12º congresso brasileiro de enfermagem em centro cirúrgico

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LIVRO PROGRAMA E ANAIS ISSN 2317-966X

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Page 1: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

LIVRO PROGRAMA E ANAIS

ISSN 2317-966X

Page 2: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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Patrocinadores:

Apoio:

Page 3: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização

São Paulo – SP, 22 a 25 de setembro de 2015 Palácio das Convenções do Anhembi – São Paulo

Subtítulo

“A Excelência na Comunicação em Prol da Segurança do Paciente Cirúrgico”

Page 4: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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PRESIDENTE DO 12º CONGRESSO Márcia Hitomi Takeiti

COMISSÃO ORGANIZADORA

Marcia Hitomi Takeiti

Lígia Garrido Calicchio

Liraine Laura Farah

Simone Garcia Lopes

Simone Batista Neto

Mara Lúcia Leite Ribeiro

Marcia Cristina Pereira de Oliveira

Mércia Pacheco de Oliveira

Edmilson Cunha Almeida

Giovana Abrahão de Araújo Moriya

Tânia Regina Zeni Diniz

Maria Clara Padoveze

Eliane da Silva Grazziano

Rachel de Carvalho

Ana Lúcia de Mattia

Rosa Maria Pelegrini Fonseca

Mariângela Belmonte Ribeiro

Kátia Aparecida Ferreira de Almeida

Andrea Alfaya Acunã

COMISSÃO CIENTÍFICA

Giovana Abrahão de Araújo Moriya

Marcia Cristina Pereira de Oliveira

Marcia Hitomi Takeiti

Andrea Alfaya Acunã

Lígia Garrido Calicchio

COMISSÃO TEMAS LIVRE Simone Garcia Lopes

COMISSÃO DE PRÊMIOS Simone Garcia Lopes

COMISSÃO FINANCEIRA Simone Batista Neto Mara Lucia Leite Ribeiro SECRETARIA ADMINISTRATIVA Maria Elisabeth Jorgetti Claudia Martins Stival

ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Marcia Hitomi Takeiti Sirlene Aparecida Negri Glasenapp

Page 5: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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APRESENTAÇÃO DOS ANAIS Do 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização - SOBECC

Setembro de 2015

É com grande satisfação que recebemos você no 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização da SOBECC. Seja muito bem vindo! Esta edição do evento traz como tema central “A Excelência na Comunicação em Prol da Segurança do Paciente Cirúrgico” cujo objetivo é levar aos profissionais de enfermagem que atuam nas áreas de centro cirúrgico, recuperação anestésica e material e esterilização, a reflexão, tornando-os integrados no desenvolvimento de forma contínua, para sermos mais efetivos e irmos ao encontro das necessidades na assistência do cliente cirúrgico. Para tanto, é necessário estabelecer prioridades e redirecionar esforços no sentido de utilizar a tecnologia para apoiar as boas práticas. Para manter elevados níveis de desenvolvimento, gestão e qualidade na prestação da assistência, é necessária uma política consistente de desenvolvimento profissional e pessoal, voltada às questões das competências, de modo a tornar os profissionais de enfermagem mais confiantes na sua atuação diária. Aplicar as melhores práticas disponíveis na assistência de enfermagem, atuar na prevenção de riscos evitáveis e prevenir a ocorrência de eventos adversos graves têm sido consideradas perspectivas e referências na busca da excelência em prol da assistência e da segurança do paciente cirúrgico. Tais práticas se enquadram no próprio contexto da “A Excelência na Comunicação em Prol da Segurança do Paciente Cirúrgico”.

A 12º edição do Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização da SOBECC acontece com a publicação destes Anais, que incluem os temas discutidos e os conhecimentos veiculados, podendo ser recuperados a qualquer tempo, de modo a oferecer maior visibilidade aos trabalhos. Por isso, nossa proposta é oferecer oportunidades de diálogo sobre a excelência no desenvolvimento profissional da enfermagem no Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização, voltados à gestão e ao aprimoramento da teoria, aliada à prática do cuidado com a saúde do paciente cirúrgico.

Márcia Hitomi Takeiti Presidente do 12º Congresso

Page 6: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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PROGRAMAÇÃO PRÉ-CONGRESSO 21 de setembro de 2015 (segunda-feira) 12h – 13h30 Entrega de material e atendimento de novas inscrições

Cursos Pré–Congresso

Auditório 1 14h – 16h Mitos e estratégias resolutivas para prevenção da hipotermia no Bloco Operatório

Palestrante: Liraine Laura Farah – Hospital Moriah (São Paulo)

Auditório 2 14h – 16h Atendimento em situações de emergência no intraoperatório: simulação realística

Palestrante: Enis Donizetti Silva – Hospital Sirio Libanês (São Paulo)

Auditório 3 14h – 16h Pare! Momento de segurança: posicionamento cirúrgico

Palestrantes:

Cassiane Lemos – Hospital Sirio Libanês (São Paulo)

Cecilia da Silva Ângelo – Hospital AC. Camargo (São Paulo)

Auditório 4 14h – 16h Instrumentalizando as ferramentas da qualidade no Bloco Operatório: PDCA

Palestrante: Nam Jin Kim – Hospital Samaritano (São Paulo)

Auditório 9 14h – 16h Análise da investigação epidemiológica na infecção de sitio cirúrgico

Palestrante: Antônio Tadeu Fernandes – Sócio e diretor da CCIH Cursos de Aprimoramento Profissional Ltda (São Paulo)

16h30 – 17h Cerimônia de abertura

17h – 17h30 Politicas de Saúde nas Instituições Hospitalares no Brasil

Palestrante: Floracy Gomes Ribeiro–Secretaria do Estado de Saúde (São Paulo)

17h30 – 18h Práticas indispensáveis para uma vida de sucesso

18h Coquetel de boas-vindas

Page 7: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA 22 de setembro de 2015 (terça feira) 7h30 – 8h30

Entrega de material e atendimento de novas inscrições

GRANDE PLENÁRIA

9h30 – 10h30

A busca da excelência na assistência perioperatória

Palestrante: Victoria Steelman – Universidade de Lowa (USA)

10h30 – 11h15 Coffee break

11h15 – 12h15

Iniciativas de liderança Lean para impulsionar a inovação da prática assistencial

Palestrante: Mary Jo Steiert – Consultora área de Enfermagem Perioperatório (USA)

12h15 – 13h15 Quais os desafios de um novo modelo de gestão no Bloco Operatório?

Palestrante: Alfonso Migliore Neto – Hospital 9 de Julho (São Paulo)

13h15 – 15h Almoço

15h – 16h

As pesquisas científicas estão atendendo a demanda de necessidades da prática assistencial?

Palestrantes: Ruth Teresa Natalia Turrini – Escola Enfermagem USP (São Paulo) Ana Lúcia S. Mirancos da Cunha – Hospital Sirio Libanês (São Paulo) Simone Garcia Lopes – Faculdade Medicina ABC (São Paulo)

PROGRAMAÇÃO PARALELA

Auditório 9

15h - 15h45 Proposta de instrumento para avaliação do paciente na Recuperação Anestésica

Palestrante: Mariângela Belmonte Ribeiro – Hospital Moriah (São Paulo)

Auditório 3

14h – 18h Prova de Titulo de Especialista

16h – 16h30 Intervalo

Auditório 1 16h30 – 17h30 Assembleia geral com os associados

17h30 Encerramento das atividades

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PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA 23 de setembro de 2015 (quarta-feira)

GRANDE PLENÁRIA

8h30 – 9h15

Quando os ruídos atrapalham a excelência da comunicação

Palestrante: Mary Jo Steiert – Consutora Enfermagem Perioperatório (USA)

9h15 – 10h30 Segurança do paciente nas Américas

Palestrantes: Victoria Steelman – Universidade de Lowa (USA) Heiko Thereza Santana – ANVISA (Brasília)

10h30 – 11h15 Coffee break

11h15 – 12h

Atitude segura do colaborador: eu sabia o que era para ser feito, mas não fiz... Depoimento de um colaborador vítima de acidente de trabalho

Palestrante: Giovana Abrahão de Araújo Moriya – Hospital Israelita Albert Einstein (São Paulo)

12h – 12h45 Erro humano

Palestrante: Jane Reid – Universidade Bournemouth (Reino Unido)

12h45 – 14h30 Almoço | Apresentação de Simpósios-Satélites

14h30 – 15h15

Aplicação de bundles no controle da infecção cirúrgica

Palestrante: Larissa Garms Thimoteo Cavassin – Hospital Sirio Libanês (São Paulo)

15h15 – 16h

Sala cirúrgica híbrida: uma realidade

Palestrantes: Estefânia Fazoli Campos – Hospital Israelita Albert Einstein (São Paulo) Patrícia da Costa – Hospital Israelita Albert Einstein (São Paulo)

PROGRAMAÇÃO PARALELA

Auditório 9

14h30 – 15h15 Como atuar frente a pacientes com via área difícil?

Palestrante: Wagner Aguiar Júnior – Hospital Uniersitário HU (São Paulo)

15h30 – 16h30 Organização de processo com gestão de risco Palestrante: Frederico Paredes – Soluções em Gestão Empresarial – Lanto Performance – Driven Consulting (São Paulo)

16h – 16h30 Intervalo

16h – 19h Avaliação dos trabalhos científicos

19h30 Encerramento das atividades

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PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA 24 de setembro de 2015 (quinta-feira)

GRANDE PLENÁRIA

9h – 10h

Mitos e verdades dos parâmetros de esterilização

Palestrante: Kazuko Uchikawa Graziano – Escola Enfermeagem USP (São Paulo)

10h – 10h45 Coffee break

10h45 – 11h30

Tenho sede! Avanços e desafios no manejo da sede no perioperatório

Palestrante: Ligia Fahl Fonseca – Universidade Estadual de Londrina (Paraná)

PROGRAMAÇÃO PARALELA – AUDITÓRIO 9

10h45 – 11h30

Educação permanente: uma ferramenta de qualidade no Bloco Operatório

Palestrante: Maria Virginia Godoy da Silva – Universidade Estadual do Rio de Janeiro (RJ)

GRANDE PLENÁRIA

11h30 – 13h

Talk show – Discussões éticas: eventos adversos, incidência e danos

Palestrantes: Jane Reid – Universidade Bournemouth (Reino Unido) Paula Gobi Scudeller – Hospital Sirio Libanês (São Paulo) Antonio Capone – Hospital Israelita Albert Einstein (São Paulo)

13h00 – 14h45 Almoço / apresentação de Simpósios-Satélites

14h45 – 15h45 Planetree – O cuidado humanizado no Centro Cirúrgico: eu devo, eu posso Palestrante: Alzira Machado Teixeira – Hospital Israelita Albert Einstein (São Paulo)

15h45 – 16h30 Gestão ambiental: como estamos cuidando dos resíduos gerados no Bloco Operatório?

Palestrante: Artur Ferreira Toledo – Centro Universitário Fundação Santo André (ABC/SP)

PROGRAMAÇÃO PARALELA – AUDITÓRIO 9

14h45 – 15h30

Eletrocirurgia: o real e o obscuro da prática Palestrante: Osvaldo Carlos Barbosa – Membro do GEPEBE - Grupo de estudo e praticas educativas

baseado em evidências EPE-UNIFESP (São Paulo)

15h45 – 16h30 Pacientes da 3º idade no mapa cirúrgico: sinais de alerta Palestrante: Renata Eloah de Lucena Ferretti-Rebustini – Escola de Enfermagem USP (São Paulo)

16h30 Encerramento das atividades

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PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA 25 de setembro de 2015 (sexta-feira)

9h30 – 10h

Coffee break

10h – 11h

Mídias sociais: exposição nas Instituições Palestrante: Patricia Peck – PPP Advogados Especialiistas em Direito Digital (São Paulo)

11h – 11h45

Uma nova abordagem de gerenciamento de leitos associado à sala cirúrgica Palestrante: Rosa Maria Pelegrini Fonseca – Hospital Paulistano (São Paulo)

11h45 – 12h45 Quando a comunicação não funciona

Palestrante: Valter Carneiro da Cunha Daielo Moreira – CRM Corporate da GOL (São Paulo)

12h45 – 14h Almoço

14h – 15h “O Não que me Motiva é o Sim que me faz crescer” Palestrante: Roberto Caruso – Sócio Diretor na Solte Soluções Empresariais (São Paulo)

15h – 15h15 Premiação dos trabalhos científicos

15h15 – 16h15 Apresentação dos trabalhos premiados

16h15 Sorteios

16h30 Encerramento

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TRABALHOS APROVADOS

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INDICE

Os Trabalhos publicados são de total responsabilidade dos respectivos autores.

01 - A COMUNICAÇÃO NA SALA OPERATÓRIA: INFLUÊNCIAS NA SEGURANÇA DO PACIENTE ............................ 26 Regiane Barreto, Marinésia Prado, Cyanéa Gebrim, Maria Barbosa.

02 - A CONCEPÇÃO DO ENFERMEIRO SOBRE ATIVIDADE DO BRINCAR EM CLÍNICA CIRÚRGICA DE UMA UNIDADE PEDIÁTRICA .................................................................................................................................... 27 Aderlaine da Silva Sabino, Arinete Véras Fontes Esteves, Lílian Dornelles Santana de Melo.

03 - A CORRELAÇÃO ENTRE A CIRURGIA DE PORTAL ÚNICO ROBÓTICA E A ENFERMAGEM ESPECIALIZADA ....... 28

Rosana Noronha Soares Pereira, Luiz Carlos Araujo de Oliveira, Estefania Fazoli Campos, Adriana Lário, Debora Alonso Leite.

04 - A FAMÍLIA DO PACIENTE CIRÚRGICO E A COMUNICAÇÃO ASSERTIVA ........................................................ 29 Márcia Regina Costa Giorgetti, Paula C. Figueiredo Cavalari, Eliane de Araújo Cintra, Alexandre Oliveira da Silva, Alessandra Nazareth C.P.Roscani.

05 - A IMPLANTAÇÃO DE CHECK-LIST TRANSFUSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA PERIOPERATÓRIA .......... 30 Melina Shettini, Mileide Justo, Luiza Rojic, Lia Romero.

06 - A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PREPARO DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO ROBÓTICO ..................................................................................................................................................... 31 Silmara Martins Garcez, Bruna Elvira Costa, Maria Socorro Vasconcelos Pereira da Silva, Simone Batista Neto, João Francisco Possari.

07 - A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO EM SALA OPERATÓRIA PARA REALIZAÇÃO DE CIRURGIAS ROBÓTICAS. RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................................................................................................................ 32 Nelson João Silva, Alessandra Duarte Gonçalves, Renata Barco Oliveira, Judith Fernandes Lima, Liliam Rosa Silva.

08 - A INTEGRAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO PLANEJAMENTO CIRÚRGICO COMO FERRAMENTA PARA A GARANTIA DA CIRURGIA SEGURA ....................................................................................................... 33 Melina Shettini, Luiza Rojic, Mileide Justo, Adriana Furlan, Lia Romero.

09 - A SAÚDE DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM E A SEGURANÇA DO PACIENTE NO PERIOPERATÓRIO ........ 34 Regiane Barreto, Marinésia Prado, Cyanéa Gebrim, Maressa Queiroz, Jéssica Rodrigues.

10 - A SEDE DA CRIANÇA CIRÚRGICA: A PERCEPÇÃO DE CUIDADORES NO PERIOPERATÓRIO ............................ 35 Mariana Campos Campana, Lígia Fahl Fonseca, Pamela Rafaela Martins, Dolores Ferreira de Melo Lopes.

11 - A SEGURANÇA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM QUE MANIPULA AS AUTOCLAVES ............................. 36 Marcos Antonio Macêdo dos Anjos, Adriana Barros de Araújo Lessa, Teresa Cristina Brasil Ferreira, Alice Barbio Barboza,8Adriana Braga Fernandes.

12 - A VISITA PRÉ-OPERATÓRIA COMO FATOR ATENUANTE DA ANSIEDADE EM PACIENTES CIRÚRGICOS .......... 37 Thiago Franco Gonçalves, Veronica Cecilia Calbo de Medeiros.

13 - ACEITAÇÃO AROMATERÁPICA DE SABONETE CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL DE MELALEUCA ALTERNIFOLIA E O IMPACTO NA HIGIENE DAS MÃOS ............................................................................................................. 38 Juliana Gnatta, Eliane Dornellas, Regiane Machado, Maria Júlia Silva.

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14 - ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL PERFUROCORTANTE: PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM QUE ATUAM EM CENTRO CIRÚRGICO ...................................................................................... 39 Vanessa Suelen Rodrigues dos Santos, Patricia Treviso.

15 - ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA: INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA .... 40 Karina Venturi Manoel, Priscila Matheus, Rachel Carvalho.

16 - ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE AMPUTAÇÃO DE MEMBROS ..................................................................................................................................................... 41 Edineide Nunes Silva, Amanilza Costa Sousa, Renata Lívia S. Fonsêca Moreira, Geane Silva Oliveira, Eclivaneide Caldas de Abreu Carolino.

17 - ANÁLISE DA ROTATIVIDADE DO ENFERMEIRO NO BLOCO OPERATÓRIO .................................................... 42 Veronica Cecilia Calbo de Medeiros, Solange Castro Dourado.

18 - ANÁLISE DA TAXA DE EFETIVIDADE DO PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA DURANTE FASE DE IMPLANTAÇÃO DO CHECKLIST CIRÚRGICO ...................................................................................................... 43 Shirley dos Santos, Gina Vilas Boas Lima Tarcitano, Patrícia da Silva Batista, Elizabeth Akemi Nishio.

19 - ANÁLISE DOS RISCOS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO .............................................................. 44 Thais Galoppini Felix Borro, Débora Alonso Leite, Carla Bezerra, Marina P. Bertho Hutter, Paola B. de Araújo Andreoli.

20 - ANÁLISE E VERIFICAÇÃO DA MANUTENÇÃO DA ESTERILIDADE DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS EXPOSTOS EM SALA OPERATÓRIA .................................................................................................................. 45 Mara Lucia Leite Ribeiro, Patricia Antonia de Camargo Peres, Nathalia Teixeira Nunes, André de Almeida Barini, Flavia de Oliveira, Silva Martins.

21 - ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS: USO DAS PREPARAÇÕES ALCÓOLICAS EM DETRIMENTO DAS DEGERMANTES .............................................................................................................................................. 46 Taynah Neri Correia Campos, Quenia Camille Soares Martins.

22 - APLICAÇÃO DA METODOLOGIA LEAN NO PROCESSO DE TRABALHO NA CENTRAL DE MATERIAIS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO .............................................................................................................................. 47 Simone Plaza Carillo, Hellen Maria de Lima Graf Fernandes, Ariane Silveira Rodrigues, Luciano Motta, Ana Luiza Ferreira Meres.

23 - APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO INDICADOR DE AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO DE ARTIGOS PARA SAÚDE ........................................................................................................................................................... 48 Expedita Rodrigues Ferreira, Andrea Alfaya Acuna, Karine Moretti Monte, Regina Matiko Sato, Luciana Hatsue Murata de Almeida.

24 - APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES JUNTO A DISCIPLINA DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA ....................................................................................................................... 49 Marla Andréia Garcia de Avila, Suzimar Benato Fusco, Silvia Maria Campos, Rubia de Aguiar Alencar.

25 - ARTROPLASTIA DO QUADRIL: PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO ......................................... 50 Bruna Rogeliane Rodrigues Pereira, Isabel Yovana Quispe Mendoza, Braulio Roberto Gonçalves Marinho Couto, Flavia Falci Ercole, Vania Regina Goveia.

26 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCEDIMENTO ANESTÉSICO: PROTOCOLO PARA SEGURANÇA DO PACIENTE ............................................................................................................................. 51 Cassiane Santana Lemos, Aparecida de Cassia Giani Peniche.

27 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA AO PACIENTE COM ALERGIA AO LÁTEX E ELABORAÇÃO DE UM PROTOCOLO ASSISTENCIAL ................................................................................................................. 52 Karinne Ferreira de Souza, Luciana Simões Esteves Vieira, Tatiana Soares Ribeiro, Laydson Adrian Araújo.

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28 - ASSOCIAÇÃO ENTRE A INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE CRIANÇAS COM MIELOMENINGOCELE E A SOBRECARGA DO CUIDADOR INFORMAL ........................................................................................................ 53 Karen Negrão Cavalari, Pedro Tadao Hamamoto Filho, João Luiz Amaro, Silvia Maria Caldeira, Marla Andréia Garcia de Avila.

29 - ATITUDE E PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE HIGIENE DAS MÃOS: A REALIDADE DE UM HOSPITAL DO NORDESTE .................................................................................................................... 54 Jane Keyla Souza dos Santos, Josielma Cavalcante de Lima Batista, Maraysa Jéssyca de Oliveira Vieira, Patrícia de Carvalho Nagliate.

30 - ATIVIDADES DO ENFERMEIRO DE CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO SOBRE O OLHAR DOS DISCENTES DE ENFERMAGEM ......................................................................................................................... 55 Aderaldo Henrique M. Junior Mesenes, Iolanda Beserra da Costa Santos, Gisélia Alves de Araújo, Leila de Cassia Tavares da Fonseca, Francileide de Araújo Rodrigues.

31 - ATRIBUIÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DIANTE O PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO EM UM HOSPITAL GERAL ........................................................................................................................................................... 56 Clarissa G. de Souza, Ana Cristina A. dos Santos, Maria do Socorro Sales, Milenna A. Brasil, Shirley Kaliny Correia de Matos.

32 - ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM FRENTE AS COMPLICAÇÕES ANESTÉSICO-CIRÚRGICAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ................................................................................................................................................. 57 Antonia Abigail do Nascimento Cavalcante, Rosemary Marques de Morais, Kelly Lira Linhares, Raimunda Alves Correia, Leandro José Fontenele.

33 - ATUAÇÃO DE UMA ENFERMEIRA NO CUIDADO PERIOPERATÓRIO NA CIRURGIA DE TRANSPLANTE PULMONAR INTERVIVOS ................................................................................................................................ 58 Flávia Magalhães Howes, Patrícia Treviso, Rita Catalina Aquino Caregnato.

34 - ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DO CENTRO DE ESTERILIZAÇÃO FRENTE À SEGURANÇA DO PACIENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA .......................................................................................................................... 59 Maria Zélia de Araujo Madeira, Dinah Sá Rezende Neta, Nídia de Paula Silva Leite Sousa, Brenna Emmanuella de Carvalho, Rayana Amélia Lima Leal.

35 - AUMENTAR A SEGURANÇA NA TRANSFERÊNCIA DE INFORMAÇÕES PASSAGEM DE PLANTÃO: CENTRO CIRÚRGICO X PACIENTES GRAVES ...................................................................................................... 60 Debora Alonso Leite, Alessandra de Fatima Bokor Manteiga, Leonardo Jose Rolim Ferraz, Fabiana Machado Parreira, Adriana Lario.

36 - AVALIAÇÃO A ADESÃO DO TIME OUT EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: É REALIZADO? .......................... 61 Fernanda Nunes da Silva, Robson de Araújo Barcelos, Simone Garcia Lopes, Ariadne de Paula Nascimento.

37 - AVALIAÇÃO DA SEDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA .................................................................................. 62 Pamela Rafaela Martins, Ligia Fahl Fonseca.

38 - AVALIAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS SOBRE O PROCESSO DE LIMPEZA DE ARTIGOS ODONTO-MÉDICO-HOSPITALARES .................................................................................................................. 63 Sílvia Maria Caldeira, Juliana Caetano Costa, Suzimar de Fátima Benato Fusco, Rafaela Aparecida Prata, Lone Correa.

39 - AVALIAÇÃO DAS VISITAS PRÉ-OPERATÓRIAS REALIZADAS PELOS ENFERMEIROS EM UM HOSPITAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE .................................................................................................................................. 64

Emanuela Batista Ferreira e Pereira, Gabriela Wanderley Souza e Silva, Jane Keyla Souza dos Santos, Juliana de Melo Araújo, Sandra Martins de França.

40 - AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA PLÁSTICA EM UM HOSPITAL-DIA .... 65 Adriana L. Domingues, Renata P. Ribeiro Miranda, Ana Letícia Carnevalli Motta, Diego Venturelli, Keyla de Cássia Barros.

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41 - AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE HIGIENE DAS MÃOS DE UM HOSPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO .................................................................................................. 66 Jane Keyla S. dos Santos, Josielma Cavalcante de L. Batista, Maraysa Jéssyca de O. Vieira, Patrícia de C. Nagliate.

42 - AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ENGAJAMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DO CENTRO CIRÚRGICO ............. 67 Alessandra de Fátima Bokor Manteiga, Maria Aparecida Rhein Schirato.

43 - AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS ....................................................................................................................................... 68 Lilian Renata Martins da Silva, Paulo Emanuel Silva, Andréa Cristina de Melo, Milena Moura Medeiros, Maria da Penha Cavalcanti Oliveira.

44 - AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE LÂMINAS E CABOS DE LARINGOSCÓPIOS E VALIDAÇÃO DO PROCESSO FORA DA CME ................................................................................................... 69 Mara Lucia Leite Ribeiro, Patricia Antonia de Camargo Peres, Nathalia Teixeira Nunes, Flavia de Oliveira e Silva Martins, André de Almeida Barini.

45 - AVALIAÇÃO DO RISCO OCUPACIONAL NO USO DE DESINFETANTE QUÍMICO DE ALTO NÍVEL A BASE DE ÁCIDO PERACÉTICO EM CME .......................................................................................................................... 70 Elenildes Silva Amorim, Gilmar Cunha Trivelato, Rosa Aires Borba Mesiano.

46 - AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VISITA TÉCNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA .................................................... 71 Jane Keyla Souza dos Santos, Gabriela Wanderley Souza e Silva, Giselda Bezerra Correia Neves, Maria José Vasconcelos, Maria da Penha Sá Rodrigues.

47 - AVALIAÇÃO DO TEMPO DE JEJUM ENTRE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS DO TRATO DIGESTÓRIO EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO..................................................................................................................... 72 Nayara de Castro Pereira, Ruth Natalia Teresa Turrini, Vanessa de Brito Poveda.

48 - BOLETIM INFORMATIVO: ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO COM FAMILIARES ............................................ 73 Hellen Maria de Lima Graf Fernandes, Simone Plaza Carillo, Ariane Silveira Rodrigues, Luciano Motta, Ana Luiza Ferreira Meres.

49 - BURNOUT E A SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO ............................................................................... 74 Emília Maria Pacheco André, Leila de Cássia Tavares da Fonseca, Juliana Frutuoso da Silva, Sérgio Ribeiro dos Santos, Jaqueline Brito Vidal Batista.

50 - CANCELAMENTO DE CIRURGIAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO NA CIDADE DE SÃO PAULO ........................... 75 Michely de Araújo Félix, Roberto Luiz Sodré.

51 - CAPACITAÇÃO DO PESSOAL DE ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO DE BIOFILME NOS INSTRUMENTAIS DO CENTRO CIRÚRGICO .................................................................................................................................. 76 Marcio Pereira Melendo, Célia Maria Rabaioli, Carmem Eulália Pozzer, Simone Travi Canabarro, Rita Catalina Aquino Caregnato.

52 - CARACTERIZAÇÃO DOS CANDIDATOS À VASECTOMIA EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DO INTERIOR PAULISTA ....................................................................................................................................................... 77 Vanessa Cristina Angelo, Suzimar Benato Fusco, Marla Andréia Garcia de Avila, Silvia Maria Caldeira, Hamilto Akihissa Yamamoto.

53 - CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO EM UMA FACULDADE DE ODONTOLOGIA .................................. 78 Carlos Moller, Maria Idalina Valencio, Rita Catalina Aquino Caregnato.

54 - CHECAGEM DE MATERIAIS CIRÚRGICOS COMO PARÂMETRO DE QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA .................. 79 Mrly Ryoko Amaya, Eliane Cristina Sanches Maziero, Maria Edutania Skroski Castro, Elaine Drehmer de Almeida Cruz.

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55 - CHECKLIST CIRÚRGICO: SAÍDA – PASSOS A SEREM EFETUADOS GARANTINDO A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................................................. 80 Edluza Melo, Renata Lopes, Thamyres Santos, Ingrid Bezerra, Micheli Aguiar.

56 - CHECKLIST CIRÚRGICO: UMA ESTRATÉGIA PARA A PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE ................. 81 Edluza Melo, Renata Lopes, Thamyres Santos, Ingrid Bezerra, Micheli Aguiar.

57 - CIRCUITO RESPIRATÓRIO REPROCESSADO X CIRCUITO RESPIRATÓRIO DESCARTÁVEL ................................ 82 Heidi Christiane Niemoi Dias, Priscila Paulon Tanaka, Jefferson Aparecido Ramos Costa.

58 - CIRURGIA SEGURA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA DOCENTE DA DISCIPLINA DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO ................................................................................................................................. 83 Gisele dos Santos Rocha, Aderlaine da Silva Sabino, Mailma Costa de Almeida.

59 - COMPLICAÇÕES EM IDOSOS EM SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA ............................................... 84 Prince Daiane Felizardo Silva Nascimento, Ana Caroline Bredes, Ana Lúcia de Mattia.

60 - COMPLICAÇÕES NO POI DE PACIENTES SUBMETIDOS A REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM E SEM USO DE CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA ................................................................................................ 85

Veronica Cecilia Calbo de Medeiros, Beatrice Sampaio dos Santos Barros.

61 - COMUNICAÇÃO EFETIVA: O SEGREDO PARA O ALCANCE DA QUALIDADE DO PROCESSO ........................... 86 Izabel Kazue Damas Crisol Iamaguti, Giovana Abrahão de Araújo Moriya, Andrea Miranda Lopes, Andreia Cristina de Souza Dias, Fabiana Machado Parreira.

62 - COMUNICAÇÃO VISUAL EFETIVA (CVE):DIALÉTICA ENTRE CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO E A SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO ...................................................................................................... 87 Marize Silva, Franklin José Pereira, Regina Célia Gollner Zeitoune.

63 - CONHECIMENTO DOS CUIDADORES SOBRE OS CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS DE QUEILOPLASTIA E PALATOPLASTIA .......................................................................................................................................... 88 Ana Paula Ribeiro Razera, Armando dos Santos Trettene, Cleide Carolina da Silva Demoro Mondini, Maria de Lourdes Merighi Tabaquim.

64 - CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA SOBRE COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA .................................................................................... 89 Emanuela Batista Ferreira e Pereira, Maria da Glória de Souza, Ana Cláudia de Melo Souza Dantas, Sâmia Tavares Rangel, Michelle Wogeley Vasconcelos Xavier.

65 - CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA .................................................................................................................... 90 Ellen Thais Graiff de Sousa, Gizele Pereira Mota, Cibelly Alves Neves, Lucianne Pereira de Andrade, Rochelle Moura da Rocha.

66 - CONTROLE DE RISCO NO REUSO DE ARTIGOS DE USO ÚNICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA ................................................................................................................................................... 91 Glaice Kelly Dias Barbosa, Katia Ferreira da Silva Pessanha, Crystiane Ribas Batista Ribeiro, Luciana Pereira Gomes, Desuíte Helena Peçanha da Silva de Araújo.

67 - DESAFIO NO CME: REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO COM PÉRFURO-CORTANTES ........................... 92 Julio César Costa, Hellen Maria de Lima Graf Fernandes, Simone Plaza Carillo, Ariane Silveira Rodrigues, Ana Luiza Ferreira Meres.

68 - DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA SITUAÇÃO CIRÚRGICA EM SERVIÇOS PÚBLICOS EM UMA REGIONAL DE SAÚDE ...................................................................................................................................................... 93 Berendina Elsina Bouwman Christóforo, Guilena Rosa Leite, Marco Tulio A. García-Zapata, Marinésia Aparecida do Prado Palos.

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69 - DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM “RESPOSTA ALÉRGICA AO LÁTEX” EM CRIANÇAS EM PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE MIELOMENINGOCELE ....................................................................................... 94 Bruna de Almeida Guimarães, Suzimar Benato Fusco, Maria Virgínia Martins Faria Faddu Alves, Natália Augusto Benedetti, Marla Andréia Garcia de Avila.

70 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS TEMPOS DE EXECUÇÃO DAS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA ................................................................................................. 95 Carolina Martins Ricardo, Fernanda Maria Togeiro Fugulin, Juliana Rizzo Gnatta Damato, Regiane Farias Machado.

71 - EDUCAÇÃO CONTINUADA EM CENTRO CIRÚRGICO ................................................................................... 96 Geysa Priscila Belisse, Veronica Cecilia Calbo de Medeiros.

72 - EDUCAÇÃO CONTINUADA NO CENTRO CIRÚRGICO REDUZ RISCO DE EVENTOS ADVERSOS? ....................... 97 Claudia Carina Conceição dos Santos, Elizete Bueno, Ivana Trevisan, Lisiane Paula Sordi, Rosane Vargas Muniz.

73 - EFETIVIDADE DA LIMPEZA DE INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS COMPLEXOS ................................................. 98 Expedita Rodrigues Ferreira, Karine Moretti Monte, Andrea Alfaya Acuna, Gabriela Harumi Teshima, Natalia Barbosa Ferreira de Moura Santos.

74 - EFICÁCIA DO PICOLÉ DE GELO NO MANEJO DA SEDE NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO ................................................................................................................................ 99 Marilia Ferrari Conchon, Ligia Fahl Fonseca.

75 - ELABORAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE REGISTRO DE ENFERMAGEM NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA .......................................................................................................................................... 100 Jaqueline Souza da Silva, Ádane Domingues Viana, Renata da Silva Vasconselos, Kelly Neuma Gentil.

76 - ELABORAÇÃO, VALIDAÇÃO E FIDEDIGNIDADE DE UM PROTOCOLO DE SEGURANÇA PARA O MANEJO DA SEDE NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO .................................................................................................... 101 Leonel Alves do Nascimento, Ligia Fahl Fonseca.

77 - ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA COMO ALTERNATIVA PARA CENTRO CIRÚRGICO: REVISANDO A LITERATURA E EXPERIÊNCIAS SEMELHANTES................................................................................................. 102 Amanda Fernandes Machado, Jaine da Silva Batista, Hozana Gomes Sousa, Márcia Natalia Machado Tavares, Edineide Nunes Silva.

78 - ESTRATÉGIA PARA A PREVENÇÃO DE RETENÇÃO DE CORPO ESTRANHO NA CAVIDADE ............................ 103 Larissa Cunha Alves de Holanda, Antônia Abigail do Nascimento, Lumara Nascimento Viana, Bruna de Moraes Rubim de Moraes Rubim, Natália Iara Rodrigues de Araújo.

79 - ESTRATÉGIAS ALTERNATIVAS UTILIZADAS NO PLANO ASSISTENCIAL À CRIANÇA DURANTE PERÍODO PERIOPERATÓRIO: REVISÃO INTEGRATIVA .................................................................................................... 104 Karolline Bertoldo Angelin, Rafaela Aparecida Prata, Ione Correa, Sílvia Maria Caldeira.

80 - ESTUDO PILOTO: CONTROLE DA GLICEMIA PERIFÉRICA NO TRANS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA BARIÁTRICA ......................................................................................................... 105 Deise dos Santos Campos, Emanuela Batista Ferreira e Pereira, Emanoela Patrícia Gonçalves Dourado.

81 - EXPLANTES: QUANTO CUSTA PARA ATENDER A RDC? ............................................................................. 106 Lia Romero, Camila Gomieiro, Mery Lirian da Costa, Melina Shettini.

82 - FATORES CHAVES DE SUCESSO NA ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL DE UM CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO .......................................................................................................................................... 107 Maria Francisca Viana Brito Souza, Rosilene Pereira do Nascimento, Maria Socorro Vasconcelos Pereira da Silva.

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83 - FENÓTIPOS DE RESISTÊNCIA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS DE INFECÇÕES DE PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO ................................................................................................................................ 108 Berendina Elsina Bouwman Christóforo, Marlene Andrade Martins, Tays Gutielle Gomes, Danyela Julia Han, Michelle Christine Carlos Rodrigues.

84 - FRATURAS MAXILOMANDIBULARES E BLOQUEIO INTERMAXILAR: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E A PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS ......................................................................................................................... 109 Priscila Erbueno Laposta, Augusto Augusto Mazzoni Neto, Jéssica Renata Reis de Meira, Aristides Augusto Palhares Neto, Marla Andréia Garcia de Avila.

85 - GERENCIAMENTO DOS RISCOS ERGONÔMICOS NO AMBIENTE CIRÚRGICO: UMA IMPORTANTE FERRAMENTA DE QUALIDADE ...................................................................................................................... 110 Viviane Pereira Costa, Fabiana Parreira, Luiz Carlos de Araujo Oliveira, Adriana Lário, Alzira Machado Teixeira.

86 - GESTÃO DE CENTRO CIRÚRGICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ENFERMEIRAS LÍDERES DE UNIDADE ........ 111 Debora Andreia Kalata Lain, Lisiane Paula Sordi, Rute Merlo Somensi, Patricia Treviso.

87 - GESTÃO DE CONFLITOS NO CME. REALIDADE DIÁRIA .............................................................................. 112 Juliana Rocha, Iones Júnior, Felipe Amaral, Joyce Vasconcelos, Walkiria Martins.

88 - GESTÃO EM CENTRO CIRÚRGICO: PROPOSTA DE CONTROLE DO DESPERDÍCIO ........................................ 113 Maria Jose do Nascimento Silva, Ana Patricia Gomes Vasconcelos.

89 - GRUPO DE FERIDAS DO CENTRO CIRÚRGICO: UMA ESTRATÉGIA EFICAZ DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE ....................................................................................................................................... 114 Luciana Cristina Santos Ribeiro, Eliane de Araújo Cintra, Camila de Jesus Peron Moraes, Paula C. Figueiredo Cavalari, Alessandra Nazareth C.P. Roscani.

90 - HIPOTERMIA EM PACIENTES NA RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA: ANÁLISE DA INTERVENÇÃO DE INFUSÃO VENOSA AQUECIDA ....................................................................................................................... 115 Ana Lúcia de Mattia, Maria Helena Barbosa, Adelaide de Mattia Rocha, Nathália Haib Costa Pereira.

91 - IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: RELATO DE ENFERMAGEM .................................................................................................. 116 Maria Zélia de Araujo Madeira, Cândida Danyelle Silva Leôncio, Ismael Carlos Costa, Laiane dos Santos Andrade, Janayna Percy Costa Pessoa.

92 - IMPLANTAÇÃO DE MÉTODO FORMAL DE COMUNICAÇÃO PARA PROVISIONAMENTO CIRÚRGICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................................................ 117 Patrícia da Silva Batista, Gina Vilas Boas Lima Tarcitano, Shirley dos Santos, Elizabeth Akemi Nishio.

93 - IMPLANTAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DO TIPO CHECK LIST PARA PASSAGEM DE PLANTÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIAS ........................................................................................................................... 118 Adriana Lopes Domingues, Renata Pinto Ribeiro Miranda, Ana Letícia Carnevalli Motta, Diego Venturelli.

94 - IMPLANTAÇÃO DO CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA EM UM HOSPITAL PRIVADO NO INTERIOR DO PARANÁ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ......................................................................................................... 119 Stefânia de Oliveira, Andreia Alves, Kamille Kotekewis.

95 - IMPLANTAÇÃO DO ENFERMEIRO COMO GESTOR E MULTIPLICADOR DE CONHECIMENTO NUM CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO ....................................................................................................... 120 Shirley dos Santos, Gina Vilas Boas Lima Tarcitano, Patrícia da Silva Batista, Elizabeth Akemi Nishio.

96 - IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE NORMOTERMIA – ESTRATÉGIA NA SEGURANÇA DO PACIENTE ......... 121 Melina Shettini, Swamy Marconi, Ana Carolina Andrade, Lia Romero.

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97 - IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA TRABALHADORES DA UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO ..................................................................................................................................... 122 Luciana Iglesias de Castro Silva.

98 - IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA NO CENTRO CIRÚRGICO ..................................................................................................................................... 123 Ellen Thais Graiff de Sousa, Lucianne Pereira de Andrade, Rochelle Moura da Rocha.

99 - IMPORTÂNCIA DA PULSEIRA DE IDENTIFICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO EM UM HOSPITAL ESCOLA .......................................................................................................... 124 Edluza Melo, Renata Lopes, Nathaly Oliveira, Valéria Tavares.

100 - INDICADOR DE AVALIAÇÃO DAS PERDAS DE VALIDADES DE PRODUTOS PARA SAÚDE DESINFECTADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO ................................................................................................ 125 Cleidiane Barbosa Paz, Ana Cristina Alencar dos Santos, Clarissa Gondim de Souza, Maria do Socorro Sales, Shirley Kaliny Correia de Matos.

101 - INDICADORES DE QUALIDADE PARA MELHORIA DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR ..................................... 126 Clarissa Gondim de Souza, Ana Cristina Alencar dos Santos, Maria Do Socorro Sales, Milenna Alencar Brasil, Shirley Kaliny Correia de Matos.

102 - INFUSÃO VENOSA AQUECIDA RELACIONADA À PREVENÇÃO DAS COMPLICAÇÕES DA HIPOTERMIA INTRAOPERATÓRIA ...................................................................................................................................... 127 Nathália Haib Costa Pereira, Ana Lúcia de Mattia.

103 - INSTRUMENTOS DE LEVANTAMENTO DE DADOS NO PERIOPERATÓRIO PARA A SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO PERIOPERATÓRIO ......................................................................................................................... 128 Maria Zélia de Araujo Madeira, Raísa Andrade Lima, Ana Maria Ribeiro dos Santos, Brenna Emmanuella de Carvalho, Fagner Sousa de Macedo.

104 - INTERVENÇÃO NA SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA: EDUCAÇÃO DE PACIENTES E FAMILIARES ........ 129 Siane Simioni, Gisele Pereira de Carvalho, Rita Catalina Aquino Caregnato.

105 - INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO TRANSOPERATÓRIO DE LOMBOSTOMIA LOMBAR ...................... 130 Claudia Carina Conceição dos Santos, Gustavo Mattes Kunrath, Ivana Trevisan, Elizete Maria de Souza Bueno, Lisiane Paula Sordi.

106 - INTRABEAM – TRATAMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PARA CÂNCER DE MAMA: CONTROLE DE RASTREABILIDADE DO APLICADOR ESFÉRICO ................................................................................................ 131 Elaine Ferreira Lasaponari, Renata Barco Oliveira, Mirian Satiro Tosetto, Roseli Aparecida Bretas.

107 - LIMPEZA DE MATERIAIS: REALIDADE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO .................................................. 132 Juliana Rocha, Aurea Pinheiro, Simone Bonin, Felipe Amaral.

108 - LIMPEZA DE PINÇAS USADAS EM CIRURGIAS ROBÓTICAS ..................................................................... 133 Expedita Rodrigues Ferreira, Andrea Alfaya Acuna, Karine Moretti Monte, Regina Matiko Sato, Hebila da Silva Alves.

109 - MAPEAMENTO DO FLUXO CIRÚRGICO ELETIVO COMO ESTRATÉGIA DE GESTÃO DE CIRURGIAS ELETIVAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................................ 134 Shirley dos Santos, Gina Vilas Boas Lima, Patrícia da Silva Batista, Elizabeth Akemi Nishio.

110- MELHORIAS EVIDENCIÁVEIS DO FLUXO DE MATERIAIS PARTICULARES: UMA NOVA PRÁTICA ................. 135 Andréia Ferreira Soares, Andréa Aparecida Marcondes Leal, Eliziete Enedina Oliveira, Giovana Abrahão de Araújo Moriya.

111 - METODOLOGIA POSITIVE DEVIANCE APLICADA AO CHECKLIST CIRÚRGICO ............................................ 136 Ana Luiz Vasconcelos, Priscila Matheus, Fernanda Aparecida de Paula Russo, Juliana Fernandes Massari, Rafael Bianconi.

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112 - MONITORAMENTO DA LIMPEZA DE PRODUTOS PARA SAÚDE PROCESSADOS EM UMA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO NO ANO DE 2014 ......................................................................................... 137 Clarissa Gondim de Souza, Cleidiane Barbosa Paz, Ana Cristina Alencar dos Santos, Maria do Socorro Sales, Shirley Kaliny Correia de Matos.

113 - MONITORAMENTO DO CANCELAMENTO DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ NO ANO DE 2014 ........................................................................................ 138 Cleidiane Barbosa Paz, Aila Maria Pereira Alves, Gylmara Bezerra de Menezes Silveira, Hermes Melo Teixeira Batista, Iratyenne Maia da Silva Bentes.

114 - MONITORANDO O CANCELAMENTO DE CIRURGIAS ELETIVAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE ALTA COMPLEXIDADE: QUANTIDADE E CAUSAS ....................................................................................... 139 Fernanda Nunes da Silva, Simone Garcia Lopes, Ariane Campos da Silva, Mirlene Colman Souza de Carvalho.

115 - MUDANÇA DE PROCESSO COM FOCO NA REDUÇÃO DE CUSTOS: UM ESTUDO SOBRE O USO CONSCIENTE DO DETERGENTE ENZIMÁTICO .......................................................................................... 140 Marilia Ferrari Conchon, João Paulo Belini Jacques, Fernanda Novaes Moreno.

116 - O ACOLHIMENTO DO PACIENTE NA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA DE ENFERMAGEM: UMA ABORDAGEM HUMANIZADA .............................................................................................................................................. 141 Márcia Regina Costa Giorgetti, Paula C. Figueiredo Cavalari, Eliane de Araújo Cintra, Alexandre Oliveira da Silva Alessandra Nazareth C.P. Roscani.

117 - O CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO FRENTE AO PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓPIOS ........................................................................................................................................ 142 Bruna Elvira Costa, Silmara Martins Garcez, Georgiana Ferreira de Araujo, Maria Socorro Vasconcelos Pereira da Silva.

118 - O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA ......................................................................................................................................... 143 Berendina Elsina Bouwman Christóforo, Danise Paula Dias Coelho, Juliana Rodrigues.

119 - O IMPACTO NA ORIENTAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA NA RECUPERAÇÃO DO PACIENTE DIABÉTICO ............... 144 Mailma Costa de Almeida, Gisele dos Santos Rocha, Cheila Lins Bentes, Thaís Helena da costa Corrêa.

120 - O PAPEL DA ENGENHARIA CLÍNICA NO CENTRO CIRÚRGICO .................................................................. 145 Janice de Oliveira Lopes, Luciana de Oliveira Silvério Lima, Alexandre Inácio da Cunha, Rafael Bianconi, Berthone Venancio Soares.

121 - O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ENTRE A EQUIPE DE ENFERMAGEM E O CLIENTE NO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA .......................................................................... 146 Eric Rosa Pereira, Priscilla Valladares Broca.

122 - O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO E A SATISFAÇÃO INERENTE AS SUAS ATIVIDADES ................................................................................................ 147 Luciano Fernandes de Carvalho, Paulo Emanuel Silva, Andrea Cristina de Melo, Maria de Fátima Gomes Santiago Cordeiro, Bruna Ferreira dos Santos.

123 - O USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................................................................. 148 Maria Cardoso, Ana Cristina, Hilana Dodou.

124 - ORIENTAÇÕES NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS OCULARES: FACILIDADES E DIFICULDADES PERCEBIDAS PELOS ACOMPANHANTES ......................................................................................................... 149 Marcia Cristina Bandinelli, Patricia Treviso.

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125 - PADRONIZAÇÃO DA MONTAGEM DA ANESTESIA PARA AS CIRURGIAS DE TRANSPLANTE ...................... 150 Raquel Diogo do Nascimento, Hernestina Mariana Pereira Jorge, Alessandra de Fatima Bokor Manteiga.

126 - PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM SOBRE AGITAÇÃO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS NA SALA DE RECUPERAÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO AMBULATORIAL .............................................................................. 151 Ivana Trevisan, Thais Teixeira Barpp, Elisete Maria de Souza Bueno, Claudia Carina C. dos Santos, Lisiane Paula Sordi.

127 - PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUANTO À UTILIZAÇÃO DO CHECKLIST NO CENTRO CIRÚRGICO ..................................................................................................................................... 152 Cátia Denise Perez Pereira Gomes, Patricia Treviso, Adriana Alves dos Santos.

128 - POSICIONAMENTO CIRÚRGICO: OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERIOPERATÓRIO ....................... 153 Amanda Braz Miranda, Amanda Rosa Fogaça, Laura Cristina Cuvello Lopes, Mariane Rizzetto.

129 - PROCESSAMENTO DE COMADRES E PAPAGAIOS É UM RISCO PARA A CME? .......................................... 154 Maria Edutania Skroski Castro, Maria Cristina Paganini.

130 - PROCESSAMENTO DE PACOTES DE ALGODÃO TECIDO: DEMANDA DO BLOCO CIRÚRGICO X OFERTA DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO ....................................................................................................... 155 Iolanda Beserra da Costa Santos, Andrea Cristina de Melo, Milena Moura Medeiros, Emília Maria Pacheco André, Ana Patrícia Alves de Brito Formiga.

131 - PROCESSO COMUNICACIONAL PARA MINIMIZAR A ANSIEDADE DOS FAMILIARES DO PACIENTE CIRÚRGICO ................................................................................................................................................... 156 Ernane de Sousa Almeida, Raquel Vida Cassiano Cazaroti, Vanusa Dias de Medeiros Felix, Priscila Peres dos Santos.

132 - PROCESSO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO NA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA .............................................................................................................................. 157 Lamary Kênya Carvalho Leal, Ana Lucas Morais Neta, Maria Raquel Antunes Casimiro, Ocilma Barros Quental, Edineide Nunes Silva.

133 - PROFILAXIA DA INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM CIRURGIAS ORTOPÉDICAS ...................................... 158 Maria Laura Alchorne Trivelin, Claudia Vallone Silva, Rachel Carvalho.

134 - PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO .......................................................................................................................................... 159 Cristina Silva Sousa, Daniela Magalhães Bispo, Ana Lucia Mirancos da Cunha, Andrea Alfaya Acuña.

135 - QUALIDADE DAS ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO ............................................. 160 Graziela Del Anhol Cruz, Kamille Kotekewis, Dolores Ferreira de Mello Lopes, Renata Perfeito Ribeiro.

136 - QUALIDADE E SEGURANÇA NO USO DOS PRODUTOS PARA SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA VISITA AO CENTRO CIRÚRGICO PELA ENFERMEIRA ........................................................................................ 161 Luana Stela de Araujo Castro, Alvacy Rita Morais Leite, Mary Gomes Silva, Marcia Viana de Almeida, Nayara Guedes Del Rey Eça Mesquita.

137 - QUALIFICAÇÃO DAS AUTOCLAVES A VAPOR: UMA ESTRATÉGIA PARA OTIMIZAÇÃO DOS CICLOS DE ESTERILIZAÇÃO ............................................................................................................................................ 162 Renata Souza Souto Tamiasso, Cybele Aparecida Ferreira Ioshida, Célia Maria Francisco, Danielle da Cunha Santos, Rosangela Claudia Novembre.

138 - REDUÇÃO DE INFECÇÃO EM CIRURGIAS LIMPAS: ELEMENTOS-CHAVE DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PARA ALCANÇAR EXCELÊNCIA PRÁTICA ......................................................................................................... 163 Izabel Kazue Damas Crisol Iamaguti, Giovana Abrahão de Araújo Moriya, Marina Paula Bertho Hutter, Alzira Machado Teixeira, Débora Alonso Leite.

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139 - RELAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES DO PACIENTE NO PERÍODO DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA COM AS CONDIÇÕES FISIOLÓGICAS DE PRÉ-OPERATÓRIO ........................................................................................... 164 Fiama Chagas Nunes, Adelaide de Mattia Rocha, Ana Lúcia de Mattia.

140 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: IMPLANTAÇÃO DE PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DOS EXPLANTES ORTOPÉDICOS .............................................................................................................................................. 165 Mirleine Colman Souza Carvalho, Márcia Cristina de Oliveira Pereira.

141 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: IMPLANTAÇÃO DO PAINEL DE CIRURGIA SEGURA EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO PAULO .......................................................................................................................... 166 Michely de Araujo Félix, Cecilia Ferreira Cardoso, Rachel Machado Pretti.

142 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE MANEJO DA SEDE EM SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA ......................................................................................................................... 167 Aline Korki Arrabal Garcia, Viviane Godoy Galhardo, Lígia Fahl Fonseca, Maria de Fátima Alves.

143 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: OFICINA DE ATUALIZAÇÃO DA EQUIPE DE TÉCNICOS DE ENFERMAGEM ACERCA DA APLICAÇÃO DA ESCALA DE ALDRETE E KROULIK NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA ..... 168 Fiama Chagas Nunes, Adelaide de Mattia Rocha, Marta de Oliveira Pimentel, Erica Patrícia Souza Caetano, Marcos Antônio da Silva Mendes.

144 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA UTILIZANDO CHECK-LIST E COMUNICAÇÃO ......................................................................................................................................... 169 Jefferson Aparecido Ramos Costa, Heide Christiane Niemoi Dias, Priscila Paullon Tanaka.

145 - RETENÇÃO URINÁRIA E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PÓS-OPERATÓRIO .... 170 Eloá Ribeiro Santana, Aila Maria Pereira Alves, Gylmara Bezerra de Menezes Silveira, Hermes Melo Teixeira Batista, Iratyenne Maia da Silva Bentes.

146 - RETENÇÃO URINÁRIA NA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E RAQUIANESTESIA: DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E INTERVENÇÕES .......................................................................................................................................... 171 Jacqueline Novais Silva, Mara Sílvia Almeida, Rachel Carvalho.

147 - SEGURANÇA CIRÚRGICA É EXTREMAMENTE IMPORTANTE? UMA VISÃO DOS MEMBROS DA EQUIPE .... 172 Larissa Gutierres, Marizete Campioni, Kamily Calazans, Carla Aparecida Fernandes, Cássia Brasil.

148 - SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO: EXPERIÊNCIA NA APLICAÇÃO DO CHECK-LIST EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO NO SUL DO BRASIL ................................................................................................ 173 Luciane Cristina Feliciano, Mariana Bessa Martins, Marilia Ferrari Conchon.

149 - SEGURANÇA NO POSICIONAMENTO DO PACIENTE SUBMETIDO À CIRURGIA ROBÓTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVENCIADO POR ENFERMEIROS ............................................................................ 174 André Santos Amorim, Evelyn Freitas Scarpioni, Cassiane Santana Lemos, Ana Lucia Silva Mirancos da Cunha.

150 - SENTIMENTOS E NECESSIDADES DOS PACIENTES NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO ................................. 175 Ana Paula Ribeiro Razera, Eliana Mara Braga.

151 - SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ATUANTES NO BLOCO CIRÚRGICO ...... 176 Mayra Ferreira Nascimento, Amanda Maritsa de Magalhães Oliveira, Felicialle Pereira da Silva, Sâmia Tavares Rangel, Michelle Wogeley Vasconcelos Xavier.

152 - SISTEMA INFORMATIZADO DE GESTÃO EM SAÚDE: UMA INOVAÇÃO NO AGENDAMENTO CIRÚRGICO .. 177 Luciane Cristina Feliciano, Marilia Ferrari Conchon, Mariana Bessa Martins, Fernanda Novaes Moreno.

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153 - SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA: IMPLEMENTAÇÃO NA PERCEPÇÃO DOS ENFERMEIROS PERIOPERATÓRIOS ...................................................................................... 178 Sandra Martins de França, Emanuela Batista Ferreira e Pereira, Sâmia Tavares Rangel, Alcione de Andrade Lima, Wellinja Laura Matos Mendes.

154 - SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA: UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DE ENFERMEIROS EM HOSPITAIS .................................................................................................................. 179 Berendina Elsina Bouwman Christóforo, Danise Paula Dias Coelho, Marlene Andrade Martins, Halany Pereira de Souza Alves.

155 - SITUAÇÃO ATUAL DOS DETERGENTES ENZIMÁTICOS NO BRASIL ........................................................... 180 Rosa Aires Borba Mesiano, Elenildes Silva Amorim.

156 - STAPHYLOCOCCUS AUREUS: DETECÇÃO EM PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM CENTRO CIRÚRGICO E UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA............................................................................................................... 181 Lisiane Paula Sordi lsordi, Cláudia Carina Conceição dos Santos, Elizete Maria de Souza Bueno, Ivana Trevisan, Marcia Kuck.

157 - SURTOS DE ENDOFTALMITE APÓS PROCEDIMENTOS OFTALMOLÓGICOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................................................................... 182 Reginaldo Adalberto Luz, Maria Clara Padoveze.

158 - SUSPENSÕES DE CIRURGIAS ELETIVAS EM UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE ............................... 183 Sâmia Tavares Rangel, Emanuela Batista Ferreira e Pereira, Sandra Martins de França, Gabriela Wanderley Souza e Silva, Jane Keyla Souza dos Santos.

159 - TENHO SEDE! VIVENCIA DO PACIENTE CIRÚRGICO NO PERÍODO PERIOPERATÓRIO................................ 184 Larissa Cristina Jacovenco Rosa e Silva, Patricia Aroni, Ligia Fahl Fonseca.

160 - TIME OUT: PRÁTICA ASSISTENCIAL PARA MELHORIA DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO ................................................................................................................................................... 185 Alvacy Rita Morais Leite, Luana Stela de Araujo Castro, Mary Gomes Silva, Marcia Viana de Almeida, Sharon Lopes Pimenta.

161 - RESSONÂNCIA INTRAOPERATÓRIA: CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA SEGURANÇA DO PACIENTE ...... 186 Cassiane Santana Lemos, Silvana Menezes, Luiz Dias da Silva, Ana Lucia Silva Mirancos da Cunha.

162 - TREINAMENTO COM MONTAGEM DE CENÁRIO NO CENTRO CIRÚRGICO: RETENÇÃO DE CONHECIMENTO E REDUÇÃO DE ACIDENTES BIOLÓGICOS ............................................................................. 187 Viviane Pereira da Costa, Alzira Teixeira Machado, Érica Bandeira dos Santos, Maria Aparecida Quintino.

163 - ÚLCERA POR PRESSÃO NO INTRA-OPERATÓRIO DE CRANIOTOMIAS ..................................................... 188 Vanessa Guarise Cunha, Ana Lucia Silva Mirancos da Cunha, Solange Diccini.

164 - ULTRA-SOM ENDOBRÔNQUICO (EBUS) NO CENTRO CIRÚRGICO MINIMAMENTE INVASIVO: ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ....................................................................................................... 189 Adriana Reis Silvestre Hirano, Jacqueline Novais da Silva, Adriana Lário, Viviane Pereira Costa.

165 - UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EM TRABALHADORES DA ENFERMAGEM ........................................................................................................................................ 190 Nathanye Crystal Stanganelli, Renata Perfeito Ribeiro, Caroline Vieira Claudio, Júlia Trevisan Martins, Patricia Helena Vivan Ribeiro.

166 - UTILIZAÇÃO DO SISTEMA BLOCHOS COMO FERRAMENTA GERENCIAL NA UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO ..................................................................................................................................... 191 Christiane Sayuri Ito Yonekura, Denise Rodrigues Costa Schmidt, Valeria Maria Gataz Sguario, Adriana Cristina Galbiati Parminonde Elias, Simeire Antonieli dos Santos Faleiros.

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167 - VISIBILIDADE DAS AÇÕES REALIZADAS PELO CENTRO CIRÚRGICO, COM ÊNFASE NA SEGURANÇA DO PACIENTE ............................................................................................................................................... 192 Viviane Godoy Galhardo, Aline Korki Arrabal Garcia, Denise Rodrigues Costa Schmidt, Adriana Cristina Galbiati Parminonde Elias, Dolores Ferreira de Melo Lopes.

168 - VIVÊNCIA DO ENFERMEIRO NA GESTÃO DE UM CENTRO CIRÚRGICO DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE: DESAFIOS E PERSPECTIVAS ........................................................................................................................... 193 Fagner de Sousa Macedo, Brenna Emmanuella de Carvalho, Maria Zélia de Araújo Madeira, Cândida Danyelle Silva Leôncio.

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RESUMOS DOS TRABALHOS

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01 - A COMUNICAÇÃO NA SALA OPERATÓRIA: INFLUÊNCIAS NA SEGURANÇA DO PACIENTE.

Autores: Regiane Barreto1, Marinésia Prado

1, Cyanéa Gebrim

1, Maria Barbosa

1

Instituição: 1FEN-UFG - Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de Goiás Rua 227, s/n, setor universitário,

Goiânia (GO).

E-mail: [email protected]

Introdução: No contexto da segurança do paciente, as infecções de sítio cirúrgico são o principal evento adverso

decorrente da assistência a pacientes no perioperatório. A despeito do trabalho da equipe do centro cirúrgico, o

mesmo tem sua eficiência e qualidade imbuídos nos padrões de conduta e da comunicação. Esses, por sua vez,

podem ser influenciados pela tensão e estresse gerados na sala de operações capazes de comprometerem a

segurança do paciente. Objetivo: Analisar condutas de comunicação interprofissional diante de incidentes

críticos relacionados à prevenção de infecção na sala operatória. Método: Pesquisa qualitativa realizada de

janeiro a junho de 2012, em um centro cirúrgico de um hospital de ensino de Goiânia-GO, aprovada no Comitê

de Ética. Contou com a participação de 27 membros da equipe multiprofissional, entrevistados sob a Técnica do

Incidente Crítico e analisadas pela Análise de Conteúdo de Bardin. Resultado: Emergiram dos relatos, 60

incidentes críticos, dos quais originaram 87 comportamentos. Emergiram três categorias, a subordinação, o

enfrentamento, e a comunicação formal do incidente. O enfrentamento em ocasiões nas quais houve a quebra

da cadeia asséptica pelo médico cirurgião, gerando insatisfação. A subordinação diante de condutas incorretas

do médico cirurgião, nas quais os profissionais adotaram atitudes de submissão ao líder, de maior nível

hierárquico. A comunicação formal evidenciou notificação e comunicação verbal de incidentes relacionados ao

risco de infecção na sala operatória, sem intervenção dos profissionais em favor da segurança do paciente. A

comunicação entre categorias profissionais frente às situações de risco de infecção evidenciou regras

determinadas pela hierarquia, nas quais o convívio na equipe pode gerar atitudes de cumplicidade nem sempre

voluntárias. A insatisfação interferiu nas diretrizes de segurança do paciente, gerou conflitos na equipe,

desvalorização e improdutividade. Aspectos de submissão, imposta pelo medo, atua na integridade moral dos

trabalhadores. Conclusão: Há uma relação de poder na comunicação exercida por membros da equipe médica

influenciando comportamentos que comprometam a segurança do paciente na sala operatória. A

interdisciplinaridade pode contribuir para a diminuição da hegemonia médica, imposta na dinâmica tradicional

de dominação do trabalhador da saúde. Essa forma de poder inserida na cultura organizacional gera

insegurança ao paciente, e promove a infecção de sítio cirúrgico.

Palavras-chaves: Enfermagem; Segurança do paciente; Centro Cirúrgico.

Page 27: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[27]

02 - A CONCEPÇÃO DO ENFERMEIRO SOBRE ATIVIDADE DO BRINCAR EM CLÍNICA CIRÚRGICA DE UMA UNIDADE PEDIÁTRICA.

Autores: Aderlaine da Silva Sabino1, Arinete Véras Fontes Esteves

2, Lílian Dornelles Santana de Melo

1,2

Instituição: 1;

2; 3

UFAM - Universidade Federal do Amazonas - Rua Terezina, 495, Adrianópolis, Manaus (AM).

E-mail: [email protected]

Introdução: O brincar para a criança é importante por auxiliar no desenvolvimento do ponto de vista funcional,

psicológico e social. Verifica-se que através da utilização da atividade do brincar a criança cria um espaço em seu

mundo de imaginação e de magia, proporcionando descobertas e reações, colocando-as em cena o que também

desejam conhecer. A atividade de brincar permite construir vínculos, estabelecer relações de posse, de

abandono e de perda, refletindo e descobrindo situações, do ambiente que o cerca de forma saudável e

produtiva, que vão reproduzir ao longo da vida no convívio social1. O brincar possibilita uma relação rica e plena

com a criança, possibilitando um canal de comunicação e aceitação na realização dos procedimentos de cuidado

e assistir junto à mesma2. Objetivo: Conhecer a importância da atividade do brincar sob a ótica do enfermeiro

como uma dimensão do cuidado de enfermagem à criança hospitalizada; Identificar o conhecimento dos

enfermeiros sobre a atividade do brincar durante o cuidado a criança hospitalizada e Identificar diante da

percepção do enfermeiro se a atividade do brincar auxilia na assistência à criança hospitalizada. Método: Estudo

descritivo-exploratório prospectivo, com abordagem qualitativa observando as orientações de Minayo (...),

buscando-se compreender a concepção do enfermeiro que trabalha em clínica pediátrica, sobre a atividade do

brincar em clínica cirúrgica para o atendimento à criança. Tal modalidade trabalha com um espaço mais

profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de

variáveis. A execução do projeto foi iniciada após aprovação do CEP/UFAM, CAAE Nº 31389814.9.0000.5020,

respeitando-se a Resolução 466/2012 do CNS. As colaboradoras no estudo foram cinco enfermeiras da clínica

cirúrgica e possuem experiências na área infantil, conforme proposta do estudo. Após a transcrição e leitura

exaustiva das entrevistas, foram organizadas as categorias, a partir da convergência das falas. Resultado:

Através das categorias formadas, foi possível identificar que as colaboradoras da pesquisa, possuem

conhecimento empírico sobre a importância do brincar/brinquedo para a criança, em especial hospitalizada,

pois quando questionadas sobre conhecimentos relacionados a legislação do COFEN e a Lei Federal que

regulamentam a atividade de brincar à criança em ambiente hospitalar desconheciam o tema, desviando a

resposta para suposições, não direcionadas a pergunta. Foi possível ainda, relacionar o brinquedo com o cuidar

humanizado, atendendo o que preconiza o SUS. As enfermeiras reconhecerem a importância da atividade para

o atendimento de qualidade, reconhecendo que o brinquedo é uma ferramenta capaz de auxiliar a minimizar o

estresse causado pela hospitalização da criança, promovendo momentos de distração e alegria. Conclusão: É

possível com o estudo realizado, evidenciar a necessidade da atualização dos profissionais que trabalham na

área infantil sobre os avanços nas atividades de cuidar brincando de forma integral, deixando o tecnicismo para

um momento mais adormecido, tornando a hospitalização em um momento de vida, menos estressante e o

ambiente hospitalar, menos traumático.

Palavras-chaves: Cuidado da criança; Atividade do brincar; Enfermeiros.

Page 28: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[28]

03 - A CORRELAÇÃO ENTRE A CIRURGIA DE PORTAL ÚNICO ROBÓTICA E A ENFERMAGEM ESPECIALIZADA.

Autores: Rosana Noronha Soares Pereira1, Luiz Carlos Araújo de Oliveira

1, Estefania Fazoli Campos

1, Adriana Lário

1,1,

Debora Alonso Leite1,1

Instituição: 1HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O avanço tecnológico no setor Paciente Cirúrgicos é significativo e de alta complexidade. Estas

fronteiras tecnológicas visam melhorias na assistência prestada ao paciente e demanda maior capacitação,

habilidade e envolvimento da equipe multidisciplinar atuante no ambiente cirúrgico. É crescente a inserção das

cirurgias minimamente invasivas com a técnica de Portal Único ou Single Port. As vantagens se caracterizam por

ser via laparoscópica e de acesso único na região umbilical. O enfermeiro cirúrgico tem papel fundamental para

o êxito do procedimento. Diante deste novo desafio, um hospital privado no município de São Paulo – Brasil,

investiu no treinamento de enfermeiros para implantar e coordenar o serviço de cirurgias robóticas. Objetivo:

Relatar a experiência da equipe de enfermagem ao estabelecer rotinas e treinamentos para adequação de

cirurgias robóticas de portal único com técnica pioneira na América Latina. Método: Relato de experiência do

grupo de enfermeiros diante de inovação tecnológica em cirurgias robóticas de Portal Único ou Single Port. A

vivência proporcionou subsídios importantes para planejamento do processo de cirurgia robótica em hospital

privado extra porte localizado na cidade de São Paulo – Brasil. Foi realizado levantamento das necessidades;

medidas de adequação; rotinas para montagem e desmontagem da sala operatória; treinamento especifico dos

enfermeiros, técnicos de enfermagem, Central de Material e Esterilização (CME) e engenharia clínica com foco

norteador aos cuidados pré e pós-operatórios, além da manutenção otimizada dos insumos e equipamentos.

Resultado: Os enfermeiros especialistas relatam a importância da execução de rotinas que auxiliam na

efetividade do processo, alcançam uma assistência de excelência e qualidade. Conclusão: Podemos afirmar que

a experiência vivenciada permitiu às equipes médicas a compreensão da importância do papel do enfermeiro de

Centro Cirúrgico. A competência perpassa o conhecimento científico, habilidade técnica e capacidade de

tomada de decisão e resolução de questões administrativas. A identificação é relevante para que o

procedimento cirúrgico ocorra de forma efetiva e favoreça a qualidade, segurança do paciente e da equipe

multidisciplinar.

Palavras-chaves: Cirurgia robótica; Enfermagem; Centro cirúrgico.

Page 29: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[29]

04 - A FAMÍLIA DO PACIENTE CIRÚRGICO E A COMUNICAÇÃO ASSERTIVA.

Autores: Márcia Regina Costa Giorgetti, Paula C. Figueiredo Cavalari, Eliane de Araújo Cintra, Alexandre Oliveira da Silva, Alessandra Nazareth C.P.Roscani

Instituição: HC UNICAMP - Hospital de Clínicas da UNICAMP - Rua Vital Brasil, 251, Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Campinas (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O acolhimento e a inserção da família do paciente cirúrgico no processo assistencial é uma

demanda da Organização Mundial de Saúde. A comunicação efetiva na transmissão de informação é uma das

áreas de enfoque prioritário de atuação da enfermagem para garantir a melhoria da qualidade e da segurança

cirúrgica. A falta de comunicação eficaz pode resultar em problemas de qualidade do atendimento, eventos

adversos e problemas gerais nos procedimentos. Objetivo: Construir e utilizar um banner informativo para

auxiliar o enfermeiro na comunicação com a família durante a divulgação do boletim cirúrgico. Método: Estudo

descritivo observacional, realizado em Hospital Público Universitário. O método utilizado foi a técnica da

comunicação assertiva descrita por Simpson e Knox. A ação proposta para obter a atenção da família foi a

construção do banner informativo “Conhecendo o Centro Cirúrgico de perto: o caminho do paciente”. Utilizou-

se imagens do ambiente real do centro cirúrgico, distribuídas de acordo com a sequencia do fluxo de

atendimento do paciente e imagens das equipes de enfermagem do centro cirúrgico conforme turno de

trabalho. A preocupação da equipe de enfermeiros foi relacionada ao entendimento do familiar frente às

informações transmitidas durante o boletim informativo. Resultado: Participaram da construção do banner

enfermeiros da gestão da divisão de centro cirúrgicos e enfermeiros assistenciais. O critério de seleção das fotos

foi a sequencia do fluxo do processo de trabalho e das equipes de enfermagem o maior número de profissionais

de cada turno de trabalho. Foram utilizadas cinco fotos de fluxo da assistência e oito fotos das equipes de

enfermagem. Na prática o banner construído tem sido utilizado há cerca de seis meses pela equipe de

enfermeiros assistenciais como estratégia de comunicação assertiva para a transmissão de informação durante

a divulgação do boletim cirúrgico. Observa-se um melhor entendimento da família quando o enfermeiro dá a

informação verbal e mostra no banner a localização e o percurso que será percorrido pelo paciente dentro do

centro cirúrgico. O banner facilita ainda o entendimento do fluxo de trabalho das equipes cirúrgicas. O método

facilitou a interação, o acolhimento e humanização da família do paciente cirúrgico. Conclusão: O banner

construído e utilizado auxilia o enfermeiro de centro cirúrgico na comunicação assertiva com a família do

paciente cirúrgico durante a divulgação do boletim cirúrgico.

Palavras-chaves: Comunicação; Enfermagem perioperatória; Humanização da assistência; Centro cirúrgico.

Page 30: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[30]

05 - A IMPLANTAÇÃO DE CHECK-LIST TRANSFUSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA PERIOPERATORIA.

Autores: Melina Shettini1, Mileide Justo

1, Luiza Rojic

1, Lia Romero

1

Instituição: 1Hospital Vera Cruz - Avenida Andrade Neves, 402 - Centro, Campinas (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A terapia transfusional é um processo que mesmo com indicação, precisa ter uma administração

correta, pois envolve riscos sanitários, podendo haver danos ao paciente. A segurança e a qualidade do sangue e

hemocomponentes devem ser assegurados em todo o processo, desde a captação de doadores até sua

administração ao paciente, por isso o enfermeiro tem papel fundamental durante esse processo, para garantir

uma administração segura e eficaz. Objetivo: Relato de experiência vivenciada por enfermeiras durante o

período perioperatorio, na utilização de hemocomponentes e hemoderivados, através da aplicação de um

check-list transfusional. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, com finalidade de relatar informações

sobre a atuação da enfermeira no período perioperatorio, através da solicitação de hemocomponentes x

aplicação do check-list transfusional, por meio de relato de experiência em um hospital privado localizado no

interior de São Paulo. Resultado: Pensando na segurança do paciente, no segundo semestre de 2014 foi

elaborado um protocolo de check-list transfusional, pelo comitê de hemoterapia do hospital, sendo este

validado em janeiro de 2015, após a realização de um treinamento para toda a equipe de enfermagem e

médicos. Diariamente o banco de sangue disponibiliza uma lista com os pacientes que possuem reserva

sanguínea, essa confirmação é feita pelo enfermeiro no dia anterior ao procedimento cirúrgico. Ao iniciar o

check-list de cirurgia segura a equipe de enfermagem e médica confirma com enfermeiro a solicitação. Caso

haja necessidade de transfusão, o técnico de enfermagem responsável pela sala cirúrgica comunica o

enfermeiro, e a partir daí se inicia a abertura do check-list tranfusional. Após a chegada do hemocomponente é

realizado uma dupla checagem entre o enfermeiro e o profissional do banco de sangue. Após a entrega do

hemocomponente em sala operatória, novamente é realizado uma dupla checagem entre enfermagem e

anestesista em todas as etapas. Na suspeita de qualquer reação transfusional a administração do

hemocomponente deverá ser interrompida imediatamente e o fato comunicado imediatamente ao médico

responsável e ao serviço de hemoterapia para a adequada orientação de como proceder, e iniciar fluxograma e

notificação de reação transfusional. Mensalmente a equipe do Comitê de hemoterapia se reúne a fim de

acompanhar o andamento do processo e analisar os casos confirmados ou sugestivos de reação transfusional.

Conclusão: As transfusões sanguíneas são práticas recorrentes na unidade do centro cirúrgico, sendo os

profissionais de enfermagem responsáveis pelo sucesso e qualidade da assistência prestada ao paciente. A

implantação do check-list transfusional direciona a padronização das ações e promove interação entre equipes,

minimizando os erros e reações transfusionais para o paciente, além de promover um atendimento com

excelência e qualidade. Esse modelo foi desenvolvido após vários estudos e encontros de um comitê,

envolvendo multiprofissionais, nos quais foram abordados e discutidos junto a equipe médica cada tópico desse

check-list, confrontando a prática diária com o descrito na literatura.

Palavras-chaves: Transfusão; Hemocomponentes; Cirurgia segura.

Page 31: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[31]

06 - A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PREPARO DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO ROBÓTICO.

Autores: Silmara Martins Garcez1, Bruna Elvira Costa

1, Maria Socorro Vasconcelos Pereira da Silva

1, Simone Batista Neto

1,

João Francisco Possari1

Instituição: 1Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Avenida Dr. Arnaldo, 251, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O instrumental cirúrgico destinado à cirurgia robótica possui estrutura delicada e complexa, com

articulação e amplitude de movimentos que imita a habilidade humana que varia entre 5mm a 8mm de

diâmetro. A vida útil é limitada e determinada por um chip no local de acoplamento da pinça robótica que

controla a utilização das pinças. Devido a essa conformação complexa, alto custo e para garantia da qualidade

envolvendo todo o material robótico, foi determinado que o enfermeiro do Centro de Material e Esterilização

(CME) estivesse à frente desse processo desde a requisição no centro de abastecimento, limpeza, inspeção,

teste de funcionalidade, montagem da caixa, esterilização, armazenamento e rastreabilidade. Objetivo: Relato

de experiência do papel do enfermeiro em todo o processo envolvendo material robótico. Método: Devido à

complexidade dos instrumentais robóticos, a responsabilidade com o manuseio envolvendo o processo de

limpeza, preparo e esterilização, foi destinada exclusivamente aos enfermeiros do CME, com o intuito de reduzir

o número de pessoas envolvidas na manipulação desses materiais, buscando assim evitar ou minimizar os erros

no processo. A função do enfermeiro neste processamento pode ser dividida em várias etapas, que consiste na

previsão das pinças necessárias para atender a programação cirúrgica e solicitação junto ao centro de

abastecimento; separar e encaminhar o instrumental cirúrgico robótico (ICR) no dia da cirurgia, retirar o IRC ao

término do procedimento realizando as devidas checagens de ótica, pinças e cabos; confirmar com o enfermeiro

do CC checando na tela gestão de inventario a utilização das pinças e marcar na fita marcadora do ICR o uso da

mesma e anotar em impresso próprio todas as pinças utilizadas; retirar o material e iniciar o processo de

limpeza conforme os protocolos institucionais; Preparar, inspecionar, realizar testes de funcionalidade,

lubrificar, esterilizar o IRC, acondicioná-los em local específico e realizar o inventário. Resultado: Desde a

implantação da cirurgia robótica em Fevereiro de 2014, até o momento, foram realizados 121 procedimentos

robóticos. Não houve incidência de queda, quebra, encaminhamento de pinças vencidas ou não indicadas e em

condições de uso ao procedimento agendado. Conclusão: A importância do enfermeiro no processo é

fundamental, por se tratar de um material de alto custo e complexo, evitando desperdício e prejuízo para

instituição e garante segurança e qualidade na assistência prestada ao paciente.

Palavras-chaves: Exclusividade; Enfermeiro; Instrumental cirúrgico robótico.

Page 32: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[32]

07 - A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO EM SALA OPERATÓRIA PARA REALIZAÇÃO DE CIRURGIAS ROBÓTICAS. RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Nelson João Silva1,1,1,2

, Alessandra Duarte Gonçalves 5,1,1,1

, Renata Barco Oliveira5,1,1,2

, Judith Fernandes Lima

1,1,1,2, Liliam Rosa Silva

2,1,1,1

Instituição: 1Hospital Alemão Oswaldo Cruz - Rua João Julião, 331, Bela Vista, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O profissional enfermeiro com treinamento específico sobre a utilização do sistema Da Vinci reduz

o tempo de utilização da sala operatória, uma vez que ele é o profissional com visão ampliada do processo. Esta

visão contribui diretamente com a humanização da assistência ao paciente e equipes cirúrgicas-anestésicas,

bem como com a qualidade e segurança do paciente. Para que a humanização, a qualidade e a segurança sejam

plenamente alcançadas, o enfermeiro se empenha para preparar a sala e o paciente, garantindo agilidade e

segurança em todo o processo. Para isso ele atua diretamente na montagem da sala e dos equipamentos de

acordo com as necessidades e particularidades das equipes médicas que utilizam o sistema Da Vinci. O sistema

Da Vinci consiste basicamente de três, sendo elas: o console local em que o cirurgião se coloca para controlar os

movimentos dos braços do robô e seus instrumentos, rack de vídeo ou carro de visão e o robô com os braços

onde são colocadas as pinças/instrumentos e a câmera. Para a utilização dos braços, instrumentos e em campo

operatório é necessária parceria da Central de Materiais e Esterilização – CME na limpeza, preparo e

esterilização, trabalho este coordenado pelo enfermeiro deste setor. Em sala operatória o enfermeiro habilitado

é quem se paramenta e coloca as capas estéreis denominadas drapes nos braços do robô e também monta a

mesa de instrumentais robóticos para realizar a calibração das óticas a serem utilizadas durante a cirurgia. Como

esta montagem requer paramentação e utilização de técnica asséptica, em nossa instituição é preconizado que

esta tarefa seja realizada exclusivamente pelo enfermeiro, pois considera-se que o enfermeiro está mais atento

e capacitado para verificar os detalhes deste processo. Objetivo: Demonstrar como o enfermeiro tem papel

importante para a realização das cirurgias robóticas em hospital particular de alta complexidade na cidade de

São Paulo. Método: Relato de experiência. Resultado: Participação de um enfermeiro em sala operatória na

ocorrência de cirurgias robóticas da instituição. Conclusão: Para que os resultados propostos pela cirurgia

robótica, a saber, procedimento minimamente invasivo, menor sangramento, dor leve no pós-operatório

imediato, menor tempo de internação e consequentemente melhor recuperação e satisfação dos pacientes,

acreditamos que a participação do enfermeiro seja essencial. Esta participação se comprova em nossa

Instituição, uma vez que é garantida pela coordenação do Centro Cirúrgico a participação de pelo menos um

enfermeiro na realização de todas as cirurgias robóticas. Esta participação se destaca desde a preparação da

sala e dos materiais para as diversas especialidades cirúrgicas, bem como às várias equipes que atuam em nossa

instituição. É imprescindível para a segurança do paciente que o enfermeiro compreenda as necessidades das

equipes médicas e cuide diretamente da segurança e proteção do paciente para o sucesso do processo como

um todo.

Palavras-chaves: Cirurgia robótica da vinci; Assistência intraoperatória.

Page 33: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[33]

08 - A INTEGRAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO PLANEJAMENTO CIRÚRGICO COMO FERRAMENTA PARA A GARANTIA DA CIRURGIA SEGURA.

Autores: Melina Shettini1, Luiza Rojic

1, Mileide Justo

1, Adriana Furlan

1, Lia Romero

1

Instituição: 1Hospital Vera Cruz – Avenida Andrade Neves, 402, Centro, Campinas (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O relacionamento entre uma equipe multiprofissional deve acontecer de forma harmoniosa, e para

isso, é necessário um trabalho integrado dos profissionais. Neste cenário, a comunicação é elemento essencial,

sendo o alicerce das relações interpessoais. A qualidade no atendimento dos pacientes submetidos aos diversos

procedimentos anestésico-cirúrgicos é devida a atuação de vários profissionais envolvidos no planejamento

diário do mapa cirúrgico. Objetivo: Relatar a experiência de um hospital privado do interior do Estado de São

Paulo quanto ao planejamento prévio das cirurgias do dia subsequente e o sistema multiprofissional integrado

para a garantia da continuidade das informações e a manutenção do processo de cirurgia segura. Método:

Trata-se de um relato de experiência das ações realizadas pelas diferentes equipes para a troca de informações

e levantamento das necessidades do dia cirúrgico. Resultado: A equipe é composta pelos enfermeiros do Centro

Cirúrgico (CC) e Centro de Material e Esterilização (CME); colaboradores do Agendamento Cirúrgico e da Central

de Convênios; analista do setor de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) e farmacêutico do CC; sendo

a conferência cirúrgica também conhecida como “bate mapa”, realizada no período da tarde. Ao realizar o

agendamento cirúrgico, o colaborador confirma as necessidades relacionadas a equipamentos e materiais

especiais. A central de convênios além de confirmar a autorização do procedimento, avalia também os materiais

solicitados e repassa para o médico o que foi autorizado e/ou negado para a ciência do mesmo. O analista dos

materiais de OPME verifica as solicitações e o que há de material padronizado e consignado disponível no

hospital e o que é necessário solicitar para a empresa, confirmando os prazos e horários de entrega. O

farmacêutico confirma os materiais solicitados e os kits disponíveis. O enfermeiro do CC revisa o mapa cirúrgico

quanto ao dimensionamento das salas cirúrgicas, equipamentos, verifica também as solicitações de UTI,

hemoterapia e exames necessários no intraoperatório. Este também coleta todas as informações repassadas

referentes aos materiais especiais, necessidade de justificativas dos gastos pós-cirúrgicos, entrega de material

fora do horário comercial e a conferência dos materiais já separados pelo OPME. O enfermeiro da CME avalia a

quantidade e a especificidade dos instrumentais a serem utilizados em cada cirurgia, a necessidade de

reprocessamentos para suprir as cirurgias agendadas e possíveis encaixes de urgência e os materiais especiais

entregues para esterilização e os pendentes para chegar, repassando também ao enfermeiro do CC. O

Enfermeiro do CC atenta-se a todos esses dados, fazendo uma leitura crítica do mapa cirúrgico para traçar

estratégias e planejamentos para a garantia da satisfação dos clientes e segurança do paciente cirúrgico

Conclusão: O planejamento do mapa cirúrgico do dia seguinte resulta da interligação de todas as áreas de apoio

envolvidas no processo através da continuidade das informações. O gerenciamento do mapa cirúrgico pelo

enfermeiro visa assegurar uma assistência para cada paciente e procedimento cirúrgico específico. Qualquer

não conformidade durante o processo gera indicadores e são tomadas ações pelo enfermeiro juntamente com a

equipe médica e/ou responsáveis pelas áreas de apoio. Todos os resultados assistenciais e econômicos são

avaliados continuamente pela gestão do Bloco Cirúrgico.

Palavras-chaves: Comunicação; Planejamento cirúrgico; Cirurgia segura.

Page 34: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[34]

09 - A SAÚDE DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM E A SEGURANÇA DO PACIENTE NO PERIOPERATÓRIO.

Autores: Regiane Barreto1, Marinésia Prado

1, Cyanéa Gebrim

1, Maressa Queiroz

1, Jéssica Rodrigues

1

Instituição: 1FEN-UFG - Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de Goiás - Rua 227, s/n, setor Universitário,

Goiânia (GO).

E-mail: [email protected]

Introdução: As pesquisas desenvolvidas na área de saúde do trabalhador, sob diferentes referenciais teórico-

metodológicos, apontam que os trabalhadores de enfermagem sofrem uma série de problemas de saúde

relacionados com o trabalho. Foi observado que a taxa de prejuízo para os trabalhadores de saúde foi maior do

que para as duas ocupações historicamente de alto risco de trabalhos de construção e agricultura. Na

concepção histórico-social, dada à inserção desses trabalhadores na prestação de serviços de saúde, apreende-

se que os mesmos interagem com uma variedade de cargas no seu processo de trabalho as quais são geradoras

de processos de desgaste, conferindo-lhes perfil de morbidade característico. Existe um vínculo indissolúvel

entre a saúde e segurança dos enfermeiros e a segurança dos pacientes, acarretando em incidentes. Estudos

internacionais evidenciaram que a mortalidade decorrente de incidentes no ambiente hospitalar é de 3,21%.

Estima-se que a prevalência dos eventos adversos no ambiente cirúrgico seja três vezes maior, 15% a 21,9%.

Considerando que as condições de trabalho inseguras e as comorbidades adquiridas no exercício da profissão

interferem diretamente com a capacidade de oferecer atendimento seguro e de qualidade, faz-se necessário

avaliar a saúde da equipe de enfermagem perioperatória a fim de garantir a segurança do paciente e do

profissional de enfermagem. Objetivo: Identificar a relação da saúde do profissional de enfermagem com a

segurança do paciente no perioperatório. Método: Revisão integrativa da literatura, nas bases de dados LILACS

e MEDLINE, utilizando os descritores não controlados: enfermagem, exposição ocupacional, doenças do

trabalho e prevalência; e segurança, erros, enfermagem perioperatória resultando em 153 e 61 estudos,

respectivamente. Foram incluídos artigos publicados de 2004 a 2014, nos idiomas português, inglês e espanhol,

resultando em 45 e 39 artigos, respectivamente. Resultado: o estresse no trabalho, tanto agudo como crônico,

transtornos mentais e comportamentais como a principal preocupação de saúde da equipe de enfermagem.

Seguido por doenças do sistema osteoarticular, aparelho respiratório, como asma, e alergia ao látex. Alguns

artigos demonstraram que a qualidade da assistência de enfermagem deteriorou-se ao longo dos anos de

trabalho. Esses podem influenciar na assistência ao paciente. Os incidentes e eventos adversos relacionados à

equipe de enfermagem mais encontrados nos estudos foram relacionados à medicação, conferências de

compressas e instrumentais cirúrgicos, falhas de comunicação, identificação do sítio cirúrgico correto. Tais

eventos podem ser atribuídos a alta carga horária de trabalho, múltiplos vínculos empregatícios, déficit de

pessoal na equipe de enfermagem, sobrecarga de procedimentos, interrupções durante execução de

procedimentos. Conclusão: a saúde do trabalhador da equipe de enfermagem e os eventos relacionados à

segurança do paciente indicam uma necessidade de atentar-se à via laboral como indicador de qualidade dos

serviços de saúde.

Palavras-chaves: Enfermagem; Saúde ocupacional; Segurança do paciente.

Page 35: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[35]

10 - A SEDE DA CRIANÇA CIRÚRGICA: A PERCEPÇÃO DE CUIDADORES NO PERIOPERATÓRIO.

Autores: Mariana Campos Campana1, Lígia Fahl Fonseca

1, Pamela Rafaela Martins

1, Dolores Ferreira de Melo Lopes

1

Instituição: 1Universidade Estadual de Londrina - Avenida Robert Kock, 60, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: No paciente cirúrgico o jejum, a hipovolemia devido a perdas sanguíneas, as drogas anestésicas,

entubação, bem como a ansiedade perioperatória contribuem para a maior incidência e intensidade da sede.

Este problema intensifica-se em crianças devido a rapidez com que elas se desidratam. O autorrelato é

importante para a detecção e manejo adequado da sede, mas crianças pequenas necessitam do auxílio de seus

cuidadores para a percepção e interpretação do sintoma. Ao se avaliar a criança, deve-se levar em consideração

o relato do cuidador pela facilidade em reconhecer os comportamentos que evidenciam desconfortos. Dessa

forma torna-se importante conhecer a percepção dos cuidadores sobre a sede no perioperatório. Objetivo:

Compreender como a família vivencia o jejum da criança cirúrgica e percebe sua sede no período

perioperatório. Método: Pesquisa qualitativo-descritiva com entrevista de 15 acompanhantes de crianças entre

1 e 12 anos no pós-operatório. Para análise, utilizou-se o método do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultado: O

jejum é um período de difícil entendimento e para as crianças, o que resulta em um comportamento de difícil

condução, apresentam nervosismo, ansiedade e pedem insistentemente para comer e beber água. A explicação

da importância dos procedimentos e preparo psicoemocional da criança são fundamentais para tornar a

vivencia do período perioperatório menos estressante e traumático. As crianças sentem sede durante o jejum

perioperatório. Seus cuidadores percebem a sede por meio do relato da criança ou por sinaiscomo a boca seca.

Justamente por a sede ser um sintoma, uma manifestação subjetiva que depende da interpretação do paciente,

os acompanhantes e a equipe de enfermagem devem estar atentos aos sinais de desidratação e

comportamentos que indiquem a presença de sede na criança. Para as acompanhantes das crianças o jejum é

um período difícil, elas se sentem impotentes, tristes, agoniadas e nervosas. Muitas delas permanecem em

jejum com a criança por não conseguir comer ao ver a criança com fome. Essa é uma reação comum entre os

familiares de crianças cirúrgicas. A situação se agravava quando necessitam negar água, pois segundo elas “água

é essencial”. Frente à insistência por água e a outros sinais de sede como a boca seca, por conta própria,

algumas delas molham os lábios da criança com algodão, gaze umedecida. Em poucos casos a equipe médica ou

de enfermagem fez ou orientou alguma forma de amenizar a sede da criança: orientaram o bochecho com água,

hidratavam os lábios das crianças com gaze ou algodão umedecidos e até permitiam que a criança bebesse

pouca água. Poucos estudos discutem a eficiência de tais métodos em crianças, em pacientes adultos, porém, o

gelo é eficaz e traz mais alívio ao paciente do que a água em temperatura ambiente. Conclusão: O

enfrentamento do jejum e da sede no perioperatório é difícil, permeado por sofrimento tanto para a criança,

quanto para o familiar. A sede é um desconforto real para as crianças e uma das principais queixas das

cuidadoras devido ao seu difícil manejo. Observam-se poucas intervenções ou orientações da equipe frente à

sede da criança. O enfermeiro é um profissional de grande importância neste contexto, para identificar,

mensurar, avaliar a segurança e utilizar estratégias eficazes, envolvendo e orientando o cuidador nesse

processo. Faz-se importante a realização de pesquisas de métodos eficazes para alívio da sede em crianças e a

educação da equipe quanto ao manejo desse sintoma.

Palavras-chaves: Sede; Jejum; Criança; Assistência perioperatória.

Page 36: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[36]

11 - A SEGURANÇA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM QUE MANIPULA AS AUTOCLAVES.

Autores: Marcos Antonio Macêdo dos Anjos2,1

, Adriana Barros de Araújo Lessa2, Teresa Cristina Brasil Ferreira

1,

Alice Barbio Barboza3, Adriana Braga Fernandes

2

Instituição: 1HMMC - Hospital Municipal Miguel Couto - Rua Mario Ribeiro, 117 - Leblon, Rio de Janeiro (RJ),

2INCA - Instituto Nacional de Câncer - Praça Cruz Vermelha, 23 - Centro, Rio de Janeiro (RJ),

3HGNI - Hospital Geral de Nova Iguaçu - Av Henrique Duque Estrada Mayer, 953 - Posse, Nova Iguaçu (RJ).

E-mail: [email protected]

Introdução: A Central de Material e Esterilização (CME) é o setor onde se realiza a limpeza, a desinfecção e a

esterilização de todos os materiais utilizados nos procedimentos odonto-médico-hospitalares. E é subdividida

em área contaminada, onde são recebidos os materiais sujos para a limpeza e secagem, e área limpa, onde os

artigos são preparados, esterilizados e guardados. Os riscos ocupacionais existentes na CME são: Biológicos

pela exposição ao sangue, líquidos corporais e perfuro-cortantes; Químicos pela manipulação de detergentes,

desinfetantes, lubrificantes; Físicos pela exposição ao calor de autoclaves, termodesinfetadoras e secadoras; e

Ergonômicos pelo trabalho repetitivo, condições de trabalho (postura, altura, estrutura), excesso de peso,

condições ambientais (umidade, temperatura e iluminação). É na área limpa onde estão localizadas as

autoclaves, ou seja, os equipamentos que esterilizam os materiais através de calor úmido (vapor) sob pressão,

local onde predominam o riscos ocupacionais para agentes físicos e ergonômicos. Para manipular a autoclave

é necessário um profissional de enfermagem capacitado e constantemente supervisionado por um

Enfermeiro. Objetivo: Identificar os riscos ocupacionais predominantes nas rotinas de trabalho do profissional

de enfermagem que manipula autoclaves e sugerir medidas que minimizem a exposição desse funcionário a

estes riscos. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, exploratório e descritivo, que visa analisar as

escalas de serviço em três CMEs de instituições públicas de saúde, distintas, 01 federal, 01 municipal do RJ e

01 municipal da baixada fluminense, no que se refere aos profissionais de enfermagem de nível médio,

auxiliares e técnicos, que manipulam autoclaves neste setor. Resultado: Em relação à escala dos profissionais

de enfermagem, observou-se que: Na instituição federal 68% manipulam autoclaves e 32% não manipulam

por restrições de saúde; na instituição municipal do RJ 18% manipulam autoclaves e 82% não manipulam por

restrições de saúde, por limitação física e por não ser readaptável a sua condição funcional atual; na instituição

municipal da baixada fluminense 77% manipulam autoclaves e 23% não manipulam por restrições de saúde,

por falta de interesse e por limitação física. Como medidas de prevenção que visam minimizar a exposição aos

riscos ocupacionais para agentes físicos e ergonômicos identificados, foram indicadas as seguintes sugestões:

melhorar a escala de revezamento entre os funcionários que manipulam autoclaves em relação ao número de

pessoas por plantão; promover capacitação e motivação para funcionários que não demostram interesse no

serviço; solicitar a chefia geral a possibilidade de melhorar a característica dos recursos humanos

encaminhados ao setor para readaptação; solicitar implementação das comissões e programas necessários

para o funcionamento adequado do setor (CCIH, CIPA, PCMSO e PPRA); e reforçar junto aos funcionários, a

utilização dos equipamentos de proteção individual conforme recomendação das normas regulamentadoras.

Conclusão: A CME é um setor que influencia diretamente na qualidade do atendimento prestado ao paciente

no âmbito hospitalar, no entanto, através deste estudo, percebeu-se que se faz necessário um ajuste entre as

condições de trabalho e os trabalhadores sob o aspecto da praticidade, do conforto físico e mental,

proporcionando assim melhoria das condições do local de trabalho para que tenhamos reflexos positivos na

saúde do trabalhador e na qualidade do serviço prestado.

Palavras-chaves: Central de material esterilização; Risco ocupacional; Segurança do profissional de saúde;

Tecnologia em saúde.

Page 37: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[37]

12 - A VISITA PRÉ-OPERATÓRIA COMO FATOR ATENUANTE DA ANSIEDADE EM PACIENTES CIRÚRGICOS.

Autores: Thiago Franco Gonçalves1, Veronica Cecilia Calbo de Medeiros

1

Instituição: 1CUSC - Centro Universitário São Camilo - Avenida Nazaré, 1.501 - Ipiranga, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Por muitas vezes, os pacientes que são admitidos em instituições de atendimento à saúde, para a

realização de um procedimento cirúrgico, não possuem informações e orientações claras, ocasionando estresse

e ansiedade. A ansiedade apresentada pelos indivíduos, frente a fatores estressantes, pode ser benéfica quando

associada ao mecanismo de “luta ou fuga”. Entretanto, em situações como o ato anestésico, esta sensação pode

acarretar alterações nos parâmetros dos sinais vitais, como a elevação da pressão arterial, tornando-se

prejudicial. A ansiedade pode ser quantificada pelo Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), em que o

traço (IDATE-T) relaciona-se à propensão do indivíduo a enfrentar a ansiedade durante o cotidiano, ao passo

que o estado (IDATE-E) é um fato isolado, transitório em consequência a um momento específico vivenciado.

Objetivo: Identificar se a realização da visita pré-operatória seria um fator que possibilita minimizar o nível de

ansiedade apresentado por pacientes cirúrgicos. Método: Pesquisa de caráter exploratório prospectivo, com

amostra de vinte pacientes que foram submetidas ao procedimento de histerectomia total ou parcial, por

qualquer técnica cirúrgica. Resultado: Após a aplicação do IDATE-E, foi identificado que o grupo controle

apresentou nível de ansiedade superior quando comparado ao grupo pesquisa. Ambos os grupos apresentaram

experiências cirúrgicas anteriores à histerectomia e idade média semelhante. Com a pesquisa, identificou-se que

a ansiedade está presente nos pacientes que irão se submeter a procedimentos cirúrgicos, mas com a realização

da visita de enfermagem, é possível que esse sentimento seja minimizado, auxiliando o processo cirúrgico.

Conclusão: Com o presente estudo, foi possível identificar que a ansiedade, como diagnóstico de enfermagem,

está presente nos pacientes que irão se submeter a procedimentos cirúrgicos e comprovar a hipótese da

pesquisa. Aqueles que recebem visita de enfermagem pré-operatória apresentam nível de ansiedade inferior

aos que não passam por essa fase do processo. Importante ressaltar que a visita de enfermagem pré-operatória

é uma atividade que está inserida no período perioperatório e a sua não realização fragiliza o processo e

interfere diretamente no paciente, visto que a ansiedade, mesmo sendo de caráter psicológico, atua sobre o

organismo, produzindo alterações nos sinais vitais dos indivíduos, podendo ser causa do cancelamento ou

suspensão do ato cirúrgico que, por sua vez, pode gerar maior ansiedade e se tornar um círculo vicioso. Espera-

se, com este trabalho, contribuir para a prática da enfermagem no período pré-operatório quanto ao cuidado

emocional do paciente cirúrgico, sendo este de importância tão relevante quanto o preparo físico.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Ansiedade; Histerectomia; Período pré-operatório.

Page 38: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[38]

13 - ACEITAÇÃO AROMATERÁPICA DE SABONETE CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL DE MELALEUCA ALTERNIFOLIA E O IMPACTO NA HIGIENE DAS MÃOS.

Autores: Juliana Gnatta1,2

, Eliane Dornellas2, Regiane Machado

1, Maria Júlia Silva

2

Instituição: 1HU-USP - Hospital Universitário da Universidade de São Paulo - Avenida Prof. Lineu Prestes, 2.565, Cidade

Universitária, São Paulo (SP), 2EEUSP - Escola de Enfermagem da USP – Avenida Dr. Eneas de Carvalho

Aguiar, 490, Cerqueira Cesar, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Os efeitos antimicrobianos de óleos essenciais têm sido relatados na literatura científica, sobretudo

referentes ao óleo essencial de Melaleuca alternifolia, também denominado óleo essencial de Tea Tree. Tal óleo

essencial apresenta propriedades antissépticas e pode representar uma alternativa de um produto natural para

higienização das mãos, o qual contribuiria para a prevenção de disseminação de infecções, em unidades de

assistência à saúde que atualmente utilizam predominantemente produtos à base de triclosan e clorexidina

como, por exemplo, Centro Cirúrgicos, Recuperações Pós-anestésicas e outras áreas assistenciais. Objetivo:

Verificar os conhecimentos de profissionais de saúde sobre Aromaterapia e sobre o uso do óleo essencial de Tea

Tree, caracterizar as percepções de profissionais de saúde ao utilizar um sabonete contendo este óleo e

compará-lo aos demais sabonetes usados na prática assistencial (com triclosan ou clorexidina), além de verificar

se a adição de um componente natural, como um óleo essencial, a um sabonete é uma estratégia possível para

aumentar a adesão dos profissionais à prática de higienização das mãos. Método: Foram realizadas entrevistas

semiestruturadas, individuais, com 30 profissionais de saúde, dentre eles profissionais assistenciais e gerenciais

de Centro Cirúrgico, Central de Material, Controle de Infecção, Educação Continuada, Enfermeiros e Técnicos de

Enfermagem Assistenciais de unidades críticas e não-críticas, pesquisadores e aromaterapeutas, cujos

depoimentos foram analisados segundo a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultado: A partir das

expressões-chave nos depoimentos foram identificadas 30 ideais centrais, produzindo 30 discursos. A maior

parte dos profissionais tinha algum conhecimento sobre Aromaterapia, mas menos da metade conhecia as

propriedades do óleo essencial de Tea Tree. Profissionais mais jovens e menos experientes acharam o aroma do

Tea Tree agradável ou forte, mas não desagradável. Profissionais mais experientes e com mais idade o

associaram ao aroma de pinho e sugeriram que o aroma pode ser incômodo para alérgicos. As principais

diferenças observadas entre o sabonete com Tea Tree e os demais sabonetes foram textura mais agradável,

presença do aroma e a menor agressividade à pele. A não agressão à pele foi considerada pelos participantes

como o grande diferencial do sabonete contendo óleo, sobrepondo-se, inclusive, ao fator aroma, e que poderia

contribuir para aumentar a adesão à higienização das mãos. Conclusão: O não ressecamento da pele por

produtos para higienização das mãos é fundamental para aumentar a adesão dos profissionais a essa prática de

controle e prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde e a presença do aroma natural no

sabonete pode ou não ser um fator de estímulo. Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

(Processo nº 2013/23008-7).

Palavras-chaves: Óleo de melaleuca; Clorexidina; Triclosan; Controle de infecções; Terapias complementares.

Page 39: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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14 - ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL PERFUROCORTANTE: PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM QUE ATUAM EM CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Vanessa Suelen Rodrigues dos Santos1, Patricia Treviso

1

Instituição: 1IPA - Centro Universitário Metodista - Rua Dona Leonor, 340, Rio Branco, Porto Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: A sobrecarga de trabalho, o estresse, a deficiência de medidas preventivas e o descarte inadequado

de materiais perfurocortantes são fatores recorrentes em unidades de centro cirúrgico e que comprometem a

segurança e saúde do trabalhador de enfermagem, expondo-o ao risco de acidente com este tipo de material.

Acidentes de trabalho com resíduo biológico são comuns em centro cirúrgico, pela manipulação direta pelos

profissionais com materiais que são cortantes como lâmina de bisturi e/ou perfurantes como agulhas de sutura.

Objetivo: Descrever a percepção dos acadêmicos de enfermagem, que atuam como técnicos de enfermagem

em centro cirúrgico, sobre acidentes com material perfurocortante. Método: Estudo de abordagem qualitativa,

exploratória, descritiva, realizado em uma Instituição de Ensino Superior Privada (IES) de Porto Alegre/RS.

Participaram do estudo discentes do curso de Graduação em Enfermagem que atuam como técnicos em centro

cirúrgico, em diferentes hospitais. A amostra foi constituída de forma não probabilística, todos os alunos do

curso de graduação em Enfermagem que trabalham em centro cirúrgico foram convidados a participar do

estudo. Os dados foram coletados pela pesquisadora auxiliar por meio de entrevista semiestruturada, gravada

em áudio, tendo sido utilizado roteiro composto por 10 perguntas abertas, além de questões relativas ao perfil

da amostra. Os dados foram coletados durante o mês de abril de 2015. As entrevistas foram posteriormente

transcritas e os dados analisados sob a ótica de conteúdo de Bardin (2011). O projeto de pesquisa foi submetido

e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição de ensino e seguiu a Resolução 466/12 do Conselho

Nacional de Saúde. Resultado: Fizeram parte do estudo 15 participantes, a idade variou de 23 a 41 anos, a

maioria (14) dos participantes eram do sexo feminino, nove participantes eram casados e seis solteiros, a

maioria (11) dos participantes não tem filhos. A análise dos dados possibilitou identificar conteúdos a partir dos

quais elencaram-se cinco categorias: Principais fatores que predispõe a ocorrência de acintes com material

perfurocortante em centro cirúrgico; Acidentes com material perfurocortante no centro cirúrgico; Conduta do

profissional após a ocorrência de acidente com material perfurocortante; Impacto do acidente para o

profissional; Estratégias para prevenir acidentes com material perfurocortante. Conclusão: Na percepção dos

acadêmicos de enfermagem, que participaram do estudo, a equipe de enfermagem em geral está exposta a

vários riscos, sendo significativa a exposição à acidentes de trabalho com material perfurocortante,

principalmente em ambiente de centro cirúrgico, devido a vários fatores como o manuseio frequente com este

tipo de material, a intensa e dinâmica atividade de trabalho em centro cirúrgico, estresse, desgaste psicológico,

sobrecarga de trabalho, entre outros. Muitas situações de acidentes não são devidamente registradas,

impactando na veracidade dos dados coletados e divulgados através dos indicadores institucionais. O estudo

permitiu evidenciar a importância da atuação do enfermeiro no centro cirúrgico atuando junto à equipe no

estabelecimento de medidas de prevenção de acidentes, atividades de educação permanente, análise e

discussão de casos ocorridos de forma educativa e construtiva. Faz-se necessário pensar na qualidade do

trabalho realizado e na segurança dos trabalhadores que atuam em centro cirúrgico.

Palavras-chaves: Riscos ocupacionais; Acidentes de trabalho; Equipe de enfermagem; Estudantes de

enfermagem.

Page 40: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[40]

15 - ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA: INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA.

Autores: Karina Venturi Manoel1, Priscila Matheus

1, Rachel Carvalho

1

Instituição: 1FICSAE - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein - Avenida Prof. Francisco Morato, 4.293,

Butantã, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A obesidade mórbida é reconhecida como condição grave, em consequência de piora da qualidade

de vida, além de apresentar um risco maior para o surgimento de doenças, como diabetes mellitus tipo II,

dislipidemia, resistência à insulina e outras comorbidades. O tratamento cirúrgico tem possibilitado aos obesos

mudanças nos hábitos de vida e uma melhora nas comorbidades e na qualidade de vida. Objetivo: Mensurar e

comparar os índices de melhora da qualidade de vida do paciente submetido à cirurgia bariátrica, antes do

procedimento e seis meses decorridos da cirurgia. Método: Pesquisa de campo, de caráter documental e

exploratório, com análise quantitativa dos dados. Os dados foram coletados após aprovação do Comitê de Ética

em Pesquisa (CEP) da instituição sede do estudo (CAAE 26194113.5.0000.0071). A coleta ocorreu no Centro de

Cirurgia da Obesidade Einstein (CCOE), em maio e junho de 2014, a partir da análise dos questionários

respondidos por pacientes submetidos à cirurgia bariátrica no período de 01 de janeiro de 2013 a 31 de abril de

2014, utilizando-se instrumento próprio para caracterização da amostra, onde foi avaliada a qualidade de vida

por meio da escala EuroQol (EQ-5D) e da Visual Analogue Scale (VAS). Tais informações também foram obtidas

após seis meses da cirurgia. Resultados e discussão: Dos 64 pacientes que compuseram a amostra, houve o

predomínio do sexo feminino (39 ou 60,9%). A técnica cirúrgica mais realizada foi a Gastrectomia Vertical (45 ou

70,3%). A metade dos pacientes do estudo (32 ou 50,0%) apresentava Índice de Massa Corporal (IMC) entre 35 a

39,9 kg/m2 antes da cirurgia, e após, os índices de IMC foram entre 25 a 29,9kg/m2, em 30 pacientes (46,9%).

Na avaliação de qualidade de vida antes da cirurgia, obteve-se que, em relação à mobilidade 16 (29,6%)

afirmaram terem alguns problemas; no domínio autocuidado, 10 (15,6%) referiram alguns problemas; em

atividades usuais, 17 (26,6%) alguns problemas. Em relação à dor/desconforto, 36 (56,3%) afirmaram apresentar

alguns problemas e em ansiedade/depressão, 34 (53,1%) afirmaram alguns problemas. Após o tratamento

cirúrgico, no quesito mobilidade, 62 (96,9%) responderam não ter problemas e em autocuidado e atividades

usuais, todos os pacientes afirmaram não ter problemas. Quanto à dor/desconforto, 60 (93,8%) escolheram a

opção sem problemas, e na dimensão ansiedade/depressão, 61 (95,3%) não apresentaram problemas. A análise

estatística mostrou haver correlação significante dos escores de qualidade de vida, segundo a Visual Analogue

Scale (VAS) e o Índice Total da Escala Euro Qol (TTO), indicando que o tratamento cirúrgico determinou melhora

significativa na qualidade de vida dos pacientes. Após seis meses da realização da cirurgia, os pacientes

graduaram seu grau de satisfação por meio de uma escala analógica, onde 51 (79,7%) referiram escore 10 de

satisfação. Conclusão: Os resultados deste trabalho são consistentes com outros estudos publicados sobre

qualidade de vida após a perda de peso. Para as pessoas consideradas obesas, o tratamento cirúrgico, embora

seja mais agressivo, em conjunto com a assistência de uma equipe multiprofissional especializada, gera bons

resultados, como melhoria ou cura das comorbidades associadas ao excesso de peso e melhora da qualidade de

vida.

Palavras-chaves: Obesidade mórbida; Gastroplastia; Cirurgia bariátrica; Diabete melittus tipo II.

Page 41: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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16 - ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE AMPUTAÇÃO DE MEMBROS.

Autores: Edineide Nunes Silva1, Amanilza Costa Sousa

1, Renata Lívia S. Fonsêca Moreira

1, Geane Silva Oliveira

1,

Eclivaneide Caldas de Abreu Carolino1

Instituição: 1FSM - Faculdade Santa Maria Br. 230, km 504, Cajazeiras (PB).

E-mail: [email protected]

Introdução: A cirurgia de amputação consiste na retirada parcial ou total de algum membro, sendo considerado

um processo reconstrutivo de uma extremidade sem função ou com função limitada. Sua etiologia relaciona-se

a processos vasculares, neuropáticos, traumáticos, tumorais, infecciosos, congênitos, além de outros fatores

extrínsecos a exemplo do crescente número de acidentes automobilísticos ou ainda relacionado à falha na

execução de procedimentos e/ou orientação por parte dos profissionais de saúde, tornando-se um importante

problema de saúde pública devido a sua grande frequência. Indivíduos amputados sofrem várias alterações

físicas, psicológicas, dentre outras, interferindo diretamente na sua qualidade de vida. Objetivo: Analisar a

qualidade de vida de pacientes submetidos a amputação de membros; traçar o perfil sócio demográfico de

pacientes submetidos à amputação de membros; investigar o nível e as causas de amputação. Método: Trata-se

de um estudo de campo, exploratório descritivo com abordagem quantitativa, realizado com a população de 40

pacientes, onde a amostra foi composta por 16 pacientes que se submeteram à cirurgia de amputação de

membros no período de janeiro a outubro de 2014 em um município do alto sertão paraibano. O instrumento

de coleta foi composto por um questionário adaptado a partir do WHOQOL-Bref, os dados foram analisados

mediante a estatística descritiva simples. O estudo respeitou os princípios da Resolução 466/12 e foi aprovado

pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer ético nº 895.496. Resultado: Observou-se prevalência de

amputações em pacientes do sexo masculino com 81%, em relação ao estado civil 56% são casados, em relação

a escolaridade somente 6% possui ensino superior incompleto, 69% vivem com renda inferior a um salário

mínimo, e 19% não possui filhos. No tocante ao nível de amputação 71% dos entrevistados relatou possui

membros inferiores amputados, a principal causa identificadas entre os participantes do estudo foi o Diabetes

Mellitus com 44%, seguida de doenças vasculares com 25%. Quando questionados a acerca de sua qualidade de

vida, observou-se que nenhum dos entrevistados a considera como ruim ou muito ruim, em relação a saúde

apenas 12% mostrou-se insatisfeitos. Contudo, observou-se disparidades entre algumas variáveis estudadas, o

que pode ser observado quando apenas 6% afirmou aproveitar a vida bastante, enquanto que 25% e 37%

disseram respectivamente não aproveitá-la em nada ou muito pouco, sendo este achado de certa forma

negativo para a vida dos participantes do estudo. Conclusão: Avaliar a qualidade de vida de pacientes

amputados é de certo modo desafiador. Contudo, neste estudo ficou claro que os participantes encontram-se

mais satisfeitos do que insatisfeitos em relação a alguns domínios estudados, apesar de algumas contradições

identificadas a partir de alguma respostas. Faz-se necessário a realização de mais pesquisas para o

aperfeiçoamento da temática, assim como, é preciso também lançar um olhar mais apurado acerca desta

realidade, no sentido de compreender a percepção dessa população em relação a sua qualidade de vida,

identificando, priorizando e implementando políticas e ações que favoreçam a sua melhoria.

Palavras-chaves: Amputação; Impacto da doença na qualidade de vida; Qualidade de vida.

Page 42: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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17 - ANÁLISE DA ROTATIVIDADE DO ENFERMEIRO NO BLOCO OPERATÓRIO.

Autores: Veronica Cecilia Calbo de Medeiros1, Solange Castro Dourado

1,1

Instituição: 1FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas - Rua Vergueiro, 135, Liberdade, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Hoje a necessidade de provimento de recursos para alcançar serviços de qualidade na área

hospitalar ocupa um dos fatores imprescindíveis no mercado de trabalho, onde reter bons profissionais é tão

importante quanto conquistar clientes. Na esfera internacional, na tendência do mercado de trabalho para o

futuro é previsto um maior desligamento de enfermeiros que admissões, onde a rotatividade é um evento que

gera custos adicionais a instituições causando impacto na qualidade da assistência prestada pela enfermagem.

No Brasil o tema ainda é pouco estudado, conhecer as causas de satisfação do enfermeiro no trabalho são

razões pelas quais as organizações de saúde precisam ter conhecimento, afim de, compreender o porquê estes

profissionais abandonam o seu trabalho, associando a retenção com a satisfação pessoal/profissional. Objetivo:

Identificar os fatores relacionados à rotatividade do enfermeiro no bloco operatório. Método: Trata-se de uma

revisão da literatura realizada por meio de levantamento de artigos científicos, publicados no período de 2005 a

2015. Realizada nas bases de dados: LILACS, MedLine e SciELO. Resultado: Ao investigar o turnover dos

enfermeiros nas instituições foi constatado que as causas que influenciam na saída deste profissional são

multifatoriais, como: o contexto econômico do país quanto à oportunidade de emprego; a oferta e procura de

recursos humanos no mercado; a política salarial e de benefícios da empresa; as condições físicas e ambientais,

cultural e organizacional; envolvimento nas tomadas de decisões; grau de flexibilidade das políticas das

empresas, satisfação no trabalho e estresse. As consequências de um fluxo elevado de entrada e saída dos

enfermeiros promovem uma baixa qualidade dos serviços prestados e nos custos com o pessoal, uma vez que é

necessário investir em recrutamento, seleção, contratação e treinamento deste novo profissional. Em estudo

realizado com enfermeiros atuantes no BO referente à satisfação profissional, observou-se que entre os fatores

positivos que contribuem para uma maior satisfação profissional estão: “Boa equipe e bom ambiente

organizacional” (35%); “Reconhecimento do desempenho profissional” (20%); “Gosta da profissão/realização

profissional” (18%) e “Gostar da área do BO” (17). Por outro lado, relacionado ao fator negativo que contribuem

para uma menor satisfação profissional destaca-se: “Baixa remuneração” (56%); “Falta e progressão na carreira”

(27%) e “Falta de respeito pela profissão” (23%). Concluindo que a satisfação profissional do enfermeiro no BO

relacionados à “Reconhecimento”, “Colegas” e “Trabalho”, contribuem significativamente para explicar uma

menor rotatividade ou abandono da profissão ou do trabalho. Conclusão: Através do estudo podemos

considerar que o principal fator que leva um funcionário a deixar uma organização é seu nível de insatisfação

com a função que desempenha ou tipo de empresa em que trabalha. Ainda nos dias atuais a rotatividade é uma

questão importante a ser estudada, visto como um fator de impacto negativo tanto para a instituição como para

o grupo de trabalho, comprometendo diretamente a qualidade do serviço e elevando custos relativos à

reposição de novos profissionais. São necessários esforços futuros para a motivação dos profissionais, fator

importante relacionado à rotatividade, e quantificação dos custos desta de modo que, o valor econômico pode

promover nas instituições um novo olhar para retenção destes profissionais.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Indicadores de gestão; Recursos humanos.

Page 43: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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18 - ANÁLISE DA TAXA DE EFETIVIDADE DO PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA DURANTE FASE DE IMPLANTAÇÃO DO CHECKLIST CIRÚRGICO.

Autores: Shirley dos Santos1, Gina Vilas Boas Lima Tarcitano

1, Patrícia da Silva Batista

1, Elizabeth Akemi Nishio

1,

Instituição: 1HGG - Hospital Geral de Guarulhos - Alameda dos Lírios, 300, Parque CECAP, Guarulhos (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A comunicação na sala cirúrgica continua insuficiente e é uma característica importante a ser

melhorada. Em 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Aliança Mundial para Segurança do

Paciente, a fim de facilitar o desenvolvimento de uma política para melhorar a segurança do paciente e a

qualidade dos serviços de saúde. Em 2008, a área escolhida foi a segurança da assistência cirúrgica. Uma lista de

Verificação de Segurança Cirúrgica (Checklist) foi proposta para ser empregado em qualquer hospital, por ser de

baixo custo e comprovadamente reduzir as taxas de mortalidade e complicações, o número de erros por falha

de comunicação da equipe, além de aumentar a adesão à antibioticoprofilaxia e marcação da lateralidade.

Trata-se de um instrumento de comunicação em três momentos do intra operatório (Antes da indução

anestésica, antes da incisão cirúrgica e antes do paciente sair da sala operatória) no qual a equipe

multiprofissional envolvida no procedimento cirúrgico confirma em forma de checklist, todo processo que

envolve segurança cirúrgica. Objetivo: Analisar a taxa de efetividade do checklist cirúrgico durante implantação

do protocolo de cirurgia segura. Método: Trata-se de um relato de experiência, realizado em um hospital de

grande porte no Município de Guarulhos que contempla 08 salas cirúrgicas. As cirurgias eletivas ocorrem de

segunda a sexta feira, em salas divididas por especialidade de acordo com as definições da enfermeira

responsável. O estudo teve início em fevereiro de 2015, onde implantamos o checklist cirúrgico na versão

canadense com Score que pontua cada passo de checagem, no final das conferências, o circulante de sala

calcula a taxa de efetividade do protocolo. Resultado: Após implantação do checklist com score, foram

analisados 100 primeiros impressos de cirurgias eletivas e evidenciamos que 60 desses tinham taxa de

efetividade acima de 70%, considerada pausa aceitável internacionalmente. Conclusão: Com a implantação da

ferramenta de checklist cirúrgico, conseguimos evidenciar os pontos frágeis e fortes relacionados à segurança

cirúrgica, conjuntamente implantar o protocolo de lateralidade e verificar adesão ao protocolo de

antibioticoprofixia cirúrgica que atingiu 99% de profilaxia relacionada em tempo adequado. Esses fatores

garantem um desfecho de qualidade aos pacientes cirúrgicos.

Palavras-chaves: Segurança cirúrgica; Antibioticoprofilaxia; Comunicação, Lateralidade.

Page 44: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[44]

19 - ANÁLISE DOS RISCOS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO.

Autores: Thais Galoppini Felix Borro1, Débora Alonso Leite

1, Carla Bezerra

1, Marina Paula Bertho Hutter

1, Paola Bruno

de Araujo Andreol1,

Instituição: 1HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Avenida Albert Enstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Centro Cirúrgico é considerado um sistema complexo, onde se presta assistência especializada,

com alto grau de risco ao cliente, além de apresentar riscos não evitáveis, relacionados ao próprio

procedimento anestésico-cirúrgico, com alto grau de tensão ao paciente e a própria equipe cirúrgica. Identificar

os riscos e estabelecer ações é fundamental para que eventos não atinjam os pacientes cirúrgicos, atuando de

forma preventiva, aumentando a segurança dos pacientes. Objetivo: Mapear, identificar e avaliar os riscos

assistências do Centro Cirúrgico de um Hospital de Grande Porte. Método: Metodologia: Foi utilizada a

metodologia Lean Six Sigma baseada no DMAIC (Definição, Mensuração, Análise, Melhorias e Controle). Foram

realizadas reuniões estruturadas com o time do centro cirúrgico, para mapeamento dos processos e

identificação dos riscos, contemplando os procedimentos cirúrgicos de maior volume e complexidade. A

ferramenta What-If foi utilizada para identificar os riscos no processo. Todos os riscos foram classificados de

acordo com a frequência, severidade e barreiras existentes. Resultado: No mapeamento do processo, pudemos

verificar que ele é constituído de três fases, com 31 etapas. A primeira corresponde ao agendamento e ao

preparo da sala cirúrgica, a segunda quando o paciente entra em sala e a cirurgia efetivamente ocorre e, a

terceira etapa sendo a recuperação anestésica e transferência do paciente para o destino final. No total foram

identificados 188 riscos, e todas as causas e consequências foram listadas. 40% dos riscos já haviam sido

identificados em análises de eventos adversos graves, e foram eleitos 18 riscos para atuação imediata, de

acordo com score mensurado pela ferramenta utilizada. Os 18 riscos estavam relacionados principalmente

seguintes processos: dispensação e administração de medicamentos, avaliação do paciente, preparação para a

cirurgia, coleta e resultado de exames de sangue, acionamento de códigos de emergência e especialistas,

localização do anestesista responsável e cuidado de emergência na RPA pelo médico que não assistiu a paciente

durante a cirurgia. Conclusão: O mapeamento de riscos de forma pró ativa é fundamental para a equipe ter um

profundo conhecimento dos riscos associados a procedimentos complexos, bem como o modelo de cuidado a

ser realizado. Capacita e empodera os profissionais e reduz a probabilidade de eventos adversos acontecerem,

com a otimização e implementação de barreiras de segurança. As barreiras de segurança garantem a segurança

do paciente e qualidade no cuidado.

Palavras-chaves: Segurança do paciente; Centro cirúrgico; Análise de risco.

Page 45: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[45]

20 - ANÁLISE E VERIFICAÇÃO DA MANUTENÇÃO DA ESTERILIDADE DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS EXPOSTOS EM SALA OPERATÓRIA.

Autores: Mara Lucia Leite Ribeiro1, Patricia Antônia de Camargo Peres

1, Nathalia Teixeira Nunes

1, André de Almeida

Barini1, Flavia de Oliveira e Silva Martins

1

Instituição: 1HCOR - Hospital do Coração - Rua Desembargador Eliseu Gabriel, 123, Paraiso, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Cirurgia segura é o resultado da manutenção eficiente das ações técnicas no centro cirúrgico e da

interação entre profissionais e áreas que o integram com o propósito de uma assistência livre de riscos. Segundo

a Organização Mundial de Saúde (OMS) as infecções pós operatórias representam uma grande proporção das

mortes e injúrias médicas, valor este estimado em 0,5 % no mundo. Estudos demonstram que a origem das

infecções é endógena e, entre alguns fatores, estão relacionados a lavagem das mãos da equipe cirúrgica e os

materiais médico-hospitalares, os quais devem ser controlados desde a limpeza até a abertura das caixas em

sala operatória. Essa etapa é realizada pelo circulante de sala antecedendo o início do procedimento operatório.

Objetivo: O objetivo da pesquisa foi verificar que a abertura dos instrumentais estéreis pela equipe de

enfermagem e sua exposição dentro da sala cirúrgica antecedendo o procedimento não interfere na

manutenção da esterilidade por um período de tempo estabelecido. Método: Trata-se de uma pesquisa

descritiva, do tipo relato de experiência, desenvolvida no centro cirúrgico de um hospital de grande porte

especializado em cardiologia, localizado em São Paulo, em novembro de 2014. Para tanto, foi selecionada uma

caixa cirúrgica contendo 125 instrumentais utilizados na cirurgia cardíaca que foram dispostos sobre uma mesa

com técnica estéril. Verificamos a cada 01 hora, por um período de 06 horas, amostras das quatro lateralidades

da mesa fazendo o esfregaço nos instrumentais mais distais, dispostos da seguinte forma: lateral direita –

espátula; lateral esquerda – cortador de fio; frente – kelly reto; fundo da mesa - backaus. Após a sexta hora foi

selecionado o centro da mesa e a lateral esquerda pela proximidade com a porta da sala, até completar 12

horas. Para avaliação utilizou-se o sistema de monitoramento de contaminação de proteína residual,

estabelecendo como resultado esperado o valor zero. Resultado: Em todos os swab testes realizados ao longo

das 12 horas, não houve resultados diferentes de zero (0). Conclusão: O presente estudo comprovou a

manutenção da esterilidade em sala operatória pelo período prolongado de 12 horas evidenciando que o risco

de infecção de sítio cirúrgico não está ligado a abertura do material bem como sua exposição a partir do

momento que sigam os protocolos de técnicas assépticas.

Palavras-chaves: Controle de infecção; Instrumental estéril, Sala cirúrgica.

Page 46: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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21 - ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS: USO DAS PREPARAÇÕES ALCÓOLICAS EM DETRIMENTO DAS DEGERMANTES.

Autores: Taynah Neri Correia Campos1, Quenia Camille Soares Martins

1

Instituição: 1HUAB - Hospital Universitário Ana Bezerra - Praça Tequinha Farias, 13, Centro, Santa Cruz (RN).

E-mail: [email protected]

Introdução: A antissepsia cirúrgica das mãos tem sido recomendada desde o século XIX como uma medida para

reduzir infecções resultantes de uma cirurgia. Tradicionalmente o uso da escovação de mãos e punhos

combinada a utilização de antissépticos configuram a técnica de escolha para antissepsia cirúrgica das mãos na

maioria dos hospitais brasileiros. Apesar de movimentos na Europa e nos Estados Unidos e das recomendações

da OMS e do CDC, o uso de preparações alcoólicas para antissepsia cirúrgica das mãos no Brasil até hoje não é

uma prática difundida. Objetivo: Identificar por meio de revisão integrativa de literatura, as evidencias

científicas que abordem os pontos positivos e negativos das principais técnicas de preparo cirúrgico das mãos

Método: Revisão integrativa da literatura com base na questão norteadora: Quais os pontos positivos e

negativos das principais técnicas de preparo cirúrgico das mãos? Para delineamento da pesquisa foram

selecionados artigos publicados nos últimos 5 anos nas bases eletrônicas de dados LILACS/SciELO,

MedLine/PubMed e Cochrane Library, empregando-se os descritores “desinfecção das mãos”, “higiene das

mãos”, “centro cirúrgico”, “antissepsia”, “controle de infecções” na base LILACs/SCIELO e seus correspondentes

em língua inglesa “hand desinfection”, “Hand Hygiene “, “Surgicenters”, “Antisepsis” e “infection control” nas

demais bases pesquisadas. Foram selecionados artigos nos idiomas, português, inglês ou espanhol que

atendessem a questão norteadora. As consultas as bases de dados foram feitas nos meses de abril e maio de

2015. Cinco etapas conduziram esta revisão integrativa: 1. identificação do problema; 2. busca na literatura; 3.

avaliação dos dados; 4. análise dos dados; e 5. apresentação dos resultados. Resultado: Dos 14 trabalhos

selecionados por meio de assunto e resumo estavam disponíveis na LILACS/SciELO (7 artigos), MedLine/PubMed

(3 artigos) e Cochrane Library (1 artigo). Com 40% das publicações decorrentes dos anos de 2010/2011, 40% dos

anos de 2012/2013 e 20% dos anos de 2014/2015. Vale mencionar que 60% dos estudos constituíram-se de

revisões sistemáticas da literatura (de ensaios clínicos randomizados ou não), e 40% de estudos prospectivos

observacionais, além de uma análise de custo-efetividade. A grande maioria dos estudos avaliou a redução

microbiana das diferentes preparações cirúrgicas de mãos, seguido de revisões sistemáticas destes estudos ou

ainda de guidlines e normas clínicas. Aspectos como custo, acesso e aderência da equipe também foram

avaliados em diversos estudos. Conclusão: Parece haver uma necessidade de mais estudos clínicos, com melhor

potencial de geração de evidências sobre a temática em questão, porém, as revisões sistemáticas apontam para

a segurança das preparações alcoólicas para antissepsia cirúrgica das mãos por reduzir significamente a

contagem microbiana, além de diversas vantagens, como melhora na adesão devido ao menor tempo de

preparação (1 minuto vs. 3 minutos para degermação com clorexidina) e ao menor efeito irritante na pele,

sendo apontada ainda como uma técnica mais custo-efetiva que as demais. Assim como os estudos

observacionais apontam para soluções alcoólicas como sendo mais eficazes que as convencionais, por possuir

efeito bactericida mais rápido. Deste modo, apesar da necessidade de mais evidências, é possível observar que

o preparo de mãos com soluções alcóolicas tem excelente potencial para incorporação na prática clínica.

Palavras-chaves: Desinfecção das mãos; Centro cirúrgico; Controle de infecções; Antissepsia.

Page 47: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[47]

22 - APLICAÇÃO DA METODOLOGIA LEAN NO PROCESSO DE TRABALHO NA CENTRAL DE MATERIAIS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.

Autores: Simone Plaza Carillo1, Hellen Maria de Lima Graf Fernandes

1, Ariane Silveira Rodrigues

1, Luciano Motta

1,

Ana Luiza Ferreira Meres1

Instituição: 1Celso Pierro - Hospital PUC Campinas - Avenida John Boyd Dunlop, s/n, Jardim Londres, Campinas (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Nos Centros de Material e Esterilização (CMEs) são realizados diferentes processos para o

fornecimento seguro de materiais esterilizados ou desinfetados necessários para a prática assistencial, cuja

principal característica é a prestação de serviços aos diversos setores do complexo hospitalar. Como

conhecedor das ciências biológicas e gerente das atividades assistenciais, o profissional enfermeiro exerce

um papel fundamental, tanto na determinação do material necessário para prestação de serviços, quanto no

aspecto técnico, quantitativo e qualitativo, no controle e na avaliação. O objetivo do gerenciamento dos

materiais na área da saúde consiste em disponibilizar recursos necessários ao processo produtivo com

qualidade, em quantidades adequadas, no tempo correto e ao menor custo(1). Como referência dessa linha,

temos o sistema Toyota de produção, criado no Japão, também conhecido como Lean Manufacturing, que

surgiu logo após a Segunda Guerra mundial na fábrica da empresa automobilística Toyota. A Metodologia

Lean é uma estratégia de negócios que busca aumentar a satisfação do cliente através de um melhor

aproveitamento dos recursos (2). Frente ao exposto, incorporamos essa metodologia no processo de gestão

de instrumentais da central de materiais de um hospital universitário. Objetivo: Descrever um relato de

experiência na adoção da metodologia lean no CME com as principais primícias: • Redução de custos

advindos do reprocessamento dos materiais • Otimização dos instrumentais e aumento do arsenal

• Diminuição do tempo do reprocessamento • Evitar desperdícios e subutilização. Método: Relato de

experiência desenvolvido em uma Central de Materiais e Esterilização de um Hospital Universitário do

interior do estado de São Paulo. O projeto começou a vigorar em agosto de 2014 com as caixas da

especialidade de ginecologia e obstetrícia, seguidos por cirurgia geral, cardíaca, neurocirurgia e cabeça e

pescoço. Inicialmente fizemos uma análise dos itens constantes em cada caixa cirúrgica, retirando as pinças

raramente utilizadas, deixando apenas os itens que apresentam rotatividade. Como medida de precaução as

peças retiradas foram embaladas individualmente e guardadas com a identificação da respectiva caixa pelo

período de um mês, para validação do processo pelo cirurgião. Resultado: Até a data atual (maio de 2015),

abrangendo cinco especialidades cirúrgicas, obtivemos uma redução de 710 pinças no total do nosso arsenal.

Além disso, com os materiais retirados montamos mais quatro caixas cirúrgicas e vários itens avulsos que

mostravam-se até então insuficientes para atender a demanda do serviço. Conclusão: Tal metodologia

trouxe vários impactos positivos, entre eles a redução de custos com o reprocessamento, já que os

desperdícios foram minimizados, através da utilização de menor quantidade de insumos para lavagem. Além

disso o tempo de reprocessamento reduziu, impactando positivamente na rotatividade cirúrgica. Atualmente

também contamos com um arsenal mais completo e diversificado, atendendo às necessidades das equipes

com adequado número de caixas específicas e revisadas. Nota-se, com as evidências observadas, que com a

aplicação da Metodologia Lean passamos a ter maior qualidade no atendimento, através de uma efetiva

gestão de instrumentais, com a utilização de menos recursos, mostrando como podemos obter sucesso com

a aplicação da “produção enxuta” na área da enfermagem.

Palavras-chaves: Enfermagem; Centro de material esterilizado; Metodologia lean.

Page 48: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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23 - APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO INDICADOR DE AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO DE ARTIGOS PARA SAÚDE.

Autores: Expedita Rodrigues Ferreira1, Andrea Alfaya Acuña

1, Karine Moretti Monte

1, Regina Matiko Sato

1, Luciana

Hatsue Murata de Almeida1

Instituição: 1SBSHSL - Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio Libanês - Rua Dona Adma Jafet, 91, Bela Vista,

São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O reprocessamento de artigos para saúde é uma prática rotineira no Centro de Material e

Esterilização (CME) dos serviços de saúde em todo o mundo. Constitui-se num processo que objetiva garantir a

segurança da reutilização de um artigo para saúde, por meio de uma sequência de etapas de atividades de

limpeza, teste de integridade e de funcionalidade, desinfecção ou esterilização e controles de qualidade. Essas

atividades, apesar de fazerem parte do cotidiano de um CME, são de extrema complexidade e importância,

requerem capacidade operativa para a implementação das ações, além da expertise necessária dos profissionais

envolvidos. Indicadores de qualidade são medidas objetivas e definidas daqulio que se pretende conhecer,

permitindo, por meio de seus resultados evidenciar problemas e propor soluções para que os mesmos não

reapareçam. Constitui um instrumento gerencial de mensuração, sem o qual é impossível a avaliação criteriosa

de qualidade ou produtividade. Neste novo milênio, as organizações têm passado por transformações para se

adequarem às demandas do mercado. A tendência para ela é o aumento da concorrência, estimulada pela

globalização e pela competitividade voltada à qualidade. Nesse sentido o consumidor quer, cada vez mais, uma

gama diversificada de produtos e de serviços com qualidade. Objetivo: Aplicação de um indicador para

avaliação do processamento de artigos para saúde. Método: Estudo do tipo transversal realizado no CME de um

hospital privado do Estado de São Paulo. Utilizamos o indicador validado pela Professora Kazuko Uchikawa et al.

que dividiu o indicador em 8 componentes com itens específicos em cada um deles. Resultado: Validar

indicadores conduz o enfermeiro a encontrar respostas para diversas questões gerenciais, assistenciais,

econômicas e legais, mostrando resultados em relação ao atendimento prestado, e a implementar ações de

melhoria, baseadas em elevados padrões de qualidade. Conclusão: Após a aplicação do indicador de avaliação

do processamento de artigos para saúde, dos 79 itens da composição, apenas 3 itens não são aplicáveis ao

estudo.

Palavras-chaves: Avaliação em saúde; Controle de infecção; Reprocessamento de artigos para saúde.

Page 49: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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24 - APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES JUNTO A DISCIPLINA DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA.

Autores: Marla Andréia Garcia de Avila1, Suzimar Benato Fusco

1, Silvia Maria Campos

1, Rubia de Aguiar Alencar

1

Instituição: 1FMB - UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu, Distrito de Rubião Junior, s/n, Botucatu (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A aprendizagem baseada em equipes (ABE) do inglês team-based learning (TBL) TBL é uma

estratégia pedagógica embasada em princípios centrais da aprendizagem, com valorização da responsabilidade

individual dos estudantes perante as suas equipes de trabalho e também com um componente motivacional

para o estudo que é a aplicação dos conhecimentos adquiridos na solução de questões relevantes no contexto

da prática profissional. A utilização da estratégia pode contribuir para um para uma aprendizagem mais ativa, já

que os estudantes são responsáveis pelo preparo (estudo) antes da aula. Os alunos também devem colaborar

com os membros de sua equipe para resolver problemas autênticos e tomar decisões em sala de aula a deste

modo o método desenvolve o trabalho em equipe que é fundamental para a atuação no ambiente cirúrgico.

Objetivo: Descrever a experiência da utilização do ABE na disciplina de enfermagem em Centro Cirúrgico em

uma universidade pública paulista. Método: Trata-se de um relato de experiência da utilização do ABE como

uma das estratégias de ensino junto a disciplina de enfermagem em Centro Cirúrgico em uma universidade

pública no interior paulista. Foram formadas três equipes de dez alunos e seguidas todas as etapas propostas

pelo método: 1. Preparação individual (estudo pré-classe); 2. Avaliação da garantia de preparo de maneira

individual e depois em grupos através de 10 questões de múltipla escolha. 3. Aplicação dos conhecimentos

(conceitos) adquiridos por meio da resolução de situações problema. O ABE foi utilizada para se trabalhar com

os temas: Segurança do paciente cirúrgico, Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória,

Tempos Cirúrgicos e Eletrocirurgia e Anestesiologia. No preparo individual os alunos utilizaram livros de

Enfermagem em Centro Cirúrgico e o Manual da Associação Enfermeiros em Centro Cirúrgico, Recuperação

Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Resultado: Os alunos apresentaram um excelente desempenho

individual e em grupo durante a avaliação das atividades, e posteriormente nas avaliações formativas

considerando todo o conteúdo da disciplina. Na realização das atividades práticas, observou-se um

fortalecimento dos grupos. Ao final da disciplina foi solicitado aos estudantes os pontos positivos e negativos da

utilização no ABE na disciplina de enfermagem em Centro Cirúrgico. Todos os estudantes sugeriram manter a

utilização do método para as próximas turmas, e que o processo ensino aprendizado foi motivador, não

apresentando pontos negativos e apenas sugestões para melhorias como maior tempo para a realização do

estudo pré-classe. Conclusão: Considera-se que o ABE é uma metodologia que pode contribuir ao processo de

ensino e aprendizagem no curso de graduação em enfermagem, sobretudo no contexto da enfermagem

perioperatória.

Palavras-chaves: Aprendizagem baseada em equipes; Enfermagem perioperatória; Educação.

Page 50: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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25 - ARTROPLASTIA DO QUADRIL: PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO.

Autores: Bruna Rogeliane Rodrigues Pereira1, Isabel Yovana Quispe Mendoza

1, Braulio Roberto Gonçalves Marinho

Couto2, Flavia Falci Ercole

1, Vania Regina Goveia

1

Instituição: 1UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais - Avenida Prof Alfredo Balena, 190. Esc. Enfg. Sala 204,

Belo Horizonte (MG), 2Uni-BH - Centro Universitário de Belo Horizonte - Rua Diamantina, 567, Lagoinha, Belo Horizonte (MG).

E-mail: [email protected]

Introdução: A infecção do sítio cirúrgico (ISC) representa uma das principais infecções relacionadas à assistência

à saúde, identificadas em pacientes hospitalizados. Entre os fatores de risco associados à ISC destacam-se:

tempo prolongado de cirurgia e internação pré-operatória; falhas na antissepsia cirúrgica das mãos e

paramentação da equipe cirúrgica; ausência de profilaxia antimicrobiana; realização inadequada da tricotomia e

do preparo da pele no sítio de incisão. A artroplastia do quadril (AQ) é um tratamento cirúrgico para problemas

que ocorrem na articulação coxofemoral. A cirurgia tem por objetivo substituir, total ou parcialmente, a

articulação natural fraturada ou doente por uma artificial, que traz benefícios como o alívio da dor e

restabelecimento dos movimentos da articulação. O processo infeccioso em ortopedia é complexo e

compromete a segurança dos pacientes, trazendo prejuízos como: prolonga o tempo de internação; acarreta

intervenções cirúrgicas repetidas com aumento do custo assistencial; provoca a perda definitiva do implante;

causa limitações físicas e uma queda relevante na qualidade de vida, inclusive com a perda do membro

operado. Objetivo: Investigar medidas preventivas de ISC executadas em pacientes submetidos à AQ. Método:

Estudo retrospectivo e descritivo dos procedimentos realizados em um hospital de ensino de maio de 2010 a

junho de 2012. A coleta de dados foi realizada por consulta aos prontuários eletrônicos dos pacientes

submetidos à AQ, tanto para caracterizar a amostra quanto para identificar os registros da execução das

medidas preventivas de ISC. Os dados coletados foram cadastrados no programa estatístico Epi InfoTM, versão

6.0. A análise descritiva foi aplicada utilizando-se frequência simples e medidas de tendência central como

média e mediana. A proporção de aplicação das medidas preventivas de infecção foi calculada por meio de

estimativas pontuais e por intervalos de confiança de 95% (IC 95%). Resultado: Foram realizadas 78 AQ, com

predomínio de idosos e mulheres. O diagnóstico principal foi fratura de colo de fêmur por 82% dos pacientes. A

infecção foi causa de 50% das cirurgias de revisão. A média de internação pré-operatória foi 13,6 dias, e 94,9%

dos pacientes receberam alta. O banho pré-operatório foi realizado por 86% dos participantes, sendo que 11%

utilizaram sabão sem princípio ativo antimicrobiano e 89% aplicaram a clorexidina degermante. Foi possível

identificar que nove pessoas não tomaram banho pré-operatório e 12 prontuários não continham esta

informação registrada. A tricotomia não foi realizada em 23,1% dos pacientes e em 76,9% dos prontuários esta

informação não estava disponível. Com relação a degermação e antissepsia do campo operatório, foi realizada

em 80,8 e 83,3% respectivamente. A respeito da profilaxia antimicrobiana, foi executada em 97% dos pacientes.

Conclusão: As variáveis investigadas nem sempre estavam registradas no prontuário, constituindo uma

limitação do estudo. As medidas preventivas de ISC, apesar de padronizadas pela instituição, foram executadas

parcialmente pelos profissionais de saúde. Faz-se necessário investir na educação dos profissionais de saúde

para a melhoria da qualidade da assistência prestada, mas também em estudos que identifiquem as causas da

baixa adesão às medidas preventivas de ISC. Este conhecimento poderá auxiliar na definição de novas

abordagens de treinamento visando o melhor cuidado ao paciente cirúrgico ortopédico.

Palavras-chaves: Artroplastia de quadril; Cuidados de enfermagem; Infecção da ferida operatória; Ortopedia.

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26 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCEDIMENTO ANESTÉSICO: PROTOCOLO PARA SEGURANÇA DO PACIENTE.

Autores: Cassiane Santana Lemos1, Aparecida de Cassia Giani Peniche

1

Instituição: 1EEUSP - Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - Avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 419,

Cerqueira Cesar, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O planejamento da anestesia é fundamental para execução da cirurgia, favorecendo a segurança do

paciente. No Brasil, o procedimento anestésico é privativo do anestesiologista, que recebe auxílio da

enfermagem do centro cirúrgico em suas ações, sem uma diretriz para atuação da equipe. Objetivo: Construir

um protocolo de ações que direcione o enfermeiro durante a anestesia; avaliar o conteúdo quanto à clareza dos

itens, pertinência e a abrangência do protocolo construído. Método: Elaboração de um protocolo com 40 itens,

pautado na revisão elaborada integrativa de artigos em português, inglês ou espanhol, publicados entre 1978 e

2014, indexados nas bases Medline/Pubmed, Cinahl, Lilacs, Cochrane; Portal BVS, sobre os cuidados de

enfermagem em sala cirúrgica durante anestesias gerais de pacientes adultos. O protocolo foi construído em

três partes: antes da indução anestésica, indução e reversão da anestesia e avaliado por 5 juízes, através de 4

itens: validade de conteúdo, clareza, pertinência e abrangência. Cada item foi pontuado de 1 a 5 de acordo com

a escala de Likert, sendo: (1) discordo totalmente, (2) discordo, (3) nem concordo/discordo, (4) concordo, (5)

concordo totalmente. Os resultados foram analisados pelo índice de validade de conteúdo (IVC). Resultado:

Após a seleção de 16 artigos, que embasaram a construção do protocolo, o conteúdo foi analisado por 5 juízes,

3 anestesiologistas e 2 enfermeiras de centro cirúrgico. No período “antes da indução anestésica” o IVC variou

de 60 a 100% em validade, 40 a 100% em clareza, 80 a 100% em pertinência e 60 a 80% em abrangência. Os

juízes sugeriram alterações nos itens em teste e uma avaliação da disponibilidade de materiais. No período

“indução anestésica” o IVC variou de 40 a 100% nos itens validade, clareza e abrangência de conteúdo, de 20 a

100% em pertinência. A “indução” foi o período de maior divergência entre os juízes, que consideraram alguns

procedimentos privativos do anestesiologista (avaliação da ventilação, punção venosa, registro de sinais vitais).

No período de “reversão da anestesia” os itens validade e abrangência tiveram IVC de 80 a 100%, de 60 a 100%

em clareza e pertinência. Os juízes sugeriram a monitorização do paciente para o transporte, registro dos

dispositivos e condições do paciente antes da saída de sala cirúrgica. Conclusão: O enfermeiro possui

reconhecimento da especialidade anestésica através de legislação e diretrizes em alguns países europeus e nos

Estados Unidos. No Brasil, a equipe de enfermagem auxilia o anestesiologista, sendo essencial um protocolo de

assistência que direcione o cuidado e favoreça a assistência com qualidade, conhecimento e segurança do

paciente.

Palavras-chaves: Anestesia; Enfermagem; Papel do profissional de enfermagem; Perioperatório; Segurança do

paciente.

Page 52: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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27 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA AO PACIENTE COM ALERGIA AO LÁTEX E ELABORAÇÃO DE UM PROTOCOLO ASSISTENCIAL.

Autores: Karinne Ferreira de Souza1, Luciana Simões Esteves Vieira

1, Tatiana Soares Ribeiro

1, Laydson Adrian Araújo

1

Instituição: 1FAP Pós Graduação - Faculdade Pitágoras - Rua dos Timbiras, 1.375, Funcionários, Belo Horizonte (MG).

E-mail: [email protected]

Introdução: Nos últimos anos, no âmbito hospitalar tem sido abordado a questão relacionada a alergia à látex

por demandar uma atenção especial, devido as várias complicações que possa desenvolver. A proposta desse

estudo emerge da relevância do tema para o meio acadêmico e profissional acerca da análise dos aspectos

pertinentes a alergia ao látex nos pacientes, pois a compreensão das mesmas favorecem os profissionais de

saúde a prestação de cuidados ao paciente ou aqueles que desconhecem ser alérgico, sendo esta assistência

pautada em embasamento científico e precisa em suas condutas. Objetivo: Aprofundar o conhecimento

científico acerca da assistência de enfermagem perioperatória ao paciente com alergia ao látex e elaborar um

protocolo assistencial. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter descritivo, através das

plataformas eletrônicas da LILACS, SCIELO e MEDILINE, a partir dos descritos: “alergia ao látex”;

“hipersensibilidade ao látex”, “assistência de enfermagem”, “enfermagem perioperatória”, “protocolo”. Como

critérios de inclusão utilizou-se o recorte temporal dos últimos 5 anos, visando analisar as evidências científicas

acerca do tema abordado na literatura nacional. Os critérios de exclusão estabelecidos foram os estudos

secundários, não disponíveis na íntegra, opiniões sem fundamentos e de língua estrangeira. Resultado: A

revisão da literatura proporcionou evidenciar que a hipersensibilidade ao látex é um emergente problema de

saúde que vem crescendo a cada dia. Dentre os indivíduos que se encontram no grupo de risco para

desenvolverem alegria a látex são os pacientes com história de múltiplos procedimentos cirúrgicos,

antecedentes de alergia a frutas tropicais (abacate, banana, kiwi, pêssego, papaia) e castanhas, antecedentes de

atopia (febre do feno, rinites, asmas ou eczemas), profissionais da saúde e outros indivíduos com exposição

ocupacional como a de indústria. Crianças com mielomeningocele são as que mais se sensibilizam ao látex, pelo

contato frequente e precoce com esta matéria. Os achados científicos demonstraram que a abordagem

relacionada a sensibilidade e alergia a látex deve ser pesquisada e disseminadas nas instituições de saúde

através de uma rigorosa entrevista ao paciente não somente relacionada a pergunta sobre a alergia a látex, mas

aos fatores desencadeantes e que sugerem uma possibilidade de alegria. Conclusão: Por fim, conclui-se que

alergia ao látex é ainda um tema muito atual e que merece atenção, sendo o uso de protocolo assistencial

relevante a orientação a equipe de enfermagem e padronização dos cuidados para a identificação e

minimização de complicações ao paciente, visando à segurança e a qualidade do serviço prestado no centro

cirúrgico.

Palavras-chaves: Alergia ao látex; Hipersensibilidade ao látex; Enfermagem perioperatória; Protocolo;

Assistência de enfermagem.

Page 53: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[53]

28 - ASSOCIAÇÃO ENTRE A INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE CRIANÇAS COM MIELOMENINGOCELE E A SOBRECARGA DO CUIDADOR INFORMAL.

Autores: Karen Negrão Cavalari1, Pedro Tadao Hamamoto Filho

1, João Luiz Amaro

1, Silvia Maria Caldeira

1, Marla

Andréia Garcia de Avila1

Instituição: 1FMB- UNESP - Universidade Estadual Paulista Faculdade Medicina Botucatu - Av. Prof. Montenegro, Distrito

de Rubião Junior, s/n, Botucatu (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: As crianças com mielomeningocele apresentam uma condição crônica e no decorrer das suas vidas

podem ser submetidas a diferentes procedimentos cirúrgicos. Desta maneira o núcleo familiar encontra-se

fragilizado necessitando de uma reestruturação para atender as necessidades humanas básicas, podendo variar

de acordo com o comprometimento neuromotor. Embora toda a família seja afetada pela ocorrência, um de

seus membros, geralmente a mãe, denominada cuidador familiar ou informal, assume a responsabilidade pelo

cuidado com ou sem preparo técnico e/ou emocional. Capacitar cuidadores informais para a promoção do

cuidado é uma ação pode favorecer a independência funcional da criança e consequentemente minimizar o

estresse do cuidador. Objetivo: Verificar a associação entre a independência funcional de crianças em pós-

operatório tardio de correção de disrafismo espinhal (mielomeningocele) e o estresse do cuidador informal.

Método: Trata-se de dados parciais de estudo transversal, que realizado no ambulatório de neurocirurgia

infantil de um hospital de ensino, incluindo-se os cuidadores informais das crianças em pós-operatório de

correção de disrafismo espinhal por mielomeningocele, de 6 meses até 7 anos e meio. Para ser um cuidador

informal é necessário se reconhecer como seu cuidador principal e não receba remuneração para realizar a

atividade. Os instrumentos utilizados são o Pediatric Evaluation of Disabilit Inventory PEDI - parte II do cuidador

informal, com escores variando de 20 (maior dependência do cuidador) e 100 (menor dependência do

cuidador). Utilizou-se também Caregiver Burden Scale – CBScale, composto por 22 questões e com escores que

variam de 22 (menor sebrecarga) a 88 (maior sobrecarga). O projeto foi aprovado pelo Comite de Ética e

Pesquisa (CAEE: 40102214.0.0000.5411). Resultado: Participaram do estudo nove cuidadores informais, sendo

todas do sexo feminino e mães, sendo que oito cuidavam exclusivamente das crianças e apenas uma exercia

atividade remunerada. As mães se responsabilizam por todos os cuidados as crianças, incluindo os cuidados no

perioperatório, já que as crianças são submetidas a diferentes procedimentos cirúrgicos mesmo antes do

nascimento. Os escores do CBScale variaram de 24 a 53, com uma média de 35 pontos. Os escores do PEDI

variaram de 20 a 50, com uma média de 29,5 pontos. Os cuidadores assistiram as crianças em diferentes

procedimentos desde o nascimento, sendo que uma das cuidadoras realizou cirurgia intra-útero. Apesar de todo

o empenho da família, a exaustão é uma consequência frequente na vida deste cuidador informal, que divide

seu tempo entre os cuidados e suas funções profissionais, conjugais, familiares e sociais. Conclusão: O estudo

subsidiar protocolos de orientações com vistas à qualidade de vida do cuidador e das crianças. Ressalta-se que

as crianças no decorrer de suas vidas exigem diferentes tratamentos cirúrgicos podendo aumentar a sobrecarga

dos cuidadores informais. O estudo já sinaliza a importância da inserir os cuidadores no processo de cuidado,

especialmente no periodo perioperatório. Nota: Apoio Financeiro PROCESSO 2014/26225-1.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Cirurgia; Cuidador; Mielomeningocele.

Page 54: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[54]

29 - ATITUDE E PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE HIGIENE DAS MÃOS: A REALIDADE DE UM HOSPITAL DO NORDESTE.

Autores: Jane Keyla Souza dos Santos1, Josielma Cavalcante de Lima Batista

1, Maraysa Jéssyca de Oliveira Vieira

1,

Patrícia de Carvalho Nagliate1

Instituição: 1UFAL - Universidade Federal de Alagoas, Cidade Universidade, Maceió (AL).

E-mail: [email protected]

Introdução: Os estudos sobre segurança do paciente mencionam que os eventos adversos que mais afetam os

pacientes hospitalizados são a administração de medicamentos, as infecções hospitalares e as complicações

cirúrgicas. No entanto, as infecções hospitalares se contextualizam em um universo mais amplo denominado de

infecções relacionadas à assistência a saúde (IRAS). As IRAS configuram-se como um dos grandes problemas de

Saúde Pública e desse modo, as infecções hospitalares colocam em risco a segurança do paciente e sua

vigilância e prevenção deve ser prioridade no planejamento estratégico das instituições comprometidas com o

cuidado seguro. Neste contexto, a higiene das mãos (HM) representa a medida mais simples e menos onerosa

para prevenir a IRAS e em especial as infecções hospitalares. Objetivo: Identificar as atitudes e percepções dos

profissionais de enfermagem sobre a “higiene das mãos”. Método: Estudo quantitativo de caráter exploratório-

descritivo, do tipo survey, realizado em um hospital do nordeste brasileiro. Para a coleta de dados foi utilizado

um questionário autoaplicável estruturado do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo

(2011) referente ao projeto “Mãos limpas, são mãos mais seguras” contendo nove questões de múltipla escolha

sobre conhecimento e uma escala do tipo Likert sobre atitude e percepção da higiene das mãos. Os dados foram

coletados em outubro de 2013 a março de 2014 e analisados através da estatística descritiva e discutidos com a

literatura pertinente. Resultado: A amostra estudada foi composta por 93 profissionais da equipe de

enfermagem, dos quais 31 (33,3%) eram enfermeiros e 62 (66,7%) auxiliares ou técnicos de enfermagem. Em

relação ao sexo, prevaleceu o feminino com 76 (81,7%) dos entrevistados, a faixa etária variou entre 0 a 49 anos

correspondendo a 50 (53,7%) profissionais. Sobre a percepção da adesão à higiene das mãos 38(40,9%)

responderam que apresenta-se entre a faixa de 51% a 75%; 32 (34,4%) dos entrevistados entre a faixa de 0% a

50%; 16 (17,20%) acima de 76%; e sete (7,52%) não responderam essa alternativa. Quanto à importância

conferida pela chefia imediata ao tema 51 (54,8%) informaram ser atribuída alta importância ao assunto, dez

(10,8%) um baixo comprometimento da chefia. Em relação a porcentagem de vezes que o mesmo realiza a

higiene das mãos 82 (88,2%) autopercebem sua adesão a realização da higiene das mãos entre a faixa de 61% a

100%, enquanto nove (9,7%) profissionais percebem uma adesão a higiene das mãos inferior a 60%. Referente

aos treinamentos durante a carreira profissional, 72 (77,4%) responderam que em algum momento

participaram de capacitações. Quanto à percepção da disponibilidade de soluções alcóolicas 81 (87%) dos

profissionais referiram que o mesmo era disponibilizado; 11 (12%) informaram que não havia preparação

alcoólica disponível. Conclusão: As mãos são consideradas os instrumentos principais dos profissionais que

atuam nos serviços de saúde, assim a higiene das mãos é uma medida básica, não onerosa e indispensável para

a prática do cuidado seguro; além de ser uma das mais importantes medidas de controle das infecções

relacionadas à assistência a saúde. Com isso, percebe-se que a baixa adesão da higiene das mãos pelos

profissionais é um fator preocupante considerando o impacto da importância deste procedimento para a

assistência, o controle das infecções relacionadas à assistência a saúde e a segurança do paciente.

Palavras-chaves: Enfermagem; Infecção hospitalar; Higiene das mãos; Educação permanente.

Page 55: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[55]

30 - ATIVIDADES DO ENFERMEIRO DE CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO SOBRE O OLHAR DOS DISCENTES DE ENFERMAGEM.

Autores: Aderaldo Henrique M. Junior Mesenes1, Iolanda Beserra da Costa Santos

1, Gisélia Alves de Araújo

1, Leila de

Cassia Tavares da Fonseca1, Francileide de Araújo Rodrigues

1

Instituição: 1UFPB - Universidade Federal da Paraíba Campus Universitário, s/n, Castelo Branco, João Pessoa (PB).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) é a unidade funcional básica, destinada ao

reprocessamento dos artigos utilizados na prestação de serviço ao paciente. Neste setor, estão presentes os

princípios da microbiologia, da física e das inovações tecnológicas, sendo coordenado pelo enfermeiro. Esta

unidade hospitalar é responsável pelo recebimento, limpeza, preparo esterilização, guarda e distribuição dos

materiais reprocessáveis para os setores do hospital. Sendo assim, é conferida vital importância ao setor, por

existir uma padronização das atividades, capacitação e treinamento de recursos humanos, procedimentos e

técnicas de esterilização eficazes, que fazem parte da finalidade do serviço. Objetivo: Averiguar entre os

acadêmicos de enfermagem o conhecimento das atividades realizadas pelo enfermeiro e a importância do

serviço no Centro de Material e Esterilização; Analisar a relevância da capacitação da equipe e os tipos de

equipamentos usados para esterilização de artigos; Investigar as fontes de conhecimento adquiridas pelos

acadêmicos de enfermagem sobre os equipamentos de esterilização. Método: Estudo exploratório descritivo

com abordagem quantitativa, realizado no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba,

com 22 Acadêmicos de Enfermagem do 10º período. Utilizou-se um formulário de entrevista para coleta de

dados com questões objetivas e subjetivas, durante o mês de abril de 2015. Levaram-se em consideração os

aspectos éticos da pesquisa com seres humanos. Resultado: Nas atividades do enfermeiro os acadêmicos

relataram à esterilização 32,2% como sendo a de maior relevância para esses profissionais. Sobre a importância

do serviço, apontaram o controle de infecção com 43,5% como uma atividade que a enfermagem oferece a

instituição. Na capacitação da equipe foi mencionada atualização relacionada aos maquinários e confecção de

protocolos 31,8% como elemento determinador da constante educação continuada. O tipo de equipamento

mais utilizado na esterilização, responderam autoclave 66,6%. Na busca das fontes de conhecimento dos

acadêmicos sobre as atividades exercidas pelo enfermeiro do CME, o estágio prático supervisionado foi

destacado em 63,0%. Conclusão: O impacto dos resultados mostra que os acadêmicos valorizam mais as

atividades do enfermeiro no CME, quando estão no estágio prático do último período do curso de enfermagem

(décimo). Os acadêmicos de enfermagem não distinguem o verdadeiro papel do enfermeiro no serviço do CME,

durante os conteúdos teóricos/prático ministrados no oitavo período. Constatamos controvérsias nas respostas,

quando os entrevistados mencionaram as funções do enfermeiro apenas esterilização, quando este desenvolve

supervisão, coordenação de toda equipe.

Palavras-chaves: Esterilização; Curso de enfermagem; Hospital.

Page 56: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[56]

31 - ATRIBUIÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DIANTE O PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO EM UM HOSPITAL GERAL.

Autores: Clarissa Gondim de Souza1, Ana Cristina Alencar dos Santos

1, Maria do Socorro Sales

1, Milenna Alencar

Brasil1, Shirley Kaliny Correia de Matos

1

Instituição: ISGH - Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar - Rua Socorro Gomes, 190, Guajeru, Fortaleza (CE).

E-mail: [email protected]

Introdução: A Central de Material e Esterilização (CME) é um dos principais setores da unidade hospitalar,

caracterizado como uma unidade de apoio para realização do processamento de todos os artigos

hospitalares, garantindo a qualidade e a quantidade necessária a realização de todos os procedimentos

assistenciais. Objetivo: Investigar a atribuição da equipe de enfermagem diante o processo de esterilização

em unidade hospitalar. Método: A pesquisa foi de natureza, descritiva, exploratória com abordagem

qualitativa, realizada em um hospital geral do interior do Estado do Ceará. Os dados foram coletados no

mês de setembro de 2014. A amostra foi composta por 19 funcionários da unidade. O instrumento de

coleta de dados utilizado foi o questionário semi-estruturado. Os dados foram agrupados e categorizados.

Resultado: Na análise dos resultados, observou-se que os profissionais tinham idades varáveis, entre 19 a

47 anos e todos apresentavam nível médio e superior. Percebeu-se que há uma prevalência do número de

mulheres atuante no setor em relação ao sexo masculino, profissionais com idades maduras e com nível de

escolaridade adequado ao cargo. Através dos dados, emergiram três categorias, sendo elas: categoria 1:

Benefícios da esterilização para a qualidade de vida dos pacientes; categoria 2: Conhecimento da equipe em

relação ao processo de esterilização; categoria 3: Identificação da qualidade do material manipulado a ser

usado. Foi possível observar que a equipe mostrou conhecimento ao relatar em questionário seu

aprendizado diário. Com relação à descrição dos profissionais sobre o conhecimento e benefícios do

processo de esterilização, todos relataram ter conhecimento adequado do processo realizado e a

importância deste para a realização de procedimentos seguros, evitando ricos de infecção. Depreende-se

ainda que pelos resultados obtidos, a informação e o conhecimento que possuíam os funcionários em

questionamento a cerca do assunto sobre o processamento e o manuseio dos artigos na CME, foram

apreendidos a partir da vivência diária, ao realizar o manuseio dos artigos, recebendo estas orientações e

esclarecimento diariamente. Conclusão: Diante do que foi exposto, pode-se perceber que o estudo trouxe

informações positivas, mostrando a eficiência e a qualidade do trabalho realizado para a melhor qualidade

de vida. Dessa forma a pesquisa contribuiu para melhorar os conhecimentos sobre esterilização, processo

importante na unidade hospitalar o qual tem função de reduzir os riscos de infecção dos pacientes,

servindo também como base referencial de estudos futuros.

Palavras-chaves: Enfermagem; Esterilização; Materiais.

Page 57: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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32 - ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM FRENTE AS COMPLICAÇÕES ANESTÉSICO-CIRÚRGICAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

Autores: Antônia Abigail do Nascimento Cavalcante1,3

, Rosemary Marques de Morais1, Kelly Lira Linhares

2, Raimunda

Alves Correia3, Leandro José Fontenele

3

Instituição: 1INTA - Faculdades Inta, Sobral, Ceará (CE),

2SCMS - Santa Casa de Sobral, Ceará (CE).

3HRN - Hospital Regional Norte Cidade de Sobral, Ceará (CE).

E-mail: [email protected]

Introdução: No período pós-operatório o paciente fica vulnerável a diversas complicações, especialmente as de

origem respiratória, circulatória e gastrointestinal. A assistência de enfermagem nesse período é muito

importante, uma vez que é caracterizado como o período mais longo do perioperatório e onde o paciente vai

requerer uma assistência maior do enfermeiro, e concentra-se em intervenções destinadas a prevenir ou tratar

complicações. A implementação da sistematização da assistência de enfermagem perioperatória (SAEP)

possibilita identificar situações de risco pós-cirúrgicos e oferecer melhores condições à pessoa que se submete a

uma cirurgia. Objetivo: Identificar a atuação do enfermeiro frente às complicações anestésico-cirúrgicas

identificadas na literatura através de uma revisão integrativa. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da

literatura nacional e internacional referente a publicação de artigos que contemplam a atuação do enfermeiro

nas complicações anestésico-cirúrgicas. Para aplicação do estudo foram estabelecidos: a questão norteadora da

revisão, os critérios de inclusão da pesquisa, definição da forma de apresentação das publicações encontradas e

descrição e análise das ações de enfermagem identificadas. No desenvolvimento desse estudo foram utilizados

como fonte de levantamento de dados Lilacs, Scielo e SOBECC, com os seguintes descritores em ciências da

saúde (DeCs): Enfermagem Perioperatória, Complicações Pós-operatórias e Recuperação Anestésica, de

pesquisas científicas que estivessem indexadas nas bases de dados no período de 2008 a 2014, disponíveis na

língua portuguesa, apresentadas na integra eletronicamente, tendo como autor o enfermeiro e que abordassem

a temática em foco. Foram excluídos os artigos que não se apresentavam na integra, em outras línguas, que

tinham como autores profissionais de outras categorias e que não tratasse da questão das complicações

anestésico-cirúrgicas. Para coleta de dados foi criado um instrumento de trabalho que consta: quantidade de

artigos, base de dados, autores e atuação na assistência no pós-operatório. A amostra constituiu-se de 06

estudos científicos. Resultados e discussões: O estudo mostrou que o cuidado ao paciente cirúrgico deve ser

humanizado, individualizado e sistematizado. A enfermagem deve realizar uma assistência de qualidade,

acompanhando o paciente em todo o período perioperatório, evitando assim complicações anestésico-

cirúrgicas. Para prevenir complicações pós-operatórias o estudo mostrou que os enfermeiros devem conhecê-

las para agir preventivamente. Entre as alterações mais frequentes encontramos a hipotermia, náuseas, vômitos

e a dor. Diante do contexto, os enfermeiros devem estar aptos a intervir nas complicações. O estudo evidenciou

também as dificuldades dos enfermeiros em implementar a assistência na sala de recuperação anestésica com

vários leitos extras, o que eleva consideravelmente o risco de acontecer alguma complicação. Conclusão:

Podemos verificar a importância de uma assistência sistematizada em todo o período cirúrgico, visando à

minimização das complicações no pós-operatório e promovendo um pós-operatório confortável e tranquilo ao

paciente.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Complicações pós-operatória; Recuperação anestésica.

Page 58: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[58]

33 - ATUAÇÃO DE UMA ENFERMEIRA NO CUIDADO PERIOPERATÓRIO NA CIRURGIA DE TRANSPLANTE PULMONAR INTERVIVOS.

Autores: Flávia Magalhães Howes2, Patrícia Treviso

3, Rita Catalina Aquino Caregnato

1

Instituição: 1UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Rua Sarmento Leite, 245 Porto

Alegre (RS), 2ISCMPA - Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Rua Professor Annes

Dias, 295 - Centro Histórico, Porto Alegre (RS), 3IPA - Centro Universitário Metodista - Rua Dr. Lauro de

Oliveira, 119, Porto Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: O transplante pulmonar pode ocorrer com órgão de doador em morte encefálica ou de doador

vivo, ambos orientados pela legislação brasileira. A doação intervivos ocorre em vida, onde um doador vivo

doa parte de seu pulmão para outro, sendo uma alternativa frente a escassez de doadores falecidos e a alta

mortalidade em lista de espera. É um procedimento complexo, exigindo equipe capacitada e infraestrutura

específica para que a doação e o transplante ocorram de forma segura. Objetivo: Relatar a experiência da

atuação de uma enfermeira no cuidado perioperatório na cirurgia de transplante pulmonar intervivos.

Método: Relato de experiência da atuação de uma enfermeira nas cirurgias de transplante pulmonar

intervivos ocorridas no Centro Cirúrgico (CC) da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Rio Grande do

Sul, Brasil. Entre 1999 e novembro de 2014 foram realizados 33 transplantes de pulmão intervivos.

Resultado: Dos 33 transplantes realizados, 14 foram em crianças, 14 em adolescentes e 5 em adultos. O

relato apresenta-se em cinco etapas. 1) Transplante pulmonar intervivos: o desafio - O pré-operatório

imediato inicia ao ser marcado o procedimento que envolve três pacientes: o receptor, que será submetido

a bipneumonectomia e transplante; e dois receptores, cada um irá doar um lobo (um da direita e outro da

esquerda). 2) Aspectos éticos e legais do transplante intervivos: são claros e rígidos, mas muito polêmicos.

3) Logística de preparo do CC: a enfermeira coordena e gerencia o preparo do CC executando um protocolo

com dez itens indispensáveis para a realização dos três procedimentos cirúrgicos concomitantes. 4)

Assistência de enfermagem no transoperatório: foram listados dezesseis cuidados de enfermagem

indispensáveis executados no transoperatório. 5) Encaminhamento dos pacientes para UTI: Procedimentos

cirúrgicos finalizados, drenos de tórax identificados, curativos das feridas operatórias fechados, evolução de

enfermagem do transoperatório realizada, são transferidos os pacientes para a UTI. Primeiramente será

passado o primeiro doador, após o segundo doador e por último o receptor. Conclusão: O transplante é um

procedimento complexo, envolvendo muitos profissionais, demandando da enfermagem conhecimento,

integração, organização, dedicação e muito comprometimento. O transplante pulmonar intervivos torna-se

um desafio ainda maior por envolver, além do receptor, dois doadores sadios, gerando grande expectativa

pelo sucesso da cirurgia e recuperação dos três pacientes.

Palavras-chaves: Transplante de pulmão; Doadores vivos; Enfermagem; Cirurgia.

Page 59: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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34 - ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DO CENTRO DE ESTERILIZAÇÃO FRENTE À SEGURANÇA DO PACIENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Maria Zélia de Araujo Madeira1, Dinah Sá Rezende Neta

1, Nídia de Paula Silva Leite Sousa

1, Brenna Emmanuella

de Carvalho1, Rayana Amélia Lima Leal

1

Instituição: 1UFPI - Universidade Federal do Piauí - Campus Universitário Min. Petrônio Portela, Ininga, Teresina (PI).

E-mail: [email protected]

Introdução: Atualmente a melhoria da segurança e da qualidade da assistência prestada ao paciente tem sido discutida mundialmente, e fez emergir a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36, de 25 de julho de 2013 em que institui ações dos profissionais para a segurança do paciente. Neste sentido, o enfermeiro responsável pela central, deve atuar com o propósito de garantir a segurança dos materiais fornecidos às unidades consumidoras para minimizar o risco de dano desnecessário ao paciente associado ao processamento desses materiais. Objetivo: Descrever as ações desenvolvidas pelos enfermeiros responsáveis pelo Centro de Material e Esterilização frente à promoção da segurança do paciente. Método: Descritivo com abordagem qualitativa na modalidade de relato de experiência, realizado com base na experiência de profissionais de enfermagem atuantes em uma Central de Material e Esterilização de um Hospital Universitário no Nordeste do Brasil. O estudo permitiu extrair informações do cotidiano da prática profissional, a partir da vivência diária das enfermeiras no setor supracitado. Utilizou-se das seguintes técnicas de coleta de dados: observação da estrutura organizacional; participação nas atividades gerenciais e assistenciais; consulta a portarias e resoluções inerentes ao tema. Resultado: O segundo desafio global para a segurança do paciente é a assistência cirúrgica segura, que tem o objetivo, aumentar os padrões de qualidade prevenindo infecções de sítio cirúrgico por meio da limpeza, desinfecção e esterilização do instrumental. Desde a implantação do serviço, em outubro de 2012, ações são realizadas pelos profissionais para assegurar o processamento adequado de materiais seguindo as normas preconizadas. Dentre elas, tem- se o cuidado com o espaço físico, incluindo a divisão das áreas garantindo o processamento de produtos seguindo um fluxo direcionado sempre da área suja para a área limpa; elaboração de Procedimentos Operacionais Padrão para cada etapa do processamento e disponíveis para consulta, assim como o treinamento continuado para a equipe; supervisão intermitente; classificação dos produtos para a escolha do processo a ser realizado; identificação de materiais e elaboração de check-list para cada grupo de instrumentais; elaboração de documentos e formulários para registro; monitoramento através da utilização de indicadores químicos, biológicos e físicos; garantir a qualificação térmica e a calibração dos instrumentos de controle e medição dos equipamentos de esterilização a vapor e termodesinfecção e as requalificações de operação realizadas por laboratório capacitado; orientação para as unidades usuárias dos produtos para saúde processados quanto ao transporte e armazenamento destes produtos, dentre outras. Conclusão: O enfermeiro do CME lança-se no desafio de salvaguardar a segurança da assistência cirúrgica por meio de fornecimento de materiais que não sejam responsáveis por provocar infecções hospitalares. Deste modo, as ações já desenvolvidas têm contribuído ativamente para a promoção da segurança do paciente, mesmo que de maneira indireta, entretanto muito se tem a avançar como, por exemplo, a implementação de medidas tais como a introdução de testes químicos e validação para limpeza, testes de selagem, dentre outros.

Palavras-chaves: Enfermagem, Central de esterilização, Segurança do paciente.

Page 60: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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35 - AUMENTAR A SEGURANÇA NA TRANSFERÊNCIA DE INFORMAÇÕES PASSAGEM DE PLANTÃO: CENTRO CIRÚRGICO X PACIENTES GRAVES.

Autores: Debora Alonso Leite1, Alessandra de Fatima Bokor Manteiga

1, Leonardo Jose Rolim Ferraz

1, Fabiana Machado

Parreira1,1

, Adriana Lario1

Instituição: 1HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Palavras-chaves: Pacientes graves; Passagem de plantão; Segurança do paciente.

Introdução: A passagem de informações entre unidades assistenciais no momento da transferência de pacientes

é um desafio universal e ainda não solucionado. Habitualmente a passagem de plantão é realizada de forma não

estruturada, sem a garantia de que as informações mais relevantes/chave para continuidade do cuidado sejam

transmitidas. Garantir o fluxo destas informações no momento adequado entre as unidades é fundamental para

continuidade da assistência e segurança do paciente. Atualmente existem falhas relacionadas ao fluxo de

comunicação para passagem de informações, transmitidas simultaneamente com o processo de admissão do

paciente, como: “veículo” de transporte, ventilador, bombas de infusão, avaliação de drenos, curativos e do

próprio paciente. A comunicação ineficiente entre os profissionais e as áreas é considerada um dos principais

fatores de causa de eventos adversos graves, principalmente quanto ao manejo de pacientes críticos. Objetivo:

Melhorar o processo de transferência de informações entre áreas, pacientes cirúrgicos e pacientes graves,

definindo e validando um padrão institucional e reduzir em 50% o número de Eventos Adversos Graves

relacionados à falta de informações necessárias para a continuidade do cuidado. Método: Utilizado metodologia

Lean Six Sigma para análise do processo, onde foram acompanhadas 30 cirurgias, verificando através de um

instrumento os itens que eram passados pela enfermagem e equipe anestésica. Resultado: Verificado que não

havia padronização na passagem de plantão dos anestesistas e que a mesma não acontecia previamente,

ocorria apenas na chegada do paciente na UTI. A enfermagem passava o plantão via telefone, porém sem

padronização dos itens necessários. Náo havia padronização de soluções de infusão contínua no CC e nem

padronização de bomba de infusão. Portanto foi realizado através de uma ferramenta online, um levantamento

das variáveis chaves no processo de passagem de plantão, envolvendo a equipe de enfermagem e médica que

participa deste processo. Após serem elencadas, essas variáveis necessárias para uma passagem de plantão, foi

realizado coleta de dados, através de um instrumento, onde foi verificado quais das informações chave eram

transmitidas na passagem de plantão entre enfermeiros e entre médicos. Conclusão: Para melhor eficácia na

transferência de informação na passagem de plantão entre CC e pacientes graves, foi necessário a realização de

um check list para ser utilizado em todas as passagens de plantão entre CC e UTI, contemplando as variáveis

chave para uma efetiva comunicação e continuidade do cuidado entre áreas.

Page 61: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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36 - AVALIAÇÃO A ADESÃO DO TIME OUT EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: É REALIZADO?

Autores: Fernanda Nunes da Silva1, Robson de Araujo Barcelos

1, Simone Garcia Lopes

1, 2, Ariadne de Paula Nascimento

1

Instituição: 1

HEMC - Hospital Estadual Mario Covas Rua Dr. Henrique Calderazzo, 321, Paraiso, Santo André (SP), 2FMABC - Faculdade de Medicina do ABC, Principe de Gales, 821, Santo André (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Devido as evidências de erros em escala mundial, a 55ª Assembleia da Saúde de 2002 adotou a

Resolução “Qualidade do cuidado: segurança do paciente” (World Health Assembly – Quality of care: patient

safety – WHA55.19), que estimulam os paises a fortalecer a segurança da Assistência a saúde. Em maio de 2004,

a 57ª Assembleia criou uma aliança internacional, formada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela

Pan-Americana de Saúde (OPAS). Suas ações foram concentradas em campanhas de segurança do paciente,

identificando soluções e desenvolvendo iniciativas de relatos de aprendizagem, para poder salvar milhões de

vidas. Em 2010, divulgou-se que houve uma queda na taxa de mortalidade decorrente de erros em cirurgias e

que as complicações diminuíram de 35,2% para 24,3%. O cheklist proposto pela aliança internacional não só

impactou no resultado como também melhorou a comunicação entre a equipe cirúrgica. A OMS criou o manual

“Cirurgias Seguras Salvam Vidas”, que reforça a pratica de segurança em todas as etapas do perioperatório e

que potencializa a probabilidade de melhoria nos resultados. Este estudo se justifica pela importância de avaliar

a forma que o checklist esta sendo preenchido na sala operatória. Objetivo: Avaliar a adesão ao correto

preenchimento dos itens que compõem o timeout em sala operatória. Método: Trata se de uma pesquisa

descritiva, quantitativa, observacional realizada num Hospital de grande porte, referência para alta

complexidade. Localizado na grande São Paulo. Realiza em média 700 procedimentos cirúrgicos mês. O centro

cirúrgico é composto por 11 salas operatórias. Totalizam em seu quadro de enfermagem: 34 auxiliares de

enfermagem e 08 enfermeiros. A coleta dos dados apresentados foi resultado da observação do autor em sala

operatória, não sendo de conhecimento das equipes observadas o objetivo deste estudo, a fim de não ocorrer

mudança no comportamento nem tão pouca da rotina. O estudo foi desenvolvido nas seguintes etapas:

elaboração do instrumento de observação, contendo as perguntas iguais ao do quadro em SO Sala Operatória.

Os dados foram coletados na primeira quinzena do mês de abril de 2015. Resultado: Foram considerados 50

procedimentos cirúrgicos utilizados para a composição dos resultados. Foram categorizados de acordo com seu

porte: pequeno, médio e grande, sendo respectivamente 24%, 44% e 32%. A cirurgia ortopédica foi

predominante com 15 (33%) procedimentos, seguido da cirurgia geral e cardiológica. Com relação a adesão ao

preenchimento do quadro de time out, o resultado nos mostra que 39% o realizaram, porém apenas 23%

confirmaram o nome do paciente e 46% o procedimento. A forma de confirmação das informações do time out

nos mostra que, apenas 48% perguntaram verbalmente a equipe cirúrgica as confirmações pertinente e o

restante 52% buscaram as respostas diretamente em prontuário. Da totalidade dos profissionais de

enfermagem que participaram do preenchimento do time out, apenas 10% foram enfermeiros, os demais foram

auxiliares de enfermagem. Conclusão: A adesão correta ao preenchimento do time out em sala operatória não

foi realizada satisfatoriamente, uma vez que a checagem não ocorreu de forma segura (verbalmente) nem tão

pouco envolveu as equipes e o paciente. Existiram procedimentos cirúrgicos que não utilizaram o time out em

SO, caracterizando uma desinformação a importância da segurança do paciente cirúrgico.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Segurança do paciente; Enfermagem.

Page 62: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[62]

37 - AVALIAÇÃO DA SEDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

Autores: Pamela Rafaela Martins1, Ligia Fahl Fonseca

1

Instituição: 1UEL - Universidade Estadual de Londrina – Avenida Robert Kock, 60, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: A sede é descrita como a vontade de beber água, influenciada por fatores alimentares, culturais e hábitos pessoais, caracterizando-a como individual e subjetiva. Para os pacientes cirúrgicos, a sede é um sintoma altamente prevalente sobrepujando até mesmo a dor, resultando em ansiedade, desidratação e desespero. A sede no período perioperatório é altamente incidente, no entanto, pouco avaliada de forma intencional. O desconhecimento dos métodos existentes para sua avaliação, contribui para perpetuar esse cenário. Objetivo: Investigar as evidências científicas disponíveis dos diferentes métodos que poder ser utilizados para avaliação da sede. Método: Revisão integrativa de literatura, de acordo com o método proposto por Cooper. As bases de dados utilizadas para a seleção dos artigos foram a Pubmed, Medline, Lilacs e um banco de 700 artigos do Grupo de Estudo e Pesquisa da Sede.Foram incluídos artigos em inglês, português e espanhol, disponíveis na a integra e publicados no período de 2005 a 2015. Resultado: Na presente revisão integrativa foram analisados vinte e quatro artigos que se dequaram aos critérios de inclusão previamente estabelecidos. Estabeleceram-se quatro categorias correspondentes aos métodos de avaliação da sede encontrados nos estudos: Avaliando a sede por meio de escalas (doze artigos); Avaliando a sede por imagens do cérebro (seis artigos); Avaliando a sede por sinais físicos de desidratação (três artigos) e Avaliando a sede por meio de exames laboratoriais (três artigos). A sede foi avaliada principalmente por escalas visuais analógicas, que consistem em uma linha horizontal numerada de zero a dez em que zero significava não estar com sede e dez a pior sede possível. Foram aplicadas principalmente em pacientes em fase terminal e em hemodiálise como parte integrante de escala de avaliação da sede. Tomografias por emissão de pósitrons e ressonância magnética são utilizadas para mapear áreas específicas do cérebro que são estimulas pela sede. Estudos experimentais com esses métodos permitem não somente visualizar as áreas na presença de sede, mas também sua saciedade, seja ela temporária ou completa. Os sinais de desidratação também são utilizados como balizadores para identificar a sede: boca seca, lábios rachados, língua grossa, garganta seca, saliva grossa, estão entre os sinais mais identificados tanto pelo paciente como pela equipe de saúde. A percepção dos sinais de sede por enfermeiros que lidam com pacientes em unidades de terapia intensiva e pacientes terminais são extremamente importantes em sua identificação, principalmente de boca e mucosas secas, diminuição da elasticidade e desidratação dos olhos. Por fim, como a sede está atrelada aos distúrbios na osmolaridade e volume sanguíneo, exames laboratoriais de hemoglobina, eletrólitos e hormônios que fazem parte do processo fisiológico da geração e regulação da sede, podem auxiliar na detecção tanto de sua gênese como saciedade. Conclusão: A multifatoriedade da gênese e saciedade da sede exige que diferentes abordagens de avaliação sejam utilizados para sua identificação e mensuração. A utilização de escalas visuais analógicas possuem fidedignidade, e por sua aplicação simplificada, podem ser utilizadas no período perioperatório.

Palavras-chaves: Sede; Sinais e sintomas; Literatura de revisão.

Page 63: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[63]

38 - AVALIAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS SOBRE O PROCESSO DE LIMPEZA DE ARTIGOS ODONTO-MÉDICO-HOSPITALARES.

Autores: Sílvia Maria Caldeira1, Juliana Caetano Costa

1, Suzimar de Fátima Benato Fusco

1, Rafaela Aparecida

Prata1, Ione Correa

1

Instituição: 1UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Distrito de Rubião Junior s/n,

Botucatu (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Centro de Material e Esterilização é uma unidade de apoio técnico que fornece artigos odonto-

médico-hospitalares processados, proporcionando assim condições para atendimento direto e assistência à

saúde dos pacientes. A limpeza dos artigos após seu uso remove a matéria orgânica e reduz a carga microbiana

do material, sendo a etapa mais importante do reprocessamento. A avaliação do processo de limpeza deve ser

monitorizada e registrada e se inicia com inspeção visual no enxágüe, durante a secagem e o preparo, além do

uso de lentes intensificadoras de imagem, mas a inspeção visual não é suficiente para detectar sujidade

residual. Justifica a necessidade dessa revisão frente às dificuldades encontradas no processo de limpeza e com

intuito de oferecer melhorias de limpezas dos artigos odonto-médico-hospitalares. Objetivo: Identificar na

literatura, sua contribuição acerca da avaliação no processo de limpeza de artigos odonto-médico-hospitalares.

Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com os seguintes descritores: “avaliação de

processos” AND “estudos de validação” AND “instrumentos cirúrgicos”. Nas bases de dados: LILACS, Medline,

Pubmed, Scopus e Scielo nos idiomas português, inglês e espanhol nos últimos dez anos. Resultado: Obteve-se

um total de 1673 publicações, após a seleção obteve-se seis publicações sendo destas Scielo (50%) e Pubmed

(50%). Observou-se a contaminação artificial de artigos odonto-médico-hospitalares, sendo a limpeza

automatizada mais utilizada. As principais metodologias para avaliação dos processos de limpeza foram técnicas

de teste rápido de identificação de ATP, coloração em gel de poliacrilamida e analise microscópica, teste Lum

Checktm, sistema vídeo digital de 3mm, análise visual e microscópica, e episcópio com microscopia de contraste

de interferência diferencial combinado com reagente fluorescente SYPRO ruby. Conclusão: Conclui-se que o

processo de limpeza dos artigos-odonto-médico-hospitalares continua sendo um desafio mesmo com avanço da

tecnologia nos métodos de limpeza utilizadas na no Centro de Material de Esterilização, esse desafio decorre da

diversidade de itens associada á configuração complexa dos produtos para saúde. Sugere-se a realização de

estudos a cerca da avaliação no processo de limpeza e aplicação de sua prática para dar subsídio para

enfermeiro frente a tomada de decisões e na garantia do serviço prestado garantindo um material seguro para o

paciente.

Palavras-chaves: Avaliação do processo; Estudos de validação; Instrumentos cirúrgicos; Processo de limpeza.

Page 64: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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39 - AVALIAÇÃO DAS VISITAS PRÉ-OPERATÓRIAS REALIZADAS PELOS ENFERMEIROS EM UM HOSPITAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE.

Autores: Emanuela Batista Ferreira e Pereira5, Gabriela Wanderley Souza e Silva

5, Jane Keyla Souza dos Santos

5, Juliana de

Melo Araújo4, Sandra Martins de França

5

Instituição: 4FAREC - Faculdade do Recife - Rua Dom Bosco, 1.329 - Boa Vista, Recife (PE)

5 HR - Hospital da Restauração - Avenida Governador Agamenon Magalhães - Derby, Recife (PE).

E-mail: [email protected]

Introdução: O período pré-operatório é composto por um conjunto de ações que visam à identificação de

possíveis distúrbios no paciente, reduzindo dessa maneira riscos nos procedimentos cirúrgicos. É de

responsabilidade da equipe de enfermagem o preparo adequado do paciente na visita pré-operatória com a

finalidade de educar o paciente e sua família de forma preventiva. Ao priorizar a comunicação, o profissional

requer uma mudança de foco e atitude do fazer para o escutar, observar, compreender, apontar as

necessidades para então planejar ações. Objetivo: Avaliar as visitas pré-operatórias realizadas pelos

enfermeiros a pacientes em preparo para cirurgia eletiva em um hospital privado. Método: Trata-se de um

estudo descritivo, transversal de abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada no âmbito das unidades de

internação cirúrgica em um hospital de média complexidade. Os sujeitos do estudo foram constituídos pelos

enfermeiros que atuam em enfermarias de internação cirúrgica e centro cirúrgico. Estima-se que a instituição

em questão possui aproximadamente 60 enfermeiros. Para obtenção dos dados, foi realizado um formulário

semi-estruturado, padronizado, contendo 15 questões no qual estão contemplados perguntas sobre pacientes

em estado pré-operatório. Resultado: A análise dos dados de caracterização dos participantes do estudo

constatou que a maioria dos profissionais era do sexo feminino (97%), com faixa etária entre 26-40 anos (68%) e

o estado civil predominante foi o casado (45%). Quanto ao perfil profissional, os enfermeiros apresentavam

tempo de formação maior que três anos, e tempo na instituição menor que um ano (47%). No que se refere à

especialização dos enfermeiros, (55%) afirmaram ter alguma especialização. Em relação aos cuidados e

orientações realizados pelos profissionais no pré-operatório, alguns aspectos foram avaliados, como:

questionamento sobre a presença de alergia; orientação quanto ao jejum, banho, tricotomia; realização do

preparo emocional do paciente; explicação ao paciente sobre procedimento cirúrgico que vai ser realizado e

entre outros fatores. Desse modo, a visita pré-operatória deve ser entendida como uma atuação expressiva do

enfermeiro, caracterizando-se por fornecer apoio emocional e atenção ao paciente e sua família e estabelecer

vínculo de comunicação entre as unidades de internação e o centro cirúrgico, subsidiando a continuidade da

assistência de enfermagem e minimizando complicações no período pós-operatório. Conclusão: Foi possível

identificar que o período pré-operatório ocasiona no paciente uma desestruturação no nível de conforto e de

modificações em seus comportamentos e rotina, pois o ato cirúrgico é caracterizado por um estado de

incertezas. Com isso, o enfermeiro deve interagir com o cliente e realizar um atendimento holístico. Dessa

maneira, proporcionará o aliviar das aflições desencadeadas neste momento, favorecendo assim para uma

assistência humanizada, potencializando uma rápida e efetiva evolução na recuperação do paciente.

Palavras-chaves: Enfermagem pré-operatória; Cuidados de enfermagem; Educação em saúde.

Page 65: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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40 - AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA PLÁSTICA EM UM HOSPITAL-DIA.

Autores: Adriana Lopes Domingues1, Renata Pinto Ribeiro Miranda

1, Ana Letícia Carnevalli Motta

1, Diego Venturelli

1,

Keyla de Cássia Barros2

Instituição: 1UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas - Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714, Alfenas (MG),

2UNIARARAS - Universidade de Araras - Avenida Dr. Maximiliano Baruto, 500, Araras (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Brasil esta um primeiro lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, segundo relatório emitido

pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, se tornando necessário que se ofereça qualidade e

satisfação a este tipo de clientela. Neste cenário, é importante salientar que a competitividade no mercado das

intervenções estéticas vem aumentando. A qualidade tem um significado amplo e complexo, constituindo-se

um processo dinâmico, que sofre alterações frequentes. Segundo a Organização Mundial de Saúde não existe

algo que mensure ou defina a qualidade, no consenso mundial. Entretanto algumas dimensões relacionadas à

idéia de qualidade são usadas de forma recorrente, tais como: segurança, cuidado centrado no paciente,

efetividade, eficiência, acessibilidade e equidade. A apreciação do cliente submetido a cirurgia plástica é visto

após o ato cirúrgico e sua recuperação, entretanto a instituição de saúde prestadora esta inserida na satisfação

do cliente por meio das atividades executadas diretamente por uma equipe multiprofissional e indiretamente

quanto ao conforto relacionado a acomodação, instalações e tecnologias. Frente destas reflexões foi implantado

um questionário de avaliação de satisfação do cliente no mês de fevereiro de 2015 em um Hospital Dia no Sul de

Minas Gerais que comporta 1 sala cirúrgica e 5 quartos de internação. Objetivo: Analisar a satisfação do cliente

submetido a cirurgia plástica. Método: Pesquisa descritiva, do tipo estudo de caso de análise quantitativa.

Foram selecionados os questionários de avaliação de satisfação do cliente de fevereiro a abril de 2015,

respondidos pelos usuários que realizaram cirurgias plásticas, sendo excluído os demais procedimentos. Os

dados obtidos compreenderam 197 cirurgias, destas 52,28% corresponderam as cirurgias plásticas. O

questionário apresenta itens dos serviços de enfermagem, nutrição, higienização, acomodação e instalação com

respostas fechadas e uma questão aberta solicitando sugestões, elogios ou críticas. Resultado: Dos 103

questionários avaliados, de forma geral, 100 pacientes classificaram o serviço de enfermagem, higienização e

acomodação como excelente, 3 pacientes como bom. Quanto ao serviço de nutrição 96 responderam como

excelente, 4 como bom e 3 não responderam. Em relação a postura dos profissionais de enfermagem e

segurança quanto à assistência foram evidenciados 100% de positividade. Outra questão foi sobre

administração de medicamentos, abordando se a equipe de enfermagem apresentou informações sobre o que

estava sendo administrado. Os resultados apontaram que sim com exceção de 3 pacientes que não

responderam. Na questão que abordou a presença de dor ou desconforto, foi questionando sobre a

resolutividade da equipe de enfermagem, 1 paciente não espondeu, 6 pacientes responderam que não foi

necessário e 96 responderam que iteram suas expectativas atendidas. A ultima abordou a noção de sugestões,

elogios e críticas, onde 100% elogiaram a equipe multiprofissional, 3% a acomodação, 2% apenas agradeceram,

3,88% não responderam, e 1,94% fizeram sugestões relacionadas à refeição e equipamento como suporte de

soro. Conclusão: Entende-se que a avaliação de satisfação do cliente pode colaborar para verificar a qualidade

do serviço em saúde com melhorias. Porém deve ser aprimorado sempre que necessário, considerando que o

cliente possa temer sobre a avaliação da qual participa, levando em conta possíveis represálias num próximo

atendimento cirúrgico no mesmo hospital.

Palavras-chaves: Cirurgia plástica; Controle de qualidade; Satisfação do paciente.

Page 66: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[66]

41 - AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE HIGIENE DAS MÃOS DE UM HOSPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO.

Autores: Jane Keyla Souza dos Santos1, Josielma Cavalcante de Lima Batista

1, Maraysa Jéssyca de Oliveira Vieira

1, Patrícia

de Carvalho Nagliate1

Instituição: 1UFAL - Universidade Federal de Alagoas - Cidade Universitária, Maceió (AL).

E-mail: [email protected]

Introdução: No Brasil e no mundo, as infecções relacionadas à assistência à saúde ainda representam um grave

problema de saúde pública. A principal estratégia para a diminuição dessas infecções e para promoção da

segurança do paciente é a higiene das mãos. A Organização Mundial da Saúde preconiza os “Cinco Momentos

para a Higiene das Mãos” aos profissionais de saúde, principalmente os de enfermagem, devido ao maior

contato com os pacientes. Dessa maneira, a falta de adesão à higiene das mãos por esses profissionais tem sido

pontuada pela literatura como falhos e com necessidade de aprimoramento. Objetivo: Identificar o

conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre a higiene das mãos. Método: Trata-se de um estudo

quantitativo de caráter exploratório-descritivo do tipo survey transversal. Desenvolvido em um hospital de

ensino do Hospital Universitário nordeste brasileiro com profissionais de enfermagem. Para a coleta de dados

foi utilizado um questionário estruturado da OMS (2009) com dez perguntas de múltipla escolha sobre o

conhecimento dos profissionais sobre o tema higiene das mãos. Resultado: A amostra foi composta por 93

profissionais da equipe de enfermagem, dos quais 31 (33,3 %) eram enfermeiros e 62 (66,7) auxiliares ou

técnicos de enfermagem. Dentre os participantes, 76 (81,7%) eram do sexo feminino e 14 (15,1 %) do sexo

masculino. Em relação aos setores de atuação: 11 (11,8%) profissionais atuavam na clínica cirúrgica, oito (8,6%)

na Unidade de Terapia intensiva (UTI), 15 (16,1%) na clínica médica, um (1,1%) na Unidade de emergência, oito

(8,6%) na pediatria, sete (7,5%) no ambulatório, seis (6,5%) no setor de obstetrícia e 37 (39,8%) em outros

setores. Em relação a principal rota de transmissão cruzada de microrganismos potencialmente patogênicos

entre pacientes em serviços de saúde 75 (80,6%) participantes compreendem que as mãos dos profissionais de

saúde quando não estão higienizadas são a principal rota de transmissão cruzada de microrganismos,

colaborando para aumento do risco de infecção. Referente a participação em treinamentos sobre a temática ao

longo de sua carreira profissional, 72 (77,4%) dos profissionais responderam afirmativamente. Em relação às

diferenças no uso de solução alcoólica ou água e sabão para higiene das mãos, 53 (57%) acreditaram que a

primeira resseca mais pele, e 10 (10,8%) julgaram a solução alcoólica mais eficaz. Referente ao tipo de higiene

das mãos mais adequado em algumas situações específicas, 68 (73%) assinalaram que se deve usar água e sabão

após esvaziar urinol, 66 (71%) após aplicar injeção, e 40,90% julgaram que se deve utilizar solução alcoólica

antes de abrir a porta do quarto do paciente. Conclusão: Percebemos que os profissionais, em sua maioria,

compreendem a importância da HM para o controle de infecções cruzadas e que a educação permanente

referente à temática tem sido realizada. Porém, sabemos que ainda há grandes desafios frente ao processo de

adesão à higiene das mãos, pois esta, quando realizada corretamente e no momento adequado, propicia

proteção ao profissional e ao paciente, bem como promove um ambiente de cuidado e assistência mais seguro.

Palavras-chaves: Enfermagem; Infecção hospitalar; Higiene das mãos; Educação permanente.

Page 67: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[67]

42 - AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ENGAJAMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DO CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Alessandra de Fatima Bokor Manteiga1, Maria Aparecida Rhein Schirato

2

Instituição: 1HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP)

2INSPER - Rua Quata, 300, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O engajamento organizacional é uma ligação psicológica, afetiva do indivíduo à organização, e

reflete, até certo ponto, o quanto os valores e os objetivos organizacionais são congruentes com os valores e os

objetivos individuais. (MEYER; ALLEN, 1991). Segundo Dubal em 2014, profissionais engajados apresentam vigor,

dedicação e absorção ao realizar suas tarefas. Possuem um alto índice de energia e capacidade de resistência

mental (vigor), envolvem-se completamente com o que fazem experimentando um senso de significado,

entusiasmo e desafio (dedicação) e se concentram tanto com a atividade que fazem que nem percebem, o

tempo passar (absorção). O engajamento dos profissionais do centro Cirúrgico é fundamental para garantir que

os processos assistenciais sejam seguidos, e assim minimizarmos os riscos aos pacientes cirúrgicos, livrando-os

de eventos desnecessários, e estabelecendo um processo realmente seguro ao paciente. Objetivo: Este trabalho

tem como objetivo geral avaliar o nível de engajamento da equipe de enfermagem do Centro Cirúrgico e como

objetivo específico, elaborar um plano de ações com base nos itens identificados como mais críticos para o

engajamento da equipe. Método: Este estudo é de natureza descritiva quantitativa, com uma população de 97

membros da equipe de enfermagem, incluindo todos os níveis hierárquicos: auxiliares de enfermagem, técnicos

de enfermagem e enfermeiros. A pesquisa desse trabalho será quantitativa, através da aplicação de um

questionário estruturado com 35 afirmações claras e objetivas. O questionário foi adaptado do Staff

Engagement Questions de Catherine Adenle. O estudo será realizado em uma unidade de Centro Cirúrgico de

um hospital geral, de grande porte, filantrópico na cidade de São Paulo. Resultado: Ao todo participaram da

pesquisa 91 profissionais, o que representa 94% da equipe do centro cirúrgico. Desses 91 profissionais, 7% eram

auxiliares de enfermagem, 74% técnicos de enfermagem e 19% enfermeiros. Tivemos um nível de engajamento

geral de 70% dos profissionais totalmente engajado, 25% parcialmente engajado e 3% desengajado. Não

tivemos nenhum profissional classificado como totalmente desengajado. Entres os cargos de trabalho os

enfermeiros são os profissionais mais engajados, com uma taxa de 76% de totalmente engajados, seguido dos

técnicos de enfermagem com 69% e auxiliares de enfermagem com 68%. Nos cargos de técnico e auxiliar de

enfermagem, tivemos uma taxa de desengajados de 2% e 16%, respectivamente. Em relação aos turnos de

trabalho, temos uma maior taxa de profissionais totalmente engajados no turno da manhã com 80%, seguido do

tarde com 70% e da noite com 57%. Conclusão: Ao término desse trabalho, é verificar que a equipe do Centro

Cirúrgico é uma equipe engajada, que gosta muito do trabalho que realiza e que se sente muito importante para

o paciente e sociedade. Os enfermeiros pelas diversas possibilidades que têm de crescimento na organização e

participação de reuniões e grupos de trabalho mostraram-se mais engajados que outros cargos. Os auxiliares de

enfermagem merecem uma atenção especial, pois desenvolvem um trabalho dentro do Centro Cirúrgico que

não tem contato direto ao paciente, mas que na hora da entrevista acabam concordando com as atividades

propostas, pois desejam ocupar o cargo de qualquer maneira, seja pela promoção interna ou como porta de

entrada para o hospital. O turno da noite mostrou-se o período com menor índice de engajamento e deve ser o

foco da liderança nos próximos meses.

Palavras-chaves: Engajamento; Motivação; Gestão de pessoas.

Page 68: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[68]

43 - AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS.

Autores: Lilian Renata Martins da Silva2, Paulo Emanuel Silva

1, Andrea Cristina de Melo

1, Milena Moura Medeiros

1, Maria

da Penha Cavalcanti Oliveira1

Instituição: 1HULW - Hospital Universitário Lauro Wanderley - Campus Universitário, João Pessoa (PB),

2SMSJP - Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa - Avenida Julia Freire, João Pessoa (PB).

E-mail: [email protected]

Introdução: Entre os métodos de esterilização de materiais odonto-médico-hospitalares existentes no mercado,

neste estudo deu-se prioridade ao processamento com a utilização de autoclaves a vapor, por estarem

presentes no cotidiano nos mais diversos seguimentos da saúde que necessitam de controle de infecção como:

clinicas odontológicas; unidades hospitalares privadas ou publicas e postos de saúde, nos quais se incluem as

Unidades de Saúde da Família. Objetivo: Averiguar o processo de esterilização em Unidades de Saúde da Família

por autoclavação; Caracterizar os participantes do estudo quanto aos aspectos profissionais; Verificar o

conhecimento dos profissionais acerca do processo de esterilização; Identificar as dificuldades enfrentadas

pelos profissionais no processo de esterilização. Método: Configura-se como uma pesquisa exploratória com

abordagem quantitativa. Levando-se em consideração que a cidade de João Pessoa está demarcada

territorialmente sob a forma de Distritos Sanitários (DS), em cinco distritos, esta pesquisa foi realizada em todas

as Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário II, o qual abrange os bairros do Cristo Redentor, Varjão,

Água Fria, João Paulo II, Cuiá, Cidade dos Funcionários, Grotão, Ernesto Geisel e Gramame. A população foi

constituída pelos profissionais de saúde do serviço, entre estes: enfermeiros, técnicos de enfermagem e Auxiliar

de Consultório Dentário, sendo a amostra composta por 43 profissionais. A coleta dos dados foi realizada

mediante a aplicação de um formulário compreendendo as variáveis de caracterização dos profissionais e as

varáveis referentes a esterilização de materiais na autoclave. Respeitaram-se as recomendações éticas

referentes à pesquisa envolvendo seres humanos referenciadas nas Diretrizes e Normas Regulamentadoras da

Resolução n. 466/12 do CNS, inclusive com a solicitação da assinatura do participante no Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido. A coleta dos dados foi realizada após a aprovação do projeto pelo CEP, sob o

CAAE: 20496313.5.000.5179. Resultado: Dos 43 profissionais participaram do estudo 16 técnicos de

enfermagem representados por 37,2%, 14 enfermeiros 32,6 % e 13 ACD com 30,2%. No que se refere ao gênero

o feminino foi maioria com 97,7%, enquanto 2,3% do sexo masculino. A escolaridade teve como maioria o

ensino médio 60,5%, seguido pelos que possuem graduação com pós-graduados 32,6% e pós- graduação com

6,9%. Quanto ao conhecimento acerca do processo de esterilização as respostas conduziram a um

conhecimento efetivo dos profissionais, sendo o processo realizado em sua maioria por técnicos e ACD. Sobre as

dificuldades, o estudo apresentou um viés, quando se percebeu que existem inúmeras no decorrer do processo,

no entanto, a maioria dos entrevistados preferiram não apontar essa dificuldades por medo de represálias, os

profissionais que optaram por apontar alguns entraves, verificaram que os principais são falta de qualificação;

falta de material e local inadequado para instalação da autoclave. Conclusão: Pode-se constatar que se faz

necessário treinamento para os profissionais entrevistados, pois alguns relataram ter treinamento mais outros

citaram como dificuldade a falta de treinamento. Somado a essas dificuldades ao reprocessamento dos artigos

nas UBS, existe a falta de validação das etapas do processo. Portanto, é necessário uma vigilância continua, caso

não ocorra, a eficiência do serviço ficará comprometida.

Palavras-chaves: Esterilização; Unidade de saúde da família; Profissionais.

Page 69: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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44 - AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE LÂMINAS E CABOS DE LARINGOSCÓPIOS E VALIDAÇÃO DO PROCESSO FORA DA CME.

Autores: Mara Lucia Leite Ribeiro1, Patricia Antônia de Camargo Peres

1, Nathalia Teixeira Nunes

1, Flavia de Oliveira Silva

Martins1, André de Almeida Barini

1

Instituição: 1HCor - Hospital do Coração - Rua Desembargador Eliseu Gabriel, 123, Paraiso, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Utilizadas para auxiliar o procedimento de intubação de vias aéreas, as lâminas e cabos de

laringoscópios apresentam-se potencialmente contaminadas após o uso, podendo transmitir micro-organismos

através das secreções, devendo passar, no mínimo, pelo processo de limpeza e desinfecção imediatamente após

o uso. A limpeza é o passo inicial e o mais importante para garantir a eficácia da desinfecção, sendo capaz de

reduzir a carga microbiana inicial em 99,99%. Como adjuvante no processo, o detergente enzimático age

especificamente sobre a matéria orgânica degradando-a e dissolvendo-a em pouco tempo.O álcool 70% é um

desinfetante de nível intermediário que elimina bactérias em forma vegetativa, vírus e fungos, de ação rápida,

econômico e pouco irritante, podendo ser aplicado em todos os tipos de materiais. A prática comum realizada

no Brasil é a limpeza manual das lâminas e cabos de laringoscópios com detergente e desinfecção com álcool

70%. Observa-se escassez de informações na literatura sobre outros métodos. Objetivo: Diante da alta demanda

e do uso no atendimento emergencial, optou-se em avaliar a eficácia da limpeza com detergente enzimático e

da desinfecção com álcool 70% e validar esse processo em dois setores fora da CME. Método: Na validação

adotou-se o sistema de monitoramento de contaminação que detecta a molécula adenosina trifosfato (ATP)

sendo uma indicação de contaminação microbiana. O sistema de monitoramento utiliza tecnologia de química

bioluminescência para converter uma concentração invisível de ATP presente em uma emissão de luz visível que

produz resultados quantitativos e qualitativos, expresso em unidades relativas de luz (RLU). A leitura RLU é

proporcional à quantidade de ATP. Como referência utilizou-se o valor sugerido pelo fabricante de até 45 RLU

para considerar o material limpo e livre de contaminação.Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo relato de

experiência, desenvolvida no centro cirúrgico de um hospital de grande porte especializado em cardiologia

localizado em São Paulo, em novembro de 2014. Foram selecionadas 03 lâminas de laringoscópio e um

cabo.Para a limpeza foi utilizado escova de cerdas macias, solução de detergente enzimático diluído conforme

instrução do fabricante (03 ml por litro) com validade de 12 horas e água corrente.Para a desinfecção foi

utilizado álcool 70% e pano seco macio.Para avaliação da eficácia da limpeza e desinfecção foi utilizado o

sistema de monitoramento e contaminação. Após o uso as lâminas foram lavadas em água corrente com uso da

solução de detergente enzimático e secadas com pano macio O álcool 70% foi borrifado e friccionado por 10

segundos.O swab teste foi realizado em todas as lâminas, na sequência numérica crescente de tamanho,

passando o cotonete por toda extensão em ambos os lados e nos cabos de laringoscópios. Resultado: Os

resultados obtidos nas amostras foram inferiores ao limite adotado como referência pelo fabricante,

apresentando uma variação de 0 à 16 RLU provavelmente ligada ao processo manual de limpeza realizado por

diferentes colaboradores, sugerindo eficácia no processo. Conclusão: Não há um consenso na literatura quanto

ao melhor método de desinfecção desses materiais, porém sabe-se que o álcool 70% é bactericida de ação

rápida ativo na ausência de exsudatos purulentos. Esta proposta mostrou-se segura para ser validada em

unidades fora da CME evidenciando que é possível fazer um trabalho com qualidade aliando conhecimento,

treinamento e tecnologia.

Palavras-chaves: Desinfecção; Limpeza; Validação de processo.

Page 70: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[70]

45 - AVALIAÇÃO DO RISCO OCUPACIONAL NO USO DE DESINFETANTE QUÍMICO DE ALTO NÍVEL A BASE DE ÁCIDO PERACÉTICO EM CME.

Autores: Elenildes Silva Amorim1, Gilmar Cunha Trivelato

2, Rosa Aires Borba Mesiano

1

Instituição: 1ANVISA - SIA Trecho 5 Área ESP 57, Bloco B, Brasilia (DF).

2FUNDACENTRO - Rua Capote Valente, 710, Pinheiros, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Os Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS) utilizam produtos saneantes como os

desinfetantes de alto nível, para os processamentos dos materiais semicríticos. Segundo a RDC 35/10, são

definidos como produtos que destroem todos os microrganismos por período de tempo comprovado, exceto

um número elevado de esporos bacterianos. São utilizados no CME ou na sala de desinfecção química, sendo

causas frequentes de intoxicações. Dados do SINITOX/2011, apontam que saneantes são a terceira maior causa

de intoxicações no Brasil, ocorrendo em todos os ambientes: domiciliar ou profissional. Dentro do quadro de

aquisição, escolha e uso dos saneantes, a etapa de avaliação de risco ocupacional é fundamental, na tentativa

de diminuir acidentes e eventos adversos. Consiste no exame cuidadoso do que pode causar dano ao ambiente

ocupacional, sendo avaliada a necessidade da aplicação de medidas preventivas adicionais. Objetivo: Avaliar os

riscos ocupacionais no uso do ácido peracético como desinfetante de alto nível em EAS e auxiliar o

aperfeiçoamento das práticas de prevenção de riscos. Método: Foram estudadas 5 unidades de processamento

de materiais em EAS no estado do Rio de Janeiro. Utilizou-se uma abordagem descritiva, de natureza qualitativa

e exploratória, tendo como finalidade compreender a exposição ocupacional aos desinfetantes químicos de alto

nível. A ferramenta ECETOC TRA foi aplicada para avaliação dos riscos qualitativos à saúde dos profissionais

quando da utilização do desinfetante. Foi aplicado um questionário, com questões abertas, a todos os

fucionários dos CME, sobre rotina de utilização do desinfetante. Resultado: As condições estruturais

inadequadas dos ambientes impactaram negativamente nos resultados da avaliação da exposição respiratória

dos profissionais. A climatização, exaustão e ventilação mecânica tiveram papel de destaque para a redução do

risco ocupacional. Por outro lado, a adaptação dos espaços disponíveis para a instalação das salas de

desinfecção química não atende a RDC 15/12 no que tange a infraestrutura do CME dificultando adesão dos

profissionais ao uso do EPI. Se por um lado seria o menor nível de proteção previsto, a elevação sensação

térmica dos ambientes dificulta a adesão pelos profissionais ao uso dos EPIs. Evidenciou-se sinais e sintomas de

intoxicação durante a manipulação do produto, capacitação deficiente dos profissionais, falta de acesso as

Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos, etc. comprovado pelo desconhecimento do produto

em uso como: propriedades físico-químicas, possíveis eventos adversos, descarte, EPI. A disponibilidade de EPI

não garante o uso adequado o que ficou evidente nos resultados encontrados. Conclusão: Os resultados

demonstram a necessidade de adoção de metodologia de avaliação de risco toxicológico qualitativo,

minimamente nível 1, como uma das ferramentas para escolha, aquisição e uso dos desinfetantes químicos de

alto nível. Essa avaliação é importante para mapear as necessidades dos EAS como: treinamento dos

profissionais, revisão e elaboração de procedimentos operacionais, identificação de condições estruturais

inadequadas e necessidade de adequação à legislação. A climatização favorece temperatura de conforto para o

desempenho das tarefas e redução dos riscos ocupacionais. É importante a fiscalização constante dos EAS pelos

órgãos competentes não só quanto a infraestrutura como também quando ao uso dos saneantes.

Palavras-chaves: Avaliação de risco; CME; Desinfecção de alto nível; Ecetoc; Saneante.

Page 71: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[71]

46 - AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VISITA TÉCNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Jane Keyla Souza dos Santos1, Gabriela Wanderley Souza e Silva

1, Giselda Bezerra Correia Neves

1, Maria José

Vasconcelos1, Maria da Penha Sá Rodrigues

1

Instituição: 1HR - Hospital da Restauração Gov. Paulo Guerra, Recife (PE).

E-mail: [email protected]

Introdução: Na estrutura organizacional dos hospitais encontram-se as unidades de apoio técnico, entre as

quais se destaca o Centro de Material e Esterilização (CME). Sabe-se que o processamento de produtos para a

saúde com qualidade constitui uma importante medida de prevenção das infecções relacionadas à assistência.

Dessa maneira, a RDC nº 15 de 2012, refere que o CME e a empresa processadora devem documentar o

processo de esterilização para garantir a rastreabilidade dos produtos. Assim, o artigo médico-hospitalar a ser

utilizado no cuidado em saúde deve ser processado e armazenado adequadamente a fim de que esse material

não se torne uma fonte de transmissão de microrganismos. Portanto, verifica-se que umas das competências do

profissional responsável pelo CME é a orientação das unidades usuárias dos produtos processados quanto ao

transporte e armazenamento. Assim, fica evidente a necessidade da realização de medidas de educação

continuada, a fim de orientar o devido armazenamento e manipulação desses artigos, para estejam isentos de

contaminação até a hora do uso. Objetivo: Relatar a experiência da educação continuada através da visita

técnica realizada pelos enfermeiros do CME as unidades consumidoras de hospital público. Método: Trata-se de

uma pesquisa descritiva, narrativa, do tipo relato de experiência que tem a finalidade de descrever o trabalho

desenvolvido em um hospital público. O estudo tem o intuito descrever a padronização do formulário que avalia

as conformidades e não conformidades relacionadas à integridade das embalagens, validade, localização dos

materiais ventilatórios e instrumentais. E ainda, as condições de limpeza e desinfecção e os insumos utilizados

para as respectivas ações nos expurgos pelo serviço de assistência direta ao paciente. Além disso, descrever

como foi os impasses e progressos com a aplicação da visita técnica proposto pelas enfermeiras o centro de

material e esterilização nas unidades consumidoras. Resultado: A visita técnica foi realizada pelas residentes de

enfermagem numa hospital público em Pernambuco acompanhada pelo enfermeiro do CME três vezes por

semana. A visita proporcionou identificar e classificar como “não conforme” setores que apresentavam matérias

não estéreis e com embalagens não íntegras armazenados com materiais esterilizados. Além disso, outros

materiais utilizados no cuidado em saúde foram encontrados fora do prazo de validade, e com localização de

armazenamento desorganizada e não higienizadas. Quanto aos expurgos das unidades consumidoras o não

conhecimento dos insumos utilizados para as limpezas e desinfecções dos materiais ventilatório e instrumentais

comprometiam a assistência prestada aos pacientes. Dessa forma, a supervisão e a educação continuada dos

profissionais permitiram mudanças efetivas que resultaram em organização do serviço e a prestação de um

cuidado seguro aos pacientes. Conclusão: Acreditamos que a concretização da visita técnica nas unidades

consumidoras é um passo significativo para o fortalecimento da educação permanente. Além disso, reafirmou o

compromisso do CME com a assistência diante do desafio da validação, monitorização e rastreamento dos

artigos processados utilizados nos diversos setores da instituição. O propósito de apresentar este relato de

experiência é o de estimular outras instituições de saúde a estabelecer diferentes modalidades de

rastreamento, além de demonstrar as potencialidades do CME no desenvolvimento de projetos educacionais

que contribuam para a melhoria da qualidade nos serviços prestados.

Palavras-chaves: Enfermagem; Centro de material e esterilização; Visita técnica; Infecção hospitalar.

Page 72: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[72]

47 - AVALIAÇÃO DO TEMPO DE JEJUM ENTRE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS DO TRATO DIGESTÓRIO EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO.

Autores: Nayara de Castro Pereira1, Ruth Natalia Teresa Turrini

1, Vanessa de Brito Poveda

1

Instituição: 1EEUSP - Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - Avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 419,

Cerqueira Cesar, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Frequentemente, durante as internações hospitalares, e, marcadamente, entre pacientes cirúrgicos

oncológicos, existe a dificuldade para a alimentação, tanto por fatores fisiológicos associados ao processo de

doença, como também, pela exigência de jejum para uma série de procedimentos laboratoriais e cirúrgicos, o

que pode culminar em uma desnutrição associada à hospitalização. Objetivo: O presente estudo objetivou

identificar o tempo de jejum pré-operatório e para procedimentos realizados pelos pacientes submetidos a

cirurgias oncológicas do trato digestório; identificando alterações de peso e sintomas pré e pós-operatórios

como, vômito, náusea, diarreia, desidratação e redução do apetite e edema durante o período de internação;

além de verificar a associação/correlação entre o tempo de jejum e as variáveis pós-operatórias número de

sintomas apresentados, tempo de internação, necessidade de transfusão, infecções de sítio cirúrgico

diagnosticadas durante o período de internação, variações de glicemia, óbito, reoperações, uso de sonda

nasogástrica/nasoentérica. Método: Para tanto, realizou-se um estudo quantitativo, do tipo longitudinal

retrospectivo, realizado por meio da consulta aos prontuários médicos de pacientes maiores de 18 anos,

submetidos a cirurgias oncológicas gastrointestinais, entre março e abril de 2014, em um hospital especializado

em oncologia, situado no Estado de São Paulo. Utilizou-se um instrumento de coleta de dados constituído por

variáveis sócio-demográficas, nutricionais e relacionadas à doença e ao tratamento de saúde. Resultado: A

amostra foi composta por 132 prontuários de pacientes oncológicos, com idade média de 62,03 anos,

submetidos a cirurgias gastrointestinais, com tempo médio de 106,59 horas de jejum, com valores máximo e

mínimo de, respectivamente, 501 horas e 24 horas. O tempo de jejum foi associado de forma estatisticamente

significante ao número de sintomas que o paciente apresentou após a cirurgia (p<0,000). Conclusão: Concluiu-

se que quanto maior o período de jejum, maior o número de sintomas apresentados no pós-operatório, maior o

período de internação, maior a probabilidade de ocorrer reoperação, assim como, infecção de sitio cirúrgico e

necessitar do uso de cateteres nasogástricos e entéricos, bem como, a probabilidade de ser hospitalizado em

UTI e ir a óbito. Dessa forma, este é um tema que precisa ser discutido dentro da equipe multiprofissional,

sendo a equipe de enfermagem a responsável pela vigilância e zelo dos interesses dos pacientes, não

permitindo o prolongamento desnecessário dos períodos de jejum.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Jejum; Oncologia.

Page 73: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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48 - BOLETIM INFORMATIVO: ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO COM FAMILIARES.

Autores: Hellen Maria de Lima Graf Fernandes1, Simone Plaza Carillo

1, Ariane Silveira Rodrigues

1, Luciano Motta

1, Ana

Luiza Ferreira Meres1

Instituição: 1Celso Pierro - Hospital PUC Campinas - Avenida John Boyd Dunlop, s/n, Jardim Londres, Campinas (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O foco da atenção de cuidados da enfermagem perioperatória não deve estar centrado apenas no

paciente cirúrgico, mas também na família que vivencia a situação da cirurgia. A enfermagem no centro

cirúrgico tem como principal atuação no processo de trabalho o cuidar, e para isso recebe formação e amparo

científico, de forma a proporcionar segurança, crescimento e aprendizado. Quando ampliamos as ações para os

familiares que aguardam notícias, devemos planejar ações que minimizem a ansiedade, aumentem a confiança

e resultem no bem-estar de todos. A relação entre enfermagem e familiares deve propiciar à família perceber

na enfermagem as possibilidades de ajuda e de suporte. A enfermagem deve ser acessível, perceptiva,

disponível e preparada para atender às necessidades referidas pelos familiares, relacionadas à experiência com

a intervenção cirúrgica. Objetivo: Descrever estratégia utilizada para comunicação com familiares que

aguardam pacientes durante intra-operatório e sala de recuperação pós anestésica. Método: Trata-se de um

relato de experiência, envolvendo a sistematização do boletim informativo para familiares de pacientes que se

encontram no centro cirúrgico, desenvolvido pela equipe de enfermagem do Hospital Universitário no interior

do Estado de São Paulo. Resultado: Diante ao desafio de comunicação com familiares durante o período em que

o paciente fica no centro cirúrgico, a equipe de enfermagem buscou alternativas viáveis e elaborou um boletim

informativo que periodicamente informa o status do paciente: em sala cirúrgica ainda em procedimento, final

do procedimento, admissão na sala de recuperação pós anestésica, em recuperação e alta anestésica. Os

horários de preenchimento são 9h,11h, 14h, 16h e 18h e divulgados na recepção do centro cirúrgico. No

momento em que o paciente entra para o setor, o familiar é informado que poderá obter informação com esse

profissional e com isso evidenciamos que a confiança do acompanhante aumenta. Após a implantação do

boletim informativo de forma sistematizada, observamos que as ligações feitas por familiares no centro

cirúrgico com objetivo de obter informações diminuíram 72%, o que demonstra a efetividade do método. Ao

termino do procedimento cirúrgico a equipe médica conversa com os familiares para maiores informações da

cirúrgica, rotina que não tivemos mudanças. Nos casos de crianças, os pais são contatados ao final do

procedimento para acompanharem os filhos na sala de recuperação pós anestésica. Conclusão: Esta experiência

de atender o paciente considerando também o familiar ressalta a importância da equipe de enfermagem como

articulador entre o projeto terapêutico e as expectativas dos usuários, uma vez que cabe a nós a promoção da

assistência com qualidade. Devemos estabelecer uma maior interação com os familiares e percebê-los também

com clientes que precisam ser assistidos. Assim será promovida a real integralidade da assistência com

envolvimento dos vários sujeitos do cuidado. A comunicação efetiva visa além da diminuição da ansiedade, o

aumento da confiança, da cooperação e do entendimento da terapêutica.

Palavras-chaves: Enfermagem; Centro cirúrgico; Comunicação.

Page 74: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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49 - BURNOUT E A SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO.

Autores: Emília Maria Pacheco André1,2

, Leila de Cássia Tavares da Fonseca2, Juliana Frutuoso da Silva

2, Sérgio Ribeiro

dos Santos1,2

, Jaqueline Brito Vidal Batista2

Instituição: 1HULW/UFPB - Hospital Universitário Lauro Wanderley - Campus Universitário s/n, João Pessoa (PB),

2,3,4,5UFPB - Universidade Federal da Paraíba - Campus Universitário s/n, João Pessoa (PB).

E-mail: [email protected]

Introdução: Burnout é considerada uma síndrome do trabalho, caracterizada por sentimentos de esgotamento

físico e emocional, despersonalização e baixa realização pessoal. Desta forma, o trabalho do enfermeiro no

período perioperatório é dinâmico e exige constante planejamento das intervenções de enfermagem que

possibilitam a prevenção de complicações decorrentes dos procedimentos anestésico-cirúrgico visando à

segurança do paciente. Se, como se diz, errar é humano, desenvolver medidas para evitar os erros é

necessidade urgente. O trabalho de enfermagem nas unidades de Centro Cirúrgico é descrito como estressante,

ocasionando desgaste, cansaço e sobrecarga, principalmente em relação à jornada de trabalho e ao ambiente.

Objetivo: Investigar a produção científica quanto à ocorrência da Síndrome de Burnout em profissionais de

enfermagem e sua interferência na segurança do paciente cirúrgico. Método: Trata-se de uma Revisão

Integrativa realizada através da busca em períódicos online publicados no período de 2010 a 2014, sobre

Segurança do Paciente Cirúrgico e Síndrome de Burnout. A coleta de dados ocorreu na Biblioteca Virtual em

Saúde (BVS), as bases de dados consultadas foram: Literatura Latino-Americana e de Caribe em Ciências da

Saúde (LILACS), Bases de Dados de Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis and Retrieval System

Online (MEDLINE). Os descritores utilizados foram: “Burnout”; “Enfermagem Perioperatória” e “Segurança do

Paciente”, que resultou em 87 estudos: 65 da base dados MEDLINE, 14 da base de dados LILACS e 9 da base de

dados BDENF. Foram incluídos, estudos disponíveis na íntegra, em open acess, de 2010 a 2014, publicações

originais em inglês, português e espanhol, alssim a amostra constitui-se de quatorze artigos. Resultado: estudos

foram classificados como: 1 do tipo descritivo, 2 do tipo exploratório, 1 de revisão bibliográfica e 10 do tipo

estudo transversal, sendo 9 em inglês e 5 em português. A maioria adotaram a abordagem quantitativa, exceto

2 deles que, tiveram abordagem quanti-qualitativa. Os estudos foram categorizados em quatro temas: Relações

interpessoais e nível de stress; Carga horária de trabalho e qualidade do cuidado; Burnout e Segurança do

Paciente; Estratégias de Coping. Discussão: A preocupação com a qualidade do cuidado e segurança do

profissional e do paciente nas instituições de saúde vem aumentando, pois são componentes críticos da

qualidade em saúde, diante de susceptibilidades que os profissionais de enfermagem estão sujeitos. Esses

profissionais acumulam funções de cuidar, administrar e liderar equipes o que gera um alto grau de stress,

conflitos, esgotamento físico-mental e ás vezes sintomas de Burnout. Esses sintomas e a depressão dos

profissionais estão associados com problemas para os próprios profissionais e, significativamente, com perigo

para a segurança do paciente. Como uma das maiores forças de trabalho em saúde, a enfermagem precisa ser

visionária e assumir uma posição de vanguarda na busca de ações que modifiquem este panorama. O processo

de melhorar a segurança do paciente na prevenção de danos é complexo e desafiador. Conclusão: À medida

que o movimento em prol da segurança do paciente amadurece, fica claro que as características organizacionais

que afetam de maneira adversa o bem-estar e o desempenho dos profissionais será essencial nos esforços para

se obter melhoras duradouras em termos de segurança.

Palavras-chaves: Burnout; Segurança do paciente; Enfermagem cirúrgica.

Page 75: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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50 - CANCELAMENTO DE CIRURGIAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO NA CIDADE DE SÃO PAULO.

Autores: Michely de Araujo Félix1,1

, Roberto Luiz Sodré1,1

Instituição: 1HSPM - Hospital do Servidor Público Municipal - Rua Castro Alves s/n, Liberdade, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O tratamento cirúrgico proposto para o indivíduo é um valor fundamental e deve ser prestado com

o máximo de segurança, competência e zelo. Para tanto, a programação de uma cirurgia envolve um número

considerável de profissionais, além de materiais e equipamentos. A suspensão da cirurgia no dia programado

oferece uma série de transtornos tanto para o hospital como para o usuário. Pode causar abalos psicológicos ao

paciente, devido ao alto nível de envolvimento emocional antes da cirurgia, além de sentimentos negativos do

indivíduo e da família para com a instituição e os profissionais envolvidos. Também é estressante e frustrante

para os pacientes em termos de dias de trabalho perdidos e prejuízo para seu planejamento da vida diária. O

cancelamento da cirurgia ocasiona prejuízos para a instituição, como por exemplo: atraso na programação

cirúrgica, prejuízos para outros pacientes que aguardam sua vez para operar, ampliação do custo operacional e

financeiro, prolongamento do período de internação e aumento do risco de infecção hospitalar. O volume de

procedimentos cirúrgicos e o número de cancelamentos são indicadores de qualidade e produtividade

hospitalar. A análise dos fatores de programação e suspensão de cirurgias revela os principais motivos que

diminuem a qualidade do serviço e aponta as ações a serem utilizadas para controle e melhoria dos dados

estatísticos. As instituições hospitalares utilizam indicadores para verificar a produtividade e impacto das

diretrizes implantadas. O cancelamento das operações no dia da programação é uma das principais causas do

uso ineficiente do tempo da sala cirúrgica e um desperdício de recursos. Inúmeros trabalhos examinaram razões

para cancelamentos com base na análise retrospectiva dos registros hospitalares e utilizaram estratégias para

reduzir as suspensões. A satisfação do usuário através de serviços eficientes é o objetivo dos programas de

saúde e gestão hospitalar. Objetivo: Estabelecer a incidência de cancelamentos de procedimentos no centro

cirúrgico, identificar as especialidades cirúrgicas mais envolvidas e os motivos mais frequentes de suspensões

das cirurgias programadas. Método: Estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa e qualitativa,

por meio de banco de dados e registro dos procedimentos cancelados, durante o período de janeiro de 2010 a

dezembro de 2013. Resultado: Foram realizados 19.667 procedimentos no centro cirúrgico e cancelados 3.121

(13,6%). As principais causas de cancelamento foram o não comparecimento do paciente (33,8 %), condições

clínicas desfavoráveis (20,0%), adiantado da hora (5,5%), falta de vaga na UTI (4,9%) e falta de

material/equipamento (4,6%). As especialidades que mais apresentaram suspensões foram cirurgia da mão

(19,3%), cirurgia vascular (18,2%), ortopedia/traumatologia (17,6 %) e gastrocirurgia (15,3%). Conclusão:

Identificados a incidência de cancelamento de cirurgias e seus principais motivos de cancelamentos, orientamos

medidas de planejamento e ações para melhoria contínua desses índices de qualidade hospitalar.

Palavras-chaves: Procedimentos cirúrgicos eletivos; Hospitais públicos; Gestão em saúde.

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51 - CAPACITAÇÃO DO PESSOAL DE ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO DE BIOFILME NOS INSTRUMENTAIS DO CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Marcio Pereira Melendo1, Célia Maria Rabaioli

2, Carmem Eulália Pozzer

2, Simone Travi Canabarro

1, Rita Catalina

Aquino Caregnato1

Instituição: 1UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Rua Sarmento Leite, 245, Porto Alegre

(RS), 2ISCMPA - Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Rua Professor Annes Dias, 295 - Centro

Histórico, Porto Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: Os instrumentais utilizados no Centro Cirúrgico são cada dia mais complexo devido ao seu design

como, por exemplo, o material de vídeocirurgia. É um desafio para profissionais oferecer instrumentais livres de

biofilme e endotoxinas. Todo material utilizado não limpo imediatamente permanece com sujidade aderida,

favorecendo a formação do biofilme, podendo transmitir infecções. Desta forma, devem existir processos

educativos com a finalidade de capacitar profissionais, estimulando a adesão de medidas preventivas que

evitem a infecção. Objetivo: Relatar a experiência de uma intervenção educativa planejada e implementada por

acadêmico de enfermagem e enfermeiras através da integração ensino-serviço. Método: Trata-se de relato de

experiência de um acadêmico de enfermagem do sétimo semestre, que optou fazer estágio supervisionado no

Centro de Materiais e Esterialização (CME) da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA),

e juntamente com professoras e enfermeiras do CME planejaram e implementaram uma capacitação para os

profissionais de Enfermagem que atuam nos Centros Cirúrgicos (CC) para a utilização de solução umectante nos

produtos para a saúde (PPS), com finalidade de prevenir a formação de biofilme. Resultado: O acadêmico,

juntamente com enfermeiras do CME, professoras e a enfermeira representante do produto umectante,

planejaram a capacitação em duas etapas: 1) treinamento teórico sobre a utilização de solução umectante nos

instrumentais utilizados no CC; 2) workshop sobre técnicas de manipulação para instrumentais de videocirurgia.

As duas etapas foram oferecidas em três horários diferentes, permitindo a participação de funcionários dos três

turnos. A primeira etapa ocorreu em março de 2015, com a participação de 121 profissionais. No mês seguinte

realizou-se a segunda etapa, com presença de 122 profissionais. O acadêmico de enfermagem, juntamente com

as enfermeiras, participou ativamente como palestrante e orientador nas duas etapas, permitindo uma

integração ensino serviço. Conclusão: O estágio supervisionado da graduação de Enfermagem permite que o

acadêmico escolha uma área hospitalar, de sua afinidade, para realizar a última etapa de sua formação. Além de

aperfeiçoar sua prática, os acadêmicos devem desenvolver uma intervenção educativa integrando ensino e

serviço, contribuindo com o setor que o acolheu. Cursos de graduação de Enfermagem devem preparar seus

acadêmicos com teoria e prática para que possam atuar em CME, CC e prevenção de infecção.

Palavras-chaves: Enfermagem; Capacitação; Biofilme; Centro cirúrgico; Centro de materiais e esterilização.

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52 - CARACTERIZAÇÃO DOS CANDIDATOS À VASECTOMIA EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DO INTERIOR PAULISTA.

Autores: Vanessa Cristina Angelo1, Suzimar Benato Fusco

1, Marla Andréia Garcia de Avila

1, Silvia Maria Caldeira

1, Hamilto

Akihissa Yamamoto1

Instituição: 1MB - UNESP - Universidade Estadual Paulista Faculdade Medicina Botucatu, Avenida Prof. Montenegro,

Distrito de Rubião Junior, s/n, Botucatu (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A vasectomia é a contracepção permanente para homens por meio de um procedimento cirúrgico,

com duração de 15 a 20 minutos e sem necessidade de internação hospitalar, podendo ser realizado

ambulatorialmente. A realização da esterilização cirúrgica como método anticoncepcional foi regulamentada

através da Portaria nº. 144 ² do Ministério da Saúde, referente ao artigo 6º, parágrafo único da Lei nº. 9.263 ³,

que regula o parágrafo 7º do Artigo 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar. O usuário

que solicita a vasectomia, devem ter capacidade civil plena e ser maior de 25 anos e ter, pelo menos, dois filhos

vivos. A cirurgia só pode ser realizada depois de decorridos, no mínimo, sessenta dias a partir da solicitação;

durante esse período devem ser providas sessões de orientação, incluindo aconselhamento por uma equipe

multidisciplinar, para desencorajar a esterilização precoce. Objetivo: Conhecer o perfil sócio-econômico e

demográfico dos candidatos à vasectomia, bem como tempo de espera para a realização do procedimento

cirúrgico. Método: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem quantitativa realizado em

um serviço de referência de um hospital escola, público e terciário. Foram elegíveis para o estudo usuários do

Sistema Único de Saúde (SUS), candidatos à vasectomia no período de janeiro a julho de 2014. Os candidatos

cujos prontuários não estavam disponíveis para consulta no período da pesquisa foram excluídos. Os dados

foram coletados das entrevistas e das anotações do prontuário do paciente e transcritas para uma planilha

excel. O projeto de pesquisa foi aprovado do Comitê de Ética em Pesquisa, através da Plataforma Brasil, sob nº

820.595/2014. Resultado: Considerando os critérios de inclusão e exclusão, a amostra foi constituída por 70

candidatos a vasectomia. A maioria dos homens estava na faixa etária entre 31 e 40 anos (54,2%), casados, em

média com dois filhos e renda de até dois salários mínimos (40%). A idade das conviventes variou entre 31 e 40

anos. Todos afirmaram ter usado algum dos métodos contraceptivos reversíveis antes da escolha pela

vasectomia. Sobre as razões da escolha pela vasectomia o principal motivo foi o planejamento familiar e a

situação financeira relacionada ao número de filhos. Com relação à autorização para o procedimento de

vasectomia 54 (77,2%) entrevistas foram aprovadas e 16 (22,8%) negadas pelos seguintes motivos: esposa

grávida (50%), segundo filho do casal com idade inferior a um ano (43,75%) e casal com apenas um filho

(6,25%). Com relação ao período de espera das entrevistas autorizadas até a realização do procedimento

cirúrgico (N=54), 27,8% realizou a vasectomia em entre 60 e 100 dias, 62,2% realizou entre 101 e 150 dias, e

10% num período superior a 150 dias. Somente 01 paciente realizou a vasectomia em um período inferior a 60

dias. Conclusão: Concluímos que o momento sócio econômico atual exerce forte influência no comportamento

das pessoas por uma variedade de motivos como: questões sociais, número de filhos, idade, problemas nas

gestações e de saúde do casal, influenciando na decisão dos casais pelo planejamento familiar. A maioria das

cirurgias foram realizadas no período estabelecido, no mínimo, sessenta dias a partir da solicitação. A

caracterização dos candidatos à vasectomia pode contribuir para a divulgação desse método e orientar

programas de gerenciamento e estratégias de planejamento familiar.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Vasectomia; Cirurgia; Planejamento familiar.

Page 78: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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53 - CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO EM UMA FACULDADE DE ODONTOLOGIA.

Autores: Carlos Moller2, Maria Idalina Valencio

2, Rita Catalina Aquino Caregnato

1

Instituição: 1UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Rua Sarmento Leite, 245, Porto Alegre

(RS), 2ULBRA/Canoas - Universidade Luterana do Brasil - Sede Campus Canoas - Avenida Farroupilha, 8.001,

Bairro São José (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Centro de Materiais e Esterilização (CME) é considerado um setor de apoio técnico responsável

pelo processamento de produtos para saúde, seguindo requisitos básicos na execução de boas práticas, dando

suporte para realização de atividades direcionadas à saúde (BRASIL, 2012; SOBECC, 2013). O uso de produtos

para saúde não é exclusividade dos hospitais, visto que existem vários serviços prestadores de atendimentos

para esta área que utilizam materiais esterilizados e desinfetados. Portanto, para o preparo e esterilização dos

PPS deve existir uma área física adequada. A odontologia é uma área da saúde que realiza procedimentos

invasivos, necessitando materiais preparados adequadamente, permitindo atendimento seguro e de qualidade

ao cliente. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada como profissional de enfermagem atuando o CME de uma

Faculdade de Odontologia, no processamento de produtos para a saúde odontológicos, visando a segurança do

paciente. Método: Trata-se de um relato de experiência sobre o funcionamento de um Centro de Materiais e

Esterilização (CME) de um curso de graduação em Odontologia, localizado em uma Universidade privada do Rio

Grande do Sul. Resultado: O CME deste relato tem um sistema de funcionamento centralizado para o material

da Universidade e semicentralizado para atendimento aos acadêmicos. O relato de experiência dividiu-se em

cinco tópicos: 1) recepção do material sujo; 2) acondicionamento do material; 3) esterilização e desinfecção do

material; 4) armazenamento e distribuição; e 5) importância da atuação da Enfermagem no CME da

Odontologia. Cada tópico descreve como os produtos para a saúde são processados na prática, fazendo uma

comparação com o a fundamentação teórica e a legislação vigente, destacando-se a importância da atuação de

Enfermagem neste setor, tanto no ensino quanto na prática. O PPS no CME da Universidade passa por todas as

etapas, entretanto os instrumentais dos acadêmicos são encaminhados ao CME limpos e embalados, pelos

próprios estudantes. A enfermeira do CME participa de uma disciplina teórica do curso, orientando os

acadêmicos quanto à limpeza e o acondicionamento do material. Depois de ministrada a teoria, a enfermeira

supervisiona a qualidade da limpeza e acondicionamento dos PPS encaminhados para o CME a fim de serem

esterilizados. Conclusão: Durante a realização do relato de experiência, como Trabalho de Conclusão de Curso, o

acadêmico de enfermagem, por vezes, constatou que a prática estava divergente da teoria, produzindo

questionamentos que conduziram a mudanças substanciais no funcionamento de algumas práticas do CME,

uma vez que permitiu correlacionar a prática com a teoria e adequar-se a esta. É fundamental a existência de

um CME na Faculdade de Odontologia, além de oferecer PPS adequadamente preparados e esterilizados, o

ensino e a supervisão do acadêmico, nas etapas que participa do preparo do seu material, ajuda a conscientizar

o futuro profissional sobre a importância de oferecer um atendimento com qualidade e segurança ao paciente.

Palavras-chaves: Enfermagem; Esterilização; Odontologia.

Page 79: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[79]

54 - CHECAGEM DE MATERIAIS CIRÚRGICOS COMO PARÂMETRO DE QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA.

Autores: Marly Ryoko Amaya1, Eliane Cristina Sanches Maziero

1, Maria Edutania Skroski Castro

1, Elaine Drehmer de

Almeida Cruz1

Instituição: 1UFPR - Universidade Federal do Paraná - Avenida Pref. Lothario Meissner, 632, 3º andar, Curitiba (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Programa Cirurgia Segura, iniciativa da Organização Mundial da Saúde, estabelece dez objetivos

essenciais para a segurança do paciente cirúrgico e preconiza o uso de lista de verificação (checklist) para os

períodos pré-operatório imediato e intra-operatório. Destaca-se nesta pesquisa a prevenção de retenção

inadvertida de instrumentais, compressas, gazes e outros materiais no sítio operatório, frente ao risco de

complicações e morte (OMS, 2009). A contagem desses materiais antes e imediatamente antes do término da

cirurgia objetiva evitar a retenção inadvertida e é responsabilidade de toda a equipe cirúrgica. Frente à

relevância do tema, em 2010 foi adotado em hospital de ensino do sul do Brasil checklist no modelo

preconizado pela OMS, tendo como especialidade piloto a Ortopedia. Objetivo: Analisar as informações

relativas à contagem de materiais registradas nos checklists de cirurgias ortopédicas. Método: Pesquisa

documental retrospectiva, realizada em 2013; cujos critérios de inclusão foram: checklists de cirurgias

ortopédicas realizadas de janeiro de 2011 a junho de 2012 no referido centro cirúrgico que apresentaram itens

de checagem relativos à contagem de materiais e disponíveis no arquivo hospitalar. Não há critérios de

exclusão, visto que todos os checklists disponíveis, com os itens preenchidos total ou parcialmente, foram

considerados. Os dados alimentaram planilha no Excel® e a análise foi realizada por estatística descritiva com

auxílio do programa Statistical Package for Social Science. Os resultados foram descritos em frequências e

percentuais. Resultado: Foram analisados 257 checklists e 771 itens referentes as variáveis de contagem de

materiais incluídos na última etapa de verificação – antes da saída do paciente da sala operatória. A média de

confirmação da contagem foi de 66,4%(n=512), com 77,4%(n=199) de confirmação da ‘contagem de

instrumentais cirúrgicos e agulhas’, 73,9%(n=190) da ‘contagem de compressas’ e 47,9%(123) da ‘contagem de

gazes’. Estes resultados demonstram baixa verificação/registro, confirmando os apresentados em estudo

realizado na mesma instituição (MAZIERO, 2012). Em 9,3% (n=72) foi registrada a não contagem de materiais, e

em 13,9%(n=107) os itens não foram respondidos, assim como observado em outro estudo (FOURCADE et al.,

2011), sendo causas apontadas falhas na comunicação e saída dos profissionais antes da cirurgia terminar

(STEELMAN; CULLEN, 2011). Os fatores associados a não contagem/registro de materiais não foram investigados

na presente pesquisa. Conclusão: Os dados destacam baixa adesão à contagem de materiais cirúrgicos

evidenciando falhas no controle e riscos ao paciente. Urge a adoção de medidas educativas e corretivas como

estratégias para promover a segurança do paciente cirúrgico e compreensão da responsabilidade ética e legal

dos profissionais.

Palavras-chaves: Lista de checagem; Segurança do paciente; Procedimentos cirúrgicos operatórios.

Page 80: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[80]

55 - CHECKLIST CIRÚRGICO: SAÍDA – PASSOS A SEREM EFETUADOS GARANTINDO A SEGURANÇA DO PACIENTE.

Autores: Edluza Melo1, Renata Lopes

1, Thamyres Santos

1, Ingrid Bezerra

1, Micheli Aguiar

1

Instituição: 1FPS - Faculdade Pernambucana de Saúde - Jean Emile Favre, 422, Imbiribeira, Recife (PE).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Checklist Cirúrgico, estratégia estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004,

objetiva reduzir o índice de morbimortalidade no pré, intra e pós-operatório. Sendo este dividido em três

momentos: Entrada, Pausa Cirúrgica e Saída; que irá reforçar as práticas de segurança, promovendo uma

melhor comunicação e trabalho multidisciplinar entre a equipe cirúrgica. O terceiro momento (Saída) do

Checklist será feito o desfecho da cirurgia, que será desde o nome da cirurgia realizada até aos planos-chaves do

pós-operatório do paciente. Objetivo: Identificar a realização do último momento do checklist (saída) nos Blocos

Cirúrgicos de um Hospital-Escola. Método: Estudo observacional tipo corte transversal, prospectivo, com

abordagem quantitativa, realizado nos Blocos Cirúrgicos adulto, pediátrico, ambulatorial, transplante e o Centro

Obstétrico de um Hospital-Escola do Recife. A população do estudo foi composta de Enfermeiros e Técnicos de

Enfermagem lotados nos referidos setores e que concordaram com o TCLE. A coleta dos dados foi realizada de

Novembro 2014 a Janeiro de 2015, por meio da aplicação de um questionário preenchido pelo pesquisador que

avaliou o devido preenchimento da última etapa do checklist (saída). Resultado: No estudo foi preenchido 100

questionários com 11 perguntas sendo distribuído 20 questionários para cada bloco cirúrgico, onde 96% dos

procedimentos cirúrgicos o profissional responsável pelo preenchimento do checklist foi o téc. de enfermagem

e em 4% das cirurgias não foi realizado o preenchimento desta ferramenta que é crucial para minimizar erros ou

danos ao paciente. Em 50% das cirurgias havia um instrumentador entre a equipe cirúrgica, logo esse

profissional é muito importante para o ato cirúrgico, pois, ele deve exercer controle total do material utilizado e

manipulado durante a cirurgia e está autorizado a alertar a equipe caso detecte a falta dos mesmos. Para

prevenir o esquecimento de materiais ou instrumentais dentro do paciente é realizado um ato simples como a

contagem de instrumentais, agulhas e compressas utilizados durante a cirurgia, porém nesse estudo

observamos que em 9% dos procedimentos foi realizada a contagem desses materiais e 91% não realizou a

devida contagem, aumentando o risco de complicações ao paciente por presença de corpo estranho na

cavidade operada. Observamos também que em 12% das cirurgias ocorreu falha em algum equipamento e que

3% desses equipamentos permaneceram na sala operatória mesmo danificados. Conclusão: É necessário que a

equipe de enfermagem faça uma execução mais minuciosa durante a realização do último momento do

checklist; através de medidas consideradas simples, como a confirmação do nome do procedimento realizado,

aplicação da checagem de materiais e equipamentos, identificação da amostra patológica e informações sobre o

paciente, pois, são pontos avaliados em processos de acreditação quanto à segurança do cliente. Para que

ocorra essa efetivação é necessária à implantação de sistemas de informação facilmente acessível e

desenvolvimento de palestras aos profissionais de saúde a cerca da segurança do paciente, como também o

monitoramento dos problemas de segurança, e promover mecanismos de prevenção e melhorias da segurança

do paciente.

Palavras-chaves: Lista de checagem; Cuidados de enfermagem; Segurança do paciente; Prevenção e controle.

Page 81: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[81]

56 - CHECKLIST CIRÚRGICO: UMA ESTRATÉGIA PARA A PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE.

Autores: Edluza Melo1, Renata Lopes

1, Thamyres Santos

1, Ingrid Bezerra

1, Micheli Aguiar

1

Instituição: 1FPS - Faculdade Pernambucana de Saúde - Jean Emile Favre, 422, Imbiribeira, Recife (PE).

E-mail: [email protected]

Introdução: Em 2004 a Organização Mundial de Saúde (OMS), criou o Segundo Desafio Global, visando

padronizar passos essenciais de segurança à rotina do Bloco Cirúrgico. Com isto, foi implantado o checklist,

sendo este um dos seis protocolos de segurança do paciente, o qual é dividido em 3 partes: entrada, pausa

cirúrgica e saída. Essa é uma estratégia que visa minimizar a ocorrência de danos comuns e evitáveis que

colocam em risco a vida do paciente, no qual, as equipes operatórias têm dez objetivos básicos e essenciais em

qualquer caso cirúrgico. Objetivo: Identificar a realização do checklist cirúrgico nos Blocos Cirúrgicos de um

Hospital-Escola. Método: Estudo observacional, tipo corte transversal, prospectivo, com abordagem

quantitativa, realizado nos blocos cirúrgicos adulto, pediátrico, ambulatorial, transplante, e centro obstétrico de

um Hospital-Escola. A população foi composta pela equipe cirúrgica lotada nos blocos que concordaram com o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A coleta foi realizada entre maio/julho 2014, através do

questionário preenchido pelas pesquisadoras avaliando o preenchimento do checklist. Resultado: Nesse estudo

foi incluído a observação da realização do checklist em 100 cirurgias nos Blocos Cirúrgicos de um Hospital-

Escola, dentre as quais não foi aplicada tal ferramenta em 4 dos procedimentos. Foi dividido 20 questionários

para cada bloco cirúrgico. Durante a pesquisa foi constatado que em 100% dos checklist foram preenchidos

pelos técnicos de enfermagem. Em 89% houve a participação ativa dos anestesiologistas e cirurgiões e 88% dos

procedimentos foram executados em voz alta, porém em um tempo que não condiziam com a etapa a qual

estava sendo realizada. Observamos que 33% não foi realizado o teste biológico sendo este o único meio de

assegurar que as condições de esterilização estejam adequadas para manuseio. Em caso de problemas com

equipamentos que ocorram durante uma cirurgia o coordenador deve assegurar que esses sejam identificados

pela equipe e no nosso estudo foi notificado que dos 16 acontecimentos de falha do equipamento apenas 8%

foi relatado à equipe. 99% dos pacientes estavam cientes do procedimento; entretanto, em 2% não foi

verificado o sítio cirúrgico; não foram contabilizados em 91% dos casos os materiais utilizados na cirurgia; não

foi dada assistência imediata no pós operatório há 61%; e 57% dos pacientes foram encaminhados à sala de

recuperação pós anestésica. Conclusão: O preenchimento correto do checklist de cirurgia segura nos hospitais

ainda é imprecisa. É necessária a realização de reuniões, treinamentos e acompanhamento para organizar a

logística de aplicação com toda a equipe cirúrgica, para proporcionar uma maior responsabilidade com a

segurança do paciente.

Palavras-chaves: Lista de checagem; Erros cirúrgicos; Sala operatória; Segurança.

Page 82: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[82]

57 - CIRCUITO RESPIRATÓRIO REPROCESSADO X CIRCUITO RESPIRATÓRIO DESCARTÁVEL.

Autores: Heidi Christiane Niemoi Dias1, Priscila Paulon Tanaka

1, Jefferson Aparecido Ramos Costa

1

Instituição: 1HSC - Hospital Santa Catarina - Avenida Paulista, 200, Bela Vista, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: As infecções respiratórias sempre foram frequentes nos serviços de saúde no Brasil. A maioria

destas infecções estão associada a Ventilação Mecânica, e os dados epidemiológicos sobre a pneumonia, por

exemplo, relacionada à Ventilação Mecânica, são imprecisos porque há falta de critérios de diagnóstico

uniformes¹. Estudos confirmam desde 1998 comprovando que os circuitos respiratórios do aparelho de

anestesia podem ser contaminados e responsáveis pela entrada de bactérias no trato respiratório². Causando

assim as infecções respiratórias que tem grande Estimativas da mortalidade atribuída a esta infecção¹. Sendo

então necessário a padronização de limpeza e descontaminação desses circuitos afim de evitar tais

contaminações³. Utilizávamos o circuito reprocessado, mas a partir de Janeiro de 2015 optamos pela utilização

de Circuitos descartáveis. Objetivo: Avaliar risco x benefício da utilização de circuitos respiratórios

reprocessados em relação a utilização de circuitos respiratórios descartáveis em um Hospital de grande porte de

São Paulo. Método: Os custos hospitalares foram baseados na media de valores que Hospitais da Grande São

Paulo tem com o reprocessamento destes circuitos respiratórios e a avaliação dos riscos através de

levantamento bibliográficos. Obtemos o valor do circuito descartável já de uso único, pronto para uso e nos

baseamos nos seus benefícios, bem como seu ponto desfavorável, mediante a utilização entre janeiro de 2015 a

abril de 2015. Resultado: Obtemos a media do custo de reprocessamento do circuito respiratório, considerando

os custos indiretos como energia, o tempo do trabalho de enfermagem para todo processo, custo com

manutenção de fornecimento de ar comprimido e custo com seladoras, termodesinfectora mais custos com

Limpeza, Desinfecção e Preparo. Tendo um valor de custo total de R$ 60,10, para cada processo de

reprocessamento de 1 circuito respiratório. Ao reprocessar alguns riscos podem ocorrer como: Alterações e

perdas das características originais em decorrência a vários ciclos de desinfecção do produto, tendo a

necessidade de descartar o material4; e toxicidade residual em decorrência de vários reprocessos³. O valor

unitário de compra de cada circuito respiratório descartável é de R$ 30,00. Sendo o mesmo repassado para

venda por R$ 100,00. Gera o lucro no valor de R$ 40,00, sendo um dos principais pontos positivos na utilização

dos mesmos, além de ter a garantia de estar livre dos riscos que podem vir a ocorrer com o reprocessamento.

Atualmente temos a preocupação com a crise hídrica. Muitas instituições hospitalares estão desenvolvendo

ações para economia da agua. Com a utilização de descartáveis obtemos economia de agua na instituição

levando em conta não ter a necessidade de limpeza e desinfecção dos circuitos. Como único ponto desfavorável

que observamos na utilização dos mesmos durante 3 meses foi o aumento do lixo em nosso setor Centro

Cirúrgico. Conclusão: Os resultados permitem concluir que a utilização de circuitos descartáveis de uso único

gera um lucro maior para instituição e nos beneficiam em vários outros aspectos de âmbito ambiental atual

como a economia na utilização de água, bem como uma maior segurança ao paciente.

Palavras-chaves: Circuito respiratório; Economia de água; Reprocessamento de material; Artigos descartável;

Lixo hospitalar.

Page 83: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[83]

58 - CIRURGIA SEGURA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA DOCENTE DA DISCIPLINA DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Gisele dos Santos Rocha1,1,3

, Aderlaine da Silva Sabino3, Mailma Costa de Almeida

1

Instituição: 1,2

UEA - Universidade do Estado do Amazonas - Avenida Djalma Batista, 3.578, Flores, Manaus (AM), 3CEULM/ULBRA - Centro Universitário Luterano de Manaus - Avenida Carlos Drummond de Andrade, 1.460,

Japiim, Manaus (AM).

E-mail: [email protected]

Introdução: A segurança do paciente compromete-se em oferecer um cuidado livre de danos ou de lesões

acidentais durante a prestação de assistência à saúde1. Em 1990, devido a estudos sobre os erros médicos, que

geravam a morte de um número considerável de pacientes, chamou à atenção do mundo sobre esse problema,

dando origem ao movimento com a preocupação da segurança do pacientes. Assim em 2004 foi lançado pela

Organização Mundial de Saúde (OMS) a “Aliança Mundial para Segurança do paciente”, e em seguida houve a

extensão, em 2007 com a segurança na cirurgia em decorrência dos eventos adversos e ao erro humano

relacionado ao ato cirúrgico². O tema “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” evidenciou a finalidade de minimizar a

morbimortalidade causada pelas intervenções cirúrgicas, que consistiu como estratégia a normatização da

segurança dirigida à prevenção das infecções pós-cirúrgicas, a segurança dos procedimentos anestésicos e das

equipes cirúrgicas e a mensuração dos indicadores cirúrgicos por meio de uma lista de verificação de segurança

cirúrgica nos serviços de saúde3. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada sobre a percepção pela equipe

cirúrgica em relação ao conhecimento e desenvolvimento das condutas referente à “cirurgia segura”, durante o

período de estágio no centro cirúrgico como docente. Método: Relato de experiência do módulo de estágio

Supervisionado de enfermagem em Centro Cirúrgico de uma Universidade particular no Centro Cirúrgico de um

Hospital Infantil da cidade de Manaus/Amazonas, no mês de Junho de 2014. Resultado: Evidenciou-se durante o

período de estágio a deficiência de conhecimento da equipe cirúrgica (enfermagem, cirurgiões e anestesistas)

sobre o programa de “Cirurgias Segura”, observou-se também não existir ainda a implantação do programa

citado naquele setor. Apresentando assim lacunas que emergem a necessidade de realizar atualização sobre a

temática, não somente durante a permanência no estágio, onde há a troca de conhecimento entre ensino e

serviço, mas também que haja comprometimento da gestão hospitalar, no sentido de realizar protocolos de

assistência voltados a implantação dessa importante estratégia de segurança aos pacientes durante o

perioperatorio. Diante desse fato foi construído pelo os alunos estagiários um folder com o título “cirurgia

segura salvam vidas” com as informações sobre as normas vigente no País sobre essa temática, e entregue a

equipe cirúrgica do centro cirúrgico do referido hospital. Conclusão: A presença dos alunos em serviço mostra-

se cada vez mais indispensável, pois desta forma através da integração ensino e serviço podemos transformar a

realidade das fragilidades apresentadas durante o estágio, como no caso a deficiência encontrada nesse

hospital, relacionadas às praticas que envolvem a “cirurgia segura”. Pois no decorrer do estágio é realizado o

diagnóstico situacional e mediante a esse achado, são oferecidas atualizações por meio de orientações gerais

tanto para a equipe multiprofissional como também paciente e acompanhantes. Portanto o planejamento e

implementação se configura um desafio para o cuidado indispensável para a prática da cirurgia segura de

maneira emergente.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Cirurgia segura; Docente; Relato de experiência.

Page 84: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[84]

59 - COMPLICAÇÕES EM IDOSOS EM SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA.

Autores: Prince Daiane Felizardo Silva Nascimento1, Ana Caroline Bredes

1,, Ana Lucia de Mattia

1,

Instituição: 1UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais - Avenida Prof. Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia, Belo

Horizonte (MG).

E-mail: [email protected]

Introdução: Ao término de procedimentos cirúrgicos pacientes são encaminhados para sala de recuperação pós-

anestésica (SRPA), onde permanecerão até que superem efeitos imediatos do processo anestésico cirúrgico.

Objetivo: Analisar as complicações em pacientes idosos no período de permanência na sala de recuperação pós-

anestésica. Método: Trata-se de estudo prospectivo, exploratório, com método quantitativo, realizado em um

hospital público federal, na cidade de Belo Horizonte. A amotra foi constituída por 50 idosos, tendo como

definição as variáveis preditivas incialmente propostas, sendo dez sujeitos em relação a cada uma das variáveis.

As variáveis foram idade, cirurgia eletiva, classificação da American Society of Anesthesiologists (ASA) de I e II, e

duração da anestesia e de cirurgia de no mínimo uma hora. Os critérios de inclusão foram sujeitos com idade

igual ou superior a 60 anos, submetidos a todos os tipos de anestesia, exceto anestesia local, com no mínimo

uma hora de duração, cirurgia eletiva, com no mínimo uma hora de duração, e classificação física de ASA I e II.

Para a coleta de dados foi elaborado um instrumento estruturado, com a caracterização do paciente, do

procedimento anestésico-cirúrgico e caracterização das complicações no período de recuperação anestésica,

analisadas por meio do Indice de Aldrete Kroulik (IAK), sinais vitais e sintomas apresentados. O projeto foi

aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, com o parecer n° 274.655,

CAAE 14887213.4.0000.5149. O termo de consentimento livre e esclarecido foi assinado por todos os

participantes após receberem do pesquisador as informações sobre o estudo e seus objetivos. Os

esclarecimentos e a assinatura do termo foram realizados no quarto do paciente, quando este ainda se

encontrava em fase pré-operatória. Resultado: Os resultados deste estudo demonstraram maior frequência na

diminuição da temperatura corpórea com 37 (74,0%) dos idosos hipotérmicos, do nível de saturação de oxigênio

em 18 (38,3%) hipoxemicos, de delirium em 17 idosos (34,0%), nível de consciência com 16 (34,0%), bradicardia

com 9 (18,0%), hipotensão, bradipnéia e dor em 8 (16,0%) respectivamente, no período de 60 minutos de

permanência na sala de recuperação pós-anestésica. Outras alterações evidenciadas foram hipertensão arterial,

taquicardia, taquipnéia, náusea e vômito, em menor frequência. Os resultados apontaram que algumas

complicações durante o período de recuperação anestésica tiveram relação com a classificação ASA II, o tipo de

cirurgia, anestesia e a duração do procedimento anestésico-cirúrgico. A detecção precoce de complicações após

o procedimento anestésico cirúrgico é fundamental para o impacto positivo e diminuição dos agravos,

possibilitando o restabelecimento do paciente. Conclusão: O controle e monitoramento das complicações

apresentadas são atividades fundamentais da equipe de enfermagem, na prevenção do agravamento do estado

de saúde do paciente idoso no período de recuperação anestésica. Esse estudo teve apoio financeiro da

FAPEMIG- processo n° APQ 655/13.

Palavras-chaves: Complicações pós-operatórias; Enfermagem perioperatória; Idosos; Sala de recuperação.

Page 85: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[85]

60 - COMPLICAÇÕES NO POI DE PACIENTES SUBMETIDOS A REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM E SEM USO DE CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA.

Autores: Verônica Cecilia Calbo de Medeiros1, Beatrice Sampaio dos Santos Barros

2

Instituição: 1FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas - Rua Vergueiro, 107, Liberdade, São Paulo (SP),

2HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) busca garantir alívio dos sintomas da insuficiência

coronariana, melhor funcionamento cardíaco, prevenção do IAM e recuperação física, psíquica e social do

paciente, objetivando melhoria da qualidade de vida. A cirurgia de RM com circulação extracorpórea (CEC)

permite aos cirurgiões parar o coração e corrigir as lesões existentes sob visão direta. Grandes avanços e

melhorias nas técnicas operatórias têm contribuído, para a diminuição da morbimortalidade na cirurgia de RM.

Devido dificuldades na realização com o coração batendo, foram introduzidos diversos complementos que

incluem os estabilizadores mecânicos. Esses dispositivos permitem estabilizar a região em que a anastomose é

construída; a região permanece praticamente imóvel, enquanto o restante do coração contrai normalmente.

Objetivo: Identificar os mecanismos envolvidos nos cuidados de enfermagem no POI de pacientes

revascularizados, comparando o método de revascularização do miocárdio com e sem circulação extracorpórea

e suas respectivas complicações na unidade de terapia intensiva. Método: Revisão bibliográfica utilizando a

biblioteca virtual em saúde (BIREME), realizado nas bases de dados: Lilacs e SciELO (2005-2014). Resultado: As

principais complicações apresentadas pelos pacientes que são submetidos à cirurgia de RM são: hemorragia,

baixo débito cardíaco, disfunção respiratória e renal. A necessidade média de transfusão sanguínea de pacientes

revascularizados é significativamente maior quando realizada cirurgia com CEC se comparado à sem CEC. Devido

à máquina fazer o trabalho do coração, requer maior demanda sanguínea e a inserção das cânulas na veia cava

superior e inferior ocasionam perda de sangue, já na cirurgia de revascularização sem a CEC, não há a utilização

da máquina e mangueiras, portanto não há grandes perdas sanguíneas. A redução da função contrátil do

coração é uma complicação comum nos pacientes submetidos à CEC, a causa mais comum é a insuficiente

proteção do músculo cardíaco contra a injúria isquêmica capaz de ocorrer antes, durante e após um período de

interrupção da circulação coronariana. Segundo os estudos, a ocorrência de IAM e fibrilação atrial, foram

menores quando não utilizada circulação extracorpórea. A falta de perfusão e de ventilação dos pulmões

durante a perfusão contribui para reduzir o surfactante e favorecer o desenvolvimento de atelectasias. O tempo

de intubação do paciente pode levar a infecções respiratórias causadas pelo tubo orotraqueal, autores

demonstram que o tempo de intubação é maior no paciente submetido a CEC. A insuficiencia renal aguda (IRA)

ocorre em até 30% dos casos. A isquemia de reperfusão renal combinada com a resposta inflamatória à CEC,

podem ser causas importantes de disfunção renal. A resposta inflamatória pode exacerbar hipoperfusão renal,

como resultado de instabilidade hemodinâmica e diretamente, através de vasoconstricção arteriolar renal e

distribuição da perfusão. O fato do coração não precisar parar de bater durante a cirurgia sem CEC, o fluxo

sanguíneo não é interrompido ou diminuído para os rins, diminuindo ou podendo até não ocorrer danos renais.

Conclusão: O presente estudo revelou que as principais complicações são vistas em ambos os pós-cirúrgicos,

tanto com a utilização da CEC e sem, porém sem o uso da máquina a incidência de complicações é visivelmente

menor, trazendo assim melhor recuperação, menor tempo de internação e mais benefícios para o paciente.

Palavras-chaves: Circulação extracorpórea; Complicações pós-operatórias; Cirurgia torácica; Enfermagem.

Page 86: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[86]

61 - COMUNICAÇÃO EFETIVA: O SEGREDO PARA O ALCANCE DA QUALIDADE DO PROCESSO.

Autores: Izabel Kazue Damas Crisol Iamaguti1, Giovana Abrahão de Araújo Moriya

1, Andrea Miranda Lopes

1, Andreia

Cristina de Souza Dias1, Fabiana Machado Parreira

1

Instituição: 1HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Av Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A segurança do serviço de saúde depende de uma comunicação efetiva entre os profissionais e

áreas envolvidas nos processos assistenciais e estratégicos, onde esta deve ser oportuna, precisa, completa, sem

ambiguidade e compreendida por todos. Segundo a Joint Commission International (JCI), a efetividade da

comunicação nas instituições de saúde reduz a ocorrência de erros e resulta na melhoria da segurança do

paciente. A comunicação é um processo-chave nas trocas de plantão entre equipes, nas situações de

emergências, na rastreabilidade, assim como na definição e execução de planos de melhoria contínua dos

processos, em busca da excelência do trabalho executado. Dentro deste contexto, foi desenvolvido um

programa multidisciplinar com o grupo de assistencial aos pacientes cirúrgicos, com o foco na redução das

falhas de comunicação de um hospital privado, de extra porte de São Paulo. Objetivo: Melhorar os indicadores

de qualidades correlacionados à comunicação efetiva entre a equipe multidisciplinar que faz a previsão e

provisão de insumos, equipamentos, salas e horários para que as cirurgias aconteçam sem ambiguidades e

falhas. Método: As medidas de avaliação da efetividade da comunicação tiveram como foco as intercorrências

tidas como “causa inicial“ a falha na comunicação. Definimos como “estratégia central” a programação cirúrgica,

onde diariamente a equipe multidisciplinar constituída pelos profissionais que atuam no Centro Cirúrgico,

Centro de Materiais e Esterilização, Engenharia Clínica, Célula de Consignados, Agendamento Cirúrgico e

Farmácia, discutem detalhadamente as necessidades de atendimento do “mapa cirúrgico” do dia seguinte,

assim como o planejamento estratégico interdisciplinar, particularidades de cada área e oportunidades de

melhoria observadas em situações onde houve falha de comunicação afetando o atendimento ao cliente:

atrasos de cirurgias eletivas, falhas de equipamentos, falta de insumos e materiais e cancelamento de cirurgias.

O programa foi iniciado no ano de 2012 e está sendo desenvolvido, implementado e adaptado há 3 anos, de

acordo com o desenvolvimento da equipe multidisciplinar, e pesquisa de satisfação do cliente interno e externo.

Resultado: Após a aplicação da ferramenta multidisciplinar de comunicação efetiva focando no bate-mapa, o

indicador de cirurgias canceladas com menos de 24 horas que no ano de 2012 era de 8%, em 2013 tivemos uma

redução para 6%, e ao final de 2014 para 5%. O indicador de atrasos de cirurgias do primeiro horário do dia, no

ano de 2012 era de 42 minutos, em 2013 e 2014 tivemos uma redução para 31 minutos. Conclusão: A estratégia

das ações de alinhamento da comunicação efetiva interdisciplinar nos resultou na melhoria da conscientização

dos profissionais envolvidos quanto ao objetivo em comum, a excelência na execução dos processos de

trabalho; e consequentemente a melhoria dos indicadores de qualidade do serviço prestado ao paciente

cirúrgico.

Palavras-chaves: Comunicação efetiva; Centro cirúrgico; Segurança do paciente; Indicadores de qualidade.

Page 87: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[87]

62 - COMUNICAÇÃO VISUAL EFETIVA (CVE):DIALÉTICA ENTRE CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO E A SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO.

Autores: Marize Silva1, Franklin José Pereira

1, Regina Célia Gollner Zeitoune

1

Instituição: 1UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Avenida Brigadeiro Trompovsky s/n, Rio de Janeiro (RJ).

E-mail: [email protected]

Introdução: Trata-se de uma proposta técnico-científica na Central de Material e Esterilização (CME).

Considerada o coração do complexo hospitalar, a CME, seguindo as recomendações dos manuais referentes às

boas práticas de armazenagem e distribuição de produtos para a saúde, articula-se com o Centro Cirúrgico (CC)

e demais Unidades, obedecendo um fluxo unidirecional, desde o recebimento e inspeção do material até a

dispensação do produto ao usuário. Assim, considera-se como a primeira CVE com o instrumental, o

recebimento e inspeção; num segundo momento acontece com o manuseio do material pelo responsável pela

limpeza. Feito isso, dá-se seguimento a fase de inspeção visual e escolhas das embalagens apropriadas ao

acondicionamento dos instrumentos, considerando sua constituição e especificidade. Na etapa da esterilização,

a CVE se fará através dos testes nos autoclaves e validação à emissão confiável da carga e, se necessário, sua

rastreabilidade. No arsenal da CME os instrumentais devidamente embalados e acomodados em prateleiras,

gôndolas, containers e cestos, identificados por cores, onde cada cor representa uma especificidade cirúrgica,

facilita o controle, montagem dos carros cirúrgicos e a distribuição, reduzindo o recall, desperdício e

prolongamento cirúrgico desnecessários, minimizando o risco de infecções ao paciente. Objetivo: Padronizar

cores, embalagens e etiquetas com o intuito de facilitar a CVE e supervisão das etapas de recebimento e

dispensação do instrumental a ser utilizado nas cirurgias; Favorecer a segurança do paciente cirúrgico (PC)

através da elaboração de um protocolo de padronização facilitador (PPF) da CVE no bloco cirúrgico. Método:

Levantamento bibliográfico com recorte temporal de 5 anos, nas bases de dados MEDLINE, SciELO, LILACS e

BDENF, para subsidiar estratégias que corroborem à promoção de boas práticas de segurança ao PC,

recomendadas pela Association of periOperative Registered Nurses (AORN)¹ e, no Brasil, referendada pela

Associação Brasileira de Enfermeiros de CC, Recuperação Anestésica e CME (SOBECC). Na análise de dados

utilizou-se leitura interpretativa e análise bibliográfica. A apuração ocorreu no período de maio de 2015.

Resultado: No estudo ressalta-se que a excelência na segurança do PC, meta do segundo desafio global da

Organização Mundial de Saúde (OMS)², inicia-se com o fornecimento de instrumentais facilmente identificáveis,

através das embalagens³, sendo a CVE responsável pela redução na inutilização de instrumentais devido ao erro

de identificação, atrasos no tempo cirúrgico, recall, aumento do risco de infecção ao PC pela exposição à

umidade dos campos operatórios e a baixa temperatura da Sala de Operações. De maneira similar, a CVE, no

arsenal do CME, objetiva estabelecer a padronização das especialidades cirúrgicas por cores, respeitando as

especificidades e diminuindo o desperdício. Como contraponto, observou-se que a comunicação visual diverge

da verbal, pois esta pode ocasionar distorções nas informações. Portanto, o PPF será fundamental à CVE.

Conclusão: A pesquisa demonstra uma associação positiva quanto à CVE5:67-73 entre usuários e produtos

hospitalares na prática exitosa da cirurgia segura. As recomendações à escolha das embalagens adequadas ao

conteúdo devem ser precedidas de avaliação das características visuais facilitadoras e confiáveis à clientela no

pré, trans e pós-operatório para evitar transtornos e desconforto às equipes do CC e do CME envolvidas no

processo.

Palavras-chaves: Enfermagem; Centro de material e esterilização; Segurança do paciente; Comunicação visual.

Page 88: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[88]

63 - CONHECIMENTO DOS CUIDADORES SOBRE OS CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS DE QUEILOPLASTIA E PALATOPLASTIA.

Autores: Ana Paula Ribeiro Razera1, Armando dos Santos Trettene

1, Cleide Carolina da Silva Demoro Mondini

1, Maria de

Lourdes Merighi Tabaquim1,2

Instituição: 1HRAC/USP - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP - Rua Silvio Marchione, 3-20, Bauru

(SP), 2 FOB/USP - Faculdade de Odontologia de Bauru -Alameda Octávio Pinheiro Brisola, 9-75, Bauru (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A queiloplastia e a palatoplastia são as primeiras cirurgias plásticas reparadoras executadas durante

o longo e complexo tratamento das fissuras labiopalatinas. Após o procedimento cirúrgico, no período pós-

operatório imediato, os pais são orientados pela equipe de enfermagem sobre os cuidados dispensados de

acordo com a cirurgia realizada neste período. Assim, a adequada orientação e a capacitação dos cuidadores de

crianças com fissura labiopalatina constituem-se um desafio para a equipe de enfermagem, uma vez que a

qualidade dos serviços prestados influi diretamente no processo reabilitador. Objetivo: Comparar o padrão de

informação de cuidadores de crianças com fissura labiopalatina sobre os cuidados de enfermagem no período

pós-operatório de cirurgias primárias (queiloplastia e/ou palatoplastia), antes e após treinamento. Método:

Estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, realizado na Unidade de Internação de um hospital

de referência, em maio de 2013. A população constou de 40 cuidadores cujos filhos se encontravam no período

transoperatório de queiloplastia e/ou palatoplastia. Para a identificação do padrão de informação sobre os

cuidados pós-operatórios das cirurgias primárias antes e após o treinamento, utilizou-se o Protocolo de

Entrevista Estruturada, contemplando cinco aspectos: cuidados gerais, alimentação, higienização e cicatrização

cirúrgica, intercorrências no local cirúrgico e estado comportamental. Para análise estatística da identificação do

padrão de informação nos períodos pré e pós-treinamento utilizou-se o Teste de Wilcoxon. Resultado: A

amostra foi composta por 40 participantes, sendo 39 mães (97,5%) e 1 avó (2,5%), idade média de 28 anos

(±6,1), com média de 2 filhos (±1,1), casadas (57,5%), escolaridade do ensino médio (47,5%) e classificação

socioeconômica baixa superior (72,5%). Observou-se que os cuidadores tiveram seus desempenhos melhorados

no pós-treinamento, após as orientações pós-operatórias de rotina realizadas pelos enfermeiros da unidade

hospitalar, que constaram dos cuidados com a alimentação, manutenção da integridade da ferida operatória e

aspectos relacionados à cicatrização cirúrgica. Os achados demonstraram resultados estatisticamente

significativos (p=0,001). Embora os cuidadores acreditassem possuir conhecimento sobre o processo

reabilitador das fissuras labiopalatinas, necessitaram de orientação profissional, além de participarem

efetivamente dos cuidados durante o período de internação, visando garantir o aprendizado e a continuidade

dos cuidados pós-operatórios após a alta hospitalar. Conclusão: Os cuidadores apresentaram mudanças de

conceito no cuidado de crianças com fissura labiopalatina em situação pós-operatória de cirurgias primárias,

após o treinamento. Nesse contexto, evidencia-se a importância da presença do enfermeiro como provedor do

autocuidado nessa fase importante do processo de reabilitação da criança com fissura labiopalatina. A

capacitação dos cuidadores contribuirá para o sucesso do tratamento, minimizando e/ou evitando complicações

adversas.

Palavras-chaves: Período pós-operatório; Fenda labial; Fissura palatina; Educação em enfermagem; Cuidadores.

Page 89: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[89]

64 - CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA SOBRE COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA.

Autores: Emanuela Batista Ferreira e Pereira3, Maria da Glória de Souza

2, Ana Cláudia de Melo Souza Dantas

2, Sâmia

Tavares Rangel1,3

, Michelle Wogeley Vasconcelos Xavier1

Instituição: 1HR - Hospital da Restauração - Avenida Governador Agamenon Magalhães, s/n - Derby, Recife (PE),

2FAREC - Faculdade do Recife - Rua Dom Bosco, 1.329, Boa Vista, Recife (PE),

3UPE - Universidade de Pernambuco - Avenida Agamenon Magalhães, s/n - Santo Amaro, Recife (PE).

E-mail: [email protected]

Introdução: A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) é o setor responsável pelo atendimento intensivo ao

cliente, desde o momento em que o mesmo sai da sala de cirurgia até a estabilização de sua consciência e dos

seus sinais vitais, sendo o acompanhamento da equipe de enfermagem de suma importância nas primeiras 24

horas do pós-operatório, pois é nesse período que o cliente poderá apresentar complicações cardiovasculares,

pulmonares, renais, entre outras. Objetivo: Verificar o conhecimento dos enfermeiros sobre as complicações da

SRPA em um hospital de referência. Método: Trata-se de um estudo descritivo exploratório de corte transversal,

com abordagem quantitativa realizado em um hospital de referência tendo como sujeitos da pesquisa

enfermeiros da SRPA. A coleta de dados deu-se através de um questionário elaborado pelas autoras do estudo.

Resultado: A maioria dos entrevistados são do sexo feminino (83%), com idade entre 30 e 40 anos (42%),

solteiro (41%), com algum tipo de especialização (75%), mais de 5 anos de atuação (67%) e que já receberam

treinamento para atuarem em situações de complicações pós-operatória (57%), tendo todos os entrevistados

presenciado algum tipo de complicação pós-cirúrgica em seu cliente. Os profissionais apresentam um nível de

percepção favorável à assistência de enfermagem, sendo destacados alguns pontos carentes de capacitação por

se caracterizar num setor que exige constante e específica renovação de conhecimentos, entretanto, sem

prejudicar a assistência básica do cliente, principalmente por se tratar de um hospital de referência. Conclusão:

Diante do estudo foi identificado que os profissionais de enfermagem participantes da pesquisa apresentam

percepção positiva quanto à vivência de complicações na sala de recuperação pós-anestésica, realizando os

procedimentos adequados, priorizando a assistência ao cliente de forma holística. O estudo possibilitou um

conhecimento mais aprimorado acerca das ações desenvolvidas pelos profissionais na SRPA, considerando-se o

embasamento literário confrontando com a prática.

Palavras-chaves: Complicações pós-operatórias; Enfermagem em pós-anestésico; Sala de recuperação.

Page 90: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[90]

65 - CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA.

Autores: Ellen Thais Graiff de Sousa1, Gizele Pereira Mota

1, Cibelly Alves Neves

1, Lucianne Pereira de Andrade

1, Rochelle

Moura da Rocha1

Instituição: 1HUB - Hospital Universitário de Brasília SGAN, Quadra 604 - Avenida L2 Norte, s/n - Asa Norte, Brasília (DF).

E-mail: [email protected]

Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) baseia-se na assistência

integral em todas as fases do perioperatório, de forma continuada, participativa, individualizada, documentada

e avaliada e deve ser implementada por enfermeiros perioperatórios, na busca de satisfação das necessidades

da pessoa em condição cirúrgica. Porém para que essa implementação ocorra de forma efetiva, é necessário

que sejam elaborados instrumentos que estejam direcionados ao setor e a clientela a ser atendida. Objetivo:

Descrever o processo de construção de instrumentos para implementação da Sistematização da Assistência de

Enfermagem Perioperatória no período transoperatório e recuperação pós-anestésica. Método: Trata-se de

uma pesquisa descritiva do tipo relato de experiência vivenciada por enfermeiros assistenciais em um Centro

Cirúrgico de um hospital de ensino do Distrito Federal, no período de junho de 2014 a fevereiro de 2015.

Resultado: Foram construídos dois instrumentos com o objetivo de implementar a SAEP no período

transoperatório a qual se aplica as salas operatórias e recuperação pós-anestésica para ser utilizado na sala de

recuperação pós-anestésica. Para a construção dos instrumentos, primeiramente foi feito o reconhecimento do

Centro Cirúrgico – salas operatórias, sala de recuperação pós-anestésica e central de material e esterilização –

com observação do processo de trabalho nesses setores, conhecimento do perfil da clientela atendida e

identificação dos principais procedimentos de enfermagem e cirúrgicos executados. Em seguida foi feita a busca

na literatura científica a fim de selecionar um modelo conceitual para nortear a coleta de dados, além de

identificar dados importantes e mais utilizados em centro cirúrgico para fazerem parte dos instrumentos de

implementação da SAEP. Os instrumentos foram inicialmente elaborados, permitindo a documentação escrita

do histórico, diagnóstico, planejamento, implementação e resultados de enfermagem evidenciados durante a

assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico no período transoperatório e recuperação pós-anestésica. Para

elaboração dos diagnósticos e prescrições de enfermagem foi utilizada a Taxonomia da North American Nursing

Diagnosis Association (NANDA) 2009-2011 e as intervenções da Nursing Interventions Classification (NIC),

respectivamente. Após o processo inicial de construção, os instrumentos foram testados pelos enfermeiros

assistenciais do setor e os mesmos sofreram adequações com o objetivo de obter a versão final. Conclusão:

Durante a experiência vivenciada foram criados dois instrumentos que permitiram a implementação da SAEP no

Centro Cirúrgico durante o período do transoperatório e recuperação pós-anestésica. A implementação da SAEP

fortalece a atuação da Enfermagem Perioperatória (EP), contribuindo para o avanço do conhecimento científico

da enfermagem e auxiliando os profissionais que atuam na EP a sistematizar o cuidado a fim de ofertar uma

assistência qualificada.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Assistência de enfermagem; Enfermagem perioperatória.

Page 91: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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66 - CONTROLE DE RISCO NO REUSO DE ARTIGOS DE USO ÚNICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA.

Autores: Glaice Kelly Dias Barbosa1, Katia Ferreira da Silva Pessanha

1, Crystiane Ribas Batista Ribeiro

1, Luciana Pereira

Gomes1, Desuíte Helena Peçanha da Silva de Araújo

1

Instituição: 1PPC - Policlínica Piquet Carneiro - Avenida Marechal Rondon, 381, Rio de Janeiro (RJ).

E-mail: [email protected]

Introdução: A utilização de artigos médico-hospitalares se faz necessária em diversos níveis de assistência.

Entendendo que estes equipamentos podem ser veículo de contaminação ao paciente por microrganismos e

toxinas, os mesmos devem passar por processos de desinfecção e esterilização de acordo com sua

empregabilidade. Estes artigos podem ser classificados em duas grandes categorias: os processáveis e os de uso

único. Em especial, o artigo de uso único define-se como o correlato que após o uso, perde suas características

originais ou que em função de outros riscos reais ou potenciais à saúde do usuário, não podem ser reutilizados1.

Embora os artigos médico-hospitalares venham do fabricante com a identificação de artigos de uso único, é

conhecida amplamente a prática hospitalar de reutilizá-los2,3. O reuso de artigos de uso único iniciou-se na

década de 1970 e atualmente envolve questões econômicas, médicas, e sobretudo, ético-legais. Objetivo:

Sintetizar a produção científica sobre reuso de artigos de uso único, tendo em vista a segurança do paciente.

Método: Revisão integrativa com período de coleta de dados de fevereiro a abril de 2015. Para a busca nas

bases de dados, optou-se pela utilização dos descritores: “controle de risco”, “reuso de equipamento”, “saúde”

e operador boleano “and” na associação entre eles. Como critérios de inclusão estabeleceram-se o recorte

temporal de 10 anos (2005-2015) e artigos nos três idiomas (português, inglês e espanhol). Foram excluídos os

artigos repetidos e que não tinham relação com a temática proposta após leitura aprofundada dos mesmos,

sendo selecionados oito artigos nas bases de dados LILACS e Medline. Resultado: Os oito artigos (100%)

evidenciam risco no reuso de artigos de uso único para a segurança do paciente. Em relação à essência do

conteúdo e produção do conhecimento, ressaltam-se questões relacionadas à inadequação das condições

técnicas de reuso de produtos médicos, lacunas e inespecificações de fabricantes, estabelecimento de critérios

de risco no reuso desses produtos e implicações legais. Conclusão: Reconhece-se a importância da execução de

novas pesquisas na área que permitam o estabelecimento de critérios específicos no que diz respeito ao reuso

de artigos de uso único, a fim de proporcionar maior segurança no cuidado ao paciente.

Palavras-chaves: Controle de risco; Reuso de equipamento; Saúde.

Page 92: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[92]

67 - DESAFIO NO CME: REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO COM PÉRFURO-CORTANTES.

Autores: Julio César Costa1, Hellen Maria de Lima Graf Fernandes

1, Simone Plaza Carillo

1, Ariane Silveira Rodrigues

1, Ana

Luiza Ferreira Meres1

Instituição: 1Celso Pierro - Hospital PUC Campinas - Avenida John Boyd Dunlop, s/n - Jardim Londres, Campinas (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Considerando o elevado índice de acidentes de trabalho, ocasionados pela presença de pérfuro-

cortantes enviados entre os instrumentais cirúrgicos ao nosso Centro de Material e Esterilização (CME), além

dos instrumentais pontiagudos e dos transtornos causados aos profissionais de enfermagem que atuam na área

de limpeza, incorporarmos em nossa rotina uma metodologia preventiva, conseguindo reduzir em 66% este

indicador. Objetivo: Descrever como foi possível evitar acidentes de trabalho através de uma intervenção

simples e sem investimentos financeiros. Método: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido na CME

de um Hospital Universitário do interior do Estado de São Paulo. Resultado: Diante ao desafio de reduzir os

acidentes de trabalho que acometiam a equipe de enfermagem que atua na limpeza dos materiais cirúrgicos,

realizamos primeiramente em nosso CME, um análise crítica de todas as ocorrências dos anos de 2012 e 2013.

Nesta etapa, utilizamos o Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito. Com ele,

pudemos evidenciar numericamente que a causa raiz de nossos acidentes era a presença pérfuro-cortantes,

especificamente agulhas de sutura (70%), instrumentais pontiagudos (18%), lâminas de bisturi (8%) e Fios

Ortopédicos (4%). Observando a montagem dos cestos de lavagem dos instrumentais, por ser o momento de

maior incidência dos acidentes (97%), evidenciamos o achado mais importante do estudo, que foi a

manipulação insegura dos instrumentais. Devidamente paramentados, os colaboradores retiravam as peças de

dentro das caixas e montavam os cestos para prosseguirem com a limpeza, contudo esta prática propiciava os

acidentes. Diante ao achado, mesmo com as campanhas educativas e orientações formais às equipes do centro

cirúrgico e do centro obstétrico, identificamos a necessidade de intervir de maneira mais incisiva na prevenção

aos acidentes. Assim, instituímos em nossa rotina, a inspeção visual ativa, antes da manipulação. Os materiais

passaram a ser colocados sobre uma bancada, sem o contato manual, virando delicadamente a caixa, e ali sendo

inspecionados antes da montagem do cesto. Esta sistemática foi previamente descrita no Procedimento

Operacional Padronizado (POP), visando identificar os pontos de risco ocupacional, que são a presença de

pérfuro-cortantes, instrumentais pontiagudos (pinça backauss, ganchos, tesouras, dentre outras), lâminas de

bisturi, fios ortopédicos e demais materiais causadores de acidente. Para facilitar a identificação dos riscos,

observamos que cobrir a bancada com um campo branco de algodão é determinante para o êxito da

conferência, pois a bancada metalizada “camufla” agulhas e lâminas de bisturi por terem cores semelhantes.

Estas mudanças simples na metodologia de trabalho da área de limpeza permitiram uma redução muito

significante na incidência dos acidentes de trabalho com pérfuro-cortantes no nosso CME. Conclusão: Esta

experiência de medir, atuar e intervir com êxito frente ao indicador de acidentes de trabalho do Centro de

Material e Esterilização, nos mostrou a importância do enfermeiro como organizador das atividades de trabalho

da equipe enfermagem. Que seu olhar crítico, seu desempenho e articulação profissional interferem inclusive na

segurança ocupacional das atividades da enfermagem. A solução de problemas nem sempre depende de

investimentos financeiros e sim de mudanças comportamentais.

Palavras-chaves: Enfermagem; Centro de material esterilizado; Acidente de trabalho.

Page 93: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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68 - DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA SITUAÇÃO CIRÚRGICA EM SERVIÇOS PÚBLICOS EM UMA REGIONAL DE SAÚDE.

Autores: Berendina Elsina Bouwman Christóforo1, Guilena Rosa Leite

1, Marco Tulio A. García-Zapata

1, Marinésia

Aparecida do Prado Palos1

Instituição: 1UFG - Universidade Federal de Goiás - Rua Riachuelo, CP03, Jataí (GO).

E-mail: [email protected]

Introdução: O monitoramento e prevenção de danos na assistência à saúde têm sido amplamente discutidos,

tendo em vista o número crescente de erros considerados evitáveis durante o processo do cuidado. O

diagnóstico situacional ou organizacional entendido como o resultado de um processo de coleta, tratamento e

análise dos dados colhidos num determinado local, permite o planejamento de ações a fim de reduzir danos.

Objetivo: Realizar um diagnóstico situacional nas instituições públicas de saúde que compõem uma Regional de

Saúde com o intuito de detectar quais os protocolos, sistematizações e formulários estão em uso para a

melhoria da segurança do paciente cirúrgico, bem como para identificar o nível de segurança oferecido ao

paciente no ponto de vista de profissionais da saúde e de pacientes que são atendidos naqueles serviços.

Método: Trata-se da construção de diagnóstico situacional, de municípios de uma Regional de Saúde, em que a

coleta de dados foi realizada em junho de 2014 durante curso realizado na temática Segurança do Paciente,

através de entrevistas direcionadas a informantes-chave (funcionários) de cada município pesquisado e da

observação de campo in loco com coleta de dados por meio de entrevistas a pacientes submetidos a um

procedimento cirúrgico. Após a coleta dos dados dos informantes, deu-se início à construção do diagnóstico

situacional propriamente dito, analisando-os através de estudos teóricos, correlacionando-os com a realidade

encontrada em cada município. Resultado: A Regional de Saúde pesquisa é composta por 10 municípios com

população total de 218.327 habitantes. Dos dez municípios investigados, somente cinco deles realizavam

procedimentos cirúrgicos em ambiente de sala de cirurgias públicas. Um dos municípios afirma fazer o uso do

checklist de Cirurgia Segura da Organização Mundial de Saúde (SSC-OMS) para os procedimentos realizados.

Essa instituição também possui Núcleo de Segurança do Paciente designado e Plano de Ação para Segurança do

Paciente aprovado, bem como já recebeu capacitação para a equipe multiprofissional que atua no Centro

Cirúrgico em relação ao Protocolo de Cirurgias Seguras. De junho a dezembro de 2014, foi realizado nestes

municípios um total de 1406 eventos cirúrgicos, destes 152 (11%) pacientes relatam recepção no centro

cirúrgico com checagem de sua identificação, 112 (8%) relataram conferência do tipo de cirurgia e local no

momento de admissão no bloco cirúrgico, 100% dos pacientes negam apresentação da equipe cirúrgica e 1251

(89%) negam visita pré-operatória pelo anestesista. Conclusão: Este diagnóstico situacional realizado permite

planejar ações a fim de assegurar ao usuário redução de danos no procedimento a que pretende submeter-se,

proporcionando maior segurança na realização do procedimento cirúrgico, por meio da implantação do

checklist de Cirurgias Seguras da OMS. A ausência de notificações e instrumentos implantados para que sejam

realizadas avaliações periódicas, impossibilitou correlacionar estatisticamente o número de infecções cirúrgicas

e o estudo sobre as possíveis causas, não havendo, portanto, indicadores de avaliação.

Palavras-chaves: Segurança do paciente; Procedimento cirúrgico; Avaliação.

Page 94: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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69 - DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM “RESPOSTA ALÉRGICA AO LÁTEX” EM CRIANÇAS EM PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE MIELOMENINGOCELE.

Autores: Bruna de Almeida Guimarães1, Suzimar Benato Fusco

1, Maria Virgínia Martins Faria Faddu Alves

1, Natália

Augusto Benedetti1, Marla Andréia Garcia de Avila

1

Instituição: 1FMB- UNESP - Universidade Estadual Paulista Faculdade Medicina Botucatu - Avenida Prof. Montenegro,

Distrito de Rubião Junior, s/n, Botucatu (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: As crianças com mielomeningocele são submetidas precocemente e a múltiplos procedimentos

anestésicos e cirúrgicos, apresentando alto risco de desenvolvimento de sinais clínicos de sensibilização ao

látex. Destaca-se que, que 70% dos portadores de mielomeningocele apresentam algum grau de alergia ao

látex, contra 1% da população em geral. Conhecer a prevalência do diagnóstico de enfermagem “Resposta

alérgica ao látex” subsidiará a realização de um plano de cuidado individualizado a criança, bem como o

desenvolvimento de protocolos “free látex”, evitando o alto risco de sensibilização e suas complicações.

Objetivo: Identificar a frequência dos principais diagnósticos de enfermagem das crianças em pós-operatório

tardio de dirafismo espinhal (mielomeningocele) acompanhadas ambulatoriamente em um hospital de ensino.

Método: Trata-se de dados parciais de estudo transversal, que está sendo realizado no ambulatório de um

hospital de ensino, no ano de 2015. Serão incluídas as crianças que nasceram com mielomeningocele, na faixa

etária de 0 a 15 anos. Está sendo realizado uma entrevista semiestruturada com caraterísticas

sociedemográficas da criança, procedimentos cirúrgicos realizados e consulta de enfermagem para Identificação

do diagnóstico de enfermagem “Resposta alérgica ao látex” e suas respectivas características definidoras. Para

identificação do diagnóstico está sendo utilizando o NANDA (North American Nursing Diagnosis Association). O

projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 40100214.4.0000.5411). Resultado: Participaram

do estudo treze crianças, sendo oito do sexo feminino e cinco do sexo masculino, na faixa etária de 6 meses a 9

anos, com uma média de idade de 3,4 anos. Os principais procedimentos cirúrgicos realizados foram: correção

do disrafismo espinhal, sendo que uma criança o realizou a céu aberto, derivação ventrículo peritoneal, cirurgias

ortopédicas e urológicas. Apenas uma criança apresentou o diagnóstico de enfermagem “Resposta alérgica ao

látex”; e além de diferentes procedimentos cirúrgicos realizava o cateterismo intermitente limpo quatro vezes

ao dia, com luva de procedimento. Conclusão: O conhecimento acerca do objeto de estudo permitirá uma

assistência de enfermagem individualizada com vistas a qualidade de vida das crianças. Na presença de história

sugestiva e resultados laboratoriais confirmatórios, o enfermeiro deve assegurar a realização do procedimento

cirúrgico em ambiente “free látex”, durante todo o período perioperatório, e preferencialmente remanejar o

horário da cirurgia para que ela seja a primeira do dia, possibilitando assim que o nível de aeroalérgenos seja o

menor possível.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Mielomeningocele; Diagnóstico de enfermagem.

Page 95: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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70 - DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS TEMPOS DE EXECUÇÃO DAS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA.

Autores: Carolina Martins Ricardo1, Fernanda Maria Togeiro Fugulin

2, Juliana Rizzo Gnatta Damato

1, Regiane Farias

Machado1

Instituição: 1HU USP - Hospital Universitário da Universidade de São Paulo - Avenida Professor Lineu Prestes, 2.565,

Butantã, São Paulo (SP), 2EE USP - Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - Avenida Dr. Enéas de

Carvalho Aguiar, 419, Cerqueira César, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A escassez de pesquisas, instrumentos e parâmetros que subsidie o planejamento e a avaliação

quantitativa e qualitativa de profissionais de enfermagem em salas de recuperação pós-anestésicas dificulta a

provisão adequada de profissionais nessa área. Objetivo: Identificar a proporção de tempo despendido nas

intervenções segundo a NIC (Nursing Interventional Classification) e atividades realizadas pela equipe de

enfermagem em uma Sala de Recuperação Pós-Anestésica, como subsídio para a determinação da carga de

trabalho. Método: Trata-se de um estudo de caso, observacional, transversal, de natureza quantitativa.

Participaram do estudo todos os profissionais de enfermagem que trabalharam na SRPA durante o período de

coleta de dados. Os dados da pesquisa foram coletados e organizados de acordo com as seguintes etapas:

identificação das atividades realizadas pela equipe de enfermagem, por meio da análise dos prontuários dos

pacientes e da observação direta dos profissionais; mapeamento das atividades identificadas em intervenções

de enfermagem, segundo a NIC; validação do mapeamento das atividades em intervenções de enfermagem, por

meio de Oficinas de trabalho; mensuração do tempo despendido na execução das intervenções e atividades,

utilizando a técnica Tempos Cronometrados. Resultado: A distribuição percentual dos tempos de execução das

principais intervenções executadas pelos profissionais de enfermagem, com representatividade maior de 1%,

foram: Cuidados Pós-ANESTESIA (16,9%), DOCUMENTAÇÂO (14,3%), Controle de INFECÇÃO (5,9%), Controle do

AMBIENTE: segurança (4,5%), TRANSFERÊNCIA (4,1%), TRANSPORTE: inter-hospitalar (3,8%), Manutenção de

dispositivos para ACESSO VENOSO (2,5%), Troca de informações sobre cuidados de SAÚDE (2,4%),

Administração de MEDICAMENTOS (2,2%), Controle de SUPRIMENTOS (2,0%), Preceptor: ESTUDANTE (1,8%),

Regulação de TEMPERATURA (1,6%). O tempo da equipe está dividido em: 67% de intervenções de

enfermagem; 9% de atividades associadas; 11% de atividades pessoais; 11% de tempo de espera e 2% de

atividades realizadas no CC. A atividade tempo de espera foi uma sugestão apresentada durante a oficina de

trabalho, para contemplar o período que os profissionais de enfermagem permanecem na SRPA aguardando a

realização de alguma atividade ou a chegada de algum paciente. O tempo médio das intervenções e atividades

correspondeu a dois minutos e treze segundos. A literatura não oferece dados que possibilite a comparação dos

tempos médios das intervenções e atividades de enfermagem encontrados na presente pesquisa. Conclusão: A

realização deste estudo permitiu identificar a proporção de tempo despendido nas intervenções e atividades

executadas pela equipe de enfermagem na sala de recuperação pós-anestésica, contribuindo para a

determinação da carga de trabalho e, conseqüentemente, para a superação das dificuldades relacionadas ao

dimensionamento de profissionais nessa área.

Palavras-chaves: Enfermagem; Recuperação pós-anestésica; Carga de trabalho.

Page 96: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[96]

71 - EDUCAÇÃO CONTINUADA EM CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Geysa Priscila Belisse2, Verônica Cecilia Calbo de Medeiros

1

Instituição: 1FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas - Rua Vergueiro, 107, Paraiso, São Paulo (SP).

2 HGG - Hospital Dr. Guido Guida - Rua Barão de Juparaná, 43, Jardim Media, Poá (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Centro Cirúrgico (CC), por ser um setor específico, é o que mais sofre transformações

tecnológicas e necessita de profissionais extremamente qualificados e treinados. Neste sentido, o

desenvolvimento tecnológico tem levado o enfermeiro do CC à contínua necessidade de atualização. Assim, a

implementação de programas de capacitação técnico-científicas no CC é fundamental para a sistematização do

trabalho por exigir que os profissionais tenham conhecimento aprofundado, atualizado e habilidade específica.

Objetivo: Identificar e analisar o que foi publicado sobre educação continuada em enfermagem no centro

cirúrgico. Método: Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa da literatura sobre educação continuada no

centro cirúrgico no período de 2000 a 2015, realizada nas bases de dados Lilacs e Medline, nos idiomas

português e inglês. Resultado: Foram encontrados 26 artigos e selecionados 19 que atendiam ao objetivo deste

estudo, dos quais cinco artigos foram excluídos por não ter conseguido localizar as revistas. Resultando,

portanto, em uma amostra total de 14 artigos. Os anos de 2013, 2011, 2004 e 2000 tiveram maior número de

publicações (14,3%). De acordo com as bases de dados utilizadas, 71,4% dos artigos são internacionais e apenas

28,6% nacionais, sendo que o Brasil e o Reino Unido foram os países que mais publicaram sobre Educação

Continuada no CC com 28,6% seguidos do Canadá com 21,4%. No entanto, a revista Canadian Operating Room

Nursing Journal foi a que teve mais artigos publicados. Conclusão: Este estudo permitiu traçar um panorama das

publicações sobre Educação Continuada em Enfermagem no Centro Cirúrgico, evidenciou que têm poucos

artigos publicados sobre o assunto e sugere mais pesquisas.

Palavras-chaves: Educação continuada em enfermagem; Centro cirúrgico; Capacitação em serviço.

Page 97: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[97]

72 - EDUCAÇÃO CONTINUADA NO CENTRO CIRÚRGICO REDUZ RISCO DE EVENTOS ADVERSOS?

Autores: Claudia Carina Conceição dos Santos1,2

, Elizete Bueno1, Ivana Trevisan

1, Lisiane Paula Sordi

1, Rosane Vargas

Muniz1

Instituição: 1HCPA - Hospital de Clinicas de Porto Alegre (RS),

2IPA - Centro Universitário Metodista, Porto Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: Atualmente, o Brasil possui mais de 200 mil estabelecimentos assistenciais de saúde, nos quais os

doentes são expostos rotineiramente às tecnologias e às intervenções dos profissionais de saúde, estando

sujeitos a eventos adversos, erros e aos incidentes. Sendo que uma comunicação efetiva, oportuna, precisa,

completa, sem ambiguidade e compreendida pelo receptor, reduz a ocorrência de erros e resulta na melhoria

da segurança do paciente. Objetivo: Descrever os métodos que a enfermagem de centro cirúrgico utiliza para

promoção e segurança do paciente cirúrgico. Método: Revisão sistemática da literatura, na modalidade revisão

integrativa visando suportar a proposição do trabalho. Resultado: Os estudos evidenciaram que a comunicação

e um dos mais importantes elementos para a efetividade do processo educativo. E que a educação permanente

dos profissionais reduz significativamente os erros e eventos adversos. Além disso, todos os profissionais devem

passar por treinamento de reciclagem com frequência definida pela instituição, ou cada dois anos. E para que

ocorra a comunicação efetiva faz-se necessário a implementação de sistemas com regras e padronizações que

iram contribuir para redução de erros e propiciar a segurança dos pacientes. No centro cirúrgico por ser uma

área fecha onde há atuação de equipes multiprofissionais, a enfermeira atuante nessa área, deve identificar as

necessidades de aprendizagem do grupo de enfermagem e o aprimoramento das técnicas diárias. Conclusão: A

Segurança do Paciente se traduz pela redução dos riscos de danos desnecessários associados à assistência em

saúde, eventos adversos, até um mínimo admissível. A incidência de pacientes que sofrem alguma espécie de

evento adverso durante a hospitalização pode chegar a 17% e isso acarreta em: Aumento do tempo de

hospitalização, lesões temporárias ou permanentes e até mesmo o óbito. É fundamental que a enfermagem

pense na importância do gerenciamento dos riscos voltados para o cuidado e através do treinamento da sua

equipe diminui-los. Ao realizarmos esse estudo estamos contribuindo para a segurança do paciente e para o

sucesso do seu atendimento no centro cirúrgico.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Educação continuada; Segurança paciente.

Page 98: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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73 - EFETIVIDADE DA LIMPEZA DE INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS COMPLEXOS.

Autores: Expedita Rodrigues Ferreira6, Karine Moretti Monte

6, Andrea Alfaya Acuña

6, Gabriela Harumi Teshima

6, Natalia

Barbosa Ferreira de Moura Santos6

Instituição: 6SBSHSL - Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio Libanês - Rua Dona Adma Jafet, 91 - Bela Vista, São

Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A limpeza é etapa fundamental do processamento dos produtos para saúde. Consiste na remoção

de sujidades orgânicas e inorgânicas da superfície desses materiais, além de reentrâncias, articulações e lúmens,

visando reduzir os microrganismos e remover resíduos, sejam eles químicos, proteínas, sangue ou endotoxinas.

A efetividade da limpeza provém de vários fatores interdependentes: a complexidade do artigo, a qualidade da

água, o tipo e a qualidade dos agentes e acessórios de limpeza, o manuseio e a preparação dos materiais para

limpeza, o método adotado para limpeza, o enxágue e a secagem do material. Nenhum produto para saúde

pode ser desinfetado ou esterilizado sem, previamente, ser adequadamente limpo. A conformação do produto

para saúde é importante fator para efetividade da limpeza. São considerados materiais complexos e de difícil

limpeza os que apresentam: • Lúmens longos e estreitos (1mm de diâmetro), múltiplos canais internos e

canulados em fundo cego; • Válvulas, frestas, articulações, encaixes, braçadeiras que não são abertas e as que

não permitem desmontagem; • Superfícies rugosas, com ranhuras, irregulares ou porosas; • Junções de

bainhas, mecanismos de acionamento de pinças, conexões tipo lueer-lock, ângulos, entre outros. Os métodos

de limpeza utilizados são: manual e automatizado. O primeiro consiste na remoção da sujidade por fricção com

escovas e uso de soluções enzimáticas. A limpeza automatizada é desenvolvida por meio de lavadoras

mecânicas de vários modelos. A Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº15 de 15/03/2012 da ANVISA torna

obrigatória a monitoração da limpeza e de equipamentos automatizados. Objetivo: Avaliar a efetividade do

processo de limpeza de instrumental complexo a partir do teste Scope-Check. Método: Estudo do tipo

transversal realizado no CME de um hospital privado do Estado de São Paulo, no período de abril de 2014 a abril

de 2015. O teste Scope-Check é realizado diariamente para detecção de proteínas como avaliação da limpeza

para os instrumentais: peças shaver, cânulas de lipoaspiração, pinças laparoscópicas, motores em geral e pinças

da robótica. Esses instrumentais seguem o processo de limpeza manual para remoção de sujidades aparentes

seguida da limpeza automatizada na Ultrassônica. Somente após a secagem o teste é feito nos locais mais

críticos dos instrumentais pela enfermeira responsável do plantão. Resultado: Foram avaliados 633 itens,

obteve-se resultado negativo do resíduo de proteína em 91% dos itens da amostra. Dos itens analisados, as

cânulas de lipoaspiração foram as que obtiveram maior índice de resultado insatisfatório. Conclusão: Após a

análise dos testes foi possível desenvolver um protocolo de limpeza para cânulas de lipoaspiração para melhoria

dos resultados.

Palavras-chaves: Indicadores de limpeza; Limpeza de artigos para saúde; Reprocessamento de artigos para

saúde.

Page 99: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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74 - EFICÁCIA DO PICOLÉ DE GELO NO MANEJO DA SEDE NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO.

Autores: Marilia Ferrari Conchon1, Ligia Fahl Fonseca

1

Instituição: 1UEL/HU - Universidade Estadual de Londrina / Hospital Universitário - Avenida Robert Koch, 60, Vila Operária,

Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: No perioperatório a sede é altamente incidente e intensa, havendo indícios de que temperaturas

frias podem se configurar como estratégias viáveis para minorá-la. Objetivo: Avaliar a eficácia do picolé de gelo

em comparação com a água em temperatura ambiente no alívio da sede no pós-operatório imediato, quanto à

variação da intensidade da sede inicial em relação à final e saciedade alcançada após uma hora de avaliação e

intervenção. Método: Pesquisa analítica experimental, tipo ensaio clínico randomizado, paralelo, realizada no

Centro Cirúrgico de um hospital escola terciário no Paraná. A população foi composta de pacientes em pós-

operatório imediato com uma amostra de 104 participantes para grupo água em temperatura ambiente e 104

para grupo picolé de gelo. Critérios de inclusão: participantes com idade entre 18 e 65 anos, em jejum há mais

de oito horas, verbalização de sede espontânea ou quando questionado, com intensidade maior ou igual a três

na escala numérica visual analógica, que receberam opióides ou anticolinérgicos no trans-operatório, com

duração da anestesia maior que uma hora e aprovados na avaliação do Protocolo de Segurança para o Manejo

da Sede. Critérios de exclusão: pacientes que apresentaram restrições à ingesta ou deglutição. Houve cinco

momentos de avaliação da intensidade de sede e intervenções, a cada 15 minutos, durante uma hora. A

pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da instituição, CAAE 16707313.5.0000.5231 e está registrada no

ClinicalTrials.gov da U.S. National Institutes of Health com o número identificador NCT02149394. Resultado: O

picolé de gelo foi mais eficaz em 37,8% (p < 0,01 - Teste t-Student) que a água em temperatura ambiente no que

se refere à variação da intensidade de sede inicial em relação à final. Com relação à intensidade de sede e

número de intervenções necessárias para alcance da saciedade, houve diferença estatisticamente significante (p

< 0,01 - Teste unilateral de Mann-Whitney) a partir do segundo momento de avaliação e intervenção. Com

relação à saciedade, o Risco Relativo de 41% (0,28 – 0,60 IC 95%) evidenciou que o grupo controle apresentou

um risco de 59% em não proporcionar a saciedade de sede ao fim de uma hora de avaliação e intervenção. A

Redução do Risco Relativo de 59% (0,40 – 0,72 IC 95%), a Redução Absoluta do Risco de 31% (0,18 – 0,45 IC

95%) e o Número Necessário a Tratar de 3,2 (2,2 – 5,5 IC 95%) atestam para a eficácia do picolé de gelo em

relação à agua em temperatura ambiente. Os grupos foram homogêneos e comparáveis (testes de correlação de

Pearson (r), Mann-Whitney e Kruskal-Wallis) com relação às variáveis demográficas e clínicas. Pode-se atribuir a

superioridade do picolé de gelo à ação dos receptores orofaríngeos denominados de Transient receptor

potential melastatin (TRPM8) que são sensíveis à temperatura fria e respondem pela saciedade pré-absortiva. O

picolé de gelo ao hidratar a região orofaríngea, permite a saciedade com pequenos volumes de líquido, sem

causar distensão gástrica, diminuindo o risco de broncoaspiração que é desejável no pós-operatório imediato.

Conclusão: A inovação apresentada pelo picolé de gelo – simples e de fácil utilização prática- configura-se como

eficiente no pós-operatório imediato já que possibilita ao paciente autonomia para dosar o momento em que

deseja o picolé de gelo, obtendo refrescância, melhora das condições orais e maior conforto durante seu

período de recuperação anestésica.

Palavras-chaves: Sede; Gelo; Água; Sala de recuperação.

Page 100: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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75 - ELABORAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE REGISTRO DE ENFERMAGEM NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA.

Autores: Jaqueline Souza da Silva1, Ádane Domingues Viana

1,1, Renata da Silva Vasconselos

1, Kelly Neuma Gentil

1

Instituição: 1HMSA - Hospital Municipal Souza Aguiar - Praça da República, 111, Centro, Rio de Janeiro (RJ).

E-mail: [email protected]

Introdução: A sala de recuperação pós-anestésica (RPA) se destina ao período imediatamente após o

procedimento anestésico-cirúrgico, quando o paciente requer observação constante, medidas de prevenção e

atendimento de complicações, além do monitoramento de sinais vitais. Tais atividades demandam da

enfermagem, o registro adequado dos fatos observados, dos sinais e sintomas dos pacientes, bem como dos

procedimentos e cuidados realizados. Essas anotações atendem à necessidade de comunicação entre as equipes

de saúde, se constituem como instrumento ético-legal, além de permitir avaliar a qualidade da assistência em

saúde nas instituições. Elaborar e padronizar um instrumento de registro para a RPA vem atender, na instituição

deste estudo, a necessidade de uniformizar as informações para todos os pacientes, manter a clareza e

objetividade dessas anotações, além de trazer visibilidade para o trabalho da equipe de enfermagem. Objetivo:

Relatar a elaboração e implementação de um instrumento padronizado de registro de Enfermagem na RPA.

Método: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, sobre a construção e implementação de um

instrumento padronizado de registros para a RPA, em uma instituição pública, referência em atendimento de

emergência na cidade do Rio de Janeiro. No primeiro momento houve a elaboração de instrumento inicial,

baseado em revisão de literatura, logo após foi apresentado e avaliado pelo grupo de enfermeiros do Centro

Cirúrgico e RPA. Feito as adequações propostas, foi colocado em uso por 3 dias pela equipe de enfermagem da

RPA para adaptação. Novamente aprovado pela equipe, coordenação do bloco operatório e gerência de

enfermagem, o impresso foi colocado em uso para todos os pacientes que passaram pela RPA. Resultado: No

período analisado, foram atendidos na RPA 262 pacientes sob a nova forma de registro impresso. E dentre as

vantagens apontadas e percebidas até por outras equipes, além da enfermagem, estão: a importância de

questões relevantes estarem anotadas, como o tipo de anestesia, características de drenagens e sinais vitais em

quadros; maior clareza nas informações, e principalmente a otimização do tempo pela equipe de enfermagem,

com o preenchimento de lacunas. Percebemos, entretanto, que ainda podemos aprimorar o que está feito, com

a inclusão da Escala de Aldrete e Kroulik, melhorado registro de sinais vitais principalmente na primeira hora, e

registros mais detalhados de procedimentos realizados. Conclusão: A implantação de um impresso de registro

padronizado pode parecer, a priori, um passo pequeno frente a protocolos extensos e amplamente divulgados

já utilizados em outras instituições. Entretanto, para essa equipe, esse passo inicial é firme e significa o primeiro

de uma longa jornada em busca de uma sistematização da assistência de enfermagem peri-operatória. Partimos

de uma realidade de carga de trabalho extensa, recursos humanos insuficientes, e essa nova forma de anotação

na RPA motiva toda a equipe de enfermagem na busca de mais...mais conhecimento, mais especificidade nas

suas ações no bloco operatório, mais desafios e, mais visibilidade e qualidade na assistência.

Palavras-chaves: Enfermagem; Perioperatória; Registro de enfermagem; RPA.

Page 101: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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76 - ELABORAÇÃO, VALIDAÇÃO E FIDEDIGNIDADE DE UM PROTOCOLO DE SEGURANÇA PARA O MANEJO DA SEDE NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO.

Autores: Leonel Alves do Nascimento1, Ligia Fahl Fonseca

1

Instituição: 1UEL - Universidade Estadual de Londrina - Avenida Robert Kock 60, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: A sede é um desconforto real de alta incidência e intensidade no Pós-Operatório Imediato,

deflagrada por uma confluência de fatores: desequilíbrio hidroeletrolítico, hipovolemia, uso de drogas

anestésicas e ressecamento da cavidade oral. O manejo da sede encontra desafios específicos como

impossibilidade de reposição via oral de grandes volumes líquidos, a possibilidade de aspiração pulmonar devido

ao nível de consciência rebaixado pelas drogas anestésicas e presença de náuseas e vômitos, trazendo consigo o

desafio de encontrar maneiras seguras de abordar a sede já instalada no perioperatório sem colocar em risco a

segurança do paciente. A inexistência de protocolos que avaliem critérios de segurança clínica que permitam o

manejo da sede contribui para que a sede não seja avaliada, registrada e tratada, motivando a realização desta

pesquisa. Objetivo: Elaborar, validar e testar a fidedignidade de um Protocolo de Segurança para o Manejo da

Sede (PSMS) no Pós-Operatório Imediato. Método: Pesquisa metodológica e aplicada, quantitativa,

desenvolvida no biênio 2012/2013. Todos os aspectos éticos foram respeitados. Para a elaboração do protocolo

e seu manual operacional, foi realizada extensa busca na literatura e consulta a especialistas, validação de

aparência, análise semântica e validação de conteúdo. Para validação de conteúdo utilizou-se a Técnica Delphi

com nove experts. A fidedignidade foi testada em uma Sala de Recuperação Anestésica de um hospital escola

público. Uma dupla de Enfermeiros e outra de Técnicos de Enfermagem aplicaram o PSMS em 118 pacientes de

forma independente e simultânea. Para a análise dos dados utilizou-se o SPSS® (Statistical Package for Social

Sciences) versão 20.0. Resultado: Os critérios de segurança elencados foram avaliação do nível de consciência,

reflexos de proteção de vias aéreas (tosse e deglutição) e ausência de náuseas e vômitos. Estes critérios foram

agrupados e organizados no formato de um algoritmo gráfico, sendo que se um critério de segurança não é

alcançado, a avaliação é interrompida. Após duas rodadas da técnica Delphi, os critérios alcançaram de 93 a 97%

de consenso entre os experts (Índice de Validade de Conteúdo – 1). No teste de fidedignidade, a dupla de

enfermeiros aplicou o protocolo 118 vezes em 78 pacientes. Os índices de concordância foram quase perfeitos,

atingindo kappa de 0,853 a 1, com kappa geral de 0,968. Os técnicos de Enfermagem aplicaram 48 vezes o PSMS

em 40 pacientes, com concordância moderada (0,791) no critério Nível de Consciência e quase perfeita nos

demais critérios (0,878 a 1), com kappa geral de 0,867. Conclusão: O Protocolo de Segurança para o Manejo da

Sede foi validado e testado quanto a sua fidedignidade atingindo resultados satisfatórios. O Protocolo de

Segurança Para o Manejo da Sede permite a triagem de pacientes durante a recuperação da anestesia, que, de

outra forma, possivelmente teriam permanecido desconfortáveis pela sede intensa.

Palavras-chaves: Sede; Protocolos clínicos; Estudos de validação; Assistência perioperatória.

Page 102: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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77 - ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA COMO ALTERNATIVA PARA CENTRO CIRÚRGICO: REVISANDO A LITERATURA E EXPERIÊNCIAS SEMELHANTES.

Autores: Amanda Fernandes Machado1, Jaine da Silva Batista

1, Hozana Gomes Sousa

1, Márcia Natalia Machado Tavares

1,

Edineide Nunes Silva1

Instituição: 1UFCG - Universidade Federal de Campina Grande - Rua Sérgio Moreira de Figueiredo s/n - Casas Populares,

Cajazeiras (PB).

E-mail: [email protected]

Introdução: A energia solar fotovoltaica corresponde ao processo de aproveitamento da energia solar para

conversão direta em energia elétrica, utilizando os painéis fotovoltaicos e pode ser uma grande solução para os

problemas energéticos da nossa sociedade em diversos setores, como no Centro Cirúrgico, o Brasil por ser um

país tropical possui grande incidência dessa energia. Objetivo: Analisar a produção científica acerca da energia

solar fotovoltaica como fonte alternativa energética para setores de saúde. Método: Trata-se de uma revisão

integrativa sobre a utilização de energia solar fotovoltaica como fonte energética alternativa para setores

hospitalares realizada com bibliografias do período de 2010 a 2015. Os dados foram levantados através de base

de dados Scielo e Lilacs, por intermédios dos descritores: energia solar, Energia Fotovoltaica, centro cirúrgico,

hospital. Resultado: No Brasil a incidência de energia solar é alta devido a sua posição geográfica privilegiada.

De acordo com dados do relatório "Um Banho de Sol para o Brasil" do Instituto Vitae Civilis, nosso país, por sua

localização e extensão territorial, recebe energia solar da ordem de 1013 MWh (mega Watt hora) anuais, o que

corresponde a cerca de 50 mil vezes o seu consumo anual de eletricidade. Outros estudos mostram que a

radiação solar no país varia de 8 a 22 MJ/m2 durante o dia, sendo que as menores variações ocorrem nos meses

de maio a julho, quando a radiação varia entre 8 e 18 MJ/m2, sendo o Nordeste brasileiro a região de maior

radiação solar, com média anual comparável às melhores regiões do mundo, como a cidade de Dongola, no

deserto do Sudão, e a região de Dagget, no Deserto de Mojave, Califórnia, EUA. Ficando evidente o potencial

energético do país. O Centro Cirúrgico é uma unidade hospitalar que apresenta um alto consumo energético

devido a quantidade de equipamentos eletroeletrônicos, sendo assim a utilização de energias limpas e

renováveis e abundante, garante sustentabilidade e saúde do meio ambiente. Atualmente há vários projetos,

em curso ou em operação, para o aproveitamento da energia solar no Brasil, particularmente por meio de

sistemas fotovoltaicos de geração de eletricidade. Conclusão: A crise energética que o Brasil está enfrentando

requer soluções eficientes, a utilização da energia solar fotovoltaica é uma das alternativas, já que o país

apresenta um grande potencial energético, investir nessa opção energética para os centros cirúrgicos

hospitalares é vantajoso por ser um tipo de energia limpa e que requer pouca manutenção.

Palavras-chaves: Energia solar; Energia fotovoltaica; Centro cirúrgico; Hospital.

Page 103: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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78 - ESTRATÉGIA PARA A PREVENÇÃO DE RETENÇÃO DE CORPO ESTRANHO NA CAVIDADE.

Autores: Larissa Cunha Alves de Holanda1,1

, Antônia Abigail do Nascimento1, Lumara Nascimento Viana

1, Bruna de

Moraes Rubim de Moraes Rubim1, Natália Iara Rodrigues de Araújo

1

Instituição: 1HRN-ISGH - Hospital Regional Norte-ISGH - Avenida Jhon Sanford, 1.505, Sobral, Ceará (CE),

2ISGH - Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar - Avenida John Sanford, 1.505, Sobral, Ceará (CE).

E-mail: [email protected]

Introdução: Mesmo sendo um erro cirúrgico raro, deixar um corpo estranho inadvertidamente em um paciente

ao final de uma cirurgia é um incidente sério e persistente. Estima-se uma ocorrência, de acordo com as

melhores estimativas, que variam entre 1 em 5.000 a 1 em 19.000 cirurgias em pacientes internados, mas a

probabilidade foi estimada tão alta quanto 1 em 1.000 (BANI-HANI et al, 2005; EGOROVA et al 2008; GAWAND,

2003; GONZALEZ-ODEJA et al ao, 1999, apud OMS, 2009). Compressas, agulhas e instrumentais retidos tendem

a resultar em sérios eventos, como infecção, pré-operação para remoção, perfuração intestinal, fistula ou

obstrução e até mesmo óbito. Estes podem ser retidos durante qualquer procedimento cirúrgico em qualquer

cavidade do corpo, independente da magnitude ou complexidade. O Processo de contagem de agulhas,

compressas, instrumentais e itens variados é uma prática recomendada pela OMS e ANVISA, desde 2008,

passando por uma revisão sistemática sobre a evidência científica do que denominaram de estratégias para a

segurança do paciente. Neste contexto, faz-se necessário à implementação de um conjunto se ações

sistemáticas para reduzir ao máximo possível o risco de que ocorra o esquecimento de algum material dentro de

alguma cavidade do corpo do paciente. Neste contexto, na perspectiva de garantir a segurança cirúrgica,

justificou-se necessidade da criação deste protocolo. Objetivo: Relatar as estratégias para formulação de um

protocolo de conferencia de materiais cirúrgicos. Método: Trata-se de um relato de experiência sobre o

processo implantação de um protocolo de conferência de materiais cirúrgicos. Resultado: Recomenda-se que

cada serviço tenha uma norma para contagens cirúrgica, que especifique quando devem ser realizadas e por

quem, quais itens devem ser contados e como as contagens devem ser documentadas (OMS, 2009).

Observamos que na unidade estudada havia fragilidade na conferência de materiais, embora existisse impresso

próprio para este registro, a ocorrência de eventos adversos ainda persistia. Considerando a ocorrência de

eventos sentinela graves, relacionado a falta de adesão da equipe multiprofissional a esta etapa do ato

operatório, houve a implementação de um protocolo institucional, determinando a forma de

conferencia/contagem, registro e responsabilização da equipe de enfermagem pela implementação do mesmo.

O protocolo foi apresentado a toda equipe de enfermagem através de momentos de sensibilização e de

demonstração de simulações realísticas que ocasionavam eventos sentinela graves relacionados a erros de

conferência. A contagem de material atualmente é um indicador do serviço e há três meses apresenta adesão

significativa e crescente de toda a equipe. Conclusão: Observou-se que muitos profissionais tinham dúvidas no

preenchimento do impresso de conferência, fragilidade esta que foi corrigida durante os treinamentos e com a

criação de POPs que detalham como proceder esta tarefa. O momento de sensibilização proporcionou a

reflexão dos profissionais sobre a responsabilização com a contagem de materiais, ato, extremamente

importante, relacionado ao fazer da equipe de enfermagem do Centro Cirúrgico, com vistas a aumentar os

processos de segurança voltados aos pacientes cirúrgicos. Considerou-se a criação e a implementação do

protocolo como uma barreira efetiva de segurança, onde a análise mensal deste indicador embasará o processo

de gerenciamento de enfermagem de modo a corrigir possíveis fragilidades ou lacunas deste processo.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Enfermagem; Protocolo.

Page 104: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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79 - ESTRATÉGIAS ALTERNATIVAS UTILIZADAS NO PLANO ASSISTENCIAL À CRIANÇA DURANTE PERÍODO PERIOPERATÓRIO: REVISÃO INTEGRATIVA.

Autores: Karolline Bertoldo Angelin1, Rafaela Aparecida Prata

1, Ione Correa

1, Sílvia Maria Caldeira

1

Instituição: 1UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Distrito de Rubião Junior s/n, Botucatu (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Durante a hospitalização a criança passa por um processo traumático acompanhada de sentimentos

como medo e ansiedade. As estratégias alternativas como brinquedoteca, musicoterapia, biblioterapia, auxiliam

a criança a enfrentar a situação, a adesão ao tratamento, uma assistência de enfermagem humanizada e

auxiliando uma relação empática com os profissionais de saúde. Justifica-se o levantamento da literatura a

abordagem de estratégias alternativas no plano assistencial a crianças no período perioperatório, pelas

pesquisas científicas, para auxiliar na minimização do stress e da ansiedade em relação ao procedimento

cirúrgico e ao ambiente. Objetivo: Identificar na literatura as estratégias alternativas utilizadas no plano

assistencial à crianças no período perioperatório. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com

os seguintes descritores: “Ludoterapia” AND “Criança Hospitalizada” AND “Enfermagem”. Nas bases de dados:

PubMed, Web Of Science e Scopus Medline e Capes, nos idiomas português e inglês e que abordassem o tema

estudos de estratégias alternativas utilizadas no plano assistencial à crianças. Resultado: Foram analisados 55

artigos que versavam sobre o tema, destes, apenas 15 artigos atenderam aos critérios de inclusão previamente

estabelecidos. Através da caracterização dos artigos buscados observamos que os anos de maior produção

foram 2007 e 2010, com três artigos publicados em cada ano. O periódico Journal of Pediatric Nursing

apresentou o maior número de publicações sobre o tema, seguido pela Revista da Escola da Enfermagem da

USP, e o idioma que prevalece é o inglês. Vários países publicaram pesquisas sobre o tema, mas o Brasil é o país

que mais publicou seguido pela China. Pesquisa realizada sobre manifestação emocional em Hong Kong,

utilizando uma escala emocional, mostrou que a ansiedade apresentada pela criança é resultado da falta de

controle referente aos procedimentos médico- cirúrgicos. Estudo analisando a arteterapia, apontou o brinquedo

terapêutico como a estratégia mais utilizada no bloco operatório e destacou-a como uma importante atividade

lúdica, pois além de apresentar o benefício para a criança, ele auxilia na percepção e no conhecimento sobre o

que está acontecendo e sobre o que será feito, além de melhorar a comunicação e o relacionamento

terapêutico da criança com a equipe. Conclusão: Conclui-se que a divulgação sobre as estratégias alternativas

como o brinquedo terapêutico, arteterapia, musicoterapia, biblioterapia, são responsáveis por minimizar o

estresse, o medo e ansiedade, porém pouco divulgado no ambiente cirúrgico, sugere-se que mais pesquisas

sejam realizadas quanto à utilização destas estratégias e sobre o papel educacional do enfermeiro.

Palavras-chaves: Criança hospitalizada; Enfermagem; Ludoterapia.

Page 105: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[105]

80 - ESTUDO PILOTO: CONTROLE DA GLICEMIA PERIFÉRICA NO TRANS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA BARIÁTRICA.

Autores: Deise dos Santos Campos1, Emanuela Batista Ferreira e Pereira

2, Emanoela Patrícia Gonçalves Dourado

1

Instituição: 1HUOC - Hospital Universitário Oswaldo Cruz - Rua Arnobio Marques, 310, Santo Amaro, Recife (PE),

2UPE - Universidade de Pernambuco - Rua Arnobio Marques, 310, Santo Amaro, Recife (PE).

E-mail: [email protected]

Introdução: Trata-se de pesquisa piloto quantitativa realizada com pacientes internados na clínica cirúrgica,

para submeter-se a cirurgia Bariátrica, em um hospital Universitário do Recife. Objetivo: Com objetivo de

controlar a glicemia periférica no pré, trans e pós-operatório dos pacientes submetidos a cirurgia Bariátrica

Método: Os dados foram coletados através de um questionário semi-estruturado. Resultado: Na análise dos

dados verificou-se que 04 pacientes no pré-operatório, 08 no trans-operatório e 06 no pós-operatório

apresentaram glicemia periférica entre 100-150mg/dL Conclusão: O trauma cirúrgico potencializa o estresse

metabólico provocando hiperglicemia. No presente estudo pode-se observar que todos os sujeitos pesquisados

tiveram aumento da glicemia periférica no perioperatório, tornando necessário o controle glicêmico, para uma

boa qualidade da assistência.

Palavras-chaves: Obesidade; Diabetes; Cirurgia bariátrica.

Page 106: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[106]

81 - EXPLANTES: QUANTO CUSTA PARA ATENDER A RDC?

Autores: Lia Romero1, Camila Gomieiro

1, Mery Lirian da Costa

1, Melina Shettini

1

Instituição: 1HVC - Hospital Vera Cruz - Andrade Neves, 402, Centro, Campinas (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Visando atender a RDC Nº 15, de 15 de Março de 2012, passamos a gerenciar os produtos para

saúde oriundos de explantes submetendo – os ao processo de limpeza seguido de esterilização, a fim de

considera – lós resíduos sem risco biológico, químico ou radiológico, devendo ficar sob a guarda temporária em

local designado pelo comitê de processamento de produtos para saúde da instituição. No entanto, todo esse

processo de um modo geral vem gerando um custo extra para a CME, uma vez que o explante antes era um

artigo descartado sem tratamento prévio e hoje vem sendo tratado como qualquer outro artigo passível de

reprocessamento, porém sem utilidade fim. Objetivo: Mensurar e descrever o processo e os custos do

reprocessamento de artigos explantáveis para atender a RDC Nº 15, de 15 de Março de 2012. Método:

Trata-se de um trabalho qualitativo de caráter descritivo, do tipo relato de experiência, que descreve as ações

realizadas na gestão e reprocessamento de artigos explantáveis e o custo neles embutido em um hospital

privado de médio porte que presta assistência geral. Resultado: No primeiro semestre de 2014 foi dado início

ao tratamento dos explantes.Elaboramos um termo de solicitação e entrega de explante juntamente com um

termo de orientação ao paciente, com intuito informar sobre a responsabilidade da guarda e seu posterior

descarte, visando assim, conscientizar a retirada do explante da instituição, bem como manter a

responsabilidade civil, evitando o constrangimento do trabalhador manipulador de resíduo, para que somente

as pessoas que realmente desejam e zelarão por eles o farão. As etapas de reprocessamento dos explantes

seguem protocolo institucional, o qual inclui: recebimento com etiqueta de identificação do paciente, limpeza,

sinalização do artigo com fita colorida e número de lote sequencial – referenciado ao nome do paciente, registro

em caderno de controle, preparo, esterilização e armazenamento. O estudo de custos dos explantes tratados,

foi embasado em uma planilha de custos do setor financeiro da instituição denominada “Calc”, a qual divide os

artigos de acordo com sua conformidade, quantidade e tipos de reprocessamento, gerando um valor final para

cada um deles, conforme exemplo abaixo. Esse cálculo se dá pelo total de custo da CME, fixos, variáveis e

overheads (contratações, depreciação, salários, insumos, etc). Relacionamos todos os diversos tipos de

explantes reprocessados tomando como base essa tabela, comparando-os a artigos similares da mesma para

que pudéssemos chegar a um valor real apropriado. No período de um ano foram reprocessados 393 artigos,

dentre eles placas, pinos, parafusos, marcapasso, prótese de mama entre outros, somando um gasto de R$

2.270.50. Conclusão: O reprocessamento de artigos explantáveis foi embutido na rotina da cme em

atendimento a uma resolução, gerando um custo extra para a instituição, contudo acreditamos que esse tipo de

“resíduo hospitalar” deve ser tratado de forma consciente pelas consequências e reflexos que podem provocar

no meio ambiente se descartado inapropriadamente. O fim do descarte ainda não é possível pois não temos em

nossa macro região uma empresa especializada e credenciada para o recolhimento e destino final, tendo a

instituição que abrigar temporariamente esse tipo de resíduo.

Palavras-chaves: Explantes; RDC 15; Custo.

Page 107: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[107]

82 - FATORES CHAVES DE SUCESSO NA ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL DE UM CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO.

Autores: Maria Francisca Viana Brito Souza1, Rosilene Pereira do Nascimento

1, Maria Socorro Vasconcelos Pereira

da Silva1

Instituição: 1ICESP - Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Avenida Dr. Arnaldo, 251, Cerqueira Cesar,

São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: “Acreditação é um processo no qual uma entidade, geralmente não-governamental, separada e

independente da instituição de saúde, avalia a instituição de saúde para determinar se ela atende a uma série

de requisitos (padrões) criados para melhorar a segurança e a qualidade do cuidado.”1 A acreditação nacional

de instituições de saúde é orientada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Os padrões de segurança

e qualidade apresentados pela ONA abrangem o Centro de Material e Esterilização (CME) ao tratar de

processamento de materiais e esterilização, armazenamento e distribuição de materiais. A JCI é uma

organização independente, sem fins lucrativos, de acreditação internacional na área de saúde, que atua em

vários países. Um dos focos do processo de acreditação pela JCI é a Prevenção e o Controle de Infecções. A CME

e seus processos são abordados para acreditação pela JCI sob a ótica desse foco. Em 2014, a instituição

hospitalar em estudo, que já possuia acreditação nacional pela Organização Nacional de Acreditação (ONA),

buscou e obteve acreditação internacional pela Joint Commission International (JCI). Objetivo: Apresentar os

fatores chaves de sucesso na acreditação internacional de uma CME para uma instituição hospitalar pública.

Método: Desde a criação da instituição hospitalar em estudo, os gestores responsáveis estabeleceram padrões

de trabalho em conformidade aos padrões internacionais mais rigorosos. Esses padrões foram observados nas

instalações físicas, equipamentos, sistemas de informação e comunicação, rotinas de trabalho, seleção de

funcionários, treinamento admissional, treinamento contínuo, protocolos de trabalho e documentação

institucional. O grau de conformidade do Centro de material e Esterilização (CME) da instituição hospitalar aos

requisitos de acreditação nacional e internacional é alcançado pelo processo contínuo de treinamento interno e

externo, atualização e revisão constante de protocolos e rotinas. Com relação aos treinamentos, a instituição

hospitalar promove tipos e modalidades diferentes, como treinamento presencial, treinamento em serviço,

reuniões informativas e a participação em palestras, seminários, congressos e conferências. Dos treinamentos

presenciais formais destacam-se: “Metas Internacionais”, “Higienização das Mãos”, “Política dos Vestuários”,

“Política dos Pacientes Vulneráveis”, e “Pulseira de Identificação dos Pacientes”. Outro fator chave de sucesso

fundamental é a existência de protocolos, políticas, indicadores de qualidade e rotinas de trabalho que são

continuamente observados em treinamentos e nas atividades do dia a dia. Resultado: O processo de obtenção

do selo da acreditação Internacional levou dois anos e trouxe de maneira geral uma melhora importante no

processo de trabalho. Contou com uma consultoria especializada para avaliar as mudanças necessárias para

obtenção da acreditação além de auditorias preparatórias, inclusive com simulados da visita. Conclusão: Os

fatores chaves de sucesso são: o treinamento contínuo da equipe da CME com orientação aos padrões da JCI e

da ONA, atualização e revisão dos protocolos e rotinas buscando alinhamento ou superação dos padrões da JCI

e da ONA além da conscientização dos gestores e responsáveis pela instituição da importância do CME no

controle de infecção hospitalar.

Palavras-chaves: Acreditação; Sucesso; Centro de material e esterilização.

Page 108: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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83 - FENÓTIPOS DE RESISTÊNCIA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS DE INFECÇÕES DE PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO.

Autores: Berendina Elsina Bouwman Christóforo1, Marlene Andrade Martins

1, Tays Gutielle Gomes

1, Danyela Julia Han

1,

Michelle Christine Carlos Rodrigues2

Instituição: 1UFG - Universidade Federal de Goiás - Campus Cidade Universitária, BR 364, Km 195, 3.800, Jataí, Goiás (GO),

2CMMSC - Centro Médico Municipal Serafim de Carvalho - Rua Joaquim Caetano, 14, Jataí, Goiás (GO).

E-mail: [email protected]

Introdução: As infecções de pele e tecido subcutâneo decorrentes da presença de Staphylococcus aureus

multirresistentes nestas lesões constituem problema de saúde pública, aumentam os custos com o tratamento

e diminuem as opções de tratamento. O reconhecimento o mais precoce possível e a indicação da terapêutica

adequada contribuem para a redução de complicações em pessoas hospitalizadas. Objetivo: Verificar a

prevalência de fenótipos de resistência de Staphylococcus aureus a partir de culturas de secreções provenientes

de lesões de pele e tecido subcutâneo em geral de diferentes sítios de infecção de pessoas hospitalizadas em

um centro de atendimento hospitalar. Método: Estudo retrospectivo, realizado a partir de dados secundários

parciais do sistema de informação local, banco de dados de análises clínicas do software LabPro Data

Management System, de um centro de atendimento hospitalar. As análises microbianas de secreções de

diferentes sítios anatômicos foram realizadas com equipamento semi-automatizado MicroScan. A determinação

da Concentração Inibitória Mínima – CIM e os fenótipos de resistência podem ser identificados. Utilizou-se para

análise dos breakpoints as recomendações pelo Clinical and Laboratory Standards Institute - CLSI 2014. O estudo

foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer 987.308 de 09/03/2015). Resultado: Neste recorte,

analisaram-se 340 resultados de antibiograma. Identificaram-se 68 (16,8%) amostras de secreções de diferentes

sítios de infecção, incluindo as de sítio cirúrgico. Entre os setores do hospital onde foram realizadas as coletas, a

maioria foi do ambulatório e internação, totalizando 53 (77,9%). A prevalência de Staphylococcus aureus foi de

18 (30,9%). Dos MRSA identificados, 4 (22,2%) foram resistentes a oxacilina e 3 (16,7%) a cefoxitina. Quanto a

resistência à eritromicina e a resistência cruzada (tipo induzível) ao macrolídeos, lincosamina e estreptogramina

B, grupo MLSb, dos isolados, a maioria 17 (94,4%) estavam resistentes a eritromicina quanto a clindamicina. O

grupo MLSb, são antimicrobianos amplamente utilizados na prática clínica e opções de tratamento a pessoas

alérgicas à penicilina. Esta alta resistência limita opções de fármacos e requer a instituição de medidas de

vigilância e controle quanto ao manejo e cuidados a estas pessoas. A multirresistência é evidenciada pela

coexistência de cepas MRSA e também com o fenótipo MLSb. Este fato é de grande preocupação e representa

um desafio aos profissionais de saúde. Conclusão: Aos profissionais de saúde compete a monitorização dos

casos de infecção, estratégias de prevenção da transmissão, vigilância quantos aos micro-organismos

multirresistentes a partir dos resultados do serviço, uso criterioso de antimicrobianos, educação continuada

quanto à higienização das mãos e monitoramento dos requisitos quanto ao uso instrumentais ao realizar o

curativo, além de técnica para o manejo pelos profissionais em pessoas expostas com lesões de pele ou tecido

subcutâneo.

Palavras-chaves: Resistência a medicamentos; Vigilância epidemiológica; Staphylococcus aureus.

Page 109: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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84 - FRATURAS MAXILOMANDIBULARES E BLOQUEIO INTERMAXILAR: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E A PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS.

Autores: Priscila Erbueno Laposta1, Augusto Augusto Mazzoni Neto

1, Jéssica Renata Reis de Meira

1, Aristides Augusto

Palhares Neto1, Marla Andréia Garcia de Avila

1,

Instituição: 1FMB - UNESP - Universidade Estadual - Faculdade de Medicina de Botucatu – Avenida Prof. Montenegro,

Distrito de Rubião Junior, s/n, Botucatu (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: As fraturas do complexo maxilomandibular apresentam maior incidência em indivíduos do sexo

masculino, jovens e vítimas de traumas. Essas fraturas são tratadas de forma cirúrgica, quando é necessária a

redução e estabilização dos fragmentos ósseos envolvidos, ou de maneira conservadora, e em ambos os casos

pode ser necessário a realização dos bloqueios intermaxilares. No pós-operatório a abordagem a esses usuários

deve ser realizada por equipe multidisciplinar, orientando especialmente a realização da higiene bucal,

alimentação especial líquida e pastosa e possíveis complicações. Além disso, é necessário estabelecer uma via

de comunicação, já que a maioria dos usuários apresentam dificuldades para estabelecer a comunicação verbal.

Justifica-se a realização do estudo considerando que o conhecimento da epidemiologia do trauma

maxilomandibular e sentimentos dos usuários submetidos ao bloqueio intermaxilar podem subsidiar melhorias

na gestão dos serviços e elaboração de material educativo com vistas à qualidade da assistência médico-

odontológica e de enfermagem. Objetivo: Investigar o perfil epidemiológico dos usuários com fraturas no

complexo maxilomandibular e compreender sua percepção quanto ao evento trauma maxilomandibular e o

bloqueio intermaxilar. Método: Trata-se de um estudo quali-quantitativo, sendo a coleta de dados realizda nos

meses de julho a novembro de 2014, nos retornos dos usuários junto ao Serviço Odontológico. O projeto teve

aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição (CAEE: 32256914.5.0000.5411). Foram incluídos usuários

com 18 anos ou mais, vítima de trauma nos anos de 2012 e 2013, com fratura maxilomandibular e submetidos

ao bloqueio intermaxilar. Utilizou-se uma entrevista semi-estruturada, com informações sociodemográficas e

três perguntas norteadoras: Considerando a o bloqueio intermaxiliar - Conte-me como foi realizar a higiene oral;

Conte-me como foi realizar sua alimentação; Conte-me como você se comunicou. O referencial metodológico

utilizado foi a análise de conteúdo de Bardin e teórico a Teoria Geral da Enfermagem de Orem. Resultado:

Foram incluídos 54 usuários com fratura maxilomandibular, preponderando o sexo masculino (87%). A média de

idade foi de 30,6 anos, variando entre 18 e 64, com maior concentração (50%) dos pacientes entre 18 a 29 anos.

Quanto à etiologia do trauma destacam-se os acidentes com veículos motorizados (53%) e em relação à

localização das fraturas, as mais frequentes foram na mandíbula (68,5%). Houve uma discreta predominância de

casos cirúrgicos (53,7%). Considerando as perguntas norteadoras, emergiram três categorias, a saber:

Higienização bucal insatisfatória; Nutrição alterada e emagrecimento; Comunicação verbal prejudicada e

utilização da comunicação mão verbal. Os resultados encontrados neste estudo nos permitem considerar que,

os indivíduos vítimas de trauma e bloqueio intermaxiliar apresentam défcit no autocuidado, sobretudo nos

aspectos da higienização bucal e alimentação. Ressalta-se que a comunicação verbal prejudicada pode

comprometer a realização do autocuidado e reabilitação. Conclusão: Predominou indivíduos do sexo masculino,

jovens, vítimas de acidentes com veículos motorizados, com fraturas na mandíbula. O enfermeiro, coordenador

do cuidado, deve assistir os usuários em todo período perioperatório, especialmente na transição do cuidado

hospitalar para o domiciliar e assim minimizar o desconforto causado pelo bloqueio intermaxiliar.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Comunicação; Trauma.

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85 - GERENCIAMENTO DOS RISCOS ERGONÔMICOS NO AMBIENTE CIRÚRGICO: UMA IMPORTANTE FERRAMENTA DE QUALIDADE.

Autores: Viviane Pereira Costa1, Fabiana Parreira

1,1, Luiz Carlos de Araujo Oliveira

1,1, Adriana Lário

1,1, Alzira Machado

Teixeira1,1

Instituição: 1HIAE - Hospital Albert Einstein – Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Centro Cirúrgico (CC) é caracterizado como ambiente complexo, de inovação tecnológica

dinâmica, alta qualificação dos insumos. A criticidade das ações realizadas pelos recursos humanos e os riscos

ergonômicos a que estão expostos, tais como: posturas estáticas, dinâmicas, levantamento de peso,

repetitividade e postura inadequada, que envolvem a musculatura cervical, dorsal, membros superiores e

inferiores exigem atenção. Os procedimentos operacionais padrões (POPs) tem foco na saúde, segurança do

colaborador e redução dos riscos ergonômicos durante o processo de trabalho. A análise dos indicadores de

incidentes ocupacionais e absenteísmo do setor, são importantes ferramentas para gestão eficiente e promoção

de ambiente seguro. Objetivo: Analisar os processos executados na área e implementar ações de melhorias

para minimizar riscos ergonômicos e promover segurança ocupacional e do ambiente. Método: Formação do

Comitê de Ergonomia do Centro Cirúrgico de um grande hospital privado de São Paulo – Brasil. Realizado

levantamento e análise dos afastamentos dos colaboradores de enfermagem do CC e áreas de apoio:

suprimentos, Central de Material e Esterilização (CME) e engenharia clínica, relacionado à ergonomia no ano

2014. Dados fornecidos pelo Centro de Saúde Ocupacional (CSO)). Foram considerados os afastamentos por

Classificação Internacional de Doenças Osteomusculares (CID-M), totalizando 137 dias. Essa constatação levou à

necessidade de implementar ações e reduzir a incidência de afastamento por CID-M. Realizado no CC e áreas de

apoio, em janeiro de 2015, análise observacional por enfermeira do setor cirúrgico e fisioterapeuta do CSO.

Foram observadas as posturas dos colaboradores durante as atividades; aferido o peso dos materiais e

acessórios utilizados na rotina diária, e oscilou entre 4,4kg - 20kg. A partir desse dado, as atividades foram

classificadas pelo CSO como riscos ergonômicos baixo, moderado, alto e muito alto. Realizado a revisão dos

POPs considerando a criticidade do setor e incidência de ocorrência por atividade e analisado as deficiências na

execução destes protocolos. Em fevereiro de 2015, após o diagnostico situacional, instituiu-se o Comitê de

Ergonomia do Centro Cirúrgico (CECC) formado por representantes do CC e áreas de apoio envolvidas

diretamente nas atividades. Durante as reuniões do CECC foram analisados os riscos, proposto e implementado

ações de melhorias dentro dos processos executados e do ambiente de trabalho. Realizado nova analise

situacional pelo representante da área, registrado em planilha e acompanhada sua efetividade pelo CECC.

Resultado: Após a criação do CECC foi possível integrar os colaboradores do CC e áreas de apoio e implementar

ações de melhoria nos processos de trabalho. A reorganização do ambiente incidiu na minoração de práticas,

tais como: levantar equipamentos pesados, sobrecarga de materiais, treinamento in loco para transporte seguro

de materiais e identificação dos acessórios das mesas de cirurgias a dinâmica das atividades. Evidenciou-se

melhoria da segurança do ambiente e motivação para atitude segura entre os colaboradores. Conclusão: A

gestão participativa contribuiu e estimulou atitudes seguras na rotina diária dos colaboradores e tais ações

estão associadas a melhorias contínuas de segurança do ambiente e condições de trabalho adequadas.

Palavras-chaves: Risco ergonômico; Segurança colaborador; Gerenciamento risco.

Page 111: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[111]

86 - GESTÃO DE CENTRO CIRÚRGICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ENFERMEIRAS LÍDERES DE UNIDADE.

Autores: Debora Andreia Kalata Lain1, Lisiane Paula Sordi

1, Rute Merlo Somensi

1, Patricia Treviso

2

Instituição: 1ISCMPA - Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Rua Professor Annes Dias, 295, Centro

Histórico, Porto Alegre (RS), 2IPA - Centro Universitário Metodista - Rua Dona Leonor, 340, Rio Branco, Porto

Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: Muitas mudanças ocorreram até o padrão e funcionamento de centro cirúrgico existente

atualmente, desde inovações em medicações e tecnologias, estabelecimento de legislação quanto à

infraestrutura, desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competências dos profissionais que ali atuam

entre outros. A enfermagem acompanhou e fez parte destas mudanças, contribuindo para a evolução e

estabelecimentos de melhorias, atuando na assistência ao paciente, organização e realização do trabalho de

enfermagem, além do gerenciamento da unidade. Objetivo: Relatar a experiência da atuação de enfermeiras,

líderes da unidade de Centro Cirúrgico, no processo de gestão de pessoas e de custos. Método: Relato de

experiência da atuação de duas enfermeiras na gestão de dois Centros Cirúrgicos especializados em

Neurocirurgia e Cirurgia Torácica da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Trata-

se de dois centros cirúrgicos, com três salas operatórias cada, um especializado em Neurocirurgia, no qual

realizam-se uma média de 120 cirurgias por mês, a maior parte de alta complexidade e outro especializado em

cirurgias torácicas e transplantes pulmonares, com uma média de 300 procedimentos por mês. Resultado:

Apresenta-se o relato em duas etapas: Processos assistenciais e Processos administrativos. O enfermeiro líder

da unidade de centro cirúrgico possui uma atuação mais indireta nos processos assistenciais, sendo responsável

principalmente pelo adequado dimensionamento de pessoal e sua capacitação, visando qualidade e segurança

na assistência prestada ao paciente. Este profissional atua de forma mais abrangente nos aspectos relativos aos

processos administrativos que incluem o gerenciamento de conflitos, educação continuada, coleta, análise e

controle de indicadores de gestão e de qualidade (absenteísmo, acidentes de trabalho, infecções de sítio

cirúrgico, custo, entre outros), controle de estoque de insumos, planejamento de compra e substituição de

tecnologias, controle de utilização de órteses, próteses e materiais especiais, controle de escala de

agendamento cirúrgico, autorizações de cirurgias e de insumos de alto custo, revisão de contas cirúrgicas para

faturamento, análise de custos e resultados além de planejamento orçamentário anual. Conclusão: Nas

atribuições desenvolvidas pelo enfermeiro, líder de unidade, salienta-se as atividades relacionadas aos

processos administrativos como de maior trabalho e atuação. Torna-se evidente a importância da atuação deste

profissional para o bom funcionamento da unidade, contribuindo para a sustentabilidade do setor, seu bom

funcionamento, integração da equipe, qualidade e segurança nos processos e no atendimento ao paciente.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Centro cirúrgico; Gestão de recursos; Gerência de serviços de

saúde.

Page 112: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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87 - GESTÃO DE CONFLITOS NO CME. REALIDADE DIÁRIA.

Autores: Juliana Rocha1, Iones Júnior

1, Felipe Amaral

1, Joyce Vasconcelos

1, Walkiria Martins

1

Instituição: 1BIOXXI - Serviços de Esterilização LTDA - Rua Coronel Cabrita, 17, São Cristóvão, Rio de Janeiro (RJ).

E-mail: [email protected]

Introdução: Situações de conflito podem surgir no ambiente de trabalho, familiar e na convivência interpessoal

em vários ambientes. Este estudo visa compreender essas situações de desequilíbrio, suas origens e impactos na

produtividade e desempenho da equipe. Segundo Abraham Maslow as necessidades humanas estão dispostas em

uma pirâmide com cinco níveis: na base da pirâmide se encontram às fisiológicas e de segurança, no topo a busca

pela individualização, necessidades sociais, de estima e de auto-realização. Quando o ser humano não satisfaz

suas necessidades básicas indispensáveis e urgentes (alimentação, necessidades fisiológicas gerais...), ele tende a

não desempenhar suas atividades com eficácia, tornando-se desmotivado, sem que venha a almejar maiores

objetivos e realizações, visto que seus anseios básicos não foram atendidos. Esta teoria permite que o gestor

avalie necessidades de colaboradores e associe improdutividade, desmotivação e gestão dos conflitos. No

contexto da CME o enfermeiro vivencia conflitos relacionados à equipe, de relacionamento interpessoal e

produtivo e as demandas dos clientes internos, de acordo com o status do profissional, seja médico, enfermeiro,

além do atendimento às necessidades prioritárias para a unidade hospitalar, como centro cirúrgico, CTI, etc. O

enfermeiro gestor é o ator principal no equilíbrio das expectativas do time e dos públicos atendidos. Objetivo: O

presente estudo objetiva obter relatos sobre conflitos vivenciados por enfermeiros em CME terceirizadas no Rio

de Janeiro e as técnicas empregadas para equilíbrio dos conflitos. Método: O trabalho proposto foi desenvolvido

através de pesquisa bibliográfica e qualitativa, por meio de questionário específico, com perguntas abertas e

fechadas, realizadas no período de 110 dias em 2015, junto aos enfermeiros gestores das Centrais de Material de

Esterilização. Resultado: Os resultados nos mostram que 87,5% dos Enfermeiros gerenciam conflitos com reuniões

periódicas, 37,5% consideram que a resistência do cliente dificulta as resoluções de conflito, 100% concordam que

os conflitos motivam a alcançar melhorias, 91,6% atuam com técnicas de negociação, 95,8% consideram mais

importante gerenciar pessoas e processos, 75% apontaram que a falta de funcionário é a maior causa de estresse,

100% concordam que atuar no cliente motiva conflitos e 58,3% afirmaram que a diferença salarial do terceirizado

é a maior causadora de desmotivação do colaborador. Conclusão: O estudo apontou que os gestores da CME

resolvem os conflitos com técnicas de relacionamento, através de reuniões periódicas e contato estreito com a

equipe. Porém, o conflito é sinalizado como motivador de melhorias internas. Um dos maiores elementos de

conflitos com os públicos atendidos pela CME é a quebra de paradigmas. Em relação à equipe, é notado como

fonte de conflitos o quadro de funcionários reduzido, a diferença salarial entre colabradores da mesma função, se

comparado cliente e prestador de serviço. Esse estudo propõe que o gestor deve atuar como ferramenta na

mediação e resolução dos conflitos e no atendimento das necessidades primárias dos públicos atendidos.

Palavras-chaves: Gestão; Conflitos; Central de material e esterilização.

Page 113: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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88 - GESTÃO EM CENTRO CIRÚRGICO: PROPOSTA DE CONTROLE DO DESPERDÍCIO.

Autores: Maria José do Nascimento Silva4, Ana Patricia Gomes Vasconcelos

4,4

Instituição: 4HUJBB - Hospital Universitário João de Barros Barreto - Rua dos Mundurucus, 4.487, Guamá, Belém (PA).

E-mail: [email protected]

Introdução: A assistência a saúde, dentro de o ambiente hospitalar é uma atividade complexa, envolvendo

vários profissionais, de diversas áreas e especialidades, neste cenário encontra-se uma das unidades de maior

complexidade: o Centro Cirúrgico, com complicada distribuição logística, devido seus processos de trabalho,

necessitando de uma oferta muito grande de materiais, ocasionando com isso um aumento do consumo destes,

constituindo assim numa importante referencia para estudo do desperdício (CASTRO, 2012). Objetivo: Analisar

os desperdícios de materiais médico hospitalares; Propor estratégias para combater os desperdícios; Identificar

materiais mais desperdiçados. Método: Estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, realizado

no centro cirúrgico de um Hospital Universitário, com 28 profissionais de enfermagem. O projeto foi aprovado

pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob o parecer nº 663.861. Resultado: Os resultados da pesquisa comprovam

que existe desperdícios no centro cirúrgico em questão, desperdícios estão que geram alto impactos para o

orçamento hospitalar. Dentre os motivos dos desperdícios, foi encontrado o estoque excessivo de materiais,

ocasionando perdas devido o prazo de validade expirado. Quanto as causas destes desperdícios 21% dos

entrevistados responderam que está relacionado a presença dos estagiários, 16% das respostas para a

improvisação do uso de materiais e falta de qualidade, 15% do uso inadequado e 14% para o excesso de

materiais, 11% para a dificuldade de controle e 8% pela falta de protocolos. Os materiais mais desperdiçados

são: pacotes de gazes, luvas de procedimento, gorros e medicamento. Os profissionais entrevistados

evidenciaram como estratégias para minimizar o desperdício: 25% implantação de kits cirúrgicos, 18%

conscientização e sensibilização das equipes, 12% reavaliação do processo de trabalho e criação de protocolos, e

10% que a dispensarão diária dos materiais. Conclusão: Os resultados do estudo confirmam os desperdícios e as

estratégias que o enfermeiro lança a mão para combate-las não sendo ainda suficientes. O fator material em

relação a enfermagem, é considerado que cabe ao enfermeiro realizar a administração de recursos materiais em

suas unidades, ressaltando no entanto, que deve haver um processo reflexivo sobre como o que estará

atendendo quando desenvolver suas funções. Ao analisar o desperdício, propor-se como controle, a criação de

kits cirúrgicos, que são conjuntos de materiais e medicamentos previamente separados e embalados para uso

em determinados procedimentos, organizados de acordo com o tipo de cirurgia e anestesia e auxiliam os

profissionais na organização prévia dos itens necessários para a realização da cirurgia.

Palavras-chaves: Administração de materiais; Desperdícios; Gestão em enfermagem.

Page 114: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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89 - GRUPO DE FERIDAS DO CENTRO CIRÚRGICO: UMA ESTRATÉGIA EFICAZ DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE.

Autores: Luciana Cristina Santos Ribeiro1, Eliane de Araújo Cintra

1, Camila de Jesus Peron Moraes

1, Paula C. Figueiredo

Cavalari1, Alessandra Nazareth C. P. Roscani

1

Instituição: 1HC UNICAMP - Hospital de Clínicas da Unicamp - Rua Vital Brasil, 251, Cidade Universitária "Zeferino Vaz",

Campinas (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A atuação direcionada da equipe de enfermagem do bloco operatório no posicionamento cirúrgico

do paciente e na colocação da placa dispersiva do eletrocautério é fundamental para garantir a integridade da

pele e segurança do paciente. Estabelecer protocolos para alinhar o processo de trabalho e evitar o risco de

lesões decorrentes de posicionamento ou de desconexões no uso do eletrocautério é uma estratégia de

melhoria da qualidade da assistência ao paciente cirúrgico. Objetivo: Descrever a criação e a atuação do Grupo

de Feridas do Centro Cirúrgico para a prevenção e assistência de lesões de pele em paciente cirúrgico. Método:

Estudo descritivo, realizado em Hospital Público Universitário, com caracteristica de atendimento cirúrgico de

grande porte, com 409 leitos, que realiza em média 1145 cirurgias mês. O estudo foi realizado no período de

dezembro de 2014 a abril de 2015. Para a construção do protocolo de assistência, foram utilizados ferramentas

de gestão e o modelo unificado de qualidade em saúde proposto por Donabedian. Os indicadores de resultado

mensurados no estudo foram taxa de ocorrência de queimadura por placa e taxa de lesões de posicionamento.

Resultado: O grupo foi instituído em dezembro de 2014 e conta com a participação de seis membros da divisão

de centro cirúrgico e dois do grupo de lesões institucional. Têm utilizado para nortear a tomada de decisão e

estabecer barreiras para prevenir a ocorrência de novas lesões: 1. Análise causa-raiz; 2. Matriz de gravidade,

urgência e tendência e; 3. Plano de ação. Para melhorias de processo, foram instituídos: protocolo de assistência

ao paciente cirúrgico, com descrição do procedimento operacional padrão para prevenção e tratamento, e um

sistema específico de notificação, seguimento e desfecho de eventos. Foram realizadas campanhas internas

para sensibilização das equipes, treinamento de enfermeiros e orientações da equipe multiprofissional. Para

divulgação, foram utilizados recursos visuais como banner e descanso de tela nos computadores.

Especificamente para uso do eletrocautério, foi instituido o modelo de prevenção baseado nos quatro certos

relacionados a cuidados com a pele em uso de placa, são eles: pele limpa, seca, desengordurada e

tricotomizada. Outra barreira instituída foi a identificação em sistema de quarentena para equipamentos

relacionados a ocorrências, com revisão rigorosa e análise de cabos e plugs de conexão. A ocorrência de lesões e

a evolução são partilhadas em tempo real entre os membros do grupo via plataforma web para discussões e

tomada de decisão compartilhada entre os membros, o enfermeiro responsável pela visita de enfermagem pós-

cirúrgica e os enfermeiros do grupo de lesões institucional. Como melhoria de estrutura, após a instituição do

grupo, houve investimento na renovação do parque tecnológico de eletrocautérios e disponibilização de um

número maior de coxins para posicionamento cirúrgico. Quanto aos indicadores de resultado, desde a criação

do grupo foram realizadas 5726 cirurgias, a taxa de ocorrência de queimadura foi de 0,02% e a taxa de lesões de

posicionamento de 0,14%. Conclusão: O grupo foi instituído e tem demonstrado que ferramentas de qualidade,

ações de melhoria direcionadas para prevenir ocorrências indesejáveis são estratégias eficazes para garantir a

melhoria da qualidade e a segurança do paciente cirúrgico. Destaca-se a utilização de recursos tecnológicos para

comunicação como importante ferramenta para divulgação e auxílio a tomada de decisão.

Palavras-chaves: Úlcera por pressão; Eletrocirurgia; Segurança do paciente; Enfermagem perioperatória;

Queimaduras.

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90 - HIPOTERMIA EM PACIENTES NA RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA: ANÁLISE DA INTERVENÇÃO DE INFUSÃO VENOSA AQUECIDA.

Autores: Ana Lúcia de Mattia1, Maria Helena Barbosa

2, Adelaide de Mattia Rocha

1, Nathália Haib Costa Pereira

1

Instituição: 1EE-UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais - Escola de Enfermagem - Avenida Prof. Alfredo Balena, 190,

Santa Efigênia, Belo Horizonte (MG), 2 UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro - Avenida Frei

Paulino, 30, Abadia, Uberaba (MG).

E-mail: [email protected]

Introdução: No período de recuperação anestésica o paciente fica vulnerável à complicações, e vários estudos

apontam a hipotermia como uma das mais frequentes. Objetivo: Analisar a eficácia da infusão venosa aquecida,

no controle da hipotermia em pacientes durante o período de recuperação anestésica. Método: Trata-se de

uma pesquisa experimental, comparativa, com método quantitativo, realizada em um hospital público federal,

na cidade de Belo Horizonte. A amostra foi constituída por 44 adultos, sendo o tamanho amostral definido

segundo o número de variáveis preditivas, utilizando-se de cinco a oito sujeitos em relação a cada uma das

variáveis. Os sujeitos foram divididos em grupos controle e experimental, que apresentaram temperatura

corpórea inferior a 36°C ao entrarem na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA). A composição dos grupos

controle e experimental foi realizada utilizando-se a técnica de amostragem probabilística sistemática. Os

sujeitos do grupo experimental receberam infusão venosa aquecida durante todo período de permanência na

sala de recuperação pós-anestésica, e os sujeitos do grupo controle foram tratados conforme os procedimentos

da instituição, e estes não incluem a infusão venosa aquecida. Para a coleta de dados, foi elaborado um

instrumento, composto por dados relativos ao paciente, ao procedimento anestésico-cirúrgico, à variação da

temperatura do paciente e às manifestações de hipotermia durante a permanência na SRPA. Do paciente, foram

coletados dados relacionados ao grupo em que foi incluído (Controle ou Experimental), sexo, idade,

comorbidades e classificação da American Society of Anesthesiologists (ASA). Referente ao procedimento

anestésico-cirúrgico, dados quanto ao tipo de cirurgia realizada, e à duração da cirurgia e da anestesia. A

temperatura corpórea axilar foi verificada na entrada do paciente na SRPA e a cada 15 minutos, até completar

60 minutos, e na saída do paciente, e foram registrados dados quanto às manifestações de hipotermia. O

projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais,

com o parecer nº ETIC 310/09, CAAE 0310.0.203.000-09. O termo de consentimento livre e esclarecido foi

assinado por todos os participantes, após receberem do pesquisador as informações sobre o estudo e seus

objetivos. Resultado: Os resultados demonstraram que não houve diferença significativa entre os grupos ao

longo do tempo, a interação tempo e grupo não apresentou significância estatística (p=0,940). A temperatura

corpórea aumentou em 1,3°C a cada hora permanência do paciente, independente do grupo, demonstrando

que a interação tempo e temperatura corpórea foi significativa (p) Conclusão: Para o alcance da normotermia,

deve-se manter o paciente com aquecimentos conjuntos, sendo passivo e ativo, por no mínimo uma hora na

sala de recuperação pós-anestésica, e recomenda-se também atenção para a manutenção da temperatura

ambiental da SRPA.

Palavras-chaves: Hipotermia; Sala de recuperação; Enfermagem perioperatória.

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91 - IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Maria Zélia de Araujo Madeira1, Cândida Danyelle Silva Leôncio

2, Ismael Carlos Costa

3, Laiane dos Santos

Andrade2, Janayna Percy Costa Pessoa

5

Instituição: 1UFPI - Universidade Federal do Piauí - Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Ininga, Teresina (PI),

2,3, 5 HU/UFPI/EBSERH/-Hospital Universitário UFPI/EBSERH, Campus Universitário Ministro Petrônio Portela,

s/n, SG 07, Iningá, Teresina (PI).

E-mail: [email protected]

Introdução: Hospital Universitário (HU) é destinado a prestação de serviços de saúde no âmbito do SUS e ao ensino teórico e prático nas ciências da saúde. Dentre as unidades do hospital, ressalta-se a Unidade de Processamento de Materiais Esterilizados (UPME) a qual é destinada ao recebimento de materiais médico-hospitalares e odontológicos contaminados provenientes das unidades consumidoras, além dos fornecedores de implantes/órteses e próteses para ser submetido a limpeza, desinfecção e/ou esterilização, os quais após devido processamento, realizam-se a guarda e distribuição. Objetivo: Relatar os avanços ocorridos durante o período de implantação da UPME até os dias atuais. Descrever a contribuição dos profissionais de enfermagem durante a implantação do serviço na unidade. Método: Trata-se de um relato de experiência de abordagem qualitativa sobre as atividades desenvolvidas na UPME de um Hospital Universitário no Estado do Piauí durante o período de setembro de 2012 a maio de 2015. Para realizar o levantamento de dados foram utilizados registros internos do setor, documentos oficiais da empresa, pesquisas em sites de publicações relacionadas ao tema e na vivência dos profissionais de enfermagem do setor. A elaboração do relato se deu em etapas definidas: captação, ordenação e análise dos dados. A captação consistiu em reunir todas as fontes existentes correlacionadas com o tema; a ordenação permitiu organizar cronologicamente os dados coletados; e a análise selecionou os dados relevantes para o trabalho, além de proporcionar reflexão sobre o desenvolvimento do setor no período supracitado. Resultado: A UPME é distribuída espacialmente em três setores: expurgo, área de preparo e arsenal/distribuição. Embora a unidade estivesse com a sua estrutura física e maquinários apropriados já previamente instalados antes da reinauguração do hospital em outubro de 2012, o setor executou de forma insipiente suas atividades específicas após um ano. Durante esse período, iniciou-se a catalogação dos instrumentais; a montagem das caixas, pacotes e bandejas; elaboração dos Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) com base na normas da Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC); limpeza e desinfecção de artigos provenientes do ambulatório do hospital, sendo que os instrumentais a serem esterilizados eram encaminhados para serem processados em outro hospital de referência estadual. A partir de junho de 2013, com o início das internações, a unidade começou a processar os artigos de forma independente. Desde então, os profissionais têm realizado medidas de organização interna visando registrar o fluxo de recebimento e processamento dos materiais; monitoramento do funcionamento e manutenção do maquinário; rastreamento dos materiais preparados; além de inspeção direta nas unidades consumidoras a fim de avaliar o acondicionamento dos materiais. Conclusão: Diante do relato, observou-se os avanços durante a implantação da UPME até os dias atuais e enfatizou-se a atuação dos profissionais de enfermagem nesse processo à medida que contribuíram para organização do setor e exercício das atividades mediante aplicação de normas padrões. Espera-se que o presente trabalho contribua como marco histórico e proporcione fonte de pesquisa para nortear a continuação dos serviços e estruturação de outros.

Palavras-chaves: Enfermagem; Centro de esterilização; Hospital universitário.

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92 - IMPLANTAÇÃO DE MÉTODO FORMAL DE COMUNICAÇÃO PARA PROVISIONAMENTO CIRÚRGICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Patrícia da Silva Batista1, Gina Vilas Boas Lima Tarcitano

1, Shirley dos Santos

1, Elizabeth Akemi Nishio

1

Instituição: 1HGG - Hospital Geral de Guarulhos - Alameda dos Lírios, 300, Parque CECAP, Guarulhos (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A melhoria contínua na qualidade da assistência e da eficiência do serviço de saúde, frente à racionalização de recursos neste segmento, tem sido uma preocupação. O centro cirúrgico constitui uma das unidades mais complexas do ambiente hospitalar, conseqüências dos equipamentos, tecnologia, da variação intrínseca de seus principais processos, da complicação logística para o seu funcionamento e, principalmente, pela criticidade dos procedimentos realizados com os usuários. Algumas fragilidades no processo deste setor levantam a necessidade de se aplicar novas técnicas e procedimentos que facilitem a execução das tarefas, a fim de minimizá-las, e assim aumentar a qualidade da prestação de serviço e a satisfação do quadro funcional. Objetivo: Implantar um canal de comunicação formal com equipe multiprofissional para o planejamento efetivo de cirurgias eletivas. Método: Trata-se de um relato de experiência, realizado em um hospital de grande porte no Município de Guarulhos que contempla 08 salas cirúrgicas. As cirurgias eletivas ocorrem de segunda a sexta feira, em salas divididas por especialidade de acordo com as definições da enfermeira responsável. Assim os pacientes são escalonados para cirurgias através de um aviso cirúrgico alimentado pelo cirurgião até as 72 horas que antecedem o procedimento, a enfermeira do ambulatório verifica a disponibilidade de leitos de internação e faz as respectivas reservas além de confirmar a presença com os pacientes. O estudo teve início em novembro de 2014, durante a implantação de um novo modelo de gestão na instituição e com a introdução de uma ferramenta de comunicação, intitulada “bate mapa cirúrgico”, com duração até maio de 2015. Nesta ferramenta as interfaces que acompanham os processos: farmácia, almoxarifado, material consignado, engenharia clinica e enfermagem, se reúnem para previsão de materiais, equipamentos e medicamentos de acordo com o mapa cirúrgico, com 24 horas de antecedência. Posteriormente estas informações são confrontadas com o mapa cirúrgico e então é realizada uma análise do número de cirurgias já programadas para o dia, o turno e a especialidade, permitindo confirmar o agendamento ou sugestão de novas datas e horários, e se algum material ou equipamento não estiver disponível equipe médica e pacientes são comunicados. Resultado: Após a implantação do bate mapa houve uma diminuição considerável nas suspensões cirúrgicas, diminuindo de 20 para 5%, aumento no cumprimento das metas cirúrgicas devido provisionamento dos insumos e medicações necessárias para o procedimento e melhora na satisfação de nossos usuários em fila de espera. Conclusão: Com a implantação da ferramenta de bate mapa cirúrgico foram identificados os seguintes benefícios: diminuição do tempo de ociosidade das salas cirúrgicas; melhora na administração dos intervalos de utilização das salas com conseqüente diminuição dos atrasos; possibilidade de uma maior flexibilidade na agenda dos cirurgiões; diminuição do tempo médio de dias de internação; diminuição do tempo de jejum; e redução do cancelamento cirúrgico.

Palavras-chaves: Mapa cirúrgico; Centro cirúrgico; Comunicação; Suspensão cirúrgica.

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93 - IMPLANTAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DO TIPO CHECK LISTE PARA PASSAGEM DE PLANTAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIAS.

Autores: Adriana Lopes Domingues1, Renata Pinto Ribeiro Miranda

1, Ana Letícia Carnevalli Motta

1, Diego Venturelli

1

Instituição: 1UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas - Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714, Alfenas (MG),

2UNIARARAS - Universidade de Araras - Avenida Dr. Maximiliano Baruto, 500, Araras (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A passagem de plantão é uma prática veiculada de forma diária, realizada pela equipe de enfermagem por meio da transmissão de informações, seja direta ou indireta, com o objetivo de dar continuidade na assistência integral ao paciente, e quando feita com qualidade, resulta em melhor produtividade. Neste contexto se faz necessário compreender o significado de sistema de informação que, segundo a Organização Mundial de Saúde, conceitua como meio de coletar, processar, analisar e transmitir as informações de forma que se possam obter resultados positivos. Cada instituição de saúde tem suas particularidades, contudo uma característica relevante, que precisa ser evitada na passagem de plantão de forma escrita, é a ortografia ilegível, que leva a uma interpretação errônea das situações. A partir desta reflexão, surgiu a necessidade de se adotar uma nova estratégia para passagem de plantão. Objetivo: Relatar a experiência da implantação de um instrumento do tipo check list para passagem de plantão, sob a perspectiva de transmitir informações concisas para obtenção de qualidade e segurança do paciente submetido à procedimentos cirúrgicos. Método: Relato de experiência da implantação de um instrumento do tipo check list para passagem de plantão em um Hospital Dia localizado no Sul de Minas Gerais. Resultado: Em 2014 a equipe de enfermagem passava o plantão de forma oral e escrita, em ambiente cirúrgico por meio de um livro ata. Eram descritas informações de suas particularidades individuais e o que foi realizado até o momento, com ortografia de difícil compreensão, demonstrando uma imaturidade de conhecimento do verdadeiro significado sobre a passagem de plantão, assim como, a importância de informações que deveriam ser comunicadas para a continuidade da assistência ao paciente cirúrgico. Em janeiro de 2015, foi elaborado e implantado o check list para passagem de plantão, com informações divididas em 4 tópicos: sala cirúrgica (SC); sala de recuperação pós anestésica (SRPA); ala cirúrgica (AC) e central de materiais e esterilização (CME). As informações contidas descrevem a forma que o profissional de enfermagem transfere o plantão para o outro. No primeiro tópico, contempla sobre a presença ou não de intercorrências relacionadas à equipamentos, ato anestésico e cirúrgico durante o procedimento. O segundo tópico aborda informações do paciente na SRPA sobre presença de dispositivos invasivos, sinais vitais, presença de oxigênio, nível de consciência e se o paciente esta liberado para o quarto aguardando o encaminhamento. Seguidamente são descritas informações dos pacientes na AC em relação a presença de acompanhantes, mobilização que paciente deve permanecer, liberação de dieta, troca de curativos e necessidades fisiológicas. Na perspectiva da CME, são descritos informações sobre materiais aguardando o processo de lavagem, inspeção, secagem e esterilização, assim como, materiais a serem enviados a manutenção e por fim, no rodapé do check list, foi descrito que o instrumento não elimina a leitura na íntegra do relatório de enfermagem. Conclusão: Foi realizado um treinamento com a equipe de enfermagem sobre o instrumento implantado, resultando na passagem de plantão de forma dinâmica, em menor tempo, com planejamento eficaz para continuidade da assistência ao paciente com qualidade e segurança e redução de eventos adversos.

Palavras-chaves: Registros de enfermagem; Melhoria de qualidade; Segurança do paciente.

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94 - IMPLANTAÇÃO DO CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA EM UM HOSPITAL PRIVADO NO INTERIOR DO PARANÁ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Stefania de Oliveira1,2

, Andreia Alves1, Kamille Kotekewis

2

Instituição: 1HCL - Hospital do Coração de Londrina - Rua Paes Leme, 1.351, Londrina (PR),

2UEL - Universidade Estadual de

Londrina - Rod. Celso Garcia Cid, PR 445, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Checklist da cirurgia segura é uma lista de verificação de riscos proposta pela Organização

Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de melhorar a segurança do paciente cirúrgico, que visa a qualidade da

assistência de forma organizada e estruturada, com tópicos em forma de desafios a serem alcançados (WHO,

2008). Visto que os procedimentos cirúrgicos tem se tornado mais freqüentes, acompanhado de morbidade,

mortalidade e alto índice de complicações, faz se necessário e imprescindível a realização do Checklist da

cirurgia segura em todos os procedimentos. Considera-se ainda que mais da metade das complicações

relacionadas ao procedimento cirúrgico são evitáveis através desse desafio, sendo estas, embasadoras do

Manual: Cirurgia Segura Salvam Vidas (KABLE, GIBBERD e SPIGELMAN, 2002; WHO, 2008). Objetivo: Este

trabalho teve como objetivo analisar e relatar a implantação do Programa Cirurgia Segura no contexto centro

cirúrgico, bem como incentivar os profissionais da instituição em questão sobre a importância dessa iniciativa.

Método: Como se trata de relato de experiência, a abordagem é observatória e descreve a situação da prática

inserida, juntamente com suas estratégias. Mediante apoio institucional deu-se início a implantação do

programa (Checklist) guiado por um impresso adaptado para a realidade inserida, com os fiéis princípios de

origem, sem alteração de sentido. Abordamos todas as especialidades cirúrgicas, e em quatro salas cirúrgicas

existentes na instituição. Em cirurgias de grande porte ou com especificidades, o enfermeiro acompanhava

imprescindivelmente o preenchimento do checklist juntamente com o técnico de enfermagem. Antecedendo a

implantação, aconteceu um treinamento para apresentar os objetivos dessa iniciativa, bem como apresentação

do impresso a ser usado. Foi usada também a comunicação visual nos murais do Hospital, como forma de

divulgação para os demais profissionais. E na prática, a equipe de enfermagem do Centro cirúrgico atuava como

facilitadora nas dúvidas frequentes sobre o novo modelo. Resultado: Como resultado dessa implantação,

observamos que a equipe de enfermagem desempenhou com competência e persuasão a aplicação do

checklist. Em casos de equipes cirúrgicas e/ou anestesiologistas resistentes ao novo processo, a enfermeira

acompanhava mais intensamente o processo, até que o funcionário superasse a fragilidade. E mesmo em casos

de resistência, o checklist era realizado em todos seus tópicos. O aspecto comunicação, entrosação e

responsabilidade da equipe faz com que a qualidade do checklist proposto seja ainda melhor e mais eficaz. Após

realização do check list, todos os membros assinavam o impresso, como forma de se comprometer com a

segurança do paciente. Conclusão: Concluímos que a determinação, persuasão, entrosamento e comunicação

da equipe de enfermagem foram quesitos primordiais para o alcance dos objetivos dessa implantação, que é a

segurança do paciente cirúrgico. A presença e atuação de uma enfermeira na direção clínica dessa instituição faz

com que iniciativas propostas por nossa equipe, com a finalidade de melhoria da qualidade de assistência de

enfermagem aos pacientes, estejam sempre em prioridade, e isto nos traz segurança enquanto gerente do

cuidado. Vale ressaltar que como o programa está em fase de implantação, e que a atuação gerencial e

assistencial do enfermeiro se faz presente em todos os momentos, sejam eles em educação continuada,

divulgação da relevância do desafio ou incentivo diário da equipe para a maior adesão.

Palavras-chaves: Comunicação; Procedimento cirúrgico; Segurança do paciente.

Page 120: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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95 - IMPLANTAÇÃO DO ENFERMEIRO COMO GESTOR E MULTIPLICADOR DE CONHECIMENTO NUM CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO.

Autores: Shirley dos Santos1, Gina Vilas Boas Lima Tarcitano

1, Patrícia da Silva Batista

1, Elizabeth Akemi Nishio

1

Instituição: 1HGG - Hospital Geral de Guarulhos - Alameda dos Lírios, 300, Parque CECAP, Guarulhos (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A Central de Material e Esterilização (CME) é uma unidade de apoio técnico que se articula com

praticamente todos os setores do hospital, que garantem seu atendimento ao paciente através dos produtos

fornecidos pela CME, tanto que qualquer falha ocorrida durante o processamento dos materiais implica em

comprometimento e risco ao paciente. Os profissionais que atuam na CME possuem ativa responsabilidade no

combate a infecções e cabe ao enfermeiro planejar a unidade, prevendo e provendo recursos humanos e

materiais, bem como capacitação de sua equipe. Nosso relato de experiência inicia-se em novembro de 2014,

quando assumimos uma Unidade de esterilização de um hospital cuja gestão e atuação era realizada 100% por

trabalhadores sem formação em enfermagem, com término em Abril de 2015. Objetivo: Identificar e capacitar o

profissional enfermeiro para atuação na Unidade de CME, provedor multiplicador de conhecimento específico.

Adequar o perfil da unidade com profissionais formados na área de enfermagem. Método: Trata-se de um

relato de experiência na identificação e capacitação de um enfermeiro da CME, para gerenciar materiais e

capacitar recursos humanos de enfermagem somados a análise de perfil dos demais profissionais atuantes.

Resultado: No nosso modelo de gestão, entendemos que o profissional que atua na CME tenha perfil adequado

para tal fim, bem como a devida capacitação teórico-prática. Os profissionais sem formação em enfermagem

dominavam 100% do quadro (01 farmacêutico, 01 químico, 01 encarregado de área e 32 auxiliares de

esterilização sem formação alguma), porém o Hospital possuía enfermeiros especialistas em CME, que atuavam

em outras unidades. Nosso primeiro desafio foi mapear esses especialistas e selecioná-los para a vaga, além de

identificar um profissional que gostasse de atuar nesta unidade de Apoio. Após a seleção do candidato, o

mesmo passou pelo processo de Educação Continuada com outros especialistas e conhecedores do modelo de

gestão. Algumas competências desenvolvidas neste profissional, principalmente comunicação, planejamento,

organização e conhecimento técnico, foram aperfeiçoadas na própria unidade. Após esta etapa, começamos um

processo seletivo dos auxiliares de esterilização que possuíam formação em enfermagem. Dos 32 que atuavam

na CME há mais de 10 anos sem formação, apenas 06 possuíam curso de auxiliar de enfermagem completo e

desses 05 passaram no processo seletivo para adequação de função, porém com aplicação de aula anterior a

prova técnica. Quando questionados aos demais 27 profissionais sobre a não capacitação em enfermagem os

mesmos alegaram falta de incentivo da gestão anterior e desconhecimento da necessidade de aperfeiçoamento.

Conclusão: A relevância do estudo está na complexidade e profundidade da discussão sobre atuação do

profissional sem formação em enfermagem na CME, o que pode comprometer a qualidade da assistência

prestada e desvalorizar o saber técnico especializado e que o papel do enfermeiro como gestor dessa unidade

requer acima de tudo conhecimento especializado.

Palavras-chaves: Recursos humanos de enfermagem; Cirurgia segura; Esterilização; Enfermagem centro

cirúrgico.

Page 121: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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96 - IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE NORMOTERMIA – ESTRATÉGIA NA SEGURANÇA DO PACIENTE.

Autores: Melina Shettini1, Swamy Marconi

1, Ana Carolina Andrade

1, Lia Romero

1

Instituição: 1HVC - Hospital Vera Cruz - Andrade Neves, 402, Centro, Campinas (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A temperatura corporal é um sinal vital importante do paciente e deve ser monitorada. A

hipotermia é caracterizada como temperatura corporal menor que 36°C e ocorre frequentemente durante o

período perioperatório afetando o paciente cirúrgico de várias maneiras, provocando alterações em diversos

sistemas, alteração da função plaquetária, aumento da Infecção de Sítio Cirúrgico, alteração na cinética e ação

de algumas drogas, estando relacionada a desconforto térmico, e demora na recuperação pós anestésica. Este

relato de experiência demonstra o processo de implantação do protocolo de normotermia em um hospital

privado, que realiza cirurgias de pequeno, médio e grande porte. Objetivo: Implantar um protocolo de

normotermia viável para prevenção e controle da hipotermia no período perioperatório. Método: Trata-se de

um trabalho de abordagem metodológica qualitativa de caráter descritivo do tipo relato de experiência que

descreve o processo de implantação do protocolo de normotermia em um hospital privado de médio porte que

presta assistência geral. Resultado: No segundo semestre de 2014 foram iniciadas discussões sobre a

manutenção da normotermia. Iniciou-se intensa pesquisa bibliográfica para fundamentação e elaboração do

protocolo. Foram realizadas reuniões entre a Coordenadora de Enfermagem e Enfermeiras do centro cirúrgico

(CC), médico Coordenador do CC e o médico Coordenador do Serviço de Anestesia, cujo propósito principal era

a desenvolver o processo. Verificou-se a necessidade de adequação das quantidades de mantas térmicas

descartáveis de ar quente com aquecimento ativo, dispositivos de aquecimento de fluídos e termômetros

periféricos e centrais. A instalação de controle manual do ar condicionado em cada sala operatória foi

imprescindível para o controle da temperatura. Com as adequações em andamento, foram iniciados os

treinamentos para a equipe multiprofissional promovido por um médico Anestesiologista que relata a fisiologia

da termorregulação, e as complicações ocasionadas pela Hipotermia Não Intencional. As Enfermeiras do CC

concomitantemente apresentaram o novo protocolo, as condutas terapêuticas e o cartão de fluxo individual

para cada sala e recuperação pós anestésica. No final de 2014 o protocolo foi validado. Conclusão: Entendemos

que a equipe multiprofissional se mostrou envolvida na instalação do processo, pois compreenderam sua

importância e benefícios para os pacientes, o que foi fundamental para instituir o protocolo como rotina de

trabalho. O controle de aplicação do protocolo se mostraram eficientes. Conclui-se que, para o alcance da

normotermia, deve-se manter o paciente aquecido em todas as fases do período perioperatório.

Palavras-chaves: Normotermia; Cirurgia segura; Protocolo.

Page 122: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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97 - IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA TRABALHADORES DA UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Luciana Iglesias de Castro Silva1

Instituição: 1UNESA- Universidade Estácio de Sá - Rua do Bispo, 83, Rio Comprido, Rio de Janeiro (RJ).

E-mail: [email protected]

Introdução: Trata-se de um relato de experiência vivenciada pelos acadêmicos de enfermagem do último

período da etapa curricular na implementação da Educação em saúde aos trabalhadores de Enfermagem do

centro cirúrgico, em parceria da Universidade privada e o hospital privado. Objetivo: Oferecer aos acadêmicos

um olhar e vivências ao papel do educador do Enfermeiro junto a sua equipe de trabalho, saindo das palestras

formais em auditórios para adentrar nos setores do hospital. Nessa perspectiva, inseriu-se a primeira temática

da proposta: o autoexame das mamas, estando diante da patologia que mais elevam as taxas de mortalidade do

país: O câncer de mama. Método: A metodologia utilizada foi por meio da explanação do objetivo da atividade,

importância para a saúde, e percepção da aceitação de inclusão da proposta educacional na instituição. A

distribuição de um folheto explicativo para os trabalhadores foi uma etapa motivadora para os acadêmicos

tanto pela confecção e distribuição, tendo com itens: O que é o autoexame? Como fazer? O que procurar?

Como examinar as mamas? Resultado: Essa proposta de educação em saúde aproxima e integra os discentes,

docentes e unidades de saúde. Os trabalhadores da unidade de centro cirúrgico vivenciam situações de stress,

risco de morte constantemente e vida, e atribuem falta de tempo livre para e/ou paciência para dispor tempo

para um estudo atualizado contínuo e cuidado com a própria saúde. Essas questões precisam ser trabalhadas no

âmbito das empresas, onde os recursos humanos representam suas maiores riquezas. Os trabalhadores

retiraram dúvidas, e tiveram a oportunidade de demonstrar de forma prática suas percepções quanto ao

autoexame das mamas. Os enfoques foram direcionados respeitando o nível de conhecimento e percepção de

cada um. A relevância desse trabalho se da por permitir que a comunicação em saúde, chegue aos setores

hospitalares á serviço de quem cuida...Garantiu ao Curso de Enfermagem um olhar de prevenção, quanto ao

empoderamento do Enfermeiro como agente de mudanças frente a ações educativas. Conclusão: Conclui-se

que os trabalhadores da saúde precisam dessa acolhida, carinho nas informações, e que por serem da categoria

da saúde possuem dúvidas também, que são reveladas e reais, e se atropelam na autoconfiança e turbulência

dos processos de trabalho do mundo atual.

Palavras-chaves: Educação em serviço; Saúde do trabalhador; Parceria em saúde.

Page 123: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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98 - IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA NO CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Ellen Thais Graiff de Sousa1, Lucianne Pereira de Andrade

1, Rochelle Moura da Rocha

1

Instituição: 1HUB - Hospital Universitário de Brasília - SGAN - Quadra 604, Avenida L2 Norte, s/n - Asa Norte, Brasília (DF).

E-mail: [email protected]

Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) baseia-se na assistência

integral em todas as fases do perioperatório. Ela deve ser implementada por enfermeiros perioperatórios, na

busca de satisfação das necessidades da pessoa em condição cirúrgica. Com foco na satisfação do cliente, tal

processo leva à a realização de um serviço de qualidade, que pode tornar os profissionais mais envolvidos e

motivados. A SAEP deve ser o alicerce que sustenta as ações da Enfermagem Cirúrgica, além de promover a

interação da assistência nos períodos pré, trans e pós-operatórios. Objetivo: Relatar a experiência de

enfermeiros assistenciais na implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória no

transoperatório e na recuperação pós-anestésica. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo relato

de experiência vivenciada por enfermeiros assistenciais em um Centro Cirúrgico de um hospital de ensino do

Distrito Federal, no período de junho de 2014 a maio de 2015. Resultado: A atuação dos enfermeiros

assistenciais no centro cirúrgico do hospital de ensino do estudo consiste em: 1. Atividades de cunho gerencial;

2. Assistência de enfermagem direta aos pacientes cirúrgico compreendendo o transoperatório e a recuperação

pós-anestésica; 3. Atuação em Central de Material e Esterilização; 4. Atividades de educação permanente.

Dando continuidade a assistência de enfermagem iniciada no pré-operatório, a SAEP é iniciada no setor no

momento em que o paciente é admitido, na ocasião é realizada a coleta de dados a fim de que seja conseguido

o histórico do paciente com informações pertinentes e importantes para o plano de cuidados. Em seguida, são

selecionados os diagnósticos de enfermagem pertinentes ao julgamento clínico sobre as respostas individuais,

familiares ou comunitárias a problemas à saúde ou processos de vida reais ou potenciais. Por meio da

identificação de diagnósticos é possível propor as intervenções que serão fundamentais para uma assistência

especializada, individualizada e qualificada. Seguindo-se as etapas do processo de enfermagem, é traçado o

planejamento de enfermagem onde são definidas as metas, estabelecidas às prioridades, os resultados

esperados pelo paciente e determinadas as prescrições de enfermagem. Assim, prescrições de enfermagem são

propostas com base nas etapas anteriores e posteriormente o plano de cuidado é executado na etapa de

implementação da assistência. Ao final, todo este processo é avaliado para acompanhar as respostas do

paciente aos cuidados prescritos em uma etapa denominada avaliação de Enfermagem. Quando o paciente é

transferido da sala operatória para a sala de recuperação pós-anestésica a implementação da SAEP é continuada

e as etapas são novamente executas buscando o atendimento das necessidades do paciente no novo ambiente

dentro do centro cirúrgico. Todas as etapas do processo de enfermagem são documentadas em impressos

criados para este fim pelos próprios enfermeiros do setor. Conclusão: A SAEP é uma metodologia científica de

trabalho do enfermeiro, que permite implementar, na prática assistencial, seus conhecimentos técnicos-

científicos e de humanização. Organiza o trabalho dos profissionais de enfermagem no ambiente cirúrgico

quanto ao método, ao pessoal e aos instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de

enfermagem. Sua implementação permite que a enfermagem avance enquanto profissão e ciência e leva a uma

assistência de enfermagem qualificada e comprometida.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Assistência de enfermagem; Enfermagem perioperatória.

Page 124: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[124]

99 - IMPORTÂNCIA DA PULSEIRA DE IDENTIFICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO EM UM HOSPITAL ESCOLA.

Autores: Edluza Melo1, Renata Lopes

1, Nathaly Oliveira

1, Valéria Tavares

1

Instituição: 1FPS - Faculdade Pernambucana de Saúde – Rua Jean Emile Favre, 422, Imbiribeira, Recife (PE).

E-mail: [email protected]

Introdução: A qualidade do cuidado em serviços de saúde tem sido uma prioridade da Organização Mundial da

Saúde (OMS), sendo assim, em abril de 2013 foi criada a portaria 529 pelo Ministério da Saúde (MS), com

objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado. No mesmo ano, instituiu-se a Resolução da Diretoria

Colegiada N°36, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, MS, para promover a segurança do paciente e

consequente melhoria da qualidade nos serviços de saúde. O programa conta com seis protocolos que tratam

dos seguintes temas: Cirurgia segura; Prática de higiene das mãos; Prevenção de úlceras por pressão; Prevenção

de quedas; Identificação do paciente; Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. O quinto

tema se refere à identificação do paciente através do uso da pulseira, quando adequada minimiza erros que

podem estar envolvidos nos cuidados prestados pela equipe de saúde em distintas escalas da atenção à saúde.

Estes erros podem estar relacionados à estrutura física da instituição, processos de trabalho, cultura da

organização empresarial, prática profissional e a cooperação do usuário. Apesar de estar inserida dentro do

protocolo de segurança do paciente, a pulseira ainda não é elucidada como fator de importância no cuidado

seguro, o que é evidenciado através dos milhares de eventos adversos no campo da saúde. Torna-se claro que

usualmente à checagem dos dados do paciente na pulseira sofrem desatenção pelos profissionais de saúde.

Objetivo: Identificar a importância da pulseira de identificação como técnica de segurança do paciente, pelos

clientes hospitalizados, em um hospital escola. Método: Estudo de intervenção, tipo corte transversal,

quantitativa, realizado nas enfermarias cirúrgicas entre Maio/Julho 2014. O projeto Nº 76 foi aprovado pelo

Comitê de Ética e Pesquisa. A população foi composta por todos pacientes internados neste período. Foi

utilizado dois questionários aplicados no mesmo momento pelos pesquisadores: O primeiro questionário traça o

perfil sociodemográfico; o segundo questionário avalia o conhecimento dos pacientes quanto ao uso da

pulseira, composto de 14 perguntas que se divide em dois momentos: No primeiro momento, a intervenção é

realizada sem explicação do assunto; No segundo momento, a intervenção é realizada após explicação do

assunto aos pacientes. Resultado: Foram entrevistados 103 pacientes onde a prevalência da idade foi acima de

62 anos, mais de 50% com nível de escolaridade fundamental incompleto/completo o que denota deficiência na

compreensão e percepção dos riscos na sua segurança. A falta da orientação da importância da pulseira ao

paciente na admissão hospitalar favorece para um uso inadequado da mesma, onde 96% dos entrevistados

relataram que não tiveram orientação de um profissional. No primeiro momento mais de 80% não consideraram

a pulseira importante, após orientação percebemos que 97% tinham outra opinião quanto a sua importância. Os

profissionais ainda não aderiram a checagem dos dados da pulseira, mais de 70% relataram que não houve

checagem da pulseira no pré, trans e pós-operatório. Os pacientes foram receptivos as informações e a

colaborar com a prática da proteção, como cobrar aos profissionais a checagem dos dados antes dos

procedimentos e mais de 97% não deixariam de usar a pulseira. Conclusão: Este estudo identificou pontos

fortes no uso da pulseira, relacionado a segurança do paciente, com a redução de eventos adversos e no

repensar das atitudes profissionais quanto a sua importância.

Palavras-chaves: Sistemas de identificação de pacientes; Segurança do paciente; Educação em saúde.

Page 125: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[125]

100 - INDICADOR DE AVALIAÇÃO DAS PERDAS DE VALIDADES DE PRODUTOS PARA SAÚDE DESINFECTADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO.

Autores: Cleidiane Barbosa Paz1, Ana Cristina Alencar dos Santos

1, Clarissa Gondim de Souza

1, Maria do Socorro Sales

1,

Shirley Kaliny Correia de Matos1

Instituição: 1ISGH - Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar - Rua Socorro Gomes, 190, Guajeru, Fortaleza (CE).

E-mail: [email protected]

Introdução: A desinfecção consiste em um processo de eliminação de microrganismos patogênicos presentes nos artigos utilizados para a assistência à saúde, podendo ser desenvolvida pelos métodos físicos, químicos e físico-químicos. Desta forma, a desinfecção química é um método pelo qual utilizamos um germicida como agente desinfectante de materiais semicríticos e não críticos e cada instituição de saúde deve definir as condições, o tempo de validade e as indicações de guarda do material desinfectado. Objetivo: Analisar as perdas de validades de produtos para saúde desinfectados e armazenados nas unidades assistenciais de um hospital público no ano de 2014. Método: Para isto, foi aplicado um estudo retrospectivo, quantitativo e exploratório desenvolvido através do monitoramento das taxas dos produtos para saúde os quais perderam a qualidade de desinfecção química nas unidades consumidoras, com base nos cálculos: ⟨número de itens com perdas de validades na unidade consumidora dividido pelo total de itens distribuídos nessa unidade⟩ multiplicado por 100; e ⟨número de itens reprocessados por perda de validade dividido pelo total de itens desinfectados na CME⟩ multiplicado por 100. Com esses dados, podemos analisar dois aspectos do indicador de perda de validade: as perdas mensais por unidade consumidora e os itens reprocessados pela perda do tempo de validade no ano investigado. Resultado: Assim, a análise dos resultados nos permitiu encontrar uma grande variação nas taxas durantes os meses do ano de 2014 nas unidades consumidoras, onde as mesmas não mantiveram um padrão de variação. Foi possível observar que a Unidade de AVC permaneceu com a taxa acima da meta preconizada durante todos os meses do ano, diferentemente da Unidade de Cuidados Especiais a qual permaneceu com as taxas abaixo dessa meta. Detectou-se ainda que a Imagem/Ambulatório foi a unidade consumidora responsável pela maior perda de validade dos produtos para saúde desinfectados, no mês de Junho apresentou uma taxa de 24,4%, ou seja, a cada 100 itens entregues no referido setor, 24 perderam a validade; e a Unidade de Cuidados Especiais a que expôs a menor taxa no ano decorrido ⟨0,11% no mês de Março⟩. Vale a pena destacar ainda a análise dos itens que perderam a validade com relação ao número de desinfecções do mesmo produto no ano em estudo, onde observou-se que os cinco itens com maior evento de perda de validade foram: cânulas de Guedel ⟨22,3%⟩, umidificadores para ar comprimido ⟨20,1%⟩, sensores de temperatura retal ⟨12%⟩, dosadores para máscara de Venturi ⟨11%⟩ e lâminas para laringoscópio ⟨10,8%⟩. Conclusão: Em vista do que foi relatado, percebe-se a necessidade de traçar um plano de ação e estratégias de acompanhamento do indicador em questão, visando a redução dos custos e de mão de obra desnecessária pelo reprocessamento de produtos para saúde, sendo importante fazer algumas considerações: dinâmica de uso reduzida de alguns itens, mas presença necessária nas unidades consumidoras; uso dos materiais em ordem cronológica de vencimento; e real necessidade da presença dos produtos para saúde nas unidades mediante o perfil da assistência. Palavras-chaves: Desinfecção; Material; Validade.

Page 126: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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101 - INDICADORES DE QUALIDADE PARA MELHORIA DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR.

Autores: Clarissa Gondim de Souza1, Ana Cristina Alencar dos Santos

1, Maria do Socorro Sales

1, Milenna Alencar Brasil

1,

Shirley Kaliny Correia de Matos1

Instituição: 1ISGH - Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar - Rua Socorro Gomes, 190, Guajeru, Fortaleza (CE).

E-mail: [email protected]

Introdução: Mensurar a qualidade do serviço prestado tornou-se uma exigência nos dias de hoje para se

adequar a uma clientela cada vez mais exigente com a qualidade dos serviços. Esforços para assegurar a

qualidade da assistência, elaborar padrões e critérios tem sido um desafio tanto no Brasil quanto no mundo. O

interesse pela temática surgiu da prática profissional como gestora da Central de Material e Esterilização de um

Hospital de alta complexidade, onde o acompanhamento, análise, tomada de ação e divulgação dos indicadores

vem mostrando a melhoria contínua de nossos processos e resultados inovadores. Objetivo: Descrever a

trajetória de aprendizagem sobre indicadores de qualidade para melhoria da assistência hospitalar,

confrontando-a com a literatura consultada. Método: Para isto, utilizou-se um estudo de natureza exploratória,

descritiva, por meio de levantamento bibliográfico, sobre o tema escolhido, com abordagem qualitativa. A busca

foi realizada no período de agosto de 2014 a abril de 2015 através do acesso online às bases de dados LILACS,

BIREME e SCIELO. Para isto, foram utilizados os seguintes descritores: indicadores de qualidade em assistência à

saúde; avaliação de desempenho; garantia da qualidade; e indicador de saúde. Resultado: Com a busca

realizada, a amostra do estudo foi composta por 12 artigos abordando o assunto exposto. Assim, a construção

de indicadores de qualidade deve ser realizada a partir da participação de toda a equipe, sendo de extrema

importância mantê-los atualizados sobre os resultados, o processo de melhoria e o processo de qualidade. Vale

acrescentar que a percepção dos enfermeiros corrobora a prática de melhoria assistencial por meio da

utilização de ferramentas e indicadores de qualidade com ênfase no registro de falhas no processo como

possíveis sugestões de melhoria dessa qualidade. O processo de validar indicadores conduz o enfermeiro a

encontrar respostas para questões gerenciais, assistenciais, econômicas e legais, mostrando os resultados do

atendimento prestado e possibilitando a implementação de ações de melhoria, baseadas em padrões de

qualidade. Conclusão: Concluiu-se que os indicadores de qualidade devem ser construídos com a participação

de toda a equipe de enfermagem, ser condizente com a realidade de serviço, que possa atender as suas

necessidades e que realmente consiga avaliar a assistência prestada. Assim, é através dos indicadores que

conseguimos a melhoria contínua dos nossos processos e sempre com o objetivo de alcançar os resultados.

Palavras-chaves: Avaliação de desempenho; Indicadores; Qualidade.

Page 127: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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102 - INFUSÃO VENOSA AQUECIDA RELACIONADA À PREVENÇÃO DAS COMPLICAÇÕES DA HIPOTERMIA INTRAOPERATÓRIA.

Autores: Nathália Haib Costa Pereira1, Ana Lúcia de Mattia

1

Instituição: 1EE-UFMG - Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais - Avenida Alfredo Balena, 190,

Belo Horizonte (MG).

E-mail: [email protected]

Introdução: A hipotermia é um dos diagnósticos de enfermagem mais frequentemente encontrados em

pacientes na sala de recuperação pós-anestésica, sendo suas causas provenientes do período intraoperatório.

Objetivo: Analisar as complicações relacionadas à hipotermia no período intraoperatório na utilização da

infusão intravenosa aquecida. Método: Trata-se de um estudo com abordagem metodológica quantitativa,

delineamento experimental, e comparativo, realizado no centro cirúrgico de um hospital público universitário,

na cidade de Belo Horizonte (MG). Foram selecionadas duas salas de operação para o estudo, por apresentarem

características semelhantes, no que se refere ao atendimento de especialidade de cirurgia do aparelho

digestório, quanto à área, temperatura e umidade ambiental. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê

de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o parecer ético nº 310/09. O Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado, por todos os participantes após receberem do pesquisador as

informações e esclarecimentos sobre o estudo e seus objetivos, no quarto do paciente, no dia da cirurgia, antes

da administração da medicação pré-anestésica, quando indicado. A amostra foi definida segundo o número de

variáveis preditivas propostas, utilizando-se de 5 a 8 sujeitos em relação a cada uma das variáveis inicialmente

propostas, perfazendo uma amostra de 60 sujeitos. Foram critérios de inclusão na amostra ser adulto, com

idade superior a 18 anos, procedimento cirúrgico eletivo, com acesso cirúrgico abdominal convencional ou

mínimo, anestesia geral, tempo anestésico de no mínimo 1 hora, classificação física da American Society

Anesthesiologists (ASA) de I e II, e temperatura corpórea axilar ao entrar na sala de operação entre 36°C e

37,1°C. Do paciente, foram coletados dados referentes ao grupo a que pertence sexo, idade, classificação de

ASA, temperatura corpórea no momento de entrada em sala de operação, e as complicações apresentadas.

Resultado: As complicações apresentadas foram taquicardia, hipertensão arterial e sangramento. A taquicardia

não apresentou significância estatística entre os grupos, a frequência foi de 3 (10,0%) pacientes de cada grupo

(p=1,0000). Quanto à hipertensão arterial, houve significância estatística entre os grupos (p= 0,0150), sendo 3

(10,0%) dos pacientes do grupo controle e 11 (36,7%) do grupo experimental. No que se refere ao sangramento,

foi apresentado por 8 (26,7%) pacientes do grupo controle e nenhum paciente do grupo experimental, havendo

significância estatística (p=0,0050). A manutenção da normotermia reduz as possibilidades de desenvolver as

complicações operatórias, e a prevenção da hipotermia se dá por meio dos métodos de aquecimento, que são

classificados em passivos e ativos. Conclusão: A hipertensão arterial e o sangramento apresentaram

significância estatística entre os grupos, e a taquicardia não apresentou. A utilização da infusão venosa aquecida

isolada não previne as complicações relacionadas à hipotermia intraoperatória. A prevenção de complicações

inerentes ao procedimento anestésico-cirúrgico consiste em papel crucial do enfermeiro, o qual é responsável

pelo planejamento e pela implementação de intervenções eficazes que proporcionam a prevenção ou o

tratamento da hipotermia e, consequentemente, a diminuição das complicações associadas a este evento.

Palavras-chaves: Hipotermia; Enfermagem perioperatória; Complicações intraoperatórias.

Page 128: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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103 - INSTRUMENTOS DE LEVANTAMENTO DE DADOS NO PERIOPERATÓRIO PARA A SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO PERIOPERATÓRIO.

Autores: Maria Zélia de Araújo Madeira1, Raísa Andrade Lima

1, Ana Maria Ribeiro dos Santos

2, Brenna Emmanuella de

Carvalho2, Fagner Sousa de Macedo

5

Instituição: 1, 2, 3UFPI - Universidade Federal do Piauí - Campus Universitário Min Petrônio Portela, Ininga, Terezina (PI),

5HU/UFPI/EBSERH - Hospital Universitario UFPI/EBSERH - Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, s/n,

SG 07, Iningá, Teresina (PI).

E-mail: [email protected]

Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) objetiva a promoção do

cuidado integral ao paciente cirúrgico por meio de instrumentos de levantamento de dados que visam auxiliar o

planejamento assistencial. Nesse contexto, surgiu em novembro de 2012 o interesse do hospital do estudo na

melhoria da implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem em todas as suas unidades/clinicas

com inserção de instrumentos que viabilizassem o Processo de enfermagem, entretanto sua implantação está

no princípio e ainda enfrenta inúmeros desafios. Objetivo: avaliar o processo de implantação de instrumentos

de levantamentos de dados no perioperatório em um hospital público e de ensino no Nordeste do Brasil.

Método: Estudo descritivo e exploratório, de abordagem quantitativa, no qual foram coletadas informações por

meio de questionários aplicados aos profissionais de enfermagem e analise dos formulários da SAEP de

prontuários das três clínicas cirúrgicas (Cirúrgica I, Ginecologia e Urologia), no período de setembro a novembro

de 2014. Participaram do estudo 50 (66,7%) do total de 75 profissionais da equipe de enfermagem das três

clínicas cirúrgicas, constituído por 9 enfermeiros e 41 técnicos de enfermagem, como critério de inclusão estar

no quadro de pessoal por no mínimo dois anos (por ter sido o período de implantação da SAE no local de

estudo). Resultado: Os participantes do estudo foram predominantemente mulheres (86%), sendo 100% das

enfermeiras e 82,9% dos técnicos e auxiliares de enfermagem, com faixa etária entre 31-40 anos (55,6%) para

enfermeiros e entre 51-60 anos (48,8%) para técnicos e auxiliares de enfermagem. Foram analisados 93

prontuários (76,2% da amostra calculada para esta pesquisa), onde 9 foram da Clínica Ginecológica (9,3%), 15 da

Clínica Urológica (16,12%) e 69 da Clínica Cirúrgica I (74,2%). A análise obtida junto aos prontuários observou-se

ausência de checagem das intervenções de enfermagem, que podem estar relacionados ao modo como a SAEP

foi implantada na instituição e ao tempo de implantação que ainda é reduzido. Evidenciou-se a partir de análise

aos questionários aplicados aos profissionais de enfermagem das três clínicas que a maioria dos profissionais

confia na qualidade dos formulários da SAEP, porém acredita que ainda há a premência por reformulações e

adequações, além da necessidade da promoção de capacitações voltadas para o aprimoramento do

conhecimento teórico e aplicabilidade para todos os profissionais que atuam na instituição hospitalar de ensino.

Conclusão: A utilização de instrumentos de levantamento de dados no perioperatório requer um contexto

complexo em que enfermeiros, técnicos de enfermagem e gestores da instituição devem estar inseridos de

maneira participativa, com o intuito de proporcionar o cuidado.

Palavras-chaves: Processo de enfermagem; Enfermagem perioperatória; Registro de enfermagem.

Page 129: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[129]

104 - INTERVENÇÃO NA SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA: EDUCAÇÃO DE PACIENTES E FAMILIARES.

Autores: Siane Simioni1, Gisele Pereira de Carvalho

1,1, Rita Catalina Aquino Caregnato

1,1,1

Instituição: 1UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Rua Sarmento Leite, 245,

Porto Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: A assistência de enfermagem perioperatória tem se mostrado de grande relevância também no que

se refere às orientações e informações providas a pacientes e familiares a respeito dos procedimentos a serem

realizados. Pacientes em fase pré-operatória tendem a apresentar níveis mais elevados de stress devido ao

desconhecimento do procedimento a ser realizado, como também do processo pré-anestésico e operatório

(CHRISTÓFORO, CARVALHO, 2009). Essa falta de conhecimento se estende também aos familiares, causando em

ambos sentimentos como apreensão, medo e ansiedade (FONSECA, PENICHE, 2009). As orientações fornecidas

pela equipe de enfermagem constituem fator importante no cuidado prestado, bem como tendem a

proporcionar maior aceitação e entendimento dos pacientes e seus familiares sobre o processo de saúde-

doença (GUIDO et al., 2014). Objetivo: Contribuir para a educação de pacientes ambulatoriais e seus familiares

sobre a dinâmica do Centro Cirúrgico (CC) e Sala de Recuperação Anestésica (SRA). Método: Relato de

experiência de uma acadêmica que implementou uma intervenção educativa durante o estágio supervisionado,

do sétimo semestre da Graduação de Enfermagem. O estágio realizou-se na SRA de um hospital escola de

grande porte, que tem parceria com uma Universidade pública federal. Resultado: Produziu-se material com

imagens ilustrativas, linguagem acessível ao público leigo e informações sobre o fluxo dos pacientes após a

entrada no CC, técnicas anestésicas e possíveis complicações pós-operatórias relacionadas à anestesia. Também

foram reforçados os avisos sobre horários de visita, boletins informativos da SRA e telefones de contato no

interior do CC. A avaliação da intervenção deu-se por meio de questionário simples aplicado pré e pós

apresentação do material, em dois momentos. No primeiro momento, o material foi apresentado e esclarecido

e, no segundo momento, o material foi disponibilizado para que os familiares o explorassem como desejassem.

Na primeira avaliação, responderam o questionário 14 familiares em espera, 100% afirmaram desconhecer a

dinâmica do CC e, destes, 09 (64,28%) afirmaram ter dúvidas a respeito do funcionamento do CC. No momento

da segunda avaliação, apenas 04 familiares concordaram em responder o questionário. Novamente 100% dos

respondentes declararam desconhecer a dinâmica do CC e ter dúvidas a respeito dela. Nas avaliações pós-

intervenção, o número de respondentes foi menor do que na avaliação pré-intervenção (12 e 01 respondentes,

respectivamente) e todos (100%) afirmaram ter suas dúvidas sanadas a partir do material elaborado. Conclusão:

O material elaborado para pacientes ambulatoriais e familiares em espera mostrou-se efetivo no esclarecimento

de dúvidas simples provenientes do desconhecimento da dinâmica de trabalho do CC. Percebe-se, no entanto,

que a presença de profissional disponível e aberto a esclarecimento de dúvidas de familiares em espera

desperta maior interesse e engajamento do que a simples disponibilização de material para sua utilização

independente.

Palavras-chaves: Sala de recuperação; Educação; Paciente; Familiares.

Page 130: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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105 - INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO TRANSOPERATÓRIO DE LOMBOSTOMIA LOMBAR.

Autores: Claudia Carina Conceição dos Santos1,2

, Gustavo Mattes Kunrath1, Ivana Trevisan

1, Elizete Maria de Souza

Bueno1, Lisiane Paula Sordi

1

Instituição: 1HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre,

2IPA - Centro Universitário Metodista, Porto Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: O líquor é um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades

ventriculares. Circula superiormente em direção aos hemisférios cerebrais e inferiormente ao redor da medula

espinal. As velocidades de produção e reabsorção são dependentes da pressão. Tem função de proteção

mecânica do sistema nervoso central, atuando como um coxim líquido entre este e a caixa óssea. O volume total

é de 125 a 150 ml, sendo completamente renovado a cada 8 horas. A pressão normal é de 5 a 20 cm H2O, porem

em situações de hemorragia intraventricular, traumatismos cranianos, acidente vascular cerebral e ou em pós-

operatório neurocirúrgico essa pressão pode aumenta sendo necessário sua drenagem por derivação ventricular

cerebral ou derivação lombar que também é indicada como tratamento adjuvante de fístulas liquóricas. A

drenagem externa lombar ou lombostomia lombar (LB) é um procedimento destinado para o controle

temporário do volume e da pressão liquórica através de um cateter de peridural introduzido na região lombar

ligado a um sistema coletor externo fechado que comporta um dispositivo regulador da pressão de drenagem.

Onde a drenagem do líquor é feita contra um gradiente de pressão hidrostática, ou seja, depende da altura em

que se coloca a bolsa coletora aberta. Objetivo: Relatar as intervenções de enfermagem no centro cirúrgico

ambulatorial transoperatório de LB. Método: Estudo descritivo tipo relato de experiência da assistência de

enfermagem no CCA de um hospital Universitário. Resultado: Na chega do paciente ao CCA são observados os

cuidados quanto às condições do paciente e a identificação do mesmo, verificando a pulseira de identificação e

o histórico de alergias. Já em sala cirurgia a enfermagem deve estar à tenta para o posicionamento do paciente

em decúbito lateral esquerdo, com membros inferiores fletidos e mento direcionado a fúrcula esternal,

mantendo o mais confortável e seguro possível na mesa cirúrgica. Nesse momento cuidados com a

monitorização do paciente e o checklist da cirurgia segura devem ser instituídos. Durante todo o procedimento

a enfermagem permanecerá ao lado do paciente oferecendo conforto e segurança e auxiliando na manutenção

da posição até o término do procedimento e avaliando constantemente se o paciente apresenta queixa ou

sinais de dor. Para a realização da LB o material cirúrgico e o sistema de drenagem externa devem ser abertos e

dispostos em mesa cirúrgica auxiliar com técnica asséptica. É função do instrumentador testar e conferir todos

os itens que constam na lista de material para o procedimento. Após a inserção cirúrgica do cateter peridural,

auxiliar o médico a realizar o curativo, usando o curativo de película transparente, protegendo as bordas do

mesmo com micropore e posicionar altura do sistema de drenagem externa de acordo com a prescrição médica.

Ao final do procedimento auxiliar o paciente a retornar a posição dorsal e se houver condições a descer da cama

e sentar na cadeira de rodas. Se não houver condições e/ou o paciente não estiver lúcido e coerente,

transportá-lo em maca com grades elevadas até a sala de recuperação para que seja encaminhado a sua

unidade de origem. Conclusão: O procedimento de LB é feita no CCA somente com ação de agentes anestésicos

locais não necessitando de manejos anestésicos mais complexos, mas necessitando de cuidados e condutas

básicas dispensados a todos pacientes submetidos a procedimento cirúrgico local.

Palavras-chaves: Transoperatório; Lombostomia lombar; Intervenções de enfermagem.

Page 131: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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106 - INTRABEAM – TRATAMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PARA CÂNCER DE MAMA: CONTROLE DE RASTREABILIDADE DO APLICADOR ESFÉRICO.

Autores: Elaine Ferreira Lasaponari1, Renata Barco Oliveira

1,1,1,1, Mirian Satiro Tosetto

1,1,1,1, Roseli Aparecida Breta

1,1,1,1

Instituição: 1HAOC - Hospital Alemão Oswaldo Cruz - Rua João Julião, 331, Bela Vista, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Intrabeam é um equipamento desenvolvido para a radioterapia intraoperatória (IOT) em casos de

câncer de mama. Indicado para o tratamento de tumores em fase inicial, utilizando-se uma radiação única. Os

aplicadores esféricos direcionam a radiação para o leito do tumor retirado com precisão e qualquer dano ou

risco em sua superfície o inutiliza. O equipamento necessita de aplicadores esféricos reprocessáveis de diversos

tamanhos. Estes dispõem de vida útil limitada a cem (100) esterilizações, porém, a sua reposição, além de

financeiramente custosa, depende também do processo de importação. Desta forma, o controle de

rastreabilidade torna-se imprescindível para a previsão e substituição quando indicada. O enfermeiro do Centro

de Material e Esterilização (CME) realiza a retirada dos aplicadores esféricos após uso, para prosseguir com o

processo de limpeza e esterilização. São verificadas as condições dos aplicadores através da inspeção visual

minuciosa. Para controle da quantidade de esterilizações, bem como da integridade dos aplicadores esféricos,

foi desenvolvido um método de rastreabilidade. Consistente em formulário, cada aplicador esférico contém o

número de série, tamanho e há campos que nos permitam identificá-los quanto às esterilizações por data e

registro quanto à inspeção visual, pois estes aplicadores não podem ser demarcados com nenhuma

identificação, devido a interferência no ato da radiação. Este estudo incidirá sobre os aspectos do controle de

rastreabilidade quanto aos números de esterilizações e inspeção visual o que irá de encontro à importância da

nossa prática assistencial. Objetivo: Apresentar o método de controle de rastreabilidade quanto às quantidades

de esterilizações e inspeção visual dos aplicadores esféricos do Intrabeam. Método: Diante das inovações

tecnológicas para a terapêutica cirúrgica, busca-se uma assistência focada na segurança e qualidade de vida às

pacientes submetidas a procedimentos menos invasivos. Por se tratar da complexidade dos aplicadores

esféricos, a elaboração de um controle de rastreabilidade quanto às esterilizações, inspeção visual e sua

funcionalidade, corroboram para as melhores práticas de enfermagem em CME, garantindo a eficácia e o

sucesso do procedimento cirúrgico. Resultado: O processo de rastreabilidade nos permite um controle efetivo

quanto às esterilizações, bem como a segurança para a realização do procedimento cirúrgico e a previsibilidade

de aquisição e reposição do material. Conclusão: Conclui-se que por meio do controle de rastreabilidade, é

possível assegurarmos com qualidade e segurança, o funcionamento do equipamento que resultará em sucesso

da aplicabilidade da radiação, garantindo a eficiência, além da praticidade e conforto à paciente.

Palavras-chaves: Esterilização; Intrabeam; Oncologia; Radiação; Rastreabilidade.

Page 132: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[132]

107 - LIMPEZA DE MATERIAIS: REALIDADE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Autores: Juliana Rocha1, Aurea Pinheiro

1, Simone Bonin

1,1,1, Felipe Amaral

1,1,1,1

Instituição: 1BIOXXI -Serviços de Esterilização LTDA - Rua Coronel Cabrita, 17, São Cristóvão, Rio de Janeiro (RJ).

E-mail: [email protected]

Introdução: A limpeza dos materiais médico hospitalares sempre foi algo importante, porém no passado, assim

como o próprio centro de material e esterilização não havia a relevância da atualidade; hoje temos a máxima “o

que não está limpo não está estéril”. Cada vez mais encontramos maquinário e produtos destinados à limpeza e

verificação da mesma para a prática diária no central de material de esterilização (CME). A realização da limpeza

torna-se ato fundamental para a efetividade na segurança do cuidado ao paciente. Tarefa essa desempenhada

desde os artigos não críticos de fácil limpeza até os críticos de difícil acesso e alta complexidade. O avanço das

técnicas cirúrgicas exige cada vez mais que o centro de material e esterilização acompanhe as novas tecnologias

e obedeça as legislações vigentes. A problemática da limpeza inicia-se no recebimento dos materiais. Em

determinados momentos são recebidos materiais com matéria orgânica ou por falta de espaço não há

condições adequadas para realizar a pré-limpeza. Encontramos ainda os tipos de limpeza empregados, insumos

utilizados e meios de verificação da limpeza. Por entendermos a limpeza como fator primordial no centro de

material e esterilização, nos questionamos como é realizada em nosso Estado, qual método é empregado, quais

insumos utilizados, há conhecimento específico à cerca do tema dos profissionais responsáveis pelo centro de

material e esterilização, desempenham as tarefas de acordo com as legislações vigentes? Objetivos: • Avaliar o

desempenho da limpeza dos materiais médico hospitalares no Estado do Rio de Janeiro; • Verificar as

facilidades encontradas para o desempenho da limpeza dos materiais médico hospitalares; • Identificar os

maiores desafios para a realização da limpeza dos materiais médico hospitalares. Método: O presente estudo

foi realizado num período de 120 dias, através de questionário específico aos enfermeiros gestores de CME de

hospitais públicos e privados do Estado do Rio de Janeiro, sendo conduzida sistemática segundo perspectiva

qualitativa da abordagem estatística descritiva. Resultado: Em 80% dos artigos com lumens iguais ou inferiores

a 5mm são utilizadas lavadoras ultrassônicas. Sendo o método utilizado a ultrassônica com 60%. Nas CMEs

pesquisadas o saneante mais utilizado foi o alcalino com 80%, sendo apenas 20% o enzimático, sendo que 90%

dos entrevistados reconhecem que o tipo de saneante faz diferença no processo de limpeza. Quanto ao

monitoramento 50% realiza esse processo. Conclusão: Ficou claro junto ao universo pesquisado que os

profissionais entendem como vital ao processo do CME a realização da pré-limpeza nos artigos para garantia da

qualidade do serviço. Sendo a limpeza na sua integralidade realizada nos CMEs manualmente e também em

processos automatizados.

Palavras-chaves: Limpeza; Central de material e esterilização; Materiais de saúde.

Page 133: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[133]

108 - LIMPEZA DE PINÇAS USADAS EM CIRURGIAS ROBÓTICAS.

Autores: Expedita Rodrigues Ferreira1, Andrea Alfaya Acuña

1, Karine Moretti Monte

1, Regina Matiko Sato

1, Hebila da

Silva Alves1

Instituição: 1SBSHSL - Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio Libanês - Rua Dona Adma Jafet, 91, Bela Vista, São

Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O processo de limpeza consiste na remoção de sujidade visível aderida nas superfícies, nas fendas,

nas serrilhas, nas articulações e nos lúmens de instrumentos, dispositivos e equipamentos, por meio de um

processo manual ou mecânico utilizando detergente e água. A limpeza de artigos tem por finalidade reduzir o

número de microrganismos e remover resíduos (químicos, proteínas, sangue, endotoxinas) e outros fragmentos

orgânicos que aderem ao lúmen e na superfície externa dos artigos. A ciência de reprocessamento dos artigos

permanentes, atualmente bastante consistente, valoriza a limpeza como passo inicial e fundamental para

garantir a fase posterior da desinfecção ou esterilização. A limpeza reduz carga microbiana em 99,99%, ou seja,

reduz quatro ciclos logaritmos do biobourden presente no artigo. A introdução da robótica na medicina é uma

tendência mundial que permite agregar novas tecnologias proporcionando um maior controle e precisão dos

instrumentos cirúrgicos, em procedimentos minimamente invasivos. Segundo a literatura, dispositivos robóticos

poderiam ser usados em mais de 3,5 milhões de procedimentos médicos por ano somente nos Estados Unidos.

Nas ultimas décadas a revolução tecnológica dos instrumentos de intervenção, entre eles os artigos médicos-

hospitalares o que demanda novos desafios para seu processamento no CME e a sua reutilização tem mostrado

uma nova configuração nesse setor em termos de legislação nacional, instalações, equipamentos, metodologias

de trabalho baseados em conhecimento cientifico, sendo um dos setores que mais expande, com a

modernização da sociedade. Objetivo: Identificar evidências cientifica relacionas à limpeza de pinças usadas em

cirurgias robóticas. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica, que objetivou identificar evidencias

científicas relacionadas à limpeza de pinças robóticas utilizadas em videocirurgias robóticas. A busca foi

realizada nas bases de dados BIREME, SCIELO e LILACS, em idiomas português e inglês, a partir de descritores

registrados no DECS (Descritores em Ciências da Saúde). Resultado: Encontrados 329 artigos e desses foram

selecionados 22 artigos a fim de responder o objetivo do trabalho, os resultados demonstraram que na

literatura ainda não existe estudos específicos sobre a limpeza de pinças robóticas, mas muitos estudos sobre o

reprocessamento de artigos para saúde de conformação complexa tanto quanto as pinças usadas em cirurgias

robóticas. Conclusão: Não foram encontradas evidências científicas especificamente sobre a limpeza de pinças

robóticas, talvez, por se tratar de uma tecnologia recente e no Brasil uma realidade de poucos hospitais onde

estão concentrados na cidade de São Paulo. É evidente a necessidade de estudos nessa temática para maior

esclarecimentos da limpeza desses artigos de alto custo.

Palavras-chaves: Cirurgia robótica; Centro de material esterilizado; Reutilização de equipamentos.

Page 134: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[134]

109 - MAPEAMENTO DO FLUXO CIRÚRGICO ELETIVO COMO ESTRATÉGIA DE GESTÃO DE CIRURGIAS ELETIVAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Shirley dos Santos1, Gina Vilas Boas Lima

1, Patrícia da Silva Batista

1, Elizabeth Akemi Nishio

1

Instituição: 1HGG - Hospital Geral de Guarulhos -Alameda dos Lírios, 300, Parque CECAP, Guarulhos (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Um sistema de gestão para a excelência do desempenho precisa ter seu foco nos principais

resultados da organização. Temos como meta a satisfação dos nossos clientes-alvo alinhados a garantia de

retorno aos Steakholders. Um dos pontos mais abordados em discussões gerenciais são a importância da análise

de indicadores e a utilização de ferramentas de qualidade que auxiliam nos processos operacionais, gerenciais e

estratégicos das Instituições. O nosso relato de caso inicia-se em Janeiro a Abril de 2015, com intervenção e

análise de uma dessas ferramentas de gestão, a saber, a taxa de suspensão cirúrgica eletiva alinhada à demanda

cirúrgica reprimida, como reflexo no atendimento ao usuário e atingimento de metas contratuais. Quando

assumimos a gestão de um hospital público, percebemos que a quantidade de metas estabelecidas em contrato,

por outro lado a demanda cirúrgica estava reprimida. Sendo assim, foi decidida pela Alta Liderança do Hospital

uma intervenção direcionada na Unidade Ambulatorial e Cirúrgica. Objetivo: Garantir alinhamento do fluxo

cirúrgico eletivo com foco no gerenciamento da fila e comunicação efetiva entre equipes e entre equipes e

pacientes para elevação nos números de cirurgia, inserção do processo de cirurgia segura e diminuição na taxa

de suspensão cirúrgica. Método: Trata-se de um relato de experiência de implantação do modelo de gestão de

fila cirúrgica e intervenção da demanda cirúrgica. Iniciamos nossa intervenção em Janeiro de 2015, com uma

equipe multidisciplinar e após braimstorming foram realizadas as seguintes ações: 1º) Benchmarking dos demais

serviços afiliados para comparativo de desempenho. 2º) mapeamento dos processos ambulatoriais geradores

de demanda cirúrgica (Metodologia Lean) e entrevista com colaboradores e usuários para redefinição de

condutas. 3º) Mapeamento da capacidade instalada e estrutura do Centro Cirúrgico para aperfeiçoar os

recursos e melhora no fluxo. 4º) Reunião com equipes de apoio implantar o protocolo de cirurgia segura 5º)

Apresentação do trabalho de intervenção, diagnóstico, plano de ação, e mudanças no processo para os gestores

das equipes envolvidas. 6º) Acompanhamento semanal das ações, ocorrências e resultados. Resultado: Com

gerenciamento diário e metas estabelecidas conseguimos mapear os pacientes em fila cirúrgica, priorizar o

atendimento por grau de criticidade e aumentar procedimentos cirúrgicos eletivos em 50%, otimizar a

confirmação da presença do usuário à cirurgia eletiva por telefone, realizar reunião para previsão e provisão dos

materiais necessários para cirurgia e reconciliação medicamentosa dos pacientes com doenças crônicas, sendo

assim, taxa de suspensão por motivo paciente caiu de 20% no primeiro trimestre de 2014 para 5% no primeiro

trimestre de 2015. Conclusão: A intervenção no processo de gerenciamento da cirurgia eletiva alinhada a

segurança do paciente cirúrgico trouxe bons resultados, quando realizado em equipe multiprofissional com foco

no cliente, nas metas estabelecidas e no mapeamento do processo.

Palavras-chaves: Agendamento cirúrgico, Suspensão cirúrgica; Gestão hospitalar; Comunicação.

Page 135: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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110 - MELHORIAS EVIDENCIÁVEIS DO FLUXO DE MATERIAIS PARTICULARES: UMA NOVA PRÁTICA.

Autores: Andréia Ferreira Soares1, Andréa Aparecida Marcondes Leal

1,1, Eliziete Enedina Oliveira

1,1,1, Giovana Abrahão de

Araújo Moriya1,1,1

Instituição: 1HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A unidade de Centro de Material e Esterilização (CME) é considerada complexa, pois nela podem

ser encontradas atividades que por si só caracterizam processos produtivos e distintos. É um setor que requer

atenção e controle especializado quanto ao fluxo de materiais, pois é responsável pelo processamento de

clientes internos (instituição hospitalar), quanto cliente externo (médicos e materiais consignados). Atender a

demanda hospitalar requer além de conhecimento técnico cientifico, habilidade, agilidade e organização segura

em seu armazenamento. Dentro do cenário atual existem vários fatores que interferem na qualidade logística

do cuidado com material processado incluindo o instrumental particular de médico (IMP). Esses fatores ocorrem

principalmente na logística de armazenamento, procura e entrega desses produtos para seu solicitante.

Assegurar o sucesso de um procedimento asséptico vai além da garantia de esterilização, por isso é importante

a otimização dos recursos burocráticos e visuais. Mas, como garantir o produto certo para o solicitante correto

em tempo hábil e seguro? Com atenção a esta questão o centro de material e esterilização de um hospital

privado, de extra porte, localizado no município de São Paulo, identificou no tempo consumido para execução

desta tarefa a dificuldade na procura dos materiais dispostos no arsenal e com isso percebeu a necessidade de

aprimorar sua gestão para o cuidado dos IMPs. Objetivo: Otimizar os recursos burocráticos e visuais para a

organização e cuidado dos IMPs buscando qualidade e agilidade no atendimento ao cliente externo assegurando

a entrega correta para o solicitante certo dentro do tempo hábil. Método: Mediante o resultado deste estudo

foi realizado ações para melhoria logística na gestão do cuidado, armazenamento e controle dos IMPs dentro do

arsenal adotando o uso de embalagem SMS de cor diferenciada, etiquetas coloridas para sinalização do produto

embalado em tyvek e papel Grau cirúrgico. Em seguida houve a reformulação na identificação e disposição das

prateleiras de armazenamento destes materiais. Para os recursos burocráticos foi melhorado o Layout do

protocolo de solicitação de serviços CME usando como referencia alguns campos no modelo da nota fiscal como

numeração continua e canhoto de retirada. Também foram aprimoradas algumas informações especificas na

descrição da etiqueta de identificação destes produtos. Resultado: Com estas ações houve impacto importante

na otimização do tempo de armazenamento, procura e entrega de IMPs, onde anterior as ações era consumia

média de 3h entre armazenamento, procura e entrega deste passou a ser consumido média de 20 minutos.

Conclusão: Este estudo e suas ações superaram as expectativas reduzindo 80% do tempo dispendido no

atendimento dos IMPs ampliando a satisfação do cliente externo, além garantir a segurança do material.

Palavras-chaves: Materiais particulares; Gestão visual; Centro de material e esterilização.

Page 136: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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111 - METODOLOGIA POSITIVE DEVIANCE APLICADA AO CHECKLIST CIRÚRGICO.

Autores: Ana Luiz Vasconcelos1, Priscila Matheus

1, Fernanda Aparecida de Paula Russo

1, Juliana Fernandes Massari

1,

Rafael Bianconi1

Instituição: 1HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: No ano de 2008, Dr. Atul Gawande e membros da OMS instituíram em 08 países um checklist

cirúrgico composto de 19 itens, publicado no NEJM com os seguintes resultados: 36% de redução das

complicações cirúrgicas, 47% de redução da mortalidade, 50% de redução das infecções, 25% de redução das

reoperações. No ano de 2010 o Hospital Israelita Albert Einstein, realizou o lançamento da Campanha Cirurgia

Segura que teve como tema principal a implantação de um checklist cirúrgico antes de qualquer procedimento

visando garantir a segurança do paciente. Este processo conta com o engajamento de toda a equipe envolvida

na assistência cirúrgica do paciente e tem como “líder” a equipe de enfermagem, responsável por conduzir o

Time Out, atuando como barreira de qualidade nas possíveis falhas no processo. O Time Out é uma breve pausa

de menos três minutos na sala de operações imediatamente antes da indução anestésica e antes da incisão

cirúrgica, durante a qual todos os membros da equipe envolvida na assistência (cirurgiões, anestesiologistas,

enfermeiros e outros envolvidos na assistência), confirmam verbalmente em voz alta todos os itens anestésicos

e cirúrgicos que garantam uma assistência cirúrgica segura. Este é um meio de assegurar a comunicação entre

os membros da equipe para prevenir possíveis falhas no processo assistencial. Auditorias internas evidenciam

que apesar do checklist ser realizado para 100% a conferência de todos os 19 itens antes da indução anestésica

e dos 11 itens antes da incisão cirúrgica foi realizada em apenas 66,6% nos 1857 casos auditados no ano de

2013. Objetivo: Aumentar a adesão à realização completa do Time Out em 10% no ano de 2014. Método:

Através da metodologia Positive Deviance, uma filosofia de melhoria de processos através das sugestões dos

próprios envolvidos. Realizadas reuniões mensais com profissionais do centro cirúrgico (médicos, enfermeiros,

técnicos de enfermagem, engenharia clínica, etc.) para discussão do tema checklist cirúrgico com o objetivo de

aumentar o comprometimento e a colocação de pequenos detalhes da prática que podem fazer a diferença

para a adesão ao checklist, e por consequência garantir a segurança do paciente. Resultado: Algumas ações

foram desenvolvidas, tais como: (1) Envio de relatórios para os enfermeiros de referência com os resultados das

auditorias diárias realizadas no centro cirúrgico; (2) Feedback aos condutores do Time Out; (3) Feedback aos

médicos; (4) Divulgação mensal dos resultados para toda a equipe do CC; (5) Projeto lembrete com a

importância dos itens menos realizados; (6) Revisão do impresso de checklist utilizado. O checklist continua

sendo realizado em 100% dos pacientes que realizam procedimento no centro cirúrgico. Porém a adesão a

conferência de todos os itens passou de 66,6% em 2013 para 76,0% nos 2348 casos auditados no ano de 2014.

Conclusão: O envolvimento dos profissionais que atuam no processo é fundamental para sua melhoria.

Palavras-chaves: Avaliação; Checklist cirúrgico; Qualidade; Positive deviance; Segurança do paciente.

Page 137: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[137]

112 - MONITORAMENTO DA LIMPEZA DE PRODUTOS PARA SAÚDE PROCESSADOS EM UMA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO NO ANO DE 2014.

Autores: Clarissa Gondim de Souza1, Cleidiane Barbosa Paz

1, Ana Cristina Alencar dos Santos

1, Maria do Socorro Sales

1,

Shirley Kaliny Correia de Matos1

Instituição: 1ISGH - Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar - Rua Socorro Gomes, 190, Guajeru, Fortaleza (CE).

E-mail: [email protected]

Introdução: Este trabalho propõe-se a relatar sobre o monitoramento da qualidade da limpeza manual e

automatizada de produtos para saúde, sendo essa uma das principais ações a ser desenvolvida no

processamento de um material que posteriormente será esterilizado, pois, se não garantirmos uma eficácia

nessa etapa, o processo de esterilização será comprometido. Objetivo: Com isso, objetivou-se analisar os

resultados satisfatórios e insatisfatórios do indicador de limpeza utilizado em uma Central de Material e

Esterilização de um hospital público do estado do Ceará no ano de 2014. Método: Empregou-se, portanto, um

estudo retrospectivo e quantitativo utilizando, para isto, a análise dos resultados dos testes que mensuraram os

níveis de matéria orgânica em artigos limpos, uma vez que a proteína é o marcador mais usado para avaliar a

eficácia da limpeza, pois está presente em qualquer matéria orgânica. O teste de limpeza foi realizado

diariamente, sendo o mesmo repetido após o reprocessamento do material nos casos de não-conformidade,

enquadrando-se este como reteste. Assim, a leitura desse indicador é realizada através da identificação da

mudança de cor após a reação em: verde, indicando-nos que o material está limpo podendo prosseguir o

processamento; cinza, atenção ao material pela presença de enzimas, ou seja, resíduo do detergente enzimático

necessitando, portanto, de um novo enxágue; e roxo, alerta-nos que a limpeza não foi eficaz estando o material

contaminado e uma nova lavagem deve ser realizada. Resultado: Então, foram analisados 331 testes dos quais

325/98,2% foram satisfatórios, com resultado verde; e 6/1,8% se enquadraram como insatisfatórios pela

ineficácia no processo de limpeza, sendo que 3/50% possuíram como resultado a cor cinza (representando

atenção quanto ao material) e 3/50% enquadraram-se na cor roxo (indicando que o material estava

contaminado). Identificou-se ainda, quanto ao tipo de lavagem, que 5/83,3% dos testes que apresentaram

resultados insatisfatórios, os produtos para saúde haviam passado pelo processo de limpeza manual e

apresentaram 3/60% dos resultados na cor roxo e 2/40% na cor cinza; e 1/16,7% desses materiais passaram pela

limpeza automatizada, obtendo resultado na cor cinza o qual indica atenção quanto ao material, necessitando

de um novo enxágue todo o material colocado no ciclo da lavadora. Conclusão: Conclui-se, desse modo, que os

testes de verificação de limpeza fornecem um feedback imediato à equipe, assegurando a qualidade no

processamento do material permitindo, assim, uma maior segurança ao paciente. Além disso, as falhas

detectadas com esse indicador nos mostram a necessidade de investigar as dificuldades no processo, seja nos

insumos utilizados, nos equipamentos auxiliares ou na equipe, instigando-nos a uma busca da solução do

problema.

Palavras-chaves: Indicador; Instrumental; Limpeza.

Page 138: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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113 - MONITORAMENTO DO CANCELAMENTO DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ NO ANO DE 2014.

Autores: Cleidiane Barbosa Paz1, Aila Maria Pereira Alves

1, Gylmara Bezerra de Menezes Silveira

1, Hermes Melo Teixeira

Batista1, Iratyenne Maia da Silva Bentes

1

Instituição: 1ISGH - Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar - Rua Socorro Gomes, 190, Guajeru, Fortaleza (CE).

E-mail: [email protected]

Introdução: A suspensão cirúrgica gera uma série de aborrecimentos e insatisfação por parte dos pacientes e

familiares. Os preparativos para uma cirurgia envolvem todo um remodelamento da agenda profissional, social e

familiar, além de outros fatores como as expectativas com relação aos resultados e o medo do desconhecido. Desta

maneira, sua monitorização é importante na busca de ações de efetivação dos processos do centro cirúrgico,

favorecendo possibilidades de melhoria na qualidade dos serviços hospitalares e direcionamento das ações do time de

liderança acerca dessa problemática. Objetivo: Identificar as principais causas dos cancelamentos cirúrgicos em um

hospital público do Estado do Cerá no ano de 2014. Método: Estudo do tipo documental e retrospectivo, de natureza

quantitativa, realizado em um centro cirúrgico de um hospital público do Estado do Ceará no ano de 2014. A coleta de

dados foi realizada através de arquivos digitais de um sistema utilizado para registrar procedimentos cirúrgicos

realizados e suspensos. Foram coletados dados de Janeiro a Dezembro de 2014, analisados por meio de estatística

simplificada e apresentados através de tabela. Resultado: Destacaram-se as justificativas de suspensão de cirurgias

relacionadas aos aspectos organizacionais da instituição, a prioridade para urgência, a falta de recursos

materiais/equipamentos necessários para a realização do procedimento cirúrgico e o não internamento dos pacientes

cirúrgicos, como os principais motivos de suspensão cirúrgica. Houve ainda aqueles relacionados à falta de pessoal,

sendo a maioria pelo não comparecimento do cirurgião de comparecer à instituição e ausência de anestesista,

impossibilitando a formação de equipe cirúrgica. Observou-se que os principais determinantes de suspensões

cirúrgicas são aqueles relacionados a organização da unidade hospitalar, com um total de 267 (51,1%), destacando-se

entre esses: problemas técnicos (16,1%), a não internação (42,3%), a falta de material (13,5%) e a prioridade para

urgência (21%). No período estudado, ocorreram 6591 cirurgias programadas, das quais 6069 foram realizadas e 522

suspensas. Desse modo, a taxa média geral de suspensão obtida foi de 7,9%. Comparativamente a outros estudos e as

metas da instituição (5%), conclui-se ser esta uma taxa alta, mas controlável. Conclusão: Observou-se que as

suspensões de cirurgias devem ser minuciosamente monitoradas e analisadas por toda a equipe envolvida, com o

objetivo de divulgar esse indicador e suas possíveis consequências. Revelou-se que a principal causa dos

cancelamentos cirúrgicos durante o ano pesquisado estava relacionado à organização da unidade hospitalar,

enfatizando a importância da atualização das interações dos processos com os setores que influenciam esse indicador

e elaboração de planejamento estratégico com o envolvimento de todos, para que possa minimizar esses dados, já que

afeta diretamente paciente, profissionais e instituição hospitalar, acarretando desde a insatisfação do paciente até o

aumento da taxa de sua permanência no hospital.

Palavras-chaves: Cancelamento; Cirurgia; Mapa cirúrgico.

Page 139: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[139]

114 - MONITORANDO O CANCELAMENTO DE CIRURGIAS ELETIVAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE ALTA COMPLEXIDADE: QUANTIDADE E CAUSAS.

Autores: Fernanda Nunes da Silva1, Simone Garcia Lopes

1,2, Ariane Campos da Silva

1, Mirlene Colman Souza de Carvalho

1

Instituição: 1HEMC - Hospital Estadual Mario Covas - Rua Dr. Henr Calderazzo, 321, Santo André (SP),

2FMABC - Faculdade de Medicina do ABC - Avenida Principe de Gales, 821, Santo André (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O processo de trabalho no centro cirúrgico tem por objetivo a assistência curativa e individualizada,

nesse contexto, a atuação de enfermagem do CC – Centro Cirúrgico é de extrema importância, pois os

profissionais precisam estar aptos a prestar cuidados específicos e, muitas vezes, de alta complexidade e

individualizados a paciente submetidos aos mais diversos procedimentos anestésicos-cirúrgicos. A atuação no

CC faz parte do trabalho em saúde e tem como característica o trabalho coletivo, realizado por vários

profissionais, como cirurgiões, anestesistas, técnicos de radiologia, laboratório e engenharia, entre outros. O

cancelamento de cirurgias é uma questão recorrente não somente no Brasil é também acompanhada em vários

países do mundo, independentemente do tipo de sistema de saúde adotado. Nos últimos tempos, o

cancelamento de cirurgias eletivas tem sido um dos indicadores de qualidade assistencial das instituições.

Objetivo: Identificar a quantidade e as causas de cancelamento de cirurgias eletivas de um Hospital Estadual

Universitário. Método: Este estudo trata-se de natureza exploratória, descritiva e com abordagem quantitativa

realizado num Hospital Universitário de grande porte e alta complexidade, localizado no ABC paulista. O Centro

Cirúrgico é constituído por 11 SO Salas Operatória e realiza mensalmente, em média, 800 cirurgias, em diversas

especialidades. A casuística do estudo é constituída por todas as cirurgias de caráter eletivo canceladas no

período de janeiro a março de 2015. O CC recebe o mapa cirúrgico às 12hs do dia que antecede o procedimento,

para provisionar os recursos necessários. Os responsáveis pelo cancelamento podem ser os cirurgiões (mudança

de conduta, substituição de paciente, cirurgião não disponível, dentre outros), anestesistas (falta de exames,

alteração clínica, infecções, etc), enfermeiros (falta de materiais, pessoal ou ultrapassar horário pré-

estabelecido) ou o próprio paciente quando este desiste da cirurgia. Resultado: No primeiro trimestre de 2015,

1.500 cirurgias eletivas foram agendadas e 277 (18,5%) foram canceladas. Os resultados foram apresentados

utilizando quatro classificações de motivos para o cancelamento: relacionado ao paciente, ao hospital, a equipe

cirúrgica e a enfermagem. A principal causa de cancelamento das cirurgias esta relacionada ao paciente (50%),

tais como não comparecimento (30%) e condições clínicas desfavoráveis (20%); relacionado ao hospital (26%),

tais como falta de materiais (15%), ausência de leito (7,5%) e erro no agendamento (3,5%). Relacionado a

equipe cirúrgica (15%), tais como invasão do horário cirúrgico (7%) e substituição de pacientes de urgência (8%)

os demais motivos de cancelamento estão relacionados a enfermagem (9%), como preparo incorreto do

paciente para a cirurgia. Conclusão: A partir dos dados analisados percebe-se que a taxa de cancelamentos de

cirurgias eletivas foi de 18,5%. Estudos sobre cancelamentos de cirurgia eletiva, principalmente em hospitais

públicos e universitários, apontam taxas que variam de 17,6% a 33%. A causa que possui maior incidência de

cancelamento cirúrgico esta relacionada ao paciente, seguida de causas relacionadas ao hospital, equipe médica

e finalmente a enfermagem com a menor causa para cancelamento de cirurgias.

Palavras-chaves: Cancelamento de cirurgias; Enfermagem; Centro cirúrgico.

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115 - MUDANÇA DE PROCESSO COM FOCO NA REDUÇÃO DE CUSTOS: UM ESTUDO SOBRE O USO CONSCIENTE DO DETERGENTE ENZIMÁTICO.

Autores: Marilia Ferrari Conchon1, João Paulo Belini Jacques

1, Fernanda Novaes Moreno

1

Instituição: 1HEL - Hospital Evangélico de Londrina - Avenida Bandeirantes, 618, Jardim Londrilar, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: O detergente enzimático tem ação específica sobre a matéria orgânica e atua como catalizador das

reações bioquímicas das células otimizando a limpeza do instrumental cirúrgico. Para tal é necessário que o

mesmo seja utilizado com diluição conforme as orientações do fabricante a fim de evitar desperdícios além de

consumo acima do necessário. Objetivo: Calcular a redução de custos e consumo do detergente enzimático por

meio da mudança de processos e reeducação da equipe da Central de Materiais Esterilizados. Método: Estudo

comparativo de abordagem quantitativa, com enfoque na redução de custo e consumo de detergente

enzimático, realizado em Central de Materiais Esterilizados de um hospital filantrópico do sul do Brasil. A

população de estudo foi composta de dados secundários coletados em relatórios dos serviços de suprimentos e

Central de Materiais Esterilizados, no período de Outubro de 2013 a Março de 2014 comparado ao período de

Outubro de 2014 a Março de 2015. Resultado: Nos primeiros 6 meses avaliados (2013-2014) foram adquiridos

135 galões de 4 litros de detergente enzimático a um valor de R$ 360,00, totalizando um custo de R$ 48.600,00.

Observou-se consumo excessivo deste produto e foi adotada estratégia de fracionamento do mesmo por meio

de frascos de 30 ml que é a quantidade adequada para as cubas das pias do expurgo e das lavadoras

ultrassônicas, considerando que a diluição preconizada pelo fabricante é de 1 ml de detergente enzimático por

litro de água. Após essa mudança de processo e reeducação da equipe da Central de Materiais Esterilizados,

houve uma redução significativa, de 70 galões, o que representou em termos de custo, uma economia de R$

23.562,00. Desta forma no segundo semestre avaliado (2014-2015) após a mudança de processo, foram

adquiridos 65 galões de 4 litros de detergente enzimático a um valor de R$ 385,20, totalizando um custo de R$

25.038,00 que comprova a redução. Deve-se levar em conta ainda que houve um aumento de 1465

procedimentos cirúrgicos comparando-se o primeiro ao segundo períodos avaliados. Este fato vem reforçar a

efetividade da estratégia de fracionamento adotada, já que é um produto utilizado na limpeza de instrumentais

cirúrgicos e o controle do consumo excessivo foi efetivo mesmo com aumento de materiais a serem lavados

proporcionalmente ao aumento cirúrgico. Conclusão: A estratégia de educação continuada da equipe

apresentou efetividade quando associada ao olhar crítico e intencional dos enfermeiros da Central de Materiais

Esterilizados com foco na mudança de um processo de trabalho em prol da redução do consumo inadequado e

consequente diminuição de custos, no entanto, sem diminuir a qualidade da limpeza e não colocando em risco a

segurança no reprocessamento do material médico-hospitalar.

Palavras-chaves: Detergentes; Custos e análise de custos; Educação continuada; Centro de material e

esterilização.

Page 141: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[141]

116 - O ACOLHIMENTO DO PACIENTE NA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA DE ENFERMAGEM: UMA ABORDAGEM HUMANIZADA.

Autores: Márcia Regina Costa Giorgetti1, Paula C. Figueiredo Cavalari

1, Eliane de Araújo Cintra

1, Alexandre Oliveira da

Silva1, Alessandra Nazareth C.P.Roscani

1

Instituição: 1HC UNICAMP - Hospital de Clínicas da Unicamp - Rua Vital Brasil, 251, Cidade Universitária "Zeferino Vaz"

Campinas (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A implantação da sistematização da assistência de enfermagem constitui uma exigência do

Conselho Federal de Enfermagem e a inserção do paciente no processo assistencial uma demanda da

Organização Mundial de Saúde. Frente a este cenário, estabelecer uma metodologia de abordagem e

acolhimento do paciente pode ser uma estratégia de enfermagem para contribuir com a melhoria da qualidade

e da segurança cirúrgica. Objetivo: Proporcionar a inserção e acolhimento do paciente no contexto cirúrgico

durante a visita pré-operatória de enfermagem com a utilização de imagens do fluxo percorrido pelo paciente

dentro do Centro Cirúrgico. Método: Estudo descritivo, realizado em Hospital Público Universitário. A coleta de

dados ocorreu no período de março de 2014 a março de 2015. Para a execução da sistematização da assistência

utilizou-se a teoria dos domínios de Gordon e para o acolhimento humanizado do paciente cirúrgico, fotografias

do ambiente real e da equipe de enfermagem que participará do processo dentro do Centro Cirúrgico. O estudo

foi dividido em quatro etapas: 1. Elaboração do instrumento de coleta de dados e do álbum com fotos de todas

as áreas de assistência do ambiente cirúrgico; 2.Treinamento dos enfermeiros para a aplicação do instrumento e

do método; 3. Realização das visitas pré-operatórias; 4. Avaliação do método de abordagem e acolhimento.

Resultado: No período de coleta de dados, foram realizadas 500 visitas pré-operatórias. Os diagnósticos de

enfermagem de maior frequência e que poderiam ser trabalhados no período pré-operatório foram: ansiedade,

medo, risco de infecção, mobilidade no leito prejudicada, risco de glicemia instável, risco de sangramento, risco

de desequilíbrio eletrolítico, dor aguda e risco de lesão por posicionamento perioperatorio. A apresentação do

álbum com fotos do ambiente cirúrgico para os 500 entrevistados, resultou no reconhecimento visual do

ambiente de assistência cirúrgica, esclarecimento de dúvidas em relação ao trajeto percorrido dentro da

unidade e das fases da assistência. Os entrevistados verbalizaram um melhor entendimento do fluxo de

trabalho das equipes e do procedimento. Na avaliação dos enfermeiros, a estratégia do uso das fotos auxiliou a

orientação do paciente de modo a facilitar a interação, o acolhimento e humanização. Conclusão: A utilização

de imagens do ambiente cirúrgico, do fluxo do processo de trabalho e da equipe assistencial durante a

sistematização da assistência de enfermagem, na etapa da visita pré-operatória, demonstrou ser uma estratégia

eficaz para auxiliar o enfermeiro na inserção do paciente no processo da assistência cirúrgica.

Palavras-chaves: Sistematização da assistência em enfermagem; Enfermagem perioperatória; humanização,

Centro cirúrgico; Diagnóstico de enfermagem.

Page 142: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[142]

117 - O CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO FRENTE AO PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE ENDOSCÓPIOS.

Autores: Bruna Elvira Costa1, Silmara Martins Garcez

1, Georgiana Ferreira de Araujo

1, Maria Socorro Vasconcelos Pereira

da Silva1

Instituição: 1ICESP - Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Avenida Dr. Arnaldo, 251, Cerqueira Cesar, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Os endoscópios são materiais classificados como semi-críticos, pois entram em contato com

mucosa não estéril ou não intacta. Apresenta grande desafio no processamento devido sua configuração

complexa, não são desmontáveis nem transparentes, o que dificulta sua visualização interna e, assim, po¬de

comprometer a avaliação do seu processo de limpeza. Aliados a isso, são aparelhos caros e frágeis que

necessitam de manutenção rigorosa e desinfecção específica e neste momento, o papel que o Centro de

Material e Esterilização (CME) desempenha é crucial por ser uma área responsável pela limpeza e desinfecção

dos endoscópios. Palavras-chaves: Desinfecção, endoscópios, enfermagem. Objetivo: Relatar a experiência de

um Centro de Material e Esterilização responsável pelo processo de limpeza e desinfecção dos endoscópios no

Serviço de Endoscopia. Método: Em 2012 em comum acordo entre os setores de endoscopia, CME e Serviço de

Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) definiu-se que os serviços de limpeza e desinfecção dos endoscópios e

seus acessórios (pinças) seriam de responsabilidade do CME. Um diferencial é o teste diário de eficácia da

limpeza dos endoscópios para monitorar o processo. Este teste consiste na medição de Adenosina Trifosfato

(ATP) na água injetada no endoscópio, antes do inicio do processo de limpeza e no último enxague do

endoscópio, caso o resultado não esteja de acordo com o padronizado pela instituição, a limpeza manual deverá

ser repetida. Esses testes são realizados exclusivamente pelo enfermeiro e arquivados em impresso específico

(Teste de Avaliação da Limpeza – ATP – Endoscopia). Destacamos também, o treinamento continuo da equipe

com enfoque nas dificuldades relatadas pelos profissionais, gerenciamento e economia de insumos, diminuição

de aparelhos danificados, além de promover a interação entre diferentes equipes do hospital, assim como o

comprometimento em busca de um objetivo em comum, a segurança do paciente. Resultado: Para iniciar as

atividades foram revistos os procedimentos operacionais pelos enfermeiros do CME e realizado treinamento

com a engenharia clinica e empresa responsável pela maquina que realiza a limpeza automatizada, assim como

a fabricante dos endoscópios. O rodízio da equipe do CME é realizado semanalmente, sendo que toda a equipe

já foi treinada e esta apta a desenvolver a atividade. Desde 2012 os aparelhos endoscópicos foram submetidos a

17.661limpezas e desinfecções. Em 2015 foram realizados 95 testes de ATP, sendo que apenas 7 foram

reprovados, representando uma taxa de 7,36% de reprovação, sendo necessário repetir a limpeza manual.

Conclusão: Devido à necessidade de oferecer segurança ao procedimento e evitar infecções foi necessário

reavaliar a conduta da equipe de enfermagem frente ao processo de limpeza e desinfecção dos endoscópios,

priorizando o treinamento da equipe. Direcionando o processamento dos endoscópios para a responsabilidade

do CME proporcionou a equipe da endoscopia focar na assistência do paciente, garantindo assim maior

segurança do paciente.

Palavras-chaves: Desinfecção; Endoscópios; Enfermagem.

Page 143: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[143]

118 - O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA.

Autores: Berendina Elsina Bouwman Christóforo1, Danise Paula Dias Coelho

1, Juliana Rodrigues

1

Instituição: 1UFG - Universidade Federal de Goiás - Campus Cidade Universitária, BR 364, Km 195, 3.800, Jataí, Goiás (GO).

E-mail: [email protected]

Introdução: A sistematização da assistência de enfermagem perioperatória é uma metodologia indispensável a

ser utilizado pelo enfermeiro em seu processo de trabalho, a fim de promover uma assistência com qualidade,

promover a integralidade do cuidado e prevenir complicações no ato anestésico cirúrgico. Neste sentido o

processo de ensino aprendizagem referente a este tema nos cursos de graduação e pós-graduação deve ser

enfatizado, pois são necessários vários conhecimentos para sua implantação e desenvolvimento no ambiente

hospitalar com pacientes cirúrgicos. Objetivo: O objetivo do estudo foi analisar o conhecimento dos

enfermeiros sobre a sistematização da assistência de enfermagem perioperatória em Unidades Hospitalares.

Método: O método utilizado foi um estudo descritivo transversal, com abordagem quantitativa, realizada com

dezesseis enfermeiros que trabalham em três unidades hospitalares de um município e atuam no período

perioperatório. A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista estruturada, com utilização de um

instrumento, e depois os mesmos foram organizados e analisados em planilha Excel. O projeto aprovado de

acordo com a Resolução n° 466/2012 e acolhido pela CAAE n° 42530815.5.0000.5083. Resultado: Os resultados

evidenciaram que 11 (69%) enfermeiros se formaram nos últimos cinco anos e 12 (75%) possuem curso de pós-

graduação. Em relação ao conhecimento sobre a sistematização 3 (19%) consideram muito bom, 6 (38%) bom, 4

(25%) regular e 3 (19%) insuficiente. Oito (50%) profissionais referem que o ensino sobre a sistematização na

graduação foi regular ou insuficiente e 8 (50%) que a utilização da metodologia na prática e estágios durante a

graduação foi regular ou insuficiente. Em seu processo de trabalho 10 (63%) referem utilizar a metodologia, 10

(63%) participaram de educação permanente sobre o tema e 13 (81%) gostariam de ter cursos e participar de

grupos de estudos sobre sistematização. Apesar de que a maioria dos profissionais se formou recentemente, e

possuírem cursos de pós-graduação, ainda existe lacunas encontradas como a falta de compreensão dos

enfermeiros no processo de formação em relação operacionalização da sistematização da assistência de

enfermagem, bem como na educação permanente realizadas nas instituições hospitalares com profissionais, o

que se pode tornam-se uma barreira para a adesão e sua devida valorização no processo de trabalho.

Conclusão: Este estudo demonstra a necessidade de uma avaliação do ensino teórico e prático da graduação a

fim de fortalecer o conhecimento dos discentes sobre a sistematização da assistência de enfermagem

perioperatória, exigindo-se colaboração de todos os envolvidos, escola, instituições, docentes e estudantes.

Palavras-chaves: Assistência perioperatória; Processos de enfermagem; Conhecimento; Unidades hospitalares.

Page 144: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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119 - O IMPACTO NA ORIENTAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA NA RECUPERAÇÃO DO PACIENTE DIABÉTICO.

Autores: Mailma Costa de Almeida1, Gisele dos Santos Rocha

1, Cheila Lins Bentes

1, Thaís Helena da costa Corrêa

1

Instituição: 1UEA - Universidade do Estado do Amazonas - Avenida Djalma Batista, 3.578, Flores, Manaus (AM).

E-mail: [email protected]

Introdução: Este estudo oferece orientações importantes para melhorar o atendimento e anseios, do paciente

relacionado aos procedimentos aos quais serão submetidos. Segundo Kruse, (2009) as orientações pré-

operatórias devem levar em consideração aspectos físicos e emocionais dos pacientes, devendo ser realizadas

de maneira individualizadas e focadas nas necessidades do indivíduo. Objetivo: Caracterizar as orientações pré-

operatórias realizadas pelos(as) enfermeiros(as) e identificar o seu impacto no pós-operatório do paciente do

paciente diabético internado em um Hospital de urgência e emergência em Manaus. Método: • Tipo de estudo -

Exploratório-descritivo/ quantitativo/ qualitativo • Local de estudo - Hospital de urgência e emergência em

Manaus • População e Amostra – enfermeiros -17 • Pacientes - 31 • Coleta de dados- Questionários

semiestruturados • Aspectos éticos -Resolução CNS 196/96 • Aprovação CEP/UEA proc. N° 165/12 Resultado:

Os resultados evidenciaram que a maioria dos enfermeiros, através de método verbal, afirmam realizar

orientação no pré-operatório, horas antes do procedimento cirúrgico, destacando-se a dieta zero no pré-

operatório e confirmada pelo paciente. Durante a visita de enfermagem no pré-operatório, as orientações se

tornam indispensáveis e necessárias para diminuir o nível de estresse que possa comprometer a recuperação do

cliente (LACCHINI et al, 2011). Relacionado aos pacientes observou-se que a maioria submeteu-se somente há

um procedimento cirúrgico sendo ele o desbridamento e limpeza cirúrgica em um dos membros e sua principal

queixa quanto a dor após ato cirúrgico. Observamos durante a entrevista a tranquilidades da maioria dos

pacientes, e não encontramos entre eles, medo ou depressão. Orientações que são feitas: manter dieta zero

como preparo pré-operatório; importância dos exames complementares no pré e pós-operatório; aos familiares

relacionado aos materiais para higiene do paciente e roupas; os cuidados do acompanhante ao paciente no POI

na enfermaria. Conclusão: Diante da realidade pode-se perceber a importância das orientações no pré-

operatório, como forma de contribuir para o sucesso do procedimento cirúrgico, e satisfação dos pacientes

conforme suas declarações. Tendo como possibilidade sugerir a equipe de enfermagem trabalhar com essas

orientações e explanando a importância de sua aplicabilidade em prática de suas atividades diárias assistenciais,

sendo assim melhorar a evolução e recuperação do dos pacientes admitidos nesta unidade de saúde.

Palavras-chaves: Orientação; Paciente; Pré-operatório; Recuperação.

Page 145: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[145]

120 - O PAPEL DA ENGENHARIA CLÍNICA NO CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Janice de Oliveira Lopes1, Luciana de Oliveira Silvério Lima

1, Alexandre Inácio da Cunha

1, Rafael Bianconi

1,

Berthone Venancio Soares1

Instituição: 1HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A engenharia clínica é imprescindível nas instituições de saúde e está diretamente ligada a

assistência e segurança do paciente. Hoje no Centro Cirúrgico, contamos com o apoio de engenheiros clínicos,

auxiliares e assistentes de engenharia Os mesmos atuam na manutenção preventiva, corretiva e apoio direto

nas salas cirúrgicas, disponibilizando equipamentos, orientando o uso, além da busca contínua de novas

tecnologias para o setor. Objetivo: ′Mostrar a importância da atuação da engenharia clínica alinhada com a

equipe de enfermagem. Método: Observação e descrição da atuação da Engenharia Clínica no Centro Cirúrgico,

alinhadas as necessidades do paciente cirúrgico. Resultado: Pode-se ver que a enfermagem conta com o apoio

da equipe de engenharia clínica em diversos momentos: - montagem de sala cirúrgica; - assistência direta em

sala cirúrgica; - treinamento de novos equipamentos para equipe do Centro Cirúrgico; - recebimento de

equipamentos vindos de empresas externas; - limpezas concorrentes e terminais dos equipamentos,

contribuindo para redução das infecções; - manutenção corretiva e preventiva; - seleção de novas tecnologias; -

gerenciamento do parque de tecnologia (inventário, depreciação). - realização diária do bate mapa, alinhando a

disponibilidade de equipamentos solicitados pelas equipes, fazendo com que os equipamentos e mão de obra

estejam disponíveis para cada cirurgia. Conclusão: Concluímos que para garantir uma assistência segura ao

paciente cirúrgico é necessário a atuação da equipe de engenharia clínica engajada as necessidades diárias do

setor. O conhecimento específico da Engenharia Clínica é um diferencial, minimizando riscos, agilizando o giro

de sala, auxiliando na redução das taxas de infecção, dando suporte a equipe médica e de enfermagem,

trazendo resultados importantes para a qualidade e segurança na assistência prestada.

Palavras-chaves: Engenharia clínica; Equipamentos; Segurança do paciente.

Page 146: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[146]

121 - O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ENTRE A EQUIPE DE ENFERMAGEM E O CLIENTE NO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

Autores: Eric Rosa Pereira1, Priscilla Valladares Broca

2

Instituição: 1HEAS - Hospital Estadual Albert Schweitzer - Rua Nilópolis, 329, Realengo, Rio de Janeiro (RJ),

2EEAN/UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rua Afonso Cavalcante, 275, Cidade Nova, Rio de Janeiro

(RJ).

E-mail: [email protected]

Introdução: O período pré-operatório é iniciado a partir do momento em que o cliente é avisado da necessidade

do procedimento cirúrgico. As atribuições da equipe de enfermagem, nesse momento, objetivam oferecer

suporte físico e psicológico adequados até o momento em que o cliente é transferido ao centro cirúrgico.

Inserido nesse contexto há o período pré-operatório imediato, que é aquele que dura desde as 24 horas antes

do procedimento anestésico-cirúrgico, estendendo-se até a recepção do cliente no centro cirúrgico. As pessoas,

quando doentes, apresentam-se inseguras e ansiosas, porque sentem-se ameaçadas no que se refere a danos

de vida. Estudos mostram que o medo do desconhecido e a ansiedade são fatores que podem alterar as

condições clínicas dos clientes. Por isso, o relacionamento interpessoal entre a equipe de enfermagem e o

cliente torna-se uma importante estratégia para amenizar a tensão, o estresse e a ansiedade do indivíduo

enfermo, sendo alcançada através da comunicação. Assim, este trabalho de revisão tem como objeto o processo

de comunicação da equipe de enfermagem com o cliente no pré-operatório imediato. Objetivo: Levantar a

produção científica sobre o processo de comunicação da equipe de enfermagem com o cliente no

pré-operatório imediato e discutir as principais evidências e suas contribuições ao cuidado de enfermagem e a

segurança do paciente. Método: A metodologia utilizada foi a revisão integrativa tendo como questão: qual a

produção científica sobre o processo de comunicação da equipe de enfermagem com o cliente no

pré-operatório imediato e como contribui para o cuidado de enfermagem? A Busca foi realizada nas Bases de

dados da Lilacs e Medline, via Bireme e a Biblioteca Scielo. Os critérios de inclusão foram: idiomas português,

inglês ou espanhol; artigos publicados na íntegra e terem sido publicado nos últimos dez anos e os critérios de

exclusão foram: os artigos terem como tema central o pós-operatório, o pré-operatório mediato, cirurgia

pediátrica e a comunicação entre os profissionais da equipe de enfermagem. Para analisar os artigos foi

organizado um quadro com os seguintes itens: o periódico, o ano de publicação, o título, os autores, o país de

publicação, os profissionais que realizaram os estudos, uma síntese do artigo e contribuições sobre o tema. E

foram formadas categorias temáticas. Resultado: Foram captados 241 artigos e selecionados doze, em

atendimento aos critérios de inclusão e exclusão. O Brasil apresentou o maior número de publicações, com sete,

seguido da Inglaterra, com três e dos Estados Unidos, com dois artigos. Os enfermeiros foram os autores dos

artigos. Eles foram publicados em: 2005, 2006, 2007, 2008 é 2009 com um artigo cada; 2010, com dois; 2011,

com um; 2012, com um; 2013, com dois; e 2014, com um. Foram formadas as seguintes categorias: a

comunicação efetiva, caracterizada por um dialogo interativo, uso de materiais didáticos, check-list, empatia,

respeito a cidadania e autonomia e; a comunicação não efetiva, caracterizada por ser impositiva, técnica e não

individualizada. Conclusão: o processo de comunicação se apresenta como um importante instrumento para se

efetivar a interação e alcançar as reais necessidades do cliente.

Palavras-chaves: Comunicação; Enfermagem; Pré-operatório.

Page 147: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[147]

122 - O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO E A SATISFAÇÃO INERENTE AS SUAS ATIVIDADES.

Autores: Luciano Fernandes de Carvalho2, Paulo Emanuel Silva

1, Andrea Cristina de Melo

1, Maria de Fátima Gomes

Santiago Cordeiro1, Bruna Ferreira dos Santos

1

Instituição: 1HULW - Hospital Universitário Lauro Wanderley - Campus Universitário, Campus I, s/n - Cidade Universitária,

João Pessoa (PB), 2

HMSI - Hospital Municipal Santa Isabel, Tambiá, João Pessoa (PB).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) tem como atribuições o processamento de produto para

saúde que se configura como um conjunto de ações relacionadas à recepção, limpeza, secagem, avaliação da

integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção e/ou esterilização, armazenamento e distribuição para as

unidades consumidoras. Como se observa na realidade a seleção de pessoal para trabalhar em CME deve seguir

critérios rigorosos, considerando que as atividades desempenhadas nesse setor exigem técnica, esforço, zelo e

responsabilidade. Neste sentido, a qualidade do pessoal que atuam em CME tem notável influência no

funcionamento da unidade e na prevenção e controle das infecções hospitalares. O trabalho repetitivo, o

cansaço físico e a sobrecarga de afazeres do CME são alguns dos fatores que estimulam nos trabalhadores

desejos de serem transferidos para outra unidade, em busca de convivência com o paciente e aperfeiçoamento

relacionado ao cuidado de enfermagem. Objetivo: Averiguar a satisfação dos profissionais de enfermagem no

desenvolvimento das atividades no Centro de Material e Esterilização. Método: Trata-se de um estudo

exploratório com abordagem quantitativa, realizado no Hospital São Vicente de Paula, no Município de João

Pessoa, PB. A população foi composta por 10 profissionais de enfermagem que atuam no CME (100%). Foi

aplicado um questionário para verificar a caracterização profissional e outro inerente a satisfação da equipe de

enfermagem no trabalho. Respeitaram-se as recomendações éticas referentes à pesquisa envolvendo seres

humanos referenciadas nas Diretrizes e Normas Regulamentadoras da Resolução n. 466/12 do Conselho

Nacional de Saúde, inclusive com a solicitação da assinatura do participante no Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido. O estudo foi realizado após aprovação do CEP, sob CAAE: 20172513.3.0000.5179. Resultado: A

partir dos achados foi constatado que os técnicos de enfermagem representaram a maioria (90%), sendo o

gênero feminino o mesmo percentual. A maioria trabalha entre 2 e 5 anos no CME. Os dados mostram que os

participantes possuem pouca autonomia nas tomadas de decisões quando analisado os percentuais verificados

nas respostas da categoria que nunca obtiveram (40%), às vezes (40%) e raramente (20%). Documentou-se que,

as atividades são rotineiras em 60% e as oportunidades de criatividade e inovação não estão disponíveis em

50%, o que os levam a desmotivação. Conclusão: O impacto deste estudo suscitou que a satisfação do trabalho

está relacionada ao reconhecimento da profissão, diminuição da carga de trabalho oportunidade de criatividade

e inovação. Neste sentido os profissionais mostraram-se pouco satisfeitos com o desenvolvimento das

atividades em CME. Dessa forma, sugere-se que o serviço incentive esses profissionais, considerando que a

satisfação colabora para um ambiente harmonioso e diminuição do estresse, estes, podem desencadear uma

cascata de consequências no sentido positivo para os funcionários se tornarem satisfeitos.

Palavras-chaves: Enfermagem; Centro de material e esterilização; Satisfação no trabalho.

Page 148: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[148]

123 - O USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: REVISÃO DA LITERATURA.

Autores: Maria Cardoso1, Ana Cristina

2, Hilana Dodou

3

Instituição: 1PRONTOCARDIO - Hospital Prontocardio - Avenida Barao de Studart, 560, Meireles, Ceará (CE),

2UECE - Universidade Estadual do Ceará - Avenida Dr. Silas Muguba, 1.700, Campus do Itaperi, Ceára (CE),

3FVJ - Faculdade Vale do Jaguaribe - Rodovia CE-040 s/n, Km, 138, Aracati, Ceará (CE).

E-mail: [email protected]

Introdução: Os profissionais de saúde necessitam adquirir uma postura segura na assistência ao paciente,

utilizando os equipamentos de proteção individual (EPI's) necessários durante a execução dos procedimentos,

afim de garantir proteção não só a este profissional, mais a toda a equipe, bem como ao paciente. Objetivo: O

objetivo desse estudo foi investigar o uso de EPI's pelos profissionais de saúde, bem como as consequências do

seu não uso, a partir de publicações científicas da literatura nacional. Método: Trata-se de uma revisão da

literatura, realizada nas bases de dados Scielo e Lilacs, durante o período de agosto a outubro de 2014,

totalizando oito artigos. Os critérios de inclusão para a escolha dos artigos foram: artigos relacionados à

temática trabalhada; disponíveis na íntegra e de acesso gratuito; publicados em periódicos nacionais; de idioma

português; no período de 2008 a 2013; e que tivessem ao menos um enfermeiro entre os autores. Como

critérios de exclusão, os artigos repetidos foram retirados da análise do estudo. Após a seleção dos estudos, foi

realizada uma leitura aprofundada dos artigos, buscando elucidar as principais contribuições de cada um para o

tema trabalhado. Resultado: Os resultados deste estudo demonstraram que os profissionais de saúde detêm

conhecimento acerca da importância e do uso dos EPI’s, porém, muitas vezes, não os utilizam por vários fatores,

entre eles, a falta do material no setor, o incômodo causado pelo uso do mesmo, a falta de interesse e a

sobrecarga de trabalho. A desobediência aos critérios, no que se refere ao uso adequado e frequência de troca,

expõe os profissionais de saúde aos acidentes e contaminação. Diante disso, cabe às instituições de saúde

investirem na educação permanente dos seus profissionais, sensibilizando-os acerca da importância do uso de

EPI's e capacitando-os para o seu uso e manejo adequado. Conclusão: Evidenciou-se que a proteção individual

reduz a exposição do profissional a acidentes de trabalho, apesar disso, muitos profissionais não o utilizam de

forma adequada, colocando em risco a sua segurança. Torna-se necessário a sensibilização destes profissionais

para a utilização de forma adequada dos EPI’s, por meio de constantes treinamentos e qualificações por parte

do serviço de saúde, prezando assim pela saúde destes trabalhadores.

Palavras-chaves: Saúde do trabalhador; Profissional de saúde; Equipamento de proteção individual.

Page 149: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[149]

124 - ORIENTAÇÕES NO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS OCULARES: FACILIDADES E DIFICULDADES PERCEBIDAS PELOS ACOMPANHANTES.

Autores: Marcia Cristina Bandinelli1, Patricia Treviso

1

Instituição: 1IPA - Centro Universitário Metodista - Rua Dona Leonor, 340, Rio Branco, Porto Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: A falta de orientação, a orientação incompleta e dúvidas não esclarecidas do paciente e

acompanhante podem interferir negativamente no bem estar destes, podendo ainda afetar a recuperação do

paciente. Objetivo: Conhecer as facilidades e dificuldades percebidas pelos acompanhantes de pacientes

submetidos a cirurgias oftalmológicas no que tange às orientações de pré-operatório. Método: Pesquisa de

campo, caracterizada como qualitativa, descritiva e exploratória, realizada em uma clínica oftalmológica privada

de Porto Alegre que realiza cirurgias oftalmológicas. Participaram do estudo acompanhantes de pacientes que

se submeteram a cirurgia oftalmológica eletiva. A amostra foi constituída de forma não probabilística, sendo

que os dados foram coletados pela pesquisadora auxiliar, durante o mês de março de 2015, através de

entrevista gravada em áudio, seguindo roteiro composto por 10 perguntas abertas, além de questões relativas

ao perfil da amostra. As entrevistas foram posteriormente transcritas e os dados analisados sob a ótica temática

de Minayo (2012). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa e seguiu a Resolução

466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultado: Fizeram parte do estudo oito participantes, com idade

média de 26 anos, sendo sete mulheres e a maioria tendo o ensino médio completo. A análise dos dados

possibilitou identificar temáticas a partir das quais elencaram-se seis categorias: Cuidados no pré-operatório de

cirurgia oftalmológica, Cuidados no pós-operatório de cirurgia oftalmológica, Riscos relacionados à cirurgia

oftalmológica, Sentimentos dos acompanhantes relacionados ao procedimento cirúrgico, Dúvidas dos

acompanhantes relacionadas ao cuidado pós-operatório, Sugestões de melhorias no processo de orientação no

pré-operatório. Conclusão: O estudo permitiu identificar que as facilidades percebidas pelos acompanhantes de

pacientes submetidos a cirurgias oftalmológicas relacionadas ao período pré-operatório dizem respeito ao

acesso facilitado ao serviço e ao atendimento e acolhimento da equipe. E as dificuldades são relativas ao medo

do desconhecido e de possíveis complicações da cirurgia, a ansiedade e dúvidas dos acompanhantes relativo ao

procedimento cirúrgico. O estudo ainda permitiu evidenciar a importância da atuação do enfermeiro no período

pré-operatório e a necessidade de implantação de um protocolo de cuidados de enfermagem que permita

maior qualidade e segurança ao paciente que se submete a cirurgias oftalmológicas.

Palavras-chaves: Enfermagem cirúrgica; Cirurgia oftalmológica; Procedimento cirúrgico.

Page 150: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[150]

125 - PADRONIZAÇÃO DA MONTAGEM DA ANESTESIA PARA AS CIRURGIAS DE TRANSPLANTE.

Autores: Raquel Diogo do Nascimento1, Hernestina Mariana Pereira Jorge

1, Alessandra de Fatima Bokor Manteiga

1

Instituição: 1HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A equipe de enfermagem do Centro Cirúrgico tem papel fundamental na prevenção de riscos

cirúrgicos anestésicos, com o objetivo de garantir a segurança do paciente. A assistência de enfermagem peri-

operatória deve oferecer e garantir condições seguras principalmente nos procedimentos de alta complexidade,

tais como os transplantes (hepáticos, renais, pulmonares, coronarianos, multiviserais, entre outros) dando

suporte as equipes médicas nos processos críticos. O Hospital Israelita Albert Einstein começou a ser um centro

transplantador em 2006 e à medida que o número de transplante começou a aumentar, observou-se a

necessidade da equipe de enfermagem junto com a equipe de anestesia a padronização de kits de farmácia e

carrinhos de anestesia para esses procedimentos de alta complexidade. Objetivo: Padronizar a montagem da

anestesia em transplantes para a equipe de enfermagem, garantindo processos anestésicos com menores

riscos, otimizando equipamentos, materiais e medicamentos necessários. Método: Foi realizado através da

observação o levantamento das necessidades e preferências de cada equipe de anestesia em seus

procedimentos anestésicos em transplantes e levantamento dos itens necessários. Após foi padronizado os kits

em caixas de acrílico com os respectivos materiais: frasco de albumina, antibióticos, plasma lyte, soluções

salinizadas, sensor neurológico, equipo de bomba para medicações, kit para pressões invasivas, cateter venoso

central (swan-ganz), kit ultrason, extensor para soro, equipo macro gota, seringas, anticoagulantes, polifix,

curativos para acessos periféricos, centrais, protetor ocular, fixador de tubo oro traqueal, tubo oro traqueal,com

as numerações 7,0, 7,5, 8,0 ,8,5, fio guia, sonda nasográstica, medicações vasodilatadores, bloqueadores,

aspirador de 1 litro sonda de aspiração. Esses kits e carinhos são montados para cada procedimento anestésico

de transplantes, otimizando a montagem de sala, agilizando a entrada do paciente em sala cirúrgica e

consequentemente diminuindo o tempo de isquemia do órgão. Resultado: A intervenção no processo de

montagem dos kits e carrinhos de anestesias para transplantes ressoou fortemente sobre a equipe de

enfermagem e de anestesia, destacando a importância do uso de materiais necessários para a anestesia em

transplante. Toda a informação coletada pela equipe de enfermagem serviu de fonte valiosa para melhorias na

qualidade e agilidade nos processos anestésicos. Conclusão: A padronização da montagem da anestesia para as

cirurgias de transplantes aumentou a interação da equipe de enfermagem e anestésica, garantindo um processo

anestésico mais seguro ao paciente.

Palavras-chaves: Anestesia; Transplante; Segurança do paciente.

Page 151: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[151]

126 - PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM SOBRE AGITAÇÃO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS NA SALA DE RECUPERAÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO AMBULATORIAL.

Autores: Ivana Trevisan1, Thais Teixeira Barpp

1, Elisete Maria de Souza Bueno

1, Claudia Carina C. dos Santos

1,2, Lisiane

Paula Sordi1

Instituição: 1HCPA - Hospital de Clinicas de Porto Alegre, (RS),

2IPA - Centro Universitário Metodista - Rua Dona Leonor, 340, Rio Branco, Porto Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: Agitação, choro e ansiedade são fatores desagradáveis que diminuem a satisfação dos familiares

quanto ao bom atendimento, aumentam o stress dos pais e elevam o tempo de permanência em sala de

recuperação. O período de recuperação pós anestésica de pacientes pediátricos possui suas particularidades,

várias causas são discutidas na literatura, tais como: rápido retorno à consciência em ambiente não familiar,

presença de dor, estresse na indução, hipoxemia, obstrução da via aérea, ambiente barulhento, duração da

anestesia, temperamento da criança, uso de medicação pré-anestésica e técnica anestésica empregada.

Objetivo: Este trabalho tem como objetivo relatar e refletir as vivências dos profissionais da enfermagem de um

centro cirúrgico ambulatorial (CCA) de um hospital escola, sobre o despertar dos pacientes pediátricos

submetidos a procedimentos cirúrgicos neste setor, as possíveis causas da agitação pós-operatória em crianças,

subsidiando ações referentes à identificação e prevenção mais adequada frente a esta situação. Método: Relato

de experiência de como os métodos sistematicamente utilizados no CCA desde a entrada do paciente ao setor

até sua chegada a sala de recuperação podem interferir na recuperação. Resultado: Ao admitir-se o paciente no

serviço, solicita-se presença do acompanhante e desde então se inicia o preparo para o ato cirúrgico, verificam-

se os sinais vitais, bem como verificar peso e altura, a enfermeira faz a entrevista de coleta de dados e histórico

do paciente com o responsável, neste momento acontece a identificação do paciente, através da pulseira de

identificação (que contem o nome completo do paciente e numero de prontuário), assinatura dos termos de

consentimento, troca de roupa. Os profissionais envolvidos neste primeiro contato são responsáveis por fazer a

criança entender e sentir- se segura, a maneira como é recebida no setor permite que tenha mais tranqüilidade,

sinta menos medo e seja mais receptiva aos cuidados. Preparar a família psicologicamente para o procedimento

o torna mais aceitável. Crianças se sentem mais seguras com a presença da mãe no ato anestésico e ao acordar,

apresentando menor incidência de agitação. A dor, o medo, a fome e reações farmacológicas estão diretamente

relacionadas aos casos de maior incidência de agitação em sala de recuperação. Diminuir a ansiedade dos pais

transmite maior segurança à criança, proporcionar conforto térmico e acústico, realizar troca de fraldas,

providenciar dieta adequada assim que liberada e diminuir a dor são aspectos que contribuem para uma melhor

recuperação. O profissional que se sente seguro e tem capacidade de despertar o lado lúdico da criança possui

maior facilidade de interagir com a mesma, diminuindo assim, o medo e a rejeição do paciente pela equipe de

saúde. Brinquedos podem distrair a criança e fazer o ambiente mais acolhedor e menos traumático. Conclusão:

Quando o paciente e a família estão bem orientados, aceitam e entendem os cuidados, confiando na equipe,

temos uma recuperação menos turbulenta, mais rápida e humanizada, segura, com menores riscos de traumas

(perda de acessos venosos, tracionamento de sondas, quedas, desgaste da equipe de enfermagem, dentre

outros) e satisfação de um cuidado eficiente e de qualidade, adequado ao paciente.

Palavras-chaves: Agitação pós-anestésica; Sala de recuperação; Centro cirúrgico ambulatorial.

Page 152: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[152]

127 - PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUANTO À UTILIZAÇÃO DO CHECKLIST NO CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Cátia Denise Perez Pereira Gomes1, Patricia Treviso

1, Adriana Alves dos Santos

1

Instituição: 1IPA - Centro Universitário Metodista - Rua Dona Leonor, 340, Rio Branco, Porto Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: A segurança do paciente que se submete à qualquer procedimento cirúrgico tem sido

amplamente discutida nos últimos anos no Brasil e no mundo. A prerrogativa de que o indivíduo busca um

atendimento de saúde e não o contrário é vista com potencialidade e atenção pelas instituições e

profissionais de saúde. A Organização Mundial da Saúde lançou em 2008 o Protocolo de Cirurgia Segura,

apresentando o checklist como uma das ferramentas com grande potencial para evitar a ocorrência de dano

ao paciente e estabelecer processos seguros. Salienta-se que são realizadas uma média de uma cirurgia para

cada 25 pessoas no mundo, o que denota a importância da implantação de estratégias que visem a qualidade

e segurança na assistência. Objetivo: Conhecer a percepção de profissionais de enfermagem que atuam em

centro cirúrgico em relação a utilização do checklist. Método: Pesquisa de natureza exploratório-descritiva

com abordagem qualitativa, realizada em um centro cirúrgico de um hospital privado no município de Porto

Alegre, Rio Grande do Sul. Participaram do estudo 13 profissionais de enfermagem, sendo quatro

Enfermeiros e nove Técnicos de Enfermagem. A amostra foi constituída de forma aleatória simples, sendo

que os dados foram coletados pela pesquisadora auxiliar no período de março à abril de 2015, através de

entrevista gravada em áudio e guiada por roteiro semiestruturado contendo nove perguntas, sendo três

fechadas e cinco abertas. Os dados foram analisados sob a ótica temática de Minayo (2012). O projeto de

pesquisa foi submetido e aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições envolvidas

(proponente e co-participante), seguindo a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultado: A

análise dos dados possibilitou identificar temáticas a partir das quais elencaram-se três categorias: 1)

Checklist como ferramenta para otimizar a segurança do paciente no centro cirúrgico. 2) O uso do checklist

como medida de segurança profissional e sua contribuição na prática de trabalho. 3) Potencialidades e

fragilidades com uso do checklist em centro cirúrgico. Conclusão: O estudo permitiu identificar que os

profissionais de enfermagem em centro cirúrgico percebem a necessidade de garantir a segurança do

paciente e importância dos protocolos institucionais proporcionando maior qualidade assistencial. O

checklist foi apontado como a principal ferramenta utilizada pelos profissionais de enfermagem para a

segurança do paciente e também do profissional, bem como para evitar a ocorrência de eventos adversos.

Entretanto, alguns profissionais relatam opiniões opostas frente ao checklist, sendo objeto de desconforto,

devido à resistência da equipe cirúrgica na utilização desta ferramenta. Neste contexto, a educação

permanente pode contribuir para melhor compreensão da equipe quanto à importância deste instrumento

bem como pode promover maior integração da equipe multiprofissional reforçando a importância da

atuação conjunta e integrada na prestação de uma assistência segura e de qualidade ao paciente.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Segurança do paciente; Checklist; Centro cirúrgico.

Page 153: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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128 - POSICIONAMENTO CIRÚRGICO: OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERIOPERATÓRIO.

Autores: Amanda Braz Miranda1, Amanda Rosa Fogaça

1, Laura Cristina Cuvello Lopes

1, Mariane Rizzetto

1

Instituição: 1UNIÍTALO - Centro Universitário Ítalo Brasileiro - Avenida João Dias, 2.046, Santo Amaro, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O posicionamento do paciente na mesa de cirurgia tem como objetivo promover a exposição do

sítio cirúrgico. Considerando que os pacientes passam um longo tempo sobre a mesa cirúrgica submetidos aos

efeitos anestésicos, que embora sejam necessários, trazem uma condição de fragilidade e dependência física,

ações planejadas com atenção devem ser realizadas pela equipe de enfermagem no intuíto do sucesso no

procedimento anestésico-cirúrgico. Objetivo: Identificar na literatura os cuidados de enfermagem relacionados

ao posicionamento cirúrgico do paciente adulto no perioperatório. Método: Trata-se de um estudo de revisão

integrativa da literatura, realizado através de pesquisa nos bancos de dados Lilacs e Scielo, com os descritores:

posicionamento cirúrgico e enfermagem, no período de agosto a setembro de 2014. Foram utilizados artigos

publicados em língua portuguesa, disponíveis na íntegra e a partir de 2004 e excluídos os que não eram

compatíveis com o objetivo deste estudo. Resultado: Foram encontrados 20 artigos e dentre estes, 10

selecionados. Desta análise emergiram três tópicos: 1. Fatores de risco para o desenvolvimento de

complicações: existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento de complicações, dentre eles

destacam-se: idade, peso corporal, estado nutricional, doenças crônicas, tipo e tempo de cirurgia, anestesia,

posições cirúrgicas e a imobilização prolongada, devendo ser considerados ao planejar a assistência; 2. As

complicações decorrentes do posicionamento cirúrgico: o posicionamento cirúrgico pode causar algum impacto

negativo nos sistemas do corpo ocasionando várias complicações, sendo a UPP a mais frequente; 3. Os cuidados

de enfermagem relacionados ao posicionamento cirúrgico: as intervenções eficazes na prevenção de lesões de

pele estão relacionadas ao alívio de pressões durante e imediatamente após a permanência do paciente na

mesa cirúrgica. O uso dos recursos de proteção no posicionamento, assegura a manutenção da integridade da

pele e das pressões osteoarticulares e neuromusculares. Conclusão: Cabe ao enfermeiro, promover ações para

a prevenção de complicações decorrentes do procedimento anestésico-cirúrgico, acompanhar o paciente em

todas as etapas do seu tratamento, disponibilizar todos os recursos necessários e supervisionar todas as ações

da equipe de enfermagem, com isto, faz-se necessário que atualize-se constantemente e exerça a educação

continuada junto aos seus colaboradores.

Palavras-chaves: Complicações em cirurgias; Cuidados de enfermagem; Posicionamento cirúrgico.

Page 154: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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129 - PROCESSAMENTO DE COMADRES E PAPAGAIOS É UM RISCO PARA A CME?

Autores: Maria Edutania Skroski Castro1, Maria Cristina Paganini

1,1

Instituição: 1HC-UFPR - Hospital de Clinicas UFPR - Rua General Carneiro, 181, Curitiba (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: O surgimento, disseminação e dificuldade para o controle de bactérias multirresistentes,

principalmente enterobactérias, aliados à precariedade de condições/infraestrutura para o adequado e seguro

processamento de comadres e papagaios, levou muitos profissionais de controle de infecção hospitalar a

recomendarem o processamento destes utensílios nas Centrais de Materiais e Esterilização (CMEs). Objetivo:

Trazer à tônica a reflexão e discussão da prática do processamento de comadres e papagaios em CME;

contribuir para a segurança do processamento na CME e apresentar os resultados de uma breve enquete sobre

o processamento de comadres e papagaios em alguns hospitais do Brasil. Método: Foi elaborado um

questionário com questões simples, objetivas e abertas sobre como é o processamento de comadres e

papagaios em hospitais de grande e médio porte, públicas e privadas, com a finalidade de identificar os

seguintes pontos: local de processamento, método de limpeza, se manual ou automatizado; se a desinfecção é

química ou térmica e se automatizado, qual o parecer sobre o uso desta tecnologia. Foi enviado por email a

enfermeiros de CCIH e CME de14 hospitais, sendo 6 no Sudeste, 4 no Nordeste e 4 no Sul. Destes, 50%

responderam. Os dados foram tabulados e analisados de acordo com a segurança no processo e riscos à CME.

Resultado: Quanto ao local de realização, 14% processam na CME, 57% nas unidades de assistência e 29%

realizam a limpeza na unidade e a desinfecção na CME. Com relação ao método, 80% do processo é manual e

em 14% é automatizado. A desinfecção química corresponde a 57% dos hospitais e 29% utilizam a desinfecção

térmica. Quanto ao uso de máquinas, apenas 14% dos hospitais a possuem e relatam plena satisfação quanto à

agilidade, segurança e praticidade. Conclusão: Partindo da premissa que a limpeza, desinfecção e esterilização

efetuam redução da população microbiana e que os resultados são probabilidades estatísticas que dependem

do controle de todas as variáveis destes processos, pode-se afirmar que o bioburden ou quantidade de resíduos

orgânicos e microrganismos presentes, interfere diretamente nestes resultados. Sabe-se que a contaminação de

instrumentais cirúrgicos não chega a 103 log unidades formadoras de colônias de bactérias (UFC), enquanto que

em 1 ml de fezes há cerca de 1010 log UFC. A limpeza tem a capacidade de reduzir 105 log, a desinfecção de 106

log e o princípio do nível de segurança da esterilização (SAL) é de 10-6 log, fica evidente que mesmo comadres e

papagaios limpos ou pré-lavados possuem nível de contaminação muito superior ao de instrumentais sujos.

Diante do exposto, os resultados dos questionários são preocupantes e alarmantes, o processamento de

comadres e papagaios pode estar comprometendo a segurança no processamento de instrumentais cirúrgicos

e/ou materiais de anestesia e assistência ventilatória. Além de poder estar aumentando o nível de

contaminação ambiental e risco de disseminação de bactérias multirresistentes na CME. Constatar que 80% dos

hospitais realizam limpeza manual de comadres e papagaios é preocupante, sob o aspecto do risco de

transmissão de enterobactérias multirresistentes por falha no processamento destes utensílios. Os resultados

servem de alerta para as correções que devam ser aplicadas, diante das falhas presentes no processo. Novos

estudos devem ser realizados com amostra maior a fim de completar e evidenciar os resultados.

Palavras-chaves: Descontaminação; Processo; Risco.

Page 155: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[155]

130 - PROCESSAMENTO DE PACOTES DE ALGODÃO TECIDO: DEMANDA DO BLOCO CIRÚRGICO X OFERTA DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO.

Autores: Iolanda Beserra da Costa Santos1, Andrea Cristina de Melo

1, Milena Moura Medeiros

1, Emília Maria Pacheco

André1, Ana Patrícia Alves de Brito Formiga

1

Instituição: 1HULW - Hospital Universitario Lauro Wanderley - Campus Universitário Campus I, s/n - Cidade Universitária,

João Pessoa (PB).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Centro de Material de Esterilização (CME) se destaca no contexto da organização hospitalar, por

ser um setor peculiar da instituição caracterizado como uma unidade de apoio técnico a todos os serviços

assistenciais e de diagnostico, que necessitem de artigos médico hospitalares para a prestação de assistência.

Para o bom funcionamento do CME considera-se a demanda diária de material, que está baseada no número de

procedimentos realizados, na média diuturna de cirurgias, na forma de estocagem e distribuição dos artigos nas

unidades consumidoras. Objetivo: Averiguar o quantitativo de pacotes de algodão tecido processados no Centro

de Material e Esterilização; Verificar o quantitativo de pacotes de algodão tecido solicitados pelo bloco cirúrgico;

Analisar a demanda de cirurgias realizadas diariamente no bloco cirúrgico; Relacionar a oferta dos pacotes

processados no Centro de Material e Esterilização com a quantidade de cirurgias realizadas. Método: Trata-se

de uma pesquisa quantitativa, realizada no Centro de Material e Esterilização do Hospital Universitário Lauro

Wanderley – EBSERH nos meses de abril de 2014 a abril de 2015, nos seguintes documentos: Ficha de solicitação

de insumos do bloco operatório; Registro da programação cirúrgica diária; Livro de registro do material do CME

com anotações da quantidade de artigos esterilizados; Registro de pacotes de algodão tecido enviado ao bloco

cirúrgico. Para o levantamento dos dados levou-se em consideração os pacotes de campos cirúrgicos e de

capotes, considerados artigos mínimos necessários para a realização das cirurgias. Nessa pesquisa não foi

utilizado o termo de consentimento, por trabalhar com documentos sem envolver seres humanos. Resultado:

Quanto ao quantitativo de pacotes de algodão tecido processados no CME, foram encontrados no decorrer de

um ano 2.271 pacotes de campos cirúrgicos e 1.986 de capotes. O bloco cirúrgico solicitou durante a pesquisa

2.729 campos e 2.386 capotes. Na demanda de cirurgias realizadas encontrou-se um total de 2.931. Ao

relacionar a oferta do CME para atender ao bloco cirúrgico, verificou-se uma diferença para menos de 458

campos e 400 capotes. Conclusão: Considerando os achados se constatou que o CME, apesar das dificuldades

vivenciadas relacionadas aos equipamentos antigos, e recursos humanos insatisfatórios, atende uma demanda

significativa de artigos solicitados, não somente ao bloco operatório, mas, todas as unidades consumidoras do

hospital. Esse trabalho mostra que o CME mesmo dependendo de outras unidades como a lavanderia para

concretização de seu serviço, atende de forma satisfatória a demanda solicitada. A recomendação ao bloco

cirúrgico e as unidades consumidoras é que: haja planejamento das cirurgias programadas; todas as unidades do

hospital independente do número de leitos programem os pedidos para que o CME, possa atender a demanda

sem prejuízos ao paciente.

Palavras-chaves: Esterilização; Enfermagem; Hospital.

Page 156: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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131 - PROCESSO COMUNICACIONAL PARA MINIMIZAR A ANSIEDADE DOS FAMILIARES DO PACIENTE CIRÚRGICO.

Autores: Ernane de Sousa Almeida1, Raquel Vida Cassiano Cazaroti

1, Vanusa Dias De Medeiros Felix

1, Priscila Peres dos

Santos1

Instituição: 1H9J - Hospital 9 de Julho - Rua Peixoto Gomide, 625 - Cerqueira César, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A hospitalização acarreta a quebra de vínculos afetivos, ao levar o paciente e seus familiares a

vivenciarem profundas mudanças em suas vidas¹. O medo da morte, as incertezas relacionadas ao prognóstico e

ao tratamento podem gerar ansiedade e depressão em alguns membros da família. O enfermeiro –

normalmente envolvido com o cuidado humanizado e com o atendimento das necessidades do paciente – pode

não perceber o sofrimento (angústia, medo) vivenciados pelos familiares. É fundamental que a equipe de saúde

esteja preparada para estabelecer um relacionamento de empatia e confiança com a família. Para tanto, esses

profissionais devem se comunicar de forma eficaz, a fim de esclarecer as dúvidas dos familiares. A falta de

informação e a incerteza podem intensificar o sentimento de apreensão². A comunicação deve ser entendida

como processo de mediação que compreende e compartilha as mensagens enviadas e recebidas, ao facilitar,

assim, a interação das pessoas, estabelecendo um intercâmbio entre elas e seu meio3. Objetivo: O presente

trabalho tem como objetivo destacar o papel do enfermeiro em exercer a comunicação efetiva, para minimizar

a ansiedade apresentada pelo familiar na sala de espera do centro cirúrgico. Método: Levantamento

bibliográfico, por meio de revisão de artigos científicos retrospectivos dos últimos 7 anos, através dos bancos de

dados: portal Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library On Line

(SCIELO). Para tanto, serão utilizados os descritores: Centro Cirúrgico; Comunicação e enfermagem;

Comunicação. Resultado: A ansiedade é uma reação frequente dos acompanhantes dos pacientes submetidos a

uma cirurgia. Torna-se necessário que o enfermeiro adquira uma compreensão sobre essa situação, para que

possa dar o suporte necessário aos pacientes e aos seus familiares que estão sob seus cuidados profissionais4.

Diante disso, surge a necessidade do enfermeiro desenvolver ações que minimizem as expectativas dos

acompanhantes, ao possibilitar o entendimento do processo cirúrgico mediante a comunicação. Conclusão:

Cabe ao enfermeiro proporcionar informações, sanar as dúvidas dos familiares e promover a qualidade do

atendimento, baseado na sistematização da assistência. O enfermeiro e os demais membros da equipe de saúde

devem estabelecer interação com os familiares e percebê-los, também, como clientes que precisam ser

assistidos. Assim será promovida a integralidade da assistência, a partir do envolvimento dos profissionais no

cuidado. Dessa forma, os resultados no relacionamento entre profissionais e familiares tornam-se positivos e,

consequentemente, minimizar as dúvidas frente ao procedimento cirúrgico.

Palavras-chaves: Enfermagem; Centro cirúrgico; Comunicação.

Page 157: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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132 - PROCESSO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO NA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Autores: Lamary Kênya Carvalho Leal1, Ana Lucas Morais Neta

1, Maria Raquel Antunes Casimiro

1, Ocilma Barros

Quental1, Edineide Nunes Silva

2

Instituição: 1HRC - Hospital Regional de Cajazeiras - Rua Tab. Antônio Holanda - Lot. Cristo Rei, Cajazeiras (PB),

2FSM - Faculdade Santa Maria, Br 230, km 504, Cristo Rei, Cajazeiras (PB).

E-mail: [email protected]

Introdução: O processo de trabalho da enfermagem pode ser desenvolvido em diferentes setores de saúde e

ensino, nos quais o profissional desenvolve ações direcionadas ao cuidado, ensino, gestão e pesquisa, sendo um

destes cenários o de Central de Material e Esterilização (CME). A CME é a área responsável pelo processamento

de artigos e instrumentais médico-hospitalares. Compete a equipe de Enfermagem, especialmente ao

enfermeiro coordenador desta unidade, a acreditação na segurança da Esterilização como garantia de bom

funcionamento do serviço. Este profissional por força de lei desempenha papel fundamental no gerenciamento

e coordenação das atividades deste setor hospitalar, pois é o profissional que detém o conhecimento cientifico

de todas as técnicas e princípios de Enfermagem, devendo atuar na sensibilização da equipe no

desenvolvimento das normas e rotinas, e alertando quanto à importância na execução das técnicas corretas em

todas as atividades. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por enfermeiros de uma Central de Material de

Esterilização de um hospital público. Método: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado por enfermeiros

atuantes numa Central de Material e Esterilização de um hospital público de médio porte. O período deste

relato de experiência compreende o espaço de tempo iniciado em agosto de 2012 até maio de 2015. A equipe

de enfermagem da CME em questão é composta por seis enfermeiros e vinte técnicos, que atuam com carga

horária de 24 horas semanais e possuem escalas extras de trabalho em outros setores hospitalares. Resultado:

No processo de trabalho do enfermeiro de uma CME de um hospital de médio porte, muitas são as dificuldades

vivenciadas por estes profissionais, com destaque para a auto percepção destes, que por vezes possuem sobre

si uma percepção restrita acerca do seu papel. Fato que pode estar associado a falta de valorização profissional,

dificuldades no processo de educação permanente além de outras situações que fragilizam a prática

profissional. O número de profissionais enfermeiros é insuficiente para atender as demandas do setor, o que

dificulta inclusive, a substituição de profissionais em caso de faltas, uma vez que esses mesmo profissionais

atuam em outros setores hospitalares. A inadequação da infraestrutura do serviço associado a deficiências de

práticas educativas, talvez seja o fator de maior criticidade no processo de trabalho dos enfermeiros, uma vez

que as barreiras físicas e técnicas existentes não atendem as recomendações vigentes, favorecendo deste

modo, o risco de infecção hospitalar. Para modificar esta realidade, a gestão hospitalar no último ano, investiu

no aumento do número de funcionários e também na fixação de parcerias com instituições de ensino com

objetivo de fortalecer as atividades de educação permanente para com os profissionais do setor. Conclusão:

Observa-se que as fragilidades ganham mais evidencias do que as potencialidades, entretanto é notório um

discreto avanço positivo, as características do processo de trabalho vêm se modificando e acredita-se em

melhorias a longo prazo. Consta-se a necessidade de educação permanente para os profissionais do setor, o que

vem sendo proposto a partir das parcerias estabelecidas com instituições de ensino vinculadas ao hospital.

Espera-se, que haja uma reforma na estrutura física do ambiente estudado, implantação de barreiras técnicas e

sobretudo, melhor valorização profissional da categoria de enfermagem no âmbito da Central de Material e

Esterilização.

Palavras-chaves: Processo de trabalho; Enfermeiro; Centro de material e esterilização.

Page 158: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[158]

133 - PROFILAXIA DA INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM CIRURGIAS ORTOPÉDICAS.

Autores: Maria Laura Alchorne Trivelin1, Claudia Vallone Silva

1, Rachel Carvalho

1

Instituição: 1FICSAE - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein - Avenida Prof. Francisco Morato, 4.293,

Butantã, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: As taxas de Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) em cirurgia limpa são acompanhadas pelo Serviço de

Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) que calcula indicadores que, de forma aceitável, vão de 1,5 a 5,1%. Não

existem muitos estudos que avaliem os fatores do intraoperatório de cirurgias ortopédicas que possam

influenciar as taxas de ISC. Objetivo: Identificar o comportamento da equipe cirúrgica e os cuidados com o

ambiente da Sala Operatória (SO), no intraoperatório, visando evitar ISC e descrever fatores que contribuam

para elevar ou diminuir a taxa de ISC em cirurgias ortopédicas limpas. Método: Estudo de campo, descritivo,

quantitativo, com observação não participativa. Os dados foram coletados entre julho e setembro de 2014, pela

aplicação de um instrumento de auditoria, elaborado pelo SCIH, e aplicado pela primeira autora, em dois

Centros Cirúrgicos de um hospital privado de São Paulo, com cerca de 300 cirurgias ortopédicas mensais. A

coleta de dados se deu após aprovação pelo Comitê de Ética da instituição. Resultado: Observou-se, in loco, 50

cirurgias ortopédicas, principalmente artroscopias e osteossínteses, com tempo cirúrgico médio de 1 hora e 18

minutos. Foram observados 392 profissionais em SO, especialmente cirurgiões e assistentes. Durante os

procedimentos, estiveram presentes em SO, em média, 7,8 pessoas e a porta foi aberta 10,6 vezes. Em todas as

cirurgias os instrumentos foram esterilizados em autoclave ou plasma de peróxido de hidrogênio; houve

necessidade da utilização de equipamentos em 36 procedimentos. Todos os materiais e equipamentos

necessários encontravam-se na SO no início das cirurgias e foram conferidos os integradores e a abertura com

técnica asséptica; observou-se a manutenção do acionamento do ar condicionado e a permanência das portas

fechadas. Prevaleceram cinco tipos de anestesia, com tempo médio de 1 hora e 52 minutos, destacando-se

anestesia geral e sedação com raquianestesia. A tricotomia foi executada em 15 procedimentos, utilizando

material padronizado (tricotomizador elétrico). A degermação e a antissepsia da pele foram realizadas em todas

as observações, mormente com solução de clorexidina. Houve conformidade quanto ao uso correto do

uniforme privativo no início do procedimento, porém 19,7% dos profissionais utilizaram paramentação

incompleta durante a cirurgia, principalmente, inadequação do uso de máscara. A antibioticoprofilaxia correta

foi realizada em 47 cirurgias. A adesão geral à higiene das mãos, considerando-se todas as categorias

profissionais, antes de tocar o paciente foi de 18,2% e antes de tocar as caixas de instrumentais, 10,9%.

Conclusão: O estudo permitiu identificar aspectos da prevenção de ISC que muitas vezes não são considerados

importantes pelas equipes envolvidas.

Palavras-chaves: Infecção; Período intraoperatório; Centro cirúrgico hospitalar; Procedimentos ortopédicos.

Page 159: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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134 - PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO.

Autores: Cristina Silva Sousa1, Daniela Magalhães Bispo

1, Ana Lucia Mirancos da Cunha

1, Andrea Alfaya Acuña

1

Instituição: 1SBSHSL - Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio Libanês - Rua Adma Jafet, 91, Bela Vista,

São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O programa de residência propõe uma mudança na forma de ensino, baseado no processo de

repensar o ensino em saúde. Baseia-se na integração da teoria com a prática, na aprendizagem significativa e na

utilização de metodologia ativa. Concentram em seu projeto político pedagógico, os conceitos do currículo

orientado por competências, integração da teoria com a prática e a abordagem educacional construtivista e

possibilita que os residentes adquiram competências consideradas necessárias à sua futura prática profissional.

Objetivo: Apresentar a implantação do programa de residência em enfermagem para área especifica em

hospital de grande porte. Método: Trata-se de um relato de experiência sobre a implantação do programa de

residência em enfermagem. O projeto foi iniciado em agosto de 2014, com a aprovação pela gerência de

residência da instituição, deu-se inicio a construção do currículo baseado em competência por três enfermeiras

de centro cirúrgico e uma do centro de material e esterilização, destas, duas são enfermeiras assistenciais e

duas coordenadoras. Obteve-se como referência o currículo da European Operating Room Nurses Association

(EORNA), o referencial da Associação de Enfermeiros de Centro Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização

(SOBECC), o perfil do programa de residência da instituição e a metodologia ativa. A construção ocorreu em

encontros entre estes profissionais para discussão e construção do currículo desejado a nossa realidade

profissional. Resultado: O currículo constitui de quatro módulos e três grandes áreas: assistência, educação e

gestão, Os cenários práticos consistem em atividades na unidade pré-operatória e hospital dia, intraoperatório,

pós-operatório imediato na recuperação anestésica e unidade de terapia intensiva adulto e infantil,

procedimentos minimamente invasivos na radiologia vascular e centro de material e esterilização. O conteúdo

teórico é composto por situações problemas, característica da aprendizagem baseada em problemas (ABP). O

primeiro e segundo modulo são caracterizados por assistência, promove-se conhecimento e compreensão da

assistência de enfermagem perioperatória com a reflexão da prática associada à teoria. O residente assume as

atividades de forma integral e gradativa conforme seu desempenho individual; o conteúdo teórico envolve

conceitos básicos de assistência e segurança do paciente. O terceiro módulo é educação, iniciado no segundo

ano, requer a inserção do residente do primeiro ano (R1) no cenário prático e promover ações de educação.

Após a inserção do residente R1, o residente do segundo ano (R2) inicia atividades em unidades avançadas. O

conteúdo teórico envolve liderança, educação em saúde e conceitos de assistência avançada. O último módulo

voltado a gestão, insere as atividades de gerenciamento com enfermeiras líderes e coordenadoras do centro

cirúrgico e centro de material e esterilização e enfermeiros clínicos que estão envolvidos indiretamente na área

perioperatória. O conteúdo teórico envolve gestão da assistência, atividades gerenciais, negociação, auditoria e

custos hospitalares. Conclusão: O programa foi implantado em março de 2015, o ensino por competências,

aplicado através de uma metodologia ativa, tem sido uma realidade desafiadora, na quebra de paradigmas

antigos e um grande estímulo para mudanças de conceitos, requer o empenho constante em propor estratégias

que permitam os residentes alcançarem os objetivos neste programa de residência.

Palavras-chaves: Aprendizagem baseada em problemas; Enfermagem perioperatória; Internato e residência.

Page 160: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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135 - QUALIDADE DAS ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Graziela Del Anhol Cruz1, Kamille Kotekewis

1, Dolores Ferreira de Mello Lopes

1, Renata Perfeito Ribeir

1

Instituição: 1UEL - Universidade Estadual de Londrina - Rodovia Celso Garcia, Cid - Pr 445 Km 380, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: As anotações de enfermagem são dados de extrema importância que necessitam de qualidade em

sua transcrição pois, é um meio de comunicação que influencia na continuidade e comprovação da assistência.

A finalidade da anotação é, essencialmente, fornecer informações a respeito da assistência prestada, de modo a

assegurar a comunicação entre os membros da equipe de saúde, garantindo a continuidade das informações e,

conseqüentemente, da assistência prestada. Alguns fatores podem influenciar na realização desta atribuição

como: sobrecarga de trabalho, número insuficiente de profissionais, déficit de educação continuada, falta de

motivação relacionada às condições de trabalho, baixo salário, baixo nível sócio educacional, complexidade da

linguagem e comunicação ineficaz da equipe. Com a dimensão desta problemática, o primeiro passo para

mudança desta realidade é a conscientização profissional, aonde o mesmo irá se empenhar a registrar dados

completos, diminuindo as possibilidades de danos ao paciente. A questão norteadora desta pesquisa é: Qual a

influência das anotações de qualidade na assistência de enfermagem no centro cirúrgico? Objetivo: Verificar a

qualidade das anotações de enfermagem e a influencia na assistência. Método: Esta pesquisa foi realizada

através da busca de artigos científicos publicados na literatura nacional e internacional, no período de 2006 a

2013, indexados nas bases de dados: Lilacs e Scielo e disponíveis na íntegra nos idiomas de português e inglês.

Os descritores utilizados foram: anotações de enfermagem (nursing note), centro cirúrgico (surgery Center) e

enfermagem (nursing). Resultado: Identificou-se nove estudos brasileiros e um internacional que abordaram a

correlação entre a anotações de enfermagem com a continuidade da assistência. Os resultados destas pesquisas

mostraram que ainda não houve o reconhecimento por parte de toda a equipe de saúde sobre a importância de

registrar as atividades desempenhadas, pois ainda é realizada de forma mecânica, com escassez de dados,

refletindo na segurança do paciente. Conclusão: Com a sobre carga de trabalho sabe-se que muitas vezes a

realização de anotações de enfermagem se torna difícil, porém tem grande relevância, podendo diminuir

chances de erros evitáveis.

Palavras-chaves: Anotações de enfermagem; Centro cirúrgico; Enfermagem.

Page 161: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[161]

136 - QUALIDADE E SEGURANÇA NO USO DOS PRODUTOS PARA SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA VISITA AO CENTRO CIRÚRGICO PELA ENFERMEIRA.

Autores: Luana Stela de Araujo Castro1, Alvacy Rita Morais Leite

1, Mary Gomes Silva

2, Marcia Viana de Almeida

1, Nayara

Guedes Del Rey Eça Mesquita1

Instituição: 1HCP - Hospital Cardio Pulmonar - Avenida Anita Garibaldi, 2.199, Rio Vermelho, Salvador (BA),

2EBMSP - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública - Rua Silveira Martins, 3.386, Cabula, Salvador (BA).

E-mail: [email protected]

Introdução: O processamento de produto para saúde (PPS), dentro das organizações, constitui uma importante

medida de controle das infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS). Assim, a enfermeira responsável

deve garantir um conjunto de ações que envolvem as etapas do processamento do produto para saúde com

padrão de qualidade e segurança. A armazenagem do PPS é uma das etapas essenciais, e quando inadequado

pode levar sérios riscos e serem determinantes para o surgimento de complicações nos pacientes. Portanto,

sabemos que a esterilidade dos PPS pode ser comprometida caso seu armazenamento nas unidades

assistenciais não seja garantido e acompanhando, em especial na unidade de Centro Cirúrgico, por ser uma

unidade complexa, que realiza procedimentos invasivos e por ser o setor com níveis de consumo dos produtos

para saúde. O acompanhamento ocorre através da visita ao centro cirúrgico que de acordo com a RDC 15/2012,

é de responsabilidade da enfermeira do CME (Centro de material e Esterilização), orientar as unidades usuárias

dos produtos para saúde processados pelo CME quanto, ao transporte e armazenamento destes produtos. Essa

visita é de suma importância para evitar as IRAS, principalmente à infecção de sítio cirúrgico (ISC), que no Brasil

ocupa a terceira posição entre todas as IRAS e compreende 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes

hospitalizados. Objetivo: Descrever a visita da enfermeira do CME e apresentar o roteiro e as ações utilizadas

para garantir o armazenamento do PPS com qualidade e segurança, no Centro Cirúrgico, em um hospital de

médio porte, na cidade Salvador (BA). Método: Trata-se de um relato de experiência, do tipo descritiva, sobre a

visita da enfermeira do CME ao centro cirúrgico, no período de dezembro de 2014 a maio de 2015, em um

Hospital privado, de médio porte e de alta complexidade, na cidade de Salvador (BA). Resultado: A visita da

enfermeira do CME é uma das atribuições específicas, sendo realizada mensalmente em todas as unidades

assistenciais do referido hospital. Destaca-se a visita ao centro cirúrgico, por ser esta uma unidade que consome

cerca de 48% dos PPS processados no CME. É utilizado um roteiro de acompanhamento e inspeção, que norteia

as ações a serem desenvolvidas durante a visita. Compreende a identificação externa do produto, a integridade

do invólucro, o prazo limite para uso, local de estocagem e o controle de temperatura e umidade. Após essas

avaliações, são realizadas ações educativas com a equipe de enfermagem e orientações de oportunidades de

melhorias que deverão ser realizadas para garantir a segurança e a qualidade da esterilidade dos produtos para

saúde e através dos achados é emitido um relatório para desenvolvimento de um plano de ação por cada

coordenador da área. Durante as visitas, a comunicação acontece de forma efetiva, sendo esta uma ferramenta

do processo de trabalho que objetiva a qualificação das ações e também garante a segurança para o paciente

cirúrgico. Conclusão: As instituições hospitalares têm a responsabilidade em evitar as IRAS em especial a ISC,

garantindo a qualidade e esterilidade dos produtos para saúde, sendo que a visita de enfermagem identifica os

problemas potenciais e traça as ações de melhorias com a finalidade de garantir a segurança do paciente e a

redução de complicações infecciosas em pacientes cirúrgicos.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Produto para saúde; Qualidade; Segurança do paciente; Visita da enfermeira.

Page 162: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[162]

137 - QUALIFICAÇÃO DAS AUTOCLAVES A VAPOR: UMA ESTRATÉGIA PARA OTIMIZAÇÃO DOS CICLOS DE ESTERILIZAÇÃO.

Autores: Renata Souza Souto Tamiasso1, Cybele Aparecida Ferreira Ioshida

1, Célia Maria Francisco

1, Danielle da Cunha

Santos1, Rosangela Claudia Novembre

1

Instituição: 1HSC - Hospital Santa Catarina - Avenida Paulista, 200, Bela Vista, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC 15) tornou-se um forte instrumento para a realização das

boas práticas em Central de Material e Esterilização (CME). Dentre os vários pontos que são abordados na RDC

15, encontramos a normatização em relação à qualificação dos equipamentos usados para limpeza

automatizada e esterilização de produtos para saúde. Tendo em vista que este é um processo oneroso para a

instituição hospitalar, entende-se que a identificação dos benefícios e a conformidade com a legislação torna-se

um ponto fundamental para mostrar a importância que este processo pode ter na nossa pratica diária. Objetivo:

Verificar o impacto no tempo total de cada ciclo de esterilização após a realização da qualificação das autoclaves

a vapor. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo e transversal realizado em um hospital

privado de grande porte. A coleta foi realizada no banco de dados eletrônico no qual constavam armazenados

os ciclos realizados pelos equipamentos de esterilização, foi realizado um comparativo dos ciclos de esterilização

pelo período de 90 dias antes e após a qualificação no ano de 2014. No critério de inclusão foram considerados

apenas o ciclo teste Bowie Dick (BD), e os ciclos com o mesmo tipo de material e embalagem, denominados

Misto, Container. Resultado: Houve redução significativa no tempo total dos ciclos, para o ciclo Misto a redução

variou entre 20% a 33%, para o ciclo Container esta variação ficou entre 20% a 35% e para o ciclo Bowie Dick a

redução foi de 12% a 30%. Conclusão: Houve uma importante redução no tempo total dos ciclos de esterilização

avaliados, garantindo atendimento ágil, seguro e com qualidade.

Palavras-chaves: Autoclaves; Validação; Ciclos; Tempo.

Page 163: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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138 - REDUÇÃO DE INFECÇÃO EM CIRURGIAS LIMPAS: ELEMENTOS-CHAVE DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PARA ALCANÇAR EXCELÊNCIA PRÁTICA.

Autores: Izabel Kazue Damas Crisol Iamaguti1, Giovana Abrahão de Araújo Moriya

1, Marina Paula Bertho Hutter

1, Alzira

Machado Teixeira1, Débora Alonso Leite

1

Instituição: 1HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Atualmente as infecções de sítio cirúrgico representam em média 15% do total de infecções

adquiridas durante a assistência à saúde, a terceira complicação infecciosa mais frequente no ambiente

hospitalar. Apesar destes dados, estima-se que 40 a 60% destas infecções possam ser prevenidas. Objetivo:

Dentro deste contexto, foi desenvolvido um programa multidisciplinar dentro do Bloco de Pacientes Cirúrgicos

de um hospital privado de extra porte, localizado no município de São Paulo focado na melhoria substancial do

indicador de infecções em cirurgias limpas. O objetivo foi promover a melhoria contínua de práticas assistenciais

seguras, minimizando o risco de infecção do sítio cirúrgico, prevenindo e reduzindo eventos adversos que

comprometam a qualidade dos serviços. Método: As medidas de prevenção tiveram como foco os fatores de

risco modificáveis, definidos como “estratégias centrais”, são estas: preparo de pele dos pacientes, higienização

e degermação da equipe cirúrgica, remoção adequada dos pelos, profilaxia antimicrobiana adequada,

normotermia, controle de glicemia, cuidados com o ambiente, estrutura e equipamentos, controle de limpeza e

esterilização e rastreabilidade dos processos. A equipe multidisciplinar constituída pelos profissionais que atuam

nos Serviços de Controle de Infecção, Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica, Centro de Materiais e

Esterilização, Centro Obstétrico, Engenharia Clínica e Higiene foram envolvidos dentro deste programa, onde os

Protocolos Operacionais Padrão (POPs) executados nestas áreas foram revisados e implementados de acordo

com normativas e evidências científicas atuais. Estratégias de treinamentos e conscientização deste programa

denominado “Zero de infecção em cirurgia limpa” foram aplicadas, incluindo workshops motivacionais,

materiais didáticos e lúdicos, participação dos integrantes da equipe multidisciplinar em grupos de melhoria

contínua e campanhas focadas em medidas pré-definidas de redução de infecção. O programa multidisciplinar

foi desenvolvido, iniciado e implementado no ano de 2012 e está sendo adaptado e remodelado há 3 anos, de

acordo com a mudança das evidências científicas, desenvolvimento da equipe multidisciplinar e indicadores de

infecção em cirurgias limpas da instituição. Resultado: A taxa de infecção de cirurgia limpa no ano era 2012 e foi

reduzida para 0,13% ao final de 2014. Atualmente estamos trabalhando com uma desafiadora meta de redução

deste número para 0,09%. Conclusão: A estratégia de melhoria de processos e consequente redução da taxa de

infecção em cirurgias limpas corroborou com a diminuição de erros na aplicação destes protocolos e tornou-se

perceptível o aumento da segurança dos processos, além da conscientização dos profissionais envolvidos no

programa.

Palavras-chaves: Controle de infecção; Equipe multidisciplinar; Bloco cirúrgico.

Page 164: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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139 - RELAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES DO PACIENTE NO PERÍODO DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA COM AS CONDIÇÕES FISIOLÓGICAS DE PRÉ-OPERATÓRIO.

Autores: Fiama Chagas Nunes1, Adelaide de Mattia Rocha

1, Ana Lúcia de Mattia

1

Instituição: 1UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais - Avenida Professor Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia, Belo

Horizonte (MG), 2UNIFEMM - Centro Universitário de Sete Lagoas - Rua Pedra Grande, 2.268, Sete Lagoas (MG).

E-mail: [email protected]

Introdução: A SRPA é o local destinado a receber os pacientes em pós-operatório imediato, e deve contar com

uma equipe multiprofissional destinada a oferecer cuidados até que o paciente tenha estabilidade

cardiorespiratória e recuperação da consciência. Os cuidados oferecidos na SRPA correspondem atividades de

monitorização clínica e instrumental. Portanto que deve ser levado em consideração qualquer sinal ou sintoma

que seja apresentado pelo paciente. Durante o período de recuperação anestésica o paciente pode apresentar

várias complicações que podem estar associadas às condições clínicas pré-operatórias, ao processo anestésico-

cirúrgico ou à eficácia das medidas terapêuticas aplicadas. No entanto, a maioria dos estudos em pacientes em

período de recuperação anestésica têm selecionado pacientes que possuam classificação física de American

SocietyAnesthesiologists (ASA) II que têm alguma alteração sistêmica não originária do procedimento cirúrgico

que pode interferir nas condições clínicas apresentadas em SRPA. Objetivo: Considerando a elevada incidência

de complicações ao paciente no período de recuperação anestésica, buscou-se verificar em saudáveis ou com

algum comprometimento fisiológico leve submetidos a cirurgias eletivas, quais as complicações mais comuns

apresentadas no período pós-cirúrgico. Método: Trata-se de uma pesquisa com abordagem metodológica

quantitativa, delineamento não experimental, comparativa, de campo e prospectiva. Foi realizada em um

Hospital público, federal, de grande porte, localizado na capital do estado de Minas Gerais.A coleta de dados

ocorreuna sala de recuperação pós-anestésica do hospital entre os meses de dezembro de 2013 e março de

2014. A amostra foi composta por 24 sujeitos. Fizeram parte da pesquisa sujeitos com idade entre 18 e 60 anos,

submetidos à cirurgia eletiva, com anestesia geral, classificação de ASA I ou II, que fossem saudáveis, ou que

apresentassem complicações leves que derivassem o motivo para a realização do procedimento cirúrgico.

Resultado: As complicações apresentadas pelos pacientes em período de RA foram a hipotensão e hipertensão

arterial, bradicardia e taquicardia, hipotermia, bradpinéria, ansiedade, dor, alteração da consciência, hipoxemia

e alteração na respiração. Destas, as mais freqüentes foram dor, hipoxemia, hipotermia e alterações da

consciência. Das complicações analisadas, algumas apresentaram decréscimo ao longo dos 60 minutos de

permanência do paciente em SRPA, como: as alterações como hipertensão arterial, taquicardia, hipotermia,

alterações da consciência e hipoxemia. Observou-se que não há diferença para pacientes sem comorbidades ou

com alteração originária do procedimento cirúrgico em relação aos pacientes que possuem alteração sistêmica

leve de modo geral, para a prevalência de complicações mais frequentes. Foi verificado que para ambos os

estudos a tríade dor, hipoxemia e hipotermia aparecem como as alterações mais incidentes em SRPA.

Conclusão: Sugere-se o desenvolvimento de mais estudos abrangendo o grupo de pacientes sem comorbidades

ou que apresentem alterações que originaram o procedimento cirúrgico, com amostras maiores, a fim de

elucidar a relação apresentada na literatura entre as complicações frequentes identificadas no estudo.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Período pré-operatório; Sala de recuperação; Complicações pós-

operatórias.

Page 165: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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140 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: IMPLANTAÇÃO DE PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DOS EXPLANTES ORTOPÉDICOS.

Autores: Mirleine Colman Souza Carvalho1, Márcia Cristina de Oliveira Pereira

1

Instituição: 1HEMCSA - Hospital Estadual Mário Covas de Santo André - Rua Dr. Henrique Calderazo, 321 Paraíso, Santo

André (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O centro de material e esterilização participa, em todas ou em alguma fase do fluxo dos produtos

para a saúde de uso cirúrgico, inclusive do ferramental e instrumental cirúrgico consignado, desde o

recebimento até as etapas do processamento, devolução dos instrumentais implantáveis, tratamento e descarte

dos explantes. Frente à problemática no que se diz respeito ao descarte dos materiais explantados, a RDC 15 de

15 de março 2012, estabeleceu no capítulo II - Seção XIII - do Gerenciamento de Resíduos, requisitos que

garantem boas práticas e segurança, para descarte do material explantado. Para garantir as boas práticas nos

pontos observados pela resolução, construímos um instrumento piloto que controla a prática do tratamento de

explantes, que relato no intuito de direcionar as demais instituições que venham a aplicar as orientações da RDC

15 neste requisito. Objetivo: Relatar a experiência da implantação de um protocolo de tratamento dos

explantes ortopédicos, de acordo com a RDC 15, de 15 de março de 2012. Método: Trata-se de estudo

descritivo do tipo, relato de experiência realizado em um hospital público de grande porte, de ensino, situado na

região de SP, onde em média são realizadas 150 cirurgias ortopédicas/mês e com ampla utilização de implantes.

A pesquisadora acompanhou as etapas do processo de recebimento, tratamento e descarte dos explantes e

aplicou o instrumento piloto em todos os tempos que antecedem o descarte dos explantes, no período de julho

de 2013 a julho de 2014. Resultado: Para inicio da implantação do protocolo, elaboramos um quadro

comparativo, do que é exigido pela legislação vigente, RDC 15, Seção III, para avaliar as necessidades de

adequação do serviço. O procedimento operacional foi descrito com formação de um grupo responsável, que

definiu o título - Protocolo de tratamento e descarte de explantes, e dividiu em objetivo, abrangência,

responsabilidades, documentos, materiais, equipamentos e descrição do procedimento. Foi elaborado um

termo de requisição e responsabilidade, para situações de solicitação formal do paciente, e solicitação do

fabricante do produto, ou instituições de pesquisa e ensino, mediante autorização do paciente. Conclusão: A

implantação proporcionou envolvimento entre as equipes que participaram do processo, com treinamentos e

busca contínua de conhecimento, rastreabilidade do processo, registros de certificação e por consequência à

conscientização e adesão de todos quanto a importância do registro minucioso. Destacamos a resistência por

parte de algumas equipes médicas, que relatavam o uso do material para futuros estudos. O instrumento

evidenciou um aumento significativo do controle dos artigos explantados, recolhidos pela CME, quando

comparados com períodos anteriores. Melhorias foram implantadas, inclusive com diminuição de gastos, além

da garantia da segurança do paciente, devido à impossibilidade de reutilização do material explantado.

Conclusão: Concluímos que o instrumento piloto alcançou com êxito seu objetivo, cumprindo todas as

prerrogativas necessárias para avaliação e descrição do procedimento de descarte dos explantes ortopédicos,

conforme recomendação de boas práticas descritas na RDC 15, além de evidenciar possibilidades de avanços em

outros quesitos que possam aprofundar e enriquecer o projeto aqui citados.

Palavras-chaves: Descarte; Explantes; Tratamento.

Page 166: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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141 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: IMPLANTAÇÃO DO PAINEL DE CIRURGIA SEGURA EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO PAULO.

Autores: Michely de Araujo Félix1, 2

, Cecilia Ferreira Cardoso1,2

, Rachel Machado Prett1,2

Instituição: 1

HSPM - Hospital do Servidor Público Municipal - Rua Castro Alves, s/n, São Paulo (SP). 2UNIP - Universidade Paulista - Rua Vergueiro, 1.211, Paraíso, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Para que todo e qualquer procedimento anestésico-cirúrgico seja seguro é necessário garantir esse

monitoramento e a qualidade contínua da assistência e trabalho em equipe. Para isso, a estratégia adotada para

alcançar este desafio, foi a criação e implementação nas instituições de saúde de uma lista de verificações

padronizadas. Baseado no manual “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” da OMS (Organização Mundial da Saúde), o

Ministério da Saúde, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Fiocruz (Faculdade Oswaldo Cruz)

elaboraram um protocolo com a finalidade de minimizar a ocorrência de erros no Brasil. 1 De acordo com a OMS,

a segurança do cliente pode ser alcançada por meio de três ações complementares: evitar a ocorrência dos

eventos adversos, torná-los visíveis se ocorrerem e minimizar seus efeitos com intervenções eficazes. Desta

maneira, as discussões sobre as origens dos erros na assistência à saúde devem fazer parte das rotinas

hospitalares, num processo de vigilância contínua para que suas causas possam ser identificadas, detectando

assim erros potenciais, bem como, direcionando esforços no intuito de incorporar na prática clínica, estratégias

baseadas em evidências, como por exemplo, a lista de verificações sobre “cirurgias seguras”, lançada pela OMS.2

A presente pesquisa tem a intenção de relatar a experiência de implantação do painel Cirurgia Segura (Time-

out) nas salas de operações como facilitador para a realização de todas as etapas da lista de verificações. Este

painel não desobriga a realização do protocolo com toda a equipe em sala e em voz alta, sendo ele um

instrumento adicional para a efetivação da Cirurgia Segura. Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas desde

a elaboração até a implantação do painel de Cirurgia Segura nas salas operatórias e descrever as dificuldades

vivenciadas. Método: O presente trabalho é um estudo descritivo de relato de experiência, onde foram

pontuadas todas as etapas do processo para implantação do painel de Cirurgia Segura. Resultado: As principais

dificuldades detectadas foram: não adesão dos membros das equipes médicas e de enfermagem no uso do

painel em cirurgias de pequeno porte e autoconfiança dos profissionais por acharem que já conhecem a história

do paciente. Os benefícios foram melhora na comunicação interpessoal, simplicidade no preenchimento do

painel e melhor visualização e acesso dos dados para toda equipe. Conclusão: Visando a segurança e minimizar

os eventos adversos os quais os pacientes estão vulneráveis durante um procedimento, este relato de

experiência visou clarificar e ajudar as instituições de saúde na implantação do painel de Cirurgia Segura nas

salas de operações, demonstrando o passo a passo realizado pela instituição estudada e mostrando como este

painel pode ser um facilitador para a realização de todas as etapas da lista de verificações.

Palavras-chaves: Segurança do paciente; Centro cirúrgico; Hospital público.

Page 167: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[167]

142 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE MANEJO DA SEDE EM SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA.

Autores: Aline Korki Arrabal Garcia1, Viviane Godoy Galhardo

1, Lígia Fahl Fonseca

1, Maria de Fátima Alves

1

Instituição: 1UEL - Universidade Estadual de Londrina - Avenida Robert Koch, 60, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: Complicações no pós-operatório imediato (POI) são extensivamente estudados e seus protocolos

tem sido implementados na prática clínica. A sede, no entanto, é um dos sintomas mais incidentes e intensos,

acometendo 75% dos pacientes no POI, sendo subvalorizada, submensurada, subtratada e não notificada na

prática clínica. Fatores podem contribuir para sua incidência, como ansiedade, estresse, jejum prolongado

(superiores a 37 horas) no pré-operatório. Fármacos anestésicos (opióides e anticolinérgicos), entubação

orotraqueal, sangramento, desequilíbrio hidroeletrolítico contribuem para seu desencadeamento no trans-

operatório. No POI o jejum absoluto é mantido ainda por algumas horas, devido ao temor da broncoaspiração. A

soma desses fatores é a sede intensa, distressante e desconfortável no POI. A baixa temperatura tem se

mostrado eficaz estratégia para mitigar a sede comparada a água em temperatura ambiente, permite a

estimulação de ororeceptores sensíveis ao frio, gerando sensação de refrescância, saciedade e alívio do

desconforto com baixo volume hídrico. Instrumentos de registro e controle de sinais e intercorrências são

essenciais na Sala de Recuperação Anestésica (SRA), todavia, não se encontram relatos de registros intencionais

do manejo da sede no POI. Objetivo: Reformular e implantar o manejo da sede no instrumento de registro da

SRA pelos membros do Grupo de Pesquisa e Estudo sobre a Sede (GPS) em SRA de hospital universitário de

grande porte, proporcionando alívio do desconforto e qualidade no cuidado, através da participação e

treinamento da equipe. Método: Relato de experiência da reformulação, implantação e treinamento dos

funcionários do bloco cirúrgico, a fim de sensibilizá-los e capacitá-los para o manejo da sede. Público alvo foram

auxiliares, técnicos, enfermeiros e residentes de enfermagem perioperatória. Resultado: A primeira etapa foi a

introdução no instrumento de áreas para registro relacionadas à sede, identificação através de perguntas

intencionais (13 a 18% dos pacientes verbalizam a sede espontaneamente), mensuração da intensidade por

escala visual analógica ou numérica, aplicação do Protocolo de Segurança do Manejo da Sede (avalia nível de

consciência, proteção de vias aéreas, náuseas e vômitos), aplicação de estratégia de alívio (picolé de gelo

constituído por 10 ml de água mineral, confeccionado com haste para segurança do cliente). A segunda etapa

consistiu na implantação e capacitação dos funcionários, ministrada pela docente e residentes de enfermagem

perioperatória, compreendendo os temas: história e relevância da SRA, estágios da anestesia, assistência de

enfermagem na SRA, complicações no POI, escalas de alta, manejo da sede no POI. Conclusão: O treinamento

encontrou eco na experiência diária dos profissionais e identificou-se que estes reconheciam a sede como

importante desconforto e distresse, no entanto, não se sentiam instrumentalizados para atuarem frente a ela.

Após 6 meses de implantação, avaliou-se a adesão dos funcionários, obtendo resultados satisfatórios. A

estratégia tem tido aprovação unânime, o melhor feed-back tem vindo pelos próprios pacientes que avaliam a

experiência como extremamente prazerosa e aliviadora, inclusive solicitando espontaneamente o picolé em

cirúrgicas subsequentes. A implantação do manejo da sede no POI é um desafio que pode ser estendido a outras

instituições de saúde na busca de assistência qualificada e humanizada para seus pacientes.

Palavras-chaves: Sala de recuperação anestésica; Enfermagem perioperatória; Sede.

Page 168: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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143 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA UTILIZANDO CHECK LIST E COMUNICAÇÃO.

Autores: Jefferson Aparecido Ramos Costa1, Heide Christiane Niemoi Dias

1, Priscila Paullon Tanaka

1

Instituição: 1HSC - Hospital Santa Catarina - Avenida Paulista, 200, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: O protocolo de cirurgia segura tem por finalidade determinar as medidas a serem implantadas para

reduzir as ocorrências de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da

segurança na realização de procedimentos cirúrgicos. Estudos realizados em 2008 sobre a ocorrência de eventos

adversos em pacientes internados revelou que 01 em cada 150 paciente hospitalizado morre em consequência

de um evento adverso. O mesmo estudo revelou que quase dois terços dos eventos adversos ocorridos em

ambiente hospitalar foram associados ao cuidado cirúrgico². Check list é um método aplicado para que falhas

sejam prevista para que a complexidade dos nossos conhecimentos cada vez mais específicos, sejam aplicados

de forma correta, segura e confiável¹. Essa atividade vem ocorrendo desde de 2012 e visa proporcionar a

segurança do paciente e dos profissionais, através do check list e da comunicação interpessoal dentro da sala

cirúrgica, com foco na qualidade do serviço³. Objetivo: O presente relato de experiência tem como objetivo

apresentar as dificuldades enfrentadas na implantação do check list da cirurgia segura e a comunicação em sala

cirúrgica de um hospital particular de grande porte e alta complexidade de São Paulo. Método: Relato de

experiência sobre a implantação do Check List da Cirurgia Segura em um grande Hospital de São Paulo

embasada em levantamento bibliográfico. Resultado: Durante o período de agosto de 2013 a fevereiro de 2014

foram avaliados 5875 pacientes. Tivemos como resultados os indicadores a serem observados na tabela 1.

Dentre as maiores dificuldades tivemos a aceitação das equipes medicas frente aos questionamentos realizados

e receio da enfermagem em iniciar a realização da comunicação interpessoal em sala cirúrgica. Conclusão:

Vivenciamos a importância da comunicação objetiva, obtendo a melhoria na comunicação interpessoal dentro

da sala cirúrgica. Também, como os cirurgiões se sentiram confortáveis e mais seguros em iniciar aquele

procedimento após a realização do check list. Utilizar o check list como meio de comunicação interpessoal, ou

seja, como um facilitador na assistência ao paciente, visando a diminuição de atritos interpessoais provocados

por situações inesperadas e a redução significativa das complicações cirúrgicas e mortalidade conforme dados

da Organização Mundial da Saúde.

Palavras-chaves: Time Out; Check List; Protocolo de cirurgia segura; Eventos adversos; Comunicação.

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144 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: OFICINA DE ATUALIZAÇÃO DA EQUIPE DE TÉCNICOS DE ENFERMAGEM ACERCA DA APLICAÇÃO DA ESCALA DE ALDRETE E KROULIK NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA.

Autores: Fiama Chagas Nunes1, Adelaide de Mattia Rocha

1, Marta de Oliveira Pimentel

1, Erica Patrícia Souza

Caetano1, Marcos Antônio da Silva Mendes

2

Instituição: 1UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais - Avenida Professor Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia,

Belo Horizonte (MG), 2UNIFEMM - Centro Universitário de Sete Lagoas - Rua Pedra Grande, 2.268, Sete

Lagoas (MG).

E-mail: [email protected]

Introdução: A aplicação da Escala de Aldrete e Kroulik (EAK) na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) do

Centro Cirúrgico do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (CCI-HCUFMG) é preconizada

na folha de Sistematização de Assistência Perioperatória, uma vez que os dados da escala propiciam uma

avaliação apurada das condições do paciente em relação ao procedimento anestésico. Tendo em vista que a

prática da aplicação da EAK é de extrema importância no que se refere à avaliação do paciente pós-cirúrgico, e

que a mesma não era aplicada de forma satisfatória por alguns profissionais do setor, optou-se pela realização

da oficina em questão. Objetivo: A intervenção tinha por objetivo sensibilizar os técnicos e auxiliares de

enfermagem do CCI-HCUFMG, atuantes na SRPA, sobre a importância da aplicação da EAK, bem como atualizar

os conhecimentos necessários para a aplicação correta da escala no setor. Método: A intervenção tratou-se de

um estudo de pré e pós-teste, conduzido no período de setembro à outubro de 2014, no CCI-HCUFMG. Para a

coleta de dados foi elaborado um instrumento semi-estruturado, previamente avaliado pelos enfermeiros do

setor. O primeiro momento da atividade consistiu numa avaliação prévia da importância e dos conhecimentos

da equipe de enfermagem a respeito da aplicação da EAK por meio de um pré-teste. No segundo momento foi

realizada uma apresentação sobre a importância da EAK e a correta aplicação prática dela. O terceiro momento

compreendeu a avaliação do impacto da intervenção, a partir da aplicação de um pós-teste. Além disso, como

instrumento auxiliar, foi fixada uma cópia dos valores estabelecidos para cada parâmetro da EAK na bancada

principal da SRPA. Na análise dos dados foi realizada a estatística descritiva simples, utilizando-se os resultados

do pré-teste como controle. Resultado: Vinte e três profissionais participaram da capacitação, sendo eles

técnicos e auxiliares de enfermagem. Os dados apresentados estão analisados no pós-teste em relação ao pré-

teste. Quanto a finalidade da EAK, contatou-se um aumento de 13,0% no total de acertos. Sobre o

conhecimento da equipe a respeito dos parâmetros avaliados pela EAK, observou-se melhora de 151% de

acertos se comparado ao total verificados no pré-teste. Após a realização da intervenção 100% da equipe

avaliava a aplicação da EAK como muito importante na SRPA. Houve melhora no índice de acertos a respeito do

conhecimento sobre os valores atribuídos de cada parâmetro avaliado pela EAK. Conclusão: A intervenção

gerou resultados positivos no que diz respeito ao aprendizado para aplicação da EAK na SRPA pelos funcionários

da enfermagem. Tal fato pode ser confirmado pelo aumento do percentual de acertos do pós-teste, comparado

ao pré-teste, bem como pelo discurso positivo em relação ao aprendizado adquirido pelos presentes. Sinaliza-se

a necessidade de investimento em educação continuada dos profissionais de enfermagem para o

aprimoramento da qualidade da assistência.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Sala de recuperação; Educação em saúde.

Page 170: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[170]

145 - RETENÇÃO URINÁRIA E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PÓS-OPERATÓRIO.

Autores: Eloá Ribeiro Santana2, Aila Maria Pereira Alves

1, Gylmara Bezerra de Menezes Silveira

1, Hermes Melo Teixeira

Batista1, Iratyenne Maia da Silva Bentes

1

Instituição: 1ISGH - Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar - Rua Socorro Gomes, 190, Guajeru, Fortaleza (CE),

2HMSVP - Hospital Maternidade São Vicente de Paulo - Avenida Cel. João Coelho, 299, Centro, Barbalha (CE).

E-mail: [email protected]

Introdução: Os pacientes em pós-operatório imediato possuem diversas características clínicas e quando são

admitidos na sala de recuperação pós-anestésica começam a surgir os sinais e sintomas em consequência dos

procedimentos cirúrgicos que afetam física e psicologicamente o paciente. A retenção urinária ocorre com

bastante frequência nesses pacientes, já que alguns anestésicos contribuem para o surgimento dessa condição

clínica. Objetivo: Analisar a incidência de retenção urinária no pós-operatório de pacientes das mais diversas

especialidades, correlacionando ao tipo de anestesia e a necessidade de sondagem vesical. Método: Esse

estudo se caracteriza como de natureza exploratória, descritiva, com abordagem quantitativa e foi realizada em

unidade hospitalar de alta complexidade no município do Juazeiro do Norte. A amostra foi constituída pelos

pacientes admitidos na sala de recuperação pós-anestésica que durante seu período de permanência

apresentaram retenção urinária. A análise dos dados foi demonstrada através de quadros relacionando com a

literatura pertinente. Resultado: Desta forma, observou-se que 4% dos pacientes que se submeteram a

raquianestesia, no período de Fevereiro a Março de 2014, apresentaram retenção urinária. Assim, o estudo

contribuiu para o crescimento do conhecimento científico da equipe do hospital em estudo, já que havia um

grande número de registros de ocorrência acerca de retenção urinária dos clientes submetidos a procedimentos

cirúrgicos que eram admitidos na unidade de internação, especialmente, nas unidades cirúrgicas. Isso

preocupava a equipe de enfermagem quanto à eficiência da sistematização, para que houvesse uma melhora da

qualidade da assistência, já que por muitas vezes, essas retenções eram acompanhadas por distensão e dor

suprapúbica. Conclusão: Através desses resultados pode-se identificar algumas intervenções que contribuíram

para solucionar esse diagnóstico de enfermagem, envolvendo toda a equipe multiprofissional e fazer com que a

equipe da unidade de internação entenda de maneira holística os aspectos envolvidos nessa condição clínica e

possam ser mais envolvidos nesse processo.

Palavras-chaves: Enfermagem; Incidência; Retenção urinária.

Page 171: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[171]

146 - RETENÇÃO URINÁRIA NA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E RAQUIANESTESIA: DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E INTERVENÇÕES.

Autores: Jacqueline Novais Silva1, Mara Sílvia Almeida

1, Rachel Carvalho

1

Instituição: 1FICSAE - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein - Avenida Prof. Francisco Morato, 4.293,

Butantã, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Definida como acúmulo de urina na bexiga em decorrência da incapacidade da mesma se esvaziar,

a retenção urinária é apontada nos estudos como uma complicação pós-operatória, cuja incidência pode variar

de 3 a 40% e foi analisada neste trabalho, quando associada à raquianestesia, onde se mostra mais incidente. O

acúmulo de urina em excesso e a sua não eliminação, associa-se a graves complicações, de modo que a equipe

de enfermagem tem papel importante na assistência prestada, relacionada à promoção, prevenção e

intervenções frente aos possíveis problemas de eliminação urinária, tornando-se nescessária uma equipe

devidamente treinada e preparada para atuar, de forma a prevenir maiores complicações. Objetivo: Verificar a

ocorrência de retenção urinária em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos sob raquianestesia,

durante sua permanência na Recuperação Anestésica (RA) e propor medidas para prevenção, diagnóstico e

intervenções de enfermagem aos pacientes com retenção. Método: Estudo descritivo-exploratório,

retrospectivo, com análise quantitativa, realizado por meio da avaliação de prontuários de pacientes cirúrgicos

submetidos à raquianestesia que apresentaram retenção urinária no período pós-operatório imediato (POI)

durante sua permanência na RA, em um hospital privado, de extra porte, de São Paulo. A coleta de dados se deu

por meio de um formulário, preenchido pela primeira pesquisadora, frente à ocorrência de retenção, com base

nos registros constantes no prontuário. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da

instituição sede do estudo (CAAE-26150413.5.0000.0071), segundo recomendações da Resolução no466, de

12/12/2012. Resultado: Nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2013, dos 87 pacientes submetidos a

procedimentos cirúrgicos gerais sob raquianestesia, seis (6,9%) apresentaram retenção urinária diagnosticada

durante sua permanência na RA. Houve prevalência de retenção nos pacientes do sexo masculino (66,8%), com

predominância da faixa dos 31 aos 40 anos (66,8%); as cirurgias mais realizadas foram as de membros inferiores

(83,3%); o método anestésico mais incidente associado à raquianestesia foi a sedação (66,8%); cinco pacientes

(83,3%) receberam opioide associado ao bloqueio medular e apenas um (16,7%) não recebeu nenhum tipo de

opioide. A sondagem vesical de alívio foi realizada em quatro pacientes (66,8%) para o tratamento da retenção

urinária. Foi estabelecido um plano de cuidados com foco na prevenção, diagnóstico e intervenções de

enfermagem frente ao paciente com retenção urinária na recuperação. Conclusão: A retenção urinária teve

uma incidência considerável na amostra estudada, com prevalência no sexo masculino, submetidos a cirurgias

de membros inferiores, sob raquianestesia, associada à sedação, com uso de opioides. Os profissionais da

equipe de enfermagem devem realizar a avaliação pré e pós-operatória dos pacientes com risco de retenção

urinária, para que possa planejar os cuidados baseados na segurança e na qualidade do atendimento deste

paciente prevenindo-se, assim, as possíveis complicações relacionadas à retenção urinária.

Palavras-chaves: Retenção urinária; Período pós-operatório; Período de recuperação da anestesia;

Raquianestesia; Enfermagem em pós-anestésico.

Page 172: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[172]

147 - SEGURANÇA CIRÚRGICA É EXTREMAMENTE IMPORTANTE? UMA VISÃO DOS MEMBROS DA EQUIPE

Autores: Larissa Gutierres1, Marizete Campioni

1, Kamily Calazans

1, Carla Aparecida Fernandes

1, Cássia Brasil

1

Instituição: 1HBS - Hospital Baia Sul - Rua Menino Deus, 63, Centro, Florianópolis (SC).

E-mail: [email protected]

Introdução: Em 2007 foi estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o foco da melhoria da

segurança do ambiente cirúrgico, conhecida como “Cirurgia Segura Salvam Vidas”. Este protocolo utiliza como

ferramenta, a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica, com confirmações importantes pela equipe cirúrgica,

com o intuito de tornar as intervenções mais seguras para os pacientes. Objetivo: Identificar a taxa dos

profissionais da equipe cirúrgica que consideram extremamente importante a aplicação de cada item da Lista de

Verificação de Segurança Cirúrgica da OMS, criando estratégias de implantação. Método: Realizado um estudo

de campo descritivo quantitativo, em um hospital geral de médio porte no município de Florianópolis, junto aos

diferentes profissionais que compõe a equipe cirúrgica: Médico Cirurgião, Médico Anestesiologista, Enfermeiro,

Instrumentador Cirúrgico e Técnico de Enfermagem. Através da aplicação de um instrumento de coleta de

dados utilizando a escala de medida Likert de 5 pontos, variando de 1 (sem importância – Não Necessária) à 5

(extremamente importante – Imprescindível). Os profissionais atribuíram o grau de importância para cada um

dos 24 itens que compõe a Lista de Verificação, considerando a aplicação para todos os pacientes submetidos a

qualquer procedimento cirúrgico independente da complexidade. Os dados foram analisados de duas maneiras:

1) Análise da taxa de profissionais que consideraram extremamente importante a utilização completa da Lista

de Verificação. 2) Análise da taxa dos profissionais que consideraram extremamente importante cada um dos 24

itens subdivididos em: Etapa 1 – Antes da Indução Anestésica (7 perguntas), Etapa 2 – Antes da Incisão da Pele

(11 perguntas), Etapa 3 – Antes de Sair da Sala de Cirurgia (5 perguntas). Resultado: Foram incluídos na pesquisa

47 Médicos Cirurgiões, 18 Médicos Anestesiologistas, 7 Enfermeiros, 23 Instrumentadores e 27 Técnicos de

Enfermagem. Os resultados encontrados dos profissionais que consideraram extremamente importante a

utilização completa da Lista de Verificação foram: 64% dos Médicos Cirurgiões, 50% dos Médicos

Anestesiologistas, 100% dos Enfermeiros, 57% dos Instrumentadores, 48% dos Técnicos de Enfermagem. Na

análise estratificada por etapas, houve divergência na classificação: 36% dos Médicos Cirurgiões, 39% dos

Médicos Anestesiologistas, 86% dos Enfermeiros, 35% dos Instrumentadores, 22% dos Técnicos de Enfermagem,

consideram a Etapa I extremamente importante. 9% dos Médicos Cirurgiões, 6% dos Médicos Anestesiologistas,

14% dos Enfermeiros, 9% dos Instrumentadores, 11% dos Técnicos de Enfermagem, consideram a Etapa II

extremamente importante. 21% dos Médicos Cirurgiões, 17% dos Médicos Anestesiologistas, 71% dos

Enfermeiros, 22% dos Instrumentadores, 11% Técnico de Enfermagem consideram Etapa III extremamente

importante. Conclusão: O resultado do estudo refuta a hipótese que a equipe considera extremamente

importante a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica, pois a comparação da análise estratificada não

comprova o grau de importância apontado na análise global. Os membros da equipe tem o entendimento

diversificado sobre a importância de cada etapa, assim esse fato deve ser considerado no planejamento da

estratégia de implantação da Lista de Verificação. A etapa da Lista de Verificação com maior probabilidade de

adesão é a Etapa I. O Enfermeiro é o profissional que apresentou as maiores taxas em todas as etapas, podendo

assim ser multiplicador na estratégia de implantação.

Palavras-chaves: Equipe cirúrgica; Grau de importância; Cirurgia segura; Lista de verificação.

Page 173: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[173]

148 - SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO: EXPERIÊNCIA NA APLICAÇÃO DO CHECK-LIST EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO NO SUL DO BRASIL.

Autores: Luciane Cristina Feliciano1, Mariana Bessa Martins

1, Marilia Ferrari Conchon

1

Instituição: 1HEL - Hospital Evangélico de Londrina - Avenida Bandeirantes, 618, Jardim Londrilar, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: A segurança do paciente é um desafio enfrentado pelos profissionais do bloco cirúrgico, pois

exige uma interação entre diversos processos de trabalho que interferem diretamente na qualidade do

serviço prestado. Utilizando-se de medidas simples e sistematizadas como a aplicação do check-list de

cirurgia segura, a instituição pode oferecer um atendimento de excelência. Objetivo: Descrever a

experiência na aplicação do check-list de cirurgia segura no centro cirúrgico de um hospital filantrópico do

sul do Brasil. Método: Trata-se de um relato de experiência sobre os caminhos percorridos pela instituição

para a implantação e utilização do check-list de cirurgia segura, como ferramenta efetiva contra eventos

adversos ao paciente durante o procedimento anestésico cirúrgico. Esse estudo foi realizado a partir de

dados históricos da instituição e vivência dos profissionais (enfermeiras do bloco cirúrgico e

anestesiologistas) que iniciaram o processo de implantação do check-list. Resultado: A adoção do check-list

para cirurgia segura iniciou-se em março de 2009 por meio da iniciativa de um anestesiologista que pela sua

ampla experiência, conheceu essa estratégia que já ocorria mundialmente e propôs a utilização do método

na instituição. No início houve grande resistência por parte da equipe cirúgica como um todo, entretanto,

após o aumento das evidências científicas sobre a importância e efetividade da aplicação correta do check-

list associado às adaptações do instrumento para a realidade da instituição, os benefícios da adoção dessa

estratégia começaram a surgir. Deve-se levar em conta que a instituição relatada é de nível terciário,

referência na região norte do estado para atendimento de todas as especialidades de alta complexidade o

que aumenta o movimento cirúrgico, principalmente as cirurgias de urgência, chegando a atingir 92% de

ocupação do bloco cirúrgico em horários comerciais. Atualmente a instituição adota um sistema

informatizado de gestão em saúde que permitiu incrementar a tecnologia na realização do check-list de

cirurgia segura, facilitando a visualização, porém em situações de urgência e emergência existe um fator

dificultador da realização e preenchimento do mesmo em tempo real a fim de não perder informações

importantes. Apesar das dificuldades enfrentadas na implantação e realização, observa-se que durante

todo esse tempo de execução do check-list não houve nenhum evento adverso com paciente ou

procedimento errado, além de aumentar a prevenção de eventuais complicações no ato anestésico-

cirúrgico já que as mesmas são detectadas anteriormente pela equipe que aplica o instrumento. Conclusão:

Apesar da resistência por parte de alguns profissionais ainda persistir, os benefícios da aplicação efetiva do

check-list de cirurgia segura ficam evidentes, já que a equipe cirúrgica criou um hábito na realização do

mesmo e a cultura de segurança vem se consolidando a cada dia na instituição. O fato da instituição ser

pioneira na aplicação desse instrumento no município, tornou-se um exemplo para outros serviços da

região que atendem ao paciente cirúrgico. Vale ressaltar ainda que o check-list trata-se de uma tecnologia

de fácil aplicabilidade e que não onera a instituição, gerando tantos benefícios quanto algumas tecnologias

de ponta que são comuns no bloco operatório.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Enfermagem perioperatória; Segurança do paciente.

Page 174: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[174]

149 - SEGURANÇA NO POSICIONAMENTO DO PACIENTE SUBMETIDO À CIRURGIA ROBÓTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVENCIADO POR ENFERMEIROS.

Autores: Andre Santos Amorim1, Evelyn Freitas Scarpioni

1, Cassiane Santana Lemos

1, Ana Lucia Silva Mirancos da Cunha

1

Instituição: 1SBSHSL - Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio Libanês - Rua Dona Adma Jafet, 91, Bela Vista,

São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A tecnologia robótica está cada vez mais inserida nos estabelecimentos de saúde, principalmente

em setores como o Centro Cirúrgico, que a emprega em diversas especialidades. A cirurgia com robô é realizada

de forma minimamente invasiva, o que pode diminuir o risco de sangramento no intra-operatório, menor tempo

de recuperação pós-operatória e redução dos custos de internação, mas, restrito a algumas instituições

brasileiras devido ao custo da tecnologia e necessidade de treinamento da equipe cirúrgica. O robô divide-se em

três partes conectadas entre si: o carro de visão (um rack com monitor que permite a visualização da cirurgia

pelos integrantes da equipe); o carro do paciente (braços articulados responsáveis em reproduzirem os

movimentos realizados pelo cirurgião); o console (uma base com controles onde o cirurgião, já fora de campo

estéril, comanda as ações do carro do paciente e realiza o procedimento cirúrgico propriamente dito). Na

instituição de estudo as especialidades que mais utilizam a cirurgia robótica são cabeça e pescoço,

gastrointestinais, urológicas e ginecológicas. Objetivo: Fazer um relato de experiência sobre a visão dos

Enfermeiros do Centro Cirúrgico em relação ao posicionamento de pacientes de cirurgia robótica e as medidas

de segurança empregadas no procedimento. Método: Descrição das dificuldades observadas por Enfermeiros

assistenciais de centro cirúrgico diante do posicionamento de pacientes de cirurgia robótica e suas intervenções,

em um hospital filantrópico de São Paulo no 2º semestre de 2014 até o 1° semestre de 2015. Resultado: Os

profissionais relataram que a presença do Enfermeiro em sala cirúrgica durante o posicionamento do paciente é

de suma importância, atuando diretamente com a equipe médica. Quando o enfermeiro não estava presente

para orientação e acompanhamento das ações, foram evidenciados a fixação inadequada de esparadrapo sobre

o tórax, que além de não fixar o paciente à mesa, ainda comprometia sua ventilação; lesões de pele pós-

operatória; posicionamento inadequado e deslocamento do paciente na mesa cirúrgica; e dor ao término do

procedimento. No momento em que os enfermeiros passaram a acompanhar todos os procedimentos de

cirurgia robótica, medidas foram implementadas: utilização de colchão posicionador, o uso de curativo protetor

em locais de grande pressão, orientação da equipe médica e de enfermagem quanto ao posicionamento e

movimento do paciente em mesa operatória, e a proteção adequada do tórax. Conclusão: As mudanças

realizadas pela equipe de enfermagem em sala operatória colaboraram para elevar a segurança no

posicionamento em cirurgia robótica e demonstraram a importância da presença do Enfermeiro em sala

cirúrgica, com o conhecimento adequado sobre os riscos associados ao posicionamento e medidas de

prevenção de eventos adversos ao paciente. Além disso, os profissionais observaram a necessidade de

elaboração de um “check-list” que direcione os cuidados e padronize a assistência realizada.

Palavras-chaves: Cirurgia robótica; Assistência de enfermagem; Perioperatório.

Page 175: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[175]

150 - SENTIMENTOS E NECESSIDADES DOS PACIENTES NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO.

Autores: Ana Paula Ribeiro Razera1, Eliana Mara Braga

2

Instituição: 1HRAC/USP - Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP - Rua Silvio Marchione, 3-20,

Bauru (SP), 2FMB/UNESP - Faculdade de Medicina de Botucatu – Rua Prof. Montenegro Bairro, Distrito de

Rubião Junior, s/n, Botucatu (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Para ampliar o atendimento de enfermagem é preciso que a equipe esteja conscientizada e

preparada para fazer diferença no cuidado, compreendendo o paciente na sua complexidade. Na dinâmica da

assistência, o enfermeiro é responsável por orientar e sanar dúvidas pertinentes às intervenções, trazendo

tranquilidade e segurança às pessoas atendidas por meio de uma comunicação competente. Objetivo: Conhecer

os sentimentos e as necessidades dos pacientes cirúrgicos durante o período pós-operatório. Método: Estudo

transversal, descritivo, de abordagem qualitativa, o qual utilizou o referencial teórico da Comunicação

Interpessoal e a metodologia da Análise de Conteúdo. O estudo foi desenvolvido nas enfermarias cirúrgicas de

um hospital privado, no período de setembro de 2008 a março de 2009. Inicialmente, obteve-se a aprovação do

Comitê de Ética em Pesquisa, conforme ofício 390/08-CEP e, a seguir, foi solicitada aos participantes do estudo a

assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram entrevistados 16 participantes em período

pós-operatório mediato. Para a coleta de dados, foi utilizada a entrevista estruturada, por meio da questão:

Como você se sentiu durante a internação para a realização da cirurgia? As entrevistas foram gravadas em

aparelho de áudio digital e, na sequência, para melhor análise, o conteúdo das gravações foi transcrito. Em

relação à caracterização dos participantes, foi utilizada a estatística descritiva para estratificação dos resultados.

Para a análise qualitativa, foi realizada a inferência e interpretação dos conteúdos por categorias e similaridade.

Resultado: Fizeram parte deste estudo 16 indivíduos com faixa etária média de 56 anos de idade. Em relação ao

gênero e estado civil, 11 eram do gênero feminino e 5 do gênero masculino, 9 casados, 2 solteiros, 2 viúvos e 3

separados. De acordo com o tipo de cirurgia, 12 foram cirurgias eletivas, 3 de urgência e 1 de emergência, sendo

que a maior parte delas se concentrou nas especialidades de gastroenterologia e ortopedia e todas ocorreram

sem intercorrências no ato anestésico cirúrgico. O tempo médio de permanência dos pacientes em

hospitalização foi de 6 dias, variando de 3 a 8 dias. Os resultados deste estudo demonstraram que, quando os

pacientes foram atendidos em suas necessidades, sentiram-se bem cuidados e agradecidos aos profissionais de

saúde. Em contrapartida, mostraram que o relato de abandono, falta de preocupaçäo com suas necessidades,

nervosismo da equipe e falta de comunicação adequada geraram sentimentos de insegurança e insatisfação.

Conclusão: A proposta desse estudo foi desvelar os sentimentos e as necessidades dos pacientes cirúrgicos

permitindo que a equipe de enfermagem conheça seu papel fundamental, ou seja, possa praticar o cuidado

humanizado e a comunicação adequada a partir da interação efetiva com o paciente hospitalizado. Este estudo

concluiu-se que para os pacientes, os atributos mais importantes para um cuidado de qualidade estão voltados

aos aspectos interpessoais, os quais devem sempre respeitar e atender suas necessidades.

Palavras-chaves: Cuidados de enfermagem, Período pós-operatório; Comunicação; Relações interpessoais.

Page 176: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[176]

151 - SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ATUANTES NO BLOCO CIRÚRGICO.

Autores: Mayra Ferreira Nascimento1, Amanda Maritsa de Magalhães Oliveira

2, Felicialle Pereira da Silva

1, Sâmia Tavares

Rangel1, Michelle Wogeley Vasconcelos Xavier

1

Instituição: 1HR - Hospital da Restauração - Avenida Governador Agamenon Magalhães, s/n – Derby, Recife (PE),

2UFPE - Universidade Federal de Pernambuco - Avenida Professor Morais Rego, 1.235, Cidade Universitária,

Recife (PE).

E-mail: [email protected]

Introdução: O trabalho na área da saúde em ambiente hospitalar caracteriza-se pela elevada carga de trabalho,

enfrentamento de situações conflitantes e limitantes, alto nível de tensão e de riscos para o profissional. Além

disso, a natureza laboral hospitalar envolve o enfrentamento de situações do morrer e sofrer ocasionam níveis

elevados de estresse e, como consequência, a síndrome de Burnout. A Síndrome de Burnout é considerada

como uma resposta emocional a situações de tensão e estresse crônico devido relacionamento intenso e

contato direto com outras pessoas, sendo composta por três dimensões conceitualmente distintas: exaustão

emocional, despersonalização e baixa autoestima. Objetivo: Avaliar as dimensões da Síndrome de Burnout na

equipe de enfermagem que atua no bloco cirúrgico. Método: Trata-se de um estudo de natureza exploratória e

descritiva com abordagem quantitativa, de corte transversal, no qual foi realizado em um hospital de referência.

A coleta de dados foi realizada com 30 técnicos de enfermagem do bloco cirúrgico, nos meses de setembro e

outubro de 2014, nos períodos diurno e noturno. O instrumento aplicado no estudo constou de um questionário

estruturado e auto-aplicável, composto por duas partes: questões sócio-demográficas e questões do Maslasch

Burnout Inventory (MBI) em sua versão HSS (Human Services Survey). Resultado: A maioria dos entrevistados

foram do sexo feminino (90%), com faixa etária entre 31 e 40 anos (46,7%), casados (56,7%), com filhos (80%) e

com o ensino médio (70%). Foi encontrada uma associação significativa entre a sobrecarga de trabalho e tempo

de profissão acima de 10 anos e um maior nível de exaustão emocional dos participantes, pois a maioria

trabalha entre 30 e 44h (70%) e os demais (30%) acima de 44h, podendo este dado refletir diretamente com o

surgimento da síndrome no setor. O estudo demonstrou que 6 (20%) trabalhadores da amostra possuem um

alto risco de desenvolvimento da doença, 14 (46,7%) médio risco e 10 (33,3%) um baixo nível de risco de

desenvolver a síndrome. Conclusão: A importância deste estudo consistiu em mensurar as dimensões do

Burnout relacionando-o a questões da saúde do trabalhador. Esta associação é relevante quando envolve os

trabalhadores da saúde que prestam assistência direta e contínua aos pacientes. Os técnicos de enfermagem

são a maioria na instituição e apresentaram índices significativos no que se refere às três dimensões da

Síndrome de Burnout. Embora o diagnóstico preciso da síndrome seja clínico e individual, os resultados podem

ser considerados como um alerta para a instituição em relação ao adoecimento desses profissionais.

Palavras-chaves: Rnfermagem de centro cirúrgico; Esgotamento profissional; Saúde do trabalhador.

Page 177: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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152 - SISTEMA INFORMATIZADO DE GESTÃO EM SAÚDE: UMA INOVAÇÃO NO AGENDAMENTO CIRÚRGICO.

Autores: Luciane Cristina Feliciano1, Marilia Ferrari Conchon

1, Mariana Bessa Martins

1, Fernanda Novaes Moreno

1

Instituição: 1HEL - Hospital Evangélico de Londrina - Avenida Bandeirantes, 618, Jardim Londrilar, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: O agendamento cirúrgico é uma ferramenta gerencial utilizada pelo enfermeiro do bloco cirúrgico

para o planejamento e otimização do fluxo de cirurgias. Entretanto, para que o mesmo seja eficaz, é necessário

que o enfermeiro tenha uma visão intencional, além de lançar mão de estratégias e tecnologias que facilitem

esse processo. Objetivo: Descrever as alterações ocorridas no processo de agendamento de cirurgias após a

transição de um sistema eletrônico de realidade local, para um sistema informatizado de gestão em saúde.

Método: Estudo descritivo de abordagem quantitativa, realizado no Centro Cirúrgico de um hospital filantrópico

do sul do Brasil. A população de estudo foi composta de dados secundários coletados por meio de relatórios

disponíveis no novo sistema utilizado na instituição estudada, sendo que as informações analisadas referem-se

ao comparativo de quatro meses entre os períodos de Janeiro a Abril de 2014 e Janeiro a Abril de 2015.

Resultado: Após a implantação do sistema informatizado de gestão em saúde observou-se uma otimização do

agendamento cirúrgico, com aumento de produtividade além de aumento da capacidade instalada. No primeiro

período avaliado (2014) houve 4839 cirurgias, sendo que após a transição para a nova tecnologia de

agendamento (2015) ocorreu um aumento de 947 cirurgias, totalizando 5786 procedimentos cirúrgicos nesse

ano. Essa otimização pode ser relacionada à facilidade que o novo sistema informatizado possibilita, ao permitir

que o enfermeiro consiga estimar o tempo dos procedimentos, e assim realizar a programação cirúrgica de

forma mais fidedigna, diminuindo a ociosidade das salas operatórias. Ainda comparando os dois períodos acima

referidos, identifica-se aumento de 14,31 % na taxa de ocupação do bloco cirúrgico, já que no período avaliado

de 2014 a ocupação era de 69,16 % evoluindo para 83,47 % após a mudança do sistema de agendamento. A

superioridade do sistema informatizado de gestão em saúde fica evidente quando comparado ao sistema

anterior, considerando que aquele permite o cálculo fidedigno e em tempo real da taxa de ocupação do bloco

cirúrgico, além de permitir a integração com os demais setores de apoio como central de materiais esterilizados,

órteses e próteses médicas, além da farmácia satélite e setores de internação bem como unidades de terapia

intensiva. Conclusão: A utilização de um sistema informatizado de gestão em saúde como ferramenta para

otimização do agendamento cirúrgico permite que o enfermeiro do bloco operatório tenha uma visão global do

mapa cirúrgico, possibilitando ao mesmo uma tomada de decisão pautada em dados reais, além de permitir a

customização dos horários conforme a necessidade dos cirurgiões. A contribuição do novo sistema comprova-se

ainda de forma indireta, já que permite a diminuição dos atrasos para início cirúrgico, melhor atendendo o

cliente interno, o que retorna para a instituição em aumento de produtividade cirúrgica e consequente

acréscimo na receita hospitalar.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Gestão em saúde; Enfermagem perioperatória.

Page 178: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[178]

153 - SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA: IMPLEMENTAÇÃO NA PERCEPÇÃO DOS ENFERMEIROS PERIOPERATÓRIOS.

Autores: Sandra Martins de França1,2

, Emanuela Batista Ferreira e Pereira2, Sâmia Tavares Rangel

1,2, Alcione de Andrade

Lima2, Wellinja Laura Matos Mendes

2

Instituição: 1HR - Hospital da Restauração - Avenida Agamenon Magalhães, s/n, Derby, Recife (PE),

2UPE - Universidade de Pernambuco - Avenida Agamenon Magalhães, s/n, Santo Amaro, Recife (PE).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Processo de Enfermagem ou Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) representa uma

atividade deliberada, lógica e racional, por meio da qual a prática de enfermagem é desempenhada

sistematicamente. A legitimidade e os benefícios que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)

proporciona ao paciente e profissionais de enfermagem influenciaram na criação de metodologias de

assistência centradas em momentos específicos, tais como os períodos vivenciados pelo paciente cirúrgico

criando a Sistematização de Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP), Diante a magnitude da SAEP,

para viabilizá-la é necessário implantar a assistência de enfermagem de maneira integral e particularizada,

documentando tais fases com o registro das ações do enfermeiro em um instrumento específico, apropriado

para todas as fases. Objetivo: Analisar o processo de implementação do instrumento de sistematização da

assistência de enfermagem perioperatória (SAEP) utilizado em um hospital universitário e investigar as

principais dificuldades e benefícios da referida metodologia sob a ótica dos enfermeiros perioperatórios.

Método: Trata-se de pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa. O cenário do estudo foi um Hospital

Universitário situado no Recife. Os sujeitos do estudo foram constituídos por enfermeiros perioperatórios que

atuam regularmente no centro cirúrgico (CC) e sala de recuperação anestésica do referido hospital (SRPA). Para

obtenção dos dados foi realizada uma entrevista utilizando o recurso do gravador contendo três questões

norteadoras. Resultado: Os resultados extraídos dos discursos proferidos pelos enfermeiros quanto ao processo

de implementação da SAEP no serviço possibilitou a construção de duas categorias: 1.Dificuldades para a

aplicação da SAEP que consistiam em: Ausência de continuidade na aplicação da SAEP, Condições de trabalho e

Falhas na identificação das atribuições dos enfermeiros. E 2.Benefícios provenientes da aplicação da SAEP:

Segurança do paciente, Qualidade da assistência ao paciente, Fonte de pesquisa acadêmica e Visibilidade do

papel do enfermeiro na assistência. Conclusão: As dificuldades encontradas na implantação da SAEP no hospital

em questão são as mesmas encontradas anteriormente em outras pesquisas. A aplicação da SAEP requer

dimensionamento e disponibilidade do profissional. A ausência de medidas administrativas que possibilitem sua

aplicação constitui-se em fator desmotivador para os mesmos interferindo na implementação da sistematização

resultando na falta de continuidade na aplicação do instrumento. A falta de definição de papéis é uma barreira,

pois, ao mesmo tempo em que o instrumento é aplicado repetidamente em um paciente, deixa-se de fazer a

entrevista com outros. Em contrapartida, os benefícios superaram as dificuldades, destacando-se a segurança

do paciente, tal protocolo preconiza a cirurgia segura que em conjuntura com a SAEP, integram e tornam

possível uma assistência de qualidade aos pacientes em todas as fases da experiência cirúrgica. Por fim o

instrumento como fonte de pesquisa corrobora a ideia de que a cada dia, mais profissionais de enfermagem

buscam o saber científico, agregando valores e reconhecimento à enfermagem.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória; Equipe de enfermagem; Processos de enfermagem; Segurança do

paciente.

Page 179: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[179]

154 - SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA: UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DE ENFERMEIROS EM HOSPITAIS.

Autores: Berendina Elsina Bouwman Christóforo1, Danise Paula Dias Coelho

1, Marlene Andrade Martins

1, Halany Pereira

de Souza Alves1

Instituição: 1UFG - Universidade Federal de Goiás, Campus Cidade Universitária, BR 364, Km 195, 3.800, Jataí, Goiás (GO).

E-mail: [email protected]

Introdução: No processo de trabalho do enfermeiro a implantação e utilização da sistematização da assistência

de enfermagem perioperatória (SAEP) deve ser considerada um fator de extrema importância, por ser uma

metodologia científica utilizada para planejar um cuidado individualizado, de acordo com cada tipo de cirurgia.

Do mesmo modo é uma ferramenta que favorece uma interação maior entre enfermeiro e paciente, visando à

qualidade da assistência envolvendo suas necessidades físicas e emocionais nos períodos pré-operatório,

transoperatório e pós-operatório e ainda atuando na prevenção de complicações do ato anestésico cirúrgico.

Objetivo: O objetivo da pesquisa foi avaliar a utilização da sistematização da assistência de enfermagem

perioperatória na prática dos enfermeiros de três unidades hospitalares de um município. Método: O método

utilizado foi um estudo descritivo transversal, com abordagem quantitativa, realizada com dezesseis

enfermeiros que trabalham em três unidades hospitalares de um município e atuam no período perioperatório.

Para a coleta de dados foi realizada uma entrevista estruturada com utilização de um instrumento, e depois

organizados e analisados em planilha Excel. O projeto foi aprovado de acordo com a Resolução n° 466/2012 e

acolhido pela CAAE n° 42530815.5.0000.5083. Resultado: Os resultados evidenciaram que 10 (62%)

profissionais utilizam a sistematização da assistência em seu processo de trabalho, porém todos referem ter

dificuldade com a operacionalização da mesma, 7 (70%) apontam que falta de recursos humanos é um fator

limitante, 6 (60%) alegam a falta de tempo como uma complicação e 8 (80%) a sobrecarga de trabalho. Os 6

(38%) profissionais que não utilizam a sistematização da mesma forma apontaram que tem dificuldade na sua

operacionalização, e destes 3 (19%) trabalham no centro cirúrgico. Em duas instituições existe um instrumento

pré-elaborado para a realização da sistematização da assistência. Dos entrevistados 10 (62%) acreditam que a

aplicação da metodologia melhora a qualidade da assistência e 5 (31%) que ajuda na organização do processo

de trabalho. Em relação à educação permanente sobre o tema, na instituição que trabalham 10 (63%) afirmam

que já participaram. Este estudo permitiu que se identificassem na prática assistencial fragilidades e dificuldades

na utilização e desenvolvimento da sistematização da assistência de enfermagem perioperatória, como

instrumento científico de trabalho; e embora os enfermeiros concordem que a utilização da metodologia

melhora a qualidade da assistência e ajuda na organização do serviço, nem todos os profissionais o aplicam em

seu processo de trabalho. Conclusão: Este trabalho contribui para a necessidade de uma reflexão em relação às

práticas de enfermagem, e a lacuna existente no conhecimento e habilidades práticas para operacionalização da

sistematização da assistência perioperatória.

Palavras-chaves: Assistência perioperatória; Processos de enfermagem; Unidades hospitalares.

Page 180: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[180]

155 - SITUAÇÃO ATUAL DOS DETERGENTES ENZIMÁTICOS NO BRASIL.

Autores: Rosa Aires Borba Mesiano1, Elenildes Silva Amorim

1

Instituição: 1ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - SIA Trecho 5, Area Especial 57, Bloco B, Brasilia (DF).

E-mail: [email protected]

Introdução: Conforme RDC 55 de 2012, detergente enzimático é um produto cuja formulação contém, além de

um tensoativo, pelo menos uma enzima hidrolítica da subclasse das proteases, podendo ter outra enzima da

subclasse das amilases e demais componentes complementares, inclusive de outras enzimas, tendo como

finalidade remover a sujidade clínica e evitar a formação de compostos insolúveis na superfície de materiais. A

RDC acima, tornou obrigatório o registro dos detergentes enzimáticos, anteriormente apenas notificados

(regularização simplificada), com comprovação da atividade proteolítica e amilolítica, essa se presente na

formuação, como também de prover informações sobre as condições de uso do produto. Todos os produtos,

obrigatoriamente, devem apresentar protease na formulação. Objetivo: Avaliar a situação dos detergentes

enzimáticos registrados no país e disponibilizados no mercado. Método: Foram analisados todos os 55

processos de registro de detergentes enzimáticos publicados no Diário Oficial da União, até janeiro de 2015,

após 2 anos da RDC 55. Resultado: Do total de produtos analisados, 44 eram tanto para uso manual como

automatizado, 5 para uso apenas manual, 2 somente uso automatizado e 4 na forma de espuma, para uso como

emoliente. Quanto a validade do produto, 84% deles apresentaram 24 meses de validade, sendo encontrados

produtos com 9, 12, 16 e 18 meses de validade. A média da atividade proteolítica disponibilizada nos rótulos dos

produtos, foi de 0,15UP e amilolítica de 0,04UA. Apenas 3 produtos não continham amilase na formulação. A

temperatura da água para diluição do produto variou de 20oC a 55oC para o processo manual, e de 30oC a 60oC

para o automatizado. A diluição do produto/litro de água variou de 1,0mL a 8mL para o processo manual e

0,5mL a 8mL para o processo automatizado. O tempo médio de imersão dos artigos, no produto, foi de 5

minutos para ambos os processos. As formulações apresentaram até 4 tensoativos, componentes que

influenciam na quantidade de espuma do produto, sendo 93% de não iônicos, 5,58% aniônicos e 1,2% anfótero.

Os mais frequentes foram o nonilfenoletoxilado com 25,6% e o álcool laurílico com 15%. Conclusão: A

orientação quanto a temperatura da água foi um fator importante uma vez que a indicação anterior, quando

esses produtos eram apenas notificados, variava de temperatura ambiente a 90oC, o que torna a enzima pouco

viável. Contávamos com 250 produtos notificados, sem obrigatoriedade de comprovação da atividade

enzimática e a maioria com validade de 3 anos. A redução significativa de detergentes enzimáticos, quando do

cumprimento da RDC 55, além do tempo de validade menor para os produtos registrados, sugere que os

notificados poderiam não contar com enzima, em atividade, durante todo período de validade do produto. A

presença de maior porcentagem de tensoativos não iônicos em produtos registrados, em detrimento dos

notificados anteriormente, demonstra o interesse dos fabricantes de produtos, em produzir detergentes com

menos espuma, atendendo uma demanda dos profissionais de saúde. A presença, obrigatória, de protease nas

formulações e a disponibilidade de produtos apenas com essa enzima, demonstra a importância desse

componente, no processo de limpeza. Acreditamos que a proposta de órgãos do governo, de implantar medidas

de monitoramento e controle dos detergentes enzimáticos disponibilizados no mercado, irá garantir a eficácia e

segurança desses produtos além de contribuir com a redução das infecções hospitalares.

Palavras-chaves: Detergente; Detergente enzimático; Controle de infecção; Limpeza; Produto saneante.

Page 181: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[181]

156 - STAPHYLOCOCCUS AUREUS: DETECÇÃO EM PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM CENTRO CIRÚRGICO E UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.

Autores: Lisiane Paula Sordi lsordi1, Cláudia Carina Conceição dos Santos

1,2, Elizete Maria de Souza Bueno

1, Ivana

Trevisan1, Marcia Kuck

1

Instituição: 1HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS),

2IPA - Centro Universitário Metodista, Porto Alegre (RS).

E-mail: [email protected]

Introdução: O Staphylococcus aureus é um microrganismo comumente encontrado na pele. Os cocos gram-

positivos como um grupo constituem a causa mais comum de infecções de sítio cirúrgico, sendo o

Staphylococcus aureus o organismo identificado com maior frequência. O mesmo é hemolítico, parasitário,

patogênico e coagulase-positivo. As infecções por esta bactéria pode levar a hospitalizações prolongadas e

resultar em morte, ele podem ser encontrados nas vias nasais de 30% a 50% da população adulta. As cavidades

nasais e faríngeas humanas são os reservatórios mais importantes que suprem continuamente o ambiente

externo. Objetivo: Identificar a colonização nasal por Staphylococcus aureus nos profissionais da unidade de

centro cirúrgico e unidade de terapia intensiva em uma instituição hospitalar na região metropolitana de Porto

Alegre. Método: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica descritiva transversal. A coleta de dados e material

(amostra nasal) foi obtida após assinatura do consentimento apresentado ao mesmo. Participaram da pesquisa

34 funcionários do centro cirúrgico e 72 funcionários da unidade de terapia intensiva, um total de 106

participantes. Resultado: Quando encontrado nos profissionais da sala de cirurgia mais amiúde nas vias

respiratórias, aumenta muito o potencial para infecções de sítio cirúrgico. Identificou-se a positividade das

amostras para Staphylococcus aureus em 11% dos funcionários da unidade de terapia intensiva e 18% dos

funcionários do centro cirúrgico, um total de 13% dos funcionários nas duas áreas pesquisadas. Sendo este um

dos principais causadores de infecções, onde os portadores podem eliminar este microrganismo e contaminar o

sítio cirúrgico. A partir do conhecimento do profissional quanto a sua condição de portador requer medidas para

descolonização, ampliando a percepção dos funcionários quanto ao controle das infecções e prevenções de

surtos. Com a estratégia de descolonização destes profissionais foi considerado necessário o uso de mupirocina

creme, antibiótico tópico utilizado nestes casos, assim como banhos com clorexidine degermante. Conclusão: A

análise dos dados colocou em evidência que não se pode deixar de considerar a necessidade de um ensino

voltado para a importância da prevenção e controle de infecções através do conhecimento dos princípios de

transmissão destes microrganismos. Entende-se que ampliar a visão dos profissionais envolvidos frente ao

controle das infecções por Staphylococcus aureus, através de tratamento, medidas educativas e capacitações

específicas, reflete positivamente na segurança e qualidade assistencial.

Palavras-chaves: Infecções de sítio cirúrgico; Staphylococcus aureus; Centro cirúrgico.

Page 182: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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157 - SURTOS DE ENDOFTALMITE APÓS PROCEDIMENTOS OFTALMOLÓGICOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA.

Autores: Reginaldo Adalberto Luz1,2

, Maria Clara Padoveze2

Instituição: 1FCMSC - Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - Rua Doutor Cesário Motta Júnior, 61, Vila

Buarque, São Paulo (SP), 2EEUSP - Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - Avenida Dr. Enéas de

Carvalho Aguiar, 419, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: Endoftalmite é uma das principais complicações pós-operatórias em cirurgias oftalmológicas,

podendo até mesmo acarretar a cegueira. A despeito da baixa incidência endêmica, em situações de surtos

pode atingir elevado número de pacientes. A enfermagem pode ter papel relevante na prevenção, identificação

precoce e interrupção de surtos de endoftalmite. Objetivo: Identificar os relatos de surtos de endoftalmite, suas

características e os fatores modificáveis pela atuação da enfermagem. Método: Trata-se de uma revisão da

literatura, realizada em maio de 2015 por meio de pesquisa considerando o período de publicação a partir de

2005 nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-

Americana em Ciências da Saúde (LILACS) utilizando as palavras-chave em português e inglês e operador

boleano (endoftalmite “AND” surto) e (endophthtalmitis “AND” outbreak). A seleção dos artigos foi limitada aos

idiomas escritos em português, inglês e espanhol. Foram excluídos os artigos de revisão e artigos referentes ao

mesmo episódio de surto. Resultado: A busca captou 45 artigos, sendo 31 selecionados. O número de casos

variou de três a 47 com uma média de 13,9 casos por surto, tendo a maioria dos surtos ocorridos em um único

dia. Esta característica se deve ao fato de que nos serviços de oftalmologia muitas cirurgias são realizadas em

um único dia. Os principais procedimentos cirúrgicos envolvidos nos surtos foram a remoção da catarata e

injeção intravítrea, e os principais agentes etiológicos foram os microrganismos Gram-negativos, sobretudo as

Pseudomonas spp., seguido pelos fungos. Estes microrganismos não fazem parte da microbiota normal do olho

humano, sugerindo a origem em fontes extrínsecas aos pacientes. A detecção dos sinais e sintomas geralmente

ocorreu nos primeiros quatro dias após a cirurgia. Desta forma, o estabelecimento de um sistema de vigilância

epidemiológica ativa aumenta as chances de detecção e interrupção precoce de surto. O resultado visual após

as ocorrências demonstrou que mais da metade dos pacientes conseguiu apenas contar os dedos ou observar a

movimentação de mãos do avaliador ou detectar presença de luz no ambiente. Em média, 25% evoluíram para

cegueira total com a retirada do globo ocular ou de seu conteúdo interno. Dentre as fontes atribuídas às

infecções foram a contaminação durante o fracionamento de medicamentos (n=8), materiais ou medicamentos

com contaminação intrínseca e instrumental ou equipamentos contaminados (n=3 cada). É recomendável que

medicamentos para injeções intravítreo sejam fracionadas apenas em farmácias de manipulação devidamente

habilitada, disponibilizando uma dose única para cada aplicação em seringa acondicionada em embalagem

estéril. Outra recomendação diz respeito ao processamento dos materiais que devem ser esterilizados após

cada procedimento cirúrgico, inclusive as vias de irrigação e aspiração nas cirurgias de catarata. Conclusão:

Surtos de endoftalmite são mais comuns após cirurgias de catarata ou injeção intravítreo, levando a deficiências

visuais importantes ou cegueira. Surtos estão ligados a agentes etiológicos não comumente encontrados na

microbiota ocular e a maioria das fontes estão relacionadas aos processos de trabalho que são passíveis de

serem prevenidos. A equipe de enfermagem está envolvida na maioria destes processos, portanto, deve exercer

um papel determinante na prevenção, identificação precoce e interrupção destes eventos.

Palavras-chaves: Endoftalmite; Procedimentos cirúrgicos oftalmológicos; Enfermagem perioperatória; Infecção

da ferida operatória.

Page 183: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[183]

158 - SUSPENSÕES DE CIRURGIAS ELETIVAS EM UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE.

Autores: Sâmia Tavares Rangel1,2

, Emanuela Batista Ferreira e Pereira2, Sandra Martins de França

1,2, Gabriela Wanderley

Souza e Silva1,2

, Jane Keyla Souza dos Santos1,2

Instituição: 1HR - Hospital da Restauração - Avenida Governador Agamenon Magalhães, s/n, Derby, Recife (PE),

2UPE - Universidade de Pernambuco - Avenida Agamenon Magalhães, s/n, Santo Amaro, Recife (PE).

E-mail: [email protected]

Introdução: O ato cirúrgico é um acontecimento importante na vida de um indivíduo, pois após esse

procedimento, ele espera viver de forma mais saudável e com melhor qualidade de vida. O paciente, diante de

uma intervenção cirúrgica, vivencia momentos de temor diante da anestesia, do medo de invalidez, da

deformidade ou outras ameaças à imagem corporal, entre outros. Assim, o ato cirúrgico vem carregado de uma

carga emocional elevadíssima, a qual, se combinado com uma possível suspensão cirúrgica, pode reverter-se em

um estresse adicional e desnecessário. Objetivo: Identificar a taxa de suspensão de cirurgias eletivas e os

motivos de seu cancelamento, em um hospital de referência. Método: Trata-se de um estudo quantitativo,

retrospectivo com análise documental dos registros arquivados no Bloco Cirúrgico no período de Janeiro a

Março de 2015. O Bloco Cirúrgico é constituído por 13 salas operatórias que atendem cirurgias de diversas

especialidades (Buco-maxilo-facial, Geral, Neurocirurgia, Pediatria, Plástica, Traumatologia e Vascular).

Resultado: No período de Janeiro a Março de 2015 foram programadas 1787 cirurgias, das quais foram

realizadas 890, indicando uma taxa de suspensão de 50.2 %(897) cirurgias, sendo o mês de Março o de maior

suspensão principalmente nas seguintes especialidades: Geral, Neurocirurgia, Vascular e Traumatologia. Em

relação aos motivos de suspensões destacaram-se a falta de anestesista (48.3%), por decisão da equipe médica

(9.4%), não comparecimento dos cirurgiões (9.2%), paciente sem condições clínicas (6.2%) e falta de material no

hospital (9.4%). Conclusão: Com este estudo pretendeu-se fornecer subsídios para os profissionais de saúde e

gestores sobre uma realidade diariamente vivenciada, uma vez que é relevante a construção de indicadores

para a avaliação de desempenho dos serviços públicos de saúde, além de servir de parâmetros norteadores na

tomada de decisão para minimização da taxa de suspensão de cirurgias eletivas.

Palavras-chaves: Procedimentos cirúrgicos eletivos; Suspensão de tratamento; Indicadores de qualidade em

assistência.

Page 184: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[184]

159 - TENHO SEDE! VIVENCIA DO PACIENTE CIRÚRGICO NO PERÍODO PERIOPERATÓRIO.

Autores: Larissa Cristina Jacovenco Rosa e Silva1, Patricia Aroni

1, Ligia Fahl Fonseca

1

Instituição: 1UEL - Universidade Estadual de Londrina - Avenida Robert Kock, 60, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: A sede configura-se como sintoma, definido como uma experiência subjetiva, que ocasiona

mudanças no funcionamento biopsicossocial, nas sensações ou na cognição de um indivíduo. O paciente no

perioperatório encontra-se suscetível a uma série de fatores que geram estresse, dentre eles a sede. Objetivo:

Desvelar a vivencia do paciente cirúrgico no perioperatório em relação à sede, na perspectiva da Teoria de

Manejo de Sintomas. Método: Estudo qualitativo, descritivo e exploratório, desenvolvido com 14 pacientes de

hospital universitário da região Sul do Brasil. Para análise dos discursos, utilizou-se o método do Discurso do

Sujeito Coletivo, tendo como referencial teórico a Teoria de Manejo de Sintomas. Resultado: Das análises

emergiram quatro categorias. Na primeira, O corpo manifestando a sede, o paciente relata, de forma intensa e

marcante, os sinais percebidos relacionados à sede: boca seca, lábios secos e rachados, alteração na composição

salivar e na percepção da textura da língua. O paciente utiliza-se de analogias como “cola na boca”, “gosto de

dipirona” e a menção da figura do camelo, remetendo-nos ao árido deserto, na tentativa de explicitar o

sintoma. Na perspectiva da Teoria de Manejo dos Sintomas, o paciente percebe a sede e seus sinais, avalia

como desconfortável, analisa sua causa, o tratamento e a repercussão em suas vidas, buscando em um processo

de reação à percepção da sede, maneiras de entender, explicar e controlar as alterações. Na segunda categoria,

Sentimentos vivenciados perante a sede, os discursos compreendem anseios/sensações relatadas. De acordo

com a Teoria de manejo de sintomas, a percepção do paciente reflete a intensidade e magnitude deste sintoma

na experiência cirúrgica, fato que independe do tipo de procedimento. A terceira categoria denomina-se:

Utilizando mecanismos de enfrentamento perante a sede. Na perspectiva da Teoria de Manejo de Sintomas as

pessoas reagem de diferentes maneiras diante de um estresse, dessa forma, cada paciente adota um modo de

enfrentamento da sede. As estratégias utilizadas pelos pacientes na tentativa de controlar o sintoma foram:

umedecer a boca com a própria saliva, utilização do sono na tentativa de esquecimento, focar o pensamento em

outras situações, ficar quieto, uso de doses extras de água junto com remédios, o bochecho com água e escovar

os dentes. A busca pela água torna-se uma necessidade tão premente que o paciente percebe a sede como

ameaça e cria estratégias de enfrentamento com o propósito de superá-la, por vezes planejando a quebra de

protocolos rígidos de jejum. Na quarta categoria: Percebendo as estratégias de manejo, nota-se estratégias

empíricas adotadas pela equipe como o ato de molhar a boca do paciente. Essa estratégia porém não se mostra

eficaz para mitigar a sede, instigando-o a desejar mais água. Na instituição do estudo, de acordo com novos

protocolos de segurança e manejo da sede, alguns pacientes relataram o uso do picolé de gelo como uma

alternativa agradável, eficaz e segura. Conclusão: A sede, enquanto sintoma influenciado por questões culturais,

individuais e subjetivas, é percebida e experienciada pelo paciente cirúrgico através de repercussões físicas e

emocionais. O resultado dessa vivencia são sentimentos permeados por angustia, sofrimento e até mesmo

impotência. A Teoria de Manejo de Sintomas permite analise mais aprofundada desse sintoma por auxiliar na

compreensão de sua multifatoriedade.

Palavras-chaves: Sede; Assistência perioperatória; Enfermagem perioperatória.

Page 185: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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160 - TIME OUT: PRÁTICA ASSISTENCIAL PARA MELHORIA DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO.

Autores: Alvacy Rita Morais Leite1, Luana Stela de Araujo Castro

1, Mary Gomes Silva

2, Marcia Viana de Almeida

1, Sharon

Lopes Pimenta1

Instituição: 1HCP - Hospital Cardio Pulmonar Salvador Bahia - Avenida Anita Garibaldi, 2.199, Rio Vermelho, Salvador (BA),

2EBMSP - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador (BA).

E-mail: [email protected]

Introdução: A Organização Mundial de Saúde alertou sobre a necessidade de melhor atentar-se ao problema de

segurança do paciente, lançando em 2004 a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, em que o segundo

Desafio Global, “Cirurgias seguras salvam vidas”, tem como foco os fundamentos e práticas da segurança

cirúrgica e como objetivo, aumentar os padrões de qualidade almejados em serviços de saúde de qualquer lugar

do mundo e contempla a prevenção de infecções de sitio cirúrgico, anestesia segura, equipes cirúrgicas seguras

e indicadores da assistência cirúrgica. O Programa “Cirurgias Seguras salvam vidas” propôs a utilização de uma

lista de verificação de segurança, que deve ser empregado em qualquer hospital, independente da sua

complexidade. O checklist é uma ferramenta para melhoria da qualidade e segurança do paciente no processo

cirúrgico, bem como para redução de mortes cirúrgicas e complicações evitáveis. O checklist corresponde às

três etapas, o check in, time out e check out. Neste estudo destaca-se o Time out no processo para melhoria da

qualidade e segurança do paciente cirúrgico. Objetivo: Descrever as ações de melhorias na aplicabilidade do

Time Out, destinadas a segurança cirúrgica do paciente através de novas abordagens para uma maior adesão da

equipe multiprofissional e melhoria da qualidade da assistência. Método: Trata-se de um estudo com

abordagem quantitativa e qualitativa sobre a aplicação do time out no período intraoperatório, realizado no

centro cirúrgico, de um hospital de médio porte e de alta complexidade, no período de janeiro a dezembro de

2014, na cidade de Salvador-Bahia. Os dados foram coletados diariamente com aplicação de um formulário

estruturado pelas enfermeiras assistenciais do Centro Cirúrgico. Para tratamento dos dados foi utilizado o

programa Excel. Posteriormente foram realizadas análises descritivas (índices percentuais), utilizando-se tabelas

com frequências absolutas (n) e relativas (%). Resultado: Através da análise da taxa de aplicação do checklist de

cirurgia segura, verificou-se que durante os meses de janeiro a dezembro de 2014 a aplicação do time out

variou de 86% a 100%. Esse resultado demonstra a dificuldade na aplicabilidade no checklist por parte da equipe

multiprofissional. A partir dessa análise, identificaram-se algumas dificuldades na aplicação do time out

relacionada a equipe, ambiente cirúrgico e ao processo de trabalho. Diante dessas dificuldades algumas ações

de melhorias foram traçadas para alcançar a meta de 100% de aplicação do time out para o ano de 2015. Tais

como, a implantação da campanha de cirurgia segura no hospital, simulações realísticas envolvendo a equipe

multiprofissional, definição dos termos de urgência e emergência no protocolo de cirurgia segura,

acompanhamento mensal das taxas de realização do time out e ações de educação permanente. Essas ações

refletem o investimento na busca da qualidade e garantia de segurança nas intervenções cirúrgicas, que resulta

progressivamente em redução de complicações e da mortalidade ligada a procedimentos cirúrgicos para o

paciente. Conclusão: A necessidade de melhoria das taxas de aplicação do time out reflete o compromisso da

organização hospitalar quanto ao fortalecimento das ações destinadas a segurança do paciente cirúrgico e

atendimento a meta internacional de segurança do paciente – meta 4, reduzindo o número de erros,

aumentando a confiabilidade como um ponto essencial no atendimento a saúde de qualidade.

Palavras-chaves: Check list; Cirurgia segura; Segurança do paciente; Time Out.

Page 186: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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161 - RESSONÂNCIA INTRAOPERATÓRIA: CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA SEGURANÇA DO PACIENTE.

Autores: Cassiane Santana Lemos1, Silvana Menezes

1, Luiz Dias da silva

1, Ana Lucia Silva Mirancos da Cunha

1

Instituição: 1SBHSL - Sociedade Beneficente de Senhoras-Hospital Sirio Libanês - Rua Dona Adma Jafet, 91, Bela Vista,

São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A ressonância intraoperatória (RI) é um grande avanço na área de neurocirurgia, indicada

principalmente em cirurgias para ressecção de tumores cerebrais. A RI permite o controle da extensão da

ressecção de lesões em áreas eloquentes (motora, sensitiva e linguagem) do cérebro. Objetivo: Descrever a

assistência de enfermagem realizada durante o procedimento de ressonância intraoperatória. Método: Este

estudo é um relato de experiência sobre os cuidados de enfermagem realizados no intraoperatório de

neurocirurgias, nas quais são utilizadas a RI, de um hospital privado de São Paulo. A sala de RI foi implantada em

2010 na instituição ao lado de uma sala específica para neurocirurgia, com a instalação de sistema de

neuronavegação que permite a visualização de regiões anatômicas e áreas eloquentes do cérebro. A equipe de

enfermagem foi treinada sobre os materiais e equipamentos utilizados durante o procedimento, cuidados

necessários para assistência ao paciente, além de orientação a equipe de engenharia para manuseio dos

dispositivos e acompanhamento durante a cirurgia. Resultado: Em 2014, 21 RI foram realizadas no hospital, 13

pacientes do sexo masculino e 8 pacientes do sexo feminino, com idade média de 45,1 anos (variação de 4 a 81

anos). O preparo da sala cirúrgica foi composto por: teste do equipamento de neuronavegação pela equipe de

engenharia clínica; mesa operatória Trumpf® com cabeceira Noras®; microscópio; aspirador ultrassônico e

bisturi bipolar; coxim de polímero para dorso; faixa de segurança que foi confeccionada de maneira

individualizada, a partir de sugestões dos profissionais que participaram das primeiras RI executadas; eletrodos

de carbono para monitorização; bombas de infusão Medrad®. Em relação aos cuidados com o paciente, o

mesmo foi posicionado em mesa cirúrgica com as proteções de pele; após intubação orotraqueal, o cirurgião

executava a neuronavegação para o delineamento da área a ser operada e localização da área de lesão. Durante

a transferência do paciente para sala da RI foi colocado filme estéril sobre a área de incisão pelo cirurgião,

posicionamento do capacete para o exame, cobertura da região cefálica com capa estéril; transferência do

paciente para maca de transporte e encaminhamento para sala de RI acompanhado do anestesiologista,

cirurgião, equipe de enfermagem e engenharia. Ao término do exame o paciente voltava para sala operatória e

o médico fazia o fechamento da pele, no caso de remoção completa da lesão, ou continuava a ressecção

cirúrgica. Conclusão: A RI é um importante avanço na área de intervenção cirúrgica intraoperatória. Desta

forma, o treinamento contínuo da equipe de enfermagem é essencial para a formação de conhecimento

científico e técnico sobre a tecnologia associada a RI, que favoreça uma assistência de qualidade ao paciente.

Palavras-chaves: Período intraoperatório; Enfermagem; Neurocirurgia.

Page 187: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[187]

162 - TREINAMENTO COM MONTAGEM DE CENÁRIO NO CENTRO CIRÚRGICO: RETENÇÃO DE CONHECIMENTO E REDUÇÃO DE ACIDENTES BIOLÓGICOS.

Autores: Viviane Pereira da Costa1, Alzira Teixeira Machado

1, Érica Bandeira dos Santos

1, Maria Aparecida Quintino dos

Santos1, Tatiane Rodrigues Torres

1,1

Instituição: 1HIAE - Hospital Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: As ações executadas durante a rotina no setor Pacientes Cirúrgicos, tem atividades desenvolvidas

pelos recursos humanos que atuam na área durante a desmontagem da sala. Com foco na saúde, qualidade de

vida dos colaboradores no ambiente de trabalho, minimizar os riscos ocupacionais envolvidos durante os

processos e práticas, analisando procedimentos operacionais padrões (POPs), indicadores relacionados a

acidentes biológicos, torna-se importante e indispensável o treinamento da equipe, para promoção de um

ambiente seguro. Objetivo: Estruturar um programa de treinamento para os auxiliares de enfermagem que

realizam a desmontagem da sala operatória, através da simulação realística com exposição aos riscos biológicos

específicos do Centro Cirúrgico (C.C), de um grande hospital privado de São Paulo- Brasil, visando analisar os

processos de desmontagem de sala operatória executado nesta área e implementar o treinamento, com a

finalidade de reduzir os acidentes biológicos entres os colaboradores, promovendo um ambiente seguro.

Método: Realizado o levantamento e análise dos indicadores de acidentes biológicos envolvendo auxiliares de

enfermagem do centro cirúrgico, referente aos anos de 2012, 2013 e 2014 (fornecidos pelo setor de Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT). Dentro deste cenário, constatado

a necessidade de implementação do treinamento para a diminuição da incidência dos acidentes biológicos

associados a desmontagem da sala operatória. Realizado a revisão dos POPs considerando as prioridades de

criticidade no setor e incidência de ocorrências, analisado as deficiências na execução destes protocolos. Após o

diagnóstico situacional foi elaborado um treinamento com a periodicidade quadrimestral, baseando em

simulação realística, através de cenário composto por acessórios de sala operatória: mesa cirúrgica com

instrumentais, perfurocortantes, secreção e fluidos corpóreos, caracterizados como os principais riscos

biológicos que frequentemente estão expostos. Em dezembro do ano de 2014 foi realizado o primeiro

treinamento, contemplando 90% do público alvo. Após este período realizado uma nova análise situacional para

avaliar e comprovar a eficácia do treinamento. Resultado: Após a elaboração e implementação do treinamento

e melhoria dentro dos processos de trabalho executados, não houve acidentes biológicos envolvendo auxiliares

de enfermagem durante o período analisado (janeiro a maio de 2015), em relação ao mesmo período do ano de

2012, 2013 e 2014. Evidenciou-se também a melhoria da segurança do ambiente de trabalho e a consequente

redução do índice de absenteísmo relacionado a acidentes biológicos durante este período. Conclusão: O

treinamento através da metodologia de simulação e exposição aos riscos, associada a melhorias continuas de

segurança do ambiente e condições de trabalho adequadas, estimulou atitudes seguras no dia a dia dos

colaboradores reduzindo o número de acidentes biológicos.

Palavras-chaves: Segurança do colaborador; Perfuro cortante; Centro cirúrgico.

Page 188: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[188]

163 - ÚLCERA POR PRESSÃO NO INTRA-OPERATÓRIO DE CRANIOTOMIAS.

Autores: Vanessa Guarise Cunha1,2

, Ana Lucia Silva Mirancos da Cunha1, Solange Diccini

2

Instituição: 1HSL - Hospital Sirio Libanês - Rua Adma Jafet, 91, Bela Vista, São Paulo (SP),

2UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo - Rua Sena Madureira, 1.500, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A úlcera por pressão (UP) é definida como uma lesão de pele e/ou tecido ou estrutura subjacente

resultante da pressão isolada ou combinada com fricção e/ou cisalhamento sobre uma proeminência óssea.

É classificada em estágios que vão de I a IV, de acordo com o tamanho e gravidade da lesão. Pacientes

submetidos a neurocirurgias podem desenvolver úlcera por pressão no período perioperatorio. O

posicionamento cirúrgico correto associado a dispositivos de proteção de pele minimizam o aparecimento de

UP. Objetivo: Relacionar o desenvolvimento de UP em pacientes submetidos a craniotomia na posição dorsal

com o uso de dispositivos de proteção de pele. Método: Este foi um estudo prospectivo realizado no Hospital

Sírio Libanês, São Paulo, Brazil. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, submetidos a cirurgias eletivas de

craniotomia com tempo cirúrgico maior igual a duas horas, sem UP prévia e que mantivessem o decúbito dorsal

durante o procedimento cirúrgico. A Escala de Braden foi aplicada no pré-operatório. Após indução anestésica,

o paciente foi posicionado com dispositivos de proteção de pele ajustados ao corpo. Ao final da cirurgia esses

dispositivos foram retirados e a pele foi avaliada em relação ao desenvolvimento, local e estágio da UP. Esses

pacientes foram acompanhado até 72 horas após o procedimento. Resultado: Foram avaliados 83 pacientes. A

idade média foi de 48.50 anos (±14,081 years) e 60% dos pacientes eram do sexo masculino e todos

apresentaram a Escala de Braden maior que 21 pontos no pré-operatório. Durante a cirurgia, todos os pacientes

utilizaram como dispositivos de proteção de pele para o dorso, colchão soft foan associado com coxim de

polímero ou piramidal, os braços foram posicionados sobre braçadeiras associadas com coxim piramidal, foram

utilizados protetores de calcâneos de espuma piramidal, além de travesseiros de espuma para os joelhos. Em

90% dos pacientes a cabeça foi posicionada no dispositivo Mayfield. O tempo cirúrgico foi em média de 229,09

minutos (±124,610 minutes). Quanto ao porte da cirurgia, 56.6% dos pacientes foram classificados em porte II,

36,1% como porte III e 7.3% como porte IV. Ao termino da cirurgia 76% dos pacientes apresentaram UP, sendo

100% de grau I. Os locais da UP foram: olecrano (40.9%), calcâneo (22.7%), sacral (22.7%), região escapular

(4.9%), região glútea (4.5%) e trocanter (4.5%). Após 48 horas de procedimento um paciente apresentou UP

grau II em região de lábio e um paciente apresentou UP grau II em região de calcâneo. Os mesmo dados foram

encontrados apos 72 horas de procedimento. Conclusão: Este estudo avaliou a importância da utilização de

dispositivos de proteção de pele na prevenção de UP grau II, grau III e grau IV ao final da cirurgia. Estes dados

são de extrema importância e impactam na redução de morbimortalidade e custos na saúde. Os resultados

fornecem subsídios que podem contribuir para a melhoria da assistência prestada aos pacientes e para a

implementação de estratégias de redução de UP, com a criação e implementação de protocolos.

Palavras-chaves: Úlcera por pressão; Craniotomia; Intra-operatório.

Page 189: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[189]

164 - ULTRA-SOM ENDOBRÔNQUICO (EBUS) NO CENTRO CIRÚRGICO MINIMAMENTE INVASIVO: ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM.

Autores: Adriana Reis Silvestre Hirano1, Jacqueline Novais da Silva

1, Adriana Lário

1,1, Viviane Pereira Costa

1,1

Instituição: 1HIAE - Hospital Albert Einstein - Avenida Albert Einstein, 627, Morumbi, São Paulo (SP).

E-mail: [email protected]

Introdução: A ecobroncoscopia e/ou ultra-som endobrônquico – EBUS fornece novas dimensões na realização

da broncoscopia. É possível visualizar e avaliar de modo minimamente invasivo estruturas além da parede

brônquica ao redor da traqueia e/ou dos brônquios. Gânglios linfáticos ou lesões externas das vias aéreas

brônquicas não visíveis ao exame de broncoscopia convencional é exemplo do recurso. É realizado sob sedação

venosa ou anestesia geral, além de anestesia local das vias respiratórias. A técnica anestésica promove conforto

ao paciente e efetividade do procedimento minimante invasivo. Possibilita amostragem, análise do tecido em

tempo real e realização em nível ambulatorial. Assim o paciente recebe alta hospitalar no mesmo dia da

internação. O exame realizado no Centro Cirúrgico Minimamente Invasivo (CCMI) visa cirurgia segura, processo

otimizado e menor exposição do paciente aos riscos de infecção. Objetivo: Descrever o processo cirúrgico do

exame EBUS e atuação da equipe de enfermagem, e elencar os insumos para sistematização da prática.

Método: Relato de experiência realizado no CCMI de um hospital extra porte da rede privada localizado na

cidade de São Paulo - Brasil. O foco e descrever as ações realizadas pela equipe de enfermagem no

procedimento cirúrgico e exame EBUS; preparo do paciente iniciado pela indução anestésica e a disponibilização

dos insumos de forma metodizada e uniformizada. O equipamento EBUS tem alta especificidade tecnológica

para avaliação das estruturas ao redor das vias respiratórias inferiores. É realizado com agulha de punção guiada

22G, específica para ultrassonografia e diagnóstico de doenças inflamatórias, infecciosas ou de tumores. Isto

permite em tempo real a amostragem e análise do tecido através do médico patologista o que impacta no

diagnóstico e tratamento. Resultado: O exame EBUS no CCMI foi efetivado para garantia e qualidade do

procedimento e assistência de enfermagem com excelência de prática. O passo inicial da atividade foi o

treinamento e capacitação da equipe de enfermagem para atuar em consonância com a equipe médica e

manipular adequadamente o equipamento; sistematização da prática. A equipe multidisciplinar envolvida no

processo em sala operatória é composta por enfermeiro, médicos, técnico de enfermagem, auxiliar de farmácia,

engenharia clinica e Centro de Material Esterilização (CME). Os fatores demonstram a importância do

enfermeiro e equipe de enfermagem durante montagem da SO e assistência para o exame. Transcorre com

minimização do tempo cirúrgico e conformidade de padrões. A proficiência dos envolvidos é fundamental para a

segurança e qualidade do atendimento ao paciente submetido ao exame. O advento do exame ao ambiente

cirúrgico comprovou ser eficaz por corroborar com o programa de “Tolerância Zero Infecção” e qualidade para

Cirurgia Segura. Conclusão: Este processo iniciado em 18/06/13 á 27/02/2015. A casuística de 43 exames. Foi

comprovado o alto nível de excelência na assistência, otimização de recursos de alta tecnologia com

aprimoramento dos recursos humanos. Os resultados obtidos com este estudo demonstraram que a

implementação do exame EBUS no CCMI foi efetiva e encontra-se em franca progressão e ampliação do escopo

no ambiente cirúrgico.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico; Enfermagem; Ultra som endobronquico.

Page 190: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[190]

165 - UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EM TRABALHADORES DA ENFERMAGEM.

Autores: Nathanye Crystal Stanganelli1, Renata Perfeito Ribeiro

1, Caroline Vieira Claudio

1, Júlia Trevisan Martins

1,

Patricia Helena Vivan Ribeiro1

Instituição: 1UEL - Universidade Estadual de Londrina - Rod Celso Garcia Cid, Pr 445, Km 380, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: O trabalhador da área da saúde este diariamente exposto a riscos ambientais e ocupacionais,

dentre estes destaca-se os riscos biológicos. A exposição a estes riscos é considerada a mais frequente e a mais

grave entre a categoria da enfermagem devido ao risco de transmissão de vírus e bactérias, além de causar o

afastamento precoce do trabalhador das suas atividades de forma parcial ou total. Para diminuir esses riscos

utilizar os Equipamentos de Proteção Individual que têm como função a proteção contra os riscos que ameaçam

a sua saúde. Objetivo: Avaliar o uso dos equipamentos de proteção individual pelos trabalhadores de

enfermagem durante a realização de procedimentos que os exponham aos fluídos biológicos. Método: É um

estudo observacional, transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Realizado em um hospital publico no

norte do Paraná, nos seguintes setores: centro cirúrgico, central de material e esterilização, unidade de terapia

intensiva e pronto socorro. A coleta de dados foi realizada de janeiro a maio de 2014 com o uso de um check list

pré-elaborado, com os Equipamentos de proteção individual necessários para cada procedimento de

enfermagem. Para a inclusão no estudo os participantes deveriam ser trabalhadores de enfermagem e foram

excluídos todos os alunos, docentes, trabalhadores que estivessem de férias, licença ou se aposentaram. Os

dados foram tabulados em Excel 2007. Resultado: Foram observados 201 procedimentos de enfermagem. No

centro cirúrgico o uso da luva de procedimento teve maior adesão (97%), porém, o uso do sapato fechado,

óculos e luva de borracha não foram utilizados nenhuma vez. Na central de material e esterilização não houve

adesão as luvas de borracha, sapato fechado e óculos durante a realização do trabalho no expurgo. Na unidade

de terapia intensiva e no pronto socorro, para a realização de curativos, as luvas de procedimento foram

utilizadas por todos os trabalhadores (100%), mas o uso dos óculos apresentou baixa adesão por parte dos

trabalhadores (0,86%). Conclusão: Pode-se afirmar que trabalhadores de enfermagem não estão utilizando

todos os Equipamentos de Proteção Individual preconizados para os procedimentos realizados.

Palavras-chaves: Equipamentos de proteção; Equipe de enfermagem; Prevenção de acidentes; saúde do

trabalhador.

Page 191: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[191]

166 - UTILIZAÇÃO DO SISTEMA BLOCHOS COMO FERRAMENTA GERENCIAL NA UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO.

Autores: Christiane Sayuri Ito Yonekura1, Denise Rodrigues Costa Schmidt

1,1, Valeria Maria Gataz Sguario

1,1,1, Adriana

Cristina Galbiati Parminonde Elias1,1,1,1

, Simeire Antonieli dos Santos Faleiros1,1,1,1

Instituição: 1UEL - Universidade Estadual de Londrina - Rua Robert Koch, 60, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: A preocupação com a qualidade da assistência em serviços de saúde vem levando gestores e

profissionais desta área a buscar medidas para a melhoria dos processos de trabalho. A utilização de indicadores

vêm sendo frequentemente utilizada pelas instituições ao longo dos anos como ferramenta de medida de

desempenho que auxiliam a compreensão e complementam práticas renovadas na gestão das organizações de

saúde. Na enfermagem, inúmeros indicadores podem ser utilizados para mensurar a qualidade da assistência e

dos processos de trabalho. No centro cirúrgico (CC), a medida do bom desempenho está diretamente

relacionada com a qualidade dos processos de trabalho e com a qualidade dos processos dos serviços que o

apóiam, como consequência de uma combinação entre instalações físicas, tecnologia e equipamentos

adequados operados por servidores habilitados, treinados e competentes. Atualmente, estudos que abordam os

principais indicadores em CC, tais como, taxa de ocupação, tempo médio de duração das cirurgias, capacidade

operacional do CC, taxa de cancelamento, tempo médio de limpeza de sala e intervalo entre cirurgias (turnover)

têm sido realizados com maior frequência. Sendo assim, os enfermeiros do CC do hospital em estudo passaram

a utilizar o mapeamento desses indicadores por meio de um software denominado Sistema Informatizado de

Gestão Hospitalar – módulo Blochos®, com o intuito de melhorar a qualidade das informações relativas ao

funcionamento da unidade, de compreender o processo de trabalho com maior eficácia e de aumentar os

índices de produtividade para uma intervenção mais efetiva. Objetivo: Mensurar os indicadores de desempenho

na gestão de enfermagem no CC, por meio da utilização do Sistema de Informação de Gestão Hospitalar,

módulo Blochos®. Método: Pesquisa descritiva, de natureza exploratória e abordagem quantitativa, realizada na

unidade de CC de um hospital escola público. A coleta de dados ocorreu no período de janeiro a março de 2015.

A análise dos dados foi realizada por meio de taxas e média, utilizando-se as informações contidas no Sistema

de Informação de Gestão Hospitalar, módulo Blochos®. Para o cálculo dos indicadores utilizaram-se os seguintes

valores: tempo de limpeza de sala de 20 minutos; tempo de funcionamento do setor de 88 horas e tempo de

funcionamento do setor em finais de semana e feriados de 48 horas. Resultado: Realizaram-se 1272 cirurgias no

período analisado, com média de 14,13 cirurgias por dia. Ortopedia e obstetrícia foram as clínicas com maior

volume cirúrgico, 20,88% e 16,12% respectivamente. A taxa de ocupação do CC foi de 59%; taxa de ocupação de

cirurgias classificadas em Porte 1 de 74,89% e taxa de cancelamento cirúrgico igual a 6,6%; sendo 17,73% a

favor de urgências ou emergências. O tempo médio de permanência do paciente em sala cirúrgica foi de 3 horas

e 6 minutos, sendo a maior taxa de ocupação de sala no período da tarde (40,32%). O tempo médio de

recuperação do paciente foi de 40 minutos. Conclusão: Concluiu-se que a monitorização dos indicadores em CC

permite a avaliação global do desenvolvimento da unidade, permitindo controle e reformulação do processo de

trabalho.

Palavras-chaves: Enfermagem; Centro cirúrgico; Indicadores.

Page 192: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

[192]

167 - VISIBILIDADE DAS AÇÕES REALIZADAS PELO CENTRO CIRÚRGICO, COM ÊNFASE NA SEGURANÇA DO PACIENTE.

Autores: Viviane Godoy Galhardo1, Aline Korki Arrabal Garcia

1,1, Denise Rodrigues Costa Schmidt

1,1,1, Adriana Cristina

Galbiati Parminonde Elias1,1,1,1

, Dolores Ferreira de Melo Lopes1,1,1,1

Instituição: 1UEL - Universidade Estadual de Londrina - Avenida Robert Koch, 60, Londrina (PR).

E-mail: [email protected]

Introdução: Cirurgia segura iniciou-se em 2004 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com a campanha

“Aliança Mundial para a Segurança do Paciente”, visando à conscientização para melhora da segurança no

cuidado e nos procedimentos, desenvolvendo estratégias e políticas na atenção à saúde. No Centro Cirúrgico

(CC) lançou-se a campanha mundial sobre os riscos à segurança do paciente cirúrgico com o tema “Cirurgia

Segura Salva Vidas”. Especialistas perioperatórios prepararam uma lista de verificação denominada check–list

composta de três etapas: antes da indução anestésica; antes da incisão cirúrgica; antes do paciente sair da sala

cirúrgica. Este é realizado pela equipe multiprofissional, em voz alta, com o intuído de apresentar aos membros

da sala cirúrgica o paciente, evitando o estresse provocado por situações inesperadas e assegurando o

procedimento. A semana de enfermagem do Hospital Universitário de Londrina (HUL), iniciou-se dia 12 de Maio,

com ciclo de palestras e stands confeccionados pelos setores, com o tema “Segurança do paciente”,

participando convidados internos e externos. Objetivo: Aumentar a visibilidade de ações realizadas por

auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros, docentes e residentes de enfermagem perioperatória com

ênfase na segurança do paciente cirúrgico. Método: Trata-se de um relato de experiência sobre a participação

de enfermeiros, docentes e residentes de enfermagem periperatória, na preparação de stand sobre cirurgia

segura durante a comemoração da semana de enfermagem do HUL. Os conteúdos abordados foram baseados

nas narrativas da rotina da realização do check-list durante a permanência do paciente no ambiente cirúrgico.

Resultado: Nos dias 13 e 14 de Maio o CC responsabilizou-se pela confecção do stand sobre o tema Cirurgia

Segura, participaram 373 convidados. O stand foi dividido em três partes: Pré-operatório, Transoperatório e

Pós-operatório. Na primeira etapa foram focados os cuidados que as unidades devem ter com paciente antes de

encaminhá-lo ao CC e o check-list realizado na sua admissão, com abordagem visual. Na etapa do

transoperatório, confeccionou-se um quadro com dimensões inferiores aos originais das salas cirúrgicas, para

simulação dinâmica da realização do check-list com os participantes. Após apresentou-se um vídeo sobre o

check-list em outras realidades hospitares. A última etapa compreendeu o período pós-operatório, abordando o

check-list realizado antes da saída do paciente para a sala de recuperação anestésica. Para finalizar, foi

apresentado um portfólio com imagens e fatos de negligencias de profissionais do meio perioperatório

noticiados pela mídia. Ao término das três etapas, realizou-se uma dinâmica sobre a importância do termo de

consentimento, criado e adaptado para profissionais de saúde, ressaltando a importância dos cuidados pré-

operatórios e as consequências do preparo inadequado. Os participantes da semana escreveram frases sobre o

tema, no qual os vencedores receberam prêmios. Conclusão: O objetivo proposto pelo evento foi atingido, este

consistia em aumentar a visibilidade das ações realizadas pelo CC na segurança do paciente e obter maior

responsabilidade dos profissionais nos cuidados pré-operatórios. O evento teve repercussão satisfatória dentro

da instituição melhorando a qualidade do serviço.

Palavras-chaves: Enfermagem; Centro cirúrgico; Cirurgia segura.

Page 193: 12º Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico

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168 - VIVÊNCIA DO ENFERMEIRO NA GESTÃO DE UM CENTRO CIRÚRGICO DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE: DESAFIOS E PERSPECTIVAS.

Autores: Fagner de Sousa Macedo1, Brenna Emmanuella de Carvalho

1, Maria Zélia de Araújo Madeira

1, Cândida Danyelle

Silva Leôncio1

Instituição: 1HU-UFPi - Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí Campos Universitário Petrônio Portela s/n,

B. Ininga, Teresina (PI).

E-mail: [email protected]

Introdução: Os hospitais Universitários são instituições que possuem como principais funções o ensino e a

pesquisa para formação de profissionais de saúde e desenvolvimento de novas tecnologias. O centro cirúrgico é

reconhecido como uma das unidades mais complexas, é um ambiente que a dinâmica dos serviços, fluxos e

gerenciamento exigem dos profissionais alto nível de conhecimento e dedicação para proporcionar uma

assistência adequada e humanizada ao cliente, ao acolhimento da equipe cirúrgica e às necessidades do setor.

Objetivo: Relatar a vivência do enfermeiro na gestão de um centro cirúrgico de média e alta complexidade de

um Hospital Universitário no Nordeste do Brasil. Método: O presente estudo se caracteriza como descritivo e

narrativo a partir de uma reflexão sobre a experiência do enfermeiro frente à gestão do Centro Cirúrgico de um

Hospital Universitário de média e alta complexidade de uma capital do Nordeste do Brasil. A análise foi feita no

período de fevereiro a abril de 2015. Para a apreciação dos resultados utilizou- se a divisão por seções para a

discussão de assuntos que foram enquadrados de acordo com a relação do gerenciamento de enfermagem e o

funcionamento do setor. Nestes, foram apresentados os desafios para os avanços, assim como as dificuldades

enfrentadas pelo enfermeiro no exercício da gestão e liderança, além das suas expectativas futuras para uma

melhoria contínua. Resultado: A princípio foi elaborado um relatório descritivo das condições em que o Centro

Cirúrgico se encontrava no início da gestão. Em seguida buscou-se na literatura todas as informações

necessárias para a implantação de um serviço de referência de média e alta complexidade e realizado um

planejamento de ações voltadas para a eficácia do funcionamento. Para tal, medidas cabíveis foram tomadas

tais como, a realização do dimensionamento da equipe multiprofissional; a formulação de etapas para a

manutenção e aquisição de materiais, equipamentos e insumos; elaboração e implantação de protocolos

operacionais padrões e fluxos assistenciais específicos, além do gerenciamento de informações a partir de um

módulo operacional proposto.Como resultados das medidas até então estabelecidas, foi verificado um aumento

de 212% de cirurgias no decorrer de um ano,além da implantação dos serviços de ortopedia e cirurgia cardíaca;

e o início da informatização como maneira de consolidar as informações referentes aos procedimentos

cirúrgicos, gerenciamento de custos e produção de dados estatísticos.É necessário frisar, que não diferente de

outros hospitais públicos, há ainda algumas dificuldades em relação ao andamento do setor,uma vez que

depende diretamente de outros serviços o que impossibilita uma maior agilidade nas metas estabelecidas. Mas

ainda assim, os resultados até então alcançados servem de incentivo e perspectiva para melhoria da qualidade

do serviço oferecido. Conclusão: Deste modo, o presente estudo servirá como fonte de pesquisa para aqueles

enfermeiros que desempenham ou que tenham interesse em funções gerenciais e assistenciais dentro de um

bloco cirúrgico, bem como ressaltar as estratégias utilizadas para o planejamento, enfocando a importância da

implantação de um sistema informação para a excelência de seus serviços.

Palavras-chaves: Administração de serviço de saúde; Centro cirúrgico; Enfermagem, Gestão hospitalar.