 1000000

Fonte: Fu~ Immuto Bras,le..-o de GeogrBI .. I! ESUhSbCa-IBGE·Censo Induslf1at 1980

T D O

,.

ESTADO DO ", O

MADEREIRA - 1980

LEGENDA

VALOR DA PRODUÇÃO (Cr$ 100) POR MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

5377920

3.000000

1000000 500000 100000

Fome Fund<OÇJo In!;ml>m S,ilSIletfO de Geo!yllr .. e EstilllSIICit·IBGE·Cen!o industrial 1980

0 0

0 0

INDÚSTRIA - PRINCIPAIS RAMOS

lO

'1 ..,

lO

"

o O

R

R

" N A

c

L

"",lioifJl'r" ."

o

61

Page 54: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

, 62

RECURSOS NATURAIS E EXTRATIVISMO

Recursos naturais São considerados recursos naturais: o ar , a água, a e nergia solar , os mine rais , as rochas , o solo ,

os vegetai s e os animais. O homem se relaciona com os recursos naturais de várias formas , 11m3 vez que é através deles

que as necess idades humanas são sati sfe itas. Isto quer dizer que a base mate rial para a existência do homem é a natureza. A forma de relacioname nto homem/natureza depe nde do modo de produção, da estrutura social e do nível tecnológico utili7..ado no processo de produção.

Nas antigas sociedades, o homem retirava da natureza apenas o necessário para a sua sobrevivência. Com o advento da industrialização em larga escala c do ace lerado crescimento demográfico, a exploração dos recursos naturais sofreu violenta alteração nos seus obje tivos, volume e variedade, estabelecendo-se, em muitos países , urna re lação home m/natureza de caráte r predatório.

Os recursos naturais pode m se r classificados segundo vários critérios, de acordo com o re ino a que pe rte ncem , o grau de abundância e outros. Uma classificação simples (' amplamente utili zad;l rerere-se à possibilidade ou não de sua re novação. Assim , te m -se:

a) recursos renováve is - são aqueles que possue m a capacidade de se renovar. Exe mplo: vegetai s, animais , água;

b) recu rsos não-renováve is - são os que não possuem capacidade de renova~:;:io . Exemplo: os mine rais.

Extrativismo Extrativismo é a atividade que tem por finalidade a exploração dos recursos naturai s. Está dividido

e m animal. vegetal e mineral. Os animais e os vegetais são riquezas que possuem capacidade de re novação, mas , devido às condições

de degradação em que se e ncontra a natureza , es tão se tornando cada vez mais escassos. Muitas espécies já desapareceram c outras e ncontram-se amcaçadas.

a) Extrativismo animal No extrativismo animal. Santa Catarina concentra-se na atividade pesquei ra, que, por se r bastante

desenvolvida, coloca o Estado en tre os maiores produtores de pescado do Brasil. A raixa litorânea catarincnse possui característica irregular , o que proporciona grallde diversificaçüo

nos tipos de pesca. O po te ncial pesqueiro, além da faixa de mar aberto, ocorre nos rios , lagoas c baías , onde são capturadas g randes quantidades de pe ixes , crustáceos e mo luscos.

A pesca é realizada de rorma artesanal c industrial. A primeira caracteriza-se por utilizar técnicas rudimentares , como redes de malhas , arrasto, tarrara , espinhé is, etc. Já a pesca indust rial , util iza tecnologia c aparelhos mais sofis ticados, como ccossondas, rede de cerco e traineiras.

Os municípios que mais se des tacaram na ati vidade pesque ira em 1985 foram: ltajaí, Navegantcs, Florianópoli s, Lag una , Gove rnado r Celso Ramos e Jaguaruna.

h) Extrat ivismo vegetal O ex trativismo vegetal e m Santa Catarina ocorre com maior intensidade nas regiões do Planalto

de Canoinhas, Meio-Oes te Catarinense c , principalmen te , no Vale do Hio do Peixe. Nas décadas de 40/60, o Estado era o primei ro produtor de made ira , baixando poste riormen te

a sua produção devido à devastação das matas de araucárias. Atualme nte , Santa Catarina ainda é um dos maiores p rod utores nacionais de madeira, principalme nte

e m tora e lenha. As principais microrregiões geográficas produtoras são: a de Joaçaba (onde se des tacam os municípios de Água Doce e Catanduvas), de Xanxerê (Ponte Serrada), de C uritibanos, de Hio do su l e de ltuporanga.

També m é important e a c ultura da erva-mate, c uja produção se concentra na microrregião do Planalto de Canoinhas, onde os municípios de Canoinhas, ltaiópolis, lrineópolis e Major Vie ira s,10 os maiores produtores.

Outro produto do extrativ islllo vegetal é o palmito que, e mbora apareça e m me nor escala, é de grande importância econômica , sendo encontrado nas microrregiões geográficas de JOinville e de Blu­me nau .

Bes ta mencionar, ainda, O carvão vegetal, quc apa rece e m quase todo o Estado, principalmente nas microrregiões geográficas de Araranguá, de C riciúma, de Rio do Sul, de Ituporanga e do Tabulei ro .

c) Extrat ivismo mineral Em Santa Catarina, a maior concentração de reservas mine rai s está na microrregitl0 Carhonífera,

no Sul do Estado. O grande destaque nesta ,1rea é o carvão, cuja produção em 1985 roi de 19.271.430 toneladas, o que correspondeu a aprox imadamente 62% da produção nacional. Os principais produtores de carvão mineral no Estado são os municípios de Criciúma, Içara , Sidcrópolis e Lauro Müller.

O carvão mine ral bruto re tirado das minas passa por I1Ill processo d e pré-lavagem , próximo ao local de e xtração, seguindo para o Lavador de Capivari, onde é separado e m carvão e ne rgé tico , carvão metalúrgk'O e coque,

O carvão e ne rgé tico é usado na produç,io de elctricidade pe la Usina Termoelé trica Jo rge Lacerda, em Tubarão/Se. Também é empregado como ronte de energia nas indústrias de alimen tos, de papel e cerâmica, alé m de se r usado nas locomotivas da Estrada de Ferro Dona Teresa Cr istina .

O carvão me talúrgico é consumido na rabricação de aço pelas Companhia Side rúrgica Nacional - CSN, Companh ia Siderúrgica Paulista, Companhia Sidenlrgica de Tuharão e Usina Side nírgica de Minas Gerais , situadas, respectivamente , nos Estados do Hio de Janeiro, São Paulo , Espírito Santo e Minas Ge rais.

Por sua vez. o coque é utilizado nos se tores industriai s de fundição . de artefatos de borracha e de metalurgia .

Além do ca rVel0, o solo catarinense tem outros minerais, como a fluorita ~ principal font e comercial de fIúor - que é e mpregada nas indústrias químicas, de alumínio, cerâmica e ó ti ca. As rese r .... as c a produção estadual de fluorita são as mais importantes do País e estão localizadas nos municípios de Armazém, Orleans, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, Tubarão, Imaruí, Jaguaruna e , de forma substancial , e m Morro da Fumaça e Pedras Grandes. .

As argilas que se originam a partir da alteraç'ão dos aluminossilicatos componentes das rochas -largamente utilizadas na rabricação de pisos e azulejos e nas indústrias de louças, de pape l, de borracha, de cimento e de inseticida - aparece m e m toda a ex te nsão do te rritório ea tarinense. As maiores reservas são e ncontradas nas microrregiões geográficas de Rio do Sul, de Ituporanga , de C riciúma e de Hlume nau .

As are ias são um tipo de sedimento de trítico , não-conso lidado, podendo ser constituídas de qualquer mi neral ou rragmento de rocha, tendo o quartzo como seu principal compone nte. S~10 utilizadas na construção civ il e nas indústrias de cc nimica c de cristais. Des tacam-se na produção de areia, as microrregiões geográficas de Araranguá, de Itajaí, de Hio do Su l, d e Criciúma, de JOinville e de Tubarão.

Outros minerais que aparecem em menor escala em Santa Catarina são: água mineral. ametista , ardósia , bauxita , calcário , C'd-ul im , (·oríndo n, diatomita , re ldsl)ato , rosratos , ouro, pirita, quartzo e volfra­mita , ete.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 55: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

ESTADO

~/O

EXTRATIVISMO MINERAL -1985 LEGENDA

VALOR DA PRODUÇÃO (Cr$ 1.00). POR

M ICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

ESTADO

706.439.48 500.000.00

250 exx),(X) 100000.00 50 (XXl,{X)

D O

~ /O

EXTRATIVI SMO V EGETAL - 1985

LEGENDA

VALOR DA PR ODUÇÃO (C r$ 1.00 l .POI M ICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

: ..... ................... 86764.02

. ........ . 50000.00

25 000.00 10000,00 5.000,00

00

p A

A

ESTADO

o

u

o

u Sio Joaqum .

~

~

',<

~

~

~

" "

O '-' "'-."

RECURSOS NATURAIS E EXTRATIVISMO

DO PARANÁ

o

D Pe ixes

D Crustâceos

Moluscos

Fonte: SUOEP€-An""rio hta!fstico -1985.

a

a EXTRATIVISMO

ANIMAL 1985

LEGENDA

VALOR DA PRODUÇÃO (Cr$1.00)POR MICRORREGIÃO

GEOGRÁFICA

192.388.224.49

~-_',"" " - ' ___ _ , .................. 100000.000.00

50000.000,00

10000.000,00

63

Page 56: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

6 4

COMÉRCIO

Entende-se por comércio a troca de mercadorias ent re os indivíduos com o objetivo de obter lucro. A prática do comércio precede a da própria industrialização.

Em Santa Catarina, o processo de expansão do comércio não foi muito diferente do restante do País. A colonização alemã que se fixou no vale do rio ltajaí já mantinha, desde aquela época, laços comerciais com a Europa. A atividade de comércio denominada " import-export" , ou seja, compra de produtos das colônias para exporta r para a Europa, propiciou a geraç.'ão de excedentes que foram canalizados para a implantação de atividades industriais.

Comércio Interno o comércio de mercadorias pode ser classificado e m duas classes: varejista e atacadista. O comércio varejista é aquele realizado em pequenas quantidades entre o comerciante e o consumidor

final ou en tre produtores e consumidores finais, com alguma margem de lucro sobre o produto comercia­lizado. O comércio atacadista é aquele realizado em grandes quantidades e ntre produtores e revendedores que se encarregam de fazer chegar os produtos aos consumidores finai s. Este tipo de comércio funciona mais como um meio de redistribuição de me rcadorias entre os diversos estabelecimentos comerciais.

Em Santa Catarina, no ano de 1980, ex istiam 24.000 estabe lecimentos comerciais, sendo que 22.000 eram varejistas e apenas 2.000 atacadistas.

Os produtos mais importantes comercializados no varejo são: alimentos, tecidos , roupas e medica­mentos. As microrregiões geográficas que concentram o maior número de es tabelecimentos de varejo são as que apresentam grandes centros populacionais e econômicos, tais como: Florianópolis, Chapecó, Joinville e Blumenau.

No comércio atacadista, as mercadorias predominantes são: produtos alimentícios, extrat ivos e agrope­cuários. Este tipo de comércio é mais re presentativo nas microrregiões geográficas de Florianópolis, de Blumenau, de Chapecó, de Concórdia e de Xanxe rê.

As atividades de comé rcio, de uma maneira geral, são bem dístribuídas por todo Estado, devido a ausência de grandes concentrações populacionais e econômicas.

Por outro lado, o expressivo número de municípios de pequeno porte favoreceu também o apareci­mento de uma estrutura comercial concentrada em pequenos estabelecimentos. E stes estabelecimentos empregam até 9 pessoas e representam 90% do total existente no Estado.

O desempenho do comércio na década de 70/80, embora tenha sido inferior ao da indústria, deu mostras de seu dinamismo, dobrando o número de empregos num espaço de 10 anos, chegando a empregar, e m 1980, cerca de 100.000 pessoas e aumentando em 4.000 o mímero de novos estabeleci­mentos no Estado.

Comércio Externo As atividades de comércio externo compreendem as transações de compra e venda realizadas com

outros países. Santa Catarina, desde o início de sua co lonização, procurou integrar-se ao mercado internacional.

As primeiras exportações catarinenses ocorreram no início d a segunda metade do século passado , quando o principal produto de exportação era a erva-mate.

Com a implantação das primeiras indústrias tradicionais no vale do rio ltajaí e litoral de São Francisco a partir de 1880, a pauta de produtos exportados vem se modificando ano após ano.

Santa Catarina, que até há pouco tempo atrás era caracterizado como um Estado exportador de produtos básicos, ou seja, produtos não-industrializados , passou, nesta última década, a exportar produtos manufaturados , e semimanufaturados , que representam mais de 60% do valor total das vendas ao exterior.

Os principais produtos exportados por Santa Catarina e suas respectivas participações podem ser visualizados na tabela 20.

Tabela 20 - Principais Produtos Exportados por Santa Catarina -1987.

PROD UTOS

Têxtil Carne de Aves, Congeladas é Derivados Farelo de Soja Fumo MotoC'omprcssores Calçados A(,'lkar Hdinado Óleo de Soja Refinado Pape! K raft Pisos e Azulejos Acessórios para Tubos de ferro .'vl alcâvel Portas, Janelas e Batentes de .'vladt! ira Carne de Suín os Congelada Algodào Refrigeradores de Uso Domést ico Outras Lou~~as e Utensílios de Uso Domést ico .'vI atores Trifásicos com Potência igualou maior a 1 H P Parte e Peças Separados de ferro Oll A~'o

Mad eira Compensada Sementes e Frutos de Soja Outros

TOTAL

RESUMO POR CLASSES ,

Manufaturados Básicos Semimanufaturados

TOTAL

FONTE: Centro de Com~rcio Exterior de Santa Catarina - CECESC.

uss FOB

177.370.77 1 129.079.370 117.452.319 89. 195.654 75.228.783 49.890. 599 49.645.890 31.584.252 27.515.488 27.413.'190 13. 350.023 11.511.456 9.487.435 9.454.006 8.696.378 8.298.659 7.946.108 6.993.692 6. 791.377 6.334.489

148.603.006

1.011.953.245

627.9G4.515 370.260.628

13.728, 102

1.011.953.245

%

17,53 12,76 11.61 8,82 7,43 4,93 4,91 .'3, 12 2.72 2,71 1.32 1.14 0,9-1 0,93 0,86 0,82 0,79 0,69 0,67 0,62

14 ,68

100,00%

62,05 36,59

1.36

100,00%

Quanto ao destino das exportações, os países que mais compram produtos catarincnses são: Estados Unidos, Alemanha Ocidental e Arábia Saudita, absorvendo em conjunto mais de 30% do total exportado.

A evolução das exportações catarinenses, no contexto nacional, também tem sido notável, evoluindo num curto espaço de tempo de 1% para mais de 4% do total exportado pelo País. Atualmente, Santa Catarina ocupa a posição de 9'; maior Estado exportador do Brasil.

As microrregiões geográficas que tem maior participação nas exportações catarinenses são: de Chape­có, de Concórdia e de Joaçaba , eujo produto mais exportado é a carne de aves e suínos; de Blumenau, com os produtos texteis e derivados de soja; de Joinville e de Itajaí, com motoeompressores e produtos metal-mecânicos.

Quanto ao volume, as importações catarinenses somavam US$ 500 milhões. equivalendo a somente 50% do total exportado, destacando-se como principais produtos importados as máquinas e os equipa­mentos.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 57: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA COMÉRCIO-VAREJISTA E ATACADISTA

" " < " ~

~ « z

f-

Z j w ,

t' (!)

(lO

'c> E

~

" , ,

'"

~ o

""\ !:

S T

1 <1

\

I~

A 0'9 '}

1

1 ~

~

FriO

, o o ~

LEGENDA

CLASSES DE COMERCIO INTERNO POR MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

_ Atacadista

Varejista

Limite das Microrregiões Geográficas

fonte: FundaçJo IBGE: Censo Cornefc.al -1980

VALOR TOTAL EM C,$1,OO POR

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA -1 980

29964 ,78

2000000

10000.00

5000.00

100000

p

-S' .,' 0

< 'l,

~

1t.~~

",,"

~

.. "'" \ ""'.

""

li

r

,

o

o ESCALA ' : 2 .000000

10~m o 10 20 :lO 4 0 5Dk m

6 H H 1==1 '=---4 ! PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA

DE MERCATOR . UTM

65

Page 58: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

66

MEIOS DE TRANSPORTE

Compreendem o conjunto de meios empregados pelo homem para deslocar pessoas e mercadorias de um local para outro. Os meios de transporte mais usuais são: terrestre (rodovicírio c ferroviário), aquático (lacustre, fluvial e marítimo) e aéreo.

Transporte Rodoviário A abe rtura de novas fren tes de coloni zação, a diversificação da produção, o aumento do comércio

interno c externo c o acelerado ritmo de crescimento po pulac ional provocaram, gradat ivamen te , a necessidade de ampliação e rcc quipamcnto do setor fe rroviário. No entanto, o elevado custo financeiro para im plantação e conse rvação das ferrovias levou os governantes, por volta da década de 40, a optar pelo invest imento no setor rodoviário, que é de implantação mais rápida e menos onerosa, em hora o custo de transporte de cargas e passage iros seja menos caro.

Dessa fo rma, as rodovias começaram efetivamente a ser ampliadas e melhoradas por volta da décad a de 40 e ra pidamente se expandiram em diversas áreas do Estado. Na década de 50, o desenvolvime nto industrial, em especial a implantação da indústria automobil ística na região Sudeste, favo receu ainda ma is a e xpansão da rede rodoviária, p rincipalmente nas duas décadas seguintes.

As rodovias de Santa Catarina , que concentram praticamen te todo o transporte de passagei ros no Estado, estão distribuídas, com o nos demais estados , em rodov ias federais, a cargo do Departamento Nacional de Estradas de Hodagem - D NE R; em rodovias es taduais, sob a jurisdição do De partamen to de Estradas de Hodagem do Estado de Santa Catarina - DER/SC; e em rodovias municipais , sob respo nsabi lidade das Pre feituras.

As BHs longitudinais que cortam o Estado são: BR~ 10l , acompanhando o lito ral ; BH~ 11 6, passando pelo Planalto de Canoinhas e Campos d e Lages; BR-153, atravessa o Me io-Oeste , passando por Porto União e Conc6rdia. A BR transversal c a BR de ligação, respectivamente , BR~282 e 470, ligam o litoral ao Oeste catarinense . As demais rodovias me nores são responsáveis pelo restante das comunicações entre os dive rsos locais do Estado.

Transporte Ferroviário As principais ferrovias da região Sul fo ra m implantadas no fina l do século XIX (1874) e p rinc ípio

do atual. Por volta de 1890, estabe l eceu~se a ligação fe rroviária entre a região Sudeste eo Extremo Sul

do País , en tre Itararé (SP) e M arcelino Kamos (RS ), orientada no sentido do an tigo caminho do gado. Este e ixo longitudinal tornou~se a princ ipal via de circulação ferroviária , pois , em virtude de sua articulação com a Estrada de Fe rro Sorocabana , estabeleceu ligação d ireta com O Sudeste, concctalldo~se com a fcrrovia que liga Ponta Grossa (PR) a Paranaguá (PR) e com a linha Porto União (SC) - São Francisco do Sul (Se).

No início do século efetuou ·se a ligação de Trombudo Central a Hlumenau, no vale do ltajaí. Blumc nau pe rmaneceu até a década de 50 como ponta de trilhos , ligando-se a lt.ajaí pela navegação fluvial.

Em 1969, foi eoncluído o trecho Montenegro (RS) ~ Mafra (SC) , parte do eixo que pretende estabelecer a ligação de Porto Alegre a Brasília , passando por SélO Paulo.

A Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina s itua~se totalmente no Estado. Sua criaç.'ão d eveu-se à descoberta do carvão mineral nas verte ntes do rio Tubanl0, em 1870.

A quilometragem das re rrovias ex istentes no Estado é a seguinte: 453 km de Po rto União a São Francisco do Sul; 293 km entre Lages e Mafra ; e 372 km ent re Porto União e Conc6rdia. A Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina con tava, em 1973, com 229 km. Nos últimos anos a extensão ferroviária tem dimi nu ído pela desativação de trechos ou pela re tificação de traçados . Tem~se observado também a progressiva substi tuição da tração a vapor pela tração a diesel; e m 1970, a maioria dos trens utilizava a tração a die sel , com exceção da Estrada de Fe rro Dona Tereza Cristina que continuava a vapor.

Atualme nte, as ferrovias sulinas integram o Sistema Regional Sul, componente da Re de Fe rroviá ria Federal S/A ~ HFFSA, que é um órgão vinculado ao Ministé rio dos Transportes.

Transporte Aéreo A evo lução do transporte aé reo brasileiro tem se caracterizado pelo aumento substancial do volu me

de cargas e passageiros transportados e pela redução do lHímero de empresas que operam no setor.

Em fins da década de 40 haviam 50 empresas regist radas no País como ope radoras de transporte aéreo. Em 1957, e ram 17 e , em 1980, as mais im portantes e ram e m núme ro de três: Viação Aé rea Hio Grandense S/A - VARIG/C R UZE IRO , Viação Aé rea São Pau lo S/A - VASP e a Transbrasil S/A ~ Linha Aé rea ~ TRA NS BRASIL, que teve origem em Concórd ia/Se.

Em 1969, fo i cri ada a Empresa Bras il ei ra de Ae ro náu tica - EMBRAER, com a finalidade de fome ntar a pesquisa e a p rodução de aviões no Brasil.

Na década de 40, já e xi stia em Florianópolis um aer6dromo, conhecido como C aiacanga, e já na década de 50 su rge o Aeroporto HcrC11io Luz, que em 1976 recebia novas instalações, e em 1988, ap6s a realização das obras necessária s, conq uistou a posição de ae roporto inte rnacional.

Em Santa Catarina ex istem 30 aer6dromos , sendo os 3 maiores os de Florianópolis, Navegantcs e ]oinvill e.

Santa Catarina, atualmente , é atendida pelo transporte aéreo e m diversos municípios, sendo efetuado po r quatro e mpresas: THANSBRASIL e VASP que ope ram e m Florian6polis; a VARIG que ope ra em Flo rianó poli s, Navegantes e )oinville ; e a RIO- SUI- Serviço Aéreo Hegional S/A que ope ra e m Flo rian6po lis, Navegantes , Criciúma, Blume nau , )oinville, Lages e C hapec6. Além des tas e mpresas, o transpo rte aéreo para o interior do Es tado é realizado també m por táxis aéreos e aviões particulares.

Transporte Marítimo Em Santa Catarina, o transporte marítimo é fei to principalme nte através dos portos de São Francisco

do Sul, ltajaí e 1mbituba c do termi nal pesqueiro de Lagu na. Os portos catarinenses estão integrados ao Siste ma Portuário C Hidroviário Nacional, sob concessão

da Empresa de Portos do Brasil S/A ~ PORTOBRÁS. O porto de ?ão Francisco do Su l situa~se perto da ponta do Rabo Azedo e fo i inaugurado em

junho de 1955. E conside rado o sétimo porto Brasileiro na exportação por "containe rs" e recebe ce rca de 30 navios por mês. Ele apresen ta algumas condiçõcs bas tante favoráveis como: tarifas mais baixas , fatores naturais propícios e sati sfatória rede de acesso rodoviário e fe rroviário, sendo escoadouro natural para os produtos catarinenses oriundos de diversas regiões do Estado. As principais me rcadorias movi ~ me ntadas por este porto são: fa re lo de soja, soja e m grãos e trigo e m g rãos.

Em 1914, iniciou-se a construção do porto de ltajaí, que foi construído em e tapas, no decorre r do tempo. A barra c o canal de acesso permite m a e ntrada d e navios com calado m áximo de 7m. As principa is mercadorias que este porto movime nta são: açücar, frango congelado e derivados de pe tró leo.

A descoberta do carvão mineral , e m me ados de 1870, nas verte ntes do rio Tubarão, gerou a neces~ sidade de cons trução de uma estrada de ferro (Dona Tereza Cristina) e de um porto para seu escoamento , tendo sido escolhida a enseada de 1mbituba, onde se iniciou a construção do porto. D esta iniciativa resu ltou apenas a construção de um trapiche de 70m de extensão. Porém , 12 anos após, em 1919, reiniciaram~se as obras com as seguintes melhorias : cais de acostagem com 308m de exten são e 8 a 10m de profundidade, armazéns e pátios de estocagcm. A Companhia Docas de Imbituba possui a concessão do porto por 70 anos, a partir de 1942, para exploração, conservação e melhoria do mesmo. As principais mercadorias movimentadas neste porto são: açúcar, frangos e suínos congelados , carvão mineral , ácido fosf6rico, rocha fosfát ica, bobinas e chapas de aço e máquinas , aparelhos e lé tricos e acess6rios.

O porto de Laguna, situado na e ntrada da barra de Lagu na, foi desativado devido principalmente a ques tões técnicas c políticas. Em 1970, foi rcativado, no antigo porto, o "Te rminal Pesqueiro" que , no entanto, não e ntrou e m funcionamento. Em 1985 fo i dado início à dragagem da bacia de evolução e recupe ração das instalações.

O porto possu i fáb rica de gelo, câmara de espera , túne is de congelamento, câmara d e embalage m, câmara de estocagem de congelados , cais de descarga , dc p6si to de lavagem de caixas, mercado de peixes, ambulat6rio, restaurante, box e apetrechos de pesca, edifício marquise de descarga e área industrial .

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 59: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

".

".

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

E S TADO D

f? , o

LEGENDA

NUCLEOS

o ",l

" ..q

MEIOS DE TRANSPORTE

o

Capita l

Cidade

Vila o

J ~\~ P;~'~--------~~-t--------~~------tc---------t-"~:7~~--J1'-~~------~-r~--~--;;;(~~~~~~r,?~i4~~~~~~~~----------1 '"

TRANSPORTES

TERRESTRES

RODOVIAS

Com Pavlmentaçào

Sem Pavimentação

FERROVIAS

Estrada de Ferro

AEREO

Aeródromo Pavimentado + Aeródromo Sem Pav imentação +

MAAiTIMO

Porto

Fonte AIIM de s.n~ C"r.,,.. 1986; AIlliIhzado Pelo Mapa ftodoIn6rlO DER/ SC 1990

o O

\

\

SI' WG , .,.

o

o ESCALA "2.000.000

'O~m Q 10 20 ~o ~O !>Ok",

bed bd 1

PROJEÇlO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR • UTM

".

67

Page 60: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

68

COMUNICAÇÕES E ENERGIA ELÉTRICA

Telefonia A e mpresa pioneira na telefonia estadual foi a Companhia Te lcfõnica Catarinense - eTC que

mantinha , en tre 1910/1920, em algumas cidades do Estado, equipamentos a rnagneto. A primeira central automática foi inaugurada em 1930 , em FlOrianópolis. Entre 1940/ 1950, foram

instaladas as centrais te le/ún icas automáticas de Hlumenau , Lages e Ri o do Sul. Em 1950, foram adquiridos pela eTC a rede te fefonica de Porto União (SC) e União da Vitória (PR) c o siste ma te lefônico de Mafra , até então entregues a te rceiros.

Em 1969, O Estado de Santa Catarina adquiriu a eTC e constituiu a sua e mpresa, a Companhia Catarincnsc de Te lecomunicações - C OTESC. Nessa é poca, mais da metade dos municípios não di spunha de qualquer se rviço telefônico e todo o Oeste do Estado estava completamente isolado.

Para e nfre ntar essa realidade, a COTESC elaborou um plano de e me rgência que em pouco tempo integrou todo o Estado, unindo o O ste a litoral. A seguir de u-se a implantação do sistema de Discagem Direta à Distância - DDD, sendo Blume nau a prime ira cidade a dispor desta inovação. Enquanto isso , e m Florian6polis e ram instalados telefones moedeiros e a capacidade das centrais era ampliada em 50%.

Nos primeiros anos da década de 70, a execução do Plano Dire tor de Telecomunicações do Estado possibilitou, num curto espaço de tempo, atender 142 sedes municipais e substituir todas as centrais telefônicas antigas de comutação manual e automática por centrais modernas.

Em 1974 , a COTESC passou a denominar-se Te lecomunicações do E stado de Santa Catarina S/A - TELESC, to rnando-se uma das primeiras subsidiárias da Telecomunicações do Brasil S/A - TELE­BRÁS.

Ao final de 1974, foram inauguradas 2 centrai s, e m 1975, outras 29 e ram ativadas; e m 1976, mais 63; e, e m 1977, 27 novas centrais. Em 1978, a TELESC já e ra conside rada a segunda e mpresa do Sistema TELE BRÁS a atender a totalidade de seus municípios. Ao final de 1979, um novo marco era atingido , o DDD chegava a todos os municípios de Santa Catarina.

A partir de novembro de 1975, o E stado passou a contar com o serviço de Discagem Direta Interna­cional - DOI , que permite ligações telefônicas com mais de 140 países.

Em 1986, o númc ro de terminais telefônicos instalados e em serviço no Estado de Santa Catarina e ra 177 .279 e 171.209, respectivamen te.

Correios e Telégrafos Em 1969, o Departamento de Correios e Telégrafos - DCT foi tran sfo rmado e m empresa pública,

vinculada ao Ministé rio das Comunicações, soh a denominação de Empresa de Correios e Te légrafos - ECT

Em Santa Cata rina , a ECT possuía, em 1986, 172 agê ncias postais e telegráficas, 37 agências postais , e 147 postos de corre ios que são unidades integrantes da rede postal de atendimento, instalados e operados por tercei ros através de convênios. Além destes , existem ainda as agê nc ias postais satélite s e o balcão postal , que são un idades auxi liadoras.

Rádio A radiodifusão e m Santa Catarina começou em Hlume nau , em 1929, por in ieiativa do radioamador

João Medeiros Junior, que instalou , junto a uma pequena biblioteca, um alto-falante para transmitir, em determinadas horas, trechos musicais.

Essa iniciati va resu ltou na primeira estação de rádio do Estado, a Rádio C lube de Blumenau , que foi instalada em 1935 nesse município. A Capital do E stado inaugurou a sua primeira es tação, a Rádio Guarujá, some nte em 1943.

A partir de 1945, notadamente nas décadas de 50 e 60, surgiram uma série de emissoras de rádio por todo o Estado. Nesse pe ríodo, o rádio foi o grande me io de comunicação e de penetração, tanto no meio urbano como no rural , exe ree ndo fo rte influência no processo de politizaç,10 da população catarine nse.

Em 1985, existiam cerca de 121 c missoras de rádio. Ao final do primeiro semestre de 1986, e las e ram 130, operando e m freqüê ncia modulada , ondas curtas e ondas médias .

Televisão No início da década de 60, su rgiu a prime ira e missora de tel evisão em Santa Catar ina, a TV Coligadas

e m Blume nau , dando origem a um processo evolutivo dos mais importantes na impre nsa catarine nse. Em 1969, nasceu a Rádio e TV Cultura em Florian6polis. Em 1979, a TV Eldorado (Criciúma).

a TV Catarinense (Florian6polis) e a TV Santa Cata rina Uoinville). Em 1980, a TV Planalto (Lages). Em 1982, a TV Barriga Ve rde (Florian6polis). Em 1986, a TV Itajaí (Itaja0 ; a TV Chapec6 e a TV O Estado, estas duas em C hapec6, e a TV O Estado de Florian6po lis já libe rada, porém não instalada. A transmissão da TV Planalto de Lages para Florian6polis é feita através de equipamento de rádio da TELESC, sendo o ún ico no Estado. Atualme nte, existem 10 e misso ras de televisão e 102 re petidoras operando em te rrit6rio catarinense.

Jornal Em 28 de julho de 1831 e ntrou e m circulação, e m Des te rro (hOje Florian6polis), o prime iro jornal

de Santa Catarina, denominado "O Catharinense". Ele nasceu sob a inspiração de Je rônimo Francisco Coelho, que é conside rado o fundador da Impre nsa Catarine nse.

Ap6s e ste jornal, outros começaram a surgir como: " O Brasil", ainda em 1831 ; no ano seguinte, "O Expositor" ; depois "O Be nfazejo", " O Mercantil"' e "O Redator C atharinc nse", em 1845: e m 1892, "O Estado"; e em 1901 , " O Dia" Alguns de les circulava m em alemão c italiano, duas vezes por se mana, e conce ntravam -se mais na Capital e nas grandes cidades como Joinville , Blumenall. Jaraguá do Sul e Laguna .

"O Estado", que deixou de circu lar e m 1902 e ressurgiu em 1915, é conside rado como o mais antigo dos diários catarinenses. A seguir foram lançados: "Corre io do Povo" e m Jaraguá do Sul, em 1919; "A Notícia" e m Join villc, e m 1923; " A Gazeta" e os " Diários da Justiça e Oncial de Santa Catarina" em Florianópolis, e m 1934; "Jornal do Povo" e m ltajaí, e m 1935; " Barriga Ve rde" em Canoinhas , e m 1937; e o "Corre io Lageano" em Lages , em 1939.

Até meados de 1986, a quantidade de jornais sindicali zados à di sposição dos leitores chegava a 73, dos quais 5 na Capital.

ENERGIA ELÉTRICA Ap6s a 2~ Guerra Mundial , verificou-se um grande desenvolvimento industrial , fazendo com que

as companhias regionais Força e Luz e Empresu l, responsáveis pelo fornecime nto de energia e létr ica no vale do Itajaí e Joinville e arredo res, respectivamente , não conseguissem suprir a demanda. A necessidade de sanar a falta de oferta e a poss ibilidade de aproveitar o cxcede nte de carvão mineral produzido no E stado , levaram os gove rnos estadual e federal a implantar a Sociedade Termoe lét rica de Capivari - SOTELCA , atual Usina Termoelé tri ca Jorge Lacerda, em Tubarão, na década de 50.

Na etapa inicial da const rução dessa usina, () governo federal , através da Com panhia Sidenírgica Nacio nal - CSN, ins talou duas unidades de e quipamentos importados de 50 mi l kwh cada uma, e o governo estadual construi u a linha de transmissão de Tubarão a Joinville .

Com a implantação da Usina Te rmoelétrica Jorge Lace rda , e xpandiram-se duas emprcsas na p rodução, transmissão c distribuição de e letricidade: a Centrai s Elétricas de Santa Catarina S. A. - CE LESC e a Cen trai s Elétricas do Sul do Brasil S.A. - ELETROSUL.

A CE LESC incumbiu-se de duas tarefas principais: a absorção das e mpresas regionais de eletricidade, incorporando várias pequenas usinas; e a im plantação de duas linhas de transmissão, a prime ira da Usina Jorge Lacerda passando por Lages , até o Oes te , a a segunda para Florian6polis. A ELETROSUL passou a se e ncarregar da ampliação da Usi na Jo rge Lacerda a partir de 01.07.73, ampliando sua capacidade instalada de 166 mwh para 232 mwh. No ano de 1986, a capacidade in stalada da Jorge Lacerda aleançou 482 mwh .

Em 1976, a C ELESC gerou 468.253 mwh e adquiriu 1.573.029 mwh; e m 1986 gerou 281.294 mwh e adqu iriu 5. 340.419 mwh. O consumo estadual é basicamente industrial (60,70% e m 1976 c 56,89% em 1986), alé m do residencial (16,76% e 18,36%), comercial (11 ,44 % e 9,00%) e demais classes (11,09% e 15,73%).

Santa Catarina possu i 9 usinas hidroe lé tricas: Usina Celso Ramos (Fachinal dos Guedes) Usina Ivo Silveira (Capinzal), Usina Pe ry (Cu ritibanos ), Usina Caveiras (Lages), Usina Cedros e Us ina Palme iras (Rio dos Cedros), Us ina Bracinho (Schroeder), Us ina Salto (Blumenau) e Usina Garcia (Angelina). E a Usina Te rmoe létrica Jorge Lacerda, Cm Tubarão.

Os principais municípios consu midores de eletricidade, e m 1986, fo ram : Joinvillc , Blumenau , Cricilí ­ma , Flo rian6polis, Brusque, Itajaí, Tubarão c C hapcc6.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 61: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • .' • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

D O 00

ESTADO DO

TERMINAIS TE LE FÔNICOS -1989 INSTALAOOS OU EM SERViÇO

LEGENDA

TERMINAIS POR MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

TOTAL

D D

665 a 5.500

5.501 a 12.500

12.501 a 32500

RESID~ NCIAl

D O

ESTADO DO r-------------~----~~I

RÁDIO E TELEV ISÃO -1989 O

LEGENDA EMISSORAS E REPETIDORAS POR

MICRORREGIÃO GEOGRAFICA

00

EMISSORAS DE RADIO EMISSORAS

DE TV REPETIDORAS

DE TV Do D 2,5

D ,,\2 D 13a19

20 a 24 5 @

: ........................ ;: ......... 12

• 4

FontlI' O€NTEl , 1969.

I" A R A N Ã

-n""::c:' 'T -'!lo PELOr. s

o

o

Q

o

COMUNICAÇÕES E ENERGIA ELÉTRICA

I"

o O 00

ESTADO ~I

CORREIOS E TE LÉGRAFOS-1989 LEGENDA

AGtNCIAS E POSTOS, POR MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

AG~ NCIA POSTAL E TELEGRÁFICA

~ 1 015

D ". CJ 901 12

1lEI 13 co 15

. '60118

AG~ NCIA POSTAL

~-':""-'.""":""""""'" -- -- -' , ... _ .• 4

............. 3

__ _ •••••••••••••.• 1

POSTO DE CORREIO

..... ..a----- 38 ---16-26 ,

I"

S T A D O 00

-----._"

ESTADO DO

ENERGIA ELÉTRICA -1989 LEGEN DA

CONSUMO TOTAL (kw/h l. POR MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA

~ 7.280.628 a 200000.000

c=J 200.000001 a 400.000.000

400000.001 a 750500 000

750500001 a 1219 2n.386

Fome: CELESC - Boletim EmIisrioo. 1989.

01> -<1,\-

O~

O

© USINAS HIDROELETRICAS

~ USINAS TERMOELHRICAS

o

Q

"" 0'

O

>Sv (

o ..

69

Page 62: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

70

SANEAMENTO BÁSICO

Saneamento é toda a infra-es trutura de abastecimento de água c de se rviço de esgoto tratados adequadamente. visando a prese rvação ambiental c da saúde pública.

Em Santa Catarina, o saneamento básico apresentava, no fina l da d écada de 60, uma situação bastante difíci l, pois não havia no E stado um sistema de planejame nto para os se rviços de água c de esgoto, que eram precá rios e insuficie ntes. Os recursos financeiros e ram poucos e a expansão dos se rviços não acompanhava o crescime nto da população. A exploração dos se rviços, inadequada em sua maio ria, e ra realizada por e ntidades munici pais carentes d e rec ursos humanos e técnicos. Por esses motivos, surgiu a necessidade de se r criada uma e mpresa estadual que fosse e ncarregada da implantação, ope ração e conservação dos sistemas de água e d e esgo to no E stado. Ass im , e m 1970, foi criada a Companhia Catarinense de Águas c Saneamento - CASAN, com o objetivo de somar esforços com os municípios para a solução dos problemas e xistentes. Inicialme nte, a CASA N aSSumiu a operação de 12 sistemas públicos de abastecime nto de água, que atendiam 15 municípios, e o sistema de esgoto sanitário de Florianópoli s.

Em 1971 , apenas 60 municípios eram abastecidos com água tratada , at e ndendo eerca de 34% da população u rbana total do Estado. Sete anos após , em 1978, quase 71 % da população urbana res idente e m .116 municípios já tinham água tratada para seu consumo. Destes sistemas de abastecime nto, 79 estavam sob a responsabilidade da C ASAN , 19 eram operados pe la Fundação Serviço E special de Saúde Pública - SESP e 18 pelas prefe ituras municipais.

A partir daí, a evolução dos sistemas de abastecimento de água no Estado foi bastante significativa, servindo, e m 1984, a população urbana dos 199 municípios catarine nses: 164 com abastecime nto adminis­trado pela CASAN; 14 pela Fundação SESP; 20 pelas prefeituras municipai s; e um município (Porto União) pela Companhia de Saneame nto do Paraná.

O abastecimento de água em Santa Catarina é fe ito através de vários tipos de mananciai s: a} rios - os mais utilizados devido a abundante hidrografia do Estado; b) lagoas - são pouco utilizadas, sendo aproveitadas apenas e m Ara ranguá c Laguna; c) poços artesianos - existentes e m 27 municípios; d) fontes nat urais - encontradas em apenas 5 municípios . Quanto aos dejetos humanos e lixo , inicialmente, não havia controle quanto ao seu destino , pois

eram depositados fora das res idências. Mais tarde, com o advento das primeiras cidades, os deje tos domésticos passaram a ser canalizados ao lado das ruas e a céu aberto, indo parar no mar, rios ou vales, ocasionando a sua poluição. Com a evolução dos costumes, passou-se a implantar sistemas de coleta de lixo e de dejetos, mas ainda sem a preocupação com o destino final desses resíduos, que provocariam a deterioração ambiental. Mais tarde, passaram a ser recolhidos, e com o avanço da tecnologia começou-se a construir estações de tratamento de esgoto.

Em Santa Catarina, o se rviço de esgoto san itário pouco evoluiu , pois em 1971 havia ape nas uma rede , e em 1984 , este mímero aumentou para sete, dos quais seis operados pe la C ASAN e um pe la Fundação SESP.

A maioria dos municípios catarine nses despeja o e sgoto san itário e m fossas , outros lançam nos rios C no oceano sem tratamento adequado. Balneário Camboriú é o único município que trata os deje tos. Florianópolis é o caso mais crítico do Estado, pois lança os deje tos diretame nte nas baías Sul e Norte.

Entretanto, vários municípios tê m de monstrado preocupação quanto ao destino do e sgoto sanitário, elaborando projetos de tratame nto e de recuperação de áreas poluídas, que ainda não foram e xecutados por falta de recursos e tecnologia adequada.

O lixo urbano , comumente depositado em aterros sanitários, tem se constituído e m outra preocupação do gove rno estadual e das prefeituras catarinenses. Atualmente, as autoridades estão tomando iniciativas, tais como a instalação de usinas de reciclagem de lixo , buscando soluções para este tipo dc problema.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 63: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • .' • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

• \. '\ \ «

z

UJ l <!J

a:: •

, J FriO

RlP PASSO FUNW

D o 11,

ABASTECIMENTO DE ÁGUA POR

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA - 1989 LEGENDA

TOTAL DE LIGAÇÕES

D 1619 a 15000

D 15001 a 30000

D 30 Dal a 60000

60001 a 100000

128023

limIte das Mlcrorreglôes Geográficas

• Esgoto Urbano

POPULAÇÃO ABASTECIDA

--499378 hab ········400000 hab

···········200000 hab

······100000 hab

25000 hab

Fome CASAN / SC Fundaçio SESP. PREFEITURAS MUNICIPAtS.SAMAE SANEPAR 1989

.... 0 O

.' .-

& o

<

.. \

SANEAMENTO BÁSICO

M O

..

o ESCALA 1 2.000000

10~," (l 10 20 30 '1 O ">()l"m

~ F--4 I PROJEÇAO UNIVERSAL TRANSVERSA

DE MERCATOR UTM

()

<.J

71

Page 64: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

72

TURISMO

A palavra turi smo o riginou -se do te rmo ing lê s "tour", que significa viage m , e xcursão , etc . É utilizada para definir o ato de ir a lugares, só ou em grupos, pe rmanecendo por algum te mpo fo ra de seu local de orige m . Essa pe rmanê ncia, que não seja por fu nç,l.o re mune rada , pode ser po r vários moti vos como fé rias, saúde, e tc.

Dentro do conte xto social , cultural e econômico, o turi smo re veste-se de grande importância, pois, alé m de ampliar individualmente o círc ulo de rel acio name nto das pessoas, poss ibilita maior increme nto cultural pela comparação das diversas características regionais c/o u nacionai s.

É fonte ge radora de lucros e e mpregos, constituindo-se muitas vezes e m base da econo mia regional. Santa Catarina reúne dife re ntes características, de terminando seu alto pote ncial turístico , onde

se e ncontra uma varie dade de atrações naturais rarame nte igualadas, que vão desde o litoral pontilhado de praias, passando pelos Campos de Lages, até o Oeste com suas e stações te rmais.

Alé m das belezas naturais , a questão c ultural dete rminada pelas diferentes coloni7..ações innuiu marcadame nte na vocação turística do Estado.

O imigrante açoriano, deixou marcantes características e m todo o litoral , principalmente no folclore, artesanato e gastronomia. O imigrante alemão desenvolveu a região do Vale do ltajaí, assim como a região Norte, implantando grandes e diversificados centros industriais , perpetuando, ao me smo tempo, suas ricas tradições germânicas. O imigrante italiano desenvolveu grandes áreas nas regiões do Oeste e Vale do Rio do Peixe, onde floresce u a vitivinicultura e a agropecuária. O imigrante polonês , juntamente com o ale mão, ajudou a implantar a indústria tê xtil, hoje disseminada e m todo o Vale do ltajaí. As demais ctnias, com seu esforço e sua c ultura, també m muito colaboraram para o dese nvolvimento de Santa Catarina.

Na região Norte , os municípios de Joinville, São Bento do Sul e Rio Negrinho guardam as tradiçõe s, os usos e os costumes quc le mbram a colonização germânica . C omo atrações turísticas de Joinville figuram a Exposição das Flore s, os bailes e festi vais do chopp c os torneios de "skatt" com caracte rísticas alemãs.

Em São Be nto do Sul c Rio Negrinho e ncontram-se fábricas dc móve is de grande re levância a níveis e stadual e nacional. São Francisco do Sul , com suas igrejas , casas coloniais e ruas e streitas , recorda a colonização açoriana , tendo grande importância turística por ter sido a primeira cidade do Estado e possuir o maior porto catarine nse , através do qual é e scoada grande pa rte da produção industrial e agrícola do Estado .

Na região do litoral norte estão localizados os mais belos recantos do Sul do Brasil , especialmente Balneário Camboriú , Piçarras, Porto Be lo e Itapema, polos turísticos com rede hote le ira de alta categoria .

Em Balneário Camboriú encontra-se um grande comple xo turístico~cultural e de pesquisas do Estado, o Parque Balncário Camboriú da SANTUR S.A.

Nessa região e ncontra-se ainda o município de ltajaí que possui um dos três portos do Estado, com grande importância na exportação dos produtos catarine nses.

No litoral centro localiza~ se a Ilha de Santa Catarina, onde se situa Florianópolis, a C apital do Estado. A ilha possui 42 praias, duas baías (a norte e a su l) e duas pontes que a une m ao contincnte : a histórica Hercílio Luz, uma das maio res ponte s pê nseis do mundo, e a Colombo Machado Salles , por onde trafegam milhares de veículos diariamc nte .

No norte da ilha estão as praias de Canasvie iras, Jure rê , Ponta das Canas, Ingleses e Brava; no sul e stão as de Armação , Pântano do Sul , Campeche e a hi stórica Ribe irão da Ilha, be rço da colonização açoriana, com sua arquite tura típica.

Na costa les te está a sua maior atração, a lagoa da C once ição , que pode ser vista do alto do morro das Se te Voltas, com suas dunas brancas e a Ave nida das Rende iras, onde se comercializa rendas de bilro e frutos do mar. Próximas à lagoa , localizam-se as praias da Joaquina e Mole , as preferidas pelos jovens, onde constanteme nte realizam-se campeonatos de "surf ·. Na Barra da Lagoa pode-se acompanhar movime ntados arrastões de tainha no inve rno e a respectiva fe sta tradicional.

Outras atrações turísticas que me rece m dcs taque em Florianópolis são: o Forte de São José da Ponta Grossa; o Forte de Santa Bárbara ; o Morro do Antão, conhecido como " Mo rro da C ru z", !\:1irante onde se vislumbra uma be la vista da cidade; e o carnaval , um dos mais populares do Brasil.

Próximas à Capital , locali zam-se a F ortaleza da Ilha de Anhato mirim , as te rmas de Caldas da Imperatriz e Águas Mornas, conhe cidas nacional e inte rnacionalmente pe la alta te mpe ratura de suas águas radioati vas com propriedades co mprovadame nte be né ficas à salÍde .

Na região Sul, es~á Laguna, cidade tombada pe la ESPHAN , palco da Re pública Juliana; e os muni ~ cípios de Garopaba, Jaguaruna e Içara, que possue m be las praias e lagoas com colônias de pescadores.

No município de Criciúma ex iste uma mina modelo, o nde pode-se observar todas as e tapas da e xtração do carvão mine ral.

Ainda no sul, outras atrações são os balneá rios hidro mine rai s te rmas do Gravatal, no município de mesmo nome; te rmas da Guarda , e m Tubarão e o porto de Imbituba. No município de Orleans encontra-se o único muse u ao ar li vre da Amé rica Latina, re tratando a co lonização italiana da região , e també m o paredão de 130 me tros quadrados, o nde o escu ltor "Zé Diabo" e te rnizou personage ns bíblicos. A Fes ta do Vinho no município de Urussanga é o utra grande atração turística, alé m do fam oso Farol de Santa Marta , em Lag una.

Na re gião do Vale do Itajaí encontram-se casas com e stilo e nxaimel em Blumenau e indústrias têxte is e de cristai s, onde acontece todos os anos a " OKTOBERFEST", consagrada fes ta , com baile s, muito chopp, comida, traje s e bandas típicas ale mãs.

Esse espírito de fes ta prevalece em todo o vale, como em Pome rodc, conhecida por cidade mais ale mã com suas famosas porce lanas; Brusque, que é conside rada o " Be rço da Fiação", destacando-se també m co m a Festa Nacional do Marreco e da Festa de Azambuja, esta última de cunho religioso. Em Trombudo C e ntral te m-se mais uma fonte de águas te rmais. A Exposição Nacional da Cebola, no município de Ituporanga, possui també m grande rc pe rcussão turística.

Na região serrana, percorre ndo a se rra do Rio do Rastro, atinge-se u rna altitude de 1. 360 me tros para se chegar a São Joaquim , uma das poucas cidades brasile iras onde ocorre o fenôme no da neve .

Em Lages, es tão as faze ndas de gado c o Parque das Pe dras Brancas,onde o turi smo ru ral cstá se destacando através da implantação dos hoté is-faze nda.

As fe stas da maçã são tradicionais e m muitos municípios nesta região . Na região do vale do Rio do Pe ixe e ncontra-se Vide ira , onde es tão localizados grandes abatedouros

de aves e suínos, além da vitivinicultu ra.

O clima te mpe rado dessa re gião favo rece o culti vo da maçã e faz do município de F raibmgo um dos maiores produtores desta fruta , a níve l nacional.

Treze Tílias, no mesmo vale, é conside rado o maio r centro de p rod ução de artes sacras de Santa Catarina. Foi fundada por austríacos e é conside rada o "Tirol Bras ile iro" . Obras de art is tas locais fazem parte do ace rvo da Catedral de Brasília (Distrito Fedc ral).

Na re gião Ocs te , lIma das maiores atrações é o rio Uruguai que, no município de Concórd ia, na localidadc dc " E stre ito do Rio Uruguai" , desemboca num vão de ape nas 60 cm , de onde se podc atravessar de uma margem para outra desse local. A poucos metros dc di stância , ex iste uma fo nte natural chamada "Passo das Formigas" , onde o rio desaparece sol, as rochas.

A localização geog ráfica e os acessos rodoviários confe re m às duas maiores cidades da região, C oncórdi a e C hapecó, urna posição es tratég ica no Oeste catarine nse, funci onando co mo centros de apo io ao corredor das e stâncias hidromine rai s de Águas de C hapecó, São Carlos, Palmitos e Caib i. Áreas de camping, florestas e quedas d 'água das mais variad as altitudes, destacando-se es tas em Abelardo Luz, completam as atraçôes turíst icas da região com seu re levo caracte risticamente o ndu lado.

Festas trad icionali stas gaúchas são comuns nessa região, atraindo grande míme ro de pessoas para as mesmas .

Alé m dos eventos c ulturais, as atividades econô micas també m atrae m turistas , através da Festa E stadual do Milho e m Xanxcrê, da Festa Nacional do Frango, e do Peru . do Coste lão e m C hapecó e a Fes ta Nacional do Leitão Assado e m C oncórdia.

No litoral, uma das maiores expressões do folclore catarine nse é a dança do " Boi-de- Mamão" , de influê ncia açoriana. No Vale do Itajaí e no Norte do E stado reali zaram-se festas, danças, cânt icos e tradições de nítida conotação germânica . Já na re gião onde se instalaram os italianos , ocorre m as fc stas re ligiosas e as que giram c m torno do cultivo da uva .

O artesanato, uma das mais originais e espontâneas manifes taçõe s da cultura de um grupo sociaL destaca-se e m Santa Catarina pela influê ncia das três maio res correntes imigratórias. No litoral, há as re ndas de bilro e crivo, alé m da ce râmica popular , tanto figurativa como utilitária, usando motivos domés ticos e também fi guras folcló ricas.

No vale do ltajaí encontra~se um artesanato mais sofi sticado, des tacando-se os bordados, as bonecas de palha e m trajes típicos, as jó ias e m osso e e m metal e, ainda, os obje tos fe itos c m bambu.

Finalme nte , pode ~se constatar que todas estas manifestações c ulturai s, sócio-eco nô m icas e físicas do E stado de Santa Catarina con stitue m-se e m pontos de atração tu rís t ica de grande re pe rc ussão a níveis cstadual, nac ional e inte rnacional.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 65: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

l f

• n

" ~ ~, .lí -'\ \ «

T A .... . ,~

I-

·d' , UJ

, , . 1

l'l

Ir &

E S T A DO 1b

1 • ,

J • ~ i

DIV ISÃO TURíSTI CA

LEGENDA

,- Região Norte

2- Litoral Norte

3· Litoral Centro

4· Região Sul

5· Vale do ItaJaí

6- Região Serrana

7- Vale do Peixe

8- Região Oeste

Fonle' SAHTUR / SEPLAN 1988

~ 1b

\. o O 0. 0

f?,o

, , .}

l'

l, I " • " • ......

\>O .., C""IJ<'-

,-

® PrinCipaiS Portões de En trada

-+ Aeroportos

PrinCipaiS Rodovias

0 • .Aj>'

-<1",

\\0 O~\ ...... .()

O

/' ~

..

-S' 0

<

..

TURISMO

o

ESCALA 1 2000000

10 lO :in .. " \)0' '"

'eau! ~ ~1 PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA

DE MERCATOR UTM

73

Page 66: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

UNIDADE V ESTRUTURA URBANA

Evolução Urbana Evolução dos Aspectos Urbanos de Algumas Cidades

75

Page 67: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

76

EVOLUÇÃO URBANA

As cidades catarincnses tê m evoluído em e tapas sucessivas, coincid indo com marcos do desenvol­vimento econômico.

Dentro de uma região existem cidades em estágios diferenciados de crescime nto , polarizadas por um centro de maior porte ou de maior nível hi erárquico, formando a rede urbana regio nal.

O estudo da evolução da re de urbana catarinCIl SC permite compreender a organização espacial existe nte:

I - A urbanização antes de 1940 e ra inexpressiva . A economia estadual era essencialmen te agrícola, vo ltada à exploração do minifúndio familiar. As dificuldades de transporte não permitiam uma vida econômica integrada, gerando redes urbanas praticame nte independe ntes, conhecidas como "ilhas econô­micas", tais como: - no planalto Pastoril , Lages polari zou a rede de cidades que surgiram e m função da criação de gado; - no litoral , várias redes urbanas formaram-se em função dos portos: a) Blume nau dividia sua polaridade com Itajaí, cidade po rtuária, responsável pe la importação e exportação de produtos des ta rede , cujas cidades apresentavam características industriais ; b) Joinville dividia sua polaridade com São Francisco do Sul , cidade portuária; e c) Laguna polarizava as cidades do Sul do Es tado , pela função portuária. Florianópolis apesar de apresentar um porto na época, seu crescimento ocorre u e m virtude de sua condição de centro político-administrativo (capital do E stado) e prestador de serviços; - no Meio-Oeste, Caçador e Cruzeiro (hoje Joaçaba) e ram localidades centrais, mantendo interde pe n­dência e ntre si. Caçador di stinguia-se como centro industrial e Joaçaba como centro de serviços.

n - A orige m dos núcleos urbanos a partir de 1940 foi bastante hete rogê nea. Em cada região, dive rsas foram as iniciativas de povoame nto. As populações inicialme nte isoladas em suas áreas, aos poucos expandiram-se. As trocas internas no seto r primário intensificaram-se até a década de 50, desenvol­vendo um sistema de transportes entre os centros urbanos, o que permitiu a estrutu ração do embrião da atual rede urbana.

III - A partir da década de 60, o comércio torno u-se intenso e a agricultura especializada, permitindo a estruturação da agroindústria, como importante re flexo na re de urbana que , de 52 sedes municipais e m 1950, passou para 102 e m 1960.

IV - As atividades industriais poporcionaram maior re torno econômico do que a agricultura a parti r da década de 70, atraindo para as cidades grande contingente populacional d o campo. O número de municípios passou para 197 e m 1970, totalizando 199 e m 1982, com a criação de Otacílio Costa e Correia Pinto. Paralelamente a este processo de urbanização, houve expansão da re de viária no mesmo período.

Em Santa Catarina, como no Brasil , te m-se a presença dos maiores e mais importantes núcleos urbanos numa faixa litorânea de menos de 50km de largura. Alé m desta faixa, que coincide com a barreira re presentada pelas Serras do Mar e Geral, apenas Lages, importante e ntroncame nto viário, se des tacou antes da década de 50.

Florianópolis, Hlume nau , JOinville e Lages foram, desde 1940, os maiores centros do Estado, refle­tindo o e quilíbrio da rede urbana catarinensc.

O oeste recebeu um g rande contingente migratório e , em conseqüência, teve um acelerado cresci­mento econômico e populacional. De pois de 1970, com a melhoria do sistema viário que integrou mais o E stado no sentido leste-oeste , algumas cidades ganharam des taque. Chapecó, como exemplo, assume hoje o papel de grande centro regional de todo o oeste catarine nse.

Aspectos Gerais das Principais Cidades Catarinenses: Florianópolis - constitui-se na capital político-administrativa e principal centro de serviços, concen­

trando 7,5% da população urbana estadual em 1980. Pode-se conside rar Florianópo lis dentro de um proce sso de pré -metropolização, baseado na expansão física, ou seja, pe la proximidade com as cidades de São José, Palhoça e Biguaçu.

Join ville - Passando da quarta posição e m 1950, para a prime ira e m 1980 na hie rarquia estadual , detinha mais de 10% da população urbana do Estado, constituindo-se no principal pólo dinâmico de concentração industrial. Pe las suas atividades industriais (setor metal-mecânico), exerce, ainda hoje , forte influê ncia sobre o norte e nordeste do Estado, além de mante r vínculos com os pólos nacionais, princ ipalme nte São Paulo.

Blumenau - Constitui -se em importante pólo de concentração de indústrias tradicionais, principal­mente do ramo têxtil , voltadas para o me rcado nacional e internacio nal , além de exercer função de centro prestador de serviços no vale do rio Itajaí.

Lages - Constitui-se no mais importante centro de serviços do planalto catarine nse e importante centro industrial nos seto res de papel e pape lão e de made iras. Em 1980, a população urbana re presentava 5,74% do total da população urbana es tadual.

Itajaí - É o mais importante centro portuário catarine nse. Em 1980, a população urbana representava 3,66% do total da população urbana do Estado.

Criciúma - Tornou-se o mais importante centro de serviços do Sul do Estado, a pa rtir da década de 60, devido a uma taxa de crescimento populacional bastante elevada. S1.; as funções estão dire tamente ligadas ao desenvolvime nto da indústria ex trativa mine ral (carvão) e de minerais não-metálicos (ce râmica), despontando como centro industrial da região sul.

Tubarão - No pe ríodo de 1960 - 70, suas taxas de crescime nto declinaram significativamente e seu crescime nto manteve-se, basicamente, ligado à indústria do carvão. O estabe lecimento de novas atividades industriais de caráter duradouro e auto-suste ntável alteraram para melhor suas perspectivas futuras , com reflexo na expansão de seu sítio urbano.

Chapecó - A mais importante cidade do oeste do Estado constituía -se, até 1960, e m pequeno núcleo urbano. Hoje está incluída no rol das maiores do Estado devido a sua posição funcional, destacan­do -se como principal centro prestador de se rviços, centro agroindustrial e foco irradiador sobre a fronteira agrícola. Na década de 60, apresentou um crescime nto po pulacio nal d e 6,4% ao ano , elevando-se no pe ríodo 70 - 80 para 10,5%.

São José - Em 1980, apresentou um aumento populacional de 169% em re lação a 1970, tornando-se a 6~ cidade mais populosa do Estado. É centro prestador de serviços e sede de pequenas e médias ind Ústrias.

Alé m das cidades citadas, o Estado conta com um conjunto de 21 cidades de porte intermediário, com população urbana entre 15.000 e 50.000 habitantes (1980). São conside radas centros complementares com fun ções específicas. Estes centros, por ordem decrescente de grandeza da população urbana, são: Brusque, Rio do Sul, Jaraguá do Sul , São Be nto do Sul, Canoinhas , Laguna, Curitibanos, Mafra , Caçador, Araranguá, Porto União, Concórdia, Joaçaba, São Miguel d 'Oeste , Videira, Inclaial , Rio Negri ­nho , Xanxe rê, São Francisco do Sul, Campos Novos e Imbituba.

Segundo este crité rio populacional , inclui -se ainda Biguaçu, Palhoça e Balneário Camboriú. As duas prime iras são conside radas como expansão da cidade de Florianópolis. Já Balneário Camboriú impõe-se mais pe la g rande população flutuante na época de ve raneio, e ncontrando-se em processo de conurbação com a cidade de Itajaí.

As de mais cidades não citadas cumprem, basicame nte , funções de centros prestadores de serviços ao meio rural circunvizinho . O volume populacional das mesmas é infe rior a 15 .000 habitantes na área urbana, e te ndem a declinar a sua participação no total estadual à medida em que as maiores cidades vão aumentando a sua participação e incrementando seu volume populacional.

A caracte rística importante e peculiar da atual rede urbana catarine nse é o tamanho das suas cidades. Santa Catarina é o único E stado cuja maior cidade não é a capitaL Nenhum o utro Estado da Federação possui uma rede urbana tão eq uilibrada, sem os proble mas de aglomerações gigantescas ao redor da capital. No e ntanto , seu espaço urbano é fortemente popularizado por Curitiba e Porto Alegre , devido a ausência de uma metrópole estadual.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 68: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

T

f?,o

POPULAÇÃO URBANA - 1950

LEGENDA

• 684 hab. 51 .115 hab.

Fonw. FurodaçIo inlllMO & ...... 0 <» Geogrllf ... EstatQIcI IIIG( _ Cenoo ~áhc .. 1950

A

POPULAÇÃO URBANA - 1970

LEGENDA

4~ nab. • 121.026 hab.

Fonle FundIç:Io IowIMO 11< ....... 0 de ~. EsutlSloca IBGE­Cento Oernog<Mico 1970

-- • . .

< .. ~~'\':\) 't_ .- . h .... J __ -

<':'

(

A N

I I

""''''''I • • ...... agW :;:,;.; ~ ~~

.-

~

s T A

POPULAÇÃO URBANA - 1960

LEGENDA

315 hab. • 77.M!5hab.

FonIo: F....s.;Io InsbMO 11< ..... 0 de GeogrQ • E-.wc. 19GE ­Cenoo o.mog.-M'co 1960

i~ . J '

S T

J ~ SiI>~d'O;tslO

A O O 0°

-< O

f? 'O

r ' -41Jft1o • .'1,

.~

. . " "-­",.

->-\> "11.­

O · ,------------------------POPULAÇÃO URBANA - 1980

LEGENDA

121 heb. • 22:2.273 nab.

Fon. FundIçIo FciIuIo & .... 0 de Geogr.til. ~oca IBGE c:...o o.m:.gnfioD 1990

EVOLUÇÃO URBANA

.- I, • 110m """'0

~

S'J l.. o

R A N A

o

o

(

77

Page 69: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

78

EVOLUÇÃO D OS ASPECTOS URBANOS D E ALGUMAS CIDAD ES

Os cartogramas da página ao lado apresentam a evolução dos aspectos urbanos de algumas eidades do E stado de Santa Catarina nos anos de 1956, 1966 e 1978. Essas cidades foram escolhidas em função de suas caracte rísticas evolutivas e de sua localização.

Joinville A oc upação do sítio urbano de JOinville iniciou-se e m 1851. Três frentes de pene tração, partindo

da confluência do rio do Matias com o rio Cachoeira, deram origem ao traçado inicial: a prime ira , orientada em direção ao oeste; a segunda, em direção ao norte ; e a te rceira , partindo rumo ao sudoeste. Logo em seguida, surgiu uma nova frente de pe netração polarizada pela prime ira olaria, onçle hoje é a rua do Príncipe . Este traçado se ampliou em função do tempo e da ligação ferroviária entre Porto União e São Francisco do Sul.

A cidade, favorecida por um re levo plano, formou-se, inicialmente, com grandes quarteirões, lotes amplos e ruas largas. Já a partir da década de 50, com a industrialização crescente exe rcendo forte atração sobre as correntes migrató rias , es te traçado se alte rou constituindo novos bairros na pe rife ria do sítio urbano e resultando em ruas estre itas e ocupação e m forma de "espinha de pe ixe" ao longo das estradas rurais .

A expansão física de Joinville, no período de 1956 a 1978, deu-se em todas as direções. Em 1956, a tendê ncia expansionista da malha urbana ocorreu no sentido norte -sul , com ramificações para ·oeste , através das principais vias de penetração. Em 1966, a rede urbana continuou a se expandir de forma semelhante à da época anterior, na direção oeste , rumo à BR-IOl . Por outro lado, a instalação do Grupo Tupy, no então distrito de Boa Vista, orientou a expansão de Joinville na direção leste, inicialme ntc nas áreas mais altas e depois atingindo também os mangues, que começaram a ser loteados . A partir da década de 70, a urbanização explodiu e m todas as direções, com predominância da ocupação na direção leste, rumo ao Grupo Tupy.

Hoje, o centro urbano coincide ainda com o núcleo inicial da cidade, apresentando alta densidade de ocupação. Entre tanto, se analisada e m comparação com outras cidades, nota-se que a maior caracte­rística da ocupação de Joinville é a sua dispe rsão horizontal , sendo sua ocupação vertical muito inferior à das demais cidades analisadas , principalmente se se considerar que esta é a cidade de maior expressão no Estado, tanto em termos populacionais quanto econômicos.

F lorianópolis Inicialmente chamada D es te rro , Florianópolis desenvolveu-se a partir de um local de fácil abrigo

para as embarcações, junto à baía sul, entre a ilha de Santa Catarina e o contine nte . A sua elevação à categoria de vila e poste rior transformação e m capital foram os fatos responsáveis pelo de senvolvime nto do núcleo urbano inicial. Em 1926, a construção da ponte He rcílio Luz , ligando a ilha ao continen te , de te rminou nova direção ao crescime nto urbano, propiciando também a ocupação de áreas localizadas no continente.

O traçado urbano de 1956 já ev ide nciava a necessidade de se analisar distintame nte as áreas localizadas na ilha ou no continente. Na parte continental, a estrada que dá acesso ao norte do Estado orientou a abertura de loteame ntos perpendiculares a ela, tendo sido a ocupação gradativa e mais acentuada no entroncamento das ligações para o norte e para o sul do E stado. Parale lamente, na ilha , a ocupação continuou a ocorrer ao redor da praça central (Praça XV de Novembro), com tendência de e xpansão para nordeste (bairro Agronômica) e em direção à ponte H e rcílio Luz. Datam dessa é poca os primeiros edifícios come rciais e residenciai s de até cinco pavimentos.

Em 1966, a expansão e ra mais acentuada na parte continental da cidade , principalme nte , e m direção aos municípios vizinhos de São José, ao su l, e Biguaçu, ao norte . A de nsificação da ocupação ocorreu, principalmente, em direção ao bairro do Balneário e Capoeiras. Na ilha, após a instalação da Universidade Federal de Santa Catarina (1960), no bairro da Trindade, o crescime nto da cidade orientou-se naquela direção, com o loteame nto de dive rsas chácaras e a abertura de ruas perpendiculares ao e ixo prinCipal. Foi nesse momento que a malha urbana contínua contornou o grande limitador re presentado pelo morro da Cruz (do Antão). Na área central , as construções verticais propiciaram a de nsificação da ocupação.

Na década de 70, continuou o processo de conurbação com São José, densificando ainda mais a ocupação e surgindo a ve rticalização na área contine ntal. També m na área insular, a densificação

vertical passou a ocorrer , principalme nte, na faixa dominada pela " Beira-Mar Norte" e Trindade. Iniciou ­se uma nítida tendência de se leção dos empreendime ntos imobiliários , nestes locais, força ndo as constru­ções mais populares para o continente, em razão do valor cada vez maior das te rras na ilha e de exigê ncias menores nos planos diretores dos municípios vizinhos.

Criciúma A orige m de C riciúma está re lacionada ao movime nto migratório, prinCipalme nte de italianos, a

partir do século XIX, e foi marcada por dois mome ntos decisivos: o primeiro, no início da exploração do carvão e conseqüente construção da Estrada de F e rro Dona The reza Cristina , e o segundo, quando da interrupção da importação do carvão e uropeu, com a eclosão da Segunda Gue rra Mundial , e implan ­tação da Siderúrgica de Volta Redonda na década de 40. Esta inte rrupção forçou a utilização do carvão nacional , determinando intensa geração e circ ulação de riquezas na região produtora, impulsionando todo o desenvolvimento local.

Criciúma surgiu às margens da estrada de ferro , desenvolvendo, a partir daí, o arruamento do núcleo primitivo. A expansão da exploração carbonífera absorveu a mão-de·obra urbana, rural e das áreas vizinhas, provocando a expansão desse núcleo primitivo, tanto que, em 1956, o centro mostrava-se bastante diversificado, contando inclusive com um aeroporto. Nessa época, a povoação apresentava-se mais densa no lado norte da ferrovia, embora a cidade ainda apresentasse as caracte rísticas de núcleo desenvolvido a partir da estrada de fe rro .

Entre 1956 e 1966, a malha viária de Criciúma quase quadriplicou, surgindo bairros operários , tanto a leste quanto a oes te da ocupação inicial. Já na década de 50, Criciúma re presentava o quinto centro industrial do Estado. A configuração da rede urbana e m 1966 ainda se orientava ao lon go da estrada de ferro, buscando as áreas planas disponíve is.

Em 1978, ocorreu nova e xpansão nas mesmas direções an teriorme nte verificadas, mas com grande de nsificação de ocupação das áreas mais antigas. Surgiram os subce ntros na periferia e a ocupação vertical do centro era notável, abrigando o ve rtiginoso cresci me nto populacional ocorrido na década de 70.

·Todo esse crescimento es tá re lacionado, principalme nte, com o desenvolvime nto da indústria carbo­nífera, cujo valor de produção, em 1970, correspondeu a 59% do valor produzido pelo setor secundário local. Isto , associado ao progresso da indústria cerâmica, proporcionado pelas reservas de caulim , feldspato e barro branco e xiste ntes na região, impulsionou es ta atividade de modo a atingir o mercado nacional c tomar-se um dos maiores parques cerâmicos do Brasil.

Chapecó Chapecó, cidade típica de fronteira, de co lonização agrícola , originou-se de um empreendime nto

executado por uma empresa colonizadora particular , que estabe leceu um sistema viá rio em fo rma de xadrez, com quatro ruas radiais partindo do centro da praça central. A topografi a suave permitiu a abertura de ruas largas e pouco acidentadas. A ocupação partiu da praça central e somente e m 1966 observou-se uma e xpansão e m direção nordeste e ao redor da ocupação inicial, e um maior ade nsame nto com a construção de edifícios próximos à praça.

A expansão do agroindústria no oeste do Estado proporcionou grande avanço nas atividades econô­micas da região . Chapecó, prinCipal centro prestador de serv iços do oeste, reflete es te desenvolvime nto na sua configuração espacial , crescendo em ritmo acelerado. A área urbanizada praticame nte duplicou no final da década de 70, com o surgimento de um traçado mais modesto e ruas mais estreitas na pe riferi a. A expansão da construção de edifícios na área central foi muito acentuada e a te ndência de crescimento foi e continua sendo rumo à BR-282.

• • • • • • &

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 70: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • '. • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

LEGENDA

EVOLUÇÃO

0 1956

D 1966

c=J 1978 esc "'PRO'" 1 03 000

CRICIÚMA

LEGENDA

EVOLUÇÃO

I---....,~L.!.!!.!.:~J D 1956

D 1966

~ Seo::r-.. de ENdD di ~ ~. "---SEf'lAH/ SCI s..a.cr-.. de ERudoo Geogrtfio;:Qo • ~SUEGE.

D 1978 II!:!!IC AP"'OX '''3000

EVOLUÇÃO DOS ASPECTOS URBANOS DE ALGUMAS CIDADES

BAIA SUl

foro.: Se,,..,,,". ct. &I.cIo ele CootdenIçIo r.... ~/SC/

~deEslt.lcx.Geogrtlfio;w;.~Sl..lEGE.

\

LEGENDA

EVOLUÇÃO

D 1956

D 1966

D 1978 !:sc ",PRO", 1 03 000

LEGENDA

EVOLUÇÃO D 1956

D 1966

D 1978 I!:$C APRO)( 1 03 000

79

Page 71: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • e • • • • • • • ~

• • • • • • • • • • • • • • • • • •

UNIDADE VI MICRORREGIÕES GEOGRÁFICAS

Divisão Microrregional Geográfica Microrregião Geográfica de São Miguel d'Oeste - (452) Microrregião Geográfica de Chapecó - (453) Microrregião Geográfica de Xanxerê - (454) Microrregião Geográfica de Joaçaba - (455) Microrregião Geográfica de Concórdia - (456) Microrregião Geográfica de Canoinhas - (457) Microrregião Geográfica de São Bento do Sul- (458) Microrregião Geográfica de Joinville - (459) Microrregião Geográfica de Curitibanos - (460) Microrregião Geográfica dos Campos de Lages - (461) Microrregião Geográfica de Rio do Sul- (462) Microrregião Geográfica de Blumenau - (463) Microrregião Geográfica de Itajaí - (464) Microrregião Geográfica de Ituporanga - (465) Microrregião Geográfica de Tijucas - (466) Microrregião Geográfica de Florianópolis .. - (467) Microrregião Geográfica do Tabuleiro - (468) Microrregião Geográfica de Tubarão - (469) Microrregião Geográfica de Criciúma - (470) Microrregião Geográfica de Araranguá - (471)

81

Page 72: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

82

DIVISÃO MICRORREGIONAL GEOGRÁFICA

As microrregiões geográficas constituem outra di\'iS ~tO territorial, tanto para fins didát icos quanto f'slatísticos. Compret'mIem o agrnpamcnto de vários municípios que apresentam, e ntre ~i, ('aract{'rí.~t i<:as natllraisf' sócio-econômicas sctllclhanh's.

Conforme a di\"isão elaborada pela Fllmla~',to Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - r BC E, Santa Catarina possui 20 microrregiões geográficas, conforme segue:

1 - Microrregião Geográfica de São Miguel d'Oeste - (452) Área que abrange 13 municípios localizados nas bacias dos rios Pepcri-Cuaçu c das Antas; colonizada

por alemães e italianos vindos de colônias do Hio Grande do Sul. Predominam nesta microrreg ião as pequenas propriedades, com destaque para a produção de milho , soja. feijão. aves e suínos.

2 - Microrregião Geográfica de Chapecó - (453) Conta com lIlullicípios localizados no oeste catarinense: e é povoada por alemãe~ e italianos vindos

de (;o lônias gaüchas: zona de extrativismo \'egetal (' de policultura, des tacando-se a cultura do milho (as~ociada à suinocultura), soja, feijão, laranja, tangerina e uva.

3 - Microrregião Geográfica de Xanxerê - (454) Área que ahrange 9 municípios localizados na bacia do rio C:hapecó, no oeste cata rine nse : coloni/.ada

por alemães e italianos vindos do Hio Grande do Sul: predomina: lH' sta microITegüío a policultura, COIII destaquC' para o milho. cchola, soja e feijão, além da criaç:ão de suínos e aves.

4 - Microrregião Geográfica de Joaçaba - (455) Abrange 21 municípios situado_, no vale do rio do Peixe; povoada por colonos de <;cendC'ntcs de

t> urOI)('u~: tem sua economia hascada na agricultura, de<;tacalldo~ ... e as cultu.-a~ do milho e da u\ a: na pecuária, sobressaem a suinocultura e a avicultu ra : são rl'levalltes também as indüstrias de C,lnl{-'~ c frio ....

5 - Microrregião Geográfica de Concórdia - (456) Ahrang(' 11 municípios localizados, prinCipalmente, nas bacias dos rios Iruni e jacutillga, no {)estc

catarint'nst': colon izada por aleHüies I.' italianos yindos do Rio Grande do Sul. Pn'dOlllilldt1l ne sta . a cultura do milho associada à suinocultura, além das indü ... trias de produtos alil!lentan'~.

6 - Microrregião Geográfica de Canoinhas - (457) Com 10 municípios, faz parte do planalto tabular suavemente dissecado pela bacia do rio I g\la~·t·l:

povoada por imigrantes paulistao; , recebeu cololliLação alemã (' eslava; apresellla policultura inkmi\'a. porém predomina o sdor ~ccllndário, com destaque para as indú,tria .. madcirl'inls .

7 - Microrregião Geográfica de São Bento do Sul - (458) Abrange 3 municípios, localizados na hacia do rio :-.Jegro, 110 no rte do Estado: poyoada por p.udio;t'h

t' por a lemães. Destaca-sc a ilHhbtria mo\'c!t-ira.

8 - Microrregião Geográfica de Joinville - (459) Área que abrange 10 mllnicíJlio.~ , marcada pela hacia do rio lt apocu: de cololliLaç'<lo \ iccnthta

t' aknüi; de ... taca- ... t' como zona industrial , possuindo também policultura e porto para e'\portaç,lo t'

importa~·,ic).

9 - Microrregião Geográfica de Curitibanos - (460) Com 5 município, situados na árca de transição l'l1trc o planalto de Lages (' o \'ale do rio do

Peixe; po\'oada por de ... ce l1dentes de italianos oriundos do Bio Grande do SuL /.ona dl' grande {'\llft· ... S,lO agI'icola (' pecuária t'xknsi\'a , e cOIIH~rcio hem ativo.

10 - Microrregião Geográfica dos Campos de Lages - (461) Composta por 12 municípios ... itu,H.lo ... e!ll árt'a ... de planalto suaH', cout'rtél_' de edmpo~: pm'oMIa

por descendentes de italianos oriundos do Rio Grande do Sul. Predomina a atividade pecuária extensiva e se destacam as indústrias de papel e celulose,

11 - Microrregião Geográfica de Rio do Sul - (462) In tegrada por 18 municípios , em área dissecada pelos rios ltajaí do Norte, do Oeste e do Sl'.l.

de relevo acidentado e zonas de pequenas propriedades; colonizada por alemães e italianos: predominam a cultura do fumo e a criação de re banho bovino destinado à produção de leite e d e rivados ; h,í poucas indüstrias, sobressaindo-se a de madeira e d e produtos alimentares.

12 - Microrregião Geográfica de Blumenau - (463) Formada por 15 municípios, situa-se no médio vale do rio Itajaí-Açu, onde sobressai a colonizéI\:ão

alemã. Apre senta intensa área industrial e comercial : zona de pequenas p ropriedades rurai.", com predo­minância da policultura.

13 - Microrregião Geográfica de Itajaí - (464) Conta com 10 municípios , área dt' planície costeira junto à foz do rio rtajaí-A~'u e Itapocu: apresl' nta

colonizaç~i:o diversificada de açorianos , aknHícs e italianos; (> zona dt' intt'mo turismo, POSSlIi lldo tamh(m policultllra c um porto para cxporta~':<lo l' imp()rta~·ão.

14 - Microrregião Geográfica de Ituporanga - (465) Con ta com 6 municípios, loc<llizac!os nas hacias dos rios Itajaí do Sul t' ltajaí \lirim , elll relt'\'o

acidentado; colonizada por alclll ,ks l' it,llianos. Predomindlll as I)('q!wna\ pl'Oprit'dadt·"" com policllltur.t, onde sc destacam a cchola , a mandioca e o feijão.

15 - Microrregião Geográfica de Tijucas - (466) Conta cDm -; municípios (' locali/.,l-'it' na hacia do rio Tijuca"" a Ol'ste da mkrorrq.!i,10 dt' 1:lori'lnôpolio;.

,-!prt'st'nta rclc\'() acidentado; pr('domínio da coloniza~',lo italiana (' alemâ: zona indu",t rial t' (k po]icllltura.

16 - Microrregião Geográfica de Florianópolis - (467) ,Área quI.' abrangI.' 8 municípios t' localiza-se CHI torno da capital do E,tado: abrangendo "j mun ic ípio ,> ;

colonizada por yjecnti,tas e açoriano ,; aprt'senta atividade rural hortigranjeira l' pesca abuudank. ccntro administrativo, cultural, come rcial e de s('rvi\:os .

17 - Microrregião Geo/(ráfica do Tabuleiro - (468) Constituída por .S UHlIlicípio" ItJcaliza-"'t' a Ot'ste da micror região de Flurianôpoli', caracterizada

por uma n:gião ha .. tantc mont.lI1ho~.I , ('om pr('domínio dl' pt'qw 'nas proprÍt'(Lldl" t' da po!icultura; com destaque para a cchola t' a produ\'âo de md clt- abelha.

18 - Microrregião Geográfica de Tubarão - (469) Ahrange 17 mnnicípios 10calizMlm ctn "ua maioria na bada do rio Tubado. Apresenta ,igllificati\a

;irca Iitol'ànca, colonizada principalnll'n(t' pelo~ \'icenti~ta~, onde a agricultura 0 pouco l '\llrl· ... ,i\<I (' a pesca abundante. O interior é colonÍLado por ital iano:. c destaca-sI.' Jwla agricultura, principalnlt'uk com a cul tura d e arroz, mandioca t' /illllO. A principais indü,trias desta microrrq!;ião cshio lig.lda .. ao sistema carbonífero.

19 - Microrregião Geográfica de Criciúma - (470) Abrange I') municípios localizadm na hacia carboníkra: d t' coloniza~'ão predorn inantctlH'nk itali,ma;

a agricultura L; ,>ohrepujada pela cxtra~'ão de carvão mineral t' pela indtÍ,;tri'-l CI·r;imiC<l.

20 - Microrregião Geográfica de Araranguá - (471) Constituída por 10 ll!unidpim, abrangendo o litoral :.ul catarint'lIsv, alt;m <Iv án'",> da (" ca rpa

da "erra Ceral. Povoamento açoriano, italiano e alem.lo: tem lia agricultura '>U,I a\·,to m,ti, intcll',1 t' apresenta pequenas propriedade:..

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 73: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • ,.,. f')

• • • • • • .' • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

ESTADO DO ,)

LEGENDA

452 - Microrregião de São Miguel dOeste 453· Microrregião de Chapecó 454· Microrregião de Xan xerê 455· Microrregião de Joaçaba 456 · Microrregião de Concórdia 457 Microrregião de CanOlnhas 458 Microrregião de São Bento do Sul 459 Microrregião de JOlnvdle 460 Microrregião de Curitibanos 461 Microrregião dos Campos de Lages 462 Microrregião de Rio do Sul 463 · Microrregião de Blumenau 464 Microrregião de Itajai 465 Microrregião de Ituporanga 466 Microrregião de TIJucas 467 Microrregião de Florianópolis 468 Mlcrorreg1iio do Tabuleiro 469 - Microrregião de Tubarão 470 Microrregião de CrlClúma 471 . Microrregião de Araranguá

Limite InternacIOna l

Limite Interestadual

Limite Mlcrorreg lonal

Limite IntermuniCipal I I I

FriO

- p

o O

IS' 0 " <

" .. "' ..

"" ..

\

DIVISÃO M ICRORREGIONAL GEOGRÁFICA

""~

O

A ~

'?'

~

C-O

ESCALA 1:2000000 O~m () 10 20 lO ~O 50.m

~ E+-i i~j PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA

DE MERCATOR . UTM

o

83

Page 74: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

I 84

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE SÃO MIGUEL D 'OESTE (452)

Localização no E stado A m icrorregião geográfica d e São Miguel d 'Oes te , com uma área de 4 .246 km z, localiza-se no

extre mo oes te de Santa Catarina, co mo uma área de 4.246 km 2, e limita-se com a microrregião geográfica

de C hapec6, com os estados do Paraná c Rio G rande do Sul e com a Re púb lica Argen tina. Campoe-sc de 13 municípios: Anchie ta, Descanso, Dio nísio Cerquc ira , Guaraciaba, G uarujá do Sul, l porá do Oeste , Itap iranga , Mondai, Palma Sola, Rome lândia, São José do Cedro , São M igue l d 'Oeste c Tunápolis.

QUADRO NATURAL

Geologia Predo minam as Rochas Efusivas de Seqüê ncia Bás ica , com ocorrê ncias de Rochas Efusivas de Scq iú'! n ­

cia Ácida no norte da microrregião.

Relevo Caractc rizado basicame nte pe lo Planalto Dissecado Rio Iguaç u/ lHo Uru guai. No nort e aparece o

Planalto dos Campos Ge rais, rep resentado pela se rra da Capane ma.

Hidrografia Os principais rios são: Uruguai (divisa e ntre os E stados de Santa Catarina c Rio Grande do Sul),

Macaco Branco , das An tas, Peperi-Guaçu (divi sa e nt re o Brasil e Arge n tina), e das Flo res q ue perte ncem a bacia h idrográfica do r io Uruguai , que faz parte da verte nte do In terior.

Hipsometria A p rincipal caracte rística des ta microrregião é a e levação das altit udes no sentido nor te . As altitudes

de O a 200 me tros ocorre m numa e stre ita faixa ao longo do rio Uruguai e seus principais aflue ntes. As alt itudes de 200 a 400 me t ros també m acompanham os vales do rio Uruguai e de seus aflue ntes,

ab rangendo uma faixa mais larga , notadame n te , nos vales dos rios Pc pe ri-Guaçu e das Antas. A maior parte da mic ro rre gião situa-se na faixa de 400 a 800 me t ros . Na serra da Capane ma chega

a ati ngir at é 1.200 me tros de altitude.

Clima Se gundo Kõppe n , predomina o clima mesoté rm ico úmido com ve rões q ue ntes (Cfa) c , segundo

Thornthwaite, o cl ima é supe rúmido, com te mpe ratura média an ual variando e nt re 18"C c 2Ü"C. O total anual de p rec ipi tação é de 2.000 mm a 2.400 mm.

Vegetação P redo mina a Mata Caducifó lia associada à ve getação secundár ia e atividade agrícola, ao longo da

m icrorregião . Os remanescen tes des ta mata são visíve is e m alguns locais ao longo do vale do rio das Antas. Já a F lo resta Ombrófila Mista associada à vege tação secundária e ati vidade agr íco la sobressai nas re giões mais ao no rte, próximo à se rra da Fart u ra.

Solos - Tipos e Aptidões Predom inam os solos C ambissolo Bruno H úmico , C ambissolo Bruno , Cambissolo, Cambissolo H ú­

mico (solos de meno r profundidade e e m desenvo lvime nto, utilizados para o plantio de milho , fe ijão e o utros, he m como, para pastagem e silvic ultura).

No nordeste da microrregião , ocorre m os solos Litólicos (solos novos de fe rtilidade natural variáve l, com pre se nça de ped ras na superfície , utilizados para o plantio de milho e feij ão e demais culturas de subsis tê ncia). Próxi mo à se rra da Capa ne ma c e m pequenos trechos isolados , e ncon tram-se os solos Latossolo Bruno H úmico, Latossolo Bru no, Latossolo Bruno inte rmediário para Latossolo Roxo, e Latosso lo Ve rme lho-E scu ro (solos profundos, porosos e be m drenados , normalme nte de baixa fe rtilidade natural , necessitando de adu bação e calagcm para se t e r u ma boa p rod ução agrícola, utilizados pa ra o plan tio de soja e trigo, para pas tagem e cu ltu ra de maçã).

Meio Ambiente A criação de suínos para o abastecimento das agro indúst rias é a principal responsável pe la poluição

dos recursos hídricos. Como área de pre se rvação ex istem a Reserva Municipal de Dionísio Cerqucira C O Parque Macaco Branco.

QUADRO H UMANO População

A maior parte da população é descende nte de ale mães e italianos provenie ntes do Ri o G rande do Sul.

Em 1980 , contava com uma população de 18 1.003 habitantes, sendo que 51.091 habitantes viviam na zona urbana.

Para 1989 , foi es timada uma população de 230 .543 habitantes , eom uma de nsidade populacional de 54 ,30 hab .lkm2 . A po pulação rural es timada e ra de 149.254, o quc correspo nd ia a 64 ,74 % do total. O municíp io mais populoso seria São Miguel d 'Oes te, com 50.762 habitan tes.

Educação Os municípios que compõem esta microrregião estão vincu lados à 12~ UCRE , cuja sede é o município

de São Migue l d 'Oeste . Em 1989, contava com 566 escolas de 1'? grau e 25 de 2? grau , com um corpo docen te d e 2.029

p rofesso res, sendo 1.653 do I ~ grau e 376 do 2? g ra u. Conta co m um es tabe lec ime nto de e ns ino supe rior, a Fundação Educacional do Extremo O es te de Santa Catarina - F UN ESC, em São Migue l d 'Oeste.

Saúde Em 1989 , existiam 12 centros de saúde, 21 postos de saúde e 17 hospitais, com 75 2 le itos , numa

relação de 3 ,26 le itos po r mil habitantes . O atendime nto e ra fe ito por 70 mé d icos c 56 de nti stas, numa relação de 0,30 e 0 ,24 por mil habitantes, respect ivame nte.

QUADRO E CONÔMICO O se tor que p re do minante nesta microrre gião é o primário, com destaque para a criação de animais

(suínos, bovinos e aves) e para as cul turas de milho, soja e feijão , q ue estão e m sua grande maio ria direcionadas ao setor secundário, ou seja, às indústrias alime n tíci as. Des tacam-se també m as indústrias made ireiras. Alé m disso é grande produtora de mel e cera de abe lha, le ite de vaca e mandioca.

O setor te rciário é o menos desenvolvido, sendo os serviços subsid iados po r centros maio res , como C hapecó.

Rede de Transpor tes E sta microrregião é servida por dois ae ród ro mos, sendo um e m Descanso e outro e m São ~'1 igue l

d 'Oeste . As principais rodovias são as BR- l 63, BR-280 , BR-282 e BR-386 , alé m das SC-472 e SC-473 .

Turismo E sta microrregião faz pa rtc da região turística denominada " Nova Rota das Termas" . P rincipal

atração turística : Marco da Divisa Inte rnacional (Brasil/Argen ti na).

Estrutura Urbana A maior cidade é São Migue l d 'Oestc , q ue se des taca como Centro sub -regio nal e cent ro local.

ltapiranga e Dionísio Cerque ira são centros locais e São José do Ced ro, Anchie ta e Descanso são ce n tros me nores. As de mais cidades de pe ndem dessas maiores, que por sua vez depe nde m de centros regionais como C hapecó.

• • • • • • • • • 4fII

~

• • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 75: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • . ' • .. • • • ., .. • • • ~

• • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA 452 - MICRORREGIÃO DE SÃO MIGUEL D'OESTE

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

LE G ENDA

HIERAROUIA

~ Centro Regional

• Cidade

O Vila

• Sede de Comarca

RODOVIAS

PaVimentada

- - - - - - Em Pavimentação

Sem Pavimentação

O O Federal Estadual

I I I

FERROVIAS

Estrada de Ferro

LIMITES

Intermunicipal

MlcrorreglOnal

Interestadual

InternacIOnal

Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

~ RIo Lagoa e Represa

Cf) Aeródromo Pavimentado

+ Aeródromo Sem Pavimentação

..A,. Porto

* Farol " 5Q() Alll1udes

ESCALA "750000 (1çm:75km) .. O RHH

10 20 30km I

-.J

I]J

'.)

Q. o

• 53'

E S T ADO

~--+--~lJ:=----':~~~~~~r-T-~~.-------n?)-----~:-I"

RIO ESTADO GRANDE 00

.' 53'

85

Page 76: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

86

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE CHAPECÓ (453)

Localização no Estado A microrregião geográfica d e C hapec6 localiza-se no extremo oeste catarincnse, com uma área

de 6.079 km 2, e limita-se com as microrregiões geográficas de Xanxcrê, de Concórdia e de São Miguel

d 'Oestc. além dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Compõe-se de 16 municípios : Águas de Chapec6, Caibi , Campo Erê. Caxambu do Sul, C hapecó, Corone l Freitas , Cunha Porã, Iraceminha, Palmitos. Pinhalzinho, Quilombo, São Carlos, São Lourenço do Oeste, Saudades, Serra Alta e União do Oeste.

QUADRO NATURAL Geologia

Predominam as Rochas Efusivas de Seqüência Básica, com pequenas ocorrências de Rochas Efusivas de Seqüência Ácida, na rcgiaõ do município de C hapec6 c no norte da microrregião, 110 município de Campo E rê.

Relevo Predomina a unidade de relevo Planalto Oissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai, porém no ext remo

norte e 11 0 mu nicípio de Chal)ecó surge a Formação do Planalto dos Campos Gerais.

Hidrografia Os principais rios são: Uruguai (divisa dos Estados de Santa Cata rina e Rio G ra nde do Sul), Burro

Branco, T rês Volta.\, Chapecó e Saudades, componen tes da bacia hidrogdfica do rio Uruguai , na verten te do Interior.

Hipsometria As altimctrias nesta microrregião se elevam no sentido no rte desde 200 até 1.200 metros. A menor

altitude de (200-400 metros) ocorre nos vales do rio Uruguai e de seus principais afluen tes , com destaque para o vale do rio C hapecó. A faixa de 400 a 800 metros é a predominante e a de 800 a 1.200 me tros ocorre no ex tre mo norte, na se r ra da Fartura.

Clima Segundo Kóppen, o clima predominante é o lIlesoté rmico úmido com verões quentes (Cfa) e ,

segundo Thornthwaite , é supcrúmido, com tem pe ratura média anual va ri ando de 18°C a 19'C . A precipitação anual é de 2.000lllm a 2.400mm

Vegetação Predomina a Floresta Estacionai Decidual (mata Caducifólia), com atividades agrícolas e vegetação

secundária, nas áreas mais baixas, p róxir;nas ao rio Uruguai e seus af]u('n tes . Nas regiões mais ao norte , a Mata de Araucária sobressai associada à vegetaçt"io secundária e atividade agr ícola. Na região de Campo Erê, ocorrem pequenas áreas de remanescentes de Savana.

Solos - Tipos e Aptidões Predominam os solos Cambissolo Bruno Húmico, Cambissolo Bruno. Cambissolo, Camhissolo H ú­

m ico (solos de menor profundidade em desenvolvimento , utilizados para o plantio de milho , feijão e outros, bem como, pa ra pastagem e silvicultura). No norte apa recem os solos Litólicos (solos rasolõ de ferti lidade natural variável. com presença de pedras na supe rfície, utilizados para o plantio de mi lho, feijão e demais culturas de subsistência). Junto às serras de Capanema e Fartura e em algumas áreas isoladas, ocorrem os solos Latossolo Bruno Húmico, Latossolo Bruno, Latossolo Bruno Inte nne ­diário para Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro (solos profundos, porosos e bem drenados. normalmente de baixa fertilidade natural, necessitando de adubação e calagem para se ter uma boa produção agrícola; utilizados para o p lantio de soja e do trigo , para pastagem c cultura de maçã).

Nu vale do rio Uruguai aparecem os solos Terra Bruna Estruturada Eutrófica (solos profundos bem drenados , uti lizados principalmente para o plantio de soja. milho. trigo e para pastagem e fru ti­cultura).

Meio Ambiente Como nas de mais microrregiões do oeste de Santa Catarina, a principal fonte de poluição é a

criação de aves c suínos que abastece as agroindüstrias da região. , Situam·se nesta o Parque Castelo do Porto dos Passarinhos. Parque das Palme iras , Parque lndio

Condá e Floresta Nacional de C hapecó.

QUADRO HUMANO População

A maior parte da populaç~l.o foi formada por descendentes de alemães e italianos procedentes do Rio Grande do Sul

Em 1980, contava com um contingen te populacional de 300.565 habitantes, dos q uais a maior parte vivia no meio rural (L93.5 10 habitantes).

As est imativas para 1989 previam um total de 368.968 habi tan t c~ , sendo que 52,53% na área rural. O município mais populoso, segundo as estimativas seria C hapccó , com 115.291 habitantes .

Educação Nesta micror região. 15 mu nicípio~ estão vinculados à 11 ~ UC HE, sediada no município de C hapecó,

e 4 pertencem à 12~ Ue RE. sediada em São M iguel d 'Oeste. Em 1989 , contava com 893 estabe lecimentos de c nsino de I': g rau e 37 de 2: g rau, com um corpo

docente de 2.850 c 602 professores, resp~·ct ivamente. Conta com u m estabelecimento de e nsino superior. a Fundação de Ensino do Desenvolvimento

do Oeste em C hapcco.

Saúde Em 1989, ex istiam 27 centros de salídc, 37 postos de !\aúdc e 19 hospitais com 1.428 leitos. Il uma

relação de 3 ,8'; leitos por mil habitantes. O atendimento era feito por 177 médicos c 105 dentista~ . numa relação de 0.48 e 0,28 por mil habitantes, respect ivamente.

QUADRO ECONÔMICO A micro rregião geográfica de Chapecó (> a principal região agrícola do Estado No setor primário, são destaques a pecuária de médio e peq ue no porte (s uíno:-. L' aves) e as lavouras

temporárias de milho. soja e feijâo. Quanto às lavouras permallente~ , destacam-~c 3:-' cultura~ cítricas de laranja, tan~erina e uva, cuja produção é uma das maiores do Estado.

O setor terciário é bas tante dinâmico. tendo na~ atividades de comércio e pre'i tação de serviços a sua maior expressão. Possui o maior número de cooperati vas do Estado, o ql1e' garante ao setor terciário grandc Importância na formação da renda microrrcgional.

O setor secundário, dada a colonizaç~ão recente , ainda não é muito diversificado. Destaeam-sc as indústrias cerâmicas (o larias), de madeira e alimelltar, e o setor m~·tal-mecânico volt..ldo à fahricação de implementas agrícolas

Rede de Transportes Esta microrregião possui um aeródromo no município de Chapecó, além de ('~Iar servida pelas

BR - 158, 81{ - 283, BR - 282 c as se - 468 c se - 469.

Turismo Esta microrregi<l.o faz parte da região turística denominada " ~ova Rota das Terl11<I' '' . Ali principab atrações turísticas são as estâncias hidrominerais. festas agropccmírias, rodeios crioulo... , abatedollro~ de aves c suínos. fes tas religiosas, festivais de mlÍsica , artesanato, s('mana farroupilha.

Estrutura Urbana A cidade mais imlXlrtante é Chapl'có, oferecendo comércio e serdços para toda a região O~.'stc

de Santa Catarina. Caractcrizando-'it' como centro regional. Ahaixo desta , (''>tão ,1\ cidades dI' S~I.O Lourenço do Oeste e Maravilha como centros locais de atendimento. Palmitos. Pinhalzinho e São Carlos aparecem como centros menorc\ .

• • • • .. • • • ., ,4

• • • ~

• • • • • • • • • • • • • • •

Page 77: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • .' .. • • ., • • • • • ... •

lO

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA ".

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

LE G ENDA

HIERAROUIA

~ Centro Regional

• Cidade

O Vila

• Sede de Comarca

RODOVIAS

PaVimentada

------ Em Pavimentação

Sem Pavimentação

0 0 Federal. Estadual

FERROVIAS Estrada de Ferro

LIMITES

I L Intermunicipal

Mlcrorreglonal

Interestadual

- - - - - - - InternaCional

Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

RIO. lagoa e Represa

(±) Aeródromo Pavimentado

+ Aeródromo Sem Pavimentação

..... Porto

* Farol x 500 Altitudes

ESCALA 1:750.000 ( l cm:7 .5km)

10 O 10 20 30~m H t=1H !

453 - MICRORREGIÃO DE CHAPECÓ ".

O E 5 T A O O

I .. ." "'4

DO RI

SUL

87

Page 78: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

88

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE XANXERÊ (454)

Localização no Estado A microrregião geográfica de Xanxerê loca li za·se no oesle de Santa Cata rina, COln lima área de

4.780 km2 c limita-se com a microrregiões geográficas de Joaçaba , d e Concórdia , de Chapecó, e com Estado do Paraná. É constituída por 9 municípios: Abelardo Luz, Fac hinal dos Guedes, Galvão , Marc ma, Ponte Serrada, São Domingos, Vargeão, Xanxc rê c Xaxi m .

QUADRO NAT URAL

Geologia Predominam as Hocha~ Efusivas de Seqüência Básica, no e ntanto, as Rochas Erusivas de Seqüê ncia

Acida ocorre m numa área consideráve l ao lo ngo da BR·282 c no no rt e na se rra da Fartura. Junto à cidade de Vargcão ocorre uma salien te estrutura circular denominada lJomo de Vargeão.

Relevo Predomima o Planal to dos Campos Gerais . Poré m, no oeste, aparece o Planalto DisseC'ddo Rio Iguaçu/lUo

Uruguai, e no Sul , o contato destas duas unidades resulta na formação de bordas de patamares Estruturais.

Hidrogra fia Os principais rios 5..1.0 : Chapecó, Chapecozinho e do Mato (o nde localiza~se a Re presa Flor do ~l ato)

pertencentes à sub-bac ia do rio C hapecó; Bahia, Xanxeré e Xaxim, pe rt e ncentes à sub-bacia do rio Iran i. Estas sub-bacias integram as bacias hidrográficas do rio Urug uai , na verten te do Inte rior.

Hipsometria A fa ixa de 200 a 400 metros é pouco express iva, ocorrendo apenas às marge ns dos rios Golfo e Xa:d m . No oeste da microrregião predominam as alt itudes que variam e ntre 400 e 800 metros .

As altitudes p redomi nantes e stão na faixa e ntre 800 e 1.200 met ros, nas se rras da Anta , do Chapecó, e do Gregório, (' da Fartura.

Clima Segundo K6ppc n, predomina o clima mesoté rmico úmido com verôcs frescos (Cfb) e, segundo Thomth­

waite , é supe rümido com te mpe raturas médias anuai s de 16"C li 20'C. O total anual de p" edpitação é de 2.200 mlll a 2.400 Illm .

Vegetação Predomina a vegetação Ombr6fi1a Mista associada à vcgetação sccundária e atividade agncola. Os

re manescentes da Mata de Araucária e ncontram -se a oeste da re presa Flor do Mato e na serra da Fartura. A savana associada às atividades agrícolas está localizada t' 1Il Abelardo Luz., enquanto as áreas remanes­

centes estão situadas no nordeste da microrregião, fazendo parte dos Campos de Palmas.

Solos - T ipos e Aptidões Predominam os solos Latossolo Bruno H tímico , Latossolo Bruno, Latossolo Bruno Intem1ediário para

Latossolo Roxo e Latossolo Vermclho~Eseuro (solos profundos, porosos L' hem drenados, normalmente de baixa fe rtilidade nat ural, necessitando de adubação e calagem para se te r uma boa produção agrícola: utilizados para o plantio de soja e do trigo, pa.ra pastage m e cultura de maç'ã). No ocste e no leste aparece m os solos Cambissolo Bruno H úmico, Cambissolo Bruno, Cambissolo c Camhissolo Húmico (solos de mcnor profundidade c e m desenvolvimento, utilizados para o plantio de milho, fe ijão e outros , be m como para pastagem e silvicu ltura). No sul , na se rra do C hapecó, ocorre m solos Litólicos (solos rasos de fertilidad e natural variável. com prcsenç'a de pedras na superfície , utilizados para o plantio de milho, feijão e de mais cu lturas de subsistência). Em pe que nos trechos isolados oc'Qrre m os solos Terra Bruna Estruturada (solos profundos, be m dre nados, utiliz.1.dos principalmente para () plantio da soja, milho . tri go e para pastage m e fruticultu ra).

Meio Ambiente A prin<:ipal fonte poluidora é a criação de avcs c !oouínos que abastecem as agroindüstrias da região.

Localiza~se nesta a Reserva Indíge na de Xam.t' rê .

Q UADRO H UMANO

População A maior parte da popu lação foi formada po r descende ntes de ale mães e italianos procede ntes do

Hio G randl' do Sul. Em 1980 , contava com um contingent e populaCiona l de 117.769 habitantes, dos quai s a maior

parte v ivia no meio rural (75.700 habitantes). As estimativas para 1989 prev iam Lima po pulaç'ão total de 136. 952 habitantes, sendo que 53,90%

na área rural. O município mais populoso, segundo as es timati vas se ria Xanxe rê , com 35.650 habitantes.

Educação Os municípios que compõe m es ta microrregião fazeu l part e da I7~ UC R E , cuja sede fica no município

de Xanxerê . Em 1989, l>ossu ia 443 unidades eseolan' !oo para o e n!>ino de . ': grau c 22 jJara o e nsiuo de 2': grau .

(."o ntando com 1. 464 professo re!>, sendo 1.177 para o de . ': grau e 287 para o de 2'; grau . Nes ta microrregião não existe es tabe lecimento d e e nsino supe rior.

Saúde Em 1989, e xistia uma unidade integrada , 10 centros de saúde, 26 postos de saúde e 9 hospitais ,

com 480 le itos , numa relação de 3. 50 le itos por mil habitantes. O atendime nto era fei to por 48 méd i<:o!> e 35 de ntistas , numa relação de 0 ,35 e 0.26 po r mil habitantes, respectivame nte .

Q UADRO ECONÔMICO Pre domina, nesta microrregião , ° se to r primário com destaque para a criação de animais de pequeno

po rte (aves e su ínos) e seus der ivados: e para as culturas de milho , soja e feijão que visam abastecer o setor secundário, o u seja, as agroindtí strias.

O se tor terciário é o de menor e xpressão, sendo comple tado por centros maiores como C hapecó.

Rede de Transportes Esta micro rregião é servida pelas BR-280 e BH·282 e l>e las SC-467 e SC-480.

Tur ismo Esta micro rregião está incluída na região de no minada de " Nova Rota das Termas". As principais

atraçõcs turísticas são: as quedas do rio C hapecó. e m Abelardo Luz: festas re lacionadas às at ividades agrol>asto ris: fes tas religiosas: festa do chimarrão .

Estrutura Urbana A cidade que mais se destaca é Xanxerê , exe rcendo a fu nção de centro local. Com me nor destaq ue

aparece Xaxim . A!> cidades que compõem es ta microrregião de pendem de cen tros maiores , no que diz respe ito às atividades mais complexas .

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • .. • • • • • ~

Page 79: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ., • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

~

• O ..

LEGENDA

HIERARQUIA

Centro RegIOnal

Cidade

Vila

Sede de Comarca

RODOVIAS

Pavimentada

Em Pavimentação

Sem Pavlmen taçào

O O Federal Estadual

I I L

FE RROVIAS

Estrada de Ferro

LIMITES

IntermuniCipa l

M1crorreglonaJ

In terestadual

In ternacional

Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

~ AIO Lagoa e Represa

Cf) Aeródromo Pav imentado

+- Aeródromo Sem Pav imentação

...... Por to

* Fólrol ·500 Altitudes

ESCALA 1750000 (1cm:75km)

, '"O~~~~O======'EO====~'EO======30km HHH I

454 - MICRORREGIÃO DE XANXERÊ

E S T

o O

SERR A A ----- -9'~_,"---_

N Á

,"",

- "-./ .\.----- --

DO RIO

DO SUL

89

Page 80: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

90

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE ]OAÇABA (455)

Localização no Estado A microrregião de Joaçaba localiza-se no meio-oeste catarinense, abrangendo lima área de 9.146

km 2, c limita-se com as microrregiões geográficas de Xanx~rê , de Concórdia, de Curitibanos) de Canoi­nhas, e com os Estados do Paraná e Rio Grande do_ Sul. E const ituída por 2 1 municípios: Agua Doce , Arroio Trinta, Caçador , Capinzal , Catanduvas, Erval Velho, Fraiburgo, Herval d'Ocs te , Ihicaré, Jaborá , Joaçaba, Lace rdópoli s, Lebon Régis, Matos Costa, O u ro, Pinheiro Preto, Rio das Antas , Salto Vc!oso, Tangará, Treze Tílias e Videira.

QUADRO NATURAL

Geologia Predominam as Rochas Efusivas de Seqüência Básica, porém ocorrem as de Seqüência Ácida no

nordeste e noroeste da microrregião c no município de Capinzal, próximo ao rio Uruguai.

Relevo Aparece a unidade de relevo do Planalto Dissecado do Rio Iguaçu/ Rio Urug uai. No noroeste ,

ocorre o bloco do Planalto dos Campos Gerais.

Hidrografia Os principais rios são: Jangada, Caçador Grande; que pe rte ncem à bacia hidrográfica do rio Iguaçu,

do Peixe, do Tigre , Barra Verde, E streito, Bom Re tiro, Bonito , Preto , São Bento , das Pedras, do Veado, Caste lhano, Santo Antônio e Salto Veloso , pe rtcncentes à sub -bac ia do rio do Pe ixe ; dos Patos e Roberto que integram a sub-hacia do rio Canoas; C hapecó e do Mato , que faze m parte da sub-bacia do rio C hapecó. Estas sub-bacias integram a bacia hidrográfica do rio Uruguai, que, por sua vez , pertence à vertente do : ll te rior .

Hipsometria A fai xa de 400 a 800 metros aprcsenta-se IIOS médios e ba ixos vales dos afluentes do rio Uruguai ,

alongando-se no vale do rio do Pe ixe. A faixa de 800 a ). .200 metros apresenta-se numa área considerável , onde se destaca a se rra do Marari . No norte de Agua Doce e Caçador , des tacam-se as serras de Chapecó e da Taquara Ve rde , na faixa de 1. 200 a 1.600 me tros. O morro do Capão Doce, com 1. 362 me tros, na di visa com o Estado do Paraná, é o po nto culminante da microrregião.

Clima Segundo Kõppen , pre domina o clima tipo Cfa com verões quentes e Cfb com ve rões fre scos e ,

segundo Thornthwaite, destacam-se os climas supenímido em grande parte da microrregião e úmido apenas no município de Caçador e próximo ao rio Uruguai, com temperat ura mé dia anual que varia de 15"C a 19"C . O total de precipitação vari a de 1. 6oomm a 2.400mm an uais.

Vegetação Predomina a vegetação da Floresta O mbrófila Mista (Mat:l de Araucária) com atividades agrícolas

c vegetação ~ecundária . Na região de Fraiburgo observa-se os remanescentes da mata da Araucária. No norte de Agua Doce (campos de Palmas) e Lebon Régis ocorre m as áreas remanescentes de vegetação de Savana. No su l, nos vales dos rios Uruguai e Peixe, surge a vegetação da Flores ta Estacionai Decidual (mata Caducifólia), com vegetação secu ndári a e atividades agrícolas. No sul de Capinzal , aparece a Savana (campos) com atividades agrícolas.

Solos - Tipos e Aptidões A predominância é dos so los Cambissolo Bruno H LÍmico, CarnbissoJo Bruno, Cambissolo e Cambissolo

Húmico (solos de me nor profundidade e e m d('senvolvimento , utilizados para o plantio de milho, feijão e outros , bcm como para pastagem e reflorestamen to). Espalhados pela microrregião, aparecem os solos de Terra Bruna Húmica e Te rra Bruna Estruturada Inte rme diária para Te rra Roxa Estruturada (solos profundos e bem drenados, de baixa fertilidade , necessitando de calagem e adubagem , utilizados para o plantio dc soja e trigo, bem como para pastagem e cultura de maçã). No oeste da microrregião, surgem os solos Litólicos (solos rasos, de fertilidade natural variável, utilizados para o p lantio de milho, feijão e demais c ulturas de subsistência), principalmente , nos vales dos rios do Mato e Chapeeozinho. No sudoes te de Ponte Serrada, centro de Fraiburgo, sudeste de Caçador e no sul de Capinzal, ocorrem os solos Latossolo Bruno Húmico e Latossolo Bruno Intermediário para Latossolo Roxo (so los profundos , porosos e bem drenados , necessitando de calage m e adubagem , utilizados para o pla ntio de soja e trigo , bem corno para pastagem e cultura da maçã).

Meio Ambiente A agroindüstria e , pllllc lpalmente a mdustna papclelfa produzem efluentes que provocam danos

ambientais ap reciáveis Como áu:.'.lS pl eservadas, eXistem o Parque da Uva Pai que NaCIOnal de Caçador Re se rva Municipal de Treze Tílias , e a Rese rva Florestal de Joaçaba.

QUADRO HUMANO

População Foi povoada por colonos descendentes de europeus, oriundos em sua maioria do Rio Grande do

Sul. Em 1980, contava com uma população de 215.746 habitantes, dos quais 110.41 6 residiam na área

urbana. Para 1989, as estimativas previam um cont ingen te populacional de 232. 41 3 habitantes c lIlIIa densi­

dade demográfica de 25,41 hab.lkm 2. Na área urbana es tavam 147 .492 habitantes . O município mais populos era Caçador, com 42.811 habitantes.

Educação Os '.T1unicípios que com~õem esta micro rregião estão sob juris~ ição da ~ Unidade de Coordenação Re gIOnal - VC RE , sediada em Joaçaba e da 14~ UC RE , sedlUda e m Caçador. Em 1989, possuía 707 escolas de 1 ~ grau e 42 de 2? grau, com um corpo docente de 2.962 professores.

O e nsino superior é oferecido por 3 estabelecimentos: Fundação Educacional do Oeste Catarine nse - FUOe, em Joaçaba; Fundação Educac ional do Alto Vale do Rio do Pe ixe - FEARPE , em Caçador; (' a Fundação Educacional Empresarial do Alto Vale do Rio do Pe ixe - FEMARP, e m Videira.

Saúde Em 1989, ex istia uma unidade integrada, 32 centros de saúde, 343 postos de saúde , 20 hospitais

com 1.11 5 leitos , numa relação de 4,80 leitos por mil habitantes. O atendimento era fc ito por 169 médicos e 108 de ntistas, n uma re lação de 0,73 e 0 ,46 por mil habitantes, respectivamcnte.

QUADRO ECONÔMICO Apresen ta uma economia bastante diversificada , não existindo um setor que prepondere sobre

os demais. No setor primário, destacam -se a criação de animais de m(~dio e pequeno porte (suínos e aves );

as lavouras temporárias de milho, soja e feijão, que são muito importantes tanto para a microrregião quan~to para o E stado: e a produção de fru tas , principalmente a de maçã (l ': produtor ), de uva e de pessego.

No setor secundário, predominam as indüstrias alimenta res, da made ira . metalúrgica e mecânica, que comple mentam as atividades exercidas no meio rural. A nível de produtos industriais, destacam-se a frigor ificação de carnes de aves e suínos, os implementos agríco las e as madeiras se rrada e laminada.

No setor terciário , a maior importância está nas atividades de prestação de serviços , comércio e transporte de mercadorias.

Rede de Transportes Possui três aeródromos, localizados nos municípios de Caçador, Joaçaba e Videira. É servida pelas

rodovias HH-153, BR-282, SC-302, SC-303 , SC-45 1, SC-452, SC-453 e SC-463 . Além de uma fc rrovia que corta a microrregião na direção Norte/Sul, pertencente à Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA.

Turismo Está dividida em duas regiões turísticas, ficando alguns municípios na região denominada "Contes­

tado" e outros na chamada " Nova Rota das Termas'" . As principais at rações turísticas são: a festa da maçã , e m Fraibu rgo , de importância nacional : as a rtes sacras , e m Treze 'fílias ; os abatedouros de aves e suínos; a produção de uva e vinho, e as indüstrias de frios.

Estrutura Urbana A c idade quc mais se destaca é Joaçaba, como um centro sub- regiona l. As demais cidades d e pe ndem

principalmente da prestação de serviços e comercialização de bens de Joaçaba, c algumas de C hapecó, centro regional do Oeste catarinense. Hierarquicame nte inferiores à Joaçaba, estão Caçador e Videira, sendo Capinzal e Fraibu rgo ce ntros um pouco maiores do que as res ta ntes. O cre scimen to c!c-s sa s cidades de ve -se principalmente às atividades industriais (alimentíCia e madeireira).

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ~

• • • • • • • •

Page 81: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

lO

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

LEGENDA

HIERAROUIA

I!J Centro Regional

• Cidade

O Vila

• Sede de Comarca

RODOVIAS

Pavimentada

- - - - - - Em Pavimentação

Sem Pavimentação

O O Federal Estadual

FERROVIAS Estrada de Ferro

LIMITES

I J IntermuniCipal

Mlcrorreglonal

Interestadual

Internacional

Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

RIO Lagoa e Represa

Cf) Aeródromo Pavimentado

+ Aeródromo Sem Pavimentação

... Porto

* Farol ~ 50Q Altitudes

ESC ALA 1:750.000 Clcm :7.5km)

'.~Ooca:::::E,t°===='ÉO===;t20===33"m HHH I

ESTAD O

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

' ~ ... aquara Verde

455 - MICRORREGIÃO DE JOAÇABA

91

Page 82: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

92

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE CONCÓRDIA (456)

Localização no Estado A microrregião geográfica de Concórdia locali za-se no oeste cata rinense, com uma área de 2.967

km 2, e limita-se com as microrregiões geográficas de Joaçaba , de Xanxcrê , de Chapecó. e com o Estado do Rio G rande do Sul. É constit u ída por 11 municípios: Concórdia, Ipira , Ipumirim , lrani , Itá , Lindóia do Sul , Pc riti ba , Piratuba, Pres idente Cas telo Branco, Seara e Xavantina.

QUADRO NATURAL

Geologia Predominam as Rochas Efusivas de Seqüência Básica, sendo que no norte, ocorre m pequenas

faixas de Rochas Efusivas de Seqüência Ácida, caracte rizada pe la se rra do Bonito .

Relevo Caracte ri za-se principalme nte pela unidade de re levo Planalto Dissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai ,

o que , no nort e desta mic rorregião, no contato com o Planalto de Campos Gerai s, resulta na form ação de Bordas de Patamares Estruturais.

Hidrografia Os principais rios são: Uruguai (limite e ntre os Estad os de Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

do Pe ixe. Jacut inga, Engano. que integram a bac ia hidrográfil:a do rio Uruguai, na vertente do Inte rior.

Hipsometria A altime tria predominante é a de 400 a 800 me tros. Próx imo ao rio Uruguai ocorre uma es tre ita

faixa de 200 a 400 me tros; no norte da microrregião, as se rras do Irani , Ariranha, do Bonito, c do Se rtãozinho encontram-se na faixa de 800 a 1. 200 me tros.

Clima Segundo Kõppen , predomina o clima Mesotérmico úmido com ve rões quentes (Cfa) e, segundo

lllOrnthwaite, é supe rúmido predominantemente, e próximo ao rio Uruguai e o clima é tÍmido. A tempe ratura média anual varia de 18"<: a 20" C. a precipitação média anual nesta microrregião

atinge um dos maiores índices, ultrapassando os 2.400mm .

Vegetação Predomina a Floresta Ombrófila Mista (mata de Araucá ria), com vegetação secundária e atividade

agrícola. A Mata Caducifólia, com vege tação secundária e ati vidade agrícola. ocorre ao longo do rio Uruguai e seus aflu entes.

Solos_Tipos e Aptidões No norte da microrregião, predominam os solos Litó!icos (solos rasos de fe rtilidade natural variáve l,

com presença de pedras na supe rfície, utili zados para o plantio de milho, fe ijão e demais culturas de subSistênCia). Na parte sul , predominam os solos Cambissolo Bruno Húmico. Cambissolo Bruno, Cambissolo e Cambissolo Hlímico (solos de menor profundidade e Cm desenvolvimento, utilizados para o plantio de milho, feijão e outros , be m como para pastagem e silvicultura). Na serra do Bonito e do Se rtãozinho, e Cm algumas áreas do sul da microrregião, ocorre m os solos Te rra Bruna Estruturada Húmica e Te rra Roxa Estruturada (solos profundos, bem drenados, utili zados principalmente para o plantio de soja , milho, e trigo, para pastagem e fruticultu ra.)

Meio Ambiente A criação d e aves e suínos destina às agroindústrias da região é a principal responsável pela poluição

dos rios . A área de preservação está representada pe lo Parque Ecológico Municipal de Piratuba.

QUADRO HUMANO

População A maior parte da população descende de alemães e italianos procede ntes do Rio Grande do Sul. Em 1980, contava com uma população de 116. 147 habitantes, dos quais 29.823 viviam na zona

urbana. Para 1989, o contingente populacional foi es timado em 129. 155 habitantes , resultando numa de nsidade demográfica de 43,53 hab .lkm2

• A população rural predominaria sobre a urbana, com um total de 87.284 habitantes . O município mais populoso continuaria sendo Concórdia , com 74 .364 habi­tantes.

Educação Os municípios que compõe m esta mic rorregião pe rtencem á llr. VCRE , sediada no município

de Concórdia. Em 1989, possuía 435 estabe lecimentos de e nsino d e 1 ~ grau e 15 de 2~ grau , com um corpo

docente de 1.467 professores, sendo 1.220 para o I ~ grau e 247 de 2? grau . Conta COm um estabelecimento de ensino supe rior, a Fundação Educacional do Alto Uruguai Catari ­

nense - FEA UC , localizado no município de Concórdia .

Saúde Em 1989, ex istia uma unidade integrada, 12 centros de saúde , 31 postos de saúde e LO hospitais

com 495 leitos. numa re lação de 3,83 le itos por mil habitantes . O atendime nto e ra fe ito por 63 médicos e 48 dentistas . numa relação de 0,49 e 0,37 por mil habitan tes, respectivamente.

QUADRO ECONÔMICO

Apresenta uma economia bastante dive rsificada , IJO rém predomina o setor primário, com des taque para a criação de animais de médio e peque no porte (suínos e aves), sendo o maior produtor de suínos do Estado; e para as lavouras temporárias de milho , soja e fe ijão , que estão associadas ao setor secundário , ou seja, às indústrias alimentícias (agroindústrias).

O se tor te rciário tem slla importância nas atividades de prestação de serviços. comé rcio e transporte de mereadorias, associadas à existência de grandes frigoríficos na região.

Rede de Transporte Possui um ae ródromo no município de Concórd ia , e as rodovias BR-153, SC -461, SC-462, SC-463,

SC-465 e SC-466.

Turismo Esta microrregião , na di visão tu rística, está compree nd ida na região denominada "Nova Rota das

Te rmas". As principais atrações turísticas são: fes ta italiana , festas agropecuárias, abatedouros de suínos e aves, festas re ligiosas, Volkstanzfest (festa da li ngü iça), artesanato, folclore, festivais da canç-J.o, es tre ito do rio Uruguai, passo das formigas e as es tãncias hid romi ne rais.

Estrutura Urbana A cidade q ue mais se destaca é Concórdia, como centro local de prestação de se rviços e come rcialização

de bens para a microrregião, Seara aparece como centro me nor porém, hie rarquicamente supe rior às demais cidades. A microrregião depende ainda de algun s bens e serviços e ncontrados e m centros maiores como Chapecó e )oaçaba.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 83: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • Ir

• • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

LEGENDA

HIERAROUIA

~ Centro RegIOnal

• Cidade

O Vila

• Sede de Comarca

RODOVIAS

PaVimentada

------ Em Pavimentação

00

I I

Sem Pavimentação

Federal Es tad ua l

FERROVIAS Estrada de Ferro

LI MITES

Intermunicipal

Mrcrorreglonal

Interestadual

InternaCional

Parques e Reser .... as

HIDROGRAFIA

RIO Lagoa e Represa

Aeródromo Pavimentado

Aeródromo Sem Pavimentação

Porto

* Farol ~ 500 Altitudes

ESCALA 1,750.000 ( 1cm:7,5km)

1~03::a:::::E,J:0===='~O""""",,ª,20===j30km Ht=1H I I

456 - MICRORREGIÃO DE CONCÓRDIA

°0 o

°0 $0

I..

93

Page 84: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

94

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE CANOINHAS (457)

Localização no Estado A microrregião geográfica de Canoinhas localiza-se no planalto norte do Estado, com uma área

de 9.380 km 2, e limita-se com as microrregiões geográfic,as de }oinville , de Blumenau, de Rio do

Sul, de Curitibanos, de Joaçaba e Com o Estado do Paraná. E constituída por 10 municípios: Canoinhas, Irine6polis, Itai6po li s, Marra, Major Vieira, Monte Castelo, Papanduva, Porto União , Três Barras c Timb6 Grande.

QUADRO NATURAL Geologia

Predomonia a Cobertura Sedimentar Gonduânica. Os vales do rio Iguaçu e seus afluentes Negro , Canoinhas, Paciência e Timbó aprestmtam a Cobertura Sedimentar Quaternária. No oeste e sudoeste da microrre gião, nas escarpas da Serra Geral"surgem as Rochas Efusivas de Seqüência Básica c , em pequeno trecho , aparecem as de Seqüência Acida.

Relevo A microrregião, em sua grande maioria , apresenta a unidade de relevo do Patamar de Mafra ,

com col inas baixas , em supe rfície regular e quase plana. No oeste, aparece o Planalto Dissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai , com trechos do Planalto dos Campos Gerais no sul de Irineópolis, Canoinhas, Major Vieira e Papanduva, conhecido como serra do Espigão, onde, em seu contato com O Patamar de Mafra, aparecem as "cuestas". Nos vales dos rios Iguaçu e Negro , surgem as Planícies Fluviais.

Hidrografia Os principais rios são: Preto (onde se localiza a Represa Alto Hio Preto); São Lourenço, do Lança,

Negrinho, da Areia, Bituva (componentes da sub-bacia do rio Preto); Iguaçu e Negro (limite entre os Estados do Paraná e Santa Catarina); Timbó. Timbozinho, dos Pardos e Bonito (pe rtencentes à sub-bacia do rio Timbó); Paciência (ligado à sub-bacia do mesmo nome); Canoinhas e Papanduva, integrantes da sub-bacia do rio São João . Estas sub-bacias pertencem à bacia hidrográfica do rio Iguaçu , na vertente do In terior. Localizam-se ainda nesta microrregião, os rios Itajaí do Norte ou Hercl1io e Iraputã pertencentes à bacia hidrográfica do rio Itajaí- Açu.

Hipsometria Próximo às margens do rio Itajaí do Norte ou Hercílio e ncontra-se uma estre ita faixa de O a 200

metros de altitude. Nos vales do rio Iguaçu c de seus afluentes , eleva-se para a faixa de 400 a 800 metros. Na m esma altitude , e ncontra -se o vale do rio ltajaí do Norte ou H ercílio. O restante da região situa-se ent re 800 a 1.200 metros , com exceção do sul de Porto União e Papanduva, onde pequenos trechos estão na fa ixa de 1.200 a 1.600 metros .

Clima Segundo Kóppen, predomina o clima Cfa com verões frescos e, segundo Thornthwaite, o clima

é úmido em grande parte da microrregião e superúmido nos municípios de Irineópolis e Timbó Grande. A temperatura média anual varia en tre 15°C e 18Q C. O total anual de chuvas varia de 1.400 mm a 1.600 mm.

Vegetação Predomina a Floresta Ombrófila Mista (mata de Araucária), com vegetação secundária e atividades

agrícolas . No município de Major Vieira e Papanduva, ocorrem áreas rema nescentes da Mata de Arau­cária. No sul de Papanduva, aparecem peque nos trechos da Floresta Ombrófila Densa (mata Atlântica), com áreas remanescentes; e no vale do rio Itajaí do Norte ou Hercílio, com vegetação secundária e atividades agrícolas. Pequeno trecho da vegetação de contato (Tensão Ecológica) com áreas remanes­centes, surge ao longo do rio Negro , entre Rio Negrinho e Mafra. Entre Três Barras e Papanduva, destaca-se um trecho dos remanescentes da vegetação de Savana (campos). A vegetação He rbácia Fluvial das_ Formações Pio!"'eiras aparece no vale do ~io Iguaçu e afluentes.

Solos - Tipos e Aptidões Entre as bacias dos rios Timbó c Canoinhas, aparecem os solos Litólico (solos rasos , de fertilidade

natural variável, utilizados para o plantio de milho, feijâo e demais culturas de subsistência). No norte surgem os so los Latossolo Verme lho-EscuTO (solos profundos, porosos e bem drenados , necessitando dc ca lagc m e adubagem. utilizados para o plantio de soja e trigo , bem como para pastagem e cultura de maçã). Ao longo dos rios Iguaçu, l'\egro e Canoinhas, ocorre m os solos Glei Húmieo e Gle i Pouco Húmico (solos de elt)vado teor de matéria orgânica, com excesso de umidade, usados para o plantio

de arroz irrigado, hortaliças e cana-de-açúcar). No restante da microrregião, ocorrem os solos Cambissolo Bruno H úmieo, Camhissolo Bruno ,

Cambissolo, Cambissolo H úmico (solos de menor profundidade e em desenvolvimento, utilizados para o plantio de milho, feijão c outros , bem como pastagem c si lvicu ltura).

Meio Ambiente As indtístrias de madeira, papel e mobiliário produzem grande quantidade de efluentes que são

despejados nos rios, poluindo suas águas. Quanto às áreas preservadas, existem a Reserva Biológica de Irineópolis c a Floresta Nacional de Três Barras.

QUADRO HUMANO

População Povoada por imigrantes paulistas no século XVIll e, posterio rmente , por alemães e eslavos , que

se dedicavam às atividades industriais moveleiras e de policultura intensiva. Em 1980, contava com 187.931 habitantes, dos quais 95.144 residiam na área urbana. Para 1989, as estimativas previam uma população de 203.420 habitantes, resultando numa densidade

demográfica de 21 ,69 hab.lkm2. Na área urbana , estariam vivendo 130.449 habitantes da população total. Os municípios de Canoinhas e Mafra seriam os mais populosos desta microrregião , o prime iro com 55.667 e o segundo com 44.144 habitantes .

Educação Dos municípios desta microrregião, 4 estão vinculados à 8~ UC RE , sediada em Mafra; 5 à 1 8~

UC HE , sediada em Canoinhas; c I à 14~ UCRE , sediada em Caçador. Em 1989, contava com 497 escolas para o ensino de I ~ grau c 22 para o de 2~ grau , e um corpo docente de 2.284 professores , sendo 1.909 para o l ~ grau e 375 para o 2? grau.

Possui dois estabelecimentos de e nsino superior: a Fundação Educacional do Norte Cata rinense _ FUNOHTE , e m Mafra , e a Fundação das Escolas do Planalto No rte Catarinense - FUNPLOC, em Canoinhas.

Saúde Em 1989, existiam 2 unidades integradas , 25 centros de saúde, 11 postos de saúde e 8 hospitais

com 600 leitos , numa relação de 2,95 leitos por mil habitantes . O atend imento era feito por 94 médicos e 51 dentistas , numa relação de 0 ,46 e 0,25 por mil habitantes , respectivamente.

QUADRO ECONÔMICO A microrregião geográfica de Canoinhas tem sua base econômica no setor secundário, ocupando

o setor terciário uma posição intermediária entre aquele e o setor primário. No setor secundário, destacam-se as indtístrias de madeira , que tem como um dos objetivos suprir

as indústrias movele iras . O setor terciário, embora bastante desenvolvido, concorre com o do Estado do Paraná, dada a

condição limítrofe com aquele Estado. O setor primário, embora com menor importância econômica do que os demais setores , te m !laS

culturas de feijão , milho e soja sua maior expressão.

Rede de Transportes É se rv ida por. d?is aeródromos , localizados nos municíp.ios de Mafra ~ Três Barras; por uma ferrovia

da Rede Ferrovlána Federal S.A. - HFFSA; e pelas diversas rodOViaS como a BH-1I6, BH-280 e IlH-477.

Turismo Os municípios desta lllicrorregião , com exceção de Porto União. fazem parte da região turística

denominada "Caminho dos Príncipes". As principais atraçõcs turísticas são: fe ira de artesanato c feira agropecuária.

Estrutura Urbana Não há nenhum cent ro regional que polarize as cidades. Há vários centros que dependem de

Curitiba e dc Joinville na aquisição de bens e serviços. O incremento populacional urbano ocorreu em algumas cidades impulsionado pelas indtístrias de diversos ramos, especialmente as de beneficiamento de mate c de madeira . Destacam-se as cidades de Mafra, Canoinhas e Porto União .

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 85: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

26'

11

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA 457 - MICRORREGIÃO DE CANOINHAS

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

LEGENDA

HIERAROUIA

~ Centro Reg ional

• Cidade

O Vila

• Sede de Comarca

RODOVIAS

PaVimentada

------ Em Pavimentação

Sem Pavimentação

0 0 Federal Estadual

FERROVIAS

Estrada de Ferro

LIMITES

I I Intermun icipal

M lcrorreglonal

Interestadua l

In ter nacional

Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

~ RIO Lagoa e Represa

Cf) Aerôdromo Pavimentado

+ Aeródromo Sem Pav imentação

..... Porto

* Farol ~ 500 Altitudes

ESCALA 1:750000 (lcm:7,5km)

' ~03::a::::E'Í0===='i=0=,==,==,,=~20===:::í30~m b oa I

5I ' WG,

5 í E..

o o o o p A R A N Á

~---------+---------------------z~-+------------------------~~~------------------~26"

~-,J---------~------------------~~~=-~~-+-------,~----------~~--------r-------------------~~~~~"

5" wG,

95

Page 86: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

96

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE SÃO BENTO DO SUL (458)

Localização no Estado A microrregião geográfica de São Bento do Sul localiza-se no planalto norte do Estado, com uma

área de 1.496 km2, e limita-se com as microrregiões geográficas de j oinville , de Blumenau , de Rio

do Sul , de Canoinhas, e com o E stado do Paraná. É constituída por 3 municípios: Campo Alegre , Rio Negrinho e São Bento do Sul.

QUADRO NATURAL

Geologia Predomina a Cobertura Sedimentar Gonduânica. O vale do rio Negro apresenta a Cobe rtura Sedi­

me ntar Quaternária . Na região de Campo Alegre e São Bento d o Sul, ocorre o Embasame nto Cristalino, caracte rizado pelos granitos da Serra do Mar, contomando o treeho da Cobertura Vu1cano Sedimentar-Eo­Paleozóica.

Relevo Constituído principalme nte por duas un idades de re levo, ° Patamar de Mafra, no oes te, e o Planalto

de São Bento do Sul, no norte da microrregião. As Planícies Fluviais correm ao longo do rio Negro e e m pequena área no su l. No município de São Bento do Sul , as Serras do Leste Catari ne nse.

Hidrografia Os principais rios são: Negro (di visa entre os Estados de Santa Catarina e Paraná) e Pre to (localização

da Represa Alto Rio Pre to), que pertencem à bacia hidrográfica do rio Iguaçu, na vertente do Interior.

Hipsometria A fa ixa altitudinal de 200 a 400 metros ocorre numa pequena área, ou seja, nas verten tes voltadas

para o litoral , mais precisamente no vale do rio Humboldt . Entretanto, este vale tem uma altimetria principal na fa ixa dos 800 metros. Também , nesta faixa, está o vale do rio Negro e seus afluentes. O restante da microrregião compreende altitudes e ntre 800 c 1.200 metros proporcionandas pela Serra do Mar.

Clima Segundo Kõppen, predomina o clima mesotérmico límido com ve rões frescos (Cfh) e , segundo

Thornthwaite, o clima é úmido, com tem peratura média anual na fa ixa de 18°e. O total anual de chuvas varia de 1.600mm a 1.800mm.

Vegetação Predomina a Floresta Ombr6fila Mista (mata de Araucária), com atividade agrícola e vege tação

secundária. Os remanescentes desta mata es tão localizados ao longo do município de São Be nto do Sul e no extremo nordeste do m unicípio de Campo Alegre . Outro importante aspecto é o contato Savana com a Floresta Ombrófi la Mista na Serra Geral , onde ocorre uma zona de tensão ecológica em função das atividades agrícolas.

Solos - Tipos e Aptidões Predominam os solos Cambissolo Bruno Hümico, Cambissolo Bruno , Cambissolo c Cambissolo

Húmico (solos de menor profu ndidade e em desenvolvimento , utilizados para o plantio de milho, fe ij ão e ou t ros, bem como para pastagem e silvicultura). No norte de Campo Alegre e na região de São Bento do Sul , aparecem os solos Podz61icos Vermelho-Amarelo (solos p rofundos e bem drenados , com camadas diferenciadas , utilizados para pastagem e culturas de subsistência).

Meio Ambiente Os recursos hídricos estão prejudicados pela presença das indústrias de madeira, papel e mobiliário,

que lançam seus efluentes diretamente nos rios. As áreas preservadas e stão represe ntadas pelo Parque 23 de Setembro e parte da Reserva Es tadual do Sassafrás .

QUADRO HUMANO

População Foi povoada por imigrantes pau listas no século XVIII c poste riorme nte por alemães, que se dedicavam

às atividades movclciras c de policultura intensiva. Em 1980, contava com uma população de 64.533 habitantes, dos quai s 5 1. 889 residiam na área

urbana . As estimativas para 1989 previam uma população de 95.219 habitantes, resultando numa de nsidade

de mográfica de 63,65 hab .lkm 2 sendo q ue na área urbana estariam 87,94% da população total. O município de São Bento do Sul se ria o mais populoso, com 56.334 habitantes.

Educação Os municípios que compõem esta mic rorregião faze m parte da 22~ VeRE, sediada em São Bento

do Sul. Em 1989, possuía 108 esco las de I': grau e 8 de 2~ grau, com um corpo doce nte de 889 professo res

sendo 731 de l~ grau e 158 de 2': grau. Não existe m, nesta micro rregião. estabelecimentos de e nsino superior.

Saúde E m 1989, existiam 6 centros de saúde , 13 postos de satíde e 3 hospitais com 256 leitos, numa

rel ação de 2,69 leitos por mil habitantes. O atendimento e ra feito po r 52 médicos e 41 dentistas, numa relação de 0,55 e 0,43 por mil habitantes, respect iva mente.

QUADRO ECONÔMICO A microrregião geográfica de São Bento do Sul tem sua base econômica no setor secundário , ocupando

o setor terciário uma posição inte rme diária e o se to r primário sem grande e xpressão. No setor secundário , destacam-se as indústrias moveleiras, que conferem à mic rorregião a caractc­

rística de maior pólo move le iro do Estado, e as ce râmicas e têxtei s. O setor terciário, embora desenvolvido, de pe nde de centros maiores como joinville e Curitiba. O setor primário, com menor expressão econômica, des taca-se na produção de fumo , cebola e

feijão.

Rede de Transporte É servida por um aeródromo localizado em São Be nto do Sul, pela fe rrovia da Rede Ferroviária

Federal S.A. ~ HFFSA, e pelas rodovias BR-280, Se-30l c SC-422.

Turismo Os municípios desta mic rorregião fazem parte da região turística denominada "Caminho dos Prínci­

pes'". As principais atrações turísticas são as feiras e as indústrias de m6veis, as indústri as de cerâmica e as têxteis.

Estrutura Urbana Não existe nenhum centro regiona l que polarize as cidades. De pendem de Curit iba (PR) c de

joinville na aqu isição de bens e serviços. O incremento populacional urbano ocorre u impulSionado principalmente pe las indüstrias, com destaque para as movcleiras. As maiOTes cidades são a de São Be nto .do Sul e Rio Negrinho.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 87: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

458 - MICRORREGIÃO DE SÃO BENTO DO SUL ...

Page 88: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

98

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE JOINVILLE (459)

Localização no E stado A microrregião geográfica de Joinvilk localiza-se !lO btoral norte> de Santa Catarina, COlll lima án'u

de 4 .670 klll Z, c limita-se com a~ microrregiões gcográflca~ de São Bento do Sul , de HlulIlena ll. de It ajaí, com () Estado do Paraná l' com () oceano Atlântico. E constituída por 10 municípios: Araquari. Corupá , Caru\'a. Guaranllrim, Itapoá. Jara~uá d o SuL Join\'ill<- . \1a~ sdrandt1h;\. 5,lo F r,lIl ci ... co do Sul c Schrocdcr.

QUADRO NAT URAL Geologia

A Cohert u ra Sedimen tar Q uaternária . entremcada nt.' formaç'ócs de rochas de alto. m(,dio c baixo grau de llldamorfis mo, ocorri' no litoral OC'itd micwrregiâo. A~ rucha ... grullíli .... ·(.I'. aparc('/,'11l nos alto:> to pográficos da Serra do Mar, cujas fnrmaçôcs engloham as rochas llIab ant igas do Estado. :\0 oeste da m icrorregião. em Coru pá , surgelll os Sedllllcntos Condouânicos.

Relevo Encontram +se as Planícies Costeiras. de praias arenosas e dunas, qlle evidellciam ações e pro('('s,>os

marinhos e eólicos . lU ahundância dt' praias. ponta~, promontório .... cnseadas c ilh,I .... salientando-,>e a ilha de São Francisco. o sistema Jagunar d" baía de Habitonga e o cabo João l)ta'i . Avan~'a nd() para o oeste aparecem a ... un idades dc relt'\o da Serra do ~tar , Planalto de São Be nto do Sul (:' Palam<11 d e Mafra. No sudoeste . em Coru pá e Jaraguá do Sul , evidenciam->;c as fonnaçôes da ... Serras do Leste Catarinensc.

H idrografia 0\ principai ... rim ~ão ' ClIbatii.o (Jo ~lJr tc l, Piralwiralld l' ~dí- M lri rn (bacia hidrográfica do riu Cuhat ,lo l.

It apocu. :"Jovo. ltapocuzinho, PU'aí (' Jaragll<í (hacia 11Idrogr.ilka do no ItdpoCU l. r,;; ~IO rio~ d e planídt' e fazem parte da \'('rlcnll" do Atlântico.

Hipsometria Mais da metade da área Ut, .. ta minorre~ião e.'>tá contida na fan:a de O a 200 metro.'>, (jlll'. t'lH

Ga ruva, alcança u ma largu ra de 25km, elevando-se rapidalnen te em dire~'ão à Serra do Mar , ultrapassando os 1.200 metros. O pon to culminante é (l morro do Qlnriri , com 1.430.66 metros . em Garu\'<I

C lima Segu ndo Kõppen, p redom ina o clima tipo Cfa com verões quentt's . Segundo Thornt ll\ .... aite , prevalecc

o clima tím ido, sendo que na re~i<l() de }oinvilie e Itapo<i aparece () clima supcnímido. A temperatura média anual c~hí entre 20"C e 22'·C. O total anual de precipitação alcança 2.-l00mm .

Vege tação Predom ina a vegetação da Floresta Omhróma Den>;a (mata Atlântica), constante das plan ícies c

serras da costa catarim'nse. estando 'illas áreas remanescentes loealizada~ no litoral de ltapoá, no lllaci~'o à c~qucrda d o canal Três HarrJ.s. c na Serra do Mar , com algumas ma nchas em Joinvilk . Jaraguã do Sul e Araquari. As margens do canal Três Harras, apresentam-_"e as áreas originais da Forma~'õe'i Pioneiras (vegetação herb.-icea fluviaL dt· rest inga e mangue) . .1\0 ocste dc Joinvillc e Corupá. encon­tram-sc a ... á reas remanc ... cenh' ... da F lores ta Ombrótlla Mista (mata de Arducária). ,\lo norte de Jaragu:í do Sul. salienta-se peljuena faixa dt' temJu l!cológlca (rcgião de contato) com atividades agrícola ....

Solos - Tipos e Aptidões Ap resentam-sc os solos Podzól (solos profulldO-" e aW IIO-"OS, com aCl1tnu lação de mat{'ria orgâHica

ou /erro. não dcve ndo ser usado'i para agricultura )_ Ao longo do rio Pirabeiraba, margem din'iLt , e no canal T rês Barras, aparecem os solO\ Indiscriminados dI' Mangue (solos alagados, inllucm:iados pelas marés , q ue devem ser p rese rvados eco}ogkamenh'). No oeste de Garuva , sali en tam-se trechos d(' solos Li tólicos (solos rasos (' d(' fertilinade natura l variável. utilizado<i para () p la ntio de milho. feijão e de mais cult uras de subsi.'>tência). No !"t'stante da microrregião, aparceem em porções irregulares os solos Cambissolo Bruno H LÍmico, Carnhissolo Hruno, Cambissolo e Cambissolo H úmico (so\os de' me no r p rofundidade e em d C<icnvoh-nnento, utilizados \)ara o plantio de milho, feijão e outrm, para pastage lll e reflorestamento) e os <;olos Podzólico Vel"mellO-Amarelo (solos profundos e bem dre nados. com camadas d iferenciad as. util izados para pastagelll e cultura de subsis t<' neia).

Meio Ambiente Os ma iores ind icadores da p(lllli~',io \ClO os rn('tai~ pesddo ... encolltradlls 11a lagoa dI" Saguaç'lI e

na baía d e Hab itonga . A E~ta~·.i() Ecológica do Bracinho l' a He~er\'a da Rede Ferro\·iúia _<ío comide radas áreas de prcsc rvaçio.

Q UADRO H UMANO

População Foi povoada in icialmcnte por vicenti~tas c . po ... teriormenlC" , por alcmãe:. . Em 1980. conta\'a com um contingente populacional de 3.58.220 hahitanle~ ~e acordo com a estimath'a fe.ildJ)ara 1989' ,a populaç:âo e/étna da ,microrregião totaliLa\'d 495.203

hahItante ... resultando nU111a denslda (' demografi('a de 106,04 hah ./km ~. !'\a área urhana , estariam entao H9,77o/c da po pulação total. Joinvill e continuaria sendo O l1Iun icípio

mai s populoso do Estado com 343 075 hahitantf's.

Ed ucação Dos municípios que comp("jcm esta microrregião . alguns pertencem à 5~ UCHE e outros à 19~,

lle RE. .'Iediadas n o~ mun idoio ... de Join\'ill(' e Jaraguá do Sul. rCSDecti\'amcTlte . Em 1989_ nossuía 3..58 escolas dt' I '.' grau e 43 de 2~ grau, p 3.346 professores para o I '.' grau (' 919 para o 2'.' !-!rau. O emino superior é olcrecido pela Fu ndaçfin EducaCIOnal da Heglào d t: Joinvillc - FU RJ, pela F undação Educacional de Santa Catarina / Univcrsichde Para o Desen\'ol\'imcn to do E;;;tado de ~anta Catarina - FESC/ l 1LJESC t' pela Fundação Educacional Hegional Jd.I"agllat'Tl se - FEHJ

Saúde Em 1989, t'xi\tlam 4h ('('litro .. de "alÍdc . 4H pmtos d e saüdf:' e 1.1 hospi tai ... com I 2.11 leito\ , numa

reLII.,·ão dl' 2.44 leito ... por m il hahitank~ . () at en rfimento Na I(' ito por 389 !m~die(l~ (' 2,50 denti"ta ~, lIuma rplaç:ào dt ' O.7S (' 0)50 por milIMhitanlt's. re"'lX'cti\'a1l1entt>

Q UADRO ECO NÔMICO O setor secundano é a principal atividade ('conÓiI1lca. Aprese nta um dos ma iores pa rques industriais

du Estado, COI1l elevado mímero de emprcsas \'oltadas para a fabrica(,:ão de produtos Ill e taltí rgico~, mt'câni("()<; e plásticos. atendendo não só o mercado nacional como o inte rnacional.

O setor terciá rio tem ctmsincdw· 1 irnportãncia . tanto no comércio quan to na prestação de servi~·o.~. destacando-se como um dos maio res centros de ~ervi ços ham;,írios do Es tado .

O setor Pl'imário tem pOllCl-I exp ressão. As atividad('" agrícolas de maior destaf\lH' s50 a ... cll! t ura~ de arroz t' hanana, sendo que esta líltima C01OC'd a microrregião como a 2: maior PWt utora do Estado.

Rede de Transpor tes Conta com um aeródrumo na cidade de Join \' ilk', que é um dos mais im portante, do E"tado quanto

dO mO\'inH'nto de passage iros e de car~as . A ilha de São Franciseo do Sul conta com um porto com a mesma denomin:H,:úu, q!1l' ... e (·on .. titui

no escoadou ro natural para os produtos oriundos das regiôcs (It- Jninvillc . vale do ltaja '" planalto norte , vale do rio do Peixe e oeste do E,> tado.

A Hcde Ft~rroviária Ft·deral S.A. - HFFSA, atravessa a mierorrcgião aié o porto de São Francisco do Sul.

As rodovia" mais i!llportaTltc~ \ão: BH- IOl , HH-2S0, SC -30!.

Turismo Os municípios que compõem esta micror região, c;"c!llinclo Cuaramirim. Schnwdt'r e Massaranduha

e mdullldo o munidpi<l de Pi~'arras e Harra Ve lba , na divisão turís tica, formam a rq!;ião denolllinada "Caminho dos Príncipes"

Principais atrações turíst icas: festa das Oores, festas típica ... ale mãs, centros industriais, porto de São Frdncisco do Su l. l".ibnca.'> d e móve is, pmeiss .. lo de Corpus Christi, boi-de-mamão t' dt'mais ft·stas lold6riras açorianas.

E str u tura Urbana Joinville é o único centro regional des ta microrregião , por scr o principal pó lo industrial. Jaraguá

do Sul é a segun~a maior cidade, .d c'viclo ao ~r~nde míml'r~) de indlÍstr.ias .que pos'i ll i. São Franci ~co do Sul se caractenza por ser lima CIdade portuána e balneána (' a.<, demaIS Cidad es atuam como eentros de atendimcn to às áre,ls rurais , possuindo ,.'stahell'cim('n tos indnstriais cm ramos din'rsificados.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 89: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA 459 - MICRORREGIÃO DE JOINVILLE

.' MAPA DE LOCALI ZAÇÃO

o

. ;

TamllOfetes

a

o

L-------------------------~--------~------------~~~~~~-i--------~------~~--~~---l~-----r---------.~~~----------_:~~~----t_--------------------_J~

99

Page 90: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

100

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE CURITIBANOS (460)

Localização no E stado A microrregião geográfica de Curitibanos localiza-st' no meio-oeste catarinense, com lima área de

7 . J g't km Z, e limita-se com as microrregiões geográficas dos Campos de Lages . de Joaçaba. de Canoinhas.

d(· Rio do Sul c com o Estado do Rio Grande do Sul. Compõe-se de 5 municípios: Abdon Hati sta, Campos Novos, Curitibanos , Ponte Alta l' Santa Cecilia.

Q UADRO NATU RAL

Geologia PrcdUlllina!11 a~ Hucha~ Er\l~i\'a:-. de Suq(il'lIl:ia Há"ic:ü , port'lIL nu "u i de Calnpo:-, :--';(/\05 , ocorn:1I1

as de Scqii{'llcia Acida. Em Ponte Alta f' no sudoeste de Curitibanos, aparece a Cohertura Sedimentar Gonduânica.

Relevo Predominam O~ blocos d u Planalto de Cam pos Gerais. cntremcadm pelo Planalto Dissecado do

Rio Iguaçu/Bio Uruguai. No leste de Pontf' Alta , aparece trecho do Planalto de Lages.

Hidrografia Os principais rios ~ão: Uruguai (limite entre o E stado de Santa Catarina t' Hio Grande do Sul).

Canoas. Santa Cruz, fbicu í. Marombas , das Pedras , Correntes. pertencentes à suh-bacia do rio Canoas. da bacia hidrográfica do rio Ltruguai. E stes rios pe rtencem à verlC'nlC' do InlPrior.

Hipsometria A mais baixa altin',etria situd· se na bixa dc 400 a 800 metros 1l0~ médios e bai .xos vales dos rios

Uruguai. Lt:.l.o, Santa Cruz, Canoas c Marom bas . Em maior ,'irea, apart:c(' a raixa de 800 a 1. :2.00 metros. E!ll Ll'bOIl Hégis e Santa Cecília, aparece a faixa de 1.:200 a 1.600 metros. destacando-se a serra do Espigão.

C lima Segundo Kõppcn, predominam os climas Cfa com verõcs qllentc~ (' Cfb com verÜt's fr('scos. E.

segundo Thornthwaite, os climas superúm ido, com kmperatura média anual que varia de 16"C a 18°C. A quantidadc de ch uvas varia de 1.600mm a 2.000 mm anuai s.

Vegetação Predominam as áreas remanescentes da Florcsta Ombrófila Mista (mata de Araucária). A vegetação

de Savana (campos), com atividades agrícolas , aparccc em Campos Novos, c as áreas remanescentes localizam-se nas áreas denominadas Campos de Cu ritihanos.

Solos - Tipos e Aptidões A predominância é dos solos Te rra Bruna Estruturada Intermcdiária para Te rra Hoxa Est ruturada

(solos profundos e bem drenados, com baixa rertilidade , n('<-'c .~si tando de ealagelll c adubagetl1, utilizados para o plantio de soja c tri go, bem como para pastagem e cu ltura de ma\:ã). No sul, nos vales dos rios Uruguai e Canoas, aparecem os solos Litól icos (solos rasos de rertilidade natural variávcL utilizados para o plantio de milho, re ijão c demais culturas de subsis tê ncia). :'\io oeste, aparecem blocm com solos Latossolo Bruno 1ntcrmeJ iário para Latossolo Roxo (solos p rorundos, porosos e bcm drcnados, necessitando de calagem e adubagem, utilizados para o plantio de soja l' trigo , bem como para pastagem e cultura de maçã). No noroeste de Campos Novos c no norte , leste c sudeste da rnicrorregitio , W'o rrelll os solos Cambissolo Bruno H LÍmico, Cambissolo 13ruIlO, Cambissolo e Cambissolo Ihímico (solos de menor profundidade e em desenvoh-ime-nto, utilizados para o plantio de milho , fcijão (' outros. bem (.'Omo para pastagem c reflorestamento ).

Meio Ambiente A indústria de madeira, papel e papelão f;' o uso de agrotóxicos polucm os solos e os rios da

microrregião. Não existe, nesta microrregião. nenhuma área de prcscn·aç,-lo.

Q UADRO H UMANO

População A popula(,.'ão é formada por imigrantes paulistas e galkhos que se dedicam à agricultura e à pccuária

extcnsiva. Em 1980, contava com 101.353 habitantes, dos quais 53. 118 faz iam parte da zona urbana. Para 1989, as estimativas previam um total populacional dc 108.395 habitantes, com urna densidadc

de mográfica de 15,06 hab .lkm 2. A população urbana corresponderia a 63,33% da população total da

microrregião. O município de Campos Novos. com 43.704 hahitant f's, f' o de Curitibanos. com 43.:2.96, seriam os mais populosos.

Educação Os municípios de Curitibanos e Ponte Alta fazem part e da 7~ Ue RE. scdiada em Lages ; Campos

Novos da 9: UCRE, sediada em Joaçaba; Santa Cecília da 14~ UCRE . sediada em Caçador. Em 1989, contava com 333 escolas para o ensino de I': grau l' 14 para o 2'; grau. com um corpo docente de 1.107 pl"Ofissionais. O ens ino su pe rior é oferecido pela Fundação Educacional do Planalto Central Catarinense - FEPLAC. em Curitibanos.

Saúde Em 1989, existiam 10 centros de saúde, :2.G postos de saüde c 5 hospitais com 477 leitos, numa

relação de 4,40 leitos por mil habitantes. O atendimento era reito por 43 médicos c 35 dentistas, numa relação de 0 ,40 e 0.32 por mil habitantes, respectivamente.

QUADRO ECONÔMICO Te m a cconomia centrada no setor primário, aprese ntando algumas atividades secundárias e terciárias

complcmentares. O .~ctor primário. devido ,) pre dominância de latiftí ndios. es tá voltado para a criação de hovinos

c para o cultivo de milho , soja e alho. A cultura do alho ocupa a I': posição no Estado. t\·o selo r sccu ndário predominam as madeireiras . em virtude de a micro rregião possu ir ainda lima

das mais expressivas reservas florestais do Estado. O setor terciário destaca-se pelo rorte comércio, principalmente o .de produtos agrícolas, contando,

inclusive , com uma das maiores cooperativas do Estado.

Rede de Transportes Possui dois acród romos, localizados nos municípios de Campos Novos e Curitibanos; l' uma ferrovia

da Rede Fe rroviária Federal SA - RFFSA. As p rincipais rodovias são: BR-l16, BH-282. HR-470 , SC-302, SC-425 e SC-456.

Turismo Pela divisão turística , os municípios que a compõem. com exceção de Campos Novos , razcm parte

da região dcnominada "Scrras Catarinenses". As principais atrações turísticas são: o turismo rural. a Festa da Moranga e de Produtos Hortigranjeiros, os rodeios crioulos e as feiras de animais.

Estrutura Urbana Curitibanos c Campos Novos são as duas principais cidadcs, poré m nenhuma de las se destaca

como centro regional ou sub-regional. Na pres tação de serviços depcndem de Lages, Joaçaba c de outros centros maiores . Os demais municípios não possuem dcstaque C0l110 c('ntros menores , limitando-se apcnas a scrvir as áreas localizadas rora de seus limites urbanos.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 91: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA 460 - MICRORREGIÃO DE CURITIBANOS

MAPA DE LDCALlZAÇÃO

LE GENDA

HIERAROUIA

I I I Intermunicipal

Mlcrorreglonal

_._---_.- Interestadual

In ternacIOnal

.------------ Parques e Reservas

* • 500

HIDROGRAFIA

RIO, Lagoa e Represa

Aeródromo Pavimentado

Aeródromo Sem Pavimentação

Porto

Faro l

Altitudes

ESCALA 1 :750.000 (1 em : 7.5k m)

, '~0'Ca::::EtO ==='~O~~~''i:0===30km ::::;j ...... H I

~1'30

.:1 1

~l' '11' Gr

i

1---------~----------~\~----------_ft_--------~~~~~~----~~~--~\\1I--~~--~~~_j~' r >' ,

'" ~ :) ~7

PARANÁ

.~ '" -.., ~.

,#';cO \ .~

\

" v -... 1 1... ... f

~ ,

" I --,;t----+-+--------<;;;;-----F----h~------ '9-l-+----!,~+--+_::;\~~\_-+.:___--'" t- -~ ~/

~]·30

101

Page 92: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

102

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DOS CAMPOS DE LAGES (461)

Localização no Estado A microrregião geográfica dos Campos de Lages localiza-se no planalto sul do Estado, com uma área de 15.570

km2, e limita-se com as microrregiões geográficas de Curit ibanos, de Rio do Sul, de Ituporanga, do Tabule iro,

de Tubarão , de Criciúma, e com o Estado do Rio Grande do Sul. Compõe-se de 12 mun icípios: Anita Caribaldi , Bom Jardim da Serra, Bom Retiro , Campo Belo do Sul , Celso Ramos, Correia Pinto, Lages, Otacílio Costa, São Joaquim, São José do Cerrito, Urubici e Uru pema,

QUADRO NATURAL

Geologia . Há predominância das Rochas Efusivas de Seqüência Básica. O sul e sudoeste apresentam as de Seqüência

Acida . A Cobertura Sed imentar Gonduânica ocorre no norte. Uma das es truturas geol6gicas mais importantes do Estado ocorre nesta microrregião , conhecida pelo nome de Domo de Lages .

Relevo Ar.resenta , na metade norte , o relevo do Planalto de Lages , caracterizado como degrau entre os Patamares

do A to Rio Itajaí e o Planalto dos Campos Gerais. Em Bom Retiro, no vale do ri o João Paulo, e em Urubici , no vale do rio Canoas , aparecem as Planícies Fluviais. \ 0 leste de Urub ici , surge parte dos Patamares do Alto Rio Itajaí. \ a metade sul da microrregião. destaca-se o Planalto Dissecado do Rio Iguaçu/ Rio Cruj!uai , onde se sal ienta a Borda do Patamar Estruturdl no contato com o relevo do Planalto de Lages. Aparece, ainda o relevo do Planalto dos Campos Gerais que, em seu contato co m O Planalto de Lages, resulta nos ressaltos e nas escarpa ....

Hidrografia Os principais rios são: , Pelotas , das Contas , Lava-t udo, Pelot inhas, VaC"JS Gordas , (sub-bacia do rio Pelotas);

Canoas , João Pau lo, dos Indios, Caveiras , 'lU{.' fazcm parte da sub-bacia do rio Canoas. No rio Cave iras está localizada a represa de mesmo nome. Estas sub-bacias fazem parte da bacia hidrográfica do rio Uruguai, qu e se local iza na vertente do Interior.

Hipsometria Apresenta altimetria de planalto na fa ixa de 400 a 800 metros no vale do rio Pelotas , Canoas e Cave iras ;

e de 800 a 1.200 metros na maior parte da microrregião , com destaque para o morro do Tributo (1.260,12 metros). ~a borda do planalto. a altitude ultrapa.ssa os 1.600 metros. Alguns pontos culminantes do Estado: morros da Boa Vista (J .827 metros), da Bela Vista do Gu izoni (1.823,49 metros), da Igreja (1.822 metros), e Campo do!> Padres (1.790 melros ).

Clima Segundo Kõppen, nesta microrregião aparecem os climas do tipo mesotérmico úmido com versões frescos (CIh)

na maioria do seu territ6rio ; mcsotérmico úmido com verões quentes (Cra) no extremo oeste. Segundo Thornthwaitc , o clima é superúmido na região de São JoaQuim e límido nas demais regiões , com temperatura média anual que varia de lÜ'C a 16"C. Quanto à pluviosidadc, o total an ual varia de 1.400mm, em Urubici, a 2.000mm, no extremo oeste , em Celso Ramos.

Vegetação A vegetação predominante é a de Savana (campos) com áreas remanescentes: no noroeste da cidade de Lages,

aparece a vegetação secundária e at ividades agrícolas. \ 0 norte e leste, ocorre a Floresta Ombr6fila .\1ista (mata de Araucária), com áreas remanescentes no vale do rio Pelotas, nos altos va les do rio Canoas e no norte de Otacílio Costa ; o restante da área é de vegetação secundária (' atividades agrícolas.

Solos - Tipos e Aptidões Predominam os solos Cambissolo Bruno Húmico , Cambissolo Bruno, Cambissolo e Cambissolo Húmico (solos

de menor profundidade e em descnvolvimento, ut ilizados para o plantio de milho, feijão e outros , bem como para pastagem c reflorestamento). No sul e oeste da micro rregião , apa recem os solos de Terra Bruna Estruturada )ntermediária para Terra R~x.a Estruturada (sol~s profu'.ldos .e bem ?renados , com baixa fertilidade, necessitando de ca lagem e adubagem, util izados para o plantio de sOJa, tngo e 11111ho, bem como para pastagem e fruticultura ). Ao longo do vale do rio Pelotas , e em pequenos trechos do rio Canoas , ocorrem os solos Litólicos (solos rasos de fer tilidade natural variável , uti lizados para o plantio de milho. feijão e demais culturas de subsistência).

Meio Ambiente Os rios estão cont~~inados devido à presença da indlÍstria de madeira , de mobiliário, de papel e papelão,

além ~o uso de agrotoxlCos. Como áreas preservadas destacam-se o Parque Xacional de São Joaqu im. Parque H-odovlário Rio do Rasto, Parque da Reserva Biológica Estadual do Aguaí c a Reserva Pinheral de São José do Cerrito.

QUADRO HUMANO

População Foi colon izada por imigrantes paulistas e gaúchos . Em 1980, eontava com uma população de 243.266 habitantes, dos quais 155.452 viviam na zona urbana . Para o ano de 1989, o continflente populacional estimado cra de 269,886 habitantes, e resu lt ando numa densidade

demográfica de 17,33 hab .lkm . A população urbana prevista cra de 199.666 habitantes, 011 seja. 73 ,98% do total da microrregião. O município de Lages cont inuava sendo o mais populoso, com o total de 152.295 habitantes.

Educação Os municípios que compõem esta microrregião pertencem à 7~ Unidade de Coordenação Regional - UC RE,

sediada no município de Lages. Em 1989, possuía 829 escolas para o ensino de I ~ grau e 29 escolas para o de 2~ grau , e 3. 119 professores para o ensino de I? e 2? graus. O ensino superior é oferecido pela Fundação das Escolas Un idas do Planalto Calarinense - U~T I PLAC c pela Fundação Ed ucacional de Santa Catarina/Univers idade Para o Desenvolvimento do Estad o de Santa Catarina - FESCIUD ESC - Centro de Ciências Agro-Veterinárias.

Saúde Em 1989, poss uía 25 centros de saúde, 43 postos de saúde , 10 hospita is com 980 le itos, numa relação de

3,63 le itos por mil hab itantes, O atendimento era fcito por 156 méd icos e 114 dentistas , numa relação de 0,58 e 0.42 por mil habitantes, respect ivamente.

QUADRO ECONÔMICO

Apresenta um setor terciário de cons iderável importância no contexto estadual. caracterizando-se como um dos maioreS centros distribu idores de peças e acessórios para veícu los. Destacam-se também as at ividadcs de coméreio de mercadorias e as de transporte de cargas .

No setor secundário, as ati vidades industriais ma is importantes são as de papel e papelão e as de made ira, apesar de ex istir um grande processo de diversificação no seu parque industrial , notadamente com o desenvolvimento das indti st rias de vestuário, metalúrgica e mecânica .

~o setor primário, destaca-se por apresentar o maior rebanho de gado bovino do Estado e , mais recentemente , com a expansão dos pomares de maçã, ass umiu tamhém a 2~ posição quanto ao volume produzido desta cultura.

Rede de Transportes Poss ui do is aeródromos , um e m Lages e outro em São Joaquim : uma estrada de ferro, da Rede Ferroviária

Federal S.A. - RFFSA, que a atravessa no sentido longitudinal; e importantes rodovias como as BR-tI6, BR-282, SC425, SC-430, SC-438, além de outras menores.

Turismo Na divisão turística, inclu indo os mun icípios de Lauro Müller, Agrolândia , Pe trolând ia, Curitibanos , Santa

Cecília. Lebon Régis e Timb6 Grande , a região é denominada "Serras Catarinenses". As principais atrações turíst icas são: a serra do Rio do Rasto, a neve, o turismo rural , as fazendas de gado, as plantações, o Parque de Pedras Brancas, a Festa da \1açã e os rodeios crioulos .

Estrutura Urbana . , ~ges é ~ centro regiona.l d ~sta micr~rrcgião ~ esde ~940. A.s ativ idad ~s pa,storis in~pulsionaran~ seu c:cs~imento .mclal , polarizando as demaIS CIdades. Sao JoaqUIm é 11Ierarqlllcamente mfenor, porem tem sua IInportanc.a como centro local. Urubici é uma cidade superior às restantes que , por sua vez, atendem às áreas rurais.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 93: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

lI' 3.

1S

3.

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

HIERARQUIA

~ Centro Regional

• Cidade

O Vila

.. Sede de Comarca

RODOVIAS PaVimentada

- - - - - - Em Pavimentação

00

I I I

Sem Pav lmentaçào

FederaLEstadual

FERROVIAS

Estrada de Ferro

LIMITES Intermunicipa l

Mlcrarreglonal

Interestadual

InternaCional

Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

Rlo.Lagoa e Represa

Aeródromo Pavimentado

SI ' W Gr

Aeródromo Sem Pavimentação

Porto

Farol

Altitudes

ESCALA 1:750_000 (1cm :7,5km)

30km I

,) WG ,

461 - MICRORREGIÃO DOS CAMPOS DE LAGES •

."

~

& g

~ %

! " JO

\ ~ a

\

3.

103

Page 94: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

104

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE RIO DO SUL (462)

Localização no Estado A microrregião geográfica de Rio do Sul, com uma área de 5.599km2

• localiza· se na parte centro·norte do Estado e limita-se com as microrregiões geográficas de Cano inhas, de Blumenau, de ltuporanga, dos Campos de Lages e de C uritibanos. É constituída por 18 municípios: Agronômica, Aurora, Dona E mma. Ibirama, José Boiteux, Laurentino, Lontras , Pouso Redondo, Presidente Getú lio , Presidente Nere u , Rio do Campo, Rio do Oeste, Rio do Sul , Salete, Tai6 , T rombudo Central , Vitor Meireles C Witmarsun .

QUADRO NATURAL

Geologia Predomina a Cobertura Sedimentar Gonduânica. Entre Ibirama e Lontras encontra-se um maciço

de Embasame nto Cristalino com pre dominância de granitos na porção sul e granulitos na porção norte .

Relevo Pre domina a unidade de re levo dos Patamares do Alto Rio Itajaí, caracte rizada pela dissecação

e pe la presença de patamares , vales es truturais e re levos residuais de topo plano (m esas), limitados por escarpas. O sul de Ibirama apresenta pequeno trecho do relevo das Se rras do Leste Catarinense , dispostas em forma sulparale la, com a altimetria baixando em direção leste . Em ,algu ns trechos dos rios Itajaí do Oeste e Itajaí-Açu e seus afl uente s, há ocorrência de Planícies Fluviais.

Hidrografia Os principais r ios são: ltajaí do Norte ou Hercílio (onde se encontra a re pre sa de me smo nome),

Itajaí-Açu , ltajaí do Oeste, Deneke , Dollmann, Dona Emma e Kraue l (bacia hidrográfica do rio Itajaí­Açu). Estes rios fazem parte da vertente do Atlân tico.

Hipsometria A altimetria nos vales dos rios Itajaí do Norte o u Hercílio , Itajaí do Oeste c Itajaí do Sul conserva-se

na faixa de 200 a 400 metros, atingindo os altos vale s. Grande parte da microrregião encontra -se na fa ixa de 400 a 800 metros . E , na Serra do Mar, na Serra do ltajaí c na Serra Geral , a altitude se eleva até os 1. 200 metros.

Clima Segundo Kõppen , pre domina o clima me soté rmico úmido com ve rõe s quentes (Cfa) e , segundo

Thornthwai te, predomina o clima úmido, com tempe ratura mé dia anual que variam e ntre 18"C e 2Ü"C . Quanto às chuvas, o total anual varia de 1.600 mm a 1.800 mm.

Vegetação Predomina a ve ge tação da Flore sta Ombrófila De nsa (mata Atlântica). Apre se nta ainda vegetação

secundária e atividades agrícolas numa área consideráve l. No sudoeste , salie ntam -se re manesce ntes da ve getação da Flore sta Ombrófila M ista (mata de Araucária). Já no sude ste e norte , ocorre m pe que nas áreas de Mata de Araucária associadas a atividades agrícolas e ve getação secundária.

Solos - Tipos e Aptidões Há predominância de solos Cambissolo Bruno Húmico , C ambissolo Bruno, Cambissolo e Cambissolo

Húmico (solos de menor profund idade e em desenvolvimento , usados para o plantio de milho , fe ijão e ou tros, bem como para pastagem e reflorestamento). Excetua-se o sul de Ib irama, que apresenta os solos Podz6lico Vermelho-Amarelo (solos profundos e bem dre nados, com camadas difere nciadas, utilizados para pastage m e cultura de subSistência), situados e m re le vo ondulado, com necessidade de cu idados para evitar e rosão. No oe ste da microrre gião , acompanhando a Se rra Geral , aparecem os solos Lit6licos (solos rasos e de fe rtilidade natural variável , com prese nça de pedras na supe m cie , utilizados para o plantio de milho, fe ijão e de mais culturas de subsistê ncia).

Meio Ambiente As indústrias movele ira c de made ira sâo as grandes causadoras da poluição, pois lançam tone ladas

de res íduos s6lidos , muitas ve zes, aos rios o u queimam de forma inadequada. Como áre as prese rvadas exi ste m a Reserva Indíge na de Ibirama e o Ho rto Flo restal de l birama.

QUADRO H UMANO

População Foi colonizada por ale mães e ita lianos q ue se dedicavam principalme nte ao culti vo de fumo e

à criação de bovinos de stinados à produção de leite e de rivados. Em 1980, possuía um cont ingente populacional de 156.227 habitantes , dos quai s 70.647 faziam

parte da áre a u rbana. Para 1989, as e stimativas previam um total d e 163.250 ha bitante s, se ndo quc 59,65% na zona

urhana. A densidade demográfica pre vista era de 29, 16 hab/km 2. Rio do Sul , se ria o município mais

populoso, apresentando 40.631 habitantes .

Educação Os municípios que compõem esta micro rregião pertencem à 6~ Unidade de Coordenação Re gional

- VCRE , sediada e m Rio do Sul. Em 1989, apresentava 451 unidades de ensino de I ~ grau e 29 de 27 grau , e um continge nte de 1.492 e 343 p rofcssore s para o e nsino de 1': e 2': graus, respectivame nte . Es ta microrregião não po.~s ui e stabelecime nto de e nsino supe rior.

Saúde Em 1989, possuía uma unidade inte grada , 21 centros de saúde , 20 postos de saúde c 12 hospitai s

com 696 le itos, numa relação de 4 ,26 le itos por mil habitantes. E ssa população e ra ate ndida por 89 médicos e 61 de ntistas, numa relação de 0 ,55 e 0 ,37 po r mil habitante s, respectivame nte .

QUADRO ECONÔMICO A econom ia é basicame nte voltada para a agricu ltura, embora seu se tor terciário seja bastante

forte , uma vez que e nvolve toda a come rcialização de produtos agríeolas. Destaca-se como grande produtor de cebola , de mandioca, alé m de fumo e batata-inglesa. També m

assume papel significativo , a pecuária de le ite . Quanto ao setor secu ndário, de staca m-se os gê ne ros de mine rais não-me tálicos, made ira e alime ntar.

onde os produtos industriais mais significativos são: materiais cerâmicos, féc ula e farinha de mandioca e as made iras serradas.

Rede de Transportes Possui um ae r6dromo, sem pavime ntação, e diversas rodovias , sobressaindo as BR-470, SC-302,

SC -422 c SC-426.

Turismo Na divisão tu rística, es ta mic rorre gião , com exceção do município d e Pres ide nte Nere u, inclui -se

na re gião de nominada "Vale Europe u". As principais atrações turísticas são : a arquit e tura das casas e m e stilo e nxaime l e a represa do rio Itajaí do Norte ou He rcílio .

Estrutura Urbana Rio do Sul é o centro sub-regional de ntro da microrregião, sendo a prestação de serviços e come rcia­

lização de bens suas principais funções. A maio r parte das ou tras cidades exe rce a função dc centro prestador de serviços ao me io rural, de stacando-se , além de Rio do Sul , Taió , lbirama, Pouso Redondo e Salete , como centros locai s.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 95: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

" •

"

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

LEGENDA

HIERAROUIA

~ Centro RegIOnal

• Cidade

O Vila

'" Sede de Comarca

RODOVIAS

PaVimentada

------ Em Pavlmentaçao

Sem Pavimentação

00 Federal Estadua l

FERROVIAS Estrada de Ferro

LIMITES

I I I Intermunicipal

Mlcrorreglonal

_ ._ -_._-- Interestadual

----.-- InternaCional

------------- Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

~ RIO Lagoa e Represa

cI> Aeródromo Pavimentado

+ Ae ródromo Sem Pavimentação

..... Po rto

* Farol • 500 Altitudes

ESCALA 1:750.000 C1cm:7 .5km )

10 O BSR

~t' WG r

30~m I

.. .. ~

'-

462 - MICRORREGIÃO DE RIO DO SUL • .,.

'/, 'i,

1 .. "", if

.~ .~ ~'t>

-..,. "" -.#- "'" IT.4~

J' ""~

"" \ l'\l1:.AtlGA " '?\ ~ ..., "" ,~

\, ~o

) ~ ~'t>

if O ~ " -- ~

~ "-.... <1 .,0 '<., ~ "'"

~ • E 8

," ~

105

Page 96: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

106

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE BLUMENAU (463)

Localização no Estado A microrregião geográfica de Blumenau, com uma área de 4.607 km 2

, localiza-se a oeste da micror­região geográfica de Itajaí e limita-se com as micro':.regiões de Joinvi llc , de Tijucas, de ltuporanga, de Rio do Sul , de São Ben to do Sul c de Canoinhas. E const ituída por 15 municípios: Apitina , Ascurra , Benedi to Novo, Blumenau , Botuverá , Brusque, Doutor Pedrinho, Gaspar , G uabiruba , Inclaial , Luís Alves , Pomerodc, Rio dos C edros , Rodeio c Timbó.

QUADRO NATURAL

Geologia Apresenta, e m grande parte , o Embasamento Cristalino, com predominância de granu litos, ent re ­

meado com vales da Cobertura Sedimentar Quaternária c recortado por inúmeras falhas geológicas. A Cobertura Vulcano-scdimcntar aparece no su l de Gaspar, Blumenau e l ndaial. A Cobertura Sedimentar Gonduânica Eo-Paleozóica aparece no oeste e su l da microrregião . O Embasamento Cristalino com os xistos, filitos e calcários ocorrcm em Botuverá. Os g ranitos , ge ralmente, em altos topográficos , aparecem no sudoeste da microrregião.

Relevo Predomina a unidade relevo das Serras do Leste Catarinense, caracterizado pela forma subparalela.

Os médios vales dos rios ltajaí-Mirim e ltajaí-Açu apresentam as Planícies Fluviais. No oeste desta microrregião , ocorre O relevo dos Patamares do Alto Rio Itajaí, onde se registram as maiores altitudes na serra da Boa Vista. Trecho do relevo do Patamar de Mafra, com colinas regu lares , salienta-se no norte de Benedito Novo.

Hidrografia Os principais rios são: Itajaí-Açu , ltajaí-Mirim, Benedito, dos Cedros, Encano, do \Varnow Grande ,

do Testo e Luís Alves (bacia hidrográfica do rio Itajaí) , que fazem par te da verte nte do Atlântico. Este .~ rios apresentam perfil longitudinal bastante irregular no curso superior, com topografia bastante acidentada, e no curso inferior formam-se meandros , características de rios de planície.

Hipsometria A faixa de O a 200 metros estende-se até o médio vale do rio ltajaí, na maior largura constatada

da Planície Costeira. Nos médios e altos vales dos rios ltajaí-Açu e Itajaí-Mirim, a altimetria este nde -se até os 1.200 metros . Destacam-se como pontos cu lminantes os morros do Baú (819 metros) e do Spitzkopf (913 metros).

Clima Segundo Kõppen, predomina ° clima mesoténnico umido com verõe s quentes (Cfa) e, segundo

Thornthwaite , o clima é úmido , com temperatura média anual entre 18°e e 2Ü"C.Quanto à pluviosidade, a quantidade de chuvas varia entre L.600mm e 1.800mm anuais .

Vegetação Apresenta a vege tação da Floresta Ombrófila Densa (mata Atlântica) e áreas remanescentes desta

mata que se e ntremeiam com a vege tação secundária e atividades agrícolas. A vege tação da Floresta Ombrófila Mista (mata de Araucária) destaca-se na serra do Jtajaí e no norte de Benedito Novo e Rio dos Cedros.

Solos - Tipos e Aptidões Há pre dominância de solos Cambissolo Bruno H úmico, Cambissolo Bruno , Cambissolo c Cambissolo

H úmico (solos de menor profundidade e em desenvo lvimento , utilizados para o plantio de milho , feijão e outros , bem como para pastagem e reflorestament1». Espalhados pelo oeste , norte, no rdes te e leste aparecem os solos Podzólico Vermelho-Amarelo (solos prolundos e bem drenados , com camadas diferenciadas , utilizados para pastagem c cultura de subs istê ncia). Nos médios vales dos rios ltajaí-Mirim e lt ajaí-Açu , aparecem os solos Clei Húmico e G lei Pouco Húrnico (solos de e levado teor de maté ria orgânica, em ambiente de umidade excessiva , usados para o plantio de arroz irrigado, hortaliças e cana-de-açúcar).

Meio Ambiente O problema mais preocupante é provocado pelas indústrias têxteis e fecularias , que despejam os

e fluentes das tinturarias nos rios , con tami nando-os de forma alarmantc. Existem as áreas preservadas :

da Reserva Biológica Estadual do Sassafrás , em Benedito Novo; do Parque Municipal de Timbó, em Timb6; do Parque das Quedas, e m Brusque, e da Rese rva Biológ ica Estadual da Canela Preta , em Botu verá.

QUADRO HUMANO

População Foi colonizada por alemães que se dedicavam principalmente às atividades industriais e comerciais. Em 1980, contava com lima população de 334.737 habitantes , dos quais 259.073 viviam na zona

urbana. As estimativas prev iam , para o ano de 1989, um contingente populacional de 426.405 habitantes

e uma dens idade demográfica de 92,56 hab/km 2. A população urbana corresponde r ia a 86,07% da

população total. O município mais populoso seria Blumenau , com 214 .068 habitantes.

Educação Os municípios que integram a microrregião fazem parte da 4~ Vnidade de Coordenação Regional

- VCRE, sediada em Blumenau; da 1 6~ VCRE , em Brusque , e da 1 3~ veRE , e m Itajaí. Em 1989, abrangia 446 unidades de ens ino de 1 ~ grau e 48 de 2~ grau, contava COm 3.190 professores para o ensino de l ~ g rau e 894 para o de 2~ grau . O ensino supe rior é ofe recido pela Fundação Educaciona l da Região de Blumenau - FURB , recen temente reconhecida como universidade , sob a denominação de Universidade Regional de Blumenau , e pela Fundação Educacional de Brusque - FEBE.

Saúde Em 1989, ex istiam 2 unidades integradas, 27 centros de saúde , 42 postos de saúde e 17 hospitais

com 1.529 leitos, numa relação de 3,58 leitos por mil habitantes. O atendimento era feito por 356 médicos e 256 de ntistas, numa relação de 0,83 e 0,60 por mil habitantes, re specti vamente.

QUADRO ECONÔMICO Desde o início de sua colonização, esta microrregião já se dife renciava das demais por ser pioneira

no surto de industr ialização do Estado. As cidades de Blume nau e Brusque conside radas como be rço da fiação catarinense, possuem expres­

sivo número de e mpresas têxteis . As empresas de vestuário , fumo e me tal-mecân ica são também importantes por atender o mercado nacional e exportar considerável parcela de sua produção para a Europa c os Estados Unidos.

O setor terciário teve o seu desenvolvimento marcado pe lo surto expansionista da industrialização. Este setor conta com um comércio diversificado e prestação de serviços especializados , atendendo à demanda da pr6pria região e ainda, servindo às demais cidades do vale do rio Itajaí.

O setor primário, embora menos significativo, caracteriza-se pela pequena propriedade de exploração diversificada, destacando-se a microrregião, no contexto estadual , como a maior produtora de arroz , cana-de-açúcar e batata-doce. Menos importantes são as cu lturas de-mandioca, fumo e milho.

Rede de Transportes É servida por um aeródromo locali zado no município de Blume nau e por diversas rodovias: a

BR-470, BR-477, SC-416, SC-417, SC-41 8, SC-420, SC-427, SC-428 c SC-474.

Turismo Esta microrregião geog ráfica, com a exclusão do município de Luís Al ves e a inclusão dos municípios

de Schroeder e Guaramirim , compõe a parte da região de nominada "Vale Europeu" na divisão turística. As principais atrações turísticas são: arquitetura com casas em est ilo e nxaimcl ; produtos têxteis ,

cristais e porcelanas ; festas típicas alemãs , com destaque para a O ktoberfest e seus bailes, chopp, comidas , trajes e bandas típicas ; Festa Nacional do Marreco; Festa de Azambuja, e Carnaval Ale mão.

Es trutura Urbana Blumenau apresenta-se como centro regional , exercendo forte influência sobre as demais cidades.

Conserva, desde o início , características industriais com predominância do se tor têxtil , apesar da instalação de d iversas indústrias de outros gêneros na cidade . Numa hierarquia meno r, aparece Brusque como centro sub-regional, que também deve seu crescimento à indústria tê xtil. Outros centros que se destacam são Timb6 e Indaia!.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 97: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • •

16' lO

• 2r

• • • • • • • • • • • • • •

lO

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

MAPA DE LOCALIZAÇÃ O

LEGENDA

HIERARQUIA

~ Centro Regional

• C.ldade

O Vila

• Sede de Comarca

RODOVIAS

PaVimentada

- - - - - - Em Pavimentação

Sem Pavimentação

O O Federal Estadual

FE RROVIAS Estrada de Ferro

LIMITES

I I IntermuniCipal

Mlcrarreglonal

_. _ ._-_.- Interestadual

---- --- Internacional

. - - -- ------- Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

RIO Lagoa e Represa

Cf) Aeródromo Pavimentado

+ Aeródromo Sem Pavimentação

.... Porto

* Farol '500 Altitudes

ESCALA 1750000 (1cm:7.5km) ,. 20 30km

J

~t> fTA

WltI

""",'>

;

••

.'

463 - MICRORREGIÃO DE BLUMENAU

a

1--'

1<.1:

2r

a

'b

.~ ,,,, ." u

a

I - & \

107

Page 98: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

108

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE ITA}AÍ (464)

Localização no Estado A microrregião geog ráfica de Itajaí locali7..a-se ao norte da microrregião geográfica de Florianópolis,

possuindo lima área de 1.555 km 2. LimiJa-se com O oceano Atlântico e COIll as microrregiões geográficas

de Jo inville , de Blumc nau c de Tijucas. E constituída por 10 municípios: Balneár io Camborití. Camboriü, Ilhota, Itajaí, Barra Velha, Itapc ma, r\avcgantes . Pe nha , Piçarras c Porto Be lo.

QUADRO NATURAL

Geologia A Cobertura Sedimentar Quaternária aparece no litoral e no vale do rio Itajaí. O Embasamento

C ri stalino, pre dominante me nte , os xistos, os filitos , os calcários e os quartzitos su rge m no vale do rio Camborilí ; as áreas da Cobcrtura -Vulcano Sedime ntar-Eo-Paleoz6ic.:a surgem no norte de Ilhota. Ainda, no Embasamento Cristalino , os granu litos aparecem no no rte da micl'orregião ~ os gnaisses (' migmatitos , e os granitos, geralmente, em altos topográficos, salie ntalll·sc no sul. e m ltapema c Porto Be lo.

Relevo As Planícies Costeiras , que evidenciam ações e processos mar inhos e eólicos , ocorrem no litoral

de Piçarras a Navegantcs c nos vales dos rios Itajaí· Açu e ltajaí· Mirim . As Planícies Fluviais salicntam.se no médio vale do rio Itajaí· Mirim , no baixo vale do rio Lu ís Alves e no vale do rio Camboriú . As Serras do Leste Catarinense, com baixa altime t ria, aparecem na ponta de Penha e no restante da microrregião. Toda a cos ta aprcsenta pontas , promontórios, praias, enseadas c ilhas.

Hidrografia Os principais rios são: Itajaí·Açu , do Me io e do Baú (bacia hidrográfica do rio Itajaí·Açu) c, rio

ltapocu, que se caracterizam como rios de planície . Estes rios pertencem à verte nte do Atlântico.

Hipsometria Predomina a faixa alt imé trica de ° a 200 me tros. No noroeste de Ilho ta , no sul de Camborilí

e e m Itapema, a altimetria atinge os 400 metros.

Clima Segundo Kõppen, prcdomina o clima mesoté nnico úmido com verões quentes (Cfa). Segundo

"l1lOrnthwaite, prevalece o clima úmido , com te mpe ratura média anual de 2Ü"C. Quanto à pluviosidadc, a quantidade de chuvas varia e ntre 1.600mm a 1. 8oomm anuais.

Vegetação Predomina a vegetação da Floresta Ombrófi la Densa (Mata Atlântica), com vegetação secundária

e ativ idades agrícolas . Ape nas no norte de Ilhota , aparecem as áreas remanescentes da Mata At lânt ica .

Solos - Tipos e Aptidões No litoral e ntre Pe nha c Navegantcs, no norte de Barra Ve lha e no su l de itapema, oco rr e m

solos Podzol (solos profundos c arenosos , com acumulação de matéria orgânica ou ferro , não dC\'c ndo ser usados para a agricultura). Os vales dos rios ltajaí- Açu, ltajaí-M irim e Luís Alves possuem so los G le i H úmico e Glei Pouco H LÍmico (solos de e lcvado teor de maté ria orgânica, em ambiente com e xcesso de umidade , usados para o plantio de arroz irrigado, hortali ças C cana·de·açLÍcar). O vale do rio Cambori LÍ e o litoral de Piçarras sâo formados por solos Cambissolo Bruno I-l LÍmieo, Calnbisso lo Bru no, Cambissolo c Cambissolo Húmico (solos de me nor profundidade c e m desenvolvimento. utilizados para o plantio de milho, feijão e outros, bem como para pastage m c re no restame nto). No restante da microrregião , apareeem os solos Podz6lico Ve rmclho·Amarelo (solos profundos e bem drenados. e m camadas diferenciadas, utilizados para pastagem e cultura de subsistência),

Meio Ambiente Os dejetos industriais c os e fluente s domés ticos contribuem para a po luição dos rios c praias,

comprometendo a balneabilidade do li toral. As áreas prese rvadas na microrrcgião s,io o Parque Botânico do Morro do BaLÍ e o Parque Canhanduha.

QUADRO H UMANO

População Foi povoada inicialmente por açorianos e posterio rme nte por ale mães e it alianos.

Em 1980, contava com um continge nte populacional de 186. 21 3 habitantes , dos quais 152.303 viviam na zona urbana .

Para L989, as es timativas indicavam um eletivo de 249.545 habitantes, com uma população urbana correspondente a 88, 18% deste total , a dens idade demográfica da microrTegüio resu ltou em 160,48 hab ./k1ll1. O município mais populoso continuaria sendo Itajaí, COI11 105.007 hahitantes

Educação Os municípios que compõem es ta microrregião, com exceção de Barra Velha que faz parte da

5~ VCRE , sediada eln Joinville . fazem parte da 1 3~ Unidad e' de Coordenação Regional - VC RE , cuja sede e ncontra -se no município de Itajaí. Em 1989, possuía 234 unidades escolares de 1 ~ grau e 33 de 2': grau, eom um total de 2.058 professores para () I ~ grau e 404 para (I 2~ grau . Para atende r o ensino supe rior, existe a Fundação de Ensino do Pólo Gco- Edur.adonal do Vale do It ajaí - FEPEVI , recentemente reconhecida como uni ve rsidade, sob a denominação de Unive rsidade do Vale do Itaja í - UN IVALI .

Saúde Em 1989, exis tiam 12 centr·os de saüde , 38 postos de sa LÍdc c 3 hospitais com 524 le itos. numa

relação de 2,09 le itos por mil habitantes , cujo atendimc nto l' ra fc ito por 158 mé dicos {' 119 de ntis tas , numa rclaçiio de 0,63 e 0,47 por mil habitantes, respecti\'ame nte .

QUADRO ECONÔMICO A cidade de Itajaí, principal centro , te m se destacado desde () início de sua coloniz<lç<io pe la prcdomi .

nância de ativ idades terciárias , notadamente. as ligadas ao comé rcio de me rcadorias c ~) prestação de serviços.

A existência de um porto nesta microrregião, e de in ümcras praias fez com que o turi smo ass umisse importante pape l na sua econom ia.

O setor secundário começou , na década de 70, a dar mos tras do seu dinamismo, prinC'Ípalme ntc pela localização de atividades ligadas à fabr icação de material de t ransporte (e mbarcações) e à industri a­lização do pescado. Atualmente . destacam·se as indlí strias do ves tuário, de cimento (LÍnica do Estado) e de mate rial e létrico.

O setor primário é pouco significativo, embora apresente na cultura d E' cana·de.açtícar a maior produção a níve l estadual. Outras c ulturas me nos significativas são as de arroz , mandioca c banana.

Rede de Transportes É servida pe la BR·lOl , que se este nde no sentido norte·sul, e pelas demais rodovias de ligação

como a BR·466, SC-470 e outras. Conta com um dos mais impo rtantes acródromos do Estado , locali zado no município de Navegantes. O porto de Itajaí, um dos mais be m equipados do Estado , é responsáve l por g rande parcela de cargas impo rtadas e expo rtadas em Santa Catarina . Oestaca ·sc, aiJ1cla o Fe rryboat (balsa) que liga Itajaí à Navegantes.

Turismo Os municípios que compõe m es ta microrregião , acrescidos de Luís Alves, na divisão turística ,

fazem parte da região denominada " Hota do Sol". As principais atrações turísticas são: as praias: o parque da Santa Catarina Turismo - 5ANTUH

com rnini zoo , cidade miniatura, minifazcnda, vila das c rianças e restaurantes com pratos típicos da cozinha alemã, ita li ana e portuguesa: a Festa da Cachaça, o po rto de Itaja í e a marejada - festa Portuguesa e do Pescado.

Estrutura Urbana Itajaí destaca·se como eentro regional , principalmente, pe las suas funções específicas de mais impor­

tante centro portuário do E stado. Barra Ve lha, Balneário Camboriú, Itape ma, Piçarras e Porto Be lo são importantes balneários , destacando-se o segundo , também a nível nacional. Pcn ha é uma cidade balneária , poré m com infra·estrutura menos expressiva do que as demais . Navegantcs €' Camboriú assumem certa importância , seja no ramo industrial e na prestação de se rviços .

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 99: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

". JO

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

I!l • O

....

00

I I I

LEGENDA

HIERAROUIA

Centro Regional

Cidade

Vila

Sede de Comarca

RODOVIAS

PaVimentada

Em Pavimentação

Sem Pavimentação

Federa! Estadual

FERROVIAS Estrada de Ferro

LIMITES

Intermunicipal

Mlcrorregtonal

Interestadual

Internacional

Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

~ RIO. Lagoa e Represa

Cf) Aeródromo Pavimentado

+ Aerôdromo Sem Pavimentação

* Porto

Farol

Altitudes

ESCALA ,,750000 (1cm:7,5km)

" o RoA " 20 30km I

JO

RfPf'ltSA 00 RIO /fAlAI 00 SUl

'>~

"'"

• b

8

a a

~

\ , .... lUll

464 - MICRORREGIÃO DE ITAJAí .,

". JO

I..l

I-

Z.

.<t

-.l

I-

<t

"

o

OI'

109

Page 100: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

110

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE ITUPORANGA (465)

Localização no Estado A microrregião geográfica de ltuporanga locali za-se a oeste da microrregião geográfica de Tijucas,

confrontando-se, ainda , com as microrregiões do Tabuleiro, dos Campos de Lages , do Rio do Sul c de Blulllcnau. Possui uma área de 1. 6 16km2 c compõe-se de 6 municípios: Ag rolândia, Atalanta , Imbuia , ltupo ranga , Pc trohlndia c Vida I Ramos.

QUADRO NATURAL

Geologia Caracte riza-se por ape nas uma formação geológica , qual seja , a Cobertura Sedime ntar C o nduânica .

Relevo Constituído basicame nte pela unidade de re levo Patamares do Alto Ri o Itajaí, cujo contato com

o Planalto de Lages result a na fonna~:ão de escarpas , no sudoes te da micro rregião.

Hidrografia Os principais rios são: It ajaí do Sul , onde se localiza a re presa de mesmo nome, c a nascente

do rio Jtajaí- Mirim, faze ndo parte da hacia hidrográfica do rio Itajaí-Açu, da ve rtente do At lântico.

Hipsometria A ca racterística al titudinal des ta microrregião varia e ntre 400 a 800 metros. No e ntanto , e m algu mas

áreas como à jmante da represa do ri o Itajaí do Sul c no vale do rio ltajaí-M irim , as altitudes va riam de 200 a 4(X) metros.

Altitudes mais elevadas. até 1 200 me tros , são observadas ao longo da Se rra Geral e dos Fa:ünais.

Clima Segundo Koppen, o duna pledommante é o Ill cso té nmco límldo com verões que ntes (Cfa) c,

segundo Thornthwalte , o d llna é {1In1do com te mpe ratura mé(ha anual entre 18uC e 2()'C. O total anual de chu vas varia de 1.6oomm a 1.800mm .

Vegetação As áre as mais elevadas da microrrcgül0 caracterizam -se pe la Floresta Ombrófila Mista , com atividades

agrícolas e vegetação secundária . Nas outras áreas , impe ra a Mata de Araucá ria associada à atividade agrícola e mata secundária .

Solos - Tipos e Aptidões Predo minam os solos Cambissolo Bruno H úmico, Cambisso lo Bruno, Carnbisso lo , Cambissolo H ü­

mico (solos de menor profundidade c e m desenvol vime nto, utili7.ados para o plantio de milho, feijão e out ros, bem como para pastagem e sil vicultu ra). Ape nas numa estre ita faixa da Serra Ge ral e ncon tram-se os solos Litó li cos (solos raso~ de fe rtilidade natural variável, com presença de pe dras na supe rfíci e ) utilizados para o plantio de milho, fe ijão e de mais culturas de subsistê ncia .

Meio Ambiente Na micro rregião, a po luição é causada pelas fccularias que produze m e flue ntes quc são jogados

diretamente nos rios .

QUADRO HUMANO

População Colonização e uropé ia , com predominância de alemães que se dedicavam principalmente às atividades

agr ícolas .

Em 1980 , a po pulação total e ra de 45.942 habitantes, dos quais 35.914 viviam na área rural. As estimativas fe itas para 1989 prev iam um contingente populacional de 45.340 habitantes, resultando

numa de nsidade demográfica de 28, 06 hahlkm 2 ..

Educação Dos municípios que compõe m esta microrregião, Agrolândia faz parte da 6~ VeRE , sediada e m

Rio do Su l, e os de mais fazem part e da 21 ~ VCRE . cuja sede fica no município de Ituporanga. Em 1989, possuía 174 estabelecimentos de e ns ino de I ': g rau e 1I de 2~ grau, com um corpo

doce nte de 521 p rofessores. sendo 427 de I? grau e 914 de 2~ g rau. Nes ta microrregião não existem es tabelec ime ntos de ensino supe rior.

Saúde Em 1989. existiam 6 centros de saúde , 7 postos de saúde c 3 hospitais, com 152 le itos, numa

relação de 3,35 le itos por mil habitantes. O atendime nto e ra feito po r 12 médicos e 9 dentistas, numa relação de 0 ,26 e de 0 ,20 por mil habitan tes , respecti vamente.

QUADRO ECONÔMICO A economia é bas icamente voltada para a agricult ura . É a maior produtora de cebola, fum o c

mandioca , ocupa ndo es ta última a 1 ~ posição no Estado. No se tor secundário, destacam-se as indústrias alimen tares , principalme nte aquelas voltadas para

o bcne ficiamento da mandioca c a de made ira . O se tor terciário mio te m grande e xpressão , dependendo de cent ros maiores .

Rede de Transportes Esta microrre gião é se rvida pelas rodovias SC-30Z, SC-427 e SC-428.

Turismo Os municípios integrantes des ta microrregião faze m parte de três regiões turísticas : "Vale Europe u" ,

"Serras Catarine nses" e "Capital da Natureza". As princ ipai s atrações turísticas são: Festa Nacional da Cebola , Festa Estadual da Colhe ita .

Estrutura Urbana Não existe uma cidade pólo, necess itando dos se rviços e comé rcio de be ns prestados por centros

maiores. Ituporanga é a maior cidade , atuando como centro local, e e xerce a função de cen tro pres tador de serviços ao me io rural.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 101: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA 465 - MICRORREGIÃO DE ITUPORANGA

• ~1''II'Gr " 30 .,. .. ' ,-"" • ,

MAPA DE LOCALIZAÇÃO '#

" • '1 ~ 'i,

f 'i, • J '/,

.p </; +"'El)o/O I • i ~ ~ a

• ,p;\O J I' fSjlrJ. f'

• .. ' I: '", '" "" ,p I/:R."UfL

• ~ .p

• Ir LEGENDA

~ • HIERAROUIA "".,. !f • [!] Centro Regional "'0 ~ )

~ "", ~

• • Cidade "P '~"'"

O Vila ~ 'b .e ~. • Sede de Comarca oI",;J ~ .p

• q..srC ",o • RODOVIAS ,.#- ~ Pavimentada J ~ • ------ Em Pavimentação

i: »'0 ""<"

• Sem Pavimentação

00 Federal Estadual

• FERROVIAS ,A Estrada de Ferro • ...

LIMITES '''' , '" • " I I J IntermuniCipal

Mlcrorreg.onal 11, .e • --_._ -_.- In terestadual ~ ~ C - --- ~- - In ternacional

1 f ( • Parques e Reservas "' '\ ~I' -------------", ;'6

• HIDROGRAFIA -.-211 -f-t I N A1S .p

~ ..,,,

RIO Lagoa e Represa ~'" • CD :\ ~ Aeródromo Pavimentado

"'~ ~ • + Aeródromo Sem Pavimentação

\ ""O ... Porto

~ 1 1 • ~ I * Farol

~ • • 500 Al titudes REPRESA 00 CAVfl~ '" • ~'" CAVEiRAs

"" " l '" ESCALA 1750.000 ( lcm :7.5km ) '4Mflo 1\0\.0 '" \ w o W 20 30~m t 00 • = H FI I /; a " pif • •

"I' 'lr e, • .,' 111

Page 102: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

112

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE TI}UCAS (466)

Localização no Estado A microrregião geográfica de Tijucas localiza-se a oes te da microrregião geográfica de Florianópolis ,

abrangendo uma área d e 2.131km ~. É fo rmada po r 7 municípios: Angelina, Canelinha , Leobcrto Le al , Major Gcrcino, Nova Trc nto, Tijucas c São João Bati sta. Limita-se com as microrrcgiõ<'s geográficas de Blume nau , de Itajaí, de Flo rianópoli s, do Tabule iro , de Ituporanga c com o oceano Atlântico.

QUADRO NATURAL

Geologia Apresen ta-se bastante dive rsificada, com predom inâ ncia do Embasamento Cristalino , caracte rizado

pelos gnaisses e migmat itos , que aparecem em g rande mimero no leste. No nort e c sudes te da micror ­região, ocorrem os granitos. Em Canelinha, São João Batista, c Leoberto Leal , aparecem os xistos, filitos c calcários ; e no vale do rio Tijucas, a Cobertura Sedimen tar Quaternária. No oeste da microrregião. ocorre a Cobertu ra Se dime ntar Gonduânica.

Relevo Há pred om inância da unidade de re le vo das Se rras do Leste Catarine nse, caracteri zadas pela formação

sub parale la, com a altime tria baixando e m direção leste. No oes te, su rge o re levo dos Patamares do Alto Rio Itajaí, com dissecação do re levo em patamares. vales es tru turais e relevos res iduais (mesas).

Hidrografia Os principais rios são: Tijucas, Alto Braço, Olive ira , do Moura, Boa E sperança, Engano c Garcia

(bacia hidrográfica do rio Tijucas ). E stes rios fazem part e da vertente do Atlãntico.

Hipsometria A altime tria da faixa de O a 200 me tros adentra-se , em direção oeste c sudoes te , nos vales dos

afl uentes do rio T ijucas . Segue-se a faixa de 200 a 400 me tros po r longa ex te nsão, elevando-se até os 1.200 me tros no sudoes te des ta micro rregião. As maiores altitudes encontram-se na serra dos Faxinais .

Clima Segundo Kõppen, aparece m os climas mesoté nnico úmido com verões quen tes (Cfa) e l11 esoté rmico

úm ido com verões frescos (Cfb), e. segundo Thornthwaite , predomina o clima úmido, com te mperatura mé dia anual que varia e ntre 15°C c 2Ü"C. Quanto à precipitação, o total anual varia e ntre 1.600mm e 1.800mm .

Vegetação Pre domina a vegetação da Flo resta Ombrófila De nsa (mata Atlântica), com vege tação secundária

e atividades agrícolas; as áreas re manescentes aparecem nas regiões mais e levadas da microrregião. No oeste, surge a Floresta Ombróflla Mista (mata de Araucária), com vege tação secundária e atividades agrícolas, e áreas remanescentes na se r ra dos Faxi nais.

Solos - Tipos e aptidões No no rte des ta mic rorregião, prcdominam os solos Podzólico Ve rmelho-Amare lo (solos profundos

e bem dre nados, com camadas dife re nciadas, utilizados para pastage m e cultura de subsistência). Na foz do rio Tijucas, ocorrem os solos Podzol (solos profundos e are nosos, com acumulação de maté ria o rgânica ou fe rro , não devendo se r usados para a agricultura). No restante da área. aparecem os solos Cambissolo Bruno H úm ico, Cambissolo Bruno, Cambissolo e Cambisso lo Húmico (solos de menor profundidade e e m desenvolvime nto , usados para os plantios de milho, fe ijão e outros, be m como para pastagem e reflo restamen to).

Meio Ambiente Na ques tão ambiental des ta , como nas de mais microrregiões , o desmatame nto te m causado sérios

danos nas encos tas desprotegidas , aca rretando perda de solo e assoreamen to dos rios , além de desprotegcr as nasce ntes. Quanto às áreas prese rvadas, aparecem partes da Reserva Biológica Estadual da Canela Preta.

QUADRO H UMANO

População A população é fo rmada pre dom inanteme nte por descenden tes de ale mães e italianos, que se dedicam

principalme nte às at ividades industriais c agrícolas (policu ltura). Em 1980, a população tota l c ra de 56.301 habita ntes, dos quais 23.526 viviam na zona urbana. A estimativa fe ita para 1989 previa um contingente de 53.937 habitantes , verifi cando-se um decr6 ,­

cimo populacio nal em relação a 1980. Esta estimati va resultava numa densidade de mográfica de 25,31 hab .lkm ~. O município de Tijucas apresentava a maior po pulaçâo, ou seja, 15. 728 habitantes.

Educação Os n'lUnicípios des ta microrregião estão di stribuídos e m 3 U nidade~ de Coordenação Regional -

UCREs : Angelina pe rt ence à l ~ UC RE ; Canclinha, Tijucas. São João Batista, Majo r Gercino l' Nova Tre nto à 1 6~ e Lcoherto Leal à 21 :. Em 1989, conta va com 201 unidades esco lares para ° ensino de 1': grau (' 8 para o de 2',' grau , com um corpo doce nte de 689 professo res.

Saúde Em 1989. existiam 10 centros de salídc, 12 postos de saüde , 4 hospitais com 266 leitos, numa

relação de 4 ,93 le itos por mil hab itantes. O ate ndimen to era fcito por 23 médicos e 15 dent istas , numa relação de 0,42 e 0 ,27 por mil habitantes , respectivamente.

QUADRO ECONÔMICO O se tor econômico mais importante desta micro rregião é o secundár io, pois nele S(' localizam impor­

tantes pó los industriais de calçados c de produtos cerâmicos . O setor primário, e mbora te nha importânc ia re lativame nte menor, apresenta-se bem desenvolv ido

e dive rsificado. A cult ura mais signi fica t iva é a cebola. Já o setor te rciário. face a inex istência de lima cidade de grande po rt e, volta-se apenas ao atendime nto

das necess idades básicas da população.

Rede de Transportes Fazem parte da sua rede de tra nsportes a HR-I O I. que a corta no sent ido transversal. a SC-411 ,

e outras rodovias nâo-pavimen tadas .

Turismo Pe la di visão turística , esta microrregião e stá inserida na região denominada "Capita l Natureza" .

As principais at rações turísticas são: a festa do co lono, a festa c fe ira do ca lçado, a fes ta do vin ho Neotrentino, as festas religiosas e os campeonatos de motocross.

Estrutura Urbana Nenhuma de suas cidades se destaca como centro regional. de pe nde ndo todas da prestação de

sef\'i\x>s dos centros regionais , como Florianópolis, e dos centros sub -regionais, COIllO Brusque . São João Bati sta e Tijucas são centros locais voltados para atividades industriai s, ate nde ndo vá rias cidades com a prcstação d(' se rviços.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 103: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ".

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA 466 - MICRORREGIÃO DE TIJUCAS "

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

LEGENDA

HIERARQUIA

I!l Cen tro Reg iona l

• Cidade

O Vila

~ Sede de Coma rca

RODOVIAS

PaVimentada

- - - - - - Em Pavrrnentaçào

Sem Pavimentação

O O Federal Estadual

FERROVIAS Estrada de Ferro

LIMITES

Intermunic ipa l

Mlcrorreglonal

Interestadual

InternaCIOnal

Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

RIO Lagoa e Represa

Aeródromo Pav imentado

Aeród romo Sem Pav imentação

Porto

* Farol • 500 Altitudes

ESCALA 1:750.000 ( lcm:7.5km)

30km I

."

lia OI} SUL"'- ú'

1 ~,

• J

o

"o o

o < <l

~-------------=~~~------~--~--------------!Kf--------t~~~----------~'7~o~------~~--------~--------------------------------~ ". ~

11 ::'"

Page 104: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

1IoJ1 4

MICRORRE GIÃO GEOGRÁFICA DE FLORIANÓPOLIS (467)

Localização no Estado A microrregião geográfica de Florianópolis localiza-se na parte cent ral do litoral catarine nse , com

uma área de 2515km 2. Compõe-se de 8 municípios: Higuaçu , Florianópolis , Governador Celso Ramos ,

Antônio Carlos , Palhoça , Paulo Lopes , Santo Amaro da Impe rat riz e São José. Limita-se com as microrre ­giões geográficas de Tijucas , do Tabuleiro e de T ubarão , e com o oceano Atlântico.

QUADRO NATURAL Geologia

A Ilha de Santa Catarina é constituída por dois grandes blocos de Embasamento Cristalino, caracte­rizados pelos granitos, ge ralmente , em altos topográficos , e pela Cobertura Sedime ntar Quaternária, entremeada de ilhotas de granitos. A Cobertura Sedimentar Quaternária, com alguns trechos graníticos do Embasamento C ristalino , aparece na área litorânea do contine nte. Ao longo da microrregião, há várias ocorrências de gnaisses e migmatitos. Várias falhas geológicas ocorrem no maciço do Tabule iro.

Relevo As Serras do Leste Catarine nse aparecem nesta microrregião, com ocorrê ncia de pontas e promo n­

tórios . As Planícies Coste iras ocorrem ao longo do litoral e nos baixos vales dos rios. Na Ilha de Santa C atarina, as Serras do Leste Catarinense evide nciam-se no centro e no sul. Todo o litoral é recortado , com inúmeras praias, pontas, promontórios, ilhas e lagoas.

H idrografia Os principais rios são: C ubatão, Matias e Vargem do Braço (bac ia hidrográfica do r io C ubatão

- do sul); d 'Una (bacia hidrográfica do rio d'Una); além dos rios Oliveira, Tijucas, Infe rninho , Biguaçu, Maruím e da Madre , que formam bacias isoladas. Na llha de Santa Catarina , destacam -se as bacias hidrográficas dos rios Tavares , Ratones e Itaco rubi , além das lagoas da Conceição e do Peri. Este siste ma hidrográfico faz parte da ve rtente do Atlântico.

Hipsometria A pre dominância ocorre na fa ixa de O a 200 metros , e levando-se em direção oeste até os 400

me tros. Para o sul , e leva-se até a faixa de 800 a 1.200 metros , na serra do Tabuleiro , salientando-se o mOITO do Cambire la (915 metros). Na Ilha de Santa Catarina, as maiores elevações aparecem no centro e no sul , sendo o po nto culminante o morro do Ribeirão, com 532 metros.

Clima Segundo Kõppe n , predomina o clima mesotérmico úmido com verões quentes (Cfa) c , segundo

Thornthwaite, o cl ima é úmido, com te mperatura média anual variando entre 2Ü"C e 22"C. Quanto às chuvas , o total anual de precipitação varia entre 1.400mm e 1.800mm.

Vegetação Predomina a vegetação da Floresta Ombrófila Densa (mata Atlântica), com vegetação secundária

e ati vidades agr ícolas; as áreas remanescentes situam-se no maciço do Tabuleiro e a oeste de Higuaçu e Tijucas. Na Ilha de Santa Catarina, predomina a vegetação secundária e ati vidades agrícolas; no norte e no sul , aparecem as áreas de Tensão Ecológica (contato) com atividades agrícolas. A vegetação de Formações Pioneiras (herbácea fluvial, restinga e mangue) ocorre na foz do rio Tavares (na ilha) e na foz do rio Cubatão (no continente).

Solos - Tipos e Aptidões Na Ilha de Santa Catarina, salientam-se as Are ias Quartzosas . No cen tro e no sul da ilha, destacam-se

os solos Podzólico Vermelho-Amarelo. Na foz dos rios Tavares , Cubatão, Ratones e ltacorubi , ocorrem os solos Indiscriminados de Mangue.

No sul da microrregião (parte continental), predominam os solos Podzólico Ve rme lho-Amarelo. Em Palhoça e e m Paulo Lopes, aparecem os solos Podzol No norte da micro rregião, pre dominam os solos Cambissolo Bruno H úmico, Cambissolo Bruno, Cambissolo , Cambissolo Húmico Na baixada do rio Tijuquinha ocorre os solos Glei Húmico e Glei pouco Húmico.

Meio Ambiente Nesta microrregião, g rande número de praias apresentam condições de balneabilidade bastante

prejudicadas pela má destinação dos esgotos locais. Como á reas p reservadas tem-se: Parque E stadual Serra do Tabule iro , Horto Flores tal de Canasvie iras , Parque Flores tal do Rio Vermelho, Parque M uni­cipal da Lagoa do Pe ri , Estação Ecológica dos C arijós, dunas dos Ingleses , do San tinho, da Lagoa da Conceição, do Campeche e do Pântano do Sul , alé m dos mangues.

QUAD RO HUMANO

População Foi colonizada por vicen tistas e açorianos que se de dicavam principalmente à atividade hortigranjeira

e pesqueira. Em 1980, apresentava a maior população do Estado, com 365. 190 habitantes. Para 1989, a es timativa previa que a microrregião continuaria apresentando o maior con tingente

IXJpulacional do Estado, o u seja, 491.458 habitantes, com uma população u rbana correspondente a 88,29% deste total , e uma densidade de mográfica de 195,41 hab/km 2

. O município de Florianópoli s apresentaria o maior contingente populacional , com 235. 150 habitantes.

Educação Os municípios que compõem esta microrregião pe rte ncem à 1 ~ UeRE , que está sediada no município

de Florianópoli s. Em 1989, a microrregião contava com 344 unidades escolares para o e nsino de 1': grau, 63 para o de 2~ grau , com 4.440 professores para o ensino de I? g rau e 1.605 para o de 2? grau.

Na Capital do Estado, existem duas uni versidades, a Fundação Educacional de Santa Catarina/U ni ­versidade Para o Desenvolvime nto do Estado de Santa Catarina - FESC/ UDESC c a Unive rsidade Federal de Santa Catarina - UFSC, a única uni versidade federal do Estado.

Saúde Em 1989, existiam 32 centros de saúde, 35 postos de saúde, 16 hospitais, com 2.950 lei tos, numa

relação de 6 ,00 le itos por mil habitantes. O atendimento e ra feito por 1.123 médicos c 751 de ntistas, numa relação de 2,28 e 1,52 por mil habitantes, respectivamente.

QUADRO ECONÔMICO O setor te rciário é o mais expressivo do E stado, pois, alé m de ser inte grado pe las sedes do governo

estadual e das re presen tações de órgãos e en tidades fede rai s, engloba um centro come rcial e de servi ços bastante desenvolvido e diversificado; espeCialme nte nas atividades bancárias, e ducacionais e de saúde .

O setor secundário vem , nos últimos anos, apresentando grande desenvolvime nto, notadame nte nas indústrias do vestuário, microinformática, alime ntos , madeira e móveis.

O setor primário é de peque na magnitude, com exceção de algumas c ulturas como as de cana-de ­açucar, mandioca e banana.

As atividades pesqueiras também são fontes de geração de riqueza em alg uns municípios, destacam ­do-se a carcinicultura (criação de crustáceos, prinCipalme nte) e m alguns municípios .

Rede de T ransportes O ae roporto Hercílio Luz, e m Florianópolis, é responsáve l pe la maior parte do movimento de

passageiros e de cargas do Estado. Esta microrregião é senrida pelas rodovias: BR- lOl , BR-282, SC-40l , SC-403, SC-404 , SC-405, SC-406, SC-407, SC-408, SC-41O, SC-411, SC-412 e SC-434.

Turismo Esta microrregião , com a inclusáo do município de Tijucas, está incluída na divisão turística de no mi­

nada "Capital da Natureza". As principais atrações turísticas sáo: ponte He rcílio Luz; Morro da C ru z; Lagoa da Conceição;

praias ; baías; for talezas; termas; arquite tura; pratos típicos, artesanatos e m cerâmica, rendas de bilro e folclore açoriano; campeonatos de su rf; carnaval; festas da Laranja , da Tainha e do Divi no Espírito San to.

Estrutura Urbana Florianópolis destaca-se como centro regional, na prestação de se rviços e no comé rcio . Atua como

centro político-administrativo na qual idade de capital. E stá dotado de serviços, educacionais e d e saúde que atendem a todo E stado. A conurbação com São José, Palhoça e Biguaç u de terminou sua expansão, alé m de tornar São José um centro local de prestação de serviços. Governador Celso Ramos é um pequeno cent ro vi nculado à atividade pesqueira. Santo Amaro da Impe ratri z é também um centro local de prestação de serviços e comércio para os municípios vizinhos.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 105: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

MAPA DE LOCALI ZAÇÃO

I!I

• O ..

------

00

I I

LEGENDA

HIERAROUIA

Cent ro Regional

Cidade

Vila

Sede de Comarca

RODOVIAS

Pavimentada

Em Pavimentação

Sem Pavimen tação

Federal Estadual

FERROVIAS Estrada de Ferro

LIMITES

Intermunicipal

Mlcrorregional

Interestadual

- •• ---- Internaciona l

--------- --- Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

~ RIo. Lagoa e Represa

Cf) Aeródromo Pavimentado

+ Aeródromo Sem Pavimentação

* Porto

Farol ~ 500 A lt it ude!';

ESCALA 1:750.000 (lcm:7.5km )

w ° HHH w 20

I ~Okm

I

f

I:!:!/ §;

467 - MICRORREGIÃO DE FLORIANÓPOLIS

Ilha Desert~

ILHA 00 .\RVO!!f.OO

ííõi<8-<",,~ IGOVE.~NAOOR CELSO RAMOS

1Ih.1$~ooNorII!

do RIO Vermelho

00

Ilha do:<aVlel'

SANTA CATARINA

o

115

Page 106: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

11 6

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DO TABULEIRO (468)

Localização no Es tado A mic rorregião geográfica do Tabule iro localiza-se a oeste da microrregião geográfica de Florianópolis,

com uma área de 2.335kmz. Compõe -se de 5 municípios: Águas Mornas , Alfredo Wagf!c r, Anitápoli s, Hancho Queimado c São

Bon ifác io.

QUADRO NATURAL

Geologia Compõe-se fu ndamen talmen te de duas unidades, ou seja, Cobertura Sedimentar Gonduànica na

sua porção oes te c , Embasamento Cristalino no leste . Aproveita ainda pequena "ilha" da Cobertura Vulcano-Sedime ntar - Eo- Paleoz6ica no sude ste da cidade de São Bonifácio.

Relevo No leste, aparece a unidade de relevo Serras do Les te Catarinense com a fo rmação de vales estruturai s;

no noroeste, aparecem os Patamares do Alto rio Jtajaí, onde se localiza uma das áreas de maior altitude do Estado de Santa Catarina; e no sudoeste , aparece uma peque na área da Depre ssão da Zona Carbonífera Catarinense e Serra Geral.

Hidrografia Os principais rios são: ltajaí do Sul (nascentes) integrante da bacia hidrográfica do rio Itajaí-Açu ;

rio C ubatão (nascentes) que faz parte da bacia hidrográfica do rio Cubatão (sul). nasccn tes dos rios Capivari. Tubarão e Braço do Norte , que, integram a bacia hidrográfica do fio Tubarão. Estas bacias fazem pate da vertente do Atlântico .

Hipsometria As alt itudes mais baixas, nas faixas dos 200 a 400 metros, ocorrem nos vales do rio C ubatão , Braço

do Norte e rio Capivari. Já a faixa de 800 metros compree nde as áreas mais elevadas destes vales, como também parte do vale do rio It ajaí do Sul, s ituado nesta micro rregião. As faixas altitudinais e ntre 800 e 1.200 me tros encontram-se formando a serra da Boa Vista , entretanto , em alguns locais, as altitudes podem chegar a mais de 1.800 metros.

Clima Segundo Kõppen, o clima predominante é o mesoté rmico úmido com verões fre scos (Cfb) nas

áreas mais e levadas c , com verões quentes (Cfa) nas demais regiões. Segundo Thornthwaite , é úmido com temperatura média anual de 12°C a 2Ü"C. O total anual de chuvas varia de 1.600 mm a 1.800 mm.

Vegetação E sta microrregião apresenta a área mais diversificada do Estado quanto à flora. É lx>ssívcl observar

desde as Savanas ao longo da serra da Boa Vista; como remanescente da Floresta Estacionai D ccidual (mata Caducifólia, que pe rde suas folhas uma vez por ano), junto a Serra Geral ; Matas de Araucá ria bastante degradadas; como também remanescentes da Mata Atlân ti ca na serra do Tab ulei ro .

Solos - Tipos e Aptidões Nesta microrregião, ocorrem dois tipos de solos . No leste , e ncontram-se os do tipo Poclz61ico Verme­

lho-Amare lo (solos profundos e bem dre nados, com camadas diferenciadas, utilizados para pastagem e cultura de subsistência). No oeste, os solos Cambissolo Bruno HlÍmico, Cambissolo Bruno, Cambissolo. Cambissolo H úmico (solos de menor profundidade e e m desenvolvimento utilizados para os plantios de milho, fe ijão e outros , bem como para pastagem e SilVicultu ra ).

Meio Ambiente Nesta , estão situadas as nascentes de alguns dos principais rios das bacias hidrográficas do ltajaí-Açu

e do Tubarão . Como nas de mais microrregiões sofre os efe itos do desmatamento. Des taca-se como área de preservação, parte do Parque Estad ual da Serra do Tabulei ro.

QUADRO H UMANO

População Pre dominou as colonizações alemã e italiana, que se dedicavam principalme nte às atividades agríco las

(polieultura). Em 1980, a população e ra de 24.744 habitante s, dos quais 19.959 viviam na área rural. A e stimativa feita em 1989 previa um continge nte populacional de 22.159 habitantes, re sul tando

numa densidade demográfica de 9.49 hab .lkm2. Observando os dados de 1980 e 1989, verifica-se um

decréscimo populacional explicado principalmente pelo deslocamento do home m do campo para centros urbanos maiores . si tuados em outras microrregiões.

Educação Dos municípios que compõem esta microrregião, 4 fazem parte da l ~ Ve RE , sediada em Florianópolis

e um da 21 ~ veRE , sediada em Ituporanga. E m 1989, possuía 133 estabelecimentos de ensino de l ~ grau e 6 de 2~ grau, com um corpo docente

de 291 professores, sendo 235 de l ~ grau e 56 de 2? grau . Não existe estabelecimento de e nsino supe rior.

Saúde Em 1989, existiam 6 ce ntros de saúde e 3 hospitais , com 89 leitos , numa relação de 4 ,02 leitos

por mil habitantes. O ate ndime nto era feito por 3 médicos e 2 de ntistas , numa relação de 0, 14 e 0,09 por mil habitantes, respectivamente .

QUADRO ECONÔMIC O O setor econômico mais importan te desta microrregião é o primário, sendo bastante desenvolvido

e di versificado. As cultu ras mais significati vas são o fumo , a cebola, o feijão e o milho , além de produzir grande quantidade de mel e cera de abelha .

O setor secundário não é expressivo, e o setor terciário. face a inexistê ncia de uma cidade de grande porte , volta-se apenas para as necessidades básicas da população .

Rede de Transportes Esta microrregião conta com as rodovias BR-282. SC-302, SC-407 e SC-431.

Turismo Os municípios que compõem e sta microrre gião fazem partc da região turística denominada " Capi tal

da Natureza". As principais atrações turís ticas são: festas religiosas, festas agropecuárias. festá do colono, as termas, serra da Boa Vista.

Es trutura Urbana Nenhuma das c idades desta microrregião se destaca como centro regional, dependendo da prestação

de serviços e d o comércio de centros regionais como Florianópol is.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 107: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

z.

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA 468 - MICRORREGIÃO DO TABULEIRO ".

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

• O

A

00

LEGENDA

HIERAROUIA

Centro Regional

Cidade

Vila

Sede de Comarca

RODOVIAS

PaVimentada

Em Pavimentação

Sem Pavimentação

Federal, Estadual

FERROVIAS Estrada de Ferro

LIMITES

I I I Intermunicipal

Mlcrorreglonal

Interestadual

InternaCional

-.............. Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

RIo. Lagoa e Represa

(f) Aeródromo Pavimentado

+ Aeródromo Sem Pavimentação

... Por to

* Farol "' 500 Altitudes

ESCALA 1:750.000 Clcm;7,5km)

" ! 20

".

3Qk'" !

... ~

1l, ~ i~ ,.,-?'

zr

l t lo' ./. r ~ ."" i

/

f ..

()

ANITÁPOUS

()

I---~~--tr---\::Port~~~-~--l------±~ -~.z. 'X

C,;

()

30

117

Page 108: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

11 8

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE TUBARÃO (469)

Localização no Estado A microrregião geográfica de Tubarâo localiza-se no sul do Estado. com uma área de 4.396 km', e limita-se coIl! as microrregiões

geográficas de Florianópolis, de Criciüma. dos Campos de Lages, do Tabuleiro e com o oceano Atlântico. E constituída por 17 municípios: Armazém, Braço do Norte, Garopaba, Grão Pará, Gravatal, Imaruí, Imbituba, jaguaruna, Laguna, Orleans. Pedras Grandes, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, São Ludgero. São Martinho, Treze de Maio e TubarJo.

QUADRO NATURAL

Geologia Caracterizada principalmente pelo Embasamento Cristalino. formando UTII maciço homogêneo na região central da microrregião. A Cobertura Sedimentar Quaternária apresenta-se em todo o litoral, adentrando-se nos vales dos rios d'Una e Tubarão, A

leste das lagoas, ocorre o emuasamento cristalino. predominando os gnaisses r rnigmatitos. com algumas "ilhotas" de granito No oeste. ocorre a Cobrrtura Srdimentar Gonduânica.

Relevo No litoral e ao sul das lagoas. aprcscntam~se as Planícies Costeiras, de praias arenosas e dunas, evidenciando ações e processos

marinhos e eólitfJs. As Planícies Fluviais ocorrem nos vales dos rios d'Una, Capivari, Aratingaúba e em alguns trechos dos rios Tubarão c Braço do Norte. I\a região central, aparecem as Serras do Lesle Calarinensc, cuja característica é a formação subparalela. O litoral apresenta várias praias, pontas, promontórios, enseadas e ilhas . O maior destaque é o sistema lagunar formado pelas lagoas Mirim, do ImaruL Santo Antón io, Ibiraquera, Paes Leme, Doce, de Sanla r.. larta, ~1ante i ga, de Garopaba do Sul e do Camacho. Destaca-se. também, o cabo de Santa ~larta. No oeste, ocorrem as unidades de relevo Depressão da Zona Carbonífera Catarinense e Serra Geral.

Hidrografja Os principais rios são: d'Vna (' Araç'atuba, qUi' fazem parte da bacia hidrográfica do rio d'Una r desaguam na lagoa ~tirim :

grande partc da bacia hidrográfica do rio Tubarão desagua na lagoa dr Santo Antônio; r Aratingaúba, bacia isolada que desagua na lligoa do Imarui. Nesta microrregião. l'm:ontram-st' a~ maiorcs lagoa.~ do Estado. do Imaruí (' \I irim, além de outras menores . d" Santo Antônio. Ihiraqurra. Pa('s Lrmr. Docp. dr Santa \ Iarta. Manlrig:a. do Camacho r lagoa de Garopaba do Sul, Eslt' sistema hidrográfico faz partr da verten tr do Atlântico .

Hipsometria A altimetria predominante nesta microrregião geográfica está na faixa dr O a lOO melros, com ligeira elevação para a faixa

de:200 a 400 metros no vale do rio Aratingaúba. f>io norte , na serra do CapivarL e no oeste r noroeste da microrregião, na Serra Geral, ocorrem elevações na faixa de 400

a 800 metros. Na divisa desta com a dos Campos de Lages ocorrem altitudes superiores a 1.200 metros, onde se encontra o morro da Igreja, com 1.822 metros.

Clima Segundo Kéippc n, () clima predominante (> o mesotérrnico úmido com verões Quentcs (Chl c, scgundo Thornthwaite, predomina

o clima úmido, com temperatura méd ia anual quc variam entrc 14"C e 2O"C. Quanto à pluviosidade, o total anual varia entre 1.400 mm r 1.600 mm.

Vegetação A vegetação prrdominante é da Florcsta Ombrófila Densa (mata Atlântica). com vegetação secundária e atividadcs agrícolas.

As áreas originais das Formaç'ôes Pione iras (hi'rbácea Ouvia\. restinga r mangue) aparecem ao longo da cosia. Junto à Srrra CeraL ocorrem remanrseentes da mata Araucária c da F10rrsta Ombróma ~ I ista com atividades agrícolas e vcgetaç'ão secundária

Solos - Tipos e Aptidões o) solos Podzólico Vermelho-Amarelo (solos profundos r bem drenados, com camadas difc rcnl'Íadas) sâo predominantrs na

mírrorrrgião Os solos de Arrias Quartwsas (solos profundos , arenosos e exccss ivamente drenlidos, dr utilização limitada) o('()rrem ao longo do litoral. [\0 valr dos rios d'Lua, Aratillga úba e Siqueira. os solos são do tipo Podzol (solos profundos r arrnosos, C01l\ acumulação de matéria orgânka ou ferro não dc\"t'ndo s(' r IIsados para a agricultura), i\o drlta do rio Tubarão, os solos são orgânicos utilizados para o plantio de cana-de.açlÍC"ar. horlaliç'as c arroz irrigado.

Meio Ambiente Esta microrrrgião recebe os rcsíduos tio carvão oriundos da mineração c beneficiamento processados nos municípios vizinhos,

que são levados pelos rios até as lagoas, contaminando-as. Além disso, ocorrem as chuvas ácidas provocadas pela liberação de gases e, ainda. os depósitos dr gesso a céu aberto, resultantes da produção de ácido fosfórico pela Indústria Carboquímica Catarinense - ICe, em Imbituba. Quanto às áreas prescrvadas. existem o Horto Florestal da Rede Ferroviária e as áreas de dunas. No litoral, encontram-se o Parque Estadual da Serra Furada e o Parque Nacional de São Joaquim.

QUADRO HUMANO

População O litoral foi povoado por vincentistas e a~'Orianos. que se dedicavam predominantemente à atividade pesqueira. 1\0 interior,

predominou a colonização italiana. i\o ano de 19S0, contava com 255.385 habitantes, dos quais 146.408 residiam na área urbana, A estimativa feita para 1989 apontava para uma população total de 2i1.930 habitantes, resultando numa densidade demográfica

dr 61,86 hab.fkml . A área urbana contaria com 186.830 habitantes.

Educação Alguns dos municípios desta microrregião pertencem à l~ L1CRE , sediada em Tubarão, e outros à 2~ UC RE , sed iada em

Laguna. Em 1989, contava com 529 escolas para o ensino de l~ grau e 39 para o de 2~ grau, lotalizalldo 2.438 salas de aula e um corpo docente de 3.502 professorrs. O ensino superior é oferecido pela Fundação Educacional do Sul de Santa Catarina - FESSC, atualmente Universidade do Sul de Santa Catarina - UI\ ISUL.

Saúde Em 1989, existiam 24 centros dr saúde, 97 postos dr saúde r 12 hospitais com 1.163 leitos, numa relação de 4,28 le itos

por mil habitantes. O atend imento era feito por 1i2 médicos c 97 dentistas, numa relação dc 0,63 e 0.35 por mil habitantes, respect ivamente.

QUADRO ECONÔMICO 1\0 litoral, predomina o setor terciário centrado quasr qur rxclusivamente !lO turismo. No setor secundário, predominam

as pequenas rmpresas de madeira e as de produtos alimentares, destacando-sc os produtos derivados da pesca e da mandioca. Conta. também. com importante indústria de benetlciamento do rejeito de carvão (piri ta), a Indústria Carhoquímica Catarinense -ICe

i\os municípios mais interiores. corno Tubarão, predominam as indústrias dc ecrâmica, de bencficiamento do can'ão (Lavador de Capivari), de metalurgia, de calçado. além da termoelétrica Jorge Lacerda.

No setor primário, predominam as lavouras de fumo, mandioca r arroz.

Rede de Transportes Possui um dos mais importantes portos do Estado. o dr Imbituba, no município de mesmo nome, que é o principal responsável

pelo escoamento de carvão c seus derivados. Possui quatro rodovias importantes. a BR-101. a SC-431 , SC-437 e a SC-438; dois aeródromos, nos municípios de Laguna

e Imbituha: r uma ferrovia, Estrada de Ferro Uona Thrreza Cristina, responsável pelo transporte de carvâo para o porto de Imbit uba

Turismo Pela divisão turística está incluída na região denominada "República Juliana", juntamente com os demais municípios do sul

do Estado. As principais atrações turísticas são: a cidade de Laguna, tomhada pelo Patrimônio Histórico \acional ; as praias , lagoas e

colôn ias de pescadores; carnaval; o faro! de Santa \hrta, o terceiro maior do mundo em alcance; as termas de Gravatal e da Guarda, o Porlo de Imbituba, o musru ao ar livrr e o paredão de 130 metros quadrados. onde o escultor "Zé Diabo" esculpiu personagens bíblicos em Orleãns.

Estrutura Urbana No in ício do processo de urbanização, Laguna era um pólo regional, devido a sua condição de cidade porluária. Dcvido

à exploração do carvão nos municípios vizinhos, essa cond ição foi superada por Tubarão, ondr foi dcterminada a construção da Estrada de Ferro e da Sotelca (Usina Jorgr Lacerda ). Tubarão hoje é o centro regional da microrregião, principal fornecedor de hens r serviços. Atualmente, Laguna é um ('entro local, destacando-se nas atividades turísticas e pesqueiras. Braç"O do Norte destaca-se como centro local de prestaçâo de srrviços r Imbituba, pelas atividades portuárias. Imaruí (' Imbituba dependr m da prestação de scrviÇ'Os de centros regionais .

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 109: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

18'

JO

~,

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA

MA PA DE LOCA LI ZAÇÃO

I!.J • O

'"

------

0 0

LEGENDA

HIERAROUIA

Centro Regional

Cidade

Vila

Sede de Comarca

RODOVIAS

PaVimentada

Em Pav imentação

Sem Pavimentação

Federal Estadual

FERROVIAS

Estrada de Ferro

LIMITES

IntermuniCipal

Mlcrorreglonal

Interestadua l

Internaciona l

Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

~v RIO. Lagoa e Represa

Cf) Aeródromo Pavimentado

+ Aeródromo Sem Pavimentação

....... Porto

* Farol ~ 500 Altitudes

ESCALA 1:750,000 (1 em : 7 .5km)

" 20 I

3akm I

f

'-?

, ... '" ..

,f r

1 ( o

3

J i

~ §

&

a i

f

.,'

469 - MICRORREGIÃO DE TUBARÃO .,.

CUBArAO .,,<1'

<f' .~ o

,~ ~

o

,.' .. ' 11 9

Page 110: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

120

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE CRICIÚMA (470)

Localização no Estado A microrregião geográfica de Criciúma localiza-se no sudoeste do Estado, com uma área de 2.1 15

km 2, c limita-se com as micrprrcgiõcs geográficas de Tubarão, de Araranguá, dos Campos de Lages

e com o Oceano Atlântico. E constituída por 8 municípios: Cricilíma, Forquilhinha, Lauro M üller , Morro da Fumaça, Sidcrópo li s , Urussanga , Içara e Nova Veneza.

QUADRO NAT URAL

Geologia Caracterizada pnnclpalmente pela Cobertura Sedllllcntal Gonduâlllca. com ocorrência de Hochas

Efusivas de Seqüência Bás ica. No nordeste . aparece peque na ralxa de Embasamento ClIstallllo ) a no leste c sul, predomina a Cobertura Sedime ntar Quaternária.

Relevo As Planícies Cos te iras aparecem no leste e no su l; c as Planícies Fluviais surgem no baixo vale

dos rios Araranguá e Mãe Luzia. As Serras do Leste Cata rinense Ocorrem e m uma estreita bixa no nordeste da micro rregião, caracte rizadas pe la posição sllbparalela. Para o oeste , surge a De pressão da Zona Carbonífera, ca racterizada por fo rmas colinosas no norte e vales abe rtos no suL Alguns releyos residuais, parte dos Patamares da Serra Geral, espalham-se por esta área. Ai nda no oeste , surgem as escarpas da Serra Geral (borda do Planalto dos Campos Gerais ), com desníveis acentuados e vales que formam "canyons"

Hidrografia O s principais rios são: Oratório e Rocinha, fo rmadores do rio Tubarão (bacia hidrográfica do rio

Tubarão); Urussanga, Carvão, Cocal e Ronco d'Agua (bacia hidrográfica do rio Urussanga); Mãe Luzia, Sangão e São Bento (bacia hidrográfica do rio Araranguá). Este s istema hidrográfico fàZ parte da vertente do Atlântico.

Hipsometria A altimetria predominante está na faixa de O a 200 met ros, avança ndo pelos vales dos rios Urussanga,

Mãe Luzia e São Be nto ; elevando-se gradativamente para os 1.200 me tros nas escarpas da Serra Ceral.

C lima Segundo Kõppcn , predomina o cl ima mesotérmico úm ido com verões quen tes (Cfa) e , segundo

Thornth waite , apresenta o clima úmido, com temperatura média anual que varia en tre 16u C c 20'C. Quanto à pluviosidade, o total anual varia de 1.400mm a 1.600mm.

Vegetação Há predominância da vegetação da F loresta Ombrófila Densa (mata Atlântica), com vegetação secun­

dária e atividades agrícolas . As áreas remanescentes da mata Atlântica aparecem ao longo das escarpas da Serra Geral. Pequena área com remanescentes da Floresta ümbrófila Mista (mata de Araucária) aparece e m Urussanga. No litoral. apare ce m as formações pi()n {'ira.~ herbáceas fluvial e restinga .

Solos - Tipos e Aptidões o vale do rio Urussanga a presenta o solo C lc i H lÍmico e elei Pouco I-I ümico (solos de e\evadu

teor de maté ria orgânica , com e xcesso de umidade , utilizados para os plantios de arroz irrigado, hortaliças e cana-de-açtícar) . .'Jo oeste , ao longo da escarpa da Serra Geral , aparecem os solos Litólico (solos rasos de fertilidade natural variável, utilizados para os plantios de milho , feijão e delllais cu lt uras de subs istê ncia). 1\0 resta nte da microrregião, predominam os so los Pod z61ico Vcrmclho-Arnan: lo (solos profundos e bem drenados , com camadas difere nciadas, utilizados para pastagem e cultura de slIbsis ­tência). 1\os vales dos rio s Mãe Luzia e Sangão, ocorrem os solos Glei Húmico (solos de e levado teor de matérias orgânicas. com excesso de umidade , usados para os plantios de arroz irrigado. hortalic;as e cana-de-açtícar).

Meio Ambiente A área desta microrregião é considerada a mais poluída do Estado, sendo a 14' ,írea crítica a nível

naciona l. Praticamente todos os mananciais e stão contaminados por rejeitos de carvão, atingindo até as ág uas vizinhas. Quanto às áre as prese rvadas, encontra-se nesta a Heserva Biológica Estadual do Aguaí.

QUADRO HUMANO

População Esta área foi colonizada, em sua maioria, por imigrantes de italianos , que se ded icavam principalmen te

à agricultura e à extração do carvão. Em 1980, contava com um total de 200.383 habitantes, dos quai s 142.001 viviam na zona urbana . Para o ano de 1989, a est imativa previa um contingentc populacional dc 256.325 habitantes, resultando

numa densidade demográfica de 121,19 hab/km 2• A populaçâo urbana prevista era e nt.ão de 80.55%

da popllla~'ão total. O município mais populoso se ria C ricitíma , com 147.804 habitantes.

Educação o s municípios que perte ncem a esta microrregião fazem parte da 3~ Un idade dc Coordenação

Hegional - UC RE, sediada e m Cricitíma. Em 1989, eontava com 298 escolas para o e nsino de 1': g rau e 32 pa ra o de 2': grau , eOIl1 2 .070

profcsso res para o I ': grau e 493 para o 2~ grau. O ensino supe rior é oferec ido pe la Fundação Educacional dc Cric iúma - FUCH I.

Saúde Em 1989, existiam 17 centros de salÍde , 51 postos de saúde e 9 hospitais com 771 leitos , numa

relação de 3,00 le itos po r mil habitantes. O atendimen to era feito por 182 m{~dieos e 11 6 d(~ nti s tas. numa relação de 0 ,71 c 0,45 por mil habitantes , respectivamente.

Q UADRO ECONÔMICO

A economia é vol tada basicamente para o setor secu ndário . O parque industrial. que inicialmente e ra formado pelas indtí strias de mine ração de carvão, atualme nte apresto' nta-w como um dos mais di ve rsificados do Estado . As principais indtístrias são as de mine ração de carvüo, de cerâmica, de vestuário e calçados .

.'Jo setor primário, predominam as lavouras temporárias de fUlIlo, mand ioca c mi lho . O setor tcrciário é um dos mais exp re ssivos do su l do Estado, especialmente nas at ividades bancárias.

educacionais, comerciais e de saüde .

Rede de Transportes As principais rodovias são a BH- 101, SC-438 (que liga o litora l ao planalto pela serra do Rio do

Hastcul , SC-444 , SC-445 , SC-446 e SC-448, Possui um aeródromo. localizado no município de Criciúma e a E strada de FnT'O Dona Thereza

Cristina - EFlJTC, que c stá ligada ao Porto de Imbituha.

Turismo Esta microrregião está inclu ída na reg ião tur íst ica denominada " Reptíblica J uliana" As principais

atrações turísticas são: a mina modelo de carvão: as indtistrias de eerâmica c de calçados: a Festa do vinho; a lagoa dos Esteves e o halneá rio do Rincão .

Estrutura Urbana CriciLÍma é o cen tro regional desta microrregião. F oi ocupando o espaç'o de maiO!' centro do Sul

do Estado, que ante riormente cra (h~ Tubarâo, sendo hoje o principal fornecedor de bens c serv iços , ficando e m condições de dirigir a rede urhana até o limite meridional do territó rio catarine nse. Esta microrregião expandiu-se em virtude da explo ração do carvão, ativ idade de grande destaquc 110 setor industrial. As indústrias de cerâm ica e as metaltí rgicas são também responsáveis pe lo crescimen to de várias cidades. Urussanga é cen tro local de prestaç~to de serviços e, numa posição hierarquicamente inferior, també m são Lauro M üller e Sider6polis . As demais visam basicamente o atendimento das áreas rurais.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 111: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

,.

JO

19'

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA 470 - MICRORREGIÃO DE CRICIÚMA

MAPA DE LOCALIZAÇÃO

00

• O

À

------

0 0

I r I

LEGENDA

HIERAROUIA

Centro Regional

Cidade

Vila

Sede de Comarca

RODOVIAS

PaVimentada

Em Pavimentação

Sem Pavimentação

Federal Estadual

FERROVIAS Estrada de Ferro

LIMITES

Intermunicipal

MlcrorreglOnal

Interestadual

Internacional

.-- •• -- •••• ----- Pa rques e Reservas

HIDROGRAFIA

\ RIO Lagoa e Represa

Aeródromo Pavimentado

Aeródromo Sem Pavimentação

Porto

* Farol , 500 Altitudes

ESCALA 1:750.000 (1cm:7,5k.m)

" o a Aa " 20 j

30~m ,

o \'.~ '=L~

~1------------=+-:t_--I_:_------___7<l!L--+__f----~"t__---~~- _+ __ U_-I'"

Ir ."

J

/

.; ,o}I SA'IITA M4R7A

o

It------~~O~~~~----------~=_::~~~;r~----------------------------+_----~O~--------------------______ ~----------~".

50'

121

Page 112: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

122

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE ARARANGUÁ (471)

Localização no Estado A microrregião geográfica de Ara ranguá localiza-se no extre mo sul do E stado, com uma área de

2.918km2, e limita-se com as m)crorregiões geográficas de Criciúma, com O oceano Atlântico e com o Estado do Rio Grande do Sul. E constituída por 10 municípios: Araranguá, Jacinto Machado, Maracajá, Me leiro , Praia Grande, Santa Rosa do Sul , São João do Sul , Sombrio, Timbé do Sul e Turvo.

QUADRO NATURAL

Geologia Pre domina a Cobertura Sedimentar Quate rnária ao longo da costa c acompanhando os vales dos

rios Araranguá, seus aflue ntes e Mampituba. A oeste , formando a serra Geral, ocorre a Cobertura Sedime ntar Gonduânica e as Rochas Efusivas de Seqüê ncia Básica.

Relevo Predominam as Planícies Costeiras , apresentando praias , dunas e lagoas . Salientam -se també m

as Planícies Fluviais nos rios Araranguá, Mampituba, Amola Faca e Manoe l Alves . No oeste de Sombrio, aparece parte do re levo Se rra Geral (escarpas dos Campos Gerais com desníveis acentuados).

Hidrografia Os principais rios são: Araranguá, Manoel Alves e Amola Faca, pe rtencentes à bacia hidrográfica

do rio Araranguá; e o Mampituba (divisa entre o Estado de Santa Catarina e o de Rio Grande do Sul); e o Leão, pertencente à bacia hidrográfica do rio Mampituba. Nesta microrregião geográfica encontra-se a te rceira maior lagoa do Estado, a de Sombrio, além de outras menores . Este sis tema hidrográfico faz parte da vertente do Atlântico.

Hipsometria A altimetria é notável , pOiS se apresenta, e m larga área, na faixa de O a 200 me tros, submdo

rapidamente alé m dos 1 200 me tros, nas escarpas da Serra Geral , onde recebe m o nome de Aparados da Serra.

Clima Segundo Kõppen, apresenta o clima mesoté rmico úmido com verões quentes (Cfa) e , segundo

lbornthwaite, predomina o clima úmido, com temperatura média anual de 16"C a 18°C. O total anual de chuvas varia de 1.400mm a 1.600mm.

Vegetação Ao longo da linha da costa, aparecem as áreas originais das Formações Pionei ras (he rbácea fluvial ,

restinga). O res tante da microrregião apresenta a Flores ta Ombrófila De nsa (mata Atlântica), eom vegetação secundária e atividades agricolas. Ao longo da encosta da Serra Geral e no norte do município de São João do Sul, ocorrem remanescentes da Flores ta Ombrófila D ensa. Entre as lagoas de Sombrio e Caverá e no litoral , ocorrem áreas de te nsão ecológica.

Solos - Tipos e Aptidões Os solos de Are ias Quartzosas (solos profundos arenosos, excessivamente drenados, com utilização

limitada) aparecem por todo o litoral, adentrando-se no sul da microrregião. No norte e leste, em trechos lagunares, aparecem os solos Orgânicos (solos com deposição de vegetais e m decomposição, em ambiente com excesso de água, utilizados para o plan tio de cana-de-açúcar, hortaliças e arroz irrigado). O baixo vale do rio Araranguá apresenta os solos Glei Húmico e Gle i Pouco Húmico (solos de elevado teor de matéria orgânica, em ambiente com excesso de umidade, utilizados para o plantio de arroz irrigado, hortaliças e cana-de-açúcar). O oeste da microrregião apresenta trechos espaçados de solos Podzó\ico Verme lho-Amarelo (solos profundos e be m drenados , com camadas difere nciadas, utilizados para pastagem e cultura de subsistê ncia) . No oeste de Sombrio, surge pequeno trecho de Terra Rocha Estruturada (solos profundos e bem drenados, de fertilidade alta c média, utilizados para o plantio de soja e trigo , bem como para pastage m e cultura da maçã).

Junto à escarpa da Serra Ge ral , aparecem os solos Litólicos (solos rasos de fe rtilidade natural variáve l, com prese nça de pedras na superfície, utilizados para o plantio de milho , feijão e demais culturas de subsistência).

Meio Ambiente Esta microrregião ainda sente os efeitos da mine ração do carvão, tornando-se , ass im , parte da

área mais crítica e m jXlluição do Estado. Quanto às áreas prese rvadas, e ncontra-se no município de Praia Grande, parte do Parque Nacional de Aparados da Serra e no extre mO norte de Me le iro, pequena área da Reserva Estadual do Aguaí.

QUADRO HUMANO

População Foi povoada por imigrantes italianos, alemães e açorianos, te ndo a agricultura como principal ativi­

dade. Em 1980, contava com uma população de 111.278 habitantes, sendo que 45.857 viviam na zona

urbana. Para 1989, as estimativas pre viam um contingente populacional de 117.693 habitantes, resultando

numa densidade demográfica de 40,33 hab.lkm 2. A população urbana prevista e ra de 65.276 habitantes,

ou seja, 55,46% da população total da microrregião. Os municípios de Araranguá, com 44 .044 habitantes, e Sombrio, com 18.227 habitantes, continua riam sendo os mais populosos.

Educação Os municípios que compõe m esta microrregião perte ncem à 1 5~ Unidade de Coordenação Regional

- VCRE , sediada em Araranguá. Em 1989, con tava com 331 escolas de 1': grau e 19 de 2~ grau e com 1.148 professores para o ensino de 1 ~ grau e 224 para o de 2~ grau .

Saúde Em 1989, e xistiam 13 centros de saúde, 24 postos de saúde, 7 hospitais com 512 leitos , numa

relação de 4,35 le itos por mil habitan tes. A população e ra atendida por 68 médicos e 26 de nti stas, numa relação de 0,57 e 0,22 por mil habi tantes, respectivamente.

QUADRO ECONÔMICO ~ossui uma economia de pouca expressão no contexto estadua l. E no setor terciário que se e ncontra sua maior e xpressividade , notadamente nas atividades d e

comércio e prestação de serviços. Este setor é muito importante na economia da microrregião , pelo fato de atender às necessidades locais.

O setor secundário está concentrado nos genê ros de mine rais não-metálicos, made ira, vestuário, calçados e produtos alimentares, destacando-se os produtos de material cerâmico , calçados e de rivados da mandioca.

No se tor primário, destaca-se a rizicultura, sendo que a quantidade de arroz produzido a coloca na 1 ~ posição, dentre as de mais microrregiões do Estado. També m, são re presentativas as cu lturas de fumo e banana.

Rede de Transportes Possui as segu intes rodovias: BR-10l , BR-285, SC-443, SC-449, SC-450 e SC-485. Conta com

um aeródromo, localizado no município d e Araranguá.

Turismo Na divisão turística está incluída na região chamada " República Juliana". As principais atrações

turísticas são: as praias, as lagoas, a festa do pe ixe, os rode ios crioulos e o Parque Nacional de Aparados da Serra, no limite entre o Estado de Santa Catarina e o de Rio G rande do Sul.

Estrutura Urbana Dentre as suas cidades, destacam-se Araranguá como centro local e Sombrio como centro me nor.

Araranguá se sobressai como centro prestador de serviços , sendo que as de mais cidades, alé m dessa atividade, possue m peque nas indústrias.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

- - - - - - ----'

Page 113: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • -• • • • • • • • • • • • • • • • •

lO'

"

19'

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA 471- MICRORREGIÃO DE ARARANGUÁ 5" WGr

MAPA DE LOCALI ZAÇÃO

• O

...

00

I I I

o + *

LEGENDA

HIERAROUIA

Centro Regiona l

Vila

Sede de Coma rCil

RODOVIAS

PaVimentada

Em Pavimentação

Sem Pavimentação

Federal Estadual

FERROVIAS

Estrada de· Ferro

LIMITES

Intermunicipal

Mlcrorreglonal

Interestadual

In ter nacIOnal

Parques e Reservas

HIDROGRAFIA

RIO Lagoa e Represa

Aerôdromo PaVimentado

Aerôdromo Sem Pavlmentaçâo

Porto

Farol

~ 500 Al t lludes

ESCALA 1:750.000 ( lcm:7,5km )

\0 o 10 20 30"m

~hLEH~H~====E===~====~1

rn (j)

-1 :P O O

o

ri--------------~~----~f_------~L-~----------------r----~"

123

Page 114: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

UNIDADE VII ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

Símbolos Estaduais Organização Político-Administrativa do Estado e dos Poderes

125

Page 115: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

126

SÍMBOLOS ESTAD UAIS

Os símbolos d o E stado de Santa Catarina são: a bandeira, as armas c () hino.

Bandeira

~, Lei n~ 126, de 15 de agosto de 1895, estabelece as Armas e a Bandeira do Estado:

Ar!. l ~ - Ficam estabe lecidas as Armas e a Bandeira do Estado. Art. 2':

Art . 3~ - A Bandeira do Estado compor-se-á de faixas brancas e encarnadas dispostas horizontalmente, em número igual aos da comarca do Estado, de um losango de cor verde, colocado no centro da Bande ira, te ndo impressas tantas estre las de cor amarela, quantos forem os municípios do E stado.

Ar!. 4':

Esta Lei foi sancionada pelo e ntão Governador do Estado Hercílio Pedro da Luz. O desenho da Bandeira foi baseado na obra de José Artur Boiteux , que sofreu modificações no

Governo de Trineu Bornhausen, através da Le i n~ 275, d e 29 de o utubro d e 1953.

Art. I '? - Fica restabelecida a Bandeira do Estado d e Santa Catarina. Art. 2~ - A Bande ira que se refere o art . 1~ d a presente Lei terá a seguint e composição: a) três faixas de igual largu ra, sendo as das extre midades vermelhas e a do centro branca; b) as faixas serão supe rpostas por um losango verde~c1aro cujas extremidades não a tinja as d as

faixas ; c) o losango conterá e m seu centro as Armas d o Estado. Art. 3'; - O Pod e r Executivo, d e ntro de 60 dias, regulame ntará o uso e emprego da Bandeira

do Estado. Art. 4~ .................. . . O losango d e co r verde colocado no centro da bandeira re presenta a vegetação do Estado. A est rela

branca (ou preta quando escud o) sobre o losango representa o próprio Estado com todos os municípios. A águia representa as forças produtoras, e m cor natural (marro m). A ânco ra ex plica se r Santa Catarina um Estado Marítimo, na frase do historiador Abreu de Lima, é ponto estratégico d e primeira ordem; chave do Brasil meridional (cor amarela). A d ata 17 de novembro de 1889 num pequeno escudo branco escrita em pre to le mbra a implantação do regime Re publicano de Santa Catarina. O s ramos d e trigo e café representam a lavoura da serra e d o litoral. O barrete frígio na ponta superior da estrela represe nta a fo rma republicana que nos rege .

A bandeira do Estado deverá ser hasteada simultaneamente com a Bandeira Nacional, no horário das 8 às 18 horas , sendo permitido o seu uso à noite , uma vez que se ache convenientemente iluminada.

O hasteame nto , nos dias de festa nacional ou estadual , é feito , sempre que possível, com sole nidade e em todas as re partições estaduais e municipais, nos estabelecimentos de ensino público ou particular, em o utras instituições particu lares d e letras , artes , ciências e desportos, quando subvencionad as ou auxiliadas pelo Governo do E stado.

A Bandeira do Estado será obrigatoriamente hasteada todos os dias, ao lado da Bandeira Nacional , no Palácio do Governo, na residência do Governador, nas Secretarias, na Asse mbléia Legislativa, no Tribunal Eleitoral nas Prefeituras Municipais e nos Quartéis d a Polícia Militar.

A Secretaria da Administração promoverá concorrência pública para o fornecimento d e Bandeiras d o Estado às repartições es taduais e aos estabelecime ntos de e nsino públiCO do Estado, observando o mode lo legalme nte instituído.

A Bande ira oficial do E stad o d e Santa Catarina terá as seguintes dimensões: l , 20m x 0,90m - compreende dois panos vermelhos e um branco, cada qual com 1,20m d e compri*

mento e 0 ,30 de largura. 1,DOm x 0,70m - para o losango verd e. 0,37 m d e diâmetro - para o escudo em círculo verde. As cores oficiais da Bandeira do Estado são vermelha, branca e verde.

Armas As Armas do Estado de Santa Catarina foram estabelecidas pela Lei n? 126, de 15 de agosto de

1895, baseada no desenho d e Lucas Ale xandre Boiteux e do De putado H e nrique Boit e ux. "Art . 1 ~ - Ficam estabelecidas as Armas e a Bandeira do Estado. Art . 2~ - As Armas consistirão e m uma es tre la branca, anteposta a qual uma águia vista de frente ,

de asas estendidas, segurará com a garra dire ita uma chave e com a esquerda uma âncora, encruzadas, ornando~lhe o peito um escudo com o dístico "17 de novembro" escrito horizontalmente . Um ramo de trigo ao lado dire ito e um d e café ao lado esquerdo ligados na parte inferior por um laço com as pontas flutuantes, d e cor encarnada, que terá o dístico: - Estado d e Santa Catarina - escrito com le tras brancas circundarão a mesma águia sobre o qual se formará o barre te frígio d e cor encarnada. M.~ . ........... .. . .... .. .... .. ... . . O símbolo armas de Santa Catarina está constituído por: a) U ma estre la d e cor branca, de cinco pontas, debruadas de file te estre ito d e cor pre ta , sendo

a de cima colocada e m pala, com um barrete frígio de cor verme lha , o qual simboliza as forças republicanas que nos regem .

b ) Uma águia, anteposta à estre la, re presentando as forças produtoras , vista de frent e d e asas estendidas; que segura, e ncruzada, com a garra dire ita uma chave , le mbrando que Santa Catarina é ponto est ratégico d e prime ira ordem , e com a esquerda, uma âncora significando que o E stado é marítimo. A águia tem cor natural (marro m) enquanto que a chave e a âncora são amarelas. Ornando* lhe o pe ito , um escudo branco com o dístico " 17 de novembro de 1889", escrito e m preto, cuja data é da implantação da Re püblica e m Santa Catarina .

c) Dois ramos, um de trigo, do lado direito , e um d e café , do lado esque rdo, simboliza m a lavoura da serra e d o litoral , ligad os por um laço com pon t.as flutuantes , com o dístico "Estado d e Santa Catarina" cincundando a estrela .

É obrigatório o uso das armas do E stado: a) no Palác io do Governado r; b) na residência d o Gove rnador ; c) na Assemblé ia Legislativa; d ) no Tribunal de Justiça; e) nos Quartéis da Polícia Militar; O na portaria dos edifícios públicos d o Estado; g) nos papéis de expedie ntes das repartições públicas do Estado e nas publicações oficiais.

H ino A Lei n? 144, de 6 d e set.e mbro de 1895, adota como Hino do E stado o aprovado pe lo Decreto

" ' 132, de 21 de abril de 1892.

Art . 1 ~ - Fica ad otado como Hino do Estado o aprovado pelo decreto n? 132, de 2 1 de abril de 1892, le tra do cidadão H orácio Nunes Pires e música do Prof. José Brasilício d e Sousa.

Art. 2? . .............. .

Esta Lei foi sancionada pelo então Governador Hercílio Pedro da Luz. O autor da le tra d o Hino do Estado , Horácio Nunes Pires , nasceu no Rio de Janeiro, a 3 de

março de 1855 e faleceu em 20 de maio de 191 9, e o au to r da música, José Brasilício d e Sousa, nasceu na cidade d e Goiânia, Estado d e Pe rnambuco, a 9 de janeiro d e 1854 e faleceu a 30 de março de 1910.

A execução d o Hino d o E stado se fa rá: a) e m continê ncia à Bande ira E stad ual e ao Gove rnador; ao Legislativo e Judiciário, quand o incorpo*

rados; e nos demais casos expressamente determinados pelos regulamentos de contingência ou cerimômia oficial ;

b) na ocas ião d o hasteamento da Bandeira, nos estabelecimentos d e ensino público, pe lo me nos uma vez por semana, em seguida ao hasteamento da Bande ira Nacional, que ocupará o tope do mastro .

A execução do Hino do Estado, nas festas nacionais ou cerimônias de caráter nacional , se rá precedida sempre d a e xecução do Hino Nacional. E será Facultativa a e xecução d o Hino do Estado nas cerimônias cívicas e religiosas .

O ensino do can to d o Hino Nacional e do Hino do E stado de Santa Catarina é obrigatório nos estabelecimentos de ensino público d o Estado.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 116: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA BANDEIRA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

127

Page 117: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

128

HINO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Letra: Horácio N unes Pires Mú sica: José Brasilício de Sousa

Sagre mos num hino de estrelas e flores , num canto sublime de glória e luz, as festas que os livres frementes de ardores celebram nas terras gigantes da cruz! Quebram-se férreas cadeias , Rojam algemas no chão; do povo nas epopéias fulge a luz da redenção!

No céu peregrino da pátria gigante , que é be rço de glórias e be rço de heróis , Levanta-se e m ondas de luz deslumbrante , o sol, liberdade cercada de sóis! Pela fo rça do direito, pe la força da razão , cai por terra o preconceito, levanta-se uma nação!

Não mais dife renças de sangues e raças, não mais regalias sem termos fatais, . a força está toda do povo nas massas, irmãos somos todos e todos iguais! Da liberdade adorada no deslumbrante clarão, banha o povo a fronte ousada e avigora o coração!

o povo que é grande, mas não vingativo, que nunca a justiça e o direito calcou , com flores e festas deu vida ao cativo, com festas e flores o trono esmagou! quebrou-se algema do escravo e nesta grande nação é cada homem um bravo, cada bravo um cidadão!

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 118: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA ARMAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

129

Page 119: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

130

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATNA DO ESTADO E DOS PODERES

A organização político-administrativa do Brasil , como República Federativa, conforme prevista na nova Constituição, compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os \ I unicípios.

Os Estados são divisões político-administrativas dentro do Paí.~ ; e os ~I un icípios , den tro dos Estados. Assim, os Mu nicípios compõem o território do Estado e os Estados, juntamente com os Municípios, compõem o território do País

A Constituição da República define as competencias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A União e os Estados são constituídos de Tres Poderes: · o Poder Lcgislativo - que elabora as leis; · o Poder Executivo - que executa as leis; c · o Poder judiciário - que aplica as leis .

NA UNIÃO o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional. que se compÕ(' da Cãmara dos Deputados e do Senado Federal. O Poder Exccutivo é exercido pelo Prcsidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. O Poder judiciário é composto pelos seguintes órgãos: - Supremo Tribunal Federal; - Superior Tribunal de Justiça; - Tribunais Regionais Fcderais e Juízes Federai s; - Tribunais e Juízes do Trabalho: - Tribunais e Juíze_~ Eleitorais; - Tribunais e Juízes )'1ilitares; - Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Fede!"'.!.1 O Supremo Tribunal Federal c os Tribunais Superiorcs estão sed iados em Brasília, cujas juri s di~'õcs se encontram em todo

o território nacional.

NO ESTADO

Poder Legislativo do Estado o Poder Legislativo do Estado é exercido pela Assembléia Legislativa, sendo consti tuída por lJeputaJu ... eleitos pelo voto

d ireto e secreto. Cabe à Assembléia Legislativa, com a sanção do Governador, disjX>r sobre todas as matérias de competência do Estado, tais como: tributos, arrecadação e distribuição de renda; planos e programas estaduais e regionais dc desenvolvimento; criação e cxtinção de cargos públicos e fixação dos respectivos vencimentos.

O processo legislativo comprecnde a elaboração de emendas e leis complementares à Constitu i ~'ão , dc Icis ordinárias, de leis delegadas, de decretos legislativos e de resoluções .

É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa: emendar a Constituição; dar posse ao Governador c ao Vice-Go\'ernador eleitos ; aprovar ou suspendcr a intervenção nos \1unicípios, entre outras.

A fiscalização financeira e orçamentária do Estado é exercida pela Assembléia Legislativa, com o auxOio do Tribunal de Contas e do Poder Executivo.

Poder Executivo do Estado

O Poder E.tecutivo do Estado é exercido pelo Governador do Estado, sendo auxiliado pelos Secretários de Estado. Compete ao Governador sancionar, promulgar e fazer publicar as leis; expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execução;

vetar projetos de le i; nomear e exonerar os Secretários de Estado, o Procurador Geral do Estado; enviar projX>stas de orçamento para a Assembléia; prestar \.-'{mtas à Assembléia do exercício financeiro findo; promover desapropriaçõcs; exercer ou trdS atribuições previstas na Constituição Estadual. E é de responsabilidade do Governador a segurança interna do Estado e dos Municípios ; O cumprimento das decisões judiciais e das leis, etc.

Compete aos Secretários de Estado exerce r a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração estadual na área de sua competência; referendar os atos e deeretos assinados pelo Governador; apresentar ao Governador relatório anual dos serviços realizados na Secretaria , entre outras atribuir,-"Ões pertinentes .

O ~tinistério Público tem o encargo de zelar pela execução da Lei, representar e defender os interesscs da Justiça Pública, da família , dos incapazes. dos ausentes e das pessnas que , por lei, lhes forem equiparadas. O Ministério Público do Estado é exercido pelo Procu rador Geral da Justiça; pelos Procuradores de Justiça; pelos Promotores de Justiça.

A Polícia Militar, órgão permanente, força auxiliar. reserva do Exército, organizada com base na hierarqu ia e na disciplina, destina-se à manutenção da ordem públiea e da segurança interna do Estado.

Poder Judiciário do Estado São órgãos do Poder judiciário: o Tribunal de Justiça, os Tribunais do Júri, os Juízes de Direito e os Substitutos, a Justiça

Militar, os Jui7.ados Especiais, os Juízes de Paz. e outros órgãos instituídos em Lei. O Tribunal de Justiça é o órgão supremo do Poder judiciário do Estado, sediado na Capital e com jurisdiçãu em todo o

território estadual, tendo como órgãos disciplinares, o Conselho Disciplinar da Magistratura e a Corregedoria Geral da j ustiça.

É composto por 22 Desembargadores escolhidos dentre os Juízes de Direito, advogados e membros do ~tinistério Público, pela forma estabelecida na Constituição do Estado.

O Tribunal de Justiça compõe-se dos seguintes órgãos de julgamento: Tribunal Pleno, Câmaras Civis c Criminais Reunidas , Câmaras Civis Isoladas (la., 2a. e 3a. ), Câmaras Criminais Isoladas {la. e 2a. ).

Para cada Comarca são nomeados, pelo Governador, um Juiz c um ou mais Promotores; há um Tribunal dc Júri, com sessõcs ordinárias mensais. O j uiz de Paz e seus suplentes são nomeados pelo Governador do Estado. com prazo de 4 anos, sendo admitida a recondução.

As Comarcas são formadas por uma ou mais Varas (Civis. Criminais, dos Feitos da Fazenda Pública, da FamOia, de Órfâos e Sucessões, e de Menores) e classificadas por Entrãncias (4a., 3a., la. e la.). No Estado, existem 81 coma rcas, sendo 13 da 4a. Entrância, 2\ de 3a. Entrância, 21 de 2a. Entrãncia e 26 de la. Entrãncia.

A Justiça Militar é exercida pela Auditoria e Conselho de Just iça em la. Instância e Tribunal de justiça em 2a. Ill.'itância. Fazem parte do quadro do Tribunal de justiça a Corregedoria Geral de Escrivães, de Tabeliães c de Oficiais de Registro

Público. São auxiliares os Oficiais \1aiores, Escreventes Juramentados, Inventariantes judiciais. Distribuidorcs. Avaliadores Judiciais, Contadores, Partidores, Deposit ários Públicos, Intérpretes, Comissários de Menores, Oficiais de justiça e Porteiros de Aud itórios.

JUSTIÇA ELEITORAL DO ESTADO

A instalação do Tribunal Regional Ele itoral de Santa Catarina - TRE/SC deu-se em 13 de junho de 1932, na Comarca de Florianópolis.

Sob a chefia do Juiz de Comarca, designado pelo TRE/SC, as zonas eleitorais são eriadas conforme necessidade de di stribuição do contingente de eleitores existentes nos municípios do Estado. À medida que um município aumen ta scu cont ingente populacional, pode-se criar uma ou mais zonas eleitorais.

Em 1989. foram oficializadas 10.338 seções pertencentes às 80 zonas das 8 1 comarcas Em toda Santa Catarina, estão computados 2.513.047 eleitores, dos quais 151 .151 são da Capital do Estado.

NOS MUNICÍPIOS

O Poder Legislativo é exercido pela Cã mara de Vereadores. O Poder Executivo é exercid o pelo Prefeito e Vice-Prefe ito, auxiliados pelos Secretários Municipais.

O Município não tem Poder j udiciário próprio, ele fa7. parte de uma Comarca, dentro da Divisão judiciária do Estado A Constituição estabelece ainda que a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios devem preservar

a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, e dependem de Lei Estadual e de consulta prévia à população diretamente interessada através de plebiscito .

O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, aprovada e promulgada pela Câmard Municipal, atendidos os princípios da Constituição Federal e Estadual. '

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO

A Constituição do Estado é o conjunto de leis que regula as funções do Estado, sendo a lei máxima do mesmo. A Constituição retrata a evolução social, econômica e política do povo. É elaborada, em Assembléia Constituinte, por represen­

tantes eleitos pelo jX>vo. A Const ituição poderá ser emendada por projX>sta de membros da Assembléia Legislativa e pelo Go\·ernador. A proposta

deverá ter a assinatura de um terço de seus membros . A Constitu ição será emendada para se adaptar à da República, sempre que a reforma desta torne a providência necessária. A aprovação será considerada quando obtíver a maioria absoluta dos votos dos Deputados.

Ko decorrer da História teve-se várias const itu ições e emendas: - Constituição Promulgada (23.01.1891) - Constituição de 1891 (I 1.06.1891) - Constit ui~'áo de 1892 (07.07.1892) - Const itu ição de 1895 (26.01.1895) - Cons tituição de 1910 (23.05.1910) - Constituição de 1928 (27.07. 1928) - Constituição de 1935 (25.08. 1935) - Carta Constitucional de 1945 (30.10. 1945) - Constituição de 1947 (23.07.1947) - Constituição de 1967 (13.05.1967) - Constituição de 1970 (emenda Constitucional n~ 1 - 20.01 1970) - Constitu ição de 1989 (05.JO. I989).

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 120: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

VOCABULÁRIO

BIBLIOGRAFIA

131

Page 121: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

VOCABULÁRIO

Aclive. Terreno inclinado, ladeira Aeródromo. Área de terreno que dispõe de pistas , hangares e outras especificações pr6pria~, assim

como, de recursos para aprovisionamento e reparo de aviões. Afluente. Curso d'água, cujo volume ou descarga contribui para aumentar outro no qual desemboca.

C hama-se ainda de afluente o curso d'água que desemboca num lago ou numa lagoa; tributário . Águas territoriais. Designação genérica de mar territorial , de lagos e rios sujeitos à jurisdição de

um só estado. Altimetria. Conjunto de detalhes do relevo representado por convenções cartográficas. Altitude. Distância vertical (em metros) de um ponto da superfície da terra e m relação ao nível médio

do mar. Amplitude. Corresponde à difere nça e ntre as máximas e as mínimas dos índice s de chuvas, temperaturas

e altitudes. An ticiclone. Área de alta pressão atmosférica, de onde os ventos sopram em forma de espiraL Áreas remanescentes. Áreas que ainda restam . Arquipélagos. Grupo de ilhas e ntre as quais há pequena distância. Arroio. Denominação dada aos peque nos rios do Sul do BrasiL Assoreamento. Processo geomórfico de deposição de sedimentos, podendo ter este caráter fluvial,

eólico ou marinho. Atacado. Comércio em grande escala, realizado entre produtores ~ revendedores que se encarregam

de fazer chegar os produtos aos consumidores finais . : . Bacia hidrográfica. Conjunto de te rras drenadas por um rio principal e seus afluentes . Bacia sedimentar. Depressão com detritos carregados pelas águas circunjacentes.

. Baía. Reentrância da costa, pela qual o mar pene tra no interior das terras, menor porém que um golfo .

132

Barra. Banco de are ia, cascalho , ou o utro mate rial à boca de um rio ou porto, geralmente obs táculo para a navegação, e ntrada de um porto, foz de um rio.

Barrete Frígio. Barrete encarnado , usado na França ao te mpo da ' primeira república, e semelhante ao que traziam os frígios .

Bloco. Fragmento de uma rocha, cujos diâmetros são superiores a 50em. Borda. Limite ou e xtremidade de um planalto. Cabo. Parte salie nte da costa, de elevação regular , que avança em direção ao mar. Caducifólia. Planta ou vegetação que não se mantém verde durante o ano todo , perdendo as fo lhas

na estação seca ou no inverno. Calado portuário. Distância ve rtical entre a supe rfície da água em que a embarcação flutua e a face

inferior da sua qUilha . Camada (Lamela). Nome dado, em geologia, à divisão e m le itos ou estratos que aparecem numa

rocha. Campo. Terreno sem matas , tendo ou não árvores esparsas; te rreno exte nso e plano. Canal. Extensão de água entre duas te rras, unindo mares e oceanos ; corte de te rre no para comunicação

de mares , rios e lagos. Canyon. Nome dado aos vales profundos e e ncaixados, de paredes abruptas. Capitalismo. Sistema social fundado sob influência ou predomínio do capital ; regime social em que

os meios de produção constituem propriedade privada pe rtencentes aos capitali stas. Capitania. Cada uma das primeiras divisões administrativas do Brasil , das quais se originaram as provín­

cias e os estados de hoje. Capões da mata. Formações arbust ivas e arbóreas isoladas e m regiões de campo. Cartografia. Ciência e arte da representação gráfica da supe rfície terrestre , em parte ou no seu todo,

de acordo com a escala. Cartograma. Mapa temático e m qualquer escala, e m que as inte nsidades de um fenôm eno quantitati vo

são representadas mediante a inte nsidade do traço ou da cor. CIF. Cost , insurance and fre ight (custo, seguro e frete). Designa o siste ma de pagamento para mercadorias

embarcadas quando os custos do seguro e do fre te estão incluídos no preço. Colina. Peque na e levação do terreno com declives suaves e infe riores a 50 metros de altitude . Coluna estratigráfica. Seqüência de camadas geológicas e mpilhadas cronologicame nte. Confluência. Ponto e m que um curso d 'água, denominado afluente , desemboca no curso d 'água principal. Containers. Grande caixa de dime nsões e outras características padronizadas, para acondicioname nto

de carga geral a transportar.

Conurbação. Conjunto formado por uma cidade e se us subúrbios, o u cidades re unidas ; fusão espo ntânea de duas ou mais cidades próximas através da expansão de seus sítios urbanos.

Coordenadas geográficas. Sistema de me ridianos e parale los que ~plicados sobre os mapas pe rmite determinar a posição geográfica de qualquer ponto sobre a supe rfície te rrestre.

Cornija. Abrupto saliente capeado por uma camada de rocha dura. Corredeira. Trecho de um rio onde as águas, e m virtude da inclinação do te rreno, co rre m rapidame nte . Correntes migratórias. Fluxos de continge ntes humanos, atraídos para um determinado lugar ou cidade . Correntes oceânicas. São ve rdade iros rios que pe rcorre m largos trechos do oceano , levando águas

frias para regiões quentes e águas quentes .para regiões frias . Costa. Litoral ; região à beira-mar. Cota. Número que exprime a altitude positiva ou negativa de um ponto ou de uma curva em re lação

a um nível de refe rê ncia . Crista. É constituída por uma linha de terminada pelos pontos mais altos , a partir da qual divergem

os dois declives das vertentes. Cros ta terrestre (litosfera). Parte sólida do globo. Cuesta. Forma de relevo diss imé trico constituída por uma sucessão alternada das camadas com diferentes

resistê ncias ao desgaste, e que se inclinam numa direção, formando um declive suave no reve rso e um corte abmpto ou íngreme na chamada fTente de cuesta.

Curso. Itine rário que segue o rio desde seu nascime nto até sua desembocadura em ou tro, em um lago o u mar. Compreende 3 se tores: curso superior - parte do curso de um rio que está mais próxima de sua cabeceira e onde pode predominar a ação de desgaste ve rtical; curso médio -trecho inte rmediário do curso de um rio, onde comumente se salienta a ação de transporte; curso infe rior - parte final do curso de um rio, onde se pode verificar o fenôme no d e aluviamento (deposição).

Curva de nível. Linha que une todos os pontos da supe rfície d a terra , de mesma altitude. Degradação. Deterioração, desgate. Delta. Depósito aluvial que aparece na foz de certos rios, avançando como um leque e m direção

ao mar. Depósito. Conjunto de materiais sólidos acumulados . Depressão. Área ou porção do relevo situada abaixo do nível do mar, ou abaixo do nível das regiões

que lhe estão próximas. Deriva continental. Deslocamento secular relativo entre os continentes. Derrame. Saída e espraiamento de material magmático vindo do interior da crosta te rrest re, consoli­

dando-se ao ar livre . Desembocadura. Boca de descarga de um rio no mar , num lago ou e m ou tro rio. Classifica-se e m

delta ou estuário. O mesmo que foz. Dique. Massa rochosa de forma tabular, discordante , que preenche uma fe nda aberta que seeciona

outra preexiste nte . Dissecação (relevo). Diz-se da passage m trabalhada pe los agentes e rosi vos, devido à ruptura do equilíbrio

morfoclimático . Distrito. Divisão administrativa do município ou cidade, compreendendo ge ralmente mais de um

bairro. Distrito-sede. Sede Municipal Dístico. Letreiro Divisor de água. Linha separadora de águas fluviais. Dobramento. Enrugamento da crosta te rrestre. O mesmo que dobra. Dragagem. Ope ração destinada à re tirada de areia e lodo do fundo de um rio ou mar, de positados

pe las águas corre ntes, com a finalidade de conservar o u aume ntar a profundidade do mesmo. Drenagem. Escoamento de água através de rios ou canais artificiais . Dunas. Montes de areias móve is de positadas pela ação dos ve ntos dominantes. Edafo-climático. Associação e ntre o solo e o clima, isto é, o tipo de solo e o tipo de clima. Embasame nto. E scudo constituído pelas rochas que afloram desde o começo da formação da crosta

te rrestre. Encosta. Declive nos flancos de um mo rro, de uma colina ou de uma se rra . Endêmica. Doença que existe constante me nte e m um dete rminado lugar. Enseada. Reentrância do litoral , me nor do que uma baía. Eólica. Efeitos e ações dos ventos .

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 122: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Epífe ta. Vegetal que vive sobre um outro sem re tirar nutrimentos, apenas apoiando-se nele. Espinha de peixe. Formas dadas às TUas pela ocupação do povoamento. Equador . Linha imaginária que divide a terra em dois hemisférios: norte e sul. Escarpa. Rampa ou declive de terre nos que aparece nas bordas dos planaltos, serras, testemunhas,

etc. Estação Termal. Estância, lugar onde existe água medicinal cuja temperatura normal excede a do

ambiente onde se encontra. Estâncias hidrominerais. Cidades dotadas de fontes de águas ricas em partículas radioativas ou compostas

de substâncias minerais diversas , utilizadas para fins medicinais . Estrutura Mineral. Arranjo macroscópico dos cristais nas rochas . Es tr utura agrária. Tipo de sistema sócio-político-econômico e de trabalho na agricultura. Estrutura cristalina. As rochas cri stalinas ou e ruptivas apresentam uma estrutura onde se distinguem

os seguintes tipos de cristalização: holocristalina, holoialina, hipocristalina e criptocristalina. Estrutura Metamórfica. As rochas metamórficas apresentam uma estrutura em camadas e visivelmente

cristalizada, podendo ser dividida da seguinte maneira: elástica, maculosa, xistosa, granulosa e gnaissica. Etnia. Grupo biológico e culturalmente homogêneo. Erosão. Des truição das saliências ou reentrâncias do re levo, tendendo a um nivelamento ou colmatagem,

no caso de litorais, enseadas , baías e depressões. Êxodo. Emigração, saída. Exportação. Enviolremessa de produtos naturais do solo ou matérias já manufaturadas para fora de

um país , estado ou município. Falhas geológicas. Ruptura e desnivelamento na continuidade das camadas que apresentam certo grau

de rigidez por ocasião dos movimentos tectônicos . Farol. Construção geralmente em forma de torre, junto ao mar, em cujo topo há um facho ou foco

luminoso intermitente , para indicar aos navegantes a entrada de um porto ou a existência de recifes perigosos à navegação.

Fécula. Substância farinácea de tubérculos e raízes. Fitofisionômico. Aspecto da vegetação de um lugar. Fitográfica. Estudo da distribuição das plantas no globo . Flora. Conjunto de vegetais que crescem em uma determinada região ou época. F loresta de galeria. Agrupamento de árvores e arbustos em meio ao campo ou savana. Floresta ombrófila. Formação arbórea que tem seu habitat na sombra , na umidade. Fluvial. O que perte nce ou é relativo a um rio. FOB. Free on board (livre a bordo). Denominação da cláusula de contrato segundo a qual o frete

não está incluído no custo" da mercadoria . Valor FOB é O preço da venda da mercadoria acrescido de todas as despesas que o exportador fez

até colocá-la a bordo, incluindo as taxas portuárias , de previdência, de aposentadoria, da comissão de marinha mercante e outras que incidem sobre o valor do frete.

Fonte. Lugar onde brotam ou nascem as águas. O mesmo que cabecei ra . Formação Arbórea. É a flores ta que apresenta o andar superior constituído de vegetação de caule

lenhoso (árvore). Formação arbustiva. É a constituída por vegetais sublenhosos (arbustos). Formação geológica. Conjunto de rochas ou minerais que possuem caracteres mais ou menos idênticos,

quer da origem, quer da composição, quer da idade. Formação herbácea. É a constituída por plantas que têm a consistência e o porte de erva (gramíneas). Formação vegetal. Comunidade formada espontaneamente pelos vegetais. Forma de relevo. O mesmo que tipo de relevo, paisagem geomorfológica, feição morfológica, etc. Foz. Ver desembocadura. Frente de penetração. É o contingente populacional que, a partir de uma determinada área, parte

para a ocupação de outras. Gra:.,íneas. Família de plantas monocotiledônias, da ordem das glumifloras, que engloba vegetais

conhecidos vulgarmente como capins e bambus. Granulação. Tamanho dos e lementos cristalinos que entram na composição de uma rocha. Hectare. Unidade de medida agrária, equivalente a cem ares (um are = lOOm~. Hemisfério. Cada uma das duas metades e m que a Terra pode ser dividida. Pode .ser: norte e sul ,

leste e oeste . Hidroviário. Transporte feito por via aquática. Hierarquia. Ordem, subordinação e dependência das cidades quanto à oferta de bens e de serviços . Uha. Porção relativamente pequena de terras emersas, circundadas de água doce ou salgada. Importação. Introdução em um país , estado ou municípios de mercadorias procedentes de outro local.

Ingressão marinha. Entrada do mar em terra. Insumo. Combinação dos fatores de produção (matérias-primas, horas trabalhadas , energia consumida,

etc. ) que entram na produção de de terminada quantidade de bens ou serviços. Intemperismo. É o conjunto de processos mecânicos , químicos e biológicos que ocasionam a desinte-

gração e decomposição das rochas . Isoieta. Linha que, num mapa, une pontos com a mesma precipitação pluvial. Isoigra. Linha que , num mapa, une pontos e apresenta o mesmo valor da umidade. Isoterma. Linha que, num mapa, une pontos com a mesma temperatura num dado tempo, ou da

mesma temperatura média num dado momento. Istmo. Faixa de terra que liga uma península a um continente. I tinerante. Que viaja, que percorre itinerários. Lacustre. O que é relativo ou referente a lagos. Lago. Depressão do solo, produzida por causas diversas , cheia de água confinada, mais ou menos

tranqüila pois depende da área por e la ocupada; maior do que lagoa. Lagoa. Depressão de formas variadas, de profundidade pequena e cheia de água doce ou salgada. Laguna. Água rasa, relativamente calma, separada do mar por uma barreira. Latifúndio. Propriedade rural, característica de países subdesenvolvidos, de monocultura e com terras

incultas , explorada por um só proprie tário , que utiliza mão-de-obra não·especializada. Latitude. É a distância em graus de um ponto qualquer da superfície terrestre, até a linha do Equador.

Lava. Magma afluente à superfície te rrestre sob forma líquida. Leito. Terreno sobre o qual as águas correm normalmente. Leguminosa. Família de plantas dicotiledôneas da ordem dos rosales, que engloba árvores , arbustos ,

ervas e trepadeiras. Uana. Vegetação trepadeira lenhosa, geralmente de grande tamanho, semelhante a cipó. Unha geodésica. Linha de mínima distância entre quaisquer pontos de quaisquer superfícies definidas

matematicamente. Linha litorânea. Denominação dada à zona de contato entre as terras emersas e as águas do oceano.

Mesmo que linha de costa. Litoral. Faixa de terra emersa, banhada pelo mar. Longitude . É a distância e m graus de um lugar qualquer da superfície terrestre até o meridiano

de Greenwich.

Maciço. Área montanhosa que já foi parcialmente erodida. Magma. Material em estado de fusão que, ao consolidar, dá origem às rochas ígneas. Malha urbana. Padrão ou forma da rede de ruas ou estradas. O mesmo que malha viária.

. Mananciais. Emersão de águas subterrâneas através de rochas permeáveis que repousam em rochas impermeáveis. Nascente d'água, fonte perene e abundante.

Mangue. Terreno baixo, junto à costa, sujeito à inundação pelas marés. Marco divisório. Objeto material assentado na linha de limites ou próximo a ela, a fim de preservar

a identificação e localização de limites. Marés. É o fluxo e refluxo periódico das águas do mar que , duas vezes por dia , sobem (preamar)

e descem (baixa-mar), alternativamente. Massa de ar. Volume grande e homogêneo de ar. Matação. Fragmentos de rocha, de diâmetro superior a 25cm. Matéria·prima. Substância bruta principal e essencial com que é fabricada alguma coisa. Meridiano. Linha imaginária traçada de pólo a pólo (perpendiçular ao Equador) e com as quais determi­

na-se a longitude de um lugar. Meridional. Próprio das regiões ou habitantes do sul. Metamorfismo. Conjunto de processos pelos quais os depósitos detríticos ou outros tipos de rocha

que venham a ser transformados. Metrópole . Cidade grande que exerce influência sobre uma área geográfica, que pode ser um estado

ou região. Minifúndio. Pequena propriedade rural cuja exploração pode ser de agricultura de subsistência, com

técnicas rudimentares e produtiVidade baixa, ou mecanizada, com técnicas bastante desenvolvidas e alta produtividade.

Monoclinal. Diz-se quando a estrutura das camadas é inclinada numa só direção. Montanha. Grande elevação natural do terreno com altitude superior a 300 metros e constituída por

um agrupamento de mOrrOS. Morro. Monte pouco elevado, cuja altitude é de aproximadamente 100 a 200 metros. Nascente. Lugar onde começa uma corrente de água; fonte. O mesmo que cabeceira. Nível do mar. Altura da superfície do mar em qualquer momento.

133

Page 123: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

134

Norítico. Diz-se da região marinha compreendida e ntre a linha do litoral e a isóhata (linha que une valores de igual profundidade) ce rca dc 200 metros .

Ocidental. A parte do he misfé rio te rres t re que fica no poente . oeste. Olericultu ra. Cultura de legumes. Ombrófil a. Que te m seu habitat na som bra, na umidade. Orna ndo. Enfe itando . Países subdesenvolvidos. Países cuja es trutura social , polítiea e econômica reflete lima utilizaç,10 defi ­

ciente dos fatores de produção; apresentam grau de dependênc ia econô mica exte rna , baixo padrão de vida , baixa eficiência dos serviços , e mão-de-obra far ta mas desqualificada.

Paleossoma, Hocha mais antiga Pa ragênese. Associação de mine rais formados pe lo processo gené tico. Paralelo, Linha imaginária traçada paralelame nte ao Equador c com as quais se de te rmina a latitude

de um lugar. Patam a res. Superfície plana que inte rrompe a con tinuidade do declive de uma ve rt e nte . Pe dogené tico, Diz-se dos processm. que dão origem à formulação dos solos e sua evolução. Pe n ínsula. Ponta de terra e me rsa, de considerável ou pequ e na ex te nsão, ligada ou não por istmo

ao conti ne nte. Pe r e nifoliada . Vegetal cujas folhas não cae m antes de as novas es tarem já desenvolvidas. Pe rfil longitudinal. Linha imaginária que re prese nta as d ife re nc.:as de nível do CIll'SO de um rio desde

a s\la nascente até a sua desembocadura . Pe rife ria , Contorno, vizinhança, proximidade; região mais afastada do cen t ro urbano, e m ge ral carente

e m infra-e strutura c se rvi ço urbano , e que abriga os setores de baixa re nda da população. Pe ríodo , Unidade fundam ental na escala do te mpo geológico. Pico. Ponto culminante de uma montanha ou de uma serra, e que, ge ralme nte, apresenta forma pontia­

guda. Pla na lto . Exte nsão de te rre no sedime ntar mais ou me nos plano , situado e m altitudes variáveis . Pla nície . Extensão de te rre no mai ~ ou me nos plana onde os processos de acumulação superam os

de degradação. Pla n ície a luvia l. É a decorre nte de de pósitos de ixados pe los rio~ . Pla n ície costeira ou litorânea. Compreende os te rre nos aluviais que se este nde m pelo litoral ou cos ta. Planície de maré. Planície formada por de pósitos marinhos, Planície de inundação, Banque ta pouco elevada acima do nível médio das águas , sendo freqüente me nte

inundada por ocasião das cheias. Também chamada de te rraço, várzea, Je ito maior (planície fluvial). Poço Arte siano. Poço cuja água flui e spontaneamente devido à pressão. Polinização. É o ato da chegada do grão de po!{:n ao estigma da flor. Pon ta. Extre midade saliente da costa , de fraca c1evaç:.i.o , que avança de forma aguçada em direção

ao oceano, sem ter , poré m , grande altura. Ponta l. Ponta de te rra ou penedia que e ntra um pouco no mar ou no rio . População flutuant e. População instável ; aquela que não te m residência fixa duran te um determinado

período . Processo m arinho. Ação dos mares, mod ificando a paisagem . Produto Interno Bruto (PIB), Medida, e m unidades monetárias, do fluxo total d e bens e serviços

finai s produzidos pe lo siste ma econômico e m dete rminado período. Promontó rio. Denominação dada aos cabos qua ndo terminam e m aflorame ntos rochosos escarposo.~ . Radiação solar. Processo físico de e missão e propagação de e nergia solar. Recenseamento , Estatística ge ral de habitantes de uma cidade, província, es tado e nação. Rede fluvial. Conjunto de rio s que levam suas águas a um rio maior , que as tran sportam finalmente

para o mar. Mesmo que rede hidrográfica. Re de pola rizada. Conjunto de municípios qll c se utili zam dos bens e se rviços ofe rec idos po r 11m

município principal. Região de contato. Região interme d iária. Regime hídrico (pluviomé trico). Quantidade de água , regime de águas, di stribuição das chuvas. Re le vo dissimétrico . O que não é assimétrico, que não te m a mesma forma . Re levo ondulado. Diz-se das áreas onde há pe quenas movimentações do terre no . Rele vo res idual. É o que resulta de uma alte ração local da rocha , com a eliminação de ce rtos materiais,

ficando ape nas o res íduo no próprio local. Re nda pe r capit a, É o quocie nte da di visão da renda nacional pe lo n úmero de habitantes de um

dado país. Restinga . Faixa ou ilha arenosa resu lt ante de de pósitos traz idos pe lo vento. pela maré e pelas co rren tes. Rocha. Conjunto de mine rais , ou apenas um mineral consolidado.

Rocha ácida. Rocha ígnea com teor de sílica acima de 66%. Rocha básica. Rocha íg nea com teo r de sílica entre 45 e 52% . Rocha e fu siva (vulcânica). Rocha formada pelo derramame nto de lava. Rocha sed ime ntar. Resultan te da precipitação química da de pos ição de detritos de outras rochas ou

de acúmulo de de tritos orgânicos. Savana. Formações arbustivas . Sil vicultu ra. C ultura de árvores flores tais. Sítio urbano. Área te rritorial onde está loca lizada a cidade .

Sopé, Base de um abrupto ou de uma elevação do terreno. T abulei l·o. Forma topográfica de terreno que se assemelha a planaltos , te rminando geralme nte de

forma abrupta. T aimbé s. Denominação dada para os grande abruptos da se rra ge ral no Sul do Brasil. O mesmo

que itaimbé e aparados. Terraço. Supe rfície horizontal ou leveme nte inclinada, constituída por de pósito sedime ntar ou supc rfícic

topográfica modelada pe la e rosão flu vial , marinha ou lacustre , e limitada por dois declives do mesmo sentido .

Te ste munho, Hesto de an tigas superfíCies e rod idas. Te xtura. Tamanho de grânulo ou granulação. Topogr afia. Deserição e re presentação gráfica de Ulll dado lugar. Trópico. Cada um dos círcu los me nores, que correm parale los ao Equa<:lor e distante deste 23"27'30",

Os trópicos são: o de Câncer no he misfério no rte e o de Capricórn io no he misfério sul. Vale . Exte nsão de te rreno e ntre morros ou serras, ao longo do qual corre um rio o u um riacho. Vale abe rto, Vale cuja área que margeia o rio é exte nsa e p lana . Vale e ncaixado. Diz-se dos vales c ujo afundame nto do talvegue fo i muito g rande, dando aparecimento

a margens pouco longas c verten tes de for tes declive s. Va le fluvial. Vale por onde corre um rio ou um ribeirão . Var ejo. Comércio de pequena escala , entre re ve ndedores e consumido res finai s ou e n t re produtores

e consumidores fi nais. Vege tação de contato, Vege tação inte rmediária e ntre um tipo de vegetação e outro. Vegetação secundá r ia . Vege tação recomposta após a retirada da vegetação primiti va. Ve ios. Faixa de terra ou de rocha que se distingue das demais pe la sua natureza o u pe la cor. Ve nto, Movime nto horizo ntal do ar, re su ltante da dife re nça e nt re lima região de pressão atmosfér ica

elevada e outra de p ressão mais baixa. Ve rbc násccas. Família de plantas supe riores , da orde m das tubifloras, composta de e rvas até árvores

com fol has opostas . Verte nte . Plano de declives variados que dive rge das cr istas ou dos interfllívios, enquadrando o vale. Viticultura, Cultura de vinhas . Vitivinicultura , Cultura de vinhas e fab ricação de vinhos. Zo na rural. Toda a área situada fora dos quadros u rbano e suburbano, com ou sem aglomeração

(rural) ; o oposto de zona urbana.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Page 124: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

• • • • • • • • • • • • • • • ~

• • • • • • • • • • • • •

BIBLIOGRAFIA

ADAS , Melhen. Panorama geográfico do Brasil ; aspectos físicos , humanos e econômicos. 2. ed. rev. e ampliada. São Paulo, Ed. Moderna, 1985. 294 p .

ANTUNES , Celso. Ceografia e participação. São Paulo, Ed. Scipione, 1988. AN UÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL 1987-88. Rio de janeiro , IBGE, v. 48, 1988. ANUÁRIO ESTATÍSTICO DA SUDEPE 1985. Florianópolis, n . 14 , s. d. DISTRITO FEDE RAL. Secretaria do Cove rno. Companhia do Desenvolvimento do Planalto Central.

Atlas do Distrito Federal. Brasília, 1984. v. L CADASTRO DAS UNIDADES ESCOLARES; ed ucação pré-escolar, ensino de I ' e 2' graus - 1987.

Florian6plis, Secretaria da Educação, 1987. 22v. CABRAL, Osvaldo. História de Santa Catarina. C uritiba, Gran.par, 1970. v. 4. BOLETIM DE DADOS. Florianópolis , UFSC, v. 1/2, n. 9, jan .ldez. 1986. ASSOCIAÇÁO C ATARINE NSE DAS FUNDAÇÕES EDUCACIONAIS. Paoorama do cnsino superior

fundacional do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 1984. 100 p . ESTATÍSTI CAS DO REG ISTRO C IVIL 1985. Rio de janei ro, IBGE , v. 12, 1986. FUNDAÇÁO IN S'I1TUTO BRASILEIRO DE GEOG RAFIA E ESTATÍSTICA . Censo demográfico,

dados d istritais - Santa Cfa i.a rina. Rio de , Janeiro , 1982. 249 p. (IX Recenseame nto Geral do Brasil , 1980. v. 1, I. 3, n? 19).

FUNDAÇÁO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo demográfico , mão-de-obra - Santa Catarina. Rio de Jane iro , 1983. 281 p . (IX Recenseamento Geral do Brasil , 1980. v. l., I. 5, n? 21).

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo de mográfico de 1960: Santa Catarina. Rio de Janeiro , 1968. 157 p . (VII Recenseamento Geral do Brasil , Sé rie Regional, v. 1, t. 15, l ~ parte).

FUNDAÇÁO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOG RAF IA E ESTATÍSTICA. Censo demográfico , Santa Catarina. Rio de Jane iro, 1973. 575 p. (VII Recenseamento Geral - 1970, Série Regional, v. I, t. 20). .

FUNDAÇÁO INS-nTUTO BRASILEIRO DE GEOG RAFIA E ESTATÍSTICA. Folha SG. 22 Curiliba, parte da folha SG. 21 , Asunción e folh a se. 231guape. (no prelo).

FUNDAÇÁO INSTITUTO BRASI LEIRO DE GEOG RAFIA E ESTATÍSTICA. Folha SH. 22 PorlO Alegre e parte das folhas SR. 21 Uruguaiana c SI. 22 Lagoa Mirim: geologia , geomorfologia, pedologia , vegetação, uso potencial da terra. Rio de Janeiro 1986. 791 p . (Levantamen to de Recursos Naturais , 33).

FUNDAÇÁO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Geografia do Brasil; Hegião Sul. Rio de Janeiro, 1977. 534 p.

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAF IA E ESTATÍSTICA. Produção da pecuária municipal: Santa Catarina 1985. (Listagem de computador).

GOUVE IA, Sérgio Roberto. A evolução da estrutura urbana catarinense. Geografia , Rio Claro, II (22), 69-8 1, oul . 1986.

STITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Ceoso Demográfico, ESladode Sanla Catarina. Rio de Janeiro, 1955. 106 p. (VI Recenseamento Geral do Brasil - 1950, Série Regional , v. 27, 1.1). - . Censo Demográfico: população e habitação, censos econômicos: agrícola , industrial , comercial

e dos se rviços. Rio de Janeiro, 1952. 445 p. (Recenseamento Geral do Brasil - I ~ de setembro de 1940, Série Regional , parte 9, Santa Catarina).

INSTITUTO DE PLANEJAMENTO E ECONOMIA AGRÍCO LA DE SANTA CATARINA. Sínlese anual da agricultura de Santa Catarina 1986-87. Florianópolis, 1987, v. l .

MOREIRA, Igor A. C. Geografia nova: as paisagens brasileiras. São Paulo, Ática, 1982. - .Geografia nova: as paisagens mundiais. São Pau lo, Ática, 1982. - .Iniciação à geografia. São Paulo, Ática, 1982. NAKÃTA, Hi rome & COELHO, Marcos de Amorim . Geografia Geral. 2. ed . rev . e ampliada.

São Paulo, ed. Moderna, 1986. 269 p. OLIVE IRA, Cêu rio de. Dicionário cartográfico. 3. ed . Rio de Janeiro, IBGE , 1987. PIAZZA, Waltcr F. Santa Catarina: sua história . Florianópolis. Ed. da UFSC, Ed. Lunardcll i, 1983.

748 p. REVI STA DO IN STITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁF ICO DE SANTA CATARINA. Florianópolis,

n.l, 2~ semes tre 1979.

SANTA CATARINA. Gabinete de Planejame nto e Coordenação Geral. Subchcfia de Estatística, Geo­grafia e Informát ica. Atlas de Santa Catarina. F lorianópolis, 1986, 173 p .

SANTA CATARINA. Gabinete de Planejamento e Coordenação Geral. Subchefia de Estatística, Geo­grafia e Informática. Relação dos municípios e distritos catarinenses , sua lei de criação de dist rito e de município, com a data de sua instalação. Florianópolis, 1983. 71 p.

SANTA CATARI NA. Leis, decretos. e tc. Lei complementar n~ 1, de 6 de janeiro de 1989. Diário Oficial , Florianópolis , 02 jan . 1989. p . l . Dispõe sobre a criação, a incorporação, a fusão e o desme m­bramento de municípios, e dá outras providências.

SANTA CATARI NA. Secre taria da Saúde. Unidade de Documentação e Informática. Estimativa popula­cional Santa Catarina 1989. (listagem de computador).

SILVA, Etienne Luiz. O desenvolvimento econômico periférico e a formação da rede urbana de Santa Catarina. Porto Alegre, UFRGS , 1978.

135

Page 125: Atlas Geográfico de Santa Catarina  - Estado de Santa Catarina/SEPLAN

TIlOEsc Imprensa OficIai do Estado de Santa Catarina

Flonanôpolis, se

.:. Planejam en to cartográfIco- temático, preparo para impressão • e impresso por AEROFOTO CRUZEIRO S.A.

Avenida Almirante Frontln 381 RIO de Janeiro RJ