1 produÇÃo didÁtico pedagÓgica · 1 introduÇÃo ... viabilizar o estabelecimento de relações...

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PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICAPROFESSOR PDE 2010

Título: A Lenda como princípio motivador de leitura para a melhoria da aprendizagem.

Autor Célia Maria Tirolli Sás

Escola de Atuação Escola Estadual Honório Fagan – Ensino Fundamental

Município da escola Floraí

Núcleo Regional de Educação

Maringá

Orientador Luciane Braz Perez Mincoff

Instituição de Ensino Superior

UEM

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica

Sequência Didática

Relação Interdisciplinar

Público Alvo Alunos da 5ªsérie do Ensino Fundamental

Localização Escola Estadual Honório Fagan – Ensino Fundamental, rua Eurico Gaspar Dutra, nº 215 , Floraí -Pr

Apresentação: Este trabalho tem como foco de intervenção a 5ª série do Ensino Fundamental e objetiva contribuir para a melhoria da aprendizagem , visto que os alunos, na maioria, apresentam muitas dificuldades de leitura e escrita. Assim, propõe-se trabalhar com uma sequência didática de atividades pertinentes ao gênero discursivo (lenda), abrangendo os conteúdos curriculares básicos da área : leitura, produção de texto, linguagem oral e reflexão sobre a língua e a linguagem, ajudando-os na superação das defasagens de aprendizado, bem como possibilitando-lhes fazer uso efetivo da leitura e da escrita como forma de inserir-se no contexto social em que vivem.

Palavras-chave Lenda, leitura, motivação, melhoria, aprendizagem.

2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4

2 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES................................................................6

CAPÍTULO 1..................................................................................................................7

Atividade 1- Compreendendo a importância da leitura.................................................8

Perguntas sugeridas sobre leitura.................................................................................8

Apresentação do vídeo: A importância da leitura..........................................................9

Apresentação do filme: A menina que odiava livros.....................................................9

Perguntas sobre o filme................................................................................................9

CAPÍTULO 2................................................................................................................10

Atividade 2- Ampliando os conhecimentos sobre o gênero lenda..............................10

Atividade 3- Identificando o contexto de produção de uma lenda. ............................ 11

Trabalhando o texto.................................................................…................................12

CAPÍTULO 3................................................................................................................13

Atividade 4- Lendo e comparando..............................................................................13

Texto 1- O Caapora (versão paranaense)...................................................................14

Texto 2- O Curupira (interior do Brasil).......................................................................15

Texto 3- O Curupira (Pernambuco).............................................................................16

Atividades para compreender as lendas.....................................................................18

CAPÍTULO 4................................................................................................................21

Atividade 5- Pesquisando lendas das diferentes regiões do Brasil............................21

Dicas para o professor................................................................................................22

CAPÍTULO 5................................................................................................................23

Atividade 6- Contando uma lenda...............................................................................23

Entendendo a história..................................................................................................24

CAPÍTULO 6................................................................................................................25

Atividade 7- Trabalhando com a construção linguística do gênero lenda..................26

CAPÍTULO 7................................................................................................................28

Atividade 8- Produzindo uma lenda............................................................................28

Propondo a escrita de uma lenda...............................................................................29

Atividade 9- Planejando sua escrita............................................................................29

Atividade 10- Avaliando sua escrita............................................................................30

Atividade 11- Reescrevendo sua lenda.......................................................................31

Atividade 12- Contando sua lenda..............................................................................31

3 REFERÊNCIAS........................................................................................................32

3

A LENDA COMO PRINCÍPIO MOTIVADOR DE LEITURA PARA A MELHORIA DA

APRENDIZAGEM

Célia Maria Tirolli Sás1

Luciane Braz Perez Mincoff2

1 INTRODUÇÃO

Para a compreensão e interação com o mundo é necessário LER. A prática

da leitura, além de provocar a expansão do “eu” de cada um, desenvolve suas

próprias ideias e experiências, contribui para seu enriquecimento pessoal e ainda

permite ao indivíduo uma significação de acordo com a sua vivência de mundo.

O QUE É LER ?

Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, mas gratificante [...] Ler é procurar ou buscar criar a compreensão do lido...ler é engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão. Da compreensão e da comunicação. E a experiência da compreensão será tão mais profunda quanto sejamos nela capazes de associar [...] os conceitos emergentes na experiência escolar aos que resultam do mundo da cotidianeidade (FREIRE, 1995, p. 29-30).

O leitor eficiente compreende o sentido real dado pelo autor `aquela obra, à

reconstrução do pensamento que ele escreveu, tal como imaginou, armazenando a

maior quantidade de conteúdo compreendido, e tem possibilidades de aceitar ou

não, aquela leitura, ou ainda, dar outro significado a ela. Dessa forma, aprende a

progredir em estágios mais avançados e desenvolve as suas potencialidades

intelectuais e espirituais.

Também Vigotski (2005) concebe a leitura como atividade de construção do

conhecimento pelo homem e como um instrumento de ação humana consciente e

intencional. Sendo assim, entendemos a leitura como processo de interação entre

sujeitos, à medida que trocam suas experiências com o outro, sendo por meio dela

que o indivíduo pode ter o domínio da cultura, ser consciente e ter condições para

seu desenvolvimento psíquico, ter liberdade de agir para tornar-se cidadão.

1Profª da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná (e-mail: [email protected])2Profª Drª do Departamento de Letras da Universidade Estadual de Maringá

(e-mail: [email protected])

4

Acreditamos, como Freire (1995), que a escola é o espaço que propicia ao

sujeito, vivências que o capacitarão na compreensão de mundo. Assim, a leitura e a

escola devem ser entendidas como formas de autonomia do sujeito, permitindo sua

participação e atuação na sociedade, transformando a realidade na qual está

inserido.

Vivemos atualmente numa sociedade altamente tecnológica onde impera o

prático, o imediatismo e todo tipo de informação superficial e preconceituosa que

influencia a leitura, muitas vezes, de forma negativa, e que, além de provocar

comodismo nas novas gerações, tiram o prazer que ela deveria proporcionar e

impedem sua função principal, de permanente construção do sujeito.

Para Silva (2005), a leitura é uma forma de alicerçar a educação

emancipadora e mostrar outros caminhos de coexistência social. No entanto, ”[...]

nada – texto, audiovisual, técnica ou tecnologia – substitui a palavra do professor,

sua presença, seu exemplo, seu conhecimento e seu testemunho nos momentos

das práticas educativas” (SILVA, 2005, p. 20).

Pela importância do professor como mediador no processo de ensino e

aprendizagem, como educador que é, juntamente com os demais profissionais da

educação, estes têm grande responsabilidade com a formação dos indivíduos, e a

leitura pode ser uma aliada nessa luta educacional.

Guedes afirma que “a sala de aula é o lugar onde o professor ensina [...]”

(GUEDES, SOUZA, 2007, p. 20), onde ele interage com seus alunos e demonstra,

pela sua postura e atuação, a importância da leitura.

Apesar de a escola priorizar o conhecimento sistematizado, ela também tem a

função de respeitar os conhecimentos culturais trazidos pelo aluno. É na sala de

aula que se descobre os interesses dos alunos, recebe e faz sugestões de leitura,

onde questiona, responde, debate assuntos lidos, estimula o desejo pela leitura,

onde há troca de experiências de leitura e adquire-se conhecimento.

Portanto, é papel do professor promover atividades aos seus alunos que

auxiliem e favoreçam a estes, conhecimento da variedade de gêneros textuais em

diferentes situações de uso, de observar a leitura de um texto de diversas formas,

percebendo como cada disciplina extrai informações pertinentes aos seus conceitos,

as características formais e comunicativas desses gêneros e ligando os seus efeitos

comunicativos aos intelectuais, nas situações reais de comunicação.

5

A literatura contribui como ponto de partida privilegiado para a formação de

leitores, pois ela proporciona o prazer de levar o leitor a outros lugares, outras

épocas, estimulando as potencialidades do pensamento, que são inesgotáveis. A

fantasia se integra com a realidade porque sua essência é a experiência, a

observação, a reflexão e o sonho. Unindo a ficção e realidade, essa leitura se

identifica e envolve todos os temas da vida despertando o interesse de qualquer

pessoa, até mesmo de qualquer idade.

Sabendo que é urgente promover a leitura e a escrita junto às crianças,

optamos pela leitura de lendas por ser fundamental para a formação do leitor,

inicialmente pelo conteúdo simbólico que explora, permitindo que a criança possa

elaborar seus sentimentos e construir uma representação de si mesma. Quanto mais

frequente a leitura dos mitos e lendas, maiores serão as possibilidades de

estabelecermos relações entre as muitas histórias que os citam.

Também é importante a criança conhecer os mitos de sua cultura como forma

de explicar e representar o mundo e o homem. As lendas povoam a imaginação do

leitor transportando-o para a magia do mundo criado pela comunhão do homem com

sua história e sua cultura, revivida nessas histórias transmitidas de geração em

geração.

Buscando contribuir com a melhoria da aprendizagem do aluno, esse trabalho

destina-se ao Ensino Fundamental, mais especificamente a 5ª série, do período

diurno. O objetivo principal consiste em trabalhar com a leitura do texto literário

relacionado à cultura, como forma de explicar e representar o mundo e o homem,

levando o aluno à reflexão, à crítica, à criação e consequentemente ao crescimento

interior.

2 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

As estratégias serão desenvolvidas numa sequência didática de atividades

propostas, por meio de capítulos, que relacionamos a seguir:

6

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

A LENDA COMO PRINCÍPIO MOTIVADOR DE LEITURA PARA A MELHORIA DA APRENDIZAGEM

Caros Professores

Esta Sequência Didática desenvolvida no PDE, na área de Língua

Portuguesa, tem como foco principal a leitura. Nela pretendemos trabalhar

atividades diversificadas, usando estratégias que possibilitem fazer por meio do ato

de leitura, descobertas significativas, empregando o gênero lenda, e assim

provocando reflexões sobre a literatura como manifestação cultural. Também

viabilizar o estabelecimento de relações entre o gênero textual lenda e a sociedade

que circunda o estudante, levando em conta o contexto sócio-histórico do gênero.

Esse trabalho dará oportunidade aos alunos de compreender que a leitura é

condição primordial para se promover a melhoria da aprendizagem, reforçando que

ela é a base para o mundo contemporâneo, pois propicia os instrumentos para

enxergá-lo melhor, compreender e participar dessa sociedade.

Esperamos, assim, contribuir com a educação Pública Paranaense.

CAPÍTULO 1

• Objetivo

Compreender a importância da leitura para a vida das pessoas.

7

Atividade 1

Essa atividade auxiliará o professor a identificar se os alunos reconhecem a

importância da leitura na vida das pessoas. Para tanto, ele poderá realizar uma

pesquisa inicial, por meio de um questionário que deverá ser respondido pelos

alunos, iniciando com uma conversa motivadora, como por exemplo:

“Com certeza, um dia no passado, não muito distante, você sentiu-se importante

quando conseguiu ler as primeiras letras, as primeiras palavras e depois as

histórias. Vamos fazer uma retrospectiva no tempo e relembrar esses momentos

diferentes que aconteceram em sua vida por meio de um questionário, que será

dividido desse modo: uma parte oral e outra, escrita.”

PERGUNTAS SUGERIDAS SOBRE A LEITURA

1- Para você, o que é ler?

2- Você considera a leitura importante? Por quê?

3- Tente se lembrar do título do primeiro livro que leu, nos primeiros anos

escolares.

4- Você gosta de ler? Está lendo algum livro atualmente?

5- Lê por prazer ou por imposição?

6- Amigos, pessoas da família, professores. Quem dessas pessoas exerce mais

influência sobre seus hábitos de leitura?

7- Jornais, quadrinhos, revistas, lendas, textos da internet, contos, outros. O que

mais gosta de ler?

8- Quais suas temáticas preferidas ao realizar uma leitura: aventura, suspense,

humor, terror, religião, esporte, temas sociais, autoajuda, outros?

9- Ao ler um texto ou um livro, sua escolha é pelo tema, pelas capas, pelas figuras,

pelo tamanho das letras, pelo número de páginas ou por algum outro motivo?

10- Na sua opinião, a leitura auxilia no bom desempenho da escrita?

11- A família, mais precisamente seus pais, exige que você leia os livros cobrados

pela escola? Justifique.

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• Apresentação do vídeo: A importância da leitura

Em seguida, após a sondagem sobre a leitura, a professora fará o trabalho

com um vídeo sobre a importância da leitura:

“E agora vamos aprender um pouco mais sobre esse assunto, que é a leitura,

assistindo ao vídeo A importância da leitura, que mostra muito claro, o quanto é

fundamental a prática da leitura, o valor que ela representa em nossas vidas”.

O vídeo se encontra disponível no link:

http://www.youtube.com/watch?v=5D3BO7DyQ3M&feature=related.

em que mostra uma sequência de imagens e frases sobre a importância da leitura.

Após a exibição, o professor conduzirá um debate sobre o texto do vídeo e

pedirá aos alunos que anotem os argumentos que considerarem mais interessantes

para discussão. Cada um irá relatar, oralmente, as suas opiniões para a turma.

• Apresentação do filme “A menina que odiava livros”

Para complementar o trabalho será exibido o vídeo: A menina que odiava

livros, disponível no link : http://www.youtube.com/watch?v=geQI2cZxR7Q .

“Que tal conversarmos sobre o filme e descobrir o que essa história revela para nós?

Coloque sua opinião, o que entendeu sobre o filme, de forma escrita em seu caderno,

respondendo o questionário abaixo”.

PERGUNTAS SOBRE O FILME: “A MENINA QUE ODIAVA LIVROS”

1- Como a menina se comportava em meio a tantos livros espalhados pela casa?

2- O que aconteceu na casa dela para que a obrigasse a mudar de atitude em

relação aos livros?

3- Em sua casa, seus pais têm o hábito de ler textos ou livros, qual gênero? Ou

contam histórias?

4- Você já vivenciou a mesma situação da menina? Quando? Por quê?

5- Houve mudança no comportamento dela após passar pela experiência da leitura,

por necessidade? Sim, não? Explique.

6-Toda história traz uma mensagem. Identifique a mensagem dessa história,

fazendo seus comentários por escrito.

7- Ilustre uma parte do filme, de sua preferência.

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CAPÍTULO 2

• Objetivo

Analisar o conhecimento prévio dos educandos quanto ao gênero Lenda,

ampliar e complementar esse conhecimento por meio de um questionário oral e

escrito.

• Atividade 2

“Você já ouviu falar de muitas histórias contadas pelos nossos pais, avós, familiares. Então

vamos relembrar e identificar as histórias que são chamadas de lendas”.

1- Você conhece lenda?

2- Já leu, ouviu falar de alguma? De qual mais gostou? Por quê? Poderia contá-la à classe?

3- Vocês vão falar com seus familiares sobre esse assunto e trazer por escrito uma lenda

que eles conhecem, que já ouviram ou mesmo uma curiosidade sobre esse assunto para

apresentar aos colegas da sala.

4- Em grupos, lembrem-se, agora , de uma delas, registrando o que se pede abaixo:

PERSONAGENS ENREDO (RESUMO)

____________________ _______________________________________

5- Agora tente definir , com as informações discutidas pela sala, o gênero LENDA.

6- Você já percebeu que uma lenda não é uma narrativa qualquer. Ela tem um jeito bem

próprio de ser escrita. A seguir, você terá trechos de textos diversos. Procure localizar os

que são de lendas, marcando-os com um X.

( ) Um corvo tendo roubado um pedaço de carne, pousou sobre uma árvore. Uma

raposa o viu e ...

( ) O índio, mal havia começado sua caçada e logo ouviu um canto maravilhoso,

mais bonito que o uirapuru e foi andando em direção à origem da bela melodia...

( ) Nenhum vidro quebrado, trancas e cadeados intactos, silêncio absoluto naquela

10

madrugada, tudo parecia tão normal, mas o espetacular roubo acontecera.

( ) Todos comemoravam o casamento do príncipe e da princesa com muita alegria,

luxo e eles viveram felizes para sempre.

( ) Um susto na madrugada fria e deserta para o casal de idosos quando se

depararam com um bebê, enrolado em um cobertorzinho, na calçada, portão da casa

deles...

( ) Ao perceber que se tratava de um viajante, corria e assobiava aos ouvidos deles,

deixando-os desorientados pelo susto, fazendo-os perderem o rumo que seguiam.

• Atividade 3

A seguir, o professor dará continuidade à ampliação dos conhecimentos,

trabalhando o texto abaixo e as questões a seguir:

“Você sabe o que são, e de onde vêm as lendas?”

São textos que falam sobre as origens do universo, da humanidade, dos

sentimentos de um povo e da forma como a sociedade pode se organizar ao

estabelecer seus valores. As lendas não são textos que nasceram por acaso, sem

nenhuma intenção, são criações muito antigas, contadas às pessoas de geração em

geração, com o propósito de transmitir-lhes fatos e casos, ensinamentos, diversão,

crítica, às vezes, até fazer alguém desistir de um desejo que lhe traga situação

desfavorável. Numa época que ainda não existia a ciência, acredita-se que as

pessoas, por meio dessas histórias, encontraram uma forma de explicar os

processos e fenômenos da natureza, de contar fatos, explicar e compreender o

mundo em que elas viviam. Essas histórias vão passando de boca em boca, ou seja,

pela palavra falada, pela oralidade, com versões diferentes, isto é, diferem de região

para região. Não existe data ou lugar específico de onde elas surgiram, nem autoria

determinada. Sabe-se que essas manifestações culturais apareceram nas classes

11

populares e são próprias de cada cultura. As lendas podem ser contadas por

qualquer pessoa, a qualquer momento. Referem-se aos feitos de personagens,

chamando a atenção para o aspecto físico sobrenatural de certos animais, entes e

figuras mitológicas, utilizando-se da fantasia ou ficção, misturando-as com a

realidade. O Brasil está repleto de lendas e histórias que povoam o folclore

brasileiro. Grande parte dessas lendas diz respeito a entidades sobrenaturais que

povoam e protegem a fauna e a flora, ou seja, os animais, as florestas e matas, das

impiedosas ações dos caçadores e destruidores da natureza.

Fonte:http://ensinandoemprosaeverso.blogspot.com/2009/10/folclore-brasileiro-augusta-

schimidt-o.html

• TRABALHANDO O TEXTO

a. Como já mencionamos, as lendas são histórias antigas, contadas de

geração em geração. Quem contava, ou conta até hoje, e para que serviam?

b. Geralmente, que tipo de assunto é narrado nas lendas?

c. Essas histórias eram transmitidas de que forma e em que locais

costumavam ser contadas e como permanecem vivas até hoje?

d. Atualmente, se quisermos ler as lendas, em que locais ou materiais

podemos encontrá-las?

e. Você acha que as lendas estão já estão ultrapassadas ou têm algo a dizer

nos dias de hoje? O quê? A quem?

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De posse das respostas dos alunos, o professor conduzirá uma conversação

sobre a origem das lendas.

CAPÍTULO 3

• Objetivo

Exercitar a leitura, a oralidade e a escrita.

• Atividade 4

Para essa atividade, foram selecionados alguns textos que tratam de uma

mesma lenda que aparece com características diferentes e ao mesmo tempo,

semelhantes, em regiões diferentes do Brasil.

“A partir da leitura dos textos vamos entender melhor o gênero lenda.

Inicialmente faremos leitura silenciosa, depois cada um irá ler um trecho dos textos,

permitindo assim a participação de todos.”

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TEXTO 1

O CAAPORA (versão paranaense)

O caapora é um estranho indivíduo de basta melena, que tem o corpo coberto

de pelo idêntico ao do catetu e o rosto, os olhos e os bigodes semelhantes aos do

gato. É de elevada estatura e possui extraordinária força muscular.

Geralmente mora com os seus em um covil na serra e a beira de curso

d’água. Alimenta-se de exclusivamente de frutas e de mel silvestre. Exibe-se com

um volumoso pito com canudo de mais de metro. Anda sempre montado num

catetus, no maior deles. Percorre a mata a fim de verificar se nela não se encontra

algum caçador. É por isso que muitos inimigos das aves e dos bichos têm aparecido

nas garras afiadas dos catetus.

Morava outrora no sertão da Ribeira, no Paraná, um jovem roceiro que

gostava imensamente de mel de tronco. Numa tarde resolveu tirar mel na floresta

munido de bom machado e porungas. Ao chegar perto da árvore que continha o mel

desabou um forte aguaceiro com trovões e corisco. Corre daqui, corre dali, o jovem

logrou abrigar-se sob a árvore que era enorme. Em dado momento notou que havia

alguém do lado oposto da mesma árvore. Então viu um indivíduo peludo, lambuzado

de mel e que tremia como vara verde. A cada trovão, ou corisco, fazia sinais

misteriosos. Era um caapora.

O roceiro compreendeu tudo. O estranho ser se havia regalado com o mel,

não lhe deixando nenhum favo e indignado resolveu vingar-se. Aproximou-se,

ergueu o machado e fê-lo descer sobre a cabeça do tal, visando dividi-la em duas

partes. Quando o gume da ferramenta alcançava a cabeleira, o caapora saiu a

correr pala floresta a gritar como um possesso: Cana brava!Cana verde! Canjarana!

Pica-pau de mata virgem! Julgara-se atingido por um raio.

(Fonte: MELO, Anísio. Estórias e lendas da Amazônia).

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TEXTO 2

O CURUPIRA (interior do Brasil)

O folclore brasileiro é rico em personagens lendários e o curupira é um dos

principais. Índios já o conheciam desde a época do descobrimento. Índios e os jesuítas o

chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas. De acordo com a lenda, contada

principalmente no interior do Brasil, o curupira habita as matas brasileiras. De estatura

baixa, possui cabelos avermelhados (cor de fogo), pelos e dentes verdes e seus pés são

virados para trás, que servem para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir

rastros falsos. É poderoso e muito forte. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe

mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às

vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai

ou Mãe do Mato, Curupira e Caapora. Para os índios Guaranis, ele, é o Demônio da

Floresta. Às vezes é visto montando um Porco do Mato. Como protetor das árvores e dos

animais, costuma punir os agressores da natureza e o caçador que mate por prazer.

Uma carta do Padre Anchieta, datada de 1560, dizia: “Aqui há certos demônios a que

os índios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes, no mato, dando-lhes açoites e

ferindo-os bastante”. Os índios, para lhes agradar, deixavam nas clareiras, penas, esteiras e

cobertores. De acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um rolo de

fumo para agradá-lo, no caso de cruzar com ele.

(Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/literatura-infantil-lendas-e-mitos-do-folclore/cipora-ou-curupira.php)

Fonte: http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Ficheiro:Caapora.jpg

15

TEXTO 3

O CURUPIRA (Pernambuco)

O curupira é representado em Pernambuco por um gentiozinho de cocar e

tanga de penas, armado de arco e flechas. Em uma carta de 1500, o padre José de

Anchieta inclui esse duende entre as aparições noturnas que costumam assustar os

índios. Para o sacerdote, que entre nós esteve quando o Brasil amanhecia, o

Curupira, muitas vezes, ataca os índios nos bosques, açoita-os, atormenta-os, mata-

os. Os índios costumam deixar penas de aves, abanozinhos, flechas e outras coisas

semelhantes, num ponto da estrada do sertão, ou de alcantiladas serras, quando

passam por lá, como se fossem uma oferenda e, humildemente imploram a essa

personagem da superstição, que não lhes faça mal.

A seguir, conseguimos os versos populares da legenda pernambucana sobre

o assustador Curupira:

I V

De dia não busca a estrada Montado numa queixada,

O guerreiro Curupira, Rompe do bosque a espessura;

Porque dorme a sono solto Da onça não teme as garras,

À sombra da sucupira. Tendo três palmos de altura!

II VI

Mas de noite, quando a lua Da jandaia a verde pluma

Prateia as águas da fonte, Na fronte reluz, ondeia;

E a fresca brisa sussurra; O arco, as pequenas flechas,

Ei-lo que surge do monte. Garboso nas mãos meneia.

III VII

Assim anda, pula e corre Irado solta do peito

De noite pelas estradas; Agudo silvo, estridente;

E após si, em tropel, marcha E logo em volta se ajunta

Uma vara de queixadas A sua guerreira gente

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IV VIII

O grunhido, o som dos passos Os olhos tornam-se brasas;

O estalar dos rijos dentes, Põe-se em ordem de batalha;

Quebranta a mudez da selva A queixada amola os dentes

Acorda os pobres viventes Que cortam como navalha.

IX XI

Pula aterrado o macaco Ai! Do pobre caminhante,

Verga as folhas das palmeiras; Se o temor o tem tomado;

Sai a cutia da toca, Perde a fala, fica escravo,

Foge do mato às carreiras. Sendo um porco transformado!

X XII

Quando encontra o Curupira Mas, se investe os inimigos

No caminho, um viajante, E de nada se apavora,

Para depressa e atrevido De repente, o Curupira

Opõe-se a que marche avante. Pelo valor se enamora

XIII

Da peleja cede o campo

E reparte o seu tesouro;

Ricas pedras de brilhantes,

Rubis esmeralda e ouro.

(Autor: COSTA, Francisco Augusto Pereira da)

17

As atividades serão diversificadas, como nas sugestões abaixo:

“Agora, vocês vão se organizar em duplas para responder o que se pede

sobre as três histórias lidas. Completem a cruzadinha com palavras que encontram-

se nos textos, seguindo as orientações abaixo, que indicam o significado dessas

palavras”.

1 - Treino vocabular – CRUZADINHA

- HORIZONTAL

1- Formação arbórea densa, matas.

2- Em outro tempo, antigamente.

3- Substantivo derivado do verbo defender, proteção.

4- Onde as abelhas fazem, depositam o mel.

5- Prazeroso, presenteado, que causa prazer.

6- Ato de respeitar, tratar com dignidade.

1-H

2 -v

1-H

2-H

3-H 5 -v

3 -v 4 -v 6-v

4-H 5-H

6-H

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B - VERTICAL

1- Raio, relâmpago.

2- Dizer em voz baixa, segredar.

3- Conjunto de animais próprios de uma região.

4- Existência, vitalidade, viver.

5- Que ataca, que agride, que provoca.

6- Meio onde cerca, vivem, ou envolve os seres vivos, as coisas.

2 - Assinale o certo:

• Comparando os três textos lidos, marque X na(s) alternativa(s) abaixo que

melhor os definam.

( ) Tratam do mesmo conteúdo, ou seja, a história narrada é a mesma;

( ) A atitude da personagem, ou seja, o que ela pretende não é a mesma;

( ) Embora tenham o mesmo tema, a forma de organização dos textos é

diferente.

• Se houve modificações nos três textos, estas se devem:

( ) À necessidade de adequar-se a linguagem ao público para o qual era e

ainda é narrada a lenda;

( ) ao fato de um autor achar mal escrito o texto do outro;

( ) Por serem épocas diferentes em que foram escritos,representando a

maneira de falar e de escrever própria de um momento da História.

• Nas versões tradicionais:

( ) O texto do autor é importante;

( ) Só os textos atuais são importantes;

( ) Os dois tipos são importantes.

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3- Se as diferenças se evidenciam nas três histórias, basicamente se

referem à extensão, escolha das palavras empregadas. Portanto, responda:

a- Identifique em qual dos textos o autor optou por uma forma mais simples e

resumida de escrever, mantendo o sentido original da lenda?

b- Em qual texto a linguagem empregada se distancia mais do jeito de

escrever, de falar atual? Dê exemplos de palavras e descubra o sinônimo para cada

uma delas.

c- Criando um jeito novo de contar, o autor escreveu a lenda. Que tipo de

texto ele produziu, ou seja, qual é o gênero empregado? Justifique sua resposta

escrevendo um trecho da lenda.

d- São diferentes as ações do Curupira, apresentadas nos textos? Sim, não

Exemplifique, escrevendo duas passagens.

4 - Terminaram? Agora, vocês poderão colorir o desenho.

(Fonte: Lendas Brasileiras/Projeto Brasileirinho.)

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5- Assim como o Curupira caçava os inimigos nas florestas, vamos caçar algumas

palavras que representam valores implícitos nas histórias.

CAPÍTULO 4

• Objetivo

Reconhecer a cultura oral e a memória de um povo, a partir dos dados

coletados durante a pesquisa.

• Atividade 5

Nessa etapa, dividiremos os alunos em cinco grupos, para realizarem a

pesquisa em diferentes fontes. Eles receberão um roteiro para facilitar o trabalho. A

pesquisa poderá ser realizada nos livros da biblioteca da escola, com os familiares

(pais, tios, avós...) na internet, dentre outros.

Como vimos no capítulo anterior, a lenda é um texto muito antigo que foi

sendo contado de boca em boca, reescrito e lido por muita gente, por isso, uma

mesma lenda apresenta versões diferentes de fatos e casos da vida comum, de

acordo com a região, povo, cultura, ouvinte/leitor e a época em que era contada e

escrita. Assim, sobrevivem de geração em geração.

F U R C D E F E N S O R U L

O Z E T A F S M A T A S A E

L A S F C A T E T U S U M N

C B P D F U E B U I L M A D

L N E V L N C U R U P I R A

O H I G O A P R E S E R V E

R I T D R L O T Z W R T S Z

E F O P A H S X A C E J G I

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“Vocês formarão grupos de cinco alunos e cada grupo pesquisará sobre

duas lendas em regiões diferentes, ou seja:

Grupo 1: pesquisar lendas referentes à Região Sul do País;

Grupo 2: região Norte;

Grupo 3: região Centro- Oeste;

Grupo 4: região Sudeste;

Grupo 5: região Nordeste.

Para desenvolver esse trabalho, terão o prazo de uma semana. Depois, as

lendas pesquisadas serão discutidas em sala de aula.”

A seguir, as produções serão coletadas pela professora que fará as correções

necessárias.

DICAS PARA O PROFESSOR

Sites disponíveis para a sua pesquisa, sobre os mitos e lendas brasileiras:

http://sitededicas.uol.com.br/cfolc.htm

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/literatura-infantil-lendas-e-mitos-do-

folclore

ROTEIRO PARA PESQUISA:

a- Local da Pesquisa;

b- Região do Brasil a ser pesquisada:

c- Nome das lendas pesquisadas;

d- Um resumo de cada lenda pesquisada.

e- Colocar uma ilustração alusiva à história.

“Mãos à obra! Após o tempo regulamentado e a entrega das lendas

corrigidas, vocês passarão a limpo e cada grupo apresentará para a turma o nome

das lendas e falará resumidamente sobre elas, dramatizando ou apresentando de

outras formas, à escolha do grupo”.

A apresentação do trabalho será realizada num momento pré-agendado pela

professora.

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CAPÍTULO 5

• Objetivo

Estimular a oralidade contando uma lenda, utilizando como recurso visual,

uma maquete que retrata a história.

• Atividade 6

Quem vai contar uma lenda, agora, é a professora, utilizando uma maquete

que situa e mostra a história da Bruxa Nicácia, tornando- a, o mais real possível,

com seus personagens, local e tempo.

(Nota da autora: maquete confeccionada pela professora Maria de Lourdes Marinozi.(email: [email protected]).

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Depois desse momento, serão realizadas algumas atividades de

compreensão do texto e de análise linguística.

A professora distribuirá aos alunos, tiras de papel contendo os parágrafos

escritos, da história contada por ela, para que ordenem a mesma.

1- Descubra a sequência da história contada pela professora, montando as tiras que

contém os parágrafos, na ordem correta dos acontecimentos. Depois colem- nas em

seus cadernos.

A bruxa vivia com a sua amiga coruja, numa cabana afastada de todos. Quando ela

sumia, todos diziam que ela ia visitar o diabo. De vez em quando, um fio negro de

fumaça saía da cumieira de sua choupana e desenhava figuras monstruosas. Era o

aviso de que a feiticeira voltava das suas visitas das terras do inferno.

Ao alvorecer, a calma envolvia a natureza, mas nem da cabana, nem da bruxa

feiticeira restava o menor vestígio, depois de ser transformada por um coro de

moleques, num bicho horroroso, foi vista tomando sol, nas margens do rio,

espantando as lavadeiras com seus roncos e urros de monstros.

Depois de passada a chuva, a bruxa, sua cabana e sua coruja sumiram. Alguns

contam que ela foi arrastada para o fundo de um poço, agora na forma de um

animal horrendo. Seus cabelos cresceram tanto até chegarem aos pés, seu corpo

cobriu-se de pelo, as unhas ficaram enormes e aguçadas, os dentes se alongaram

como presas de porco, pés e mãos criaram barbatanas.

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É uma lenda do sertão nordestino, onde o regime irregular de chuva criou esse

personagem. Conta a lenda que há muitos anos atrás, no sítio das Limeiras, sertão

do Piauí, vivia uma horrenda moradora, feiticeira, a bruxa Nicácia. Era a sétima

filha de um casal, e tinha que cumprir o triste destino de sugar o sangue das

criancinhas, na quaresma.

Então, quando ela sumia todos diziam que ela ia visitar o diabo e quando voltava,

preparava suas terríveis poções e fazia previsões, como a de que um dia o rio

Corrente sairia de seu leito, causando uma enchente e afogaria a todos. E assim

cumpriu-se a sua profecia.

À noite conversava com os monstros do rio, que lhe obedeciam fielmente, porque

todos haviam sido amansados por uma reza que fazia de trás para diante, tendo

então, domínio sobre eles, que ajudavam-na a praticar suas maldades. Quando o

corujão espantoso piava, gelava o sangue dos caboclos; era o aviso de que as

trevas transformariam as matas em fantasmas, nos rios surgiriam monstros, o riso

do Coisa-Ruim ecoaria pelo ar, anunciando o terror.

Certa noite houve uma terrível tempestade, durante uma noite inteira,

amedrontando o povo da região. As árvores tombadas e queimadas pelo fogo do

céu, as águas em rebojo, o grito horripilante do Pé-de-pato, ventania forte que

assobiava levando o que tinha pela frente, inundando tudo.

CAPÍTULO 6

• Objetivo

Favorecer a compreensão dos mecanismos de funcionamento da Língua.

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• Atividade 7

1- Releia o trecho seguinte:

Todos haviam sido amansados por uma reza que fazia de trás para diante,

tendo então, domínio sobre eles, os quais ajudavam-na a praticar suas maldades.

a- Observando o parágrafo acima, do texto estudado anteriormente, a palavra

destacada foi empregada para evitar repetição de um nome. Qual?

b- As palavras ”os quais e eles” se referem a qual palavra no mesmo

parágrafo? Essa mesma palavra significa quem?

2- Uma das qualidades que fazem um BOM TEXTO,é a NÃO repetição de

palavras. Para tanto, podemos substituir os nomes por PRONOMES. Confira:

Exemplo: A bruxa espantava as lavadeiras, a bruxa corria para amedrontar as

lavadeiras.

R: A bruxa espantava as lavadeiras, ela corria para amedrontá-las.

• Reescreva as frases abaixo evitando a repetição de nomes, empregando

pronomes:

a- A ventania derrubou as árvores, a ventania deixou as árvores no chão.

b- Os pescadores tremiam ao ouvir o assobio do Coisa-Ruim. Os pescadores

queriam se livrar do Coisa-Ruim.

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3- A lenda da Bruxa Nicácia não apresenta falas das personagens, isto é, o

DISCURSO DIRETO. Somente o narrador conta os fatos. Vamos imaginar como

seria uma das falas da bruxa quando se encontrava com os monstros do rio e criar

um diálogo entre ela e eles, empregando a pontuação correta: ( : ___ ? , ! . ) .

Use a sua criatividade e capriche!

4-Observe as seguintes palavras negritadas: grito horripilante e povo da

região.

As palavras acima destacadas caracterizam os substantivos: grito e povo.

São chamadas de ADJETIVOS. ADJETIVOS são palavras que modificam os

substantivos, atribuindo-lhes certas características, como qualidades,

defeitos, estados, locais, modo de ser. Na lenda que estudamos, vimos que há adjetivos que representam atitudes e

comportamentos próprios de seres, locais, coisas e de pessoas. Relacione, a

seguir, quais adjetivos caracterizam as personagens.

1- corujão { } tombadas

2- sertão { } em rebojo

3- povo { } terríveis

4- figuras { } espantoso

5- fio { } nordestino

6- poções { } da região

7- árvores { } negro

8- águas { } monstruosas

5- Partindo da palavra bruXa, que também é formada pelo fonema X,

descobriremos os vários sons que ele apresenta, com o exercício abaixo:

- Pesquise, junto com um amigo, cinco palavras escritas com X que

apresentam sons diversos:

X= S X= Z X= CH X= CS X= SS

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Em seguida, escolha quatro palavras da tabela para encontrar as palavras

cognatas, como você verá no exemplo a seguir:

experimentar – experimento – experimental – experimentamos – experiência

– experimentados – experimentou.

Agora é a sua vez:

___________________________________________________________________

____________________________________________________________

_____________________________________________________________

CAPÍTULO 7

• Objetivo

Produzir um texto, gênero lenda, a partir dos dados coletados durante as

pesquisas e aulas trabalhadas sobre o tema.

• Atividade 8

Formando grupos de três a cinco alunos cada um, vamos para mais uma etapa

do nosso trabalho.

“Até que enfim chegou o momento de vocês criarem uma lenda e vocês serão os

autores. Parece complicado? Que nada! Vocês, com certeza, estão bem preparados

para essa tarefa, já que, juntos tivemos a oportunidade de conhecer várias lendas,

as curiosidades, mensagens e ensinamentos que elas trazem, fazendo com que

compreendamos o nosso jeito de ser, ver, entender e pensar o mundo em que

vivemos”.

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PROPONDO A ESCRITA DE UMA LENDA

Como vocês aprenderam, a lenda é uma narrativa, que conta os feitos de

personagens, chamando a atenção para o aspecto físico sobrenatural de certos

animais, entes e figuras mitológicas, utilizando-se da fantasia ou ficção, misturando-

as com a realidade. Os fatos e acontecimentos explicam ou estão relacionados aos

fenômenos que ocorrem na natureza.

O narrador é sempre um observador que não participa da história.

Certamente o repertório de lendas de vocês aumentou muito no decorrer

desse projeto, além das lendas lidas e estudadas aqui. Vocês pesquisaram e

compartilharam com sua turma, tantas outras, enriquecendo, assim, o acervo

relativo a esse gênero. Então, lembrem-se das histórias conhecidas e criem uma

nova lenda, pensando, por exemplo: Que história vocês criariam para explicar o

fenômeno TSUNAMI, ou como reagiria o homem das cavernas se visse um avião

cruzando o céu sobre o local onde vivia?

Essas são algumas sugestões, mas, deixem a imaginação voar e criem suas

histórias!

• Atividade 9

Ao escrever, primeiramente, seu rascunho, prestem atenção nas dicas

a seguir que farão de seus textos, um BOM TEXTO:

- sobre o que vai escrever; início da história;

- lembrem-se de que o narrador somente conta os fatos sem participar

diretamente deles (narrador observador);

- personagem central e secundários, descrevendo aspectos físicos e

psicológicos;

- descrevam o lugar, tempo, onde acontecem os fatos, problemas

enfrentados;

- evitem repetições de palavras, usem bem o recurso da pontuação;

- coloquem um título na história.

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• Atividade 10

ASPECTOS A OBSERVAR: de acordo melhorar1- Criou personagens característicos de uma lenda?2- Descreveu-os de maneira adequada com a história?3- Na história, as atitudes e o modo de ser das personagens condizem com o gênero lenda? 4- Criou uma situação problema, envolvendo as personagens, criando, assim, um conflito?5- A ideia central da história combina com a lenda e com sua intenção?6- O texto reuniu informações, organizando as ideias de forma clara, coesas, usando sinais de pontuação?7- Evitou repetições de palavras, substituindo-as por pronomes, sinônimos ou simplesmente eliminando-as, caso faça sentido?8- Utilizou um narrador observador para contar os fatos? 9- O tempo e o espaço estão presentes na história?10- A história passa uma mensagem ou algum ensinamento para o leitor?11- O título está adequado ao texto e é típico de uma lenda?12- Houve muitos erros de ortografia?13- A história teve introdução, desenvolvimento e desfecho?

A avaliação dos alunos, nesse projeto, terá início na primeira atividade com a

observação do professor, na participação do aluno, individual, no grupo ou

coletivamente, em cada uma das etapas ou tarefas propostas até o término delas,

ou seja, será uma avaliação diagnóstica e somativa no decorrer do trabalho e

posteriormente, será atribuída uma nota a cada um deles, no final do bimestre.

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• Atividade 11

Depois do texto corrigido, os alunos vão reescrever seus textos. O professor fará

os comentários sobre os aspectos positivos ou negativos, enfim, destacará as

contribuições que forem necessárias.

• Atividade 12

Finalizando mais uma etapa, será agendada uma data para que apresentem a

lenda, à turma, em forma de teatro, ou apresentando o trabalho, com a exposição de

uma maquete, confeccionada pelo grupo, que retratará local, personagens e a

história que as envolve.

Para o sucesso do trabalho, a arte final é indispensável. O visual, o colorido, a

dedicação, complementam esse trabalho trazendo emoção, alegria e sensação de

dever cumprido, mas um novo texto que se cria, engrandece, enriquece, amplia e

complementa o já existente. Portanto,

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REFERÊNCIAS

COSTA, Francisco Augusto Pereira da. Folclore Pernambucano. Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1908.

FREIRE, Paulo. A importância do Ato de ler: em três artigos que se completam. 22. ed. São Paulo: Cortez, 1995.

GUEDES, P. C & Souza, J. M. Leitura e escrita são tarefas da escola e não só do professor de português. Ática, 2005. In: NEVES, I.C.B. ,et al.(Org.). Ler e escrever: Compromisso de todas as áreas. 8. ed. Porto Alegre: Editora da URFRGS, 2007.

MELO, Anísio (org.) Estórias e lendas da Amazônia. Disponível em: http://www.floresta.ufpr.br/~paisagem/curiosidades_caipora.htm. Acesso em: 23 jun. 2011.

SILVA, E.T. A produção da leitura na escola: pesquisas x propostas. 2. ed. São Paulo, 2005.

VIGOTSKI, L. S. Pensamento e Linguagem. Tradução: Jefferson Luiz Camargo. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

REFERÊNCIAS WEBGRÁFICAS

LENDAS e mitos do folclore. Portal São Francisco. Disponível em:< http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/literatura-infantil-lendas-e-mitos-do-folclore>. Acesso em: 28 jun. 2011.

MITOS e lendas do Brasil. Site de dicas. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br/cfolc.htm>. Acesso em: 31 mai. 2011.

O FOLCLORE brasileiro. Blog de Augusta Schimidt. Disponível em : <http://ensinandoemprosaeverso.blogspot.com/2009/10/folclore-brasileiro-augusta-schimidt-o.html> .

VÍDEO. A importância da leitura. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=5D3BO7DyQ3M&feature=related>. Acesso em: 13 jul. 2011.

VÍDEO: A menina que odiava livros. Disponível em:< http://www.youtube.com/watch?v=geQI2cZxR7Q>. Acesso em: 13 jul. 2011.