102 09.02.10 retrospectiva anotada e tematizada da jurisprudência do stf - processo civil - 2009 -...

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 P. Civil Dr. Erik Navarro Data: 09/02/10. CÓD: 1020902II Rua Buenos Aires, 56, 2º, 3º e andares - Centro, Rio de Janeiro / RJ CEP: 20070-022 Telefones: 2223-1327 / 7851-1840 www.enfasepraetorium.com. br / coordenacao@enfase praetorium.com.br 1/13 I – Competência INFO 557 Conflito de Competência: Juizado Especial e Juízo Federal - 1 Compete ao Tribunal Regional Federal o julgamento de conflito de competência estabelecido entre Juizado Especial Federal e juiz de primeiro grau da Justiça Federal da mesma Seção Judiciária. Com base nesse entendimento, o Tribunal proveu recurso extraordinário, para anular acórdão do Superior Tribunal de Justiça, determinando-se a remessa dos autos ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a fim de que julgue, como entender de direito, o conflito de competência entre o Juízo Federal do 7º Juizado Especial e o Juízo Federal da 35ª Vara da Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro. Na espécie, o STJ, dando solução ao aludido conflito, declarara o Juízo Federal competente para julgar ação declaratória de nulidade, cumulada com pedido de pensão por falecimento, ajuizada contra o INSS. Contra essa decisão, o Ministério Público interpusera agravo regimental, ao qual fora negado provimento, o que ensejara a interposição do recurso extraordinário. Salientou-se, inicialmente, que, nos termos do art. 105, I, d, da CF, a competência do STJ para julgar conflitos de competência está circunscrita aos litígios que envolvam tribunais distintos ou juízes vinculados a tribunais diversos. Considerou-se que a competência para dirimir o conflito em questão seria do Tribunal Regional Federal ao qual o juiz suscitante e o juizado suscitado estariam ligados, haja vista que tanto os juízes de  primeiro grau quanto os que integram os Juizados Especiais Federais estão vinculados àquela Corte. No ponto, registrou-se que esse liame de ambos com o tribunal local restaria caracterizado porque: 1) os crimes comuns e de responsabilidade dos juízes de primeiro grau e das Turmas Recursais dos Juizados Especiais são julgados pelo respectivo Tribunal Regional Federal e 2) as Varas Federais e as Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais são instituídos  pelos respectivos Tribunais Regionais Federais, estando subordinados a eles administrativamente.  RE 590409/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 26.8.2009. (RE-590409) COMPETE AO R ESPECTIVO TRF DIRIMIR CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE JUIZ FE DERAL E JU IZ D O JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA MESMA REGIÃO. Conflito de Competência: Juizado Especial e Juízo Federal - 2 Reportou-se à orientação firmada pelo Tribunal no julgamento do HC 86834/SP (DJU de 9.3.2007), no sentido de reconhecer a competência do Tribunal Regional Federal para o  julgamento dos crimes comuns e de responsabilid ade praticados por juízes de primeiro grau e das Turmas Recursais . Citou-se, também, o disposto na Lei 10.259/2001, que comete aos Tribunais Regionais Federais a faculdade de instituir os Juizados Especiais Federais e de estabelecer sua competência, bem como lhes atribui o poder-dever de coordenar e prestar suporte administrativo aos Juizados Especiais (artigos 21, 22 e 26). Observou-se, ademais, que a Constituição não arrola as Turmas Recursais dentre os órgãos do Poder Judiciário, os quais são por ela discriminados no art. 92, de forma taxativa, outorgando-lhes, apenas, a incumbência de julgar os recursos oriundos dos Juizados Especiais. Considerou-se que a Constituição não conferiu, portanto, às Turmas Recursais, integradas por juízes de primeiro grau, a natureza de órgãos autárquicos ou a qualidade de tribunais, também não lhes tendo outorgado qualquer autonomia com relação aos Tribunais Regionais Federais. Explicou-se que, por isso, contra suas decisões não cabe recurso especial ao STJ, mas sim recurso extraordinário ao Supremo. Assim, não sendo possível qualificar as Turmas Recursais como tribunais, não seria lícito concluir que os juízes dos Juizados Especiais estariam a elas vinculados, salvo — e exclusivamente — no que concerne ao reexame de seus julgados. Outro precedente citado: RE 136154/DF (DJU de 23.4.93). RE 590409/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 26.8.2009. (RE-590409)

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  • P. Civil

    Dr. Erik Navarro

    Data: 09/02/10.

    CD: 1020902II Rua Buenos Aires, 56, 2, 3 e 5 andares - Centro, Rio de Janeiro / RJ CEP: 20070-022 Telefones: 2223-1327 / 7851-1840 www.enfasepraetorium.com.br / [email protected]

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    I Competncia INFO 557

    Conflito de Competncia: Juizado Especial e Juzo Federal - 1 Compete ao Tribunal Regional Federal o julgamento de conflito de competncia

    estabelecido entre Juizado Especial Federal e juiz de primeiro grau da Justia Federal da mesma Seo Judiciria. Com base nesse entendimento, o Tribunal proveu recurso extraordinrio, para anular acrdo do Superior Tribunal de Justia, determinando-se a remessa dos autos ao Tribunal Regional Federal da 2 Regio, a fim de que julgue, como entender de direito, o conflito de competncia entre o Juzo Federal do 7 Juizado Especial e o Juzo Federal da 35 Vara da Seo Judiciria do Estado do Rio de Janeiro. Na espcie, o STJ, dando soluo ao aludido conflito, declarara o Juzo Federal competente para julgar ao declaratria de nulidade, cumulada com pedido de penso por falecimento, ajuizada contra o INSS. Contra essa deciso, o Ministrio Pblico interpusera agravo regimental, ao qual fora negado provimento, o que ensejara a interposio do recurso extraordinrio. Salientou-se, inicialmente, que, nos termos do art. 105, I, d, da CF, a competncia do STJ para julgar conflitos de competncia est circunscrita aos litgios que envolvam tribunais distintos ou juzes vinculados a tribunais diversos. Considerou-se que a competncia para dirimir o conflito em questo seria do Tribunal Regional Federal ao qual o juiz suscitante e o juizado suscitado estariam ligados, haja vista que tanto os juzes de primeiro grau quanto os que integram os Juizados Especiais Federais esto vinculados quela Corte. No ponto, registrou-se que esse liame de ambos com o tribunal local restaria caracterizado porque: 1) os crimes comuns e de responsabilidade dos juzes de primeiro grau e das Turmas Recursais dos Juizados Especiais so julgados pelo respectivo Tribunal Regional Federal e 2) as Varas Federais e as Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais so institudos pelos respectivos Tribunais Regionais Federais, estando subordinados a eles administrativamente.

    RE 590409/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 26.8.2009. (RE-590409) COMPETE AO RESPECTIVO TRF DIRIMIR CONFLITO DE COMPETNCIA ENTRE

    JUIZ FEDERAL E JUIZ DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA MESMA REGIO.

    Conflito de Competncia: Juizado Especial e Juzo Federal - 2 Reportou-se orientao firmada pelo Tribunal no julgamento do HC 86834/SP (DJU

    de 9.3.2007), no sentido de reconhecer a competncia do Tribunal Regional Federal para o julgamento dos crimes comuns e de responsabilidade praticados por juzes de primeiro grau e das Turmas Recursais. Citou-se, tambm, o disposto na Lei 10.259/2001, que comete aos Tribunais Regionais Federais a faculdade de instituir os Juizados Especiais Federais e de estabelecer sua competncia, bem como lhes atribui o poder-dever de coordenar e prestar suporte administrativo aos Juizados Especiais (artigos 21, 22 e 26). Observou-se, ademais, que a Constituio no arrola as Turmas Recursais dentre os rgos do Poder Judicirio, os quais so por ela discriminados no art. 92, de forma taxativa, outorgando-lhes, apenas, a incumbncia de julgar os recursos oriundos dos Juizados Especiais. Considerou-se que a Constituio no conferiu, portanto, s Turmas Recursais, integradas por juzes de primeiro grau, a natureza de rgos autrquicos ou a qualidade de tribunais, tambm no lhes tendo outorgado qualquer autonomia com relao aos Tribunais Regionais Federais. Explicou-se que, por isso, contra suas decises no cabe recurso especial ao STJ, mas sim recurso extraordinrio ao Supremo. Assim, no sendo possvel qualificar as Turmas Recursais como tribunais, no seria lcito concluir que os juzes dos Juizados Especiais estariam a elas vinculados, salvo e exclusivamente no que concerne ao reexame de seus julgados. Outro precedente citado: RE 136154/DF (DJU de 23.4.93).

    RE 590409/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 26.8.2009. (RE-590409)

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    II Processo, Pressupostos processuais e Procedimento INFO 545 PRIMEIRA TURMA

    Honorrios Advocatcios e Limites da Coisa Julgada - 3 Por entender caracterizada, na espcie, ofensa reflexa Constituio, a Turma, em

    concluso de julgamento, no conheceu, por maioria, de recurso extraordinrio interposto contra acrdo do Tribunal de Alada do Estado do Rio Grande do Sul que, ao fundamento de se tratar de mera correo de erro material, confirmara a utilizao do valor da causa como parmetro para o clculo de honorrios advocatcios, embora a parte dispositiva da deciso do tribunal local tivesse utilizado a expresso valor da execuo v. Informativo 403. Considerou-se que, no caso, a pretenso da empresa recorrente reportar-se-ia a normas constantes do CPC. Aplicou-se, no ponto, mutatis mutandis, o Enunciado 636 da Smula do STF. Salientou-se que, ainda que se pudesse examinar o mrito do recurso, o resultado seria o desprovimento, afirmando que no haveria que se falar em violao coisa julgada, j que o acrdo recorrido apenas corrigira erro material, sem modificao do contedo do pronunciamento judicial. Nesse sentido, concluiu-se que a motivao do decisrio destinara-se a justificar o arbitramento dos honorrios com parmetro no valor da causa, sendo que, ao ser redigido o dispositivo, fizera-se constar o termo valor da execuo. Vencido o Min. Marco Aurlio, relator, que provia o recurso para reformar o acrdo impugnado, determinando que se observasse a parte dispositiva do ttulo executivo judicial. O Min. Carlos Britto retificou seu voto.

    RE 420909/RS, rel. orig. Min. Marco Aurlio, red. p/ o acrdo Min. Cezar Peluso, 5.5.2009. (RE-420909) CORREO DE MERO ERRO MATERIAL. EQUVOCO DO TRIBUNAL QUE, AO FUNDAMENTAR A CONDENAO EM HONORRIOS CALCULADOS SOBRE O VALOR DA CAUSA, UTILIZOU A EXPRESSO VALOR DA EXECUO. NO H VIOLAO COISA JULGADA

    Representao Processual e Cpia no Autenticada A Turma iniciou julgamento de agravo regimental interposto contra deciso do Min.

    Menezes Direito, que desprovera agravo de instrumento, do qual relator, em face da intempestividade de recurso extraordinrio, inadmitido pelo Tribunal a quo por motivo diverso. O relator afirmara que a ora agravante no juntara aos autos cpia de documentos que comprovassem a alegada suspenso do expediente forense na Corte de origem. Reitera-se a tempestividade do extraordinrio, tendo em conta a ocorrncia do mencionado recesso. O Min. Menezes Direito no conheceu do regimental. Asseverou que a petio deste estaria subscrita por advogada que no possuiria instrumento de mandato vlido para representar a agravante, haja vista que o substabelecimento que confere poderes subscritora do presente agravo , embora original, estaria assinado por advogada que, tambm, no possuiria procurao vlida nos autos, uma vez que o substabelecimento, juntado na interposio deste agravo regimental, seria mera cpia reprogrfica sem a necessria autenticao. Dessa forma, aplicando precedentes do STF (Rcl 2222 AgR/SP, DJU de 18.3.2005 e RE 505747 AgR/RN, DJE de 29.8.2008), reputou inexistente o recurso, ao fundamento de que a cpia obtida do mandato judicial somente tem validade se o escrivo portar f de sua conformidade com o original. Salientou, por fim, que a agravante, na formao do agravo de instrumento, no trasladara cpia da procurao outorgada s referidas procuradoras. Em divergncia, o Min. Marco Aurlio conheceu do agravo regimental. Aduziu que a subscritora do agravo estaria devidamente credenciada pela parte agravante e, conferindo interpretao mais alargada ao CPC j que no houvera a declarao explcita de autenticidade das cpias , afastou a exigncia

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    da autenticao das peas trasladadas em cpia quando apresentadas pelo causdico. Aps, o julgamento foi adiado por indicao do relator.

    AI 741616 AgR/RJ, rel. Min. Menezes Direito, 5.5.2009. (AI-741616) JUZO DE ADMISSIBILIDADE DO RE.

    1. TEMPESTIVIDADE: NECESSIDADE DE DEMONSTRAO DOCUMENTAL DO RECESSO FORENSE OU FERIADO LOCAL.

    2. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAO: AUSNCIA DE CAPACIDADE POSTULATRIA. PRESSUPOSTO PROCESSUAL DE EXISTNCIA. INEXISTNCIA DO RECURSO.

    INFO 547

    Reclamao: Art. 14 do CPC e Multa Pessoal a Procurador Por considerar violada a autoridade da deciso proferida pelo Supremo na ADI 2652/DF

    (DJU de 14.11.2003), o Tribunal, por maioria, julgou procedente pedido formulado em reclamao ajuizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e procurador federal lotado naquela Autarquia contra a deciso proferida pela Juza da 32 Vara do Juizado Especial Federal Cvel de Belo Horizonte/MG que, nos autos de ao para concesso de benefcio de amparo social, teria imposto multa pessoal ao procurador ora reclamante por litigncia de m-f. Asseverou-se que, na referida ao direta, o Tribunal julgara procedente o pedido nela formulado para conferir interpretao conforme a Constituio Federal, sem reduo de texto, ao pargrafo nico do art. 14 do CPC, para ficar claro que a ressalva contida na parte inicial do dispositivo alcana todos os advogados, com esse ttulo atuando em juzo, independentemente de estarem sujeitos tambm a outros regimes jurdicos (CPC: Art. 14. So deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: ... V - cumprir com exatido os provimentos mandamentais e no criar embaraos efetivao de provimentos judiciais, de natureza antecipatria ou final. Pargrafo nico. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB, a violao do disposto no inciso V deste artigo constitui ato atentatrio ao exerccio da jurisdio, podendo o juiz, sem prejuzo das sanes criminais, civis e processuais cabveis, aplicar ao responsvel multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e no superior a vinte por cento do valor da causa; no sendo paga no prazo estabelecido, contado do trnsito em julgado da deciso final da causa, a multa ser inscrita sempre como dvida ativa da Unio ou do Estado.). Vencido o Min. Marco Aurlio, que julgava o pleito improcedente.

    Rcl 5133/MG, rel. Min. Crmen Lcia, 20.5.2009. (Rcl-5133) ART. 14 DO CPC. CONTEMPT OF COURT. DESCUMPRIMENTO DOS PROVIMENTOS MANDAMENTAIS. IMPOSIO DE MULTA S PARTES OU QUELES QUE, DE QUALQUER FORMA, PARTICIPAREM DO PROCESSO. EXCLUSO DE ADVOGADOS PBLICOS OU PRIVADOS. III AMICUS CURIAE INFO 543

    Interveno de Amicus Curiae: Limitao e Data da Remessa dos Autos Mesa para Julgamento

    A possibilidade de interveno do amicus curiae est limitada data da remessa dos autos mesa para julgamento. Ao firmar essa orientao, o Tribunal, por maioria, desproveu agravo regimental interposto contra deciso que negara seguimento a ao direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB contra o art. 56 da Lei 9.430/96, o qual determina que as sociedades civis de prestao de

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    servios de profisso legalmente regulamentada passam a contribuir para a seguridade social com base na receita bruta da prestao de servios, observadas as normas da Lei Complementar 70/91. Preliminarmente, o Tribunal, tambm por maioria, rejeitou o pedido de interveno dos amici curiae, porque apresentado aps a liberao do processo para a pauta de julgamento. Considerou-se que o relator, ao encaminhar o processo para a pauta, j teria firmado sua convico, razo pela qual os fundamentos trazidos pelos amici curiae pouco seriam aproveitados, e dificilmente mudariam sua concluso. Alm disso, entendeu-se que permitir a interveno de terceiros, que j excepcional, s vsperas do julgamento poderia causar problemas relativamente quantidade de intervenes, bem como capacidade de absorver argumentos apresentados e desconhecidos pelo relator. Por fim, ressaltou-se que a regra processual teria de ter uma limitao, sob pena de se transformar o amicus curiae em regente do processo. Vencidos, na preliminar, os Ministros Crmen Lcia, Carlos Britto, Celso de Mello e Gilmar Mendes, Presidente, que admitiam a interveno, no estado em que se encontra o processo, inclusive para o efeito de sustentao oral. Ao registrar que, a partir do julgamento da ADI 2777 QO/SP (j. em 27.11.2003), o Tribunal passou a admitir a sustentao oral do amicus curiae editando norma regimental para regulamentar a matria , salientavam que essa interveno, sob uma perspectiva pluralstica, conferiria legitimidade s decises do STF no exerccio da jurisdio constitucional. Observavam, entretanto, que seria necessrio racionalizar o procedimento, haja vista que o concurso de muitos amici curiae implicaria a fragmentao do tempo disponvel, com a brevidade das sustentaes orais. Ressaltavam, ainda, que, tendo em vista o carter aberto da causa petendi, a interveno do amicus curiae, muitas vezes, mesmo j includo o feito em pauta, poderia invocar novos fundamentos, mas isso no impediria que o relator, julgando necessrio, retirasse o feito da pauta para apreci-los. No mais, manteve-se a deciso agravada no sentido do indeferimento da petio inicial, com base no disposto no art. 4 da Lei 9.868/99, ante a manifesta improcedncia da demanda, haja vista que a norma impugnada tivera sua constitucionalidade expressamente declarada pelo Plenrio da Corte no julgamento do RE 377457/PR (DJE de 19.12.2008) e do RE 381964/MG (DJE de 26.9.2008). Vencidos, no mrito, os Ministros Marco Aurlio, Carlos Britto e Eros Grau, que proviam o recurso, ao fundamento de que precedentes versados a partir de julgamentos de recursos extraordinrios no obstaculizariam uma ao cuja causa de pedir aberta, em que o pronunciamento do Tribunal poderia levar em conta outros artigos da Constituio Federal, os quais no examinados nos processos subjetivos em que prolatadas as decises a consubstanciarem os precedentes. INTERVENO DO AMICUS CURIAE. FINALIDADE DE LEGITIMAO DA JURISDIO CONSTITUCIONAL (ABERTURA DEMOCRTICA DO PROCEDIMENTO). NATUREZA JURDICA (PRPRIA X INTERVENO DE TERCEIROS). MOMENTO (AT REMESSA PARA JULGAMENTO). PODERES (POSSIBILIDADE DE SUSTENTAO ORAL). V Tutela Antecipada INFO 549

    Princpio da Dignidade da Pessoa Humana e Antecipao de Tutela contra o Poder Pblico - 2

    Preliminarmente, aduziu-se ser vivel a concesso da antecipao dos efeitos da tutela jurisdicional contra o Poder Pblico. Observou-se que, na realidade, uma vez atendidos os pressupostos legais fixados no art. 273, I e II, do CPC e observadas as restries estabelecidas no art. 1 da Lei 9.494/97 tornar-se-ia lcito ao magistrado deferir a tutela antecipatria requerida contra a Fazenda Pblica. Asseverou-se que o exame dos diplomas legislativos mencionados no preceito em questo evidenciaria que o Judicirio, em

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    tema de antecipao de tutela contra o Poder Pblico, somente no poderia deferi-la nas hipteses que importassem em: a) reclassificao funcional ou equiparao de servidores pblicos; b) concesso de aumento ou extenso de vantagens pecunirias; c) outorga ou acrscimo de vencimentos; d) pagamento de vencimentos e vantagens pecunirias a servidor pblico ou e) esgotamento, total ou parcial, do objeto da ao, desde que esta diga respeito, exclusivamente, a qualquer das matrias acima referidas. Registrou-se, destarte, que a pretenso deduzida no incorreria em qualquer das hipteses taxativas da restrio legal ao deferimento da tutela antecipada.

    RE 495740 TA-referendo/DF, rel. Min. Celso de Mello, 2.6.2009. (RE-495740)

    Princpio da Dignidade da Pessoa Humana e Antecipao de Tutela contra o Poder Pblico - 3

    Quanto ao pedido formulado, enfatizou-se, inicialmente, que a antecipao dos efeitos da tutela suporia, para legitimar-se, a ocorrncia de determinados requisitos, como a verossimilhana da pretenso do direito material (CPC, art. 273, caput) e o periculum in mora (CPC, art. 273, I). Assentou-se que tais premissas registraram-se na espcie, pois o direito material vindicado em favor de menor impbere fora plenamente reconhecido pelo prprio Supremo, quando do julgamento da causa, de que resultara a sucumbncia integral do Distrito Federal. Enfatizou-se que mais do que a verossimilhana do pleito jurdico, achava-se presente, na espcie, o prprio reconhecimento da postulao de direito material deduzida nos autos, a legitimar, em conseqncia, o atendimento da pretendida antecipao dos efeitos da tutela jurisdicional. No que tange ao requisito do periculum in mora, ressaltou-se que o Ministrio Pblico justificara de maneira adequada as razes que caracterizariam a concreta ocorrncia, na hiptese, da situao de fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao (CPC, art. 273, I). Considerou-se o gravssimo quadro que se criara em torno do menor impbere, que permanentemente necessita de cuidados especiais to dispendiosos que chegam a comprometer o modesto oramento domstico de sua famlia. Deciso referendada para, alm de determinar a incluso, a partir de 1.10.2008, na folha de pagamento da entidade pblica, do valor mensal referente a 2 salrios mnimos a ttulo de penso enquanto viver o hipossuficiente, tambm deferir a antecipao dos efeitos da tutela jurisdicional quanto ao pagamento dos valores atrasados da penso mensal, desde o nascimento do menor, bem como o do valor equivalente a 80 salrios-mnimos, a ttulo de indenizao por danos morais servidora, estabelecendo o prazo de 30 dias, sob pena, em caso de descumprimento dessa determinao, de imediata incidncia da multa cominatria, de R$ 20.000,00 por dia, nos termos do art. 461, 5, do CPC. Determinou-se, ainda, fosse observada a cominao da multa diria em caso de inexecuo de qualquer das medidas objeto da presente tutela antecipatria.

    RE 495740 TA-referendo/DF, rel. Min. Celso de Mello, 2.6.2009. (RE-495740) LIMITES CONCESSO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA O PODER PBLICO. LEI 9494-97. POSSIBILIDADE. PAGAMENTO DE INDENIZAO A SERVIDORA PBLICA SOB A FORMA DE PENSO NO SE ENCONTRA VEDADA PELA LEI. OBRIGAO DE FAZER. DECISO MANDAMENTAL COM APLICAO DE MULTA COMINATRIA. ART. 461 DO CPC. VI Ao rescisria INFO 546

    Ao Rescisria: FINSOCIAL e Litisconsrcio Necessrio Em concluso, o Tribunal, por maioria, extinguiu, sem julgamento de mrito, ao

    rescisria ajuizada pela Unio, com fundamento no art. 485, V, do CPC, em que pleiteada a desconstituio de acrdo proferido pela 2 Turma no RE 168300/SC (DJU de 21.10.94)

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    relativamente a 3 das 25 empresas impetrantes de mandado de segurana , com a integrao decorrente do julgamento de embargos declaratrios, por fora dos quais lhes teria sido assegurado, na condio de exclusivamente prestadoras de servios, o recolhimento da contribuio para o FINSOCIAL, prevista no art. 28 da Lei 7.738/89, alquota simples de 0,5% sobre a receita bruta, afastadas as majoraes implementadas pelo art. 7 da Lei 7.787/89, pelo art. 1 da Lei 7.894/89 e pelo art. 1 da Lei 8.147/90, consideradas inconstitucionais no julgamento do RE 150764/PE (DJU de 2.3.93). Alegava a Unio que essa orientao teria sido revista, estando agora pacificada em sentido contrrio, conforme decidido no RE 187436/RS (DJU de 31.10.97) v. Informativo 307. Entendeu-se que seria imprescindvel a formao do litisconsrcio passivo necessrio entre todas as empresas impetrantes do mandado de segurana originrio, destinatrias em potencial da deciso rescindenda. Considerou-se que a coisa julgada teria definido, de forma genrica, os parmetros jurdicos de aplicao das regras legais concernentes ao FINSOCIAL, e que ficaria para o juzo da execuo a individualizao da situao especfica de cada uma das impetrantes. Asseverou-se que no se poderia afirmar que somente as ora rs teriam sido atingidas pela frao do acrdo que se pretendia rescindir, por refletir simples alegao da parte autora sem base em fatos concretos acerca do que decidido. O Min. Menezes Direito, em seu voto-vista, observou que, de fato, a impetrao objetivou a declarao de que todas as impetrantes no estavam sujeitas ao pagamento do FINSOCIAL no percentual de 1%, em face da inconstitucionalidade do prprio FINSOCIAL, no tendo havido qualquer discriminao sobre a natureza jurdica das mesmas. Aduziu, ainda, que o litisconsrcio que se formou era facultativo e que a distino somente teria surgido nos embargos de declarao, cujo acrdo, entretanto, limitara-se a esclarecer, sem efeitos modificativos, que, no caso das empresas exclusivamente prestadoras de servio, a alquota seria de 0,5% at a Lei Complementar 70/91. Assim, no haveria nenhum exame de que todas as impetrantes estavam, ou no, na mesma situao, no valendo a mera indicao da Fazenda, contestada pelas 3 empresas rs na rescisria. Afirmou que, se no fosse assim, eventual procedncia da rescisria, sem que as demais impetrantes tivessem oportunidade de discutir a sua natureza jurdica, implicaria violao ao princpio do contraditrio. Vencidos os Ministros Ilmar Galvo, relator, e Marco Aurlio. Os Ministros Cezar Peluso e Crmen Lcia acompanharam o Min. Menezes Direito, tendo em conta o fato de ter ficado explcito no dispositivo que as situaes concretas de cada empresa podero ser discriminadas na execuo do mandado de segurana.

    AR 1519/SC, rel. orig. Min. Ilmar Galvo, red. p/ o acrdo Min. Menezes Direito, 13.5.2009. (AR-1519) AO RESCISRIA. FORMAO DE LITISCONSRCIO NECESSRIO ENTRE TODOS OS PARTICIPANTES DO PROCESSO ORIGINAL. PRINCPIO DO CONTRADITRIO. VII RECURSOS INFO 538 INFO 539

    RMS e Art. 515, 3, do CPC A Turma decidiu afetar ao Plenrio julgamento de recurso ordinrio em mandado

    de segurana em que se discute se aplicvel, ou no, nesta via processual, o disposto no art. 515, 3, do CPC [Art. 515. A apelao devolver ao tribunal o conhecimento da matria impugnada. ... 3 Nos casos de extino do processo sem julgamento do mrito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questo exclusivamente de direito e estiver em condies de imediato julgamento.]. No caso, a recorrente, viva de militar anistiado, requer o direito iseno do imposto de renda incidente sobre proventos percebidos a ttulo de penso, nos termos do disposto no art. 9

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    da Lei 10.559/2002. Pleiteia, tambm, a nulidade do acrdo do STJ que, assentando a ilegitimidade passiva do Ministro do Estado da Defesa e dos Comandantes das Foras Armadas, extinguira o writ sem resoluo do mrito.

    RMS 26959/DF, rel. Min. Eros Grau, 17.3.2009. (RMS-26959) INFO 540

    RMS e Art. 515, 3, do CPC - 1 O Tribunal, por maioria, deu provimento a recurso ordinrio em mandado de

    segurana para assentar, to-somente, a legitimidade passiva do Ministro da Defesa para figurar como autoridade coatora. O recurso fora afetado ao Pleno, pela 2 Turma, em virtude de discusso acerca da aplicabilidade, ou no, nesta via processual, do disposto no art. 515, 3, do CPC [Art. 515. A apelao devolver ao tribunal o conhecimento da matria impugnada. ... 3 Nos casos de extino do processo sem julgamento do mrito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questo exclusivamente de direito e estiver em condies de imediato julgamento.]. No caso, a recorrente, viva de militar anistiado, requeria o direito iseno do imposto de renda incidente sobre proventos percebidos a ttulo de penso, nos termos do disposto no art. 9 da Lei 10.559/2002. Pleiteava, tambm, a nulidade do acrdo do STJ o qual, assentando a ilegitimidade passiva do Ministro do Estado da Defesa e dos Comandantes das Foras Armadas, extinguira o writ sem resoluo do mrito v. Informativo 539.

    RMS 26959/DF, rel. orig. Min. Eros Grau, rel. p/ o acrdo Min. Menezes Direito, 26.3.2009. (RMS-26959)

    RMS e Art. 515, 3, do CPC - 2 Afastou-se, inicialmente, por maioria, a preliminar de ilegitimidade da autoridade

    apontada como coatora para figurar no plo passivo do mandado de segurana, visto que esta seria a responsvel por determinar a interrupo dos descontos feitos nos proventos da pensionista, nos termos do disposto no art. 717 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/99). Vencido, no ponto, o Min. Marco Aurlio, que, distinguindo parte passiva no mandado de segurana a qual suportaria as conseqncias da concesso de autoridade apontada como coatora, desprovia o recurso, por no reconhecer a legitimidade do Ministro da Defesa. No mrito, tambm em votao majoritria, repeliu-se a incidncia do disposto no art. 515, 3, do CPC na via do mandado de segurana, uma vez que este instituto seria aplicado apelao e que seu conhecimento pelo STF implicaria supresso de instncia. Frisou-se, ademais, que o rgo competente para analisar o writ seria o prprio STJ, na medida em que assentado como autoridade coatora Ministro de Estado. Vencido o Min. Eros Grau, relator, o qual, avanando no mrito e aplicando o disposto no art. 515, 3, do CPC, concedia a ordem com o intuito de a impetrante no sofrer reteno da quantia referente ao imposto de renda nos proventos percebidos a ttulo de penso. Por fim, determinou-se a remessa do writ ao STJ para o prosseguimento do feito.

    RMS 26959/DF, rel. orig. Min. Eros Grau, rel. p/ o acrdo Min. Menezes Direito, 26.3.2009. (RMS-26959)

    APLICAO DO ART. 515,3, NO RECURSO ORDINRIO EM MANDADO DE

    SEGURANA. IMPOSSIBILIDADE. INSTITUTO APLICVEL AOMENTE APELAO. PROBLEMA DE SUPRESSO DE INSTNCIA. INFO 557

    Agravo de Instrumento: Cabimento e Art. 543-B, 3, do CPC - 1 O Tribunal iniciou julgamento de questo de ordem em agravo de instrumento

    interposto pela Unio contra deciso proferida pela Presidncia da Turma Recursal do Juizado Especial Federal do Estado de Sergipe que declarara prejudicado o recurso

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    extraordinrio interposto, tendo em vista o julgamento da matria pelo Supremo no RE 597154 QO/PB (DJE de 29.5.2009), conforme autorizado pelo regime da repercusso geral (CPC, art. 543-B, 3). No citado julgamento, o Supremo afirmara sua jurisprudncia consolidada no sentido de ser devida a extenso de gratificao de carter genrico aos inativos e de que os critrios de pontuao da GDATA e da GDASST, em relao queles, seriam os mesmos aplicveis aos servidores em atividade, estabelecidos nas sucessivas leis de regncia. No presente recurso, a Unio sustenta que a matria debatida nos autos se refere gratificao de Desempenho Tcnico-Administrativa - GDPGTAS, a qual no poderia ser equiparada GDATA, porque criada em quadro jurdico-constitucional diverso, aps a promulgao da EC 41/2003. Sustenta, assim, que a deciso do Supremo apenas se aplicaria aos casos de GDATA e GDASST, no se estendendo aos casos de GDPGTAS. O Min. Gilmar Mendes, Presidente, suscitou questo de ordem para que se fixe o entendimento de que agravo de instrumento dirigido ao Supremo no o meio adequado para que a parte questione deciso de tribunal a quo que julga prejudicado recurso nos termos do art. 543-B, 3, do CPC.

    AI 760358 QO/SE, rel. Min. Gilmar Mendes, 26.8.2009. (AI-760358)

    Agravo de Instrumento: Cabimento e Art. 543-B, 3, do CPC - 2 Inicialmente, salientou que a matria em exame sinalizaria o incio da segunda fase

    da aplicao da reforma constitucional que institura a repercusso geral, dando origem a um novo modelo de controle difuso de constitucionalidade no mbito do Supremo. Tal fase seria decorrente da incidncia aos processos mltiplos, sobrestados ou no, das decises de mrito pacificadas por esta Corte, com a utilizao dos leading cases para a soluo de processos que versariam sobre idnticas questes constitucionais e que no mais deveriam ser remetidos ao Supremo, mas sim, nos termos do 3 do art. 543-B, do CPC, resolvidos pelos tribunais e turmas recursais de origem, mediante juzo de retratao ou declarao de prejuzo. Mencionou que, posteriormente, quanto discusso travada especificamente em torno da extenso da GDPGTAS aos servidores inativos, o Supremo, em decises monocrticas de Ministros de ambas as Turmas e em deciso da 2 Turma, fixara o entendimento de serem aplicveis, mutatis mutandis, os mesmos fundamentos, ante a manifesta semelhana do disposto no 7 do art. 7 da Lei 11.357/2006, que trata dessa gratificao, com o disposto no art. 6 da Lei 10.404/2002 e no art. 1 da Lei 10.971/2004, que tratam da GDATA. Em seguida, consignou que a questo jurdica aqui debatida deveria ser interpretada luz da Constituio e desse novo sistema que pretende racionalizar o uso do recurso extraordinrio. Tendo isso em conta, aduziu que o STF, j no incio da utilizao desse procedimento, sinalizara a necessidade de regra especfica para os agravos de instrumento, que adviera com as Emendas Regimentais 23 e 27, ambas de 2008, as quais autorizaram os tribunais de origem a sobrestar os recursos extraordinrios mltiplos antes de realizar qualquer juzo de admissibilidade. Frisou que essas emendas aplicaram o regime da repercusso geral aos agravos de instrumento e, assim, pela primeira vez, os tribunais de origem tiveram a atribuio de sobrestar e de pr termo aos aludidos recursos. Asseverou que o cabimento de agravo de instrumento dirigido ao Supremo se cinge aos casos elencados no art. 313 do seu Regimento Interno e no art. 544 do CPC, no se contemplando a presente hiptese em nenhum desses dispositivos. Considerou, ademais, no ter ocorrido juzo de admissibilidade do recurso extraordinrio pelo tribunal a quo, mas registro da prejudicialidade, com base nas regras previstas pelo regime da repercusso geral.

    AI 760358 QO/SE, rel. Min. Gilmar Mendes, 26.8.2009. (AI-760358)

    Agravo de Instrumento: Cabimento e Art. 543-B, 3, do CPC - 3 Aduziu que se admitir o agravo de instrumento nessas situaes e retomar-se a

    remessa individual de processos ao STF significaria confrontar a lgica do sistema e

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    restabelecer o modelo de anlise casustica, quando toda a reforma processual fora concebida de modo a permitir que o Supremo se debruasse uma nica vez sobre cada questo constitucional. Registrou que esse mesmo raciocnio aplicar-se-ia tentativa de interpor recurso extraordinrio da deciso proferida pelo tribunal ou turma recursal de origem no exerccio do juzo de retratao. Enfatizou no haver interesse recursal em submeter ao STF questo constitucional que j fora decidida no mesmo sentido da jurisprudncia da Corte em matria de repercusso geral, assinalando que o eventual recurso ser alcanado pela mesma norma de prejudicialidade. Afirmou que a nica hiptese admitida pela lei para remessa de recurso mltiplo ao Supremo refere-se recusa da retratao pelo tribunal de origem. Lembrou, no ponto, que todas as decises contrrias ao entendimento deste Tribunal devem ser submetidas ao juzo de retratao, ainda que posteriores a essa orientao. Ressaltando ter havido uma opo poltica na reforma constitucional, considerou ser imperativo que o STF assuma a funo de Corte de perfil constitucional e abandone a de Corte de reviso. Desse modo, concluiu que os tribunais e turmas recursais de origem teriam competncia para dar encaminhamento definitivo aos processos mltiplos nos temas levados apreciao da repercusso geral, no havendo se falar, nessa hiptese, em delegao de competncia. Destacou que, nos julgamentos de repercusso geral, a relevncia social, poltica, jurdica ou econmica no seria do recurso, mas da questo constitucional que nele contida. Assentando ser consentnea com o novo modelo a possibilidade de se aplicar o decidido quanto a uma questo constitucional a todos os mltiplos casos em que a mesma questo se apresente como determinante do destino da demanda, ainda que revestida de circunstncias acidentais diversas, rejeitou o agravo de instrumento por reputar patente a sua inadmissibilidade. Aps, a Min. Ellen Gracie pediu vista dos autos.

    AI 760358 QO/SE, rel. Min. Gilmar Mendes, 26.8.2009. (AI-760358) REGIME DE REPERCUSSO GERAL. 1. IRRECORRIBILIDADE DA DECISO DO TRIBUNAL QUE EXERCITOU

    JUZO DE RETRATAO. 2. RESTRIO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO S HIPTESES DE

    INADIMISSIBILIDADE. SOBRETAMENTO DE RETRATAO SO ANTERIORES AO JUZO DE ADMINISSIBILIDADE. PERFIL DE CORTE CONSTITUCIONAL.

    3. STF COMO CORTE CONSTITUCIONAL. OBJETIVAO DO PROCESSO. 4. SOLUO: TRASFORMAO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO EM

    AGRAVO REGIMENTAL A SER JULGADO PELO PRPRIO TRIBUNAL (VER ABAIXO)

    INFO 568

    Agravo de Instrumento: Cabimento e Art. 543-B, 3, do CPC - 4 O Tribunal resolveu questo de ordem no sentido de no conhecer de agravo de

    instrumento e de devolv-lo ao tribunal de origem para que o julgue como agravo regimental. Tratava-se de recurso interposto pela Unio contra deciso proferida pela Presidncia da Turma Recursal do Juizado Especial Federal do Estado de Sergipe que declarara prejudicado o recurso extraordinrio interposto, tendo em vista o julgamento da matria pelo Supremo no RE 597154 QO/PB (DJE de 29.5.2009), conforme autorizado pelo regime da repercusso geral (CPC, art. 543-B, 3). No aludido julgamento, o Supremo afirmara sua jurisprudncia consolidada no sentido de ser devida a extenso de gratificao de carter genrico aos inativos e de que os critrios de pontuao da GDATA e da GDASST, em relao queles, seriam os mesmos aplicveis aos servidores em atividade, estabelecidos nas sucessivas leis de regncia. No presente recurso, a Unio sustenta que a matria debatida nos autos se refere gratificao de Desempenho Tcnico-Administrativa - GDPGTAS, a qual no poderia ser equiparada GDATA, porque criada em quadro jurdico-constitucional diverso, aps a promulgao da EC 41/2003. Sustenta, assim,

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    que a deciso do Supremo apenas se aplicaria aos casos de GDATA e GDASST, no se estendendo aos casos de GDPGTAS v. Informativo 557. Entendeu-se que o agravo de instrumento dirigido ao Supremo no seria o meio adequado para que a parte questionasse deciso de tribunal a quo que julga prejudicado recurso nos termos do art. 543-B, 3, do CPC. No obstante, tendo em conta a ausncia de outro meio eficaz, e salientando a importncia de uma rpida soluo para a questo, considerou-se que, no caso, tratando-se de deciso monocrtica, o agravo regimental poderia ser utilizado, a fim de que o prprio tribunal de origem viesse a corrigir equvoco de aplicao da jurisprudncia do Supremo.

    AI 760358 QO/SE, rel. Min. Gilmar Mendes, 19.11.2009. (AI-760358) INFO 570

    Apelao: Contra-razes e Prestao Jurisdicional - 2 O Min. Marco Aurlio, relator, proveu o extraordinrio para reconhecendo o vcio na

    arte de proceder e assentando a nulidade do acrdo proferido por fora dos declaratrios determinar que outro seja formalizado, com enfrentamento explcito das matrias neles versadas, as quais compuseram as contra-razes apelao. Asseverou que, no caso, o TRF defrontara-se com recurso por excelncia, cuja devolutividade seria das mais plenas, chegando mesmo a ensejar supresso de instncia. Observou que o art. 515 do CPC revela que, no caso de extino do processo sem julgamento do mrito, pode a Corte competente, para apreciar a apelao, se o tema for estritamente de Direito, afastar a extino e adentrar pela primeira vez a matria de fundo. Aduziu que o prequestionamento reserva-se a recursos possuidores de natureza extraordinria, quando, alm dos pressupostos gerais de recorribilidade, a parte atentar para um dos especficos, sempre a exigir o cotejo e, portanto, a formalizao de deciso a respeito do tema suscitado. Frisou, na parte em que o tribunal a quo ponderara que as contra-razes no constituiriam recurso, que a premissa mostrar-se-ia correta, mas que no se resolveria a questo sob tal ngulo. Destacou que seria faculdade das partes a apresentao, ou no, das contra-razes a menos que exista recurso retido que deva ser novamente ressaltado nessa via , mas que, uma vez protocoladas, para se dar o aperfeioamento da prestao jurisdicional, deveria o rgo julgador emitir entendimento sobre o que articulado. Registrou que, na espcie, a recorrente no tinha interesse jurdico em interpor apelao, haja vista que, com a concesso da ordem pelo juzo, sara vitoriosa, sem poder alcanar deciso mais favorvel. Sustentou, todavia, que se julgara a apelao de forma unilateral, levando-se em conta apenas as razes respectivas. Enfatizou que nada se dissera sobre o fato de os temas versados nas contra-razes no terem sido objeto de causa de pedir constante da inicial. Concluiu, assim, ter surgido o vcio, presente a circunstncia de no se haver adotado entendimento sobre a defesa veiculada, especialmente no tocante ao princpio da igualdade tributria (CF, art. 150, II) e atipicidade do fato gerador. Aps o voto do Min. Dias Toffoli, acompanhando o relator, pediu vista dos autos a Min. Crmen Lcia.

    RE 259739/RS, rel. Min. Marco Aurlio, 1.12.2009. (RE-259739) RECURSO DE APELAO. AS CONTRARRAZES NO SO RECURSO. SUA APRESENTAO NO OBRIGATRIA MAS, OFERECIDAS, DEMANDAM ANLISE DE TODOS OS ARGUMENTOS PELO TRIBUNAL. VIII JUIZADOS ESPECIAIS INFO 547

    REPERCUSSO GERAL

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    Juizados Especiais e Mandado de Segurana contra Deciso Interlocutria No cabe mandado de segurana contra deciso interlocutria proferida em

    Juizado Especial. Essa foi a orientao firmada pela maioria do Tribunal, ao negar provimento a recurso extraordinrio interposto contra acrdo de Turma Recursal Cvel e Criminal do Tribunal de Justia do Estado da Bahia que indeferira a petio inicial do mandado de segurana da recorrente impetrado contra deciso liminar concedida em primeiro grau, no mbito dos Juizados Especiais , extinguindo o feito sem julgamento do mrito. Asseverou-se que a Lei 9.099/95 est voltada promoo de celeridade no processamento e julgamento das causas cveis de complexidade menor, razo pela qual consagrou a regra da irrecorribilidade das decises interlocutrias. No caberia, por isso, nos casos por ela abrangidos, a aplicao subsidiria do Cdigo de Processo Civil, sob a forma do agravo de instrumento ou a utilizao do instituto do mandado de segurana, cujos prazos para interpor e impetrar, respectivamente, no se coadunam com os fins pretendidos pela Lei 9.099/95. Aduziu-se ser facultativa a opo pelo rito sumarssimo, com as vantagens e limitaes que a escolha acarreta. Asseverou-se, ademais, que a admisso do mandado de segurana ensejaria ampliao da competncia dos Juizados Especiais, o que caberia exclusivamente ao Poder Legislativo. Por fim, afastou-se a ofensa ao princpio da ampla defesa, haja vista a possibilidade de impugnao das decises interlocutrias quando da interposio de recurso inominado. Vencido o Min. Marco Aurlio, que provia o recurso, por considerar estar-se diante de exceo alcanada pela Lei 1.533/51, j que, no obstante essa lei revelar como regra o no cabimento de mandado de segurana contra deciso judicial, tal previso pressuporia a possibilidade de ter-se recurso contra essa deciso, o que, na espcie, no se teria. Conclua, assim, que o afastamento do mandado de segurana importaria o afastamento da prpria jurisdio.

    RE 576847/BA, rel. Min. Eros Grau, 20.5.2009. (RE-576847)

    NO CABE MANDADO DE SEGURANA CONTRA DECISO INTERLOCUTRIA NOS JUIZADOS.

    1. A OPO PELO JUIZADO FACULTATIVA. 2. O PRAZO PARA IMPETRAO NO SE COADUNA COM A CELERIDADE

    DESSE PROCEDIMENTO. 3. A COMPETNCIA DOS JUIZADOS S PODE SER ALARGADA PELO PODER

    LEGISLATIVO (JUIZADO NO JULGA MANDADO DE SEGURANA) 4. NO H VIOLAO AO PRINCPIO DA AMPLA DEFESA, POIS TUDO PODE

    SER DISCUTIDO NO RECURSO INOMIADO, AO FINAL. AUSNCIA DE PRECLUSO.

    INFO 557

    Juizados Especiais Estaduais: Reclamao e STJ -1 No obstante salientando a inexistncia de omisso a suprir, o Tribunal acolheu

    embargos de declarao opostos de acrdo do Plenrio para prestar esclarecimentos e determinar a comunicao Presidncia do STJ. Na espcie, o acrdo embargado confirmara a jurisprudncia fixada sobre a discriminao nas contas telefnicas dos pulsos alm da franquia, no sentido de se tratar de questo infraconstitucional, e assentara a competncia do Juizado Especial para processar e julgar ao movida por usurio do servio de telefonia mvel, dada a ausncia tanto de manifestao expressa de interesse jurdico ou econmico pela agncia reguladora (ANATEL) quanto de complexidade probatria. Asseverou-se, inicialmente, que, aps o julgamento do presente recurso extraordinrio, e em decorrncia de nova regulamentao realizada pela ANATEL, na qual fora determinado o detalhamento gratuito de todas as ligaes, o STJ revogara o Enunciado 357 de sua Smula (a pedido do assinante, que responder pelos custos, obrigatria, a partir de 1 de janeiro de 2006, a discriminao de pulsos excedentes e ligaes de telefone

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    fixo para celular.). Explicou-se que, embora tivesse revogado a Smula, ante a previso do nus ao assinante, o STJ mantivera o entendimento em relao obrigatoriedade da discriminao de pulsos excedentes. Afirmou-se, no que tange extenso da aplicao da Smula 357 do STJ, que o Supremo j se manifestou sobre o importante papel exercido pelo STJ no exame da legislao infraconstitucional, qual seja, a de uniformizar a interpretao das normas federais infraconstitucionais. Registrou-se, em seguida, que, embora seja responsvel pelo exame da legislao infraconstitucional, o STJ no aprecia recurso especial contra deciso prolatada no mbito dos Juizados Especiais, sendo as querelas de pequeno valor submetidas s Turmas Recursais, instncia revisora.

    RE 571572 QO-ED/BA, rel. Min. Ellen Gracie, 26.8.2009. (RE-571572)

    Juizados Especiais Estaduais: Reclamao e STJ -2 Ressaltou-se que, j no mbito da Justia Federal, a uniformizao da

    interpretao da legislao infraconstitucional foi preservada com a criao da Turma de Uniformizao pela Lei 10.259/2001, a qual pode ser provocada quando a deciso proferida pela Turma Recursal contrarie a jurisprudncia dominante no STJ. Caso a deciso da Turma de Uniformizao afronte essa jurisprudncia, caber, ainda, a provocao daquela Corte (Lei 10.259/2001, art. 14, 1). Observou-se, entretanto, no existir previso legal de rgo uniformizador da interpretao da legislao federal para os Juizados Especiais Estaduais, fato que poderia ocasionar a perpetuao de decises divergentes da jurisprudncia do STJ. Aduziu-se que tal lacuna poder ser suprida com a criao da Turma Nacional de Uniformizao da Jurisprudncia, prevista no Projeto de Lei 16/2007, de iniciativa da Cmara dos Deputados, o qual se encontra em trmite no Senado Federal, mas que, enquanto isso no ocorrer, a manuteno de decises divergentes a respeito da interpretao da legislao infraconstitucional federal, alm de provocar insegurana jurdica, promover uma prestao jurisdicional incompleta, por no haver outro meio eficaz de sanar a situao. Tendo isso em conta, decidiu-se que, at que seja criado o rgo que possa estender e fazer prevalecer a aplicao da jurisprudncia do STJ, em razo de sua funo constitucional, da segurana jurdica e da devida prestao jurisdicional, a lgica da organizao do sistema judicirio nacional recomendaria fosse dada reclamao prevista no art. 105, I, f, da CF amplitude suficiente soluo desse impasse. Dessa forma, ante a ausncia de outro rgo que possa faz-lo, o prprio STJ afastar a divergncia com a sua jurisprudncia, quando a deciso vier a ser proferida no mbito dos Juizados Especiais Estaduais. Vencidos os Ministros Marco Aurlio e Carlos Britto que desproviam os embargos declaratrios. Precedentes citado: AI 155684 AgR/SP (DJU de 29.4.94).

    RE 571572 QO-ED/BA, rel. Min. Ellen Gracie, 26.8.2009. (RE-571572) LEI 12.153-09.

    Art. 18. Caber pedido de uniformizao de interpretao de lei quando houver divergncia entre decises proferidas por Turmas Recursais sobre questes de direito material.

    1o O pedido fundado em divergncia entre Turmas do mesmo Estado ser julgado em reunio conjunta das Turmas em conflito, sob a presidncia de desembargador indicado pelo Tribunal de Justia.

    2o No caso do 1o, a reunio de juzes domiciliados em cidades diversas poder ser feita por meio eletrnico.

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    3o Quando as Turmas de diferentes Estados derem a lei federal interpretaes divergentes, ou quando a deciso proferida estiver em contrariedade com smula do Superior Tribunal de Justia, o pedido ser por este julgado.

    Art. 19. Quando a orientao acolhida pelas Turmas de Uniformizao de que trata o 1o do art. 18 contrariar smula do Superior Tribunal de Justia, a parte interessada poder provocar a manifestao deste, que dirimir a divergncia.

    1o Eventuais pedidos de uniformizao fundados em questes idnticas e recebidos subsequentemente em quaisquer das Turmas Recursais ficaro retidos nos autos, aguardando pronunciamento do Superior Tribunal de Justia.

    2o Nos casos do caput deste artigo e do 3o do art. 18, presente a plausibilidade do direito invocado e havendo fundado receio de dano de difcil reparao, poder o relator conceder, de ofcio ou a requerimento do interessado, medida liminar determinando a suspenso dos processos nos quais a controvrsia esteja estabelecida.

    3o Se necessrio, o relator pedir informaes ao Presidente da Turma Recursal ou Presidente da Turma de Uniformizao e, nos casos previstos em lei, ouvir o Ministrio Pblico, no prazo de 5 (cinco) dias.