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DOCUMENTO E ASSINATURA(S) DIGITAISAUTENTICIDADE E ORIGINAL DISPONÍVEIS NO ENDEREÇO WWW.TCE.PR.GOV.BR, MEDIANTE IDENTIFICADOR 6GH7.5WH7.M8MY.WICO.U
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ
DIRETORIA DE CONTAS MUNICIPAIS
Processo n.º : 165690/11-TC
Origem : MUNICÍPIO DE CURITIBA
Assunto : PRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2010
Instrução n.º : 3588/12 - DCM - CONTRADITÓRIO
Ementa: MUNICÍPIO DE CURITIBA. Prestação de Contas do
Exercício de 2010. Contraditório: Contas Regulares com
Ressalvas.
Trata-se da prestação de contas do MUNICÍPIO DE CURITIBA, relativa
ao exercício financeiro de 2010.
O Primeiro Exame realizado pela Diretoria de Contas Municipais
evidenciou a existência de restrições e/ou mesmo a ausência de elementos essenciais no
processo de prestação de contas, que serão doravante tratadas em conformidade com a
formulação que constou daquela Instrução.
Oportunizado o exercício do direito do contraditório, o Responsável
procurou sanar as anomalias apontadas, razão pela qual retornam as contas para exame,
seguindo-se a síntese dos apontamentos contidos na citada Instrução, e as novas
conclusões face os fatos apresentados na peça de defesa.
1 - DAS CONSTATAÇÕES ABORDADAS NO PRIMEIRO EXAME
1.1 - DA ANÁLISE DAS IRREGULARIDADES MATERIAIS
ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS
Restrição - Legalidade das Alterações Orçamentárias - Abertura de
créditos adicionais acima do limite autorizado. - Fonte de Critério -
Constituição Federal, art. 37 (princípio da legalidade), art. 165, 167, V - Lei
Federal nº 4320/64, Título V - Multa L.C.E. 113/2005, art. 87, III, § 4º
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Primeiro Exame
Verifica-se que a entidade abriu créditos adicionais acima do limite
percentual autorizado na Lei Orçamentária Anual, portanto sem autorização legislativa,
caracterizando execução do orçamento diverso do que foi aprovado pela Câmara.
Passível de aplicação da multa administrativa, por infração à norma legal
ou regulamentar, prevista no inciso III do art. 87, nos termos do § 4º, do mesmo artigo, da
Lei Complementar Estadual nº 113/2005 - Lei Orgânica do Tribunal de Contas.
Documentos mínimos necessários em caso de contraditório: a)
Demonstrativo individualizando as alterações ocorridas com utilização de dispositivos da
Lei Orçamentária diferentes do percentual autorizado, contendo: i) Número do Decreto, ii)
Código da dotação aumentada, iii) Código da dotação reduzida, iv) Recurso indicado, v)
Valor ; b) Exemplar da página do jornal, em original, contendo os decretos relacionados
neste demonstrativo; c) Outros documentos e/ou esclarecimentos considerados
necessários.
a) Despesa fixada da Entidade (Dotação Inicial) 1.893.480.000,00
b) Limite para Alterações consignado na LOA 227.217.600,00 12,00%
c) Limite de alterações validado na análise técnica 227.217.600,00 12,00%
d) Utilizado Total - Decretos Baixados com base na LOA para qualquer recurso 441.811.383,68 23,33%
e) Valor não condicionado ao limite 0,00 0,00%
f) Utilizado Líquido - Percentual Líquido 441.811.383,68 23,33%
ANÁLISE DA DEFESA
Os esclarecimentos constam às páginas 19 a 23 da peça processual nº
23.
JUSTIFICATIVA DA ENTIDADE:
O responsável esclarece que: Conforme dispõe a Lei Municipal nº 13.408,
de 29 de dezembro de 2009, que estima a "Receita e fixa a Despesa do Município de
Curitiba para o exercício financeiro de 2010", em seu art. 5°:
"Art. 5º - Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a abrir Créditos
Adicionais Suplementares até o limite de 12% do total da despesa autorizada, para o
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Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, nos termos previstos no § 1º, do art. 43, da Lei
Federal n° 4.320, de 1964, excluídas as autorizações contidas no Art. 4º desta Lei”.
O artigo acima permite ao Poder Executivo abrir Crédito Adicional
Suplementar até o limite de 12% (doze por cento) do total da despesa autorizada no
Orçamento Fiscal e da Seguridade Social do Município, no qual estão incluídos todos os
órgãos da administração Municipal, exceto as empresas do Município, cujas despesas
estão incluídas no Orçamento de Investimento.
De acordo com o disposto no parágrafo 5º do art. 165 da Constituição
Federal e em consideração ao Princípio da Universalidade, a lei orçamentária anual é
uma totalidade, apresentada em documento único, incluindo todas as receitas e despesas
dos órgãos, entes e fundos públicos. Os múltiplos orçamentos elaborados de forma
independente são apropriados pela consolidação, o que possibilita o conhecimento do
desempenho global das finanças públicas do Município.
Conforme dispõe a lei municipal, o limite se aplica sobre o total da
despesa autorizada, ou seja, R$ 4.056.000.000,00 (quatro bilhões e cinquenta e seis
milhões de reais), não sendo individualizadas por órgão, fundo, fundação ou autarquia.
Dessa forma, não houve descumprimento por parte do Município de Curitiba ao limite
autorizado de 12% (doze por cento), pois os créditos adicionais suplementares abertos
em 2010, para os órgãos que compõem o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social,
somam o valor de R$ 197.695.643,82 (cento e noventa e sete milhões, seiscentos e
noventa e cinco mil, seiscentos e quarenta e três reais e oitenta e dois centavos).
Representam 4,87% do total da despesa autorizada para o Município, ficando abaixo do
limite estipulado no artigo 5º da Lei Orçamentária Anual.
A administração direta utilizou 4,25% (quatro vírgula vinte e cinco por
cento), ou seja, R$ 172.347.058,04 (cento e setenta e dois milhões, trezentos e quarenta
e sete mil, cinquenta e oito reais e quatro centavos) do total de créditos adicionais
suplementares abertos para o art. 5º, e os demais órgãos da administração (indireta),
onde utilizou-se 0,62% (zero vírgula sessenta e dois por cento), ou seja, R$
25.348.585,78 (vinte e cinco milhões, trezentos e quarenta e oito mil, quinhentos e oitenta
e cinco reais e setenta e oito centavos).
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Portanto, o Município de Curitiba não excedeu o limite de créditos
adicionais suplementares autorizados no art. 5º da Lei Orçamentária Anual.
O orçamento inicial de 2010, para a administração direta, é de R$
1.893.480.000,00 (um bilhão, oitocentos e noventa e três milhões, quatrocentos e oitenta
mil reais), contudo, o limite de 12% (doze por cento) constante no art. 5º da Lei
Orçamentária deve ser aplicado sobre o total do Orçamento Fiscal e da Seguridade
Social, ou seja, sobre R$ 4.056.000.000,00 (quatro bilhões e cinquenta e seis milhões de
reais). Foram abertos créditos adicionais suplementares com base nos incisos I, II, III, IV,
V do art. 4º da Lei Orçamentária, e estes não se enquadram no limite de 12% (doze por
cento) do art. 5º, e estão assim compreendidos:
R$ 48.266.500,00 (quarenta e oito milhões, duzentos e sessenta e seis mil e quinhentos
reais) refere-se ao inciso I, do art. 4º da Lei Orçamentária, o que corresponde ao
percentual de 2,55% (dois vírgula cinquenta e cinco por cento) do total do orçamento da
administração direta.
R$ 121.847.849,23 (cento e vinte e um milhões, oitocentos e quarenta e sete mil,
oitocentos e quarenta e nove reais e vinte e três centavos) refere-se ao inciso II, do art. 4º
da Lei Orçamentária, o que corresponde ao percentual de 6,44% (seis vírgula quarenta e
quatro por cento) do total do orçamento da administração direta.
R$ 37.786.710,59 (trinta e sete milhões, setecentos e oitenta e seis mil, setecentos e dez
reais e cinquenta e nove centavos) refere-se ao inciso III, do art. 4º da Lei Orçamentária,
créditos abertos por superávit financeiro apurado em Balanço Patrimonial do exercício
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anterior, o que corresponde ao percentual de 2,00% (dois por cento) do total do
orçamento da administração direta.
R$ 19.538.280,63 (dezenove milhões, quinhentos e trinta e oito mil, duzentos e oitenta
reais e sessenta e três centavos) refere-se ao inciso IV, do art. 4º da Lei Orçamentária,
créditos abertos por excesso de arrecadação, o que corresponde ao percentual de
créditos abertos por excesso de arrecadação, que corresponde ao percentual de 1,03%
(um vírgula zero três por cento) do total do orçamento da administração direta.
R$ 16.670.499,41 (dezesseis milhões, seiscentos e setenta mil, quatrocentos e noventa e
nove reais e quarenta e um centavos), créditos abertos por excesso de arrecadação por
tendência, e refere-se ao inciso V, do art. 4º da Lei Orçamentária, o que corresponde ao
percentual de 0,88% (zero vírgula oitenta e oito por cento) do total do orçamento da
administração direta.
Acrescenta-se que, mesmo considerando o orçamento inicial de R$
1.893.480.000,00 (um bilhão, oitocentos e noventa e três milhões, quatrocentos e oitenta
mil reais), não foi ultrapassado o limite da Lei Orçamentária para o art. 5º, que autoriza
12% (doze por cento) para a abertura dos créditos adicionais suplementares no exercício,
conforme especificação demonstrada no Anexo II - Movimentação Orçamentária
PMC/Direta e o seguinte resumo:
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Em atendimento as "Constatações da análise quanto às alterações do
orçamento" de acordo com o item 2.2 - Limite para alterações consignado na LOA consta
demonstrativo individualizando das alterações ocorridas com utilização de dispositivos da
Lei Orçamentária diferentes do percentual autorizado, contendo: Número do Decreto,
Código da dotação aumentada, Código da dotação reduzida, Recurso indicado, Valor -
Anexo II.
Em atendimento a letra "b" das "Constatações da análise quanto às
alterações do orçamento" de acordo com o item 2.2 - Limite para alterações consignado
na LOA consta cópias das páginas dos Diários Oficiais contendo os decretos que
originaram as alterações orçamentárias, os quais estão amplamente divulgados junto à
página oficial deste município - Anexo II.
Conforme constam as referidas justificativas, demonstrativos e
comprovações por intermédio da documentação mínima exigida, solicita-se a
possibilidade de reconsideração quanto à restrição indicada pelo Tribunal de Contas do
Estado do Paraná, referente às constatações da análise quanto à legalidade das
alterações orçamentárias - abertura de créditos adicionais acima do limite autorizado.
DA ANÁLISE TÉCNICA:
Diante dos esclarecimentos e documentos apresentados, cabe
inicialmente ressaltar, quanto à alegação de que a autorização para a abertura de créditos
adicionais suplementares tem como base a despesa fixada no Orçamento Fiscal e da
Seguridade Social, onde estão incluídos todos os órgãos da administração municipal,
exceto as empresas do Município, cujas despesas estão incluídas no Orçamento de
Investimento, que a Lei Complementar 101/00 traz de forma clara e inequívoca no
parágrafo único do Art. 8º, que o orçamento de cada entidade deve ser tratado de forma
isolada, por ser considerado recursos vinculados àquela unidade, não representando,
com isso, desrespeito aos princípios orçamentários:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em
que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do
inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso.
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Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade
específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação,
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
Portanto o cálculo da legalidade das alterações orçamentárias é efetuado
com base na despesa de cada Entidade e neste caso específico corresponde a R$
1.893.480.000,00 (um bilhão, oitocentos e noventa e três milhões, quatrocentos e oitenta
mil), bem como ressalta-se, que o valor das suplementações efetuadas com base na Lei
nº 13.408/09, em conformidade com os dados enviados no SIM-PCA 2010, totalizou R$
441.811.383,68 (quatrocentos e quarenta e um milhões, oitocentos e onze mil, trezentos e
oitenta e três reais e sessenta e oito centavos), demonstrado a seguir, o que representou
a utilização de 23,33% da despesa fixada para o exercício de 2010.
Despesa fixada Executivo R$ 1.893.480.000,00
Limite LOA – Art. 5º 12%
Total das Suplementações efetuadas com base na LOA R$ 441.811.383,68
Percentual utilizado 23,33%
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Conforme justificativas apresentadas nesta oportunidade, o responsável
demonstra as páginas 20 a 22 da peça processual nº 23, que efetuou suplementações
com base no art. 5º no total de R$ 172.347.058,04 (cento e setenta e dois milhões,
trezentos e quarenta e sete mil, cinquenta e oito reais e quatro centavos), que R$
25.348.585,78 (vinte e cinco milhões, trezentos e quarenta e oito mil, quinhentos e oitenta
e cinco reais e setenta e oito centavos) corresponde aos demais órgãos da administração
e que em conformidade com o art. 4º, o total de R$ 244.109.839,86 (duzentos e quarenta
e quatro milhões, cento e nove mil, oitocentos e trinta e nove reais e oitenta e seis
centavos) não está condicionado ao limite, sendo: R$ 48.266.500,00 (quarenta e oito
milhões, duzentos e sessenta e seis mil e quinhentos reais) referente ao inciso I; R$
121.847.849,23 (cento vinte e um milhões, oitocentos e quarenta e sete mil, oitocentos e
quarenta e nove reais e vinte e três centavos) referente ao inciso II; R$ 37.786.710,59
(trinta e sete milhões, setecentos e oitenta e seis mil, setecentos e dez reais e cinquenta e
nove centavos) referente ao inciso III; R$ 19.538.280,63 (dezenove milhões, quinhentos e
trinta e oito mil, duzentos e oitenta reais e sessenta e três centavos) referente ao inciso
IV; e R$ 16.670.499,41 (dezesseis milhões, seiscentos e setenta reais, quatrocentos e
noventa e nove reais e quarenta e um centavos) referente ao inciso V.
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Analisando os dados acima verifica-se que somando o total suplementado
com base no art. 5º, o total suplementado com base no art. 4º e o valor corresponde aos
demais órgãos da administração tem-se o total de R$ 441.805.483,68(quatrocentos e
quarenta e um milhões, oitocentos e cinco mil, quatrocentos e oitenta e três reais e
sessenta e oito centavos), que difere do total das suplementações informadas nos dados
do SIM-PCA em R$ 5.900,00 (cinco mil e novecentos reais).
Em consulta a Lei nº 13408/09 que aprovou o orçamento para o exercício
de 2010, verifica-se, conforme art. 5º, que as suplementações efetuadas com base no art.
4º não integram o limite de 12%, entendendo esta Diretoria que as justificativas podem
ser acatadas, no entanto, levando em consideração os dados encaminhados no SIM-PCA
e sem deduzir o valor de R$ 25.348.585,78 (vinte e cinco milhões, trezentos e quarenta e
oito mil, quinhentos e oitenta e cinco reais e setenta e oito centavos), correspondente aos
demais órgãos, conforme abaixo demonstrado:
Despesa fixada Executivo R$ 1.893.480.000,00 Limite LOA – Art. 5º 12% Total Suplementações efetuadas com base na LOA R$ 441.811.383,68 (-) Suplementações Inciso I, do art. 4 - Remanejamento R$ 48.266.500,00 (-) Suplementações Inciso II, do art. 4 - Remanejamento R$ 121.847.849,23 (-) Suplementações Inciso III, do art. 4 - Superávit R$ 37.786.710,59 (-) Suplementações Inciso IV e V, do art. 4 – Excesso Arrecadação R$ 36.208.780,04 Total Líquido das Suplementações com base na LOA R$ 197.701543,82 Percentual utilizado 10,44%
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Cabe orientar, tendo em vista os preceitos legais e constitucionais, que as
alterações orçamentárias que resultem na transposição e transferência, quando utilizadas
com o mesmo reflexo final de suplementação, deverão necessariamente estar
disciplinadas em ato que fixe o limite, sob pena de se desatender ao princípio do
planejamento orçamentário e ofender a reserva de prerrogativas do Poder Legislativo
para a autorização, dos quais derivam a impropriedade de utilização de créditos
orçamentários ilimitados.
Já quanto à modalidade de alteração denominada remanejamento, sua
utilização fica sujeita a ocorrências de efetivas modificações na estrutura organizacional
da Administração, mediante fusões ou cisões, parciais ou integrais. Assim, os atos que
implicarem nas figuras da transposição, remanejamento e transferência, deverão estar
claramente especificados na lei autorizatória e no decreto de sua execução.
Recomenda-se ainda, que a Lei do Orçamento seja elaborada de forma
mais clara, evitando assim que a Casa Legislativa aprove um orçamento que induza às
alterações de cunho ilimitado e proporcione possíveis irregularidades quando da análise
das prestações de contas.
Face ao exposto verifica-se que o responsável sanou a anomalia
apontada no Primeiro Exame, uma vez que após o recálculo das alterações
orçamentárias ficou comprovado que as suplementações efetuadas com base no disposto
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no art. 5º da LOA totalizaram R$ 197.701.543,82 (cento e noventa e sete milhões,
setecentos e um mil, quinhentos e quarenta e três reais e oitenta e dois centavos), que
representa 10,44% da despesa fixada para o Executivo, enquanto o percentual
estabelecido na LOA foi de 12%.
DA MULTA:
Diante das justificativas e dos documentos apresentados, os quais
permitem sanar o apontamento de irregularidade, poderá ser afastada a aplicação de
multa antes proposta em relação a este item.
Conclusão: REGULARIZADO
OUTROS ASPECTOS LEGAIS
Restrição - Remuneração dos Agentes Políticos - Recebimento acima do
valor devido. - Constituição Federal, art. 29 - V, VI e VII e 37 - XI, XII - Lei
Federal nº 8429/92 - Provimento 56/2005 do Tribunal de Contas - Multa
L.C.E. 113/2005, art. 87, III, §4º e Multa Proporcional ao Dano - L.C.E.
113/2005, art. 89, VI, § 2º.
Primeiro Exame
A análise da remuneração dos Agentes Políticos evidenciou a percepção
de valores acima do estipulado no ato de fixação da respectiva remuneração, ou em
desatenção aos limites legais vigentes, cuja regularização se torna indispensável para o
saneamento deste aspecto da prestação de contas. Cabe, neste caso, o ressarcimento
dos valores percebidos a maior conforme demonstrado abaixo, incidindo-se, ainda, a
devida atualização monetária. Para demonstração dos valores impugnados, anexamos
também demonstrativo detalhado do cálculo. Observe-se que a responsabilidade integral
pela realização indevida do pagamento a maior dos subsídios recai sobre a pessoa de
cada Agente Político, a quem compete a efetivação do ressarcimento ao erário dos
valores pagos indevidamente.
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Passível de aplicação da multa administrativa, por infração à norma legal
ou regulamentar, prevista no inciso III do art. 87, nos termos do § 4º, do mesmo artigo, da
Lei Complementar Estadual nº 113/2005 - Lei Orgânica do Tribunal de Contas.
Persistindo dano ao erário em função da recusa no ressarcimento dos
valores percebidos a maior, caberá, também, aplicação de multa proporcional ao dano,
em percentual a ser definido quando do julgamento, prevista no art. 89 da Lei
Complementar Estadual nº 113/2005 - Lei Orgânica do Tribunal de Contas.
Documentos mínimos necessários em caso de contraditório: a)
Comprovação de que os valores apontados foram efetivamente recolhidos aos cofres do
Município, consistindo esta comprovação, necessariamente, em originais dos
comprovantes de depósitos em conta bancária da Prefeitura; b) Se for o caso,
comparativo entre os valores devidos, recebidos e os respectivos limites legais, com a
exposição dos motivos de discordância da irregularidade apontada; c) Outros documentos
e/ou esclarecimentos considerados necessários.
Nome do Agente / Cargo Devido Recebido Diferença
LUCIANO DUCCI/PREFEITO 237.473,49 241.398,94 3.925,45
CARLOS ALBERTO RICHA/PREFEITO 71.065,35 80.210,34 9.144,99
LUCIANO DUCCI/VICE-PREFEITO 26.600,46 33.460,81 6.860,35
ANÁLISE DA DEFESA
Os esclarecimentos constam às páginas 28 a 31 da peça processual nº
23, 1 a 5 da peça processual nº 36 e 01 a 17 da peça processual nº 42.
JUSTIFICATIVA DA ENTIDADE:
O responsável esclarece que: Na primeira análise da Prestação de
Contas do exercício de 2010, a Diretoria de Contas Municipais aponta restrição quanto à
remuneração dos Agentes Políticos - recebimento acima do valor devido.
Conforme indicação dos agentes políticos denominados e apontados pelo
Tribunal de Contas do Estado do Paraná, especificamente quanto ao Sr. Luciano Ducci,
como Vice Prefeito em exercício 2010, conforme Termo de Posse datado em 01/01/2009
e Termo de Posse de Transmissão do Cargo de Prefeito a partir de 30/03/2010 (Anexo III)
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foram providenciados durante o ano de 2010 à devolução voluntária de subsídio.
Conforme comprovação das guias de recolhimento, constantes na apresentação como
comprovação no Anexo III - Guias de Recolhimento e que resulta um montante total na
ordem de R$ 35.232,81. Demonstrativo de valores referente aos subsídios de agente
político:
O valor total apontado pelo Tribunal de Contas do Paraná para a
devolução respectiva ao ano de 2010 perfaz um montante total de R$ 10.785,80. O valor
total como consta no demonstrativo fica suprido frente o recolhimento pelo agente político
Sr. Luciano Ducci, conforme respectiva comprovação das cópias das guias de
recolhimento no Anexo III - Guias de Recolhimento no valor total de R$ 35.232,81, onde
fica constatado um saldo de recolhimento a maior providenciado pelo agente político na
ordem de R$ 24.447,01 para o ano de 2010.
Quanto ao agente político o Sr. Carlos Alberto Richa na função em
exercício como Prefeito Municipal de Curitiba no período de 01/01/2009 a 29/03/2010, e o
Termo de Posse de Transmissão do Cargo de Prefeito a partir de 30/03/2010, foi
referenciado quanto ao recebimento de valores superiores pelo Tribunal de Contas do
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Estado do Paraná. Mediante solicitação do pronunciamento do órgão gestor da folha de
pagamento da administração municipal - Secretaria Municipal de Recursos Humanos -
SMRH foi remetido para providências quanto à emissão das guias e encaminhamento
para recolhimento do total de valores atualizados pelo agente político Sr. Carlos Alberto
Richa em três vias, conforme demonstrativo abaixo dos valores como referencia às
devidas comprovações conforme Anexo III:
As providências quanto ao recolhimento dos valores pelo agente político o
Sr. Calos Alberto Richa, foram subdividas em três guias num total de R$ 12.601,37,
respectivos aos meses de janeiro (Guia 8948), fevereiro (Guia 8949) e março (Guia 8950)
do ano de 2010 devidamente atualizados conforme "Cálculos do TCE-PR - Atualizações
Monetárias", onde a administração pública municipal aguarda breve retorno quanto ao
pagamento das referidas guias geradas com prazo máximo até 30/03/2012 com as
respectivas autenticações, que na sequência remeter-se-á ao Tribunal de Contas do
Estado do Paraná como comprovação e em complementação à concessão do
Contraditório 2010 - Primeiro Exame.
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Mediante as constatações de valores repassados aos agentes públicos e
os devidos recolhimentos providenciados com subsídios voluntários e guias
encaminhadas, solicita-se a possibilidade de reconsideração quanto à restrição indicada
pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná, referente às constatações da análise
quanto à remuneração, agentes políticos com extrapolação de subsídios.
Conforme peça processual nº 36, o responsável informa que encaminha
as comprovações relativas ao recolhimento de valores pelo agente político, na data de
10/04/2012, em três guias e devidamente atualizadas, bem como relata que o envio dessa
documentação completa o Ofício nº 041/2012-EM, de 21/03/2012, em resposta ao
contraditório que encerra as razões de defesa aos apontamentos contidos na Instrução nº
3383/11-DCM Primeiro Exame e respectivos documentos que comprovam a regularidade
da Prestação de Contas Anual do Município de Curitiba, do exercício de 2010, referente
ao processo nº 165690/11-TC.
Conforme peça processual nº 42, o responsável esclarece que
complementarmente segue explicações e comprovações de valores pagos ou recolhidos
conforme comprovações diretamente em folha de pagamento:
Pago na folha do mês de Janeiro/2010 Evento (101) DIF- SUBSÍDIO
PREFEITO no valor de R$ 4.243,10 - Pagamento subsídio de Prefeito proporcional ao
período de 10 a 14/01/2010 (Consulta de Pagamento do Servidor 083516 - GURHU).
Recolhido na folha do mês de Janeiro/2010 Evento (1190) DEVOLUÇÃO
DE SUBSÍDIO no valor de R$ 1.588,23 - Recolhimento Subsídio Secretário proporcional
ao período de 10 a 14/01/2010 (Consulta de Pagamento do Servidor 083516 - GURHU -
01/2010).
Recolhido na folha do mês de Fevereiro/2010 Evento (516) PM. DEV.V.
MENSAL no valor de Adicional por tempo de serviço R$ 209,84 e Gratificação Risco de
Vida/Carreira R$ 419,67 do mês de Janeiro/2010 totalizando R$ 629,51 (Consulta de
Pagamento do Servidor 083516 - GURHU -02/2010).
Recolhido na folha do mês de Março/2010 Evento (516) PM. DEV.V.
MENSAL no valor de Adicional por tempo de serviço e Gratificação Risco de Vida/Carreira
referente ao exercício de 2009 no valor total de R$ 8.068,38 parcelado em 3 vezes de R$
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2.689,46 a partir do mês de Março/2010 (Consulta de Pagamento do Servidor 083516 -
GURHU - 03/10, 04/10 e 05/10).
Observa-se conforme comprovação em anexo das telas respectivas aos
contracheques a devolução em folha de pagamento do valor total de R$ 629,51.
Quanto à comprovação de Acúmulo de Cargo esclarecemos as seguintes
condições de cargos no período do Agente Político o Sr. LUCIANO DUCCI:
Conforme tela do SIM-AM 2010 Módulo Anuais e contracheque constata-
se que do mês de Janeiro/2010 a Março/2010 o Agente Político o Sr. LUCIANO DUCCI
no cargo de Secretario Municipal de Saúde recebendo Subsídio de Secretário.
Conforme item anterior percebeu como Prefeito em transmissão de cargo
somente durante 5 dias no mês de Janeiro/2010.
A partir de Abril/2010 a Dezembro/2010 passou a perceber como Prefeito.
Esclarecemos que no período em questão o agente político não percebeu
proventos como Vice-Prefeito, e como opção que lhe permitia, no período de Janeiro/2010
a Março/2010, foi remunerado como Secretário Municipal de Saúde e o restante do
período a partir de Abril/2010 como Prefeito Municipal de Curitiba.
As telas geradas no SIM-AP, com os mesmos proventos indicando em
duplicidade a remuneração paga no cargo de Vice Prefeito 2010 e Cargo de Médico para
o mesmo agente político, estão incompatíveis e com lançamento em duplicidade.
Justifica-se o ocorrido pelo momento específico de transição de gestão de RH, que
demandou troca de pessoal nas atividades de lançamentos que geram as informações no
SIM-AP.
Em consonância em relação à análise e constatações, foram
imediatamente corrigidos falhas de lançamentos no SIM-AP para os exercícios seguintes.
DA ANÁLISE TÉCNICA:
Diante dos esclarecimentos e documentos apresentados, cabe
inicialmente relatar que quando do Primeiro Exame com base nos dados encaminhados
no SIM PCA foi apontado o recebimento a maior por parte do prefeito e vice-prefeito,
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conforme abaixo demonstrado, em virtude do limite do Supremo Tribunal Federal e devido
a refixação dos subsídios a partir de 01/05/2010, conforme Lei nº 13.503/2010.
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Nesta oportunidade, verifica-se à peça processual nº 36 a comprovação de
ressarcimento de valores aos cofres públicos por parte do ex-prefeito Sr. Carlos Alberto
Richa, conforme demonstrado a seguir, entendendo esta Diretoria que a irregularidade
quanto ao valor recebido a maior por parte do então prefeito foi sanada.
Vencimento Valor Original Atualização Valor Atualizado Data do
Pagamento
10/04/2012 R$ 5.604,65 R$ 2.215,63 R$ 7.820,28 05/04/2012
10/04/2012 R$ 1.770,17 R$ 680,34 R$ 2.450,51 05/04/2012
10/04/2012 R$ 1.770,17 R$ 660,89 R$ 2.431,06 05/04/2012
Total R$ 9.144,99 R$ 3.556,86 R$ 12.701,85
Quanto ao valor recebido a maior por parte do vice-prefeito Sr. Luciano
Ducci, o qual ocupou o cargo de vice-prefeito no período de janeiro a março de 2010 e de
prefeito no período de abril a dezembro de 2010, verifica-se que nesta oportunidade o
responsável encaminha à peça processual nº 28 a comprovação de ressarcimento
antecipado de valores aos cofres públicos (declaração de quitação de guia), em
conformidade com planilha de cálculo encaminhada à peça 4, páginas 187, a qual
apresenta um valor a ser restituído no total de R$ 35.232,81(trinta e cinco mil, duzentos e
trinta e dois reais e oitenta e um centavos), que foi recolhido em 8(oito) parcelas,
conforme detalhado abaixo:
Vencimento Valor Parcela Valor Cobrado Data do Pagamento
28/05/2010 R$ 5.231,15 R$ 5.231,15 28/05/2010
30/07/2010 R$ 5.231,15 R$ 5.231,15 13/07/2010
06/08/2010 R$ 5.231,15 R$ 5.231,15 04/08/2010
10/09/2010 R$ 5.231,15 R$ 5.231,15 02/09/2010
15/10/2010 R$ 5.231,15 R$ 5.231,15 14/10/2010
10/11/2010 R$ 1.922,95 R$ 1.922,95 10/11/2010
17/12/2010 R$ 1.922,95 R$ 1.922,95 15/12/2010
17/01/2011 R$ 5.231,16 R$ 5.231,16 13/01/2011
R$ 35.232,81 R$ 35.232,81
Verifica-se ainda, conforme páginas 1 a 17 da peça processual nº 42, que
o Sr. Luciano Ducci ocupou no período de 02/01/2010 a 09/01/2010 e de 15/01/2010 a
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31/01/2010 o cargo de vice-prefeito, e no período de 10/01/2010 a 14/01/2010 e
31/03/2010 o cargo de prefeito, bem como observa-se a comprovação da devolução,
mediante desconto na folha de pagamento de fevereiro/2010, no total de R$ 629,51
(seiscentos e vinte e nove reais e cinquenta e um centavos), referente a adicional por
tempo de serviço e risco de vida/carreira recebido indevidamente em janeiro de 2010.
Luciano Ducci – Outras vantagens recebidas em 2010
Ressalta-se ainda, que conforme peça processual nº 42, consta
declaração de que os dados encaminhados no SIM-AP referentes aos valores recebidos
pelo Sr. Luciano Ducci estão em duplicidade, sendo que o mesmo optou pela
remuneração de secretário nos meses de janeiro a março de 2010 e não de vice-prefeito,
falhas de lançamentos já resolvidas nos exercícios seguintes.
Luciano Ducci – Cargo Vice Prefeito 2010
Luciano Ducci – Cargo Médico 2010
Luciano Ducci – Cargo Prefeito 2010
Face ao exposto, e depois de refeito o cálculo do valor recebido em
função dos novos esclarecimentos, ou seja, levando em consideração as substituições no
cargo de prefeito e o fato de que o vice-prefeito optou pela remuneração de secretário,
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uma vez que em consulta aos empenhos do Poder Executivo no código de despesa
3.1.90.11.01.02 e 03 consta pagamento de subsídios somente para o cargo de prefeito,
verifica-se que o Sr. Luciano Ducci recebeu subsídios a maior no exercício de 2010 no
total de R$ 5.937,69 (cinco mil, novecentos e trinta e sete reais e sessenta e nove
centavos), sendo que R$ 629,51(seiscentos e vinte e nove reais e cinquenta e um
centavos) foi devolvido mediante desconto em folha de pagamento e o saldo de R$
5.308,18 (cinco mil, trezentos e oito reais e dezoito centavos) mediante ressarcimento
antecipado de valores aos cofres públicos, entendendo esta Diretoria que a anomalia
apontada no Primeiro Exame pode ser regularizada com ressalva, visto que o
saneamento ocorreu antes da decisão de primeiro grau, nos termos da Uniformização de
Jurisprudência nº 08 - ACÓRDÃO nº 1386/08 – Pleno.
Luciano Ducci – Cargo Vice-prefeito
Luciano Ducci – Cargo Prefeito
DA MULTA:
Diante das justificativas e dos documentos apresentados, os quais
permitem sanar o apontamento de irregularidade, poderá ser afastada a aplicação de
multa antes proposta em relação a este item.
Conclusão: CONVERTER EM RESSALVA
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Restrição - O Relatório do Controle Interno possui indicação de
irregularidade. - Fonte de Critério - Constituição Federal, arts. 31, 70 e 74 -
Multa L.C.E. 113/2005, art. 87, III, §4º
Primeiro Exame
O Relatório do Controle Interno juntado ao processo de prestação de
contas da entidade apresenta relato das deficiências abaixo descritas, cuja regularização
se faz necessária por parte da Administração, saneando os problemas detectados.
Passível de aplicação da multa administrativa, por infração à norma legal
ou regulamentar, prevista no inciso III do art. 87, nos termos do § 4º, do mesmo artigo, da
Lei Complementar Estadual nº 113/2005 - Lei Orgânica do Tribunal de Contas.
Documentos mínimos necessários em caso de contraditório: a)
Esclarecimentos adicionais, apresentados pelo Responsável pelo Controle Interno, face
às questões abaixo indicadas, discorrendo sobre as providências tomadas pela
Administração para correção dos problemas apontados em seu relatório anual; b) Outros
documentos e/ou esclarecimentos considerados necessários.
ANÁLISE DA DEFESA
Os esclarecimentos constam às páginas 32 a 35 da peça processual nº
23
JUSTIFICATIVA DA ENTIDADE:
O responsável esclarece que: Na primeira análise da Prestação de
Contas do Exercício de 2010, a Diretoria de Contas Municipais faz restrição quanto à
indicação de irregularidade apontada no Relatório do Controle Interno.
O Relatório do Controle Interno na Prestação de Contas - Esclarecimento
Complementar - Exercício de 2010 evidenciou possíveis não conformidades relativas ao
Convênio nº 18.598 com a Organização Esporte Cidadão - OEC em relação a Prestações
de Contas.
A partir da identificação dos fatos, foram tomadas as providências de
imediato, onde a Secretaria Municipal de Finanças encaminhou para trâmite a instrução
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processual respectiva aos setores competentes para as devidas informações cabíveis e
legais respectivas ao Convênio nº 18.598 por intermédio do Processo nº 70.700/2010.
Na data de 06/04/2011 o referido processo foi remetido para Procuradoria
Geral do Município - PGM, que por sua vez procedeu o trâmite interno necessário do
envio à Comissão Permanente de Sindicância - PGCS na data de 08/04/2011, conforme
sugestão e encaminhamentos a princípio observados no Relatório do Controle Interno na
Prestação de Contas - Esclarecimento Complementar - Exercício de 2010.
Os procedimentos internos necessários das amplas constatações,
colhimento das devidas manifestações proveram a análise e deliberação oficial do
Opinativo nº 061/2012 da Comissão Permanente de Sindicância, datado de 07/02/2012,
como consta cópia em Anexo IV - Protocolo 04-006670/2012 (Ofício 101/2012), que
considerou a não necessidade da instauração de sindicância por inexistir, com elementos
apresentados, indícios de provas de falta disciplinar de qualquer servidor público
municipal, conforme preceitos da Lei Municipal nº 1.656/58 (OPINATIVO CPS nº
061/2012, p. 8). Conclui de fato a Comissão Permanente de Sindicância a opinião final
quanto à remessa para apreciação do Processo nº 70.700/2010 (Anexo IV) em questão à
PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO e na
sequência à instauração de TOMADA DE CONTAS ESPECIAL.
Verificou-se ainda, quanto ao atual andamento do processo em questão,
onde conforme etapas necessárias à instrução processual transcorreram nas instâncias
hierárquicas jurídicas, com as devidos encaminhamentos à Sub-Procuradoria-PGM2 que
em 02/03/2012, por sua vez procedeu ao envio ao Ministério Público - Promotoria de
Justiça de Proteção ao Patrimônio Público conforme cópia e recebimento pelo MD.
Promotor de Justiça na Promotoria de Justiça de Inquéritos Policiais como consta
comprovação em Cópia do Processo nº 70.700/2010 no Anexo IV.
No contexto da justificativa apresentada o Município de Curitiba relevou à
importância da ocorrência e não deixou de tomar as devidas precauções, amplas
constatações, manifestações, juntadas de documentos e providências cabíveis legais da
questão. Em função que ainda transcorre em decurso, solicita-se a possibilidade da
reconsideração relativa à restrição com a indicação de irregularidade levantada no
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Relatório do Controle Interno na Prestação de Contas - Esclarecimento Complementar -
Exercício de 2010. Com compromisso no acompanhamento e futuro posicionamento ao
Tribunal Contas do Estado do Paraná, quanto aos resultados respectivos às providências
junto ao Ministério Público - Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público e a
recomendação dos procedimentos legais quanto a Tomada de Contas Especial."
DA ANÁLISE TÉCNICA:
Diante dos esclarecimentos e documentos apresentados, uma vez que o
responsável demonstra que tomou as medidas cabíveis em relação ao apontado no
Relatório de Controle Interno, tendo enviado cópia do ocorrido à Comissão Permanente
de Sindicância, a qual concluiu pela remessa para apreciação do Processo nº
70.700/2010 à Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público e na sequência à
instauração de Tomada de Contas Especial, bem como tendo observado que o referido
processo, em 02/03/2012, foi enviado ao Ministério Público - Promotoria de Justiça de
Proteção ao Patrimônio Público, conforme se verifica às páginas 84 da peça processual
nº 29, entende esta Diretoria que a anomalia pode ser convertida em ressalva.
DA MULTA:
Muito embora as justificativas e documentos apresentados não permitam
sanar integralmente o apontamento de irregularidade, possibilitam justificar em parte a
conduta do gestor, podendo, assim, o item ser convertido em ressalva e, considerando as
disposições da Lei Orgânica deste Tribunal de Contas, igualmente, afastar a multa antes
proposta em relação a este ponto.
Conclusão: CONVERTER EM RESSALVA
2 - DAS RECOMENDAÇÕES
O exame preliminar identificou situações cuja avaliação neste momento
não foi considerada como passível de ensejar restrições à regularidade das contas, mas
que configuram aspectos que demandam mais atenção dos Administradores, no sentido
da observância e adoção de melhores práticas de gestão. De maneira que os
apontamentos estão ora sendo consignados com teor de recomendação, sem reflexos às
conclusões das contas, em razão do que declina-se de adentrar ao mérito de eventuais
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argumentações apresentadas pelo Gestor Interessado em sua defesa, reservando-se
para outra avaliação em prestação de contas futura.
Descrição do Item da Análise Providências
Recomendação - Existência de obra paralisada no
Município.
Adotar as medidas necessárias para dar andamento na
obra, registrando, ato contínuo, a correta situação no
sistema SIM-AM - Módulo de Obras Públicas.
Recomendação - Efetividade no cumprimento dos
programas estabelecidos no PPA e LOA.
Adotar medidas visando conferir efetividade à execução do
orçamento, tendo em vista o planejamento contido no Plano
Plurianual.
3 - RESULTADO DA ANÁLISE
De acordo com os motivos e conclusões antes explanados, entendemos
que a entidade não apresentou justificativas ou medidas suficientes para afastar, em sua
totalidade, os apontamentos contidos no exame da prestação de contas, sendo as
seguintes as conclusões obtidas da análise do processo.
3.1 - DAS RESSALVAS E/OU RESTRIÇÕES
Descrição do Item da Análise Conclusão
ASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS
Restrição - Legalidade das Alterações Orçamentárias - Abertura de créditos adicionais
acima do limite autorizado.
Restrição Sanada
OUTROS ASPECTOS LEGAIS
Restrição - Remuneração dos Agentes Políticos - Recebimento acima do valor devido. Convertida em Ressalva
Restrição - O Relatório do Controle Interno possui indicação de irregularidade. Convertida em Ressalva
4 - PARECER CONCLUSIVO
Em face do exame procedido na presente prestação de contas do
MUNICÍPIO DE CURITIBA, relativa ao exercício financeiro de 2010 e à luz dos
comentários supra expendidos, concluímos que as contas estão REGULARES, porém
com as Ressalvas acima descritas, conforme art. 16, II da Lei Complementar Estadual nº
113/2005.
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Destaca-se, contudo, que estas conclusões não elidem responsabilidades
por atos não alcançados pelo conteúdo da prestação de contas, e por divergências nas
informações de caráter declaratório, ressalvadas, ainda, as constatações de
procedimentos fiscalizatórios diferenciados, tais como auditorias ou denúncias.
É a Instrução.
D.C.M., 27 de Setembro de 2012.
Ato emitido por ELIANE MARIA COMPARIM SANTOS - Analista de Controle - Matrícula nº 51.116-1
Encaminhe-se ao MPjTC, conforme art. 353 do Regimento Interno.
Encaminhado por MARIO ANTONIO CECATO - Diretor – Matrícula nº 50.693-1