1 manual de instrucoes do sistema de apontamento da producao apresentacao e justificativa texto
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Eletro Metalúrgica Brum
Manual de Instruções do Sistema de apontamento
da produção AGTEVEL Consultoria e Assessoria
Sebastião Augusto Alexandre
12/11/2013
Este Manual tem por objetivo orientar sobre a coleta de informações importantes e como usá-las em proveito da organização bem como sugerir aplicações práticas sobre ferramentas mundialmente difundidas visando a modernização da base de dados da Eletro Metalúrgica Brum
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
1 | P á g i n a
Este Manual está dividido em cinco partes distintas:
1 - APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA
2 - ATRIBUIÇÕES DAS RESPONSÁBILIDADES
3 – APRESENTAÇÃO DAS FERRAMENTAS E SUAS FINALIDADES
4 - TUTORIAISEXPLICATIVOS DE CADA FERRAMENTA
5 - SUGESTÕES
“Na parte de sugestões, muitas delas serão feitas com base no conhecimento
adquirido ao longo de mais de 20 anos de experiência, outras com base no
conhecimento usual do dia a dia dentro da empresa e outras serão de ordem
estrutural.”
APRESENTAÇÃO: Este manual tem por objetivo orientar e criar parâmetros
para a medição das competências relativas àáreaprodutiva, gerar controles
eficazes que apontem para os problemas e dar soluções abrangentes envolvendo
todos os setores competentes. Criar condições gerenciais para gerir conflitos de
tarefas e emocionais, de espaço e demais providências relativas ao chão de
fábrica.
O sistema de apontamento necessitará de outras ferramentas de apoio, que serão
apresentadas mais adiante na forma de sugestões pontuais, sem o quê de pouca
ou nenhuma valia este projeto se apresentará. Dentro do conceito de apontamento
de produção poderemos ver que muitas das “verdades” hoje existentes não
existirão, pois conceitualmente, apontar a produção não é apenas contar peças,
mas gerir um volume grande e importante de informações que são utilizadas de
forma objetiva visando atingir metas e estabelecer políticas de gerenciamento de
produção, controle de estoque, cujo objetivo mais lógico se traduz em um melhor
controle do fluxo de informações gerando assim respostas melhores e mais
eficientes que de forma inerente acabarão por se reverter em benefício da
empresa e também do cliente final.
Com o fluxo de informações geradas através de um apontamento da produção
coeso e objetivo, veremos também um aumento expressivo da qualidade das
informações e seu trânsito dentro da empresa, principalmente naquilo que diz
respeito à forma como nosso PCP (Planejamento e Controle da Produção) faz a
programação, o que de modo direto influenciará na melhora do fluxo de caixada
empresa, evitando assim grandes oscilações, estas, sempre responsáveis pela
desarmonização dos departamentos: Comercial, Faturamento, Expedição, PCP e
Produção. Para a realização deste projeto, seránecessário o remanejamento de
algumas pessoas da própria produção, pois o trabalho todo será concentrado no
PCP, que é em primeira análise o departamento melhor situado para que o
apontamento da produção seja direcionado, pois é o PCP que contempla a
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responsabilidade de programar e controlar a produção, emitir previsões de compra
de matérias primas e insumos produtivos, fazer o planejamento das capacidades
de máquinas e de mão de obra direta, entre outras providências inerentes ao
departamento.
No entanto, seu número atual de colaboradores inviabiliza até mesmo os
procedimentos básicos, e por este motivo, os colaboradores não conseguiriam
acrescentar mais esta responsabilidade as suas atividades atuais, por isso
anecessidade de remanejar mais elementos para o PCP, que é o principal elo de
ligação entre Departamento Comercial, Projetos, Gerencia da Produção e Direção
da Empresa... Apenas para frisar:
“O PCP não poderá estar atrelado aGerência da Produção sob o risco de seu
desempenho ser afetado pelas necessidades imediatas impostas a Gerencia de
Produção, o PCP, tem que estar ligado diretamente a Direção da Empresa e ter
supervisão própria e independente de outros setores.”
Dentro do projeto de Apontamento da Produção, de forma sugerida, será
mostrada também a necessidade de organizar não apenas a maneira como se lida
com os processos, mas também descrevê-los de forma organizada seguindo
critérios usados mundialmente e de grande eficácia na descrição de processos de
produção, ter uma lista de materiais ordenada, seguindo critérios que serão vistos
mais adiante, fundamental também para o melhor Controle da Produção e sua
Programação, bem como para tomada de decisões gerenciais.
Com relação às políticas de produção, é importante frisar que os parâmetros,
quem as define em geral é a Direção da empresa, embasada em dados
estatísticos (com grande eficiência) ou pela experiência usual e histórica (de
eficiência duvidosa para o atual contexto nacional). Estes parâmetros precisam ser
alimentados em um sistema informatizado eficiente, que em geral e por
experiência própria deve ser feito dentro da empresa, fugindo dos “pacotes
prontos”, pois estes pacotes são criados dentro de um ambiente “perfeito”, onde
os riscos são aqueles imaginados segundo um mundo organizacional e político
também “perfeito”, o que de regra geral dificulta em muito sua implantação interna,
pois estes não contemplam o histórico organizacional da empresa.
Embora possa parecer “caro” a sua criação internamente, é preciso olhar para isso
como um investimento de curto prazo, pois seu retorno, na forma de gestão
informatizada “prefeita” as necessidades internas farão com que as respostas
gerenciais sejam dinamizadas e muito mais precisas e totalmente dentro da
coerência da cultura atual, e podendo ser ampliada para uma nova cultura,
quando esta se fizer necessária. É importante parametrizar o sistema de PCP e
Suprimentos, bem como controlar de forma eficiente e acurada os estoques para
que seja possível ver onde cortar custos, onde focar energias para o crescimento
sólido da empresa.
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JUSTIFICATIVA: O Ser humano em sua jornada evolutivabuscaprimeiro
conhecer-se, sem o quê ele apenas viverá sem ter necessariamente vivido em
plenitude, pois o autoconhecimento é meta humana indispensável a sua evolução,
assim como a evolução é uma meta universal. Uma Organizaçãoéalgo que pouco
difere do Ser Humano na questão da evolução, a busca pela evolução é a mola
propulsora de uma organização, ela é inerente à criação da organização, não
podendo dela fugir. Pois se o fizer estará condenando a organização a sua
falência.
Assim como o Ser Humano que não busca pelo autoconhecimento vive
impulsionado pelo “efeito de manada”, uma organização estará fadada a ser
engolido pelo mercado e dele desaparecer.
Conhecer-se como organização! Está é uma das metas deste projeto, buscar
respostas, ordenar as informações que hoje estão “soltas”, montar um banco de
dados capaz de gerar, redução de custos, otimização de processos e de mão de
obra, tempos confiáveis... Hoje se sabe que o produto da empresa são armários e
caixas de distribuição das mais diversas medidas e modelos, e o que mais
sabemos? Sabemos realmente quanto custa produzir? Sabemos realmente
quantos colaboradores são necessários para produzir?Quanto tempo de fato
gasta-se para produzir, e onde os gastamos? Quanto de matéria prima é utilizado?
Quanto se desperdiça em nome do não desperdício? De forma geral, sabemos
realmente o que produzimos?
“Um exemplo claro de percepção real daquilo que se produz é o da Phillips, uma
empresa que desenvolve novas tecnologias e as produz, então qual o produto da
Phillips? Royalties! Hoje é isso o que ela produz...”.
São estas as respostas que este projeto buscará , ele não tem fórmulas mágicas,
apenas aritmética básica, e para que deixe de ser apenas papel colorido, com
nomes e números é primeiro necessário que a vontade em fazer venha do alto, se
não for pela vontade da direção, isto tudo, todas as ferramentas apresentadas
serão apenas papel e horas de muito trabalho dedicação em vão.
Sua implantação depende e muito da mudança de cultura dentro da produção,
tanto dos líderes, quanto dos colaboradores, pois eles são fatores essenciais no
sucesso deste projeto, eu diria que deles dependem 80% do sucesso, os outros
20% vem da Direção da empresa, no entanto, e pela lógica das organizações, são
esses 20% a parte mais crítica, toda ação para obter-se uma reação positiva
neste caso tem que partir de cima para baixo, tem que ter o total e irrestrito
comprometimento da direção com o projeto, com suas políticas e proposituras.
A implantação deste projeto, desde que atendidos os requisitos no último
parágrafo, levará entre seis meses e um ano e os resultados começarão a
aparecer a partir do final deste primeiro ano. Seus custos vão variar conforme os
problemas e ou soluções irão se apresentando, lembrando que este projeto já
nasce com um crédito inicial em torno de R$ 42.000,00 (Quarenta e dois mil reais),
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de recursos não gastos com uma consultoria, uma vez que as mais de 140 horas
utilizadas para criar as ferramentas e o manual foram feitos internamente, apenas
com o custo do salário e das horas de folga, deste que criou as ferramentas e este
manual.
Do ponto de vista econômico o projeto se pagará, disto não há dúvidas, do ponto
de vista do sucesso, ele será obtido com muito trabalho e muita vontade em
fazer, ter uma equipe totalmente comprometida e não apenas envolvida e
estimulada é de grande importância, será preciso vender o conceito de forma que
todos passem a ter neste projeto um ideal, todos voltados para o mesmo ponto o
mesmo objetivo... Dar a cada um dos integrantes desta equipe apenas aquilo que
podem suportar e permitir que as idéias surjam e sejaexposto ao grupo,
desenvolver suas melhores habilidades, acreditar em cada possibilidade de
melhoria, é possível. A derrota começa sempre com um NÃO.
ATRIBUIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES: Como já mencionado será
do PCP a responsabilidade do apontamento da produção e a compilação dos
dados obtidos, no entanto o apontamento em si tem responsabilidade
compartilhada, com o PCP, Encarregados de Produção (estes terão que dar
respostas às discrepâncias do controle de produção) e dos operadores. Os
apontadores são os responsáveis pelo preenchimento diário de uma parte do
controle e seus cálculos, já os operadores serão responsáveis pela parte que lhes
cabe no preenchimento dos Controles de Produção diários, sem o que a base de
informações ficará prejudica e nos dará indicadores falsos... É preciso contemplar
que todas as pessoas da empresa, ligadas à produção são responsáveis diretos
não apenas pela produção, mas também pelas informações, e dar a quem de
direito a responsabilidade que lhes cabe é antes de qualquer coisa, acreditar nas
potencialidades individuais de cada colaborador, coisa que hoje não fazemos de
modo satisfatório, é também uma maneira de valorizar aquilo que fazem; Fazer
com que se sintam parte integrante de um sistema importante e não apenas um
indivíduo solto dentro de um grupo.
O controle da produção terá responsabilidade compartilhada também em relação
aos seus resultados com a Gerência de Produção, Compras e Vendas, pois seus
dados suscitarão questionamentos importantes sobre onde estão de fato e sem
“achismos”, os nossos problemas, e a integração com o SGQ (Sistema da Gestão
da Qualidade) na resolução de problemas passará a ser uma constante,
requerendo que este tenha uma participação muito mais atuante daquela que tem
hoje.
APRESENTAÇÃO DAS FERRAMENTAS E SUAS FINALIDADES: Para este
projeto foram criadas algumas ferramentas que serão descritas a seguir, elas
quebrarão alguns paradigmas comuns dentro das organizações, como por
exemplo, a forma de se fazer apontamento.
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- CONTROLE DE PRODUÇÃO: Veremos nesta ferramenta que o tradicional
“início e término” ficam de fora, por um simples motivo, trabalhamos em dois
períodos distintos, o primeiro que se inicia às 07H00M e vai até às 11H00M e
11H30M, e reinicia-se entre 12H00M e 12H30M... Então veremos nesta
ferramenta esta divisão bem definida, e não apenas isto... Veremos também que
ela esta separada em tempo PARADO e TEMPO TRABALHADO, e também
teremos os campos para justificativas pertinentes e que serão analisados caso à
caso quando se apresentarem, que no início se apresentarão de forma muito
constante. De modo geral na questão dos tempos precisamos entender que o
nosso dia de segunda-feira à quinta-feira tem 9 (nove) horas e às Sextas-feiras de
8 (oito) horas, se temos este tempo, então o que precisamos mensurar?
Precisamos mensurar aquilo que foi feito dele, como foi feito, onde perdeu-se
tempo e porque perdeu-se este tempo, se fomos produtivos ou não, e por que não
fomos se este for o caso, e se fomos, estabelecer se foi real ou não, corrigi -lo e
assim na questão dos tempos termos um MARKUP atualizado e podermos definir
se neste quesito, estamos perdendo ou ganhando, e quanto!
O Controle da Produção nos ajudará a definir esses tempos, uma vez que não
contamos com uma área de Tempos e Métodos, em alguns casos teremos tempos
médios (lixamento e acabamento) e que poderão ser redefinidos com tempo e de
forma mais analítica, e outros tempos serão reais (Solda, Estamparia e
Montagem).
O Controle da Produção também contemplará informações para tomadas de
ações que visam me lhorar tempos, e outras “possíveis” falhas dentro da
organização, a maximização das informações em um único controle fará sua
parte, será uma base importante.
- RELATÓRIO DE HORAS PARADAS: É com esta ferramenta que começamos a
dar forma às informações colhidas na produção no dia anterior, é aqui que se
inicia a segunda fase de compilação dos dados, saber onde perdemos tempo, o
quanto perdemos de tempo, o quanto cada tempo perdido influenciou em nosso
dia produtivo, se este tempo perdido é um tempo perdido de fato ou um desvio
(tempo perdido com caráter produtivo) é a partir deste conjunto de informações,
que poderemos também mensurar onde estão nossos problemas, mas está é
apenas a segunda ferramenta. Este relatório já vem com sua Tabela de Paradas,
mas é importante, ou melhor, fundamental, que cada operador tenha uma tabela
dessas.
Este relatório irá gerar outro relatório do mesmo formato, mas que tem por
finalidade agrupar as informações em semanas e finalizar com o fechamento
mensal.
- RELATÓRIO DIÁRIO DE PRODUÇÃO: Este é o relatórioonde estarão
compiladas todas as informações colhidas através do CONTROLE DA
PRODUÇAO e do RELATÓRIO DE HORAS PARADAS, ele nos mostrará,
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quantas horas produtivas têm diariamente, quantas horas foram improdutivas,
quanto tempo se perdeu quanto temos de Desvios de tempo, se fomos produtivos
ou não, se formos eficientes. Esta é uma ferramenta de Controle Gerencial para
tomada de decisões no chão de fábrica e que também poderá ser usado pela
direção. Ele nos dará um panorama geral por setor, as ações tomadas em relação
às discrepâncias serão encaminhadas a quem de direito segundo a
responsabilidade pertinente.
Este relatório irá gerar outro relatório do mesmo formato, mas que tem por
finalidade agrupar as informações em semanas e fina lizar com o fechamento
mensal.
- TABELA DE CÓDIGOS PARA VÁRIAVEIS DO PROCESSO E AÇÃO DE
CONTENÇÃO: No dia a dia, encontraremos situações que fogem por vezes ao
controle, está tabela é um auxiliar importante para ações que deverão ser tomadas
a fim de sanarmos problemas que dificultem a produção e a produtividade.
- TABELA DE CONVERSÃO DE MINUTOS PARA HORA DECIMAL: Esta tabela
é um auxiliar para o apontador de produção durante o fechamento dos cálculos do
controle da produção e dos demais relatórios, é apenas ilustrativo, e nela tem
também um formato simplificado para cálculo de percentuais. Como tratamos tudo
em planilha eletrônica, é óbvio que tudo poderá ser feito diretamente inserindo as
fórmulas na planilha, mas por algum tempo, eu diria que o melhor é deixar que o
apontador ou apontadores fizessem isso manualmente para se ambientarem com
cálculos (Simples), depois sim, incluem-se as fórmulas e coloca-se de forma
automática.
As demais ferramentasapresentareino bloco seguinte, que são os tutoriais, como
se trata de ferramentas iguais em relação ao seu conceito as já apresentadas, e
diferindo apenas no aspecto analógico, comentar sobre elas neste momento
apenas “chover no molhado”.
Nesta parte entraremos nos tutoriais, é a fase mais “técnica” deste projeto, e como
se trata de um aspecto técnico, as pessoas responsáveis portoda a produção
(Gerentes, supervisores, encarregados, programadores de produção, auxiliares,
apontadores, de todos os setores correlatos) terão que passar por treinamento
interno, o treinamento em si é rápido, eu diria que 16 horas de treinamento será o
suficiente para cada grupo. No entanto sabemos que dentro da atual cultura da
empresa, treinamento não é uma prioridade, neste caso específico, vejo uma
ótima oportunidade de começarmos a mudar este conceito, assim saímos da
contra mão da história e começamos a seguir o fluxo natural que é a evolução,
treinar os colaboradores é visto como motivo de preocupação, afinal ele poderá “ir
embora”, e levar o conhecimento adquirido junto com ele! Pois é, bem vindo ao
mundo competitivo em que vivemos, só não podemos com esta desculpa, deixar
que o tempo nos engula, nos achate ao ponto de não existirmos mais, espero que
tenhamos maturidade para encaramos que não apenas nossos colaboradores
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precisam “evoluir”, mas que o início desta evolução começa pela organização que
é a base, do ponto de vista evolutivo, nossos colaboradores fazem parte do
telhado, ou se preferirem, eles estão na pirâmide de cabeça para baixo, onde o
topo se torna a base, o ponto de equilíbrio, entre aquilo que buscamos e os
resultados obtidos.
Quando entrar no tópico SUGESTÕES, colocarei ali inúmeras informações
técnicas, e algumas críticas, mas eu sempre parto do pressuposto que não existe
verdade absoluta, inclusive as minhas! Afinal de contas eu poderia mostrar um
objeto para três pessoas diferentes e em ângulos diferentes, então a primeira me
responderia que está vendo uma linha em profusão, mudando o ângulo, a
segunda me diria que está vendo dois círculos concêntricos, e novamente
mudando o ângulo a terceira me diria estar vendo um circulo, e eu na verdade
estaria apenas segurando um copo, qual é a verdade então?
As ferramentas que serão apresentadas a seguir estarão com seus nomes de
arquivo, para assim facilitar sua localização, todos estes arquivos estarão
armazenados no terminal instalado no Setor de Solda, na área de trabalho com o
nome de “Projeto para Implantação de Apontamento”.
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2- controle de producao.xlsx
Este é o formato da primeira ferramenta, ela é diária, tendo que ser substituída
sempre pela manhã, esta rotina deve ser disciplinada e constante; Veremos
abaixo como cada parte desta ferramenta está disposta e o seu funcionamento
prático.
-Cabeçalho da Ferramenta (Indicado na cor Verde)dispõedeinformações simples
que visam apenas à identificação do Setor, Turno, Encarregado e Apontador.
Também está reservada uma área para o controle do SGQ (Azul), uma vez que a
intenção é manter o controle das ferramentas no que diz respeito a atualizações
centralizadas no SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade).
-Coluna de identificação de período (Azul), se o Controle de Produção está
destinado a uma Máquina (Máq.) ou para um operador (Oper.) em ambos os
casos existe a necessidade de indicar se é máquina que tipo de máquina, ex.:
Prensa Excêntrica de 150 Toneladas, anotar como PE150T ou o número
destinado a ela pela manutenção. Já em relação ao operador indicar seu nome.
A seguir entraremos na parte que envolve anotações realmente importantes para
a elaboração dos relatórios e tudo aquilo que estará implicado. Iniciaremos
primeiro pela parte que cabe ao operador anotar, pois é apenas isso que o
operador fará no que diz respeito ao preenchimento do Controle de Produção.
Como segue:
1 2
OPERAÇÃO
PADRÃOVOLUMEH O R Á R I O
P A R A D O
AGTEVEL Consultoria e Assessoria
Setor:
Encarregado Turno
Data / /Controle de Produção
Sistema de Gestão da Qualidade
Revisão Nº 00
Data: / /
AÇÃO
TOMADAMáq. TIPO H. PROD./
MÁQ. T R A B A L H A N D O
APONTADOR:
VARIÁVEL
CÓDIGOOPER. OPERAÇÃO
PADRÃOVOLUMEH O R Á R I O AÇÃO
TOMADA
2 - Controle de Produção
Banc.
Máq. TIPO
DIMENSÃO CTD. QTD.
H. PROD.
UNIT. TOTAL
/
DAS ATÉ CÓDIGO DÉCIMOS
Pri
mei
ro P
erío
do
Segu
nd
o P
erío
do
VARIÁVEL
CÓDIGO
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Apenas os campos destinados ao horário (Dás/ Até) e código serão de uso do
operador. Em relação ao preenchimento do código, no início o Apontador irá
acompanhar e verificar se o código condiz com a realidade apresentada naquele
momento, depois de disciplinada a metodologia isso será feito automaticamente
pelo operador.
Já o Apontador de Produção, é o responsável pela verificação da veracidade da
informação, e do cálculo de minutos para hora decimal que neste caso já conta
com uma tabela pronta, sendo necessário apenas verificar que: X minutos = X
décimos de hora.
Veremos a seguir a área do Controle de Produção aondese anota o trabalho
efetivamente e geram as informações que montam a base de dados:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 - Máquina ou Bancada
2 - Tipo de Peça e Dimensão da Peça
3 – Operações (para este caso precisará que em futuro próximos sejam
descritos os processos, que apresentarei em Sugestões).
4 – Tempo Padrão (fase de levantamentos que poderão ser feitos pelos próprios
relatórios ou por cronoanalista... É fundamental, que o operador saiba qual é o
tempo padrão).
5–Quantidade fornecida pelo Contador, quanto este for feito por máquinas. É
função de o Operador zerar o contador ao iniciar a operação e anotar seu número
final ao término do dia ou da tarefa.
6 - Quantidade, quando a peça é feita manualmente, ao término do dia ou na troca
de serviço o operador anota a quantidade produzida.
H O R Á R I O
P A R A D O
H O R Á R I O
DAS ATÉ CÓDIGO DÉCIMOS
OPERAÇÃO
PADRÃOVOLUME
AÇÃO
TOMADABanc.
Máq. TIPO
DIMENSÃO CTD. QTD.
H. PROD.
UNIT. TOTAL
T R A B A L H A N D O
VARIÁVEL
CÓDIGO
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7- Tempo usado para a execução de cada peça unitariamente. Este campo é
anotado pelo Apontador da Produção.
8 – Total de tempo utilizado para a execução da operação. Este campo é anotado
pelo Apontador.
9 – Código-Variável. Este campo destina-se as distorções apresentadas em
relação ao tempo (Ver Tabela 8 - TABELA DE CODIGOS PARA VARIAVEIS DO PROCESSO.xlsx).
10 – Ação Tomada. Destina-se a registrar qual a ação tomada para ajustar e ou
definir qual o problema que causou a discrepância (Ver Tabela 8 - TABELA DE
CODIGOS PARA VARIAVEIS DO PROCESSO.xlsx).
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A forma de Cálculo das horas produtivas é simples.
6/4= horas produtivas
O campo 6 também será usado para totalizar o quantidade registrada no contador,
campo 5, mas para isso é preciso lembrar que:
Se for uma peça estampada de bobina, para cada bobina precisará ser
descontadas as batidas até que se tenha a primeira peça... Se a peça for
estampada de tiras de chapa de aço, então é preciso saber o passo da ferramenta
para que se possam calcular quantas peças são tiradas por tiras e descontar do
contador as batidas que são descartadas antes da primeira peça..
No Campo 9 anota-se a variável em relação as horas produtivas e horas paradas,
se houver diferença maior ou menor que 15%, será necessário acionar as
departamentos responsáveis para que se faça a correção, depois claro de
analisadas a origem da discrepância.
O Formato do Controle de Produção é de simples entendimento, bastando apenas
alguns minutos de treinamento e após isso um acompanhamento próximo para
verificar a eficácia do treinamento... A partir deste momento o apontador passará a
fazer isso de forma automática, inclusive em alguns momentos, irá fazer
previamente durante suas verificações nos postos de trabalho, já chegando a sua
mesa no dia seguinte bastante adiantado o fechamento do Controle de Produção.
OPERAÇÃO
PADRÃOVOLUME
AÇÃO
TOMADABanc.
Máq. TIPO
DIMENSÃO CTD. QTD.
H. PROD.
UNIT. TOTAL
T R A B A L H A N D O
VARIÁVEL
CÓDIGO
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3 - relatorio de horas paradas.xlsx
Todos os relatórios em seu cabeçalho seguem o mesmo princípio já descrito no
tutorial do Controle de Produção, portanto não há o que explicar mais.
Observaremos a partir de agora que os relatórios têm registros diário-semanais
(segunda a sexta e sábado, quando Houver horas extras), portanto é imperioso
que seu fechamento, independente de ser final de mês, se dê sempre ao término
da semana, por isso sugiro que para o apontamento seja usado o calendário
semanal.
Este relatório registra todas as paradas diariamente por ocorrências, totalizadas
individualmente e depois coletivamente, e também usamos como referência a
percentualização de cada ocorrência, para que fica claro onde mais perde-se
tempo no decorrer do dia.
Este relatório tem o mesmo princípio do Relatório Semanal/Mensal(5 - relatorio
mensal de horas paradas.xlsx) Então será desnecessário exemplificar os dois,
bastando que apenas este seja exemplificado... Como segue:
Totalize todos os códigos, conforme tabela do próprio relatório, anote nas colunas
do dia da semana correspondente, depois some todos os resultados parciais dos
% % % % % % %
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
100 100 100 100 100 100 100
3 - Relatório de Horas Paradas* DESVIO DE HORAS PARADAS
FECHAMENTO
SEMANALANÇAMENTOS DIÁRIOS DE HORAS PARADASCÓDIGO E DESCRIÇÃO DA OCORRÊNCIA
Data: / /
ApontadorRelatório de Horas ParadasSistema de Gestão da Qualidade
Revisão Nº 00
Data: / /
RETRABALHO *
PROTÓTIPO *
AJUSTE EM DECORRÊNCIA DE QUALIDADE *
FALTA DE MATERIAL (PEÇAS) *
QUEBRA DE FERRAMENTA
SEXTA SÁBADO TOTALSEGUNDA
PROBLEMA ELÉTRICO
TERÇA QUARTA QUINTA
MOVIMENTAÇÃO PÇS SEMI ACABADAS ENTRE SETORES *
PARADA PARA SET-UP
TROCA DE PROGRAMAÇÃO
FALTA DE PROGRAMAÇÃO
PARADA DO OPERADOR
MANUTENÇÃO DE FERRAMENTA
MANUTENÇÃO DE MÁQUINA (PREVENTIVA)
MANUTENÇÃO DE MÁQUINA (CORRETIVA)
AGUARDANDO MANUTENÇÃO
AGUARDANDO INSPETOR DE QUALIDADE
FALTA DE OPERADOR
** SE FOR UM MOTIVO RECORRENTE, ACRESCENTE A LISTA
TOTALIZAÇÃO DOS TEMPOS
OUTROS (DESCREVA) **
FALTA DE MATÉRIA PRIMA *
FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA *
FALTA DE ÁGUA *
INSPEÇÃO DE QUALIDADE
FALTA DE MATERIAL (INSUMOS) *
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códigos e insira no capo de TOTALIZAÇÃO DOS TEMPOS, ESTE É O SEU
TEMPO TOTAL DE PARADAS. Depois individualmente, partindo do tempo
totalizado, tire o percentual de cada tempo individualmente. Observe as indicações
da Tabela de Conversão de minutos para Horas Decimais (4 - tabela de conversão
minutos para hora decimalxlsx). Lá tem um tutorial de cálculo simplificado de
porcentagem, o que torna mais rápido é fácil sua execução.
Para as duas ferramentas acima não existem segredos em sua funcionalidade,
são simples, eficazes e no decorrer de sua implantação irão mostrar o seu valor,
mas são ferramentas de captação de dados, como já mencionei anteriormente
é a base para o relatório que irei apresentar adiante, e assim como o Relatório
Diário de Horas Paradas em relação ao Semanal/Mensal... O relatório a Seguir
tem a mesma conotação, ou seja, um diário com fechamento semanal, e um
semanal com fechamento mensal, estes relatórios tem cunho gerencial e, portanto
de tomadas de decisão... Todo o sucesso que este projeto pode ter depende
justamente da maneira como estas informações serão usadas.
6 –relatório diario de producao.xlsx
Veremos abaixo o descritivo do primeromódulo (Indicativos de Produção) deste
relatório, a que se destina cada informação e como deve ser feito o preenchimento
de cada campo.
% % % % % % %
100 100 100 100 100 100 100
% % % % % % %
AGTEVEL Consultoria e Assessoria
Data: / /
Apontador
6 - Relatório Diário de Produção (RDP)
RELATÓRIO DE PRODUÇÃOSistema de Gestão da Qualidade
Revisão Nº 00
Data: / /
INDICATIVOS DE PRODUÇÃO
I N D Í C E S
% PRODUTIVIDADE % TEMPO PERDIDO
% EFICIÊNCIA
DIÁRIO DE PRODUÇÃOFECHAMENTO
SEMANA
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO TOTAL
HORAS PROTUTIVAS NORMAIS + HORAS EXTRAS
HORAS PARADAS
HORAS PRODUZIDAS
TOTAL DE HORAS TRABALHADAS
SÁBADO TOTAL
% % % % % % MÉDIA
DESVIOS DE HORAS SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
RETRABALHO *
PROTÓTIPO *
AJUSTE EM DECORRÊNCIA DE RETRABALHO DURANTE O PROCESSO *
FALTA DE MATERIAL (PEÇAS) *
FALTA DE MATERIAL (INSUMOS) *
FALTA DE MATÉRIA PRIMA *
FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA *
FALTA DE ÁGUA *
HORAS IMPRODUTIVAS
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Primeiro Módulo do Relatório.
Este módulo está dividido em quatro partes, como segue:
-HORAS PRODUTIVAS + HORAS EXTRAS:Neste campo anota-se as horas
totais diárias, incluindo as horas extras, estas são as Horas Produtivas
disponíveis, e ela são a soma de todas as horas do setor, seja hora Máquina ou
Hora Homem, exemplo.:
Estamparia8 máquinas -8 máquinasX 9 horas/dia = 72 horas produtivas
-HORAS PARADAS: Neste campo registra-se o total de horas paradas no setor,
no dia, incluindo-se os “desvios de horas” (Para os Desvios de horas, irei dedicar
uma parte apenas para explicações).
-HORAS IMPRODUTIVAS: Horas improdutivas, são todas as horas que não
geraram “lucro”, mas mesmo assim tem algum valor agregado, como por exemplo,
a utilização das horas produtivas para o desenvolvimento de protótipos, ou
retrabalho produtivo, ou seja, aquele retrabalho oriundo de uma mudança
solicitada pelo cliente depois que o pedido já estava em andamento na produção,
não confundir com retrabalho improdutivo, ou seja, aquele que agrega custos
não previstos sem a possibilidade de repasse... Sobre isso também discorrerei na
parte em que escreverei sobre DESVIOS DE HORAS.
-HORAS PRODUZIDAS: É a soma de todas as horas produtivas calculadas nos
Controles de Produção.
São estas informações deste primeiro módulo que nos permitirá formular as
informações do modulo seguinte (Indicies).
Segundo Módulo do Relatório
Os índices percentuais nos auxiliam na visualização geral de como a empresa
está produtivamente, se perde muito tempo, e sua eficiência, e nos permite uma
visualização diária, semanal e mensal, o que também nos dará uma base
estatística para o futuro... Olhando para o passado conseguiremos entender
% % % % % % %
100 100 100 100 100 100
INDICATIVOS DE PRODUÇÃODIÁRIO DE PRODUÇÃO
FECHAMENTO
SEMANA
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO TOTAL
HORAS PROTUTIVAS + HORAS EXTRAS
HORAS PARADAS
HORAS PRODUZIDAS
HORAS IMPRODUTIVAS
I N D Í C E S
% PRODUTIVIDADE
% TEMPO PERDIDO
% EFICIÊNCIA
% % % % % % MÉDIA
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
14 | P á g i n a
melhor a dinâmica da empresa, quando entramos em períodos sazonais de
grande ou pouca demanda e assim facilitar a previsão mais acurada de médio e
longo prazo para tomada de ações.
Cálculos:
% PRODUTIVIDADE
Horas Produzidas / Horas Produtivas Normais + Horas Extras =%
PRODUTIVIDADE
“Lembrando que, por produtividade nos valemos de tudo aquilo que agrega valor,
por isso as horas improdutivas são somadas as horas paradas”.
% TEMPO PERDIDO
(Horas Paradas + Horas Improdutivas) / Horas Produtivas + Horas Extra =%
TEMPO PERDIDO.
% EFICIÊNCIA
Eficiência = (Horas Paradas – Desvios de Horas) / Horas Produzidas = %
EFICIÊNCIA
“Note que para este caso foram descontados os Desvios de Horas, pois os
Desvios de Horas, não são necessariamente tempo perdido, tempo perdido é tudo
aquilo que se perde ao não produzir, os Desvios caracteriza-se por problemas
pontuais que fogem via de regra a vontade do Encarregado ou do Operador, e
ainda pode, por exemplo, ser um Desvio de Hora produtivo, como quando um
cliente pede uma alteração depois que o pedido já está sendo executado na
fabrica e paga por isso, este é um retrabalho PRODUTIVO, ou um Protótipo,
portanto um Desvio de Horas, que não está no processo, mas é produtivo e
remunerado para o caso do retrabalho produtivo e de interesse da empresa como
no caso do protótipo”.
Abaixo, apresentarei apenas os relatórios que são iguais em seu teor, mas com
analogia diferente dos relatórios apresentados, por se tratarem dos relatórios
semanais/mensais, estes são relatórios destinados a Direção da Empresa,
diferente dos já apresentados que claro também estão a disposição da Direção,
mas são destinados ao gerenciamento da produção.
I N D Í C E S
% PRODUTIVIDADE
% TEMPO PERDIDO
% EFICIÊNCIA
% % % % % % MÉDIA
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
15 | P á g i n a
5 - relatorio mensal de horas paradas.xlsx
7 - relatorio mensal de producao.xlsx
% % % % %
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
100 100 100 100 100
5 - Relatório Mensal de Horas Paradas
Sistema de Gestão da Qualidade
Revisão Nº 00
Data: / /
100TOTALIZAÇÃO DOS TEMPOS
OUTROS (DESCREVA) **
FALTA DE MATERIAL (PEÇAS) *
FALTA DE MATERIAL (INSUMOS) *
FALTA DE MATÉRIA PRIMA *
FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA *
FALTA DE ÁGUA *
* DESVIO DE HORAS PARADAS
FALTA DE OPERADOR
QUEBRA DE FERRAMENTA
MANUTENÇÃO DE MÁQUINA (PREVENTIVA)
MANUTENÇÃO DE MÁQUINA (CORRETIVA)
MOVIMENTAÇÃO PÇS SEMI ACABADAS ENTRE SETORES *
PROBLEMA ELÉTRICO
MANUTENÇÃO DE FERRAMENTA
AJUSTE EM DECORRÊNCIA DE QUALIDADE *
AGUARDANDO INSPETOR DE QUALIDADE
INSPEÇÃO DE QUALIDADE
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA OCORRÊNCIA
AGTEVEL Consultoria e Assessoria
Data: / /
Apontador
1º Sem.
PARADA PARA SET-UP
TROCA DE PROGRAMAÇÃO
FALTA DE PROGRAMAÇÃO
PARADA DO OPERADOR
FECHAMENTO DO MÊS
TOTAL %
Relatório de Horas Paradas
(Fechamento Mensal)
LANÇAMENTO SEMANAL DE HORAS PARADAS
2º Sem. 3º Sem. 4º Sem. 5º Sem.
AGUARDANDO MANUTENÇÃO
TRANSPORTE
RETRABALHO *
PROTÓTIPO *
% % % % %
100 100 100 100 100
% % % % %
100 100 100 100 100 100
T O T A L %
DETALHAMENTO FECHAMENTO DO MÊS
T O T A L %
AGTEVEL Consultoria e Assessoria
Data: / /
Apontador
7 - Relatório Mensal de Produção (RMP)
RELATÓRIO GERENCIAL DE
PRODUÇÃO (Mensal)
Sistema de Gestão da Qualidade
Revisão Nº 00
Data: / /
INDICATIVOS DE PRODUÇÃO
I N D Í C E S
% PRODUTIVIDADE% TEMPO PERDIDO
% EFICIÊNCIA
1º Sem. 2º Sem. 3º Sem. 4º Sem. 5º Sem.
HORAS PROTUTIVAS + HORAS EXTRAS
HORAS PARADAS
HORAS PRODUZIDAS
FALTA DE MATERIAL (PEÇAS) *
FALTA DE MATERIAL (INSUMOS) *
% % % % % % MÉDIA
DESVIOS DE HORAS 1º Sem. 2º Sem. 3º Sem. 4º Sem. 5º Sem.
T O T A L I Z A Ç Ã O D O S T E M P O S
RETRABALHO *
PROTÓTIPO *
AJUSTE EM DECORRÊNCIA DE RETRABALHO DURANTE O PROCESSO *
FALTA DE MATÉRIA PRIMA *
FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA *
FALTA DE ÁGUA *
HORAS IMPRODUTIVAS
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
16 | P á g i n a
Ex.:
A soma de todos os números é igual à 253,
mas para chegar a este número foram necessários
a soma de várias frações, então temos como certo
que 253 é o meu número total (100%) e as demais
frações estão representadas da seguinte forma:
33
45
75
60
40
253
4 - Tabela de Conversão de minutos para Horas Decimais
0,85
52 0,87
47 0,78
48 0,80
49 0,82
60 1,00
50
Para cálculos de percentual de modo simples:
Para obter-se este resultado percentual de forma simples,
use uma calculadora comum digital, e siga as instruções:
253 ÷ = digite a fração = resultado
Observação: não cancele, digite a próxima fração = e assim por diante até
finalizar todas as frações, observando a regra para arredondamento.
57 0,95
58 0,97
53
0,25
0,27
Decimais para Minutos:
Ex.: 20/60 = 0,33
Dividir os minutos por 60
59 0,98
35 0,58
36 0,60
37 0,62
0,70
43 0,72
44 0,73
Se o Resultado for superior à:
0,335 Mantenha 0,33
0,336 Arredonde para 0,34
0,63
39 0,65 Ex.: 0,33*60= 20
Multiplicar os Decimais por 60
56 0,93
Se o resultado for até:
45 0,75
46 0,77
41 0,68
42
0,67
38
0,88
54 0,90
55 0,92
0,83
51
05
06
07
08
11
12
13
0,10
0,12
0,13
0,15
0,17
0,18
0,08
0,20
0,22
0,50
MINUTOS DECIMAL
31 0,52
32 0,53
33 0,55
34
0,40
0,42
0,43
0,45
0,47
0,48
0,30
0,32
0,33
0,35
0,23
DECIMAL
0,02
0,38
TABELA DE CONVERSÃO DE MINUTOS PARA
HORAS DECIMAIS
01
02
03
04 0,57
MINUTOS
AGTEVEL Consultoria e Assessoria
0,07
Como obter a conversão manualmente:
Minutos para Decimais:
0,03
0,05
Sempre usar a seguinte regra para arredonamento
14
15
16
09
10
29
30
26
27
28
24
25
17
18
19
20
21
22
0,28
0,37
23
40
FRAÇÃO ->
FRAÇÃO ->
FRAÇÃO ->
FRAÇÃO ->
FRAÇÃO ->
Total -----> 100%
13%
18%
30%
24%
15%
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
17 | P á g i n a
8 - TABELA DE CODIGOS PARA VARIAVEIS DO PROCESSO.xlsx
Acima vemos também duas tabelas criadas para auxiliar o apontador de
produção... Nada do que foi apresentado aqui é a expressão máxima da verdade,
portanto sugestões, adaptações e mesmo correções, visto que o tempo não foi o
meu aliado neste caso, e, portantopodem existir imprecisões.
Sobre a Tabela 8 - TABELA DE CODIGOS PARA VARIAVEIS DO PROCESSO.xlsx
A primeira coisa a ser observada é que seus códigos iniciam-se invariavelmente
com dois zeros, isso diferencia um Desvio de Horas de Horas Paradas, nela
podem ser acrescentados inúmeros Desvios, mas sempre que acrescentar algo,
ou retirar algo de uma tabela certifique-se de que está fazendo o correto.
Como já mencionado, o Desvio de Horas não quer dizer que seja tempo perdido,
mas um sinal de que algo não está certo e que precisa ser corrigido, e também
uma forma inteligente de desonerar o encarregado e ou o operador da
responsabilidade sobre coisas dos quais ele não é responsável, atribuindo assim a
quem de direto a responsabilidade por corrigir a distorção mostrada pelo Desvio.
No Relatório Gerencial semanal e mensal, os Desvios tem destaque, justamente
por refletirem uma situação anômala, e que por experiência em muitas das vezes
cabe a Gerência e ou a Direção à solução para o problema que irá se apresentar.
Obs.: Estes códigos podem ser usados combinadamente para justificar a causa raiz do problema, não aparente de imediato. Usar como
ação de contenção sempre a causa raiz do problema. A ação de contenção pode ser diferente da ação sugerida.8 - tabela de códigos para variáveis do processo
006Ausencia de colaboradores (Abstenção) Ação
de Conteçao: Acionar o Encarregado do setor.
007Ausencia excessiva do operador no posto de
trabalho. Ação de conteção: Informar o
Encarregado do setor e a Gerência da
Produção.
008Redução do tempo de execução por
deficiência do Equipamento. Ação de
contenção: Acionar Manutenção, Gerência da
Produção
009Redução do tempo de execução por
problemas com insumos e matéria prima.
Ação de Conteção: Acionar o Controle de
Qualidade/Compras/Gerência da Produção.
0010
0011
0012
003Identificação de Problema no Processp. Ação
de contenção: Acionar o Controle de
Qualidade e ou Engenharia de Processo
004Tempo padrão sendo executado abaixo do
padrão para aferição do processo.
005Tempo abaixo do padrão, para ajuste no decorrer
do processo em decorrência de terceiros (Clientes
Internos ou Externos). Ação Contenção: Acionar o
Controle de Qualidade/Engª de Processo/Compras
Tempo padrão, maior ou menor que
15%, ação de contenção: Aferir tempo
padrão, se esta distorção for recorrente.001
002Operador não anotou corretamente os
horários de paradas. Ação de contenção:
Orietnar novamente o operador, e
acompanhar o desempenho.
AGTEVEL Consultoria e Assessoria
TABELA DE CÓDIGOS PARA
VARIÁVEIS DO PROCESSO
CÓDIGO DA VARIÁVEL E AÇÃO DE CONTENÇÃO
Data: / /
Sistema de Gestão da Qualidade Data: / /
Revisão Nº 00 Apontador
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
18 | P á g i n a
Veremos também nesta tabela a apresentação em seu Código 001, que este
pede uma ação tomada para os tempos quantos estes estiverem maior ou menor
que 15%, pois se isso ocorrer existe uma discrepância nos tempos apontados
para o padrão, e tornará o relatório falho, isso irá ocorrer muito nos primeiros
meses, após um período de seis meses, eu acredito que as incidências de
anomalias assim começaram a desaparecer.
SUGESTÕES: Na medida em que for surgindo à necessidade e se estiver dentro
da possibilidade de tempo, irei dando as sugestões e criando também ferramentas
ou indicando como fazê-las ou onde busca-las, espero poder fechar assim um
ciclo virtuoso, onde não apenas apresentarei sugestões e ou críticas, mas também
vou procurar apontar as soluções.
MTM - A coisa mais essencial para qualquer projeto de apontamento são os
tempos Padrões, que nada mais são do que os tempos de produção em cada
etapa do processo, ou seja, o tempo por operação, estes tempos tem que ser
medidos ou por um cronoanalista, e isso demandaria criar um Setor de Tempos &
Métodos, coisa que acredito não é do interesse da empresa, mas existe uma
alternativa bastante viável! Na mesma pasta onde estão contidas todas as
Ferramentas e este Manual, também deixarei uma Tabela de MTM (Method’s-
Time Measurement) Uma ferramenta para a melhoria contínua, e também uma
apresentação em PPT, no entanto não adianta tê-las nas mãos sem saber como
aplicar, então por este motivo sugiro que duas ou três pessoas da confiança da
empresa façam pelo menos o curso básico de MTM, assim poderão aplicar de
forma muito confiável os seus conceitos e conseguir, mesmo sem a colaboração
do operador, chegar a tempos bastante confiáveis, e não apenas isso, mas
também melhorar o processo e consequentemente conseguir aumentar a
produtividade.
PROCESSO – O MTM se aplicado, nos leva invariavelmente a elaboração dos
processos de produção, todo processo de produção bem elaborado é uma ótima
ferramenta, seja para o treinamento ou para termos sempre a disposição
informações importantes, que hoje se perdem, o processo bem descrito também
nos levará a outra ferramenta da administração da produção chama-se Bill Of
Material, ou seja, a criação da Estrutura do Produto, vamos entender um pouco
sobre este assunto, e para este caso também terei nesta pasta um exemplo para
deixar:
Bill Of Material -ou simplesmente BOM, ou ainda: Estrutura de produto é uma das
informações fundamentais da manufatura, pois nela registram-se as informações
de produtos utilizadas por todos os setores e processos envolvidos com a
manufatura do produto.
Seu domínio é essencial para o sucesso da implantação de sistemas integrados.
Apesar do desempenho desses sistemas estarem vinculado à qualidade das
informações que eles manipulam a maioria das empresas não garante que suas
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
19 | P á g i n a
informações fundamentais sejam completas e precisas. As informações
fundamentais muitas vezes não são estruturadas e gerenciadas de acordo com o
tipo de negócio e produto.
A falta de qualidade das informações fundamentais tem sido resumida por meio da
expressão “garbage in, garbage out”, ou seja, se os processos da empresa estão
manipulando informações sem qualidade, consequentemente os resultados
alcançados por esses processos também estarão comprometidos.
A BOM é também um elemento que gera integração uma vez que suas
informações são compartilhadas por quase todos os departamentos da empresa.
Logo, a forma como é gerenciada, controlada e estruturada pode diretamente
influenciar o sucesso da empresa. Uma empresa almeja ser de classe mundial
deve possuir BOM’s sólidas, representando os processos e produtos, em sintonia
com as estratégias do negócio.
É importante destacar ainda a importância da BOM como sendo o ponto mais
comum para interface ou integração entre os sistemas ERP (Enterprise Resource
Planning) e PDM (Product Data Management) e entre os sistemas ERP e CAD
(Computer Aided Design) possibilitando assim o fluxo e a consistência das
informações.
Apesar da sua importância, GARWOOD (1995) afirma que a BOM tem sido o
“calcanhar de Aquiles” da maioria das empresas de manufatura, as quais sempre
esbarram nas seguintes questões: o meu produto tem diversos opcionais e
alternativas, como conviver com o grande número de estruturas de produto
necessárias? Como a estrutura de produto pode refletir diferentes estratégias de
estoque? Como conviver com mais de uma estrutura de produto? Quem é o
“dono” da estrutura de produto? Como simplificar a estrutura de produto? Como
aumentar a precisão das informações?(Essas dúvidas não se aplicam a
empresa)
Definição
Segundo definiu a AMERICAN PRODUCTION AND INVENTORY CONTROL
SOCIETY (APICS), em 1992, a estrutura de produto (BOM - Bill Of Material) é
uma lista de todas as submontagens, componentes intermediários, matérias-
primas e itens comprados que são utilizados na fabricação e/ou montagem
de um produto, mostrando as relações de precedência e quantidade de cada
item necessário . CLEMENT (1992) acrescentam que, além desses objetos, a
BOM também pode conter outros, tais como, instruções de trabalho ou
ferramentas requeridas para suportar o processo de manufatura. Atravésda BOM
é estabelecida uma relação pai/filho entre um item e seus componentes diretos.
Até o momento discorri sobre MTM, PROCESSO e Bill OF Material (BOM), estas
são ferramentas essenciais para o tipo de sistema organizacional que uma
empresa busca, se a empresa a tiver, tenham certeza, o sistema de apontamento
de produção que proponho, é nada mais do que o início, de algo muito grande, e
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
20 | P á g i n a
que levará a empresa do ponto em que está, ou seja, PRODUZIR COM
RELATIVA QUALIDADE (Décadas de 80/90) ao ponto aonde ela PRODUZIRÁ
COM EXCELÊNCIA ( tempos atuais).
Do ponto de vista técnico, aquilo que eu posso sugerir no momento já está
enfatizado nas linhas acima. Agora passarei a fazer sugestões mais críticas do
ponto de vista de estrutura organizacional, não gostaria de ver o meu
posicionamento sendo visto de forma obtusa, pois a ideia é de dar um horizonte
mais amplo sobre como as coisas ocorrem dentro da produção, tentarei ser breve
em cada uma das abordagens, e espelhar de maneira simples a visão do homem
de produção sobre a empresa.
Existem fatores que travam a produção, e na maioria deles não são fatores
gerados na produção, mas sim nas políticas adotadas (Ou a falta delas), mudar as
regras conforme a direção do vento não é eficiência em adaptar-se, mas sim
incoerência gerencial, não ter regras significa que não administra-se as exceções,
o que em administração geral é absolutamente inviável, estabelecer regras, não
significa “engessar” a produção, vendas ou projetos, mas sim dar um rumo as
políticas da empresa onde passamos do ponto de administrar a falta de
organização (caos) e vamos para o ponto onde administramos apenas as
exceções do sistema, pois todo o restante são regras, e regras são auto geridas,
ou seja não precisam ser administradas.
Parametrizar as políticas é absolutamente saudável a empresa como organização,
é garantir sucesso, estabilidade nas decisões, previsão futura das ações que
serão tomadas, significa, por exemplo, não ficar dependente da mão de obra em
situações critica, como quando é necessário fazer “empreitas”, algo ao qual
sempre me opus, pois o vício de comportamento que isto ocasiona é
extremamente prejudicial a empresa aos setores satélites, que nem sempre tem
essa possibilidade, além da inegável condição do funcionário em “amarrar” a
produção visando gerar atrasos para pleitear as empreitas, que são muito mais
vantajosas financeiramente do que as horas extras, vejamos:
Se um montador ganha R$ 6,14/hora trabalhada, duas horas extraa 50% seria o
equivalente à R$ 18,42, ao passo que na empreita o ganho é de R$ 380,00 (10
painéis em 2 horas), para painéis padrões (que eles escolhem qual fazer, ou seja,
aqueles de preferência com menos componentes) e fazem todo o processo em
cinco pessoas, o que equivale à R$ 76,00/pessoa ou um ganho 97% maior do que
aquele pago em horas extras, se levarmos em conta a pagamento dos encargos,
ainda assim o ganho seria em torno 50% superior as horas extras. Isso encarece o
produto final, reduz sua rentabilidade, gera comodismo, gera insatisfação
periférica, e contamina toda a cadeia produtiva.
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
21 | P á g i n a
Sobre as horas extras: Horas extras só deveriam ser usadas para atender
urgências, até pelo seu custo que incide sobre toda a cadeia de pagamentos ao
funcionário (Férias, 13º salário, FGTS, INSS, PIS/COFINS etc.). O que eu noto é
que ao não tratarmos com a devida IMPORTÂNCIA nossas políticas internas (as
poucas que talvez tenhamos) acabamospor tratar tudo como URGÊRNCIAS, e
chegamos ao ponto de montar equipes para trabalhar aos sábados a 100% a hora
extra, e na segunda-feira ficarmos até as 10H00M da manhã procurando o que
fazer... Isso precisa ser revisto, e isto é uma atribuição direta do gerente da
produção. Criar políticas onde o IMPORTÂNTE é feito no momento em que tem
que ser feito para não se tornar URGÊNTE.
Como última sugestão, vou discorrer um pouco sobre nosso aproveitamento de
matéria prima (chapas de aço).
É claro que eu entendo a necessidade de aproveitar o máximo possível de uma
chapa de aço, isso significa ganho, ter um plano de corte bem feito é fundamental ,
eu bem sei disso!
Em um trabalho feito para uma empresa onde trabalhei por quatro anos
I.M.B.E.(Industria Mecânica Brasileira de Estampos) hoje Sodecia, um grupo
português, desenvolvi um trabalho que possibilitou a redução de compras de
chaparia em 5% (cinco por cento), graças ao aproveitamento de retalhos, então eu
sei o quanto isso é importante... Mas não foi só isso, lá, usávamos muitos tipos de
chapas de aço, tais como: SAE 1008/10 ou 1020, EC, EP, EEP, EPA, LN, LNE 38,
Estirada, LNE acalmada em nióbio (Usistar), então basta dizer, que nem todas as
tiras de retalhos poderiam ser aproveitadas, em especial as LN, LNE e USISTAR,
e algumas outras pela espessura, tais como 5/16”, 3/16” etc. O que fazer com elas
então? Para entender isso eu primeiro preciso explicar como lidavam com a
sucata... Vejamos abaixo:
Quando eu cheguei lá, toda a sobra de material era picada em tiras menores e
jogadas na caçamba de sucata, e este material era vendido, assim como ocorre
aqui, por tonelada, isso estava dentro da cultura do Sócio/Diretor Industrial, de não
mandar nada para a sucata que tivesse uma determinada largura... Nem preciso
dizer que isso foi algo que eu “contestava comigo mesmo”... Quando me foi dado
à possibilidade, eu mudei isso, determinei, que todas as tiras de sobras de chapa
de igual tamanho e espessura, e devidamente classificadas pelo seu tipo,
deveriam ser amarradas e guardadas, e a partir daí passei a usar muitas destas
tiras em outras peças, bastando para isso, refi lar na medida a sua largura e
sempre em conformidade com os requisitos do cliente, isso é fundamental.
Agora que está explicada a cultura e do ponto de onde parti, agora vou explicar
em que ponto chegou.
Não foi apenas a redução de 5% (cinco por cento) o ganho da empresa,
imaginemos hoje 250 toneladas mês X R$ 2,80 o quilo = R$ 700.000,00 que foram
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
22 | P á g i n a
reduzidos para 237.5 Toneladas mês X R$ 2,80 o quilo = 665.000,00 uma redução
de R$ 35.000,00 mês ou R$ 420.000,00 ano. E ainda tínhamos o excedente de
tiras armazenadas que não nos serviam, e estava acumulando, quando através do
Gerente de Compras, passaram a ser vendida não mais como sucata, mas como
tiras e pagas por quilo na época (1996) pagavam R$1,60 o quilo da tira de aço o
que resultava em R$ 3.000,00 mensais X 12 = R$ 36.000,00 a mais para reforçar
o caixa da empresa além da redução em 5% na aquisição de chapas de aço.
Onde quero chegar com essa argumentação? Simples!
Vou dar como exemplo a T.I. 10.4, típico aproveitamento mal feito. Temos essas
T.I. na montagem suficiente para mais ou menos dois anos de consumo e na
estamparia para mais uns cinco anos... Não teria sido preferível então, deixá-las
em tiras e vender ao preço de tira com evidente redução no preço final de
aquisição da chapa?
Em pouco mais de 2 horas de observação no dia 06/11/2013, no período da
manhã eu detectei três possibilidades de ganhos com tiras de chapa de aço, como
segue:
Sobra de chapa de aço 1,6 x 118 x 3000 = 4,44 kg
Sobra de chapa de aço 1,6 x 85x 1000 = 1,07 kg
Sobra de chapa de aço 1,6 x 75x 2000 = 1,88 kg
Apenas para completar minha linha de raciocínio, vou fazer um pequeno exercício
mental:
Como se trata de duas chapas de mesma bitola, veremos quanto poria se buscar
de retorno sobre elas com a venda das tiras por quilo e não como sucata por
tonelada.
Vamos imaginar que o custo da chapa de aço SAE 1006 Fina Frio, seja de R$
2,80 o quilo, e que se consiga vender as tiras pela metade deste preço, ou seja R$
1,40 o quilo, então vejamos:
Em uma chapa teríamos o retorno de R$ 6,22 por um tira de 118X3000 ou um
ganho de 5%, isso vezes uma chapa! Agora imagine isso vezes centenas de
chapas! Fica a Dica!
Com isto finalizo o Manual, junto a ele, poderão ver pelo sumário todos os anexos
que deixarei para que um dia, se for da vontade da empresa possam usá-los.
Neste momento, e não mais funcionário da Eletro Metalúrgica Brum, mas com
igual dignidade de quando bati a porta para pedir trabalho, me despeço.
Se vendidas como Tiras com seu
preço em quilos, isso representaria
um retorno financeiro da aquisição.
Manual de Instruções do Sistema de Apontamento da Produção
23 | P á g i n a
Sebastião Augusto Alexandre
Limeira, 12 de novembro de 2013.