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Jornal da Paróquia Santo Antônio de Pádua - Arquidiocese de Maringá | ANO XIII - Nº 160 - Março de 2020 | www.psantoantonio.org.br

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Page 1: 160 MARCO 2020 - psantoantonio.org.br · Mutirão de confissões – Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e São Judas Tadeu – 19h 30 seg Catequese de Adultos – Entrega da Oração

Jornal da Paróquia Santo Antônio de Pádua - Arquidiocese de Maringá | ANO XIII - Nº 160 - Março de 2020 | www.psantoantonio.org.br

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AGENDA MENSAL MARÇO 2020 AGENDA SEMANAL - FIXAAGENDA SEMANAL - FIXAAGENDA SEMANAL - FIXA

PASTORAIS E MOVIMENTOSPASTORAIS E MOVIMENTOSPASTORAIS E MOVIMENTOS

Café da manhã comunitário – Após a missa das 7h30

1 dom

Café da manhã comunitário – Capela – Após a missa

Retiro para lideranças – Seminário Santo Agostinho – 8h

Grupo Santo Antônio (RCC) – Encontro para Servos – Sala 01 – 8h

Catequese de Adultos – Rito de Eleição e Inscrição do Nome – Missa – Matriz – 9h30

Apostolado da Oração – Reunião – Matriz – 14h30

Juventude paroquial – Ensaio da Paixão de Cristo – Praça da Igreja – 20h

2 seg Pastoral Familiar – Reunião – Sala 02 – 20h

Curso de Noivos – Sala 01 – 20h4 qua CEB São Mateus – Rua Antônio Carlos de Held, 291 – Missa – 20h

5 qui PASCOM – Reunião – Sala 02 – 20h

Missa – Sagrado Coração de Jesus – Matriz 19h (Hora Santa às 18h)6 sex Missa – Sagrado Coração de Jesus – Capela 20h (Hora Santa às 19h)

Juventude Paroquial – Reunião – Sala 02 – 20h

Coral Infantil Santo Anjo – Ensaio – Sala 02 – 10h

7 sáb Movimento da Mãe Rainha – Reunião – Sala 01 – 15h

Noite das Mulheres (Homenagem pelo dia das mulheres) Salão – 20h

8 dom DIA INTERNACIONAL DA MULHER

10 ter ECC – Pós-encontro – Sala 01 e salão paroquial – 20h

Curso de Noivos – Sala 01 – 20h11 qua CEB São Marcos – Rua Colômbia, 375 – Missa – 20h

Pastoral da Criança – Reunião – Casa da Pastoral – 19h30

12 qui CEB São Lucas – Missa – Rua Montevideo, 287 – 20h

Catequese – Formação com catequistas – Sala 01 – 20h

13 sex Juventude Paroquial – Ensaio da Paixão de Cristo – Praça da Igreja – 23h

Retiro para lideranças – Seminário Santo Agostinho – 8h15 dom Catequese de Adultos – 1º Escrutínio – Missa – Matriz – 9h30

Curso de Noivos – Sala 01 – 20h18 qua

Adoração ao Santíssimo – Capela – 20h

Pastoral da Criança – Celebração da Vida – Capela – 14h21 sáb Juventude Paroquial – Ensaio da Paixão de Cristo – Praça da Igreja – 20h

Apostolado da Oração – Reunião – Capela – 8h22 dom Catequese de Adultos – 2º Escrutínio – Missa – Matriz – 9h30

23 seg Mutirão de confissões – Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – 19h

24 ter CEB São Paulo – Missa – Av.: Morangueirra, 313 – 19h

Curso de Noivos – Sala 01 – 20h25 qua

CEB São João – Missa – Rua Marechal Candido Rondon, 531 – 20h

Mutirão de confissões – Paróquia Santo Expedito – 19h

26 qui Coroinhas – Reunião mensal – Vocação da família – Sala 01 – 19h30 Pastoral da Criança – Capacitação – Casa da Pastoral – 19h30

Mutirão de confissões – Paróquia Santa Paulina – 19h

27 sex

Movimento da Mãe Rainha – Terço nas comunidades – 20h

Ceb São Paulo: Rua São João, 110

Ceb São Mateus: Rua Alameda João Paulino, 118

Ceb São João: Rua Santo Antônio, 507

Ceb São Marcos: Rua Pastor Anísio Francisco da Silva,1360

Ceb São Lucas: Rua Mario Montechio, 357"

Coral Infantil Santo Anjo – Ensaio – Sala 02 – 10h28 sáb

Pastoral da Criança – Celebração da Vida – Casa da Pastoral – 14h

Caminhada Jovem – Região Pastoral Nossa Senhora Aparecida – Saída às 7h

29 dom Catequese – Retiro da Fase 4 (1ª Eucaristia) – Seminário Santo Agostinho – 8h

Catequese de Adultos – 3º Escrutínio – Missa – Matriz – 9h30

Mutirão de confissões – Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e São Judas Tadeu – 19h30 seg Catequese de Adultos – Entrega da Oração do Senhor (Pai Nosso) – Missa – Matriz – 19h

31 ter Mutirão de confissões – Paróquia Santa Isabel de Portugal – 19h

Informativo mensal da Paróquia Santo Antônio de Pádua (desde agosto de 2006)Equipe Pascom: Ana Paula Peron, Douglas dos Santos Dias, Isabela Maria Lopes Santana, Marcia Portilho, Michele Adriane Caetano Ribeiro, Patrícia Helena Werner.Endereço: Praça Santo Antônio, s/n, Vila Santo Antônio, CEP 87030-250, Maringá-PR | Fone 44 3029-2055 | Site: www.psantoantonio.org.br | E-mail: [email protected] Diretor responsável: Pe. Neri Dione Squisati | Diagramação: Gelinton Batista da Cruz ([email protected]) | Tiragem: 1.500 exemplares | Impressão: Grafipress

MISSAS NA MATRIZSegunda, Quinta e Sexta: 19hQuarta: 15hSábado: 19hDomingo: 7h30, 9h30 e 19h

CELEBRAÇÃO DA PALAVRA - MATRIZTerça: 19h

MISSAS NA CAPELA SANTA DULCE DOS POBRESDomingo, às 9h e 1ª Sexta-feira, às 20h

ATENDIMENTO ESPIRITUALPadre Neri: Segunda (9h) - Sexta (14h)Mons. Marcos: uma hora antes das missas

SECRETARIASegunda à Sexta: das 8 às 18hSábado: das 8 às 12h

BATIZADOS4º Sábado do mês: 17h

MATRIMÔNIOSMatriz: Sábado, 17hCapela Santa Dulce dos Pobres: Sábado, 19h

ADORAÇÃO - CAPELA SANTA DULCE DOS POBRES3ª quarta-feira do mês: 20h

TERÇO PELAS VOCAÇÕES - MATRIZSegunda à Sábado: 6h30

CANTO, LITURGIA E MECESSegunda: 20h, sala 2

AMOR EXIGENTESegunda: 20h, sala 1 e sala 2

VICENTINOSSegunda: Conf. São Tiago, 20h, CEPATerça: Conf. Santo Antônio, 20h15, CEPA

RCCTerça: Grupo Santo Antônio, 20h, matrizDomingo: Servos do Pai (Jovens), 20h15, matriz

JAM - JUVENTUDE DE AÇÃO MARIANA1º Domingo: 20h, na casa dos Jamistas3º Domingo: 20h, sala 1

MJC - MOVIMENTO JOVEM CRISTÃO1º e 3º Domingo: 19h30, Capela Santa Dulce dos Pobres

CONGREGAÇÃO MARIANA2º e 4º Sábado: 20h, sala 1

ECC2ª terça-feira: 20h (Sala 1)

DIZIMISTAS GANHADORES DA IMAGEM

FEVEREIRO

CEB São João Evangelista: Maria Tamachiro CEB São Lucas Evangelista: José Ricardo de Oliveira CEB São Marcos Evangelista: Elaine Aparecida StropaCEB São Mateus Evangelista: Luzinete Oliveira Parizoto CEB São Paulo Apóstolo: Renato Visioli CEB São Pedro Apóstolo: Jonas Braz

Maringá, Março de 2020

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Equipe PASCOM

E� bastante conhecido entre nos um refrao cantado na Quaresma que nos lembra: “Eis o tempo de conversao, eis o dia da Salvaçao; ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversao!”.

Esse refrao ressoa como um chamado a reconciliaçao neste tempo tao precioso que a Igreja nos oferece enquanto momento de rever os cami-nhos ja trilhados, de repensarmos a nossa vida e a nossas relaçoes – com Deus, com os irmaos e conosco mesmos diante das coisas do mundo – para, assim, refazer os passos e levar avante nosso processo de conversao e de santificaçao.

Para nos possibilitar esse caminho de preparaçao para a Pascoa, a Santa Igreja nos ensina e nos motiva a realizar mais intensamente tres praticas interligadas, nas quais se manifestam esse desejo de conversao: a oraçao, o jejum e a caridade.

Aoração:Mais do que a repetiçao das muitas e bonitas “rezas” que trazemos gravadas em nosso coraçao e que nos ajudam a estar perto de Deus, a oraçao e a constante conexao, a constante sintonia com Deus em todos os momentos da nossa vida, quer estejamos na solidao de nosso quarto ou reunidos em comunidade. Por meio da oraçao, o homem se volta para Deus, reconhecendo-O como unico e absoluto, enquanto reconhece a si proprio como criatura dependente de seu Criador. Pela pratica da oraçao, somos constantemente fortalecidos nas mais diversas circunstancias de nosso viver. E� tambem por meio dela que conseguimos reconhecer que, em nossa vida, tudo e dom e graça de Deus.

Ojejum: Jejuar e abrir mao de algo imediato e necessario para que seja possıvel dominar a nos mesmos, tendo em vista um projeto mais amplo para a realizaçao da vida a caminho da santidade. Ele nao consiste apenas em deixar de comer ou de beber alguma coisa (o que tambem e muito bom, se revestimos esse gesto com a oraçao e a caridade), mas e, sobretudo, um exercıcio de disciplina que

fortalece nosso autocontrole. O jejum e uma pratica que leva o ser humano a considerar melhor o modo como se relaciona consigo, com as coisas, com o mundo, com os bens materiais, com suas proprias paixoes, com os excessos que comete em relaçao a comidas, bebidas, internet, jogos, diversoes, maus costumes. O jejum eleva nossa alma e nos auxilia a estar em comunhao com o Senhor.

A caridade: O Senhor nos ensina a ser misericordiosos e discretos quando ajudamos alguem. Praticar a caridade para com o proximo e ajudar aqueles que precisam de nos. Essa ajuda pode se dar no sentido material – quando damos de comer, de beber e de vestir a alguem – ou espiritual – quando consolamos, ouvimos, visitamos, acolhemos o outro em suas angustias que nem sempre os olhos podem ver. A caridade e um gesto de partilha que se torna sinal de compaixao para com o outro que precisa de nos materialmente ou espiritualmente. O homem deixa de lado seu proprio egoısmo quando partilha aquilo que possui, quando vai ao encontro daquele que tem necessidade de algo, quando e solidario e ajuda o irmao a se (re)erguer.

Essas praticas – que nos sao ensinadas pelo proprio Cristo –, para serem autenticas e vividas com fecundidade, devem ser feitas no silencio, na humildade e na discriçao, pois nao precisamos mostrar para ninguem as nossas penitencias, nem as nossas boas obras ou a nossa vida de oraçao. Se orarmos, jejuarmos e fizermos caridade para obter elogios dos homens, essas praticas nao valem nada para a nossa santificaçao, pois “ja teremos recebido a recompensa” (Mt 6,5). O objetivo do jejum, da oraçao e da caridade nao e agradar aos homens, mas fortalecer nossa comunhao com Deus, que e todo Amor e Misericordia, deixando que Ele conduza nossa existencia.

Peçamos a ajuda de Nossa Senhora para bem vivermos o tempo da Quaresma, preparando-nos para a Pascoa do Senhor. Que a Virgem Mae do Silencio e da Humildade nos auxilie nesta caminha-da!

www.focaconsorcios.com.br

ATENÇÃO!!!NA COMPRA DE 1 CONSÓRCIO DE MOTO, CARRO OU IMÓVEIS,

VOCÊ ESTARÁ CONTRIBUINDO COM A PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO.

44 99135-3990

Maringá, Março de 2020

Oração, jejum e caridade: caminhos de conversão

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Pe. Neri Dione Squisati - Pároco

Estimados irmaos e irmas.Aproximamo-nos mais uma vez do tempo

liturgico da Quaresma. Tempo espiritual que nos convida a uma revisao de vida, no qual, refletindo sobre nossas açoes, somos chamados a reconhecer e a nos arrepender de nossas faltas e pecados, buscan-do, por uma atitude sincera do coraçao, a reconcilia-çao com Deus, com a Igreja e com os irmaos. Tempo em que, mais do que atitudes externas, o Senhor Deus espera de nos uma conversao profunda do coraçao.

C o m o d e c o s t u m e , a q u i n o B ra s i l , a Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o intuito de contribuir para uma espiritualidade mais profunda e encarnada do tempo da Quaresma, propoe-nos a Campanha da Fraternidade, com tema e lema que iluminam nossas vidas, nossa caminhada quaresmal e a busca da conversao.

TEMA, LEMA E OBJETIVO GERALNeste ano de 2020, o tema da Campanha da

Fraternidade e Fraternidade e vida: dom e compro-misso. O lema que inspira a Campanha deste ano e “Viu, sentiu compaixao e cuidou dele” (Lc 10,33-34).

Por objetivo geral, e proposto: Conscientizar, a luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como Dom e Compromisso, o que se traduz em relaçoes de mutuo cuidado entre as pessoas, na famılia, na comunidade, na sociedade e no planeta, nossa Casa Comum.

A ESPIRITUALIDADEO texto que oferece o lema da CF 2020 e do

evangelho de Sao Lucas, conhecido como a parabola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37).

Recordemos que, nesta passagem bıblica, Jesus conta esta parabola ao ser instigado por um levita que lhe perguntara: “O que fazer para herdar a vida eterna?”. Jesus nos ensina que nao e possıvel herdar a vida eterna se formos alheios a pratica da caridade, compaixao e misericordia. Podemos ate ser bons cumpridores das normas e preceitos religiosos (como o sacerdote) e grandes conhecedores das leis de Deus (como o levita); porem, sem a caridade, a compaixao e a misericordia (vividas pelo samarita-

no), passamos ao largo do Reino do Ceus.O proprio Jesus e exemplo desta açao. Olhando

a humanidade ferida pelo pecado e a morte, Ele nao ficou distante de nos; ao contrario, desceu dos ceus e se fez um como nos, exceto no pecado (Hb 4,15). Veio ao nosso encontro, cheio de amor e de compaixao, limpar nossas feridas e nos devolver a razao de viver, para que, por esse encontro, pudessemos renovar as nossas esperanças. Veio com um olhar cheio de ternura, de amor.

Outro exemplo e Santa Dulce dos Pobres, a santa brasileira canonizada no ultimo dia 13 de outubro de 2019 pelo Papa Francisco. Sua vida sempre foi um verdadeiro olhar de amor e misericor-dia para com os doentes e pobres, tristes e abatidos; indo ao encontro destes, curou-lhes as feridas, nao so do corpo, mas da alma, da dignidade ferida pela miseria, pelas doenças, pela fome. A historia de Santa Dulce nada mais e do que um retrato vivo da parabola que Jesus apresenta neste texto do evangelho de Sao Lucas.

Maringá, Março de 2020

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2020

Deus, nosso Pai, fonte da vida e princípio do

bem viver, criastes o ser humano e lhe

confiastes o mundo como um jardim a ser

cultivado com amor.

Dai-nos um coração acolhedor para assumira vida como dom e compromisso.

Abri nossos olhos para ver as necessidades

dos nossos irmãos e irmãs, sobretudo dos mais

pobres e marginalizados.

Ensinai-nos a sentir a verdadeira compaixão

expressa no cuidado fraterno, próprio de quem

reconhece no próximo o rosto do vosso Filho.

Inspirai-nos palavras e ações para sermos

construtores de uma nova sociedade,

reconciliada no amor.

Dai-nos a graça de vivermos em comunidades

eclesiais missionárias, que, compadecidas,

vejam, se aproximem e cuidem daqueles que

sofrem,a exemplo de Maria, a Senhora da Conceição

Aparecida, e de Santa Dulce dos Pobres, Anjo

Bom do Brasil.

Por Jesus, o Filho amado, no Espírito, Senhor

que dá a vida. Amém!

Oração da Campanha da Fraternidade 2020

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SUPERAR A CULTURA DA INDIFERENÇA

Desde o inıcio de seu pontificado, um dos clamores do Papa Francisco tem sido: “Nao a cultura da exclusao, do descartavel, da globalizaçao, da indiferença, mas sim a cultura do encontro”.

Cada dia que passa, aumenta o indiferentis-mo, fruto do individualismo, da autossuficiencia, do isolamento e de tantas outras formas de fechamento em si mesmo que exclui os outros por completo da propria vida.

Na parabola, temos duas personagens que olham o homem ferido, porem nada fazem para ajuda-lo, ou seja, sao indiferentes ao sofrimento do outro. Passam e olham, mas nada sentem, e seguem seu caminho. E essa realidade nao esta distante de nos.

Quantos sao aqueles que estao por nossas ruas e praças, sem a mınima condiçao de viver? Quantos sao aqueles que morrem de fome? Quantos sao aqueles que morrem vıtimas de catastrofes naturais? Quantos sao os que morrem diariamente nas filas dos hospitais? Quantos povos dizimados pela “desculpa” do progresso? Quantos migrantes? Ou, ainda, como nos fala o Papa Francisco: Como estamos vendo o desmatamento da Amazonia? E a exploraçao excessiva da terra e de seus minerios que causam desequilıbrios nefastos? E a extinçao de diversas especies de animais, aves, peixes?

Vemos tudo isso e, muitas vezes, temos o olhar da indiferença. Digo isso, pois, quantas vezes, ouvimos dizer: “Ah, mas isso esta longe de mim”; “Ah, nao posso fazer nada”; ou ainda, “Mas e o governo

que tem cuidar disso, nao eu”. Parecemos alheios aos sofrimentos da mae Terra, das matas e das florestas; alheios aos sofrimentos dos diversos povos indıge-nas, quilombolas, ribeirinhos; alheios, portanto, aos sofrimentos da Criaçao. Falta-nos, por vezes, o olhar da compaixao, mas sobra – infelizmente – o olhar da indiferença.

O desafio que a Campanha da Fraternidade suscita nao e novo. Mas se trata de um apelo para que nao deixemos o caos se instalar sobre nos.

CULTURA DO ENCONTRO E DO CUIDADO

A unica forma de combater todas essas realidades que geram e alimentam essa cultura de morte e atraves do encontro e do cuidado.

Vejam: se o samaritano nao fosse ao encontro do homem ferido, nao sentiria compaixao; se nao sentisse compaixao, nao cuidaria dele. Mas para oferecer-lhe esse cuidado, foi preciso um olhar de ternura, de amor. O olhar de ternura e de amor do samaritano gerou a compaixao; a compaixao, por sua vez, traduziu-se no cuidado que teve para com aquele que estava quase morto. Parece insano, mas tudo depende de um olhar; um olhar que e igual ao olhar de Deus para conosco.

Devemos aprender a ter esse olhar que se compadece, que deseja aproximar-se e nao ficar distante, um olhar que faz querer cuidar uns dos outros. “Sentir compaixao e cuidar com ternura e reacender a chama de uma vida; e reconstruir uma historia; e aquecer um coraçao desesperado; e iluminar quem esta na escuridao; e abrir os braços para quem precisa de um abraço; e fazer-se presente

onde ninguem deseja estar ou queira ficar” (Texto-base da CF 2020, n. 136, p. 64).

“Assim aprendemos com o Bom Samaritano: o meu proximo e aquele de quem eu me achego. E� aquele a quem dedico cuidado. E� aquele com quem tenho a alegria de compartilhar o caminho da vida. Neste mundo tao acelerado, e preciso ter a coragem da fe, que e capaz de parar, de interromper a rotina, para cuidar” (Texto-base da CF 2020, n. 163, p. 76).

UMA IGREJA SAMARITANA, UM POVO QUE AMA E CUIDA

Estimados irmaos e irmas.Permitamo-nos interpelar pela Palavra de

Deus e pela Campanha da Fraternidade e reflitamos: “Em nosso agir evangelizador, ‘tambem temos diante de nos, a nossa disposiçao, duas bacias com agua: de um lado, a bacia utilizada por Pilatos, sımbolo da indiferença e da omissao; do outro lado, a bacia utilizada por Jesus no lava-pes, sinal de terno cuidado e compromisso para com o serviço. Serviço evangelizador que da visibilidade ao Reino de Deus presente no mundo. Qual das duas bacias temos utilizado como evangelizadores?’” (Texto-base da CF 2020, n. 168, p. 77).

A fe nao e polıtica, nem demagogia, nem, tampouco, ideologia. A fe e compromisso com Deus e com os irmaos. E so quem fez a experiencia da ternura, da compaixao, da misericordia e do amor de Deus sabera viver e colocar em pratica tais virtudes, a fim de ganhar a vida eterna.

Sejamos, pois, multiplicadores da compai-xao e do cuidado, a exemplo de Cristo Jesus, o Bom Samaritano.

Abençoada Quaresma a todos!

Maringá, Março de 2020

“VIU, SENTIU COMPAIXÃO E CUIDOU DELE”(Lc 10,33-34)

Quem é obrigado a apresentar a Declaração de Ajuste Anual do IRPF 2020:

Ÿ Rendimentos Tributáveis anual superior R$ 28.559,70Ÿ Rendimentos Isentos e não Tributáveis anual superior R$ 40.000,00Ÿ Ganho de capital e operações em bolsa de valoresŸ Receita com atividade rural anual superior R$ 142.798,50Ÿ Bens e Direitos em 31/12/2019 superior a R$ 300.000,00

Começou o prazo para entrega das Declarações de Imposto de Renda 2020. As pessoas que são obrigadas devem apresentar a declaração .no período de 2 de março a 30 de abril de 2020

Não que com dúvida e não deixe para o

último dia. Estamos à disposição

para tirar suas dúvidas.

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Débora Eloiza Braido Zacarias – CRP – 08/20152

Ser voluntario e dedicar parte do seu tempo, sem remuneraçao, proporcionando formas de intervençoes relacionadas ao bem-estar social, em distintas realidades, visando sempre superar fronteiras – principalmente as do individualismo e da desigualdade – que contribuem para as diferen-tes formas de violencia existentes em nossa sociedade.

Essa pratica pode ser considerada como uma via de mao dupla, visto que traz benefıcios tanto para a sociedade em geral como para o indivıduo que realiza tarefas voluntarias, pois, ao mesmo tempo em que os voluntarios, em suas atividades, cooperam para a construçao de uma sociedade mais justa, eles proprios se deparam com benefıci-os em varios nıveis para si, tais como:

Saúde mental: Imersos em um envolvi-mento social, a sensaçao de realizaçao que o voluntariado proporciona pode levar os seus envolvidos a experienciarem menos stress psicolo-gico, maior satisfaçao com a vida e diminuiçao de sintomas de vazio existencial. Sentir-se realizado e satisfeito consigo mesmo e gratificante, eleva a autoestima e melhora a qualidade de vida. A longo prazo, tais sensaçoes beneficiam a saude mental do indivıduo, distanciando, cada vez mais, sintomas como os de stress e depressao.

Aquisição de novas habilidades: A pratica do voluntariado proporciona o desenvolvi-mento de novos conhecimentos e competencias, ao possibilitar outros tipos de responsabilidades que podem gerar novas habilidades emocionais, sociais e intelectuais. Por exemplo: quem e tımido pode aprender a se comunicar de maneira mais asserti-va; quem e sem paciencia pode passar a entender que, as vezes, saber esperar e a melhor estrategia; quem e intolerante podera vivenciar uma liçao de humildade etc.

Autoconhecimento: O trabalho volunta-rio e uma otima oportunidade para que a pessoa, explorando novos caminhos em sua vida, passe a conhecer melhor a si mesma; isto por que esta pratica pode retira-la do tedio e do comodismo do dia a dia, permitindo uma autopercepçao de suas potencialidades. O voluntario entra em contato com objetivos que pretende alcançar e, dessa forma, pode passar a entender o que realmente quer de sua vida, alcançando uma ressignificaçao.

Saúde física: O aumento da atividade fısica proporcionada por algumas formas de trabalho voluntario beneficia a qualidade de vida do indivıduo. Alem disso, a realizaçao de um trabalho prazeroso, como o do voluntariado genuıno, acarreta a diminuiçao do stress, o que, por sua vez, tende a prevenir uma serie de patologias. Outro efeito deste tipo de pratica e o estımulo de funçoes cognitivas muito importantes por meio do exercıcio da memoria e do planejamento de tarefas.

Mudanças comportamentais: No que se refere a comportamentos relacionados a responsabilidade cıvica, os indivıduos que exercem a pratica do voluntariado se destacam, pois assumem maior responsabilidade social e desejo de mudança servindo a comunidade. Outras mudanças comportamentais importantes sao a diminuiçao de aspectos antissociais, visto que a pratica da socializaçao quase sempre esta presente neste tipo de serviço, e o aumento da tolerancia, autoestima, empatia e respeito pelo bem comum.

Por fim, segundo um ditado popular, “um pouco de perfume sempre fica nas maos de quem oferece flores”. Ao se doar verdadeiramente a um trabalho voluntario, preocupando-se e colocando-se no lugar do outro, a pessoa esta cooperando para a construçao de uma sociedade mais justa, e, por consequencia, esta se preenchendo por inumeros benefıcios.

Jesus lhe disse: “O que e que esta escrito na

Lei? Como voce le?” Ele entao respondeu:

“Ame o __________________________________________,

seu ______________________________________________,

com todo o seu _________________________________,

com toda a sua alma, com

toda a sua _________________________________ e com

toda a sua _______________________________; e ao

seu _________________________________________ como

a si mesmo.”

(Lc 10,26-27 – Bıb lia ediçao Pastoral, 1990).

A Campanha da Fraternidade deste ano

tem a Parabola do Bom Samaritano como

inspiraçao. O tema e: “Fraternidade e Vida:

Dom e Compromisso” e o lema: “Viu, sentiu

compaixao e cuidou dele” (Lc 10,33-34).

Complete os versıc ulos do Evangelho

segundo Sao Lucas com palavras que se

encontram no “caça-palavras”.

Maringá, Março de 2020

Voluntariado: uma via de mão dupla

Cantinho daCATEQUESE

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CEB São Pedro Apóstolo: Adalberto José Moreira, Benedito Clemio Martins, Graziele M. Simplício, Ionice Moreira Pereira, Luzia Vernaschi da Silva, Márcio Rodrigues, Maria do Carmo Manoel dos Santos, Maria Luiza Martins Santos, Rayana Magari dos Santos, Renan Baveloni Pereira, Romano Menon, Sérgio Aparecido da Silva, Vânia Eliane dos Reis Pizzo, Vera Lúcia dos Santos Lima, Verônica Ossips.

CEB São Paulo Apóstolo: Antônio de Oliveira, Benedita Silva Rossa, Elizeia Minuce Mazo, Eunice Santin, Geraldo José dos Santos, Marlene Muncio C. Santin, Osvaldo Santin, Setsuko Fugita Isseyki.

CEB São João Evangelista: Andreia Peres Candelorio, Antonia G. Saldanha, Aparecida de Araújo, Armelindo Ambrósio, Aurea Aparecida Miquelin Zeidel, Beatriz Stropa Bassetto, Bento Decio Paris, Cristhine Rumi Ando, Emma Tambani, Gabriela Maria Carvalho Faria, Gelso Naves de Souza, Geraldo Aparecido Dante, Helena Crevelaro, Janete Bega Marrafon, Joaquim José de Souza, José Carlos Assis Correa, José Reinaldo da Silva, Juventina Pires Batista, Kátia Larissa Camilo, Lilian Márcia Paiola Pompeo, Lourdes Podanoschi Scapin, Marcelo Torresan, Maria Conceição Besagio, Maria Dulce Ferracin Del Pintor, Maria Eunice de Carvalho Alves, Maria Ungaro, Nair Gonçalves Ribeiro, Olga Begas Capparros, Rosa Henrique da Silva, Rosane Aparecida F. Rizzatto, Santina Magri da Cruz, Vanda Lazarin, Verônica Gonçalves Quirino

CEB São Lucas Evangelista: Andrei Ribeiro Silva, Catarina Contarde Shiavon, Cleuza Frassati Bruschi, Elicia Ambrosio Valentini, Eliene Luiza Peluso Storti, Humberto Fantachole, José Gavioli, Juliano dos Santos Campinas, Júlio Augusto Zaramello, Maria Claudete das Neves Fantacholi, Maria da Conceição Luiz, Maria de Oliveira Ramos, Maria do Carmo Santos Pinto, Renato Mariano dos Santos, Roberta M. Barreto de Carvalho, Roseli Deonisio dos Santos, Síria Maria da Silva, Terezinha Negrete Garcia, Viviane Michelle Martins Lima.

CEB São Marcos Evangelista: Adelaide Fragoli Toresan, Amauri Hebert Piai, Antônio Ravanelli, Durval Araújo Lopes, Elaine Aparecida Stropa, Fernando Aparecido S. Monteiro, Gaspar Tadeu Pacheco dos Santos, Geni de Mello Soares, Iêda Maria Ribeiro Martins, Iraides Marin Rubino, Jair Pinto Cardoso, José Aparecido Calefi, José Nogueira da Silva, José Rubens de Carvalho, Maria Ferreira da Silva, Nair Calsavara da Silva, Toshimitsu Kamimura, Vanda Rosa Scaranello Perassoli.

CEB São Mateus Evangelista: Antônio Garcia Simon, Aparecida Martins Toledo, Celi Aparecida Alves, Eliana Aparecida Evangelista Garcia, Esmeralda Amalfe Lazaretti, Jaime Dantas Vilar, João de Mello, José Caetano de Jesus, Lazara Miotto Mossambani, Maria de Fátima Gome da Silva, Maria Lúcia Possa Rezende, Marlus Henrique Calciolari, Mercedes Pagani, Rosireine da Silva, Santo Gabriel Conejo.

VALOR

10.500,00

14.994,65

1.309,00

57.365,90

1.210,00

600,00

240,00

2.679,00

45,92

400,00

408,00

89.752,47

6.539,95

7.795,40

10.000,00

12.393,86

19.947,63

5.488,00

420,00

3.656,90

2.442,15

885,07

11.307,33

10.550,80

106,70

91.533,79

827,12

500,00

410,00

2.819,77

4.556,89

1.904,74

420,00

1.500,00

600,00

668,73

1.641,48

6.734,95

58.531,46

89.752,47

102.825,63

45.458,30

VALOR

14.955,25

6.021,00

9.283,35

7.978,00

8.430,30

10.698,00

57.365,90

BALANCETE MENSAL - JANEIRO 2020

DIZIMISTASANIVERSARIANTES DO MÊS

RECEITAS

Campanha do Painel

Coletas

Cofre de Imagens

Dízimo

Doações

Doação para construção do Painel

Patrocínio Informativo

Repasse de caixa Capela

Rendimentos aplicação

Taxas Casamento

Xarope e multi-mistura

TOTAL

DIMENSÃO RELIGIOSA E ECLESIAL

Água, energia elétrica e telefone

Côngruas

Construção do Painel - Matriz

Encargos e honorários contábeis

Funcionários (Salários, férias, vale transporte e alimentação)

Gráfica - Calendários e Organogramas

Material escritório e informática

Material Litúrgico Matriz (Velas, imagens, vinhos, partículas, etc.)

Manutenção Veículos (Combustíve e pneus)

Manutenção Casa Paroquial (Mercado, etc.)

Manutenção Matriz, Capela e Salão Paroquial

Repasse - Arquidiocese (Seminários, taxas, etc.)

Taxas bancárias

Sub-total

DIMENSÃO MISSIONÁRIA

Coletas do Advento

Despesas - Pastorais

Despesas - Formações de pastoral

Fretes e Carretos

Jornal Paroquial e revista Maringá Missão

Sub-total

DIMENSÃO SOCIAL E CARITATIVA

Assistência Social

Cursos Profissionais (Técnica vocal, violão e teclado)

Contribuição - Casa Emaús e Assoc. coração Eucarístico de Jesus

Doação - Seminarístas

Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (1%)

Plano saúde (Padres)

Sub-total

SALDO ANTERIOR

RECEITAS

DESPESAS

SALDO ATUAL

DÍZIMO POR COMUNIDADE Nº de Dizimistas

Comunidade São João 200

Comunidade São Lucas 123

Comunidade São Marcos 149

Comunidade São Mateus 150

Comunidade São Paulo 62

Comunidade São Pedro 125

809

Maringá, Março de 2020

Page 8: 160 MARCO 2020 - psantoantonio.org.br · Mutirão de confissões – Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e São Judas Tadeu – 19h 30 seg Catequese de Adultos – Entrega da Oração

Mons. Marcos A. Ramalho

A Carta Apostolica Mulieris dignitatem, escrita por Sao Joao Paulo II, trata especifica-mente da dignidade e da vocaçao da mulher e responde a uma solicitaçao dos participantes da VII Assembleia Ordinaria do Sınodo dos Bispos, realizada em Roma em 1987, sobre o tema: “A vocaçao e missao dos leigos na Igreja e no mundo, vinte anos apos o Concılio Vaticano II”.

Passo, agora, a apresentar os principais pontos abordados pelo documento papal.

1. Maria, modelopara mulheres e homensO Santo Padre nos convida a olhar para

Maria, a “Mulher” das Escrituras. Graças a sua uniao excepcional com Deus, a expressao mais perfeita da dignidade e vocaçao humana emergiu claramente. O evento central da historia da salvaçao esta inseparavelmente ligado a uma elevaçao extraordinaria das mulheres. Deus, de fato, escolheu uma mulher para fortalecer a aliança definitiva com a humanidade e, portanto, faz dela a represen-tante e o modelo da Igreja e de toda a humani-dade – homens e mulheres.

2. Pessoa, comunidade, dom de siO livro do Genesis afirma explicitamen-

te que Deus criou o ser humano – homem e mulher – a sua imagem e semelhança. Isso significa que os dois sexos tem a mesma natureza dos seres racionais e livres; que ambos receberam o mandato comum de subjugar a terra; e, finalmente, que cada um

dos dois tem um relacionamento direto e pessoal com Deus. Ou seja, homens e mulheres sao pessoas: eles sao – como o Papa repete com frequencia – amados por Deus “por si mesmos”, e nisso reside sua dignidade.

3. Mulheres e domínio masculinoOs textos de Genesis sobre o status de

homens e mulheres “no princıpio” [da criaçao], tambem contem a explicaçao das desarmonias da realidade: “Precisamente neste princıpio o pecado e inscrito e revelado como contraste e negaçao” (MD, 9). Como recorda o Concılio Vaticano II, a imagem de Deus no homem, ainda nao sendo apagada pelo pecado, sofreu uma ofuscaçao considera-vel. A perda da uniao ıntima original com o Criador leva a uma alteraçao na relaçao recıproca entre os sexos. Assim, macho e femea se enfrentam e ate a natureza se rebela contra eles (cf. MD, 9).

4. Cristo, protetor supremo das mulheresCristo oferece um testemunho muito

rico daquilo que a realidade da redençao significa para a dignidade e a vocaçao das mulheres. Mesmo aqueles que ouvem critica-mente os ensinamentos da Igreja reconhecem que “Cristo foi constituıdo diante de seus contemporaneos enquanto promotor da verdadeira dignidade das mulheres” (MD, 12). Portanto, nao e por acaso que o capıtulo sobre Cristo e as mulheres marca o cerne central do Mulieris dignitatem: de fato, e Cristo quem oferece o padrao e a medida da açao de seus discıp ulos.

5. Maternidade física e maternidade espiritualA unidade e a igualdade de homens e

mulheres nao negam a sua diversidade. Depois de refutar ate agora a paridade radical dos dois sexos, na segunda parte da Carta Apostolica, o Santo Padre busca dimensoes especıficas. A especificidade, certamente, nao esta na qualidade ou nos dons humanos que caracteri-zam um ou outro deles. Nenhum indivıduo e determinado apenas pelo sexo: alem de ser homem ou mulher, ele tem suas proprias

disposiçoes e aptidoes que lhe conferem, caso a caso, condiçoes particulares para atividades artısticas, tecnicas, cientıficas, sociais etc.

6. Virgindade do Reino dos CéusHa uma segunda dimensao constitutiva

do desenvolvimento da personalidade feminina que Joao Paulo II analisa nesse documento: a celibato, a virgindade “para o Reino dos Ceus” (MD, 17). Poucas realidades cristas colidem assim com os costumes de uma sociedade permissiva e consumista, na qual os comportamentos ditados pela sensualidade e pelo egoısmo se espalharam. No entanto, tambem hoje, a virgindade “para o Reino dos Ceus” e um lugar insubstituıvel da experiencia vital da plenitude do amor.

7. A Igreja, Esposa de CristoO documento apresenta amplamente a

missao eclesial das mulheres, tendo presente que a Igreja nao e uma sociedade como as outras, mas um misterio cujo entendimento mais profundo excede as possibilidades humanas. Como sujeito coletivo, obviamente, inclui homens e mulheres, de modo que o feminino surge aqui como um “sım bolo de tudo o que e humano” (MD, 25). Nao e o homem com seu espırito ativista, mas a mulher com sua abertura a vida, que represen-ta em si mesma a natureza da Igreja: recepçao do homem por Deus e ıntima comunhao com Cristo.

8. A dignidade da mulher e a ordem do amorA necessidade do Sacerdocio ministeri-

al ou hierarquico e sua excelente dignidade – como elemento necessario para a dignidade da mulher – estao obviamente fora de questao, pois ele nao representa o apice supremo na Igreja de Deus. Nesse contexto, o Santo Padre examina a dimensao mariana e apostolica da Igreja, ressaltando que o exemplo de santida-de chega a todos os cristaos por Maria, antes e mais do que pelos apostolos. Nela, Virgem e Mae ao mesmo tempo, a Igreja ja tomou plenitude. E como ela tambem e modelo dos apostolos, vence e precede todos os cristaos no caminho da santidade.

Maringá, Março de 2020

CARTA APOSTÓLICA MULIERIS DIGNITATEM

A MULHER NA IGREJA

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