1 curso 6048 aula 00 prof rodrigo barreto v2

75
Aula 00 - Prof. Rodrigo Barreto Planejamento Governamental p/ APO-MPOG Professores: Rodrigo Barreto, Sérgio Mendes 00000000000 - DEMO

Upload: marcos56789hotmailcom

Post on 01-Sep-2015

22 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

aula prof rodrigo barreto

TRANSCRIPT

  • Aula 00 - Prof. Rodrigo Barreto

    Planejamento Governamental p/ APO-MPOGProfessores: Rodrigo Barreto, Srgio Mendes

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    AULA 0

    SUMRIO PGINA 1. Transportes

    2. Telecomunicaes

    3. Meio ambiente

    4. Energia

    5. Agricultura

    6. Indstria

    7. Turismo

    8. Questes comentadas

    9. Lista de questes

    10. Gabarito

    2

    12

    18

    32

    38

    45

    49

    53

    65

    73

    Ol, pessoal. Preparados para essa jornada? com imensa

    satisfao que damos incio ao curso de Planejamento

    Governamental para APO/MPOG. Antes de comearmos com o

    contedo de fato, gostaria de me apresentar.

    Meu nome Rodrigo Barreto, sou bacharel em Cincias Sociais

    pela Universidade Federal Fluminense e atualmente sou servidor

    efetivo do Senado Federal na rea de Processo Legislativo, atuando

    na Coordenao de Redao Legislativa. Alm disso, sou professor

    presencial em alguns cursos de Braslia e online aqui no Estratgia

    Concursos, onde leciono as matrias Atualidades, Conhecimentos

    Gerais, Cincia Poltica, Realidade Brasileira, Sociologia e Histria.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Este curso ser ministrado em parceria pelos professores Rodrigo

    Barreto e Srgio Mendes.

    Nossa aula ser composta de teoria e questes. A teoria ser

    baseada em estudos divulgados por instituies pblicas, como, por

    exemplo, o Ipea e o IBGE, e por pesquisadores importantes com os

    quais a Esaf goste de trabalhar. J as questes sero tanto da Esaf

    quanto de outras bancas, visto que, em alguns tpicos, no h

    tantas questes disponveis da banca realizadora e, por isso,

    precisaremos recorrer a outras bancas. Alm disso, vocs tero

    acesso ao frum de dvidas e tambm podero entrar em contato

    diretamente comigo pelo e-mail [email protected].

    Fiquem vontade para qualquer crtica, sugesto ou dvida. ;-)

    1. Transportes

    Primeiramente, lembramos que o Ministrio dos Transportes

    o rgo da administrao pblica federal direta (Poder Executivo)

    que possui como reas de atuao a poltica nacional de transportes

    dos modais ferrovirio, rodovirio e aquavirio. Alm disso, o MT

    realiza aes no mbito da marinha mercante, das vias navegveis

    e dos portos fluviais e lacustres (excetuados os que esto sob a

    responsabilidade das companhias docas).

    Dessa forma, as aes do MT compreendem a formulao, a

    coordenao e a superviso das polticas nacionais para o setor; a

    participao no planejamento estratgico; a elaborao de diretrizes

    para a sua implementao e a definio das prioridades dos

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 programas de investimentos. Para que o Ministrio possa executar

    suas atribuies e tambm possa desenvolver programas e

    projetos, as aes e os programas devem atuar como verdadeiros

    instrumentos a definio, estruturao e desenvolvimento da

    infraestrutura de transportes do pas.

    Contudo, o Brasil investe um pequeno percentual do PIB na

    melhoria da infraestrutura de transportes. Esta porcentagem est

    abaixo do mnimo necessrio para a manuteno das infraestruturas

    existentes e representa uma frao do que fazem alguns dos

    concorrentes diretos no mercado internacional, bem como de alguns

    pases da Amrica Latina. No Brasil, cerca de 2% do PIB tem sido

    destino a isso.

    De acordo com o The Global Competitiveness Report (GCR), a

    infraestrutura de transportes um dos problemas que mais afetam

    as empresas investidoras e o desenvolvimento do pas. Sabemos

    que o Brasil possui, em relao infraestrutura de transportes,

    servios de m qualidade, sem vias com grande capacidade de

    escoamento rpido, eficaz e seguro.

    Na realidade, temos um grande problema logstico no processo

    de distribuio de mercadorias, ou seja, no trajeto das fbricas at

    o cliente final. A grande questo logstica compreender qual o

    melhor modal a ser utilizado, para cada tipo de transporte, e cabe

    ao governo investir nos modais para permitir o traslado de

    produtos, bens e servios, fomentando o desenvolvimento do pas.

    Os modais (rodovirio, areo, martimo ou ferrovirio) so

    escolhidos dentro de uma relao de custo-benefcio, conforme o

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 nvel de servio esperado pelo cliente em receber as mercadorias, e

    obviamente cada tipo de modal possui peculiaridades e

    caractersticas prprias que devem ser levadas em considerao no

    momento de escolha.

    Podemos perceber pessoal, em relao estruturao dos

    modais de transpores no Brasil, que, a partir da dcada de 70,

    verifica-se uma diminuio do nvel de investimentos em

    infraestrutura de transportes, ocasionando problemas no sistema

    em todo o Brasil. Em razo disso, passam a ser conhecidas diversas

    ineficincias, custos adicionais, perda de competitividade, aumento

    nos tempos das viagens, acidentes, dentre outros problemas. Alm

    disso, a preferncia dos governos nacionais por uma matriz de

    transporte focada no modal rodovirio gerou historicamente graves

    problemas. Nossa matriz desequilibrada e modais que, a depender

    da situao, possuem timo custo-benefcio (como o ferrovirio e a

    KLGURYLiULRHVWmRVXFDWHDGDV

    Os modais brasileiros, de modo geral, possuem srios

    problemas e precisam de muitos investimentos do governo para

    melhoria e possvel adequao das suas deficincias. O sistema

    rodovirio, o mais utilizado no pas, enfrenta situao ruim fora dos

    eixos das grandes capitais. As estradas so precrias e no

    oferecem segurana ao transporte. Por sua vez, o transporte

    ferrovirio poderia ser uma opo interessante, dada extenso

    territorial do pas e ao bom custo-benefcio de sua implementao e

    de seu uso, mas enfrenta dificuldades de integrao e de renovao

    tanto da infraestrutura bsica como das composies.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Alm disso, atualmente h uma importante discusso de como

    se resolver a equao desenvolvimento da infraestrutura de

    transportes e desenvolvimento sustentvel. Segundo Pinheiro e

    Frischtak, Rs investimentos em infraestrutura e os servios associados no so incompatveis com e sustentabilidade ambiental.

    Primeiro, um reequilbrio dos modais ser um grande avano do

    ponto de vista ambiental; emite-se menos CO2 e se polui menos

    por unidade (TKU) transportada quando se desloca carga a partir de uma certa distncia das rodovias para ferrovias, e destas para hidrovias e navegao de cabotagem. Segundo, a melhoria em cada

    modal tambm representa um avano ambiental. O desafio no s

    retirar os caminhes dos servios de longa distncia, e ampliar o

    uso dos demais modais, em linha com sua vocao. tambm

    melhorar a qualidade das rodovias e aumentar a fiscalizao para

    assegurar nveis menores de poluio, economia de energia,

    menores necessidades de manuteno alm claro, de reduo de acidentes. Finalmente, deve-se sublinhar que qualquer ao ou inao no campo da infraestrutura leva a custos econmicos e ambientais, e investimentos devem sempre ser submetidas a uma

    anlise sria de custo-benefcio.

    Em agosto de 2012, o Governo Federal brasileiro lanou o

    Programa de Investimentos em Logstica (PIL). O programa inclui

    um conjunto de projetos que visam contribuir para tornar nosso

    sistema de transportes moderno e eficiente. O PIL conduzido por

    meio de parcerias com o setor privado, numa tentativa de promover

    sinergias entre os modais rodovirio, ferrovirio, hidrovirio,

    porturio e aeroporturio.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 O programa rodovirio, lembrando que nosso pas deu

    primazia s rodovias, tem como diretrizes principais: a proviso de

    uma malha rodoviria ampla, moderna e integrada; cadeias de

    suprimentos eficientes e competitivas; e modicidade tarifria. O

    objetivo principal melhorar a integrao logstica entre os diversos

    modais de transporte de forma a trazer ganhos de competitividade

    ao Brasil. Investimentos em infraestrutura podem impulsionar o

    crescimento econmico e o desenvolvimento do Pas. Fica evidente

    que um dos maiores entraves retomada do crescimento

    econmico justamente a infraestrutura de transportes.

    A expanso do sistema rodovirio prev, para tal, obras em

    duplicao, pavimentao, acesso a portos, contornos e travessias

    urbanas, buscando a eliminao de pontos de estrangulamento em

    eixos estratgicos, alm do desenvolvimento de novas regies,

    ampliao da integrao fsica nacional aos pases vizinhos e

    reduo do custo do transporte.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    Temos, ainda, o Plano Nacional de Logstica e Transportes

    (PNLT), que tenta retomar o processo de planejamento no setor de

    transporte, para dot-lo de uma estrutura permanente de gesto,

    com base em sistema de informaes georeferenciadas, que

    contenham os principais dados de interesse do setor, tanto na

    oferta quanto na demanda.

    Dentro desse programa, h dois objetivos principais: (a)

    identificar, otimizar e racionalizar os custos envolvidos em toda a

    cadeia logstica adotada entre a origem e o destino dos fluxos de

    transportes e (b) adequar a atual matriz de transportes de cargas

    no pas buscando a permanente utilizao das modalidades de

    maior eficincia produtiva.

    De acordo com o Ministrio dos Transportes, numa evoluo

    do processo de planejamento de transportes, o PNLT passou a

    considerar a questo da territorialidade e dos impactos da infra-

    estrutura no desenvolvimento das diversas regies do pas. Assim,

    alm da relao custo/benefcio, que tende a concentrar

    investimentos em regies mais desenvolvidas, so consideradas, em

    tese, proposies para diminuio de desigualdades regionais,

    integrao da Amrica do Sul, ocupao do territrio e defesa da

    faixa de fronteira.

    Em relao malha ferroviria, sua expanso permitiria a

    ligao a reas de produo agrcola e mineral a portos, indstrias e

    mercado consumidor. Para isso, o governo pretende rever o modelo

    regulatrio, para criar um ambiente mais competitivo no transporte

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 de cargas, incentivar a utilizao da capacidade da infraestrutura

    ferroviria e estimular novos investimentos. Quer ainda garantir

    carteira de projetos para ampliar e melhorar a utilizao da malha,

    integrando-a aos demais modais de transporte. Outra diretriz

    importante o investimento em trens de alta velocidade Rio- So Paulo-Campinas, So Paulo-Curitiba, Campinas- Tringulo Mineiro e

    Campinas-Belo Horizonte.

    Deve-se buscar tambm a expanso da capacidade

    aeroporturia no Brasil, por meio da ampliao ou construo de

    novos terminais de passageiros e cargas, reforma e construo de

    pistas, ptios para aeronaves e torres de controle e modernizao

    tecnolgica de sistemas operacionais. Com isso seria possvel

    garantir atendimento crescente demanda.

    Por fim, devemos recordar a importncia das hidrovias e

    portos para o desenvolvimento do pas. Os investimentos devem

    ampliar, recuperar e modernizar as estruturas visando a uma

    reduo nos custos logsticos, melhora da eficincia operacional,

    aumento da competitividade das exportaes e incentivo ao

    investimento privado. A ampliao e a melhoraria da navegabilidade

    dos rios brasileiros, para diminuir o custo de frete, devem ser um

    objetivo das polticas de transporte, aumentando segurana e o

    planejamento da crescente navegao pelos rios do pas.

    Vejamos as caractersticas de cada modal conforme

    classificao do Ministrio dos Transportes:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Rodovirio:

    Possui a maior representatividade entre os modais existentes;

    Adequado para curtas e mdias distncias;

    Baixo custo inicial de implantao;

    Alto custo de manuteno;

    Muito poluente com forte impacto ambiental;

    Segurana no transporte comprometida devido existncia de roubos de cargas;

    Servio de entrega porta a porta;

    Maior flexibilidade com grande extenso da malha;

    Transporte com velocidade moderada;

    Os custos se tornam altos para grandes distncias;

    Tempo de entrega confivel;

    Baixa capacidade de carga com limitao de volume e peso; e

    Integra todos os estados brasileiros.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    Ferrovirio:

    x Grande capacidade de carga;

    x Adequado para grandes distncias;

    x Elevada eficincia energtica; x Alto custo de implantao;

    x Baixo custo de transporte; x Baixo custo de manuteno;

    x Possui maior segurana em relao ao modal rodovirio, visto que ocorrem poucos acidentes, furtos e roubos.

    x Transporte lento devido s suas operaes de carga e descarga;

    x Baixa flexibilidade com pequena extenso da malha;

    x Baixa integrao entre os estados; e

    x Pouco poluente.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    Hidrovirio:

    x Grande capacidade de carga;

    x Baixo custo de transporte;

    x Baixo custo de manuteno;

    x Baixa flexibilidade;

    x Transporte lento;

    x Influenciado pelas condies climticas.

    x Baixo custo de implantao quando se analisa uma via de leito natural, mas pode ser elevado se existir necessidade de

    construo de infraestruturas especiais como: eclusas,

    barragens, canais, etc.

    Martimo:

    x Grande capacidade de carga;

    x Pode transportar cargas de grandes tamanhos;

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    x Baixo custo de transporte para grandes distncias;

    x Transporta diversos tipos de cargas;

    x Flexibilidade superior ao transporte hidrovirio;

    x Transporte lento; e

    x Necessidade de portos/alfndegas.

    2. Telecomunicaes

    Basicamente, conforme o Ministrio das Telecomunicaes,

    so quatro as aes relativas infraestrutura de telecomunicaes:

    satlites geoestacionrios, cabos submarinos, anis pticos e

    debntures para infraestrutura.

    O primeiro satlite geoestacionrio brasileiro, que segundo

    o Ministrio, ser lanado at 2016, pretende levar banda larga a

    regies isoladas e proteger informaes estratgicas do pas. O

    satlite ser construdo pela Visiona, uma joint venture entre a

    Telebrs e a Embraer. A tecnologia utilizada ser a mesma adotada

    por pases lderes nos setores aeroespacial e de telecomunicaes.

    Diferente dos outros tipos de satlites, o geoestacionrio

    posicionado no espao de uma forma que, acompanhando o

    movimento da Terra, comporte-se como se estivesse sempre parado

    em relao ao nosso planeta. Por isso, mais adequado para

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 atender regies onde as comunicaes dependam exclusivamente

    deste satlite.

    O Ministrio das Comunicaes, por meio da Telebras e

    parceiros, tambm pretende lanar, nos prximos anos, os

    seguintes sistemas de cabos submarinos internacionais: Brasil Estados Unidos; Brasil Uruguai (com extenso at a Argentina); Brasil frica; Brasil Europa e h tambm previso de implantar um cabo nacional, conectando Fortaleza s cidades do Rio de

    Janeiro e de So Paulo. Os cabos submarinos podero contribuir

    para a melhoria da qualidade da internet, alm de dar mais

    autonomia gesto da rede no pas.

    J o anel ptico sul-americano um projeto de integrao

    das redes pticas dos pases da Amrica do Sul. Seu objetivo, de

    acordo com o Ministrio, garantir um trfego mais eficiente, mais

    seguro e menos custoso para os pases sul-americanos. Atualmente,

    o caminho percorrido pelos dados numa simples conexo internet

    extenso e caro: se um internauta do Brasil acessa um site do

    Chile, por exemplo, a conexo segue at um servidor nos Estados

    Unidos, via cabos submarinos, para, ento, voltar ao Chile. Com o

    anel tico interligando os pases sul-americanos, o trfego circular

    diretamente entre as redes locais. A estratgia regional tambm

    prev a atrao de servidores e data centers para a instalao de

    mais contedos na Amrica do Sul.

    Para promover a implementao de projetos de investimento

    na rea de infraestrutura ou de produo econmica intensiva em

    pesquisa, desenvolvimento e inovao considerados como

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 prioritrios pelo Poder Executivo Federal, foi aprovada a Lei n

    12.431/2011, que reduz as alquotas de Imposto de Renda que

    incidem sobre os rendimentos auferidos por pessoas fsicas ou

    jurdicas, residentes ou domiciliadas no Pas, oriundos de

    debntures emitidas por Sociedades de Propsito Especfico (SPEs)

    constitudas para implementar aqueles projetos. Debnture um

    ttulo de dvida, de mdio e longo prazo, que confere a seu detentor

    um direito de crdito contra a companhia emissora. Isso funciona

    como um incentivo para investimentos na rea de

    telecomunicaes.

    So, ainda, importantes programas ou aes que visam ao

    aprimoramento e ampliao das telecomunicaes no pas:

    Banda larga popular - A oferta de Internet em banda larga

    do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) tem velocidade de 1

    Mbps (megabit por segundo) e custa at R$ 35,00 por ms. Foi

    idealizada com o objetivo de popularizar o acesso Internet em

    banda larga em municpios de todo o pas.

    Internet 4G - a quarta gerao de celulares,

    caracterizando-se por focar essencialmente na transmisso de

    dados, e no mais de voz. A Agncia Nacional de Telecomunicaes

    (Anatel) realizou, em junho de 2012, o leilo da faixa de frequncia

    de 2,5 GHz para implantar o 4G no Brasil. A previso de que ainda

    no primeiro semestre de 2014 ocorra o leilo da faixa de frequncia

    de 700 MHz, o que vai colaborar para a expanso do 4G em todo o

    pas.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Internet 3G - a especificao da Unio Internacional de

    Telecomunicaes para a terceira gerao de celulares. A primeira

    gerao foi a analgica e a segunda, dos modelos digitais CDMA.

    Uma importante caracterstica do 3G permitir a elevao da

    velocidade de transmisso de dados. Com as possibilidades abertas

    pelo 3G, tornaram-se comuns os smartphones e tablets, que so

    aparelhos mveis que permitem o acesso internet. Alm disso, a

    internet 3G tambm utilizada em modems portteis, levando a

    conexo para o lugar de maior comodidade para o internauta

    (computador de mesa ou notebook, por exemplo).

    Telefonia e internet rurais - A oferta de internet e telefonia

    rurais est sendo realizada por meio da faixa de frequncia de 450

    megahertz (MHz), leiloada pela Anatel em junho de 2014. Alm de

    promover a incluso digital e social dos moradores das reas rurais

    do pas, dando mais oportunidades de educao e emprego para os

    jovens, o servio tambm essencial para promover o

    desenvolvimento local dessas regies.

    Incluso digital (Cidades Digitais) - O projeto-piloto

    Cidades Digitais do Ministrio das Comunicaes pretende

    modernizar a gesto de municpios selecionados por meio da

    implantao de infraestrutura de conexo de rede entre os rgos

    municipais ou regies administrativas do DF e os equipamentos

    pblicos locais, alm da implantao de aplicativos de gesto

    pblica, melhorando o acesso da comunidade aos servios de

    governo.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Contedos Digitais Criativos - um setor da economia

    criativa que envolve os segmentos econmicos do audiovisual, dos

    jogos eletrnicos, da visualizao, dos aplicativos de tecnologia da

    informao e comunicao e da msica/som. O objetivo criar

    condies para aproveitar, de maneira sustentvel, a oportunidade

    econmica gerada pelo investimento nas cadeias produtivas e em

    arranjos produtivos locais das reas de cinema, televiso,

    computadores, smartphones, tablets, jogos eletrnicos e outras

    mdias eletrnicas, buscando desenvolver e fortalecer os segmentos

    produtores de contedos digitais criativos no Brasil.

    importante, pessoal, ressaltarmos que o setor de

    telecomunicaes fundamental para o desenvolvimento econmico

    e social do pas, entretanto ainda enfrenta srios problemas com a

    falta de investimentos em infraestrutura e as restries de acesso a

    tecnologias.

    Com a privatizao do sistema de telefonias em 1998, houve

    uma melhora considervel do preo e do acesso a esse sistema.

    Aps essa ao, a populao passou a ter cada vez mais acesso

    telefonia e a Internet. Em 2010, o Brasil alcanava a importante

    marca de possuir mais celulares que habitantes: eram 202 milhes

    de linhas mveis, ou 105 para cada 100 pessoas.

    Mesmo com o sucesso dessa ao, os preos dos servios de

    telefonia e internet no pas ainda so considerados altos, o que se

    torna um entrave para um desenvolvimento maior do setor. Uma

    importante razo para os altos preos a concentrao de servios.

    Isso porque, embora a privatizao tenha sido benfica para o

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 setor, a regulao no fomentou a competio, deixando nas mos

    de poucas empresas o controle sobre o setor.

    Os preos praticados so um verdadeiro obstculo

    universalizao do acesso aos servios de telecomunicao e,

    consequentemente, so entraves ao processo de desenvolvimento

    advindo das inovaes tecnolgicas. Os oligoplios do setor

    diminuem, portanto, as possibilidades de alterao econmica e

    social do pas. O Brasil possui a segunda maior carga tributria do

    mundo incidente sobre o valor pago pelo usurio de servios de

    telecomunicaes (mais que o dobro da terceira colocada).

    ***

    O Brasil debateu durante quatro anos o chamado Marco Civil

    da Internet, que atualmente considerado um texto pioneiro no

    mundo em razo de estabelecer regras, direitos e deveres no

    ambiente virtual. Este Lei foi debatida em audincias pblicas em

    todo o pas e recebeu sugestes em diversos tipos de plataformas,

    como o Twitter e o portal e-Democracia da Cmara dos Deputados.

    O Marco Civil da Internet foi sancionado pela presidente Dilma

    Rousseff em 23 de abril de 2014.

    O Brasil torna-se, assim, um dos poucos pases do mundo a

    estabelecer a neutralidade da rede como sendo regra. Isso significa

    que vedado aos provedores de internet discriminar certos servios

    em detrimento de outros. Isso protege o usurio de ter sua

    velocidade de conexo diminuda baseada em interesses

    econmicos. As empresas no podero, portanto, diminuir a

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 velocidade da conexo para servios de voz por IP para dificultar o

    uso de Skype ou reduzir a banda de um produto de uma empresa

    concorrente, por exemplo. Isso visa a proteger o usurio contra

    GHWHUPLQDGRV FDUWpLV RX PRQRSyOLRV LQFHQWLYDQGR jcompetitividade no mercado. A neutralidade da rede regra do

    Marco Civil, portanto.

    O Marco Civil da Internet obriga, ainda, que os registros de

    conexo dos usurios sejam guardados pelos provedores de acesso

    pelo perodo de um ano, sob total sigilo e em ambiente seguro.

    Essas informaes dizem respeito apenas ao IP, data e horas inicial

    e final da conexo.

    O Marco Civil estabelece como regra que um contedo s pode

    ser retirado do ar aps uma ordem judicial e que o provedor no

    pode ser responsabilizado por contedo ofensivo postado em seu

    servio pelos usurios. Com isso, o projeto pretende evitar a

    censura na internet: para se provar que um contedo ofensivo, o

    responsvel deve ter o direito ao contraditrio na Justia. O texto,

    porm, prev excees: contedos podem ser retirados do ar sem

    ordem judicial desde que infrinja alguma matria penal (como

    pedofilia, racismo ou violncia, por exemplo).

    3. Meio ambiente

    As mudanas climticas, os problemas sanitrios, bem como

    os de sade que deles advm, o incremento das desigualdades

    sociais e a dificuldade (ou mesmo falta) de acesso a bens essenciais

    vida e ao desenvolvimento humano como gua e comidas no se

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 resolveram diante do crescimento econmico brasileiro vivenciado a

    partir da estabilizao. Com um consumo nacional praticamente

    quadruplicado nesse perodo, h a necessidade de que o modelo de

    desenvolvimento que ainda hoje predomina no pas seja revisto.

    O entendimento do esgotamento desse modelo de produo e

    consumo o que por bvio acaba implicando mudanas nas polticas pblicas e das consequncias dele impulsionaram iniciativas como, por exemplo, Conferncia das Naes Unidas sobre

    Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO - 92), realizada no Rio de

    Janeiro, que marcava a busca no s por um crescimento

    econmico, mas tambm pelo desenvolvimento sustentvel. Nesse

    sentido, tentou-se, em maior ou menor grau, convergir as

    necessidades do meio ambiente com as necessidades econmicas.

    Importa lembrar que, apesar das diferenciaes terico-

    metodolgicas, o conceito de desenvolvimento sustentvel vem

    sendo trabalhado em torno de trs dimenses principais: a

    econmica, a social e a ambiental essas trs dimenses formam o chamado trip sustentvel ou trip da sustentabilidade. A

    convergncia desses trs vetores forma, por sua vez, a dimenso

    socioambiental, que, assim sendo, a dimenso macro do

    desenvolvimento sustentvel.

    Outro ponto que gostaria de revisitar que a ECO-92 deu

    origem Agenda 21, que um instrumento de planejamento para

    a construo de sociedades sustentveis, conciliando proteo

    ambiental, justia social e eficincia econmica. Essa definio do

    Ministrio do Meio Ambiente e, como podemos notar, se respalda

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 naquele trip da sustentabilidade. Portanto, a Agenda 21 um

    documento embasado no conceito socioambiental de

    desenvolvimento. Que tal aprofundarmos isso? Vambora...

    A Agenda 21 possui 3 nveis: o global, o nacional e o local.

    Ento trabalhemos a definio de cada um desses nveis:

    A Agenda 21 global definida como um instrumento por

    meio do qual se planeja a construo de sociedades sustentveis,

    nas diversas regies geogrficas, conciliando mtodos de proteo

    ambiental, justia social e eficincia econmica. Por conseguinte, a

    Agenda global considerada um Plano de Desenvolvimento

    Sustentvel que dever envolver todo o planeta, sem fronteiras, ou

    seja, de acordo com a noo de cooperao internacional. A Agenda

    foi pensada, estruturada e proposta buscando alterar o atual modelo

    de desenvolvimento adotado pela sociedade em escala mundial que

    no sustentvel e poder at mesmo tornar invivel a vida

    humana na Terra.

    A emergncia do capitalismo, com seu posterior

    desenvolvimento at a fase atual, fez com que o consumismo fosse

    a tnica do comportamento vigente. O consumismo faz com que

    haja a lgica de busca pelo lucro, fomentando a produo e a

    demanda. Todavia, esse modelo impacta o meio ambiente

    agressivamente. A Agenda 21 se preocupa com o agravamento da

    questo ambiental e, assim, prope um modelo mais equilibrado.

    A Agenda 21 brasileira, por sua vez, um processo e um

    mecanismo para o planejamento participativo, na busca do

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 desenvolvimento sustentvel. Ela possui como eixo principal a

    sustentabilidade, fazendo convergir a conservao ambiental, a

    justia social e o crescimento econmico. A Agenda 21 brasileira foi

    construda a partir das diretrizes da Agenda 21 global. Ou seja, os

    princpios da Agenda brasileira decorrem dos princpios da Agenda

    global. Desse modo, se trata de um instrumento fundamental para a

    construo da democracia participativa e da cidadania ativa no pas,

    engajando os brasileiros na questo socioambiental.

    O processo de desenvolvimento da Agenda 21 brasileira se deu

    de 1996 a 2002, sendo coordenado pela Comisso de Polticas de

    Desenvolvimento Sustentvel e da Agenda 21 Nacional (CPDS) e

    contou com a participao de aproximadamente 40 mil pessoas de

    todo o pas. O documento Agenda 21 Brasileira foi concludo em

    2002.

    A partir de 2003, a Agenda 21 brasileira no apenas entrou na

    fase de implementao assistida pela CPDS, como tambm foi

    elevada condio de Programa do Plano Plurianual (PPA 2004-

    2007) pelo governo federal. Com status de programa a Agenda

    nacional adquire maior capacidade poltica e institucional, tornando-

    se um instrumento fundamental para a construo de um Brasil

    sustentvel, coadunando-se com as diretrizes da poltica ambiental

    de governo, de transversalidade, de desenvolvimento sustentvel e

    de participao social.

    Outro ponto importante que a Agenda 21 brasileira no se

    estrutura somente como sendo um conjunto hierarquizado e

    interdependente de recomendaes gerais que possam vir a

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 esconder tenses e conflitos econmicos e poltico-institucionais que

    emergem durante sua implementao e desenvolvimento definitivo.

    As polticas de desenvolvimento sustentvel quase nunca so jogos

    de soma positiva, apenas com ganhadores. Ao contrrio, durante a

    consulta nacional com frequncia surgiram conflitos e tenses

    polticas e sociais, contrapondo os objetivos restritos do crescimento

    econmico s exigncias mais amplas da sustentabilidade. Na

    verdade, muitas vezes as polticas ambientais entram em choque

    com interesses diversos.

    Historicamente as experincias de explorao predatria dos

    mais diversos biomas demonstram os desafios da sustentabilidade,

    dentro da lgica atual de acumulao e de crescimento econmico

    do pas. Dessa mesma maneira, o processo de produo, que um

    gerador de impactos negativos para o meio ambiente, o mesmo

    que produz benefcios do crescimento do emprego, da renda e da

    arrecadao tributria, o que traz tona inmeros conflitos de

    interesses entre diferentes atores sociais, e entre instituies

    pblicas e organizaes privadas.

    Assim, pessoal, fica claro que na implementao das polticas

    pblicas voltadas para o meio ambiente h choques de interesses.

    Ao mesmo tempo que o governo busca atender as reivindicaes

    ambientalista, de outro modo ele deve se preocupar com a

    economia, indstria, emprego, renda, produo etc. Conjugar esses

    vetores um desafio que no pode ser ignorado pela Administrao

    Pblico nem por seus gestores.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 A Agenda 21 brasileira pretender, pois, implementar uma

    harmonia negociada entre os objetivos e as estratgias das polticas

    ambientais e de desenvolvimento econmico e social, a fim de

    consolid-los em um processo de desenvolvimento sustentvel. Essa

    compreenso indispensvel, j que os planos de desenvolvimento

    no Brasil tendem, em geral, a listar objetivos e diretrizes

    potencialmente conflitivos, sem explicitar para o poder pblico os

    valores e preferncias envolvidos.

    Por sua vez, a Agenda 21 local um processo de

    planejamento participativo para um determinado territrio,

    envolvendo a implementao, nesse local, de um Frum de Agenda

    21. Esse Frum composto pelo governo e pela sociedade civil,

    sendo responsvel pela construo de um Plano Local de

    Desenvolvimento Sustentvel, que deve estruturar as prioridades

    locais por meio de projetos e aes de curto, mdio e longo prazos.

    No Frum de Agenda 21 so definidos os mecanismos de

    implementao e as responsabilidades do governo e dos demais

    setores da sociedade local na implementao, acompanhamento e

    reviso desses projetos e aes. A Agenda 21 local pode ser

    construda e implementada em municpios ou em quaisquer outros

    arranjos territoriais - como bacias hidrogrficas, regies

    metropolitanas e consrcios intermunicipais, por exemplo.

    Vejamos agora alguns dos objetivos da Agenda 21:

    x Produo e consumo sustentveis contra a cultura do desperdcio

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    x ,QFHQWLYDU HFRHILFLrQFLD H UHVSRQVDELOLGDGH VRFLDO GDVempresas

    x Incentivar o uso e o desenvolvimento de energia renovvel

    x Fomentar a informao e o conhecimento para o desenvolvimento sustentvel

    x Buscar a incluso social para uma sociedade solidria x Promover a sade e evitar as doenas, democratizando o SUS

    x Fomentar a incluso social e a distribuio de renda

    x Proteger os segmentos mais vulnerveis da populao

    (mulheres, negros, jovens, idosos)

    x Universalizar o saneamento ambiental protegendo o ambiente

    e a sade

    x Promover a reforma do Estado, dentro da nova filosofia do

    federalismo cooperativo, tornando-o mais ativo e promotor do

    desenvolvimento urbano sustentvel

    x Promover a agricultura sustentvel e os modelos de economia

    solidria

    Bom, amigos e amigas, acho que no preciso nem falar que a

    Agenda 21 possui objetivos em diversas frentes, no ? Agricultura,

    meio ambiente, saneamento, sade e por a vai.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    Diante dessa nova lgica sustentvel, evidenciou-se tambm a

    necessidade de o Estado rever seu papel. A perspectiva de que o

    Estado, ou seja, a Administrao Pblica possui grande potencial

    regulatrio, quer como agente quer como destinatrio, coloca o

    poder pblico como gestor e prestador de servios, considerando

    que ele (Estado) tambm produz e reproduz as culturas

    organizacionais; sendo, portanto, um indutor de comportamento.

    A administrao pblica tem a responsabilidade de contribuir

    no enfrentamento das questes ambientais, buscando estratgias

    inovadoras que repensem os atuais padres de produo e

    consumo, os objetivos econmicos, inserindo componentes sociais e

    ambientais. Assim as instituies pblicas tm sido motivadas a

    implementar iniciativas especficas e desenvolver programas e

    projetos que promovam a discusso sobre desenvolvimento e a

    adoo de uma poltica de Responsabilidade Socioambiental do setor

    pblico.

    Fica evidente que se tem percebido que o Estado pode ser

    capaz de promover um ajuste e estruturar os princpios do

    desenvolvimento sustentvel. Para isso fundamental que haja um

    planejamento estratgico em todos os nveis federativos, tendo

    como foco a incorporao da perspectiva sustentvel. Podemos

    dizer que a adequao do modelo administrativo ao paradigma

    sustentvel faz parte da proposta de uma nova maneira de se fazer

    administrao pblica.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Nesse sentido, a Agenda Ambiental na Administrao Pblica

    (A3P) se tornou o mais importante programa da administrao

    pblica na gesto socioambiental. O referido programa vem sendo

    implementado nos mais variados rgos e instituies pblicas das

    trs esferas de governo, no mbito dos trs poderes, podendo

    inclusive ser utilizado como um modelo para a gesto

    socioambiental nos outros segmentos da sociedade.

    fundamental que a Administrao Pblica tenha participao

    plena durante a implementao e gesto das polticas pblicas para

    o meio ambiente, j que o Poder Pblico o principal interlocutor

    junto sociedade, possuindo uma ampla penetrao e o papel de

    ser o condutor mais importante para tornar as iniciativas atuais, e

    tambm as futuras, mais transparentes, estimulando a insero de

    critrios de sustentabilidade em suas atividades e integrando as

    aes sociais e ambientais com o interesse pblico.

    Alm da capacidade de conduzir, de ser o modelo de

    comportamento e gesto, o poder deve buscar a mobilizao de

    importantes setores da economia exercidos pelas compras

    governamentais. Essas compras devem ser usadas a fim de garantir

    a mudana e a adoo de novos padres de produo e consumo,

    procurando conseguir a reduo dos impactos socioambientais

    negativos gerados pela atividade pblica. De tal modo, a

    Administrao Pblica deve procurar contribuir com o crescimento

    da perspectiva sustentvel, promovendo a responsabilidade

    socioambiental e respondendo s expectativas sociais.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Em 2001 foi criado o Programa Agenda Ambiental na

    Administrao Pblica e, em 2002, a A3P chegou a ser reconhecida

    pela Unesco, em razo da relevncia do trabalho desempenhado e

    dos resultados positivos obtidos ao longo do seu desenvolvimento.

    Diante dessa nova diagramao institucional, a A3P foi se

    fortalecendo, enquanto Agenda de Responsabilidade Socioambiental

    do Governo, e passou a ser uma das mais importantes polticas

    pblicas para proposio e estabelecimento de um novo

    compromisso governamental ante as atividades da gesto pblica,

    englobando critrios ambientais, sociais e econmicos a tais

    atividades.

    So objetivos da A3P:

    x orientar os gestores pblicos para a adoo de princpios e critrios de sustentabilidade em suas atividades;

    x apoiar a incorporao de critrios de gesto socioambiental nas atividades pblicas;

    x promover a economia de recursos naturais e eficincia de gastos institucionais;

    x contribuir para reviso dos padres de produo e consumo e na adoo de novos referenciais de sustentabilidade no mbito

    da administrao pblica.

    Os eixos temticos da A3P so:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    x Gesto de resduos

    x Licitao sustentvel

    x Qualidade de vida no ambiente de trabalho

    x Sensibilizao e capacitao de servidores

    x Uso racional de recursos

    Veremos esses eixos detalhadamente mais adiante.

    Qualquer instituio pertencente Administrao Pblica,

    independentemente de qual for a esfera de governo, poder e

    dever implementar a A3P, cabendo a ela decidir e promover suas

    aes, desde que observados os princpios e os eixos temticos.

    Nesse sentido, com a finalidade de auxiliar nesse processo de

    implementao da A3P, o Ministrio do Meio Ambiente prope a sua

    institucionalizao aos pretendentes mediante a assinatura de um

    Termo de Adeso que tem por finalidade confluir esforos a fim de

    desenvolver os projetos destinados implementao da agenda. A

    assinatura do termo demonstra o comprometimento da instituio

    com a agenda socioambiental e gesto transparente.

    Agora, pessoal, vou expor algumas polticas pblicas

    ambientais implementadas pelo Governo Federal.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 O Programa gua Doce (PAD) uma ao federal

    coordenada pelo Ministrio do Meio Ambiente, por meio da

    Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano, em parceria

    com instituies federais, estaduais, municipais e sociedade civil.

    Visa ao estabelecimento de uma poltica pblica permanente de

    acesso gua de boa qualidade para o consumo humano,

    promovendo e disciplinando a implantao, a recuperao e a

    gesto de sistemas de dessalinizao ambiental e socialmente

    sustentveis para atender, prioritariamente, as populaes de baixa

    renda em comunidades difusas do semirido.

    Lanado em 2004, o PAD foi concebido e elaborado de forma

    participativa durante o ano de 2003, unindo a participao social,

    proteo ambiental, envolvimento institucional e gesto comunitria

    local. Possui como premissas bsicas o compromisso de o Governo

    Federal garantir populao do semirido o acesso gua de boa

    qualidade, alm de ser amparado por documentos importantes

    como a Declarao do Milnio, a Agenda 21 e deliberaes da

    Conferncia Nacional do Meio Ambiente.

    O Programa de Apoio Conservao Ambiental Bolsa Verde,

    tambm chamado s de Bolsa Verde, concede, a cada trimestre,

    um benefcio de R$ 300 s famlias em situao de extrema pobreza

    que vivem em reas consideradas prioritrias para conservao

    ambiental. A proposta, que faz parte do Programa Brasil Sem

    Misria, aliar o aumento na renda dessa populao conservao

    dos ecossistemas e ao uso sustentvel dos recursos naturais,

    destinado queles que desenvolvem atividades de uso sustentvel

    dos recursos naturais em Reservas Extrativistas, Florestas

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Nacionais, Reservas de Desenvolvimento Sustentvel federais e

    Assentamentos Ambientalmente Diferenciados da Reforma Agrria.

    J a Iniciativa Cerrado Sustentvel um dos instrumentos

    do Ministrio do Meio Ambiente para a implementao de parte dos

    objetivos e das diretrizes preconizados pelo Programa Cerrado

    Sustentvel. O objetivo da Iniciativa promover o aumento da

    conservao da biodiversidade e melhorar o manejo dos recursos

    ambientais e naturais do bioma Cerrado, por meio do apoio a

    polticas e prticas apropriadas.

    A Iniciativa possui quatro componentes (criao e

    implementao de unidades de conservao, apoio a iniciativas de

    uso sustentvel, formulao de polticas e monitoramento

    ambiental), cujos principais resultados so: a conservao da

    biodiversidade do Cerrado, com 2 milhes de hectares adicionais

    protegidos no bioma por meio da criao/expanso de unidades de

    conservao; o uso sustentvel dos recursos naturais do Cerrado,

    com 12 iniciativas de conhecimento tradicional e melhores prticas

    de manejo sustentvel dos recursos naturais documentadas e

    disseminadas e 400 produtores treinados na aplicao destas

    prticas; o fortalecimento institucional e a formulao de novas

    polticas pblicas; e a coordenao da Iniciativa e o monitoramento

    do bioma.

    Tem-se buscado tambm a implementao de Corredores

    Ecolgicos, o que est sendo priorizado com o propsito de testar

    e abordar diferentes condies nos dois principais biomas e, com

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 base nas lies aprendidas, preparar e apoiar a criao e a

    implementao de demais corredores.

    Corredores Ecolgicos so reas que possuem ecossistemas

    florestais biologicamente prioritrios e viveis para a conservao

    da biodiversidade na Amaznia e na Mata Atlntica, compostos por

    conjuntos de unidades de conservao, terras indgenas e reas de

    interstcio. Sua funo a efetiva proteo da natureza, reduzindo

    ou prevenindo a fragmentao de florestas existentes, por meio da

    conexo entre diferentes modalidades de reas protegidas e outros

    espaos com diferentes usos do solo.

    A implementao de reservas e parques no tem garantido a

    sustentabilidade dos sistemas naturais, seja pela descontinuidade

    na manuteno de sua infraestrutura e de seu pessoal, seja por sua

    concepo em ilhas, ou ainda pelo pequeno envolvimento dos atores

    residentes no seu interior ou no seu entorno.

    Por sua vez, o Fundo Amaznia tem por finalidade captar

    doaes para investimentos no reembolsveis em aes de

    preveno, monitoramento e combate ao desmatamento, e de

    promoo da conservao e do uso sustentvel das florestas no

    Bioma Amaznia. O Fundo Amaznia pode utilizar at 20% dos seus

    recursos para apoiar o desenvolvimento de sistemas de

    monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas

    brasileiros e em outros pases tropicais.

    Alm da reduo das emisses de gases de efeito estufa, as

    reas temticas propostas para apoio pelo Fundo Amaznia podem

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 ser coordenadas de forma a contribuir para a obteno de

    resultados significativos na implementao de seus objetivos de

    preveno, monitoramento e combate ao desmatamento e de

    promoo da conservao e do uso sustentvel das florestas no

    bioma Amaznia.

    Por fim, o Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA)

    tem por objetivo contribuir para o fortalecimento das principais

    instituies ambientais brasileiras bem como reforar a capacidade

    de gesto ambiental nos nveis federal, estadual, do Distrito Federal

    e municipal. Atualmente o Programa encontra-se no final de sua

    segunda fase, tendo por meta principal a atuao junto aos estados

    e ao governo federal nas seguintes temticas ambientais:

    licenciamento, monitoramento e instrumentos econmicos para a

    gesto do meio ambiente.

    4. Energia

    A matriz energtica brasileira uma das mais limpas do

    mundo, devido considervel presena de fontes renovveis de

    energia. Entre as grandes naes, a matriz energtica brasileira a

    mais equilibrada. Enquanto, no Brasil, as fontes renovveis tm

    cerca de 41% de participao na matriz energtica, no mundo esse

    percentual no passa de 13%. Nos pases ricos, no passa de 8%.

    Em 2014, de acordo com o Balano Energtico Nacional, 41% da

    energia utilizada advinha de fontes renovveis. Atualmente, nos

    Estados Unidos, por exemplo, 84% da energia utilizada no

    renovvel. Na Unio Europeia 92% da energia provm de fontes no

    renovveis.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    De acordo com o Ministrio de Minas e Energia, o

    planejamento, sobretudo em setores de infraestrutura, uma

    atividade essencial em qualquer contexto econmico, quer com

    maior ou menor interveno estatal. A matriz energtica , assim,

    um instrumento privilegiado para se simular diferentes cenrios de

    mercado e avaliar seus efeitos: gargalos de infraestrutura,

    vulnerabilidades sistmicas, riscos ambientais, oportunidades de

    negcios, impactos de polticas pblicas etc.

    Os benefcios de uma matriz energtica limpa se traduzem em

    reduzidas emisses de partculas pelo uso de energia e

    sustentabilidade da economia. Enquanto o Brasil emite cerca de 1,4

    tonelada de dixido de carbono (tCO2) por tonelada equivalente de

    petrleo (tep); no mundo, esse indicador de 2,4 tCO2/tep. Em

    alguns pases com maior presena de fontes fsseis (leo, gs e

    carvo mineral) em suas matrizes energticas esse indicador passa

    de 3 tCO2/tep.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    Alm disso, o Brasil conta com mais de 86% de fontes

    renovveis (80% de hidrulica e 6% de biomassa e elica) para a

    produo especfica de energia eltrica. No mundo, a participao

    mdia da energia hidrulica na produo de energia eltrica de

    16%.

    Pode-se dizer que o modelo energtico brasileiro apresenta um

    forte potencial de expanso, o que resulta em uma srie de

    oportunidades de investimento de longo prazo. A estimativa do

    Ministrio de Minas e Energia para o perodo 2008-2018 indica

    aportes pblicos e privados da ordem de R$ 352 bilhes para a

    ampliao do parque energtico nacional. Nesse sentido o Governo

    tem lanado algumas aes, dentre as quais se destacam:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 x Programa de Incentivo s Fontes Alternativas de

    Energia Eltrica (Proinfa) - o programa tem o objetivo de

    desenvolver fontes alternativas e renovveis de energia para a

    produo de eletricidade, levando em conta caractersticas e

    potencialidades regionais e locais e investindo na reduo de

    emisses de gases de efeito estufa.

    x Programa Nacional da Racionalizao do Uso dos Derivados do Petrleo e do Gs Natural - o objetivo desse

    programa incentivar o uso eficiente destas fontes de energia

    no renovveis no transporte, nas residncias, no comrcio,

    na indstria e na agropecuria. Criada em 1991, a iniciativa

    estabelece convnios de cooperao tcnica e parcerias com

    rgos governamentais, no governamentais, representantes

    de entidades ligadas ao tema e tambm organiza e promove

    projetos. A racionalizao do uso da energia fundamental

    para diminuir impactos ambientais, reduzir custos, aumentar a

    produtividade e assegurar o desenvolvimento sustentvel do

    Pas.

    x Programa Nacional de Produo e Uso de Biodiesel - desde 2004 o Brasil conta com o Programa Nacional de

    Produo e Uso de Biodiesel, que regulamenta a produo e a

    distribuio do biodiesel brasileiro, produzido com oleaginosas.

    O Pas o terceiro maior produtor dessa fonte energtica do

    mundo, atrs apenas da Alemanha, Estados Unidos, tendo

    ultrapassado a Frana.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 x Programa Luz Para Todos o Governo Federal lanou o

    programa em novembro de 2003 com a meta de acabar com a

    excluso eltrica no Pas.

    A maior dificuldade da matriz energtica brasileira a sua falta

    de diversidade, entretanto. Atualmente, fatores ambientais

    implicam diretamente na oferta de energia eltrica, j que tambm

    temos um problema srio na precariedade da infraestrutura. Ou

    seja, se h escassez de chuvas, a oferta fica comprometida. De

    acordo com especialistas na rea, o Brasil deveria aumentar a sua

    produo em usinas, garantindo, dessa maneira, a oferta

    permanente.

    O sistema eltrico brasileiro constitudo principalmente por

    gerao hidreltrica, complementado por usinas trmicas e fontes

    alternativas, entre as quais se destacam a energia elica, e a

    biomassa. O Brasil optou pela hidroeletricidade, por esta fonte

    oferecer condies mais favorveis para fazer frente ao crescimento

    socioeconmico previsto para os prximos anos, em termos de

    custo (competitividade econmica), viabilidade ambiental, ndice de

    emisses de gases do efeito estufa e confiabilidade no suprimento.

    Nos ltimos meses, as deficincias de nosso sistema foram

    evidenciadas. As causas apontadas foram principalmente por razes

    naturais, mas, na realidade, mais do que isso, temos uma enorme

    falta de investimentos na infraestrutura do setor. O governo

    argumenta que no pode investir de uma s vez na infraestrutura,

    pois isso acarretaria imediatamente um aumento muito grande no

    preo pago pelo consumidor por energia. Alm disso, o governo tem

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 rechaado a possibilidade de uma falta de energia mais sria e

    comprometedora, o que infelizmente no parece condizer com a

    realidade.

    De acordo com o Ministrio das Minas e Energia, alm dos j

    citados fatores naturais, h problemas de natureza tcnica e

    causados pelo envelhecimento da rede de distribuio eltrica, o

    que evidencia os problemas infraestruturais nesse setor. O governo

    argumenta que tem procurado investir em projetos de aumento de

    oferta e melhoria infraestrutural, todavia aparentemente aqum do

    necessrio. Algumas regies e estados permanecem extremamente

    precrias no que concerne ao fornecimento e uso de energia

    eltrica. No Norte, Amazonas, Amap e Roraima sequer recebem

    energia do Sistema Interligado Nacional. Amazonas tem seu

    fornecimento dependente de termeltricas e Roraima importa

    energia da Venezuela, pas que sofre com problemas de blecaute e,

    consequentemente, de fornecimento.

    Nesse sentido, o governo federal decidiu construir a usina de

    Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Esse empreendimento continua em

    andamento, mas no sem ser alvo de fortes crticas e protestos. As

    obras tm sido regularmente paralisadas devido s ocupaes de

    povos indgenas, alm de ambientalistas crticos do modelo

    implementado. Os ambientalistas so contrrios construo de

    represas e usinas na Amaznia legal, por causa dos fortes impactos

    ambientais gerados por elas.

    Em So Paulo, o Sistema Cantareira chegou ao menor volume

    de armazenamento em toda a sua histria, apesar de abastecer

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 cerca de dez milhes de pessoas, sendo, por isso, considerado um

    dos maiores do mundo. Para conter esse problema, a Sabesp

    ofereceu um bnus: se os consumidores consumissem 20% menos

    gua, ganhariam desconto de 30% na conta seguinte. Contudo,

    essa medida apenas paliativa e, de acordo com diversos

    especialistas, ela est longe de ser capaz de resolver o problema.

    Na realidade, alm da questo climtica que originou a crise, a falta

    de melhor estrutura tambm foi determinante.

    5. Agricultura

    Atualmente, temos no pas uma produo agrcola fortemente

    pautado nos aumentos crescentes de produtividade, em polticas

    pblicas adequadas e no empreendedorismo do produtor rural, o

    que vem ampliando a integrao econmica regional e as reas de

    fronteira agrcola.

    A produo brasileira de gros, por exemplo, de acordo com o

    Ministrio da Agricultura, mais que dobrou em duas dcadas,

    atingindo quase 200 milhes de toneladas em 2014, principalmente

    em decorrncia de ganhos de eficincia. Nesse perodo a taxa de

    crescimento da produtividade (3,2%), foi quase duas vezes superior

    da rea (1,7%). A pecuria tambm experimentou importantes

    ganhos de produtividade, abrangendo os segmentos de

    bovinocultura, avicultura e suinocultura, e contribuindo para que na

    ltima dcada o aumento da produo de carnes fosse de

    aproximadamente 45%, atingindo 25 milhes de toneladas em

    2014.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Dessa maneira, podemos dizer que o desempenho da

    agricultura, atualmente, est bastante relacionado poltica

    agrcola, cujas medidas preveem apoio ao produtor rural, maior

    disponibilidade de recursos, criao de novos programas de

    investimento e melhoria das condies de acesso ao crdito rural.

    Essas melhorias permitiram a elevao dos limites de financiamento

    de custeio, comercializao e investimento, alm de taxas de juros

    inferiores s de mercado, aumentando o nvel de apoio ao produtor

    rural.

    Em relao ao comrcio exterior, a competitividade da

    agricultura brasileira tem possibilitado uma insero cada vez maior

    do pas no mercado agrcola global, inclusive nos ltimos anos,

    apesar de um cenrio de crise em importantes pases consumidores

    e reduo no ritmo de crescimento da demanda mundial. Nesse

    sentido, o Brasil vem se destacando como um importante produtor e

    exportador de produtos agropecurios.

    De acordo com o Ministrio da Agricultura, o Plano Agrcola e

    Pecurio (PAP) 2014/15 consubstancia as medidas de poltica

    agrcola adotadas para a safra atual, consolidando, assim, os

    avanos contidos no plano anterior, e se destaca pela ampliao das

    disponibilidades de recursos para o financiamento da agropecuria,

    manuteno do nvel de subveno ao prmio do seguro rural, e

    introduo de novas medidas de ajuste e de sustentao dos

    programas de investimento.

    So objetivos do Plano Agrcola e Pecurio 2014/2015:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 $XPHQWDU D SURGXomR DJURSHFXiULD SDUD DVVHJXUDU R

    abastecimento do mercado interno e gerar excedentes exportveis;

    $VVHJXUDUQtYHLVDGHTXDGRVGHUHFXUVRVSDUDILQDQFLDPHQWRagropecurio;

    0HOKRUDUDVFRQGLo}HVGHDFHVVRDRFUpGLWRUXUDO

    $SRLDURVSURGXWRUHVUXUDLVQDJHVWmRGHULVFRFOLPiWLFRHGHpreos;

    ,Qtensificar o apoio aos investimentos em infraestrutura, logstica, irrigao, inovao e desenvolvimento sustentvel;

    (VWLPXODUDSURGXomRRUJkQLFDHGHELRFRPEXVWtYHLV

    ,PSOHPHQWDU D 3ROtWLFD $JUtFROD GH )ORUHVWDV 3ODQWDGDV QRmbito do Mapa.

    Veremos agora as principais culturas agrcolas do pas:

    Algodo: O desenvolvimento da tecnologia e o aumento da

    produtividade permitiram ao Brasil passar de maior importador

    mundial de algodo para o terceiro maior exportador do produto,

    segundo o Ministrio da Agricultura. A produo nacional de algodo

    , principalmente, destinada indstria txtil. A principal

    preocupao da cotonicultura com a qualidade da fibra, buscando

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 o atendimento s exigncias das indstrias nacionais e dos

    compradores estrangeiros. Tcnicas avanadas de plantio, aliadas

    utilizao de cultivares melhor adaptadas ao tipo de solo e clima das

    regies produtoras contriburam para o avano da produo.

    Atualmente, o Brasil possui um ndice de produtividade 60%

    superior aos Estados Unidos. Isso evidencia que a cultura de

    algodo no pas mudou consideravelmente, deixando de ser uma

    lavoura manual para se tornar quase que integralmente mecanizada

    no plantio, nos tratos culturais e na colheita.

    Mato Grosso e Bahia, atualmente, so responsveis por mais

    de 80% da produo brasileira, tambm se destacando pelo

    investimento em biotecnologia, gerenciamento do setor e novas

    tcnicas de manejo.

    Arroz: O arroz um dos cereais mais consumidos do

    mundo e, atualmente, o Brasil um dos dez maiores produtores do

    mundo. A produo de arroz est distribuda, principalmente, nos

    estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso. O

    cultivo de arroz irrigado, praticado na regio Sul do Brasil contribui,

    em mdia, com mais de 50% da produo nacional, sendo o Rio

    Grande do Sul o maior produtor brasileiro.

    Caf: Em razo da variedade de regies onde ocorre

    cultivo de caf, o Brasil produz tipos diversificados do produto,

    situao que possibilita o atendimento de diferentes demandas

    mundiais, levando-se em considerao exigncias gastronmicas e

    de preo. Essa variedade possibilita, tambm, o desenvolvimento

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 dos mais variados blends, tendo como base o caf de terreiro ou

    natural, o despolpado, o descascado, o de bebida suave, os cidos,

    os encorpados, alm de cafs aromticos, especiais e de outras

    caractersticas.

    Cana-de-acar: De acordo com o Ministrio da

    Agricultura, o Brasil no somente o maior produtor de cana, mas

    tambm o primeiro do mundo na produo de acar e etanol e

    vem alcanando, cada vez mais, o mercado externo com o uso do

    biocombustvel como alternativa energtica.

    O Brasil tornou-se, desse modo, responsvel por mais da

    metade do acar comercializado no mundo. O pas deve alcanar

    taxa mdia de aumento da produo de 3%, at 2018/19, e colher

    quase 50 milhes de toneladas do produto, o que corresponde a um

    acrscimo de aproximadamente 15 milhes de toneladas em relao

    ao perodo 2007/2008. Para as exportaes, o volume previsto para

    2019 de 30 milhes de toneladas.

    O etanol, produzido no pas a partir da cana-de-acar,

    tambm conta com projees positivas para os prximos anos, em

    razo, sobretudo, do crescimento do consumo interno, embora

    saibamos que os problemas econmicos do pas possam frear tais

    expectativas. A produo projetada para 2020 de 58 bilhes de

    litros, mais que o dobro da registrada em 2008, o consumo interno

    est projetado em 50 bilhes de litros e as exportaes em 8,8

    bilhes, conforme o Ministrio da Agricultura.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 A poltica nacional para a produo da cana-de-acar possui

    como diretriz aa expanso sustentvel da cultura, com base em

    critrios econmicos, ambientais e sociais. O programa Zoneamento

    Agroecolgico da Cana-de-Acar (ZAEcana) do Governo Federal

    busca regulamentar o plantio da cana, levando em considerao o

    meio ambiente e a aptido econmica da regio. A partir de

    estudos, so estipuladas as reas propcias ao plantio com base nos

    tipos de clima, solo, biomas e necessidades de irrigao.

    Feijo: O Brasil o maior produtor mundial de feijo com

    produo mdia anual de 3,5 milhes de toneladas. Tpico produto

    da alimentao brasileira cultivado por pequenos e grandes

    produtores em todas as regies. Os maiores so Paran, que colheu

    298 mil toneladas na safra 2009/2010, e Minas Gerais, com a

    produo de 214 mil toneladas no mesmo perodo.

    Milho: A menor parte da produo de milho brasileira

    destinada ao nosso consumo, j que, na realidade, o principal

    destino da safra so as indstrias de raes para animais. Cultivado

    em diferentes sistemas produtivos, o milho plantado

    principalmente nas regies Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O gro

    transformado em leo, farinha, amido, margarina, xarope de glicose

    e flocos para cereais matinais.

    Soja: A soja a cultura agrcola brasileira que mais cresceu

    nas ltimas trs dcadas e corresponde a quase metade da rea

    plantada em gros do pas. O aumento da produtividade est

    associado a avanos tecnolgicos, ao manejo e eficincia das

    tcnicas de plantio. A soja um componente fundamental na

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 produo de raes animais e, com o aumento de seu uso na

    alimentao humana, vem experimentando grande crescimento.

    A cultura de soja se d, principalmente, nas regies Centro-

    Oeste e Sul do pas. Tal produto se estabeleceu como um dos

    produtos mais importantes da agricultura nacional, justamente em

    razo de seu peso na balana comercial. No Cerrado, um dos

    principais biomas a receber o cultivo de soja, a cultura desse gro

    tornou-se possvel graas aos resultados obtidos pelas pesquisas da

    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa), em

    parceria com produtores, industriais e centros privados de pesquisa.

    Os avanos nessa rea possibilitaram tambm o incremento da

    produtividade mdia por hectare, atingindo os maiores ndices

    mundiais.

    Trigo: O trigo o segundo cereal mais produzido no mundo,

    com significativo peso na economia agrcola global. No Brasil, o trigo

    cultivado nas regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A produo

    recebe reforo sistemtico dos rgos de governo, uma vez que as

    condies climticas so desfavorveis cultura.

    6. Indstria

    Em relao s indstrias, h uma nova configurao de

    crescimento, produo e inovao que apresenta resultados

    bastante claros sobre a forma de insero do Brasil na nova cadeia

    produtiva mundial. A competitividade da indstria brasileira ,

    obviamente, sensvel a tais mudanas e a outras transformaes

    externas e internas. A maior parcela das transformaes vindouras

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 est permeada por um grande nvel de incerteza, contudo. As

    dificuldades da economia brasileira e o cenrio global podem

    implicar para ns um retrocesso do ponto de vista produtivo. Apesar

    disso, h fenmenos com fortes impactos nas atividades econmicas

    e industriais em que os desdobramentos podem ser visualizados

    com alguma previsibilidade.

    Segundo a Confederao Nacional de Indstria (CNI), a

    indstria brasileira vem se tornando menos nos ltimos 10 anos. A

    diminuio da competitividade retratada pelo crescimento do

    custo unitrio do trabalho em dlares reais (CUT), que est

    consideravelmente acima de nossos principais concorrentes. Entre

    2002 e 2012, o CUT da indstria brasileira acumula um crescimento

    de 136%, taxa cerca de duas vezes maior que a da Austrlia (67%),

    pas com maior crescimento do CUT aps o Brasil. O terceiro pas

    com o maior crescimento do CUT registra um aumento de 26%, e

    sete dos 12 pases considerados apresentam reduo do CUT no

    perodo. O CUT representa o custo com trabalho para se produzir

    uma unidade de um bem. Quanto maior o CUT, menor tende a ser a

    competitividade do pas.

    De 2002 a 2012, os trs fatores (salrio, cmbio e

    produtividade) contriburam de forma negativa para a

    competitividade brasileira. Entre os 12 pases considerados em

    estudo elaborado pela CNI, o Brasil registrou na dcada apontada o

    menor crescimento da produtividade do trabalho, a maior

    apreciao cambial real e o segundo maior aumento do salrio

    mdio real.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Na realidade, sabemos que a conjuno de baixa produtividade

    com elevados custos sistmicos prejudicial para a indstria. A

    perda de competitividade resulta, assim, em um pequeno

    crescimento e tambm em maiores dificuldades para a atividade

    industrial do pas. Ademais, a reduo da confiana do investidor

    uma grave consequncias, pois com o fuga ou sequer entrada h

    queda do investimento. Assim, um crculo vicioso passa a ser

    gerado, uma vez que o aumento da produtividade depende do

    aumento do investimento.

    Com a estagnao da produtividade, a indstria brasileira

    passa a ter um panorama muito ruim. Em nosso atual cenrio, no

    podermos mais crescer embasados to somente no aumento do

    emprego. A modificao desse cenrio atual dever passar pela

    reduo dos custos sistmicos, refletindo de maneira positiva na

    confiana dos empresrios e, como consequncia, no investimento.

    O retorno dos investimentos na atividade industrial brasileira

    fundamental, tanto para o aumento imediato da produo, o que

    aumentar ainda mais a confiana, revertando aquele ciclo vicioso,

    quanto para o aumento da produtividade, decorrente da introduo

    de novas tecnologias e indstrias.

    Vimos anteriormente que, na ltima dcada, o perfil

    socioeconmico do pas foi significativamente modificado. A classe

    mdia atualmente representa mais da metade da populao e a

    tendncia que continue crescendo nos prximos anos,

    sustentando um amplo mercado interno, embora, em caso de

    agravamento da situao econmica, isso possa se alterar,

    regredindo. O aumento da renda e tambm do emprego tiveram

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 fortes impactos na formao do grande mercado consumidor

    brasileiro; alm da ampliao do acesso ao crdito que tambm

    fomentou a ascenso das classes D e E para a C, uma vez que os

    critrios de classe so muito pautados no poder de compra.

    Esse crescimento do mercado consumidor interno implica

    produtividade industrial, gerando ganhos de economias de escala.

    Para o Brasil, a consolidao de um mercado interno amplo e forte

    uma vantagem muito importante a ser explorada pela indstria.

    Contudo, a ampliao da escala no deve estar restrita ao mercado

    consumidor interno, sendo necessrio tambm considerar o

    mercado consumido externo e estimular o crescimento de nossas

    exportaes, melhorando o desempenho de nossa balana

    comercial, a integrao nas cadeias globais de valor e a

    internacionalizao das empresas brasileiras, no sentido de coloca-

    las dentro da cadeia produtiva global.

    Sabemos tambm que o Brasil assistiu ao fenmeno da

    desconcentrao industrial nos ltimos anos. O crescimento

    acentuado das regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste com taxas

    superiores s taxas das regies Sul e Sudeste levou interiorizao

    da economia fenmeno marcante do panorama industrial brasileiro recente.

    O desenvolvimento do agronegcio no Centro-Oeste, com forte

    desempenho da cultura de soja, a reorganizao da dinmica

    econmica do Nordeste, com incentivos para a indstria, o potencial

    da biodiversidade na Amaznia e o desenvolvimento industrial de

    cidades de mdio porte so bons exemplos desse processo. A

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 interiorizao da atividade industrial tem possibilitado novas e

    interessantes oportunidades de negcios para a indstria brasileira

    e tambm importantes desafios, dentre eles, vale destacar a

    crescente importncia de uma ampla e adequada rede de

    infraestrutura logstica.

    Conforme vimos anteriormente, para que o Brasil possua uma

    infraestrutura competitiva, fundamental que haja investimentos

    na melhoria da eficincia dos diferentes modais, especialmente

    rodovias, ferrovias e portos. Alm disso, a eficincia logstica

    depende, ainda, de uma correta integrao entre tais modais

    logsticos ao longo dos principais eixos que transportam bens

    manufaturados no pas. Dessa maneira, fundamental desenvolver

    a infraestrutura de integrao, com a construo, por exemplo, de

    centros de distribuio, terminais de integrao multimodal e

    terminais de transbordo e armazenagem.

    Outro grave entrave ao desenvolvimento industrial o sistema

    tributrio. Como possumos um sistema tributrio demasiadamente

    oneroso e complexo, h, consequentemente, reduo da

    competitividade e de investimentos. O Brasil tem uma das maiores

    cargas tributrias entre pases em desenvolvimento. Alm da forte

    incidncia sobre a produo de bens e servios, a estrutura

    tributria brasileira complexa, o que resulta, muitas vezes, em

    cumulatividade de tributos. A cumulatividade onera ainda mais o

    produto nacional nas fases de produo e comercializao, alm de

    desestimular a especializao, tornando a atividade pouco

    interessante tanto para quem produz como para quem consome.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 7. Turismo

    Em relao ao turismo, fundamental, dentro do

    planejamento governamental, que o governo, bem como o setor

    privado, conhea bem o territrio e suas possibilidades tursticas, o

    mercado e o prprio turista. Para isso foi criado o Sistema de

    Informaes Tursticas que consiste em um conjunto de informaes

    estatsticas e gerenciais relacionadas atividade turstica no Brasil,

    obtidas por meio da realizao de estudos, pesquisas e compilao

    de dados oficiais secundrios.

    A finalidade do Sistema, de acordo com o Ministrio do

    Turismo, atuar em consonncia com os principais rgos oficiais

    produtores de estatsticas, visando consolidao da produo de

    dados sobre o turismo; avanar na elaborao da Conta-Satlite do

    Turismo; e subsidiar polticas pblicas e privadas relacionadas ao

    planejamento e desenvolvimento do setor turstico brasileiro.

    Para estruturar os destinos tursticos, so aes fundamentais:

    x Apoiar o desenvolvimento das regies tursticas

    x Apoiar a elaborao e a implementao dos planos de desenvolvimento turstico

    x Melhorar a infraestrutura turstica

    x Mensurar a competitividade nos destinos tursticos

    x Estruturar os segmentos tursticos priorizados

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    Cada um desses eixos, em consonncia com o Ministrio do

    Turismo, necessita de uma srie de polticas e aes conjuntas.

    Para apoiar o desenvolvimento das regies tursticas, deve-se

    planejar, organizar e gerir territorial e institucionalmente as regies

    tursticas por meio do apoio sensibilizao e mobilizao das

    comunidades, do fortalecimento de instncias de governana, do

    apoio elaborao e implementao de planos estratgicos de

    desenvolvimento do turismo, da formalizao de redes de

    relacionamentos, da realizao de estudos e eventos para subsidiar

    a implementao das aes de regionalizao do turismo e,

    sobretudo, da articulao interna com os demais programas do

    Ministrio do Turismo.

    Para apoiar a elaborao e a implementao dos planos de

    desenvolvimento turstico, necessitar-se de organizao dos

    investimentos pblicos para o desenvolvimento da atividade

    turstica, por meio de processos de planejamento das regies

    tursticas priorizadas pelos estados e municpios participantes, por

    meio de intervenes pblicas integradas a serem implantadas de

    forma que o turismo venha a constituir uma verdadeira alternativa

    econmica geradora de emprego e renda.

    Para melhorar a infraestrutura turstica, deve-se fomentar

    investimentos de infraestrutura turstica para permitir a expanso

    da atividade e a melhoria da qualidade do produto para o turista nas

    diversas regies do pas.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 Para mensurar a competitividade nos destinos tursticos,

    necessria a implementao de uma metodologia de avaliao do

    estgio de desenvolvimento e competitividade dos destinos

    tursticos brasileiros, no sentido de oferecer aos destinos a

    capacidade de se autoanalisar e, assim, planejar e desenvolver

    vantagens competitivas.

    Por fim, para estruturar os segmentos tursticos priorizados,

    busca-se a formulao, a coordenao, o acompanhamento e a

    articulao de polticas pblicas para o ordenamento e o

    desenvolvimento dos segmentos tursticos, assim como promoo e

    apoio a estudos e pesquisas acerca da oferta e da demanda turstica

    segmentada, especialmente os idosos, os jovens, as pessoas com

    deficincia ou com mobilidade reduzida e outros pblicos

    segmentados como lsbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT);

    alm do fortalecimento de arranjos institucionais e setoriais

    relacionados aos segmentos tursticos de oferta e demanda e do

    apoio estruturao ou reposicionamento e estruturao de

    produtos tursticos com foco nos segmentos de demanda e de

    oferta, agregando valor a esses produtos.

    So polticas pblicas do Ministrio do Turismo para fomentar

    a atividade turstica no pas:

    x Passaporte verde: busca integrar a produo local cadeia produtiva do turismo por meio de aes de promoo e

    comercializao, apoio a projetos para o desenvolvimento de

    atividades tursticas, criao de metodologias inovadoras e de

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0 incentivo formao de redes que garantam a

    sustentabilidade das iniciativas locais.

    x Programa Turismo Sustentvel e Infncia: divulga de contedos vinculados a objetivos sociais de interesse pblico,

    com carter educativo, informativo, de mobilizao ou de

    orientao social, destinado fundamentalmente aos

    prestadores ou usurios de servios tursticos. O contedo da

    ao refere-se preveno e ao enfrentamento da explorao

    sexual de crianas e de adolescentes nos equipamentos

    tursticos.

    x Programas de Integrao Produo Associada ao Turismo:

    fomento e apoio a projetos ou aes para o desenvolvimento

    local e sustentvel do turismo, por meio da organizao e

    qualificao da produo, melhoria da qualidade dos servios,

    incentivo ao associativismo, cooperativismo,

    empreendedorismo, formao de redes, estabelecimento de

    padres e normas de atendimento diferenciado e estratgias

    inovadoras, para insero desses produtos na cadeia

    produtiva do turismo.

    8. Questes comentadas

    1) (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) O

    objetivo central da Agenda 21 :

    a) Cada nao responsvel por seu desenvolvimento e pela

    soluo dos problemas ambientais por ela causados.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • [email protected] www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 73

    Planejamento Governamental para APO-MPOG

    Teoria e Questes

    Prof. Rodrigo Barreto Aula 0

    b) Os problemas ambientais globais sero melhor

    equacionados se as diferentes naes pensarem em conjunto

    e no individualmente.

    c) Os problemas ambientais globais devem ser resolvidos

    pelas naes mais ricas, j que elas so, em grande parte, as

    responsveis por eles.

    d) Os problemas ambientais globais sero melhor

    equacionados se cada pas solucionar seus prprios

    problemas ambientais.

    e) No res