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1 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Título: VIVENCIAS CORPORAIS: CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO MOTOR DE ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.
Autor
Raquel Thomazella Biazon
Disciplina/Área Educação Física
Escola de implementação Projeto e sua localização
Escola Estadual Cecília Meireles – EF Rua Londrina, 989
Município da escola
Santa Fé
Núcleo Regional de Educação
Maringá
Professor Orientador
Vânia de Fátima Matias de Souza
Instituição de Ensino Superior
UEM
Relação Interdisciplinar
Artes
Resumo
Em todos os segmentos da vida diária faz-se necessário um bom desenvolvimento motor, mas nas aulas de Educação Física é de fundamental importância para seu melhor desenvolvimento na disciplina. Na realidade não é o que vem acontecendo, muitos alunos ficam abaixo do nível desejado e os motivos podem estar entre a defasagem dos conteúdos desenvolvidos pelos professores, falta de interesse dos alunos, política educacional imprópria, entre muitos outros fatores. Diante deste contexto e da realidade escolar na qual será desenvolvida esta implementação, há a necessidade de oferecer oportunidades para que os educandos se interessem por atividades diversificadas nas aulas de Educação Física que venham melhorar o desempenho motor dos mesmos e integrar as práticas corporais com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social através de atividades recreativas, esportivas e lúdicas de acordo com os conteúdos das Diretrizes Curriculares que são à base das etapas as quais serão aplicadas para tentar sanar as principais dificuldades encontradas.
Palavras-chave
Teste motor; conteúdos; atividades diversificadas; alfabeto esportivo.
Formato do Material Didático
Unidade Didática
Público Alvo
Alunos do 6º ano do ensino fundamental
2 APRESENTAÇÃO
O desenvolvimento humano acontece desde nosso nascimento e há
constantes transformações durante todo o decorrer das nossas vidas, sendo
que o movimento humano é muito importante para o desenvolvimento de todas
estas etapas.
Em todos os segmentos da vida diária faz-se necessário um bom
desenvolvimento motor, mas nas aulas de Educação Física é de fundamental
importância para sua melhor evolução na disciplina. Mas, infelizmente, a
realidade não é essa, nem todos possuem o mesmo ou um bom nível de
desenvolvimento motor. Alguns se encontram bem abaixo do desejado, sendo
que pode haver muitos motivos para que isso aconteça.
A realidade escolar já vem nos mostrando essas dificuldades sendo esta
uma das causas da Educação Física estar em constantes pautas dentro do
cenário nacional. Daólio (1996) afirma que, ultimamente tem aumentado os
debates acadêmicos e as produções científicas sobre as aulas de educação
física, mas que a prática escolar pouco ou nada tem mudado.
Para as mudanças tornarem-se significativas faz-se necessário um
movimento grande em que todos os envolvidos possam contribuir. Cada um
lutando, tentando e buscando sozinho pouco conseguirá.
Não é possível continuar com situações onde por questões políticas, desinformação e comodismo, pregam-se uma metodologia e se executa outra totalmente diferente. Faz-se necessário uma discussão ampla em todo o meio acadêmico nacional, para que seja proposto competências e habilidades em todo o seguimento escolar, desde a pré-escola ao Ensino
com discussões democráticas na busca de uma identidade para a educação Física escolar. Mudar paradigmas enraizados ao longo da história é uma tarefa difícil, mas se faz necessário, visto que estamos em um processo evolutivo, isto é, em constante transformação tanto nas questões humanas como tecnológicas, para que assim possamos construir um novo enfoque metodológico para a Educação Física, em todos os seus seguimentos, frente às novas necessidades educacionais. (REIS, 2012, p. 5).
Essa mudança no cenário da Educação Física nacional não pode e nem
deve esperar mais, é preciso mudanças urgentes. No decorrer dos anos houve
uma forte tendência que reforça a ideologia da competitividade, sendo que os
esportes e a mídia influenciaram bastante nesse aspecto, uma vez que
procuram estar voltados quase sempre ao vencer acima de tudo.
No país do futebol, como o Brasil é conhecido, nem sempre esse chavão
colabora com os professores de Educação Física, muitas vezes é motivo de
preocupação, pois parece que somente o ato de chutar a bola é imprescindível.
Justamente a bola que deveria auxiliar, deixa de ser esse grande aliado
tornando-se uma preocupação constante. E a tão comum pergunta: Hoje
vamos jogar bola? que acaba sendo repetida exaustivamente no decorrer das
aulas de Educação Física, atormenta e atrapalha em muitos momentos. É
como se tudo girasse em torno desta bola, e que se ela não for utilizada na
aula, então não é aula de Educação Física!
A necessidade em fazer com que os educandos aceitem e desenvolvam
os conteúdos propostos nas Diretrizes Curriculares de Educação Física é uma
das grandes preocupações dos professores da área, já que a realidade mostra
que existe uma distância muito grande entre o que é proposto e o que
realmente acontece.
Dentro da realidade escolar da Escola Estadual Cecília Meireles, do
município de Santa Fé, na qual convivo, muitos alunos acreditam que as aulas
de Educação Física são o momento de saírem da sala de aula simplesmente
para jogar bola, sendo que neste sentido o jogar bola é jogar futsal. Mas, há
outros problemas, como a dificuldade e atraso no desenvolvimento motor
desses alunos, que são enormes, uma vez que deixam de vivenciá-lo, pois
houve a exclusão das aulas de Educação Física nas escolas municipais, no
ensino de 1º ao 5º ano do ensino fundamental e, também por só haver oferta
de treinamento de futebol, o que diminui as oportunidades e chances de terem
seu bom desenvolvimento corporal em outras atividades. Sobre este assunto
Paim (2003), reforça a importância do bom desenvolvimento motor dizendo que
a criança deve ser oportunizada a ter bastante vivência motora e que quanto
mais experiências motoras tiverem maiores serão o desempenho nas
atividades que necessitam de tarefas motoras. De acordo com as DCEs (2010),
a Educação Física deve ser trabalhada nos eixos norteadores danças,
esportes, jogos, lutas e brincadeiras e que todos devem ter a mesma
importância dentro das aulas. Mas a aceitação por parte dos alunos e por
vezes da comunidade escolar ainda caminha a passos lentos e se não houver
uma preocupação e insistência constante com esse trabalho, sua consolidação
se tornará fragilizada.
Não bastasse a defasagem no desenvolvimento motor e a aceitação de
outros conteúdos durante as aulas de Educação Física, há também a
insegurança e falta de confiança que muitos alunos sentem no momento em
que vão para as aulas práticas juntamente com os alunos do treinamento de
futebol, sentindo-se diminuídos e incapazes por não conseguirem realizar
atividades aparentemente fáceis, mas as quais ainda não dominam.
Diante do exposto surge a seguinte inquietude:
Será que as práticas corporais diversificadas colaboram com o
desenvolvimento motor e cognoscitivo dos alunos nas suas práticas diárias?
Esta será à base da problematização a qual proponho desenvolver no decorrer
das aulas para tentar minimizar essa difícil realidade. Em decorrência de
grande complexidade que o tema sugere, outros questionamentos serão
utilizados, tais como: O que é educação física? Educação física deve resumir-
se somente ao ato de jogar bola?
A intervenção na realidade escolar será direcionada para a defasagem
do desenvolvimento motor e o interesse e atenção exagerada dos alunos pelo
ato de jogar bola; mais precisamente o futsal.
Dessa forma o objetivo principal será o de verificar o perfil motor das
crianças de 10 a 11 anos, do 6º ano do ensino fundamental com o intuito de
integrar as práticas corporais com o desenvolvimento cognitivo – afetivo-social
das crianças por meio de atividades recreativas, esportivas e lúdicas.
Para tanto, será realizado o teste de psicomotricidade de Rosa Neto,
procurando verificar a real situação a qual os alunos do 6º ano chegam a nossa
escola e a partir daí oportunizar condições para que se desenvolvam e
participem de diversas práticas corporais procurando sanar suas dificuldades e
conhecendo variadas possibilidades de atividades interessantes e prazerosas
que possam romper com o tradicionalismo da prática de utilização de um único
esporte.
Se vida é movimento!!! Então . . . vamos nos mexer!!!!
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1 Desenvolvimento motor
O desenvolvimento motor compreende as alterações contínuas
cognitivas, afetivas, sociais e motoras do corpo ao longo da vida. O movimento
humano é essencial dentro das etapas da vida, sendo que sofre mudanças que
melhoram seu desenvolvimento. Gallahue e Osmun (2003) escrevem que as
diferenças desenvolvimentistas no comportamento motor, são provocadas por
diversos fatores, como os do próprio indivíduo que são os biológicos, os do
ambiente/experiências e das tarefas em si que são os aspectos físicos e
mecânicos, e que são observados nas alterações do comportamento no
decorrer do ciclo da vida.
Para Haywood e Getchell (2004) o desenvolvimento motor passa por um
processo sequencial e contínuo, estando relacionados à idade, e que é neste
processo que o comportamento vai se modificando. Manoel (2000) afirma que
os períodos do desenvolvimento motor estão relacionados a um eixo temporal
e que a cada nova etapa há apropriação de novas propriedades que não foram
apropriadas nas fases anteriores. Entende-se então que quanto mais subsídios
positivos o ambiente proporcionar as crianças, maior será o desempenho
global de suas habilidades.
Podemos observar que as definições acima caracterizam o
desenvolvimento motor num processo de mudanças ligadas a fases e estágios.
A ampulheta criada por Gallahue e Osmun (2003) para caracterizar as
fases do desenvolvimento motor é representada na forma bidimensional e
descreve a função intencional da tarefa do movimento. Ela é dividida em quatro
fases, denominadas: fase motora reflexiva (dos quatro meses até o primeiro
ano de idade), fase de movimentos rudimentares (estende-se até os dois anos
de idade), fase de movimentos fundamentais (dos dois até os sete anos de
idade) e fase de movimentos especializados (a partir dos sete anos de idade).
Cada um dos estágios acima tem grande importância já que o desenvolvimento
é contínuo e acontece ao longo de toda a vida.
Isayama e Gallardo (1998) acrescentam que essas mudanças que vão
acontecendo no desenvolvimento motor foram estudadas por meio de fases e
estágios por vários autores (Gallahue, 1989; Clark, 1994; dentre outros) e que
é na infância que se encontra a fase mais importante do desenvolvimento
motor, chamada de fase das habilidades motoras fundamentais. Mas, segundo
Isayama e Gallardo (1998) é na ultima fase denominada de motora
especializada que é a do estágio permanente, de aplicação e de utilização
transitório que o movimento torna-se imprescindível para muitas outras
atividades motoras complexas e que estarão presente na vida diária das
pessoas.
As atividades motoras são imprescindíveis para o bom desenvolvimento
humano e para isso faz-se necessário proporcionar ambientes favoráveis que
possibilitem o maior número possível de experiências motoras e que estas
possam vir a favorecer sua fase adulta.
A aquisição das habilidades motoras fundamentais pode parecer natural, no entanto, é grande o número de indivíduos que não atinge a fase de “padrão maduro”. Isso pode acarretar sérios problemas na aquisição de habilidades mais específicas e importantes para o dia-a-dia MANOEL (1994 apud ISAYAMA e GALLARDO, 1998, p. 3).
Para tanto, é imprescindível que se vivencie diferentes práticas
corporais. Segundo os PCNs (Brasil, 1997), a Educação Física nas séries
iniciais do Ensino Fundamental tem um papel importantíssimo, o de dar
oportunidades do desenvolvimento das habilidades corporais em atividades
culturais, esportivas e recreativas.
A escola e mais precisamente a Educação Física são de fundamental
importância para a aprendizagem de novas culturas corporais e no processo de
desenvolvimento motor, pois cada fase de desenvolvimento tem características
próprias que necessitam de um estudo específico e profundo para atingirem os
estimulos, atuação e métodos adequados a cada um deles.
2.1.2 Características das crianças de 10 a 11 anos.
Conhecer melhor as características das crianças em cada faixa etária
para a intervenção de maneira adequada e no momento oportuno é necessário
para um bom trabalho.
Como vimos anteriormente, muitas mudanças acontecem no decorrer de
nossas vidas, sendo que na adolescência acontecem de forma muito
significativa. Na faixa etária dos 10 aos 11 anos, recebem muitas significações
como fase da pré-adolescência, adolescência e puberdade. Sobre esta fase
Netto (2009) escreve que já possuem bastante independência sendo que os
pais passam a perceber sinais da adolescência e que se autodenominam de
pré-adolescentes. Mesmo já se autodenominando pré-adolescentes
necessitam do acompanhamento de adultos em suas atividades. De acordo
com Freire (2009), as crianças na idade de 11 anos, estarão na maioria dos
casos no início da puberdade, sendo ele de grandes transformações físicas,
intelectuais, morais ou sociais. Gallahue e Osmun (2003, p. 62) acrescentam,
“Aproximadamente, dos 11 aos 13 anos, mudanças interessantes acontecem
no desenvolvimento das habilidades do indivíduo”.
Para Netto (2009) é aos 10 anos que a criança tem seu emocional
equilibrado, mas que aos 11 anos começa ser mais individualista e necessita
de autoafirmação sendo normalmente demonstrada em atitudes rebeldes.
Friedmann (2009) ressalta que é uma fase de autonomia onde procuram
pessoas da mesma idade para saírem e praticar esportes. Acrescenta que
nesta fase os pais devem estar atentos com seus filhos, pois estes querem
descobrir o mundo e se espelham muito nos adultos. A mesma autora dá dicas
de atividades importantes para que os pais incentivem os filhos na introdução
aos esportes, instrumentos musicais, livros, contato com músicas, cinema,
teatro, espetáculos, mas sempre supervisionados por adultos ou pelos pais
para saber se estão adequados a sua faixa etária.
Vale a pena dar atenção nas mudanças físicas significativas que
acontecem neste período. Sobre este assunto Haywood e Getchell (2004)
comentam que as meninas têm tendência para amadurecer mais rápido que os
meninos, e neste período há o início estirão do crescimento, sendo que as
meninas começam por volta de nove anos e os meninos começam mais ou
menos aos onze anos. As meninas atingem o maior pico de altura dos onze
aos doze anos, já os meninos atingem esse ponto dos treze aos quatorze anos.
O peso também passa por esse estirão no início da adolescência e vai
diminuindo aos poucos no final do período de crescimento, sofrendo variações
na quantidade de músculos em decorrência de exercícios ou na quantidade de
tecido adiposo mediante dieta e exercício. O crescimento do tecido muscular
adiposo e magro é bem diferente entre meninos e meninas, sendo que as
meninas ganham mais gordura do que músculos se comparadas aos meninos.
Segundo Gallahue e Osmun (2003) na perspectiva do desempenho
motor há uma melhora nos aspectos quantitativos, na forma, precisão e
habilidade, portanto, é nessa época que deve refinar e usar as habilidades
mais complexas em atividades de liderança, jogos avançados e em esportes
selecionados. Netto (2009) comenta que aos 10 anos a criança tem sua
motricidade mais segura e que descarregam suas tensões nos movimentos
finos.
Tanto meninos como meninas são cheios de energia, mas frequentemente possuem baixos níveis de resistência. A resposta ao treino, no entanto, é ótima. Habilidades de percepção visual são, na maioria das vezes, totalmente desenvolvidas no final deste período. Habilidades motoras fundamentais devem ser bem desenvolvidas no início desse período, e as crianças estão ávidas para serem apresentadas a uma variedade de modalidades esportivas. A competência se desenvolve rapidamente se as crianças tiverem amplas oportunidades para praticar, instrução de qualidade e estímulo positivo (LORENZETTI, 2008, p. 7).
É de suma importância conhecer e entender os padrões de desenvolvimento da faixa etária a qual trabalhamos.
Uma das metas dos educadores e dos profissionais da saúde é tornar desenvolvimentalmente apropriadas as tarefas motoras - atingíveis por indivíduos em qualquer faixa etária e com qualquer conjunto de habilidades ou distúrbios. Isso seria impossível sem conhecer o crescimento físico e o envelhecimento (HAYWOOD E GETCHELL, 2004, p. 48).
Para contemplar as mudanças e transformações aos quais as crianças e
adolescentes passam na faixa etária dos 10 aos 11 anos faz-se necessário
“[...] uma ação docente planejada e elaborada, uma prática educativa que
valorize os conceitos da Educação Física e motive os alunos, amarrando um
trabalho sério em função do desenvolvimento integral do ser humano”
(BITTENCOURT, 2006, p. 2838).
2.1.3 Conteúdos da Educação física
Dentro do contexto histórico da Educação Física houve muitas
mudanças em decorrência dos diferentes momentos históricos vividos e dos
interesses das classes sociais vigentes em cada um deles.
Atualmente, a Educação Física tanto no Ensino Fundamental como no
Médio, é vista com interesse mais educativo e que reflete na perspectiva da
cultura corporal. As DCEs (2008) ressaltam que o objeto de estudo e de ensino
é a cultura corporal, que procura contribuir com a formação de um sujeito
histórico, político, social e cultural. Sendo que os esportes, os jogos e
brincadeiras, as ginásticas, as lutas e a danças são os conteúdos estruturantes
da disciplina e devem ser abordados em complexidade crescente. Entretanto,
para romper com as maneiras tradicionais que o esporte vem sendo tratados,
os elementos articuladores aparecem para integrar e interligar práticas
corporais mais reflexivas e contextualizadas. Na realidade, estes conteúdos
deverão transitar pelos conteúdos estruturantes e específicos de modo a
articulá-los o tempo todo.
Os conteúdos estruturantes previstos nas DCEs (2008) de Educação
Física são divididos em cinco eixos norteadores, os quais estão destacados e
exemplificados na sequência,
Esportes: não deve ser limitado ao fazer corporal e sim podendo ser
uma ferramenta de aprendizado para o lazer, aprimoramento da saúde e
integração dos mesmos nas relações sociais, para tanto poderão ser
divididos em individuais, coletivos e radicais como: futebol, futsal, vôlei,
punhobol, atletismo, tênis de mesa, skate, rafting, badminton,
basquetebol, handebol, tênis de quadra, etc.
Jogos e brincadeiras: nas Diretrizes são vistos de maneira
complementar e além do aspecto lúdico, pode servir para discussão das
possibilidades de flexibilização das regras e da organização coletiva
tendo oportunidades de produzir suas formas de brincar, jogar e
construir seus brinquedos. Para tanto é sugerido como jogos e
brincadeiras (amarelinha, queima, etc); cantigas de roda (gato e rato,
escravos de jó, etc); jogos de tabuleiro (dama, trilha, xadrez, etc); jogos
cooperativos (futpar, volençol, etc) e jogos dramáticos de improvisação e
imitação).
Ginástica: deve ser entendido para dar condições ao aluno de
reconhecer as possibilidades e limites do seu corpo. Podem ser usadas
as ginásticas artísticas ou olímpicas (atividades de solo, argolas,
ginástica rítmica com corda, arco, fitas, etc.); ginástica de
condicionamento físico (ginástica aeróbica, step, pular corda, etc.);
ginástica circense (malabares, acrobacia,etc.); ginástica geral com
jogos gímmicos e movimentos gímmicos (vela, parada, ponte, roda,
etc.).
Lutas: devem ser valorizados os conhecimentos que permitem identificar
os valores culturais onde foram ou são praticados e abordados de
maneira reflexiva e com propósitos abrangentes. Os jogos de oposição,
pesquisas, seminários e visitas às academias são boas formas de
desenvolver o conteúdo. Podem ser utilizadas as lutas de aproximação
(judô, sumô, lutas olímpicas, etc.); lutas que mantém distância (karatê,
boxe, muay thai, etc.); lutas com instrumento mediador (esgrima, kendô,
etc.) e capoeira angola e regional.
Danças: devem ser tratadas considerando-as como conteúdos
responsáveis pelas possibilidades de superação dos limites e das
diferenças corporais, aliando na prática os aspectos culturais e regionais
específicos, as vivências de diferentes estilos, a recriação coreográfica e
a expressão livre de movimentos. Para tanto, poderão desenvolver as
danças folclóricas (fandango, quadrilha, frevo, etc.); danças de salão
(valsa, forró, samba etc.); danças de rua (break, funk, house, etc.);
danças criativas (trabalhos com tempo, espaço, improvisação e
atividades de expressão corporal) e danças circulares (contemporâneas
folclóricas e sagradas).
Para desenvolver tais conteúdos é necessária a observação e atenção
aos conhecimentos já adquiridos pelos alunos que são extremamente
relevantes para o bom desenvolvimento dos mesmos. Segundo o Coletivo de
Autores (1992,) os alunos trazem muitas experiências e que estas devem ser
levadas em consideração no processo ensino/aprendizagem. Os conteúdos
devem ser selecionados e organizados com coerência e com o objetivo de
promover a leitura da realidade, sendo passível de adequação as
possibilidades sócio-cognoscitiva dos alunos. Há também que considerar na
seleção dos conteúdos a realidade material da escola e a adequação de
instrumentos teóricos e práticos. O professor deve considerar a peculiaridade
de cada fase pela qual o aluno passa as particularidades de cada jogo,
brincadeira ou esporte que possam auxiliar o educando no seu
desenvolvimento integral.
[...] considerando a enorme quantidade de conteúdos a serem oferecidos aos alunos, tornam-se necessários uma organização e um planejamento de forma que em cada ano os alunos tenham acesso aos conteúdos adequados às características de seu desenvolvimento (necessidades, expectativas e interesses) (GALLARDO, 2009, p. 23).
O desenvolvimento motor sofre fortes influências dos conteúdos
desenvolvidos, uma vez que a padronização ou unificação de conteúdo pode
prejudicar o avanço das habilidades motoras. Gallardo (2009) confirma o
assunto escrevendo que muitas pessoas dominam somente as habilidades
motoras que utilizam com certa frequência, tendo grande dificuldade nos
movimentos que não fazem parte do seu cotidiano. Portanto, se os conteúdos
da Educação Física forem bem desenvolvidos e diversificados em todo o
período escolar poderão contribuir para o processo geral de desenvolvimento
do ser humano.
2.1.4 Importância das atividades físicas e ou Educação Física
É inegável a importância que o movimento exerce tanto na Educação
Física como de uma maneira geral na vida cotidiana dos seres humanos.
Mesmo antes do nascimento, na barriga de suas mães os bebês se
movimentam. E com o decorrer dos anos os movimentos vão expressando os
sentimentos, pensamentos, atitudes e ações. Não podemos estacionar nosso
corpo, precisamos de movimento, senão corremos o risco de parar de viver e
evoluir.
Atualmente, é constante a preocupação com uma prática de atividade
física regular em todas as faixas etárias. As práticas de atividades físicas
regulares vêm sendo reconhecidas em muitas áreas distintas e seus benefícios
vão de aspectos fisiológicos aos psicológicos, sendo que muitos efeitos já são
comprovados, como a redução do risco de morte prematura por doenças
cardiovasculares, o diabete, a pressão arterial, e nos estados de depressão e
ansiedade.
“Hoje o senso comum aceita e propaga a ideia de que o exercício físico
faz bem à saúde. De fato, a prática regular e bem orientada de exercícios
físicos traz inúmeros benefícios” (FERREIRA, 2001, p. 42). Mas estas não
devem ser realizadas de qualquer maneira, são necessárias bastantes
informações, instruções e adequações.
Uma das boas maneiras para adquirir hábitos e atividades adequadas é
nas aulas de Educação Física, as quais não podem ser vistas apenas com um
momento de lazer e descontração.
Para o Coletivo de Autores (1992, p. 87), a Educação Física deve
possibilitar aos alunos “[...] a percepção da totalidade das suas atividades, uma
vez que lhe permite articular uma ação (o que ela faz), com o pensamento
sobre ela (o que pensa) e com o sentido que dela tem (o que sente)”.
De acordo com Zunino (2008) as aulas de Educação Física devem ter
atividades diversificadas, com variados recursos para incentivar a participação
e possibilidades de desenvolver todas as suas capacidades e para que estejam
preparados para futuras situações que exijam práticas mais elaboradas. A
mesma deve estar atenta às mudanças e avanços da sociedade procurando
nas suas peculiaridades fazer o seu papel perante a formação de um ser
humano atuante no contexto histórico, político, social e cultural.
A educação física como disciplina integrada ao contexto escolar é um componente importante na construção da cidadania, na medida em que aborda a cultura corporal e introduz e integra o aluno à realidade, formando o cidadão que pode produzir essa realidade, reproduzi-la e transformá-la (ZUNINO, 2008, p. 5).
Diante do exposto, fica evidente a importância que as atividades físicas
e a Educação Física exercem na vida cotidiana dos seres humanos. Sendo
desenvolvida de maneira adequada teremos mais condições de adultos
saudáveis e preparados para a atuação social consciente no meio em que vive.
2.1.5 Teste motor
Para Rosa Neto (2002) o teste motor é entendido como uma prova
específica que permite medir uma determinada característica motora de um
indivíduo e comparar seus resultados com os de outros indivíduos. A prova
motora é definida como um instrumento que designa um conjunto de atividades
marcadas para uma determinada IC. Os resultados de uma prova motora
permitem determinar o avanço ou o atraso motor de uma criança naquele
espaço avaliado. E o conjunto de testes ou de provas utilizadas para avaliar
várias características motoras de um indivíduo é chamado de bateria motora.
A Escala de Desenvolvimento Motor proposta por Rosa Neto (2002)
compreende um conjunto de provas diversificadas de dificuldade graduada,
onde procura levar a uma exploração minuciosa de diferentes setores do
desenvolvimento, permitindo avaliar o nível de desenvolvimento motor da
criança de acordo com a IC, considerando êxitos e fracassos. Esta escala
compreende testes motores nos seguintes componentes:
a. Motricidade fina: a coordenação visuomanual representa a atividade
mais frequente e mais comum do homem, a qual atua para pegar um
objeto e lançá-lo, para escrever, desenhar, pintar, recortar, etc.
b. Motricidade global: a capacidade da criança, seus gestos, suas atitudes,
seus deslocamentos e seu ritmo nos permitem em algumas vezes,
conhecê-la e compreendê-la melhor. É um movimento sinestésico, tátil,
labiríntico, visual, espacial, temporal, etc.
c. Equilíbrio: é a base primordial de toda ação diferenciada dos segmentos
corporais. Quanto mais defeituoso o movimento, mais energia irá
consumir; sendo que este gasto poderia ser utilizado em outras
atividades neuromusculares.
d. Esquema corporal: forma de equilíbrio que se organiza nas
circunstâncias de relações mútuas do organismo e do meio. Imagem do
corpo que sustenta os gestos que fazem sobre si e sobre os objetos
exteriores.
e. Organização espacial: a noção do espaço é concreta e abstrata ao
mesmo tempo em que é finita e infinita. Envolve tanto o espaço do
corpo como o espaço que nos rodeia. Ela depende ao mesmo tempo,
da estrutura de nosso próprio corpo e da natureza do meio que nos
rodeia e de suas características. Designa nossa habilidade para avaliar
com precisão a relação física entre nosso corpo e o ambiente, para
efetuar as modificações no curso de nossos deslocamentos.
f. Organização temporal: neste item fazem necessários dois grandes
componentes, que são a ordem e a duração que o tempo reúne. Inclui
uma dimensão lógica; uma dimensão convencional e um aspecto de
vivência que surge antes dos dois.
g. Lateralidade: é a preferência da utilização de uma das partes simétricas
do corpo, como a mão, olho, ouvido, perna, etc., sendo que a ação
educativa fundamental é dar condições para as crianças aproximarem-
se de uma lateralidade definida para melhor organizar suas atividades
motoras.
3 MATERIAL DIDÁTICO
A produção didática a ser desenvolvida durante as aulas de Educação
Física no Ensino Fundamental da Escola Estadual Cecília Meireles de Santa
Fé como parte do programa de metas estipuladas pelo PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional) da Secretaria de Estado da Educação do
Estado do Paraná (SEED) trata-se de uma Unidade Didática destinada a
alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e que tem por objetivo analisar o
perfil motor das crianças dos 10 aos 11 anos do ensino fundamental com o
intuito de integrar as práticas corporais com o desenvolvimento cognitivo –
afetivo-social das crianças por meio de atividades recreativas, esportivas e
lúdicas.
Dessa forma, compreendo ser necessário possibilitar atividades que
possam:
Identificar o conceito que os alunos apresentam acerca da Educação
Física.
Diagnosticar e identificar por meio de testes o perfil motor dos alunos do
6º ano do ensino fundamental.
Propiciar diferentes oportunidades para que os alunos percebam seu
corpo no espaço e sua capacidade de desenvolvimento motor dentro
das variadas práticas corporais possíveis nas aulas de Educação Física.
Oferecer condições para que os alunos demonstrem interesse nas
atividades teóricas e práticas das aulas de Educação Física.
Explorar diferentes situações para que os alunos percebam que a
Educação Física é muito mais que um simples ato de jogar bola.
Para atingir tais objetivos a Unidade Didática será desenvolvida e
realizada num período aproximado de quatro meses perfazendo um total
de 32 horas, tendo início em fevereiro de 2013. A mesma será
desenvolvida em etapas que se articulam entre si e que estão separadas
e descritas nos quadros a seguir:
3.1 DESCRIÇÕES DAS ETAPAS E HORA/AULA
Total: 32 horas/aulas1
1ª etapa: Apresentação – 3 aulas
Nº de aulas
Objetivos Recursos utilizados
Procedimentos metodológicos
Procedimentos avaliativos
01 Apresentar o Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola para a direção, equipe pedagógica e professores.
Cartaz. Explicação oral dos objetivos e etapas do projeto de implementação na escola.
Mesa-redonda sobre a importância, pertinência e sugestões sobre o projeto.
02 Reunir os pais e alunos para orientação e apresentação do projeto.
Retropro- jetor e transparências.
Explicar oralmente e nas transparências do retroprojetor os objetivos e passos do projeto.
Debate oral verificando a aceitação do projeto.
2ª etapa: entrevista – 1 aula
Nº de aulas
Objetivos Recursos utilizados
Procedimentos metodológicos
Procedimentos avaliativos
01 Verificar as expectativas e conhecimento da turma em relação a disciplina.
Gravador. Entrevista semi-estruturada com alguns alunos da turma.
Participação e interpretação das respostas na entrevista.
1 O planejamento das aulas é flexível podendo ser alterado e modificado de acordo com as
necessidades, dificuldade e domínio da turma.
3ª etapa: teste motor – 5 aulas
Nº de aulas
Objetivos Recursos utilizados
Procedimentos metodológicos
Procedimentos avaliativos
05 Verificar o nível motor dos alunos da turma.
Quadra de esportes, bolas, cadeiras, sulfite, papel quadriculado, lápis, cronôme-tro, cartão furado.
Aplicação do teste de Rosa Neto.
Participação e desenvolvimento nas provas do teste. Interpretação dos resultados.
4ª etapa: Conteúdos estruturantes da Educação Física – 12 aulas
Nº de aulas
Objetivos Recursos utilizados
Procedimentos metodológicos
Procedimentos avaliativos
02 Ginástica circense:
Construir, manusear e experimentar movi mentos de malabares.
Quadra de esportes, garrafas pet de 600 ml, jornal, fita adesiva, adesivos e durex colorido.
Conversa sobre as apresentações circenses dando ênfase aos malabares, mais especificamente a clave.
Confecção de clave circense com materiais recicláveis.
Atividades individuais e duplas de manuseio do aparelho.
Criação e apresentação em grupos de pequenas sequências com clave.
Criação e confecção do material.
Participação das atividades individuais e em duplas. Apresentação em pequenos grupos.
02 Jogos e brincadeiras: incentivar a participação em atividades recreativas e lúdicas.
Sala de aula, tampinhas de garrafa pet.
Explicações, demonstrações e participações nas brincadeiras de Escravos de Jó, Quem pegar primeiro, e Futebol de tampinha.
Participação e envolvimento nas atividades.
02 Dança: Proporcionar atividades que desenvolva a expressão corporal e ritmo.
Sala de aula, vendas, aparelho de som e cd com diversos ritmos musicais.
Atividades individuais e em grande grupo procurando desenvolver os ritmos corporais.
Atividades individuais para desenvolver a expressão corporal.
Participação e desempenho nas atividades solicitadas.
02 Luta: oportunizar conhecimentos e possibilidades de iniciação a esgrima
Quadra de esportes, jornal, tinta guache, saco plástico de lixo e garrafa pet.
Confecção de um florete com jornal e garrafa pet. Exercícios individuais e em duplas dos movimentos característicos da luta. Escolha e definição de algumas regras para lutas individuais.
Confecção, participação e desenvolvimento durante as aulas.
02 Esporte: propiciar a participação em atividades que visem às corridas.
Quadra de esportes, bolas, bambolês, jornal e cronôme-tro.
Explicações e práticas sobre o alongamento. Exercícios práticos individuais e em grupos visando às corridas. Atividades de corridas com verificações de tempos.
Participações individuais nas atividades e nas corridas.
02 Apresentar possibilidades de conteúdos diversificados nas aulas de Educação Física.
Sala de aula, TV pen drive e pen drive.
Visualização de pequenos vídeos com diversas possibilidades de atividades a serem desenvolvidas nas aulas de Educação Física. Debate e questionamentos dos vídeos.
Debate em grupo sobre as atividades e conteúdos das aulas de Educação Física.
5ª etapa: Alfabeto esportivo – 4 aulas
Nº de aulas
Objetivos Recursos utilizados
Procedimentos metodológicos
Procedimentos avaliativos
04 Elaborar e confeccionar o alfabeto esportivo
Sala de aula, biblioteca, livros,
Explicação e cópia dos passos para elaboração do alfabeto.
Pesquisa, criação, elaboração e apresentação do
internet, revistas, sulfite, lápis coloridos e canetas.
Pesquisa de atividades esportivas2 Criação e confecção do alfabeto esportivo. Confecção e elaboração da capa3. Apresentação e entrega do alfabeto.
alfabeto esportivo.
6ª etapa: Retomada das atividades – 7 aulas
Nº de aulas
Objetivos Recursos utilizados
Procedimentos metodológicos
Procedimentos avaliativos
01 Reavaliar o conceito e conhecimento sobre a disciplina.
Gravador Reaplicar uma entrevista semi-estruturada com alguns alunos da turma.
Participação e interpretação das respostas na entrevista.
04 Verificar o nível motor com teste de Rosa Neto.
Quadra de esportes, bolas, cadeiras, sulfite, papel quadriculado, lápis, cronôme-tro, cartão furado.
Refazer as verificações do Teste motor de Rosa Neto.
Analisar, interpretar e comparar os resultados obtidos no teste.
02 Apresentar o alfabeto Esportivo a comunidade escolar
Pátio coberto da Escola e alfabeto esportivo elaborado pelos alunos da turma.
Exposição dos alfabetos no pátio da Escola. Explicação da atividade aos visitantes.
Participação na exposição do alfabeto esportivo.
2 O Alfabeto Esportivo será iniciado na sala de aula, mas terá continuidade fora do horário de aula, na sua pesquisa, elaboração e confecção. 3 A capa do Alfabeto Esportivo será confeccionada na aula de Artes, com a respectiva professora da
turma/disciplina.
3.2 Orientações metodológicas
1ª etapa - 3 aulas
Apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola para a
equipe pedagógica e professores da Escola Estadual Cecília Meireles
durante a Semana Pedagógica (1 aula).
Reunião com os pais e alunos do 6º ano, a qual o projeto será
desenvolvido, para apresentação dos objetivos e etapas do mesmo (2
aulas).
2ª etapa – 1 aula
Será desenvolvido com alguns alunos que serão escolhidos
aleatoriamente pelo professor e que responderão uma entrevista semi-
estruturada, a qual está descrita a seguir:
Entrevista Semi-estruturada
1. O que você conhece por Educação Física?
2. Qual atividade você considera mais importante nas aulas de educação física?
3. Quais atividades você gostaria que tivesse nas aulas de Educação Física?
3ª etapa – 5 aulas O teste de psicomotricidade de Rosa Neto será desenvolvido com ajuda
e colaboração das professoras de Educação Física da Escola Estadual
Cecília Meireles de Santa Fé, Aparecida Fernandes Santos e Naline
Cristina Favatto. O teste será aplicado inicialmente para os alunos na
faixa etária dos 10 anos, pois os mesmos iniciam o 6º ano com 10 anos.
Teste de psicomotricidade de Rosa Neto (2002)
Componentes do teste 10 anos 11 anos
Motricidade fina
Circulo com o polegar: a ponta do polegar esquerdo deve estar sobre a ponta do índice direito e, depois ao contrário. O índice direito deixa a ponta do polegar esquerdo e vai desenhando uma circunferência ao redor do índice esquerdo, vai buscar a ponta do polegar esquerdo; entretanto permanece o contato do índice esquerdo com o polegar direito. Movimentos sucessivos e regulares devem ser feitos com a maior velocidade possível. Em torno de 10 segundos, deve-se fechar os olhos e continuar por um espaço de mais 10 segundos.
Agarrar uma bola: agarrar com uma mão uma bola (6 cm de diâmetro), lançada de 3 metros de distancia. O braço deve ser mantido relaxado ao longo do corpo até que se diga agarre. Após 30 segundos de repouso, repetir o exercício com a outra mão.
Motricidade global
Pé manco com uma caixa de fósforos: o joelho deve estar flexionado em ângulo reto, e os braços relaxados ao longo do corpo. A 25 cm do pé que repousa no solo é colocada uma caixa de fósforos que deverá ser levada impulsionando-a com o pé até o ponto situado a 5 metros.
Saltar sobre uma cadeira: saltar sobre uma cadeira de 45 cm a 50 cm a uma distância de 50 cm do móvel. O encosto será sustentado pelo examinador.
Equilíbrio
Equilíbrio na ponta dos pés – olhos fechados: manter-se sobre as pontas dos pés com os olhos fechados, com os braços ao longo do corpo e com os pés e pernas juntos.
Pé manco estático – olhos fechados: com os olhos fechados, manter-se sobre a perna direita, com o joelho esquerdo flexionado em ângulo reto, com a coxa esquerda paralela à direita em ligeira abdução e com os braços ao longo do corpo. Após 30 segundos de descanso, repetir o exercício com a outra perna.
Esquema corporal
Prova de rapidez (6 a 11 anos): marcar o máximo de riscos dentro de uma folha quadriculada, quadrado por quadrado.
Mesma atividade da faixa etária de 10 anos.
Deve ser feito com a mão dominante e no tempo de 1 minuto.
Organização espacial
Reprodução de movimentos – figura humana: frente a frente o examinador mostrará algumas figuras esquematizadas, e o examinando prestará muita atenção nos desenhos, para reproduzi-los com a mesma mão do boneco esquematizado. Deverá acertar 6 de 8 tentativas.
Reconhecimento da posição relativa de três objetos: Sentados frente a frente, o examinador fará algumas perguntas para o examinando, o qual permanecerá com os braços cruzados. De acordo com 3 cubos de cores azul, amarelo e vermelho, que estarão sobre a mesa o examinando responderá rapidamente e deverá acertar 5 de 6 tentativas. Exemplo: O cubo azul está à direita ou à esquerda do vermelho?
Organização temporal
Reprodução por meio de golpes – estruturas temporais: frente a frente examinador e examinando – 1) o examinador dará golpes e o examinando irá repeti-los. Os golpes não deverão ser vistos pelo examinando e deve-se parar quando cometer 3 erros consecutivos.
2)com alguns círculos (3cm) colados num cartão, eles serão apresentados e os examinando deverão ir desenhando numa folha o mais rápido possível. Parar quando errar 2 estruturas consecutivas.
3)com os mesmos cartões da atividade anterior, mas agora o examinando deverá dar golpes com o lápis na carteira. Parar quando errar 2 estruturas
consecutivas.
3)neste momento o examinador efetuará os golpes e o examinando irá desenhá-los. Parar após 2
Mesma atividade da faixa
etária de 10 anos.
Deverá ter de 32 a 40 acertos.
erros consecutivos.
Deverá ter no total de 27 a
31 acertos
Lateralidade
Lateralidade das mãos: o examinando estará em pé, sem nenhum objeto ao alcance de sua mão. Lançar uma bola coma mão direita; utilizar um objeto como pente, escova de dente, pente, etc; escrever, pintar, desenhar,
etc.
Lateralidade dos olhos: cartão furado - com um cartão furado (15 cm com um furo no centro de 0,5 cm de diâmetro) fixar bem o olho no furo do cartão. O cartão sustentado pelo braço estendido vai aproximando-se
lentamente do rosto.
Telescópio (tubo longo do cartão) – Indicar para que o examinando olhe um
objeto.
Lateralidade dos pés: segurar a bola com uma das mão, soltá-la d depois chutá-la sem que toque ao
chão. Terá 2 tentativas.
Mesma atividade da faixa
etária de 10 anos.
4ª etapa – 12 aulas
Ginástica circense - malabares (2 aulas):
As aulas do conteúdo de ginástica circense serão iniciadas na sala de
aula com conversa e questionamentos sobre as apresentações nos
circos. Explicação oral, visualização e manipulação da clave circense. O
desenvolvimento da aula será na quadra de esportes com a orientação
da professora:
Confecção da Clave: confecção individual de clave circense com
materiais recicláveis. Materiais utilizados: garrafas pet, folhas de jornal,
fita adesiva, durex colorido e tinta guache.
Cada aluno deverá pegar duas folhas de jornal e enrolar bem apertado
formando um bastão. Colar com fita adesiva deixando-o bem firme.
Colocar esse bastão de jornal dentro da garrafa pet, deixando uma
ponta para o lado de fora da garrafa de mais ou menos 15 cm. Passar
fita adesiva entre o jornal e a “boca” da garrafa para fixar e firmar ainda
mais. O próximo passo é enfeitar a garrafa(durex colorido,
adesivos,tinta, etc.), o qual deverá ser livre, deixando os alunos usarem
a criatividade.
Manuseio: a sequência a ser utilizada na aula deverá ser gradativa
aumentando a dificuldade de acordo com o domínio da turma.
Exercícios individuais inicialmente com manuseio livre do aparelho.
Série de exercícios de lançar e pegar a clave: lançar e segurar com a
mesma mão; lançar e segurar com a outra mão; lançar, bater palma e
segurar; lançar, tocar a mão no chão e segurar; lançar por baixo do
braço e segurar com a mesma mão; lançar por baixo da perna e segurar
com a outra mão e depois com a mesma mão; lançar por trás do corpo e
segurar com a outra mão e depois com a mesma mão. Variação: alguns
destes exercícios poderão ser feitos no plano médio (ajoelhados e
agachados) e no plano baixo (sentados) dependendo do domínio e
desenvolvimento do grupo.
Exercícios em duplas: lançar a clave ao companheiro e pegar a que ele
lançou para você; lançar ao companheiro bater palmas e depois segurar
a clave lançada por ele; lançar ao companheiro jogando-a por baixo do
braço; lançar a clave fazendo-a girar; segurar duas claves e lançar ao
companheiro, depois ele fará o mesmo; movimentos livres entre as
duplas de acordo com o domínio e criatividade.
Criação e apresentação: em grupos de 6 a 10 alunos, criar uma
sequência coma utilização da clave de no mínimo cinco elementos.
Todos os integrantes dos grupos deverão participar, sendo que não é
necessário que todos façam os mesmos movimentos.
A aula será finalizada com os alunos dando opiniões sobre a experiência
vivenciada nestas duas aulas.
Jogos (2 aulas):
As duas aulas de jogos serão realizadas na sala de aula, iniciando com
explicação e conversa informal sobre jogos e brincadeiras.
Escravos de Jó: em duplas, sentados cada um de um lado de uma
carteira com uma tampinha de garrafa pet nas mãos.
Ensinar a letra e melodia da música Escravos de Jó. Cantar com os
alunos.
Explicar a brincadeira e iniciar o Escravos de Jó, com os seguintes
passos: em ritmo lento, rápido e sem cantar a melodia.
Dois grandes grupos, sentados no chão em círculos e cada um com uma
tampinha de garrafa pet nas mãos. Seguir os mesmos passos: lento,
rápido e sem a melodia.
Somente um grupo, sentados no chão em circulo e cada um com uma
tampinha de garrafa pet nas mãos. Continuar o Escravos de Jó seguindo
o ritmo lento, rápido e no final sem a melodia.
Futebol de tampinhas: em duplas, os alunos ficarão em pé, cada um de
um lado da carteira e com 3 tampinhas de garrafa pet sobre a carteira.
As traves serão a mão de cada jogador que fará uma ponte em cada
uma das pontas da carteira. As 3 tampinhas serão os jogadores, sendo
que só poderão ser dado um toque em cada uma delas e deverão
passar entre as outras 2 tampinhas. O gol será tentado cada vez que o
jogador achar necessário. Quando fizer o gol, ele terá direito a
recomeçar o jogo, caso erre a vez será do adversário.
Quem pega primeiro: em duplas, em pé e um de frente para o outro.
Segurar a tampinha de garrafa pet na palma da mão. O outro aluno
(adversário) tenta pegar a tampinha antes que o outro feche a mão.
Quando conseguir pegar a tampinha inverte-se a posição na atividade.
A finalização da aula será com uma conversa informal sobre o
desenvolvimento da aula.
Dança (2 aulas):
As atividades desta aula serão desenvolvidas na sala de aula.
Início da aula com alongamento com músicas.
Seguindo o chefe: em duplas, um dos alunos estará no comando
(chefe). Este deverá fazer movimentos e o outro aluno deverá repeti-los.
Cada vez que a música der uma pausa, deverá trocar os movimentos. O
chefe deverá ser trocado no comando determinado pelo professor.
No ritmo: em circulo, sentados no chão os alunos irão acompanhar os
ritmos das músicas primeiramente com palmas, depois com batidas dos
pés no chão e no final com toques das mãos no seu corpo.
Olhos vendados: os alunos estarão com venda nos olhos e dispersos
pela sala. Ao iniciar a música irão movimentar seu corpo sem sair do
lugar (deslocar-se).
Em pé, com olhos vendados, os alunos poderão deslocar-se pela sala
movimentando seu corpo e seguindo os ritmos musicais que forem
surgindo, os quais serão: valsa, forró, rock anos 60, bolero, samba e hip
hop.
No final da aula, os alunos sentarão em circulo na sala e farão
comentários de como foi a experiência de movimentar e dançar sem ver
e nem ser visto pelos companheiros e sugestões para uma próxima aula
de dança.
Luta (2 aulas):
A aula terá início na sala de aula com conversa informal e explicação
sobre as lutas que conhecem ou praticam. Depois terá continuidade no
pátio coberto ou quadra de esportes.
Esgrima: confecção com jornal e garrafa pet de um florete.
Manuseio livre do florete, depois com movimentos básicos da luta sendo
demonstrados e orientados pelo professor.
Em duplas, movimentos básicos da luta de ataque e defesa.
Explicação oral das regras básicas e adaptações da luta para a prática.
Grupos de três ou quatro alunos. Inicia-se com dois alunos, sendo que
estes estarão com um saco plástico que foi cortado no pescoço e nos
braços para ser usado como roupa de luta. Cada aluno (lutador) deverá
molhar a ponta do florete em tinta guache e ao início da luta deverão
tentar acertar com o mesmo o corpo do adversário (somente do pescoço
a cintura/membro superior). Vencerá quem acertar mais vezes
(determinar um tempo) ou três vezes o corpo do adversário. Trocam-se
os parceiros ou um dos alunos (lutadores).
No último momento da aula o professor comentará sobre outras
possibilidades de lutas a serem desenvolvidas na escola e os alunos
poderão fazer questionamentos sobre o assunto.
Esporte (2 aulas):
O esporte escolhido para as duas aulas foi o atletismo (corridas) por ser
à base da maioria dos esportes, também por não precisar de materiais
específicos e pelas possibilidades de adaptações dos locais de sua
prática. As aulas serão desenvolvidas no pátio aberto e quadra de
esportes.
Alongamentos: para todos os segmentos corporais, com ênfase maior
nos membros inferiores.
Corrida de pega-pega: poderão correr livremente pela quadra e pátio
aberto. Um dos alunos será o pegador sendo que ao tocar um aluno
este é que passará a ser o pegador. Se um aluno demorar para tocar em
outro, poderá colocar mais de um pegador.
Nunca três: alunos dispersos pela quadra em pares, sendo que um ou
mais alunos ficarão sem parceiros. Os que estão em duplas tentarão
fugir sem soltar as mãos e os que estão sozinhos tentarão segurar a
mão de um dos alunos da dupla, ao conseguir o aluno da outra ponta
sairá da dupla para tentar fazer o mesmo com outras duplas.
Exercícios direcionados e orientados pelo professor: na quadra o
professor irá determinando o que os alunos devem fazer como andar e
correr nos ritmos lento e rápido, para frente e para trás, para os lados.
Exercícios com bola: no pátio aberto, os formarão duas colunas. O
primeiro de cada coluna estará segurando uma bola. Ao sinal da
professora ele deverá jogá-la para o alto e correr a maior distância
possível, antes de a bola cair no chão. Quando a bola tocar o solo ele
deverá parar de correr. Segue-se até que todos os alunos façam o
exercício.
Exercícios com arco: alunos de frente para duas colunas de bambolês.
Eles deverão inicialmente andar rapidamente por dentro dos bambolês,
colocando cada pé em um bambolê. Na sequência irão aumentando o
ritmo até chegar à corrida rápida.
Na quadra, formarão duas colunas sendo que o primeiro de cada uma
estará com um bambolê. Ao sinal do professoro aluno com o bambolê
deverá rolá-lo no chão com força e logo após correr o mais rápido
possível a fim de segurar o bambolê este que este caia ou saia da
quadra. O mesmo aluno entrega o bambolê ao próximo da fila e assim
segue-se até que todos façam a atividade.
Exercício com bola: no pátio aberto, os formarão duas colunas. O
primeiro de cada coluna estará segurando uma bola. Ao sinal da
professora ele deverá jogá-la para o alto e correr a maior distância
possível, antes de a bola cair no chão. Quando a bola tocar o solo ele
deverá parar de correr. Segue-se até que todos os alunos façam o
exercício.
Na quadra os alunos formarão três colunas, a frente de cada coluna
estará um cone. Ao sinal do professor, o primeiro aluno de cada coluna
corre com a bola nas mãos para dar a volta no cone e volta para
entregar a bola ao segundo aluno, que fará a mesma movimentação. O
exercício termina quando o último aluno tenha corrido.
Revezamento: duas fileiras, uma em cada lado da quadra. Um dos
alunos, o primeiro de uma das filas estará segurando um bastão será
uma folha de jornal enrolada. Ao início dado pelo professor o aluno que
está com o bastão deverá correr até o lado oposto da quadra e passar o
bastão ao primeiro aluno da outra fileira. Este receberá o bastão e fará o
mesmo, mas correndo para o outro lado da quadra. E assim
sucessivamente até que todos os alunos façam a corrida.
Variação: a mesma atividade, mas determinando um tempo para que
todos os alunos façam a corrida. O professor irá cronometrar e conforme
o tempo estabelecido pela turma passara a incentivar e determinar que
tentem correr num tempo inferior ao da corrida anterior.
Alongamento final: farão alongamentos orientados pelo professor e
poderão ir comentando sobre as atividades da aula.
Vídeos (2 aulas)
Pequenos vídeos do youtube4 procurando mostrar as diversas
possibilidades de conteúdos a serem trabalhados na Educação Física.
Os vídeos serão: Você sabe o que é Badminton?5; Sesinho - É tempo de
aprender. Episódio: peteca6; Péricles & Luiza Modolo na Dança dos
Famosos 20127; Pula Corda Sensacional8; Slackline - no Rio de
Janeiro9; Aulas de Skate - La Salle Esteio e Ulbra São João -
cienciadoskate10; Apresentação Cia Alfa de Ginástica Geral na 13ª
World Gymnaestrada - ludanca11.
Debate, análise e conversa sobre os conteúdos visualizados nos vídeos,
possibilidades, dificuldades e sugestões de atividades.
5ª etapa - 4 aulas
O Alfabeto Esportivo será desenvolvido inicialmente na sala de aula,
biblioteca da escola e laboratório de informática. A continuidade do
mesmo será com atividade extra-classe, onde os alunos terminarão a
pesquisa e confeccionarão o alfabeto em forma de livro.
Alfabeto esportivo:
Explicação e cópia dos itens: capa, letras do alfabeto e atividades
correspondentes às mesmas e referências bibiográficas.
4 http://youtube.com/watch?
5 http://youtu.be/oat_rGFAlgM 6 http://youtu.be/ugKpB9lnkHI
7 http://youtu.br/CVmU9p7jmQQ
8 http://youtu.be/uJ6eI8vf_n4
9 http://youtu.be/Xlh0WdWQ7y8 10 http://youtu.be/XmLlwLB4pZk 11
http://youtu.be/y3GvClD-3KI
Pesquisa: livros, revistas e em sites da internet sobre esportes e
atividades esportivas que correspondem com as respectivas letras
pesquisadas. Farão inicialmente a pesquisa no caderno.
Elaboração e confecção: em folha de sulfite dobrada ao meio (em forma
de livro) colocar as letras e esportes pesquisados de acordo com a
ordem do alfabeto. Exemplo:
A - atletismo, arco e flecha, alpinismo, arremesso de peso.
B - beisebol, basquetebol, bocha, boliche.
C - corridas, canoagem, ciclismo, capoeira.
Finalização: criação e confecção livre da capa na aula de Artes. de
acordo com a criatividade de cada aluno. Na capa constará os itens de
identificação (nome completo, número, série, escola, professor da
disciplina e ano).
Apresentação: entrega da atividade para o professor no local e data
estipulada.
6ª etapa – 7 aulas
Retomada das atividades: serão reaplicadas algumas atividades para
verificação do processo que foi desenvolvido durante as etapas
anteriores.
Entrevista semi-estruturada (1 aula):
Reaplicação da entrevista semi-estruturada para reavaliação do
conhecimento sobre a disciplina. As perguntas serão as mesmas
descritas na 2ª etapa.
Teste motor (4 aulas):
Será refeito o Teste de Psicomotricidade de Rosa Neto, seguindo a
idade dos alunos no momento da aplicação. O mesmo encontra-se
descrito na 3ª etapa.
Alfabeto esportivo (2 aulas):
Apresentação do Alfabeto Esportivo para a comunidade escolar,
realizado no pátio da escola, a que finalizará as etapas desta
implementação pedagógica.
REFERÊNCIAS
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