16_aula cimentação de poços
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8/19/2019 16_Aula Cimentação de Poços
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AULA 5
CIMENTAÇÃO
DE POÇOS
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• A operação de cimentação consiste em um trabalho
de extrema importância para as fases de perfuração ecompletação de poços de petróleo e tem um grandeimpacto sobre a produtividade do poço.
• A cimentação basicamente consiste no
preenchimento do espaço anular entre os tubos e aparede da formação e tem como principal finalidade aunião da tubulação de revestimento com a parede dopoço, além do objetivo de formar um tampão de selo no
fundo do poço ou para corrigir desvios do furo durante aperfuração.
Cimentação
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Histórico• O primeiro uso de cimento em poço de petróleo ocorreu na
Califórnia em 1883, mas só em 1902 se deu início ao do cimentoPortland em processo manual de mistura. Em 1910 Almond A.Perkins patenteou o método de bombeamento onde a pasta édeslocada para o poço através de vapor, água ou fluido de
perfuração.• Em 1922, Erle P. Halliburton patenteou o Jet Mixer, um
misturador automático com jatos, ampliando assim aspossibilidades operacionais. Devido a este fato, diversascompanhias passaram a adotar a prática de cimentar osrevestimentos.
AULA 15 – CIMENTAÇÃO
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HistóricoA partir de 1923, fabricantes americanos e europeus de
cimento passaram a fabricar cimentos especiais para aindústria de petróleo, onde certas propriedades da pastade cimento foram trabalhadas ao longo do tempo. Atéentão, aguardava-se de 7 a 28 dias para o endurecimentodo cimento, mas com o advento dos aditivos químicos, otempo de pega foi sendo paulatinamente reduzido (72horas até 1946 e posteriormente de 24 a 36 horas). Hoje,as pastas podem se manter fluidas a alta temperatura epressão por cerca de 4 horas, em geral, permitindo seu
deslocamento em poços profundos. A partir deste tempo,a pasta endurece rapidamente e as atividades no poço sópodem ser retomadas de 6 a 8 horas após a cimentação.
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Tipos de Cimentação
• Denomina-se cimentação primária à cimentação principal da
coluna de revestimento. Seu objetivo básico é colocar a pasta
de cimento não contaminada (pasta de cimento sem contatocom o fluido de perfuração) em uma posição pré-determinada
do espaço anular entre o poço e a coluna de revestimento, de
modo a se obter fixação e vedação eficiente e permanente
deste anular. Estas operações são previstas no programa deperfuração e executadas em todas as fases do poço.
1- Cimentação Primária
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Tipos de Cimentação1- Cimentação Primária
CimentaçãoPrimária
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1 – Montagem das linhas de cimentação; 2 - Circulação para condicionamento do poço e preparação do colchão de
lavagem; 3 – Bombeio do colchão de lavagem; 4 – Teste de pressão das linhas de cimentação, onde são feitos testes até
uma pressão superior à máxima prevista durante a operação; 5 – Lançamento do tampão de fundo (opcional); 6 – Mistura da pasta mais leve, devendo cobrir o intervalo programado; 7 – Mistura da pasta mais densa e mais resistente à compressão; 8 – Lançamento do tampão de topo;
9 – Deslocamento com fluido de perfuração; 10 – Pressurização do revestimento para teste de vedação do tampão de
topo.
Seqüência Operacional de Uma Cimentação
Primária
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Tipos de Cimentação2- Cimentação Secundária
As cimentações secundárias são classificadas como:
Tampão de cimento: Consiste no bombeamento de
determinado volume de pasta para o poço, visando
tamponar um trecho deste. É aplicado nos casos de
perda de circulação, abandono (total ou parcial) do
poço, como base para desvios, etc.
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Tipos de Cimentação2- Cimentação Secundária
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Tipos de Cimentação2- Cimentação Secundária
Recimentação: É a correção da cimentação primária,quando o cimento não alcança a altura desejada noanular. O revestimento é canhoneado em dois pontoscom profundidades distintas. A recimentação só éfeita quando se consegue circulação pelo anular,através destes canhoneios (perfuração realizada norevestimento). Para possibilitar a circulação com
retorno, a pasta é bombeada através de coluna deperfuração, dotada de obturador (Packer) que permitea pressurização necessária para a movimentação depasta pelo anular.
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Tipos de Cimentação2- Cimentação Secundária
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Tipos de Cimentação2- Cimentação Secundária
Compressão de cimento ou Squeeze: Consiste na injeçãoforçada de cimento sob pressão, visando corrigir localmente acimentação primária, sanar vazamentos no revestimento ouimpedir a produção de zonas que passaram a produzir água.
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O CimentoOs principais componentes do cimento Portland são: óxido decálcio, alumina e ferro, que combinados formam os seguintescompostos (Gouvêa, Paulo C. V. M. 1983):
3CaO.SiO –
Silicato tricálcio ou Alita, representado por C3S.2CaO.SiO2 – Silicato dicálcico ou Belita, representado por C2S3CaO.Al2O3 – Aluminato tricálcico ou Celita, representado por C3A4CaO.Al2O3.Fe2O3 – Ferro aluminato tetracálcio ou Ferrita,representado por C4AF.
A proporção destes compostos no cimento determina suaspropriedades, como resistência inicial, retardamento, velocidadede hidratação, resistência aos sulfatos, etc.
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Classificação dos Cimentos
A classificação dos cimentos foi estabelecida pelo API(American Petroleum Institute), visto que as condições
às quais os cimentos estão expostos nos poços podem
variar radicalmente. Os processos de fabricação e
composição química do cimento foram padronizados
em 8 classes, de A a H, cujas quais estão arranjadas deacordo com a profundidade, temperatura e pressão
aos quais estão expostos na aplicação do cimento.
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Classificação dos CimentosClasse A – É utilizada desde a superfície até 6000 pés (1830 metros),
quando propriedades especiais não são requeridas. Disponível somenteno tipo ordinário.Classe B – É utilizada desde a superfície até 6000 pés (1830 metros),quando é necessária moderada à alta resistência ao sulfato.Classe C – É utilizada desde a superfície até 6000 pés (1830 metros),quando as condições exigem pega rápida e grande resistênciacompressiva. Esta classe está disponível em todos os graus de resistênciaao sulfato.Classe D – É utilizada de 6000 pés (1830 metros) até 10000 pés (3050
metros), sob condições de moderadas temperaturas e pressões. Estádisponível nos tipos de média e alta resistência ao sulfato.
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Classificação dos Cimentos
Classe E –
É utilizada de 10000 pés (3050 metros) até14000 pés (4270 metros), sob condições de altas
temperaturas e pressões. Está disponível nos tipos de
média e alta resistência ao sulfato.
Classe F – É utilizada de 14000 pés (4270 metros) até
16000 pés (4880 metros), sob condições de extremamente
altas temperaturas e pressões. Está disponível nos tipos de
média e alta resistência ao sulfato.
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Classificação dos Cimentos
As classes D, E e F são conhecidas como cimento
retardados, para utilização em grandes profundidades.
A retardação é acompanhada por significante redução
da quantidade de fases de hidratações mais rápidas
(C3S e C3A), e pelo aumento do tamanho dos grãos de
cimento. Desde que estas classes começaram a ser
fabricadas, a tecnologia de retardadores químicos
sofreu grande melhoria.AULA 15 – CIMENTAÇÃO
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Classificação dos Cimentos
As classes G e H foram desenvolvidas em resposta ao
incremento de tecnologia na aceleração e retardo da
pasta por meio químico. Os fabricantes estão
proibidos de adicionar químicas especiais, tais como
glicol ou acetatos. Estas químicas aumentam a
eficiência de moagem, mas interferem com vários
aditivos dos cimentos. Estas classes são de longe as
mais comuns utilizadas na indústria do petróleo.AULA 15 – CIMENTAÇÃO
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Classificação dos CimentosA tabela a seguir especifica as propriedades físicas das
diferentes classes de cimento.
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Aditivos para CimentaçãoDenominam-se aditivos os compostos químicos
adicionados à pasta de cimento visando sua adequação às
necessidades do poço. Suas concentrações são
determinadas por testes de laboratórios. Os aditivospodem ser fornecidos em pó ou líquido. Quando em pó,
sua dosagem é dada em percentagem do peso do cimento,
enquanto os líquidos são dosados por volume, usualmente
em galões/pé de cimento.
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Aditivos para CimentaçãoA depender de sua aplicação, os aditivos são
classificados como:
Aceleradores – Visam diminuir o tempo de espessamento
e aumentar a resistência compressiva inicial da pasta. O
mais comum é o cloreto de cálcio (CaCl2), em proporção
de 0,5 a 2%. O sal comum (NaCl) também é acelerador a
baixas concentrações (até 6%).
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Aditivos para CimentaçãoRetardadores – Permitem o retardamento do início da
pega da pasta para permitir o deslocamento da pasta
quando a temperatura e a pressão são muito altas para o
uso do cimento sem aditivos. Os retardadores sãofabricados à base de lignossulfonatos e seus derivados,
ácidos orgânicos, derivados de celulose e derivados de
glicose. Agem por absorção superficial ou por formações
de precipitados superficiais impermeáveis que retardam o
processo de hidratação.AULA 15 – CIMENTAÇÃO
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Aditivos para CimentaçãoExtendedores – Permitem obter maior rendimento da
pasta, resultando em pastas mais leves, possibilitando
maiores alturas de pasta por causarem menor pressão
hidrostática. Podem funcionar por absorção de água(argilas, como a bentonita, ou produtos químicos, como
silicatos) ou pela adição de agregados de baixa densidade
(pozolana, perlita, gilsonita). Em casos especiais pode-se
usar nitrogênio ou microesferas cerâmicas para criar
pastas excepcionalmente leves.
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Aditivos para CimentaçãoRedutores de fricção (ou dispersantes) – Permitem o
afinamento da pasta, como isto permitindo adoção demaiores vazões com menores perdas de carga, causandomelhor remoção do fluido de perfuração e um menorrisco de fratura de formações. São usados
secundariamente como um meio de obter pastas maispesadas, compensando a viscosificação que ocorre com adiminuição do teor de água da pasta. A dispersão é obtidaquebrando mecanicamente a suspensão ou pela
modificação química das interações eletrostáticas,produzindo partículas carregadas eletricamente, que serepelem, por terem a mesma carga. Os parâmetros
reológicos a serem definidos são: Viscosidade e limites de
escoamento.
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Aditivos para CimentaçãoControladores de filtrado – Visam evitar a desidratação
prematura da pasta frente às zonas permeáveis,
mantendo a bombeabilidade e impedindo que se cause
danos à formação produtora. Como um dos fatores que
afeta o controle de filtrado da pasta é seu grau de
dispersão, os controladores de filtrado são sempre usados
simultaneamente com os dispersantes. Os mecanismos deatuação são a melhoria da distribuição das partículas e a
viscosificação da água intersticial da pasta.
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Aditivos para CimentaçãoOutros – Além dos aditivos citados, podem ser também
usados outros aditivos como os antiespumantes, para
evitar aeração da pasta, os adensantes, os controladores
de perda de circulação, os descontaminantes, os
traçadores radioativos e corantes para se detectar a
presença do cimento e as areias de granulometria
controlada (sílica flúor, sílica coarse) para evitar adegradação do cimento a altas temperaturas (mais de 230
ºF).
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Equipamentos do Laboratório
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Equipamentos do Laboratório
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Equipamentos do Laboratório
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Teste LaboratoriaisSão realizados com duas finalidades:
• Verificação das propriedades básicas e das
condições do cimento antes do envio da fábrica para
o campo, visando a aprovação das bateladas
(cimentos).
• Como simulação da operação, visando adequação
do sistema da pasta pelo ajuste da concentração dos
aditivos em função da interpretação dos resultados.
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Teste LaboratoriaisOs principais testes que podem ser realizados em um
laboratório de cimentação são:
Finura – Determina a granulometria do cimento,
expressa em função da superfície específica dos grãosde cimento da amostra. É realizado como verificação dafábrica. Pode ser feito por dois métodos, um deles combase na permeabilidade ao ar (Teste de Blaine) e outro
com base na velocidade de sedimentação daspartículas em solução de querosene (Teste de Wagner).Só é realizado antes da liberação da batelada.
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Teste LaboratoriaisÁgua Livre – Visa determinar a quantidade de água que
tenderá a migrar através da pasta. Este valor deve ser limitado
principalmente para evitar canalizações de gás após a
cimentação, em poços direcionais e para evitardiferenciamento do endurecimento da água acumulada acima
da pasta após deixá-la em repouso em proveta graduada de
250 ml. O teor de água livre é limitado pelo API em 3,5 ml, oque equivale a uma porcentagem de 1,4% de água, em
relação ao peso do cimento.
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Teste LaboratoriaisResistência à compressão – São testes que medem oesforço necessário para romper corpos de provamoldados em condições que simulem as do fundo dopoço. Os corpos de prova são preparados em moldes
padronizados e deixados em câmara de cura. Os testessão realizados com tempos padronizados de 8, 24, 48 e72 horas. A variação da temperatura e da pressão nacâmara de cura são controladas segundo “schedules”
ou listagens em função do tempo. A resistência àcompressão mínima, em 8 horas de cura, varia de 300 a1500 psi para o cimento classe G, a depender danatureza da operação.
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Teste LaboratoriaisPerda de fluido – Visa determinar o grau de filtração da
água da pasta, cujas conseqüências principais são adesidratação da pasta com obstrução do anular e o dano àformação pelo fluido filtrado. O teste consiste em confinarcerto volume de pasta em um cilindro (filtro prensa) em
cuja base é colocada uma tela metálica. A pressão aplicada(100 ou 1000 psi) faz com que o filtrado escoe pela telametálica. O tempo padrão do teste é de 30 minutos, após oque se mede o volume do filtrado e a pressão padrão é a de
100 psi. Para testes a 1000 psi, deve-se multiplicar oresultado obtido por 2.O filtrado deve ser menor que 200 ml / 30 min em geral.Para uso em compressões de cimento deve ser limitado a
50 ml / 30 min.
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Teste LaboratoriaisReologia – Consiste na obtenção das leituras em viscosímetros
rotativos, a partir das quais é feito o estudo do regime de fluxo e
do modelo reológico a adotar para o deslocamento.
Contrariamente ao que acontece durante a perfuração
propriamente dita, onde não se deseja perturbar a parede do
poço, criando ali um reboco protetor, durante a cimentação
deseja-se obter um efeito cisalhante que permita a remoção
deste reboco para melhor aderência do cimento à formação, daí
ser desejável o escoamento em fluxo turbulento.
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Teste LaboratoriaisDensidade e peso específico – São determinados com uso
da balança pressurizada, que consiste em um copo
pressurizável para colocação da pasta, ligado a uma haste
horizontal com apoio fixo, um nível de bolha e um peso
móvel. A leitura é feita nas escalas impressas na haste, em
função da posição que o peso fique quando se consegue
nivelar a haste. A pasta é pressurizada por meio de uma
seringa, previamente cheia de pasta, para eliminar a
influência de bolhas de ar retidas na amostra.
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Teste LaboratoriaisTempo de espessamento – É o teste mais importante, por
indicar o tempo em que a pasta tem consistência quepermite ser movimentada em condições de fundo de poço.O teste é feito em um aparelho denominado consistômetropressurizado, que permite o aumento gradual da
temperatura e pressão ao mesmo tempo em que simula omovimento da pasta, pelo giro de um copo cilíndricorotativo, dentro do qual existe um paleta metálicaestacionária, apoiada por pino pontiagudo no fundo do
copo e ligada a uma mola espiral que evita seu giro. Quantomais espessa se torna a pasta, maior o torque transmitido àmola. A consistência da pasta é associada à quantidade dedeformação desta mola.
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Equipamentos de CimentaçãoPara que seja realizada uma cimentação são necessários
diversos equipamentos, para armazenagem, preparação etransporte do cimento. Os principais deles são:
Silos de cimento – Para as operações de perfuração em
terra, em geral o cimento é estocado na base da companhia
de cimentação, em grandes silos, sendo enviados para a
sonda por meio de carretas apropriadas. Nas plataformas
marítimas são disponíveis materiais a granel. Estes silos
operam a baixa pressão (cerca de 30 psi), quando da
descarga do cimento.
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Equipamentos de Cimentação
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Equipamentos de CimentaçãoUnidades de cimentação – Montadas em caminhões para
operações em terra ou sobre skids em sondas marítimas, asunidades de cimentação constam geralmente de dois motorespara fornecer energia, dois tanques de 10 bbl cada, para a água eaditivos, duas bombas triplex, dois conversores para convertermovimento rotativos dos motores no movimento alternativo das
bombas, bombas, centrífugas auxiliares e um sistema de misturade pasta, onde a água de mistura (água e aditivos) é bombeadasob pressão por pequenos orifícios, fluindo em jatos sob um funilpor onde chega o cimento. A proporção da água injetada
determinará a densidade da pasta e é controlada pelo operador.A pasta resultante é acumulada em um tanque ou cuba parahomogeneização e medidores de fluxo, sendo feito o registro deuma carta circular onde estes valores são traçados, permitindoanálise posterior.
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Equipamentos de Cimentação
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Equipamentos de Cimentação
Linhas de cimentação – A ligação entre a unidade decimentação e o poço é feita por tubulação de alta pressão,
formada por uma série de tubos curtos interligados por
meio de conexões móveis (chicksam) dotadas de
rolamento para possibilitar montagem até qualquer
posição que fique o topo do revestimento. Atualmente,
existe a tendência de utilização de mangueiras especiais de
borracha, mais práticas.
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Equipamentos de CimentaçãoCabeça de cimentação – Conectada ao topo da coluna de
revestimento, recebe a linha de cimentação, podendo
abrigar em seu interior os tampões de borracha que
separam a pasta do fluido de perfuração. Um mecanismo
de travamento retém estes tampões até o instante
próprio de sua liberação. Pode ter entrada para até 3
linhas, rolamento para permitir o giro da coluna derevestimento e sistema e conexão especial para maior
rapidez de instalação.
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Acessórios de CimentaçãoSapata – Colocada na extremidade da coluna, a sapata serve
de guia de introdução no poço, podendo receber em seuinterior um mecanismo de vedação, para evitar que a pasta,por ser mais pesada que o fluido de perfuração, retorne aointerior do revestimento após seu deslocamento. O tipo
mais comum é a sapata flutuante, com válvula que impedefluxo para o interior da coluna, exigindo que esta sejapreenchida com fluido de perfuração e intervalos regularesdurante a descida, para evitar o colapso da tubulação. Paraevitar este preenchimento pode-se usar a sapata diferencial,que passagem de fluido nos dois sentidos, até que umaesfera é lançada da superfície bloqueando o fluxo do anularpara o interior da coluna, passando a funcionar como asapata flutuante.
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Acessórios de Cimentação
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Acessórios de Cimentação
Colar –
Posicionado 2 a 3 tubos acima da sapata, o colarserve para reter os tampões de cimentação, podendoconter mecanismos de vedação (flutuante ou diferencial)como os da sapata. Normalmente usado como colar
flutuante. Caso não tenha mecanismo de vedação édenominado colar retentor. Tem em suas extremidadesroscas do mesmo tipo usadas na coluna, sendopreviamente conectado a um tubo de revestimento, paramaior rapidez da operação. Deve ser colado ao tubo pormeio de adesivo especial para evitar seu desgarramentodurante seu corte ao se perfurar adiante o poço.
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Acessórios de Cimentação
Fig. 15: Colar
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Acessórios de Cimentação
Tampão de fundo – É um tampão de borracha com uma
membrana de baixa resistência em sua parte central .
Lançado na coluna à frente da pasta de cimento, é por esta
empurrado até que toque no colar retentor (ou flutuante),
quando a membrana se rompe permitindo a passagem da
pasta. Visa raspar o filme de sólidos do fluido deperfuração que se adere à parede do revestimento,
evitando a contaminação da pasta.
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Acessórios de Cimentação
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Acessórios de Cimentação
Tampão de topo – É um tampão rígido de borracha,
lançado após a pasta, separando-a do fluido de
perfuração que a deslocará, para evitar sua
contaminação. É retido pelo colar, causando um aumento
de pressão que indica o término do deslocamento,
permitindo a realização do teste de estanqueidade dacoluna.
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Acessórios de Cimentação
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Acessórios de Cimentação
Colar de estágio – Posicionado em algum ponto
intermediário da coluna, o colar de estágio permite que a
cimentação seja feita em mais de uma etapa ou estágio,quando o trecho a cimentar é muito extenso ou quando
existam zonas críticas muito acima da sapata. Possui
orifícios em seu corpo, originalmente tamponados por um
mandril de aço para a realização do 1º estágio, referente à
cimentação do trecho próximo à sapata.
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Acessórios de Cimentação•
Concluída a cimentação do 1º estágio, é lançado um tampãode abertura ou torpedo que se apóia no topo do mandril,deslocando-o por ação de pressão da superfície, comunicando ointerior com o anular, permitindo a cimentação do 2º estágio.Quando esta é concluída, outro tampão (de fechamento) é
lançado, apoiando-se no topo de outro mandril, externo aoanterior, que deslocado de estágio e sua vedação.
• É possível fazer uma cimentação com 3 estágios, sendo que
neste caso as dimensões dos mandris e tampões do 2º estágiodevem ser diferenciados do 3º estágio, pois os tampões paraabertura e fechamento do colar do 2º estágio dever paras pelocolar do 3º estágio, posicionado mais acima.
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Acessórios de CimentaçãoCentralizadores – São peças compostas de um jogo de lâminascurvas de aço, que são afixados externamente à coluna de
revestimento, visando centralizá-lo e causar um afastamentomínimo da parede do poço, para garantir a distribuição do cimentono anular e evitar a prisão da coluna por diferencial de pressão.Em poços direcionais pode-se usar centralizadores rígidos (Stand-
off bands ou SOB), devido a possibilidade de achatamento totaldas lâminas do centralizador comum. As extremidades das lâminassão encaixadas em anéis bipartidos para facilitar sua instalação,sendo fechados em volta dos tubos por meio de pinos que unemos anéis. A fixação dos centralizadores é feita com o emprego de
stop rings que são presos ao tubo para evitar o escorregamentodos centralizadores. Quando a conexão possui luvas, procura-secoincidir os centralizadores com as luvas, dispensando os stoprings.
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Fig. 18: Centralizadores
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Acessórios de CimentaçãoArranhadores – Tem a função de remover mecanicamente
o reboco que se forma na parede do poço. Tal remoção éfeita através dos movimentos verticais (reciprocações) oude rotação da coluna, empregando-se para cada caso otipo de arranhador apropriado.
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Acessórios de CimentaçãoObturador externo de revestimento (ECP) – O obturador
externo de revestimento ou ECP é um tipo derevestimento para promover a obstrução do espaçoanular em pontos críticos. Um de seus principais usos épara proteger zonas fracas, sensíveis ou de interesse, da
atuação da pressão hidrostática do cimento, sendousualmente posicionado logo acima de tais zonas. Étambém comum seu uso logo abaixo do colar de estágio,garantindo assim que o cimento do 2º estágio não desça
pelo anular, mesmo no caso de haver zonas de perdasexpostas.
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Acessórios de CimentaçãoO ECP é composto de um tubo curto de revestimentointernamente, com uma câmara inflável formada porlâminas de aço recobertas por borracha, externamente.De atuação hidráulica, é inflado após o término dacimentação, pela aplicação de pressão na superfície. Ofluido de perfuração expande a câmara tão logo odiferencial de pressão interior anular supere o limite deresistência de um pino de cisalhamento protetor. Estes sãodisponíveis para atuação a 750, 1000, 1600, 2000 ou 2600psi de diferencial de pressão. O pino de cisalhamento écolocado em um sistema de válvulas, que protege-o ECPdurante a descida da coluna e a cimentação, evitandoassentamento prematuro, e mantém a pressão confinadana câmara, após sua atuação.
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Colchões de Lavagem e Espaçadores – São bombeados à
frente da pasta visando evitar contaminação desta pelo
fluido de perfuração e vice-versa e auxiliar na remoção do
reboco das paredes do poço possibilitando melhor
aderência de cimento.
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Acessórios de CimentaçãoOs colchões de lavagem ou lavadores são volumes de fluido
(10 a 40 bbl) pouco viscosos, compatíveis com a pasta e com o
fluido de perfuração, atuando por meio de lavagem química e
ação mecânica na diluição e remoção do reboco. Contém
materiais dispersantes (ou afinantes do fluido de perfuração),
detergente e, quando necessário, aditivo para inibir
inchamento de argila e redutores de filtrado. Quando usados
com lama a base de óleo, contém ainda surfactantes para
inverter a molhabilidade do revestimento e formação.
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Os espaçadores são geralmente viscosos e de densidade
ajustável, com ação mecânica de remoção do reboco, sendo
de preparação mais trabalhosa e uso típico em situações
onde se deseje evitar canalização de gás pela aplicação de
pressão hidrostática.
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ConclusãoPara se obter sucesso numa operação de perfuração de
poços de petróleo, é de essencial importância quenenhuma das etapas inerentes ao processo sejamnegligenciadas. Entre estas etapas está a operação decimentação, que tem um impacto direto sobre a
produtividade futura do poço, onde um pequeno erropode ocasionar uma comunicação não desejada dentrodo reservatório ou até algum tipo de dano ao meioambiente, como a mistura de um aqüífero com um
reservatório de petróleo. A integridade das pastas decimento a serem utilizadas é garantida pelos ensaiosrealizados nos laboratórios de cimentação.
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Conclusão
Considerando ainda, os altos custos empregados
nessas operações, um pequeno sacrifício no processo
de cimentação (como por exemplo, a tentativa de
diminuir o tempo de perfuração e os custos com a
lama), pode acarretar na necessidade de trabalhos
posteriores muito mais dispendiosos e trabalhosos.
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FIM