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Companhia de Saneamento do Paraná Diretoria de Meio Ambiente e Ação Social Assessoria de Pesquisa e Desenvolvimento MANUAL TÉCNICO DE PRODUÇÃO DE MUDAS FLORESTAIS NOS VIVEIROS DA SANEPAR Curitiba 2006

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Manual do viveirista

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  • Companhia de Saneamento do Paran Diretoria de Meio Ambiente e Ao Social

    Assessoria de Pesquisa e Desenvolvimento

    MANUAL TCNICO DE PRODUO DE MUDAS FLORESTAIS NOS VIVEIROS DA SANEPAR

    Curitiba 2006

  • Equipe Tcnica:

    Eng. Florestal Maurcio B. Scheer APD/DMA/SANEPAR Fone: (41) 3330-3426 email:[email protected]

    Acadmico Fabio Cunha Estagirio Agronomia/SANEPAR Fone: (41) 3330-3199 email:[email protected]

    Eng. Agrnomo Charles Carneiro APD/DMA/SANEPAR Fone: (41) 3330-3397 email:[email protected]

    Assessoria de Pesquisa e Desenvolvimento - APD Gerente: Dr. Cleverson V. Andreoli

    Diretoria de Meio Ambiente e Ao Social - DMA Diretora: Dra. Maria Arlete Rosa

  • MANUAL TCNICO DE PRODUO DE MUDAS FLORESTAIS NOS VIVEIROS DA SANEPAR

    SUMRIO APRESENTAO ............................................................................................................... 2 INTRODUO ..................................................................................................................... 2

    Viveiros Regionais da SANEPAR ................................................................................. 3 PRODUO DE MUDAS .................................................................................................... 3

    SEMEADURA DIRETA .................................................................................................... 3 ATIVIDADES ANTERIORES SEMEADURA ................................................................. 5

    1) Limpeza e desinfeco dos tubetes e bandejas para a reutilizao ....................... 5 2) Preparao do substrato/Adubao ........................................................................ 5 3) Enchimento dos tubetes .......................................................................................... 6 4) Verificao da necessidade de quebra de dormncia das sementes ..................... 6 5) Semeadura .............................................................................................................. 8 *poca de semeadura .................................................................................................. 8 *Armazenamento de sementes .................................................................................... 9

    ETAPAS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS APS SEMEADURA ........ 9 1) Fase de Germinao ............................................................................................... 9 2) Raleamento ........................................................................................................... 10 3) Fase de crescimento ............................................................................................. 10 4) Rustificao ........................................................................................................... 10 5) Expedio (mudas prontas para o transporte para o plantio definitivo) ................ 11

    TRATOS CULTURAIS ................................................................................................... 12 Irrigao ...................................................................................................................... 12 Controle de pragas ..................................................................................................... 12 Proteo contra pssaros ........................................................................................... 13

    MTODOS AUXILIARES NA PRODUO ....................................................................... 13 SEMEADURA DIRETA EM SACOS PLSTICOS ......................................................... 13 SEMEADURA INDIRETA (germinao em sementeiras) .............................................. 13

    1) Preparao dos canteiros (sementeiras)............................................................... 13 2) Plantio nas Sementeiras ....................................................................................... 14 3) Repicagem ............................................................................................................ 15

    REGIES FLORESTAIS DO ESTADO DO PARAN ....................................................... 16 FLORESTA ATLNTICA ............................................................................................ 17 FLORESTA COM ARAUCRIA.................................................................................. 19 FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ............................................................. 21

    BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ..................................................................................... 23 ANEXOS ............................................................................................................................ 24

  • 2APRESENTAO

    O Programa de Proteo de Mananciais da Diretoria de Meio Ambiente e Ao Social DMA, criou no incio de 2004 o Projeto Mata Ciliar, que vem conduzindo viveiros destinados produo de mudas de rvores nativas para a restaurao das florestas ciliares em mananciais utilizados pela Companhia de Saneamento do Paran - SANEPAR para abastecimento pblico. Atualmente a empresa conta com 16 viveiros em todo o estado. Alm de abrigar e fornecer alimento para a fauna (aves e mamferos silvestres, bem como para os peixes), as florestas ciliares funcionam como filtros, retendo defensivos agrcolas, poluentes e sedimentos que seriam transportados para os cursos d'gua. Essas florestas minimizam o assoreamento, a eroso e a eutrofizao, melhorando a qualidade do meio ambiente. A proteo e restaurao das florestas ciliares atende o Cdigo Florestal - Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965, as Resolues CONAMA n 302 e 303, de 20 de maro de 2002 que dispem sobre parmetros, definies e limites de reas de Preservao Permanente (APP's). O presente manual tem a inteno de reunir de maneira clara e objetiva, informaes tcnicas sobre o manejo da produo de mudas em viveiros.

    INTRODUO

    Atualmente pouco se conhece sobre a produo de mudas de espcies nativas, pois os viveiros tradicionais tm sua produo voltada ao plantio de pinus e eucaliptus. Nos viveiros de produo de mudas esto concentradas as atividades de manuteno e limpeza do local, o armazenamento de insumos e ferramentas, a preparao do substrato e dos canteiros, o enchimento dos tubetes, a quebra de dormncia das sementes, a semeadura, os cuidados com a germinao e o desenvolvimento das plantas, o raleamento, a repicagem, os tratos culturais como irrigao, adubao complementar, controle de pragas (detalhados a seguir), e tambm a gerao de conhecimento sobre a produo de diferentes espcies para sua utilizao em diversos fins (Figura 1). Como a re-colonizao de forma natural est cada vez mais prejudicada, um fator muito importante para a restaurao das reas degradadas a realizao de plantios de mudas nativas produzidas em viveiros.

  • 3Viveiros Regionais da SANEPAR

    Atualmente, os viveiros florestais da SANEPAR esto situados nos municpios de Apucarana, Cascavel, Cornlio Procpio, Pinhais, Goioer, Itapejara do Oeste, Londrina, Paranava, Ponta Grossa e Siqueira Campos. Recentemente foram instalados outros 6 viveiros nos municpios de Cambar, Araucria (Barragem do Passana), Planalto, Palotina, Matinhos e Santo Antnio do Sudoeste, totalizando 16 viveiros. A SANEPAR ainda presta apoio tcnico ao viveiro da Colonia Penal Agrcola, em Piraquara.

    Estrutura dos viveiros

    As instalaes bsicas dos viveiros da SANEPAR so: (1) casa de vegetao (com sombrite), para a germinao e desenvolvimento inicial das mudas; e (2) rea de rustificao (rea descoberta) para a fase final do preparo da muda no viveiro (Figura 2). Alguns viveiros tambm possuem estufas (com lona plstica), para melhorar as condies de germinao e de desenvolvimento inicial das plantas.

    PRODUO DE MUDAS

    SEMEADURA DIRETA

    Semeadura direta o plantio de sementes diretamente em recipientes individuais (tubetes, sacos plsticos, etc.), sem a necessidade de sua prvia germinao em sementeiras (semeadura indireta).

    Os viveiros da SANEPAR operam basicamente com a utilizao de tubetes de plstico. O conjunto bandeja plstica com orifcios/tubete (Figura 3) reutilizvel, de fcil manuseio, ocupa menor espao e menor quantidade de insumos. As bandejas (com capacidade de 96 tubetes) podem ser colocadas (linhas duplas) sobre o cho ou suspensas com a parte superior a 0,9 m de altura. Recomenda-se o uso de bandejas suspensas, considerando que nesse caso os operrios no necessitam se curvar ou abaixar para executar suas operaes, poupando-se esforo e aumentando a eficincia da mo-de-obra. Os canteiros instalados devem possibilitar pelo menos 0,6 m de largura de passeios.

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    Figura 1 Fluxograma das atividades e etapas para a produo de mudas florestais

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    Figura 2 Instalaes bsicas (conjunto casa de vegetao/rea de rustificao) no viveiro de Siqueira Campos

    Figura 3 Produo com a utilizao do conjunto tubetes com bandejas plsticas

    ATIVIDADES ANTERIORES SEMEADURA

    1) Limpeza e desinfeco dos tubetes e bandejas para a reutilizao

    Para minimizar a incidncia de pragas e doenas, antes da colocao do substrato, os tubetes e bandejas devem estar limpos e desinfetados. A lavagem pode ser feita em gua corrente ou mergulhando em um tanque com gua. Para a desinfeco, recomendado o uso de gua sanitria (2%).

    2) Preparao do substrato/Adubao

    O substrato (mecplante) deve ser misturado com um adubo granulado de liberao lenta (osmocote). O material pode ser misturado em uma caixa de madeira (Figura 4) ou sobre uma lona plstica com o auxlio de uma enxada ou ainda com uma betoneira para melhor homogeneizao (800 g de osmocote (NPK 18:9:12) para 100 kg de substrato, suficiente para 20 bandejas (1920 tubetes) = 50 g substrato + 0,4 g osmocote/tubete. Para se reduzir o uso do adubo granulado para 600 g, deve-se acrescentar 6 kg de hmus. Pode ser utilizado um pouco de solo (3 kg) na mistura. Se as mudas apresentarem sintomas de deficincia nutricional (como descolorao das folhas), dependendo do diagnstico, podem ser realizadas adubaes de cobertura durante a rustificao (preferencialmente utilizando adubos formulados NPK).

  • 6 Algumas espcies como a canela sebo (Ocotea puberula), o mandioco (Schefflera morototonii) e o pessegueiro-bravo (Prunus brasiliensis), tm melhor desempenho se for adicionado ao substrato, uma pequena quantidade (10%) de solo coletado no mesmo stio (debaixo) das rvores mes.

    Figura 4 Caixa de madeira e betoneira manual para a mistura do substrato no viveiro de Itapejara do Oeste

    Figura 5 Estufa para a germinao

    3) Enchimento dos tubetes

    O enchimento dos recipientes (tubetes) pode ser manual. O substrato deve ser adensado para evitar o excesso de espaos vazios e de permeabilidade. Batidas da bandeja sobre a mesa permitem um melhor preenchimento do tubete. Essa atividade deve ser realizada sobre uma bancada ou sobre uma lona plstica para no perder material, evitando-se desperdcios. Uma pequena cova (furo) deve ser aberta no centro de cada tubete, para que possa ser realizada a semeadura.

    4) Verificao da necessidade de quebra de dormncia das sementes

    A quebra de dormncia visa restituir a umidade da semente necessria para sua germinao, principalmente para quelas que foram submetidas secagem para adequao do teor de umidade para seu armazenamento. Para muitas espcies no necessria a quebra de dormncia, mas esse procedimento pode acelerar o incio da germinao e uniformizar a emergncia das plantas (Tabela 1). Geralmente, os lotes de sementes fornecidos pelo IAP vm com etiquetas informando um mtodo para a quebra de dormncia, quando necessria.

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    Tabela 1 Mtodos de quebra de dormncia de algumas espcies produzidas nos viveiros da SANEPAR

    Nome popular Espcie Quebra de Dormncia* 1 Aoita-cavalo Luehea divaricata No requer tratamento

    2 Amendoim bravo Pterogyne nitens Manter as sementes em gua fria por 12 horas, colocar em peneira, enxugar e semear

    3 Angico branco Anandenanthera colubrina No requer tratamento 4 Angico vermelho Anadenanthera macrocarpa No requer tratamento 5 Ara Psidium cattleianum Manter em gua morna ou em temperatura

    ambiente durante 12 h, enxugar e semear 6 Araucria Araucaria angustifolia No requer tratamento** 7 Aroeira pimenta Schinus terebinthifolius No requer tratamento 8 Aroeira salsa Schinus molle Manter em gua morna por 12 h, secar e

    semear

    9 Bracatinga Mimosa scabrella Colocar gua a 80 C sobre as sementes e deixar na gua (fria) por mais de 18 h 10 Braquilho Sebastiana commersoniana no requer tratamento 11 Cabreva Myrocarpus frondosus no requer tratamento 12 Cajamanga Spondias mombim Deixar por 24 h em gua (temp. ambiente) 13 Canafistula Peltophorum dubium Colocar gua fervente sobre as sementes

    e deixar por mais de 12 h 14 Canela Nectandra cissiflora no requer tratamento 15 Canjarana Cabralea canjerana no requer tratamento 16 Capixingui Croton floridundus no requer tratamento 17 Caroba Jacaranda micrantha no requer tratamento 18 Cedro rosa Cedrela fissilis no requer tratamento 19 Cereja Eugenia involucrata no requer tratamento 20 Corao de bugre Poecilanthe parviflora no requer tratamento 21 Corticeira do bahado Erythrina falcata no requer tratamento 22 Embaba Cecropia hololeuca No requer tratamento 23 Farinha Seca Albizia hasslerii Manter em gua fria por 12 h 24 Guabiroba Campomanesia xanthocarpa No requer tratamento 25 Guaret Astronium graveolens no requer tratamento 26 Gurucaia Parapiptadenia rigida no requer tratamento 27 Ing Inga sp no requer tratamento 28 Ing cip Inga sp no requer tratamento 29 Inga gigante Inga sp no requer tratamento 30 Ip Tabebuia impetiginosa no requer tratamento 31 Ip amarelo Tabebuia crysotricha no requer tratamento 32 Ip roxo Tabebuia heptaphylla no requer tratamento 33 Jatob Hymenaea courbaril Imerso em gua fria por 24 h 34 Louro branco Bastardiopsis densiflora no requer tratamento 35 Louro pardo Cordia trichotoma no requer tratamento 36 Maric Mimosa bimucronata Imerso em gua a 80 C e deixar por 18 h 37 Mutambo Guazuma ulmifolia Imerso em gua a 80 C por 1 minuto 38 Palmito juara Euterpe edulis Colocar as sementes em uma caixa c/

    areia durante um ms e depois seme-las 39 Pau dalho Gallesia integrifolia No requer tratamento 40 Pau gaiola/Jacatava Citharexylum myrianthum Imerso em gua por 12 h 41 Peroba rosa Aspidosperma polyneuron No requer tratamento 42 Pessegueiro-bravo Prunus brasiliensis No requer tratamento

  • 843 Pinho-bravo Podocaupus lambertiii Imerso em gua por 12 h 44 Pitanga Eugenia uniflora no requer tratamento 45 Sapuva Machaerium stipitatum no requer tratamento 46 Sete Capote Britoa guazumaefolia Imerso em gua por 12 h 47 Siipiruna Caesalpinea peltophoroides Imerso em gua por 12 h 48 Tarum preto Vitex megapotamica no requer tratamento 49 Timbava/Timburi Enterolobium contortisiliquum Ferver gua e colocar sobre as sementes e deixar por 12 h

    *adaptado de Martins et al. (2004)

    5) Semeadura

    As sementes nas covas dos tubetes devem ser cobertas pelo substrato de forma a estarem a uma profundidade que as protejam da forte incidncia do sol, permitindo uma adequada absoro de umidade para a germinao, mas que ao mesmo tempo o peso do substrato no dificulte a emergncia das plntulas. A profundidade ideal est entre o dobro e o triplo da espessura da semente, geralmente < que 3 mm para sementes pequenas como as de quaresmeira, entre 0,3 e 1,0 cm para sementes mdias como as de aroeira e entre 1 e 3 cm para sementes grandes como as de araucria (ponta da semente, posio horizontal a levemente inclinada). Recomenda-se uma profundidade que tambm proteja as sementes do impacto das gotas de gua sobre o substrato. Recomenda-se semear 2 sementes por recipiente, geralmente quando a porcentagem de germinao do lote for menor que 80%. Aps esse procedimento, as bandejas com os tubetes semeados devem ser transportadas para a casa de vegetao (sombrite) ou para a estufa manualmente ou atravs de carretas adaptadas. Plaquetas com informaes a respeito das espcies e das datas das semeaduras devem ser colocadas para a identificao de cada lote.

    * importante que os viveiristas e os responsveis locais tenham o controle da produo dos viveiros. As espcies com baixa % de germinao podem ser semeadas em canteiros (sementeiras) e posteriormente devem ser repicadas (transplantadas) para os tubetes (semeadura indireta).

    *poca de semeadura

  • 9 A melhor poca de semeadura com alguns meses de antecedncia poca chuvosa (primavera e vero), de preferncia no outono ou inverno, para que haja tempo para o desenvolvimento e rustificao das mudas para o plantio definitivo durante a poca favorvel (de setembro a fevereiro). Quando a semeadura feita na poca chuvosa, deve se tomar cuidado com o excesso de umidade, pois aumentam-se os riscos de incidncia de patgenos, dificultando a germinao e desenvolvimento das plntulas. No entanto, sempre que houver espao para na estufa ou na casa de vegetao, deve-se fazer a semeadura.

    *Armazenamento de sementes

    Recomenda-se que as sementes sejam solicitadas Coordenao Regional do IAP mais prxima ao viveiro. A solicitao deve ser programada com antecedncia de forma que o recebimento seja no dia mais prximo da semeadura (quando os tubetes j estiverem preparados para receber as sementes). Quanto maior o tempo de armazenamento das sementes, menor sua % de germinao. recomendvel se informar com o fornecedor qual o melhor mtodo de armazenamento para cada tipo de semente adquirida. Geralmente as sementes da maioria das espcies podem ser armazenadas na geladeira. A APD (Assessoria de Pesquisa e Desenvolvimento/DMA/SANEPAR) se prontifica na orientao da escolha das espcies a serem adquiridas de acordo com as necessidades e demandas da empresa.

    ETAPAS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS APS SEMEADURA

    1) Fase de Germinao

    As sementes devem estar em estufas ou em casa de vegetao (sombrite 50%) at a germinao (geralmente entre 1 e 3 semanas). A partir dessa etapa, se as plantas forem muito sensveis, o sombrite da casa de vegetao pode ser recolhido lateralmente pela manh e re-colocado novamente tarde por 15 dias, at a aclimatao a pleno sol. As plantas que necessitam de sombra durante seu desenvolvimento (umbrfilas) devem estar cobertas por sombrites durante o todo ciclo no viveiro.

  • 10 2) Raleamento

    Quando germinarem mais de uma semente em um mesmo tubete, o raleamento pode ser feito quando as plantas estiverem com 2 pares de follhas (com 5 cm de altura ou 30 dias aps a germinao). Deve-se deixar apenas uma planta por tubete de preferncia a mais desenvolvida e centralizada. As plantas restantes podem ser arrancadas, cortadas, ou at repicadas para outros tubetes (se estiverem em boas condies), desde que o substrato esteja mido para facilitar a operao e no prejudicar as razes. Se houver disponibilidade de mo-de-obra, para melhorar o desempenho das mudas atravs da competio, estas podem ser colocadas em uma mesma bandeja por classes de tamanho.

    3) Fase de crescimento

    Aps o raleamento (5 cm), as mudas devem ser aclimatadas gradativamente luz direta do sol, atravs da retirada do sombrite durante o dia evitando-se os horrios mais quentes (11:00 s 15:00 horas). Com cerca de 10 cm de altura as plantas (mais de 60 dias aps a germinao), exceto as umbrfilas (plantas que necessitam de sombra), j podem ficar a pleno sol (pode ser em parte da rea de rustificao), mas ainda com os mesmos tratamentos de irrigao anteriores. Se as mudas foram produzidas em estufas, essas devem esperar cinco dias aps o desbaste antes de ficarem expostas a pleno sol. Quando as plantas estiverem com aproximadamente 15 cm de altura (mais de 90 dias aps a germinao), j podem ser submetidas rustificao.

    4) Rustificao

    Para a rustificao, as plantas devem estar definitivamente em canteiro externo (rea de rustificao, Figuras 6 e 7). Nessa etapa, as mudas esto quase prontas para o plantio, necessitando apenas um perodo de aclimatao, no qual ocorre uma simulao das possveis dificuldades ambientais que encontraro quando definitivamente plantadas em campo. Para isso durante aproximadamente 45 dias, deve ser reduzida a irrigao e a adubao complementar (se houver). Em regies com riscos de geadas ou chuva de granizo, sugere-se que os canteiros de rustificao tenham tambm sombrites para a proteo (principalmente noturna) desses eventos ocasionais.

  • 11 recomendvel que na rea de rustificao haja menos sombra possvel. Por

    isso so necessrios cuidados com a distncia dos quebra-ventos (rvores no entorno do viveiro) e com a poda dos mesmos.

    5) Expedio (mudas prontas para o transporte para o plantio definitivo)

    Com mais de 4 meses, a maioria das mudas est pronta para a expedio (sada para o plantio em campo). Normalmente feito um descarte das mudas muito fracas e um re-encanteiramento das ainda em desenvolvimento. As mudas so retiradas dos tubetes e ento embaladas na forma de rocambole (Figuras 8 e 9) para facilitar o transporte e ocupar menor espao, em grupo de 50 mudas. Aps este procedimento, o plantio definitivo das mudas deve ocorrer o quanto antes, no mximo em 15 dias. Na ocasio do plantio e das primeiras semanas deve-se fazer a irrigao.

    Figura 6 rea de rustificao Figura 7 rea de rustificao

    Figura 8 Mudas rustificadas para a confeco de rocambole para facilitar o transporte e para a disponibilizao dos tubetes

    Figura 9 Rocambole de mudas pronto para o transporte para a rea de plantio

  • 12

    TRATOS CULTURAIS

    Irrigao

    A irrigao varia conforme a regio do viveiro, as caractersticas do substrato, as condies meteorolgicas e a poca do ano. A quantidade de regas tambm deve ser adaptada com a experincia do viveirista local e com as condies meteorolgicas que so muito variveis. A irrigao por microaspersores durante o vero pode ser feita de uma a duas vezes ao dia por 20 minutos cada (se no chover) ou 3 a 4 vezes de 10 minutos. No inverno 2 vezes de 10 minutos. Um litro para cada 100 mudas (mais ou menos 1 bandeja). Alguns tcnicos recomendam um consumo dirio mdio de 7 a 10 mL por tubete. O tempo de irrigao pode ser calculado para cada viveiro dependendo da presso de seus aspersores que influencia no clculo do volume de gua gasto. At a germinao o regime de regas deve ser freqente e leve. Aps esse perodo, as regas devem ser abundantes, porm espaadas, para permitir que o (solo) substrato seque um pouco nos intervalos, para incentivar o crescimento das razes atrs dos nutrientes da gua do substrato. O excesso de irrigaes pode ser mais prejudicial do que uma pequena deficincia, pois isso cria uma menor circulao de ar, provocando morte por afogamento ou a lavagem dos nutrientes, favorece a incidncia de pragas e a ocorrncia de tombamento das mudas, alm de criar mudas com razes pouco desenvolvidas.

    Controle de pragas

    A lavagem e desinfeco dos tubetes so muito importantes para a no proliferao de fungos patognicos. A retirada de ervas invasoras deve ser manual e principalmente durante a fase de germinao. Deve ser feita aps a irrigao. O principal fator de incidncia de fungos, principalmente apodrecedores, o excesso de umidade e tambm o calor, principalmente durante o vero. A falta de luminosidade tambm diminui o vigor das mudas, aumentando a predisposio doenas. Algumas medidas preventivas incidncia de doenas so: priorizar sementes de alta qualidade de germinao e vigor, semear na estao adequada (antes da estao quente e chuvosa) e utilizar substrato de boa qualidade.

  • 13

    Para evitar que uma infestao (fungos, insetos..) se espalhe devem ser tomadas as seguintes medidas:

    diminuir a intensidade de irrigao; remoo das mudas afetadas; verificar deficincias na drenagem do viveiro; reduzir a adubao nitrogenada (qdo utilizada); reduzir a densidade de plantas por unidade de rea; controle qumico de remediao, caso necessrio e com orientao tcnica; controle qumico preventivo quinzenal logo aps a germinao para evitar o

    tombamento;

    usar repelentes ou inseticidas.

    *Em caso de dvidas entrar em contato com a equipe tcnica da APD/DMA/SANEPAR

    Proteo contra pssaros

    Caso haja prejuzos s plantas, causados pela predao por pssaros, recomenda-se cobrir os canteiros expostos com uma tela (com malha reutilizvel) que no permita a entrada desses animais.

    MTODOS AUXILIARES NA PRODUO

    SEMEADURA DIRETA EM SACOS PLSTICOS

    Em alguns casos pode ser utilizado o plantio em sacos plsticos (20 cm de altura por 7 de dimetro). Para produzir mudas maiores normalmente usa-se embalagens de aproximadamente 30 x 25 cm.

    SEMEADURA INDIRETA (germinao em sementeiras)

    1) Preparao dos canteiros (sementeiras)

  • 14

    Quando determinada espcie tem dificuldade de germinao ou apresenta germinao irregular ou se tem poucas sementes e se deseja maximizar a produo, recomenda-se tcnica de repicagem. Essa tcnica normalmente inicia-se com o plantio em sementeiras (canteiros ou em bandejes com substrato, Figura 10). O preparo do substrato da sementeira, como o solo de floresta natural, deve conter matria orgnica. Geralmente utilizado esterco (galinha ou de gado) ou torta de filtro proveniente de cana-de-acar, na proporo de 2/3 de solo e 1/3 de matria orgnica. Pode ser usada tambm a mistura de solo com 1/4 de substrato comercial. No caso de utilizar bandejes (menor capacidade) pode ser utilizado o mesmo substrato dos tubetes e ainda deixar na casa de vegetao ou estufa. Alguns viveiros utilizam apenas areia como substrato (recomenda-se misturar com um pouco de terra preta). A repicagem para os tubetes ou sacos plsticos deve ser feita quando as plantas estiverem com 2 pares de follhas (com menos de 5 cm de altura).

    2) Plantio nas Sementeiras

    A semeadura realizada manualmente com aproximadamente 10 cm de espaamento. Uma camada fina de substrato deve cobrir as sementes. Para a proteo inicial das sementes durante a germinao e durante dias quentes o canteiro deve ser coberto com sombrite 50%.

    Figura 10 Sementeiras (canteiros) para espcies de difcil germinao

    Figura 11 Repicagem para tubetes

  • 15

    3) Repicagem

    A repicagem consiste no transplante das plntulas (mudas com 2 pares de folhas) para os recipientes individuais (Figura 11). No caso de tubetes, esta tcnica pouco recomendada, salvo para sementes de difcil germinao (< 40%) e que aceitem bem a tcnica de repicagem. Esse processo deve ser feito em dias midos. Logo aps a repicagem as mudas devem estar cobertas por sombrite 50% pelo menos por 15 dias.

  • 16

    REGIES FLORESTAIS DO ESTADO DO PARAN

    Para auxiliar na escolha das espcies florestais para a produo nos viveiros e para o plantio na regio adequada necessrio conhecer os principais tipos de floresta no Paran.

    O Estado do Paran pode ser dividido em 3 grandes regies fitogeogrficas (tipos de vegetao): A Floresta Atlntica (Floresta Ombrfila Densa), na qual sua rea de ocorrncia natural ocupa a regio leste do Paran, basicamente o litoral, a Serra do Mar e o Vale do Ribeira; a Floresta com Araucria (Floresta Ombrfila Mista), que ocupa o centro e sul do Estado, abrangendo o primeiro e segundo planaltos paranaenses e a Floresta Estacional Semidecidual, que ocupa o norte e o oeste do estado, predominando sobre o terceiro planalto paranaense.

    Dentro e entre cada um desses ecossistemas existem outros em menores propores, como reas com cerrado e as regies com campos naturais, transies (ectonos), e formaes, dependendo das diversas condies ambientais, tais como influncias do clima, do relevo e do solo (Figura 12).

    Cornlio Procpio Paranava Cambar

    Matinhos Araucria

    Pinhais Ponta Grossa

    Itapejara do Oeste

    St. Antnio do Sudoeste

    Planalto

    Cascavel

    Palotina Goioer

    Apucarana Londrina

    Siqueira Campos

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    Figura 12 - Localizao dos viveiros da SANEPAR (reas em vermelho) e distribuio dos tipos de vegetao mais representativos do Estado do Paran. Nas tabelas abaixo, esto listadas as principais espcies arbreas e arbustivas ocorrentes nas trs principais regies florestais do Estado do Paran.

    FLORESTA ATLNTICA

    PRINCIPAIS ESPCIES ARBREAS E ARBUSTIVAS DA SERRA DO MAR E DA PLANCIE LITORNEA DO ESTADO DO PARAN

    material cedido por: Franklin Galvo/UFPR Yoshiko Saito Kuniyoshi/UFPR

    Carlos Vellozo Roderjan/UFPR

    No FAMLIA NOME CIENTFICO NOME COMUM FP FOD A B C 1 ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolius Aroeira 1,3 2 ANACARDIACEAE Tapirira guianensis Cupiva 1 3 ANNONACEAE Annona glabra Ariticum-da-vrzea 3 4 ANNONACEAE Guatteria sp. Ariticum 1 5 ANNONACEAE Rollinia sp. Ariticum 6 ANNONACEAE Xylopia brasiliensis Pindaba 1 7 APOCYNACEAE Aspidosperma olivaceum Guatambu 8 AQUIFOLIACEAE Ilex dumosa Congonha 1 9 AQUIFOLIACEAE Ilex kleinii Cana 10 AQUIFOLIACEAE Ilex theezans Cana 1 11 ARALIACEAE Schefflera angustifolia Mandioco-folha-mida 12 ARALIACEAE Schefflera morototoni Mandioco 13 ARECACEAE Astrocaryum aculeatissimum Brejava 14 ARECACEAE Attalea dubia Indai 1 15 ARECACEAE Bactris lindmaniana Tucum 1 16 ARECACEAE Euterpe edulis Palmito 1,3 17 ARECACEAE Geonoma elegans Palheiro 3 18 ARECACEAE Geonoma gamiova Guaricana 19 ARECACEAE Syagrus romanzoffiana Jeriv 3 20 ASTERACEAE Vernonanthura puberula Cambar 21 ASTERACEAE Symphyopapus casarettoi Vassoura-do-campo 1 22 BIGNONIACEAE Jacaranda puberula Caroba 1 23 BIGNONIACEAE Tabebuia alba Ip-amarelo 24 BIGNONIACEAE Tabebuia cassinoides Caxeta 3 25 BIGNONIACEAE Tabebuia catarinensis Ip-da-serra 26 BIGNONIACEAE Tabebuia umbellata Ip -da-vrzea 3 27 BOMBACACEAE Pseudobombax grandiflorum Embirussu 28 BOMBACACEAE Spiroteca passifloroides Figueira-mata-pau 29 BURSERACEAE Protium kleinii Almesca 30 CAESALPINIACEAE Copaifera trapezifolia Pau-leo 31 CAESALPINIACEAE Platymiscium floribundum Jacarand-piranga 32 CAESALPINIACEAE Schizolobium parahyba Guapuruvu 33 CAESALPINIACEAE Senna multijuga Aleluia-amarela 34 CANELLACEAE Capsicodendron dinisii Pimenteira 35 CARICACEAE Jaracatia dodecaphylla Jaracati 36 CECROPIACEAE Cecropia glaziovii Embava 1,3 37 CECROPIACEAE Cecropia pachystachya Embava-branca 1,3 38 CECROPIACEAE Coussapoa schottii Figueira-mata-pau 3 39 CHLORANTHACEAE Hedyosmum brasiliense Erva-cidreira 1,3 40 CLETHRACEAE Clethra scabra Carne-de-vaca 1 41 CLUSIACEAE Callophyllum brasiliense Guanandi 1,3 42 CLUSIACEAE Clusia criuva Mangue-do-mato 1,3

  • 18 43 CLUSIACEAE Garcinia gardneriana Bacupari 44 CELASTRACEAE Maytenus alaternoides Espinheira-santa 1,3 45 COMBRETACEAE Laguncularia racemosa Mangue-branco 2 46 CUNONIACEAE Weinmannia paulliniifolia Gramimunha 1 47 ELAEOCARPACEAE Sloanea guianensis Laranjeira-do-mato 48 ELAEOCARPACEAE Sloanea lasiocoma Sapopema 49 ERICACEAE Gaylussacia brasiliensis Camarinha 1 50 EUPHORBIACEAE Alchornea glandulosa Tapi -guau 51 EUPHORBIACEAE Alchornea sidifolia Tanheiro 52 EUPHORBIACEAE Alchornea triplinervia Tapi 53 EUPHORBIACEAE Aparisthmium cordatum Pau-de-facho 1 54 EUPHORBIACEAE Croton celtidifolius Sangueiro 55 EUPHORBIACEAE Hyeronima alchorneoides Licurana 56 EUPHORBIACEAE Pera glabrata Tabocuva 57 EUPHORBIACEAE Sapium glandulatum Leiteiro 58 FABACEAE Andira anthelmiinthica Jacarand-lombriga 1 59 FABACEAE Dalbergia ecastophyllum Uvira 1,2,3 60 FABACEAE Erythrina speciosa Suin 3 61 FABACEAE Machaerium hatschbachii Angico-espinho 62 FABACEAE Pterocarpus violaceus Pau-sangue 63 FLACOURTIACEAE Casearia sylvestris Cafezeiro-do-mato 64 HUMIRIACEAE Vantanea compacta Guaraparim 65 LAURACEAE Cryptocarya aschersoniana Canela-utinga 66 LAURACEAE Cryptocarya moschata Canela-fogo 67 LAURACEAE Nectandra lanceolata Canela-branca 68 LAURACEAE Nectandra pichurim Canela-ferrugem 69 LAURACEAE Nectandra rigida Canela-amarela 70 LAURACEAE Ocotea catharinensis Canela-preta 71 LAURACEAE Ocotea pretiosa Canela-sassafrs 72 LAURACEAE Ocotea puberula Canela-guaic 73 LAURACEAE Ocotea pulchella Canela-lajeana 1 74 LECYTHIDACEAE Cariniana estrellensis Estopeira 75 MAGNOLIACEAE Talauma ovata Baguau 76 MALPIGHIACEAE Byrsonima ligustrifolia Murici 1,3 77 MALVACEAE Hibiscus pernambucensis Algodo-da-praia 1,2,3 78 MELASTOMATACEAE Miconia cabucu Pixirico 79 MELASTOMATACEAE Miconia cinnamomifolia Jacatiro-au 80 MELASTOMATACEAE Tibouchina pulchra Jacatiro 81 MELASTOMATACEAE Tibouchina sellowiana Quaresmeira 82 MELIACEAE Cabralea canjerana Canjerana 83 MELIACEAE Cedrela fissilis Cedro 84 MELIACEAE Guarea macrophylla Catigu 1,3 85 MIMOSACEAE Inga marginata Ing-feijo 86 MIMOSACEAE Inga sessilis Ing-macaco 87 MIMOSACEAE Mimosa bimucronata Maric 3 88 MIMOSACEAE Piptadenia gonoacantha Pau-jacar 89 MIMOSACEAE Abarema langsdorffii Timbuva 1 90 MIMOSACEAE Pseudopiptadenia warmingii Caovi 91 MORACEAE Ficus spp. Figueira 92 MYRISTICACEAE Virola bicuhyba Bocuva 93 MYRSINACEAE Myrsine coriacea Capororoca 1 94 MYRSINACEAE Myrsine umbellata Caporoco 1 95 MYRTACEAE Campomanesia sp. Guabirova 96 MYRTACEAE Eugenia multicostata Pau-alazo 97 MYRTACEAE Gomidesia schaueriana Rapa-guela 1,3 98 MYRTACEAE Marlierea obscura Jaguapiricica 3 99 MYRTACEAE Marlierea tomentosa Guapurunga 3 100 MYRTACEAE Myrcia insularis Jaguapiroca 3 101 MYRTACEAE Psidium cattleianum Ara 1,3 102 NYCTAGINACEAE Guapira opposita Maria-mole 1,3 103 PHYTOLACCACEAE Phytolacca dioica Ceboleiro 104 PODOCARPACEAE Podocarpus sellowii Pinheiro-bravo 1

  • 19 105 PROTEACEAE Roupala sp. Carvalho 106 RHIZOPHORACEAE Rhizophora mangle Mangue-vermelho 2 107 ROSACEAE Prunus brasiliensis Pessegueiro-bravo 1 108 RUBIACEAE Bathysa meridionalis Queima-casa 109 RUBIACEAE Psychotria nuda Pasto-de-anta 110 RUTACEAE Zanthoxyllum sp. Mamica-de-porca 111 SAPINDACEAE Allophyllus sp. Vacum 3 112 SAPINDACEAE Cupania vernalis Camboat 113 SAPINDACEAE Dodonaea viscosa Vassoura-vermelha 1 114 SAPINDACEAE Matayba guianensis Miguel-pintado 115 SAPOTACEAE Chrysophyllum viride Agua 116 SAPOTACEAE Manilkara subsericea Maaranduba 117 SAPOTACEAE Pouteria torta Guapeva 118 THEACEAE Laplacea fruticosa Santa-rita 1 119 THEACEAE Ternstroemia brasiliensis Manjuruvoca 1 120 TILIACEAE Luehea divaricata Aoita-cavalo 121 ULMACEAE Trema micrantha Crindiuva 122 VERBENACEAE Avicennia schaueriana Siriba 2 123 VERBENACEAE Cytharexylum myrianthum Jacatava 124 VERBENACEAE Vitex megapotamica Tarum 3 125 VOCHYSIACEAE Vochysia bifalcata Guaricica 126 WINTERACEAE Drimys brasiliensis Cataia 1

    FP = Formao Pioneira 1 - restinga 2 - mangue 3 - vrzea

    FOD = Floresta Ombrfila Densa

    SUCESSO SECUNDRIA A = Fase inicial (capoeirinha/capoeira) B = Fase intermediria (capoeira/capoeiro) C = Fase avanada (capoeiro/floresta)

    FLORESTA COM ARAUCRIA

    PRINCIPAIS ESPCIES ARBREAS E ARBUSTIVAS DA FLORESTA OMBRFILA MISTA material cedido por: Franklin Galvo/UFPR

    Yoshiko Saito Kuniyoshi/UFPR Carlos Vellozo Roderjan/UFPR

    No FAMLIA NOME CIENTFICO NOME COMUM FP FOM A B C 1 ANACARDIACEAE Litraea brasiliensis Bugreiro-grado 2 ANACARDIACEAE Litraea molleoides Bugreiro 3 ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolius Aroeira 4 ANNONACEAE Rollinia rugulosa Ariticum 5 AQUIFOLIACEAE Ilex brevicuspis Orelha-de-mico 6 AQUIFOLIACEAE Ilex dumosa Congonha 7 AQUIFOLIACEAE Ilex paraguariensis Erva-mate 8 AQUIFOLIACEAE Ilex theezans Cana 9 ARALIACEAE Schefflera morototonii Mandioco 10 ARAUCARIACEAE Araucaria angustifolia Araucria 11 ARECACEAE Syagrus romanzoffiana Jeriv 12 ASTERACEAE Gochnatia polymorpha Cambar 13 ASTERACEAE Piptocarpha angustifolia Vassouro-branco 14 ASTERACEAE Vernonanthura discolor Vassouro-preto 15 BIGNONIACEAE Jacaranda puberula Caroba 16 BIGNONIACEAE Tabebuia alba Ip-amarelo 17 BORAGINACEAE Cordia trichotoma Louro-pardo 18 CAESALPINIACEAE Cassia leptophylla Canafstula 19 CANELLACEAE Capsicodendron dinisii Pimenteira 20 CLETHRACEAE Clethra scabra Carne-de-vaca 21 CUNONIACEAE Lamanonia speciosa Guaraper 22 CUNONIACEAE Weinmannia paulliniifolia Gramimunha 23 ELAEOCARPACEAE Sloanea lasiocoma Sapopema

  • 20 24 ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum deciduum Coco 25 EUPHORBIACEAE Alchornea triplinervia Tapi 26 EUPHORBIACEAE Sapium glandulatum Leiteiro 27 EUPHORBIACEAE Sebastiania brasiliensis Branquilho-graudo 28 EUPHORBIACEAE Sebastiania commersoniana Branquilho 29 FABACEAE Dalbergia brasiliensis Jacarand 30 FABACEAE Erythrina crista-galli Corticeira-do-banhado 31 FABACEAE Erythrina falcata Corticeira 32 FABACEAE Machaerium stipitatum Sapuva 33 FLACOURTIACEAE Casearia decandra Guaatunga 34 FLACOURTIACEAE Casearia sylvestris Cafezeiro-do-mato 35 FLACOURTIACEAE Xylosma pseudosalzmanii Sucar 36 LAURACEAE Cinnamomum vesiculosum Pau-d'alho 37 LAURACEAE Nectandra grandiflora Canela-amarela 38 LAURACEAE Nectandra lanceolata Canela-branca 39 LAURACEAE Nectandra megapotamica Canela-imbuia 40 LAURACEAE Ocotea catharinensis Canela-preta 41 LAURACEAE Ocotea porosa Imbuia 42 LAURACEAE Ocotea pretiosa Canela-sassafrs 43 LAURACEAE Ocotea puberula Canela-guaic 44 LAURACEAE Ocotea pulchella Canela-lajeana 45 LAURACEAE Persea major Pau-andrade 46 LITHRACEAE Lafoensia pacari Dedaleiro 47 MELIACEAE Cabralea canjerana Canjerana 48 MELIACEAE Cedrela fissilis Cedro 49 MIMOSACEAE Acacia poliphylla Monjoleiro 50 MIMOSACEAE Acacia recurva Nhapind 51 MIMOSACEAE Albizia polycephala Farinha-seca 52 MIMOSACEAE Mimosa scabrella Bracatinga 53 MIMOSACEAE Parapiptadenia rigida Angico 54 MYRSINACEAE Myrsine coriacea Capororoquinha 55 MYRSINACEAE Myrsine gardneriana Capororoco 1 MYRSINACEAE Myrsine umbellata Capororoca 2 MYRTACEAE Campomanesia guazumaefolia Sete-capotes 3 MYRTACEAE Campomanesia xanthocarpa Guabirova 4 MYRTACEAE Eugenia involucrata Cerejeira 5 MYRTACEAE Eugenia uniflora Pitanga 6 MYRTACEAE Myrceugenia euosma Cambui 7 MYRTACEAE Myrceugenia regnelliana Guamirim-da-vrzea 8 MYRTACEAE Myrcia arborescens Guamirim-cascudo 9 MYRTACEAE Myrcia hatschbachii Caing 10 MYRTACEAE Myrcia rostrata Guamirim-choro 11 MYRTACEAE Plinia trunciflora Jaboticaba 12 MYRTACEAE Pimenta pseudocaryophyllus Craveiro 13 PODOCARPACEAE Podocarpus lambertii Pinheiro-bravo 14 PROTEACEAE Roupala brasiliensis Carvalho 15 ROSACEAE Prunus brasiliensis Pessegueiro-bravo 16 RUBIACEAE Randia armata Limo-do-mato 17 RUTACEAE Zanthoxyllum kleinii Juvev 18 RUTACEAE Zanthoxyllum rhoifolia Mamica-de-porca 19 SALICACEAE Salix humboltiana Salseiro 20 SAPINDACEAE Allophyllus edulis Vacum 21 SAPINDACEAE Cupania vernalis Camboat 22 SAPINDACEAE Matayba elaeagnoides Miguel-pintado 23 STYRACACEAE Styrax leprosus Carne-de-vaca 24 THEACEAE Laplacea fruticosa Santa-rita 25 TILIACEAE Luehea divaricata Aoita-cavalo 26 ULMACEAE Celtis triflora Esporo-de-galo 27 VERBENACEAE Vitex megapotamica Tarum 28 WINTERACEAE Drymis brasiliensis Cataia

    FP = Formao Pioneira (vrzea) FOM= Floresta Ombrfila Mista SUCESSO SECUNDRIA

  • 21 FP = Formao Pioneira (vrzea) FOM= Floresta Ombrfila Mista SUCESSO SECUNDRIA

    A = Fase inicial B = Fase intermediria C = Fase avanada

    FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

    PRINCIPAIS ESPCIES ARBREAS DA FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

    Franklin Galvo Yoshiko Saito Kuniyoshi

    Carlos Vellozo Roderjan No FAMLIA NOME CIENTFICO NOME COMUM A B C

    1 ANACARDIACEAE Astronium graveolens Guarit 2 ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolius Aroeira 3 ANNONACEAE Annona cacans Cortio 4 ANNONACEAE Rollinia exalbida Ariticum 5 APOCYNACEAE Aspidosperma polyneuron Peroba-rosa 6 APOCYNACEAE Peschiera australis Leiteira 7 ARALIACEAE Schefflera morototoni Mandioco 8 ARECACEAE Euterpe edulis Palmito 9 ARECACEAE Syagrus romanzoffiana Jeriv 10 BIGNONIACEAE Jacaranda puberula Caroba 11 BIGNONIACEAE Tabebuia heptaphylla Ip-roxo 12 BOMBACACEAE Ceiba insignis Paineira 13 BOMBACACEAE Pseudobombax grandiflorum Embirussu 14 BORAGINACEAE Cordia trichotoma Louro 15 BORAGINACEAE Patagonula americana Guajuvira 16 BURSERACEAE Protium heptaphyllum Almesca 17 CAESALPINIACEAE Apuleia leiocarpa Grpia 18 CAESALPINIACEAE Holocalyx balansae Alecrim 19 CAESALPINIACEAE Peltophorum dubium Canafstula 20 CAESALPINIACEAE Pterogyne nitens Pau-amendoim 21 CARICACEAE Jacaratia spinosa Jaracati 22 CECROPIACEAE Cecropia pachystachia Embauva 23 ELAEOCARPACEAE Sloanea monosperma Sapopema 24 EUPHORBIACEAE Actinostemon concolor Laranjeira-do-mato 25 EUPHORBIACEAE Alchornea triplinervia Tapi 26 EUPHORBIACEAE Croton floribundus Sangueiro 27 EUPHORBIACEAE Sapium glandulatum Leiteiro 28 EUPHORBIACEAE Sebastiania commersoniana Branquilho 29 FABACEAE Dalbergia frutescens Jacarand 30 FABACEAE Erythrina falcata Corticeira 31 FABACEAE Lonchocarpus guilleminianus Rabo-de-bugiu 32 FABACEAE Lonchocarpus muehlembergianus Rabo-de-bugiu 33 FABACEAE Machaerium stipitatum Sapuva 34 FABACEAE Myrocarpus frondosus Cabriuva 35 FLACOURTIACEAE Casearia gossipiosperma Guaatunga 36 FLACOURTIACEAE Casearia sylvestris Cafezeiro-do-mato 37 FLACOURTIACEAE Xylosma pseudosalzmanii Sucar 38 LAURACEAE Endlicheria paniculata Canela-frade 39 LAURACEAE Nectandra megapotamica Canela-imbuia 40 LAURACEAE Ocotea diospyrifolia Canela 41 LECYTHIDACEAE Cariniana estrellensis Estopeira 42 MALVACEAE Bastardiopsis densiflora Louro-branco 43 MELIACEAE Cabralea canjerana Canjerana 44 MELIACEAE Cedrela fissilis Cedro 45 MELIACEAE Guarea macrophylla Catigu-de-morcego

  • 22 46 MELIACEAE Trichilia catigua Catigu 47 MELIACEAE Trichilia elegans Pau-de-ervilha 48 MELIACEAE Trichilia pallens Catigu 49 MELIACEAE Trichilia pallida Baga-de-morcego 50 MIMOSACEAE Acacia poliphylla Monjoleiro 51 MIMOSACEAE Anadenanthera colubrina Angico-branco 52 MIMOSACEAE Enterolobium contortisiliquum Timbauva 53 MIMOSACEAE Inga marginata Ing-feijo 54 MIMOSACEAE Inga sessilis Ing-macaco 55 MIMOSACEAE Inga striata Ing

    56 MIMOSACEAE Parapiptadenia rigida Angico 57 MORACEAE Ficus luschnatiana Figueira-branca 58 MORACEAE Maclura tinctoria Tajuva 59 MORACEAE Sorocea bonplandii Cincho 60 MYRSINACEAE Mirsine umbellata Capororoco 61 MYRTACEAE Campomanesia guazumaefolia Sete-capote 62 MYRTACEAE Campomanesia xanthocarpa Guabirova 63 MYRTACEAE Eugenia uniflora Pitanga 64 NYCTAGINACEAE Bougainvillea spectabilis Primavera 65 PHYTOLACCACEAE Phytolacca dioica Ceboleiro 66 PHYTOLOCCACEAE Gallesia gorarema Pau-d'alho 67 PROTEACEAE Roupala brasiliensis Carvalho 68 ROSACEAE Prunus sellowii Pessegueiro-bravo 69 ROSACEAE Quillaja brasiliensis Pau-sabo 70 RUTACEAE Balfourodendron riedelianum Pau-marfim 71 RUTACEAE Helietta longifoliata Canela-de-veado 72 RUTACEAE Pilocarpus pennatifolius Jaborandi 73 RUTACEAE Zanthoxyllum chiloperone Mamica-de-porca 74 SAPINDACEAE Allophyllus guaraniticus Vacum 75 SAPINDACEAE Cupania vernalis Camboat 76 SAPINDACEAE Diatenopteryx sorbifolia Maria-preta 77 SAPINDACEAE Matayba elaeagnoides Miguel-pintado 78 SAPOTACEAE Chrysophyllum gonocarpum Guatambu 79 SAPOTACEAE Chrysophyllum marginatum Agua 80 SOLANACEAE Solanum argenteum Fumo-bravo 81 SOLANACEAE Solanum sancta-catharinae Fumo-bravo 82 STYRACACEAE Styrax acuminatus Carne-de-vaca 83 TILIACEAE Luehea divaricata Aoita-cavalo 84 TILIACEAE Luehea uniflora Aoita-cavalo 85 ULMACEAE Trema micrantha Crindiuva

    SUCESSO SECUNDRIA

    A = Fase inicial B = Fase intermediria C = Fase avanada

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    BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

    BIDWELL, R.G.S. Plant Physiology. New York: MacMillan, 1974. CARNEIRO, J. G. A. Produo e controle de qualidade de mudas florestais. Curitiba: UFPR/FUPEF; Campos: UENF, 451 p. 1995. CARVALHO, P. E. R. Produo de mudas de espcies nativas por sementes e a implantao de povoamentos. In: Reflorestamento de propriedades rurais para fins produtivos e ambientais. Um guia para aes municipais e regionais. GALVO, A. P. M. Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2000. p. 151 174. IBGE FUNDAO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. Geografia do Brasil. v. 2. Regio Sul. Rio de Janeiro. IBGE, Diretoria de Geocincias, 1990, 420 p. IBGE FUNDAO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. Manual tcnico da vegetao brasileira. Rio de Janeiro. IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. Manuais Tcnicos de Geocincias, n. 1. 1992. MARTINS, S. S.; SILVA, I. C.; BORTOLO, L; NEPOMUCENO, A. N. Produo de mudas de espcies florestais nos viveiros do Onstituto Ambiental do Paran. Maring, PR, Clichetec, 2004. STURION, J. A.; ANTUNES, J. B. M. Produo de mudas de espcies florestais. In: Reflorestamento de propriedades rurais para fins produtivos e ambientais. Um guia para aes municipais e regionais. GALVO, A. P. M. colombo, PR: Embrapa Florestas, 2000. p. 125 150. RODERJAN, C. V.; GALVO, F.; KUNIYOSHI, Y. S.; HATSCHBACH, G. G. As unidades fitogeogrficas do estado do Paran. Fitogeografia do sul da Amrica. Cincia & Ambiente, Santa Maria, v. 24, p. 75-92, 2002. GALVO, F.; KUNIYOSHI, Y. S.; RODERJAN, C. V. Principais espcies arbreas e arbustivas (da serra do mar e da plancie litornea/floresta ombrfila mista/floresta estacional semidecidual) do estado do Paran. Material didtico das disciplinas de Fitogeografia, Ecologia, Fitossociologia e Dendrologia dos cursos de Graduao e Ps-Graduao em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paran - UFPR. VELOSO, H. P.; RANGEL FILHO, A. R. L.; LIMA, J. C. A. Classificao da vegetao brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 1991. 124 p. SEMA SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HDRICOS. Mapeamento da Floresta Atlntica do estado do Paran. Curitiba, 2002. 1 CD-ROM.

  • 24

    ANEXOS ANEXO 1 Modelo de planilha de controle do estoque mensal de mudas no viveiro

    *Esta planilha deve ser entregue preenchida APD/DMA/SANEPAR no dia 20 de cada ms - plantas germinadas so aquelas que esto em desenvolvimento na casa de vegetao ou na estufa - plantas em rustificao so aquelas que esto em desenvolvimento fora da casa de vegetao ou da

    estufa (geralmente com mais de 10 cm de altura) - mudas prontas so aquelas que j podem ser destinadas aos plantios (com aproximadamente 20 cm

    de altura)