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  • Michele Carvalho Mendes 2012/1

    Professor: Dagoberto Martins

    Histria da arquitetura e Urbanismo no Mundo II

  • Arquitetura historicista (ou revivalista) o nome dado a um conjunto de estilos arquitetnicos que centrava seus esforos em recuperar e recriar a arquitetura dos tempos passados.

    Surgiu na Europa no sculo XVIII, atingiram seu auge no sculo XIX e chegaram at meados do sculo XX.

  • Os estilos historicistas muitas vezes foram parte de movimentos de valorizao e idealizao da histria nacional, assumindo um carter nacionalista.

    Estilos Neoclassicismo

    Neogtico

    Neomanuelino

    Neocolonial

    Neo-renascena

    Neo-romnico

    Neo-islmico (neomourisco, neo-rabe)

    Neobarroco

    Neobizantino

  • Exemplo: Estilo Neomanuelino

    Cidade de Sintra- Portugal

  • O revivalismo foi

    muito associado

    arquitetura ecltica,

    sendo muitas vezes

    arbitrrio definir se

    uma obra pertence a

    um ou outro estilo.

  • Desenho de uma casa brasileira em estilo ecltico, tpica do final

    do sculo XIX e incio do XX.

  • Ecleticismo em arquitetura, a

    mistura de estilos arquitetnicos do

    passado para a criao de uma nova

    linguagem arquitetnica. Refere-se a

    um movimento arquitetnico apoltico

    predominante desde meados do

    sculo XIX at as primeiras dcadas

    do sculo XX.

  • Uma das grandes influncias da

    arquitetura ecltica foi a arquitetura

    praticada na Escola de Belas Artes

    de Paris, ento a cidade mais importante

    no campo das artes, com um estilo

    muito ornamentado e imponente, que

    mesclava o renascimento, o barroco e o

    neoclassicismo, foi influncia obrigatria

    por todo o mundo ocidental.

    Entre as realizaes mais grandiosas da

    arquitetura acadmica parisiense

    contam-se:

  • A pera de Paris (1861-1875),

    de Charles Garnier.

  • O Grand Palais(1897-1900)

    Aspecto do Grand Palais no ano da sua inaugurao, carto postal de

    1900.

  • O Petit Palais (1896-1900)

  • E a Gare d'Orsay (1898).

    Museu de Orsay, fachada sobre o Sena.

  • Plano Haussmann O Baro de Haussmann, (1809-1891) nomeado

    prefeito por Napoleo III, foi encarregado de modernizar a cidade remodelando- , melhorando os parques parisienses e criando outros j que a cidade de paris no era mais capaz de suportar um continuo e rpido crescimento populacional. Alm de distribuir novas instalaes hidrulicas e eltricas pela cidade.

  • Reformulao da rea em um dos extremos da Champs-Elyses;

    Criao de Bulevares a partir de uma estrela de 12 avenidas amplas

    em volta do Arco do Triunfo, onde grande manses foram erguidas

    entre 1860 e 1868.

  • Inicialmente, podemos falar de um Proto-Ecletismo, correspondente s ltimas dcadas do sculo XVIII e primeiras do sculo XIX, no confundindo com os Neos, pois o Ecletismo apoltico.

    O Proto-Ecletismo corresponde, em seus momentos mais importantes, a desvios na obra de arquitetos comprometidos com o Neoclassicismo ou o Neogtico.

    Exemplos:

    Diviso do Ecletsmo

  • Proto-Ecletismo neomourisco: Pavilho Real de Brighton.

    Projeto: John Nash, 1818.

    Imagem: www.thisisvlad.com

  • Proto-Ecletismo neogtico: Friedrichswerdwerche Kirche, em Berlim.

    Projeto: Karl-Friedrich Schinkel, 1825.

    Imagem: www.hvanilla.web.infoseek.co.jp

  • Proto-Ecletismo neoclssico, hibrido de Neogrego e Neo-Renascimento:

    Gliptoteca de Munique.

    Projeto: Leo von Klenze, 1816-34.

    Imagem: www.prevos.net

  • O Alto Ecletismo corresponde

    segunda metade do sculo XIX e

    primeiras dcadas do sculo XX,

    quando o historicismo romntico

    prevalece claramente sobre as prticas

    revivalistas.

    O edifcio que melhor caracteriza esta

    atitude, por sua monumentalidade e

    suntuosidade, a Grande pera de

    Paris, de Charles Garnier.

  • Alto Ecletismo: Grande pera de Paris.

    Projeto: Charles Garnier, 1861-74.

    Imagem: www.cosmopolis.ch

  • neste momento que ocorre a dissociao entre o construtivismo e a Arquitetura, o que muitas vezes vai exigir a colaborao entre um engenheiro e um arquiteto, e para este ltimo foi reservado um papel secundrio, segundo uma crtica que perdurou at meados do sculo XX, o papel de "decorador de fachadas".

    Por ltimo, temos o Ecletismo Tardio, no final do sculo XIX e incio do sculo XX, quando a arquitetura ecltica convive com outras tendncias dissidentes, como o Art Nouveau, o Expressionismo, e mesmo o Movimento Moderno.

  • Ecletismo Tardio revivalista, neogtico: Casas do Parlamento, em Londres.

    Projeto: Sir Charles Barry e Augustus Pugin, 1936-67.

    Imagem: www.richard-seaman.com

  • Condicionantes Econmicos

    Estrutura econmica, meios de produo,

    diviso da riqueza, produtos principais.

    O ecletismo arquitetnico difunde-se

    tambm pelas Amricas, marcando as

    construes do mundo novo, destacando

    a ascenso da burguesia e do

    capitalismo atravs da industrializao

    e da produo em srie de diversos

    produtos.

  • Foi nesta poca que surgiram as grandes indstrias e as estaes ferrovirias, causando significativas mudanas na vida da sociedade e na forma das cidades.

    No Brasil, no perodo de transio para o sculo XX, o ecletismo a corrente dominante na arquitetura e nos planos de reurbanizao das grandes cidades como Rio de Janeiro, So Paulo e Minas Gerais.

    A distribuio das riquezas, como ocorre no sistema capitalista, muito desigualitria, foi neste perodo que, no Brasil, surgiram o que hoje so as favelas onde abrigava-se a populao de baixa renda.

  • Condicionantes Culturais e

    Sociais

    Valores culturais da populao,

    correntes artsticas, diviso social.

    O Ecletismo mistura diferentes

    estilos, j utilizados antes, tudo isso de

    acordo com o que o cliente desejava,

    pois a partir dai que os ornamentos

    comearam a ser fabricados em srie,

    podendo ser assim, escolhidos atravs

    de catlogos.

  • Deste modo, o ecletismo um movimento

    associado burguesia,

    industrializao e a criao de um

    mercado de consumo.

    Essa arquitetura utilizada como meio

    separatista entre o povo e a

    elite. Sendo assim, muito presente

    neste caso, a monumentalidade e

    ornamentao nas obras, reflexo do

    modo de vida da sociedade burguesa da

    poca.

  • Condicionantes Cientficos

    Apesar de usar formas do

    passado, tanto a

    arquitetura historicista

    como a ecltica fizeram

    uso de tcnicas

    modernas como as

    estruturas de ferro e,

    mais modernamente,

    de cimento e concreto

    (beto).

  • Elementos de ferro forjado ou fundido

    esto sempre presentes na arquitetura do

    sculo XIX.

  • No Brasil importaram-se:

    Ideias sobre arquitetura, sem discusso ou interpretao regional;

    Formas caractersticas de estilos que no faziam parte na histria brasileira. Arquitetura passou a ser um bem de

    consumo;

    O bom arquiteto tornou-se aquele que tinha domnio sobre maior nmero de estilos;

    Ecletismo no Brasil

  • Teatro Municipal do Rio de Janeiro: carto postal (1909).

    Projetado por Francisco de Oliveira Passos.

  • So Paulo- Museu Paulista ou Museu do Ipiranga projetado pelo

    arquiteto italiano Tommazio Bezzi. Inaugurado em 1895.

  • Teatro Amazonas, em Manaus. Projeto arquitetnico de autoria

    do Gabinete Portugus de Engenharia e Arquitetura de Lisboa

    1883.

  • Palcio da Liberdade em Belo Horizonte 1897

  • A CRTICA AO ECLETISMO

    O Movimento Moderno foi muito crtico com relao ao Ecletismo, em parte por uma atitude iconoclasta prpria das vanguardas, em parte por questes ideolgicas e, finalmente, por condenar o suposto superficialismo desta prtica.

    O fato que a rejeio pura e simples do Ecletismo transformou-se numa posio preconceituosa, que srios danos causou historiografia deste movimento. Muito de seus mtodos foram perdidos e muitos edifcios destrudos, em nome de uma suposta "ausncia de valor arquitetnico", uma atitude condenvel, sob o ponto de vista do relativismo histrico.

    A partir dos anos 1960, quando se acentua um maior apreo pelos centros histricos e monumentos, tenta-se recuperar uma crtica mais consciente e fundamentada, fugindo-se da atitude puramente opinativa, para uma outra mais comprometida em termos culturais, segunda a qual uma produo no pode ser desligada do contexto que a produziu e julgada segundo critrios alheios a ela.