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1 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE ESTABELECIMENTO Nome do estabelecimento: EB1 com Jardim de Infância de Urra Código GEPE 1214697#1 Código estabelecimento 279754 Nome do agrupamento: Agrupamento nº 1 de Portalegre Morada: Avenida 25 de Abril, 7300- 576 Urra Telefone: 245382402 Fax: E-mail: [email protected] Distrito: Portalegre Concelho: Portalegre

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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE ESTABELECIMENTO

Nome do estabelecimento: EB1 com Jardim de Infância de Urra

Código GEPE1214697#1

Código estabelecimento279754

Nome do agrupamento: Agrupamento nº 1 de Portalegre

Morada: Avenida 25 de Abril, 7300- 576 Urra

Telefone: 245382402 Fax:

E-mail: [email protected]

Distrito: Portalegre Concelho: Portalegre

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Programa da semanaHoras 2ª feira – dia 3 3ª feira – dia 4 4ª feira – dia 5 5ª feira – dia 6 5ª feira – dia 7

9h 30m

11h

. Sr. Padre Marcelino (a história do Filho Pródigo)

. Fátima Flores – mãe de aluna Mafalda da turma A – uma história de amor

. Agente da P.S.P. – João Aragonez – pai de aluna Carolina do Jardim de Infância – História do Zé Pimpão

. Exposição de materiais dos dinamizadores e dos alunos – na BE/CRE

. Florbela Silva – mãe dos alunos Lucas da turma A e Rodrigo do Jardim de Infãncia -

. Srª Jacinta Calado – avó de aluno Miguel da turma B -

. Cláudia de Carvalho – mãe de aluna Beatriz da Turma A e do aluno Salvador do Jardim de Infância

. Joaquina Trindade – mãe de aluno Pedro da Turma B

14h . Poeta Popular António Valério – vários poemas da sua autoria

. Idosos do Centro Social e Paroquial de S. Tiago de Urra – histórias de antigamente, lengalengas, rimas e provérbios

. João Laranjo – Representante da Associação de Pais e pai de aluno Tiago da turma A – concurso de adivinhas associado a expressão fisico-motora

. Coordenadora da BE/CRE – História do Nabo Gigante . Lançamento de quadras ao desafio

. Directora do Centro de Bem Estar – História da Cabacinha

. Isabel Valério e Palmira Pereira – auxiliares e respectivamente mães de alunas Ana e Mónica da Turma A – Teatrinho de imagens com da História da Formiga Rabiga

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Materiais de divulgaçãoCARTA AOS PAIS

Aos Pais e Encarregados de EducaçãoO Plano Nacional de Leitura propôs a todas as escolas que organizassem actividades educativas para comemorar a Semana da Leitura 2008 que irá decorrer de 3 a 7 de Março.A nossa escola aderiu a esta iniciativa, destinada a celebrar e incentivar o prazer de ler entre crianças e jovens.Iremos realizar várias actividades e gostaríamos de poder contar com a participação das famílias e de amigos que tenham disponibilidade para vir à escola. As actividades são as seguintes:Leitura para os alunosContar históriasOuvir ler os alunosConcursosDramatizaçõesPoemasSugerimos que entre 3 e 7 de Março venham assistir à apresentação das leituras que os alunos farão na escola (ou a outra actividade).Gostaríamos também de poder contar convosco para:Lerem com o vosso filho uma pequena história, um poema ou um livro informativo de que ambos gostem (durante 5 a 10 minutos)ouApresentarem às crianças um livro que achem apropriado ou contarem uma história com o apoio de um livro (durante 5 a 10 minutos)Caso algum elemento da família ou amigo possa participar, gostaríamos que preenchessem a ficha e a devolvessem até ao dia 28 de Fevereiro.

Data: 22 de Fevereiro de 2008 Ana Sequeira – Coord. de Estabelecimento Conceição Garcia _ Coord. da BE/CRE

Mecenas

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Outros materiais

Cartaz de Divulgação

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Actividades realizadasActividade: História do Filho

Pródigo

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Pároco da aldeia – P. Marcelino

Local: BE/CRE

Dia: 03/03/08

Breve descrição: O Sr. Padre Marcelino contou a história do filho pródigo, trocou impressões com os alunos, tocou viola e houve acompanhamento de mímica.

Os alunos recontaram a história.

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Fotografias legendadas

Momento de animação musical e mímica – P. Marcelino

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Actividades realizadasActividade: Poeta Popular de Urra

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: António Valério

Local: BE/CRE

Dia: 03/03/08

Breve descrição: O poeta recitou 3 poemas da sua autoria

A poesia é FascinanteCedinho me fascinouDentro de mim se enraizouNão há quem de mim a arranqueÉ como uma árvore pujanteQue os ventos nunca hão-de levarTenho orgulho em a divulgarDou à poesia muito amorSou dela um declamadorÉ verdade não o posso negar.A poesia não se compra nem se vende Nasce com a própria pessoaEmbora que por vezes nos doaÀ nossa alma se prendeÉ luz que se acendeE que ilumina o meu doce coraçãoÉ por essa a razãoQue eu sempre a hei-de cantarPasso horas a versejarA poesia é toda a minha paixão.

MoteSou poeta popular Nasci com essa vocaçãoÉ verdade não posso negarA poesia é toda a minha paixão

Aos catorze anos de idadeComecei a montar cantigasCantava-as às raparigasNos montes lá na herdadeDesses tempos tenho saudadesFaz-me bem recordarDá-me saúde é salutarDisse e digo aqui agoraA poesia em mim moraSou poeta popular.Canto ao meu povo ao meu paísAo meu Alentejo à minha PátriaPoemas que retrataA alma de quem os dizSão versos que eu fizCom carinho amor e dedicaçãoVersos que a mim me dão Prazer orgulho e alegriaSou filho da poesia Nasci com essa vocação.

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Fotografias legendadas

Interacção do Poeta Popular – António Valério com os alunos

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Actividades realizadasActividade: Contar histórias

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Fátima Flores – mãe

Local: BE/CRE

Dia: 04/03/08

Breve descrição: A convidada contou várias histórias, entre as quais uma que apelava a alguns valores morais.

Uma aluna perguntou à professora o que era o amor e a professora queria -lhe responder e pediu aos alunos

que trouxessem uma coisa sobre o amor.Uma menina trouxe uma flor, outra trouxe uma

borboleta e outra trouxe um passarinho.Uma menina ficou muito vermelha e envergonhada

porque não trazia nada.A professora olhou para ela e perguntou-lhe porque é

que não trazia nada.A menina disse-lhe:

Encontrei a flor, mas como tinha muito perfume deixei-a lá ficar para ter mais perfume, encontrei a borboleta, tinha umas asas muito coloridas e como estava a voar

tão alegre, tive pena de a encerrar e deixei-a voar, depois encontrei o passarinho que estava caído no

ramo de uma árvore e como a mãe estava tão triste, deixei-o lá ficar e pô-lo no ninho. TROUXE TODO O

AMOR NO CORAÇÃO, do perfume da flor, da liberdade da borboleta e da alegria da mãe do

passarinho.A professora deu-lhe a nota mais alta e ficou muito

contente com a menina

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Fotografias legendadas

Fátima Flores - Uma história que fala de amor…

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Actividades realizadasActividade: A história do Zé Pimpão e

outras

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: João Aragonez – Agente da P.S.P. e pai

Local: BE/CRE

Dia: 04/03/08

Breve descrição: O convidado contou a história do Zé Pimpão que alerta para as medidas de segurança no trânsito.

Trocou impressões com os alunos.

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Fotografias legendadas

Interacção do Agente da P.S.P. - João Aragonez com os alunos

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Actividades realizadasActividade: Tempos de

antigamente – tradição oral

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Idosos do Centro

Local: BE/CRE

Dia: 04/03/08

Breve descrição: As idosas contaram histórias de antigamente, lengalengas, rimas e provérbios.

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Fotografias legendadas

Interacção das Idosas – D. Anita, D. Eva, D. Maria José e D. Felicidade com os alunos

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Actividades realizadasActividade: Concurso de adivinhas,

com recurso a actividade físicaParticipantes: Todos os Alunos da

EscolaConvidados: João Laranjo –

Representante da Associação de PaisLocal: Pátio da escolaDia: 05/03/08

Breve descrição: Era feita uma adivinha; quem acertasse na resposta da adivinha ia tentar enfiar o ringue num cesto que era uma casinha..

Quem fizesse mais pontos ganhava o concurso.

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Fotografias legendadas

Actividade lúdica/ Concurso de Adivinhas – João Laranjo com os alunos a tentar enfiar o ringue na casinha.

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Actividades realizadasActividade: Leitura de contos e poesia

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Florbela Silva - mãe

Local: BE/CRE

Dia: 06/03/08

Breve descrição: A convidada leu a história dos três porquinhos de forma original e desconhecida para as crianças.

Recitou um poema sobre uma boneca.

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Fotografias legendadas

Florbela Silva a ler o poema da boneca.

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Actividades realizadasActividade: Histórias tradicionais,

provérbios e adivinhas

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Jacinta Calado - avó

Local: BE/CRE

Dia: 06/03/08

Breve descrição: A Srª Jacinta contou histórias do tempo dela e incentivou as crianças também a contarem; lançou adivinhas e provérbios, apelando ao seu sentido.

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Fotografias legendadas

A Srª Jacinta desafiando os alunos a decifrarem o significado de alguns provérbios. Os alunos dizendo adivinhas.

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Actividades realizadasActividade: Conto animado, com

recurso a onomatopeias

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Coordenadora da BE/CRE

Local: BE/CRE

Dia: 06/03/08

Breve descrição: A Coordenadora da BE/CRE contou a história “O Nabo Gigante”; levou os alunos a dramatizar a história, imitando as vozes dos animais.

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Actividades realizadasActividade: Quadras ao desafio

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Coordenadora da BE/CRE

Local: BE/CRE

Dia: 06/03/08

Breve descrição: A Coordenadora da BE/CRE apresentou quadras com as palavras “ler, livro, leitura, biblioteca” e propôs a elaboração de novas aos alunos.

SEMANA DA LEITURA 3 A 7 de Março de 2008

“QUADRAS AO DESAFIO” Com ajuda ou sozinho, queres imaginar uma quadra

onde entre uma das seguintes palavras, como no exemplo que segue?

ler livro leitura biblioteca

Ex.:“Gosto de brincar e jogarGosto muito de aprenderE também para sonhar

Tenho muito gosto em ler”

Agora a tua quadra:_________________________

_______________________________________________________________

Nome: ________________ Ano: _____ Turma: __________

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Actividades realizadasActividade: Dramatização “A História da

Cabacinha”

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Centro de Bem-Estar de Urra – Directora Paula Ceia e empregadas

Local: BE/CRE

Dia: 06/03/08

Breve descrição: Dramatizaram a história de “Corre, corre cabacinha” e levaram os alunos a fazer o mesmo de seguida.

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Fotografias legendadas

Os elementos do Centro de Bem-Estar de Urra a dramatizar a história da Cabacinha e os alunos a reproduzirem-na.

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Actividades realizadasActividade: Fábulas

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Cláudia de Carvalho - mãe

Local: BE/CRE

Dia: 07/03/08

Breve descrição: A convidada contou uma história sobre animais. A cada criança era atribuído um animal. Tinham que fazer a sua voz quando a convidada se referia ao animal que representavam.

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Actividades realizadasActividade: Leitura de uma

história

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Joaquina Trindade - mãe

Local: BE/CRE

Dia: 07/03/08

Breve descrição: A convidada leu uma história aos alunos.

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Actividades realizadasActividade: Teatro “A Formiga rabiga”

Participantes: Todos os Alunos da Escola

Convidados: Isabel Valério e Palmira Pereira – mães e auxiliares da escola

Local: BE/CRE

Dia: 07/03/08

Breve descrição: As convidadas apresentaram o teatrinho com cenário e materiais (personagens) elaborados pelas próprias, com a sua voz e música de fundo.

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Comentários finais• Embora estejamos sempre prontos a receber, a colaborar e a ser apoiados pela a

comunidade educativa e institucional, a Escola Básica do 1º ciclo com Jardim de Infância de Urra aproveitou “a semana da leitura” para trazer à nossa Biblioteca várias pessoas da comunidade, pais e avós para desenvolverem actividades relacionadas com a leitura.

• Convidámos os pais, os avós e pessoas da comunidade para virem à escola e muitas pessoas se prontificaram e responderam ao nosso pedido.

• Contámos com a presença do Srº Padre Marcelino e de um Poeta Popular da nossa freguesia - António Valério.

• Pedimos também a participação dos nossos idosos do Centro Social e Paroquial de S. Tiago de Urra para virem à nossa biblioteca interagir connosco, falar nas suas experiências de vida e das histórias que se contavam quando eles eram da nossa idade. Ao longo de todas a semana, tivemos a presença dos Encarregados de Educação: Fátima Flores, João Aragonez, João Laranjo, Florbela Silva, Jacinta Calado, Paula Ceia, Cláudia de Carvalho, Joaquina Trindade, Isabel Valério e Palmira Pereira.

• Pedimos desculpas se nos falhar algum nome, uma vez que muitos foram os colaboradores.

• Agradecemos a todos pelo sucesso alcançado!

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Trabalhos dos alunos(reconto feito pelos alunos da história do Filho Pródigo)

Um pai muito rico tinha dois filhos, o Tomé era o mais velho e o Filipe o mais novo.O pai dividiu a fortuna pelos dois filhos.O filho mais novo pegou no dinheiro e foi-se embora, nunca mais deu notícias ao pai, nem se estava

morto ou vivo. Gastou o dinheirinho todo e ainda teve de vender a roupa e os sapatos que tinha.Não arranjava trabalho, um senhor deu-lhe serviço a tratar dos porcos, mas disse-lhe que ele não

podia comer, nem a comida dos porcos.Ele já estava farto de passar fome e de não conseguir arranjar trabalho, resolveu voltar para casa do

pai, pedir-lhe desculpa e podia ser que o pai o aceitasse como empregado.O pai quando viu aparecer o filho mais novo, que ele já pensava que estava morto, ficou muito

contente, desculpou-o, disse para os criados lhe darem um banho, lhe vestirem as melhores roupas e preparassem uma grande festa.

O filho mais velho quando chegou do campo ficou admirado com tanto barulho e perguntou a um criado o que se passava. O criado disse que o irmão mais novo tinha voltado para casa e que o pai tinha mandado fazer uma grande festa.

O filho mais velho ficou muito zangado e com ciúmes e disse que não ponha mais ali os pés.Depois o pai foi falar com ele e disse-lhe que ele sempre tinha estado ali ao lado dele, mas o irmão

mais novo estava desaparecido, até podia estar morto, por isso é que tinha ficado contente, por ele estar vivo e ter voltado para casa.

O irmão mais velho pensou melhor e foi pedir desculpa ao pai e ao irmão e ficaram muito felizes na festa.

O padre Marcelino disse que o pai era Jesus, que tinha um coração maior que o mundo.

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Poemas do Poeta Popular

António Valério

Urra minha terra natal Tens coisas maravilhosas

As criancinhas as tuas rosasAs mais lindas do teu roseiralA tua juventude é excepcional

Cada idoso uma relíquia velhinhaDuma graça divina

Tuas paisagens tão deslumbrantesEntre as serras e os montes

Uma aldeia branquinha

Aonde o sol radia Todo o teu esplendor

Brilhas como a mais linda flor A tua beleza me contagiaTerra de Deus e de Maria

Santiago o teu Altar Onde se vai rezarCom fé e devoção

O teu povo é meu irmãoFoste meu berço és meu lar.

És meu povo és meu paísPedaço de chão Sagrado

Em ti nasci em ti fui baptizado Em ti meu casamento fiz

Sou teu filho tua raizAtua beleza me fascina

Tu és pequeninaMas com muita nobreza

Moça e menina.

Foste minha maternidade És-me tão amada e tão querida

Terra mãe fonte de vidaNinho da minha felicidade

Falo de ti com muita vaidadeTenho muito orgulho em ti morar

Ao longe te vejo branquearSinto saudades quando te não vejo

Princesa deste velhinho AlentejoLinda sempre te hei-de chamar.

MoteUrra aldeia branquinhaFoste meu berço és meu larMoça e meninaLinda te hei-de chamar

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Poemas do Poeta Popular

António Valério

Prendi gado na arribanaDormia no corredor A palha era o meu cobertorComia sete açordas por semanaTirei cortiça fiz lenhaAterrei fornos de carvãoFui paquete amassei pãoSerrei azinheiras e eucaliptosDe vinho bebi aos litrosFui carreiro fui ganhão

Cavei terra na hortaPrendi bois aos aradosForam os meus ossos maltratadosQuando era à noite à soltaColhi azeitona apanhei bolotaEra numa barraca a minha dormidaTinha uma manta apodrecidaE uma casaca debruadaNunca ganhei quase nadaFiz quase tudo na vida

Fui semeador fui adobeiroLimpei sobro e azinho O meu conduto era toucinhoChouriço nem o cheiroGuardei cabras fui vaqueiroO que nunca fui foi ladrãoEstive doente mordeu-me um cãoSó tive um fatinho toda a a minha mocidadeEra ruim e de fraca qualidadeGuardei ovelhas de alavão

De éguas guardei manadasLevei gado a pé para as feirasMalhei favas e grãos nas eirasDe aveia e trigo fiz carradasComi sopas mal temperadasCouves e batatas era a minha comidaEu trabalhei na HidraLavrei com parelhas terra duraAmansei novilhos com muita bravuraE guardei porcos de corrida.

MoteFui carreiro fui ganhãoFiz quase tudo na vidaGuardei ovelhas de alavãoE guardei porcos de corrida

António Poeiras Valério - Urra

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Trabalhos dos alunosHistória contada pelo João Pedro do Jardim de Infância

O Zé Pimpão

Era uma vez um senhor que resolveu comprar um carrinho. Pintou-o de uma cor muito vistosa e arranjou-o todo, com pneus de corrida e com uma

buzina muito barulhenta.Começou a andar muito depressa, não parava nos sinais, fazia muitas trapalhadas, fazia peões e buzinava para chamar a atenção das pessoas. Quando os outros andavam mais

devagar, chamava-lhes caracol, azelha, lesmas, etc. E também chamava nomes às senhoras que encontrava a conduzir.

Ia para a porta da escola e começava a acelerar, a buzinar e a olhar para as meninas.Gostava de ultrapassar na auto-estrada.

Não guardava o lixo no carro porque cheirava mal e dava trabalho e era justiça a mais deitá-lo para o contentor e então deitava-o pelo vidro do carro para a estrada.

Por essas coisas começaram-lhe a chamar ZÉ PIMPÃO.Um dia o Zé Pimpão ia a conduzir muito depressa, a estrada estava molhada e ao fazer

uma curva apareceram lhe dois meninos à frente e ele atropelou-os. Ele foi na ambulância para o hospital e foi todo ligado com ligaduras.

A partir daí o único carro que ele conduzia era a cadeira de rodas.

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Trabalhos dos alunos

Hoje de tarde vieram cá as velhotas do Lar de S. Tiago para nos contarem algumas coisas do tempo delas. Eram quatro senhoras e contaram-nos histórias e disseram poesias. Uma das senhoras já tinha vindo mais vezes à escola, que é a D. Anita e gosta muito de falar

com os meninos e de contar histórias. Também gostam de falar de coisas do tempo delas e nós gostamos de as ouvir. A D. Anita contou-nos uma história de três irmãos que

queriam trabalhar e ninguém lhes dava trabalho. Então um senhor deu-lhes trabalho, mas não tinha dinheiro para lhes pagar, então ao primeiro pagou-lhe com uma toalha que quando lhe diziam “Põe-te mesa “, a toalha enchia-se de comida; ao segundo irmão

pagou-lhe com um carneiro que quando diziam “Sacode-te carneiro”, saía dinheiro e ao terceiro irmão pagou com um pão que quando o mandavam desatava à porrada a toda a

gente.Os dois primeiros irmãos quando voltavam para casa, deixaram-se enganar pelo dono da estalagem onde dormiram e ficou-lhes com as coisas. O irmão mais novo não se deixou enganar e disse ao pau para bater no dono da estalagem. O pau não deixou de lhe bater

até ele devolver todos os presentes.E o irmão mais novo voltou para casa do pai com os presentes todos e viveram muito

felizes. A D. Felicidade contou a história do Periquito e da Periquita, que eram dois irmãos. As outras duas senhoras, chamavam-se D. Eva e D. Maria José disseram-nos poesias,

quadras e adivinhas.

Descrição da actividade pelos meninos do Jardim de Infância

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Trabalhos dos alunosReconto da história contada pela Florbela, mãe do Lucas e do Rodrigo Silva:

Era uma vez os três porquinhos e eles queriam-se ir embora para outras terras, porque já estavam crescidos e gordinhos.

Depois a mãe disse que havia muitos perigos para porquinhos gordinhos como eles e para eles construírem uma casinha para se abrigarem.

Os porquinhos procuraram palha e construíram uma casinha. O Lobo passou por ali, viu a casinha e disse que estava muito cheio porque tinha comido duas ovelhas, mas mais tarde

ia comê-los, se não fosse amanhã era daqui a três dias.Depois soprou a casa e a casa voou.

Os porquinhos cheios de medo foram à procura de troncos de árvores e fizeram uma casa nova e puseram uma tranca na porta.

No dia a seguir o lobo passou e viu a casa mas como estava muito cheio porque tina comidos três cordeiros não os comeu, tinha a barriga cheia. Soprou a casa e a casa

desmanchou-se toda e o lobo disse que mais tarde ou mais cedo ia comê-los.Os porquinhos cheios de medo foram procurar pedras e construíram uma casa MAIS

RESISTENTE QUE AS OUTRAS e até lhe puseram uma chaminé muito alta.Passados muitos dias apareceu outra vez o lobo e disse que estava esfomeado e que ia

comê-los.Começou a arranhar as paredes com as unhas e começou a deitar sangue, depois foi para o telhado para entrar pela chaminé caiu cá para baixou que ficou tão aleijado que fugiu dali

para fora e nunca mais voltou e os porquinhos ficaram felizes para sempre

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Trabalhos dos alunosA avó do Miguel Marmelo, a senhora Jacinta Calado veio à escola contar histórias e dizer poesias, provérbios

e adivinhas.Contou-nos a história do Burro que era um relógio e a história do velho, o rapaz e o burro.

Disse-nos uma poesia muito bonita sobre a preguiça e adivinhas que nós não sabíamos, era uma muito bonita sobre o vinho e a aguardente

O que contou a Srª Jacinta…Havia um homem que foi ver de trabalho, o dono da casa disse que lhe dava trabalho, mas que

na casa dele não existiam relógios porque o relógio dele era sempre o burro, o homem disse que isso não era problema, e aceitou o trabalho. O patrão disse-lhe que quando

ouvisse o burro zurrar era para se levantar e trabalhar; ele aceitou.No primeiro dia às 8 horas o burro zurrou e o homem levantou-se logo e foi trabalhar. Ao meio

dia o burro voltou a zurrar e o homem foi almoçar, passada uma hora zurrou outra vez para voltar a trabalhar, e às 5 horas zurrou para terminar o dia de trabalho. No outro dia às 7 da manhã o burro começou a zurrar; o homem ficou admirado: era 1 hora mais cedo, mas lá foi. O dia correu mais ou menos. No outro dia às 6 horas da manhã o burro a zurrar outra vez mais cedo. O homem ficou muito admirado, mas lá foi trabalhar. O dia correu mais ou menos igual ao outro. No dia seguinte, o burro às 5 da manhã voltou a zurrar. O homem

levantou-se, pegou num pau e deu uma carga de porrada no burro que ele dava coices. O dono ouviu e veio ver o que era e diz para o criado: “Tu dás-me cabo do burro rapaz!”

E o homem respondeu-lhe que só estava a acertar o relógio, que andava um pouco descontrolado.

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O que contou a Sr.ª Jacinta…

Preguiça ainda de peitoMuito custou a criarQuase que morreu de fomeCom preguiça de mamarPreguiça aprendeu a ler Ler escrever e contarDeixava memória em casaCom preguiça de a levarPreguiça aprendeu costuraMas que sempre costuravaSó para não por o dedalSempre seus dedos picava

Preguiça e o desmazeloJuntaram-se em casamentoLevando os dois um bom doteUma mão cheia de ventoPreguiça tem dois filhos Ó que linda geraçãoO mais novo dona fomeE o mais novo velho dom ladrãoQuanto a preguiça morre Até o monte maninhoAté fregueses da serra Darão rosas pão e vinho

A preguiça

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O que contou a Sr.ª Jacinta…

Sou senhora não soberbaDe espírito elevado

Muitos homens no mundoTenho feito desgraçados

Tenho um irmão muito agreste Que de mim anda ausente sempre

Minha avó velha enfeitada sem bordãoNão se sustêm porque a catem

De ano a ano dará tudo quanto tem

Para bodas e baptizadosA mim me convidarão

Para gostos e temperosFalem lá com o meu irmão

Adivinha

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Trabalhos dos alunosQuadras ao desafio

Na biblioteca encontreiUm livro para lerGosto muito da leituraPorque gosto de aprenderTomás Santos Pré- primária

Com a leitura não me entendoCom a matemática também nãoMas com esforço vou conseguirPara não ouvir um sermão.Dinis Realinho Pré- primária

Eu hoje fui verUma grande biblioteca Onde ouvi lerUma bonita históriaDuarte Santos Pré- primária

Eu vou à bibliotecaUm livro vou buscar Gosto de andar de bicicletaE á bola vou jogarDavid Fé -1º ano A

À biblioteca fui buscar Um lindo livro para lerA leitura ajuda-nos a imaginarO que os olhos não podem verTeresa Pombo - 1º ano A

Com colegas vou à bibliotecaCom amigos à discotecaCom as meninas vou estudarCom os meninos vou brincarBeatriz Leitão - 2º ano A

Se vou à bibliotecaFazer uma leituraAbro o livro para lerE viver uma aventuraMafalda Flores - 1º ano A

Vou à biblioteca lerA leitura faz-me bem O livro é um amigoA professora tambémAna Sofia - 2º ano A

Na biblioteca da minha escolaHá muito livro para ler Leitura e jogar à bolaEis o que preciso para bem crescerTiago Laranjo - 1º ano A

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Trabalhos dos alunosQuadras ao desafio

Um dia fui à bibliotecaPara escolher um livroEsse livro tem uma bonecaUma boneca linda é de vidroInês Matos – 3º ano B

Eu gosto da leituraE também de brincarMas lá na escolaÉ para estudar.Mafalda Velez – 3º ano B

Quando estou na escolaSou um bocadinho tarecaGosto muito de brincarE de ir à bibliotecaMarta Casado – 3º ano B

Gosto muito dos livrosNeles aprendi a ler Eles são uma grande Riqueza para quem quer aprenderInês Cordeiro – 3º ano B

Sou um rapaz já crescidoQue gosta muito de leitura Um livro é como um amigoQue me conta uma aventura João Miguel – 3º ano B

Gosto muito de lerUm bom livroQue tenha uma boa leituraAssim fico com mais cultura.Liliana Nozes – 3º ano B

Gosto muito da escola,Gosto muito de escreverEm casa quando estou sozinha Começo logo a lerAna Margarida – 4º ano B

No mundo dos livrosE uma leituraQuando vou para a bibliotecaEu fico logo apaixonadaAna Lúcia – 3º ano B Eu goto de leituraEu gosto da bibliotecaQue muito duraComo a minha cadela tecaMiguel Marmelo - 4º ano B

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Trabalhos dos alunosHistória da “Cabacinha”

A mãe do Diogo Ceia veio dramatizar a história da Cabacinha. As educadoras lá do Infantário de S. Tiago vieram ajudar a fazer as personagens e o narrador da história.

Era uma velhinha e o lobo e o leão queriam-na comer e ela disse que ia ao casamento da neta e quando de lá viesse, vinha mais gordinha.

Eles deixaram-na ir e esperar que ela voltasse do casamento. A velhinha estava muito preocupada e a netinha arranjou uma cabaça, meteu a avó lá dentro, fechou a cabaça e

lá vai ela a rebolar para casa.Quando passa pelo lobo e pelo leão, eles perguntam à cabacinha:

Ó Cabacinha viste para aí uma velhinha?Eu não vi velhinha, nem velhão

Corre, corre, cabacinhaCorre, corre, cabação.

Respondeu a cabacinha. E lá foi caminho de casa com a velhinha lá dentro.E, assim, enganaram o lobo e o leão.

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Proposta de trabalho para os alunos- preencher lacunas

Corre corre cabacinha!!Era uma vez uma velhinha que vivia só, na sua casinha da aldeia.

Certo dia, recebeu uma carta da sua neta, que vivia numa terra distante. A carta trazia-lhe uma grande alegria – a neta ia casar-se e convidava a avozinha para assistir ao seu casamento.

Tão contente ficou que imediatamente se pôs a caminho para não chegar atrasada.Depois de ter andado alguns quilómetros, surgiu à sua frente um grande lobo que lhe disse numa voz rouca:

- Ai, velhinha, que eu como-te!- Ai, não me comas, que eu estou muito magrinha. Vou ao casamento da minha neta e, quando de lá voltar, já

venho mais gordinha!- Está bem na volta cá te espero! - respondeu o lobo e deixou-a seguir caminho.

Lá mais adiante, surgiu-lhe na frente um urso, que, pousando-lhe as patas nos ombros, lhe disse ao ouvido:- Ai, ________, que eu como-te!

- Ai, não me comas, que eu estou muito ____________. Vou ao casamento da minha neta e, quando de lá voltar, já venho mais gordinha!

Tal como o lobo, o urso achou que a velhinha tinha razão e deixou-a seguir viagem, dizendo:- Está bem na volta cá te _________!

Já quase no fim da viagem, uma terceira fera apareceu à velhinha – era um leão. - Ai, velhinha, que eu _________!

- Ai, não me comas, que eu estou muito magrinha. Vou ao casamento da minha _______ e, quando de lá voltar, já venho mais ___________!

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Proposta de trabalho para os alunos

- preencher lacunas (continuação)O leão também achou que era melhor esperar que ela voltasse mais gordinha. Então disse-lhe:

- Está bem na ______ cá te espero!Muito assustada a velhinha continuou o seu caminho até que chegou, por fim a casa da neta. Contou

tudo o que lhe acontecera e a neta aclamou-a dizendo que não haveria problema nenhum.O casamento foi muito bonito e a velhinha estava muito feliz.

Mas, quando se decidiu a voltar para a sua casa, começou a ficar com muito medo. A neta correu ao quintal, cortou a cabacinha maior e mais redondinha que lá tinha abriu-lhe uma pequena porta e a

velhinha entrou nela. A neta voltou a fechar a cabacinha.

Então a viagem começou quando a cabacinha e a velhinha rebolavam estrada fora .

A certa altura passaram ao pé do leão, que perguntou:- Oh _________ não viste para aí uma velhinha?A velhinha de dentro da cabacinha respondeu:

- Não vi _______ nem velhinha,Não vi velha nem velhãoCorre corre cabacinha Corre corre cabação!!!

O leão fez cara de admirado!A cabacinha continuou rebolando pela estrada for a.

Um pouco mais à frente estava o urso, esperando. Este resolveu perguntar:- Oh cabacinha não viste para aí uma _________?

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Proposta de trabalho para os alunos

- preencher lacunas (continuação)De dentro da cabacinha, a mesma voz respondeu:

-Não vi velha nem velhinha,Não vi velha nem velhão

_______ ________ cabacinha Corre corre cabação!!!

A cabacinha continuou rebolando, rebolando, sempre a toda a pressa. • O urso não percebeu nada do que via e ouvia…

Mais perto de casa estava o lobo esfomeado. Ao ver a cabacinha perguntou-lhe:- Oh cabacinha não ______ para aí uma velhinha?

De dentro da cabacinha a voz da velhinha fez-se ouvir:

- Não vi velha nem velhinha,Não vi velha nem velhãoCorre corre cabacinha Corre corre cabação!!!O lobo pulou de raiva.

Finalmente a nossa velhinha chegou a casa. Não havia mais perigos.Pela estrada for a tinham ficado, enganados, os seus três inimigos.

A cabacinha salvara-lhe a vida.

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Reconto da Formiga Rabiga

A Isabel e a Palmira fizeram um teatro de fantoches ou bonecos da

“Formiga Rabiga”

Gostámos muito do teatro e nós também fizemos o teatro.

Era uma formiguinha que queria ser branquinha e meteu-se na farinha.

Depois as outras formigas pensavam que ela era farinha e queriam-

na apanhar para comer. A Rabiga apanhou um grande susto e tomou

banho num alguidar para tirar a farinha. Como a água estava muito

fria apanhou uma grande constipação e teve de ficar de cama. Ela nunca

mais quis ser branquinha.

História dos meninos do Jardim de Infância

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Mensagens dos alunos ao PNL

• O Plano Nacional de Leitura é bom porque nós lemos mais!

• Já tivemos dois anos a Semana da Leitura e gostámos muito.

• Queremos que se faça sempre uma Semana da Leitura todos os anos porque os nossos pais vêm à escola ouvir-nos ler e ler para nós!

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Mensagens dos docentes ao PNL

Haver uma Semana da Leitura obriga-nos a dedicar um pouco mais do nosso tempo a a essa “arte”, ao mesmo tempo que temos a possibilidade de contactar melhor com os familiares e amigos dos nossos alunos.

O Plano Nacional de Leitura permite-nos “abusar” da leitura, da tradição oral e desenvolver nos alunos o gosto pelo imaginário. É de continuar!

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Mensagens das famílias ao PNL

Os nossos filhos adoram a Semana da Leitura e nós acabamos por lhes dar mais atenção no que diz respeito à escola.

Temos a possibilidade de conviver com os professores, lado a lado, onde somos também parte do sistema. Estamos à frente da turma toda e contamos histórias aos nossos filhos e colegas.

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Outras mensagens ao PNL

Penso que o Plano Nacional de Leitura é um projecto que permite equipar melhor as Bibliotecas Escolares. No que diz respeito à Semana da Leitura, esta é proveitosa, tanto a nível de aprendizagens, como de troca de experiências e de convivência social!

É de continuar a fazer-se!A Coordenadora da BE/CRE – Conceição Garcia

No nosso blogue: http://www.beassentos.blogspot.com há mais para ver sobre a semana da leitura.

Obrigada!