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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 164 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 20.MAR.12 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico E se em vez de ir ao supermercado, pudesses ir à tua própria horta? Reportagem ACADÉMICO sobre UMinho in transition Cantina “LOW-COST” em tempos de crise Página 06 campus Bibliotecas da uminho emprestam portáteis Página 07 universitário Propinas aumentam 30 euros Página 16 cultura O festim negro dos Wraygunn em novo disco

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cultura universitário Propinas aumentam 30 euros Bibliotecas da uminho emprestam portáteis O festim negro dos Wraygunn em novo disco Reportagem ACADÉMICO sobre UMinho in transition Página 06 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico Página 07 Página 16 Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 164 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 20.MAR.12

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Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA164 / ANO 6 / SÉRIE 3TERÇA-FEIRA, 20.MAR.12

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

E se em vez de ir ao supermercado, pudesses ir à tua própria horta?

Reportagem ACADÉMICO sobre UMinho in transition

Cantina

“LOW-COST”

em tempos de

crise

Página 06

campusBibliotecas da uminho emprestam portáteis

Página 07

universitárioPropinas aumentam 30 euros

Página 16

culturaO festim negro dos Wraygunn em novo disco

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Uminho in TransitionJá fizemos (há uns meses atrás) data do início de atividade das hortas comunitárias na UM, uma abordagem no ACADÉMICO. Passado algum tempo é com prazer que voltamos ao tema e deparámo-nos com algumas novidades e um grupo coeso de “agricultores/cultivadores” que para além da vizinhança do seu talhão, partilham um sem--número de iniciativas que visam o crescimento de um Mundo sus-tentável. De louvar!

Insegurança em torno da UM (parte II)Parece que continua a saga. De-pois de, na passada semana, ter-mos dado voz a um movimento que pretende chamar a atenção para a crescente onda de violên-cia em torno da UM, esta sema-na tivemos conhecimento de um “tiroteio”, bem junto ao campus universitário. Até quando vamos continuar passivos nesta matéria? Até quando alguém com pulso firme para resolver esta situação? Estão à espera de quê?

Gata na Praia ‘12Parece que já é um sucesso, mes-mo antes de começar. A julgar pelo número de inscritos nesta atividade desportiva/recreativa, o Minho irá proporcionar a primei-ra grande enchente do ano em Albufeira.Serão cerca de 600 estudantes a rumar ao Algarve para mais uma edição da Gata na Praia. Em tem-pos de crise, este foi daqueles momentos em que os estudan-tes não tiveram dúvidas das suas prioridades. E a Gata é uma delas!

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 20 MARÇO 2012 / N164 / Ano 7 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, ana Pinheiro, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cátia Silva, Daniel mota, Daniela Mendes, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Joana Neves, José Miguel Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Maura Teixeira, Miguel Araújo, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Maria joão Pinto // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares

637988-6_MER_SMART_172x250.pdf30/01/2012

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PÁGINA 03 // 20.MAR.12// ACADÉMICO

LOCALcinefocum promove curtas e a cultura dá o moteFILIPA BARROS

[email protected]

Neste ano de 2012, o Cine-FOCUM, um dos vários e relevantes núcleos forma-dos pela Associação Acadé-mica da Universidade do Minho (AAUM), alia a sua atividade com a consagração de Guimarães como Capital Europeia da Cultura.O CineFOCUM vive para o mundo da sétima arte, ofe-rendo o melhor que há na área aos universitários, num pequeno mundo em que não existem hierarquias, exigências, compromissos ou taxas mensais. A única coisa necessária é somente a paixão pelo universo cine-matográfico.Deste modo, o grupo lança mais um desafio à comuni-dade estudantil. Em parce-ria com a AAUM, o Cine-FOCUM convida todos os estudantes da Universidade do Minho a participarem no 4º Festival de Curtas Metra-gens, realizando uma “cur-ta” que tenha como tema subjacente o conceito “Cul-tura”.

“É esperado, com esta ativi-dade, dar a conhecer novas formas de percecionar a arte cinematográfica, dan-do à Academia Minhota um lugar especial num nicho de intervenção artística que potencia a capacidade cria-tiva”, cita fonte do núcleo. Esta iniciativa, conjugada à eleição de Guimarães para Capital Europeia da Cultu-ra 2012, será um marco de aproximação entre as popu-lações estudantil e a cida-de que a acolhe. “Tal como em outras edições, o que se espera e se pede aos nos-sos colegas da academia, é iniciativa da parte de todos com o objetivo de estimular a criatividade, a aglomera-ção e a circulação de ideias através da câmara de vídeo”, sublinha o núcleo através da nota enviada à redação do ACADÉMICO.As fichas de inscrição para esta iniciativa já estão dis-poníveis e podem ser en-tregues via e-mail para [email protected] ou nos Gabinetes de Apoio ao Aluno (GAA) de Gualtar e Azurém. As “curtas” devem

presentes ao público numa Gala, cuja data ficará defini-da posteriormente.Os três melhores trabalhos serão premiados, sendo os prémios divulgados em bre-ve.

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ser entregues em suporte DVD, também nos GAA de ambos os polos da universi-dade, assim como nas secre-tarias da AAUM.Ainda assim, as inscrições deverão ser enviadas, jun-

tamente com o trabalho a concurso, até ao dia 30 de março de 2012, sendo que a entrega da “curta” metra-gem deverá ser até 16 de abril.Todas as “curtas” serão

Inscrições abertas até 30 de março

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PÁGINA 04 // 20.MAR.12 // ACADÉMICOLOCAL

dia mundial da poesia comemorado na uminhoADRIANA COUTO

[email protected]

O Conselho Cultural da Universidade do Minho pro-move esta quinta-feira um recital no Salão Medieval do Largo do Paço em Braga.Interpretado pelo Sindicato da Poesia, “DiZei Beckett in the House” é um recital de poesia de um autor conheci-do pelas suas peças de teatro e por ter sido um dos per-cursores de um movimen-to designado por «teatro do absurdo». O Sindicato da Poesia, asso-ciação cultural que, desde outubro de 1996, trabalha o ato performativo de dizer poesia, afirma que “com Beckett disputamos nexos, seguimos o trilho dos sen-

tidos e percorremos as pa-lavras às vezes estranhas, às vezes desconexas, da sua poesia, geralmente ca-tastrofista, lírica às vezes”. Segundo os mesmos, “os espetadores são convidados a acompanhar as palavras, a seguir-lhes o ritmo, percor-rendo eles também um cor-po diverso, feito de degraus e portas, de sons e imagens, de luz e de trevas, de corpos e vazios. As palavras vão fa-zer-se ouvir, mas os corpos que as enunciam vão pedir para que os vislumbremos igualmente e que atentemos à sua ressonância prerroga-tiva, à sua narratividade des-construída“. O Conselho Cultural da Universidade do Minho co-memora assim o Dia Mun-

dial da Poesia num evento que promete ser uma expe-riência única para os espec-tadores, amantes ou não de poesia, dando a oportunida-

de de assistir a um espetá-culo que combina efeitos de luz ou coreografias diversas com a poesia de Beckett.A acontecer dia 22 de mar-

ço pelas 21h45 na Reitoria da Universidade do Minho, o recital decorrerá nos es-paços envolventes do Salão Medieval. A entrada é livre.

CAMPUS

balanço positivo feito à semana da leiCÁTIA SILVA

[email protected]

Depois de uma semana de atividades, o balanço feito à Semana da Lei é positivo. “Apostamos numa conti-nuidade do que foram as anteriores Semanas da Lei, tentando introduzir novos desafios e convidados que apelassem à participação dos alunos”, diz André Pi-menta, um dos organizado-res.Esta atividade anual foi or-ganizada pelo Centro de Estudantes de Engenharia Informática da Universi-dade do Minho (CESIUM) e decorreu entre 12 e 16 de março, no campus de Gual-tar. Com atividades de cariz cultural, desportivo, recre-ativo e pedagógico, a edi-ção deste ano contou com

um público diversificado. Professores, alunos da li-cenciatura em Engenharia Informática, alunos de mes-trado e ex-alunos aderiram a mais uma edição que visava “enaltecer o curso de Enge-nharia Informática e o de-partamento”.O primeiro dia da atividade ficou marcado pela atuação dos iPum e dos diversos tor-neios de jogos.Miguel Gonçalves, respon-sável pela agência de tra-balho “Spark Agency”, e conhecido como empreen-dedor de sucesso, marcou presença no segundo dia com um discurso motivador dirigido aos alunos que em breve ingressarão no merca-do de trabalho.Este dia contou ainda com um Time Trial Talks, um conjunto de micro-apresen-tações de cinco minutos,

feitas por alunos, sobre di-versos temas. Daniel Araú-jo, do 2º ano da licenciatura em Engenharia Informá-tica, aceitou o desafio e fa-lou sobre o recaptcha, diz: “achei um conceito interes-sante para partilhar e uma oportunidade para melho-rar os meus “skills” de apre-sentações em público”.Miguel Vicente, técnico de audiências na Microsoft

Portugal, foi o convidado da palestra que iniciou o tercei-ro dia da Semana da Lei e que terminou com um jan-tar de curso e festa no Sardi-nha Biba.Os últimos dois dias desta edição foram preenchidos com torneios de diversos jo-gos, a exibição do filme “O Rei Leão” e a competição Android Application Chal-lenge, em que os partici-

pantes foram convidados a desenvolver aplicações para a plataforma Android. A se-mana terminou com uma tertúlia com ex-alunos.Miguel Pinto, aluno da li-cenciatura em Engenharia Informática, afirma: “Foi uma semana que cumpriu as expectativas”, destacando as palestras de Miguel Gon-çalves e de SISCOG as que mais gostou.

DR

A Uminho evoca o dia Mundial da Poesia com interpretação do Sindicato de Poesia

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CAMPUSPÁGINA 05 // 20.MAR.12 // ACADÉMICO

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saldos também chegam às cantinas da uminhoFABIANA OLIVEIRA

[email protected]

Desde a passada segunda--feira, dia 19 de março, os preços nas cantinas, da Uni-versidade do Minho (UM), tornaram-se mais acessí-veis. Até então, a senha correspondente à refeição completa custava 2,45 euros e incluía o prato, pão, sumo, sobremesa e sopa. Contudo, agora é possível optar por uma refeição simples, por apenas 1,95 euros, que in-clui apenas o prato principal e água.Com o aumento do custo de vida e do desemprego e a diminuição dos salários, Carlos Silva, Administrador dos Serviços de Ação Social

da Universidade do Minho (SASUM), afirma que “na nossa perspetiva temos pre-ços que vão ao encontro des-ta situação”. Mas uma das principais razões sobre esta nova opção para os alunos da UM relaciona-se com o desperdício a que se assiste, diariamente, nas cantinas.Apesar deste serviço reduzir a ementa ao prato princi-pal e, consequentemente, o preço da senha, não haverá alteração na qualidade pres-tada: “o serviço e a qualida-de serão exatamente os mes-mos”, assegura Calos Silva.Esta redução de preços nada tem que ver com a dimi-nuição da frequência do número de alunos às can-tinas. Muito pelo contrário, ao longo dos últimos anos,

o número de alunos tem--se mantido estável, até porque a instituição tem, desde sempre, tentado man-ter os mesmos preços. Na opinião de João Monteiro, aluno do 3º ano do Curso de Ciências da Comunica-ção, esta é uma boa opção: “normalmente, só consumo o prato principal e a bebida, não como sopa e raramente pego na fruta. Portanto, é uma boa opção para quem faz o mesmo que eu”, ex-plica. Além disso, esta pode ser uma forma dos jovens frequentarem com mais assiduidade as cantinas da Universidade, já que “a di-ferença do preço em rela-ção aos restaurantes junto da universidade fica maior, o que permite à cantina

tornar-se mais competitiva” afirma o aluno.Mesmo assim, Carlos Silva menciona a diversidade no “leque de escolha alimentar no interior da Universidade

do Minho” tendo em conta o tipo de serviço procurado.O aluno tem à sua disposi-ção refeições com valores compreendidos entre os 1,95 e os 8 euros.

gata na praia’12 com elevada afluênciaJOSÉ MATEUS PINHEIRO

[email protected]

No passado dia 13 de março decorreram as inscrições para a Gata da Praia’12 nos Gabinetes de Apoio ao Alu-no dos campi de Gualtar e Azurém, respetivamen-te. Assim sendo, a Gata na Praia’12 toma especial des-taque este ano, dado que a Associação Académica da Universidade do Minho

(AAUM), optou por mudar o local da sua realização para Albufeira, mais pro-priamente para o Aldea-mento Grande Real Santa Eulália Resort & Hotel Spa. Por consequência, muitas das equipas começaram logo a marcar o seu lugar no dia anterior, ainda na ma-drugada de segunda-feira, pelas 6 da manhã, fazendo inúmeros turnos entre si com o objetivo de não falha-rem à chamada de equipas que se fazia regularmente. Como primeira experiência na Gata na Praia, Pedro Pa-

checo conta-nos que gostaria de encontrar o “companhei-rismo universitário típico deste evento, pois a equipa que consegui arranjar à úl-tima da hora é, ainda hoje, totalmente desconhecida por mim. Contudo, espero encontrar grande animação, tanto à tarde, como nos jo-gos na praia”, conclui o alu-no. Embora a AAUM ainda não possa avançar com nú-meros oficiais, estima-se a viagem rumo ao algarve de mais de 500 estudantes a representar um número a rondar as 70 equipas.

Já Catarina Lima, aluna de Ciências da Comunicação, relata-nos que a sua equipa se chama “Gruta-Manzan-cene”: “Esta é a minha quar-ta presença na atividade, e espero que o tempo não nos atraiçoe no sentido de po-dermos participar em tudo e ao mesmo tempo aprovei-tar a praia.”Já Nelson Carvalho, aluno de Engenharia Informática, ressalva a experiência mag-nífica que vivenciou no ano passado em Lagos: “O hotel proporcionou um bom am-biente, o cartaz estava impe-

cável, e aquela tarde na pis-cina jamais será esquecida, para além de que tive uma equipa que deixou sauda-des”, revela-nos o membro da equipa “Mother of Gata”, nome que surgiu enquanto alusão aos célebres memes. Por fim, Ana Quatro, de En-genharia Civil, sublinhou que aguarda com alegria “uma gata na praia ines-quecível, através de boas condições de alojamento, bom tempo e muita diver-são acima de tudo”, graças à sua equipa “A fruta do Má-rio II”.

DR

Prato principal e um copo de água por 1,95 euros na cantina

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CAMPUSPÁGINA 06 // 20.MAR.12 // ACADÉMICO

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cecri debate primavera árabeANA PINHEIRO

[email protected]

Está de volta mais uma edi-ção dos Colóquios de Rela-ções Internacionais que se vai realizar já nos dias 20 e 21 de março, no Auditório A1 do Complexo Pedagógi-co I do Campus de Gualtar e cujo tema será: primavera Árabe “Quo Vadis?”A finalidade deste even-to centra-se em criar um fórum de discussão entre especialistas e estudantes, abordar as revoltas do Mé-dio Oriente que se inicia-ram em dezembro de 2010 e, dentro do campo das Re-lações Internacionais, estu-dar as suas origens e a sua

importância no panorama político, social e diplomático a nível global.Os Colóquios irão dividir--se em quatro painéis em que constarão as seguintes

o tema é bastante apelati-vo. Pretendemos discutir aquilo que foram os acon-tecimentos que ocorreram no ano de 2011, perspetivar as transições para a de-mocracia nestes países e a situação mais crítica nou-tros. Teremos também um conjunto de oradores muito consagrados e figuras medi-áticas. A abertura será feita pelo Reitor da Universidade do Minho, António Cunha e Manuela Fraga do Instituto Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros. (…) Estamos otimistas para um evento que achamos que vai marcar estes dois dias na Universidade do Mi-nho”, confessa o presidente do CECRI.

bibliotecas da uminho emprestam computadores portáteis

putadores instalados nas bibliotecas têm uma taxa de utilização elevada, mas “como estão fixos não per-mitem que as pessoas pos-sam ir com eles para a sala

de leitura consultar um livro ao mesmo tempo que estão a trabalhar no computador”, admite Eloy Rodrigues. O diretor dos SDUM acre-dita que o número de com-

putadores portáteis para empréstimo na UM pode aumentar no futuro, depen-dendo da procura que estes terão. “Se existir uma pro-cura muito elevada e se nós constatarmos que há filas de espera ou que há estudantes que regularmente não têm acesso aos computadores encararemos a hipótese de aumentar este número”, afirmou Eloy Rodrigues. Contudo, para já, os Servi-ços de Documentação consi-deram que oito computado-res é um número adequado, tendo em conta a dimensão da biblioteca e o número de utilizadores.

âNgELA COELHO

[email protected]

Os Serviços de Documen-tação da Universidade do Minho (SDUM) vão passar a disponibilizar, de forma gratuita, computadores portáteis para empréstimo, no âmbito de um protocolo com a Universia. O acordo inclui oito computadores que estarão distribuídos pela Biblioteca Geral, Bi-blioteca de Guimarães, Bi-blioteca dos Congregados e Biblioteca da Escola de Ci-ências da Saúde.Este novo serviço destina-se a todos os alunos, docentes,

investigadores e funcio-nários da UM que podem requisitar um computador portátil durante três horas, (que podem ser renovadas), para utilização dentro das instalações das bibliotecas.Apesar da maioria dos es-tudantes já possuir o seu próprio computador portá-til, Eloy Rodrigues, diretor dos SDUM, explica ao ACA-DÉMICO que os serviços sentiram que, ainda assim, “existiam estudantes que podiam ter necessidade de ter acesso a este equipamen-to”. Os Serviços de Documen-tação sabem que os com-

temáticas: “A Religião e o Estado: Liberdade Religiosa e Atores Religiosos no Pós--Revolução”, “Internet e Re-des Sociais: as novas armas do povo”, “Uma nova ordem

política no Magrebe e Mé-dio Oriente: novos tempos, novos desafios” e “Respon-sabilidade de Proteger: o di-lema da intervenção externa na primavera Árabe”.Para estes Colóquios, já estão confirmadas várias figuras como os constitu-cionalistas Jorge Bacelar Gouveia e Pedro Bacelar de Vasconcelos; a repórter da SIC, Cândida Pinto, o ex--ministro da Administração Interna, Ângelo Correia e o ex-líder parlamentar do BE, José Manuel Pureza.Segundo Carlos Videira, Presidente do Centro de Es-tudos do Curso de Relações Internacionais (CECRI), “nestes Colóquios, preve-mos uma grande afluência,

DR

São oito os computadores disponíveis nas bibliotecas

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CAMPUSPÁGINA 07 // 20.MAR.12 // ACADÉMICO

propinas aumentam 30 eurosBRUNO FERNANDES

[email protected]

Da reunião do conselho de reitores das universidades portuguesas (CRUP) da pas-sada semana, saiu uma reco-mendação que fez “tremer” os estudantes: o aumento de 30 euros no valor da propina máxima já no próximo ano letivo.

Os estudantes e os institu-tos politécnicos estão con-tra. O aumento será para financiar um fundo para apoiar estudantes em difi-culdades financeiras.

Universidades disponíveis para aumentar propinasNa passada quarta-feira os reitores mostram-se “dis-poníveis” para aumentar os valores pagos pelos estu-dantes. A reitoria da univer-sidade de Aveiro já fez saber que se “declara solidária com a decisão do CRUP”, enquanto que o reitor da universidade de Coimbra (UC) assegurou, ao “Públi-co”, “estar disponível” para aumentar o valor de propina que, neste momento, está no valor máximo de 999,71 euros. Já no dia seguinte, João Gabriel Silva referiu,

que na UC “não haverá ne-nhum aumento de propi-nas”. O responsável disse que se está a falar “de uma atualização da propina em função do índice do consu-midor” e que o aumento não terá efeitos na UC pois “te-mos o apoio social que até foi aumentado este ano para responder às dificuldades acrescidas dos estudantes”. A medida apenas terá efeito nas universidades em que não existe este fundo social.António Rendas, presiden-te do CRUP, referiu, em entrevista ao “Diário Eco-nómico”, no passado dia 5

que os apoios sociais não chegam para responder às necessidades dos estudan-tes”, refere o presidente da AAUM.O presidente do conselho coordenador dos Institu-tos Superiores Politécnicos (CCISP), Sobrinho Teixei-ra, reagiu à notícia dizendo “este ano, claramente, não devem ser aumentadas as propinas”. “Podem ser es-tudadas outras formas, para além do aumento da pro-pina, que poderão ajudar a minorar as dificuldades que alguns dos jovens es-tão a sentir face à situação financeira do país”, refere o também presidente do Poli-técnico de Bragança.Para este responsável, é muito importante saber “qual é a disponibilidade dos próprios estudantes para haver um aumento de propinas que possa condu-zir a esse fundo comum de ajuda aos mais necessita-dos” e perceber como vai ser gerido o fundo, sendo que a gestão tem de ser “comple-tamente visível pelos estu-dantes para não poder haver qualquer tentativa de fazer disso uma forma menos clara de incorporar mais propinas”.

de março, que o fundo terá 4,2 milhões de euros para ajudar os estudantes que não podem pagar propinas: “Cada universidade está dis-ponível para criar um fundo de apoio social para esses estudantes, utilizando a verba do aumento da propi-na máxima”. O projeto será aplicado “horizontalmente” em todas as universidades.

Estudantes e politécnicos contra a medida

As associações académicas alertam que os orçamentos familiares estão no limite e

que um aumento de propi-nas poderá limitar o acesso de estudantes mais caren-ciados ao ensino superior.O dirigente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Hélder Castro, encara “com algu-ma resistência” a proposta da CRUP: “Disse sempre que um aumento das propi-nas não seria bem visto e a minha posição mantém-se, apesar da nuance da criação do fundo de apoio que agora é proposta”.Luís Rebelo, presidente da Federação Académica do Porto (FAP), também tem dúvidas e diz que é preciso saber como vai funcionar o fundo e “quais os critérios” para atribuição aos estu-dantes: “É preciso saber se vai ou não abranger mais estudantes, caso contrário poderá acentuar as famílias que ficam ligeiramente aci-ma do limiar de acesso aos apoios da ação social. Os alunos passariam a pagar mais, sem ter nada em tro-ca”, conclui.Os dirigentes estudantis são unânimes ao dizer que o fundo anunciado é um re-conhecimento de que a ação social é insuficiente: “Os reitores reconhecem assim

UNIVERSITÁRIO

tuna universitária do minho conquista cidade invicta

espetáculos. A atuação con-tinuou com o instrumental “Partizan”, um medley de temas balcãs, e com o tema

clássico italiano “Con te Partirò”, na voz do seu so-lista. Terminou-se o espetá-culo com o desempenho dos pandeiretas e bandeiras em “Adeus é sempre adeus”.Pelo mesmo palco passaram também a Tuna da Univer-sidade Católica Portuguesa - Porto, a Tuna de Medicina da Universidade de Coim-bra, a Tunadão 1998 - Tuna do Instituto Politécnico de Viseu, e ainda, extra-con-

curso a Tuna Feminina de Medicina do Porto e os anfi-triões da Tuna de Medicina do Porto. Relativamente às lembranças, a TUM trouxe para Braga os prémios de Melhor Tuna, Melhor Ins-trumental e Melhor Solis-ta, neste que foi um fim de semana recheado de muita música, festa e convívio en-tre elementos de várias ge-rações, símbolo da amizade que une estas Tunas.

REDAÇÃO

[email protected]

A Tuna Universitária do Mi-nho (TUM) esteve presente no I Noites de Ronda – Fes-tival de Tunas organizado pela Tuna de Medicina do Porto, nos passados dias 9 e 10 de março.O espetáculo decorreu na Casa da Música do Porto no Sábado, dia 10, onde a TUM iniciou a vertente competiva

do certame com a apresen-tação do seu novo tema vo-cal denominado “Alborada”, seguido do clássico original “Boémia”, que demonstrou a musicalidade característi-ca das suas raízes geográfi-cas.A música “Porto Sentido” foi dedicada a todas as don-zelas presentes e também , como forma de agradeci-mento, a todos os portuen-ses que esgotaram a sala de

CSS

Público

Académicas descontentes com a hipótese

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PÁGINA 08 // 20.MAR.12 // ACADÉMICO

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CURSOS AO RAIO-x

LÉNIA REgO

[email protected]

O que é que os alunos po-dem aprender com este cur-so?Temos três ramos e ofere-cemos praticamente todos os instrumentos musicais. Temos uma orquestra sinfó-nica académica a funcionar em pleno. Paralelamente, oferecemos a área de dire-ção coral e as ciências mu-sicais, para uma abordagem mais teórica, menos prática, embora uma das nossas ca-racterísticas seja fazer com que todos os alunos fre-quentem o coro, o conjunto vocal de coro e conjunto ins-trumental.

Tem então uma grande componente prática associa-da a este curso...

Há muita investigação que se faz em torno da música

e componente teórica que é preciso dominar, mas a nos-sa grande “montra” é efeti-vamente a interpretação. Há diversos concertos.Para além da orquestra aca-démica temos vários agru-pamentos como pequenos grupos de música de câma-ra, a orquestra de sopros, etc...

Ou seja, depois de termina-rem o curso, os alunos po-dem ser dirigentes corais e instrumentistas. Quais são as outras saídas profissio-nais?

Podem ser instrumentistas profissionais. Temos um corpo docente de grande qualidade, reconhecido in-ternacionalmente e, por-tanto, os nossos alunos saem com uma excelente formação e capacitados para prosseguirem cursos de pós-graduação em qualquer

universidade estrangeira. No entanto, oferecemos ago-ra o mestrado em Ensino de Música. De acordo com a legislação é obrigatório ter este mestrado para aceder à carreira de professor. Depois há todo um conjunto de carreiras associadas, no-meadamente nas ciências musicais e investigação. Poderão trabalhar em pro-gramação cultural, câmaras municipais ou poderão op-tar pela regência coral e pela criação de novos grupos. Podem ainda seguir a via do ensino, não só a nível de for-mação vocacional, mas po-dem fazer pós-graduações em várias áreas e dedicar-se ao ensino.

É então um curso onde ain-da há emprego...

Fizemos uma estatística e o índice de empregabilida-de ultrapassava os 95 por

cento. É um bom indicador. Dos nossos mestrandos, 95 por cento estão a trabalhar, são trabalhadores estudan-tes.

Acha que os alunos deste curso ainda podem procu-rar emprego em Portugal ou será melhor pensarem numa carreira no estrangei-ro?

Uma das características de um músico é que via-ja muito. A música sendo uma linguagem universal permite essa internaciona-lização, que é até desejável. No entanto, ainda temos uma oferta de emprego em Portugal. É uma questão de opção de vida.

E alunos do estrangeiro a frequentar o curso?

Temos alguns. Nós temos procurado alargar os nossos

protocolos a nível de Eras-mus e temos alguns alunos, embora o nosso sistema não seja muito aberto, porque exige várias coisas que são demasiado específicas, no-meadamente a questão do 12º ano e a prova de Língua Portuguesa que condiciona a nossa capacidade de atra-ção de alunos que venham do estrangeiro.

A nível de diferenças, em que é que este curso é dife-rente dos que existem a ní-vel nacional?Por um lado é importante integrar-se numa linha que se insira não só nos cursos nacionais, mas também in-ternacionais. E em termos internacionais, este curso tem uma “bitola” padrão que é comparável à dos pa-íses mais avançados a nível musical. Damos enfoque à música portuguesa, que procuramos preservar.

LUíS PIPA

curso de música entre os melhores do mundo

MÚSICA

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PÁGINA 09 // 20.MAR.12 //ACADÉMICO

INQUÉRITOPara Mariana Santos, aluna do módulo de Jornalismo e Informação do curso de Ciências da Comunicação, a oferta de dois menus a preços diferentes na cantina pode ter sido uma boa esco-lha por parte dos SASUM. No entanto, faz questão de referir que “acaba por ser uma ilusão para os estudan-tes porque há uma descida do preço pouco significati-va e só têm direito ao pra-to principal.” Acrescenta também que “em algumas situações, pode compensar ir aos restaurantes e snack--bares junto da universida-de pois os preços não são muito diferentes, o serviço é feito à mesa e não se perde tanto tempo.” Na opinião da futura jornalista, “a princi-pal vantagem das refeições feitas na cantina da Univer-sidade era, precisamente, o usufruto de elementos como a sopa, o pão e a so-bremesa e com a implemen-tação desta nova refeição deixa de haver esse benefí-cio, a não ser que passemos a optar pelo menu completo e, sendo assim, continuare-mos a pagar o mesmo pre-ço”

Também João Carvalho, es-tudante do curso pós-laboral de Contabilidade, concorda totalmente com esta medi-da. O aluno justifica a sua opinião dizendo que “com os tempos de crise que se vi-vem no nosso país, esta des-cida de preço nas senhas da cantina é sempre uma ajuda para quem lá faz as suas re-feições”. No entanto, no que diz respeito aos alimentos que foram retirados da refei-ção para que houvesse esta baixa de preços, João não deixa de manifestar o seu desagrado: “esta descida de preço das senhas não deve-ria estar relacionada com os produtos oferecidos como o pão e a sopa, porque isso só vai fazer com que os alunos, numa tentativa de tentarem poupar mais dinheiro, te-nham uma refeição menos equilibrada”. João vai mais longe e diz mesmo que, ape-sar da descida de preço, com este menu menos completo, “poderá haver cada vez me-nos alunos a ir à cantina”.

João Félix considera que esta “é uma excelente medi-da” pois, pelo que costuma observar, “são muitas as pessoas que não consumem o menu completo, evitando então que as mesmas gas-tem dinheiro desnecessa-riamente”. Por outro lado, João refere que para os alu-nos que consomem o menu completo habitualmente “não haverá benefícios com esta redução”, mas relembra que “continua a ser mais proveitoso comer na cantina do que noutro local, porque as refeições são variadas e com valores nutricionais as-sinalados.” O aluno de OCV é da opinião de que “o pre-ço da senha normal é um pouco elevado”, mas diz ter “consciência de que quem está responsável por esse assunto não dita os preços ao acaso, e se não está mais barato é porque não dá”.João Félix deixa ainda uma sugestão: “poderia ser ado-tado o método das escolas secundárias, em que se a compra da senha para o dia”x” fosse feita antecipa-damente, haveria uma re-dução de 30 ou 40 cêntimos no valor”.

Mónica Cerqueira é aluna do curso de Direito e é tam-bém apoiante desta nova refeição “low cost”: “Penso que é uma medida impor-tante perante a crise eco-nómica em que nos encon-tramos”. Apesar de a aluna da academia minhota não considerar justo o facto de o pão, a sopa e a sobremesa te-rem sido retirados do menu, compreende o porquê da de-cisão: “penso que é preferí-vel termos um menu mais acessível economicamente, apesar de não ser tão com-pleto, do que termos apenas um menu com tudo incluí-do, mas mais caro”. Na opi-nião de Mónica, a existência de dois menus diferentes com preços igualmente dis-tintos “é uma forma de per-mitir o acesso de todos os estudantes a uma alimenta-ção barata e saudável”. A fi-nalista de Direito relembra ainda que “as refeições na cantina, na maior parte das vezes, são de boa qualidade e é importante ter isso em conta quando comparamos a relação preço/qualidade de outros locais como os res-taurantes perto da universi-dade”.

JOãO CARVALHO1º ANO//

CONTABILIDADE

JOãO FÉLIx VIEIRA2º ANO//

OPTOMETRIA E CIêNCIAS VISãO

MÓNICA CERQUEIRA4º ANO //

DIREITO

RITA MAgALHÃES

[email protected]

Os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho oferecem, a partir desta semana, uma refeição “low cost” nas cantinas da universidade, que custa apenas 1.95€ e resume-se ao prato do dia.O menu menos completo foi criado a pensar, sobretudo, nos alunos que atravessam agora um período mais difícil em termos económicos. A refeição completa que inclui, também, pão, sopa e sobremesa, mantém-se disponível para quem desejar pagar 2.45€ pela senha.Com base nestas alterações de preços, o ACADÉMICO foi saber a opinião de alguns alunos da universidade que frequentam a cantina do campus de Gualtar.

MARIANA SANTOS2ºANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAÇãO

concordas com as refeições “low cost” nas cantinas da uminho?

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PÁGINA 11 // 20.MAR.12 //ACADÉMICO

a fotografar, o Estilista Bra-carense partilha que não há nada como o prazer “daque-le click”, daquele momento, que para si “será sempre pelo prazer”. Os “clicks instintivos” já valeram ao fotógrafo fre-elancer bracarense uma nomeação para o Best New Blog 2011, bem como mais de 380.000 visualizações do seu blogue. Ainda que tenha dado início ao projec-to na cidade de Braga, João sublinha que não quer li-mitar o seu trabalho a esta área, aspirando inclusive, se assim tiver oportunidade, ir até cidades para si inspi-radoras como “Nova Iorque, Londres, Milão ou Paris”.Embora já tenham surgido algumas comparações do seu trabalho com o desen-volvido por Zé Cabral (O Al-faiate Lisboeta), João Mota não as vê como depreciati-vas, até porque considera que o colega alfacinha faz um “excelente trabalho”.Para além deste, faz tam-bém questão de seguir blogues de moda como o “The Sartorialist” ou o “Sto-ckholm StreetStyle”. No que toca ao futuro, o Es-tilista Bracarense promete continuar a fotografar, na rua, enquanto a inspiração e o prazer o acompanharem.

o estilista bracarense

“VER BRAGA POR UMA LENTE”no “Street Style” a inspira-ção, a cor e o movimento que têm permitido ao seu blogue ganhar inquestioná-vel notoriedade.Para o fotógrafo, este é um género que faz todo o sen-tido, uma vez que a moda está em todo o lado, “não está somente nas passe-relles, nem nos eventos de moda. Na rua é que acon-tece tudo, na rua é que se têm as tendências. A rua é o real”. Assim, facilmente se compreende que o Estilista não vá atrás da peça da mar-ca X ou Y, mas de toda uma concordância, harmonia e “estilo natural”, no qual a roupa não passa de um com-plemento. Contudo, desengane-se quem julga que a moda é uma coisa para os jovens e que só eles têm direito a ser fotografados, “vejo tanto um jovem com um estilo espec-tacular, como vejo um se-nhor de idade com um esti-lo ainda mais espectacular”.Aquilo que começou por ser um passatempo passou a um “emprego a sério”, ocupando neste momento grande parte do tempo de João, ainda que este não re-tire daqui, para já, qualquer recompensa monetária. Quando questionado sobre o que o move para continuar

REPORTAGEM

O fotógrafo gosta de apanhar o “street style” na cidade de Braga

JOANA NEVES

[email protected]

E se tudo o que precisasses

para ser “modelo” fosse ca-risma natural? João Mota tem feito desta ideia uma filosofia pessoal, utilizando

as ruas de Braga como pano de fundo. Artisticamente conhecido como “O Estilista Bracarense”, João procura

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ENTREVISTAPÁGINA 11 // 20.MAR.12 // ACADÉMICO

JOANA NEVES

[email protected]

Que os tempos não estão fáceis, já todos sabemos. Que o petróleo faz girar o mundo, também não é uma novidade. Que todos os dias nos deparamos com a ne-cessidade de fazer escolhas, porque o dinheiro no bolso diminui “a olhos vistos”, todos sentimos. Mas que a Universidade do Minho

(UM) tem à nossa dispo-sição meios para minorar estes efeitos, podemos nem todos estar a par. Alarmado com as “mudanças premen-tes e inevitáveis” na econo-mia e na sociedade, e ciente do cariz prioritário da “au-tossuficiência” no que toca aos bens alimentares, um grupo de docentes, de entre os quais Luís Botelho Ribei-ro, conseguiu implementar na UM um projeto intitula-do “UMinho in Transition”.Em funcionamento há apro-

ximadamente um ano (abril 2011), o balanço do projeto que permite que estudantes e funcionários da universi-dade tenham os seus pró-prios cultivos é “francamen-te positivo”. Presentes nos campi de Azurém, Gualtar e Congregados, as hortas co-munitárias contam já com a envolvência de cerca de cem pessoas, entre cultivadores e colaboradores, num total de cinquenta talhões cul-tivados. Só nas Hortas de Gualtar estão envolvidas 23 pessoas: 8 alunos, 9 funcio-nários docentes e 6 funcio-nários não docentes. Para ser “proprietário” de um

dois bairros da cidade de Guimarães, bem como um projeto de investigação sob o tema «Transição para uma vida mais sustentável». “Es-peramos vir a criar, a prazo, um foco de interesse cientí-fico e social pelo potencial das hortas urbanas comu-nitárias”, esclarecem alguns colaboradores do projeto ao ACADÉMICO.Os responsáveis pela dina-mização das hortas comu-nitárias acreditam que só agindo, desde já, consegui-rão estar preparados para quando “a economia Pós--petróleo barato for a nossa realidade”.

DR

E SE EM VEZ DE IR AO SUPERMERCADO, PUDESSES IR À TUA PRÓPRIA HORTA?

destes “espacinhos” de cul-tivo, o processo é muito sim-ples: “no blogue da UMinho in Transition (http://umin-transition.blogspot.com/ ), os interessados poderão fazer o download da Ficha de Candidatura, sendo esta concretizada mediante o seu envio por e-mail”. O único requisito exigido é ter algum tipo de ligação à Uni-versidade do Minho.Contudo, não só destes três espaços de plantação comum se ocupa o projeto. Neste momento, o UMinho in Transition está igual-mente a preparar a criação de duas hortas urbanas, em

REPORTAGEM

Hortas encontram-se no campus de Gualtar, Azurém e no edifício dos Congregados

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Esta semana, a Burning List gravita pela órbita de Filipe Melo. Músico, realizador, autor de banda desenhada, é um dos grandes talentos do Portugal contemporâneo. A título de exemplo, Filipe já venceu o Fantasporto, já tocou com Carlos do Carmo e Camané e já foi premiado no Festival de BD da Amadora, apenas para citar alguns exemplos.Filipe nasceu em Lisboa, sendo que um dos seus grandes feitos de juventude foi conse-guir ser detido e interrogado pela polícia por pirataria informática. Desde então o jazz pas-sou a ser uma das suas grandes paixões, a par do cinema e da banda desenhada. Estudou no Hot Clube de Portugal e graduou-se no Berk-lee College of Music em Boston, nos Estados Unidos da América.Uma das suas grandes paixões é o cinema. Apesar de Filipe encarar a sétima arte como um hobby, o facto é que já venceu a edição de 2004 do Fantasporto com “I’ll See you in my dreams”, tendo ainda realizado a série para televisão “Um Mundo Catita” para a RTP.Outra das áreas de destaque do trabalho de Filipe Melo é a banda desenhada, em que a sua obra “As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy” tem recebido inúmeros elogios, vencendo o prémio de melhor argumento no Festival de BD da Amadora 2010. Filipe confessa que por vezes torna-se difícil decidir qual a área a seguir. Mas, apesar de não ter tido tempo para o seu trabalho a solo, é um músico extremamente requisitado, tendo acompanhado inúmeros músicos portugueses, por entre JP Simões, Luísa Sobral, ou Marta Hugon. Daí que se en-tenda que a sua principal paixão seja o jazz.

Segunda: Keith Jarrett - Jasmine (Jasmine, 2010)“É impossível falar de piano sem falar no Keith Jarrett que é, sem dúvida, um dos gigantes vivos da história do Jazz e do piano em geral. Ele tem uma reputação de ser rude com o público - eu vi um concerto dele em Lisboa que foi muito tenso e em que toda a gente pensava que ele iria embora a meio! Mas também vi-o a tocar em Nova Iorque a tocar, há uns anos atrás, num concerto de três horas em que toda a gente se sentiu abra-çada pelo grupo. É sempre imprevisível!”

Terça: Bill Evans - Some other Time (The Complete Village Vanguard Recordings, 1961)“O Bill Evans é um dos mais influentes músicos da história do Jazz.Ele veio numa altura em que a maioria dos pianistas tocava um estilo chamado bebop, caracterizado pelo uso da mão direita em em que a mão esquerda é apenas um acessório rítmico. Como o Bill Evans tinha formação clássica, começou a trazer para o Jazz uma série de acordes e harmonias que vinham de Debussy, Bach e Chopin. Ele é o verdadeiro Cavalheiro do Jazz e influenciou pianistas desde então.”

Quarta: Beatles - Across the Universe (Let it Be, 1970)“Uma pessoa que diga que não gosta dos Beatles é alguém que não tem grande sensibilidade! É o mesmo que dizer que não se gosta de música ou que não se gosta de beber água! Os Beatles são, incontestavelmente, a melhor banda do mundo - estou a brincar - mas digo isto porque há algo de impressionante: desde o lançamento do primeiro single à última gravação decorreram nove anos,

o que é pouquíssimo tempo. Depois foram inteli-gentes: começaram no rock e foram evoluindo até terem um conceito musical, artístico e visual muito avançado.”

Quinta: Nat KIng Cole - September Song (Nat King Cole Sings/George Shearing Plays, 1962)“Acho que o Nat King Cole tem uma forma muito simples e, ao mesmo tempo, muito especial de cantar os temas. Lembro-me do Nat King Cole já de miúdo, porque o meu pai fartava-se de ouvir aquilo e eu odiava! E não sei exatamente quando é que comecei a gostar - penso que foi na altura em que passei a nutrir uma grande paixão pelos Standards. É uma canção que foi aparecendo em momentos chave na minha vida e não há temas que emanem tamanho carisma. Quando se ouve o Nat King Cole não se sente qualquer esforço! “

FILIPE MELO

Sexta: Glenn Gould - Aria (Bach: The Gold-berg Variations, 1955)“O glenn gould é, sem dúvida, um monstro do piano. É um dos músi-cos mais inteligentes que já surgiu e vê-lo a tra-balhar é incrível, é um génio quer em termos de velocidade quer em termos de musicalidade. Não há muito mais a dizer!”

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

PUB

MIgUEL ARAÚJO

[email protected]

Esgotaram as reservas para o novo iPad

Estão esgotadas as reservas para o novo iPad, apenas uma semana após o anúncio da sua comercialização.Segundo a Apple, a elevada pro-cura superou mesmo as suas expectativas iniciais.Aos interessados, resta-lhes agora esperar pela chegada do

produto às lojas, uma vez que a empresa anunciou que já não irá aceitar mais reservas online.

Portugueses fazem 30 milhões de pesquisas por dia

Considerando uma estimativa de 5,7 milhões de cibernautas no país (cerca de 60% da popu-lação), isto dá uma média de 5,3 pesquisas por dia por utilizador.Estes dados foram revelados por Mónica Bagagem, diretora de marketing da Google em Portugal. A gigante das buscas

revelou ainda que existem 5 milhões de caixas de correio ele-trónico no nosso país. Todos es-tes indicadores levam a respon-sável a afirmar que “Portugal é, de facto, digital.”

35 mil euros para jogar com-putador

35 mil euros, é quanto custa a nova cadeira para jogar com-putador lançada pela empresa canadiana Modern Work En-vironment Lab. Com 3 ecrãs tácteis LCD de 24 polegadas,

sistema de filtragem do ar, luz solar artificial e um assento de pele, a Emperor 200 promete o maior conforto possível en-quanto o utilizador disfruta dos seus jogos favoritos. Pensando em quem acha este preço proi-bitivo, a empresa lançou ainda a versão económica do produto, a Emperor 1510. O preço desta versão ronda os 4800 euros.

Internet também derruba dita-duras

Hoje em dia, a Internet é o mel-hor aliado do povo contra as

ditaduras.Um relatório dos Repórteres sem Fronteiras dá conta do crescimento do papel da Web na luta contra os regimes não-democráticos, no ano passado, bem como do aumento das ten-tativas de controlá-la. Segundo os dados divulgados, a Internet teve um papel importante na divulgação dos acontecimen-tos nos países onde eclodiu a “primavera Árabe”. No entan-to, também a repressão sobre quem a usa como meio de luta e de comunicação com o exte-rior aumentou nesses países.

twittadas

DANIEL VIEIRA DA SILVA

[email protected]

Que GeoJustiça é esta?É uma spin-off da Universidade do Minho e resultou de uma investigação na mesma univer-sidade. O que a empresa dis-ponibiliza é conhecimento na área da geografia à justiça, pro-curando objetivar a prova.Trab-alha essencialmente para advo-

gados, magistrados e tribunais. recentemente desenvolvemos também um serviço para as au-tarquias.

Nascem em março de 2010. Qual o motivo de se lançar para uma empresa? Identificar-am aqui um nicho de mercado?Após a minha investigação, re-solvi candidatar a minha ideia de negócio ao SpinUM e venc-emos dois prémios (2ª melhor ideia de negócio e prémio de

empreendedorismo feminino) . E foi depois de sermos premia-dos e do júri entender que havia potencial que resolvemos abrir e constituir a empresa.

Esse passo de se lançar no mercado de trabalho foi fácil de tomar?Acho que sim, porque antes de lançarmos a empresa fizemos um estudo às carências do mer-cado. Verificámos que a infor-mação geográfica que aparecia

em muitos processos não era a melhor, não era a ideal e tinha, inclusivé, erros de análise.Assim, identificámos aqui algu-mas lacunas nessa área. Com o nosso método de análise sim-plificamos o processo de aval-iação. Achamos e acreditamos que o nosso serviço vai dignifi-car a justiça, vai contribuir para uma diminuição do número de litígios em tribunal e para a celeridade dos processos e para o contentamento em geral.

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 20.MAR.12 // ACADÉMICO

O Dep. de Saídas Profissio-nais e Empreendedorismo da AAUM encontra-se a organizar as Semanas Te-máticas. A primeira semana, dedica-da à Saúde, irá decorrer en-tre os dias 27 e 30 de Março.Dia 27 será abordado o tema “Gestão e Saúde: Sustenta-bilidade do Sistema Nacio-nal de Saúde” e contará com a presença do Prof. Dr. Jorge Simões, Presidente da En-tidade Reguladora Saúde e ainda “Tecnologia e Saúde: Uma oportunidade na Cri-

se” com a presença do Eng. António Murta e do Dr. Ale-xandre Gouveia.Dia 30, na Escola Ciência Saúde, A0.02, contará com a presença do Dr. Miguel Guimarães,Presidente Secção Regional Norte da Ordem dos Médi-cos, que abordará “Empre-gabilidade na Saúde: Será a saída de Portugal a alterna-tiva?”.

Mais informações em www.aaum.pt ou para o email sa-í[email protected]

Esta iniciativa enquadra-se no programa EURES Trans-fronteiriço Norte de Portu-gal – Galiza e pretende faci-litar e agilizar o processo de integração dos estudantes no mercado de trabalho, tanto a nível local, como transfronteiriço e europeu. O programa centra-se na divulgação de técnicas de procura de emprego e na explicação dos objectivos e funcionalidade do progra-ma de emprego EURES da União Europeia. A edição de 2012 tem como tema “Com-petências Transversais no Acesso ao Mercado de Tra-balho”. O evento realiza-se no dia 23 de março de 2012, pelas 14h15, no auditório 1.01 da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho.

Semanas temáticas empreendedorismo

Já abriram as inscrições para a 3ª edição do So You Think You Can Pitch, que este ano conta com o carim-bo da Capital Europeia da Juventude.Trata-se de um evento que reúne empresas com uma nova geração de talentos num registo hiper cool, trendy e bem disposto.A quantidade e, sobretudo, a

qualidade das empresas pre-sentes, com disponibilidade e vontade para recrutar os melhores é entusiasmante. Se quiserem conhecer me-lhor o projeto podem con-sultar o site:www.sopitch.com ouwww.facebook.com/SoPi-tch, ou contactá-los através do e-mail:[email protected].

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUMnoticia...

> 21 MARÇO 11Seminário“O Capital da Juventude”Braga

> 11 ABRIL 12Flash TalkInova TêxtilGuimarães

> 23 ABRIL 12Workshop“Networking”

> 28 MARÇO 12Workshop“Transição para o Mercado de Tra-balho”

> 18 ABRIL 12Workshop“Marketing Pessoal”

>

- Engenheiro (M/F): Web devel-oper - Braga- Gestor de Clientes (M/F)Numa perspectiva de expan-são, empresa de Braga, com certificação ISO9001 que actua na área da consultadoria, de-senvolvimento e concepção de soluções Web pretende admitir um Gestor de Clientes.

Perfil:- Dinâmico, pró-activo, ambi-cioso e com sentido de equipa;- Licenciatura na área das En-genharias;

- Forte vocação comercial e tra-balho por objectivos;- Condições de elegibilidade ao estágio profissional do IEFP;

Oferta:- Condições previstas pelo IEFP (bolsa + Subsídio de alimenta-ção);- Viatura de serviço;- Telemóvel;- Computador portátil;

Informação adicional:Após este estágio profissional e mediante o desempenho, o

candidato terá a real possibi-lidade de integração nos quad-ros da empresa.

Recursos Humanos (M/F) - BragaEmpresa especialista em Re-cursos Humanos, com filial em Braga pretende recrutar Estagiário/a.

Perfil:- Formação em Psicologia das Organizações/ Psicologia do Trabalho, Gestão de Recursos Humanos ou Sociologia.

Oferta:- Estágio Curricular / Estágio de Curta Duração: Não Remu-nerado.

Outras ofertas disponíveis:- Educação (Estágio de Curta Duração / Estágio Profission-al) (M/F) - Guimarães;- Programador Web (m/f) - Porto;- Operadores de Call Center (M/F) Braga;- Engenheiro Químico (M/F) - Bolsa de Investigação - Maia.

Ofertas de emprego

by

Fórum Emprego 2012 - Jornadas universitárias de emprego

O So You Think You Can Pitch está de volta!

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CULTURA

ALEXANDRE ROCHA

[email protected]

Já vai com dois anos de atra-so, mas finalmente estreou Enter The Void, um dos fil-mes mais ousados e provo-cantes dos últimos anos. Irá polarizar o público e prome-te ficar gravado na memória de todos os que o assistirem.Depois do mais que polémi-co Irreversível, Gaspar Noé apresenta um “melodrama psicadélico”, passado numa Tóquio noturna iluminada por fortes luzes de néon e onde as drogas têm uma presença muito vincada. “Viajamos” pela cidade atra-vés da perspetiva da alma de um traficante de droga

chamado Óscar (Nathaniel Brown), libertada do seu in-vólucro carnal após este ser alvejado mortalmente pela polícia. A partir daí o pro-tagonista acompanha a for-ma como as pessoas mais próximas dele lidam com a sua morte, ao mesmo tem-po que revisita os momen-tos mais traumáticos do seu passado.Enter The Void assume-se como uma viagem caleidos-cópica, tecnicamente arroja-da, que diluí a continuidade entre espaço e tempo. A alma de Óscar é a câmara, que se metamorfoseia de acordo com a ação do fil-me. Temos, desde planos de perspetiva na primeira pessoa, passando por planos

JOSÉ REIS

[email protected]

“L’art Brut” é aquilo que quisermos dizer dele. “Se for pronunciado em fran-cês, temos que retirar o ‘t’ do final. Mas para tornar as coisas mais fáceis, podemos pronunciar todas as letras”. Assim, entre “l-arte brú” e “l’arte brute”, o que interes-sa é que este é o conceito que sintetiza todo o álbum de regresso dos Wraygunn. “No fundo, para nós, a ‘arte bruta’ é o último local onde existe inocência, verdade e arte pela arte. Foi o local para onde olhámos para nos inspirarmos para este dis-co”.Quem o diz é o frontman da banda, Paulo Furtado, que, despida a pele de tigre, veste a pele do mestre de cerimó-nias neste festim burlesco.

“Fomos muito egoístas a compor este disco. Geral-mente somos egoístas a compor, mas neste fomos ainda mais. Tentámos ao máximo abstraírmo-nos do que nos rodeava, a nível de edições, agências e con-certos”, revela Paulo Furta-do. Tudo para que no final “conseguíssemos fazer um disco que nos desse muito prazer”.

o festim negro dos wraygunn em novo disco

“enter the void”

De Femina...O alheamento acabou por dar frutos. “L’art Brut” é o disco que traz de volta os Wraygunn, cinco anos de-pois do último “Shangri--La”. “Sim, sabemos que cinco anos é imenso tempo entre discos. Mas a verdade é que não foi tanto. Entre o tempo de composições, en-saios e gravações, para nós foi muito menos. Mas sim,

“L’Art Brut” marca o regresso aos discos dos Wraygunn. A banda de Paulo Furtado apresenta um conjunto de 11 canções, onde a “energia surge mais controlada” e onde os sons da música negra continuam a marcar passo.

para o público, cinco anos é muito tempo”. Este álbum surge na ressaca de uma temporada “excepcional” de concertos de Paulo Furtado enquanto Legendary Tiger-man e um disco muito bem recebido (também a nível in-ternacional) chamado “Fe-mina”. “Para mim acabou por ser uma surpresa toda a boa recepção que o álbum teve. Não pensei que tives-se os concertos que tive”, confidencia Paulo Furtado. Um tempo que inviabilizou outro tempo: o tempo dis-pendido para a reunião dos Wraygunn.

... a L’Art Brut!“Este disco começou com uma canção composta pela Raquel Ralha, apenas gui-tarra e voz. Ela enviou-me o tema para ouvir e senti que estava na altura de voltar-mos a editar”, revela o mú-

sico. Um disco diferente em relação ao (muitas vezes mal compreendido) “Shangri--La”. “Antigamente estáva-mos sempre a descarregar energia em disco. Agora a forma como a descarre-gamos é mais controlada. O sítio onde fomos beber a inspiração foi diferente. Onde antigamente havia soul hoje há mais doo-wop”. Um disco ainda assim mar-cado pelo imaginário negro, onde “as vozes de Raquel Ralha e Selma Uamusse” surgem mais “exóticas”. “As harmonias de vozes es-trão mais depuradas e mais pensadas. Neste momento acabamos por ser uma ban-da com duas guitarras, que influencia muito a sonori-dade”, conta Paulo Furtado. Um disco que, apesar dos cinco anos passado, não es-conde a vida irrequieta que lhe dá corpo.

SALA DE CINEMA

omniscientes, que ultrapas-sam os obstáculos físicos, até a zooms e close-ups que revelam cenas de uma intimidade e violência cho-cantes (desde trips de DMT, passando por um ato de pe-netração/ejaculação filmado de dentro do corpo de uma mulher).Nada na nossa experiência individual nos pode prepa-rar para aquilo que o mais recente filme de Gaspar Noé tem para oferecer. Ver Enter The Void assemelha-se, em tudo, a uma experiência extrassensorial e transcen-dental. É um potente aluci-nogénio audiovisual. Pode parecer exagerada esta clas-sificação, mas não existe ou-tra comparação possível. É

preciso ver para crer. Enter the Void é um filme que se ama ou se odeia, sendo capaz de provocar acesos debates. De qualquer maneira, depois de feitas as contas, é um filme que não

deixa ninguém indiferente. Acima de tudo, vale pela experiência que representa, que rompe todos os cânones cinematográficos estabele-cidos. E nisso, há que dar o devido mérito.

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PÁGINA 17 // 20.MAR.12 // ACADÉMICO

AGENDA CULTURALRUM BOxTOP RUM - 11 / 201216 MARÇO

1 RAPARIGA ELÉCTRICATens de sair

2 BLACK KEYS, THELonely boy

3 SHINS, THE - Simple song

4 A NAIFA - Gosto da cidade

5 ANNA CALVI - Suzanne & I

6 PJ HARVEYThe words that maketh murder

7 MARK LANEGAN BANDThe gravedigger’s song

8 TOM WAITSBack in the crowd

9 M83 - Midnight city

10 DEUS - Constant now

11 A JIGSAWThe strangest friend

12 B FACHADANão pratico habilidades

13 BEST YOUTH - Hang out

14 DJANGO DJANGOHail bop

15 RADIOHEAD - Lotus flower

16 AIR - Seven stars

17 LITTLE DRAGONRitual union

18 WRAYGUNNDon’t you wanna dance

19 DEATH CAB FOR CUTIE You are a tourist

20 DESTROYER - Chinatown

POST-IT

19 março > 23 março

ICONOCLASTSStranger In A Strange Land

ROSIE THOMASWhere Was I

LEE RANALDOOff The Wall

BRAGA

MÚSICA24 de MarçoCapitães de Areia – O Verão EternoFnac Braga

TEATRO20 a 23 de marçoÚltimo Acto – Companhia de teatro de BragaTheatro Circo

21 e 22 de março

A Ilha Desconhecida –Quadrilátero/ cie l allineaTheatro Circo

GUIMARÃES

DANÇA24 de MarçoPiracema – Lia RodriguesCCVF

MÚSICA23 a 25 de MarçoGuimaramus 2012CCVF

23 de MarçoDave ClarkeSão Mamede

FAMALICÃO

MÚSICA23 de marçoSérgio GodinhoCasa das Artes

24 de MarçoA Diferente Tima, de Narta HugonCasa das Artes

LEITURA EM DIAOs Leões de Al-Rassan - Guy Gavriel Kay - Saída de Emergência). A Península Ibérica, como cenário de um romance “fantástico”, na escrita de um grande escritor.

Jonas Savimbi de Emídio Fernando - Dom Quixote. A vida do líder da Unita, obstinado, que passou ao lado da História de um modo trágico.

Memórias de Anne Frank de Theo Coster - Asa. Os colegas de Liceu de Anne Frank recordam os tempos de adolescência antes da tragédia.

O Adolescente Indomável de Ángel Peralbo - Esfera dos Livros. Uma excelente proposta

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier.

para “orientar” os pais e educadores no crescimento dos adolescentes.

Não Sou um Serial killer de Dan Wells - Contraponto. Aproveitando a onda vampiresca, um bom divertimento literário.

JOSÉ REIS

[email protected]

World, You Need A Chan-ge of Mind é mais do que uma frase. É uma estado de espírito, um sentimento necessário em tempos inde-finidos como aqueles que vi-vemos, chamado de “crise”.

A máxima surge como lema e resumo do novo – e primei-ro – álbum de “Kindness”, o projeto de Adam Brainbrid-

ge com edição marcada para esta semana, pela Female Energy. Um disco pop, feito de muitos momentos ele-trónicos e onde a house dos anos 90 marca forte influ-ência em grande parte do registo dicográfico. Mas há ainda tempo para baladas melancólicas – “House” é um bom exemplo disso, a roçar a soul, mas assente em pilares pop açucarados. Há meses que a chegada do disco tem vindo a ser anun-ciada, muito graças a um tema chamado “Cyan”, que

CD RUMkindness profetiza a mudança do mundo

nos mostra Adam Brain-bridge, o músico, pelas ruas de Nova Iorque, de forma re-soluta, ilustrado por murais pintados de cores quentes. Agora, o álbum vem com-provar que Kindness é um projeto interessante e com várias vidas, que se cifram em diferentes faixas, em di-ferentes sons, em diferentes caminhos. Se o álbum de estreia não tiver sucessor (que acreditamos que não), já não nos importámos. Se este cumprir o desígnio do título, já nos chega. DR

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PÁGINA 18 // 20.MAR.12 // ACADÉMICO

DESPORTO

PUB.

CARLOS REBELO

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Mais um Campeonato Na-cional Universitário (CNU) de Karaté, mais um título de vice-campeã para a Associa-ção Académica da Universi-dade do Minho (AAUM) que no passado dia 10 e 11 do mês de março, na cidade de Avei-ro, conquistou mais meda-lhas para a sua Academia. Na modalidade Kumité (comba-tes), Filipe Silva (Ciências da Computação) conseguiu a

medalha de prata, João Mei-reles (LEI) o bronze, Sara Ro-drigues (Biologia Aplicada) também o bronze, e Cláudia Pereira a prata. Na modali-dade Katas (formas), Olívia Carvalho (Medicina) obteve a medalha de bronze. No to-tal, os atletas do Minho con-seguiram cinco medalhas individuais e, contabilizando essas medalhas, a AAUM ob-teve mais uma, a medalha de prata por equipas. No Judo, a AAUM não con-seguiu qualquer medalha. A esperança residia no judoca

nda assim esse facto pareceu não assustar os jogadores que colocaram o conjunto minhoto em vantagem por 0-2 nos pri-meiros minutos da partida. Depois, com o desenrolar da partida, a superioridade natural do Sporting veio ao de cima e traduziu-se em três golos sem resposta. Os leões ainda dilata-ram para 4-2, mas só no minuto final, quando chegaram ao 5º golo, puderam descansar. O Sp. Braga vendeu cara a derrota e necessita agora de ganhar fô-lego para o que falta do campe-onato.A próxima jornada joga-se no pavilhão da Universidade do Minho, onde os estudantes recebem o AMSAC, que se en-contra imediatamente atrás dos bracarenses na tabela classifica-tiva, logo, um rival direto na luta pela fuga à despromoção.

espaçoscbraga/aaumby DVS

Nova jornada, mais uma derro-ta para o Sp. Braga/AAUM que vê, com o passar dos jogos, o objetivo manutenção ficar cada vez mais complicado.Nesta jornada, à partida, a con-quista da vitória parecia muito complicada, uma vez que os pupilos comandados por Pe-dro Palas tinham pela frente o campeão nacional Sporting. Ai-

Ricardo Pereira (Engenha-ria Biológica), mas devido a uma lesão no ombro ocorri-da no seu segundo combate o judoca minhoto teve que desistir não conseguindo, pelo menos, igualar o feito do ano passado, a medalha de bronze.Já no squash, Carla Guima-rães (Tecnologias de Siste-mas de Informação) conquis-tou uma medalha de bronze para os minhotos. No qua-drante masculino, a AAUM não conseguiu chegar aos lugares mais altos do pódio.

karaté do minho brilha nos cnu’s de aveiro

MAURA TEIXEIRA

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Este fim de semana realizou--se a 23ª jornada do Campe-onato Nacional de Futebol, Liga Zon Sagres.O SC Braga teve a sua 12ª vitória consecutiva para o campeonato ao derrotar o Feirense por 4-1. Este resulta-do, favorável à equipa minho-ta, faz com que esta esteja a apenas um ponto do primei-ro classificado, o FC Porto. O Vitória de Guimarães empa-tou a dois golos com o Olha-nense, num encontro dispu-tado no Estádio D. Afonso Henriques. Até fecho desta edição, o encontro entre o Gil Vicente e o Sporting ainda não se tinha realizado. No que diz respeito ao ande-bol, o ABC deslocou-se à Ma-deira, na sexta-feira, onde foi derrotado pelo Madeira SAD (23-15), após uma série de cin-co vitórias.

Por sua vez, o Xico Andebol venceu o S. Bernardo (34-24) em jogo da 2ª jornada da fase de manutenção, do Campeo-nato Nacional da 1ª divisão. Relativamente ao basque-tebol, este fim de semana as equipas minhotas não jogaram, uma vez que se disputou a final da Taça de Portugal, que foi entregue ao FC Porto, após vitória ante a Académica. Por último, mas não menos importante, o Campeonato Nacional da 1ª Divisão de Hóquei em Patins teve, esta semana, uma pausa por causa dos jogos para a Taça CERS, a segunda mais im-portante competição euro-peia de clubes.Nessa competição, o HC Bra-ga defrontou o Friedlingen e venceu por 7-4, naquela que foi a primeira mão dos quar-tos de final da prova.Este foi um grande passo dado pela equipa minhota em direção à final four.

Karaté da UMinho evidencia-se no CNU da modalidade realizado em Aveiro

sporting braga assume-se como candidato ao título

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Braga 2012: Capital Euro-peia da Juventude organiza, com o Fórum Europeu da Juventude, o Parlamento da Capital Europeia da Juven-tude: Braga 2012, dias 23 e 24 de Março de 2012, no Theatro Circo.O evento será precedido de

Parlamento da Capital Europeia da Juventude: Braga 2012

uma semana de trabalho, durante a qual Braga rece-berá estudantes secundá-rios de 12 países europeus e a comunidade escolar do distrito de Braga.

O ERASMIAN EUROPEAN YOUTH PARLIAMENT

surgiu em 2009 na orga-nização da primeira Capital Europeia da Juventude - Ro-terdão 2009.

O ERASMIAN EUROPEAN YOUTH PARLIAMENT re-alizou-se em todas as Capi-tais Europeias da Juventude

desde a sua fundação.Este projeto de cidadania e participação Juvenil baseia--se em diversos encontros entre as delegações do parla-mento jovem e as comissões de trabalho com o objectivo de encontrar soluções realis-tas dos temas a serem abor-

dados.Desenvolver-se-ão dinâmi-cas ativas e criativas de es-tímulo à participação juve-nil e está programado um encontro destes jovens com decisores políticos de acordo com as metodologias do Di-álogo Estruturado.

O projeto LINK+351 é um festival itinerante que pre-tende conectar Braga com a Europa, e acima de tudo, promover os artistas bra-carenses, funcionando si-multaneamente como um programa de intercâmbio de jovens artistas Europeus, dinamizando o panorama cultural de Braga.Braga prepara-se para rece-ber artistas de toda a Euro-pa e simultaneamente, dar a conhecer artistas da cidade num projeto de partilha e reconhecimento das qua-lidades artísticas de toda a Europa.LINK+351 pretende desen-volver a imagem desta ini-ciativa como um atividade centrada nos jovens, focan-do o seu ativismo, criativi-dade e modernidade assim como a Capital Europeia da Juventude. O campo de ação

deste projeto prende-se com a possibilidade de oferecer espetáculos singulares e de grande potencial a todos os bracarenses e o contrário.A primeira banda nacional partiu hoje rumo à Repú-blica Checa onde atuará a 19 de Março, seguindo o pé-riplo por mais países como Eslovénia, Áustria e Suíça. Os PARTICULA são uma banda natural de Braga que através do Hip-Hop tentam elevar o Norte do país, ten-do já gravado dois álbuns e participado em inúmeras colaborações. Partem ago-ra atrás do sonho, Europa, apoiados no LINK+351.“Levar Braga à Europa” é o lema deste projeto, uma parceria da Capital Europeia da Juventude com a NAAM, Núcleo de Apoio às Artes Musicais.

Link +351 pretende conectar Braga com a Europa

Limpar Portugal 2012 24 de AbrilA ação Limpar Portugal 2012 - Braga da Amo Portu-gal, em parceria com a Bra-ga 2012: Capital Europeia da Juventude, no âmbito das iniciativas previstas levar a cabo até ao dia 24 de Março, envolvendo não só o jovens do concelho como a própria cidade, em mais esta ação cívica de educação e pro-teção ambiental; reflecção sobre a problemática do lixo e do desperdício; ciclo dos materiais .e do crescimen-to sustentável; alternativas energéticas. É objectivo co-mum de ambas as entida-des, manter o espírito total de voluntariado que sempre caracterizou as ações Lim-par Portugal - Amo Portu-gal. Com esta parceria, Bra-ga será mais uma vez uma referência de voluntariado na área da proteção ambien-tal.

YFARM23 de Março – 10h/13h – Par-que de Exposições de BragaYFARM é um conjunto de eventos direcionados à pro-moção da atividade agrícola e pecuária, com relevância e

tradição na zona do Minho.Pretendemos promover a cooperação com a Quin-ta pedagógica de Braga no sentido de dar a conhecer às escolas do distrito as ativi-dades inerentes, proporcio-nando ainda o contacto dos jovens com esta realidade.

Arqueologia do passado ao futuro24 de Março - Museu D. Diogo de SousaPretende-se realçar a impor-tância da arqueologia como factor de conhecimento e valorização da identidade das cidades / comunidades e factor de desenvolvimento local. Nesta atividade os jo-vens serão arqueólogos por um dia através da simulação de uma escavação arqueoló-gica com vista a conhecer metodologias de trabalho, complementada por visita ao laboratório de restauro e práticas laboratoriais ele-mentares.Organização: Jovemcoop

Em caixote

23 de Março – 22h/23h – Ros-sio da SéDJ Sound Project | Kala

Agenda semanal:Hari

24 de Março – 11h/23hBombos de Novais de Sousa – 11h/11.30h – Praça da Re-públicaEspetáculo David Martin – 11.30h/12h – Cruzamento Rua do SoutoAnimação : “Contrucio-nista” Marlene Soraia – 12h/12.30h – Cruz. Rua do SoutoInauguração – 16h/16.45h – Largo D. João Peculiar“Quem canta um conto...” – 17h/17.30h – Cruzamento Rua do SoutoPerformance de Dança – 22h/22.30h – Praça S. Fran-cisco“Projecto S” – 22h/23h – Largo D. João Peculiar/Jar-dim Santa BarbaraMúsicos Soltos Rock – 22.15h/23h – Centro Histó-rico/Rua do SoutoAllantantou – 22.30h/23h – Praça da RepúblicaRapariga Elétrica – 23h/23.30h – Rossio da Sé

25 de Março – 16h/18hA Velha Velhota – Rua do CasteloPlácido Fole - Praça da Re-pública

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24 março 22H00

ToUraL / aLamEDa / LarGo Da mUmaDoNa

La fUra DELs baUs CCTar CLara aNDErmaTT

TEmpo para Criar