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ConferênciaNovas responsabilidades
Novos riscos
Responsabilidade Civil de Directores e Administradores
Mais Seguro
Lisboa, 8 de Julho de 2010
Diamantino Carvalho
Enquadramento legalEnquadramento legal
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. A responsabilidade dos administradores, gerentes ou directores de uma sociedade perante os credores desta, encontra-se prevista nos art. 78.º, n.º 1 e 79, n.º 1, ambos do Código das Sociedades Comerciais
Diamantino Carvalho
Artº. 78º., 1, do CSCArtº. 78º., 1, do CSC
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. Os gerentes, administradores ou directores respondem para com os credores da sociedade quando, pela inobservância culposa das disposições legais ou contratuais destinadas à protecção destes, o património social se torne insuficiente para a satisfação dos respectivos créditos
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Artº. 79º., 1, do CSCArtº. 79º., 1, do CSC
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Os gerentes, administradores ou directores respondem também, nos termos gerais, para com os sócios e terceiros pelos danos que directamente lhes causarem no exercício das suas funções
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. Em ambos os casos trata-se de uma responsabilidade extra-contratual , não contratual, ou seja, não peranteas empresas que dirigem
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Primeiro, porque os gerentes, administradores ou directores só estão ligados contratualmente às sociedades, e só perante elas, e não perante terceiros, respondem pelo exercício das respectivas suas funções, de acordo com os termos do respectivo mandato e da lei
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Segundo, porque uma sociedade, nas relações contratuais com terceiros, é ela própria quem se obriga porque os actos são praticados em seu nome e não no dos que a representam, pelo que se trata de personalidades jurídicas diferentes
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R C Extra-contratual
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. Resulta da violação de direitos ou da prática de actos que,
embora lícitos, causam prejuízo a outrem
. A obrigação de indemnizar nasce, em regra, da violação
de uma disposição legal ou de um direito de outrém
. Regulada nos arts. 483º e ss., CC
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. A responsabilidade extracontratual funda-se em geral na culpa (483º,1)
. excepcionalmente (483º, 2) no risco, (499º)
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1. Aquele que, com dolo ou mera culpa, violar ilicitamente o direito de outrem ou qualquer disposição legaldestinada a proteger interesses alheios fica obrigado a indemnizar o lesado pelos danos resultantes da violação.
2. Só existe obrigação de indemnizar independentemente de culpa nos casos especificados na lei.
Artº. 483º., CC
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. Nos termos do artº. 78º., 1, os dirigentes da sociedadesó têm o dever de indemnizarem os credores sociais, se:
- praticarem, com culpa, um facto ilícito que afecte os credores
- ocorrer uma diminuição do património da sociedade que não permita solver as dívidas aos credores
- existir um nexo de causalidade entre o facto e o dano
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. Nos termos do artº. 78º., 1, os dirigentes da sociedadesó têm o dever de indemnizarem os credores sociais, se:
- praticarem, com culpa, um facto ilícito que afecte os credores
- ocorrer uma diminuição do património da sociedade que não permita solver as dívidas aos credores
- existir um nexo de causalidade entre o facto e o dano
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Facto
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. Acto voluntário dos dirigentes no exercício das suas funções
. Facto ilícito, violador dos direitos dos credores,
e que deve corresponder à violação das disposições legais
ou contratuais destinadas a proteger os interesses
dos credores sociais
Situações possíveisSituações possíveis
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. Erros ou omissões no desempenho de funções
. Resultantes de situações de “prática de emprego”, ou seja, assédio, discriminação, despedimentos ilegais
. Acusações de difamação e calúnia, decorrentes de declarações públicas
. Queixas de antigos dirigentes
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A ilicitude
. é a reprovação da conduta do agente que viola o direito
de terceiro ou a lei que protege interesses de terceiro
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A culpa
. é uma actuação que merece a reprovação do direito
. verifica-se quando se concluir que o lesante pela sua
capacidade em face das circunstâncias concretas da
situação podia ou devia ter agido de outro modo
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Apreciação da culpa
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. O 487º, 2, bom pai de família [gestor criterioso]
. Cabe ao lesado provar a culpa do autor da lesão,
salvo beneficiando de presunção legal de culpa, 487º, 1
Garantia geral das obrigaçõesGarantia geral das obrigações
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Pelo cumprimento da obrigação respondem todos os bens do devedor [os dirigentes da sociedade],susceptíveis de penhora, sem prejuízo dos regimes especialmente estabelecidos em consequência da separação de patrimónios
art. 601.ºdo Código Civil
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Normas específicasNormas específicas
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. Procuram concretizar a obrigação dos dirigentes
de conservar o património das sociedades onde
exerçam funções, de forma a garantir que os bens
e rendimentos das sociedades devedoras
respondam em tempo útil perante os seus credores
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De natureza cívelDe natureza cível
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. simulação de negócios, para enganar os credores sociais, artºs. 240.º e 241.º
. medidas de conservação da garantia patrimonial
- declaração da nulidade, artº. 605.º
- sub-rogação de direitos, artº. 606.º - impugnação pauliana, artº. 610.º
- Arresto de bens, artº. 619.º
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De natureza criminalDe natureza criminal
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. insolvência dolosa ou negligente, artºs. 227.º e 228.º
. favorecimento de certos credores, artº. 229.º C. P.).
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CorolárioCorolário
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. Os gerentes, administradores ou directores têm,
o dever de se absterem de praticar actos que provoquem
a diminuição das garantias patrimoniais dos credores,
. Estão proibidos de adoptar condutas que provoquem
uma diminuição real ou fictícia do património da sociedade,
Exs. destruição, danificação, inutilização, desaparecimento ou dissimulação do seu activo
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R C Contratual
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. Provém da falta de cumprimento das obrigações
resultantes dos contratos [com as sociedades]
. regulada nos arts. 798º e ss, CC
Apreciação da culpa
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. O ónus da prova recai sobre o devedor - 799º, 1
. É apreciada nos termos do 487º, 2, [gestor criterioso],Ex vi do 799º, 2 , do CC
Situações possíveisSituações possíveis
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. Queixas dos accionistas por gestão incompetente e que impliquem as sociedades, sendo os casos de poluição os mais frequentes
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