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1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título A Atividade Experimental Investigativa no Ensino

de Separação de Misturas Heterogêneas.

Autor Neucy Semeghini Alves Dias

Disciplina/Área Química

Escola de Implementação do Projeto e sua Localização

Colégio Estadual Barão do Cerro Azul. Ensino

Fundamental e Médio.

Praça Milton Pirolo, 385

Município da Escola Ivaiporã – Paraná

Núcleo Regional de Educação

Ivaiporã – Paraná

Professor Orientador Profª Dra. Simone Alves de Assis Martorano Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Londrina – UEL

Relação Interdisciplinar Física e Matemática

Resumo Ensinar a disciplina de química hoje

continua sendo um grande desafio para todos

aqueles que desejam algo mais do que o ensino

tradicional proporciona. Segundo as Diretrizes

Curriculares da Educação Básica (Paraná 2008),

o conhecimento químico, assim como os demais

saberes, não é algo pronto, acabado e

inquestionável, mas está em constante

transformação. A presente Unidade Didática,

busca a abordagem do conhecimento químico,

através da utilização de experimentos de caráter

investigativo, que deverão ser realizados pelos

alunos em sala de aula, com materiais

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS -DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

alternativos e de baixo custo como uma

estratégia de ensino, que favoreça a participação

ativa dos mesmos no desenvolvimento das

atividades práticas, estabelecendo relação entre

teoria e prática, a investigação, a re/construção

de seus conhecimentos, a trabalhar em grupo e o

raciocínio crítico, contribuindo assim para uma

aprendizagem significativa dos conteúdos e

conceitos químicos, obtendo profundas

mudanças conceituais, metodológicas e

atitudinais.

Palavras-chave Atividades Experimentais, Abordagem

investigativa, Contextualização, Ensino e

Química.

Formato do Material Didático

Unidade Didática

Público Alvo Alunos da 1ª série do ensino médio da rede

pública.

2. APRESENTAÇÃO

Esta unidade didática apresenta atividades experimentais que irão ser

desenvolvidas pelos alunos com base na tendência metodológica experimentação

investigativa. Esta é uma proposta de trabalho onde os alunos não serão meros

expectadores e receptores de conceitos e de teorias e soluções prontas, pelo

contrário, eles participarão da resolução de problemas propostos com elaboração de

hipóteses, questionamentos, argumentação, coletas de dados, analisando e

comunicando seus resultados juntamente com os colegas.

A finalidade desse trabalho é utilizar a experimentação como forma de

investigação e contextualização, aumentando assim a participação, o interesse e a

capacidade de aprendizagem dos alunos durante as aulas de química, não

separando a teoria da prática, desenvolvendo habilidades, competências e também

uma melhor compreensão dos conceitos químicos presentes nos experimentos, bem

como contribuir para o desenvolvimento conceitual do aluno.

Para tal, os alunos desenvolverão eles mesmos, a partir do problema a ser

investigado, experimentos simples em sala de aula, com materiais caseiros e de

baixo custo utilizados cotidianamente por eles, auxiliando assim o processo ensino e

aprendizagem, desenvolvendo as capacidades de ouvir, observar, investigar,

organizar, questionar, discutir, comparar e registrar os resultados apropriando-se

assim do conhecimento científico, assimilando ou reformulando conceitos e

atribuindo-lhes significados.

A principal proposta deste projeto de implementação didática é o de promover o

ensino de química através da utilização da experimentação investigativa como forma

de conhecimento da realidade. Pretende-se relacionar os experimentos com

atividades presentes no mundo a qual ele está inserido, levando-o a perceber que a

química faz parte do seu mundo, não sendo uma ciência complexa e sem acesso,

incompreensível, distante da nossa vida, fora da nossa realidade, gerando assim

uma aprendizagem significativa dos conteúdos e conceitos químicos.

3. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 1

Aplicação de um questionário diagnóstico para conhecer o nível de interesse

dos alunos sobre o uso de experimentos nas aulas de química.

ATIVIDADE 2

Aplicação de um questionário sobre o tema do projeto. O objetivo desse

questionário é levantar as idéias prévias que esses alunos possuem sobre o tema da

unidade didática.

ATIVIDADE 3

Levar para a sala de aula diversos materiais alternativos que são do

conhecimento do aluno propondo à seguinte problematização: Você já pensou em

como são separadas a maioria das misturas que são encontradas no seu dia a dia?

Vocês poderiam propor algum método de separação para cada uma dessas

misturas?

Levantamento de hipóteses pelos alunos sobre o problema.

ATIVIDADE 4

Formação de grupos e escolha de uma hipótese para a análise e elaboração

de um plano prévio de investigação para o desenvolvimento de um procedimento

experimental com: título, objetivos, material utilizado, procedimento experimental,

resultados e conclusão.

ATIVIDADE 5

Realização dos experimentos escolhidos, discussão dos resultados com

seus respectivos grupos e elaboração de um relatório individual.

ATIVIDADE 6

Apresentação e discussão dos resultados por todos os grupos da sala ,bem

como dúvidas remanescentes sobre o desenvolvimento dos experimentos, algumas

variáveis e fechamento do assunto.

ATIVIDADE 7

Reaplicação dos questionários (anexos1 e 2) do início das atividades, para

verificação e validação da estratégia de ensino aprendizagem.

4. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

O projeto de intervenção pedagógica será desenvolvido no Colégio Estadual

Barão do Cerro Azul, ensino fundamental e médio na cidade de Ivaiporã estado do

Paraná, numa turma da 1ª série ensino médio, no primeiro semestre do ano letivo de

2013 utilizando quatro (4) aulas semanais que correspondem a 100% da carga

horária semanal da disciplina. Sendo assim, surge a importância de se trabalhar com

aulas geminadas para um melhor aproveitamento do tempo disponível no

desenvolvimento das atividades.

Primeiramente será fornecido pelo professor informações aos alunos sobre

o projeto e a metodologia a ser empregada, solicitará a autorização necessária da

direção da escola, dos pais e dos próprios alunos, necessários para que em outra

etapa do trabalho os resultados obtidos no projeto de intervenção possam ser

divulgados.

Ainda nesse contato o professor irá expor os objetivos que deseja alcançar

com o projeto incentivando-os a participar de todas as atividades propostas, pois

será utilizada uma metodologia que contribuirá com o rompimento passível do aluno

colocando-o em situações investigativas que oportunizem a análise e a reflexão de

problemas propostos onde o mesmo participará da construção do seu próprio

conhecimento científico, desenvolvendo atividades que promovam a tomada de

decisão, à chegada a conclusões, bem como criar condições que o façam utilizar

espontaneamente as habilidades de observar, trabalhar em grupo, comparar,

formular hipóteses e elaborar suas próprias conclusões, discutindo as mesmas e

também relacionando sua prática escolar com sua vida diária.

Antes do início da aplicação do projeto será aplicado um questionário para

conhecer o nível de interesse dos alunos sobre os experimentos nas aulas de

química (anexo 1), o mesmo será aplicado novamente no final do projeto para

verificar se houve mudanças nas respostas em relação ao primeiro questionário.

As atividades do projeto se iniciarão por meio de um questionário

diagnóstico (anexo 2), onde serão identificados os conhecimentos prévios dos

alunos sobre o tema a ser estudado, o mesmo questionário será reaplicado

novamente no final do projeto como parte do processo de avaliação da

aprendizagem dos alunos e também com o intuito de identificar mudanças de

comportamento e atitudes dos educandos, leitura de texto informativo, sobre

misturas (anexo 3).

Para dar continuidade a aula, serão levados para a sala, diversos tipos de

materiais alternativos como: gravetos, folhas, areia, terra, água, garrafas pet, colher,

tesoura, algodão, cascalho fino e filtro de papel, alem de diferentes tipos de

misturas, que serão utilizados no desenvolvimento dos experimentos propondo a

seguinte questão problema aos alunos:

Você já pensou em como são separadas a maioria das misturas que são

normalmente utilizadas no seu dia a dia?

A partir da problematização, instigar os alunos a levantarem hipóteses sobre

o mesmo e anotá-las no quadro, depois dividir a sala em grupos de no máximo

quatro alunos, para a elaboração de um procedimento experimental com uma das

hipóteses escolhida pelo grupo, com os materiais necessários para a investigação

da mesma, eles deverão elaborar um plano prévio de investigação ao experimento

proposto, executando-o e fazendo anotações dos dados e informações relevantes

ao processo, bem como um relatório individual do desenvolvimento do experimento,

com título, objetivo, material utilizado, procedimento experimental (descrever como

fizeram o experimento), resultados, discussão e conclusão (o que eles puderam

concluir a partir dos dados coletado nos experimentos).

Para finalizar, todos os grupos deverão apresentar seus experimentos para

a sala com discussão e depoimentos dos resultados obtidos, bem como possíveis

dúvidas remanescentes em relação ao tema estudado.

ANEXO – 1

Questionário de pesquisa inicial -1.

1) Você já realizou algum experimento químico aqui na escola?

( ) sim ( ) não

Se a resposta for afirmativa, onde?

( ) na sala de aula ( ) no laboratório

2) Você saberia explicar se existe alguma relação entre os conceitos

químicos ensinados nas aulas de química e o seu dia a dia?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

3) Quando realizadas, você acredita que as experiências químicas poderiam

te ajudar a entender a química ensinada na sala de aula? Justifique:

( ) sim ( ) não

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

4)Você acha que os experimentos realizados nas aulas de química ajudam

você a entender melhor os conteúdos, melhoram seu aprendizado e aumentam sua

participação nas mesmas? Por quê?

( ) sim ( ) não

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

5) Com qual frequência as aulas com atividades experimentais deveriam ser

realizadas na escola?

( ) semanalmente ( ) quinzenalmente ( ) mensalmente

( ) a cada bimestre

ANEXO – 2

Questionário de pesquisa inicial-2

1) Dê exemplos de misturas que você conhece e que faz parte do seu

cotidiano:

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2) Na sua opinião, a água do mar é uma mistura?

( ) sim ( ) não

3) Você sabe o que é uma mistura heterogênea? Justifique sua resposta.

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

4) O leite, a gelatina e o sangue são exemplos de que tipo de misturas ?

( ) homogêneas ( )heterogêneas

5) Você já pensou em como separar algumas misturas que são encontradas

no seu cotidiano? Explique como você faria essa separação.

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

ANEXO – 3

MISTURAS

A reunião de duas ou mais substâncias puras em quaisquer quantidades

num mesmo espaço, sem que isso venha alterar as características próprias de cada

espécie, isto é, sem que haja uma transformação química, denomina-se mistura.

SEPARAÇÃO DE MISTURAS

Como os materiais encontrados na natureza, na sua grande maioria, são

constituídos de substâncias puras (todo material que se caracteriza por apresentar

densidade, temperatura de fusão, temperatura de ebulição e outras propriedades

constantes), por isso, para obtê-las, é necessário separá-las. Entre os processos

que utilizamos diariamente para separar materiais podemos citar: coar café, catar o

feijão, aspirar a poeira do chão, peneirar areia, fazer coleta seletiva do lixo, etc.

Utilizam-se processos para a separação de misturas, mas o método a ser

empregado depende das condições materiais para utilizá-lo e do tipo de mistura a

ser separado. Você já pensou em como separar algumas misturas que são

encontradas no seu cotidiano? Para isso é necessário, em primeiro lugar, observar

se a mistura em questão é homogênea ou heterogênea, para em seguida escolher o

processo mais adequado para separá-la nem sempre é fácil classificar certas

misturas, porque isso depende de fatores como a visualização do microscópio, entre

outros.

MISTURAS HOMOGÊNEAS

Apresentam uma só fase em toda sua extensão.

Nas misturas homogêneas, é impossível distinguir superfícies de separação

entre os componentes, mesmo que se utilizem os mais poderosos instrumentos de

aumento. Não há, por exemplo, como detectar superfície de separação entre a água

e o sal em uma solução com essas substâncias.

MISTURAS HETEROGÊNEAS

Apresentam duas ou mais fases em toda sua extensão.

Na maioria das misturas heterogêneas, podemos detectar a superfície de

separação entre os componentes a olho nu. Há casos, entretanto, em que isso só é

possível com a utilização de microscópios, ultramicroscópios e microscópios

eletrônicos.

Anexo – 4

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM

Eu, (nome completo da pessoa fotografada), (nacionalidade), (estado civil),

portador(a) da Cédula de Identidade RG nº ___________, inscrito(a) no CPF sob o

nº_____________________, residente na Rua ________________ nº ____,

(cidade) – (estado), AUTORIZO o uso de minha imagem, constante na foto de

______________________________ (nome completo do fotógrafo), enviada à

Secretaria de Estado da Educação do Paraná, com o fim específico de publicação

de conteúdo pedagógico, sem qualquer ônus para a instituição e em caráter

definitivo.

A presente autorização abrangendo o uso da minha imagem na foto acima

mencionada é concedida à Secretaria de Estado da Educação do Paraná a título

gratuito, abrangendo inclusive a licença a terceiros, de forma direta ou indireta, bem

como a inseri-la em materiais para toda e qualquer finalidade, seja para uso

comercial, de publicidade, jornalístico, editorial, didático e outros que existam ou

venham a existir no futuro, para veiculação/distribuição em território nacional e

internacional, por prazo indeterminado.

Por esta ser a expressão da minha vontade, declaro que autorizo o uso

acima descrito, sem que nada haja a ser reclamado a título de direitos conexos à

imagem ora autorizada ou a qualquer outro, e assino a presente autorização em 02

(duas) vias de igual teor e forma.

Local e data ________________________________

Assinatura: _________________________________

Telefone para contato: (___) ___________________

(cada pessoa que aparecer na foto deverá assinar um termo como este).

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, R. G.; GOMES, M. M.; LOPES, A. C. Contextualização e Tecnologias em Livros Didáticos de Biologia e Química. Investigações em Ensino de Ciências, v.10, n. 3. 2006. AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA, M. A; AXT, R. Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra. 1991. CANTO, E. L. e PERUZZO, T.M. Química na abordagem do cotidiano, vol. 2 – Físico-Química. 4. Ed. São Paulo: Moderna, 2006. CHASSOT, A. I. ET. AL. Química do cotidiano: Pressupostos teóricos para a elaboração de matéria didático alternativo. Espaços na escola, n. 10, p. 47-53, 1993. FELTRE. Ricardo; Química - Volumes 1, 2, 3; Ed. Moderna; 2004. FERREIRA, L. H.; HARTWIG. D.H. e ROCHA FILHO< R.C. Algumas experiências simples envolvendo o princípio de Le Chatelier. Química Nova na Escola, v. 5, p. 28-31. 1997. FRANCISCO JR., W. E, FERREIRA, L. H. e HARTWIG, D. R. Experimentação Problematizadora: Fundamentos Teóricos e Práticos Para a Aplicação em salas de Aula de Ciências. Revista Química Nova na Escola, n. 30, 34-41, 2008. GALIAZZI, M. C., GONÇALVES, F. P. A Natureza Pedagógica da Experimentação: Uma Pesquisa na Licenciatura em Química. Química. Química Nova, v. 27, n. 2, 326-331, 2004 GALIAZZI, M. C., ROCHA, J. M. B., SCHIMITZ, L. C., SOUZA, M. L., GIESTA, S., GOLÇALVES, F. P. Objetivos das Atividades Experimentais no Ensino Médio: a

pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Química Nova na Escola, 239-350, 2001. GALIAZZI, M. C.; GONÇALVES, F. P. A natureza pedagógica da experimentação: uma pesquisa na licenciatura em química. Química Nova. São Paulo. v. 27, n. 2, p. 326-331, mar./abr. 2004. GIORDAN, M. 1999. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química nova na escola, n. 10. Disponível em: p. 43-49. HTTP://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc10/pesquisa.pdf. GIORDAN, M.; O papel da experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola, nº. 10, 1999. GUIMARÃES, C. C. Experimentação no Ensino de Química: caminhos e descaminhos rumo à aprendizagem significativa. Química Nova. São Paulo. v. 31. , n. 3, p.198-2002, agosto, 2009. PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Química para a Educação Básica. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação. SEED, 2008. REIS, Martha; Química Integral; Ed. FTD; 1993. REVISTA ESCOLA, Edição 185 – 09/2005. SUART, R. C. e MARCONDES, M.E.R. A manifestação de habilidades cognitivas em atividades experimentais investigativas no ensino médio de química. Ciência e Cognição, v. 14, p. 50-74, 2009.