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1 IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICATítulo: Usina Baixo Iguaçu: História e análise socioambiental.

Autor Dirceu AlchieriDisciplina/Área (ingresso no PDE) HistóriaEscola de Implementação do Projeto Colégio Estadual Rocha Pombo, Município da escola Capanema - PRNúcleo Regional de Educação Francisco Beltrão - PRProfessor Orientador Dr. André Paulo CastanhaInstituição de Ensino Superior UNIOESTERelação Interdisciplinar Geografia, Física, Artes, Português,

Matemática. Resumo O estudo terá como base pedagógica a história local,

com a temática voltada para a influência direta navida dos munícipes de Capanema PR, a partir daconstrução da Usina de Baixo Iguaçu. Dentro dessecontexto, com o acompanhamento da direção eequipe pedagógica do Colégio Estadual RochaPombo EFMN, busca juntamente com os alunos, apesquisa necessária para identificar todos osproblemas, sejam eles sociais, econômicos ouambientais. Considera-se primordial e importante àformação crítica dos alunos sobre o assunto emquestão, por isso iremos trabalhar com os alunos donono ano do Ensino Fundamental, para seremconhecedores da sua história, haja visto que sãoenvolvidos diretamente nos conflitos causados pelonão pagamento aos proprietários atingidos pelabarragem, até o presente momento. A necessidade deexpansão do setor elétrico brasileiro, com apriorização da eletricidade devido ao vantajosopotencial hídrico brasileiro, tem acarretadohistoricamente situações de conflito entre instituições,desencadeando processos resultantes emmobilização da população, embate político. Aexistência desses conflitos é fator de insegurançapara empreendedores quanto a viabilidade de seusinvestimentos, para cidadãos quanto a segurança deseus direitos e qualidade de vida e para autoridadesquanto aos limites de seus poderes de decisão. Namaioria dos casos as áreas afogadas são áreasprodutivas e de grande diversidade de fauna e flora,demandando a relocação de contingentes de pessoasatingidas com promessas e garantias nem semprecumpridas. Esses conflitos se constituem emimportantes situações para articular a história local,com a problemática nacional e promover aconscientização dos estudantes.

Palavras-chave: Impactos socioambientais. Degradaçãoambiental. Conflito social.

Formato do material didático Unidade didática.Público Alvo Alunos do 9º ano do ensino

fundamental.

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2 APRESENTAÇÃO

A necessidade de expansão do setor elétrico brasileiro, com a priorização da

eletricidade devido ao vantajoso potencial hídrico brasileiro, tem acarretado

historicamente situações de conflito entre instituições, desencadeando processos

resultantes em mobilização da população, embate político e conflitos judiciais. A

existência desses conflitos é fator de insegurança para empreendedores, quanto a

viabilidade de seus investimentos, para os cidadãos, quanto a segurança de seus

direitos e, qualidade de vida e para autoridades, quanto aos limites de seus poderes

de decisão. Na maioria dos casos as áreas afogadas são áreas produtivas e de

grande diversidade de fauna e flora, demandando a relocação de contingentes de

pessoas atingidas com promessas e garantias nem sempre cumpridas.

Em relação a usina Baixo Iguaçu, existe um impasse muito grande nos

valores à serem pagos aos agricultores.

De acordo com o Movimento de Atingidos por Barragens (M A B), os valores

oferecidos pelo Consórcio Baixo Iguaçu são insuficientes para a compra de

propriedades similares às que serão atingidas. A construção teve início em julho de

2013. Há mais de três anos, as famílias atingidas pela UHE Baixo Iguaçu

(Neoenergia 70% e Copel 30%), buscam respostas aos problemas causados pela

construção da usina. Os agricultores para tentar agilizar as negociações, ocupam a

entrada do canteiro de obras, o MAB, afirma que os atingidos buscam o diálogo,

mas o descaso por parte do consorcio, tem dificultado as negociações.

A preocupação dos agricultores na questão indenização é muito grande, pois

em outras barragens no Brasil, várias famílias foram prejudicadas por falta de ação

política e econômica bem elaborada, que de segurança de receber o que lhe é de

direito.

3 OBJETIVO GERAL

Consiste em analisar os Impactos Socioambientais causados a partir da

construção da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu no município de Capanema e região.

3.1 Objetivos Específicos

Realizar um levantamento histórico do uso e ocupação do solo da região

desde seu início;

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Avaliar o processo de licenciamento ambiental do empreendimento em

questão e observar a participação das comunidades no mesmo; Analisar as mudanças de organização social sofridas pela população a partir

da Instalação da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Em 1979 surgiram as primeiras notícias sobre o projeto da barragem em

Capanema. Os portos de areia foram avisados que não teria mais concessão para

retirada de areia do Rio Iguaçu. Ajudados pela comissão Pastoral da Terra (CPT), as

comunidades que possivelmente seriam atingidas fizeram várias reuniões e

divulgaram em 1980 um documento pedindo informações as autoridades. Pelas

respostas aos documentos ficaram sabendo que a barragem teria uma altura de 58

metros, o que provocaria um reservatório de água que alagaria 8.050 hectares de

terras férteis de cinco municípios. Mais da metade de Capanema ficaria debaixo da

água. E o Parque Nacional do Iguaçu, uma das poucas florestas naturais do estado

teria mais de 1.000 hectares inundados. A energia hidrelétrica pode provocar grandes impactos ambientais,

econômicos e sociais, pois a inundação de áreas para a construção de barragens

gera complicações para a população. Os impactos ambientais são ocasionados pelo

represamento da água para a formação de imenso lago artificial, desmoronamento

das margens, prejuízos da flora e da fauna (extinção de espécies de peixes),

alteração dos rios, impactos sociais (possibilidade de transmissão de doenças).Os impactos são motivo de polêmica nas discussões atuais sobre

desenvolvimento sustentável. Como qualquer atividade econômica, as usinas

hidrelétricas causam impactos negativos ao ambiente. A grande questão dos

cientistas é saber qual a dimensão do impacto e como eles podem ser amenizados?

Os primeiros impactos se dão durante a construção, de uma hora para a outra a

floresta vira lago, além do corte das árvores, muitas espécies acabam submersas e

assim morrem.Os impactos ambientais causados pela construção de hidrelétricas são

inúmeros de acordo com Sevá Filho (1990). Há vários casos de rompimento e

extravasamento de lagos pequeno e risco também para as grandes barragens. Essa

possibilidade é crescente, na medida em que ocorre o envelhecimento da estrutura

construída, por meio de infiltrações nos paredões, a capacidade de armazenamento

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diminui, em virtude do assoreamento. A água fica, muitas vezes, até imprópria para o

consumo, prejudicando o abastecimento das populações vizinhas.A construção de usinas hidrelétricas traz consequências negativas para as

regiões atingidas, famílias de agricultores são expulsas para as cidades,

abandonando as atividades agrícolas; comunidades inteiras destruídas;

propriedades rurais desestruturadas e pequenos estabelecimentos comerciais

inviabilizados pela perda de seus consumidores. No que tange às indenizações

gerados pelas desapropriações, causados pelas barragens, as empresas levam em

consideração unicamente os aspectos materiais, prescindindo da valoração do

trabalho investido no trato com a terra, dos valores afetivos e simbólicos, ou seja, da

dimensão cultural, das condições sociais e históricas das populações locais, enfim,

desconsideram as peculiaridades existentes e a complexidade das relações sociais

e culturais existentes nas áreas atingidas.Desta maneira, os impactos sociais e ambientais provocados pela construção

desses lagos são irreversíveis e, mesmo com a tentativa de amenizá-los, por meio

do reassentamento das famílias e da transferência de parte da fauna, essas

alternativas não são suficientes para evitar as grandes perdas. Elas podem ocorrer

sob as formas de extinção de plantas específicas de determinadas áreas afetadas

pelo lago e pela não retirada da madeira existente, gerando a falta de oxigênio na

água, matando peixes e destruindo o ecossistema. Baseado no exposto, questionamos:

Quem ganha e quem perdem com a implantação da Usina no

município? Quais serão os impactos ambientais causados? Quais os problemas socioeconômicos? Que impactos provocará na cultura e memória local? Quais os problemas sociais para o município?

5 PÚBLICO ALVOBuscaremos juntamente com os alunos do 9º, identificar problemas e debater

algumas soluções para as questões sociais, econômicas ou ambientais. Isso se faz

necessário, pois os educandos estão envolvidos diretamente nos conflitos causados

pela pelo não pagamento dos proprietários atingidos pela barragem até o presente

momento, e pelas transformações que o município de Capanema vem sofrendo com

a construção da usina.

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Portanto, alunos, estou lhe convidando a fazer parte dessa discussão, a qual

irá lhe trazer informações importantes sobre o assunto. Essa unidade didática, irá

ajudar na sua prática pedagógica, pois vai levá-lo à pesquisar.2

6 MATERIAL DIDÁTICO

O material didático escolhido para o desenvolvimento do Projeto foi a Unidade

Didática. Através da revisão bibliográfica, da aplicação de questionários, da

realização de entrevistas, análise de documentos, de documentários e de

fotografias, pretendemos criar momentos de estudos e debates, para que todos os

alunos reflitam sobre a importância da preservação do meio ambiente e a relação

entre homem e natureza.

7 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As atividades serão desenvolvidas em etapas, sendo que cada uma delas

possui objetivos específicos.1ª ação: Leitura de textos científicos, livros, jornais e internet.Objetivo: Analisar documentos para se obter opiniões de agricultores e

pessoas da comunidade. Textos: (Grandes barragens, impactos e reparações; Os

atingidos por barragens: Reflexões e discussões teóricas; Construção de barragem

e impacto ambiental em comunidades).Atividade:

Será composto um questionário, junto com os alunos para ser aplicado aos

pais de alunos e pessoas da comunidade definidas junto com os alunos, cujo

objetivo é colher opiniões sobre a implantação da usina Baixo Iguaçu.

Metodologia:

Será feita uma análise e debate sobre as respostas obtidas.

2ª ação: Entrevistas (Elaborar perguntas com uma metodologia, que leve o

entrevistado a contar a sua história, no contesto histórico do Município, do Paraná e

do Brasil). Objetivo: Analisar as opiniões dos atingidos pela barragem.Atividade: Serão convidados representantes do MAB, (Movimento dos

Atingidos por Barragens), e proprietários atingidos para expor suas divergências e

responder as dúvidas dos alunos.Metodologia: Análise e debate sobre as informações coletadas.

3ª ação: Documentários

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Objetivo: Analisar vídeos, filme (Narradores de Javé

https://drive.google.com/file/d/0B_fSlCy6JcqNZWxSWkl2dHRZWWs/view?

usp=sharing e fotos das reivindicações dos atingidos.Atividade: Assistir com a turma o filme com a turma e selecionar as fotos.Metodologia: Analisar imagens e vídeos, filmes e promover debates.

4ª ação:Produção de documentários: (Envolver os alunos para produzir

documentários em vídeo, imagens e também em textos, com o apoio da professora

da disciplina de artes e o apoio do pessoal do Áudio Visual da escola).Produção de textos: Com o apoio da disciplina de Português.

5ª ação: Exposição de fotos, documentários e textos.Objetivo: Organizar exposição de fotos, documentários e textos, na escola do

início da obra, dos problemas enfrentados e da reivindicação dos agricultores.Atividade: Levantar junto a comunidade fotos, organizar exposição na escola.Metodologia: Montar mural de exposição para que toda a escola e

comunidade tenham acesso.

Histórico da construção

Em 1979 surgiram as primeiras notícias sobre o projeto da barragem em

Capanema. Os portos de areia foram avisados que não teriam mais concessão para

retirada de areia do rio Iguaçu. Ajudados pela comissão Pastoral da Terra (CPT), as

comunidades que possivelmente seriam atingidas fizeram várias reuniões e

divulgaram em 1980 um documento pedindo informações as autoridades. Pelas

respostas aos documentos ficaram sabendo que a barragem teria uma altura de 58

metros, o que provocaria um reservatório de água que alagaria 8.050 hectares de

terras férteis de cinco municípios. Mais da metade de Capanema ficaria debaixo da

água. E o Parque Nacional do Iguaçu, uma das poucas florestas naturais do estado

teria mais de 1.000 hectares inundados.

A construção da barragem ficou a cargo da conhecida ELETROSUL que,

como em outros casos, não escrevem uma só linha sobre o reassentamento dos

atingidos no projeto.

Em 1984, dois engenheiros da ELETROSUL foram a Capanema e informaram

que seria iniciada a construção da barragem. Por pressão dos atingidos, a antiga

comissão, que havia feito o documento, novamente se articulou, formada por líderes

políticos sindicais da cooperativa e da Igreja, liderada pelos atingidos.

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A partir de reuniões nas comunidades, foi elaborado um documento com as

reivindicações dos atingidos e no dia 23 de setembro de 1984, houve uma grande

passeata pelas ruas de Capanema. A passeata assustou o governo e a imprensa foi

proibida de divulgar o fato.

Após a passeata o movimento ganhou mais força recebendo o apoio do

governador José Richa, de deputados, senadores e muitas entidades. Para

completar numa reunião com a associação comercial, ficou decidido que ninguém

alugaria sala ou prédio para a ELETROSUL.

No dia 23 de outubro do mesmo ano, na presença de 200 pessoas um dos

diretores da ELETROSUL, Artur Andreoli foi duramente questionado. Ao final,

acabou assinando um documento onde a ELETROSUL se comprometeu a

suspender a construção da barragem por 15 anos e levar ao governo as

reivindicações dos atingidos (ESTA BARRAGEM, 1984, p. 9).

Em dezembro 2011 surgiu a proposta da NEOENERGIA para a construção da

Usina Baixo Iguaçu Capanema. Um empreendimento energético de menor impacto

ambiental no sudoeste do Paraná. Essa é a proposta do Grupo Neoenergia para a

construção da Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu. A Usina terá a maior área de seu

reservatório aproveitando a calha do rio Iguaçu, em um projeto elaborado no

conceito fio d’água que aproveitada apenas a vazão natural do rio.

A barragem está localizada no trecho do rio entre os municípios de Capanema

e Capitão Leônidas Marques com o reservatório indo até a UHE Usina Hidrelétrica

Governador José Richa (Salto Caxias). A usina terá capacidade instalada de 350,2

MW e potência capaz de abastecer de 1 milhão de pessoas.

O começo da operação comercial da usina estava previsto para 2016. O

investimento total estimado, da ordem de R$ 1,6 bilhão, será feito pela

concessionária Geração Céu Azul, controlada integralmente pelo Grupo Neoenergia.

Depois de cinco anos de estudos técnicos, da realização de reuniões e

audiências e do cumprimento de uma série de exigências técnico-ambientais, teve

início das obras da Usina do Baixo Iguaçu, na divisa entre Capitão Leônidas

Marques e Capanema, jamais esteve tão próximo. “Todas as exigências já foram

cumpridas e agora dependemos apenas da licença de instalação do IAP e do Ibama

para que a implantação da hidrelétrica tenha início”. Informa o presidente do

Consórcio do Pro Caxias e prefeito de Capitão, Cláudio Quadri (PMDB). (USINA

BAIXO IGUAÇU, 2016).

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A bacia do Rio Iguaçu, tem suas nascentes na região metropolitana de

Curitiba, percorrendo, desde a vertente oeste da Serra do Mar até a sua foz no rio

Paraná, aproximadamente 1.100 km. As nascentes do rio Iguaçu estão em elevação

superior a 900 m e permanecem em elevações superiores a 600 m até o seu trecho

médio, onde foi construída a barragem de Foz do Areia. A última das quedas deste

rio denomina - se cataratas do Iguaçu, com 82 m de altura e distando 23 km da

confluência com o rio Paraná.

Ao longo do leito do Rio Iguaçu, está construído cinco usinas hidrelétricas e

em construção mais uma, as cinco usinas juntas têm uma capacidade instalada de

6.644 megawatts, que garantem 6,54% da produção de energia do país. As usinas

de Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias pertencem à Copel (Companhia

Paranaense de Energia); Salto Santiago e Salto Osório são da Tractebel Energia. A

Usina Hidrelétrica de Baixo Iguaçu, no Sudoeste do Estado do Paraná, terá 13,58

quilômetros quadrados de inundações atingindo os municípios de Capanema,

Capitão Leônidas Marques, Nova Prata do Iguaçu, Planalto e Realeza. Estima-se

que 359 famílias sejam atingidas. A empresa responsável pela a construção e

operação da Hidrelétrica de Baixo Iguaçu é a Neoenergia, que em 2008 venceu o

leilão público. (Gazeta do Povo 26/11/2008).

Abaixo fotos que representa a história da Usina Baixo Iguaçu.

Início da escavação. 2013.

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Fonte: Escola Estadual do Campo Castelo Branco.

Início da Obra.

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Fonte: Escola Estadual do Campo Castelo Branco.

2013

Fonte: Escola Estadual do Campo Castelo Branco.

Inicio da obra, 2013

Fonte: Escola Estadual do Campo Castelo Branco.

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Exposição do Projeto, setembro de 2013.

Fonte: Escola Estadual do Campo Castelo Branco.

Escavação para a casa de força. Setembro de 2013.

Fonte: Escola Estadual do Campo Castelo Branco.

Movimento dos atingidos. 2014.

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Fonte: Escola Estadual do Campo Castelo Branco.

Atingidos do Baixo Iguaçu voltam a se reunir para a discutir indenizações. 30 de janeiro de 2015

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Fonte: Recorte do Jornal O Trombeta, feito pela Escola Estadual do Campo Castelo Branco.

Aneel perdoa atraso da hidrelétrica Baixo Iguaçu 22 de janeiro de 2016.

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Fonte: Recorte do Jornal O Trombeta, feito pela Escola Estadual do Campo Castelo Branco.

CARACTERÍSTICAS DA USINA BAIXO IGUAÇU

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Para que ocorra a construção de usinas hidrelétricas cada caso é analisado

por engenheiros da parte ambiental e hidráulica que precisam analisar princípios

matemáticos, físicos e geográficos.

O reservatório terá pouco mais de 31 km² de superfície, número considerado

pequeno para uma usina desse porte. Localizada a 30km da Usina Governador José

Richa (Salto Caxias), a Usina terá sua força, do tipo abrigada, no município de

Capanema, na margem esquerda do rio. A barragem será de terra e enrocamento

com núcleo de argila, com 516 metros de extensão e 15 metros de altura.

Além dos benefícios diretos, o empreendimento apresenta vantagens para o

desenvolvimento da região. Os municípios de Capanema e Capitão Leônidas

Marques, que estão na área abrangida pelo empreendimento, serão diretamente

beneficiados com o aumento na arrecadação de impostos e geração de empregos e

renda.

Quando começar a produzir energia, a usina vai pagar compensação

financeira pelo uso de recursos hídricos. A previsão é de que sejam pagos quase R$

4 milhões por ano para os cinco municípios atingidos.

A sustentabilidade e o desenvolvimento socioeconômico também são

condições indispensáveis para o empreendimento. Desta maneira, foram criados 32

programas socioambientais que buscam a conservação das características do meio

ambiente e da sociedade onde a Usina está inserida.

(http://baixoiguacu.com.br/noticia/usina-hidreletrica-baixo-iguacu-fortalece-economia-

da-regiao)

8 CONSIDERAÇÕES SOBRE ENCAMINHAMENTOS DIDÁTICOS

Procuraremos trabalhar o problema da história local, utilizando assuntos

relacionados com os conteúdos de história, articulando com questões nacionais. Por

exemplo: o trabalho realizado pelo MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens).

Vamos poder desenvolver intervenções do assunto em todos os conteúdos

onde envolve a produção da terra, mais especificamente nos seguintes conteúdos:

Industrialização, urbanização, modernização da agricultura, migrações e

mobilizações populares na história recente do Brasil.

A intervenção será desenvolvida a partir das seguintes atividades:

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- Coletas de dados pertinentes ao assunto, com a turma do 9º ano por meio de

questionários, entrevistas e levantamentos de documentos, como fotos, vídeos,

diários e matérias de jornais;

- Aprofundamento teórico sobre o assunto, com pesquisas no laboratório de

informática;

- Visitas na obra de construção da usina;

- Apresentação do filme Narradores de Javé, debate com os alunos;

- Atividades de produção de textos, auxiliado pelo professor;

- Produção de vídeos, pelos alunos, (entrevistas);

- Debates entre os alunos, em grupos os contras e os a favor da usina;

- Programas de rádio, Escola Interativa;

- Palestras com representantes da empresa e dos atingidos;

- Elaboração de murais com as atividades desenvolvidas, fotografias, textos e outros

documentos escritos. Também filmes e vídeos.

Ao trabalhar esses temas pretendemos articular a problemática local às

questões nacionais.

9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ELETROSUL. Usina Hidrelétrica Capanema. Disponível em:http://www.cpvsp.org.br/upload/periodicos/pdf/PENURRS121984009.pdf Acesso em17/06/2016.

MAB. Movimento dos Atingidos por Barragens. Disponível em http://www.mabnacional.org.br/noticia/no-pr-atingidos-pela-barragem-baixo-igua-u-sofrem-descaso-da-empresa-neoenergia. Acesso em 13/11/2016.

METADE do Iguaçu é das usinas. Gazeta do Povo, 26/11/208. Disponível em:http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/metade-do-iguacu-e-das-usinas-barrmqaeb45mdzpwaii3eyjwu. Acesso em 07/08/2016

PARANÁ. Escola Estadual do Campo Castelo Branco – Ensino Fundamental. Projeto: VALORIZANDO O LOCAL ONDE VIVE. (2012 – 2016).

SEVÁ FILHO, Arcênio, “Não Existe Fontes Renováveis de Energia. Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/07/nao-existem-fontes-renovaveis-de-energia-diz-professor-da-unicamp.html. Acesso em 18/06/2016.

HIDRELÉTRICA BAIXO IGUAÇU. Fortalece economia da região. Disponível em: http://baixoiguacu.com.br/noticia/usina-hidreletrica-baixo-iguacu-fortalece-economia-da-regiao. Acesso em (28/11/2016).