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  • 1

    INSPEO TERMOGRAFICA EM PENEIRAS VIBRATRIAS

    Autor: Pedro A. Caetano Santos

    Credenciais: - Curso Tcnico de Eletrotcnica na Escola Tcnica Federal De Sergipe - Curso de Termografia Nvel I e nvel II credenciados pela ITC realizados em So Paulo. Especialista em analise de vibrao Nvel I, cursos realizados na FUPAI em Itajub MG. Desempenhando atividades na equipe de Manuteno Preditiva ha 5 anos na Mina Taquari Vassouras, na Vale de Sergipe, com as tcnicas Analise de Vibrao, Termografia e Balanceamento. Na inspeo termogrfica as atividades so direcionadas a Eltrica e mecnica. Na eltrica as inspees so realizadas em: Painis de Baixa, Mdia e Alta Tenso, em linhas de transmisso e subestaes com nveis de tenso de 230, 69 e 13.8 kV. Na mecnica, as atividades so direcionadas para os seguintes equipamentos: Correia transportadora, Mancais, Britadores, Peneiras Vibratria, Rolos Compactadores, sistema de refrigerao e secadores com temperatura Max. Na cmara de combusto de 740 C.

    OBJETIVO Este projeto visa viabilidade da aplicao da inspeo termogrfica em peneiras vibratrias, tendo como objetivos obter maior disponibilidade, reduo de custos com as manutenes, confiabilidade e qualidade durante o seu funcionamento.

    PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO - Nas peneiras intensivas, introduzimos diretamente as vibraes eletromagnticas de alta freqncia tela, que se encontra esticada no quadro. A energia vibratria aplicada em vrios pontos, equidistantemente distribuda sobre a superfcie da tela. O quadro de tela e o corpo da peneira no realizam nenhum movimento. A energia vibratria produzida por cabeotes eletromagnticos, que se acham montada, sobre o quadro de telas, sob perfis de ao, que se unem de maneira a formar uma armao comum. Os cabeotes se compem de: corpo com ncleo de ferro e bobina: base inferior, ponte de transferncia com haste, juntas de vedao e elementos de acoplamento tela.

  • 2

    Fig. 1

    A figura 1 mostra a uma peneira vibratria modelo A-32 de dois estgios

    Os cabeotes so alimentados por uma tenso AC pulsante. Um semicondutor inserido em cada circuito, produzindo senides de meia onda, responsveis pelos movimentos pulsativos dos cabeotes, ncleos magnticos responsveis pela vibrao.

    Fig.2 Quadro de alimentao

    Bloco Vigi

    Diodos

    Bobinas 1 Estgio

    Bobinas 2 Estgio

    Disjuntores

  • 3

    A figura 2 mostra o painel de alimentao, com seis disjuntores de proteo contra as sobrecargas e curtos-circuitos, acoplados cada um com bloco Vigi (vigias de isolao) e os semicondutores, responsveis pela gerao de pulsos na alimentao dos cabeotes.

    Fig.3 Placas de controle A-32 MVL

    A figura 3 mostra um outro tipo de controle. Este tipo de painel composto por sete placas controladoras, responsveis por alimentar cada grupo de bobinas distintamente.

    A INSPEO

    O procedimento para a inspeo se resume em detectar pontos de aquecimentos nos quadros de controle, em seus diversos componentes eltrico e eletrnicos. Em um segundo momento, a inspeo realizada nas bobinas, chamadas de cabeotes.

    Os termogramas abaixo nos mostram exemplos de problemas encontrados durante a inspeo.

    O termograma 1 evidencia ponto quente no disjuntor. Com valor de temperatura acima de 100.0 C o dispositivo desarma, retirando de funcionamento bobinas a ele relacionados.

    O termograma 2, evidncia o ponto quente em um dos diodos.

    Placas de controle

  • 4

    Este tipo de semicondutor tende a perder a sua funcionalidade, quando submetido a temperaturas altas, fazendo com que bobinas a ele relacionado, deixem de vibrar corretamente.

    DJ - 100.3 C

    33.6

    73.1 C

    40

    60

    FLIR Systems

    Diodo - 159.4 C

    42.7

    106.8 C

    60

    80

    100

    FLIR Systems

    Termograma 1 Termograma 2

    Durante a inspeo comum encontrar disjuntores desarmados, provenientes de sobre temperatura, curto no cabeamento ou cabeote danificado.

    Geralmente o aquecimento destes disjuntores se origina no filtro indutor. Decorrente da freqncia de chaveamento, provocado por harmnicos provenientes da alimentao do inversor de freqncia.

    As figuras 4 e 5 evidenciam a condio do disjuntor decorrente do aquecimento do Indutor.

    Fig.4 Fig.5

    INDUTOR

  • 5

    Nos painis onde so compostos por placas eletrnicas, os defeitos mais constantes, esto relacionados aos semicondutores.

    O termograma 3 evidencia em um circuito integrado (CI), com temperatura elevada. Observando bem o termograma, notamos que o aquecimento pontual, caracterizando defeito no componente.

    CI - 89.9 C

    43.1

    80.9 C

    50

    60

    70

    80

    FLIR Systems

    Termograma 3 Defeito em CI.

    No termograma 4, o aquecimento em uma das extremidades do fusvel, antecipa um futuro problema no desempenho da placa, que poderia deixa de alimentar as bobinas e com isto afetando na produtividade e qualidade do produto.

    Fusivel - 63.9 C

    37.2

    53.1 C

    40

    45

    50

    FLIR Systems

    Termograma 4 Aquecimento em fusvel

  • 6

    O termograma 5, evidncia sobre aquecimento em dissipadores com valores que diferem para o tipo e modelo do mesmo.

    Dissipador - 108.0 C

    34.9

    98.2 C

    40

    60

    80

    FLIR Systems

    Termograma 5 Dissipador

    Como se v, muitos dos problemas pertinentes ao sistema vibratrio, so de origem em componentes eltrico e eletrnico. Estes defeitos relacionados acima, influenciam diretamente no funcionamento das bobinas.

    Para evidenciar a afirmao acima, o termograma 6 nos mostra bobina (B6) com baixa temperatura, caracterizando baixo desempenho ou simplesmente inoperante.

    B6 - 45.7 C

    B7 - 54.9 C

    37.4

    90.4 C

    40

    60

    80

    FLIR Systems

    Termograma 6 Grupo de bobinas

  • 7

    Com estas evidncias a inspeo termogrfica, demonstrou ser uma tcnica bastante importante e eficiente na deteco de problemas pertinentes ao circuito de controle das peneiras vibratrias.

    A MANUTENO

    Depois de realizada as inspees, os relatrios sero enviados para os planejadores e programadores responsveis pela rea, que devem anexar os mesmos as ordens de servio, fazendo com que a atuao dos executantes da manuteno, seja pontual, otimizando o tempo e os custos com a manuteno.

    O EQUIPAMENTO

    Um termovisor de boa resoluo se faz necessrio. Os termogramas contidos neste trabalho foram registrados de uma P25 da Flir.

    Pedro Caetano Leve I 25298 Itc

    E-mail para contato: [email protected]