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1 Artigo Ortopedista do MSF conta a rotina nas áreas de conflito do Afeganistão e do Haiti Batepapo.com Dr. José Sérgio Franco faz uma análise sobre a ortopedia brasileira e internacional 10 13

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Artigo Ortopedista do MSF conta a rotina nas áreas de conflito do Afeganistão e do Haiti

Batepapo.com Dr. José Sérgio Franco faz uma análise sobre a ortopedia brasileira e internacional

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“Devemos usar o tempo sensatamente e entender que

o momento é sempre adequado para fazer o bem”.

Começo este texto com uma frase de Nelson Mandela para

expressar minha satisfação em ter a SBOT-RJ representada

na Ação Global, um projeto do SESI e da Rede Globo que

presta serviços gratuitos à população carente.

Ainda com o objetivo de nos aproximar cada vez mais

da sociedade, lançamos a campanha “Cuida do que te

sustenta”, que alerta para os cuidados básicos com a saúde

dos ossos desde a infância até a terceira idade.

Alinhados com o pensamento de que as questões

relacionadas à defesa profissional são de grande relevância

na prática cotidiana do ortopedista, realizamos a primeira

pesquisa da Regional Rio para identificar as demandas da

nossa classe. Parte do material colhido está explanado em

um infográfico disponível nas páginas 18 e 19.

Realizamos também, no primeiro semestre deste ano, o IV

Congresso de Ortopedia e Traumatologia em parceria com

a ABMM. Foram 13 horas de intercâmbio de conhecimento

com a participação de 50 palestrantes, incluindo o Dr.

Antonio Marttos, da Universidade de Miami.

Para enriquecer a publicação com conteúdo diferenciado,

apresentamos um artigo escrito pelo Dr. João Paris Buarque de

Hollanda, que trabalhou na organização humanitária Médicos

Sem Fronteiras em duas ocasiões, em 2013, no Afeganistão,

e em 2015, no Haiti, e divide conosco essas experiências.

Boa leitura!

Marcos Giordano

Presidente SBOT-RJ

SUMÁRIOCEC SBOT-RJ 05

CET SBOT-RJ 08

BATEPAPO.COM 10

ARTIGO - MÉDICOS SEM FRONTEIRAS 13

AÇÃO GLOBAL 14

CAMPANHA - CUIDA DO QUE TE SUSTENTA 16

PESQUISA 18

PEDRA NO SAPATO 24

O QUE VI DA ORTOPEDIA 27

ARTIGO RIO 2016 30

SBOT RIO CULTURAL 33

Diretoria 2016

Presidente: Marcos Noberto Giordano

1º Vice-Presidente: José Paulo Gabbi Aramburu Filho

2º Vice Presidente: Carlos Alberto Araújo Neto

1º Secretário: Tito Henrique de Noronha Rocha

2º Secretário: Carlos Eduardo Franklin

3º Secretário: Pedro José Labronici

4º Secretário: Luis Marcelo de Azevedo Malta

1º Tesoureiro: Alexandre Bustamante Pallottino

2º Tesoureiro: Marcos Britto da Silva

3º Tesoureiro: Marcelo Erthal Moreira

4º Tesoureiro: Pedro Henrique Mendes

ExpedienteCONSELHO EDITORIAL: DR. MARCOS GIORDANO E DR. VINCENZO GIORDANO;

COORDENAÇÃO EDITORIAL: JINX° COMUNICAÇÃO;

REDAÇÃO: NATASHA DIAS; EDIÇÃO E REVISÃO: MARIANA ABRAHÃO; DIREÇÃO DE CRIAÇÃO: GUILHERME MONTEIRO;

FOTOS: WLADMIR WONG E BRUNO RODRIGUES IMPRESSÃO: WALPRINT GRÁFICA EDITORA.

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Baseado em temas específicos de cirurgia do

joelho, o Programa de Educação Continuada

(PEC) da SBOT reuniu 40 especialistas na sede da

Regional Rio no dia 11 de junho.

Coordenadas pelo Dr. Roberto Sobania, presidente

da Comissão de Educação Continuada (CEC) da

SBOT, as aulas foram ministradas pelos Drs. Marcus

Luzo (SP), presidente da Sociedade Brasileira

de Cirurgia do Joelho, Rodrigo Pires Alves Costa

(RJ), e José Paulo Gabbi (RJ), presidente da

CEC SBOT-RJ, que dissertaram sobre Artroplastia

Total do Joelho (ATJ), tratamento cirúrgico da

lesão meniscal, osteotomias para tratamento da

doença articular degenerativa do joelho, e LCA da

embriologia à reconstrução.

"Essa reunião científica tem o objetivo de aprimorar

as práticas, a qualificação dos médicos e,

consequentemente, a melhoria dos serviços que

beneficiam, em última instância, a população",

destaca o presidente da CEC, ressaltando que

o projeto leva em conta a rápida evolução da

ortopedia, fruto das pesquisas e técnicas que se

desenvolvem no mundo inteiro, que exige constante

atualização dos especialistas.

Para o presidente da CEC SBOT-RJ, a troca

de informação científica entre os participantes

é fundamental para que os especialistas

absorvam efetivamente os novos conhecimentos.

Rio sediou PEC da nacionalReunião científica primou pelo debate da evolução técnica da especialidade.

5

"

"

O projeto leva em conta a rápida evolução da ortopedia, que exige constante atualização dos especialistas.Dr. Roberto Sobania Presidente da Comissão de Educação Continuada da SBOT

"Desenvolvemos um curso priorizando o debate,

onde a opinião e as dúvidas da plateia foram

discutidas com os palestrantes. Este modelo é

muito proveitoso, pois possibilita o envolvimento

de todos na discussão e o intercâmbio efetivo

de experiências”, destaca Dr. Jose Paulo Gabbi.

O PEC Regionais, promovido pela SBOT em

diversas regiões do Brasil com a parceria da

Baumer, complementa a grade científica destinada

à educação médica continuada dos membros da

Regional Rio, que é desenvolvida pela CEC SBOT-

RJ ao longo do ano com abordagens diversas

como lesões da coluna cervical, cirurgia de pé e

tornozelo, dentre outras.

CEC

NEOGEN ARSistema de Hastes Intramedulares

Possibilita melhor técnica percutânea e melhor prevenção de desgaste de tecido.

A haste dispõe de tamanhos e geometrias espe-cialmente adaptados para melhor interação com o fêmur.

Estabilidade angular e axial alcançada com um único elemento.

A lâmina helicoidal reduz a quantidade de remo-ção óssea em comparação ao parafuso de quadril tradicional.

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Congresso SBOT-RJ e ABMM destacou evolução tecnológica.

76

Em sua quarta edição, o evento científico da

Academia Brasileira de Medicina Militar (ABMM)

em conjunto com a SBOT-RJ propôs uma

abordagem diferente para o tratamento do trauma.

Além de debaterem técnicas e abordagens

tradicionais, 145 especialistas receberam o Dr.

Antonio Marttos, referência em Telemedicina no

Ryder Trauma Center, em Miami (Flórida-EUA),

que discorreu sobre o tema "Atendimento às

emergências em grandes eventos esportivos: o

papel das entidades civis e militares", conteúdo

de extrema relevância no ano em que a cidade do

Rio sedia os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

O evento aconteceu no Hospital Central do

Exército (HCE), em junho desse ano, e abordou

temas relevantes como lesão de tendão do

calcâneo, perda óssea por PAF de grande energia,

luxação acromioclavicular, lesão multiligamentar

do joelho, fratura do escafoide e revisão de ATQ

com defeito acetabular. Cinquenta palestrantes

foram responsáveis por 13 horas consecutivas

de atividades científicas com a participação de

representantes de diversos hospitais militares e

órgãos de saúde, além de profissionais de várias

instituições civis.

Com o apoio da Diretoria de Saúde do Exército,

da Marinha e da Aeronáutica; e das Diretorias

de Saúde da Polícia Militar, do Corpo de

Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro

e de 12 empresas parceiras, a coordenação

do evento empenhou-se no aperfeiçoamento

técnico-científico da especialidade por meio de

experiências integradas de profissionais das

unidades de saúde civis e militares.

"

TELEMEDICINA EM AÇÃO

"

"

"

A realização deste evento vai muito além de somente atender a família militar. O nosso papel é também social, pois temos em nossos hospitais a responsabilidade de formar muitos especialistas para depois entregá-los à sociedade civil. É uma oportunidade para que possamos interagir e nos capacitar cada vez mais.

"

A ABMM tem a missão de incentivar o estudo e a pesquisa das ciências médicas em seus múltiplos aspectos e cooperar com as Autoridades Militares e os Poderes Públicos como órgão técnico de Medicina em tudo que estiver relacionado com a profissão e o interesse público. Por isso, a importância de realizar eventos como este. É nosso dever promover a busca pelo conhecimento e atualização.

Contra-Almirante (RM1-Md) Manoel de Almeida Moreira Filho Presidente da ABMM. "

Capitão Med. Aer. Marcos Noberto GiordanoPresidente da SBOT-RJ.

Eu não consigo enxergar um grande hospital no porte do HCE sem uma programação de ensino acoplada à atividade assistencial. A realização deste congresso reforça o que praticamos no dia a dia, fomenta o trabalho técnico e estimula o profissional a se aperfeiçoar. A atividade médica é uma profissão que exige estudo diário.

General de Brigada Med. Alexandre Falcão Corrêa Diretor do HCE

Mesa de abertura do Congresso.

Dr. Marcos Giordano (centro) rodeado pelo corpo de saúde da HFAG.

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CET

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O empenho da Comissão de Ensino e Treinamento

(CET) da SBOT-RJ em aprimorar a cada ano a

grade científica destinada aos residentes tem

garantido quórum expressivo em suas atividades.

Nos quatro primeiros módulos do ano do

OrtoCurso (trauma; joelho; ombro e cotovelo;

mão e punho), curso preparatório para o TEOT,

foram registradas 600 inscrições, uma média de

150 residentes por edição, com um total de 64

instrutores - especialistas de diversos serviços de

ortopedia e traumatologia de distintos hospitais e

unidades de saúde do Brasil.

Além de residentes do Rio, a CET tem registrado a

presença de médicos de outros estados que vêm

em busca de treinamento qualificado para o exame,

como é o caso Dr. Halyston Pinho, residente do

terceiro ano do Hospital Nossa Senhora do Pari,

em São Paulo: “Sempre escutei falar muito bem

do OrtoCurso, e estou procurando me preparar

melhor para o exame da especialidade. Por isso

tenho acompanhado todos os módulos e pretendo

não perder nenhum”, enfatizou o R3.

Voltado para médicos residentes e preceptores do

Estado, a SBOT-RJ está promovendo, desde maio,

o Curso Prático de Introdução à Pesquisa Clínica.

A iniciativa é uma parceria com o Instituto Brasil de

Tecnologia da Saúde (IBTS) e conta com o apoio

da TH Chan Harvard School of Public Health.

Para incentivar a pesquisa e o aprimoramento, a

coordenação premiará o aluno que tiver o melhor

desempenho durante as aulas com uma bolsa de

50% do valor do curso à distância Principles and

Practice in Clinical Research de Harvard School of

Public Health, previsto para 2017.

“Identificamos que a ortopedia do Rio de Janeiro

possui muitas mentes brilhantes. Entretanto, um

dos maiores obstáculos é a orientação de como

fazer as ideias se transformarem em estudos

com qualidade suficiente para serem aceitos em

publicações ou apresentações em congressos.

Por isso, organizamos um curso com o passo a

passo de uma boa pesquisa clínica”, explica o Dr.

Leonardo Metsavaht, presidente do IBTS.

As aulas contam com a participação dos Drs. João

Matheus Guimarães (INTO), João Maurício Barretto

(INTO), Leonardo Metsavaht (IBTS), Liszt Palmeira

de Oliveira (IBTS/UERJ), Marcos Giordano (HFAG)

e Ronir Raggio (UFRJ).

CURSO DE PESQUISA CLÍNICA TEOT EM FOCOParceria entre SBOT-RJ e IBTS oferece novas oportunidades. CET SBOT-RJ aprimora

programa científico e garante alta frequência dos residentes.

É RESIDENTE? ACOMPANHE TODA A PROGRAMAÇÃO DA SBOT-RJ EM NOSSO BLOG:ORTOBLOGRIO.BLOGSPOT.COM.BR

Apresentar os conceitos básicos de metodologia

científica em pesquisa clínica moderna, desenvolver

um senso crítico mais aguçado e instruir para que

estudos possam se desdobrar em apresentações

e publicações relevantes para a ciência e para a

sociedade são apenas alguns dos objetivos do curso.

“Existem algumas coisas que são indissociáveis

à prática médica. Uma delas é a produção de

conhecimento através de pesquisas, e essa é uma

grande deficiência nas faculdades de medicina do

Brasil. Entendendo isso, idealizamos este curso

com um corpo docente de primeira linha para fazer

com que o Rio de Janeiro volte a produzir ciência e

se destaque no cenário nacional”, considera o Dr.

Marcos Giordano, presidente da SBOT-RJ.

"

"

Existem algumas coisas que são indissociáveis à prática médica. Uma delas é a produção de conhecimento através de pesquisas.

Dr. Marcos GiordanoPresidente da SBOT-RJ

""

A CET da Regional Rio tem hoje um grupo muito coeso, inclusivo e com ideias plurais.Dr. Rodrigo RodartePresidente da CET SBOT-RJ

“Buscamos oferecer aos residentes um programa

científico que contemple todos os temas

abordados no exame de obtenção do TEOT. A

CET da Regional Rio tem hoje um grupo muito

coeso, inclusivo e com ideias plurais. Oferecemos

também aulas com especialistas de outros

estados brasileiros para que o intercâmbio de

conhecimento seja ainda maior”, garante Dr.

Rodrigo Rodarte, presidente da CET SBOT-RJ.

Residentes no primeiro módulo do OrtoCurso 2016.

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Dr. José Sérgio Francobatepapo.com

"

"Presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da SBOT e da Sociedade Latino Americana de Ortopedia

e Traumatologia (SLAOT), Dr. José Sérgio Franco é também representante do Brasil na Société Internationale

de Chirurgie Orthopédique et de Traumatologie (SICOT), da American Academy of Orthopaedic Surgeons e

da American Trauma Society. Neste bate-papo informal, o especialista que há décadas fomenta a educação

médica em diversos países, faz uma análise sobre a ortopedia no Brasil e avalia o intercâmbio de conhecimento

possível pela internet.

1. Como o senhor analisa a ortopedia brasileira hoje?

A ortopedia brasileira segue o nível da especialidade em países desenvolvidos. Em 1990, por exemplo, nós

realizamos um congresso da SBOT em Miami, junto com a American Association of Orthopaedic Surgeons (AAOS),

onde mais de 100 brasileiros apresentaram seus trabalhos. Em 2014, realizamos o Congresso Mundial de Ortopedia

da Société Internationale de Chirurgie Orthopédique et de Traumatologie (SICOT), no Rio de Janeiro. Esse foi o

maior congresso da SBOT e da SICOT, com 6 mil inscritos. Os especialistas puderam discutir o que era feito no

Brasil e o que era feito no exterior, e pudemos perceber que estamos em

igualdade de conhecimento com os grandes centros internacionais.

2. Como está a SBOT, se comparada às sociedades de outros países?

Na América Latina, a SBOT é muito forte e está na liderança. Como presidente

da Sociedade Latino Americana de Ortopedia e Traumatologia (SLAOT), no

biênio 2013 - 2014, levamos conhecimento para os países mais necessitados.

Fizemos cursos, jornadas e congressos com o objetivo de melhorar a ortopedia

nesses locais. O que tem ajudado bastante em relação ao desenvolvimento

da ortopedia em outros países são os cursos da American Association of

Orthopaedic Surgeons (AAOS), que promovem o trauma em todos os países

latino-americanos.

3. Qual é o papel da Comissão de Assuntos Internacionais?

A função desta comissão é fazer uma maior integração da SBOT com outros

países. A Sociedade Brasileira de Ortopedia é a mais organizada da América

Latina. Um exemplo disto é o exame para obtenção do Título de Especialista

em Ortopedia e Traumatologia (TEOT), reconhecido na América Latina e em

países da Europa como um modelo a ser seguido.

José Sérgio FrancoPresidente da Comissão de Assuntos Internacionais da SBOT

ENTR

EVIS

TA

10

Veja esta entrevista em vídeo na edição on-line do BORJ.www.sbotrj.com.br

4. A qualidade do exame de obtenção do TEOT da SBOT faz o Brasil se destacar?

Representantes das sociedades de outros países vêm ao Brasil assistir e aprender como o nosso concurso

funciona. Consequentemente, essa exigência muito grande no exame obriga o médico residente a estudar e

se preparar para ser um bom profissional, além de fazer com que o serviço onde o residente é treinado seja de

excelente nível. Temos centenas de serviços credenciados e titulamos cerca de 600 médicos com preparação

e conhecimento para tratar melhor os nossos pacientes.

5. O que a Comissão de Assuntos Internacionais agrega para a SBOT?

Para mim, como presidente, é uma continuação do que eu já estava desenvolvendo quando era presidente da

Sociedade Ortopédica dos Países de Língua Portuguesa (SOLP), no biênio 2010 - 2011. Neste período, levamos

cursos para países da África como Moçambique, Angola e Cabo Verde. É importante lembrar o seguinte: os

Estados Unidos querem influenciar o mundo inteiro, não só no poder, mas também no conhecimento e âmbito

científica, e o Brasil precisa pensar mais nessa direção. Nós temos que influenciar cientificamente os países

vizinhos, pois isso traz benefícios. Os grandes talentos não querem morar nos Estados Unidos? Então, a gente

tem que mudar isso. Temos que fazer com que os grandes talentos queiram vir também para o Brasil, para

aprender, levar conhecimento e eventualmente queiram ficar aqui. Nós estamos perdendo muitos talentos hoje

para o exterior. O grande objetivo é o intercâmbio: levar e trazer conhecimento, e mostrar que a ortopedia

brasileira é muito boa.

6. E qual é a importância desse intercâmbio de conhecimento?

A medicina saiu dos livros para a internet. A transmissão da informação é muito veloz, mas a maioria não tem

valor científico. Atualmente, temos a oportunidade de obter informações mais seguras, que realmente tenham

valor científico e que tenham a finalidade de atender bem o paciente. Esse intercâmbio significa, no fundo,

contatos. Hoje, por exemplo, se eu tenho um caso complicado, envio para um grupo de amigos de várias partes

do mundo e em poucas horas consigo capitar informações pertinentes ao que preciso.

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Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que oferece cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias, como conflitos armados, epidemias, desastres naturais, desnutrição e exclusão do acesso a cuidados de saúde. A Ortopedia atua basicamente nas áreas de conflito, sendo que os locais de atuação variam de acordo com o desenrolar dos conflitos em cada região.

Tive a oportunidade de trabalhar com o Médicos Sem Fronteiras em duas ocasiões, primeiro em 2013, em Kunduz, no Afeganistão, e posteriormente em 2015, no Haiti. O hospital de Kunduz teve que ser fechado depois que foi destruído num bombardeio efetuado por forças militares dos Estados Unidos em 2015, e o projeto no Haiti continua funcionando.

O hospital no Haiti está localizado em Tabarre, bairro da capital Porto Príncipe. Os principais motivos de entrada são os acidentes de trânsito e vítimas de violência. Boa parte de Porto Príncipe está dominada por milícias, e a disputa entre elas leva a um grande número de feridos por armas de fogo. As armas de fogo mais frequentemente utilizadas no Haiti são armas de baixa velocidade, ao contrário do que era visto no hospital de Kunduz, onde a utilização de arsenal de guerra era muito mais frequente.

Ortopedia e Traumatologia na organização Médicos Sem Fronteiras

Crédito: João Paris Buarque de Hollanda

Tanto o hospital como a residência em que fiquei hospedado em Porto Príncipe eram localizados em áreas sob maior controle do governo, de forma que os riscos relacionados à violência eram relativamente baixos. Fora do horário de trabalho, tínhamos liberdade para frequentar determinadas praias ou restaurantes. A residência era bastante confortável, com quartos individuais e fácil acesso à internet.

Como em muitos dos projetos de Médicos Sem Fronteiras em cerca de 70 países, o hospital no Haiti tinha a maior parte dos funcionários formada por profissionais locais, inclusive médicos.

Entre os estrangeiros, éramos três ortopedistas, um anestesista e um clínico geral, além de profissionais envolvidos com a parte administrativa. O trabalho era dividido entre centro cirúrgico, sala de emergência, enfermaria e ambulatório, sempre em conjunto com médicos locais. O centro cirúrgico era bem equipado, com três salas cirúrgicas (uma com intensificador de imagens), material para osteossíntese interna e externa. O hospital apresentava condições de higiene e esterilização bastante adequados.

O trabalho com profissionais haitianos exigia muito jogo de cintura. Em todos os projetos de MSF é preciso saber se adaptar às diferenças de costumes entre países, e esse era um desafio também no Haiti.

João Paris Buarque de Hollanda é médico ortopedista

na cidade de São Paulo.

Dr. João Paris Buarque de Hollanda trabalhou com o MSF no Afeganistão e no Haiti.

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Uma equipe de especialistas da Regional Rio

integrou o mutirão de profissionais de um dos

principais eventos em prol da cidadania em todo o

país, realizado pela Rede Globo em parceria com

o Sesi - Serviço Social da Indústria.

A 23ª edição da Ação Global foi realizada em maio,

na Vila Olímpica Mané Garrincha, no Caju, Zona

Portuária do Rio, bairro que tem um complexo de

13 favelas e uma população de mais de 20 mil

pessoas. A participação da SBOT-RJ garantiu o

atendimento a 206 crianças, por meio de exame

clínico prestado por oito ortopedistas, coordenados

pelos Drs. Marcos Britto e Carlos Alberto Araujo.

PARCERIA INÉDITA PROMOVEU MAIS DE 200 ATENDIMENTOS GRATUITOS.

"Fizemos avaliações de crianças e buscamos

identificar problemas ortopédicos como pé plano

e escoliose. Aproveitamos a oportunidade para

passar dicas de cuidados com os ossos que

devem começar na infância e que fazem toda a

diferença quando o indivíduo chega à fase adulta”,

explica Dr. Marcos Britto, presidente da Comissão

de Comunicação e Marketing (CCM) da SBOT-RJ.

Para os pacientes, foi uma oportunidade importante

para o diagnóstico de possíveis problemas

ortopédicos de algumas crianças. "A gente quase

não tem acesso a consultas médicas. É tudo

muito difícil em relação à saúde, pois os hospitais

estão sempre cheios. Fiquei feliz em saber que os

ortopedistas atenderiam o público infantil”, contou

Joana Oliveira, 30 anos, moradora do Caju desde

2008. "O ortopedista me passou várias dicas para

a saúde do meu filho e ainda olhou a coluna e as

perninhas dele. Fiquei aliviada quando ele disse

que estava tudo bem”, completou.

AÇÃO

GLO

BAL

"

"

A maioria das pessoas que atendemos nunca tiveram acesso a um ortopedista.

Dr. Carlos Alberto AraújoPresidente SBOT-RJ 2018

A iniciativa contou com a participação dos Drs.

Eduardo Godoy, Cleiton Naves, Vinícius Magno,

Lucas Rocha Cavalcanti, Felipe Moura, Antônio

Eulálio, Luiz Eduardo e Erik Franken.

A Ação Global ofereceu também serviços de

emissão de documentos, informações sobre

qualidade de vida, prática de atividade física e

entretenimento para todos os presentes. Mais de

30 mil pessoas passaram pelo local durante as oito

horas de duração do evento.

“É extremamente importante que a nossa SBOT-RJ

participe de iniciativas como essa. A maioria das

pessoas que atendemos nunca tiveram acesso a

um ortopedista. Observamos uma carência muito

grande nessa área, por isso a intenção é manter

essa parceria com a Ação Global e buscar outros

projetos com os quais possamos contribuir”,

declarou Dr. Carlos Alberto Araujo, presidente

eleito para presidir a SBOT-RJ em 2018.

Ortopedistas da Regional Rio em contato com a população.

SBOT-RJ NA ACAO GLOBAL

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16 17

CAM

PAN

HA

16

A SBOT-RJ lançou, durante a participação na

Ação Global, a campanha “Cuida do que te

sustenta”. A iniciativa alerta a população sobre

os cuidados que devem ser tomados com a

saúde dos ossos desde a infância até a terceira

idade, e destaca a importância da escolha, para

consultas e qualquer tipo de tratamento, de

ortopedistas chancelados pela SBOT.

"Quem não garantiu, com uma série de medidas,

uma boa formação da massa óssea desde a

infância, passando pela adolescência e chegando

à fase adulta, vai correr mais risco de ter problemas

ósseos ao envelhecer. Por isso é importante

que a nossa Sociedade faça campanhas que

alertem a população sobre o necessário cuidado

com a saúde”, aponta Dr. Marcos Giordano,

presidente da SBOT-RJ e idealizador da iniciativa.

CUIDA DO QUE TE SUSTENTAIniciativa da Regional Rio destaca a importância dos cuidados ósseos.

Durante a Ação Global foram distribuídos 2 mil

panfletos com dicas simples que as pessoas

devem adotar no dia a dia para manter os ossos

saudáveis. Essas dicas também foram expostas

à população por meio de vídeo animado, feito

exclusivamente para a ocasião, exibido em uma

televisão no stand da SBOT-RJ.

"Nossa vida é tão agitada que acabamos

esquecendo de cuidar de um bem tão precioso

que são os nossos ossos. Recebi muitas dicas

importantes dos ortopedistas", assegura a dona

de casa Maria Fernanda Magalhães que pôde

também durante a ação submeter seu filho, Cauã,

de três anos, à consulta ortopédica.

A campanha "Cuida do que te sustenta" está

sendo amplamente divulgada nos meios digitais

de comunicação da SBOT-RJ (site, Facebook e

YouTube) com conteúdo textual e vídeos com dicas

de ortopedistas para a população.

"

"

Nossa vida é tão agitada que acabamos esquecendo de cuidar de um bem tão precioso que são os nossos ossos.Maria Fernanda Magalhães Dona de casa

Dr. Vinícius Magno orienta uma mãe sobre cuidados com saúde dos ossos.

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18 1919

Membro da SBOT há:

Menos de 1 ano 4.72% 5Entre 1 e 3 anos 7.55% 8Entre 3 e 5 anos 4.72% 5Entre 5 e 10 anos 19.81% 21Entre 10 e 15 anos 17.92% 19Entre 15 e 20 anos 19.81% 21Mais de 20 anos 25.47% 27

Comitês de subespecialidade que participa: Nenhum 49.54% 54De 1 27.52% 30De 2 13.76% 15De 3 4.59% 5De mais de 3 4.59% 5

PESQ

UISA

PESQ

UISA

A SBOT-RJ, por determinação de sua atual

diretoria, organizou no período entre março e abril

deste ano uma pesquisa para conhecer melhor os

ortopedistas do Rio de Janeiro. A partir dos dados

colhidos obtivemos informações importantes: a

maioria dos membros da nossa regional tem mais

de 15 anos de SBOT.

Dividimos nosso tempo de trabalho entre serviços

públicos e privados, cerca de 50% para cada

atividade. Em relação ao primeiro, somos críticos

severos, pois estamos trabalhando em péssimas

condições, com salários baixos e até, no caso da

Secretaria Estadual de Saúde, incerto. Também

não estamos satisfeitos com a relação que temos

com os planos de saúde, que apresentam inúmeros

entraves na prática da boa medicina, remuneram

mal e não sentam à mesa para negociar.

Diante dos resultados da pesquisa, nossa regional

se propôs a aprimorar seus esforços e buscar

avanços importantes na educação continuada e

na defesa profissional. Dentre as ações, faremos

a listagem de códigos de procedimentos a serem

utilizados nas solicitações de procedimentos mais

realizados nas cirurgias da coluna vertebral e das

grandes articulações como, por exemplo, a cirurgia

de ombro, no qual são autorizados de 3 a 4 códigos

para o tratamento das lesões. Realizaremos, ainda,

um Fórum de Defesa Profissional promovido pela

Regional Rio em parceria com outras entidades

como CREMERJ e planos de saúde.

Dr. Alberto DaflonPresidente da Comissão de Defesa Profissional (CDP) da SBOT-RJ

REGIONAL RIO EM NÚMEROSPesquisa on-line realizada entre os meses de março e abril de 2016 com membros titulares mapeou as demandas da especialidade.

Tempo que se formou:

Principal área de atuação:

PERFIL DOS MÉDICOS DA SBOT-RJ

18

Por Dr. Alberto Daflon

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20 2121

Onde pratica a medicina:

Somente no setor público 5.71% 6Somente no setor privado 11.43% 12Ambos, mais tempo no público 26.67% 28Ambos, mais tempo no privado 31.43% 33Mesmo tempo em ambos 24.76% 26

Planos de saúde:

Não trabalha no setor privado 5.45% 6Não atende planos de saúde 17.27% 19Atende apenas 1 plano de saúde 6.36% 7Atende de 2 a 5 planos de saúde 21.82% 24Atende de 6 a 10 planos de saúde 27.27% 30Atende mais de 10 planos de saúde 21.82% 24

ATUALIZAÇÃO

Educação continuada oferecida pela Regional Rio:

Participação nos cursos avançados nos últimos dois anos:

Quatro ou mais 23.00% 23Três 10.00% 10Dois 14.00% 14Um 16.00% 16Nenhum 37.00% 37

Avaliação dos cursos frequentados:

DEFESA PROFISSIONAL

Atuação da SBOT-RJ em relação a defesa profissional:

Excelente 5.43% 5Boa 20.65% 19Mediana 48.91% 45Ruim 16.30% 15Sofrível 8.70% 8

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22 23

PESQ

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PESQ

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21 2178-2117Avenida Evandro Lins e Silva, 840 – 305. Barra da Tijuca.

É dever da SBOT-RJ se envolver diretamente nas eleições para cargos eletivos, apoiando algum ortopedista?

É necessária a criação de um fórum permanente de defesa profissional para discussão sobre assuntos relacionados ao tema com a participação de vários setores da sociedade civil?

Para se manter sempre informado, siga a página da sociedade no Facebook, acompanhe o nosso blog oficial e leia o conteúdo completo do que acontece em nosso site.

ACOMPANHE A SBOT-RJ NA WEB

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24 25

VAMOS DISCUTIR O

Por: Dr. Alberto DaflonStand by?

24

Atualmente, temos um tipo de relação conturbada

com a rede hospitalar que trabalha com

planos e seguradoras de saúde: assumimos a

reponsabilidade de atender emergências em troca

de receber honorários — a maioria por repasse

— da unidade onde ocorreu o procedimento. Não

raro, a espera é longa e com CH estabelecido pelo

hospital junto ao plano de saúde, que desvalorizam

nossos serviços para terem lucro.

Vale ressaltar, ainda, que somos obrigados a emitir

Nota Fiscal como Pessoa Jurídica para receber

o que restou dos nossos honorários após os

descontos dos impostos (o primeiro no recebimento

do hospital e o segundo na emissão da NF).

Pesquisei em vários hospitais sobre a importância

deste repasse e observei que em todos, sem

exceção, esta prática causa grande desconforto,

pois mesmo quando as Notas Fiscais são cobradas,

as casas de saúde não se livram de processos

trabalhistas, perdem as causas na justiça e são

obrigadas a pagar férias, décimo terceiro e as

horas do referido "stand by".

Com foco neste modelo de trabalho, a Comissão de

Defesa Profissional (CDP) da SBOT-RJ sugere que

haja uma luta contra os honorários defasados que

atualmente recebemos e que não seja aceito “ficar

preparado”, “estar pronto”, “ficar alerta”, conforme a

tradução do termo em questão sugere. Precisamos

nos manter firmes em relação à cobrança direta ao

plano de saúde sem a intermediação do hospital,

ou mesmo que o hospital crie um tipo de contrato

baseado na tabela TUSS plena e nos remunere

também pelas horas em que ficamos de “stand by”.

Para fechar esta ideia e realmente tentar receber o

abraço que a CDP tanto precisa, informo que nos

últimos nove anos, o CH sofreu desvalorização de

308% em Real e 351% em Dólar.

Colegas, abracem a CDP.

Dr. Alberto Daflon é presidente da Comissão de Defesa Profissional (CDP) da SBOT-RJ

Fui ao dicionário de tradução e fiquei

espantado com os vários significados

desta expressão.

Por exemplo:

1) Ficar de braços cruzados; ficar parado;

não fazer nada.

2) Estar preparado; estar pronto; ficar alerta.

3) Apoiar; ficar ao lado de; não abandonar.

4) Manter-se ao lado de alguém.

5) Cumprir; respeitar.

6) Manter-se firme em relação a.

PEDR

A N

O SA

PATO

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26 27

NA VANGUARDA DA ORTOPEDIA BRASILEIRAProjeto destacou a história do serviço de ortopedia mais antigo da América Latina.

Palco de grandes acontecimentos científicos, o Hospital

Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), vinculado

à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi

escolhido para sediar a primeira edição de 2016 do projeto

“O que vi da ortopedia”. O evento contou com a presença

de 19 especialista que apresentaram à plateia um pouco

da história do serviço mais antigo da América Latina.

“É com grande satisfação que a diretoria reverencia um

dos hospitais mais importantes do Brasil, que acolheu e

formou especialistas que são referência na área”, afirma

o presidente da Regional Rio, Dr. Marcos Giordano. O

médico salienta ainda a relevância de eventos como esse:

“É importante dar voz a pessoas que contribuíram para

a construção da especialidade, e aprender mais sobre a

história da ortopedia. É uma troca de experiências muito

boa e proveitosa”.

Dentre os médicos convidados para reavivar as histórias

do hospital estavam os Drs. Antônio Vitor de Abreu, Paulo

Couto, Isaac Rotbande, Luiz Osório, José Sérgio Franco,

Paolo Chimisso, Cesar Fontenelle, João Barbosa Orlandini,

Claudio Pedras, Jorge Veríssimo, Zartur Menegassi,

Roberto Medonho, Anderson da Costa, Claude Chambriard,

Luiz Claudio Villela e Marcos Musafir. Os mediadores do

encontro foram os Drs. Carlos Giesta e Karlos Mesquita.

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histó

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do.

Dr. Cesar Fontenelle, de jaleco, recebe placa de

agradecimento das mãos do Dr. Marcos Giordano.

O QU

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DA

ORTO

PEDI

A

27

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28 29

“É importante passar para os mais novos como tudo

começou. Foram muitas dificuldades para chegarmos

até aqui e evoluímos muito. Hoje, temos recursos que não

contávamos antes e muitas técnicas foram aprimoradas

com o passar dos anos. Conseguimos tudo isso com muita

luta, persistência e dedicação”, falou Dr. Carlos Giesta.

Um dos expoentes da ortopedia citados na ocasião foi

o professor Nova Monteiro, que dedicou anos da sua

carreira ao hospital. O exemplo de profissionalismo e

comprometimento com a especialidade perduram até hoje

no serviço. “O que mais me marcou durante os anos que

atuei no HUCFF foi, sem dúvida, a formação que recebi

do professor Nova Monteiro, que sempre exigiu muita

disciplina e dedicação, pois ele era o exemplo vivo disso”,

contou o Dr. Paulo Couto.

O atual cenário de descaso dos governantes com o hospital

universitário também foi comentado durante o bate-papo.

“A Escola de Medicina foi criada quando a Família Real

chegou ao Rio de Janeiro, em 1808.

É fundamental que esta nova geração conheça a história

da nossa escola e do HUCFF e saiba da importância

destas unidades para a saúde brasileira. Infelizmente, por

parte dos governantes, este reconhecimento não é dado.

Por isso, é fundamental que neste momento nós reflitamos

e não paremos de nos indignar com o que está sendo feito

com a saúde pública. Não podemos nos acomodar”, frisou

o diretor da Escola de Medicina da UFRJ, Dr. Roberto de

Andrade Medronho.

O ex-secretário de saúde do estado do Rio de Janeiro e

ex-presidente da SBOT e da SBOT-RJ, Dr. Marcos Musafir,

também comentou o assunto: “Acompanhei o desgaste

do Fundão (apelido dado ao Hospital), mas temos que

tentar olhar para frente e lutar. Que este dia seja histórico

para lembrarmos como tudo começou e que as histórias

contadas sirvam de exemplo. Precisamos resgatar o

hospital referência que sempre tivemos. Sigamos o

exemplo de dedicação do professor Nova Monteiro, que

tanto ensinou e contribuiu com este serviço”, finalizou.

"

"

É importante passar para os mais novos como tudo começou. Foram muitas dificuldades para chegarmos até aqui e evoluímos muito.Dr. Carlos Giesta Membro Titular da Academia Nacional de Medicina (ANM)

"

"

É fundamental que neste momento nós reflitamos e não paremos de nos indignar com o que está sendo feito com a saúde pública.

Dr. Roberto de Andrade Medronho Diretor da Escola de Medicina da UFRJ

Participantes da primeira edição do "O que vi da ortopedia" de 2016.

O QU

E VI

DA

ORTO

PEDI

A

28

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30 31

A luxação acromioclavicular (LAC) é uma das mais

frequentes lesões traumáticas que afetam o ombro,

sendo responsável por 12% das luxações da cintura

escapular. Acomete mais jovens, entre a segunda e

a quarta década, com predominância em homens,

provavelmente pela maior exposição a traumas de alta

energia. O mecanismo de trauma mais comum desta

lesão é a queda com força direta na região posterolateral

do ombro com o membro superior em adução.

São classificadas em seis tipos, de acordo com

Rockwood, dependendo da magnitude do trauma. No

tipo I existe distensão ligamentar acromioclavicular,

estando os coracoclaviculares íntegros, portanto,

sem desvio da articulação. As do tipo II evoluem com

ruptura dos ligamentos acromioclaviculares e distensão

dos coracoclaviculares, podendo acontecer desvios

mínimos da articulação em até 25% (que são medidos

pela distância coracoclavicular em comparação com

a contralateral). Assim como o tipo I, são tratadas de

forma conservadora. Ao passo que nas do tipo IV, V e VI,

a indicação é cirúrgica devido a total ruptura ligamentar

e ao grau de instabilidade inerente a essas lesões.

O tipo IV é caracterizado por ter desvio posterior,

o tipo V desvio entre 100 e 300% e o tipo VI com

componente inferior. Lesões do tipo III (desvio entre

25 e 100%) ainda possuem abordagem controversa

uma vez que a literatura mostra bons resultados

tanto com o tratamento cirúrgico quanto com o

conservador, sendo a melhor opção estudada caso

a caso. Embora existam trabalhos que referem

função normal em articulações cuja luxação não foi

reduzida, a presença de uma lesão inveterada pode,

com o tempo, provocar importantes perturbações na

estabilização dinâmica, na força muscular do ombro

e no mecanismo de deslizamento subacromial.

Foram desenvolvidas várias técnicas visando

o tratamento cirúrgico da LAC. Entre elas

encontram-se as para reparo acromioclavicular,

reparo coracoclavicular, reparo combinado, fusão

coracoclavicular e transferência muscular dinâmica

utilizando a ponta do processo coracoide e o tendão

conjunto. A transferência do ligamento coracoacromial,

popularizado por Weaver e Dunn, é o procedimento

mais conhecido para o tratamento da LAC crônica.

Atualmente, os procedimentos de estabilização

mais utilizados são os coracoclaviculares, podendo

ser por cirurgia aberta, artroscópica ou por técnica

minimamente invasiva, com ou sem enxerto de tendão.

LUXAÇÃOACROMIOCLAVICULAR AGUDA Por Dr. Cristiano Nabuco Dantas

ARTI

GO R

IO 2

016

Entre setembro de 2011 e fevereiro de 2014 foram

operados 24 pacientes com LAC aguda no Hospital

Universitário Pedro Ernesto (HUPE) utilizando

técnica minimamente invasiva desenvolvida por

nós (apresentada em 2012 no Congresso Brasileiro

de Cirurgia do Ombro), sendo 13 à direita e 11 à

esquerda. Destes, dois sofreram queda de moto, 15

lesões durante prática esportiva (quatro durante

prática de Jiu-jitsu, um futebol, dois esqui, oito queda

de bicicleta) e sete queda da própria altura. A média

de idade foi de 42,3 anos (entre 19 e 73), sendo 21

homens e três mulheres.

Devido à sua importância biomecânica para o

mecanismo suspensório do ombro, juntamente

com a articulação esternoclavicular e as estruturas

musculoligamentares adjacentes, é notável o esforço

dos cirurgiões ortopédicos para reestabelecer a

congruência articular da mesma, admitindo cada vez

menos o tratamento conservador para LAC. Sabe-

se que a disfunção da articulação acromioclavicular

(AAC) pode causar, entre outras complicações, fadiga

muscular precoce, discinesia escapulotorácica,

diminuição de força e síndrome do impacto.

Apesar disso, o tratamento dessas lesões ainda

permanece controverso, em especial nas lesões

do tipo III (desvio entre 25 e 100%). Embora vários

autores publiquem resultados positivos com o

tratamento conservador das lesões do tipo III,

outros discordam mostrando falência desse tipo de

abordagem com complicações como fadiga muscular

precoce, insatisfação cosmética, dor durante a prática

esportiva, entre outras.

A técnica citada anteriormente é minimamente

invasiva, com redução da AAC e fixação da clavícula

ao processo coracoide através do dispositivo chamado

“tight rope”, seguida pelo fechamento muscular com

sutura inabsorvível, especialmente no tipo V.

Dr. Cristiano Nabuco Dantasfaz parte do Grupo de Cirurgia de Ombro e Cotovelo do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ)

30 31

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32 33

SBOT-RJ TAMBÉM NO

YouTubeAtenta às mudanças e às novas tecnologias, a Regional Rio está com mais uma

plataforma para divulgação de conteúdos relevantes referentes à ortopedia do

Estado: um canal no YouTube. Hoje, 64% do tráfego da internet é de pessoas

assistindo a vídeos.

No novo espaço, os membros da Regional Rio podem assistir aos vídeos do Fala

Presidente, do “O que vi da Ortopedia” e das campanhas. O ambiente também

servirá para a população, que encontrará no canal dicas dos especialistas

da SBOT-RJ com hábitos simples do dia-a-dia que tornam a vida mais

saudável e previnem doenças. A plataforma já conta com mais de 30 vídeos.

DinamismoOs vídeos são rápidos, mas não deixam de apresentar o máximo de informação.

Com mensagens simples e intensas, a comunicação fica mais fácil.

Conteúdo direcionadoA organização do canal permite que a pesquisa por um vídeo específico seja

mais fácil. Cada vídeo é colocado em uma categoria diferente.

De qualquer plataformaO canal no YouTube pode ser visualizado no smartphone, tablet ou computador,

em qualquer lugar que você estiver, basta estar conectado à internet.

Canal já conta com mais de 30 vídeos para os membros e para a população.

Inscreva-se no canal:www.youtube.com/TheSBOTRJ

O modernismo europeu é do século XIX, já o

modernismo brasileiro é do século XX. Moda é o

que está acontecendo agora, moderno vem dessa

ideia. Em 1922, quando ocorreu a Semana de Arte

Moderna em São Paulo, Oswald de Andrade era um

homem de trinta e dois anos. Vira, em suas primeiras

décadas de vida, muita coisa: a mudança do século,

o surgimento do bonde elétrico, do cinema, do rádio

e da propaganda.

De família abastada, formou-se em direito, mas

nunca exerceu a advocacia. Mesmo enquanto

estudante universitário, se dedicou à escrita como

crítico de teatro, articulista, ensaísta, poeta e agitador

cultural. Foi o primeiro intelectual brasileiro a viver

como homem moderno. Sua vida está intensamente

relacionada ao modernismo, seja pelos vários

casamentos ou pela produção intelectual como poeta,

romancista, teatrólogo ou crítico de artes plásticas.

Em 1910, Oswald estava em um banco às margens da

Baía de Guanabara quando testemunhou a Revolta

da Chibata, movimento liderado pelo Marinheiro de

1ª Classe João Cândido, que, de imediato, ganhou

sua simpatia. Esta seria apenas a primeira vez que

apoiaria movimentos de cunho libertário. Antes de

viajar para a Europa, em 1912, apoiou a campanha

civilista de Rui Barbosa. No continente europeu,

Por Dr. Alberto Daflon

visitou Itália, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, França e

Espanha. De lá trouxe a estudante francesa Kamiá,

com quem teve um filho em 1914, o Nonê (José

Oswald Antônio de Andrade).

Teatrólogo, dramaturgo, jornalista, poeta e escritor,

conviveu desde antes de 1922 com artistas como

o poeta Olavo Bilac e o pintor Lasar Segall. Tornou-

se membro da Sociedade Brasileira dos Homens de

Letras, fundada em São Paulo, e teve um barulhento

namoro com a dançarina Carmen Lydia.

Em 1917, conheceu Mário de Andrade – com quem

manteve amizade até 1928. Defendeu a pintora Anita

Malfatti das críticas violentas feitas por Monteiro

Lobato ("A exposição de Anita Malfatti", no “Jornal

do Comércio”, São Paulo, 11/01/1918). Participou

do primeiro grupo modernista com Mário de

Andrade, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto e Di

Cavalcanti. De 1917 a 1922 escreveu regularmente

no “Jornal do Comércio”.

O SURGIMENTO DO HOMEM MODERNO EM OSWALD DE ANDRADE

SBOT

RIO

CUL

TURA

L

Oswald de Andrade pelo ilustrador Rafael Pita.

32

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34 35

SBOT

RIO

CUL

TURA

L

SBOT

RIO

CUL

TURA

L

Solidão

Chove chuva choverando

que a cidade de meu bem

está-se toda se lavando

Senhor

que eu não fique nunca

como esse velho inglês

aí ao lado

que dorme numa cadeira

à espera de visitas que não vêm

Chove chuva choverando

que o jardim de meu bem

está-se todo se enfeitando

A chuva cai

cai de bruços

A magnólia abre o pára-chuva

pára-sol da cidade

de Mário de Andrade

A chuva cai

escorre das goteiras do domingo

Chove chuva choverando

que a cidade de meu bem

está-se toda se molhando

Anoitece sobre os jardins

Jardim da Luz

Jardim da Praça da República

Jardim das platibandas

Noite

Noite de hotel

Chove chuva choverando

Chove, chuva choverando…

Todos nós já dormimos gostosamente graças ao embalo do ritmo de uma leve chuva. Chuva

é gostosa para dormir. Isso é o normal. Mas, para o poeta o normal torna-se extraordinário.

Motivo de um espanto diante do banal. Desbanalizar o banal é uma das principais funções

do sentimento estético, o poema acima é amostragem também do combate ao pedantismo

vigente nas letras do Brasil de então.

Em seu Manifesto Antropofágico, Oswald conclamou os homens das artes brasileiras a fazer

com que “nosso canibalismo” devorasse tudo que viesse do velho mundo em prol de uma

brasilidade, um linguajar próprio, um respeito ao manancial popular da linguagem. Tentou

ingresso na Academia Brasileira de Letras por duas vezes, sem sucesso. Faria mais honra

para a academia ter Oswald de Andrade entre seus imortais do que Oswald poderia ser

honrado por lograr ingresso na academia.

Em 1921, tornou-se o líder da campanha preparatória

para a Semana de Arte Moderna. Integrou o grupo dos

cinco com Mário de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila

do Amaral e Menotti del Picchia. Começou amizade

com Tarsila, com quem manteve relacionamento

até conhecer Patrícia Galvão, a Pagu – filiada ao

Partido Comunista Brasileiro, importante jornalista e

escritora – com quem se casou em cerimônia nada

convencional em um cemitério.

O relacionamento durou até 1933. Logo depois

iniciou convívio com Julieta Bárbara Guerrini.

Posteriormente, casou-se com Maria Antonieta

d’Alkmin, com quem estabeleceu relação mais

estável, que talvez lhe tenha propiciado tranquilidade

para sua intensa produção como escritor e agitador

cultural até a sua morte, em 22 de outubro de 1954.

Obviamente, tudo que Oswald realizou foi muito

mais. Na década de cinquenta teve contato com

os poetas concretistas Augusto de Campos e

Haroldo de Campos, que o consideraram um

dos precursores do movimento. Por limitações de

espaço, relaciono um belo poema para ilustrar sua

importância no cenário cultural do modernismo.

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36

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