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Exmo. Sr. Senador Randolfe Rodrigues

Presidente CPI DO ECAD ­

o ECAD - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, por seu

advogado, vem respeitosamente a V. Exa. para requerer sejam juntados

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Brasilia, 24 de utubro de 2011.

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1CPI DO ECAD

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Resposta ao jornal O Globo - caso Milton Coitinho (27/04/2011) 0810612011

Em relação ao repasse de direitos autorais ao Sr. Milton Coitinho por autoria de trilhas sonoras de filmes o Ecad esclarece:

Os verdadeiros autores das trilhas de obras audiovisuais não serão lesados e receberão o direito autoral referente a execução de suas músicas assim que a catalogação for regularizada nas respectivas associações de música. Importante tomar público que já foram realizados ajustes de débito para todos os filmes denunciados. Os créditos aos verdadeiros autores do filme "Romance" serão feitos ainda no mês de abril.

Em maio estão previstos outros dois ajustes para os filmes: "Didi quer ser criança" e "O homem que desafiou o diabo". O Ecad aguarda a regularização da ficha técnica dos demais filmes citados para acertar o pagamento de direitos autorais pendentes e retroativos. Vale ressaltar que é imprescindivel que o artista mantenha atualizado em sua associação o repertório de sua autoria. No caso dos filmes, especificamente, a ficha técnica é levada ao sistema com base num documento preparado pelo produtor do filme.

Desde 2009, o Ecad, por intermédio da União Brasileira de Compositores (UBC), vem investigando através de auditorias e processos internos os créditos do Sr. Milton Coitinho dos Santos. Uma vez identificada a fraude, a UBC iniciou um processo administrativo interno para a exclusão do fraudador de seu quadro social. O falso autor também está sendo processado criminalmente. Além disso, a UBC solicitou ao Ecad o imediato cancelamento dos cadastros e conseqüentemente um lançamento de debito em nome do Sr. Milton Coitinho no valor igual ao que ele havia recebido. Os valores que ficaram pendentes de pagamento na USC foram todos devolvidos ao ECAD e serão repassados aos verdadeiros autores das obras em questão.

Importante dizer que enquanto o processo administrativo estava em andamento o Sr. Milton Coitinho e sua procuradora foram notificados judicialmente para darem explicação e devolverem as quantias recebidas. As notificações não foram respondidas e o Sr. Milton Coitinho nunca mais foi encontrado no endereço que consta do seu cadastro na USC. Tal atitude foi entendida como comprovação de sua má-fé. Caso não seja encontrado pela Justiça, ele será julgado á revelia.

Para entender o caso: O suposto autor se dirigiu á unidade de MG da USC e afirmou ser autor, produtor e interprete de trilhas de obras audiovisuais. Considerando que o direito é declaratório, havendo presunção em favor daquele que se declara autor, cabendo apenas prova em contrário, não haveria razão para não aceitar as declarações dele. Sendo assim, o Sr. Milton Coitinho passou a enviar para a UBC uma série de cue sheets (fichas técnicas) nos quais se declarava autor de grandc parte das obras, sem deixar, no entanto, de declarar a autoria de outras pessoas, aquelas que acreditamos serem os verdadeiros autores.

De posse desta documentação e, como não havia outras referências na base de dados para aqueles filmes especificamente, não foi levantada duplicidade e os créditos pendentes foram liberados em favor daqueles que apareciam nos documentos elaborados pelo Sr. Milton Coitinho.

O Ecad e as associações de música frisam que não houve e nem haverá qualquer prejuízo aos verdadeiros autores das músicas executadas nos filmes em questão.

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Resposta ao jornal O Globo - sobre família Silva (29/04/2011) 08/06/2011

Investimentos no Sistema De Gestão Coletiva para Proteção Dos Direitos Autorais

Tecnologia, planejamento, controle dos processos, divulgação de informações e aprimoramento dos critérios de distribuição e arrecadação estão entre os destaques dos investimentos feitos no sistema de gestão coletiva de direitos autorais

A mídia divulgou que o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) havia realizado distribuição indevida de direitos autorais para um autor fraudulento. O caso já vinha sendo investigado há meses pela instituição e pela União Brasileira de Compositores (UBC), que já tinham tomado as devidas providências para solução desse problema. Consciente do seu papel na sociedade, o Ecad esclarece como a instituição e as associações vêm investindo, nos últimos anos, no sistema de gestão coletiva de direitos autorais visando o seu constante aprimoramento em beneficio dos milhares de autores, compositores e intérpretes brasileiros. Essa política de segurança é fundamental na busca pela excelência do trabalho do Ecad, e vem resultando efetivamente em arrecadações e distribuições talvez inimagináveis anos atrás, hoje importantes para a sobrevivência de um número cada vez maior de compositores e artistas fundamentais para o desenvolvimento da cadeia produtiva musical.

Controles e auditorias constantes

"Fraude existe em cartão de crédito, no sistema bancário e financeiro e todos lutam para dar fim a esse problema. Nós também lutamos o tempo inteiro para evitar situações como essa", declara Marisa Gandelman, Diretora Executiva da UBC, uma das associações que compõem o Ecad.

Tecnologia, planejamento, controle dos processos, divulgação de informações e aprimoramento dos critérios de distribuição e arrecadação estão entre os destaques dos investimentos feitos no sistema de gestão coletiva de direitos autorais nos últimos anos. Além disso, são realizadas rotineiramente reuniões do Ecad com representantes das associações de música para discussão das regras e melhoria dos critérios e processos de distribuição e arrecadação, e encontros mensais com uma Comissão de Artistas, que discute e sugere melhorias no sistema de gestão.

Entre os principais focos de atenção estão a checagem das informações constantes nos roteiros de shows encaminhados por seus promotores e nas planilhas de programação enviadas pelas TV's e rádios. Nesse sentido, o Ecad aprimora dia a dia seus processos de auditoria objetivando fazer a distribuição de direitos autorais de forma correta e fidedigna. "A apuração do Ecad está cada vez mais desenvolvida, em razão de investimentos em tecnologia e aprimoramento das regras de Distribuição. Queremos ser, cada vez mais, transparentes e precisos", finaliza Gloria Braga, Superintendente Executiva do Ecad. Com estrutura própria , o Ecad distribui os valores arrecadados mensalmente, trimestralmente, semestralmente e anualmente, enquanto que na maioria dos paises do mundo os titulares recebem a cada seis meses ou apenas uma única vez ao ano.

Foi a equipe de auditoria que recentemente identificou um caso de plágio. A situação envolvia o hit do verão "Minha mulher não deixa não", cantada pelo músico recifense Reginho que, além de apontada como plágio, foi negociada com duas produtoras,

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contendo duplo registro. Segundo o Ecad, o pagamento do direito autoral da obra está bloqueado. A acusação de plágio foi feita em janeiro deste ano em referência a uma canção do álbum infantil "Turma do Zé Alegria", de 2006. "Quem decidirá sobre o plágio é a Justiça. O papel do Ecad é fazer o bloqueio do repasse dos direitos", explica Gloria.

Em referência ao recente caso do senhor Milton Coitinho, que se intitulava autor de uma série de trilhas sonoras de filmes entre a década de 60 e o início do ano 2000, o mesmo foi identificado e acusado de apropriação indevida das obras. Coitinho, também investigado desde 2009, foi expulso do quadro de associados da União Brasileira de Compositores (UBC), teve seus pagamentos bloqueados e está sendo acionado criminalmente para que responda pelo crime que gerou pagamento indevido de cerca de R$ 130 mil. Entre os filmes cujos créditos estão sendo repassados aos seus devidos autores estão: "Romanée", "Didi quer ser criança" e "O homem que desafiou o diabo". Vale ressaltar a importância de o artista manter atualizado em sua associação o repertório musical de sua autoria. No caso acima citado, Coitinho enviou uma séria de fichas técnicas nas quais se declarava um dos autores das obras dos filmes mencionados.

Recentemente, soubemos pela imprensa que havia uma "Familia Silva", cujos quatro integrantes - pai, mãe e filhos - podem ter recebido direitos autorais indevidamente. A família de compositores será analisada, mas de antemão apuramos que, nos últimos dois anos, a mesma obteve rendimentos da ordem de R$ 1.700.00 (mil e setecentos reais). Caso de fato seja comprovada alguma prática irregular, eles responderão por isso.

O estado de alerta e vigilância é constante e as investigações mencionadas, bem como aquelas que eventualmente vierem a ser necessárias no futuro, irão até o fim, independentemente de quem sejam os envolvido nas fraudes, ou irregularidades que forem comprovadas.

Importante considerar que, anualmente, o Ecad tem suas atividades auditadas por empresas independentes de renome no mercado, e por órgãos públicos como Receita Federal e INSS, sendo seu desempenho aprovado com o passar dos anos. Com base na ética profissional e na transparência, o trabalho do Ecad é comprovado pela divulgação de balanços Patrimoníal e Social, além do Relatório de Sustentabilidade do Ecad, publicados em jornal de grande circulação e disponíveis no site da instituição.

Segurança da Informação nos sistemas automatizados

A tecnologia utilizada no desenvolvimento dos sistemas automatizados do Ecad é considerada referência mundial. O knowhow de seus funcionários desperta até mesmo o interesse de associações estrangeiras de direitos autorais, que frequentemente convidam OS executivos para. troca de experiências internacionais. Nos últimos 5 anos, o investimento em Tecnologia da Informação do Ecad foi de R$ 20.000.000,00.

Com acesso on line e logins/senhas criptografados, os sistemas são utilizados por funcionários do Ecad e das nove associações de música que compõem o sistema de gestão coletiva. O input do cadastro de autores e obras é de responsabilidade exclusiva das associações.

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Entre os mais recentes investimentos do Ecad, resultado de um convemo tecnológico com o CETUC (Centro de Telecomunicações da PUC-Rio) está o Ecad.Tec CIA Rádio, sistema automati7Ado para captação e identificação dos fonogramas executados nas rádios brasileiras, através da comparação de áudio. O projeto, que beneficiará milhares de artistas, contou com um investimento do Ecad da ordem de R$, 2,5 milhões. As associações que integram sua Assembléia Geral acreditam que esse será um importante passo para o aprimoramento de todo o sistema de gestão autoral.

Atualmente, o Ecad administra um dos maiores bancos de dados de música da América Latina. São 2,4 I I milhões de obras musicais, 862 mil fonogramas e 71 mil obras audiovisuais, envolvendo 342 mil titulares de música.

Os números do Ecad

Em 2010, o Ecad repassou para aos compositores, intérpretes, mUSlCOS, editores e produtores fonográficos R$ 346,5 milhões, valor que beneficiou 87.500 titulares. Entre os segmentos de mais destaque estão: cinema (96%), carnaval (24,3%), festa junina (18,7%) e música ao vivo (11,63%). Atualmente, entre as músicas contempladas, 77% referem-se à música brasileira e 23% estrangeiras. Os números recém divulgados apresentaram-se 9% maiores do que os de 2009 e tiveram como mola propulsora além de forte investimento tecnológico, êxitos judiciais contra a inadimplência de usuários de música.

O Ecad está sediado no Rio de Janeiro e conta com 26 unidades espalhadas pelo pais, responsáveis por uma capilaridade de mais de 5 mil municípios, sob a responsabilidade de cerca de 740 funcionários diretos. Mais informações sobre o Ecad, acesse o site: www.ecad.org.br

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o que está por trás das denúncias contra o Ecad 23/05/2011

Em julho de 2009, seis empregados da Caixa Econômica Federal foram presos, depois de descoberto um esquema fraudulento que desviou R$ 13 milhões da instituição financeira para a quadrilha. Nesse mesmo ano, funcionários· do departamento de marketing do Banrisul foram detidos pela Polícia Federal, acusados de roubarem R$ 10 milhões utilizando operações de superfaturamento em materiais publicitários. Casos como esses acontecem aos montes, independente do porte das empresas e dos controles internos utilizados para evitar situações dessa natureza. E todas essas ocorrências são resolvidas no âmbito interno das empresas, através dos instrumentos legais e de coerção policial.

o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição - Ecad não está imune a eventuais tentativas de fraudes, assim como qualquer outra empresa que movimente cifras elevadas e conte com um quadro numeroso de funcionários. O que difere o Ecad de qualquer outra organização comercial, no entanto, é a exploração política que se faz sempre que algum ato isolado é detectado.

Não importa se todos os procedimentos corriqueiros a este tipo de situação são tomados. Talvez pela própria natureza da entidade, e dada a importância dos interesses dos envolvidos - autores, compositores, músicos, entre outros artistas - eventuais deslizes e má conduta isolados ganham manchetes e pedidos de CPI.

O pano de fundo dessa questão não é moral. É econômico. E o que está em jogo é a luta pelo direito de receber o que os criadores entendem ser justo pelo uso de suas músicas por poderosos conglomerados de comunicação, empresas prestadoras de serviços de televisão por assinatura, provedores de conteúdo, diversos tipos de usuários de música.

Lamentavelmente, essas grandes empresas usam do seu poder de fogo como detentoras do monopólio da comunicação no País e naturais influenciadoras da opinião pública para disseminarem informações incorretas e tendenciosas, que só servem para defenderem o direito que julgam possuir contra o dos artistas que com suas músicas valorizam as suas grades da programação.

Buscam ainda através da divulgação de notícias difamatórias, instrumentalizar o Congresso Nacional, induzindo alguns políticos ao erro de querer tratar casos envolvendo uma entidade privada - e resolvidos em fórum adequado - em escândalo passível de Comissão Parlamentar de Inquérito.

O Ecad, no legítimo direito de restabelecer a verdade, não se calará. E é por esse motivo· que a verdade se restabelece aqui, ao longo desta página.

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i Saneamento de déficit beneficia a defesa dos direitos 23/05/2011

o tão falado crédito retido, na verdade, é uma proteção ao direito dos artistas. Em caso de dúvida cadastral sobre as informações referentes a obras musicais, fonogramas e aos próprios titulares, é feito um provisionamento de valores, que após a devida identificação são distribuídos devidamente corrigidos.

o Regulamento de Distribuição do Ecad, aprovado por sua Assembleia Geral, prevê que ao final de cinco anos, caso os créditos retidos não sejam identificados, a mesma Assembléia Geral decidirá sobre o destino desses valores que, em geral, retornam para suas rubricas de origem (ex.: se são créditos retidos provenientes das distribuições de televisão, retomam para serem redistribuídos na rubrica - televisão).

A exceção ocorreu, em 2004, sete anos atrás, quando a Assembleia Geral entendeu que o montante de R$ 1.140.198,39 (crédito retido após cinco anos) deveria ser utilizado para por fim ao déficit econômico do Ecad. Há tempos, usuários inadimplentes faziam campanha propagando "a situação deficitária do Escritório". Esse argumento era utilizado, inclusive, em ações judiciais. Assim sendo, como órgão máximo decisório do Ecad, a Assembleia Geral achou por bem tomar essa medida para por fim ás especulações que nos prejudicavam. Houve, sim, conforme noticiado, o pronunciamento contrário da associação SOCINPRO, que restou vencida.

Nesse caso específico, é bom que se esclareça que, tal qual qualquer outra associação que possua uma Assembleia Geral como órgão máximo, a administração do Ecad deve implementar as decisões aprovadas, mesmo que por maioria. E foi o que a administração do Ecad fez.

É bom frisar quc, antigamente, o percentual de administração do Ecad era de 20% sobre o total arrecadado. Ao longo dos anos, essa mesma Assembléia Geral foi reduzindo esse percentual que hoje é de 17%, ou seja, se permanecessem os antigos 20% não haveria qualquer déficit.

A despeito do quc afirmou a reportagem, não há que se confundir essa situação com a medida administrativa de corrigir os salários dos funcionários com base nos percentuais definidos pelo sindicato de classe da categoria. Mesmo em déficit, as empresas costumam optar por fazê-lo e, mais uma vez, foi o que fez a Assembleia Geral do Ecad.

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i Fraude de compositor é descoberta. Nenhum artista foi prejudicado! 23/05/2011

Avaliando os resultados da distribuição do Carnaval/2006, o Ecad iniciou uma auditoria interna e analisou todos os materiais disponíveis. Foram realizadas escutas das gravações comparando-as com as músicas regístradas nas planilhas preenchídas pela equipe externa contratada para este servíço, bem como pela equipe do NCD (Núcleo de Coleta de Dados)então sítuado em São Paulo. Constatou-se uma grande quantidade de músicas desconhecidas executadas nos locais analisados, de autoria de pessoas que eram parentes entre si. A auditoria interna do Ecad concluiu que estes fatores acarretaram distorção da amostragem do Carnaval/2006, caracterizando tentativa de fraudes. Com isso, o Ecad tomou medidas imediatas tais como:

• Extinção do NCD (Núcleo de Coleta de Dados) que funcionava em Sào Paulo, sendo que dezessete funcionários foram desligados por justa causa, por conta da comprovação do envolvimento direto na distorção da amostragem;

• Criação de um novo setor de identificação musical no Rio de Janeiro, mais próximo à Sede do Ecad, com a contratação de novos funcionários devidamente selecionados e treinados;

• Apresentação de noticias-crime perante a competente Autoridade Policial, dando início a investigação através de Inquéritos Policiais ora a cargo da DIGIDEIC SP e sob responsabilidade do Ministério Público.

Em novembro/2006 foi realizada uma nova distribuição do Carnava1/2006, contemplando todos os artistas que de fato tiveram suas músicas executadas nos diversos bailes de carnaval no país. Nenhum titular foi prejudicado.

o ·Sr. Joselito Ribeiro de Macedo - é um dos titulares que aparece nas planilhas analisadas pela auditoria interna do Carnaval/2006 realizada pelo Ecad, as quais foram consideradas irregulares, dando origem à investigação policial anteriormente referida. Além disso, foi identificada suposta .tentativa de' distorção na amostragem da distribuição de Música ao Vivo, envolvendo inclusive membros da mesma família, e que beneficiaria diversos titulares da família MACEDO.

O Ec~d possui normas especificas e tecnologia que permitem a checagem e validação das suas amostras e prevê mecanismos para evitar possíveis distorções. Sempre visando à precisão dos valores distribuídos, o Ecad revisa e aperfeiçoa constantemente seus processos.

Todas as ações adotadas acima visaram evitar que os verdadeiros titulares sofressem algum prejuízo, o que não ocorreu. O valor de 1 milhão de reais citado na matéria do jornal O Globo não guarda nenhuma relação com o que de fato aconteceu. Não existe valor bloqueado para este titular e tão pouco os demais titulares deixaram de receber aquilo que deveriam pelas execuções das suas musicas.

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Premiação por reconhecimento. Documentação comprova que não houve manipulação de planilhas. 23/05/2011

o orçamento anual do Ecad é aprovado nas assembléias realizadas nos meses de outubro ou novembro do ano anterior. Nesse mesmo momento, se aprova a revisão orçamentária do ano que está acabando.

Como em todas as revisões orçamentárias, são realizadas as projeções de receita com vários cenários. Considerando a possibilidade de levantamento judicial dos valores depositados pela NET-São Paulo em ação judicial, foram realizadas projeções prevendo o ingresso desses valores em outubro, novembro e dezembro.

o ECAD teve que apresentar carta de fiança para possibilitar o levantamento judicial acima mencionado. A carta de fiança é datada de 4 de outubro. Portanto, era razoável que os valores ingressassem naquele mês.

Ocorre que, como previsto em regras internas, a área de arrecadação teve que enviar tal previsão com antecedência para o departamento financeiro e, naquele momento, ainda havia a expectativa de que os valores ingressassem no mês de outubro.

Na data de remessa do orçamento para as associações, 7 de novembro, já se sabia que o dinheiro não havia entrado em outubro, mas o orçamento já estava fechado com os números previstos anteriormente.

Assim, e aqui fica demonstrado que não houve qualquer manipulação, em carta da Superintendente para as associações foi explicitado que a administração havia feito a opção de considerar o ingresso dos valores em outubro, já que tudo levava crer que se a carta de fiança era de 4 de outubro, razoável seria que os valores ingressassem no mesmo mês.

A revisão orçamentária de 2007, contendo esses esclarecimentos, e o orçamento de 2008 foram aprovados pela Assembléia Geral.

Todo esse material (orçamento aprovado com a alocação dos valores em outubro) é de conhecimento das associações e dos funcionários do Ecad. Com base nesse documento também foi paga a premiação para os funcionários do Ecad e não apenas para os Gerentes Executivos como mencionado equivocadamente na matéria.

Lembramos que o Ecad é uma associação civil de natureza privada que remunera seus funcionários seguindo regras e praxes de mercado. A Assembléia Geral do escritório entende que premiar seus funcionários é a melhor forma de incentivá-los a alcançar as metas por ela fixadas. .

O programa de Participação nos Resultados (PPR) do Ecad foi criado por uma empresa especializada no assunto e é auditado constantemente por empresas de auditoria externa, seguindo todas as exigências legais e constando em Acordo Coletivo de Trabalho, registrado na DRT de todos os estados da federação onde existem Unidades do Ecad.

o Acordo Coletivo também é aprovado pela Assembleia Geral, composta pelas associações de música, representantes dos titulares de direitos autorais.

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Substituição regular de empresa de auditoria. 23/05/2011

Em agosto de 2009 a Assembléia Geral do Ecad escolheu, entre 11 concorrentes, a empresa de Auditoria BDO Trevisan para prestar serviços de auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2009.

Na apresentação da BDO Trevisan para os Executivos do Ecad, foi verificado que além dos serviços de Auditoria das Demonstrações Contábeis, a BDO Trevisan realizava serviços de AUDITORIA para o Mercado de Capitais, Assessoria em aquisição de empresas, Procedimentos pré-Acordados, Forensic (forense), Auditoria de Tiragem, Responsabilidade Social/Sustentabilidade e em serviços de ADVISORY (consultoria) de Serviços de Consultoria de Riscos, Gerenciamento nos Riscos de Tecnologia, Finanças corporativas, Consultoria em Negócios e em relação a FISCAL, Consultoria tributária, trabalhista e previdenciária, Legal, Planejamento Tributário, trabalhista e societário.

Para realização do serviço contratado, isto é, Auditoria das demonstrações contábeis exercício 2009, a BDO Trevisan propôs a seguinte metodologia:

o Planejamento da auditoria, o Identificação, avaliação e teste dos controles internos dos ciclos operacionais

contábeis, o Identificação dos controles associados ao ambiente de tecnologia da informação

que suporta os aplicativos relevantes para a auditoria das demonstrações contábeis e,

o Auditoria dos saldos relevantes das contas das demonstrações contábeis.

Em 20 de outubro de 2009, a BDO Trevisan enviou uma relação de documentos que deveriam ser fornecidos por cada gerente executivo do Ecad. Alguns documentos pareceram desnecessários para efetivação do serviço contratado, a saber:

o Relação dos clientes por segmento de Rádio, Televisão e empresas em geral, com nome, endereço e CNPJ,

o Organograma da TI, o Plano Estratégico de TI - PDI, o Orçamento da TI, o Quantidade de licenças (Windows, Office, antivírus, sistema operacional), o Metodologia de desenvolvimento de sistemas, o Contratos com os principais fornecedores de TI, o Procedimentos para modificação das regras de firewali e Proxy, o Fluxograma do setor de distribuição.

Em razão dessa relação, os executivos do Ecad entenderam que a disponibilização desses documentos deveria ter a aprovação da Assembleia Geral do Ecad, pois em se tratando de uma empresa privada e representante operacional dos criadores musicais, organizados nas suas Associações Musicais, qualquer informação que venha ser disponibilizada a terceiros tem que ter a aprovação das Associações.

Entendeu também o Ecad que a não disponibilização das informações à BDO Trevisan em nada prejudicaria o trabalho contratado, isto é, Auditoria das demonstrações contábeis exercício 2009.

10CPI DO ECAD

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Sendo assim a Assembleia Geral decidiu distratar a BDO Trevisan e, imediatamente, contratar para a mesma finalidade a MartineIli Auditores, que vem a ser a nona maior empresa de auditoria do pais.

A matéria afirma ainda de forma equivocada que a empresa Directa, que realizou a auditoria em 20 IO, seria "desconhecida". Segundo o site da Comissão' de Valores Mobiliários, a referida empresa é a oitava maior auditoria do país em número de clientes na Bolsa de Valores.

11CPI DO ECAD

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Quebra de confiança resulta na substituição da equipe jurídica. 23/05/2011

A fonte do jornal O GLOBO omitiu, curiosamente, grande parte dos fatos que envolveram o pagamento de honorários a advogados da antiga equipe jurídica, demitida em janeiro de 2011, relativamente ao acordo judicial com a TV Bandeirantes.

Em primeiro lugar, errou a matéría ao indicar a fonua de pagamento do valor pactuado. O valor acordado é, sim, de 73 milhões de reais, mas será pago da seguinte fonua, como detenuinado judicialmente:

"R$ 73.000.000,00, sendo uma primeira parcela no valor de R$ 5.000.000,00 no dia 1° de agosto, mais cinco parcelas de R$ 2.000.000,00 a cada 30 dias. O valor restante de R$ 58.000.000,00 a serem pagos em 49 parcelas iguais no valor de R$ 1.183.673,40, vencendo-se a primeira trinta dias após o pagamento da última parcela de R$ 2.000.000,00. Haverá correção monetária a cada 12 meses pela Tabela Prática do TJSP, com o mês base o do pagamento da primeira parcela do acordo. Isso para a executada e todas as suas filiadas de rede de televisão, salvo aquelas que tem ações judiciais ajuizadas até esta data." - TERMO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO - 3". VARA CÍVEL - FORO REGIONAL DE PINHEIROS - SP

No que tange aos honorários advocatícios, há, ainda, que se esclarecer o seguinte:

I. No contrato de trabalho assinado pela antiga equipe jurídica do ECAD não havia cláusula prevendo ou excluindo o pagamento de honorários de sucumbência. O contrato era silente a esse respeito, seguindo o modelo de contrato de trabalho assinado até então;

2. Como no momento em que a empresa fez essas contratações os salários dos advogados da equipe do jurídico estavam abaixo daqueles pagos pelo mercado, parecia razoável que os honorários de sucumbência, pagos pelos usuários de música vencidos nas ações judiciais, pudessem ser destinados aos seus advogados;

3. Ocorre que, desde abril de 2009, o ECAD vinha discutindo com o então gerente executivo jurídico a mudança no critério de pagamento de honorários sucumbenciais, por vários motivos, a saber:

(i) com o passar do tempo, não apenas os salários pagos pelo ECAD se equipararam aos do mercado, como também seus funcionários, aí incluída sua equipe de advogados internos, passaram a ter seu desempenho recompensado regulanuente através de premiações pelos resultados da empresa, garantidas pelo Acordo Coletivo de Trabalho, aprovado pela Assembléia Geral, composta pelas seis Associações de Titulares;

(ii) as principais ações judiciais movidas pelo ECAD em face de empresas tais como MTV, Net, TV Globo, TV Band, SBT e TVA passaram a envolver valores elevadíssimos, tendo em vista o porte das empresas litigantes. Em caso de vitória os honorários seriam substanciais e sua percepção pela equipe jurídica não apenas desequilibraria a relação de trabalho existente entre a área jurídica e o Ecad como também iria de encontro a toda política de remuneração da entidade;

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(iii) na hipótese contrária, ou seja, na eventualidade do Ecad perder as ações, os advogados continuariam a perceber seus salários mensais, mas caberia unicamente ao Ecad arcar com a sucumbência dos advogados da parte contrária;

(iv) além do mais, todos os. custos envolvendo as ações judiciais e sobretudo a manutenção da estrutura fisica do jurídico interno são suportados integralmente pelo Ecad.

Some-se a isso, o fato de ter sido feita, em abril de 2009, uma pesquisa pela empresa Hay Group, contratada pela área de Recursos Humanos do Ecad, que sinalizou para o

. seguinte fato: as empresas que mantém equipes jurídicas Com as mesmas características da antiga equipe do jurídico do Ecad contabilizam os honorários sucumbenciais como receita (ou despesa) operacional, jamais destinando-os aos advogados empregados. Parecer no mesmo sentido foi obtido da empresa CIMBRA em janeiro de 2011.

Tudo isso era de conhecimento da equipe jurídica, sendo objeto da discussão travada com o antigo gerente jurídico. No entender da administração do Ecad, por ser sabedora de que o antigo pacto sobre honorários não mais poderia vigorar, a equipe, por questões éticas, deveria ter adotado outra postura naquele momento.

Todo esse cenário foi apresentado à Assembléía Geral do Ecad, que autorizou um acordo para recebimento de metade dos valores, devendo notar-se que todos os interessados, com formação jurídica, concordaram com as condições do termo aditivo ao contrato de trabalho firmado à época, entendendo, plenamente, a natureza do ajuste que fIZeram com o Ecad

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Funcionária é demitida por fraudar o Ecad, porém classe artistica não foi lesada 23/05/2011

Apesar de estárem perfeitamente esclarecidos todos os fatos,a matéria do jornal O GLOBO fez questão de relatar o ocorrido em relação à fraude dos cartões Visa Vale pràticada contra o Ecad.

Todas as medidas foram adotadas e o Ecad ao final ainda contratou a empresa Martinelli Auditores para uma auditoria especial na área administrativo-financeira, com o objetivo de avaliar os processos e controles internos dos ciclos operacionais. As medidas sugeridas foram implementadas pela administração. Mesmo assim, O GLOBO insistiu em publicar o ocorrido com sensacionalismo.

Matéria do Jornal O Globo do dia 25/05/2011

O jornal O Globo vem fazendo uma campanha de caráter intimidatório contra o Ecad sendo curiosa a escolha da sua fonte. Na entrevista publicada hoje, 25 de maio, o jornal, mais uma vez, distorce os fatos com o claro objetivo de macular a imagem da instituição. Ao fazer isso, se expõe ao praticar um jornalismo sensacionalista e anti­ético.

Com relação às declarações do entrevistado o Ecad ratifica o que consta em seu hot site, especialmente naquilo que se.refere à celebração do Termo Aditivo ao Contrato de Trabalho, com o qual o ex-empregado concordou, espontaneamente. O ECAD esclarece ainda que com relação às alegações infundadas do entrevistado, seu ex-funcionário, se manifestará no foro competente.

Matéria do Jornal O Globo do dia 26/05/2011

Dando continuidade à campanha intimidatória que vem sendo implementada pelo O Globo, o jornal publica hoje nova matéria de estilo duvidoso. Tudo aquilo que é levantado já foi respondido e esclarecido pelo Ecad. É importante ressaltar que foi feita uma auditoria interna que obteve provas concretas que, na ocasião, levaram às demissões por justa causa. As ações trabalhistas encontram-se em tramitação no judiciário paulista, bem como os respectivos inquéritos policiais.

O Ecad não pode ser crucificado por tomar a medida correta. Ao detectar uma fraude, que contava com a participação de seus funcionários, os demitiu e o judiciário está julgando as correspondentes causas trabalhistas e criminais. .

E a campanha continua 27/05/2011

O Ecad teve acesso a informações que dão conta de que nova matéria de conteúdo questionável será publicada pelo jornal O Globo nos próximos dias. Tal matéria parece ter, uma v.ez mais, a intenção de desonrar a empresa, ao tentar classificar os titulares de direitos autorais em quatro grupos, a saber: (i) os que acham que o Ecad deve ser mantido como está; (ii) os que pensam que o Ecad deve ser saneado mediante intervenção estatal; (iii)aqueles que acreditam que o Ecad deve ser saneado pelos

14CPI DO ECAD

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próprios músicos, mas sem intervenção do estado; (iv) e aqueles que entendem que o direito autoral deve ter uma nova estrutura.

Ao fazer isso, o jornal trata de forma superficial e tendenciosa tema amplo e complexo e acaba por reduzi-lo a um simples plebiscito, pondo em lados opostos a classe artística.

15CPI DO ECAD

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Resposta à matéria do Jornal O Globo sobre YouTube do dia 05/07/2011 07/0712011

Em 20 IO, o Ecad e o Google assinaram uma carta de intenções que previa o pagamento dos direitos autorais de execução pública relativos às músicas executadas no canal de vídeos YouTube no Brasil. O Google pagou ao Ecad R$ 252.099,08 relativos à garantia mínima pelo período de um ano, entre julho de 2010 e junho de 2011. Porém, a distribuição dos valores do segmento de midias digitais, definido pelas associações, é sempre semestral (tempo suficiente para o Google enviar as informações e o Ecad auditá-Ias). Ou seja, apenas metade desse valor arrecadado foi considerado para fins de distribuição neste mês de junho (R$ 126.049,08), considerando as músicas executadas entre julho e dezembro de 2010. A distribuição da outra parte, incluindo o complemento da garantia mínima, será realizada em dezembro deste ano, considerando as músicas executadas no semestre de janeiro a junho/2011.

Gostaríamos também de melhor esclarecer a questão do pagamento de R$ 1,00, que mais uma vez, foi usado de maneira irônica pela jornalista ao fazer a matéria. A linha de corte foi necessária para compor um ranking das músicas mais executadas. Este foi o critério estabelecido pela Assembléia Geral do Ecad para fazer a distribuição dos valores arrecadados deste segmento. O último fonograma da lista, que teve 58.850 execuções, recebeu R$ 1,00, mas isso não quer dizer que todos os demais fonogramas tenham recebido o mesmo valor, pois a partir de 58.850 execuções foi feita distribuição proporcional à quantidade de execuções efetivamente informada. Esclarecemos também que, diferentemente do que foi publicado, os fonogramas que ficaram abaixo desta linha de corte NÃO acumulam crédito algum para futuras distribuições, pois não foram contemplados. Todo o valor será distribuído a todos os fonogramas que compõem o rol composto pelos fonogramas que tiveram mais de 58.850 execuções.

Sobre a declaração do Sr. Daniel Campello de que não há necessidade de gestão coletiva de direitos autorais e de que as informações estão todas lá, bem claras e acessíveis, temos a declarar que o referido advogado parece desconhecer a complexidade que envolve essa operação. Apenas como exemplo, nesta distribuição, foram considerados mais de I bilhão e 600 mil execuções de músicas que beneficiaram quase 6.000 artistas. Será que é possível e viável o YouTube atender individualmente 6.000 titulares ou mais buscando seus direitos? Será que ele tem idéia da quantidade de músicas que estão postados no site? Certamente, a proposta do Sr. Campelo é questionável, já que representa total retrocesso ao que foi conquistado até então no que diz respeito aos direitos autorais de execução pública. No início do século passado, era exatamente assim que os artistas buscavam seus direitos, cada um cobrando o seu. Não é preciso dizer que este modelo gerou muitos problemas e confusões até ser criado o sistema de gestão coletiva, o que facilitou o crescimento dos valores distribuídos, em virtude da arrecadação ser centralizada, facilitando assim o pagamento a ser feito pelos usuários de música. A não ser que o ilustre advogado pretenda oferecer os serviços de seu escritório de advocacia para negociar, em nome de seus eventuais clientes, os valores a serem pagos pelo Google a cada um deles...

É incrível como a questão dos direitos autorais e o Ecad vem sendo alvo de sucessivas matérias negativas no jornal O Globo. Toda e qualquer divulgação que deveria servir de esclarecimento à sociedade vira matéria negativa e com cunho sensacionalista. Os mesmos personagens de sempre (claramente opositores ao sistema atual) como Daniel Campelo, Leoni, Tim Rescala, Alan Souza e Alexandre Negreiros ganham destaque e

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aparecem nestas matérias com suas opiniões a respeito do Ecad, mesmo que sejam as mais incoerentes. Parece até que não existem outras pessoas que poderiam emitir suas opiniões sobre o assunto. Apenas como exemplo, o mesmo critério utilizado para cobrança de direitos autorais pelas músicas utilizadas no YouTube- cujo valor consideraram irrisório, segundo declarações e a própria matéria - são utilizadas para cobrança de usuários como as emissoras de Tv e cinema, pois de acordo com as práticas recomendadas pela Cisac (Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores), a música nestes ambientes têm caráter fundamental e poT'Ísso deve ser feita a cobrança de percentual sobre receita. Ora, não é preciso explicar que quanto maior o faturamento maior será o valor a ser pago, evidentemente.

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Respostas Revista Época 21/06/2011

o ECAD move ações judiciais de cobrança de direitos autorais contra alguns poderosos conglomerados de comunicação, empresas prestadoras de serviços de televisão por assinatura, provedores de conteúdo e diversos tipos de usuários de música.

Ao longo deste ano de 20 Ii estamos sendo vítimas de diversas matérias jornalísticas tendenciosas, principalmente vindas de um grupo específico de comunicação, visando desmoralizar a imagem da instituição. Quando somos ouvidos, temos que fazêclo premidos pelo curto espaço de tempo, sendo que nossas ponderações nunca são consideradas com o mesmo destaque das acusações em questão. O teor das matérias tem tido o claro intuito de levar ao descrédito a entidade diante da opinião pública.

Fomos procurados pela Revista Época sob o argumento de que o veículo gostaria de fazer uma matéria informativa cujo intuito era mostrar o trabalho do Ecad, seus critérios de arrecadação, distribuição etc. O Ecad abriu suas portas para os jornalistas Leopoldo Mateus e Nelito Fernandes, que ficaram cerca de três horas conversando com alguns de nossos executivos sobre processos e regras que permeiam o nosso trabalho. Nenhuma informação prestada foi utilizada na matéria de forma a esclarecer ou contribuir para o conhecimento da sociedade sobre o assunto em questão.

Por esse motivo, optamos por mais uma vez agir com transparência, apresentando na íntegra as perguntas feitas pela revista e o conteúdo integral de nossas respostas.

PerguntalResposta - Honorários 28/05/2011 Advogados que já recebem salário do Ecad recebem também 1,5% de honorários por causa ganha. Por que? A OAB diz que a maioria das empresas privadas não faz esse tipo de repasse, uma vez que os advogados já recebem salários. Os advogados internos do Ecad são contratados sob o regime CLT e não recebem por parte do Ecad honorários de êxito por causa ganha mas apenas os salários pactuados. Os advogados terceirizados recebem um pró-labore mensal e honorários de êxito que podem variar caso a caso. Quanto foi distribuído a quantos advogados por esse incentivo? Não houve tal distribuição. Excepcionalmente e pelos motivos já esclarecidos em nosso hot site alguns membros da antiga equipe jurídica receberam honorários de sucumbência na causa contra a TV Bandeirantes. Numa troca de emails entre dirigentes um acusa o outro de tentar pegar 50% dos honorários da ação da TV Globo, que sequer foi julgada. Esse tipo de conduta é comum? O que aconteceu com o dirigente que pediu esse valor? Não cabe ao Ecad comentar emails trocados entre os dirigentes das associações.

Após a extinção da Atida, foram falsificadas assinaturas de pelo menos 28 artistas, que foram transferidos para outra associação, a Acimbra. Artistas como Elymar Santos, Xandy e Carla Peres reclamaram, dizendo que não assinaram e foram transferidos sem conhecimento. Laudo pericial reconhece que 28 assinaturas são falsas. PERGUNTA: Que medidas foram tomadas pelo Ecad para punir os responsáveis por isso e por que isso aconteceu?

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o Ecad apresentou notícia crime que gerou inquérito policial de competência da 10a DP - Botafogo, 'RJ, cujas informações seguem abaixo: "INQUÉRlTO POLICIAL n04560/2006 - vítima: ECAD - Fraude consistente na falsificação de assinaturas de associados para o fim de sua transferência de uma sociedade de direitos autorais para outra. Responsáveis pela entidade envolvida nos delitos que são objeto da noticia-crime: data do início: 24/08/06 - imputação: Arts. 171,298,299 e 304 do CP."

Tendo em vista a tramitação do inquérito, entendemos que o porque disso ter ocorrido será esclarecido ao fim do procedimento criminal.

PerguntalResposta - Pagamentos à associação extínta 28/05/2011 Os balanços do Ecad de 2008, 2009 e 2010 continuam registrando pagamentos para três associações que foram excluidas da entidade em 2007. Os valores vão de R$ 150 mil a R$ 200 mil só para um delas, a Atida. O presidente da Atida diz que não recebeu. O Ecad não poderia continuar pagando para associações excluídas. PERGUNTA - Por que o Ecad continuou pagando a associações que já foram excluídas. O presidente da Atida mente? Não existe registro de pagamento para as Associações excluídas nos balanços de 2008, 2009 e 2010. Existe menção à Associação ATIDA nos Balanços do Ecad de 2008,2009 e 2010, em razão do saldo de uma dívida da Associação para com o Ecad, Em 2010, o valor era de 109.675,65 reais, (consta no Balanço, 110 valor em mil demonstrado no balanço), Em 2010, o Ecad continuava descontando de artistas dinheiro relativo ao que deveria ser pago a essas entidades extintas. PERGUNTA - Por que isso está acontecendo? Não existe nenhum valor a ser pago para associações excluídas, pelo contrário, elas é que possuem um saldo devedor com o Ecad. A associação excluída, Atida, recebeu adíantado, conforme prevê o Regulamento de Distribuição do Ecad, valores para repasse antecipado aos seus titulares. Os valores descontados desses titulares se referem a esses adiantamentos realizados na época e continuarão acontecendo até que o saldo dos adiantamentos realizados para a Atida sejam quitados. Todo esse procedimento foi aprovado pela Assembleia Geral do Ecad. O Ecad não pagou 19 milhões devidos às associações excluídas. Foi condenado na Justiça a pagar, mas ainda assim não fez o pagamento (Um dos presidentes diz que recebeu apenas R$ 20 mil), PERGUNTA - Por que não pagou? Se pagou, quanto e a quem? Não houve pagamento às associações excluídas, O assunto está sendo discutido em juízo, Até o momento, não houve nenhuma condenação do Ecad. Na verdade a Atida propôs uma ação declaratória na Comarca de Extrema/MG, tendo o Juizo deferido uma liminar determinando o imediato bloqueio nas contas do Ecad até o valor de R$ 21.541.924,00, conforme pleiteado pela Atida na inicial, embora não guardasse nenhuma relação com os valores repassados à associação quando ela integrava o Ecad. Por esse motivo, o ECAD recorreu da decisão tendo sido dado provimento ao recurso, determinando o desbloqueio imediato dos valores. O ECAD apresentou exceção de incompetência, que foi acolhida pelo Juízo de Extrema, sendo declinada a competência para uma das Varas Cíveis da Comarca do RJ, Atualmente esse processo tramita na 14a

Vara Cível da Comarca da Capital do Rio de Janeiro sob o nO 0301877­45.2010.8,19.0001 e está em fase de instrução.

PerguntalResposta - Patrocínio de eventos 28/05/2011

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Por que o Ecad patrocinou com R$ 200 mil um evento da associação dos magistrados. de São Paulo (Congresso sobre gestão coletiva) como patrocinador

• máster, "patrocinador exclusivo em seu segmento"? Patrocinar eventos de juízes quando se está movendo tantas ações judiciais não configura conflito de interesses? Por que a exclusividade no setor, uma vez que não bá concorrência? Deliberação na ATA 298 O Ecad, como qualquer outra instituição privada, prevê, em seu orçamento de Marketing, ações voltadas para comunicação com o mercado e "visibilidade" de imagem. Dentre estas ações, está incluída a participação e apoio a eventos cujo público tenha relação com o nosso trabalho. Esse foi o caso do patrocínio dado ao evento "Congresso Mundial de Gestão Coletiva de Direito Autoral". Consideramos de extrema importância para o Direito Autoral o esclarecimento e a disponibilização de informações sobre o assunto para magistrados, já que estes são fundamentais pára que a valorização e a remuneração devida pelo uso das criações intelectuais seja reconhecido pela sociedade, visto que alguns usuários preferem discutir no âmbito judicial a questão do pagamento da retribuição autoral. O Ecad também apoia outros eventos promovidos por usuários e titulares de direitos. Essa é uma praxe do mercado. Tudo está aprovado por nossa Assembléia Geral.

PerguntalResposta - Retorno da SADEMBRA 28/05/2011 Por que Eead exigiu que a Sadembra redigisse um documento no qual promete não falar mal da instituição, para aceita-Ia de volta? O Ecad não exige nada de nenhuma associação. As associações é que determinam o que o Ecad deve fazer. A Sadembra e todas as demais associações que integram o Ecad devem seguir as regras constantes nos Estatutos Sociais da entidade. As regras dos Estatutos foram decididas pelas próprias associações. Dentre elas constam:."ART. 12 ­SÃO DEVERES DAS ASSOCIAÇÕES: a) comunicar ao Ecad a composição e as alterações de seus órgãos diretivos; b) informar regularmente ao Ecad os dados cadastrais de seus titulares, obras e fonogramas; c) prestar informações necessárias ao funcionamento do Ecad; d) evitar atos que comprometam a defesa dos direitos autorais; e) comprometer-se a agir dentro de padrões éticos necessários à boa convivência institucional entre as associações integrantes do Ecad."

PerguntaIResposta - Gravações proibidas 28/05/2011 Por que um dos diretores foi proibido de gravar uma reunião do Eead, tendo seu gravador recolbido? . O Ecad é uma entidade privada. Como já falamos, não possui diretores. Suas reuniões não são gravadas nem há nenhuma obrigatoriedade legal para que sejam. Se alguém pretende fazer gravações deve obter a devida autorização de todos os presentes.

PerguntaIResposta - Bônus (que não houve) em ano de déficit 28/05/2011 Em dezembro de 2002, o Ecad distribuiu R$ 500 mil reais em prêmios a diretores. Às vésperas do Natal, o Ecad resolveu dar adiantamento às diretorias das associações, por volta de R$ 30 mil a cada uma.

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PERGUNTA: Quanto ganhou cada funcionário em média e porque o Ecad distribuiu esses prêmios se constantemente tem problemas de caixa? • O Ecad não possui diretores. A estrutura organizacional do Ecad é composta por um superintendente e oito gerentes executivos. Não houve qualquer adiantamento a diretores ou diretorias de associações, justamente porque elas não são nem jamais foram remuneradas pelo Ecad.

PerguntalResposta - O caso Dusek 28/05/2011 O Caso de Eduardo Dusek. Em 2002 ele cantava o tema de abertura de uma novela e diz que jamais recebeu um centavo como intérprete da música de abertura de "As filhas da mãe". Ele move uma ação contra o Ecad. Como compositor, recebeu R$ 3 mil. Diz que deveria ter recebido R$ 180 mil. PERGUNTA: Como uma música que toca na abertura da novela pode não ter intérprete registrada no Ecad? A música "Alô Alô Brasil", tema de abertura da novela "As filhas da mãe" está, sim, registrada no banco de dados desde 2001, onde Eduardo Dusek consta como autor e intérprete. Ele recebeu por esta música, através das suas associações, o valor de R$ 9.072,06 até a presente data. Quanto ao questionamento dos valores repassados pela execução dessa música na abertura da novela, informamos que os repasses foram realizados conforme as regras de distribuição da época, ou seja, utilizando exatamente as informacões constantes das planilhas de programacão musical enviadas pela TV Globo. Se a TV Globo omitiu ou forneceu informações imprecisas, é ela quem deve responder por isso e não o Ecad, visto que à época, a citada emissora mantinha contrato com o Ecad com cláusulas de responsabilidade pela inexatidão das informações. Por fim, esclareça-se que Eduardo Dusek não é o único titular de direitos contemplado com a distribuição dos direitos conexos do fonograma da música em questão, na medida em que divide os valores recebidos com o produtor fonográfico e com os músicos acompanhantes.

Matéria da revista Época do dia 28/05/2011

O ECAD, na defesa de centenas de milhares de compositores, cantores e mUSICos brasileiros move ações judiciais de cobrança de direitos autorais contra alguns poderosos conglomerados de comunicação, empresas prestadoras de serviços de televisão por assinatura, provedores de conteúdo e diversos tipos de usuários de música.

Ao longo deste ano de 2011 estamos sendo vítimas de diversas matérias jornalísticas tendenciosas, visando desmoralizar a imagem da instituição. Quando somos ouvidos, temos que fazê-lo premidos pelo curto espaço de tempo, sendo que nossas ponderações nunca são consideradas com o mesmo destaque das acusações em questão. O teor das matérias tem tido o claro intuito de levar ao descrédito a entidade diante da opinião pública.

Fomos procurados pela Revista Época há duas semanas sob o argumento de que o veículo (Editora Globo) gostaria de fazer uma matéria informativa, como a já feita pelo jornal Folha de São Paulo, cujo intuito era mostrar o trabalho do Ecad, seus critérios de arrecadação, distribuição, etc. Abrimos nossas portas para os jornalistas Leopoldo

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Mateus e Nelito Fernandes, que ficaram durante cerca de três horas conversando com alguns de nossos executivos sobre os processos e regras que permeiam o nosso trabalho. •

Fomos surpreendidos esta semana com uma série de perguntas relacionadas a denúncias que envolviam ex-funcionários e associações que não mais fazem parte do sistema de gestão coletiva, onde tivemos menos de 24 horas para nos posicionarmos.

Por esse motivo, optamos por mais uma vez agir com transparência, apresentando na íntegra todas as perguntas feitas pela revista e o conteúdo integral de nossas respostas, as quais nem todas foram consideradas da mesma forma como enviadas.

Outras questões levantadas na matéria e que não haviam sido questionadas anteriormente serão postadas em breve no nosso hot site.

Complemento às respostas da Revista Época 01/06/20\1

Em complemento à resposta do caso Dusek - publicada pela revista Época, o Ecad esclarece que: a música "Alô Alô Brasil", tema de abertura da novela "As filhas da mãe" exibida entre 2001 e 2002, está registrada no banco de dados desde 2001, onde Eduardo Dussek consta como intérprete e autor, possuindo apenas 22,34% dos direitos de autor. Quanto ao questionamento dos valores repassados pela execução dessa música na abertura da novela, informamos que os repasses foram realizados conforme as regras de distribuição da época, ou seja, utilizando exatamcnte as informacões constantes das planilhas de programacão musical enviadas pela TV Globo. Se a TV Globo omitiu ou forneceu informações imprecisas, é ela quem deve responder por isso e não o Ecad, visto que à época, a citada emissora mantinha contrato com o Ecad com cláusulas de responsabil idade pela inexatidão das informações e, ao contrário do que afirma a revista, a auditoria da programação da emissora começou apenas em 2003, justamente por sucessivas falhas da emissora ao informar as verdadeiras músicas executadas em sua programação, prejudicando diversos artistas. Por fim, esclareça-se que Eduardo Dussek não é o único titular de direitos contemplado com a distribuição dos direitos conexos do fonograma da música em questão, na medida em que divide os valores recebidos com o produtor fonográfico e com os músicos acompanhantes.

Do lado direito do quadro, seguem considerações e correções do que foi publicado pela Revista Época sobre formas de cobrança adotadas pelo Ecad.

'!1'RAOIO_ o [G1d calcu\al o ." ~ :....~ VilfOt De acord(l ~

o tam,nho ct.1 DOPUt~ As rádios educativas possuem 50% de redução e não estão Otlngid31: a potMeül d.:I anlcna. Rádios do Rio l!dc incluídas nesta média. S30 P-,ull)C)bgIlm, em mt<fi", AS 15 mil mensais

-CONSUltÓRIO De acordo com a região socioeconomlCa, o valor do direito RS 2.n por melro11 QU.'ldrolldo autoral por m2 pode variar de R$ 0,85 a R$ 2,11.

.[!II.OJAS:,;. Jt$2.J1 p01 metIa De acordo com a região socioeconômica, o valor do direito

1 _ qtUlCJ:KIO de tn:.a sonot"llad.! autoral por m2 pode variar de R$ 0,85 a R$ 2,11.

ARAA.lAOU Em evento junino como arraiá ou quermesse, sem cobrança de .' QutRMESSE EM~ UC:OLA ingressos, o valor do direito autoral por pessoa varia de R$ 0,56 R$ IZ.7] por ml!tro quadr~ a R$ 1,41 (música por aparelho) e R$ 0,38 a R$ 0,94 (música

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- Quarto

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ao vivo). Geralmente os shows são ao vivo, sendo atribuídos 10% (dez por cento) da receita bruta de bilheteria aos direitos autorais. 15% (quinze por cento) se aplicam aos shows com música por aparelho, o que raramente ocorre.

o percentual da receita bruta sobre o faturamento da TV é 2,5% para TV aberta e 2,55% para TV's por assinatura.

De acordo com a região socioeconômica, o valor do direito autoral pode variar de R$ 8,45 a R$ 21,13 por quarto, porém é baseado na taxa de ocupação do hotel, ou seja, o valor ainda pode variar de R$ 4,23 a R$ 10,56 por aposento.; De acordo com a região socioeconômica, o valor do direito autoral por m2 pode variar de R$ 1,32 a R$ 3,29.

23CPI DO ECAD

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Respostas CPI Senado 22/06/20 II

Nos últimos meses foram instaladas duas CPls em tomo do trabalho do Ecad, provavelmente, como conseqüência dos ataques desferidos pela imprensa com histórias de fraudes e denúncias envolvendo a instituição.

Entendemos que estas CPIs não são necessárias, uma vez que o Ecad sempre se mostrou disponível para esclarecer quaisquer informações sobre o seu trabalho e por administrar bens privados, que são os direitos sobre as obras intelectuais musicais. Entendemos que instalar uma CPI para tratar de denúncias sobre a administração desta instituição não é necessário. O Ecad, além de ter caráter privado, também não recebe qualquer aporte financeiro público, sendo mantido por um percentual do que arrecada.

Esperamos que todo o trabalho das CPls seja conduzido sem a contaminação de interesses paralelos, sejam eles grandes ou pequenos, pois o que vem sendo percebido é que um grupo específico de interessados, que se intitulam representantes dos titulares (e que estão sempre presentes em palestras, fóruns, audiências públicas, matérias na imprensa), preenchem as bancadas destes eventos, sem que outros titulares tenham espaço para serem . ouvidos.

Por esse motivo, disponibilizamos este espaço para que não só as associações de gestão coletiva brasileiras e o Ecad sejam ouvidos, mas que outras vozes também tenham seu espaço.

24CPI DO ECAD

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Posicionamento oficial sobre abertura de CPIs sobre o Ecad 16/06/2011

Em virtude de recentes matérias publicadas na imprensa referentes à convocação de CPIs sobre o Ecad, segue o posicionamento oficial do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição:

Quanto à instalação de CPIs em torno do trabalho do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), informamos que todos os esclarecimentos já foram prestados em Comissões Parlamentares de Inquérito anteriores, e assim faremos em qualquer outra que se avizinhe, embora não exista um único elemento novo que justifique a criação de outra CPI.

Enfatizamos ainda que em CPls passadas nada se comprovou contra a instituição, confirmando a lisura de nossa atuação. O Senado Federal e a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro muito podem contribuir para o debate. Mas para isso precisam, democraticamente, dar voz a todos os interessados no assunto. Arregimentar pessoas apenas para ouvir um lado da história, na defesa de seus interesses pessoais, acabará por transformar uma discussão que poderia até ser construtiva em algo de cunho sensacionalista e com desfecho preconcebido, ferindo os direitos constitucionais mais básicos. Ainda assim, estaremos disponíveis e aproveitando a oportunidade para demonstrar a seriedade e idoneidade dessa entidade que administra os interesses de mais de 340 mil associados e que é reconhecida internacionalmente pela qualidade de sua atuação. O que o Ecad espera é que todo o trabalho das CPIs seja conduzido sem a contaminação de interesses paralelos, sejam eles grandes ou pequenos.

O Ecad é uma empresa que administra bens privados, que são as obras intelectuais musicais, cujos donos são os titulares de música. Entendemos que instalar uma CPI para tratar de denúncias sobre a administração desta instituição não é necessário. O Ecad, além de ter caráter privado, também não recebe qualquer aporte financeiro público, sendo mantido por parte dos direitos autorais que arrecada. Usufiuir do tempo de deputados e senadores para avaliação de como uma empresa privada deve administrar bens privados e não bens públicos é um verdadeiro desperdício, já que os próprios artistas, no pleno exercício de seus direitos individuais, fazem isso através das associações em que são filiados.

Importante dizer que o Ecad é uma instituição privada, sem fins lucrativos, cujo trabalho é auditado anualmente por empresas independentes de renome no mercado, e por órgãos públicos como Receita Federal e INSS, sendo seu desempenho aprovado ano após ano. Os balanços patrimonial, social e de sustentabilidade, além dos números oficiais do Escritório, estão disponíveis no site www.ecad.org.br.

Administrado por nove associações de música, o Escritório representa mais de 342 mil titulares de obras musicais filiados às mesmas. Sediada no Rio de Janeiro, a instituição. conta com 780 funcionários, 26 unidades próprias e cerca de 130 agências credenciadas, abrangendo mais de cinco mil municípios. Em 20lO, o Ecad repassou aos compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos R$ 346,5 milhões, valor que beneficiou 87.500 titulares. O Ecad tem como principal objetivo administrar a arrecadação e distribuição de direitos autorais de execução pública musical, inclusive por meio de radiodifusão e transmissão por qualquer modalidade, e da exibição de obras audiovisuais.

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Valores cobrados não são abusivos (02/08/2011) 12/08/2011

POR QUE OS VALORES COBRADOS NÃO SÃO ABUSIVOS?

Em primeiro lugar, porque refletem o exercício de um direito e traduzem o que os titulares desses direitos autorais entendem ser justo receberem pela execução pública de suas músicas. De qualquer forma, há de se esclarecer que as associações de gestão coletiva que integram o Ecad são filiadas a entidades internacionais como a CISAC ­Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores - que buscam padronizar os critérios de cobrança (e de distribuição) adotados nos mais de 200 países nos quais existem associações fazendo gestão coletiva de direitos.

Segundo a CISAC, por exemplo, o valor da retribuição autoral a ser paga pelos usuários deve levar em conta a importância da música para o negócio. Assim, a música pode ser: a) essencial, quando, sem ela, o negócio se desfigura, como, por exemplo, os shows e as execuções musicais em rádios e TVs; b) necessária, quando a música é importante para o negócio, que poderá sobreviver sem ela, mesmo que se transformando em outro, como no caso das boates, nas quais, se não houver música, os estabelecimentos podem se tornar meros restaurantes; c) secundária, quando os estabelecimentos desenvolvem suas atividades com ou sem músicas, as quais se traduzem num plus oferecido aos clientes, como ocorre no caso clássico da sonorização ambiental.

Feita essa classificação, as associações de cada pais, considerando suas peculiaridades locais, fixam os valores da retribuição autoral, seguindo a seguinte orientação: a) quando a música for essencial deverá ser utilizado o critério de percentual sobre faturamento do usuário; b) quando a música for necessária poderá ser utilizado o critério de percentual sobre faturamento ou parâmetro físico escolhido; c) quando a música for

,secundária deverá ser escolhido um parâmetro físico.

Quando se fala em parâmetro físico, em geral se utiliza a área sonorizada, traduzindo a idéia da quantidade de pessoas que potencialmente poderão ouvir as músicas executadas, embora também sejam utilizados em todo mundo outros parâmetros físicos, tais como: número de quartos de hotel, número de vôos com sonorização, etc.

Com base nesses critérios, a Tabela de Preços do Regulamento de Arrecadação do Ecad foi homologada pelo extinto Conselho Nacional de Direitos Autorais - CNDA' (Resolução n° 24 e 25, de 1981). Ressalte-se que o Conselho chegou a homologar Tabela que fixava em 3,5% do faturamento das emissoras de TV de sinal aberto não comercial o valor da retribuição autoral. Passados os anos, a Assembleia Geral do Ecad acabou diminuindo esse valor. Hoje o que se cobra é 2,5% do faturamento.

Quando se trata das TVs por assinatura, há de ser esclarecido que, de fato, os valores hoje cobrados não foram homologados pelo CNDA, por motivos óbvios: quando o Conselho foi extinto, as TVs por assinatura ainda não estavam em operação. Mas, de toda sorte, a Assembléia Geral do Ecad teve o cuidado de pesquisar em outros países do mundo quais são os critérios utilízados para cobrança dessas TVs. Tais critérios, além de amplamente demonstrados para as TVs, também foram explicados em Seminário realizado pelo Ministério da Cultura, em julho de 2007, no Rio de Janeiro, contando com a presença do Dr. Marcos Bitelli, representante da ABTA - Associação Brasileira

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de TV por Assinatura. Na oportunidade, foram exibidos os seguintes quadros comparativos dos critérios praticados na França, Espanha, México, Argentina e Brasil:

.Rádios Comerciais

Critérios Observações

Otna musi:aa. Dfroito de autor. Dfn!ftós di! reprodu;lo Q t!:a:ccuc:50 pUblica.

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2,35%. 5%

Obra mlJ'Sknl. Olrefto de autor. Olreltos de elecuello

Fonograma. DI~11o connG. Dlrl:!tfos da EaecuçAo ! r-il=-:"'5~%-'~."'-..~mon-t-o-o-u j

ottra musJa1 o fonograma. OlrOftOS CIO .autor o- conexo. Dftt:os cro Dc!CVC1oBrasil TobcloABERT . "1

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1,65%.2.0G"10 Obra mU5kat DireitO de ,DVt'OI'.Dlro1to5Co EXecução, . _. ­~ - O.5%o2~% Fonogrmm. OI!'G'ttoconexo. Dlrottos de' Ex~l'o~~na

Obra mvslCaL Dlretto dO 8utar·Ot~ltosdo ExecuçlO.

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Critérios Observa~_~ I~I Obras "u~jovtsual.vtsual O' dn!m.1Itlca. Dtreito ck! aU'tvr. I'nÓft;B 5% _doRopr_•••_o;oo ~..:-,..--------------.....,.---------~ 1,7090% 0D:m audio'mual. Dimlto cro Dutor; ~lto ele!' ex~uçlo.f:a 0.6% Fonograma. Dt",,1tQ conoxo. DlroitOS ck, exocve:&o . f

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TVs de~sií'Uil fechado

IJ C~itê~ios Observações

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'11 1% Otlrn musicaI. Direitos do autor. Olrnltos OC ExocucAo..... Como resta evidente, cada país possui suas peculiaridades de cobrança de direitos, ora representando apenas os direitos dos autores musicais, ora de outras categorias de titulares; ora representando apenas direitos de autor; ora direitos de autor e conexos. Mas o que se conclui muito facilmente da análise dos quadros acima é que os critérios da cobranca utilizados no Brasil guardam sintonia com o que se pratica em outros lugares do mundo, inexistindo abusividade.

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Substituição de empresa de auditoria (02/08/2011) 12/08/2011

Em agosto de 2009 a Assembléia Geral do Ecad escolheu, entre II concorrentes, a empresa de Auditoria BOO Trevisan para prestar serviços de auditoria das demonstrações contábeis do exercício de 2009.

Na apresentação da BOO Trevisan para os executivos do Ecad, foi verificado que além dos serviços de auditoria das demonstrações contábeis, a BOO Trevisan realizava serviços de AUDITORIA para o mercado de capitais, assessoria em aquisição de empresas, procedimentos pré-acordados, forensic (forense), auditoria de tiragem, responsabilidade soCiallsustentabilidade e em serviços de ADVISORY (consultoria) de serviços de consultoria de riscos, gerenciamento nos riscos de tecnologia, finanças corporativas, consultoria em negócios e FISCAL, consultoria tributária, trabalhista e. previdenciária, legal, planejamento tributário, trabalhista e societário.

Para realização do serviço contratado, isto é, auditoria das demonstrações contábeis exercício 2009, a BOO Trevisan propôs a seguinte metodologia:

• Planejamento da auditoria, • Identificação, avaliação e teste dos controles internos dos ciclos operacionais

contábeis, • Identificação dos controles associados ao ambiente de tecnologia da informação

que suporta os aplicativos relevantes para a auditoria das demonstrações contábeis e,

• Auditoria dos saldos relevantes das contas das demonstrações contábeis.

Em 20 de outubro de 2009, a BOO Trevisan enviou uma relação de documentos que deveriam sei fornecidos por cada gerente executivo do Ecad. Alguns documentos pareceram desnecessários para efetivação do serviço contratado, a saber:

• Relação dos clientes por segmento de Rádio, Televisão e empresas em geral, com nome, endereço e CNPJ,

• Organograma da TI, • Plano Estratégico de TI - POI, • Orçamento da TI, • Quantidade de licenças (Windows, Office, antivírus, sistema operacional), • Metodologia de desenvolvimento de sistemas, • Contratos com os principais fornecedores de TI, • Procedimentos para modificação das regras de firewal1 e proxy, • Fluxograma do setor de distribuição. .

Em razão dessa relação, os executivos do Ecad entenderam .que a disponibilização desses documentos deveria ter a aprovação da Assembleia Geral do Ecad, pois em se tratando de uma empresa privada e representante operacional dos criadores musicais, organizados nas suas Associações Musicais, qualquer informação que venha ser disponibilizada a terceiros tem que ter a aprovação das Associações.

Entendeu também o Ecad que a não disponibilização das informações à BOO Trevisan em nada prejudicaria o trabalho contratado, isto é, auditoria das demonstrações contábeis exercício 2009.

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Sendo assim a Assembleia Geral decidiu distratar a BDO Trevisan e, imediatamente, contratar para a mesma finalidade a Martinelli Auditores, que vem a ser a nona maior empresa de auditoria do país.

A matéria afirma ainda de forma equivocada que a empresa Directa, que realizou a auditoria em 2010, seria "desconhecida". Segundo o site da Comissão de Valores Mobiliários, a referida empresa é a oitava maior auditoria do país em número de clientes na Bolsa de Valores..

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Modelo americano não pode ser adotado rio Brasil (02/08/2011) 121081201 I

POR QUE OS EXEMPLOS NORTE-AMERICANOS DE COBRANÇA DE DIREITOS AUTORAIS CITADOS PELO DR. MARCOS BITELLI (ABTA) e CONSIDERADOS PELA SECRETARIA DE DIREITOS ECONÔMICO (SDE) NÃO PODEM SER APLICADOS . NO BRASIL

o direito autoral nos Estados Unidos da América segue os princípios da Cornrnon Law e do Copyright, ambos oriundos do direito anglo-saxão, o que significa dizer que a relação que se instala entre o criador -e o. usuário de suas criações é uma relação circunscrita apenas ao valor cobrado pela utilização da obra artística. O usuário, no caso, pode executar publicamente, sem pedir autorização para tal, desde que pague o preço cobrado. Pelo fato da discussão nos países de tradição anglo-saxônica dizer respeito apenas ao valor cobrado, há tribunais (Inglaterra) ou autoridade administrativa (EUA) que analisam e homologam os preços praticados, nos casos de conflitos entre usuários e autores, representados por suas associações de gestão coletiva.

Há nos EUA três associações para a gestão dos direitos de execução pública musical ­ASCAP, BMI e SESAC. Os usuários pagam às três entidades simultaneamente.

No caso do Brasil, esse modelo simplista e pragmático não funciona e levaria os usuários à condição de violadores de direitos autorais, praticantes, portanto, de ilícitos civis' e criminais. Por quê?

O direito autoral brasileiro segue a doutrina francesa, conhecida como a do "Droit D'Auteur", que conceitua o. pagamento de direitos autorais como mera conseqüência da necessária e imprescindível autorização do autor para qualquer utilização de suas criações.

Assim, enquanto no direito anglo-saxão o usuário pode usar a obra artística livremente, desde que pague por ela, no direito francês (e brasileiro) o usuário só pode executar uma canção se estiver autorizado previamente a fazê-lo.

Some-se a isso o fato do legislador constitucional pátrio ter garantido a liberdade de associação aos autores, o que faz com que eles sejam livres para se associarem e mudarem de associação sempre que desejarem, estando, no caso em tela, vinculados às suas associações por meros . mandatos.

Por outro lado, a doutrina autoralista classifica a obra musical como bem indivisível (e suas gravações também), o que vale dizer que: ou todos os titulares de direito autorizam a execução pública ou ela não está autorizada. Sem autorização prévia, não há que se falar em pagamento de direito autoral.

Precisamos, então, relacionar esses três aspectos: a) necessidade de autorização para utilização de obras criativas (músicas, no caso); b) direito de livre associação; e, c) música com bem indivisível, para concluir que, num universo de músicas compostas por vários parceiros, gravadas por diversos artistas, com bandas íntegradas por pelo menos

.cinco músicos, podendo todos os titulares estarem associados a qualquer uma das nove assocíações de gestão coletiva existentes, só se consegue garantir ao usuário a licitude de sua utilizacão musical mediante a centralizacão da outorga de autorizacão de uso,

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fixação de valores cobrados e de pagamento de direitos autorais.

Portanto. o modelo norte-americano de três associações cobrando simultaneamente não pode ser aplicado ao Brasil.

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Honorários não foram transformados em bônus (02/08/2011) 12/08/2011

Em primeiro' lugar, há que se esclarecer que o Ecad é uma entidade privada e que a . politica de remuneração adotada pela instituição prevê, há muitos anos, o pagamento de premiação pelo atingimento de metas de arrecadação, distribuição e orçamentária. Esse procedimento consta nos Acordos Coletivos de Trabalho e traduz prática corrente em todas as entidades que pretendem incentivar seus funcionários a alcançarem metas estabelecidas pela administração.

Recentemente, inclusive, até entidades públicas tem premiados seus funcionários em razão do alcance metas. Várias notícias sobre as administrações dos estados dé Minas Gerais e Rio de Janeiro têm sido veiculadas nesse sentido.

o resultado operacional do exercício de 2010 do Ecad foi R$ 1.294.320,97. Descontado o PPR Global Anual referente a 2009, o resultado final do exercícío foi de. R$ 451.012,59. O resultado operacional obtido não autoriza o pagamento de PPR, conforme acordo coletivo de trabalho. Em 2011, a Assembleia Geral do Ecad, por liberalidade, autorizou o pagamento do PPR Global Anual, no momento da aprovação do Acordo Coletivo 2011/2012, reconhecendo o esforço de toda equipe gerencial e dos mais de 700 funcionários da empresa para a obtenção dos recordes de arrecadação e distribuição do ano anterior. Assim, não Joram os honorários sucumbenciais que determinaram o pagamento de premiação aos funcionários do Ecad, inclusive, a premiação foi paga ao depoente, Dr. Samuel Fahel, que mesmo demitido, recebeu sua participação já que a premiação dizia respeito ao exercício de 2010, periodo em que ainda era empregado do Ecad.

Os honorários foram pagos pela TV Bandeirantes em seis parcelas, sendo cinco de R$ 1.216.666,67 e uma de 1.216.666,65, desde setembro de 2010 findando em fevereiro de . 2011. Tais valores estão todos registrados contabilmente da seguinte forma:

Honorários pagos aos advogados - Parcelas de setembro/lO, outubro/lO e novembro/lO - R$ 3.650.000,00. - Pago em 21112/2010:

HONORÁRIOS IDENTIFICADOS R$ 2.649.269,76 IRRF R$ 1.000.730,24

Honorários <Sucumbência) - Parte Ecad (conforme deliberacão da 3788 Reunião da Assembleia Geral do Ecad, em 09/12/2010).

Parcela de dezembro/lO R$ 1.216.666,67 RECEITA DE SUCUMBENCIA Parcela de janeiro/11 R$ 1.216.666,67 RECEITA DE SUCUMBENCIA Parcela de fevereiro/11 R$ 1.216.666,65 RECEITA DE SUCUMBENCIA

Por fim, esclarecemos que todo o procedimento contábil segue as normas técnicas aplicáveis ao caso.

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Honorários advocatícios (02/08/2011) 12/08/2011

No que tange aos honorários advocatícios, há, ainda, que se esclarecer o seguinte:

I. No contrato de trabalho assinado pela antiga equipe jurídica do ECAD não havia cláusula prevendo ou excluindo o pagamento de honorários de sucumbência. O contrato era silente a esse respeito, seguindo o modelo de contrato de trabalho assinado até então;

2. Como no momento em que a empresa fez essas contratações os salários dos advogados da equipe do juridico estavam abaixo daqueles pagos pelo mercado, parecia razoável que os honorários de sucumbência, pagos pelos usuários de música vencidos nas ações judiciais, pudéssem ser destinados aos seus advogados;

3. Ocorre que, desde abril de 2009, o ECAD vinha discutindo com o então gerente executivo jurídico a mudança no critério de pagamento de honorários sucumbenciais, por vários motivos, a saber:

(i) com.o passar do tempo, não apenas os salários pagos pelo ECAD se equipararam aos do mercado, como também seus funcionários, aí incluída a equipe de advogados internos, passaram a ter seu desempenho recompensado através de premiações pelos resultados da empresa, garantidas pelo Acordo Coletivo de Trabalho, aprovado pela Assembléia Geral da entidade;

(ii) as principais ações judiciais movidas pelo ECAD em face de empresas tais como MTV, Net, TV Globo, TV Band, SBT e TVA passaram a envolver valores elevadíssimos. Em caso de vitóría, os honorários seriam substanciais e sua percepção pela equipe jurídica empregada não apenas desequilibraria a relação de trabalho existente entre a área jurídica e o Ecad como também iria de encontro a toda política de remuneração da entidade;

(iii) na hipótese contrária, ou seja, na eventualidade do Ecad perder as ações, os advogados continuariam a perceber seus salários mensais e premiações, mas caberia unicamente ao Ecad arcar com a sucumbência dos advogados da parte contráría;

(iv) além do mais, todos os custos envolvendo as ações judiciais e sobretudo a manutenção da estrutura física do jurídico interno são suportados integralmente pelo Ecad;

(v) por outro lado, todos os custos diretos e indiretos da área juridica sempre foram suportados unicamente pelo Ecad.

Some-se a isso, o fato de ter sido feita, em abril de 2009, uma pesquisa pela empresa Hay Group, contratada pela área de Recursos Humanos do Ecad, que sinalizou para o seguinte fato: as empresas que mantém equipes jurídicas com as mesmas características da antiga equipe do jurídico do Ecad contabilizam os honorários sucumbenciais como receita (ou despesa) operacional, jamais os destinando aos advogados empregados. Parecer no mesmo sentido foi obtido da empresa CIMBRA em janeiro de 2011.

Tudo isso era de conhecimento da equipe jurídica. No entender da administração do

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Ecad, por ser sabedora de que o antigo pacto sobre honorários não mais poderia vigorar, a equipe, por questões éticas, deveria ter adotado outra postura no momento da percepção dos honorários da TV Bandeirantes.

Todo esse cenário foi apresentado à Assembléia Geral do Ecad, que autorizou um acordo para recebimento de metade dos valores, devendo notar-se que todos os interessados, com formação jurídica, concordaram com as condições do termo aditivo ao contrato de trabalho firmado à época, entendendo, plenamente, a natureza do ajuste que fizeram com o Ecad.

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Histórico de pagamento das Tvs por assinatura (02/08/2011) 12/08/2011

As TVs por assinatura começaram a operar no Brasil no inicio dos anos 90. Desde então, o Ecad buscava o pagamento dos direitos autorais devidos.

Data de fevereiro/2001 e janeiro/2004 os primeiros contratos firmados com a NET SERVIÇOS e Galaxy Brasil (Antiga DIRECTV e atual SKY). Já naquela ocasião, as operadoras se negavam ao pagamento de qualquer valor que representasse um percentual sobre o seu faturamento. Numa demonstração de boa vontade contratual, a Assembléia Geral do Ecad autorizou que fosse' cobrado um valor fixo por assinante, reajustado anualmente. Nesse sentido, posteriormente, pactuou a DIRECTV.

Os contratos vigeram de 0110112001 a 31112/2003 (NET e SKY Net) e 01/0112004 a 31112/2004 (GALAXY). Neles consta cláusula especifica que esclarece a excepcionalidade da fixação de preços no seguinte sentido:

Contrato Net e Sky Net: "Cláusula Segunda - Como retribuição pela utilização das obras musicais em suas programações, a Net e a Sky Net, pagarão mensalmente ao Ecad, a partir do dia 0/ de janeiro de 2001, o valor total de R$ 1.083.333,33 (um milhão, oitenta e três mil e trezentos e trinta e três reais e trinta e três centavos), considerados para efeito de cálculo do valor, o número de assinantes da Net e da Sky Net, que segundo informações das mesmas, até junho de 2000, era de 1.935.000 assinantes, sendo 1.415.000 assinantes da Net e 520.000 assinantes da Sky Net."

Contrato Galaxy: "Clausula segunda - A Galaxy pagará mensalmente ao Ecad o valor resultante da multiplicação do número de seus assinantes por um valor fixo por assinante."

Parágrafo primeiro: O valor, parafins de cálculo da retribuição autoral, por assinante, equivale nesta data a R$ 0,88. Todavia, por mera liberalidade do Ecad e para fins exclusivamente deste contrato, o Ecad exigirá, durante o ano de 2004, o valor de R$ 0,75 por assinante.

Parágrafo segundo: Até julho de 2004, a base mensal de assinantes da Galaxy alcançou o número de 415.124, ocasionando uma mensalidade igual a R$ 311.343,00."

Durante a vigência dos contratos, Net e Sky, inclusive, solicitaram que o Ecad revisse certas condições de pagamento, o que foi autorizado pela Assembléia Geral, em mais uma demonstração de boa fé contratual do Ecad, a saber:

Trecho da Ata 273 da Assembleia Geral do Ecad:

"c) Mensalidade NET - A Sra. Superintendente informou que tem estado em contato com a NET, a fim de definir uma proposta para o pagamento das mensalidades durante o ano de 2003. Os atrasados de 2002 foram integralmente pagos, conforme acordado. Em relação ao ano de 2003, a NET pediu a modificação dos critérios constantes em contrato, pois vem enfrentando dificuldades financeiras, conforme tem sido amplamente divulgado pela mídia. A Assembléia Geral aprovou a proposta para que o contrato em vigor seja aditado no sentido de que o valor total devido pela NET em relação ao ano de

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2003, calculado com base nos critérios constantes do contrato, seja reajustado em 12%. A empresa deverá pagar o montante que resultar desse cálculo durante o ano. Mensalmente, no entanto, a empresa pagará uma mensalidade resultante da multiplicação do número de assinantes pelo coeficiente de $0,61 (sessenta e um centavos). Caso, em dezembro, exista saldo credor a favor do ECAD, a NET integralizará o pagamento numa décima-terceira parcela. "Findos os contratos, para surpresa do Ecad, as operadoras que já pagavam 0,77 pór assinante, al~gando dificuldades financeiras, propuseram o pagamento de 0,63 por assinante, uma redução de 18,18%!

Não houve outro caminho que não ajUizar ações judiciais, pOIS, mesmo findos os contratos, as operadoras continuavam executando músicas publicamente em suas programações, sem estarem mais autorizadas e sem remunerarem os compositores e músicos.

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CNDA determinou a fixação unificada de preços - Não há cartel! (11/08/2011) 16/08/2011

EXPLICANDO O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO NA SECRETARIA DE DIREITO ECONOMICO (SDE)

o sistema de gestão do Ecad e das associações que o compõem não pode ser considerado um cartel . Não existe cartel criado por lei e o Ecad foi criado pela Lei no. 5.988173, tendo sido mantido pela lei 9.610/98, justamente com a finalidade de centralizar a cobrança e distribuição de direitos, unificando os valores a serem cobrados e as regras de distribuição. Além do mais, as atividades de arrecadar e distribuir direitos autorais não são de natureza econômica, já que a música não pode ser caracterizada como um bem de consumo a ser ditado pelas regras de concorrência. É importante esclarecer que, por duas vezes, no passado, a própria Secretaria de Direito Econômico, do Ministério da Justiça, já se manifestou afirmando que não se trata de infração à ordem econômica, e sim do exercício legítimo do direito constitucional dos autores em poder estabelecer o valor a ser atribuído às suas criações musicais. O CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica, também no passado, já analisou e julgou que o Ecad não exerce atividade econômica, uma vez que sequer possui finalidade lucrativa, atuando apenas como mandatário dos autores de músicas. A decisão da Secretaria de Direito Econômico (SDE) surpreende o Ecad, tendo em vista os posicionamentos anteriores da própria Secretaria. Todavia, o Ecad levará ao CADE seus argumentos jurídicos.

Equivocada é a idéia de que cada associação poderia fixar valores distintos para o licenciamento do repertório de seus associados pelos seguintes motivos:

• o ordenamento jurídico brasileiro, antes de falar em cobrança de direitos autorais, prevê a necessidade de autorização para a utilização. musical;

• as associações são mandatárias dos seus sócios para a gestão de seus direitos autorais;

• o Ecad é mandatário das associacões; • o Ecad quando cobra direitos autorais está autorizando a execução pública

musical e, consequentemente, cobrando direitos autorais por isso; • os direitos autorais são cobrados como conseqüência da autorização previa

fornecida pelo Ecad, na representação das associações de gestão coletiva e, por conseqüência, na representação de seus associados;

• as obras musicais são por natureza bens indivisíveis, o que vale dizer que não existe meia-autorização, ou todos os titulares de direitos sobre as obras autorizam sua utilização ou o usuário não está autorizado a executá-Ias publicamente; .

• o repertório musical é compartilhado, o que significa dizer que as músicas e os fonogramas possuem vários titulares de direitos;

• os diversos titulares de direitos sobre obras musicais e fonogramas são livres para se associarem em associações distintas;

• cada associação só pode autorizar a execucão pública musical e cobrar direitos autorais sobre as músicas e fonogramas do repertório de seus associados;

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• no momento da obtenção da licença para a execução pública musical, em geral, o usuário não consegue declarar e garantir quais as músicas executará, por isso, necessita de uma autorizacão em branco (de todo o repertório musicai);

Conseqüências:

• como a autorização é prévia e existem nove associações administrando direitos, os usuários deverão procurar cada uma delas para negociar separadamente os valores a serem pagos;

• caso uma ou mais associações não autorizem o uso e cobrem os direitos, o usuário estará forcosamente violando direitos autorais, pois no caso do repertório compartilhado não poderá executar as músicas.

A DESCENTRALIZAÇÃO DA COBRANÇA DE DIREITOS LEVARÁ OSusuÁRIos DE MÚSICA À ILEGALIDADE.

POSSIBILIDADE DAS ASSOCIAÇÕES PRATICAREM PREÇOS DISTINTOS PELAS EXECUÇÕES MUSICAIS FARÁ COM QUE PARCEIROS NA MESMA COMPOSIÇÃO PERCEBAM VALORES DIFERENTES, OU MESMO, QUE UM RECEBA E OS DEMAIS NÃO.

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Resposta às declarações feitas durante a sessão de 16/08 da CPf do Senado 23/08/2011

Em,resposta às declarações feitas durante a sessão de 16/08 da CPI do Senado, o Ecad esclarece:

Decisões sobre o sistema de gestão coletiva musical e estrutura organizacional do Ecad.

o Ecad é administrado pelas associações que o compõem. Todas as decisões são tomadas em Assembleia Geral pelas associações efetivas e não pela Superintendente. A Superintendência e os Gerentes Executivos das oito áreas do Ecad são profissionais com conhecimentos técnicos e especificos de suas áreas (Arrecadação, Distribuição, AdministrativolFinanceiro, Marketing, Juridico, Recursos Humanos, Tecnologia da Informação e Planejamento Estratégico e Operações). As associações de gestão coletiva do mundo todo possuem uma diretoria composta pelos titulares (Assembleia Geral do Ecad) e um corpo técnico (Ecad).

Expulsão da Atida e orientação aos seus titulares filiados

Na Assembleia Geral, quando decidido sobre a exclusão da Atida dos quadros associativos, houve a preocupação em preservar os direitos dos titulares a ela filiados, que vinham sendo lesados de longa data.. Assim, a Assembleia Geral autorizou o fornecimento de informações (através da publicação no Diário Oficiál e envio de correspondência) de como estes deveriam proceder para receber o' que lhes seria devido de direitos autorais de execução pública musical.

Critérios para ingressar DO sistema de gestão coletiva

O sistema de gestão coletiva de direitos autorais no Brasil, atualmente, possui nove associações de música. As regras e os critérios para entrada de uma nova associação são claras e estão no Estatuto do Ecad, assim como existem regras para qualquer outro tipo de ingresso em qualquer outra instituição, seja uma escola, um clube, seja uma entidade de classe ou o próprio Congresso, que define idade mínima, quantidade de senadores por estado etc.

Toda a estrutura do Ecad tem um custo para arrecadar e distribuir direitos autorais, ainda maís para atuar num país com as dimensões continentais como o Brasíl, com qualidade e eficiência, como provam os resultados crescentes ano após ano. Custo com funcionários, com estrutura física, com investimentos em tecnologia, melhoria de processos etc. E para que uma associação ingresse ou permaneça no sistema de gestão coletiva, é preciso'que a mesma tenha um mínimo de titulares e que estes tenham um mínimo de rendimento mensal que justifique a utilização de toda essa estrutura, que não pode ser custeada apenas pelas demais associações. Além do mais, os rendimentos desses titulares também devem suportar a' estrutura administrativa da própria associação, que viverá de sua taxa de administração, hoje igual a 7,5% daquilo que recebem seus associados.

Funciona com a gestão coletiva o mesmo que ocorre com todas as demais empresas e instituições do mercado. Neste sistema, a administração das regras do sistema deve atender aos interesses da maioria dos titulares filiados às associações. Por causa da

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pluralidade das associações, o interesse coletivo faz com que o mercado de direito autoral se autorregule automaticamente, garantihdo sempre as melhores práticas na gestão do Ecad.

A Atida atendia a esses critérios quando ingressou para fazer parte do Ecad.

Pagamentos feitos à Atida que constam no Balanço Patrimonial do Ecad

Não existe registro de pagamento para as Associações excluídas nos balanços de 2008, 2009 e 2010. Existe menção à Associação ATIDA nos Balanços do Ecad de 2008, 2009 e 2010, em razão do saldo de uma dívida da Associação' para com o Ecad. Em 2010, o valor era de 109.675,65. reais (no Balanço, esta informação está demonstrada como "110" valor em mil).

Para esclarecer melhor esta questão:

Após o recebimento de denúncias sobre erros constantes no cadastramento de obras e fonogramas, a Assembleia Geral do Ecad criou uma Comissão de Sindicância para apurar os fatos. O relatório da Comissão concluiu pelo erro no procedimento de cadastro de diversas obras de titularidade de Manuel Alexandre Oliveira (Xandy) e liberação de valores em favor do' Produtor Fonográfico Fantasy Music Comercial e CDs Ltda, referentes aos fonogramas de algumas obras musicais interpretadas pelo Grupo Rolling Stones que não atendiam às regras de cadastramento de fonogramas estrangeiros. Assim, evidenciado que a ATIDA fez incluir falsas autorias a fonogramas de titulares afiliados a associações diversas, com o intuito de apropriar-se dos respectivos direitos autorais, o que rendeu a ATIDA receita indevida, a AGE 318', de 09/05/2006, decidiu excluir a referida associação dos seus quadros associativos.

Não existe nenhum valor pago para as associações excluídas nestes anos. Pelo contrário, elas é que possuem um saldo devedor com o Ecad.

A associação excluída, Atida, recebeu adiantamentos de acordo com a Ata 322' da Assembleia Geral . de 10/08/2006.

A Assembleia Geral decidiu que os valores adiantados deveriam ser descontados dos titulares da ATIDA, que se transferiram para outras associações, para reembolso do Ecad.

Os valores descontados desses titulares que saíram da ATIDA e migraram para outra associação se referem a esses adiantamentos realizados na época e continuarão acontecendo até que o saldo dos adiantamentos realizados para a Atida sejam quitados.

Portanto, o que consta no Balanço Patrimonial é um saldo a favor do Ecad, ou seja, !!!lli! dívida da ATIDA.

Valores descontados dos titulares da Atida

Os valores descontados desses titulares se referem a adiantamentos recebidos pela Alida na época, em nome de seus associados, e continuarão acontecendo até que o saldo dos adiantamentos realizados para esta referida associação seja quitado. Todo esse procedimento foi aprovado pela Assembleia Geral do Ecad.

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Histórico das exclusões de associações

Nos últimos anos algumas associações administradas foram excluidas do quadro social do Ecad, por decisão da Assembleia Geral, que concluiu pela prática de atos lesivos ao sistema de gestão coletiva brasileiro por parte de tais entidades, após a instauração de sindicância. As associações excluídas foram: SABEM, ATIDA, ACIMBRA e ANACIM.

SABEM: A Associação, juntamente com outras três (SADEMBRA, ANACIM E ASSIM), criaram outro órgão arrecadador, o CNDE, que caracterizava a auto-exclusão das três associações do sistema de gestão coletiva formado pelas demais associações e pelo Ecad. Em sua 218" Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada em 15/04/1999, decidiu-se pela formalização da exclusão da SABEM, ANACIM, ASSIM e SADEMBRA dos seus quadros. A SABEM ingressou com ação judicial na tentativa de anular essa decisão da Assembleia Geral do Ecad, não conseguindo êxito, já que o Superior Tribunal de Justiça, em 14/03/2006, decidiu que não houve qualquer irregularidade na exclusão da entidade.

ANACIM: Após sua auto-exclusão dos quadros sociais do Ecad, a ANACIM solicitou seu retomo aos quadros sociais como administrada, o que foi aceito pela Assembleia Geral. Em 20 IO, no entanto, após diversas reclamações de seus titulares de que não estavam recebendo os valores referentes a direitos autorais, regularmente repassados pelo Ecad, foi criada uma Comissão de Sindicância para apurar as denúncias e, ante a comprovação de que a ANACIM não estava repassando aos seus associados os valores que recebia do Ecad, bem como havia encerrado suas atividades, a AGE 378", de 09/12/2010, entendeu que a ANACIM havia de fato se retirado da gestão coletiva e acabou por formalizar sua exclusão dos quadros sociais do Ecad.

ATIDA: Após o recebimento de denúncias sobre erros constantes no cadastramento de obras e fonogramas, a Assembleia Geral do Ecad criou uma Comissão de Sindicância para apurar os fatos. O relatório da Comissão concluiu que houve erro no procedimento de cadastro de diversas obras de titularidade de Manuel Alexandre Oliveira (Xandy) e liberação de valores em favor do Produtor Fonográfico Fantasy Music Comercial e CDs Ltda, referentes aos fonogramas de algumas obras musicais interpretadas pelo Grupo Rolling Stones que não atendiam às regras de cadastramento de fonogramas estrangeiros. Assim, evidenciado que a ATIDA fez incluir falsas autorias a fonogramas de titulares afiliados a assoCiações diversas, com o intuito de apropriar-se dos respectivos direitos autorais, o que rendeu a ATIDA receita indevida, a AGE 318", de 09/05/2006, decidiu excluir a referida associação dos seus quadros associativos.

ACIMBRA: Verificou-se a migração de diversos titulares que eram afiliados da ATIDA para a referida Associação, contudo alguns deles se manifestaram no sentido que não terem firmado nenhum documento que representasse sua filiação à ACIMBRA. Diante deste fato, a Assembleia Geral determinou a criação de uma Comissão de Sindicância, que solicitou um estudo técnico das assinaturas das propostas de filiação, através de laudo grafotécnico. Apresentado o laudo, restou evidenciado que 28 assinaturas eram falsas, documentos estes chancelados pela Presidência da Associação, à época exercida por Frank Aguiar. Comprovadas as irregularidades, a AGO 327", de 08/0212007, decidiu retirar a associação dos seus quadros sociais. Por conta da falsidade documental, em 24/08/2006, o Ecad apresentou Notícia Crime, requerendo a

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instauração de Inquérito policial visando à apuração dos cnmes .cometidos pela associação, através de seus representantes.

Ecad representa autores e demais titulares de música

Diferentemente do que foi afinnado diversas vezes pelo cantor e compositor Leoni na audiência, o Ecad representa, sim, os autores, mas também representa os demais titulares, como os intérpretes, músicos e suas gravadoras e editoras. As associações e o Ecad trabalham para defender e preservar os direitos autorais de todos os titulares filiados às associações que o compõem. E se o sistema é de gestão coletiva, as regras e critérios devem atender aos interesses da maioria, do coletivo, e não a interesses individuais de um ou outro titular.

Se, dos valores arrecadados, 24,5% são destinados ao Ecad e associações e os 75,5% restantes cabem aos compositores, músicos, intérpretes e suas gravadoras e editoras, como é que os autores não têm voz e não são representados? São os próprios compositores que cedem seus direitos às editoras. O Ecad apenas cumpre com o que está definido nos contratos finnados pelos compositores com suas editoras e gravadoras.

Se o cantor e compositor Leoni entende que a atuação das associações e do Ecad estão prejudicando alguns em detrimento de outros, deve participar de fato das associações às quais se filia. O modelo de gestão coletiva pressupõe a participação de todos os interessados dentro de suas entidades associativas, com base nas regras aprovadas.

Artistas defendem o Ecad e atual sistema e não só os diretores de associações

Não é verdade que só quem defende o Ecad são os diretores de associações. Esses, por participarem da luta pela criação de um órgão e de um sistema que funcionasse, fazendo com que a sociedade passasse a respeitar o trabalho e a devida remuneração destes artistas, talvez tenham mais condições de falar e esclarecer o quanto foi difícil chegar até onde chegamos. Porém, basta acessar o site do Ecad e o canal da instituição no YouTube para assistir a depoimentos de diversos autores, intérpretes e herdeiros que reconhecem a importância do direito autoral e do Ecad para o fomento e o desenvolvimento da economia criativa da música.

A prova de que o trabalho do Ecad em nome dos artistas é reconhecido como justo é a campanha "Vozes em Defesa do Direito Autoral. E que vozes!", composta de depoimentos de diversos artistas sobre a importância que o direito autoral tem em suas vidas. Já participaram gratuitamente desta campanha artistas como Victor Chaves (dupla Victor & Leo), Alcione, Sandra de Sá, Martinho da Vila, Tato (da banda Falamansa), Durval Lelys (da banda Asa de Águia), Sérgio Reis, Fagner, Dudu Nobre, Roberto Menescal, entre vários outros.

Ecad realiza a cobrança e faz esclarecimentos sobre os direitos autorais. Não acaba com festas.

O Ecad não tem poder de acabar com festa alguma. Nem em escola, nem em festa de aniversário em clube, nem em lugar algum. O Ecad procura informar e conscientizar sobre a importância do direito autoral para os artistas. Caso o usuário de música não concorde com o pagamento, e após inúmeras tentativas de acordo, a questão é levada ao Judiciário, que aí sim, determina se a música pode ou não ser utilizada naquele local. A

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Lei determina que qualquer pessoa que utilize música publicamente deve pagar direitos autorais. Não foi o Ecad quem inventou isso. Está na Lei de Direitos Autorais de 1998, e as associações e o Ecad, que são mandatárias de seus associados, devem cumprir a lei.

Por fim, acreditamos, sim, que o autor é a espinha dorsal de toda a cadeia produtiva da música. Sem ele, nada ocorre. É ele quem dá o pontapé inicial e possibilita que nossas vidas se tornem mais interessantes. A remuneração pelo uso de suas criações é que possibilita que tudo relacionado ao mercado de música perdure e se desenvolva. As associações de música e o Ecad defendem este direito e buscam constantemente evoluir, se desenvolver, melhorar seus processos e sua forma de atuação. Com isso, transformaram o sistema de gestão coletiva brasileiro num dos mais elogiados do mundo, fazendo com que o Ecad seja reconhecido como referência internacional no segmento de direitos autorais, especialmente em termos tecnológicos e em relação aos processos de arrecadação e distribuição criados.

Comunicação e relacionamento dos titulares com as associações

o Ecad é responsável pela cobrança e repasse ás associações dos valores referentes aos direitos autorais de execução pública musical. Toda a parte documental relativa ao titular e ás suas obras, assim como toda a comunicação sobre assuntos de interesse do artista são realizados pela associação à qual o titular é filiado. O Ecad é o órgão técnico das associações para arrecadar e distribuir os direitos autorais. Natural, portanto, que as dúvidas, criticas e sugestões dos artistas e criadores sejam discutidas nas associações.

o crédito é protegido! E não apenas retido.

O crédito retido - que nada mais é do que um crédito protegido - garante os respectivos direitos autorais ao autor. Quando uma obra musical ou um titular, no momento da identificação da obra musical captada, apresenta inconsistência de informações cadastrais, torna-se impossível realizar a sua identificação. Com isso, o valor da execução é retardado até que as informações necessárias sejam inseridas e possibilitem a correta distribuição dos valores. Isso é o crédito PROTEGIDO.

A tecnologia do Ecad e suas inovações

Ao longo dos anos, o Ecad tem se estruturado para fazer um controle eficiente da execução pública, inélusive no que se refere às músicas apresentadas em shows e eventos. Os avanços tecnológicos têm sido um importante aliado nesse processo. O Ecad vem, ano a ano, ínvestindo em tecnologia, em ferramentas e sistemas que visam otimizar o trabalho de distribuição. A entidade desenvolve seus próprios sistemas de Arrecadação e Distribuição, únicos no país para este tipo de atividade. Também foi criado um software para auxiliar, principalmente, as pequenas rádios no envio da programação musical (Ecad.Tec Radio). As rádios são gravadas (seja pelo próprio Ecad, seja por uma empresa terceirizada) para compor a amostra de mais de 200 mil execuções por trimestre. O Ecad conta com uma equipe de colaboradores espalhados por todo o país para a utilização do Ecad.Tec Som (aparelho que permite a gravação automática de shows e música ao vivo, com autonomia de até 16 horas de gravação, sem ser necessária a presença fisica de um técnico de gravação). Através deste equipamento é possível gravar e identificar mais de 50.000 execuções musicais em estabelecimentos com música ao vivo e mais de 13.000 execuções em casas de festas, com eficácia e agilidade.

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Durante os últimos 5 anos, o Ecad realizou investimentos, oriundos do seu orçamento operativo, de cerca de 20 milhões de reais no desenvolvimento de soluções tecnológicas para: modernização dos seus sistemas legados de arrecadação e distribuição; inovação para utilização de tecnologia móvel com soluções utilizadas externamente nas atividades de arrecadação e distribuição (família Ecad.Tec Móvel), e criação de soluções voltadas para captação e identificação automática das execuções musicais, como é o caso do Ecad.Tec CIA Rádio, software recentemente lançado, desenvolvido em parceria com o CETUC (Centro de Telecomunicações da PUCIRJ), que faz a captação e identificação das execuções musicais provenientes das rádios. Também já foi iniciado o desenvolvimento do Ecad.Tec ClA Audiovisual, que faz a captação e identificação das execuções decorrentes das programações de TV e que deverá ser lançado em 2012. Ainda na mesma linha, dando andamento ao desenvolvimento dos produtos da família Ecad.Tec ClA, todos desenvolvidos em parceria com a PUC - cuja equipe é formada por doutores, mestres e pesquisadores, está prevista para 2013 a implantação do CIA Internet (relacionado às execuções provenientes da internet). Todas as soluções mencionadas foram desenvolvidas pela equipe de Tecnologia da Informação do Ecad, o que o toma um modelo mundial na produção de soluções tecnológicas para gestão dos direitos autorais, com o objetivo de garantir uma distribuição perfeita aos artistas.

Uso de aplicativos tecnológicos

o Ecad não tem planos para o mercado de consultas individuais das execuções de trechos de fonogramas, captados em aparelhos de uso pessoal (pC e/ou celulares) e transmitidos, sob demanda, pelas redes de dados (celular e/ou Internet).

Os sistemas desenvolvidos para o Ecad têm como foco a identificação de fonogramas incluídos em múltiplos conteúdos de áudio, captados de execuções públicas em diferentes localidades do país e de forma contínua (24 horas, 7 dias da semana). As funcionalidades desenvolvidas para os sistemas do Ecad estão direcionadas, apenas, aos processos associados com a distribuição de direitos autorais. Além disso, as exigências de escalabilidade, modularidade, flexibilidade, rastreabilidade, confiabilidade, disponibilidade, desempenho e qualidade dos sistemas do Ecad são muito maiores do que as de aplicações comerciais para uso pessoal. A única característica comum aos sistemas é a utilização da técnica de extração e comparação de "fingerprints" de áudio.

Não é verdadeira a afirmação de que os investimentos em tecnologia saem dos pagamentos dos autores. Todo o investimento feito pelo Ecad é oriundo da sua taxa de administração, constante do seu orçamento operativo que é aprovado pela Assembleia Geral e, portanto, não onera os recebimentos das Associações e de seus titulares de direitos.

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Respostas às declarações feitas na sessão de 24 de agosto da CPI do Senado 26/08/2011

Em relação às declarações feitas na sessão de 24 de agosto da CPI do Senado, o Ecad esclarece:

Premiação Great Plaee to Work .....,.

Mais uma vez, usam informações que deveriam ser favoráveis ao Ecad para demonizar a sua imagem e confundir a opinião pública. Os prêmios recebidos pelo Ecad do Instituto Great Place to Work vão muito além dos valores de salários e beneficios. A aplicação da pesquisa pela empresa Great Place to Work em 46 países e em mais de 6.000 empresas (no Brasil, 943 empresas concorreram) leva em consideração a perspectiva do funcionário sob 5 dimensões (credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem) e 9 práticas culturais (inspirando seus funcionários, falando a verdade com todos, escutando com sinceridade, agradecendo o hom trabalho, desenvolvendo pessoas e profissionais, desenvolvendo os indivíduos, celebrando as conquistas, contratando com foco na cultura, compartilhando os resultados). Esses prêmios não focam em salários, mas refletem o que os funcionários do Ecad pensam sobre a organização na qual trabalham. O Instituto Great Placcto Work tem como foco premiar empresaséticas e socialmente responsáveis, além de inovadoras e empreendedoras. Ao ser classificado entre as melhores empresas/organizações para trabalhar, o Ecad foi reconhecido pelo mercado pela valorizacão do clima organizacional voltado ao desenvolvimento de um trabalho na defesa da música e de seus criadores. por uma equipe vitoriosa. competente e comprometida.

Disputa judicial Globo e Ecad

Desde 2005, o Ecad e a TV Globo discutem no Judiciário o pagamento do valor mensal de 2,5% sobre o faturamento da emissora para a execução pública de obras/fonogramas na sua programação, valor este fixado pela Assembleia Geral do Ecad na representação dos milhares de filiados às associações. No curso dessa disputa processual, que ainda aguarda decisão final no Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro já havia determinado que a TV Globo depositasse mensalmente, em juízo, parte do valor total discutido, sendo concedido ao Ecad o direito de efetuar levantamentos parciais a fim de garantir a remuneração dos titulares de música, nacionais e estrangeiros, que têm suas obras/fonogramas executadàs pela referida TV em sua programação.

Ocorre que, em julho de 20 IO, a TV Globo, ignorando a decisão judicial vigente e antes do julgamento final no STJ, interrompeu os depósitos judiCiais que realizava nas ações em curso desde 2005 e deu início a uma nova ação.judicial. Tudo isso, aliás, encontra-se' bem explicado no Comunicado aos Titulares enviado em dezembro passado, que está acessível no link: http://www.ecad.org.br/.. .IComunicado aos titulares suspensao 'Globo.pdf

Dc dezembro para cá; no entanto, a situação tem evoluído no judiciário. Os recursos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça ainda aguardam julgamento.

A questão a ser discutida é: a Globo é quem define o valor que ela quer pagar ou são os autores, donos das obras musicais utilizadas por ela em sua programàção?

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Interessante toda esta questão ser discutida quando recentemente foram noticiadas matérias que informavam que a TV Globo solicitou ao YouTube que retirassem todas as cenas das novelas "O Astro" e "Insensato Coração" do canal de vídeos.

http://idgnow.uol.com.br/.. .Iglobo-quer-suas-novelas-Ionge-do-youtube/

http://portalimprensa.uol.com.br/..Io+astro+fora+do+youtube/

Será que um consumidor não poderia ter direito a disponibilizar estes. vídeos mediante o pagamento de R$ 10,00 por cena ou capitulo exibido? Ora, por que não? Bastaria que esta pessoa fizesse um depósito judicial no valor que quer pagar e ter o direito de usar a cena ou o capítulo da novela. É exatamente isso que a Globo faz com os autores das músicas que utiliza em sua programação. É ela quem quer ditar e determinar o valor a ser pago e não os donos da obra.

Ecad faz auditoria das planilhas enviadas pelas emissoras

De acordo com a lei autoral 9610/98, em seu parágrafo 6°, é de responsabilidade do empresário entregar ao escritório central a relação completa das obras e fonogramas utilizados. Assim, as obras musicais e/ou fonogramas que forem executados nas emissoras de TV devem ser relacionados nas planilhas de programação encaminhadas ao Ecad.

De posse dessas informações, o Ecad contempla os titulares com a distribuição dos créditos autorais e/ou conexos relativos às obras captadas. Os responsáveis nas emissoras pela confecção desses documentos devem ter a maior atenção ao relacionar as músicas executadas, evitando assim que os titulares sejam prejudicados pela omissão ou incorreção de alguma informação, o que infelizmente não ocorre.

Exatamente por constatar que constantemente havia muitos erros nas planilhas de programação musical enviadas pelas emissoras de rádio e televisão, o Ecad teve que montar uma equipe especializada para fazer a auditoria das informações enviadas por estas emissoras. É óbvio que este tipo de ação acaba tendo um custo para o Ecad que precisa contratar, treinar, desenvolver e oferecer recursos, inclusive tecnológicos, para manter estes colaboradores, o que não seria necessário se houvesse o compromisso e a responsabilidade das TVs em manter estes documentos o mais fidedignos possíveis. Apenas como exemplo, já houve casos em que o tempo de execução musical de um programa foi maior do. que o tempo de exibição do programa em si. Houve outros, nos quais músicas conhecidas do grande público foram indicadas nas planilhas com outros titulos e outras autorias. Se o Ecad não fizesse auditoria, os verdadeiros autores não teriam sido beneficiados. Como isso pode acontecer dentro das emissoras?

Considerando a freqüência com que esse tipo de erro acontece nás planilhas, a Assembleia Geral do Ecad decidiu que, constatadas as incorreções, o Ecad deveria pagar para os autores verdadeiros e corretos, desprezando as informações remetidas pelas TVs.

Legitimidade do Ecad

O trabalho desenvolvido pelo Ecad é legitimado pela lei de direito autoral brasileira, 9610/98, e ratificado pelo Supremo Tribunal Federal.' O' Judiciário reconhece a

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importância do trabalho do Ecad e os prejuízos que a inadimplência de usuários de música causa aos artistas, especialmente a de grandes usuários como emissoras de TV e rádio, além de provedores de internet, que utilizam músicas sem autorização dos seus titulares de direito.

Além disso, como dizer que o Ecad não tem legitimidade se nos últimos 5 anos aumentou a distribuição dos direitos autorais aos titulares em 68%. Isso demonstra claramente que a sociedade reconhece no Ecad o legítimo direito de representar os milhares de artistas representados pelo sistema de gestão coletiva no Brasil.

Direitos de execução musical em outros países não passam pelo Ecad

o Ecad é responsável por realizar a cobrança e a distribuição dos direitos autorais de execução pública musical no Brasil. Os valores arrecadados no exterior, referentes às músicas brasileiras lá executadas publicamente, são remetidos diretamente às associações brasileiras, sem qualquer interferência do Ecad.

No Brasil, titulares também têm acesso aos seus rendimentos

Os recibos e demonstrativos de pagamento dos titulares são disponibilizados para consulta pelas associações, por meio do sistema informatizado do Ecad, e ainda são encaminhados impressos mensalmente às associações integrantes, para posterior envio aos titulares de direitos.

O demonstrativo de pagamento identifica o titular e relaciona os rendimentos de suas obras e/ou fonogramas relativos às execuções captadas em uma ou mais origens. No corpo deste, abaixo de cada obra/fonograma, é possível visualizar, além das rubricas e rendimentos, o nome do intérprete, o período de captação da música, os dados sobre o show ou local de captação da execução musical, o percentual de participação do titular, o valor rateado e o número de execuções da música.

Estas informações são condensadas no recibo de pagamento, no qual estão relacionados os totais dos rendimentos do titular por rubrica e categoria, bem como os valores dos pontos autoral e conexo, por rubrica.

A forma como essas informações recebidas do Ecad são disponibilizadas pelas associações aos seus associados depende de decisão administrativa de cada associação, cabendo aos seus filiados discutirem internamente todo esse procedimento.

ECAD não fica com 50% dos valores arrecadados!

Constantemente são declarados por senadores e pela imprensa que a estrutura do Ecad fica com 50% do que é arrecadado. Isso não é verdade.

Dos valores arrecadados, 75,5%* são repassados aos titulares filiados (compositores, intérpretes, músicos, editoras e gravadoras) e 7,5%* às associações, para cobrir suas despesas operacionais. Ao Ecad. são destinados os 17%* restantes para· a sua administração. Todos os gastos administrativos do Ecad são suportados por esses 17%!

* Estes percentuais são fixados pela Assembleia Geral do Ecad, podendo ser alterados a qualquer tempo.

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Músicas de compositores contratados por emissora não chega a 6% do total da programação musical

Diferentemente do que foi afirmado por Daniel Campelo, não chega a 6% do total das músicas da programação da TV Globo que pertencem aos compositores contratados

.pela emissora, e não 60% como foi afirmado por ele.

Crédito é protegido! E não apenas retido.

Temos mais uma vez que desmistificar esta questão do crédito retido. O crédito retido nada mais é do que um crédíto protegido, que garante aos artistas o recebimento correto dos valores provenientes dos direitos autorais de execução pública. Se uma obra musical ou fonograma for captado, mas apresentar inconsistência ou ausência de informações cadastrais no banco de dados do Ecad, toma-se impossível realizar a sua identificação. Com isso, o valor da execução fica provisionado até que as informações necessárias sejam inseridas e possibilitem a correta distribuição dos valores. Isso é o crédito PROTEGIDO. Depois que a obra ou titular é identificado, os valores são distribuídos com as devidas correções e juros. O histórico do número de execuções captadas será. mantido até que a obra seja cadastrada e identificada, liberando, conseqüentemente, os créditos para seus titulares autorais.

O Ecad informa às associações de titulares que o integram a relação das obras e fonogramas pendentes e/ou protegidos por insuficiência de informações, a fim de que adotem as providências necessárias no sentido de identificá-los. Estes procedimentos existem em todas as associações de gestão coletiva do mundo sempre que, no momento da distribuição dos direitos, se deparam com inconsistência de informações.

Valor de R$ 18 milhões não é de créditos retidos

A informação de que o Ecad ficou ·com R$ 18 milhões como crédito retido no ano de 20 IO é falsa e demonstra que o declarante não. possui qualquer conhecimento de contabilidade.

O Ecad arrecada os valores dos usuários de mUSlca e processa as informações que recebe destes usuários para gerar as respectivas distribuições e pagamentos. Ocorre que estas distribuições possuem um calendário específico. Por exemplo, os valores arrecadados em outubro, novembro e dezembro de emissoras de rádios são distribuídos no ano seguinte, no ·mês de abril. O mesmo ocorre com outros segmentos. Esta diferença, portanto, refere-se a valores recebidos e nào distribuídos no ano, em razão do calendário de distribuições, e não porque são créditos retidos.

Valores distríbuídos do YouTube

Em 2010, o Ecad e o Google assinaram uma carta de intenções que previa o pagamento dos direitos autorais de execução pública relativos às músicas executadas no canal de vídeos YouTube no Brasil. Ficou estabelecido que o valor a ser pago de direitos autorais seria baseado em um percentual sobre o faturamento da operação do site no país. O Google pagou ao Ecad R$ 252.099,08 relativos à garantia mínima pelo período de um ano, entre julho de 2010 e junho de 2011. Porém, a distribuicão dos valores do segmento de Mídias Digitais, definido pelas associacões, é sempre semestral (tempo suficiente para o Google enviar as informações e o Ecad auditá-Ias). Ou seja,

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• ~enas metade desse valor arrecadado foi considerado para fins de distribuicão em junho/ZOII CR$ 126.049,08), considerando as músicas executadas entre julho e dezembro de 2010. A distribuição da outra parte, incluindo o complemento da garantia mínima, será realizada em dezembro deste ano, considerando as músicas executadas no semestre de janeiro ajunho/201!.

Os valores distribuídos em junho/201! referem-se aos valores arrecadados no segundo semestre do ano passado. Em novembro/201 I serão distribuídos os valores pagos pelo YouTube referentes ao período entre julho de 2007 e junho de 20 IO, que não puderam ser realizados anteriormente porque o Google não havia enviado todas as informações necessárias para o devido processamento dos repasses. Em dezembro, a distribuição referente ao valor arrecadado do primeiro semestre deste ano também será realizada.

Portanto, é mentirosa a declaração do SI. Daniel Campelo de que o Ecad arrecadou R$ 850 mil do YouTube e só pagou R$ 67.000,00 aos titulares, ficando todo o resto retido. O Ecad possui regras e um calendário específico para realização das distribuições e obedece a este calendário.

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Resposta às declarações feitas na Audiência do Amapá - 02/09 08/09/2011

Alta inadimplência e regionalização

Não procede a informação de que, durante audiência da CPI em Macapá, o gerente da Unidade do Ecad, Nereu Silveira, informou que somente no primeiro semestre deste ano o Escritório arrecadou R$ 1,906 milhão com direitos autorais no Amapá. Na verdade, a arrecadação no estado do Amapá não passa de 20 mil reais por mês. A baixa arrecadacão no estado é fruto da alta inadimplência, onde é grande número de emissoras de TVs e Rádios que não cumprem a lei: de mais de 30 concessões, 18 em operação, apenas a rádio Difusora está em dia com os artistas, porém não envia sua planilha de programação musical ao Ecad. Em outros segmentos, como o de música ao vivo, a inadimplência chega a ser de quase 100%. O valor anunciado pelo dirigente do Ecad refere-se à arrecadação noS estados do Amapá e Pará, sendo este último, o estado onde se concentra grande parte da arrecadação da regional. Diante do cenário político, o gerente convidado para esclarecer os fatos, foi interrompido pelo senador Relator, senador Lindbergh Farias, que não deixou o dirigente melhor explicar os números anteriormente já declarados, porém, não registrados pela imprensa local. O aumento de 32,7% na arrecadação da entidade, comparado ao mesmo período de 2010, diz respeito aos valores somados dos dois estados, Pará e Amapá, e não apenas aos valores arrecadados no Amapá. Vale destacar ainda que o Ecad já mantém sua estrutura de arrecadação e distribuição regionalizadas, antes mesmo da proposta levantada pelos senadores na Audiência.

Sobre a regionalização citada na Audiência, informamos que o Ecad possui 26 escritórios próprios nas principais capitais e regiões do pais e conta com mais de 130 agências credenciadas que fazem todo o trabalho de conscientização e cobrança aos usuários de música. A distribuição de rádio funciona de forma regionalizada. Apenas as emissoras adimplentes, isto é, as que pagam direitos autorais, integram a amostragem. A verba deste segmento é desmembrada, considerando as cinco regiões geográficas do Brasil: Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. A amostra é composta de gravações das execuções em diversas capitais do pais, e nos locais onde não há gravação, são consideradas as informações contidas nas planilhas de programação enviadas pelas rádios adimplentes.

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o que o Senado não permitiu ao Ecad falar na Audiência Pública da CPI 30/09/11

Embora seja uma obrigação legal das emissoras informarem corretamente as músicas executadas em sua programação, não é isso que ocorre. Praticamente lOO% das

, informações fornecidas pelas emissoras têm algum erro e se fossem seguidas à .risca pelo Ecad a distribuição dos direitos autorais prejudicaria milhares de artistas.

Para fazer a distribuição dos direitos arrecadados das emissoras de TV com a maior qualidade possivel, o Ecad investe constantemente em tecnologia, capacitação e aumento de sua equipe para realizar auditorias de escuta da programação musical das emissoras. Para isso mantemos equipamentos gravando a programação das emissoras 7 dias por semana e 24 horas por dia e uma equipe de 55 pessoas dividida em 2 turnos realizando os acertos das planilhas das TVs. Dentre elas, consta o maestro Alexandre Schubert, professor da Faculdade de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Para exemplificar a necessidade e a eficiência dessa atividade desenvolvida pelo Ecad, selecionamos apenas 7 músicas cadastradas recentemente, em 20/07/2011, pelo compositor Tim Rescala através de sua associação. Junto com o cadastro no sistema do Ecad, a associações nos enviou também os respectivos áudios das músicas, cujos títulos são os seguintes:

Código ECAD Título da Obra Data de Cadastro 5526562 A Banda 20/07/2011 5526645 New York, New York 20/07/2011 5526644 I've got vou under mv skin 20/07/2011 5526977 Chapinha-BG 20/07/2011 5526423 Can-Can-orquestra-02 20/07/2011 5526358 Canal 99.2 20/07/2011 5526954 Vida Real(BZ) Inst 20/07/2011

Clique no nome da música para ouvi-Ia.

Todas as obras musicais acima foram cadastradas como sendo apenas de autoria do titular, Tim Rescala. Isso significa que, caso houvesse captação dessas músicas pelo Ecad em qualquer segmento, o referido compositor receberia 100% do valor destinado ao pagamento da obra musical.

Porém, fazendo a auditoria de escuta dessas músicas enviadas ao Ecad pelo próprio compositor, através de sua associação, constatamos que se trata de arranjos musicais de obras conhecidas e de autoria de outros compositores, conforme tabela: clique para visualizar.

Analisando a tabela aCima, constatamos .que:

I) a obra de Tim Rescala, intitulada A BANDA, é na verdade um arranjo da obra NEW YORK NEW YORK, de autoria de Fred Ebb e John Kander;

2) a obra de Tim Rescala, intitulada NEW YORK NEW YORK, é na verdade um arranjo da obra A BANDA, de autoria de Chico Buarque de Hollanda;

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3) a obra de Tim Rescala, intitulada I'\TE GOT VOU UNDER MY SKlN, é na verdade um arranjo da obra GAROTA DE IPANEMA, de autoria de Tom Jobim

• e Vinicius de Moraes;

• 4) a obra de Tim Rescala, intitu,ada CHAPINHA-BG, é na verdade um arranjo da obra O SOM DO CHACRlNHA ABELARDO BARBOSA, de autoria de Miguel Gustavo;

5) a obra de Tim Rescala, intitulada CAN-CAN-ORQUESTRA 02, é na verdade um arranjo da obra CAN CAN de Jack Howard;

6) a obra de Tim Rescala, intitulada Canal 99.2, é na verdade um arranjo da obra NA CADÊNCIA DO SAMBA de autoria de Ataulpho Alves, Paulo Gesta e Matilde Chagas; .

7) a obra de Tim Rescala, intitulada VIDA REAL BZ INSTRUMENTAL, é na verdade um arranjo da obra VIDA REAL, de autoria de Paulo Ricardo, Paul Post e Cartey Rudy.

Estamos anexando neste momento laudos assinados pelo maestro Alexandre Schubert atestando essas nossas afirmações.

Conclusão

Graças ao trabalho sério desenvolvido pelo Ecad, autores como Chico Buarque, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Ataulfo Alves, Paulo Ricardo e os demais citados anteriormente, são devidamente contemplados com a correta identificação das músicas executadas na programação das emissoras de TV, inclusive o próprio Tim Rescala que recebe regularmente pelo fruto de suas composições de fato originais.

Finalizando, esclarecemos que, embora o compositor Tim Rescala seja representado pelo advogado Daniel Campelo para questões de direitos autorais, não podemos afirmar se as equivocadas informações cadastrais aqui mencionadas foram ou não passadas pelo mencionado procurador.

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Resposta às declarações feitas na audiência pública promovida pelo Senado no dia 30 de setembro de 2011 03/10/2011

• Em resposta às declarações feitas na audiência pública promovida pelo Senado e

, realizada no auditório do Planetário do Rio de Janeiro no dia 30 de setembro de 2011, o Ecad faz os seguintes esclarecimentos:

À Fernanda Abreu

Premiação recebida pelo Ecad como umas das empresas mais inovadoras no uso de tecnologia.

A compositora Fernanda Abreu no seu depoimento declarou achar injusta a premiação recebida pelo Ecad. No seu entender o site ECADNet não apresenta as informações reais sobre o seu repertório, exemplificando com a música "Rio 40 graus".

Todavia, a referida composição está corretamente documentada no site. Vale ressaltar que, como destacado em negrito no site, o mesmo não representa a totalidade de obras musicais do banco de dados do Ecad, pois o site apresenta apenas obras que tem o código ISWC, código mundial da obra musical estabelecido sobre regras da CISAC ( Confederação Internacional das Sociedades de Autores). Também no site é destacado que, se o autor entender que as informações estão inconsistentes, ele deve procurar a sua Associação, que de fato é a responsável pelo cadastramento do repertório do autor na base de dados do Ecad.

Por fim, deve ser esclarecido que a premiação recebida pelo Ecad é relacionada ao software CIA Rádio, software desenvolvido com a parceria do CETUCIPUC RJ, e que trata da captação e identificação automáticas das execuções musicais provenientes das rádios. Quanto à premiação ao seu executivo de tecnologia, se deveu pela gestão inovadora no uso de tecnologia pelo Ecad.

Rockin Rio

o Rock in Rio e o Ecad celebraram um contrato para que o evento pague os direitos autorais das músicas executadas nos sete dias de shows. O Rock in Rio pagou uma garantia mínima e, após a confirmação do público presente, o valor restante será devidamente quitado e divulgado para os principais interessados - os autores das músicas que lá foram tocadas. O valor cobrado, definido pela Assembléia Geral do Ecad, decorrerá de percentual sobre o faturamento do evento.

Quanto ao estande institucional do Ecad no Rock in Rio, em primeiro lugar é importante ressaltar que os organizadores do Rock in Rio, importante evento musical - o maior da America Latina -' cientes de sua responsabilidade social com a cultura e os autores, além de se comprometerem ao pagamento dos direitos autorais e cederam o espaço do stand gratuitamente para que o Ecad pudesse fazer esclarecimentos sobre os direitos autorais e a atuação do escritório. .

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". Estranhamos a afirmação da Fernanda Abreu que disse ter visto o estande do Ecad no

• Rock in Rio, apesar desse fato ter sido divulgado pela imprensa e redes sociais, decorrente de release enviado pelo próprio Ecad. Nossa equipe de marketing esteve presente no estande todos os dias do evento e não constatou a presença da artista.. O estande do Ecad é de todos os artistas que defendem a ampla ação de promoção e defesa do direito dos autorais, muitas vezes, negado por usuários, alguns maus pagadores. Fernanda Abreu teria sido muito bem vinda neste cenário de quem trabalha em benefício do coletivo.

Durante os dias já decorridos do evento, recebemos em nosso estande diversos artistas novos, músicos, filhos de artistas como Zé Ramalho, Zé Ricardo e Linda e Dircinha Batista, representantes de importantes editoras como a Gegê Produções, advogados ligados ao direito autoral, entre muitos outros, comprovando a eficácia da nossa presença em um evento que respeita os direitos dos artistas.

Vale lembrar que os titulares são representados por suas respectivas associações. A partir do momento em que um artista se filia a uma das sociedades de gestão coletiva, esta passa a ser sua mandatária e representante nas assembleias gerais. Os termos do acordo firmado entre o Ecad e o Rock in Rio foram aprovados em assembleia, com representantes de todas as associações, o que garante a representação de todos os titulares de direitos autorais. É função das associações de música o contato com os titulares, mantendo-os informados das decisões tomadas nas assembléias.

Criação de órgão público regulador das atividades das associações e do Eçad

O Ecad não tem nada a temer e não se opõe a ser supervisionado pelo Estado, desde que isso seja feito sem viés político, sem subjetividade, sem favorecimento a grupos ou organizações, nos limites constitucionais, e sem intervir no direito dos próprios criadores de decidirem, por meio de suas associações, sobre quanto cobrar pela execução de suas obras.

o Ecad sempre agiu com total transparência e sempre esteve disponível para esclarecimentos sobre o seu trabalho, seja através de palestras, seminários, distribuição de materiais informativos, entrevistas para imprensa, seja através da publicação em seu ,•site dos balanços patrimoniais e sociais, atas de assembleias, tabelas de preços,. ., regulamentos de arrecadação e distribuição, rankíngs de autores e obras etc. O Ecad também é auditado anualmente por empresas independentes de renome no mercado, e por órgãos públicos como Receita Federal e INSS, sendo seu desempenho aprovado ano após ano.

Sobre o trabalho do Ecad

Sobre a declaração de que "a incompetência do Ecadjá é clara", temos a informar que o Ecad aumentou a sua distribuição de direitos autorais em 68% nos últimos 5 anos. Isso não demonstra incompetência, muito pelo contrário. O Ecad é uma instituição privada

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que, ao longo dos últimos anos, se profissionalizou e vem buscando, incessantemente, alcançar a excelência de seus resultados.

Os R$ 432,9 milhões arrecadados no ano de 2010 são resultado de um trabalho sério, honesto, ético e de compromisso com os artistas, que delegaram a esta instituição a responsabilidade de cuidar dos direitos autorais de seu bem maior, a obra musical. Infelizmente, Fernanda Abreu citou um ou dois exemplos de problemas que enfrentou junto à sua associação e ao Ecad. Mas, deixou de considerar que desde o início de sua carreira até os dias presentes, muitos anos se passaram, durante os quais a gestão de seus direitos tem ocorrido regularmente.

Neste ano, o Ecad ganhou diversos prêmios de importantes e renomadas entidades que demonstram claramente a seriedade, a ética e a qualidade dó trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo desses anos.

Durante os últimos 5 anos, o Ecad realizou investimentos, oriundos do seu orçamento operativo, de cerca de 20 milhões de reais no desenvolvimento de soluções tecnológicas para modernização dos seus sistemas legados de arrecadação e distribuição, utilização de tecnologia móvel com soluções que são utilizadas externamente nas atividades de arrecadação e distribuição e criação de soluções voltadas para captação e identificação automática das execuções musicais, como é ocaso do Ecad.Tec CIA Radio, software recentemente lançado, desenvolvido em parceria com o CETUC (Centro de Telecomunicações da PUCIRJ), que faz a captação e identificação das execuções musicais provenientes das rádios.

Também já foi iniciado o desenvolvimento do Ecad.Tec CIA Audiovisual, que faz a captação e identificação das execuções decorrentes das programações de TV e que deverá ser lançado em 2012. E está previsto para 20\3 a implantação do ClA Internet (relacionado às execuções provenientes da internet). Todos desenvolvidos em parceria com a PUC - cuja equipe é formada por doutores, mestres e pesquisadores.

Todas essas soluções foram desenvolvidas pela equipe de Tecnologia da Informação do Ecad, tomando a instituição um modelo mundial na produção de soluções tecnológicas para o Direito Autoral. Recentem'ente, o Ecad foi eleito uma das cinco melhores empresas do pais em inovação tecnológica, conquistando o 10 lugar da categoria "Serviços Diversos" e o 50 lugar no ranking geral da edição 2011 do prêmio "As 100+ Inovadoras em TI"; premiação concedida pela revista Information Week Brasil que contou com a participação de mais de 240 empresas em todo o Brasil, apresentando os impactos que a inovação tecnológica proporcionou aos seus respectivos negócios. .' A Dudu Falcão

- Acusacão de que o Ecad "favorece poucos em detrimento de muitos"

É importante lembrar o compositor de que a gestão coletiva de direitos autorais segue os mesmos princípios de todas as demais empresas e instituições do mercado. Neste

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~rocesso, a administração das regras do sistema deve atender os interesses da inaioria dos titulares filiados às associações. Apesar da pluralidade das associações, o interesse coletivo faz com que o mercado de direito autoral se autorregule automaticamente, garantindo sempre as melhores práticas na gestão do Ecad.

Salientamos que compete aos artistas filiados às associações votar, aprovar e concordar ou não com o corpo executivo da associação que o representa. Como já informamos anteriormente, caso não esteja satisfeito, seja com a politica seja com a presidência de sua associação, basta que ele busque outra opção. É importante esclarecer que os artistas podem fiscalizar as atividades das associações e do Ecad, além de enviar críticas e sugestões às associações com a finalidade de aprimorar o sistema de gestão coletiva.

- Amostragem

o Ecad apenas distribui aquilo que é executado, captado e que esteja dentro das regras definidas pelas associações para compor a amostra..Não é possível para o Ecad captilf 100% das execuções de música em todo o país, a todo momento. O critério de amostragem é adotado no mundo inteiro e definido, no Brasil, pelas associações de música em Assembléia Geral.

- Definição de metragem quadrada para área sonorizada

Informamos que o Ecad possui critérios de arrecadação consistentes, adotados com base em padrão internacional. O cálculo do direito autoral é realizado de acordo com os critérios estabelecidos no Regulamento de Arrecadação e sua Tabela de Preços, sendo estes definidos pelas associações de música que' integram o Ecad e todos disponibilizados no site www.ecad.org.br. Quando há qualquer tipo de cobrança (couvert artístico, ingresso, etc), é calculado um percentual •sobre a receita bruta, levando-se em conta se a música será ao vivo ou por meio mecânico. Se não houver cobrança de ingresso, o pagamento deverá ser realizado de acordo com a área sonorizada, nível populacional e a região sócio-econômica onde se encontra o usuário. Qualquer cidadão pode fazer uma simulação do cálculo através do site do Ecad, através do link "Canal do Usuárío" .

- Acusacão de que teve seus rendimentos reduzidos após reclamar do Ecad

O Ecad refuta veementemente a afirmação do compositor Dudu Falcão, que acredita que "desde que passou a reclamar do Ecad teve seus rendimentos reduzidos". Tal afirmação coloca todo o corpo de trabalho do Ecad sob suspeita que, além de gravíssima, é absolutamente ínfundada. Para garantir o correto repasse de seus direitos autorais, o compositor deve conferir suas declarações de rendimento e procurar sua associação. O Ecad ressalta que trabalha na defesa de todos os titulares de direitos autorais, independentemente de suas posições políticas.

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A Tím Rescala ..

- Repasse de valores referentes a músicas estrangeíras "

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• A informação completa acerca do assunto consta no nosso site (em 2009, foram destinados 69% dos valores distribuídos para artistas nacionais e 31 % para estrangeiros). Não porque o Ecad favoreceu algum grupo de artistas ou alguma entidade, mas, sim, porque o cenário da música no Brasil mudou. Vale ressaltar que o Ecad somente repassa os valores das obras musicais que foram executadas e captadas, independentemente se elas são nacionais ou estrangeiras, pois as captações refletem apenas o que vem sendo executado no Brasil. Podemos citar apenas alguns dos fatores que podem justificar este aumento de remessa para os titulares estrangeiros nos últimos' anos. Em primeiro lugar, nos últimos anos, os cinemas começaram a pagar direitos autorais ao Ecad, alguns deles após vitórias judiciais que duraram anos e foram vencidas pelo Ecad, gerando assim sucessivas distribuições dos valores devidos durante os anos de batalha judicial, e os das atuais mensalidades, relacionados aos filmes exibidos (que, na sua maioria, são estrangeiros); além disso, existe a questão das TVs por assinatura, que na sua grade de canais possuem, na maioria, programações de conteúdo estrangeiro. Isso sem falar da crescente chegada de shows de artistas internacionais. Fica clara, portanto, a influência destes fatores na questão da divisão dos recursos distribuídos. Em 2010, 56% do total distribuído proveniente de TV por assinatura foram para titulares internacionais, seguidos de 55% do segmento de cinema, enquanto que em segmentos como rádio e carnaval, foram distribuídos apenas 20% e 3%, respectivamente, para artistas estrangeiros. '

- Taxa de àdministracão do Ecad

Os custos de administração do Ecad e associações se justificam pelo cenário brasileiro de falta de consciência popular acerca do pagamento do direito autoral, o que faz com que o Ecad precise enviar técnicos para a rua, além de precisar recorrer ao Judiciário para fazer valer a legislação. Há também a questão dos usuários de música que não enviam as informações corretamente, fazendo com que o Ecad tenha que investir em pessoas (novamente funcionários que precisam cobrar roteiros e gravar músicas ao vivo), tecnologia e processos de auditoria para captação e verificação das informações.

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