10. afecções do sistema digestivo v

52
CLÍNICA DE RUMINANTES AFECÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO V

Upload: guilherme-collares

Post on 24-Jul-2015

364 views

Category:

Education


9 download

TRANSCRIPT

Page 1: 10. afecções do sistema digestivo v

CLÍNICA DE

RUMINANTES

AFECÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO V

Page 2: 10. afecções do sistema digestivo v

TIMPANISMO

Page 3: 10. afecções do sistema digestivo v

Timpanismo

É a distensão anormal do rúmen e retículo causada por excessiva retenção de gases de fermentação, ou espuma, misturada com conteúdo ruminal ou de gás livre, separado da ingesta

Page 4: 10. afecções do sistema digestivo v

TIMPANISMO RUMINAL PRIMÁRIO

Também chamado Timpanismo Espumoso, é causado pela produção de espuma estável que apreende os gases normais de fermentação do rúmen

TIMPANISMO DAS PASTAGENS

As leguminosas ou pastagens que favorecem o timpanismo

possuem proteínas solúveis nas folhas das plantas que favorecem a formação de espuma

TIMPANISMO DO GADO DE ENGORDA

Dietas com grãos finamente triturados também podem promover a formação de espuma no conteúdo ruminal

Page 5: 10. afecções do sistema digestivo v

TIMPANISMO RUMINAL SECUNDÁRIO

Pode ocorrer por obstrução física da eructação

Obstrução esofágica

Estenose do esôfago

Obstrução do cárdia

Interferência com a função da goteira esofágica

Indigestão vagal

Tétano

Infecções granulomatosas por Actinomyces bovis

Anafilaxia

Brusca mudança no ph ruminal (acidez ou alcalinidade)

Hipocalcemia

Rumenite

Page 6: 10. afecções do sistema digestivo v

TIMPANISMO RUMINAL CRÔNICO

Ocorre mais comumente em bezerros com mais de 6 meses de idade

Persistência do timo aumentado

Alimentação com forragem grosseira e indigerível

Passagem direta ao rúmen de substituto do leite de baixa palatabilidade

Page 7: 10. afecções do sistema digestivo v

EPIDEMIOLOGIA

TIMPANISMO DAS PASTAGENS

Pastejo em forrageiras produtoras de gás

Ovinos parecem menos suscetíveis

TIMPANISMO DOS BOVINOS DE ENGORDA

Animais alimentados com grandes quantidades de grãos e pequenas quantidades de forragens

Ração com substrato finamente moído favorece os surtos

Page 8: 10. afecções do sistema digestivo v

FATORES DE RISCO

TIMPANISMO DAS PASTAGENS

Alfafa (Medicago sativa), Trevo Vermelho (Trifolium pratense) e

Trevo Branco (Trifolium repens) são as principais leguminosas causadoras de timpanismo

Ocorre principalmente em pastagens jovens, muito suculentas, de crescimento rápido na fase pré-floral, com alto teor de proteína

A rápida velocidade de digestão das forragens imaturas produtoras de gás, resulta na produção de espuma

O risco de empanzinamento é bastante aumentado quando os animais ingerem a pastura com sereno

A altura da pastagem também é determinante na produção de timpanismo. O risco é duas vezes maior quando a altura da forragem é < 25 cm, do que se for > 50 cm

Page 9: 10. afecções do sistema digestivo v

FATORES CLIMÁTICOS

O timpanismo tende a ser precedido por dias e noites em que o frio é maior que o normal ou mesmo depois de geada intensa

FATORES DE RISCO DO ANIMAL

Existem animais com alta e baixa suscetibilidade

A suscetibilidade parece estar relacionada ao volume do digestão ruminal

Animais com baixa suscetibilidade não se empanzinam porque tem volume baixo de digestão ruminal

Page 10: 10. afecções do sistema digestivo v

PATOGENIA

Normalmente, as bolhas de gás produzidas no líquido ruminal unem-se, separam-se do conteúdo e formam bolsões de gás livre que será eliminado através da eructação

A ação da saliva sobre o ph ruminal tem importante papel na estabilidade

da espuma. Animais que produzem menos saliva são mais suscetíveis, pois o bicarbonato da saliva funciona neutralizando os ácidos ruminais, mantendo o ph a níveis que não promovem a formação de espuma estável com base na desnaturação das proteínas solúveis

No timpanismo espumoso, as bolhas de gás permanecem dispersas no conteúdo ruminal, produzindo aumento do volume anormal do conteúdo ruminorreticular, inibindo a eructação

A qualidade da espuma do conteúdo ruminal interfere diretamente com a função do cárdia, inibindo o reflexo da eructação

O volume de gás nos bovinos timpânicos pode chegar a 50 – 70 litros, ocorrendo oclusão da veia cava, causando congestão venosa da porção caudal do corpo.

A pressão do rúmen distendido sobre o diafragma é muito grande, resultando na redução da capacidade pulmonar e morte por hipóxia ou mesmo por tamponamento cardíaco

Page 11: 10. afecções do sistema digestivo v

SINAIS CLÍNICOS

Morte súbita

Distensão rápida do abdome (mesmo 15 min depois de ser colocado na pastagem)

Desconforto evidente

Deitar e levantar, chutar o ventre, rolar

Defecação e micção freqüentes

Dispnéia acentuada

Respiração pela boca

Protusão da língua

Salivação

Extensão da cabeça

Freqüência respiratória aumentada até 60 mov/min

Freqüência cardíaca de 100 – 120 bat/min

Sopro sistólico audível (distorção da base do coração devido ao deslocamento do diafragma para frente) – ocorre no tétano, hérnia diafragmática, indigestão vagal, obstrução do esôfago – desaparecendo imediatamente se o timpanismo for aliviado

Pode ocorrer vômito e fezes amolecidas eliminados em jatos

Page 12: 10. afecções do sistema digestivo v
Page 13: 10. afecções do sistema digestivo v

Timpanismo Brando

Fossa paralombar esquerda distendida

Animal pouco inquieto e estressado

5 – 7 cm de pele sobre a fossa paralombar esquerda podem ser apreendidos

Timpanismo Moderado

Distensão mais evidente do abdome

Animal um pouco ansioso e desconfortável

Pele distendida sobre a fossa paralombar esquerda, ainda permitindo que se faça uma prega com ela

Timpanismo Grave

Proeminente distensão de ambos os lados do abdome

Dispnéia e demais distúrbios de facilitação da respiração

Evidente desconforto e ansiedade

A pele do flanco esquerdo está muito distendida e não pode ser apreendida para formar uma prega

Page 14: 10. afecções do sistema digestivo v
Page 15: 10. afecções do sistema digestivo v

Contrações ruminais aumentadas em força e freqüência nos primeiros estágios. Quando a distensão alcança grandes proporções, as contrações diminuem ou estão ausentes

À percussão do rúmen, é característico o som timpânico

Colapso e morte ocorrem rapidamente e quase sempre sem que o animal se debata

Page 16: 10. afecções do sistema digestivo v

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

TIMPANISMO PRIMÁRIO

À passagem de sonda, presença de espuma e não se consegue eliminar o gás

TIMPANISMO SECUNDÁRIO

Timpanismo intermitente e distensão do flanco esquerdo por poucos dias

À sondagem detecção de estenose ou obstrução esofágica – dificuldade de deglutição e tentativas de vômito

INDIGESTÃO VAGAL

Distensão progressiva do abdome

Perda de peso e fezes escassas

TÉTANO

Membros e cauda com rigidez

Prolapso de terceira pálpebra e hiperestesia

Timpanismo com gás livre

OUTRAS CAUSAS AGUDAS

Carbúnculo Sintomático

Raio

Picada de cobra

Page 17: 10. afecções do sistema digestivo v

TRATAMENTO

MEDICINA DE EMERGÊNCIA

Retirar rapidamente todos os animais da pastagem

(alertar o proprietário mesmo por telefone)

Rumenotomia de Emergência Incisão de 10 -20 cm sobre o ponto médio da fossa

paralombar esquerda abrangendo pele, musculatura e rúmen

Saída explosiva do conteúdo com relativamente pouca contaminação da cavidade peritonial

Reposição do líquido ruminal de um animal sadio

Limpeza e sutura

Notável recuperação com poucas complicações

Page 18: 10. afecções do sistema digestivo v

MEDICINA DE EMERGÊNCIA

Trocarte e Cânula

Instrumento perfurador com, no mínimo 2,5 cm de diâmetro, para permitir saída da espuma viscosa

Incisão da pele e muscular para permitir passagem do instrumento

Administração de antiespumante através da cânula

Pode ser deixada por várias horas ou mesmo dias

Page 19: 10. afecções do sistema digestivo v

TRATAMENTO EM CASOS LEVES E MODERADOS

Salivação e Agentes Alcalinizantes

Bastão na boca do animal, permitindo a deglutição de grandes quantidades de saliva (agente alcalinizante que auxilia na desnaturação da espuma)

Bicarbonato de Sódio – 150 – 200 g em um litro de água (alcalinizante)

Sonda Ruminal Utilizada em casos onde a vida do animal não se encontra em

risco Utilizar sonda com maior diâmetro possível (o que não é possível

pela cavidade nasal) Administrar agentes antiespumantes logo da passagem da sonda

Movimentação dos Animais Depois de andar ou trotar por alguns minutos, em casos de

timpanismo por ingestão excessiva de grãos, os animais podem recomeçar o processo de eructação

Page 20: 10. afecções do sistema digestivo v

Agentes Antiespumantes

Qualquer óleo não-tóxico, principalmente o mineral, que persistir no rúmen sem ser degradado, pode ser eficaz

Os antiespumantes existentes no comércio, à base de silicone, podem ser usados puros ou diluídos em água morna

Blo-Trol® – 20 – 30 ml (até 150ml), VO/IR, 8/8 h

Rumivet® - 100 ml, VO/IR

Page 21: 10. afecções do sistema digestivo v

CONTROLE

Timpanismo das Pastagens

Manejo estratégico (diminuir a taxa de fermentação)

Prévia alimentação com feno seco

Restrição do pastoreio por 20 min

Resultados pouco úteis

Escolha das forragens Mistura de gramíneas e leguminosas

Manejo do pastoreio Esperar secar o sereno antes do pastejo

Ingestão regular e uniforme, iniciando com poucas quantidades diárias até alcançar tempo de pastejo ideal

A primeira introdução na pastagem pode ser precedida de ração com feno seco (saciar o animal), o que evita se empanturrarem excessivamente de leguminosas

Se a pastagem estiver com alto potencial de timpanismo, os animais devem ser retirados até que as leguminosas cresçam e atinjam níveis mais seguros

Page 22: 10. afecções do sistema digestivo v

Timpanismo dos Bovinos de Engorda

Forragem na ração

Rações com altos níveis de grãos devem conter pelo menos 10 – 15 % de forragem cortada ou triturada

Consistência dos grãos

Grãos apenas quebrados (não triturados)

Não recomendado o uso de ração peletizada

Outros cuidados

Evitar superalimentação após período de fome

Suprimento de água disponível a todo tempo

Page 23: 10. afecções do sistema digestivo v

RETICULOPERITONITE TRAUMÁTICA

Page 24: 10. afecções do sistema digestivo v

É causada pela perfuração do retículo por corpo estranho pontiagudo

Inicialmente, produz peritonite local aguda que pode-se espalhar e causar peritonite aguda difusa

Pode permanecer localizada e causar Indigestão Vagal ou Hérnia Diafragmática

A penetração do corpo estranho pode prosseguir além do peritônio, perfurar o diafragma e pericárdio, causando diversas lesões a nível de cavidade torácica

Page 25: 10. afecções do sistema digestivo v

EPIDEMIOLOGIA

Ocorre com mais freqüência em animais de rebanho leiteiro que recebem rações preparadas, especialmente os alimentados no interior de estábulos durante uma parte do ano

Page 26: 10. afecções do sistema digestivo v

PATOGENIA

Ingestão do Corpo Estranho Falta de discriminação oral – ingestão de corpo

estranho

Os corpos estranho alojam-se no retículo

A estrutura do retículo (semelhante a favos de mel), propicia muitos lugares de fixação a objetos pontiagudos e as contrações do órgão são suficientes para empurrar o objeto cortante através da parede

Penetração no Retículo A maioria das penetrações ocorre na parte baixa da

parede cranial, mas podem ocorrer de forma lateral, em direção ao baço ou de forma medial, em direção ao fígado

Page 27: 10. afecções do sistema digestivo v

Peritonite Local Aguda

Início dos sinais clínicos cerca de 24 h após a penetração do corpo estranho

De acordo com a gravidade da peritonite local, o retículo se torna aderido em diferentes graus à parede abdominal e diafragma, causa atonia ruminal e dor abdominal

A resolução da peritonite local fibrinosa aguda caracteriza-se pelo desenvolvimento de aderências fibrosas

Os abscessos reticulares são complicações comuns, podendo ser localizados entre o retículo e a parede ventral do corpo, ou entre o retículo e a parede torácica direita ou mesmo entre o retículo e baço

Page 28: 10. afecções do sistema digestivo v

Peritonite Generalizada

A disseminação da inflamação causa peritonite generalizada ou difusa

Animais imóveis

Resulta em toxemia, estase do trato alimentar, desidratação e choque

As complicações mais comuns são a pericardite traumática, indigestão vagal, hérnia diafragmática e abscessos traumáticos de baço e fígado

A infecção pode se espalhar por via hematógena a partir dos abscessos diafragmáticos, alcançando diversos órgãos, sendo causa comum de endocardite, polissinovite, artrite, nefrite e abscessos pulmonares

Page 29: 10. afecções do sistema digestivo v

ACHADOS CLÍNICOS

Peritonite Local Aguda

Aparecimento rápido (até 12 – 24 após a ingestão do corpo estranho) - típico

Anorexia completa, movimentos ruminais ausentes ou muito deprimidos

Dor abdominal subaguda (à palpação profunda da parede abdominal)

Relutância à movimentação quando em estação ou pode ficar em decúbito, arqueamento do dorso

Defecação e micção causa dor

Moderada reação sistêmica

TºC entre 39,5 – 40

FC em cerca de 80 bat/min Se houver TºC acima de 40 e FC acima dos 90 bat/min, é sugestivo de agravamento do quadro

Movimentos respiratórios superficiais Se a cavidade tiver sido perfurada, a respiração será dolorosa e acompanhada de grunhidos expiratórios

Timpanismo de gás livre

Page 30: 10. afecções do sistema digestivo v

Peritonite Local Crônica

Apetite e produção não retornam ao normal após tratamento

Condição corpórea ruim, fezes reduzidos e aumento nas partículas não digeridas

Persistência de TºC levemente aumentada evidencia lesão inflamatória crônica

Testes de sensibilidade dolorosa podem positivos ou negativos

Atividade ruminal inconstante e irregular, podendo apresentar timpanismo crônico moderado

Quando houverem abscesso reticulares, pode haver arqueamento do dorso e abdome tenso

Page 31: 10. afecções do sistema digestivo v

Peritonite Aguda Difusa

Profunda toxemia 2 – 3 dias após o aparecimento

da peritonite local

Motilidade gastrointestinal diminuída ou ausente

Acentuada depressão

TºC elevada ou subnormal

FC entre 100 – 120 bat/min

Dor à palpação digital profunda do abdome ventral

Page 32: 10. afecções do sistema digestivo v
Page 33: 10. afecções do sistema digestivo v

Patologia Clínica

Peritonite Local Aguda

Neutrofilia com desvio à esquerda regenerativo

Peritonite Aguda Difusa

Leucopenia e Neutrofilia com desvio à esquerda

degenerativo

Peritonite Traumática (geral)

Fibrinogênio entre 1000 – 2000 mg/dl (300 – 700 mg/dl)

PPT - 8 – 9 g/dl (7 – 8 g/dl)

Page 34: 10. afecções do sistema digestivo v

Análise do Líquido Peritonial

Determinação do total de células brancas

> 6.000 células/µl

Proteínas

> 3 g/dl

Detector de Metais

Uso discutido

Vacas leiteiras podem dar positivo sobre a área reticular

Laparoscopia

Feita sobre o flanco direito

Método auxiliar seguro para diagnóstico

Rx da Porção Cranial do Abdome

Decúbito dorsal do animal

Método pouco prático

Rx cranio-ventral do abdome e torácico-caudal

Necessário aparelho muito potente (1000 – 1250 mA e 150 kV)

Visualização do corpo estranho

Ultrassonografia

É um método apropriado de investigação de RPT

Material fibrinoso pode aparecer como depósito ecogênico

Diminuição das contrações do retículo (pode ser observada)

Não se consegue observar o material potiagudo

Page 35: 10. afecções do sistema digestivo v

Diagnóstico Diferencial

RPT Aguda Localizada Indigestão simples Ingurgitamento por carbohidratos Obstrução intestinal aguda

Fezes reduzidas ou ausentes

Vôlvulo abomasal Disensão do abdome direito

Pericardite e pleurite aguda Febre alta persistente

Úlcera abomasal perfurada Muito difícil o diagnóstico diferencial

Metrite séptica Sinais característicos de odor fétido do trato uterino,

retenção de placenta, etc.

Pielonefrite Sangue e pus na urina

Page 36: 10. afecções do sistema digestivo v

RPT Aguda Difusa ou Generalizada

Diferenciada das doenças que causam toxemia grave, desidratação e desequilíbrio ácido-básico

Sobrecarga por carbohidratos

Obstrução intestinal aguda

Indigestão vagal avançada

Úlcera abomasal perfurada

Outras peritonites

Page 37: 10. afecções do sistema digestivo v

RPT Crônica

Indigestão vagal

Abscesso hepático

Esplenite traumática

Pneumonia crônica e pleurite

Abscessos secundários de injeções peritoniais

Page 38: 10. afecções do sistema digestivo v

Tratamento

Tratamento Conservador

Utilizado normalmente por 2 – 3 dias antes de partir para rumenotomia

Antimicrobianos de amplo espectro

Oxitetraciclina (3 – 5 mg/kg, IM, SC/ 24/24 h, 3 – 5 dias)

Magnetos no retículo

Cilindros ou ímãs em forma de barras de 7,5 cm x 1,0 - 2,5 cm (diâmetro) com pontas arredondadas

Administrados via oral

Rumenotomia

Page 39: 10. afecções do sistema digestivo v

PERICARDITE TRAUMÁTICA

Page 40: 10. afecções do sistema digestivo v

Perfuração do pericárdio por corpo estranho pontiagudo, originário do retículo, causando toxemia e insuficiência cardíaca congestiva

A incidência é maior durante os três últimos meses de gestação e ao parto

A maioria dos animais morre ou sofre pericardite crônica e nunca mais retorna ao estado de saúde normal

Page 41: 10. afecções do sistema digestivo v

Patogenia

A penetração do corpo estranho no saco pericárdico, promove a introdução de infecção bacteriana mista, causando toxemia grave e ICC

Desenvolvimento de edema grave, ingurgitação das jugulares

Normalmente ocorre morte rápida por tamponamento cardíaco (hemopericárdio)

Page 42: 10. afecções do sistema digestivo v

Achados Clínicos

Depressão, anorexia e rápida perda de peso

Diarréia ou fezes escassas

Ranger de dentes, salivação e corrimento nasal

Decúbito ou estação (com dorso arqueado e cotovelos em abdução)

Toxemia

Febre (40 – 41ºC)

Movimentos respiratórios evidentes e superficiais com freqüência aumentada (40 – 50 mov/min), acompanhados de gemidos

Comum o ingurgitamento das jugulares, com edema do peito e parede ventral do abdome

Batimentos cardíacos aumentados (100 bat/min)

Auscultação do tórax pode apresentar raspado pleural ou pericárdico, sons cardíacos abafados, borbulhar, chapinhar e tilintar

Page 43: 10. afecções do sistema digestivo v

Patologia Clínica

Leucocitose

16 – 30 x 103 cel

Neutrofilia

Eosinopenia

Page 44: 10. afecções do sistema digestivo v

Diagnóstico Diferencial

Endocardite

Processo supurativo em outro órgão

Pode não haver raspado pleural ou pericárdico

Linfomatose

Lesões em outros órgãos

Leucocitose e linfocitose

Defeitos cardíacos congênitos

Sopro e frêmito cardíaco

Ausência de toxemia

Page 45: 10. afecções do sistema digestivo v

Tratamento

Tratamento Conservador

Longo tratamento antimicrobiano

Geralmente insatisfatório

Edema generalizado de rápido aparecimento determina mau prognóstico

Drenagem do saco pericárdico

Page 46: 10. afecções do sistema digestivo v
Page 47: 10. afecções do sistema digestivo v
Page 48: 10. afecções do sistema digestivo v
Page 49: 10. afecções do sistema digestivo v
Page 50: 10. afecções do sistema digestivo v
Page 51: 10. afecções do sistema digestivo v
Page 52: 10. afecções do sistema digestivo v