1 leishmania sp e leishmaniose reino protista sub-reino protozoa filo sarcomastigophora subfilo...

5
1 Leishmania sp e Leishmaniose Reino Protista Sub-reino Protozoa Filo Sarcomastigophora Subfilo Mastigophora Ordem Kinetoplastida GêneroLeishmania (Ross, 1903) Formas evolutivas da Leishmania spp. Promastigota Amastigota Vetor - Flebotomíneos Hospedeiros Estimativa da incidência de Leishmanioses na população mundial 12 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo 350 milhões em risco de contaminação WHO, 1990 WHO, 1991 número 3 a 5 vezes maior que o relatado (ocorrência da doença em áreas remotas, convivência com foco zoonótico)

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

110 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1 Leishmania sp e Leishmaniose Reino Protista Sub-reino Protozoa Filo Sarcomastigophora Subfilo Mastigophora Ordem Kinetoplastida GêneroLeishmania (Ross,

1

Leishmania sp e LeishmanioseReino Protista Sub-reino Protozoa Filo Sarcomastigophora Subfilo Mastigophora Ordem Kinetoplastida GêneroLeishmania (Ross, 1903)

Formas evolutivas da Leishmania spp.

P

rom

asti

gota

A

masti

gota

Vetor - Flebotomíneos

Hospedeiros

Estimativa da incidência de Leishmanioses

na população mundial

• 12 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo• 350 milhões em risco de contaminação

WHO, 1990 WHO, 1991

• número 3 a 5 vezes maior que o relatado (ocorrência da doença em áreas remotas, convivência com foco zoonótico)

Page 2: 1 Leishmania sp e Leishmaniose Reino Protista Sub-reino Protozoa Filo Sarcomastigophora Subfilo Mastigophora Ordem Kinetoplastida GêneroLeishmania (Ross,

2

Distribuição geográfica

As Leishmanioses tem

ampla distribuição

geográfica no Brasil,

sendo encontrada em

praticamente todo

território Nacional.

Mesquita

Realengo

C. Grande, Bangu

Jacarepaguá

Magé

Em algumas áreas do estado do Rio de Janeiro as

leishmanioses são endêmicas.

Tegumentar

LEISHMANIOSES

Manifestações Clínicas

Visceral

Leishmaniose Tegumentar Histórico

Século XX•1908 – Tamoyo-peça de cerâmica peruana – UTA - LMC•1908 - Lindenberg, Carini e Paranhos lesões em pacientes

no Brasil e América Central •1911 - Gaspar Vianna-L. braziliensis•1912 - Gaspar Vianna-ação curativa do Tártaro Emético•Década de 20-papel dos flebótomos na transmissão•1926 – Montenegro-intradermo reação•1953 – Biagi-Úlcera dos Chicleros (Iucatã – México) L. tropica guyanensis (Pian Bois)•1972 – Lainson e Shaw-Difuso Cutânea Amazonense (L. mexicana amazonensis e L.

braziliensis panamensis)•1773 – Lainson e cols-Indígenas do Amazonas•1996 – Coimbra e cols-Amazônia Brasileira – LTA até o momento nas populações

indígenas

Século XVI 1535 - Fernando de Olviedo1571 - Pedro Pizarro

Doença com destruição das cavidades nasais - Índios nos vales da encosta da Cordilheira dos Andes

Século XVIII - 1756 - Alexander Russel Paciente Turco Botão d’Alep

Século XIX 1884/ 1885 – Cerqueira - Botão de Briska

(Argélia-África)1885 – Cunninghan- 1a observação do parasita em MØ

Século XX 1903 – Ross-define o Gênero Leishmania - Wright-parasita do Botão do Oriente L. Tropica 1a década – identificação na América Latina Úlcera de Baurú ou do Noroeste

Subgênero Viannia complexo L. braziliensis

L. braziliensis L. peruviana

Subgênero Viannia complexo L. braziliensis

L. braziliensis L. peruviana

Espécies dermotrópicas do Novo Mundo

Subgênero Leishmaniacomplexo L. mexicana

L. amazonensisL. mexicana

Subgênero Leishmaniacomplexo L. mexicana

L. amazonensisL. mexicana

complexo L. guyanensisL. guyanensisL. panamensis L. lainsoniL. naiffi

complexo L. guyanensisL. guyanensisL. panamensis L. lainsoniL. naiffi

Page 3: 1 Leishmania sp e Leishmaniose Reino Protista Sub-reino Protozoa Filo Sarcomastigophora Subfilo Mastigophora Ordem Kinetoplastida GêneroLeishmania (Ross,

3

Leishmaniose Tegumentar Americana

LESÃO CUTÂNEA

RECIDIVA

FORMA MUCOSA

MUCO CUTÂNEA: lesões mucosas e presença concomitante de lesões cutâneas em atividade

MUCO CUTÂNEA: lesões mucosas e presença concomitante de lesões cutâneas em atividade

MUCOSA: lesões mucosas sem a presença de lesões cutâneas ativas MUCOSA: lesões mucosas sem a presença de lesões cutâneas ativas

CUTÂNEA: lesão única, lesões múltiplas ou lesões de recidiva CUTÂNEA: lesão única, lesões múltiplas ou lesões de recidiva

HISTÓRICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL

•1835– Hidra (Grécia) esplenomegalia em crianças

•1885 – Cunningham-agente da doença – Calazar na Índia

•1890-1900 – Assam (Índia)-vilas inteiras despovoadas

•1903– Leishman e Donovan- agente do Calazar Indiano – Ross- posição sistemática – Gênero Leishmania e L. donovani (Calazar)

•1904 – casos na China e Tunísia

•1911 e 1912 – Carlos Chagas-Vale do Rio Amazonas, suspeita de Calazar•1912 a 1914 – áreas endêmicas na Itália Meridional, Grécia, Espanha e Portugal

•1913 – Migone- 1o caso reportado na América do Sul (Paraguai) - Casos na Síria, Irã, Turquestão, Cáucaso, Austrália e França

•1977 – surto epidêmico em Bihar (Índia) 70.000casos/7% de óbitos•1926 – 2 casos na Argentina•1934 – 41 casos no Brasil (viscerotomia hepática “pós-mortem”)•1935 – início de surto epidêmico no Brasil Ceará (800 casos)•1953 e 1954 – Epidemia no Quênia (África) 3.000 casos

Brasil - Final dos anos 60 Extensa campanha profilática

•1967 – Mayrink - “Somente assim evitar-se-á a reprodução, no futuro, de casos como o que presenciamos na cidade de Itanhomi, onde de uma família de 8 pessoas, 6 membros tiveram suas vidas ceifadas pelo Calazar”

•1980 a 1983 - 5.000 casos por ano •1987 a 1988 - 26.000 novos casos notificados por ano (Norte e Nordeste)

Page 4: 1 Leishmania sp e Leishmaniose Reino Protista Sub-reino Protozoa Filo Sarcomastigophora Subfilo Mastigophora Ordem Kinetoplastida GêneroLeishmania (Ross,

4

Espécies viscerotrópicas do Novo Mundo

Subgênero Leishmania

complexo L. donovaniL. chagasi

Subgênero Leishmania

complexo L. donovaniL. chagasi

esplenomegalia

hepatomegalia

alterações 2arias

esplenomegalia

hepatomegalia

alterações 2arias

hiperplasia e hipertrofia das células do SFM

hiperplasia das células do SFM e dilatação dos sinusóides

renais

cutâneas

pulmonares

nos linfonodos

no tubo digestivo

no tecido hemocitopoiético

Não tratados 90% de mortalidade

Leishmaniose Visceral

Profilaxia

DIAGNÓSTICOO diagnóstico se divide em três categorias principais:

Métodos moleculares

Diagnóstico parasitológico

Diagnóstico imunológico

Page 5: 1 Leishmania sp e Leishmaniose Reino Protista Sub-reino Protozoa Filo Sarcomastigophora Subfilo Mastigophora Ordem Kinetoplastida GêneroLeishmania (Ross,

5

Tratamento problemática

desvantagens

soluções

Fármacos em uso na clínica

FÁRMACOS CONSIDERAÇÕES

Antimoniais Pentavalentes - Introduzidos desde a década de 40 Ativo na maioria dos casos - Mecanismo de ação (limitado)

OMS - 20mg/Kg/dia -20 dias no mínimoExtremamente tóxicos - Complicações renais e cardíacas

Pacientes imunossuprimidos se mostram resistentes

Anfotericina B(Antibiótico Poliênico)

Glucantime(Antimoniato de Meglumina)

Pentamidina(Diamidina Aromática)

Pentostam(Estibogliconato de Sódio)

Droga de 2a escolha - LV resistente ao tratamento convencional LDC e LMC causadas por L. aethiopica

OMS - intramuscular - 3 a 4mg/Kg/3x por semana - 5 a 25 semanasTóxica - grandes quantidades nos rins e fígado meses pós tratamento

Amplo espectro contra organismos com ergosterol na membranaLMC na América do Sul / LV resistentes a Glucantime e

PentamidinaOMS - intravenosa 10mg/Kg dias alternados

Agente mais promissor para LV e casos resistentes a Pentamidina

Fárm

acos e

m T

este

- interferon (+/- antimoniais pentavalentes)

Amphotec - AmB(forma liposomal)

Ambisoma-AmB(com dispersão em colesterol)

Paramomicina(Aminosidina)

Cetoconazol

WR6026 (8-aminoquinolina)

Abelcelt - AmB(complexado à um lipídeo)

FÁRMACOS ATIVIDADE

Índia - 3mg/Kg/dia - 5 dias - 100% de cura

(Berman, 1998)

Brasil - 2mg/Kg/dia - 7 dias - 100% de cura (Berman, 1998)

Sendo testado em pacientes imunossuprimidos(Berman, 1998)

Quênia - 14 a 16mg/Kg/dia - 19 dias - 79% de cura (Berman, 1998)

+ L. mexicana - L. braziliensis(Croft e cols, 1997)

Quênia - 10 anos - baixas doses via oral (promissora)(Chance, 1995; Croft e cols, 1997)

Efetivo em LV e LC (não conclusivo)(Berman, 1998)