1648 - a forma presbiteriana de governo da igreja

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Page 3: 1648 - A Forma Presbiteriana de Governo da Igreja

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Brasil – 2016

Tradução e Revisão Diagramação

Ademir Moreira Fabio Martins

Joelson Galvão Pinheiro

Page 4: 1648 - A Forma Presbiteriana de Governo da Igreja

Sumário

A FORMA DE GOVERNO DA IGREJA ................................................................................................................... 5

PREFÁCIO ........................................................................................................................................................... 6

DA IGREJA .......................................................................................................................................................... 7

DOS OFICIAIS DA IGREJA .................................................................................................................................... 7

PASTORES .......................................................................................................................................................... 7

MESTRE OU DOUTOR ........................................................................................................................................ 8

OUTROS GOVERNANTES DA IGREJA .................................................................................................................. 9

DIÁCONOS ......................................................................................................................................................... 9

DAS CONGREGAÇÕES PARTICULARES ............................................................................................................... 9

DOS OFICIAIS DE UMA CONGREGAÇÃO PARTICULAR ..................................................................................... 10

DAS ORDENANÇAS EM UMA CONGREGAÇÃO PARTICULAR ........................................................................... 10

DO GOVERNO DA IGREJA, E DOS DIVERSOS TIPOS DE ASSEMBLÉIAS PARA O MESMO .................................. 11

DO PODER EM COMUM A TODAS ESTAS ASSEMBLÉIAS ...................................... Erro! Indicador não definido.

DAS ASSEMBLÉIAS CONGREGACIONAIS (SOB O CONSELHO LOCAL) QUE SÃO O ENCONTRO DOS PRESBÍTEROS DE UMA CONGREGAÇÃO PARTICULAR, PARA O GOVERNÁ-LA ................................................ 11

DAS ASSEMBLÉIAS CLÁSSICAS ......................................................................................................................... 12

DAS ASSEMBLÉIAS SINODAIS ........................................................................................................................... 14

DA ORDENAÇAO DOS MINISTROS ................................................................................................................... 14

A RESPEITO DA DOUTRINA DA ORDENAÇÃO .................................................................................................. 14

A RESPEITO DO PODER DA ORDENAÇÃO ........................................................................................................ 15

A RESPEITO DO PARTE DOUTRINAL DA ORDENAÇÃO DE MINISTROS ............................................................ 16

O DIRETÓRIO PARA A ORDENAÇÃO DE MINISTROS ............................................. Erro! Indicador não definido.

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A FORMA DE GOVERNO DA IGREJA

Acordado pela Assembleia de Teólogos em Westminster, com a assistência dos

comissários da Igreja da Escócia como parte da uniformidade pactual da religião entre as

igrejas de Cristo nos reinos da Escócia, Inglaterra e Irlanda.

Assembleia em Edinburgh, 10 de fevereiro de 1645, Seção 16.

Ato da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, aprovando as proposições concernentes ao

Governo de Igreja e a Ordenação dos Ministros.

A Assembleia Geral, estando muito desejosa e solícita, não apenas no estabelecimento e

conservação da Forma de governo da igreja neste reino, de acordo com a Palavra de Deus,

os livros de Disciplina, atos da Assembleia Geral e o Pacto Nacional, mas também, acerca

de uma uniformidade na forma de governo da igreja entre estes reinos, agora mais estrita

e fortemente unida pelo último Pacto e Liga Solene, e considerando que, como aconteceu

em tempos anteriores, pode acontecer futuramente múltiplos danos a esta igreja, pela

proximidade do contágio com a corrupta forma de governo da Igreja da Inglaterra: estima-

se precisosa a oportunidade atual de trazer as igrejas de Cristo nos três reinos a uma

uniformidade no governo da igreja sendo a felicidade do tempo presente superior a

tempos anteriores. A qual, possa também, pela benção de Deus, mostrar-se um meio eficaz

e um bom fundamento para preparar uma segura e bem fundamentada pacificação

removendo a causa pela quais as pressões e guerras sangrentas originalmente vieram.

Agora, a Assembleia tendo, por três vezes, lido e diligentemente examinado as

proposições anexadas concernentes aos ofícios, assembleias e governo da igreja, e

concernente a ordenação de ministros, trazidas a nós, como resultados de longos e

eruditos debates da Assembleia de Teólogos situados em Westminster e de acordo com a

uniformidade dos Comissários ali residentes; depois de uma madura deliberação e de

utilizar o tempo oportuno em advertir a todos que tivessem alguma objeção contra a

mesma, para fazê-los saber e receber a devida satisfação para a sua objeção, concorda e

aprova as proposições supracitadas concernentes ao governo da igreja e à ordenação.

Agora, autoriza os Comissários da Assembleia, convocados em Endiburgo, que entrem em

acordo e concluam em nome desta Assembleia, uma uniformidade entre as igrejas de

ambos os reinos nas referidas particularidades assim que a mesma seja ratificada, sem

nenhuma alteração substancial, por um decreto da ilustre Casa do Parlamento na

Inglaterra; a qual será, a seu tempo, intimada e tornada pública pelos Comissários desta

igreja residente em Londres. Sempre com a condição de que este ato não seja prejudicial a

futuras discussões e exames do artigo que o acompanha, quer ao doutor ou mestre, que

tem o poder da administração dos sacramentos, tanto quanto ao pastor, como também

peculiares direitos e interesses dos presbitérios e do povo no chamado de ministros, mas

que sejam livres para debaterem e discutirem estes pontos conforme Deus se agrade em

dar maior luz.

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PREFÁCIO

JESUS CRISTO, sobre cujos os ombros está o governo. O seu nome é Maravilhoso,

Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz (Is 9:6,7), nEle, governo e paz não

terão fim em crescimento. Ele assenta-se no trono de Davi, e sobre seu reino ordena e

estabelece juízo e justiça, desde agora e para sempre. Todo poder foi dado a Ele no céu e

na terra, pelo Pai, que ergueu-O de entre os mortos, colocou-O a Sua destra, muito mais

alto que todo principado, poder, potência, domínio, e, todo nome que se nomeia, não só

neste mundo, mas também no que está por vir e pôs todas as coisas sob seus pés, e sobre

todas as coisas, deu-O por cabeça para a igreja, a qual é Seu corpo. A plenitude dAquele

que preenche tudo em todos, ascendeu bem acima de todos os céus para preencher todas

as coisas. Recebeu dons para Sua igreja, proveu oficiais necessários para a edificação de

Sua igreja e aperfeiçoamento de Seus santos. (Mt 28:18,19,20; Ef 1:20,21,22,23. Comparado

com Ef 4:8,11 e Sl 68:18)

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DA IGREJA

EXISTE uma igreja geral visível, apresentada no Novo Testamento. (1 Co 12:12,13,28 -

Junto com o resto do Capítulo)

O ministério, oráculos e ordenanças do Novo Testamento, são dados por Jesus Cristo a

igreja geral visível, para a reunião e aperfeiçoamento da mesma nesta vida, até a sua

segunda vinda. (1 Co 12:28; Ef 4:4,5, comparado com versículos 10,11,12,13,15,16)

As igrejas visíveis locais (também chamadas particulares), como membros da igreja geral,

também são apresentadas no Novo Testamento. (Gl 1:21,22; Ap 1:4.20; Ap 2:1) As igrejas

particulares nos tempos primitivos eram compostas dos santos visíveis, ou seja, aqueles

que, sendo adultos, fizeram profissão e fé em Cristo e de obediência a Cristo, conforme as

regras de Fé e de vida ensinadas pelos Apóstolos; assim como os filhos destes professantes.

(At 2:38,41,47. Comparado com At 5:14; 1 Co 1:2 Comparado com 2 Co 9:13; At 2:39; 1 Co 7:14;

Rm 11:16; Mc 10:14. Comparado com Mt 19:13,14; Lc 18:15,16)

DOS OFICIAIS DA IGREJA

OS oficiais que Cristo apontou para a edificação de Sua igreja, e para o aperfeiçoamento

dos Santos, são, alguns extraordinários, como apóstolos, profetas e evangelistas, que já

cessaram.

Outros, ordinários e perpétuos, como pastores, mestres (ou professores), outros

governantes da igreja e diáconos.

PASTORES

O pastor é um oficial ordinário e perpétuo da igreja, (Jr 3:15-17) profetizando do tempo do

Evangelho. (1 Pe 5:2-4; Ef 4:11-13)

Primeiro, pertence a seu ofício,

Orar por e com seu rebanho, sendo a boca do povo a Deus, (At 6:2,3,4 e 20:36), no qual, a

pregação e a oração estão unidas como as distintas partes do mesmo ofício. (Tg 5:14-15) O

ofício deste presbítero (a saber, do pastor) é orar pelos enfermos, mesmo quando só, ao

qual a benção está especialmente prometida. Portanto, muito mais, ele deve cumprir este

dever na execução pública de seu ofício, como parte do mesmo. (1 Co 14:15-16)

Ler as Escrituras publicamente; do que é prova:

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1. Que os sacerdotes e levitas na igreja judaica foram encarregados de fazer a leitura

pública da Palavra. (Dt 31:9-11; Ne 8:1-3, 13)

2. Que os ministros do evangelho têm como grande compromisso e comissão o dispensar a

Palavra, assim como, as outras ordenanças, da mesma maneira que os sacerdotes e levitas

tinham sob a lei, comprovado em Isaías 66:21; Mateus 23:34, donde nosso Salvador

designou aos oficiais do Novo Testamento, aos quais enviou, com os mesmos nomes dos

mestres do Antigo Testamento. (Is 66:21; Mt 23:34)

Estas proposições provam que, por conseguinte (sendo o dever de natureza moral) se

segue por justa consequência, que a leitura pública das Escrituras pertence ao ofício de

Pastor.

O alimento do rebanho, pela pregação da Palavra, conforme a qual deve ensinar,

convencer, redarguir, exortar e consolar. (1 Tm 3:2; 2 Tm 3:16-17; Tt 1:9)

Catequizar, que é dar simplesmente os primeiros princípios dos oráculos de Deus, ou da

doutrina de Cristo, e é uma parte da pregação. (Hb 5:12)

Dispensar outros mistérios divinos. (1 Co 4:1-2)

Administrar os sacramentos. (Mt 28:19-20; Mc 16:15-16; 1 Co 11:23-25; 1 Co 10:16)

Abençoar ao povo da parte de Deus, Nm 6:23-26. Comparado com Ap 1:4-5) (donde as

mesmas bênçãos e pessoas que vem, são mencionadas expressamente, Nm 6:23-26

comparado com Ap 1:4-5; Is 66:21) Is 66:21, donde os nomes dos sacerdotes e levitas, que hão

de continuar sob o Evangelho, significam pastores evangélicos, os quais, por conseguinte,

tem por ofício abençoar o povo. (Dt 10:8; 2 Co 13:14; Ef 1:2)

Cuidar dos pobres. (At 11:30; At 4:34-37; At 6:2-4; 1 Co 16:1-4; Gl 2:9-10)

E também tem um poder governante sobre o rebanho como pastor. (1 Tm 5:17; At 20:17, 28;

1 Ts 5:12; Hb 13:7,17)

MESTRE OU DOUTOR

A Escritura apresenta o nome e título de mestre, da mesma maneira que, o de pastor. (1 Co

12:28; Ef 4:11)

O mestre também é um ministro da Palavra, assim como o pastor e, tem o poder da

administração dos sacramentos.

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O Senhor deu diferentes dons para diversos exercícios, no ministério da Palavra, conforme

estes dons. (Rm 12:6-8; 1 Co 1:4-7) Ainda que, estes diferentes dons possam ser encontrados

em um ministro, e consequentemente, serem exercidos pelo mesmo ministro (1 Co 4:3; 2

Tm 4:2; Tt 1:9); contudo, onde haja vários ministros na mesma congregação, eles podem ser

designados a distintos empregos, conforme os diferentes dons em que cada um deles

exceda mais. ([Rm 12:6-8; 1 Co 1:4-7] 1 Pe 10,11) E aquele que mais se destacar na exposição

da Escritura, em ensinar sólida doutrina, em convencer aos oponentes, que na aplicação,

pode ser chamado mestre (professor, ou doutor, (os lugares citados da Escritura provam

esta proposição) e deste modo ser empregado na mesma função. Sem dúvida, onde não há

mais de um ministro em uma congregação particular, ele há de cumprir, tanto quanto seja

capaz de fazer, toda a obra do ministério. (2 Tm 4:2; Tt 1:9; 1 Tm 6:2)

Um mestre, ou doutor, é do mais excelente uso em escolas e universidade, como antes nas

escolas dos profetas, em Jerusalém, onde Gamaliel e outros ensinaram como doutores.

OUTROS GOVERNANTES DA IGREJA

COMO houve na igreja judaica presbíteros (ou anciãos) do povo que junto aos sacerdotes

e levitas atuavam no governo da igreja, (2 Cr 19:8-10) assim Cristo, que instituiu o

governo, e os governantes eclesiásticos na igreja, equipou a alguns de Sua igreja, a parte

dos ministros da Palavra, com dons para o governo, e com a comissão de executá-los,

quando forem chamados a isto, o que farão em associação com o ministro no governo da

igreja. (Rm 12:7,8; 1 Co 12:28) Estes oficiais são comumente chamados, nas igrejas

reformadas, de presbíteros (ou anciãos).

DIÁCONOS

A Escritura apresenta aos diáconos como um distinto ofício na igreja. (Flp 1:1; 1 Tm 3:8)

Cujo ofício é perpétuo. (1 Tm 3:8-15; At 6:1-4) Ao cujo ofício não pertence pregar a Palavra,

nem administrar os sacramentos, e sim tomar um especial cuidado em distribuir para as

necessidades dos pobres. (At 6:1-4)

DAS CONGREGAÇÕES PARTICULARES

É lícito e conveniente que haja congregações fixas, ou seja, uma certa companhia de

Cristãos que encontrem-se ordinariamente em uma reunião para o culto público. Quando

os crentes se multiplicam, até um número que impeça a reunião conveniente em um só

lugar, é lícito e necessário que se dividam em congregações distintas e fixas, para a melhor

administração das ordenanças que lhes pertencem, e o cumprimento dos deveres mútuos.

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(1 Co 14:26,33,40)

A maneira comum de dividir aos Cristãos em congregações distintas e a mais conveniente

para a edificação, é tomar em consideração os limites respectivos de suas residências.

Primeiro, porque os que habitam juntos, estando ligados a todo o tipo de deveres morais

entre si, têm melhor oportunidade para cumpri-los uns para com os outros; o que é, pela

Escritura, conforme o caráter Familiar do Pacto, um vínculo moral e perpétuo; porque

Cristo não veio para destruir a Lei, e sim para cumpri-la. (Dt 15:7,11; Mt 22:39; Mt 5:17)

Segundo, a comunhão dos Santos deve ser ordenada de forma a permitir o uso mais

apropriado das ordenanças e o cumprimento dos deveres morais, sem acepção de pessoas.

(1 Co 14:26; Hb 10:24,25; Tg 2:1,2)

Terceiro, o pastor e o povo devem conviver tão próximos quanto puderem, para que

possam cumprir mutuamente seus deveres com a maior conveniência.

E nesta convivência, alguns devem ser separados para exercerem o ofício.

DOS OFICIAIS DE UMA CONGREGAÇÃO PARTICULAR

PARA oficiais em cada congregação, deve haver pelo menos um, tanto para trabalhar a

Palavra e a doutrina, quanto para governar. (Pv 29:18; 1 Tm 5:17; Hb 13:7)

É ainda um requisito que devam haver outros para unirem-se a ele no governo. (1 Co 12:28)

E, igualmente, é requisito que haja outros para terem especial cuidado pelos pobres. (At

6:2,3)

O número de oficiais de cada tipo é proporcionado de acordo com a condição da

congregação.

Estes oficiais devem reunirem- se em um intervalo regular e conveniente de tempo, para a

boa ordem das questões da congregação, cada um, conforme seu ofício.

É mais vantajoso que, nestas reuniões, aquele cujo ofício é trabalhar na Palavra e doutrina,

presida os procedimentos. (1 Tm 5:17)

DAS ORDENANÇAS EM UMA CONGREGAÇÃO PARTICULAR

As ordenanças em uma simples congregação são: oração, ação de graças e cântico dos

Salmos, (1 Tm 2:1; 1 Co 14:15,16) leitura da Palavra, (ainda que não seja seguida de uma

imediata explicação do que foi lido), a Palavra exposta e aplicada, catequizar, a

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administração dos sacramentos, coletas feitas para os pobres, despedida do povo com uma

bênção.

DO GOVERNO DA IGREJA, E DOS DIVERSOS TIPOS DE ASSEMBLEIAS PARA O MESMO

CRISTO instituiu um governo e governadores eclesiásticos na igreja: para este propósito,

os apóstolos receberam imediatamente as chaves das mãos de Jesus Cristo, e usaram e

exerceram isto em todas as igrejas do mundo, em todas ocasiões.

Cristo, desde então, provê a alguns em Sua igreja dons de governo, e com a comissão de

executar o mesmo, quando chamados a isto.

É lícito e agradável à Palavra de Deus, que a igreja seja governada por diversos tipos de

assembleias, as quais, são congregacional, clássica e sinódica.

DO PODER EM COMUM A TODAS ESTAS ASSEMBLEIAS

É lícito e agradável à Palavra de Deus, que as diversas assembleias mencionadas

anteriormente tenham poder para convocar e chamar, perante si, quaisquer pessoas dentro

de seus diversos limites, aos quais, os assuntos eclesiásticos sejam concernentes. (Mt 18:15-

20)

Eles têm poder para ouvir e para determinar as causas e diferenças como, ordeiramente,

sejam apresentadas a eles.

É lícito, e agradável à Palavra de Deus, que todas as ditas assembléias tenham algum

poder para dispensar censuras eclesiásticas.

DAS ASSEMBLEIAS CONGREGACIONAIS (SOB O CONSELHO LOCAL) QUE SÃO O ENCONTRO DOS PRESBÍTEROS DE UMA CONGREGAÇÃO PARTICULAR, PARA O

GOVERNÁ-LA

OS Presbíteros de uma congregação particular têm poder, autoritativamente, para chamar

perante eles quaisquer membros da congregação, conforme vejam justa ocasião.

Para inquirir quanto ao conhecimento e ao estado espiritual de diversos membros da

congregação.

Para admoestar e repreender.

Cujos três ramos são provados por Hebreus 13:17; 1 Tessalonicenses 5:12,13; Ezequiel 34:4.

(Hb 13:17; 1 Ts 5:12,13; Ez 34:4)

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A suspensão autoritativa da mesa do Senhor, de uma pessoa ainda não expulsa da igreja, é

agradável a Escritura:

Primeiro, por causa da ordenança em si, que não deve ser profanada.

Segundo, porque estamos encarregados de separar aqueles que andam desordenadamente.

Terceiro, por causa do grande pecado e perigo, tanto para aquele que vem de maneira

indigna, quanto para toda a igreja (Mt 7:6; 2 Ts 3:6,14,15. 1 Co 11:27 até o final do capítulo,

comparado com Judas 23; 1 Tm 5:22). Havia poder e autoridade, sob o Velho Testamento, para

manter as pessoas impuras separadas das coisas santas. (Lv 13:5; Nm 9:7; 2 Cr 23:19)

Semelhante poder e autoridade, por analogia, continua sob o Novo Testamento.

Os oficiais governantes de uma congregação particular têm poder, autoritativamente, para

suspender da mesa do Senhor uma pessoa ainda não expulsa da igreja:

Primeiro, porque aqueles que tem autoridade para julgar, e para admitir, aqueles que estão

aptos a receber o sacramento, tem autoridade para manter afastados os que forem

encontrados indignos.

Segundo, porque é uma tarefa eclesiástica de ordinária prática pertencente àquela

congregação.

Quando, congregações estão divididas e fixas, elas precisam de toda a ajuda mútua, umas

das outras, tanto com respeito a sua intrínseca fraqueza e mútua dependência, quanto com

respeito aos inimigos externos.

DAS ASSEMBLEIAS CLÁSSICAS

A Escritura apresenta a existência de um Conselho de Presbíteros em uma igreja. (1 Tm

4:14; At 15:2,4,6)

Um Conselho de Presbíteros consiste de ministros da Palavra, e outros tais oficiais

públicos como é agradável e garantido pela Palavra de Deus, para serem governadores da

igreja, para unirem-se aos ministros no governo da congregação. (Rm 12:7,8; 1 Co 12:28)

A Escritura afirma que muitas congregações particulares podem estar sob o governo de

um Conselho de Presbíteros.

Esta proposição é provada pelas seguintes instâncias:

I. Primeiro, da igreja de Jerusalém, a qual consistia em mais de uma congregação e todas

estas congregações estavam sob o governo de um Conselho de Presbíteros.

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Isto é mostrador por:

Primero, que a igreja de Jerusalém consistia de mais de uma congregação, como é

manifesto:

1) Pela multidão de crentes mencionados, em diversos "lugares", tanto antes da

dispersão dos crentes, por causa da perseguição (At 8:1; At 1:15; At 2:41,46,47; At 4:4; At

5:14; At 6:1,7), quanto depois da dispersão. (At 9:31; At 12:24; At 21:20)

2) Pelos muitos apóstolos e outros pregadores da igreja de Jerusalém. Se houvesse

apenas uma congregação lá, então, raramente cada apóstolo pregaria; (At 6:2) o que não

concordaria com Atos 6:2.

3) A diversidade de línguas entre os crentes, mencionada no segundo e no sexto

capítulos do Livro de Atos, afirmam haver mais do que uma congregação naquela igreja.

Segundo, todas estas congregações estavam sob o governo de um Conselho de Presbíteros;

porque,

1) Eles eram uma igreja. (At 8:1; At 2:47 comparado com At 5:11; At 12:5; At 15:4)

2) Os presbíteros da igreja são mencionados. (At 11:30; At 15:4,6,22; At 21:17,18)

3) Os Apóstolos faziam os atos ordinários de presbíteros, como presbíteros daquela

igreja; o que prova haver uma igreja organizada sob um Conselho de Presbíteros antes

da dispersão, Atos 6.

4) As diversas congregações em Jerusalém, sendo uma só igreja, tem seus anciãos

citados como reunindo-se para atos de governo; (At 11:30; At 15:4,6,22; At 21:17,18) o

que prova que estas várias congregações estavam sob o governo de um Conselho de

Presbíteros.

Ainda que congregações fossem fixas ou não fixas, com respeito aos oficiais ou aos

membros, eram todas uma, como a verdade desta proposição.

Nem aparece qualquer diferença material entre as várias congregações em Jerusalém, e

as muitas congregações agora na condição comum da igreja, quanto ao ponto da fixação

requerida dos oficiais ou membros.

Terceiro, por conseguinte, a Escritura afirma que muitas congregações podem estar sob o

governo de um Conselho de Presbíteros.

II. Segundo, pelo exemplo da igreja de Éfeso; posto que,

Primeiro, havia mais de uma congregação na igreja de Éfeso, nota-se em Atos 20:31, (At

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20:31) onde se menciona que Paulo continuou em Éfeso, pregando pelo período de três

anos. Também em Atos 19:18-20, é mencionado o sobrenatural efeito da Palavra e nos

versículos 10 e 17, do mesmo capítulo, há uma distinção de Judeus e Gregos. Em 1

Coríntios 16:8,9, há uma razão para a permanência de Paulo em Éfeso até o Pentecoste;

e no versículo 19, é citada uma igreja local na casa de Áquila e Priscila, portanto, em

Éfeso, como se vê, Atos 28:19,24,26. Tudo isto, conjuntamente, prova que a multidão de

crentes perfazia mais do que uma congregação na igreja de Éfeso.

Segundo, havia distintos presbíteros sobre estas distintas congregações, como um

rebanho, como vemos em Atos 20:17,25,28,30,36,37.

Terceiro, que estas várias congregações eram uma igreja, e que elas estavam sob o

governo de um Conselho de Presbíteros, aparece em Apocalipse 2:1-6. Em conjunto com

Atos 20:17,28).

DAS ASSEMBLEIAS SINODAIS

A Escritura também afirma outro tipo de assembleia, para o governo da igreja, além da

clássica e da congregacional, a qual nós chamamos Sinodais. (At 15:2,6,22,23)

Pastores, mestres e outros governantes da igreja, (assim como outras pessoas adequadas,

quando parecer conveniente), são membros destas assembleias, as quais, chamamos

Sinodais, havendo um chamamento legítimo para esta.

Assembleias sinodais podem ser legitimamente de diversos tipos, como regional ou

nacional, entre diferentes denominações (quando estas têm por fim unirem-se).

É lícito e agradável a Palavra de Deus, que haja uma subordinação jurídica entre

assembleias congregacionais, clássicas, regionais e nacionais, para o governo da igreja.

DA ORDENAÇAO DOS MINISTROS

SOB o título de Ordenação de Ministros deve-se considerar tanto a doutrina da ordenação,

como o poder dela.

A RESPEITO DA DOUTRINA DA ORDENAÇÃO

NENHUM homem pode tomar sobre si o ofício de ministro da Palavra sem um chamado

lícito. (Jo 3:27; Rm 10:14,15; Jr 14:14; Hb 5:4)

Ordenação deve, sempre, ser continuada na Igreja. (Tt 1:5; 1 Tm 5:21,22)

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A Ordenação é a consagração solene de uma pessoa para algum ofício eclesiástico público.

(Nm 8:10,11,14,19,22; At 6:3,5,6)

Cada ministro da Palavra deve ser ordenado pela imposição de mãos e oração, com jejum,

por aqueles Presbíteros ministros da Palavra que lhes sejam correspondentes. (1 Tm 5:22;

At 14:23; 13:3)

Está de acordo com a Palavra de Deus e é muito útil, que aqueles que hão de ser

ordenados ministros, sejam designados para alguma congregação particular ou outro

cargo ministerial. (At 14:23; Tit 1:5; At 20:17,28)

Aquele que está para ser ordenado ministro, tem de ser realmente qualificado, tanto em

relação a vida, quanto ao ministério, de acordo com as regras do Apóstolo. (1 Tm 3:2-6; Tit

1:5-9)

Ele deve ser examinado e aprovado também por aqueles por quem ele será ordenado. (1

Tm 3:7,10; 1 Tm 5:22)

Nenhum homem deve ser ordenado ministro de uma particular congregação, se os

homens daquela congregação demonstrarem uma justa causa de objeção contra ele. (1 Tm

3:2; Tt 1:7)

A RESPEITO DO PODER DA ORDENAÇÃO

ORDENAÇÃO é um ato de um Conselho de Presbíteros. (1 Tm 4:14)

O poder de regular todo o trabalho da ordenação pertence ao Conselho de Presbíteros, o

qual, quando é sobre mais congregações do que uma, sejam estas congregações fixas ou

não, com respeito aos oficiais ou aos membros, é indiferente quanto a questão da

ordenação. (1 Tm 4:14)

É muito importante que nenhuma congregação isolada, que poderia convenientemente

estar associada às outras, assuma para si somente todo o poder da ordenação:

1. Porque não há exemplo na Escritura em que uma congregação isoladamente, que

poderia convenientemente estar associada às outras, assumiu para si mesma somente todo

o poder da ordenação; nem há qualquer regra que garanta tal prática.

2. Porque na Escritura há exemplo de uma ordenação por um Conselho de Presbíteros

sobre diversas congregações; como na Igreja de Jerusalém, onde havia muitas

congregações: estas muitas congregações estavam sob um só Conselho de Presbíteros e

este Conselho fazia ordenações.

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16

Os presbíteros ministros da Palavra ordeiramente associados, seja em cidades ou

povoados vizinhos, são aqueles a quem a imposição das mãos pertence, para aquelas

congregações em seus limites.

A RESPEITO DO PARTE DOUTRINAL DA ORDENAÇÃO DE MINISTROS

1. Nenhum homem deve tomar para si o ofício de ministro da Palavra sem um chamado

lícito. (Jo 3:27; Rm 10:14,15; Jr 14:14; Hb 5:4)

2. A ordenação há sempre de ser continuada na Igreja. (Tit 1:5; 1 Tm 5:21, 22)

3. A ordenação é a consagração solene de uma pessoa para um ofício público na Igreja.

(Nm 8:10,11,14,19,22; At 6:3,5,6)

4. Cada ministro da Palavra deve ser ordenado pela imposição de mãos e oração, com

jejum, por aqueles Presbíteros ministros da Palavra a que lhes sejam correspondentes. (1

Tm 5:22; At 14:23; At 13:3)

5. O poder de regular todo o trabalho da ordenação pertence ao Conselho de Presbíteros, o

qual, quando é sobre mais congregações do que uma, sejam estas congregações fixas ou

não, com respeito aos oficiais ou aos membros, é indiferente quanto a questão da

ordenação. (1 Tm 4:14)

6. Está em acordo com a Palavra de Deus, e é muito útil, que aqueles que hão de ser

ordenados ministros, sejam designados para alguma congregação particular ou outro

cargo ministerial. (At 14:23; Tit 1:5; At 20:17,28)

7. Aquele que está para ser ordenado ministro, tem de ser realmente qualificado, tanto em

relação a vida quanto ao ministério, de acordo com as regras do Apóstolo. (1 Tm 3:2-6; Tit

1:5-9)

8. Ele deve ser examinado e aprovado também por aqueles por quem ele será ordenado. (1

Tm 3:7,10; 1 Tm 5:22)

9. Nenhum homem deve ser ordenado ministro de uma particular congregação se os

homens daquela congregação podem demonstrar uma justa causa de objeção contra ele. (1

Tm 3:2; Tit 1:7)

10. Os presbíteros ministros da Palavra ordeiramente associados, seja em cidades ou

povoados vizinhos, são aqueles a quem a imposição das mãos pertence, para aquelas

congregações em seus limites. (1 Tm 4:14)

11. Em casos extraordinários, alguma coisa extraordinária pode ser feita, até que uma

ordem seja constituída, ainda assim, guardando tão proximamente quanto possível as

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regras. (2 Cr 29:34-36; 2 Cr 30:2-5)

12. Há neste momento (como nós humildemente concebemos) uma ocasião extraordinária

para uma forma de ordenação pela a presente necessidade de ministros.

O DIRETÓRIO PARA A ORDENAÇÃO DE MINISTROS

Sendo manifesto pela palavra de Deus que ninguém deve tomar sobre si o cargo de

ministro do evangelho até que ele seja legalmente chamado e ordenado para isso; e que o

trabalho de ordenação deve ser realizado com o devido cuidado, sabedoria, gravidade e

solenidade, nós, humildemente, propomos essas direções como requisitos a serem

observados.

1. Aquele que deve ser ordenado, sendo indicado tanto pelo povo ou, de outra forma,

recomendado pelo presbitério para qualquer lugar, deve dirigir-se ao presbitério e trazer

consigo um testemunho de que aceitou o pacto dos três reinos, de sua diligência e

proficiência em seus estudos, de quais obteve graus na universidade, qual tem sido o

tempo da sua residência ali, e, além disto, de sua idade, que é para ser de 24 anos, mas

especialmente, de sua vida e maneira de conversar.

2. O qual, sendo considerado pelo presbitério, este deve proceder para inquirir acerca da

graça de Deus nele, se ele é de tal santidade em sua vida como esperado de um ministro

do evangelho, examiná-lo quanto seus estudos e suficiência, quanto às evidências de seu

chamado para o santo ministério, e, em particular, sua vocação justa e direta para aquele

lugar.

As regras para o Exame são as seguintes

(1) Que a parte examinada seja tratada de maneira fraternal, com brandura de espírito e

com especial respeito à gravidade, modéstia e qualidade de cada um.

(2) Ele será examinado no que diz respeito a sua habilidade quanto às línguas originais

e seu teste será feito pela leitura dos Testamentos Hebraico e Grego e pela tradução de

alguma porção para o Latim, e, se houver dificuldades quanto a estas coisas, será feita

uma investigação mais estrita quanto a outro tipo de aprendizagem e se ele tem

habilidade em lógica e filosofia.

(3) De quais autores em teologia ele tem lido e está melhor familiarizado, do seu

conhecimento dos fundamentos da religião e sua habilidade em defender a doutrina

ortodoxa contida nelas contra toda opinião errônea e inadequada, especialmente desta

presente época, sua habilidade quanto ao sentido e significado de partes da Escritura

que lhe será proposto, de casos de consciência, cronologia da Escritura e história

eclesiástica.

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(4) Se ele não tiver pregado em público com a aprovação de pessoas aptas para julgar,

ele pregará, com um adequado tempo que lhe será atribuído, expondo diante do

presbitério uma parte da Escritura que lhe será dada.

(5) Ele também, dentro de um prazo competente, elaborará um discurso em Latim sobre

uma parte comum ou controversa na teologia que lhe será atribuído, e exibido diante

do presbitério, expressando a suma de tais teses e mantendo uma disputa sobre elas.

(6) Ele pregará diante do povo, estando presente o presbitério ou alguns dos ministros

da Palavra apontados por eles.

(7) A proporção dos dons em relação ao local para o qual foi chamado será considerado.

(8) Além da prova dos dons na pregação, ele passará por um exame das premissas por

dois ou mais dias, se o presbitério julgar necessário.

(9) E, para aquele que, anteriormente, já tinha sido ordenado como ministro, e foi

removido para outro cargo, ele trará um testemunho de sua ordenação, de duas

habilidades e conversação, nos quais sua adequabilidade para aquele lugar será

provada pela sua pregação lá, e, se for necessário, por um exame adicional.

3. No qual, sendo aprovado, será enviado para a igreja em que ele deve servir e lá pregar

por três dias e conversar com o povo para que, eles possam provar seus dons para sua

edificação e possam ter tempo e ocasião para inquirir e conhecer melhor sua vida e

conversação.

4. No último destes três dias apontados para a prova de seus dons na pregação, será

enviado do presbitério para a congregação uma pública intimação escrita, a qual, será lida

publicamente diante do povo, e, depois afixada na porta da igreja para significar que, em

tal dia, um número competente de membros daquela congregação, nomeados por eles

mesmos, devem aparecer diante do presbitério para dar seu consentimento e aprovação

para tal homem para ser seu ministro, outrossim, devem colocar de maneira totalmente

cristã com discrição e mansidão, quais exceções eles têm contra ele. E se, no dia apontado,

não houver justa exceção contra ele e o povo dando seu consentimento, o presbitério

procederá com sua ordenação.

5. No dia apontado para a ordenação, que deve ser realizada na igreja em que ele servirá,

um jejum solene será realizado pela congregação para que eles possam mais

fervorosamente se dedicarem à oração pela benção sobre as ordenanças de Cristo e sobre

os labores do seu servo para o bem deles. O presbitério virá ao local, ou pelo menos três ou

quatro ministros da Palavra serão enviados do presbitério, dos quais um, apontado pelo

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presbitério, pregará ao povo acerca dos ofícios e deveres dos ministros de Cristo e como o

povo deve recebê-los para o bem da obra deles.

6. Após o sermão, o ministro que tiver pregado irá diante da congregação exigir daquele

que é agora ordenado, com relação à fé em Cristo Jesus e sua persuasão quanto à verdade

da religião reformada, de acordo com as Escrituras; suas sinceras intenções e fins ao entrar

para este chamado, sua diligência na oração, leitura, meditação, pregação e ministração

dos sacramentos, disciplina e o realizar de todos os deveres ministeriais quanto ao seu

cargo; seu zelo e fidelidade em manter a verdade do evangelho e a unidade da igreja

contra o erro e o cisma; seu cuidado para que ele mesmo e sua família sejam exemplos

para o rebanho; sua disposição e humildade, em mansidão de espírito, em se submeter às

admoestações de seus irmãos e à disciplina da igreja; e sua resolução em continuar em seu

dever contra toda adversidade e perseguição.

7. Em tudo aquilo que tenha se declarado, professando sua disposição e esforços pela

ajuda de Deus, da mesma maneira o ministro exigirá do povo com relação à sua

disposição em recebê-lo e reconhecê-lo como um ministro de Cristo, obedecê-lo, submeter-

se a ele como governando sobre eles no Senhor, mantê-lo, encorajá-lo e assisti-lo em todas

as partes de seu ofício.

8. O qual, sendo mutuamente prometido pelo povo, pelo presbitério (ou os ministros

enviados por eles para a ordenação), irá, solenemente, ser separado para o ofício e obra do

ministério pela imposição de mãos sobre ele, a qual, deve ser acompanhada com uma

curta oração ou benção como esta, por exemplo:

“Agradecidamente, reconhecendo a grande misericórdia de Deus em enviar Jesus

Cristo para a redenção do Seu povo, por sua ascensão à mão direita de Deus, o Pai, e,

consequentemente, pelo derramar do Seu Espírito dando dons aos homens, apóstolos,

evangelistas, profetas, pastores e mestres; por reunir e edificar Sua igreja e por

levantar este homem para esta grande obra, [que aqui sejam impostas as mãos sobre a

cabeça dele] para suplicar-lhe que o encha com Seu Santo Espírito para concedê-lo

(àquele em que Seu nome nós separamos para este santo ofício) o realizar da obra do

ministério em todas as coisas, para que ele possa salvar tanto a si mesmo, quanto ao

povo comprometido com seu encargo.”

9. Tendo terminado esta ou uma forma de oração parecida, que o ministro que pregou

brevemente o exorte a considerar a grandeza de seu ofício e obra, o perigo da negligência

quanto a si mesmo e quanto ao seu povo, a benção que acompanhará sua fidelidade em

sua vida e a vida vindoura; e, além disso, que ele exorte o povo a entregarem-se a ele como

seu ministro no Senhor, de acordo com a promessa deles feita anteriormente. E, assim,

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encomendando tanto ele quanto o rebanho à graça de Deus, depois de cantarem um

Salmo, que a congregação seja dispensada com a benção.

10. Se um ministro for designado para uma congregação que já tenha sido, anteriormente,

ordenado como presbítero de acordo com a forma de ordenação da igreja da Inglaterra, a

qual, cremos que a substância seja válida, não sendo para ser renunciada por qualquer que

a tenha recebido, então, havendo um cuidado em proceder nas questões da ordenação,

que ele seja admitido sem uma nova ordenação.

11. E, no caso de qualquer pessoa já ordenado ministro na Escócia, ou em qualquer outra

igreja reformada, ser designado para outra congregação na Inglaterra, ele deve trazer

daquela igreja para o presbitério aqui, dentro do qual aquela congregação pertence, um

testemunho suficiente da sua ordenação, de sua vida e conversação, enquanto ele viveu

com eles e acerca das causas da sua remoção; e se submeter a um tal julgamento de sua

aptidão e suficiência, e ter o mesmo curso realizado com ele em outras particularidades

como está estabelecido na regra anterior quanto à análise e admissão.

12. Que os registros sejam cuidadosamente mantidos nos muitos presbitérios, acerca dos

nomes das pessoas ordenadas com seus testemunhos, o tempo e lugar de sua ordenação,

dos presbíteros que impuseram as mãos sobre eles e acerca do cargo para o qual eles

foram apontados.

13. Que nenhum dinheiro ou presente, ou o que quer que seja, seja recebido da pessoa

ordenada ou de qualquer outro em seu nome, para a ordenação ou de qualquer outra coisa

pertencente a esta, por quem quer que seja do presbitério ou qualquer pertencente ao

presbitério sobre qualquer pretensão que seja.

ATÉ ESTE PONTO TRATAMOS DAS REGRAS ORDINÁRIAS, E DO CURSO DA ORDENAÇÃO,

SEGUNDO A FORMA ORDINÁRIA; AQUILO QUE CONCERNE A FORMA EXTRAORDINÁRIA,

E QUE SE REQUER QUE PRATIQUEMOS AGORA, SEGUE:

1. Nas presentes exigências, enquanto não podemos ter qualquer presbitério formado com

toda sua autoridade e obra, e que muitos ministros devam ser ordenados para o serviço do

exército e marinha e para muitas congregações onde não há ministro algum, e para onde

(por motivos de problemas públicos) o povo não consegue nem inquirir para encontrar

alguém que seja um ministro para eles, nem ter algum que com segurança seja enviado a

eles por meio de provas solenes como aquelas foram anteriormente mencionadas nas

regras ordinárias. Especialmente, quando não pode haver presbitério perto deles para

quem eles poderiam se dirigir ou pelo qual poderia lhes ser enviado um homem apto para

ser ordenado naquela congregação e para aquele povo. E, não obstante, é um requisito que

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ministros sejam ordenados para eles por alguns que (tendo eles mesmos sidos separados

para a obra do ministério) tem autoridade para se unirem, para designar outros que sejam

aptos e dignos. Nestes casos, até que pela benção de Deus a dificuldades mencionadas

sejam, em boa medida, removidas, que alguns ministros piedosos que estejam em Londres

ou nas proximidades, sejam designados pela autoridade pública, que, sendo associadas,

possam ordenar ministros para a cidade e para as proximidades, mantendo-se o mais

próximo possível das regras que anteriormente foram mencionadas, e, que esta associação

seja para nenhum outro propósito ou intento, mas apenas para a obra da ordenação.

2. Que a mesma associação seja feita pela mesma autoridade em grandes cidades, e, que as

paróquias vizinhas, nos diversos municípios, as quais estão quietas e sem perturbação,

façam o mesmo nas partes adjacentes.

3. Que aqueles que foram escolhidos ou designados para o serviço do exército ou marinha,

sejam ordenados, como anteriormente mencionado, pelos ministros associados de Londres

ou por outros no país.

4. Que seja feito o mesmo quando, algum homem, for devida e legalmente recomendado a

eles para o ministério de qualquer congregação, que não pode usufruir a liberdade de ser

provado em todas as partes e habilidades e deseja ajuda de tais ministros associados, para

que sejam melhor supridos com tal pessoa que foi julgada apta para o serviço daquela

igreja e povo.