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Letícia Barros Orientadora: Cêça Guimaraens TFG 1: Eduardo Horta DRE: 106059189 2012/2

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Letícia Barros

Orientadora: Cêça Guimaraens TFG 1: Eduardo Horta

DRE: 106059189

2012/2

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Este presente trabalho consiste em uma intervenção urbana de caráter efêmero e de cunho cultural no centro da cidade do Rio de Janeiro que visa a integração dos museus e centros culturais já estabelecidos nessa área.

O centro do Rio de Janeiro é a área da cidade de maior concentração de museus e centros culturais, que além de receberem exposições de grande porte também recebem eventos culturais, como por exemplo os de fundo cinematográfico: Anima Mundi e o Festival do Rio.

CONTEXTUALIZACAO

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O Anima Mundi é o festival internacional de animação do Brasil, que ocorre anualmente no mês de julho nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, no Brasil. Durante o festival são exibidos curtas, médias e longas-metragens, seriados e comerciais. O evento ainda promeve um conjunto de oficinas livres e gratuitas que estimulam os espectadores a produzir suas próprias animações, de modo instantâneo, em sete técnicas diferentes: desenho animado (2D), zootropo, massinha, pixilation, areia, recortes e animação direta na película 35mm.

O Festival do Rio exibe anualmente os principais vencedores do festivais de Cannes, de Sundance, de Veneza e do Oscar . Hoje o Festival do Rio exibe mais de 300 filmes inéditos no Brasil e na maior parte do mundo, confirmando sua importância como centro de debate cultural, com palestras e discussões sobre o que há de mais atual na criação cinematográfica.

Ambos os eventos utilizam como espaço de exibição os centros culturais do centro do Rio de janeiro, dentre eles o Centro Cultural Banco do Brasil, a Casa França Brasil, o Centro Cultural dos Correios, a Caixa Cultural, o Centro Cultural da Justiça Federal, o Cinema Odeon, o SESC e a Maison de France.

Visto isso, podemos constatar essa dimensão cultural que se instalou no centro do Rio. Além dessa, considero ainda a dimensão da condição efêmera da sociedade de um modo geral, onde, pontuando brevemente, a contemporaneidade imprime no indivíduo uma relação individualista com o espaço. Podemos perceber tal sintoma no cotidiano das pessoas que circulam pelo centro do Rio “comercial”; o ritmo na cidade é tão acelerado que não há tempo para se perceber o entorno com sua paisagem histórica.

Condição Efêmera

Espaços Coletivos

Intervenção Temporária

Interação

contexto meio consequência

Figura baseada na fig.29 da tese de doutorado Intervenções Temporárias, marcas permanentes

Fontes, Adriana Sansão. Intervenções temporárias, marcas permanentes:a amabilidade nos espaços coletivos de nossas cidades. Rio de Janeiro: UFRJ/FAU,2011

Nesse sentido, a intervenção temporária funciona como um catalisador e retoma as relações de proximidade entre os indivíduos e desses com o espaço urbano e ainda coloca em evidência o valor da curta duração do tempo “pós moderno”e de seu indivíduo.

HISTóRICO

A Estação Panorama pretende então, pelo viés do cinema, ligar os pontos culturais utilizados pelos eventos já mencionados criando um percurso e instalando-se em áreas estratégicas do Centro. Essa arquitetura permitirá que o indivíduo entre em contato com a história do cinema e perceba o contexto de sua cidade através de sua relação com a própria arquitetura e com o espaço.

Avenida Rio Branco 1905

O bairro data de 1567, quando os portugueses que, dois anos antes, haviam fundado a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro se transferiram para o Morro do Castelo, que oferecia melhores condições de expansão. A partir desse morro, a cidade se expandiu nos séculos seguintes, passando a ocupar todo o atual Centro. Da capital da colônia (1763), até a perda da condição de capital brasileira para Brasília(1960), o Centro foi o palco de algumas das mais importantes decisões e eventos da história do país.Desde o final do século XX, o Centro vem passando por flagrante e rápido processo de valorização e revitalização passando a receber crescentes investimentos por parte de empreendedores. Tem assistido a um grande número de obras de restauração e de modernização de velhos edifícios, bem como à construção de novos edifícios.

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AREA DE INTERVECAO

Legenda

Proposta de percurso

Pontos de cultura

Centros culturais utilizados nos eventos

Áreas livres para abrigar a arquitetura efêmera

1

3

2

1CCBB|Escola de Cinema Darcy Ribeiro - Terreno Rua do Rosário esquina com Rua 1º de Março

2 Caixa Cultural - Largo da Carioca

3 Cine Odeon - Cinelândia

Terreno livre na Rua do Rosário com 157m² Continuidade da rua do Rosário com 400m²

Trecho do Largo da Carioca com aproximadamente 3000m²

Visadas da Cinelândia - Trecho de intervenção com aproximadamente 600m²

Esse ponto concentra a maior interação entre os centros culturais destacados, no entanto a escola de Cinema Darcy Ribeiro, localizada em frente ao CCBB, está desvinculada desse circuito de eventos ligados ao cinema. Esta ocupação irá conectar esses espaços e trazer maior visibilidade para a escola de cinema.

O largo da Carioca possui um dos maiores fluxos de pedestres do centro do Rio. Essa área tem o potencial para ser a expansão da Caixa Cultural.

A Cinelândia tem a tradição de abrigar eventos e manifestações e além disso tem em sua memória o espaço dos grandes cinemas de rua dos anos 30, com o remanescente Odeon. A instalação nesse espaço pode resgatar a história e relacioná-la com a contemporaneidade.

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LEGISLACAO | REFERENCIAS

- Decreto nº 2216 de 20 de julho de 1979Estabelece condições de preservação ambiental, com vistas à revitalização da função cultural, em área do Centro da Cidade, conforme proposição do Plano Urbanístico Básico - PUB-RIO, na AP-1.(...)Art. 1o. — É considerada de preservação ambiental e de revitalização da função cultural a área delimitada pela Rua Primeiro de Março (incluída), da Praça Quinze de Novembro até a Praça Pio X, por esta (incluído apenas o lado ímpar) da Rua Primeiro de Março até a Avenida Alfredo Agache, por esta (incluído apenas o lado ímpar) da Praça Pio X até a Praça Quinze de Novembro, por esta (incluída).Art. 2o. — As novas edificações a serem construídas na área descrita no Art. 1o. deverão obedecer a altura máxima de 4 (quatro) metros acima do nível do meio fio do logradouro em que estiverem situadas, mantidas as respectivas fachadas em suas características originais.Art. 3o. — Nas edificações existentes serão permitidas obras de reforma ou modificação sem acréscimo de área, preservadas as respectivas fachadas e suas características originais, mantidos a altura e o número de pavimentos de cada uma delas.

Legislação aplicada na Área:Fonte:http://www2.rio.rj.gov.br/smu/buscafacil/RelacaoDocumentos.asp?Tipo=Indice&cdAssociacao=86

- Decreto nº 1768 de 15 de setembro de 1978Estabelece condições para a renovação urbana na Cinelândia, considerando a composição paisagística e a revitalização ambiental, conforme proposição do Plano Urbanístico Básico - PUBRIO,na AP-1.(...)Art. 1.º — São consideradas integrantes da composição paisagística e ambiental da Praça Floriano e de proteção aos monumentos tombados na sua vizinhança, as quadras compreendidas pela Rua Álvaro Alvim, Rua Alcindo Guanabara, Praça Floriano (...)Art. 2.º — Nas quadras descritas no art. 1.º a altura das edificações será de 75m (setenta e cinco metros) acima do nível do ponto mais baixo do passeio da quadra respectiva.Art. 3.º — Nas quadras compreendidas pela Rua Álvaro Alvim, Rua Alcindo Guanabara, Praça Floriano e Praça Mahatma Gandhi, o pavimento térreo será obrigatoriamente destinado a lojas, onde somente serão permitidos os seguintes usos e atividades, constantes do quadro I, do Regulamento de Zoneamento, aprovado pelo Decreto n. 322, de 3 de março de 1976.

MOBILIZARTE - Fentes e PAX.ARQ

Premiado com 3º lugar de um concurso para arquiteturas itinerantes o Mobilizarte foi projetado para ser instalado em 5 dias e transportado por containers. Adaptada ao contexto espacial de cada terreno, este módulo pode ser instalado como um espaço independente incorporado a um edifício já existente, ou pode ser anexado ao edifício, como sua extensão.

O Mobi l i za r te móvel Cu l tu ra l cons i s te basicamente de 4 elementos: - Conjunto de torres de andaimes - Montado com diferentes alturas de até 10 m, o seu papel é o de definir os espaços interior.- Prisma com 15m de altura, construída de andaimes, que consiste em quatro pavimentos cujos pisos são sustentadas por vigas infláveis e envolto em uma lona plástica impermeável, - painel de projeção que tem a função de abrigar as áreas de recolha e de armazenamento técnico geral, servindo também como um ecrã de projeção de filme capaz de projetar dois filmes simultaneamente.- Membrana Inspirado por dois elementos tradicionais brasileiros que servem para cobrir e proteger, que são as colchas de renda, os "cobogós”.

MATERIAIS: andaimes e outros acessórios de aço, elementos infláveis e dobráveis (24-12x12m-módulos da membrana de cobertura inflável + 50 unidades de vigas infláveis + 650 m² de lona plástica), painéis de piso e painéis de policarbonato de alta resistência + teto de lona plástica: membrana inflável.

área de exposição

café/bilheteria/livraria

área de armazenamento

Referências Projetuais

As referências apresentadas a seguir demonstram o caráter de reversibilidade da construção, da possibilidade de fazer e desfazer as ações sem impactar no espaço deixando apenas como legado a experiência de cada indivíduo.Esses exemplos serviram de inspiração tanto para o programa quanto para a forma; ambos se utilização de estruturas de fácil montagem e apresentam de um modo geral espaços que proporcionam o convívio e interação.Além disso, todas também denotam o seu aspecto investigativo na materialidade e na forma de ocupação do espaço.

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REFERENCIAS

A proposta da Serpentine é criar uma exposição em que a própria arquitetura é e x i b i d a e m t o d a a s u a m u l t i s s e n s o r i a l i d a d e e multidisciplinaridade, num espaço construído tangível, palpável e sensível. A ideia de erguer anualmente um pavilhão de verão temporário e desmontável, com aproximadamente 500 metros quadrados, foi da artista plástica Julia Peyton-Jones .

SERPENTINE GALLERY 2005 - ÁLVARO SIZA

O pavilhão montado por Álvaro Siza possui 380 m² e é composto por uma estrutura articulada em madeira livre que recebe uma cobertura leve e semi - t ransparente de pol icarbonato, iluminado por 250 lâmpadas solares.O pé direito chega até 5,4m.O programa inclui um café, espaço de estar e convívio, projeção de filmes e palestras. Possui um mobiliário móvel adaptável ao programa, contendo 20 mesas, 80 cadeiras e 3 chaise longues.

galeria de arte

pavilhão efêmero

espaço de interação

SERPENTINE GALLERY 2007 - Olafur Eliasson e Kjetil Thorsen

Outra versão exposta no Serpentine Gallery, o pavilhão de Olafur e Kjetil é composto de chapas de aço que configuram a forma de um cone. Essa volumetria permite um amplo espaço no interior que serve para a realização de eventos. Completando a forma, uma rampa espiralada propicia uma vista geral do parque.O espaço abriga no térreo um ambiente com arquibancada feita em madeira e almofadas e um café. Já no segundo nível o espaço é destinado para palestras.

CUBE- Park Associati - Filippo Pagliani, Michele Rossi

A ideia do “cubo” consiste em construir uma pequena arquitetura (uma cabine ou abrigo) no topo de um monumento ou de um edifício público que tenha uma bela vista.O cubo abriga um restaurante da Electrolux itinerante que fica alocado em um determinado local durante 6 meses.Possui uma área aproximada de 140m².

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INTENCAO PROJETUAL

O conceito da Estação Panorama remete a ideia de mobilidade e sequência que a palavra “estação” traz das paradas de trens, e a palavra “panorama” vem do termo utilizado no meio cinematográfico onde a câmera de desloca para proporcionar uma melhor visibilidade da cena.Assim a Estação Panorama pretende oferecer para o público em geral a oportunidade de vivenciar o espaço público do Centro do Rio de Janeiro sob uma nova perspectiva e estabelecer novas relações.A ideia de associação com os eventos de cinema, já estabelecidos na cidade, foi uma estratégia de aproximação com o público, que além dos já frequentadores dos festivais, essa intervenção pretende atingir também o público do cotidiano do centro da cidade.

Conceituação

Programa inicial

Micro

Área pública

ambiente de convívio

espaço para projeções

café

ateliers

espaço exposições

Serviço

depósitos

copa

armazenagem daestrutura

geradores

Estudo de Massa Inicial

Sabendo que a Estação Panorama irá circular pelo Centro na área de intervenção já apresenta e que esta mesma área apresenta legislações diferentes a proposta formal consiste em uma estrutura que seja adaptável ora podendo ser um único volume ou ora de desmembrando e constituindo uma forma espalhada.

Seguindo os decretos encontrados tenho os limites formais onde na forma mais compacta da estrutura posso ter uma volumetria de 5 metros de testada por 15 de largura e uma altura máxima de 4 metros e na forma mais expandia uma volumetria de 300m² por 15 de altura.

Macro

Terreno de 7x22m na Rua do Rosário esquina com Rua 1º de Março

Área no Largo da Carioca

ambiente de convívio

espaço exposições

espaço para projeções

café

ateliers

depósitos

copa