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1 CONCURSO PÚBLICO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DECISÃO DOS RECURSOS (INFRA RELACIONADOS) I DOS RECURSOS Trata-se de recursos interpostos pelos candidatos infra relacionados concorrentes aos cargos/funções também infra relacionados, que insurgem contra a publicação do Gabarito Oficial, conforme disposto no CONCURSO PÚBLICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, CONFORME EDITAL Nº1/2008. RECURSOS INTERPOSTOS À COMISSÃO EXAMINADORA RECORRENTES CARGOS/FUNÇÕES 01 Adriane Chagas Santana TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 02 Aquiria Alvarenga Pereira TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 03 Humberto Carvalho De Oliveira TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 04 José Dias Corrêa Vaz De Lima TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 05 José Renato De Santana Alves TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 06 Mauricio Fortes Gris TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 07 Otávio Silveira Gravina TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 08 Romeu Soares Filho TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 09 Vilma Vieira Da Paixao TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 10 Jacilene Gomes Moreira TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AMBIENTAL 11 Leonardo Ramos Da Silveira TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AMBIENTAL 12 Mauricio Da Veiga Jardim Jácomo TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AMBIENTAL 13 Ricardo Santos Coutinho TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA SANITÁRIA 14 Sérgio Soares Da Silva TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA SANITÁRIA 15 Thaís Dos Santos Borges TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA SANITÁRIA 16 Eliete Moreira Dos Santos TÉCNICO AMBIENTAL - GEÓGRAFO 17 Getúlio Gracelli Júnior TÉCNICO AMBIENTAL - GEÓGRAFO 18 Jackson Bruno Passos De Carvalho TÉCNICO AMBIENTAL - GEÓGRAFO 19 Robson Munhoz De Oliveira TÉCNICO AMBIENTAL - GEÓGRAFO 20 Sérgio Almeida Loiola TÉCNICO AMBIENTAL - GEÓGRAFO 21 Aline Castro De Britto TÉCNICO CONTÁBIL 22 Ana Lucia Rodrigues Vasques TÉCNICO CONTÁBIL 23 Antônio Luiz Veríssimo Dos Santos TÉCNICO CONTÁBIL 24 Bruno Borges Pinto TÉCNICO CONTÁBIL 25 Christian Abrao De Oliveira TÉCNICO CONTÁBIL 26 Cristiane Carreiro De Melo Gomes TÉCNICO CONTÁBIL 27 Cristiane Martins Marinho TÉCNICO CONTÁBIL 28 Dilson Da Silva Luz TÉCNICO CONTÁBIL 29 Domicio Nunes De Carvalho TÉCNICO CONTÁBIL 30 Eduardo José Dos Santos TÉCNICO CONTÁBIL 31 Eliseu Cardoso De Matos TÉCNICO CONTÁBIL 32 Fernando Lino De Moura TÉCNICO CONTÁBIL 33 Flavio George Rocha TÉCNICO CONTÁBIL 34 Glauciney Faleiro Da Silva TÉCNICO CONTÁBIL 35 Glenia Santana Alves TÉCNICO CONTÁBIL 36 Gléverson Getúlio De Souza Soares TÉCNICO CONTÁBIL 37 Jamine Da Silva Pereira TÉCNICO CONTÁBIL 38 Janio Marques De Souza TÉCNICO CONTÁBIL

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CONCURSO PÚBLICO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

DECISÃO DOS RECURSOS (INFRA RELACIONADOS)

I DOS RECURSOS

Trata-se de recursos interpostos pelos candidatos infra relacionados concorrentes aos cargos/funções também infra relacionados, que insurgem contra a publicação do Gabarito Oficial, conforme disposto no CONCURSO PÚBLICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, CONFORME EDITAL Nº1/2008.

RECURSOS INTERPOSTOS À COMISSÃO EXAMINADORA

Nº RECORRENTES CARGOS/FUNÇÕES 01 Adriane Chagas Santana TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 02 Aquiria Alvarenga Pereira TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 03 Humberto Carvalho De Oliveira TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 04 José Dias Corrêa Vaz De Lima TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 05 José Renato De Santana Alves TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 06 Mauricio Fortes Gris TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 07 Otávio Silveira Gravina TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 08 Romeu Soares Filho TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 09 Vilma Vieira Da Paixao TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AGRONÔMICA 10 Jacilene Gomes Moreira TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AMBIENTAL 11 Leonardo Ramos Da Silveira TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AMBIENTAL 12 Mauricio Da Veiga Jardim Jácomo TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA AMBIENTAL 13 Ricardo Santos Coutinho TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA SANITÁRIA 14 Sérgio Soares Da Silva TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA SANITÁRIA 15 Thaís Dos Santos Borges TÉCNICO AMBIENTAL - ENGENHARIA SANITÁRIA 16 Eliete Moreira Dos Santos TÉCNICO AMBIENTAL - GEÓGRAFO 17 Getúlio Gracelli Júnior TÉCNICO AMBIENTAL - GEÓGRAFO 18 Jackson Bruno Passos De Carvalho TÉCNICO AMBIENTAL - GEÓGRAFO 19 Robson Munhoz De Oliveira TÉCNICO AMBIENTAL - GEÓGRAFO 20 Sérgio Almeida Loiola TÉCNICO AMBIENTAL - GEÓGRAFO 21 Aline Castro De Britto TÉCNICO CONTÁBIL 22 Ana Lucia Rodrigues Vasques TÉCNICO CONTÁBIL 23 Antônio Luiz Veríssimo Dos Santos TÉCNICO CONTÁBIL 24 Bruno Borges Pinto TÉCNICO CONTÁBIL 25 Christian Abrao De Oliveira TÉCNICO CONTÁBIL 26 Cristiane Carreiro De Melo Gomes TÉCNICO CONTÁBIL 27 Cristiane Martins Marinho TÉCNICO CONTÁBIL 28 Dilson Da Silva Luz TÉCNICO CONTÁBIL 29 Domicio Nunes De Carvalho TÉCNICO CONTÁBIL 30 Eduardo José Dos Santos TÉCNICO CONTÁBIL 31 Eliseu Cardoso De Matos TÉCNICO CONTÁBIL 32 Fernando Lino De Moura TÉCNICO CONTÁBIL 33 Flavio George Rocha TÉCNICO CONTÁBIL 34 Glauciney Faleiro Da Silva TÉCNICO CONTÁBIL 35 Glenia Santana Alves TÉCNICO CONTÁBIL 36 Gléverson Getúlio De Souza Soares TÉCNICO CONTÁBIL 37 Jamine Da Silva Pereira TÉCNICO CONTÁBIL 38 Janio Marques De Souza TÉCNICO CONTÁBIL

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2 39 Juliane Fank Paganotto TÉCNICO CONTÁBIL 40 Marco Antonio Ferreira Costa TÉCNICO CONTÁBIL 41 Marcus Juliano Rocha Branco TÉCNICO CONTÁBIL 42 Maria Clara Barboza Ferreira Da Fonsêca TÉCNICO CONTÁBIL 43 Milton Dos Reis Souza TÉCNICO CONTÁBIL 44 Ofelia Da Luz Barros TÉCNICO CONTÁBIL 45 Rafael Antonio Guimaraes TÉCNICO CONTÁBIL 46 Ricardo Rodrigues De Moura Santos TÉCNICO CONTÁBIL 47 Rosecler Vieira Virgilio TÉCNICO CONTÁBIL 48 Rosecler Vieira Virgílio TÉCNICO CONTÁBIL 49 Vanderlene Leão De Araujo TÉCNICO CONTÁBIL 50 Wainer De Matos TÉCNICO CONTÁBIL 51 Welington Corrêa De Oliveira TÉCNICO CONTÁBIL 52 Welington Corrêa De Oliveira TÉCNICO CONTÁBIL 53 Wellington De Oliveira Teixeira TÉCNICO CONTÁBIL 54 Adriana Ribeiro TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA 55 Cecília Morena Maria Da Silva TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA 56 Denise Mendes Falcão TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA 57 Herika De Oliveira Cavalcanti TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA 58 Hevellin Estrela TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA 59 Marla Alfonso Cavalcante Leobas TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA 60 Alexandre Da Rosa Pellizzon TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL 61 Bruno Denis Lima TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL 62 Geraldo Ferreira De Farias Neto TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL 63 Lílian Braudes Coelho TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL 64 Lucio Meireles Martins TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL 65 Magaly Da Silva Corgosinho TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL 66 Patricia De Lima Papini Palma TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL 67 Sandra Tokarski Persijn TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL 68 Solange Teixeira De Menezes Gomes TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL 69 Uiara Ferreira Machado TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL 70 Adriana Barbosa Dantas TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 71 Aline Alves Cardoso Goncalves TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 72 Ana Carolina Silveira De Almeida TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 73 Anna Virginia Antunes Fernandes TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 74 Bruno Cantarella De Almeida TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 75 Fabiane Castro Lopes De Paula TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 76 Flávia Abranches Abelheira TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 77 Juliana Cascão Poli TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 78 Juliana Gomes De Freitas TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 79 Livia Ferreira Santana TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 80 Lya Mourao Lima TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 81 Viviane Ribeiro Da Silva TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ARQUITETURA E URBANISMO 82 Cláudio Martins Correia TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ENGENHARIA CIVIL 83 Estênio Amaral E Souza TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ENGENHARIA CIVIL 84 Fagner Da Silva Bueno TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ENGENHARIA CIVIL 85 Lucas Furtado Da Silva TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ENGENHARIA CIVIL 86 Ronaldo Mendonça Ribeiro TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ENGENHARIA CIVIL 87 Sergio Botassi Dos Santos TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ENGENHARIA CIVIL 88 Wilson Marques Silva TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ENGENHARIA CIVIL 89 Cristina Silvia Oliveira Dos Santos Viana TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ENGENHARIA ELÉTRICA 90 João Bosco Nunes Júnior TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ENGENHARIA ELÉTRICA 91 Pedro Henrique Mota Emiliano TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES - ENGENHARIA ELÉTRICA 92 Emerson Wruck TÉCNICO EM ESTATÍSTICA 93 Jader Da Silva Cedraz TÉCNICO EM ESTATÍSTICA 94 Débora Cristina De Oliveira Borges TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 95 Geancarlo Jayme TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 96 Geraldo Torres Filho TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 97 Juliano Paniago De Alcantara TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO

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3 98 Ludmila Costa Da Silva TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 99 Marcio Cunha Coelho TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO

100 Maurício Fonseca Félix De Sousa TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 101 Nubia Cristina Barbosa Santos TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 102 Paula Félix De Souza Moreira TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 103 Renata Vieira Evangelista TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 104 Telma Calaça Vaz TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 105 Thaís Alves Garcia Barbosa TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 106 Alexandre Da Costa Araujo TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO 107 Fábio Teodoro Santos Silva TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO 108 Adalberto Tavares Da Silva TÉCNICO JURÍDICO 109 Adriana Bezerra De Souza TÉCNICO JURÍDICO 110 Adriana Lourenço De Oliveira TÉCNICO JURÍDICO 111 Adriano Coelho Leão TÉCNICO JURÍDICO 112 Alessandra Belfort E Silva TÉCNICO JURÍDICO 113 Alexandre Moisés Mendonça E Araujo TÉCNICO JURÍDICO 114 Alexandre Terra Peres Donato Santiago TÉCNICO JURÍDICO 115 Ana Fonseca De Gusmão TÉCNICO JURÍDICO 116 Ana Livia Batista Alves De Paiva TÉCNICO JURÍDICO 117 Ana Paula Alves Carvalho TÉCNICO JURÍDICO 118 Anapaula Marcelino Reis TÉCNICO JURÍDICO 119 Andre Avila Borges TÉCNICO JURÍDICO 120 Angela Carolline Garcia Da Silva TÉCNICO JURÍDICO 121 Anna De Castro Batista TÉCNICO JURÍDICO 122 Ariovaldo Cordeiro Pereira TÉCNICO JURÍDICO

123 Arthur Robert George Curado Fleury De Vidigal TÉCNICO JURÍDICO

124 Bruno Abdala Souza TÉCNICO JURÍDICO 125 Bruno Alves De Freitas TÉCNICO JURÍDICO 126 Camilla Xavier De Almeida TÉCNICO JURÍDICO 127 Carolina Da Cunha Costa TÉCNICO JURÍDICO 128 Celiane Borges Cavalcante TÉCNICO JURÍDICO 129 Célio Natal Dos Santos Júnior TÉCNICO JURÍDICO 130 Cesar Augusto Brasilino Lima TÉCNICO JURÍDICO 131 Clarice Pereira De Almeida TÉCNICO JURÍDICO 132 Claudia Mendonça De Melo TÉCNICO JURÍDICO 133 Claudio De Alcântara Ferreira TÉCNICO JURÍDICO 134 Cleomara Elena Nimia Salomoni Moura TÉCNICO JURÍDICO 135 Cristiano De Oliveira Fonseca TÉCNICO JURÍDICO 136 Cristina Ferreira Labarrère Nascimento TÉCNICO JURÍDICO 137 Cynthia De Almeida Castilho TÉCNICO JURÍDICO 138 Dadiany Vieira Barros Gonçalves TÉCNICO JURÍDICO 139 Daniela Carneiro Fusco TÉCNICO JURÍDICO 140 Danillo Antonio De Paiva TÉCNICO JURÍDICO 141 Darleide Teixeira Borges TÉCNICO JURÍDICO 142 Denis Borges De Araujo TÉCNICO JURÍDICO 143 Edenilza Rodrigues Da Silva TÉCNICO JURÍDICO 144 Edilayne Martins Rios TÉCNICO JURÍDICO 145 Ednei Ribeiro Dos Santos TÉCNICO JURÍDICO 146 Elisangela Aparecida Moreira De Barros TÉCNICO JURÍDICO 147 Emerson Ayres TÉCNICO JURÍDICO 148 Érico Lima Silva TÉCNICO JURÍDICO 149 Eveline Maria Camargo Barbosa TÉCNICO JURÍDICO 150 Evelyn Aída Tonioli Valente TÉCNICO JURÍDICO 151 Fabiana Furtado De Oliveira TÉCNICO JURÍDICO 152 Fábio Luiz Vieira TÉCNICO JURÍDICO 153 Fabison Miranda Cardoso TÉCNICO JURÍDICO 154 Fernanda Brian TÉCNICO JURÍDICO 155 Fernanda Moreira Da Costa TÉCNICO JURÍDICO

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4 156 Fernanda Silvia Fernandes Silva TÉCNICO JURÍDICO 157 Flavia Cristina Rocha Marcal TÉCNICO JURÍDICO 158 Flavio Lucio De Camargo Junior TÉCNICO JURÍDICO 159 Francielle Menezes Cavalcante TÉCNICO JURÍDICO 160 George Francisco De Melo TÉCNICO JURÍDICO 161 Gerson De Souza Neto TÉCNICO JURÍDICO 162 Gil Wadson Moura Júnior TÉCNICO JURÍDICO 163 Gisele Jaci Oliveira Da Rocha TÉCNICO JURÍDICO 164 Glauber Ramos De França Lima TÉCNICO JURÍDICO 165 Guilherme Heringer De Carvalho Rocha TÉCNICO JURÍDICO 166 Gustavo Leão Mendonça Filho TÉCNICO JURÍDICO 167 Hugo De Souza Silva TÉCNICO JURÍDICO 168 Humberto Teófilo De Menezes Neto TÉCNICO JURÍDICO 169 Isabella Duarte De Oliveira Dias TÉCNICO JURÍDICO 170 Isadora Carvalho Vilela França TÉCNICO JURÍDICO 171 Janor Tomé De Castro Filho TÉCNICO JURÍDICO 172 Jarbas Cambraia Filho TÉCNICO JURÍDICO 173 Jedelener Marques De Souza TÉCNICO JURÍDICO 174 João Luís Da Costa Jucá TÉCNICO JURÍDICO 175 Jobert Leonardo Parreiras De Assis TÉCNICO JURÍDICO 176 José Augusto Magni Dunck TÉCNICO JURÍDICO 177 Juliana Cristina Carneiro Requi TÉCNICO JURÍDICO 178 Júlio César Darques Da Silva TÉCNICO JURÍDICO 179 Karina Farah De Souza TÉCNICO JURÍDICO 180 Keila Lemos De Oliveira TÉCNICO JURÍDICO 181 Klayter Camilo De Resende Farinha TÉCNICO JURÍDICO 182 Larissa De Lima Peres Flores TÉCNICO JURÍDICO 183 Larissa Lacerda Tronconi Gundim TÉCNICO JURÍDICO 184 Leandro Akira Matsuoka TÉCNICO JURÍDICO 185 Leandro Koiti Murata TÉCNICO JURÍDICO 186 Leonardo Marchio Bezerra Gerais TÉCNICO JURÍDICO 187 Lorena De Araújo Cunha TÉCNICO JURÍDICO 188 Lorena De Sousa Costa Lira TÉCNICO JURÍDICO 189 Lorena Ribeiro TÉCNICO JURÍDICO 190 Lucia Vânia Castilho Trindade TÉCNICO JURÍDICO 191 Luciana Vaz Dos Reis TÉCNICO JURÍDICO 192 Lucianna Do Couto E Souza TÉCNICO JURÍDICO 193 Lucijaine Aparecida Jesus TÉCNICO JURÍDICO 194 Luiz Jorge Valente Pontes Costa TÉCNICO JURÍDICO 195 Marcela Cavalcante Sampaio TÉCNICO JURÍDICO 196 Marcela Cristhina Andrade Gomes TÉCNICO JURÍDICO 197 Marcília Ferreira Da Cunha TÉCNICO JURÍDICO 198 Márcio Antunes Porfírio TÉCNICO JURÍDICO 199 Marcio Camargo Campos TÉCNICO JURÍDICO 200 Marco Antonio De Almeida TÉCNICO JURÍDICO 201 Marcos Boechat Lopes Filho TÉCNICO JURÍDICO 202 Maria Emília Bueno Machado TÉCNICO JURÍDICO 203 Maria Silvia De Lima Hatschbach Pinheiro TÉCNICO JURÍDICO 204 Marina Porto De Andrade Freitas TÉCNICO JURÍDICO 205 Mario Henrique Novais Lemes TÉCNICO JURÍDICO 206 Marlon Carlos Fernandes TÉCNICO JURÍDICO 207 Mauro Barreto França Pereira TÉCNICO JURÍDICO 208 Miguel De Paula Czeder TÉCNICO JURÍDICO 209 Milvia De Alcantara Guimaraes TÉCNICO JURÍDICO 210 Monica Miranda Gomes De Oliveira TÉCNICO JURÍDICO 211 Monica Regina Ferreira De Sena Soares TÉCNICO JURÍDICO 212 Monielle Oliveira Camargo TÉCNICO JURÍDICO 213 Neudimair Vilela Miranda Carvalho TÉCNICO JURÍDICO 214 Núbia De Freitas Lucena TÉCNICO JURÍDICO

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5 215 Oswaldo Harger Neto TÉCNICO JURÍDICO 216 Pablo Luiz Pereira Fernandes TÉCNICO JURÍDICO 217 Paloma Aguiar Tavares De Paula Gomes TÉCNICO JURÍDICO 218 Patricia Guimaraes Nogueira TÉCNICO JURÍDICO 219 Paula Nery Ribeiro TÉCNICO JURÍDICO 220 Paula Roberta De Oliveira TÉCNICO JURÍDICO 221 Paulo De Tarso Martins Junior TÉCNICO JURÍDICO 222 Rafael Lopes Lorenzoni TÉCNICO JURÍDICO 223 Raquel Cavalcante Campos TÉCNICO JURÍDICO 224 Ricardo De Freitas Mello TÉCNICO JURÍDICO 225 Ricardo Felicio Do Nascimento TÉCNICO JURÍDICO 226 Rodolfo Alexandre Pedroza Cortes TÉCNICO JURÍDICO 227 Romer Gonzaga Pereira TÉCNICO JURÍDICO 228 Sabrina Fernandes Ferreira TÉCNICO JURÍDICO 229 Sara Curcino Martins De Oliveira TÉCNICO JURÍDICO 230 Sarah Nassif Ferreira TÉCNICO JURÍDICO 231 Sérgio Ricardo Neves Romano TÉCNICO JURÍDICO 232 Sheily Araújo Freitas TÉCNICO JURÍDICO 233 Suzane Pinheiro De Lemos TÉCNICO JURÍDICO 234 Tássia Borges Façanha Ramos TÉCNICO JURÍDICO 235 Tatianne Marcella Mendes Rosa Borges TÉCNICO JURÍDICO 236 Tereza Daniela Nunes Ferreira Magri TÉCNICO JURÍDICO 237 Thais Candida Bosco TÉCNICO JURÍDICO 238 Thais Rocha Cavalcante Feitosa TÉCNICO JURÍDICO 239 Uismeire Ferreira Coelho TÉCNICO JURÍDICO 240 Valéria Tanús Pereira Lopes TÉCNICO JURÍDICO 241 Valquíria Imolési Aguiar TÉCNICO JURÍDICO 242 Vanessa Alves Dantas TÉCNICO JURÍDICO 243 Vanessa Moura De Camargos TÉCNICO JURÍDICO 244 Vivianne Freire Amorim TÉCNICO JURÍDICO 245 Walkiria Paula Regina Alves Carneiro TÉCNICO JURÍDICO 246 Wander Soares Fonseca TÉCNICO JURÍDICO 247 Wesley Miranda Alves TÉCNICO JURÍDICO 248 Zulmira Espíndola Rosa TÉCNICO JURÍDICO

II DA DISPOSIÇÃO E DOS FUNDAMENTOS

ANÁLISE DOS RECURSOS

As questões suscitadas pelos recorrentes são a seguir analisadas:

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO AMBIENTAL/ENG. AGRONÔMICA

QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA) Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos.

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6 ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)

Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden”

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7 tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome. QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA) A questão guerreada é a que se segue:

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8 A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 04 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado,

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9 que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152

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10 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás.

QUESTÃO 04 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 07 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações

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11 climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁ S: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas.

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12 QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Desta forma os recursos são improcedentes. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público;

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13 IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 16(PROVA VERMELHA)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 19(PROVA PRETA)_ Recurso não procede. Não foi colocado no enunciado que seria levado em conta o padrão de configuração do IE, porque o padrão estava descrito na resposta, e fazia parte da questão saber qual é o padrão de configuração. QUESTÃO 23 (PROVA VERMELHA)_ Não procedem as alegações do recorrente, um vez que o que está na alternativa divulgada como correta deixa bem claro de acordo com Silveira, 2001. A questão se refere a dois tipos de adubadoras, e que no caso da alternativa 5 a qual se refere ao método de aplicação de adubos onde é descarregado diretamente no fundo do sulco, aberto pelo arado que como no caso da cana-de-açúcar, depois que o terreno for arado, gradeado e sulcado. Fonte de Pesquisa: SILVEIRA, G.M. Máquinas para plantio e Condução das Culturas. Editora Aprenda fácil. 2001.72 e 73. QUESTÃO 24 (PROVA VERMELHA)_ Não procedem as alegações do recorrente, uma vez que pelo fato da questão não está se referindo e nem especificando um determinado país como no caso, é citado o Brasil, possuidor de baixa capacidade e limitado a pesquisa e sim justificando a aplicação da biotecnologia em países desenvolvidos. Fonte de Pesquisa: PEREIRA, J.C.C. Melhoramento genético aplicado à produção animal. 3° ed.FEPMVZ editora. Belo Horizonte. 2001. QUESTÃO 24 (PROVA AZUL)_ Não procedem as alegações do recorrente, uma vez que as embalagens de agrotóxico podem ser reutilizadas e recicladas. De acordo com a Lei nº 7.802, de 11

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14 de julho de 1989 que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências em seu artigo 6º que as embalagens dos agrotóxicos e afins deverão atender, entre outros, aos seguintes requisitos: I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporação, perda ou alteração de seu conteúdo e de modo a facilitar as operações de lavagem, classificação, reutilização e reciclagem; (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000) II - os materiais de que forem feitas devem ser insuscetíveis de ser atacados pelo conteúdo ou de formar com ele combinações nocivas ou perigosas; III - devem ser suficientemente resistentes em todas as suas partes, de forma a não sofrer enfraquecimento e a responder adequadamente às exigências de sua normal conservação; IV - devem ser providas de um lacre que seja irremediavelmente destruído ao ser aberto pela primeira vez. QUESTÃO 29 (PROVA AZUL)_ Não procedem as alegações do recorrente, uma vez que fica bem claro, de acordo com Silveira 2001, que a questão se refere a prática de operação de semeadura, ou seja, a operação é feita em linha, junto com a semente ou logo abaixo e ao lado da mesma. O enunciado da questão em tela, se refere a tipos de adubadora ficando a cargo do candidato raciocinar que o entendimento da questão refere-se as máquinas adubadoras e seus métodos de aplicação, e ainda, a questão tem por objetivo envolver a amplitude do conhecimento do candidato em discorrer sobre o assunto. Fonte de Pesquisa: SILVEIRA, G.M. Máquinas para plantio e Condução das Culturas. Editora Aprenda fácil. 2001.72 e 73. QUESTÃO 31 (PROVA AZUL)_ O recurso do candidato não procede pela seguinte fundamentação teórica: Controle Preventivo: O controle preventivo tem como objetivo evitar a introdução ou disseminação de plantas daninhas nas áreas de produção. A introdução de novas espécies geralmente ocorrem por meio de lotes contaminados de sementes, máquinas agrícolas e animais. De acordo com Gazziero et al. (1989) a utilização de sementes de boa procedência, livres de sementes de plantas daninhas, limpeza de máquinas e implementos antes de cercas e de estradas, em terraços, em pátios, em fontes de água e em canais de irrigação, ou em qualquer lugar da propriedade, são importantes para evitar a disseminação de sementes e de outras estruturas de reprodução. Controle Cultural: O método cultural, normalmente é utilizado pelos agricultores, mas não como uma técnica de manejo de plantas daninhas. O método cultural visa aumentar a capacidade competitiva da cultura em detrimento das plantas daninhas. Menor espaçamento entre linhas, maior densidade de plantio, época adequada de plantio, uso de variedades adaptadas as regiões, uso de cobertura morta, adubações adequadas, irrigação bem manejada, rotação de culturas, são técnicas que permitem a cultura tornar-se mais competitivas com as plantas daninhas. O plantio direto tem auxiliado no controle das plantas daninhas, especialmente no milho safrinha, semeado após a lavoura de verão. Nesse sistema, sem revolvimento do solo, o banco de sementes na parte superficial do solo tende a reduzir, reduzindo a germinação dos propágulos. Fonte de Pesquisa: Comunicado técnico. Embrapa Milho e Sorgo GAZZIERO, D.L.P.; GUIMARÃES, S.C.;PEREIRA, F.A.R. Plantas daninhas: cuidado com a disseminação. Londrina: EMBRAPACNPSo,1989. SILVA, J. B.; CRUZ, J. C.; SILVA, A. F.Controle de plantas daninhas. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Milho eSorgo. Recomendações técnicas para ocultivo do milho.3.ed. Sete Lagoas, 1987.p.31-41 (EMBRAPA-CNPMS.Circular Técnica,4). QUESTÃO 32 (PROVA AZUL)_ Recurso improcedente. A questão não menciona que o uso de bioteconolgia deva ser usado apenas em países com alto desenvolvimento e tecnologia, e sim, que o

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15 uso de novas biotecnologias só se justifica em países altamente desenvolvidos, onde a variação genética para as características quantitativas econômicas já se exauriu e a busca de novas vias para o melhoramento são imprescindíveis, ou seja, a alternativa justifica usar biotecnologia em países desenvolvidos, mas não descarta a hipótese de ser usado em países em desenvolvimento.

Fonte de Pesquisa: PEREIRA, J.C.C. Melhoramento genético aplicado à produção animal. 3° ed.FEPMVZ editora. Belo Horizonte. 2001. QUESTÃO 33 (PROVA AZUL)_ Segundo Bruckner e Albuquerque (2005), o aumento da freqüência dos genes favoráveis pode ser conseguido com a seleção massal, pois esta é eficiente para obtenção de caracteres de alta herdabilidade. Fonte de Pesquisa: BRUCKNER, A. H.; ALBUQUERQUE, A. S. Melhoramento de fruteiras. In: BORÉM, A. Melhoramento de espécies cultivadas. Viçosa: UFV, 2005. p. 813-864. Desta forma, o argumento não procede. QUESTÃO 34 (PROVA VERMELHA)_ Não procedem as alegações do recorrente, uma vez que de acordo com SILVA, J. B.; CRUZ, J. C.; SILVA, A. F; GAZZIERO, D.L.P.; GUIMARÃES, S.C.;PEREIRA, F.A.R., a capina mecânica usando cultivadores, tracionados por animais ou tratores, ainda é o sistema mais utilizado no Brasil. As capinas devem ser realizadas nos primeiros 40 a 50 dias após a semeadura da cultura. Neste período os danos ocasionados à cultura são minimizados comparados com os possíveis danos (quebra e arranquio das plantas de milho) em capinas realizadas tardiamente. À exemplo da capina manual, o cultivo mecânico deve ser realizado superficialmente em dias quentes e secos, com o solo com pouca umidade, aprofundando-se as enxadas o suficiente para o arranquio ou corte das plantas daninhas. Quando as plantas de milho encontrarem-se de 4 a 6 folhas, utilizar enxadas do tipo asa de andorinha para evitar danos no sistema radicular do milho, pois o mesmo encontra-se superficial. A produtividade deste método é de aproximadamente 0,5 a 1 dia/homem por hectare (tração animal) e 1,5 a 2,0 horas por hectare (tratorizada). (Silva et al., 1987).

Fonte de Pesquisa: Comunicado técnico. Embrapa Milho e Sorgo

GAZZIERO, D.L.P.; GUIMARÃES, S.C.;PEREIRA, F.A.R. Plantas daninhas: cuidado com a disseminação. Londrina: EMBRAPACNPSo,1989. SILVA, J. B.; CRUZ, J. C.; SILVA, A. F.Controle de plantas daninhas. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Milho eSorgo. Recomendações técnicas para ocultivo do milho.3.ed. Sete Lagoas, 1987.p.31-41 (EMBRAPA-CNPMS.Circular Técnica,4). QUESTÃO 35 ( PROVA AZUL)_ De acordo com BORÈM, A,2005, híbrido simples é planta produzida pelo cruzamento de duas espécies distintas, porém estreitamente relacionadas. O recurso do candidato não procede. Fonte de Pesquisa: BORÈM, A. Melhoramento de Espécies Cultivadas. Editora U.F.V. 2° ed.2005.969p. QUESTÃO 36 (PROVA AZUL)_ Segundo Bergamim Filho (1995), o desenvolvimento de doenças infecciosas é caracterizado pela ocorrência de uma série de eventos sucessivos e ordenados. Estes eventos incluem sobrevivência, disseminação, infecção, colonização e reprodução do patógeno. O início de uma epidemia em um campo é marcado pelo aparecimento da primeira lesão em uma planta hospedeira. Os eventos envolvidos na produção desta primeira lesão representam o ciclo primário das relações patógeno-hospedeiro. Para qualquer microrganismo, a infecção apresenta-se como um processo crítico, pois funciona como marco inicial da patogênese, é na infecção que a doença, como processo tem início. Uma vez completada a infecção, ou seja, uma vez estabelecida a relação parasitária estável, o patógeno desenvolve-se no hospedeiro, interferindo na sua fisiologia. A colonização corresponde a esta fase do ciclo. A Colonização implica na distribuição do patógeno dentro do tecido hospedeiro, distribuição que ocorre em maior ou menor extensão, a partir do ponto de infecção.

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16 Fonte de Pesquisa: BERGAMIM FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIM, L. (ed). Manual de Fitopatologia: Princípios e. Conceitos. 1995. 919p. Desta forma, o argumento NÃO procede. QUESTÃO 37 (PROVA PRETA)_ A alternativa C não está incorreta de acordo com os seguintes autores a SILVA, J. B.; CRUZ, J. C.; SILVA, A. F; GAZZIERO, D.L.P.; GUIMARÃES, S.C.;PEREIRA, F.A.R. A capina mecânica usando cultivadores, tracionados por animais ou tratores, ainda é o sistema mais utilizado no Brasil. As capinas devem ser realizadas nos primeiros 40 a 50 dias após a semeadura da cultura. Neste período os danos ocasionados à cultura são minimizados comparados com os possíveis danos (quebra e arranquio das plantas de milho) em capinas realizadas tardiamente. À exemplo da capina manual, o cultivo mecânico deve ser realizado superficialmente em dias quentes e secos, com o solo com pouca umidade, aprofundando-se as enxadas o suficiente para o arranquio ou corte das plantas daninhas. Quando as plantas de milho encontrarem-se de 4 a 6 folhas utilizar enxadas do tipo asa de andorinha para evitar danos no sistema radicular do milho pois o mesmo encontra-se superficial. A produtividade deste método é de aproximadamente 0,5 a 1 dia/homem por hectare (tração animal) e 1,5 a 2,0 horas por hectare (tratorizada). (Silva et al., 1987). O recurso do candidato não procede. Comunicado técnico. Embrapa Milho e Sorgo GAZZIERO, D.L.P.; GUIMARÃES, S.C.;PEREIRA, F.A.R. Plantas daninhas: cuidado com a disseminação. Londrina: EMBRAPACNPSo,1989. SILVA, J. B.; CRUZ, J. C.; SILVA, A. F.Controle de plantas daninhas. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Milho eSorgo. Recomendações técnicas para ocultivo do milho.3.ed. Sete Lagoas, 1987.p.31-41 (EMBRAPA-CNPMS.Circular Técnica,4). QUESTÃO 39 (PROVA AZUL)_ Não procedem as alegações do recorrente, uma vez que a colocação do mesmo está contraditória. No gabarito consta a alternativa E como correta. Segundo Victoria et al. (1992), fungos micorrízicos são capazes de aumentar a absorção de nutrientes pelas plantas, estimulando, na maioria dos casos o crescimento vegetal, como conseqüência de seu efeito sobre a nutrição mineral da planta, principalmente no aumento da absorção de fósforo; para os nutrientes de maior mobilidade no solo como o nitrato e o sulfato, a contribuição extra das hifas do fungo micorrízico para sua absorção é muito limitada. A maior participação da simbiose está na absorção de íons que se difundem lentamente no solo. Fonte de Pesquisa: VICTORIA, R. L.; PICCOLO, M. C.; VARGAS, A. A.T. In: ELKE J.B.N. CARDOSO, SIU M. TSAI E MARIA CRISTINA P. NEVES. Microbiologia do solo. Campinas, SP: Sociedade Brasileira de Ciencia do Solo, 1992. 360p. QUESTÃO 43 (PROVA PRETA)_ De acordo com Gallo,2001 sendo o MIP definido como um sistema de manejo de pragas, que no contexto associa o ambiente e a dinâmica populacional da espécie, utiliza todas as técnicas apropriadas e métodos de forma tão compatível quanto possível e mantém a população da praga em níveis abaixo daqueles capazes de causar dano econômico. Projetos de transferência de tecnologias que envolvam processos holísticos de condução das lavouras, otimizando seus retornos devem ser continuamente priorizados, oferecendo oportunidade ao produtor de tomar decisão com base em resultados direcionados à sua realidade. Neste caso, a questão não faz qualquer referência direta às práticas de agricultura orgânica ficando a cargo do candidato se direcionar neste caso apenas ao que foi solicitado na questão, ou seja, em relação ao MIP.

Fonte de Pesquisa: GALLO, D. Entomologia Agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002.920p. QUESTÃO 47 (PROVA AZUL)_ De acordo com Gallo,2002 o controle biológico, deve ser considerado nos dias de hoje, como um programa inter e multidisciplinar de manejo integrado de pragas, ao lado de outras, não procedendo pois a alegação do recorrente. Fonte de Pesquisa: GALLO, D. Entomologia Agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002.920p.

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17 QUESTÃO 47 (PROVA VERMELHA)_ Na literatura especializada, vários são os autores que se referem ao nitrato e ao sulfato com os termos apresentados na questão, como é o caso de Victoria et al. (1992) que relata que, fungos micorrízicos são capazes de aumentar a absorção de nutrientes pelas plantas, estimulando, na maioria dos casos, o crescimento vegetal como conseqüência de seu efeito sobre a nutrição mineral da planta, principalmente no aumento da absorção de fósforo; para os nutrientes de maior mobilidade no solo como o nitrato e o sulfato, a contribuição extra das hifas do fungo micorrízico para sua absorção é muito limitada. A maior participação da simbiose está na absorção de íons que se difundem lentamente no solo; as hifas externas dos fungos em simbiose participam na agregação de partículas do solo; fungos micorrizas arbusculares (MA), sem excessão são simbiontes obrigatórios. Fonte de Pesquisa: VICTORIA, R. L.; PICCOLO, M. C.; VARGAS, A. A.T. In: ELKE J.B.N. CARDOSO, SIU M. TSAI E MARIA CRISTINA P. NEVES. Microbiologia do solo. Campinas, SP: Sociedade Brasileira de Ciencia do Solo, 1992. 360p. Desta forma, o argumento não procede. QUESTÃO 47 (PROVA PRETA)_ De acordo como Pereira, 2001, o melhoramento genético no Brasil tem sido uma técnica elitista, beneficiando apenas os criadores de elite, detentores dos melhores genótipos e de condições socioeconômicas privilegiadas. Os criadores comerciais têm acesso aos reprodutores geneticamente superiores e educados, no sentido de propiciar condições ambientais adequadas, ao mesmo tempo, recebendo em troca, preços justos pelo trabalho e investimento. De acordo com o argumento do candidato o recurso não procede. Fonte de Pesquisa: PEREIRA, J.C.C. Melhoramento genético aplicado à produção animal. 3° ed.FEPMVZ editora. Belo Horizonte. 2001. QUESTÃO 48 (PROVA PRETA)_ O argumento do candidato NÃO procede pois, de acordo com Silveira 2001, não há redundância em dizer que a operação de semeadura é feita em linha, junto com a semente ou logo abaixo e ao lado da mesma. Neste caso, a adubadora está associada a uma semeadora. Na alternativa 1, a prática de adubação a lanço consiste na distribuição uniforme do fertilizante sobre a superfície do solo, antes da semeadura ou do plantio, sendo que o mesmo pode depois, ser incorporado por meio de arado ou de grade, prática comum de ser executada e que em geral na aplicação foliar, o adubo sólido é dissolvido em água e aplicado por meio de pulverização sobre as folhas, pois dependendo da sensibilidade das folhas pode haver queima foliar. Fonte de Pesquisa: SILVEIRA, G.M. Máquinas para plantio e Condução das Culturas. Editora Aprenda fácil. 2001.72 e 73.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO AMBIENTAL/ENG. AMBIENTAL QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue.

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18 A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_

Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

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19 VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue: A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais.

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20 II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 02 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a

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21 exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 03 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 03 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de

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22 café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62

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23 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 05 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 05 (PROVA PRETA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas

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24 caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Desta forma os recursos são improcedentes. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público:

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25 I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva, que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 25 (PROVA VERMELHA)_ Recurso procedente. Alterar gabarito oficial publicado para alternativa de resposta “D” devido a uma inconsistência quando da publicação. QUESTÃO 32 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. A norma brasileira NBR 10 004 de 1987 distingue os resíduos em três classes: - Resíduos Classe I ou perigosos; - Resíduos Classe III ou inertes; - Resíduos Classe II ou não inertes. No entanto, em sua segunda versão a NBR 10 004 de 2004 (que entrou em vigor em 30/11/2004), traz nova classificação: Classe I - Perigosos; Classe II -

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26 Não Perigosos (Classe IIA - Não inertes; Classe IIB – Inertes). No enunciado da questão é citado NBR 10.004 de 2004. QUESTÃO 34 (PROVA PRETA)_ ANULADA, pois a resposta correta é 1000 mg L-1 e 80 habitantes, e não consta em nenhuma das alternativas. QUESTÃO 35 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. Vários trabalhos e Normas internacionais (EPA, 1988 - http://www.epa.gov/region09/water/recycling/index.html) citam os inúmeros benefícios e vantagens de se fazer a Injeção de efluentes líquidos tratados para recarga de aqüíferos. Isso deve ser feito de forma controlada, com critério e após tratamentos específicos, para que não ocorram riscos de contaminação, porém, não deixam de ser efluentes tratados.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO AMBIENTAL/ENG. SANITÁRIA

QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

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Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto.

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28 Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue: A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo

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29 capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 02 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas.

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30 QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Desta forma os recursos são improcedentes. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público;

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31 IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 24 (PROVA AZUL)_ O recurso não procede. A alternativa “C” realmente não se constitui um dos objetivos da Lei 9.433/97. A alternativa “D” se constitui, estando correta de acordo com o parágrafo III do artigo 19 da lei, que cita: “a cobrança tem como um dos objetivos o financiamento dos programas e intervenções contempladas nos planos dos recursos hídricos e no artigo 22, parágrafo I, complementa, informando que os valores arrecadados serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica em que foram gerados e serão utilizados no financiamento de estudos, programas, projetos e obras incluídos nos Planos de Recursos Hídricos. Como a questão solicitava “o exceto”, reafirmamos como resposta correta a letra C. QUESTÃO 29 (PROVA VERMELHA)_ Não procedem as alegações do recorrente, uma vez que a NBR exige que, para os trechos da rede, sejam estimadas as vazões inicial e de final de plano, Qi e Qf, respectivamente para verificação do trecho nas situações extremas de funcionamento e não somente a vazão Qi, vazão inicial de plano, como apresentado na alternativa B. QUESTÃO 32 (PROVA VERMELHA)_ Alternativa de resposta alterada para letra “C” devido à inconsistência na divulgação do gabarito. QUESTÃO 39 (PROVA PRETA)_ Alternativa de resposta alterada para letra “C” devido à inconsistência na divulgação do gabarito. QUESTÃO 41 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. O candidato se confundiu na leitura da questão, pois o solicitado foi marcar a alternativa correta e como ele mesmo afirma a Lei no artigo 12, determina que: Ø a outorga seja concedida para extração de água subterrânea, parágrafo II;

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32 Ø e aproveitamento dos potenciais hidrelétricos, parágrafo IV.

Na questão foi mencionado que não era necessário outorga para estas duas utilizações. Desta forma a única afirmação correta era a II - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final, parágrafo III.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO AMBIENTAL/GEÓGRAFO QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001.

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33 II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que

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34 as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue: A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global

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35 “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 02 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 07 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste

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36 de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás.

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37 QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Desta forma os recursos são improcedentes. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público:

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38 I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 18 (PROVA AZUL)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 21(PROVA AZUL)_ O SNUC, Sistema Nacional de Unidades de Conservação, é um sistema vinculado a uma política territorial estatal, portanto, inserida nas questões do conteúdo programático que trabalham a formação do território brasileiro: Dimensão política da organização do território – processo histórico e geográfico da formação territorial no Brasil. Portanto, o recurso é improcedente. QUESTÃO 23 (PROVA AZUL)_ ANULADA, devido à inconsistência no enunciado. QUESTÃO 27 (PROVA VERMELHA)_ Alternativa de resposta alterada para letra A devido à inconsistência na divulgação do gabarito. QUESTÃO 30 (PROVA AZUL)_ ANULADA, pois ao invés de carvão mineral deveria estar digitado carvão vegetal.

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39 QUESTÃO 34 (PROVA VERMELHA)_ Alternativa de resposta alterada para letra “C”, devido à inconsistência quando da divulgação do gabarito. QUESTÃO 37 (PROVA AZUL)_ ANULADA, pois a questão deveria constar a palavra “INCORRETO” ou “EXCETO”. QUESTÃO 38 (PROVA AZUL)_ ANULADA, devido à troca da palavra Paranã por Paraná. QUESTÃO 41 (PROVA AZUL)_ )_ Alternativa de resposta alterada para letra A devido à inconsistência na divulgação do gabarito. QUESTÃO 42_ Não procedem as alegações do recorrente, pois apesar do pensamento socialista ter surgido enquanto idéia no século XIX, como cita o recorrente, surge, se consolida, se expande e entra em crise como socialismo de Estado no século XX. Tais informações foram retiradas do livro Geografia do Brasil. Onde se lê: "O século XX chega ao seu final marcado por grandes transformações mundiais. Essas transformações podem ser encontradas praticamente em todas as dimensões da humanidade: o surgimento, a expansão e a crise do socialismo, as duas grandes guerras mundiais, a corrida espacial e a chegada do homem à lua, o desenvolvimento da eletrônica e das comunicações e muitos outros" (Ariovaldo de Oliveira, ´página 241). A questão está embasada em um dos maiores e mais importantes geógrafos brasileiros, o professor da USP, Ariovaldo Umbelino de Oliveira. O recurso não é válido porque apesar da diferenciação entre socialismo enquanto idéia e socialismo enquanto Estado, a questão refere-se as características do século XX, o que ausentava os debates acerca do século XIX. O surgimento, a expansão e a crise do socialismo são características legítimas do século XX, explicitadas em livros e artigos de inúmeros pesquisadores e acadêmicos de renome nacional e internacional. Caso estivesse na questão o surgimento da idéia de socialismo, a questão teria duas respostas. Como não, a questão está correta. A questão em tela exigia do candidato a interpretação de que o surgimento de socialismo explicitado na questão retrata o surgimento do socialismo de Estado. O candidato deveria ter interpretado a questão segundo o enunciado e o século XX, optando por marcar a letra referente a opção INCORRETA, presente de forma clara.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO CONTÁBIL

QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

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40 Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_

Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

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41 “ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue: A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

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42 A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 02 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação

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43 que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 04 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 04 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações

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44 climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005 Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 05 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a

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45 carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 05 (PROVA PRETA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 06 (PROVA AZUL)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/

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46 Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 07(PROVA VERMLEHA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação

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47 Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

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48 II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Desta forma os recursos são improcedentes. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES.

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49 QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 16 (PROVA AZUL)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 16 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 17 (PROVA PRETA)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 18 (PROVA AZUL)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 19 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 19 (PROVA PRETA)_ Recurso não procede. O padrão estava descrito na resposta e fazia parte da questão saber qual é o padrão de configuração. A resposta desejada era também o padrão configurado para o IE e não as opções que o botão permite. QUESTÃO 21 (VERMELHA)_ Segundo VALMOR (Pág. 164), Instruções de elaboração da Demonstração das Variações Patrimoniais tomando-se por base os registros efetuados no Sistema Orçamentário e no Sistema Patrimonial nas Variações Ativas registra-se o montante lançado a crédito de cada conta contábil constante do sistema patrimonial – contas de resultado. Portanto, analisando a questão verifica-se: Na elaboração da Demonstração das variações Patrimoniais tomando-se por base os registros efetuados no Sistema Orçamentário e no sistema patrimonial nas variações Ativas:

a) registra-se o montante lançado a crédito de cada conta contábil constante do sistema patrimonial – contas de resultados CORRETO

b) registra-se o montante lançado a debito de cada conta contábil constante do sistema patrimonial – contas de resultados.INCORRETO

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50 c) Registra-se o saldo devedor de cada conta contábil constante do ativo financeiro, do ativo

permanente e do ativo compensado INCORRETO d) Registra-se o montante supostamente arrecadado por item de receita. INCORRETO e) Registra-se o montante devedor incorrido por função do governo. INCORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: II - Contabilidade Pública: 1. Noções Gerais: campo de aplicação, objeto, diferenças em relação à contabilidade comercial. 2. Concepção dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. 3. Contabilização de operações típicas. 4. Suprimento de fundos. 5. Pagamento de pessoal. 6. Aquisição de material permanente e de consumo. 7. Inventário. 8. Balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial. 9. Demonstração das variações patrimoniais. Fundamentação Teórica: SLOMSKI, Valmor. Manual de Contabilidade Pública. Pág 164 QUESTÃO 23 (PROVA PRETA)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (págs. 26, 28 e 29): ... O balanço tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, representando, portanto, uma posição estática. ... A Lei 6404/76 define que o conteúdo da Demonstração do Resultado do Exercício, deve ser apresentada na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos e perdas, definindo claramente o lucro ou prejuízo líquido do exercício. ... As Demonstrações das Mutações do Patrimônio Liquido e de Lucros ou Prejuízos Acumulados evidencia a mutação do patrimônio líquido em termos globais e em termos de mutações internas. ... A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos procura evidenciar as origens de recursos que ampliam a folga financeira de curto prazo (ou o capital circulante líquido, numa linguagem mais técnica) e as aplicações de recursos que consomem essa folga.. ... A Demonstração do Fluxo de Caixa visa mostrar como ocorreram as movimentações de disponibilidades em um dado período de tempo. Conforme descrito acima, analisa-se a questão: A contabilidade interessa a muitos usuários e a maneira de demonstrar, de expor a situação financeira, econômica, patrimonial e de resultados das empresas a esses vários interessados é por meio das demonstrações contábeis. Em relação as demonstrações contábeis é correto afirmar que:

a) O balanço tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, representando, portanto, uma posição dinâmica. INCORRETO

b) O conteúdo da Demonstração do Resultado do Exercício, deve ser apresentada na forma dedutiva, com os detalhes necessários somente das despesas e definindo claramente o lucro do exercício. INCORRETO

c) As Demonstrações das Mutações do Patrimônio Liquido e de Lucros ou Prejuízos Acumulados evidencia a mutação do patrimônio liquido em termos globais e em termos de mutações internas. CORRETO

d) A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos evidencia as origens de recursos que aplicam a folga financeira de longo prazo e as aplicações de recursos que consomem essa folga. INCORRETO

e) A Demonstração dos fluxos de caixa visa mostrar como ocorreram as movimentações do permanente em um dado período de tempo. INCORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 2. Demonstrações contábeis. 3. Notas explicativas. 4. Critérios de avaliação dos ativos e passivos 5. Composição dos ativos e passivos. Fundamentação Teórica:

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51 IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações pág. 29 QUESTÃO 24 (PROVA AZUL)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (pág. 249) As participações no lucro a empregados e administradores devem ser registradas como despesas. Atendidas determinadas condições, as participações nos lucros atribuídas aos empregados são dedutíveis na apuração do lucro sujeito ao Imposto de Renda. As férias transcritas e ainda não gozadas devem ser provisionadas. Sua contabilização é feita numa base mensal, usualmente por percentuais predeterminados sobre o valor bruto da folha; os salários pagos e respectivos encargos, pagos aos funcionários em férias, são DEBITADOS na provisão. A conta Imposto de Renda Diferido é necessária. Deverá ser criada a conta provisão para Imposto de Renda Diferido, a figurar no Exigível a Longo Prazo, até o exercício em que tal lucro seja fiscalmente considerado, momento em que é transferido dessa conta para a de Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante O valor do resgate das partes beneficiárias estabelecido no título correspondente e no estatuto deverá também ser provisionado como um passivo. A contrapartida da constituição dessa provisão, na parcela constituída com base nos lucros do exercício deve ser feita a DÉBITO do Resultado, juntamente com a participação normal nesses lucros. Analisando a questão, verifica-se: Provisões são encargos e riscos já conhecidos, e seus valores são calculáveis. É correto afirmar que:

I. As participações no lucro a empregados e administradores devem ser registradas como despesas. Atendidas determinadas condições, as participações nos lucros atribuídas aos empregados são dedutíveis na apuração do lucro sujeito ao Imposto de Renda. CORRETO

II. As férias transcritas e ainda não gozadas devem ser provisionadas. Sua contabilização é feita numa base mensal, usualmente por percentuais predeterminados sobre o valor bruto da folha; os salários pagos e respectivos encargos, pagos aos funcionários em férias, são creditados na provisão. INCORRETO

III. A conta Imposto de Renda Diferido é necessária. Deverá ser criada a conta provisão para Imposto de Renda Diferido, a figurar no Exigível a Longo Prazo, ate o exercício em que tal lucro seja fiscalmente considerado, momento em que é transferido dessa conta para a de Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante CORRETO

IV. O valor do resgate das partes beneficiárias estabelecido no título correspondente e no estatuto deverá também ser provisionado como um passivo. A contrapartida da constituição dessa provisão, na parcela constituída com base nos lucros do exercício deve ser feita a crédito do Resultado, juntamente com a participação normal nesses lucros. INCORRETO

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): a) I, II e III b) I e III (CORRETO) c) II e III d) II, III e IV e) I, II, III eIV

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 11. Reservas, provisões, depreciação, amortização e exaustão Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações pág. 246 QUESTÃO 25 (PROVA VERMELHA)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (pág 375) Inúmeras empresas tem planos de aposentadoria e pensões para seus funcionários e dependentes. Tais empresas tem não só contribuições financeiras para tais planos de seguridade social, mas também, geralmente, figuram como mantenedoras, assumindo o compromisso de garantir a complementação necessária de recursos na eventualidade de sua insuficiência, segundo planos

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52 atuariais periodicamente atualizados. As notas explicativas devem conter informações sobre a existência de planos de aposentadoria e pensão, informando, no mínimo:

a) entidades patrocinadoras; b) custo anual para a companhia, incluindo todas as suas contribuições; c) regime atuarial de determinação de custos; d) tipo de plano; e) obrigações vencidas; f) compromissos estatutários da companhia em relação às insuficientes patrimoniais; g) valor da insuficiência e suas razoes; h) taxas de contribuição patrocinadora/participantes; e i) data da última reavaliação atuarial aprovada.

Portanto, verifica-se que: Inúmeras empresas tem planos de aposentadoria e pensões para seus funcionários e dependentes. Tais empresas tem não so contribuições financeiras para tais planos de seguridade social, mas também, geralmente, figuram como mantenedoras, assumindo o compromisso de garantir a complementação necessária de recursos na eventualidade de sua insuficiência, segundo planos atuariais periodicamente atualizados. As notas explicativas devem conter informações sobre a existência de planos de aposentadoria e pensão, informando, conforme as afirmativas abaixo, no mínimo, exceto:

a) entidades patrocinadoras (CORRETO) b) custo anual para a companhia, incluindo todas as suas contribuições (CORRETO) c) regime atuarial de determinação de custos (CORRETO) d) tipo plano (CORRETO) e) data da última avaliação atuarial (INCORRETO) – RESPOSTA

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 3. Notas explicativas. Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações pág. 375 QUESTÃO 26 (PROVA VERMELHA)_ Segundo VALMOR (pág. 69) no Sistema Orçamentário, tomar-se-á o orçamento aprovado para o exercício financeiro em curso e, dessa forma, far-se-á a abertura de todas as contas deste sistema, tomando-se por base os valores de receita e despesa orçamentária nele contidos. Analisando a questão, verifica-se: No Sistema Orçamentário:

a) tomar-se-á o orçamento aprovado para o exercício financeiro em curso e, dessa forma, far-se-á a abertura de todas as contas deste sistema, tomando-se por base valores de receita e despesa orçamentária nele contidos. CORRETO

b) tomar-se-á o orçamento para o exercício financeiro em curso e, dessa forma, far-se-á a abertura de algumas contas deste sistema, tomando-se por base valores de receita e despesa empenhadas. INCORRETO

c) tomar-se-á o orçamento para o exercício financeiro em curso e, dessa forma, far-se-á a abertura de todas as contas deste sistema, tomando-se por base somente os valores de receita orçamentária nele contidos. INCORRETO

d) tomar-se-á o orçamento aprovado para o exercício financeiro seguinte e, dessa forma, far-se-á a abertura de algumas contas deste sistema, tomando-se por base os valores de receita orçamentária nele contidos e a despesa empenhada. INCORRETO

e) tomar-se-á o orçamento para o exercício financeiro anterior e, dessa forma, far-se-á a abertura de todas as contas deste sistema, tomando-se por base os valores de receita orçamentária nele contidos e a despesa empenhada. INCORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático:

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53 II - Contabilidade Pública: 1. Noções Gerais: campo de aplicação, objeto, diferenças em relação à contabilidade comercial. 2. Concepção dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. 3. Contabilização de operações típicas. 4. Suprimento de fundos. 5. Pagamento de pessoal. 6. Aquisição de material permanente e de consumo. 7. Inventário. 8. Balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial. 9. Demonstração das variações patrimoniais. Fundamentação Teórica: SLOMSKI, Valmor. Manual de Contabilidade Pública. Pág 69 QUESTÃO 26 (PROVA AZUL)_ Segundo VALMOR (Pág37) o sistema orçamentário, ao final do período, apresenta resultados comparativos entre a previsão e a execução da receita orçamentária e a fixação e a execução da despesa orçamentária. Evidenciando, assim, o resultado orçamentário ocorrido no exercício financeiro, podendo ser: Receita orçamentária = despesa orçamentária = resultado nulo Receita orçamentária > despesa orçamentária = superávit orçamentário Receita orçamentária < despesa orçamentária = déficit orçamentário Sem dúvida, o melhor resultado em um sistema orçamentário é o resultado nulo, especialmente em se tratando de Município, haja vista que tudo o que foi previsto foi arrecadado e tudo o que foi definido como projetos e atividades foi totalmente executado no exercício financeiro. O superávit orçamentário e/ou déficit orçamentário podem estar apontando ou para falhas no planejamento ou de execução de projetos ou atividades ou, ainda, no potencial contributivo da sociedade local. Analisando a questão verifica-se que: O sistema orçamentário, ao final do período, apresenta resultados comparativos. Evidenciando assim, o resultado orçamentário ocorrido no exercício financeiro. O melhor resultado será:

a) o resultado nulo CORRETO b) o superávit orçamentário INCORRETO c) o déficit orçamentário INCORRETO d) o passivo a descoberto INCORRETO e) o lucro líquido INCORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: II - Contabilidade Pública: 1. Noções Gerais: campo de aplicação, objeto, diferenças em relação à contabilidade comercial. 2. Concepção dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. 3. Contabilização de operações típicas. 4. Suprimento de fundos. 5. Pagamento de pessoal. 6. Aquisição de material permanente e de consumo. 7. Inventário. 8. Balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial. 9. Demonstração das variações patrimoniais Fundamentação Teórica: SLOMSKI, Valmor. Manual de Contabilidade Pública. Pág 37 QUESTÃO 26 (PROVA PRETA)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (pág 375) Inúmeras empresas tem planos de aposentadoria e pensões para seus funcionários e dependentes. Tais empresas tem não só contribuições financeiras para tais planos de seguridade social, mas também, geralmente, figuram como mantenedoras, assumindo o compromisso de garantir a complementação necessária de recursos na eventualidade de sua insuficiência, segundo planos atuariais periodicamente atualizados. As notas explicativas devem conter informações sobre a existência de planos de aposentadoria e pensão, informando, no mínimo:

a) entidades patrocinadoras b) custo anual para a companhia, incluindo todas as suas contribuições c) regime atuarial de determinação de custos d) tipo de plano e) obrigações vencidas f) compromissos estatutários da companhia em relação às insuficientes patrimoniais g) valor da insuficiência e suas razoes h) taxas de contribuição patrocinadora/participantes; e i) data da última reavaliação atuarial aprovada.

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54 Portanto, verifica-se que: Inúmeras empresas tem planos de aposentadoria e pensões para seus funcionários e dependentes. Tais empresas tem não so contribuições financeiras para tais planos de seguridade social, mas também, geralmente, figuram como mantenedoras, assumindo o compromisso de garantir a complementação necessária de recursos na eventualidade de sua insuficiência, segundo planos atuariais periodicamente atualizados. As notas explicativas devem conter informações sobre a existência de planos de aposentadoria e pensão, informando, conforme as afirmativas abaixo, no mínimo, exceto:

a) entidades patrocinadoras (CORRETO) b) custo anual para a companhia, incluindo todas as suas contribuições (CORRETO) c) regime atuarial de determinação de custos (CORRETO) d) tipo plano (CORRETO) e) data da última avaliação atuarial (INCORRETO) – RESPOSTA

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 3. Notas explicativas. Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações pág. 375 QUESTÃO 28 (PROVA PRETA)_ Segundo PADOVEZE (págs. 104 e 105): Podemos definir lançamento como escrituração ou registro de cada transação de cada evento econômico nos livros contábeis. Um lançamento deve conter, sob pena de legalmente não ser considerado como tal, os seguintes elementos intrínsecos, apresentados a seguir. Na formação da ciência contábil, esses elementos deveriam ser apresentados, no livro Diário, na seguinte ordem: data, conta que recebe o débito, conta que recebe o credito, histórico e valor. Todo lançamento deve ser feito, baseado em um documento que o habilite chamado documento hábil. Um lançamento deve conter, sob pena de legalmente não ser considerado como tal, os seguintes elementos intrínsecos no livro Diário na seguinte ordem: Conforme explicação, verifica-se:

a) data; conta que recebe o crédito, conta que recebe o débito; histórico; valor. INCORRETO b) conta que recebe o débito; data, conta que recebe o crédito; valor; histórico, INCORRETO c) data; conta que recebe o débito, conta que recebe o crédito; histórico; valor, CORRETO d) data; conta que recebe o crédito, conta que recebe o débito; valor; histórico. INCORRETO e) data; conta que recebe o débito, conta que recebe o crédito; valor; histórico , INCORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 6. Lançamentos contábeis. Fundamentação Teórica: PADOVEZE, Clovis Luis. Manual de Contabilidade Básica. Pág. 105 QUESTÃO 28 (PROVA AZUL)_De acordo com o Art 6º. Lei 11.638: Art. 6o Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social em que esta Lei entrar em vigor. ... Art. 10. Ficam revogadas as alíneas c e d do § 1o do art. 182 e o § 2º do art. 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. As referências legais a essas determinações encontram-se na Lei 6404/76 art 176, parágrafo 5º., alínea c, conforme abaixo: Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

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55 I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e IV - demonstração das origens e aplicações de recursos. IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes". § 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral. § 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. § 5º As notas deverão indicar: a) Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (artigo 247, parágrafo único); c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (artigo 182, § 3º); d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; f) o número, espécies e classes das ações do capital social; g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; Portanto, analisando a questão verifica-se: A companhia que realizar a reavaliação de seus ativos deverá divulgar esse fato em Nota Explicativa, contemplando as seguintes informações, exceto:

a) Histórico e a data da reavaliação (CORRETO) b) O tratamento quanto a dividendos e participações. (CORRETO) c) Tratamento e valores envolvidos quanto a impostos e contribuições e correção

monetária especial eventualmente contida na reserva de reavaliação. (CORRETO) d) O sumário das contas objeto da reavaliação e respectivos valores(CORRETO) e) O efeito no resultado do exercício, oriundo das depreciações, amortizações ou

exaustões sobre a reavaliação, e baixas anteriores.(INCORRETO) Conforme orientação da Lei 6.404 e 11.638, a companhia que realizar a reavaliação de seus ativos deverá divulgar esse fato em Nota Explicativa, contemplando as seguintes informações : o efeito no resultado do exercício, oriundo das depreciações, amortizações ou exaustões sobre a reavaliação, e baixas POSTERIORES e não anteriores. CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 3. Notas explicativas 12. Reavaliação de bens Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações 285 QUESTÃO 28 (PROVA VERMELHA)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (pág 27) Os critérios de avaliação dos ativos e de registro dos passivos são aplicados dentro do regime de competência e, de forma geral seguem sumariamente a seguinte orientação:

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56 1. Ativo Diferido ao custo deduzido de provisão para

amortização

2. Valores Mobiliários ao custo de aquisição acrescido dos juros e atualização devida e reduzido ao preço de mercado, e este for menor.

3. Resultados de Exercícios futuros

demonstrado pelo liquido entre as receitas menos os custos e despesas correspondentes ou contrapostos a tais receitas

4. Outros investimentos ao custo menos provisão para reconhecimento de perdas permanentes

5. Investimentos relevantes em coligadas e controladas

pelo método da equivalência patrimonial

6. Ativo imobilizado ao custo de aquisição ou de fabricação, deduzido da depreciação, pelo desgaste ou perda de utilidade ou amortização ou exaustão

Portanto, analisando a questão verifica-se: Os critérios de avaliação dos ativos e de registro dos passivos são aplicados dentro do regime de competência marque no parênteses abaixo a orientação correspondente para:

1. Ativo Diferido 2. Valores Mobiliários 3. Resultados de Exercícios futuros 4. Outros investimentos 5. Investimentos relevantes em coligadas e controladas 6. Ativo imobilizado

A - pelo método da equivalência patrimonial B - ao custo deduzido de provisão para amortização C - ao custo de aquisição ou de fabricação, deduzido da depreciação, pelo desgaste ou perda de utilidade ou amortização ou exaustão. D - ao custo menos provisão para reconhecimento de perdas permanentes E - ao custo de aquisição acrescido dos juros e atualização devida e reduzido ao preço de mercado, e este for menor. F - demonstrado pelo liquido entre as receitas menos os custos e despesas correspondentes ou contrapostos a tais receitas A resposta correta é:

a) 5A, 1B, 6C, 4D, 2E e 3F CORRETO b) 4A, 5B, 2C, 3D, 6E e 1F INCORRETO c) 6A, 1B, 4C, 2D, 5E e 3F INCORRETO d) 5A, 3B, 2C, 1D, 4E e 6F INCORRETO e) 5A, 1B, 3C, 4D, 2E e 1F INCORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 2. Demonstrações contábeis. 3. Notas explicativas. 4. Critérios de avaliação dos ativos e passivos 5. Composição dos ativos e passivos. Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações pág. 27

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57 QUESTÃO 29 (PROVA VERMELHA)_ QUESTAO ANULADA, Revogado pela Lei 11.638/07. Ao optar por realizar e contabilizar a reavaliação, o critério para avaliação do imobilizado deixa de ser o valor de custo. As reavaliações passam a ser periódicas, a fim de se evitarem diferenças significativas em relação ao valor de mercado dos ativos na data de cada Balanço. Devem ser observados o seguinte prazo:

a) mensalmente, para a conta ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados,

b) a cada dois anos, para os ativos cuja oscilação do preço de mercado seja relevante, incluindo ainda os bens adquiridos após a ultima reavaliação.

c) semestralmente, para a conta ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem em relação aos valores estipulados pela Companhia.

d) a cada quatro anos, para os ativos cuja oscilação do preço de mercado não seja relevante, incluindo ainda os bens adquiridos após a ultima reavaliação.

e) Optar por um sistema rotativo, realizando periodicamente, reavaliações parciais, por rodízio, sem definição de cronogramas.

QUESTÃO 29 (PROVA PRETA)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (pág. 249) As participações no lucro a empregados e administradores devem ser registradas como despesas. Atendidas determinadas condições, as participações nos lucros atribuídas aos empregados são dedutíveis na apuração do lucro sujeito ao Imposto de Renda. As férias transcritas e ainda não gozadas devem ser provisionadas. Sua contabilização é feita numa base mensal, usualmente por percentuais pré-determinados sobre o valor bruto da folha; os salários pagos e respectivos encargos, pagos aos funcionários em férias, são DEBITADOS na provisão. A conta Imposto de Renda Diferido é necessária. Deverá ser criada a conta provisão para Imposto de Renda Diferido, a figurar no Exigível a Longo Prazo, até o exercício em que tal lucro seja fiscalmente considerado, momento em que é transferido dessa conta para a de Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante O valor do resgate das partes beneficiárias estabelecido no título correspondente e no estatuto, deverá também ser provisionado como um passivo. A contrapartida da constituição dessa provisão, na parcela constituída com base nos lucros do exercício deve ser feita a DÉBITO do Resultado, juntamente com a participação normal nesses lucros. Analisando a questão, verifica-se: Provisões são encargos e riscos já conhecidos, e seus valores são calculáveis. É correto afirmar que:

I. As participações no lucro a empregados e administradores devem ser registradas como despesas. Atendidas determinadas condições, as participações nos lucros atribuídas aos empregados são dedutíveis na apuração do lucro sujeito ao Imposto de Renda. CORRETO

II. As férias transcritas e ainda não gozadas devem ser provisionadas. Sua contabilização é feita numa base mensal, usualmente por percentuais predeterminados sobre o valor bruto da folha; os salários pagos e respectivos encargos, pagos aos funcionários em férias, são creditados na provisão. INCORRETO

III. A conta Imposto de Renda Diferido é necessária. Deverá ser criada a conta provisão para Imposto de Renda Diferido, a figurar no Exigível a Longo Prazo, ate o exercício em que tal lucro seja fiscalmente considerado, momento em que é transferido dessa conta para a de Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante CORRETO

IV. O valor do resgate das partes beneficiárias estabelecido no título correspondente e no estatuto deverá também ser provisionado como um passivo. A contrapartida da constituição dessa provisão, na parcela constituída com base nos lucros do exercício deve ser feita a crédito do Resultado, juntamente com a participação normal nesses lucros. INCORRETO

Está (ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): a) I, II e III b) I e III (CORRETO) c) II e III d) II, III e IV e) I, II, III e IV

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58 CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 11. Reservas, provisões, depreciação, amortização e exaustão Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações pág. 246 QUESTÃO 31 (PROVA PRETA)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (pág 195) O fisco, admite que a empresa adote taxas diferentes de depreciação, quando suportadas por laudo pericial do Instituto Nacional de Tecnologia ou de outra entidade oficial de pesquisa científica ou tecnológica. Logicamente, para o fisco não haverá problemas se a empresa adotar taxas menores de depreciação que as admitidas. A mesma legislação (art 312) aceita, ainda, à opção da empresa, uma aceleração na depreciação dos bens móveis, em função do número de horas diárias de operação, como segue: Coeficiente Um turno de 8 horas 1,0 Dois turnos de 8 horas 1,5 Três turnos de 8 horas 2,0 Assim, se a empresa trabalha normalmente 8 horas diárias, a taxa admitida de depreciação das máquinas é de 10% ao ano. Se trabalha em dois turnos (16 horas), pode usar a taxa de 15% a.a e se trabalha três turnos (24 horas), a taxa admitida é de 20% a.a. Conforme descrito acima, verifica-se que: O fisco admite que a empresa adote taxas diferentes de depreciação, quando suportadas por laudo pericial do Instituto Nacional de Tecnologia ou de outra entidade oficial de pesquisa científica ou tecnológica. Assim, é correto afirmar que

I. Se a empresa trabalha normalmente 8 horas diárias, a taxa admitida de depreciação das máquinas é de 10% ao ano. CORRETO

II. Se a empresa trabalha em dois turnos (16 horas), pode usar a taxa de 20% ao ano, sendo o coeficiente para cálculo de 1,5. INCORRETO

III. Se a empresa trabalha em três turnos (24 horas), o coeficiente para o cálculo da depreciação é 1,5. INCORRETO

IV. Se a empresa trabalha em três turnos (24 horas), a taxa admitida de depreciação das máquinas é de 20% ao ano. CORRETO

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): a) I, e III b) I, II e III c) III e IV d) II, III e IV e) I e IV (CORRETO)

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 10. Plano de contas. 11. Reservas, provisões, depreciação, amortização e exaustão. Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações 195 QUESTÃO 31 (PROVA VERMELHA)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (págs 26 e 27) O Balanço tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, representando, portanto, uma posição estática. ... O Balanço é composto de três elementos básicos: ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO. ATIVO – Compreende as aplicações de recursos, normalmente em bens e direitos. A classificação das contas e em ordem decrescente de grau de liquidez

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59 PASSIVO – Compreende as exigibilidades e obrigações. Classificam-se em primeiro lugar as contas cuja exigibilidade ocorre antes. PATRIMÖNIO LIQUIDO – Representa a diferença entre o ativo e passivo, ou seja, o valor líquido da empresa. Portanto, analisando a questão verifica-se: No balanço patrimonial, as contas serão agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. A disposição das contas do ativo e do passivo devem seguir as seguintes características:

I. No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados CORRETO

II. No Passivo, classificam-se em primeiro lugar as contas cuja exigibilidade ocorre antes CORRETO

III. As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte são classificadas na conta resultados de exercícios futuros INCORRETO

IV. A diferença entre o valor dos ativos e dos passivos, e dos resultados de exercícios futuros representa o Capital Social da Companhia INCORRETO

Está (ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): a) I e IV b) I e II c) II e III d) II, III e IV e) II e IV

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 5. Composição dos ativos e passivos. Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações 27 QUESTÃO 31 (PROVA AZUL)_ QUESTÃO ANULADA. Revogado pela Lei 11.638/07. Ao optar por realizar e contabilizar a reavaliação, o critério para avaliação do imobilizado deixa de ser o valor de custo. As reavaliações passam a ser periódicas, a fim de se evitarem diferenças significativas em relação ao valor de mercado dos ativos na data de cada Balanço. Devem ser observados o seguinte prazo:

a) mensalmente, para a conta ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados,

b) a cada dois anos, para os ativos cuja oscilação do preço de mercado seja relevante, incluindo ainda os bens adquiridos após a ultima reavaliação.

c) semestralmente, para a conta ou grupo de contas cujos valores de mercado variarem em relação aos valores estipulados pela Companhia.

d) a cada quatro anos, para os ativos cuja oscilação do preço de mercado não seja relevante, incluindo ainda os bens adquiridos após a ultima reavaliação.

e) Optar por um sistema rotativo, realizando periodicamente, reavaliações parciais, por rodízio, sem definição de cronogramas.

QUESTÃO 33 (PROVA AZUL)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (pág 375) Inúmeras empresas tem planos de aposentadoria e pensões para seus funcionários e dependentes. Tais empresas tem não so contribuições financeiras para tais planos de seguridade social, mas também, geralmente, figuram como mantenedoras, assumindo o compromisso de garantir a complementação necessária de recursos na eventualidade de sua insuficiência, segundo planos atuariais periodicamente atualizados. As notas explicativas devem conter informações sobre a existência de planos de aposentadoria e pensão, informando, no mínimo:

a) entidades patrocinadoras b) custo anual para a companhia, incluindo todas as suas contribuições

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60 c) regime atuarial de determinação de custos d) tipo de plano e) obrigações vencidas f) compromissos estatutários da companhia em relação às insuficientes patrimoniais g) valor da insuficiência e suas razoes h) taxas de contribuição patrocinadora/participantes; e i) data da última reavaliação atuarial aprovada.

Portanto, verifica-se que: Inúmeras empresas tem planos de aposentadoria e pensões para seus funcionários e dependentes. Tais empresas tem não so contribuições financeiras para tais planos de seguridade social, mas também, geralmente, figuram como mantenedoras, assumindo o compromisso de garantir a complementação necessária de recursos na eventualidade de sua insuficiência, segundo planos atuariais periodicamente atualizados. As notas explicativas devem conter informações sobre a existência de planos de aposentadoria e pensão, informando, conforme as afirmativas abaixo, no mínimo, exceto:

a) entidades patrocinadoras (CORRETO) b) custo anual para a companhia, incluindo todas as suas contribuições (CORRETO) c) regime atuarial de determinação de custos (CORRETO) d) tipo plano (CORRETO) e) data da última avaliação atuarial (INCORRETO) – RESPOSTA

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 3. Notas explicativas. Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações pág. 375 QUESTÃO 35 (PROVA VERMELHA)_ Art. 6º. Lei 11.638 Art. 6o Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social em que esta Lei entrar em vigor. ... Art. 10. Ficam revogadas as alíneas c e d do § 1o do art. 182 e o § 2º do art. 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. As referências legais a essas determinações encontram-se na Lei 6404/76 art 176, parágrafo 5º., alínea c, conforme abaixo: Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e IV - demonstração das origens e aplicações de recursos. IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes". § 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.

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61 § 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. § 5º As notas deverão indicar: a) Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (artigo 247, parágrafo único); c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (artigo 182, § 3º); d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; f) o número, espécies e classes das ações do capital social; g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; Portanto, analisando a questão verifica-se: A companhia que realizar a reavaliação de seus ativos deverá divulgar esse fato em Nota Explicativa, contemplando as seguintes informações, exceto:

a) Histórico e a data da reavaliação (CORRETO) b) O tratamento quanto a dividendos e participações. (CORRETO) c) Tratamento e valores envolvidos quanto a impostos e contribuições e correção

monetária especial eventualmente contida na reserva de reavaliação. (CORRETO) d) O sumário das contas objeto da reavaliação e respectivos valores (CORRETO) e) O efeito no resultado do exercício, oriundo das depreciações, amortizações ou

exaustões sobre a reavaliação, e baixas anteriores. (INCORRETO) Conforme orientação da Lei 6.404 e 11.638, a companhia que realizar a reavaliação de seus ativos deverá divulgar esse fato em Nota Explicativa, contemplando as seguintes informações: o efeito no resultado do exercício, oriundo das depreciações, amortizações ou exaustões sobre a reavaliação, e baixas POSTERIORES e não anteriores. CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 3. Notas explicativas 12. Reavaliação de bens Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações 285 QUESTÃO 37 (PROVA VERMELHA)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (pág. 249) As participações no lucro a empregados e administradores devem ser registradas como despesas. Atendidas determinadas condições, as participações nos lucros atribuídas aos empregados são dedutíveis na apuração do lucro sujeito ao Imposto de Renda. As férias transcritas e ainda não gozadas devem ser provisionadas. Sua contabilização é feita numa base mensal, usualmente por percentuais predeterminados sobre o valor bruto da folha; os salários pagos e respectivos encargos, pagos aos funcionários em férias, são DEBITADOS na provisão. A conta Imposto de Renda Diferido é necessária. Deverá ser criada a conta provisão para Imposto de Renda Diferido, a figurar no Exigível a Longo Prazo, ate o exercício em que tal lucro seja fiscalmente considerado, momento em que é transferido dessa conta para a de Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante O valor do resgate das partes beneficiárias estabelecido no título correspondente e no estatuto, deverá também ser provisionado como um passivo. A contrapartida da constituição dessa provisão, na parcela constituída com base nos lucros do exercício deve ser feita a DÉBITO do Resultado, juntamente com a participação normal nesses lucros. Analisando a questão, verifica-se: Provisões são encargos e riscos já conhecidos, e seus valores são calculáveis. É correto afirmar que:

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62 I. As participações no lucro a empregados e administradores devem ser registradas como

despesas. Atendidas determinadas condições, as participações nos lucros atribuídas aos empregados são dedutíveis na apuração do lucro sujeito ao Imposto de Renda. CORRETO

II. As férias transcritas e ainda não gozadas devem ser provisionadas. Sua contabilização é feita numa base mensal, usualmente por percentuais predeterminados sobre o valor bruto da folha; os salários pagos e respectivos encargos, pagos aos funcionários em férias, são creditados na provisão. INCORRETO

III. A conta Imposto de Renda Diferido é necessária. Deverá ser criada a conta provisão para Imposto de Renda Diferido, a figurar no Exigível a Longo Prazo, ate o exercício em que tal lucro seja fiscalmente considerado, momento em que é transferido dessa conta para a de Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante CORRETO

IV. O valor do resgate das partes beneficiárias estabelecido no título correspondente e no estatuto deverá também ser provisionado como um passivo. A contrapartida da constituição dessa provisão, na parcela constituída com base nos lucros do exercício deve ser feita a crédito do Resultado, juntamente com a participação normal nesses lucros. INCORRETO

Está (ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): a) I, II e III b) I e III c) II e III d) II, III e IV e) I, II, III e IV

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 11. Reservas, provisões, depreciação, amortização e exaustão. Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações pág. 246 QUESTÃO 37 (PROVA AZUL)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (pág 463) ... Até 60 dias depois de publicados os atos relativos à incorporação ou fusão, o credor por ela prejudicado poderá pleitear judicialmente a anulação da operação. Em termos legais, já é a nova sociedade por cisão ou fusão a sucessora natural das obrigações anteriormente contraídas, garantindo ao credor a legitimidade de seu crédito. ... Portanto, analisando a questão verifica-se que: O credor que for prejudicado pelos atos relativos a incorporação ou fusão, poderá pleitear judicialmente a anulação da operação:

a) Até 60 dias depois de publicados os atos relativos à incorporação ou fusão. CORRETO b) Até 15 dias depois de publicados os atos relativos à incorporação ou fusão.

INCORRETO c) Até 30 dias depois de publicados os atos relativos à incorporação ou fusão. INCORRETO d) Até 40 dias depois de publicados os atos relativos à incorporação ou fusão. INCORRETO e) Até 50 dias depois de publicados os atos relativos à incorporação ou fusão. INCORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: 14. Incorporação, fusão e cisão. Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações 463 QUESTÃO 37(PROVA PRETA)_ QUESTÃO ANULADA. Revogado pela Lei 11.638/07.

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63 QUESTÃO 38 (PROVA VERMELHA)_ Segundo VALMOR (pág. 38), o sistema Patrimonial registra analiticamente todos os bens de caráter permanente com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis por sua guarda e administração. O sistema orçamentário, ao final do período, apresenta resultados comparativos entre a previsão e a execução da receita orçamentária. O Balanço Financeiro deve demonstrar as movimentações financeiras do exercício, isto é, a somatória das operações realizadas durante o exercício. No sistema de compensação serão registrados nas contas de compensação os bens, valores e obrigações e situações não representados nos grupos que compõem o ativo e o passivo que, mediata ou diretamente, possam vir a afetar o patrimônio. Representa valores em poder de terceiros ou recebidos de terceiros, valores nominais emitidos, contabilizados em contas de compensação apenas para efeito de registro e controle, não alterando o patrimônio quando de seu registro, mas que possam modificá-lo no futuro. Conforme orientação acima, analisa-se a questão: A contabilidade Pública divide-se em sistemas orçamentários distintos, porém harmônicos entre si. O sistema patrimonial:

a) Apresenta dados comparativos, ao final do período, apresenta resultados comparativos entre a previsão e a execução da receita orçamentária. INCORRETO

b) Registra os bens, valores e obrigações e situações não representados nos grupos que compõem o ativo e o passivo que possa vir a afetar o patrimônio INCORRETO.

c) Demonstra a somatória das operações realizadas durante o exercício. INCORRETO d) registra analiticamente todos os bens de caráter permanente, com indicação dos

elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis por sua guarda e administração CORRETO

e) representa valores em poder de terceiros. INCORRETO CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: II - Contabilidade Pública: 1. Noções Gerais: campo de aplicação, objeto, diferenças em relação à contabilidade comercial. 2. Concepção dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. 3. Contabilização de operações típicas. 4. Suprimento de fundos. 5. Pagamento de pessoal. 6. Aquisição de material permanente e de consumo. 7. Inventário. 8. Balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial. 9. Demonstração das variações patrimoniais. Fundamentação Teórica: SLOMSKI, Valmor. Manual de Contabilidade Pública. Pág 37 e 38 QUESTÃO 39(PROVA PRETA)_ QUESTÃO ANULADA. Revogado pela Lei 11.638/07. QUESTÃO 39 (PROVA VERMELHA)_ Segundo VALMOR (Pág37), o sistema orçamentário, ao final do período, apresenta resultados comparativos entre a previsão e a execução da receita orçamentária e a fixação e a execução da despesa orçamentária. Evidenciando, assim, o resultado orçamentário ocorrido no exercício financeiro, podendo ser: Receita orçamentária = despesa orçamentária = resultado nulo Receita orçamentária > despesa orçamentária = superávit orçamentário Receita orçamentária < despesa orçamentária = déficit orçamentário Sem dúvida, o melhor resultado em um sistema orçamentário é o resultado nulo, especialmente em se tratando de Município, haja vista que tudo o que foi previsto foi arrecadado e tudo o que foi definido como projetos e atividades foi totalmente executado no exercício financeiro. O superávit orçamentário e/ou déficit orçamentário podem estar apontando ou para falhas no planejamento ou de execução de projetos ou atividades ou, ainda, no potencial contributivo da sociedade local. Analisando a questão verifica-se que: O sistema orçamentário, ao final do período, apresenta resultados comparativos. Evidenciando assim, o resultado orçamentário ocorrido no exercício financeiro. O melhor resultado será:

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64 a) o resultado nulo CORRETO b) o superávit orçamentário INCORRETO c) o déficit orçamentário INCORRETO d) o passivo a descoberto INCORRETO e) o lucro líquido INCORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: II - Contabilidade Pública: 1. Noções Gerais: campo de aplicação, objeto, diferenças em relação à contabilidade comercial. 2. Concepção dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. 3. Contabilização de operações típicas. 4. Suprimento de fundos. 5. Pagamento de pessoal. 6. Aquisição de material permanente e de consumo. 7. Inventário. 8. Balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial. 9. Demonstração das variações patrimoniais Fundamentação Teórica: SLOMSKI, Valmor. Manual de Contabilidade Pública. Pág 37 QUESTÃO 45 (PROVA AZUL)_Segundo ATHAR pág 48 “O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a entidade representa a base de valor para a contabilidade, expresso em termos de moeda de poder aquisitivo constante.” Esse princípio complementa o anterior, pois obriga as empresas a registrar os fatos contábeis a valores de entrada e não a valores de saída. ANALISANDO A QUESTÃO: A principal regra fundamental do Princípio do Custo Histórico como Base de Valor:

a) Norteia que a contabilidade é mantida para as entidades; os sócios ou quotistas destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas. INCORRETO

b) A contabilidade é mantida para as entidades, os sócios ou quotistas destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas. INCORRETO

c) As despesas e as receitas de cada exercício contábil devem ser confrontadas para a apuração do resultado obtido pela entidade em cada exercício. INCORRETO

d) As demonstrações contábeis, sem prejuízo dos registros detalhados de natureza qualitativa e física, serão expressas em termos de moeda nacional de poder aquisitivo da data do último balanço patrimonial. INCORRETO

e) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a entidade representa a base de valor para a contabilidade, expresso em termos de moeda de poder aquisitivo constante. CORRETO

O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: I - Contabilidade Geral e Comercial: 1. Princípios fundamentais de Contabilidade Fundamentação Teórica: ATHAR, Raimundo Aben. Introdução a contabilidade pág. 49 QUESTÃO 45 (PROVA VERMELHA)_ Segundo FILHO (pág. 159), o resultado patrimonial do exercício, representa a diferença entre as Variações Ativas (VPA) e as Variações Passivas (VPP) Portanto, o Resultado Patrimonial: Superavitário = VPA > VPP Deficitário = VPA < VPP Nulo = VPA = VPP Analisando a questão verifica-se: A diferença a menor entre as Variações Ativas e as Variações Passivas significa:

a) Resultado patrimonial deficitário CORRETO b) Déficit orçamentário INCORRETO c) Superávit financeiro INCORRETO d) Resultado patrimonial nulo INCORRETO e) Resultado patrimonial superavitário INCORRETO

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65 CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: II - Contabilidade Pública: 1. Noções Gerais: campo de aplicação, objeto, diferenças em relação à contabilidade comercial. 2. Concepção dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. 3. Contabilização de operações típicas. 4. Suprimento de fundos. 5. Pagamento de pessoal. 6. Aquisição de material permanente e de consumo. 7. Inventário. 8. Balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial. 9. Demonstração das variações patrimoniais Fundamentação Teórica: FILHO, João Eudes. Contabilidade Publica. Pág.159 QUESTÃO 46 (PROVA PRETA)_ Segundo VALMOR (Pág. 164), Instruções de elaboração da Demonstração das Variações Patrimoniais tomando-se por base os registros efetuados no Sistema Orçamentário e no Sistema Patrimonial nas Variações Ativas registra-se o montante lançado a crédito de cada conta contábil constante do sistema patrimonial – contas de resultado. Portanto, analisando a questão verifica-se: Na elaboração da Demonstração das variações Patrimoniais tomando-se por base os registros efetuados no Sistema Orçamentário e no sistema patrimonial nas variações Ativas:

a) registra-se o montante lançado a crédito de cada conta contábil constante do sistema patrimonial – contas de resultados CORRETO

b) registra-se o montante lançado a debito de cada conta contábil constante do sistema patrimonial – contas de resultados.INCORRETO

c) Registra-se o saldo devedor de cada conta contábil constante do ativo financeiro, do ativo permanente e do ativo compensado INCORRETO

d) Registra-se o montante supostamente arrecadado por item de receita. INCORRETO e) Registra-se o montante devedor incorrido por função do governo. INCORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: II - Contabilidade Pública: 1. Noções Gerais: campo de aplicação, objeto, diferenças em relação à contabilidade comercial. 2. Concepção dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. 3. Contabilização de operações típicas. 4. Suprimento de fundos. 5. Pagamento de pessoal. 6. Aquisição de material permanente e de consumo. 7. Inventário. 8. Balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial. 9. Demonstração das variações patrimoniais. Fundamentação Teórica: SLOMSKI, Valmor. Manual de Contabilidade Pública. Pág 164 QUESTÃO 46 (PROVA VERMELHA)_ Segundo ATHAR (pág 47) Pela Fipecafi, temos: Postulados: Entidade e Continuidade. Princípios: Custo histórico como base de valor, Denominador comum monetário, Realização da receita, Competência dos exercícios. Convenções: Objetividade, Materialidade, Conservadorismo e Consistência. Segundo a convenção de Consistência a contabilidade de uma entidade deverá ser mantida de forma tal que os usuários das demonstrações contábeis tenham possibilidade de deliberar a tendência da mesma com o menor grau de dificuldade possível. Portanto, verifica-se: Os Princípios Contábeis são o conjunto de regras, normas e conceitos que norteiam a ciência contábil. Existem Postulados, Princípios propriamente ditos e Convenções que representam dentro do direcionamento geral dos princípios certos condicionamentos de aplicação, numa ou noutra situação prática. Uma das Convenções orienta que a contabilidade de uma entidade deverá ser mantida de forma tal que os usuários das demonstrações contábeis tenham possibilidade de deliberar a tendência da mesma com o menor grau de dificuldade possível. A convenção que condiciona a aplicação nesta situação prática é:

a) Conservadorismo INCORRETO b) Competência INCORRETO c) Entidade INCORRETO

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66 d) Materialidade INCORRETO e) Consistência CORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: I - Contabilidade Geral e Comercial: 1. Princípios fundamentais de Contabilidade Fundamentação Teórica: ATHAR, Raimundo Aben. Introdução a contabilidade pág. 48 QUESTÃO 47 (PRETA)_ Segundo FILHO (Pág. 133) O campo de aplicação do Orçamento na Administração Pública Brasileira é: ADMINISTRAÇÃO DIRETA (CENTRALIZADA) ADMINISTRAÇAO INDIRETA (DESCENTRALIZADA) Poder Executivo ... Poder Legislativo ... Poder Judiciário ..

Autarquias Fundações Públicas Empresas Dependentes (aquelas que utilizam recursos à conta do orçamento publico para despesas de custeio e investimento específicos)

Portanto, analisando a questão verifica-se que: A Contabilidade Pública, como ramo da contabilidade geral, tem por objetivo evidenciar perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados. O campo de aplicação da Contabilidade Pública no Brasil corresponde:

a) Todas as entidades da Administração Pública. INCORRETO b) Apenas a administração Publica Direta INCORRETO c) Apenas a administração Publica Indireta INCORRETO d) Apenas a administração Pública direta e autarquias INCORRETO e) Todas as entidades da Administração Pública Direta e Indireta, exceção às fundações públicas,

empresas e sociedades de economia mista, que somente aplicam a Contabilidade Pública quando recebem, de forma regular recursos, por conta do tesouro público. CORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: II - Contabilidade Pública: 1. Noções Gerais: campo de aplicação, objeto, diferenças em relação à contabilidade comercial. 2. Concepção dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. 3. Contabilização de operações típicas. 4. Suprimento de fundos. 5. Pagamento de pessoal. 6. Aquisição de material permanente e de consumo. 7. Inventário. 8. Balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial. 9. Demonstração das variações patrimoniais Fundamentação Teórica: FILHO, João Eudes. Contabilidade Publica. Pág. 133 QUESTÃO 48 (PROVA PRETA)_ Segundo FILHO (pág 132), O objeto de qualquer contabilidade é o Patrimônio. O da Contabilidade Pública é o Patrimônio Público, exceto os bens de domínio público, como praças, estradas, ruas etc. considerados no Código Civil como bens de uso comum do povo, pois, tradicionalmente, os contadores públicos brasileiros não os registram. No entanto, em países como Portugal e Alemanha, eles são registrados.

Analisando a questão verifica-se que: O objeto de qualquer contabilidade é o Patrimônio. O da Contabilidade Pública é o Patrimônio Público, tradicionalmente, os contadores públicos brasileiros não registram: a) Os bens das autarquias estatais. INCORRETO b) Os bens das secretarias municipais. INCORRETO c) os bens de domínio público, como praças, estradas, ruas, etc., considerados no Código Civil

como bens de uso comum do povo, CORRETO d) Os bens das Universidades Federais, INCORRETO e) Os bens das empresas estatais INCORRETO

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67 CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: II - Contabilidade Pública: 1. Noções Gerais: campo de aplicação, objeto, diferenças em relação à contabilidade comercial. 2. Concepção dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. 3. Contabilização de operações típicas. 4. Suprimento de fundos. 5. Pagamento de pessoal. 6. Aquisição de material permanente e de consumo. 7. Inventário. 8. Balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial. 9. Demonstração das variações patrimoniais Fundamentação Teórica: FILHO, João Eudes. Contabilidade Publica. Pág.132 QUESTÃO 49 (PROVA PRETA)_ Segundo VALMOR (Pág37), o sistema orçamentário, ao final do período, apresenta resultados comparativos entre a previsão e a execução da recei ta orçamentária e a fixação e a execução da despesa orçamentária. Evidenciando assim, o resultado orçamentário ocorrido no exercício financeiro, podendo ser: Receita orçamentária = despesa orçamentária = resultado nulo Receita orçamentária > despesa orçamentária = superávit orçamentário Receita orçamentária < despesa orçamentária = déficit orçamentário Sem dúvida, o melhor resultado em um sistema orçamentário é o resultado nulo, especialmente em se tratando de Município, haja vista que tudo o que foi previsto foi arrecadado e tudo o que foi definido como projetos e atividades foi totalmente executado no exercício financeiro. O superávit orçamentário e/ou déficit orçamentário podem estar apontando ou para falhas no planejamento ou de execução de projetos ou atividades ou, ainda, no potencial contributivo da sociedade local. Analisando a questão verifica-se que: O sistema orçamentário, ao final do período, apresenta resultados comparativos. Evidenciando assim, o resultado orçamentário ocorrido no exercício financeiro. O melhor resultado será:

a) o resultado nulo CORRETO b) o superávit orçamentário INCORRETO c) o déficit orçamentário INCORRETO d) o passivo a descoberto INCORRETO e) o lucro líquido INCORRETO

CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: II - Contabilidade Pública: 1. Noções Gerais: campo de aplicação, objeto, diferenças em relação à contabilidade comercial. 2. Concepção dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação. 3. Contabilização de operações típicas. 4. Suprimento de fundos. 5. Pagamento de pessoal. 6. Aquisição de material permanente e de consumo. 7. Inventário. 8. Balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial. 9. Demonstração das variações patrimoniais Fundamentação Teórica: SLOMSKI, Valmor. Manual de Contabilidade Pública. Pág 37 QUESTÃO 49 (PROVA VERMELHA)_ Segundo IUDICIBUS; MARTINS; GELBCKE (pág 247) ...A empresa poderá, ainda, ter processos fiscais e outros que envolvem uma contingência cujos valores sejam calculáveis, mas não serão provisionados quando forem remotas as possibilidades de perdas,.. Alguns exemplos de contingências são: ... Garantias concedidas para cobertura de compromisso de terceiro e que possivelmente se tornarão obrigações da empresa. Acordos firmados para mercadorias vendidas, Ações judiciais em andamento contra a companhia, Possíveis devoluções feitas por clientes de mercadorias defeituosas vendidas com garantia. Portanto, analisando a questão verifica-se:

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68 A contingência passiva julgada provável é registrada contabilmente por meio da formação da provisão para riscos fiscais e outros passivos contingentes. São contingências a serem contabilizadas, exceto:

a) Perdas improváveis na realização de investimentos (INCORRETO) b) Garantias concedidas para cobertura de compromisso de terceiro e que possivelmente se

tornarão obrigações da empresa CORRETO c) Acordos firmados para mercadorias vendidas CORRETO d) Ações judiciais em andamento contra a companhia CORRETO e) Possíveis devoluções feitas por clientes de mercadorias defeituosas vendidas com garantia.

CORRETO CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA, O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático:

7. Lançamentos contábeis. 7. Procedimentos contábeis relativos á escrituração e à elaboração de balancetes e demonstrações contábeis. 8. Registros e operações típicas. 9. Livros contábeis e fiscais. 10. Plano de contas. 11. Reservas, provisões, depreciação, amortização e exaustão.

Fundamentação Teórica: IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações 247 QUESTÃO 52(PROVA AZUL)_ A alternativa “B” é mantida como a opção incorreta porque o que se refere ao “tempo” e não a “projetos”. Vale ressaltar, que todas as opções, inclusive a assinalada como incorreta têm de ser analisadas de acordo com o parágrafo em que se encontram no texto, que, aliás, vêm entre parênteses. Portanto, fica mantida a opção “B” do gabarito oficial. QUESTÃO 56 (PROVA PRETA)_ A única alternativa que apresenta um princípio ortográfico seguido de um exemplo que o confirma é a letra “D”. Fica mantida a opção do gabarito oficial. QUESTÃO 60 (PROVA PRETA)_ Analisando-se as formas estruturais de cada uma das opções, percebe-se claramente que a letra “B” é a única que está em desacordo com as demais. Senão vejamos: Projetos eclesiásticos; substantivo seguido de um adjetivo. História velha: substantivo seguido de adjetivo Prazos largos: substantivo seguido de adjetivo Livros devotos: substantivo seguido de adjetivo Ora, a alternativa “B” “primeiras letras” ao contrário, no texto, “primeiras” está adjetivando o substantivo “letras”, a única, portanto, que não é paralela estruturalmente às demais. Fica, pois, mantida a opção do gabarito oficial. QUESTÃO 60 (PROVA AZUL)_ A única alternativa que apresenta um princípio ortográfico seguido de um exemplo que o confirma é a letra “D”. Fica mantida a opção do gabarito oficial. QUESTÃO 60 (PROVA VERMELHA)_ A alternativa “B” é mantida como a opção incorreta porque o que se refere ao “tempo” e não a “projetos”. Vale ressaltar, que todas as opções, inclusive a assinalada como incorreta têm de ser analisadas de acordo com o parágrafo em que se encontram no texto, que, aliás, vêm entre parênteses. Portanto, fica mantida a opção “B” do gabarito oficial.

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CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

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70 A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.”

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71 A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue: A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de

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72 regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 03 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 03 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm

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73 No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

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74 Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 04 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149

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75 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 04 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

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76 I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Desta forma os recursos são improcedentes. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES.

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77 QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 17 (PROVA PRETA)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 18 (PROVA PRETA)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 33 (PROVA VERMELHA)_ O recurso não procede e a resposta está correta, pois referência “Compreende todas as atividades voltadas, direta e indiretamente à prestação de serviços ao usuário...” segundo Maciel (2000, p.34). A bibliografia na qual foi baseada a questão foi utilizada na elaboração do recurso o que deixa óbvio o conhecimento do candidato e como a questão está clara e a bibliografia correta. Referente ao uso do termo processo no lugar do termo função, não apresenta nenhum prejuízo ao sentido pretendido na questão e os próprios dicionários da língua portuguesa apresentam os significados dos termos de forma transparente, e conforme o sentido empregado na questão não apresenta ambigüidade. Segundo Aurélio: Processo - a maneira pela qual se realiza uma operação, segundo determinadas normas; método e/ou técnica. Função - a ação própria ou natural de um órgão, aparelho ou máquina, prática ou exercício de cargo, serviço e/ou ofício. Segundo Houaiss: Processo - ação continuada, realização contínua e prolongada de alguma atividade; seguimento, curso, decurso, a seqüência contínua de fatos ou operações que apresentam certa unidade ou que se reproduzem com certa regularidade; andamento, desenvolvimento e/ou marcha, modo de fazer alguma coisa; método, maneira e/ou procedimento. Função - atividade natural ou característica de algo (elemento, órgão, engrenagem etc.) que integra um conjunto, ou o próprio conjunto, obrigação a cumprir, papel a desempenhar, pelo indivíduo ou por uma instituição, atividade específica de cargo assumido em uma instituição ou o próprio cargo. Referência bibliográfica MACIEL, Alba Costa; MENDONÇA, Marília Alvarenga Rocha. Funções e agrupamentos de funções em unidades de informação. In.: MACIEL, Alba Costa; MENDONÇA, Marília Alvarenga Rocha Bibliotecas como organizações. Rio de Janeiro: Interciência, 2000. Cap.2, p.34

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78 QUESTÃO 34 (PROVA AZUL)_ O recurso não procede e a resposta está correta, pois de acordo com Maciel (2004, p.20) há “prioridade em relação ao idioma e atualização do material a ser adquirido”, mas não há prioridade em relação aos números de páginas do material a ser adquirido. Referência bibliográfica MACIEL, Alba Costa; MENDONÇA, Marília Alvarenga Rocha. Funções e agrupamentos de funções em unidades de informação. In.: MACIEL, Alba Costa; MENDONÇA, Marília Alvarenga Rocha Bibliotecas como organizações. Rio de Janeiro: Interciência, 2000. Cap.2, p.20 QUESTÃO 37 (PROVA AZUL)_ O recurso não procede e a resposta está correta e baseada na avaliação de serviços sob a ótica da qualidade que segundo Dias (2004, p.34):

“Todos os serviços e produtos oferecidos por uma unidade de informação devem ser permanentemente avaliados.

Sumariar estatisticamente todo o esforço que um serviços de informação desenvolve para atingir seus objetivos propiciará um quadro de referência a partir do qual se poderá ter, tanto direta quanto indiretamente, uma visão abrangente das condições operacionais internas. A avaliação se faz necessária quando se deseja:

• Validar e tornar explícitos os valores desejáveis; • Examinar planos, ações e objetivos; • Comprovar e interpretar os objetivos de um programa; • Implementar ou melhorar um programa ou curso de ação.”

Todos os serviços e produtos oferecidos por uma unidade de informação devem ser avaliados de forma permanente e a avaliação se faz necessária quando se deseja validar e tornar explícitos os valores desejáveis, examinar planos, ações e objetivo, comprovar e interpretar os objetivos de um programa e implementar ou melhorar um programa ou curso de ação e não identificar os usuários e os usos da informação. Referência bibliográfica DIAS, Maria Matilde Konkra; PIRES, Daniela. Avaliação de serviços sob a ótica da qualidade. In.: DIAS, Maria Matilde Konkra; PIRES, Daniela. Usos e usuários da informação. São Paulo: EdUFSCar, 2004. Cap.7, p.34 QUESTÃO 43 (PROVA PRETA)_ ANULADA pois, a resposta correta seria "Sense-Making Approach" e não "Sense-Marking Approach", quando da elaboração da questão ocorreu a inclusão da letra “R” na palavra Making tornando a resposta indicada no gabarito incorreta. QUESTÃO 60 (PROVA AZUL)_ A única alternativa que apresenta um princípio ortográfico seguido de um exemplo que o confirma é a letra “D”. Fica mantida a opção do gabarito oficial.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos.

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79 ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_

Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden”

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80 tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue:

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81 A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 02 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência

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82 de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 03 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 03 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior

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83 produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/ 99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97

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84 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior;

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85 II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 16 (PROVA AZUL)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3.

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86 QUESTÃO 22 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos estão reduzindo um comportamento ético ao simples cumprimento do Código de Ética da área, quando algumas ações, mesmo que não determinadas no código, deveriam ser seguidas por questão de bom senso e honradez. É importante que os candidatos se atentem ao enunciado da questão que introduz dizendo “a preocupação com procedimentos e posturas éticas na comunicação vem gerando grande transformação nesta área, onde a forte relação social, política e econômica que se estabelece é geradora constante de conflitos, discussões que acarretam mudanças de conduta na busca constante do respeito à verdade e a cidadania”. Portanto, já se diz desde o início, que a questão tratará de conduta, de comportamento e não de regulamentações expressas em um Código de Ética que, por mais abrangente que possa ser jamais vai atingir totalmente os preceitos do comportamento ético de um profissional que lida com um mercado tão vasto, tão abrangente e de caráter público e em constante transformação, como os jornalistas. Os candidatos questionam o fato de ser apontada como correta a alternativa C que diz que “A atividade de assessoria de imprensa não é compatível com as atribuições de um repórter ou de um editor, o que gera a recomendação ética de que estas duas atribuições não devam ser exercidas por um mesmo profissional.” É apresentado o Código informando que não há esta recomendação no mesmo. No entanto, tem que se interpretar o código de forma responsável e ética. No artigo 10, sob a determinação “o jornalista não pode:”, encontra-se na alternativa “E” a seguinte afirmação complementando a frase acima: “exercer cobertura jornalística pelo órgão em que trabalha em instituições públicas e privadas, onde seja funcionário, assessor ou empregado”. Isso quer dizer que o jornalista não pode cobrir uma matéria que esteja ligada, de alguma forma, a organização para qual presta serviço em assessoria, ou seja, isso nos permite afirmar que não é compatível o trabalho de assessoria e jornalismo desenvolvida por um mesmo profissional, que é a afirmação contida na opção de alternativa “C”. Outro grande equívoco é acreditar que as atividades de jornalismo e assessoria de imprensa não são distintas. Ora, o que um jornalista faz numa redação é apurar os fatos que estão se desenvolvendo na sociedade e divulgá-los, portanto, é uma atividade de cunho social, que remete a um compromisso com a informação. Enquanto o assessor de imprensa no trabalho em uma assessoria tem por objetivo divulgar a organização para a qual presta serviços. Este trabalho não tem compromisso social, mas de mercado, ou seja, o profissional de assessoria deve divulgar informações que sejam do interesse da organização e não de interessa da sociedade. É claro que, como jornalista, ele não pode omitir informações ou divulgar informações inverídicas, mas seu compromisso é com a organização, portanto, são dois trabalhos distintos, embora sejam realizados sobre o prisma do jornalismo e da responsabilidade social e da ética e acordo com a função de cada atividade. Eugênio Bucci no livro “Sobre ética e imprensa”, no capítulo destinado à ética de mercado, entre assessor e jornalista, explica perfeitamente as duas situações apontadas pelos candidatos da seguinte forma: “O assessor de imprensa – ainda que possa ter se formado numa faculdade de comunicações com habilitação em jornalismo, ainda que tenha anos de experiência numa redação – exerce tecnicamente um oficio diferenciado. Ele não ganha para perguntar o que o público tem o direito de saber, mas ganha para propagar aquilo que seu cliente (ou empregador) tem interesse de difundir. São duas ocupações igualmente dignas, nada de errado com uma ou outra, mas são duas ocupações diferentes, por vezes, opostas. Embora ambas se declarem comprometidas com o respeito à verdade, há distinções cruciais entre as normas de conduta de uma e de outra. Para o assessor de imprensa, trabalhar para duas ou mais empresas ao mesmo tempo, desde que não haja antagonismos entre elas, é absolutamente normal. Como é normal que uma agência de publicidade produza campanhas para diversos clientes. Para o jornalista, empregos simultâneos constituem uma complicada exceção, e a atividade de assessoria é incompatível com as atribuições de um repórter ou um editor. O jornalista que, ao seu trabalho no jornal, na rádio, na revista ou na TV, acumula uma função de assessor de imprensa (fixa ou esporádica) incorre num conflito de interesses elementar, pois sempre fica a dúvida: na hora em que os interesses de seus “clientes externos” estiverem em jogo, numa determinada pauta, como é que ele irá proceder? O leitor pode realmente confiar nele? O mesmo se pode dizer do jornalista contratado por um órgão de imprensa que aceita encomendas “por fora” de agências de publicidade. Terá ele a independência necessária para escrever uma reportagem sobre aqueles que o remuneram “por fora”?

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87 QUESTÃO 26 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os candidatos estão reduzindo um comportamento ético ao simples cumprimento do Código de Ética da área, quando algumas ações, mesmo que não determinadas no código, deveriam ser seguidas por questão de bom senso e honradez. É importante que os candidatos se atentem ao enunciado da questão que introduz dizendo “a preocupação com procedimentos e posturas éticas na comunicação vem gerando grande transformação nesta área, onde a forte relação social, política e econômica que se estabelece é geradora constante de conflitos, discussões que acarretam mudanças de conduta na busca constante do respeito à verdade e a cidadania”. Portanto, já se diz desde o início, que a questão tratará de conduta, de comportamento e não de regulamentações expressas em um Código de Ética que, por mais abrangente que possa ser jamais vai atingir totalmente os preceitos do comportamento ético de um profissional que lida com um mercado tão vasto, tão abrangente e de caráter público e em constante transformação, como os jornalistas. Os candidatos questionam o fato de ser apontada como correta a alternativa C que diz que “A atividade de assessoria de imprensa não é compatível com as atribuições de um repórter ou de um editor, o que gera a recomendação ética de que estas duas atribuições não devam ser exercidas por um mesmo profissional.” É apresentado o Código informando que não há esta recomendação no mesmo. No entanto, tem que se interpretar o código de forma responsável e ética. No artigo 10, sob a determinação “o jornalista não pode:”, encontra-se na alternativa “E” a seguinte afirmação complementando a frase acima: “exercer cobertura jornalística pelo órgão em que trabalha em instituições públicas e privadas, onde seja funcionário, assessor ou empregado”. Isso quer dizer que o jornalista não pode cobrir uma matéria que esteja ligada, de alguma forma, a organização para qual presta serviço em assessoria, ou seja, isso nos permite afirmar que não é compatível o trabalho de assessoria e jornalismo desenvolvida por um mesmo profissional, que é a afirmação contida na opção de alternativa “C”. Outro grande equívoco é acreditar que as atividades de jornalismo e assessoria de imprensa não são distintas. Ora, o que um jornalista faz numa redação é apurar os fatos que estão se desenvolvendo na sociedade e divulgá-los, portanto, é uma atividade de cunho social, que remete a um compromisso com a informação. Enquanto o assessor de imprensa no trabalho em uma assessoria tem por objetivo divulgar a organização para a qual presta serviços. Este trabalho não tem compromisso social, mas de mercado, ou seja, o profissional de assessoria deve divulgar informações que sejam do interesse da organização e não de interessa da sociedade. É claro que, como jornalista, ele não pode omitir informações ou divulgar informações inverídicas, mas seu compromisso é com a organização, portanto, são dois trabalhos distintos, embora sejam realizados sobre o prisma do jornalismo e da responsabilidade social e da ética e acordo com a função de cada atividade. Eugênio Bucci no livro “Sobre ética e imprensa”, no capítulo destinado à ética de mercado, entre assessor e jornalista, explica perfeitamente as duas situações apontadas pelos candidatos da seguinte forma: “O assessor de imprensa – ainda que possa ter se formado numa faculdade de comunicações com habilitação em jornalismo, ainda que tenha anos de experiência numa redação – exerce tecnicamente um oficio diferenciado. Ele não ganha para perguntar o que o público tem o direito de saber, mas ganha para propagar aquilo que seu cliente (ou empregador) tem interesse de difundir. São duas ocupações igualmente dignas, nada de errado com uma ou outra, mas são duas ocupações diferentes, por vezes, opostas. Embora ambas se declarem comprometidas com o respeito à verdade, há distinções cruciais entre as normas de conduta de uma e de outra. Para o assessor de imprensa, trabalhar para duas ou mais empresas ao mesmo tempo, desde que não haja antagonismos entre elas, é absolutamente normal. Como é normal que uma agência de publicidade produza campanhas para diversos clientes. Para o jornalista, empregos simultâneos constituem uma complicada exceção, e a atividade de assessoria é incompatível com as atribuições de um repórter ou um editor. O jornalista que, ao seu trabalho no jornal, na rádio, na revista ou na TV, acumula uma função de assessor de imprensa (fixa ou esporádica) incorre num conflito de interesses elementar, pois sempre fica a dúvida: na hora em que os interesses de seus “clientes externos” estiverem em jogo, numa determinada pauta, como é que ele irá proceder? O leitor pode realmente confiar nele? O mesmo se pode dizer do jornalista contratado por um órgão de imprensa que aceita encomendas “por fora” de agências de publicidade. Terá ele a independência necessária para escrever uma reportagem sobre aqueles que o remuneram “por fora”?

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88 QUESTÃO 27 (PROVA AZUL)_ Recurso improcedente. Se levarmos em consideração as ponderações dos recorrentes em seus recursos, teríamos que admitir a desnecessária participação de um profissional de jornalismo na comunicação organizacional e, conseqüentemente, a total insignificância de uma assessoria de imprensa, já que esta é (ou deveria ser) função exclusiva de um profissional de jornalismo. O Manual dos Jornalistas em Assessoria de Comunicação da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) em sua página 7 explica as funções de um assessor de imprensa com a seguinte redação: “Um assessor competente facilita a relação entre o seu cliente – empresa, pessoa física, entidade e instituições – e os veículos de comunicação. Cabe a este profissional orientar sobre o que pode vir a ser a notícia, o que interessa aos veículos, o que não vai interessar e o que deve, ou não, ser divulgado. O assessor deve mostrar ao entrevistado como funcionam os veículos de comunicação. Deve atuar como um consultor, estando atento às oportunidades e sugerindo alternativas compatíveis com as necessidades dos clientes. Esse profissional precisa ter um bom relacionamento com os jornalistas em atividade nos veículos de comunicação, visando ampliar a abertura de espaço na mídia espontânea”. É perceptível que este profissional também necessita conhecer profundamente este universo midiático. Diante de tais considerações, indaga-se aos recorrentes que profissional é preparado para este tipo de ação? Há disciplinas direcionadas as mídias, ás técnicas jornalísticas ou ao trabalho jornalístico nas grades curriculares dos cursos de Relações Públicas? – Nunca ouvimos falar! Além disso, basta fazer uma sondagem no mercado para buscar esta resposta. Quem são os profissionais que atuam hoje nas assessorias de imprensa? Segundo Jorge Duarte, 50% dos jornalistas brasileiros atuam em assessorias para organizações. Esta afirmação se encontra no artigo “Assessoria de imprensa, o caso brasileiro” publicada na coletânea Comunicação: Discursos, práticas e tendências, em 2001, pela UniCEUB. Aprofundando na bibliografia citada por um dos candidatos – o livro Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada, de Margarida Kunsh (2003) – faz-se necessário destacar que o candidato buscou alguns pontos específicos, já que a autora defende primordialmente a idéia que a coordenação de uma assessoria de comunicação deva ficar a cargo de um RP, já que este recebe mais qualificação na graduação para assumir tais funções, mas ela não nega a existência das assessorias de imprensa que são parte da engrenagem que forma o trabalho de comunicação numa organização. Na página 95, quando enfatiza única e exclusivamente a ação do RP em uma organização a autora afirma: “As relações públicas enfatizam o lado institucional e corporativo das organizações. Em síntese, como atividade profissional, elas identificam os públicos, as reações, percepções e pensam em estratégias comunicacionais de relacionamento de acordo com as demandas sociais e o ambiente organizacional. Supervisionam e coordenam programas de comunicação com públicos – grupos de pessoas que se auto-organizam quando uma organização os afeta ou vice-versa. Prevêem e gerenciam conflitos e crises que por ventura passam as organizações e podem despontar dentro de muitas categorias: empregados, consumidores, governos, sindicatos, grupos de pressão etc”. Essas são atribuições intrínsecas às Relações Públicas, segundo Kunsh, as quais esta Banca acata com total concordância. No artigo “Assessoria de Imprensa, o caso brasileiro”, Jorge Duarte define, na página 19, sobre a assessoria de imprensa especificamente no Brasil que “atividade originalmente exercida por relações públicas a assessoria de imprensa, assim como a edição de publicações jornalísticas empresariais, passou a ser executada no Brasil essencialmente por jornalistas a partir da restrição do mercado e pelo interesse das organizações em profissionais com acesso facilitado às redações. Esse processo, entretanto, não se deu de modo tranqüilo. Houve muita discussão e até debates jurídicos sobre o assunto. Embora a profissão de relações públicas tivesse entre suas funções “divulgação jornalística interna” e “elaborar publicações de imprensa...” (Gaspar, 1984:86), estudos jurídicos feitos pela Associação Brasileira de Imprensa e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo sustentam que está é uma responsabilidade privativa dos jornalistas profissionais.” Assim, como Duarte, encontra-se vários autores que afirmam a importância do trabalho de um jornalista na Assessoria de Imprensa, como Romeiro (1987:103) que afirma que “o relações públicas é formado para promover as coisas. (...) Na hora em que é abordado por um jornalista, tende, instintivamente, a deixar o jornalista insatisfeito”. No entanto, se entrar neste mérito, tem-se muito a discutir e diversos autores a citar, tanto para uma corrente, quanto para as demais. O fato é que foi questionado no enunciado, após uma breve

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89 exposição sobre o complexo trabalho de comunicação que se desenvolve atualmente nas organizações, qual, dentre as opções não deveria (foi usado o verbo DEVE) ser uma atribuição das Relações Públicas. Neste caso, fica óbvio ser a afirmação “produção de house organ e de release assumindo o papel de interlocutor, intermediando o relacionamento...”. Diante da realidade de mercado existente no Brasil e das atribuições destas funções, tão relacionadas à área de jornalismo, fica claro que este trabalho especificamente DEVE ser realizado por um jornalista. No entanto, nada impede que um RP o execute, por isso, questiona-se e enfatiza a utilização do verbo DEVER e ressalta-se que as demais opções são ações inquestionáveis da área de Relações Públicas. QUESTÃO 27 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. O candidato apresenta uma argumentação baseada no mesmo livro em que a questão se baseia, mas completamente contraditória as informações contidas neste, já que Gaudêncio Torquato, no livro Comunicação Empresarial/Comunicação Institucional – Conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas, fala sobre as características das publicações institucionais definindo os canais de comunicação que podem ser detectados nestes importantes instrumentos de comunicação, destacando, entre outros, os canais de comunicação estrutural, o qual foi perguntado nesta questão. O autor afirma que “as publicações internas são, sobretudo, um meio de comunicação destinado a assegurar um fluxo satisfatório entre Direção e os funcionários, enquadrando-se dentro do nível de comunicação estrutural, cujo objetivo é o de criar e manter um clima coletivo favorável. Elas mostram aos empregados a política empresarial”. Portanto, a afirmativa “A”, desta questão traduz perfeitamente esta conceituação quando afirma que “É utilizado internamente com o objetivo de manter um fluxo satisfatório entre direção e funcionário, estabelecendo um ambiente coletivo satisfatório”. No entanto, o candidato acredita que a afirmativa “B” que diz “possui objetivo institucional, transmitindo informações relacionadas à produção, as operações que se desenvolvem em diversas áreas da organização” também se enquadra neste conceito. Pois bem, além de não se encaixar, já que a definição de comunicação estrutural trata de clima organizacional, como está explicitado na afirmativa contida na letra “A”, a argumentação apresentada na letra “B” já tem um objetivo exclusivamente institucional, onde são transmitidas apenas informações sobre a produção e as operações que se desenvolvem internamente. Ou seja, o fato de tratarem de comunicação interna não pode significar que são idênticas, pois os canais de comunicação estruturais são mais abrangentes já que ao apresentar a política empresarial aos empregados tratam não somente de um caráter institucional, mas mercadológico e administrativo. A afirmativa B, como está bem expresso na mesma página 121 trata de Canais de Comunicação Operacional e de Motivação que têm um objetivo instrumental apenas no intuito de gerar ações coletivas positivas para um bom funcionamento da organização. Tal fato está claramente explicitado na definição destes canais encontrada na mesma página 121 onde são apresentados os canais de comunicação estrutural e os canais de comunicação operacional e de motivação, o que já deixa claro a divergência de objetivos e características de cada um, portanto, as alternativas A e B não podem nunca se encaixar a um mesmo tipo de canais de comunicação, mantendo-se a exatidão e correção desta questão. QUESTÃO 31 (PROVA AZUL)_ A questão é polêmica, já que na própria comunidade acadêmica há autores que defendem que toda marca tem um tempo de vida limitado. No entanto, a prática de mercado vem nos apresentando diversas experiências que comprovam o contrário, mostrando que uma marca bem administrada pode superar o tempo de vida de um produto ou de uma empresa. Um bom exemplo apresentado por Rafael Sampaio no livro Publicidade de A a Z (2003) é a Mercedes Bens. A empresa inicialmente era uma produtora de carroças. Hoje é uma das maiores e mais avançadas empresas automobilísticas, na qual sua marca sobreviveu à mudança de produto (mantendo-se no mesmo negócio), ao fundador, à sua filha Mercedes (o nome foi uma homenagem a esta filha do fundador) e a todos que iniciaram a construção desse mito. Assim, como a Mercedes, temos vários exemplos de marcas que se encontram no mercado por mais de séculos sem se desgastarem, mantendo líderes, como a Coca-cola, de 1886, que mantém até hoje a mesma caligrafia com que seu nome foi escrito a mão ainda quando era comercializada como “tônico para o cérebro”; a Gillette de 1901; a Marlboro fundado por Philip Morris em 1847, entre muitas outras. Estas marcas não só permanecem fortes, mas vêm ampliando cada dia mais o share de seus

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90 produtos, por isso, defende-se a afirmação do autor citado acima, de que “as marcas duram mais que instalações e equipamentos e – ao contrário – tendem a valer mais com o tempo, pois não são depreciadas pelo uso” (p.239). Quando se afirma que “a marca é um valor intelectual reconhecido pela legislação como uma propriedade eterna”, reafirma-se a argumentação de Rafael Sampaio transcrita na p.239, onde “...as patentes e até os direitos autorais têm um prazo de validade limitado no tempo e as marcas permanecem sendo de seu proprietários até que eles vendam ou a deixem morrer por maus-tratos”. Como é exposto na argumentação do recurso, baseada na própria Lei de Propriedade Industrial (0.279/96), fica claro que esta deva ser registrada (o que é óbvio) e que torna-se propriedade de quem a registrou permanentemente, desde que se renove de dez em dez anos, ou seja, não há um limite estabelecido para a propriedade intelectual da marca, portanto, se não há limite, mas sim, apenas a determinação de que haja uma renovação constante, ela é uma propriedade eterna sim (dependendo apenas da vontade do proprietário), o que torna afirmativa C correta, como determina o gabarito. QUESTÃO 33 (PROVA AZUL)_ Recurso improcedente. Para responder este recurso, antes de qualquer argumentação, é necessário buscar no dicionário a conceituação da palavra COMUM, CONSENSO e HOMOGÊNEO. No Dicionário Aurélio Buarque de Holanda - um dos mais utilizados e respeitados do país – encontra-se as seguintes definições para comum: “Pertencente a todos ou a muitos; Vulgar, trivial, ordinário; Habitual, normal, geral; Feito em sociedade ou em comunidade; Qualidade ou caráter de comum; A maioria; Aquilo que é comum”. No mesmo dicionário verifica-se que consenso significa: “Conformidade, acordo ou concordância de idéias, de opiniões”. No entanto, em sua argumentação, o candidato diz que “o consenso é uma busca, mas a opinião pública nunca é homogênea”. Pois bem, voltando ao dicionário, encontra-se a seguinte definição para palavra homogêneo: “Cujas partes todas são da mesma natureza; cujas partes são ou estão solidamente e/ou estreitamente ligadas; cujas partes ou unidades não apresentam ou quase não apresentam desigualdades, altos e baixos”. Portanto, como fica claro na conceituação das palavras, existem diferenças substâncias entre estas três – comuns, consenso e homogêneo – que foram aleatoriamente confundidas pelo candidato. Para ele, a afirmação “dialogar com o público para que conceitos, entendimentos e experiências se tornem comuns” quer dizer que a RP busca uma visão consensual ou homogênea da organização, o que de tudo não se encontra incorreta, pois por mais que tenha certeza que o consenso e a homogeneidade são difíceis de serem alcançados, não se pode dizer que são impossíveis, pois sendo assim, estas palavras nem existiriam. Acreditamos que buscar a homogeneidade, o consenso de opinião ou visão de uma organização deva ser uma meta num trabalho de RP, assim como a imparcialidade é uma meta no trabalho jornalístico e diversos teóricos já provaram que é praticamente impossível, assim como o consenso e a homogeneidade, de ser alcançada. Tratam-se de objetivos que por mais que não sejam alcançados, tornam-se necessários buscar, pois o mais próximo que se conseguir chegar, já pode ser considerado um resultado satisfatório. No entanto, o candidato interpretou erroneamente a frase. O enunciado da questão solicita que seja marcada, entre cinco opções, a que não pode ser considerada uma diretriz orientadora do trabalho de RP perante uma comunidade. Portanto, dialogar com o público que pertence a esta comunidade, a fim de tornar comum (pertencente a todos ou a muitos, trivial, habitual, normal, geral...) conceitos, entendimentos e experiências é uma das diretrizes do trabalho de RP, como confirma professora Drª. Cecília M. Krohling Peruzzo, no artigo “Relações públicas com a comunidade: uma agenda para o século XXI”, publicado na coletânea Comunicação & Sociedade, da Universidade Metodista de São Paulo, através das experiências e constatações das profissionais de RP Maria Aparecida de Paula e Ana Luísa C. de Almeida, em experiências a frente da RP da Alcan (Alumínio Brasil) e da Andrade Gutierrez, de que “...o espírito que deve orientar um trabalho de relações públicas com a comunidade: 1 Partir da ótica das pessoas: a) considerar e respeitar a ótica do público atingido. B) Tornar comuns conceitos, entendimentos e experiências....”. Portanto, o questionamento da questão no prisma de um entendimento equivocado não pode ser considerado pela Banca, principalmente pelo fato de que ao contrapor os conceitos das palavras comum, consenso e homogêneo o candidato desvirtua completamente o significado da frase e sua finalidade.

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91 Desta forma, a questão está correta e cabe a Banca mantê-la já que apresenta importantes constatações à cerca do relacionamento das RP e seu trabalho de comunicação perante o público que vive no entorno de uma organização, ou seja, a comunidade. QUESTÃO 34 (PROVA VERMELHA)_ A questão é polêmica, já que na própria comunidade acadêmica há autores que defendem que toda marca tem um tempo de vida limitado. No entanto, a prática de mercado vem nos apresentando diversas experiências que comprovam o contrário, mostrando que uma marca bem administrada pode superar o tempo de vida de um produto ou de uma empresa. Um bom exemplo apresentado por Rafael Sampaio no livro Publicidade de A a Z (2003) é a Mercedes Bens. A empresa inicialmente era uma produtora de carroças. Hoje é uma das maiores e mais avançadas empresas automobilísticas, na qual sua marca sobreviveu à mudança de produto (mantendo-se no mesmo negócio), ao fundador, à sua filha Mercedes (o nome foi uma homenagem a esta filha do fundador) e a todos que iniciaram a construção desse mito. Assim, como a Mercedes, temos vários exemplos de marcas que se encontram no mercado por mais de séculos sem se desgastarem, mantendo líderes, como a Coca-cola, de 1886, que mantém até hoje a mesma caligrafia com que seu nome foi escrito a mão ainda quando era comercializada como “tônico para o cérebro”; a Gillette de 1901; a Marlboro fundado por Philip Morris em 1847, entre muitas outras. Estas marcas não só permanecem fortes, mas vêm ampliando cada dia mais o share de seus produtos, por isso, defende-se a afirmação do autor citado acima, de que “as marcas duram mais que instalações e equipamentos e – ao contrário – tendem a valer mais com o tempo, pois não são depreciadas pelo uso” (p.239). Quando se afirma que “a marca é um valor intelectual reconhecido pela legislação como uma propriedade eterna”, reafirma-se a argumentação de Rafael Sampaio transcrita na p.239, onde “...as patentes e até os direitos autorais têm um prazo de validade limitado no tempo e as marcas permanecem sendo de seu proprietários até que eles vendam ou a deixem morrer por maus-tratos”. Como é exposto na argumentação do recurso, baseada na própria Lei de Propriedade Industrial (0.279/96), fica claro que esta deva ser registrada (o que é óbvio) e que torna-se propriedade de quem a registrou permanentemente, desde que se renove de dez em dez anos, ou seja, não há um limite estabelecido para a propriedade intelectual da marca, portanto, se não há limite, mas sim, apenas a determinação de que haja uma renovação constante, ela é uma propriedade eterna sim (dependendo apenas da vontade do proprietário), o que torna afirmativa C correta, como determina o gabarito. QUESTÃO 36 (PROVA AZUL)_ Alternativa de resposta alterada para letra “B” devido à inconsistência quando da divulgação do gabarito. QUESTÃO 37 (PROVA AZUL)_ Recurso improcedente. A questão tem por base uma das publicações mais clássicas na área de Marketing que é o livro “Marketing de Relacionamento”, de Regis Mckenna. No entanto, antes de apresentar as devidas explicações, cumpre esclarecer que há um erro de interpretação da questão por parte do candidato em seu recurso. A questão, em seu enunciado, não solicita ao mesmo que marque o que não é “importante” para a credibilidade de uma organização, mas sim, que seja marcado entre as cinco alternativas a que não significa um dos elementos básicos para que uma organização implemente uma estratégia de geração de credibilidade. O candidato questiona a alternativa “B” onde se encontra a afirmação: “Desenvolvimento de infra-estrutura”. Pois bem, a infra-estrutura reúne todos, desde o fabricante até o cliente final que de alguma forma exercem influência no processo de produção/aquisição de um produto ou serviço em uma organização. Todo o mecanismo que envolve o produto ou serviço deve estar sempre em desenvolvimento, em aperfeiçoamento a fim de gerar credibilidade a organização e aos produtos ou serviços oferecidos. Sem o constante desenvolvimento de infra-estrutura, uma organização, diante do atual cenário econômico e do ágil avanço tecnológico, ficará obsoleta, perdendo qualidade e, conseqüentemente, credibilidade. Na página 104, na publicação citada acima de Regis Mckenna, o autor explica “quando uma empresa consegue desenvolver uma ampla infra-estrutura, proporciona a seu produto uma posição vantajosa no caminho para o sucesso.” McKenna ainda conclui projetando

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92 que “o produto certamente terá sucesso antes mesmo de chegar ao mercado”. Portanto, não há dúvidas quanto à adequação desta afirmação ao enunciado. Quanto à afirmativa “implantação de pesquisas quantitativas de imagem” contida na afirmativa E, torna-se óbvia sua inadequação ao enunciado. Como o próprio candidato em seu recurso explicou muito bem “seja quantitativa, seja qualitativa, a pesquisa é uma ferramenta fundamental para que a empresa identifique as necessidades do mercado e melhore seu desempenho diante dele”. No entanto, o enunciado que diz: “Para gerar credibilidade e, conseqüentemente, estabelecer um posicionamento para seus produtos ou serviços é necessário que a organização implemente uma estratégia composta pelos elementos básicos apresentados abaixo, EXCETO”, ou seja, sugere que sejam marcadas alternativas que por si só geram credibilidade. A pesquisa, sabemos, pode ser um instrumento para que se busque um conhecimento profundo da organização e de seu público e posteriormente se estabeleça ações que possam vir melhorar a credibilidade. Ela não pode ser considerada um elemento básico de uma estratégia que visa gerar credibilidade, pois, como os outros elementos e como já foi afirmado; ela por si, só, não gera credibilidade. Portanto, a questão está correta e deve ser mantida. QUESTÃO 38 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. No próprio Código de Ética dos Profissionais de Relações Públicas, no qual o candidato se baseia para argumentar seu recurso, inclusive na própria seção VII, que trata da relação do profissional de RP com a justiça (onde se encontra o artigo 20 apresentado pelo candidato em sua argumentação), também se relaciona o artigo 23 onde é clara e objetivamente expressa: “É vedada ao profissional de Relações Públicas: a) Ser perito de seu cliente. B) Funcionar em perícia em que sejam parte parente até o segundo grau, ou afim, amigo ou inimigo e concorrente de cliente seu. c) Valer-se do cargo que exerce, ou dos laços de parentesco ou amizade para pleitear ser nomeado perito”. Portanto, se o candidato estender sua leitura do Código até o artigo 23 verá que o profissional de RP não deve aceitar o trabalho de perito quando entre as partes envolvidas estiver inimigos ou concorrentes de seus clientes. A afirmativa E que afirma “o profissional de RP deve agir com isenção sempre, mesmo quando uma das partes envolvidas for um inimigo ou um concorrente de seu cliente”, encontra-se em desacordo com o Código, pois a atitude ética neste caso - como determina o próprio Código, na mesma seção em que o candidato foi se basear para tentar contradizer a questão - é deixar a atividade de perito. QUESTÃO 43(PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. Se levarmos em consideração as ponderações dos recorrentes em seus recursos, teríamos que admitir a desnecessária participação de um profissional de jornalismo na comunicação organizacional e, conseqüentemente, a total insignificância de uma assessoria de imprensa, já que esta é (ou deveria ser) função exclusiva de um profissional de jornalismo. O Manual dos Jornalistas em Assessoria de Comunicação da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) em sua página 7 explica as funções de um assessor de imprensa com a seguinte redação: “Um assessor competente facilita a relação entre o seu cliente – empresa, pessoa física, entidade e instituições – e os veículos de comunicação. Cabe a este profissional orientar sobre o que pode vir a ser a notícia, o que interessa aos veículos, o que não vai interessar e o que deve, ou não, ser divulgado. O assessor deve mostrar ao entrevistado como funcionam os veículos de comunicação. Deve atuar como um consultor, estando atento às oportunidades e sugerindo alternativas compatíveis com as necessidades dos clientes. Esse profissional precisa ter um bom relacionamento com os jornalistas em atividade nos veículos de comunicação, visando ampliar a abertura de espaço na mídia espontânea”. É perceptível que este profissional também necessita conhecer profundamente este universo midiático. Diante de tais considerações, indaga-se aos recorrentes que profissional é preparado para este tipo de ação? Há disciplinas direcionadas as mídias, ás técnicas jornalísticas ou ao trabalho jornalístico nas grades curriculares dos cursos de Relações Públicas? – Nunca ouvimos falar! Além disso, basta fazer uma sondagem no mercado para buscar esta resposta. Quem são os profissionais que atuam hoje nas assessorias de imprensa? Segundo Jorge Duarte, 50% dos jornalistas brasileiros atuam em assessorias para organizações. Esta afirmação se encontra no artigo “Assessoria de imprensa, o caso brasileiro” publicada na coletânea Comunicação: Discursos, práticas e tendências, em 2001, pela UniCEUB. Aprofundando na

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93 bibliografia citada por um dos candidatos – o livro Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada, de Margarida Kunsh (2003) – faz-se necessário destacar que o candidato buscou alguns pontos específicos, já que a autora defende primordialmente a idéia que a coordenação de uma assessoria de comunicação deva ficar a cargo de um RP, já que este recebe mais qualificação na graduação para assumir tais funções, mas ela não nega a existência das assessorias de imprensa que são parte da engrenagem que forma o trabalho de comunicação numa organização. Na página 95, quando enfatiza única e exclusivamente a ação do RP em uma organização a autora afirma: “As relações públicas enfatizam o lado institucional e corporativo das organizações. Em síntese, como atividade profissional, elas identificam os públicos, as reações, percepções e pensam em estratégias comunicacionais de relacionamento de acordo com as demandas sociais e o ambiente organizacional. Supervisionam e coordenam programas de comunicação com públicos – grupos de pessoas que se auto-organizam quando uma organização os afeta ou vice-versa. Prevêem e gerenciam conflitos e crises que por ventura passam as organizações e podem despontar dentro de muitas categorias: empregados, consumidores, governos, sindicatos, grupos de pressão etc”. Essas são atribuições intrínsecas às Relações Públicas, segundo Kunsh, as quais esta Banca acata com total concordância. No artigo “Assessoria de Imprensa, o caso brasileiro”, Jorge Duarte define, na página 19, sobre a assessoria de imprensa especificamente no Brasil que “atividade originalmente exercida por relações públicas a assessoria de imprensa, assim como a edição de publicações jornalísticas empresariais, passou a ser executada no Brasil essencialmente por jornalistas a partir da restrição do mercado e pelo interesse das organizações em profissionais com acesso facilitado às redações. Esse processo, entretanto, não se deu de modo tranqüilo. Houve muita discussão e até debates jurídicos sobre o assunto. Embora a profissão de relações públicas tivesse entre suas funções “divulgação jornalística interna” e “elaborar publicações de imprensa...” (Gaspar, 1984:86), estudos jurídicos feitos pela Associação Brasileira de Imprensa e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo sustentam que está é uma responsabilidade privativa dos jornalistas profissionais.” Assim, como Duarte, encontra-se vários autores que afirmam a importância do trabalho de um jornalista na Assessoria de Imprensa, como Romeiro (1987:103) que afirma que “o relações públicas é formado para promover as coisas. (...) Na hora em que é abordado por um jornalista, tende, instintivamente, a deixar o jornalista insatisfeito”. No entanto, se entrar neste mérito, tem-se muito a discutir e diversos autores a citar, tanto para uma corrente, quanto para as demais. O fato é que foi questionado no enunciado, após uma breve exposição sobre o complexo trabalho de comunicação que se desenvolve atualmente nas organizações, qual, dentre as opções não deveria (foi usado o verbo DEVE) ser uma atribuição das Relações Públicas. Neste caso, fica óbvio ser a afirmação “produção de house organ e de release assumindo o papel de interlocutor, intermediando o relacionamento...”. Diante da realidade de mercado existente no Brasil e das atribuições destas funções, tão relacionadas à área de jornalismo, fica claro que este trabalho especificamente DEVE ser realizado por um jornalista. No entanto, nada impede que um RP o execute, por isso, questiona-se e enfatiza a utilização do verbo DEVER e ressalta-se que as demais opções são ações inquestionáveis da área de Relações Públicas. QUESTÃO 49(PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos estão reduzindo um comportamento ético ao simples cumprimento do Código de Ética da área, quando algumas ações, mesmo que não determinadas no código, deveriam ser seguidas por questão de bom senso e honradez. É importante que os candidatos se atentem ao enunciado da questão que introduz dizendo “a preocupação com procedimentos e posturas éticas na comunicação vem gerando grande transformação nesta área, onde a forte relação social, política e econômica que se estabelece é geradora constante de conflitos, discussões que acarretam mudanças de conduta na busca constante do respeito à verdade e a cidadania”. Portanto, já se diz desde o início, que a questão tratará de conduta, de comportamento e não de regulamentações expressas em um Código de Ética que, por mais abrangente que possa ser jamais vai atingir totalmente os preceitos do comportamento ético de um profissional que lida com um mercado tão vasto, tão abrangente e de caráter público e em constante transformação, como os jornalistas. Os candidatos questionam o fato de ser apontada como correta a alternativa C que diz que “A atividade de assessoria de imprensa não é compatível

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94 com as atribuições de um repórter ou de um editor, o que gera a recomendação ética de que estas duas atribuições não devam ser exercidas por um mesmo profissional.” É apresentado o Código informando que não há esta recomendação no mesmo. No entanto, tem que se interpretar o código de forma responsável e ética. No artigo 10, sob a determinação “o jornalista não pode:”, encontra-se na alternativa “E” a seguinte afirmação complementando a frase acima: “exercer cobertura jornalística pelo órgão em que trabalha em instituições públicas e privadas, onde seja funcionário, assessor ou empregado”. Isso quer dizer que o jornalista não pode cobrir uma matéria que esteja ligada, de alguma forma, a organização para qual presta serviço em assessoria, ou seja, isso nos permite afirmar que não é compatível o trabalho de assessoria e jornalismo desenvolvida por um mesmo profissional, que é a afirmação contida na opção de alternativa “C”. Outro grande equívoco é acreditar que as atividades de jornalismo e assessoria de imprensa não são distintas. Ora, o que um jornalista faz numa redação é apurar os fatos que estão se desenvolvendo na sociedade e divulgá-los, portanto, é uma atividade de cunho social, que remete a um compromisso com a informação. Enquanto o assessor de imprensa no trabalho em uma assessoria tem por objetivo divulgar a organização para a qual presta serviços. Este trabalho não tem compromisso social, mas de mercado, ou seja, o profissional de assessoria deve divulgar informações que sejam do interesse da organização e não de interessa da sociedade. É claro que, como jornalista, ele não pode omitir informações ou divulgar informações inverídicas, mas seu compromisso é com a organização, portanto, são dois trabalhos distintos, embora sejam realizados sobre o prisma do jornalismo e da responsabilidade social e da ética e acordo com a função de cada atividade. Eugênio Bucci no livro “Sobre ética e imprensa”, no capítulo destinado à ética de mercado, entre assessor e jornalista, explica perfeitamente as duas situações apontadas pelos candidatos da seguinte forma: “O assessor de imprensa – ainda que possa ter se formado numa faculdade de comunicações com habilitação em jornalismo, ainda que tenha anos de experiência numa redação – exerce tecnicamente um oficio diferenciado. Ele não ganha para perguntar o que o público tem o direito de saber, mas ganha para propagar aquilo que seu cliente (ou empregador) tem interesse de difundir. São duas ocupações igualmente dignas, nada de errado com uma ou outra, mas são duas ocupações diferentes, por vezes, opostas. Embora ambas se declarem comprometidas com o respeito à verdade, há distinções cruciais entre as normas de conduta de uma e de outra. Para o assessor de imprensa, trabalhar para duas ou mais empresas ao mesmo tempo, desde que não haja antagonismos entre elas, é absolutamente normal. Como é normal que uma agência de publicidade produza campanhas para diversos clientes. Para o jornalista, empregos simultâneos constituem uma complicada exceção, e a atividade de assessoria é incompatível com as atribuições de um repórter ou um editor. O jornalista que, ao seu trabalho no jornal, na rádio, na revista ou na TV, acumula uma função de assessor de imprensa (fixa ou esporádica) incorre num conflito de interesses elementar, pois sempre fica a dúvida: na hora em que os interesses de seus “clientes externos” estiverem em jogo, numa determinada pauta, como é que ele irá proceder? O leitor pode realmente confiar nele? O mesmo se pode dizer do jornalista contratado por um órgão de imprensa que aceita encomendas “por fora” de agências de publicidade. Terá ele a independência necessária para escrever uma reportagem sobre aqueles que o remuneram “por fora”?

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO EM ED./ARQUITETURA E URBANISMO QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável.

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95 ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o

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96 português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome. QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue:

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97 A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 03 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima

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98 absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 03 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área

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99 continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 07 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm

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100 No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

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101 Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público.

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102 § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 17(PROVA PRETA)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 18 (PROVA PRETA)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 19 (PROVA PRETA)_ Recurso não procede. O padrão estava descrito na resposta e fazia parte da questão saber qual é o padrão de configuração. A resposta desejada era também o padrão configurado para o IE e não as opções que o botão permite. QUESTÃO 31 (PROVA PRETA)_ ANULADA. A inclinação máxima de 6 % está dentro dos parâmetros colocados pela NBR 9050, entretanto a expressão correta para a questão deveria fazer menção não ao máximo, mas à pertinência ou não desta declividade para uma rampa.

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103 QUESTÃO 34 (PROVA PRETA)_ Recurso improcedente. A questão formulada é clara, de acordo com o texto de âmbito federal da Lei 6766/79 após alterações impostas pela Lei 9785/99 que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências. Assim, no tocante às zonas habitacionais declaradas de interesse social, no § 5º do artigo 2º, que independe da apropriação feita por cada município para o zoneamento de tais regiões, “…- A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de:

I – vias de circulação; II – escoamento das águas pluviais; III – rede para o abastecimento de água potável; e IV – soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar.”

Fundamentação teórica: O parcelamento do solo foi regulamentado pela Lei 6.766, de 19 de dezembro de 1979 – cuja revisão veio pela Lei nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999, em particular o Art. 2º, do Capítulo I, trata do tema.(Brasil: 1979) Brasil. Lei n. 6.766 de 19 de dezembro de 1979. QUESTÃO 44 (PROVA PRETA)_ Recurso improcedente. O projeto de instalações elétricas não pode ter mais do que uma curva e 90 º e, neste sentido, a opção correta nos remete à alternativa formulada na questão.

Fundamentação teórica: O projeto de instalações é tratado no item Instalações prediais de força e luz. (CREDER: 1984) CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1984. QUESTÃO 48 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA. A inclinação máxima de 6 % está dentro dos parâmetros colocados pela NBR 9050, entretanto a expressão correta para a questão deveria fazer menção não ao máximo, mas à pertinência ou não desta declividade para uma rampa. QUESTÃO 48 (PROVA PRETA)_ Recurso improcedente. Os passos para a compreensão dos sistemas estruturais foram tratados na Parte IV, em particular no capítulo 11 sobre as considerações estruturais. (SNYDER & CATANESE: 1990) Referência de conhecimento para o ensino da arquitetura, particularmente no tocante às estruturas e, em particular às espécies de carga que estão relacionadas às forças externas, neste sentido somos contrários ao acatamento do recurso.

Fundamentação teórica: SNYDER, James C. & CATANESE, Anthony. Introdução à Arquitetura. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1990, 422 p. QUESTÃO 49 (PROVA AZUL)_ ANULADA. A inclinação máxima de 6 % está dentro dos parâmetros colocados pela NBR 9050, entretanto a expressão correta para a questão deveria fazer menção não ao máximo, mas à pertinência ou não desta declividade para uma rampa. QUESTÃO 60 (PROVA VERMELHA)_ A letra “B” é mantida como a opção incorreta porque o que se refere ao “tempo” e não a “projetos”. Vale ressaltar, que todas as opções, inclusive a assinalada como incorreta têm de ser analisadas de acordo com o parágrafo em que se encontram no texto, que, aliás, vêm entre parênteses. Portanto, fica mantida a opção “B” do gabarito oficial.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO EM ED./ENGENHARIA CIVIL QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas:

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104 ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue: Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas.

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105 - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA: 1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como

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106 fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue: A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”.

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107 QUESTÃO 02 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 03 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma

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108 homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 03 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149

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109 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 06(PROVA AZUL)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 07 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin –

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110 Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129

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111 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público:

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112 I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 16(PROVA AZUL)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 24(PROVA AZUL)_ Segundo a NBR 6118/2003 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento 6.1.3.1 Dimensões mínimas

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113 A menor dimensão dos pilares não cintados não deve ser inferior a 20 cm, nem a 1/25 da sua altura livre. O diâmetro do núcleo dos pilares cintados não deve ser inferior a 20 cm nem a 1/10 de sua altura livre. Se os pilares suportem lajes cogumelo, esse limites passam a ser 30 cm e 1/15 para os não cintados e 30 cm e 1/10 para os cintados, devendo ainda a espessura em cada direção não ser inferior a 1/20 da distância entre eixos dos pilares nessa direção. Quando não se tratar de pilar que suporte laje cogumelo, os limites acima poderão ser reduzidos, desde que se aumente o coeficiente de segurança de acordo com o final do item 5.4.2.1, nos seguintes casos: a) pilares de seção transversal, com raio de giração não menor do que 6 cm, composta de retângulos (cantoneiras, zês, tês, duplos tês), cada um dos quais com largura não inferior a 10 cm nem a 1/15 do respectivo comprimento; b) pilares de seção transversal retangular com largura não inferior a 12 cm e comprimento não superior a 60 cm, apoiados no elemento estrutural subjacente em toda a extensão de sua base, consideradas obrigatoriamente no seu cálculo a flexão oriunda das ligações com lajes e vigas e a flambagem conjunta dos pilares superpostos. Portanto quando se pede a menor dimensão admissível para pilares não cintados, não mencionamos nenhuma situação especial, inclusive uma possível majoração das ações do pilar. O recurso NÃO procede. Concluindo, a resposta do gabarito deverá ser mantida. QUESTÃO 27(PROVA AZUL)_ Segundo a NBR 6118/2003 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento “... 6 Disposições construtivas 6.1 Dimensões externas das peças No caso de estruturas que devam ser resistentes ao fogo, as dimensões mínimas das peças deverão atender às exigências da NBR 5627,além das especificadas nesta Norma. 6.1.1 Lajes 6.1.1.1 Espessura A espessura das lajes não deve ser menor que: a) 5 cm em lajes de cobertura não em balanço; b) 7 cm em lajes de piso e lajes em balanço; c) 12 cm em lajes destinadas à passagem de veículos. Em lajes cogumelo calculadas como pórticos múltiplos (ver item 3.3.2.10), esses limites devem ser elevados, respectivamente, para 12 cm, 15 cm e 15 cm. 6.1.1.2 Extensão dos apoios extremos A extensão dos apoios extremos de uma laje sobre alvenaria, não deve ser menor que sua espessura no meio do vão, nem menor que 7 cm. 6.1.1.3 Lajes nervuradas Nas lajes nervuradas, além das demais prescrições desta Norma, deve ser observado o seguinte: a) a distância livre entre nervuras não deve ultrapassar 100 cm; b) a espessura das nervuras não deve ser inferior a 4 cm e a da mesa não deve ser menor que 4 cm, nem que 1/15 da distância livre entre nervuras; c) o apoio das lajes deve ser feito ao longo de uma nervura; d) nas lajes armadas em uma só direção, são necessárias nervuras transversais sempre que haja cargas concentradas a distribuir ou quando o vão teórico for superior a 4 m, exigindo-se duas nervuras, no mínimo, se esse vão ultrapassar 6 m; e) nas nervuras com espessura inferior a 8 cm não é permitido colocar armadura de compressão no lado oposto à mesa. 6.1.2 Vigas 6.1.2.1 Largura As vigas da seção retangular, as nervuras das vigas de seção T e as paredes das vigas de seção caixão não devem ter largura menor que 8 cm.

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114 6.1.2.2 Extensão dos apoios A extensão dos apoios das vigas sobre a alvenaria deve ser tal que a tensão admissível desta não seja ultrapassada. ... ” Já no item 13.2.4.2, há prescrições para o caso de lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maior que 110 cm, orientando que a mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas, respeitando-se os seus limites mínimos de espessura, ou seja, um caso especial. Portanto, o recurso NÃO procede. Concluindo, a resposta do gabarito deverá ser mantida. QUESTÃO 41(AZUL)_ Segundo a NBR 8798 /1985 - Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto “.. 4 Condições gerais 4.2 Execução 4.2.1 Argamassas ... 4.2.1.4 Remistura Deve obedecer ao seguinte: a) remistura para restabelecimento da trabalhabilidade (“retempero”): - a argamassa pode ser remisturada nos caixões de madeira junto aos pedreiros, manualmente, sempre que isso se fizer necessário para restabelecer a trabalhabilidade inicial; - este procedimento só pode ser efetuado dentro do prazo de início de pega do cimento que está sendo utilizado, que em média é da ordem de 2,5 h, podendo ser inferior em clima quente; - não se deve cobrir de água a argamassa nem tentar dissolver porções já endurecidas; neste caso as porções devem ser rejeitadas; ...”

Quando no enunciado diz, temperatura amena fica claro que a temperatura é agradável e podemos considerar como uma referência para não considerar o clima como quente. Portanto, o recurso NÃO procede. Concluindo, a resposta do gabarito deverá ser mantida. QUESTÃO 41(PRETA)_ Segundo a NBR 6122 /1996 - Projeto e execução de fundações “... 7.8 Peculiaridades dos diferentes tipos de fundação profunda ... 7.8.8 Estacas tipo Franki7) 7.8.8.1 Características gerais 7.8.8.1.1 As estacas tipo Franki são executadas enchendo-se de concreto perfurações previamente executadas no terreno, através da cravação de tubo de ponta fechada, recuperado e possuindo base alargada. Este fechamento pode ser feito no início da cravação do tubo ou em etapa intermediária, por meio de material granular ou peça pré-fabricada de aço ou de concreto. ... ” Portanto, conforme verificamos no enunciado da Norma Brasileira, a definição para o tipo de estaca está correto, logo o recurso para anulação da questão NÃO procede. Concluindo, a resposta do gabarito deverá ser mantida.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO EM ED./ENGENHARIA ELÉTRICA

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115 QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_

Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

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116 OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As

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117 alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue: A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados.

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118 Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 04 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 04 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área

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119 continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 05(PROVA PRETA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma

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120 região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 05(PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_

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121 Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento;

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122 V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 16 (PROVA AZUL)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 18 (PROVA AZUL)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 32(PROVA AZUL)_ A lternativa de resposta alterada para letra “A” devido à inconsistência quando da divulgação do gabarito. QUESTÃO 34(PROVA AZUL)_ ANULADA, pois uma rejeição pode ocorrer por perda de carga como por exemplo “operação indevida de um disjuntor” ou carga em excesso. Assim, ocorre atuação dos relés de sobrefrequência e sobretensão – sobrecorrente e subtenção. Por este motivo temos duas alternativas corretas, B e E. QUESTÃO 39(PROVA AZUL)_ A lternativa de resposta alterada para letra “B” devido à inconsistência quando da divulgação do gabarito. QUESTÃO 56(PROVA AZUL)_ O entendimento do texto é condição fundamental para se responder às questões formuladas sobre ele. No terceiro parágrafo está claro, evidente e, portanto, sem ligação alguma com subjetivismo, que as crianças, ao representarem os papéis de padre e sacristão, demonstravam claramente que gostavam do doce que substituía a hóstia. “A hóstia era sempre um doce”, diz o texto. As crianças precipitavam a cerimônia, isto é, abreviavam-na para chegarem mais depressa ao momento de tomar a hóstia, que era um doce.O apreço das crianças pelo doce era tão grande que eles abstinham-se até da água para não tirar o gosto do “sacrifício” que na missa das crianças era o doce. Ainda mais, a cerimônia era abreviada justamente pela gulodice das crianças em comer o doce “tal era a gulodice do padre e do sacristão”. As crianças gostavam , pois, das

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123 guloseimas ou seja: “Não eram alheias a elas” como afirma a opção “D” que fica mantida como a correta.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO EM ESTATÍSTICA QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.

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124 IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão.

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125 Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue: A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural.

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126 Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 04 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 04 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas

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127 áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.”

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004.

Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo

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128 Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público

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129 I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 22(PROVA AZUL)_ Recurso improcedente. A afirmação de que a distribuição das médias amostrais irá se aproximar da Distribuição Normal, independe do número de elementos em cada amostra, pois a consideração é sobre a média das amostras e não a média de uma amostra em particular. SPIEGEL, MR; SCHILLER, J; SRINIVASAN, RA. Probabilidade e Estatística. Coleção Schaum. Bookman, 2004. QUESTÃO 25(PROVA AZUL)_ Recurso improcedente. O enunciado da questão solicita a seleção do teste mais apropriado à comparação, então em razão da diferença entre os tamanhos amostrais, o teste mais indicado é o F, pois avalia-se a diferença pela variância, o que o teste T-Stund não faria, o tomaria pelo desvio-padrão. Costa NEto, PLO. Estatística. São Paulo: Edgard QUESTÃO 29(PROVA AZUL)_ Recurso improcedente. A resposta C reduz a Regressão Linear Múltipla (RLM) à duas variáveis independentes, o que é tão somente um caso particular de RLM, cuja representação geral se encontra na opção A, ou seja tem-se aqui a essência da questão. A denominação hiperplano é somente um recurso semântico para especificar um plano com mais de três dimensões. COSTA NETO, PLO. Estatística. São Paulo: Edgard Blücher, 2002.

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130 QUESTÃO 34(PROVA AZUL)_ Recurso improcedente. O questionamento é sobre a base da proposta, a qual é a Lei dos Grandes Números, que é o fundamento do Teorema Central do Limite, que por sua vez fundamenta a Tecnologia da Amostragem. Não foi questionado qual das opções estaria relacionada à proposta, mas o fundamento da mesma, portanto a resposta está correta. COCHRAN, WG. Sampling techniques. 2. ed., New York, John Wiley & Sons, Inc., 1963. SUKHATME et. al. Sampling theory of surveys, with applications. Ames, Iowa, Iowa State College Press. 1984. QUESTÃO 44 (PROVA AZUL)_ Recurso improcedente. O que invalida um modelo de RLM é a presença da heterocedasticidade, pois as variâncias estimadas não serão corretas, conseqüentemente, as inferências sobre estes parâmetros não podem expressar a realidade. Em função do exposto, o erro se encontra na resposta C. TOLEDO, GL; MARTINS, GA; FONSECA, JS. Estatística aplicada. Rio de Janeiro: Atlas GUJARATI, D. Econometria Básica. Rio de Janeiro: Campus. QUESTÃO 48 (PROVA AZUL)_ Recurso improcedente. O texto possibilitou, a interpretação de aleatoriedade soma-se a isto a explícita menção à dicotomia sexual, o que era suficiente à identificação da Amostragem Estratificada, uma vez que os grupos guardariam distinções externas e uniformidades internas. COCHRAN, WG. Sampling techniques. 2. ed., New York, John Wiley & Sons, Inc., 1963.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO EM PLANEJAMENTO EM ADMINISTRAÇÃO

QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”.

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131 Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”.

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132 Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue: A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso

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133 (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 02 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 04 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No

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134 entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 04 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

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135 Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004.

Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vi nagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 05 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou

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136 ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 05 (PROVA PRETA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 06 (PROVA AZUL)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em

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137 relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 07 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado.

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138 Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos)

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139 VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização.

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140 § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 16 (PROVA AZUL)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 21 (PROVA AZUL)_ Segundo BARCHET (pág 110), A alienação de bens imóveis das empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) tem como requisitos, de acordo com o art. 17, caput e inciso I da Lei de Licitações Lei 8666/93: 1º. Existência de Interesse Público Devidamente Justificado 2º. Avaliação prévia 3º. Licitação sob a modalidade de concorrência Quanto aos bens imóveis adquiridos em decorrência de procedimentos judiciais ou dação em pagamento, a Lei 8666/93, em seu art. 129, admite a sua alienação com a utilização do leilão. ANALISANDO A QUESTÃO A alienação de bens imóveis das empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) tem como requisitos:

a) existência de interesse público devidamente justificado e licitação sob a modalidade de concorrência. CORRETO

b) Avaliação prévia e licitação sob a modalidade leilão INCORRETO c) Autorização legislativa, avaliação prévia e licitação sob a modalidade concorrência

INCORRETO d) Autorização legislativa e licitação sob a modalidade leilão INCORRETO e) Licitação sob qualquer modalidade. INCORRETO

O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: Licitação (objetivo básico e modalidade de licitação). Fundamentação Teórica: BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo pág.110 QUESTÃO 22 (PROVA PRETA)_ Suponha que o ponto de equilíbrio da LKJ é a receita de R$ 5.000.000,00. Os Custos fixos são de R$ 500.000,00. O preço de venda se os custos variáveis são de R$ 18,00 a unidade será de:

a) R$ 20,00 b) R$ 30,00 c) R$ 25,00 d) R$ 80,00 e) R$ 40,00

Resolução: Considerando que a receita – custo variável = Margem de Contribuição e que a Margem de Contribuição – Custo Fixo = Lucro / Prejuízo operacional temos: Receita - Custo Variável = Margem de Contribuição – Custo Fixo = Lucro / Prejuízo 5.000.000?= ? 500.000,00= ZERO NO PONTO DE EQUILÍBRIO No ponto de Equilíbrio o lucro é zero. Portanto:

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141 A margem de Contribuição será igual ao custo fixo, pois, Margem de Contribuição – Custo Fixo = Lucro / Prejuízo Portanto, temos: Preço 20Quantidade 250 000,00 Custo Variável unitário 18 Receita 5 000 000,00 Custo Variável (4 500 000,00) Margem de Contribuição 500 000,00 Custo Fixo (500 000,00) Lucro Operacional - Para sabermos a quantidade pega-se o custo variável Total (4.500.000) divide-se pelo Custo Variável Unitário (18,00) totalizando 250.000,00 unidades. Considerando que Receita = Preço x Quantidade temos: 5.000.000 = Preço x 250.000,00 Portanto: Preço = 20,00 Questão referente ao item do conteúdo programático: Relações custo versus volume versus lucro Fundamentação Teórica: HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de Custos. Pág. 78 QUESTÃO 24 (PROVA AZUL)_ Segundo FILHO, pág 81, as despesas orçamentárias devem ser classificadas em conformidade com os anexos da Lei Federal 4320/64 que, após várias atualizações. Estão consolidadas nos critérios a seguir: Institucional, Funcional, Programática, Natureza da Despesa ... A classificação Funcional no detalhamento da despesa orçamentária, a primeira preocupação deve ser a sua distribuição por Instituições ou Departamentos, que pode ser em dois ou três níveis, dependendo da conveniência. ANALISANDO A QUESTÃO: A classificação orçamentária que serve como agregador dos gastos públicos por área governamental, nas três esferas e que trata-se de uma classificação independente dos programas é denominada:

a) natureza da despesa INCORRETO b) Programática INCORRETO c) Institucional INCORRETO d) Elemento de despesa INCORRETO e) Funcional CORRETO

O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: Classificação (despesa orçamentária e despesa extra-orçamentária), Fundamentação Teórica: FILHO, João Eudes. Contabilidade Pública. Pág. 109 QUESTÃO 28(PROVA VERMELHA)_ A referida questão encontra resposta no art. 22, VIII da CF/88, verbis: “Compete privativamente à União legislar sobre: VIII - comércio exterior e interestadual”. O estudo e a análise dos dispositivos da Carta Magna devem ser feitos de forma sistêmica ou sistemática, e não estanque, isolada. Numa análise ainda que perfunctória do dispositivo supra, verifica-se que o mesmo somente fora explorado no certame porque consta do conteúdo programático do Edital. O art. 22 encontra-se no Capítulo II do Título “Da organização do Estado”, tema expressamente previsto no Edital, conforme se vê do excerto abaixo: “CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Cargo: TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO

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142 15. Direito Constitucional: Dos princípios fundamentais; Dos direitos e garantias fundamentais; DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO; Da organização político-administrativa; Da organização dos poderes; Do Poder Legislativo; Do Congresso Nacional; Das atribuições do Congresso Nacional; Do processo legislativo; Da fiscalização contábil, financeira e orçamentária; Do Poder Executivo; Do Presidente e do Vice-Presidente da República; Das atribuições do Presidente da República; Da responsabilidade do Presidente da República; Dos Ministros de Estado; Do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional; Do Poder Judiciário: Disposições gerais; Do Supremo Tribunal Federal; Do Superior Tribunal de Justiça; Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes do Trabalho; Das funções essenciais à Justiça; Do Ministério Público; Da Advocacia Geral da União; Da Advocacia e da Defensoria Pública; Da defesa do estado e das instituições democráticas; Da tributação e do orçamento; Do sistema tributário nacional; Dos princípios gerais; Das limitações do poder de tributar; Dos impostos da União; Dos impostos dos Estados e do Distrito Federal; Dos impostos dos Municípios; Das finanças públicas: Normas gerais; Dos orçamentos; Da ordem econômica e financeira; Dos princípios gerais da atividade econômica; Exploração de atividade econômica pelo Estado; Lei de Responsabilidade Fiscal ” (GRIFO NOSSO). Ante o exposto, conhece-se do recurso sem, contudo, dar-lhe provimento.

QUESTÃO 32 (PROVA PRETA)_ O recurso é improcedente, uma vez que a questão faz parte do conteúdo programático, mais especificamente, no tópico de análise microeconômica. Destaca-se ainda que além de ser um ponto essencial ao referido tópico, foi descrito no item, “os mecanismos de formação de preços” sendo uma discussão que envolve, necessariamente, a estrutura de mercado.

QUESTÃO 41(PROVA VERMELHA)_ Segundo BARCHET (pág 110), a alienação de bens imóveis das empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) tem como requisitos, de acordo com o art. 17, caput e inciso I da Lei de Licitações Lei 8666/93: 1º. Existência de Interesse Público Devidamente Justificado 2º. Avaliação prévia 3º. Licitação sob a modalidade de concorrência Quanto aos bens imóveis adquiridos em decorrência de procedimentos judiciais ou dação em pagamento, a Lei 8666/93, em seu art. 129, admite a sua alienação com a utilização do leilão. ANALISANDO A QUESTÃO A alienação de bens imóveis das empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) tem como requisitos:

a) existência de interesse público devidamente justificado e licitação sob a modalidade de concorrência. CORRETO

b) Avaliação prévia e licitação sob a modalidade leilão INCORRETO c) Autorização legislativa, avaliação prévia e licitação sob a modalidade concorrência

INCORRETO d) Autorização legislativa e licitação sob a modalidade leilão INCORRETO e) Licitação sob qualquer modalidade. INCORRETO

O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: Licitação (objetivo básico e modalidade de licitação). Fundamentação Teórica: BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo pág.110 QUESTÃO 41(PROVA AZUL)_ A referida questão encontra resposta no art. 22, VIII da CF/88, verbis: “Compete privativamente à União legislar sobre: VIII - comércio exterior e interestadual”. O estudo e a análise dos dispositivos da Carta Magna devem ser feitos de forma sistêmica ou sistemática, e não estanque, isolada. Numa análise ainda que perfunctória do dispositivo supra, verifica-se que o mesmo somente fora explorado no certame porque consta do conteúdo

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143 programático do Edital. O art. 22 encontra-se no Capítulo II do Título “Da organização do Estado”, tema expressamente previsto no Edital, conforme se vê do excerto abaixo: “CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Cargo: TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 15. Direito Constitucional: Dos princípios fundamentais; Dos direitos e garantias fundamentais; DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO; Da organização político-administrativa; Da organização dos poderes; Do Poder Legislativo; Do Congresso Nacional; Das atribuições do Congresso Nacional; Do processo legislativo; Da fiscalização contábil, financeira e orçamentária; Do Poder Executivo; Do Presidente e do Vice-Presidente da República; Das atribuições do Presidente da República; Da responsabilidade do Presidente da República; Dos Ministros de Estado; Do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional; Do Poder Judiciário: Disposições gerais; Do Supremo Tribunal Federal; Do Superior Tribunal de Justiça; Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes do Trabalho; Das funções essenciais à Justiça; Do Ministério Público; Da Advocacia Geral da União; Da Advocacia e da Defensoria Pública; Da defesa do estado e das instituições democráticas; Da tributação e do orçamento; Do sistema tributário nacional; Dos princípios gerais; Das limitações do poder de tributar; Dos impostos da União; Dos impostos dos Estados e do Distrito Federal; Dos impostos dos Municípios; Das finanças públicas: Normas gerais; Dos orçamentos; Da ordem econômica e financeira; Dos princípios gerais da atividade econômica; Exploração de atividade econômica pelo Estado; Lei de Responsabilidade Fiscal ” (GRIFO NOSSO). Ante o exposto, conhece-se do recurso sem, contudo, dar-lhe provimento. QUESTÃO 42 (PROVA VERMELHA)_ Segundo FILHO, pág 81, as despesas orçamentárias devem ser classificadas em conformidade com os anexos da Lei Federal 4320/64 que, após várias atualizações. Estão consolidadas nos critérios a seguir: Institucional, Funcional, Programática, Natureza da Despesa ... A classificação Funcional no detalhamento da despesa orçamentária, a primeira preocupação deve ser a sua distribuição por Instituições ou Departamentos, que pode ser em dois ou três níveis, dependendo da conveniência. ANALISANDO A QUESTÃO: A classificação orçamentária que serve como agregador dos gastos públicos por área governamental, nas três esferas e que trata-se de uma classificação independente dos programas é denominada:

a) natureza da despesa INCORRETO b) Programática INCORRETO c) Institucional INCORRETO d) Elemento de despesa INCORRETO e) Funcional CORRETO

O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: Classificação (despesa orçamentária e despesa extra-orçamentária), Fundamentação Teórica: FILHO, João Eudes. Contabilidade Pública. Pág. 109 QUESTÃO 44 (PROVA PRETA)_A referida questão encontra resposta no art. 22, VIII da CF/88, verbis: “Compete privativamente à União legislar sobre: VIII - comércio exterior e interestadual”. O estudo e a análise dos dispositivos da Carta Magna devem ser feitos de forma sistêmica ou sistemática, e não estanque, isolada. Numa análise ainda que perfunctória do dispositivo supra, verifica-se que o mesmo somente fora explorado no certame porque consta do conteúdo programático do Edital. O art. 22 encontra-se no Capítulo II do Título “Da organização do Estado”, tema expressamente previsto no Edital, conforme se vê do excerto abaixo: “CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Cargo: TÉCNICO EM PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO 15. Direito Constitucional: Dos princípios fundamentais; Dos direitos e garantias fundamentais; DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO; Da organização político-administrativa; Da organização dos poderes;

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144 Do Poder Legislativo; Do Congresso Nacional; Das atribuições do Congresso Nacional; Do processo legislativo; Da fiscalização contábil, financeira e orçamentária; Do Poder Executivo; Do Presidente e do Vice-Presidente da República; Das atribuições do Presidente da República; Da responsabilidade do Presidente da República; Dos Ministros de Estado; Do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional; Do Poder Judiciário: Disposições gerais; Do Supremo Tribunal Federal; Do Superior Tribunal de Justiça; Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; Dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes do Trabalho; Das funções essenciais à Justiça; Do Ministério Público; Da Advocacia Geral da União; Da Advocacia e da Defensoria Pública; Da defesa do estado e das instituições democráticas; Da tributação e do orçamento; Do sistema tributário nacional; Dos princípios gerais; Das limitações do poder de tributar; Dos impostos da União; Dos impostos dos Estados e do Distrito Federal; Dos impostos dos Municípios; Das finanças públicas: Normas gerais; Dos orçamentos; Da ordem econômica e financeira; Dos princípios gerais da atividade econômica; Exploração de atividade econômica pelo Estado; Lei de Responsabilidade Fiscal ” (GRIFO NOSSO). Ante o exposto, conhece-se do recurso sem, contudo, dar-lhe provimento. QUESTÃO 45 (PROVA VERMELHA)_ Segundo FILHO, (PÁG 119), a Lei 4.320/64, determina o seguinte: Art 35: Pertencem ao exercício financeiro: as receitas nele arrecadadas e as despesas nele, legalmente, empenhadas. Para os estudiosos do assunto, esse artigo da lei consagrou o regime contábil misto para a Contabilidade Aplicada à Administração Pública no Brasil, ou seja, de caixa, para as receitas (as receitas nele arrecadadas = ingresso dos recursos financeiros) e o de competência para as despesas. ANALSIANDO A QUESTÃO VERIFICA-SE: O registro contábil utilizado para a escrituração das despesas na Administração Pública é:

a) de Competência CORRETO b) de Caixa INCORRETO c) misto INCORRETO d) unidade de pagamento INCORRETO e) misto para pagamento INCORRETO

O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: regime de caixa e regime de competência/ Fundamentação Teórica: FILHO, João Eudes. Contabilidade Pública. Pág. 125 QUESTÃO 47 (PROVA VERMELHA)_ Segundo HORNGREN; DATAR.; FOSTER (pág 180) Orçamentos com contabilidade por responsabilidade proporcionam feedback à alta administração sobre o desempenho relativo ao orçamento de gerentes de centros de responsabilidade diferentes. A diferença entre os resultados reais e as quantias orçadas, se usadas corretamente, podem ser úteis para: Alerta adiantado – as variâncias alertam os gerentes antecipadamente para eventos não facilmente e nem imediatamente evidentes. Avaliação do desempenho – as variâncias informam os gerentes sobre como tem sido o desempenho da empresa na implementação de suas estratégias. Avaliar a estratégia – às vezes as variâncias sinalizam aos gerentes que as suas estratégias não são eficazes. Definir se os materiais e a mão-de-obra foram usados eficientemente. ANALISANDO A QUESTÃO VERIFICA-SE: A diferença entre os resultados reais e as quantias orçadas, se usadas corretamente, podem ser úteis para:

I. Alerta adiantado – as variâncias alertam os gerentes antecipadamente para eventos facilmente e imediatamente evidentes. INCORREOT

II. Avaliação do desempenho – as variâncias informam os gerentes sobre como tem sido o desempenho da empresa na implementação de suas estratégias. CORRETO

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145 III. Avaliar a estratégia – às vezes as variâncias sinalizam aos gerentes que as suas

estratégias não são eficazes. CORRETO IV. Definir se os materiais e a mão-de-obra foram usados eficientemente. CORRETO

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): a) I, II e IV

b) II , III e IV c) II e III d) I, II, III e IV e) II e IV

O RECURSO NÃO PROCEDE Questão referente ao item do conteúdo programático: Orçamento Fundamentação Teórica: HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de Custos. Pág. 180 QUESTÃO 49 (PROVA VERMELHA)_ Suponha que o ponto de equilíbrio da LKJ é a receita de R$ 5.000.000,00. Os Custos fixos são de R$ 500.000,00 O preço de venda se os custos variáveis são de R$ 18,00 a unidade será de:

a) R$ 20,00 b) R$ 30,00 c) R$ 25,00 d) R$ 80,00 e) R$ 40,00

Resolução: Considerando que a receita – custo variável = Margem de Contribuição e que a Margem de Contribuição – Custo Fixo = Lucro / Prejuízo operacional temos: Receita - Custo Varável = Margem de Contribuição – Custo Fisxo = Lucro / Prejuízo 5.000.000?= ? 500.000,00= ZERO NO PONTO DE EQUILÍBRIO No ponto de Equilíbrio o lucro é zero. Portanto: A margem de Contribuição será igual ao custo fixo pois, Margem de Contribuição – Custo Fixo = Lucro / Prejuízo Portanto, temos: Preço 20Quantidade 250 000,00 Custo Variável unitário 18 Receita 5 000 000,00 Custo Variável (4 500 000,00) Margem de Contribuição 500 000,00 Custo Fixo (500 000,00) Lucro Operacional - Para sabermos a quantidade pega-se o custo variável Total (4.500.000) divide-se pelo Custo Variável Unitário (18,00) totalizando 250.000,00 unidades. Considerando que Receita = Preço x Quantidade temos: 5.000.000 = Preço x 250.000,00 Portanto: Preço = 20,00 Questão referente ao item do conteúdo programático: Relações custo versus volume versus lucro Fundamentação Teórica: HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de Custos. Pág. 78 QUESTÃO 50 (PROVA VERMELHA)_ Preço : 100,00 Custo variável: 80,00 1ª. Opção: custo fixo 3.000,00 2ª. Opção: 1.000,00 Fixo 10% do total de receitas obtidas

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146 O mesmo lucro operacional ocorre no ponto de equilíbrio. Q = CF / (P-cv.q) Portanto temos os seguintes resultados:

1a. Opção 2a. Opção PREÇO 100,00 100,00 Custo Variável 80,00 90,00 Custo Fixo 3.000,00 1.000,00 Com os dados podemos calcular o ponto de equilíbrio e a receita que proporcionará o mesmo resultado.

1a Opção 2a. OpçãoPreço 100,00 100,00 Quantidade no Equilíbrio 150 100 Receita 15 000,00 10 000,00 Custo Variável (12 000,00) (9 000,00) Margem de Contribuição 3 000,00 1 000,00 Custo Fixo (3 000,00) (1 000,00) Lucro Operacional - - Portanto, analisando a questão verifica-se: A Empresa MG está promovendo uma liquidação de lençol por duas semanas no Shopping Palace, em um quiosque local. A Empresa MG planeja vender todos os lençóis por R$ 100,00 cada. A empresa comprou os lençóis de um distribuidor local por 80,00 cada, com o privilegio de retornar qualquer unidade não vendida com restituição total. O Shopping Palace ofereceu à Empresa MG dois pagamentos alternativos para o uso do espaço. Suponha que a Empresa MG não incorra em outros custos. Opção 1 – um pagamento fixo de R$ 3.000,00 para o período de liquidação Opção 2 – 10% do total de receitas obtidas durante o período de liquidação mais R$ 1.000,00 fixo. Em qual nível de receitas a Empresa MG obterá o mesmo lucro operacional sob qualquer uma das opções

a) R$ 15.000,00 e R$ 5.000,00 INCORRETO b) R$ 5.000,00 e R$ 12.000,00 INCORRETO c) R$ 25.000,00 e R$ 20.000,00 INCORRETO d) R$ 15.000,00 e R$ 15.000,00 INCORRETO e) R$ 15.000,00 e R$ 10.000,00 CORRETA

O RECURSO NÃO PROCEDE CONFORME RESOLUÇÃO APRESENTADA ACIMA. Questão referente ao item do conteúdo programático: Relações custo versus volume versus lucro Fundamentação Teórica: HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de Custos. Pág. 78 QUESTÃO 51(PROVA AZUL)_ Analisando-se as formas estruturais de cada uma das opções, percebe-se claramente que a letra “B” é a única que está em desacordo com as demais. Senão vejamos: Projetos eclesiásticos; substantivo seguido de um adjetivo História velha: substantivo seguido de adjetivo Prazos largos: substantivo seguido de adjetivo Livros devotos: substantivo seguido de adjetivo Ora a letra “B” “primeiras letras” ao contrário, no texto, “primeiras” está adjetivando o substantivo “letras”, a única, portanto, que não é paralela estruturalmente às demais. Fica, pois, mantida a opção do gabarito oficial. QUESTÃO 60 (PROVA VERMELHA)_ A alternativa “B” é mantida como a opção incorreta porque o que se refere ao “tempo” e não a “projetos”. Vale ressaltar, que todas as opções, inclusive a assinalada como incorreta têm de ser analisadas de acordo com o parágrafo em que se encontram no texto, que, aliás, vêm entre parênteses.

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147 Portanto, fica mantida a opção “B” do gabarito oficial. QUESTÃO 60 (PROVA AZUL)_ A única alternativa que apresenta um princípio ortográfico seguido de um exemplo que o confirma é a letra “D”. Fica mantida a opção do gabarito oficial.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO JURÍDICO QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos. ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_

Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise:

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148 I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden” tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto,

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149 portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue: A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil

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150 identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 02 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 03 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do

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151 município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 03 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar.

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152 Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 04 (PROVA PRETA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não

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153 só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 04 (PROVA AZUL)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004. Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149

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154 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 05 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os candidatos argumentaram que a carne teve mais importância na exportação nos quatro primeiros meses de 2008 do que a soja. No entanto, apresentaram como documento comprobatório na defesa da argumentação dados da Seplan – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás e da Sepin – Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação, relativos aos meses de janeiro e fevereiro/2008. Esses dados não podem representar o quadrimestre todo, como foi solicitado na questão, já que para representar este período, tais informações deveriam ter sido apuradas e divulgadas a partir do mês de maio. Verificando os sites apresentados pelos recorrentes, encontramos, inclusive, um balanço na Sepin que mostra que não só em maio deste ano, mas também em maio do ano passado, a soja liderou a exportação no Estado. Em maio deste ano, rendeu pouco mais de US$ 172 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 116 milhões; já em maio de 2007, a soja alcançou quase US$ 140 milhões, enquanto a carne ficou em aproximadamente US$ 92,5 milhões. Portanto, a liderança da soja no mercado de exportação de Goiás não é uma novidade. É importante deixar claro que foi pesquisado em diversos sites oficiais e não foi encontrado nenhum que apresentasse uma informação que de forma contundente contrariasse a questão ora guerreada. Em matéria divulgada no site de notícias do Estado de Goiás (Goiás Agora), em 9 de maio de 2008, pela Secretaria de Comércio Exterior, foi informado que a soja liderou com quase 50% do arrecadado com as exportações. O secretário Ovídio de Angelis, afirmou que a exportação no estado vem crescendo muito e só não foi maior, devido às restrições da União Européia à carne brasileira. Ou seja, esta restrição não começou ontem, nem no mês passado, portanto, a exportação de carne do Brasil já vem sofrendo baixas não só em Goiás, mas em vários estados, desde a constatação de casos de febre aftosa em bovinos no Mato Grosso do Sul seguido de outros estados e amplamente divulgados nos últimos anos. QUESTÃO 05 (PROVA PRETA)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste:

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155 “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 06 (PROVA AZUL)_ ANULADA. A questão foi baseada no site oficial da Prefeitura de Goiânia, onde está registrado, acerca do clima da cidade, a seguinte informação: “O clima mesotérmico é úmido. A temperatura média anual é de 21,9°C, devido à influência da altitude. As temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8°C a 21,0°C. A mínima absoluta mais baixa registrada foi de 1,2°C em julho, mês mais frio. A primavera é a estação mais quente, com média das máximas entre 29°C e 32°C. A precipitação pluviométrica é de 1487,2mm.” http://www.goiania.go.gov.br/ Foi questionado acerca da alternativa “E” onde se afirmava que “O clima mesotérmico de Goiânia é úmido e as temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, sendo a primavera a estação mais quente do ano no município”, que se encontra embasada nas informações do site oficial do município. Os recorrentes apresentaram algumas comprovações de que existem variáveis a cerca deste tema, baseando-se, principalmente, em referências da região Centro-Oeste, alegando ser uma região de clima Tropical e apresentando alguns sites que contém esta informação acerca do município de Goiânia. Em uma pesquisa, mais aprofundada sobre esta informação, foi encontrada a seguinte informação sobre o clima na região Centro-Oeste: “Tropical Brasil Central – Centro-Oeste — A região é bastante diversificada quanto à temperatura, em conseqüência do relevo, extensão longitudinal, continentalidade e circulação atmosférica. Já em relação a pluviosidade é mais homogênea. Nos extremos norte e sul da área, a temperatura média anual é de 22°C; nas chapadas situa-se entre 20° e 22°C. O inverno é brando, com ocorrência de temperaturas baixas em função da "friagem" (invasão de ar polar). A temperatura média do mês mais frio situa-se entre 15° e 24°C. A pluviosidade na região depende quase exclusivamente do sistema da circulação atmosférica. A média anual de chuvas varia entre 2000 e 3.000 mm ao norte de Mato Grosso e vai diminuindo para leste e sul, chegando a alcançar 1.500 mm a leste de Goiás e 1.250 mm no Pantanal Mato-Grossense. Apesar dessa diferença, a região tem bom índice de pluviosidade. A predominância de chuvas ocorre no verão, pois mais de 70% do total das chuvas caem entre novembro e março. O inverno é muito seco e as chuvas são raras. À medida que se caminha para o interior o período da estação seca cresce, chegando até quatro meses.” http://www.brazil.ru/pt/nature/climate No entanto, nesta mesma pesquisa, foi encontrado registros de clima tropical para Goiânia em sites de grande respeitabilidade, como da Universidade Federal de Goiás. Diante da inexistência de uma homogeneidade de conceitos comprobatórios a cerca desta informação, a questão está ANULADA pois não se tem informação correta, diante as diversidades de nomeações encontradas. QUESTÃO 07 (PROVA VERMELHA)_ Recursos improcedentes. Os recursos apresentados mencionam acerca de duas afirmações: a afirmação contida na alternativa “D” que diz que Goiás “é o maior produtor de Café de cerrado do Brasil”, fato incorreto, já que a produção de café em Goiás não

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156 se encontra entre as mais expressivas do Brasil, muito menos no que diz respeito ao café de cerrado, que tem como maior produtor o estado de Minas Gerais. Para se ter idéia, no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, uma tabela sobre área plantada no estado de Goiás vem mostrando que de 1990 a 2004 foram significativamente reduzidas às plantações de café no Estado, enquanto em 1990, existiam 17.728ha. Em 2004, esta área foi reduzida para 8.196ha. Segundo a Embrapa, os maiores produtores de café do Brasil são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Rondônia e Bahia: http://www22.sede.embrapa.br/cafe/consorcio/home_4.htm No caso de levarmos em consideração a marca “Café de Cerrado”, a questão continua incorreta, pois nos remetemos a Minas Gerais, onde se encontra esta importante e produtora região, como deixa claro o texto abaixo:

“A região do Cerrado Mineiro é a primeira região produtora de café demarcada no Brasil, segundo decreto do Governo de Minas Gerais, desde abril de 1995. São 55 municípios abrangidos, localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas, apresentando padrão edafoclimático uniforme e possibilitando a produção de cafés de alta qualidade. Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. As variedades utilizadas obrigatoriamente são da espécie Arábica. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, condição única para a produção de excelentes cafés, constitui-se no grande trunfo do Cerrado. Essa condição climática ocorre pelo fato da região do Cerrado estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas. Em 2005, foi reconhecida como a primeira Denominação Geográfica de Café do Brasil e do Mundo, segundo normas da OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, ganhando, assim, "status" semelhante às mais famosas regiões produtoras de vinho. CERRADO MINEIRO: a primeira Denominação Geográfica para Café.” http://www.cafedocerrado.org/?p=s3

Portanto, esta afirmativa se encontra incorreta seja em qual interpretação apresentar. Já na afirmativa expressa na alternativa “E”, que alguns candidatos insistem estar incorreta devido, principalmente, a inclusão das empresas de madeiras, também cumpre informar que esta foi baseada em informações contidas no site da Sepin – Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação, onde encontramos, uma importante tabela que deixa registrada e fundamentada a questão, já que consta nesta a indústria de madeira entre as mais importantes do Estado. Tabela 25 – ESTADO DE GOIÁS: Número e gênero de estabelecimentos industriais, cadastrados na Secretaria da Fazenda – posição: jun/91, jun/93 , mai/96, mai/99, jan/01, jan/02, jan/03 - 2004.

Especificação 1991 1993 1996 1999 2001 2002 2003 2004 Total 9.261 10.711 11.954 9.420 10.405 11.845 11.809 12.668 Prod. Minerais não metálicos 887 1.007 1.013 803 819 916 937 943 Metalúrgica 663 726 700 556 649 695 714 764 Mecânica 97 110 136 119 125 138 155 182 Mat. Elétricos e de Comunicação 61 83 106 81 98 108 122 135 Mat. de Transporte e Transporte 83 91 97 86 89 141 143 141 Madeira 497 505 458 266 296 307 296 305 Mobiliário 706 759 774 600 627 651 625 607 Papel e Papelão 33 33 39 40 49 59 63 74 Couros Peles e Produtos Similares 110 123 149 98 111 118 114 149 Química 122 145 157 148 151 324 299 290 Prod. Farmacêuticos e Veterinários 44 51 55 48 57 76 83 102 Perfumaria Sabões e Velas 47 56 84 60 77 87 87 101 Prod. de Material Plástico 62 78 90 88 109 138 147 194 Têxtil 31 40 48 67 83 86 100 97 Vestuário, Calçados e Artef. Tecidos 2.619 2.786 3.358 2.343 2.828 3.289 3.304 3.741

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157 Prod. Alimentares 2.484 3.074 3.470 2.989 3.116 3.209 3.068 3.152 Bebidas, álcool etílico e vinagre 62 70 85 63 84 153 142 129 Fumo 6 8 8 6 18 15 14 9 Editorial e Gráfica 203 271 296 292 301 469 511 573 Borracha 29 35 33 30 34 55 53 62 Diversos 415 660 798 637 684 811 832 918 Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás Elaboração: SEPLAN-GO / SEPIN / Gerência de Estatística Socioeconômica – 2005

Portanto, diante das fundamentações apresentadas, cabe a Banca manter a questão e seu gabarito já que esta encontra-se pertinente e adequada às informações expressas sobre o estado de Goiás. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL); QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução;

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158 IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público: I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 15 (PROVA PRETA)_ Recurso não procede. As alternativas apresentadas não mencionam o submenu Personalizar, todas faziam referência ao submenu Opções o que nos leva a crer que o candidato não teria como ser induzido ao erro.

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159 QUESTÃO 16 (PROVA AZUL)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 16 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 17 (PROVA PRETA)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 18 (PROVA PRETA)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 18 (PROVA AZUL)_ ANULADA, visto que as alternativas A e B respondem ao enunciado. QUESTÃO 19 (PROVA PRETA)_ Recurso não procede. Não foi colocado no enunciado que seria levado em conta o padrão de configuração do IE, porque o padrão estava descrito na resposta, e fazia parte da questão saber qual é o padrão de configuração. QUESTÃO 19 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 19 (PROVA AZUL)_ Recurso não procede. Não foi colocado no enunciado que seria levado em conta o padrão de configuração do IE, porque o padrão estava descrito na resposta, e fazia parte da questão saber qual é o padrão de configuração. QUESTÃO 21 (PROVA VERMELHA)_ Menciona o recorrente que a assertiva a ser assinalada seria a letra “E”, fundamentando de forma sintética seu argumento no disposto no art. 30 do CPP. Entretanto, olvidou o candidato em verificar que referida assertiva referia-se à ação privada PERSONALÍSSIMA. Vejamos o arrazoado que justifica a improcedência do recurso: A ação penal privada subdivide-se em: 1) Ação privada exclusiva (art. 100, § 2°): A iniciativa incumbe à vítima ou a seu representante legal. Em caso de morte do ofendido antes do início da ação, esta poderá ser intentada, dentro do prazo decadencial de 6 meses, por seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (art. 1000, § 4°). Se a morte, entretanto, ocorre após o início da ação penal, poderá também haver tal substituição, mas dentro do prazo de 60 dias, fixado no art. 60, II, CPP. Nos crimes de ação penal privada exclusiva, o legislador, na própria Parte Especial do Código Penal, expressamente declara que na apuração de tal infração “somente se procede mediante queixa”. Ex.: O art. 138 do CP descreve o crime de calúnia e o art. 145 estabelece textualmente que tal infração somente se procede mediante queixa. 2) Ação privada personalíssima: A ação só pode ser intentada pela própria vítima e, em caso de falecimento antes ou depois do início da ação, não poderá haver substituição para a sua propositura ou prosseguimento (nos dizeres de BITENCOURT, nestes casos há a “impossibilidade sucessória da legitimação ativa”). É o caso do crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento, em que o art. 236, PU, estabelece que “a ação penal depende de queixa do contraente enganado”1. Dessa forma, a morte do ofendido implica extinção da punibilidade dos autores do crime, uma vez que não será possível a substituição no pólo ativo; 3) Ação privada subsidiária da pública: O MP, ao receber o inquérito policial que apura crime de ação penal pública (condicionada ou incondicionada), possui prazo de 5 dias para oferecer a denúncia, se o indiciado está preso, e de 15 dias, se está solto. Findo esse prazo sem que o MP tenha se manifestado, surge para o ofendido o direito oferecer a queixa subsidiária em substituição à denúncia

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160 não apresentada pelo titular da ação. O direito de apresentar essa queixa subsidiária inicia-se com o término do prazo do MP e estende-se pelos 6 meses seguintes. Como o prazo do MP é impróprio, poderá também o parquet oferecer a denúncia dentro desses 6 meses (caso a vítima não tenha ainda apresentado a queixa substitutiva) e até mesmo após tal período, desde que não tenha se operado a prescrição. Essa espécie de ação somente é possível quando o MP não se manifesta dentro do prazo. Assim, se o Promotor de Justiça promove o arquivamento do feito ou determina o retorno do inquérito à delegacia para novas diligências, não cabe a queixa subsidiária. Obs.: A ação privada subsidiária da pública, prevista no art. 100, § 3° do CP e no art. 29 do CPP, não fere o art. 129, I, da CRFB, que atribui ao MP o direito exclusivo de iniciar a ação pública, uma vez que a própria Carta Magna, em seu art. 5°, LIX, dispõe que será “admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal”. RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 21 (PROVA PRETA)_ A norma que dispõe que “é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva” (art. 5° VII, CF/88) é mesmo norma constitucional de eficácia contida, nada havendo a reparar na questão sub examen. Trata-se de norma que tem aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não integral. Pedro Lenza, em referencial obra (Direito Constitucional Didático, 11 ed., 2008, p. 137), ao lecionar sobre tais normas, diz: “O que a lei infraconstitucional fez foi reduzir a amplitude do direito constitucionalmente assegurado. Outros exemplos, ainda, podem ser constatados nos incisos VII, VIII, XV, XXIV, XXV, XXVII, XXXIII do art. 5°” (grifo nosso). RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 22 (PROVA VERMELHA)_ Referida questão baseou-se nas regras de competência insculpidas no Código de Processo Penal, bem como na Constituição Federal. Não era objetivo da questão (e do próprio edital) exigir o conhecimento das súmulas do Supremo Tribunal Federal, até mesmo porque o verbete mencionado nos recursos aviados não tem caráter vinculante. Conhece-se dos recursos, sem contudo dar-lhes provimento. QUESTÃO 22 (PROVA AZUL)_ O gabarito não pode ser a letra “A”, porque o resultado qualificador (morte) não entrou na esfera de previsibilidade do agente João. Trata-se a hemofilia de causa preexistente à conduta do agente, mas que só deu azo ao resultado morte porque foi com a conduta conjugada. Por isso é relativamente independente. Na questão em tela, João responderá pelo artigo 129, caput (lesão simples — letra “B” do gabarito). Como desconhecia a condição de hemofílico da vítima e agiu com a intenção única de provocar-lhe lesão, o resultado morte (art. 129, § 3º) não pode lhe ser atribuído ? sob pena de lhe estar sendo imputado o resultado objetivamente / sem culpa (v. redação do art. 19, CP), o que é vedado por nosso ordenamento jurídico penal. Nenhuma reparação deve ser feita na questão ora guerreada, de forma que forçoso é reconhecer que ambos os recursos devem ser IMPROVIDOS. QUESTÃO 22 (PROVA PRETA)_ Não há qualquer impropriedade na expressão Ação Direta de Constitucionalidade (ADC) como sinonímia da expressão Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADECON). O próprio Pretório Excelso se vale em sua jurisprudência da expressão Ação Direta de Constitucionalidade, conforme se depreende do exemplo que se segue: “EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1. CONTRIBUIÇÕES DE QUE TRATAM OS ARTS. 1º E 2º DA LEI COMPLEMENTAR Nº 110/2001. CONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NO JULGAMENTO DA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE 2.556. 2. APLICABILIDADE DA DECISÃO PLENÁRIA PELOS MINISTROS E TURMAS QUE INTEGRAM ESTA SUPREMA CORTE. 1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade das

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161 contribuições de que tratam os arts. 1º e 2º da Lei Complementar nº 110/2001 (ADI 2.556-MC, da relatoria do ministro Moreira Alves). 2. É legítima a aplicação do entendimento do Plenário aos processos submetidos à apreciação das Turmas ou dos Ministros desta excelsa Corte, possibilitando o imediato julgamento de causas que versem sobre a mesma controvérsia. Precedentes. Agravo regimental desprovido” (grifo nosso). RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 23 (PROVA PRETA)_ A questão é muito clara ao mencionar em seu enunciado e expressão “Não está em consonância com os ditames do art. 5° da Constituição Federal”. Trata-se mesmo da letra “a” o gabarito, não havendo qualquer reparo a se fazer. Os recursos aviados encontram resposta clara e objetiva na literalidade do próprio dispositivo constitucional insculpido no art. 5°, XVI, verbis: “XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, SENDO APENAS EXIGIDO PRÉVIO AVISO À AUTORIDADE COMPETENTE” (grifo nosso). RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 23 (PROVA VERMELHA)_ Data máxima vênia, a letra “b” (que diz que “os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça, INDULTO, fiança e liberdade provisória” ) não pode ser a correta. Referida assertiva não se coaduna com o dispositivo constitucional abaixo delineado: “Art. 5°, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”. RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 25(PROVA AZUL)_ Conforme se infere da questão equivocadamente guerreada, seu enunciado apresenta a palavra “EXCETO”, de forma que não compete ao MP conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais. Tal competência é da Justiça da Infância e da Juventude, conforme se infere do art. 148, PU, alínea “e” (dispositivo a que remetemos o recorrente). RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 26 (PROVA AZUL)_ Data maxima venia, a letra “b” (que diz que “os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça, INDULTO, fiança e liberdade provisória”) não pode ser a correta. Referida assertiva não se coaduna com o dispositivo constitucional abaixo delineado: “Art. 5°, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”. Referido conceito de reabilitação foi consignado na questão com base na definição da melhor doutrina. Colacionamos, na oportunidade, o que menciona o mestre NEY MOURA TELES (professor licenciado de Direito Penal do UniCEUB e da Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás, advogado em Goiânia/GO) sobre o conceito de reabilitação: “É o instituto por meio do qual o condenado tem assegurado o sigilo sobre os registros acerca do processo e de sua condenação, podendo, ainda, por meio dele, readquirir o exercício de direitos interditados pela sentença condenatória, com a suspensão condicional de alguns efeitos penais da condenação” (Direito Penal, v. I, p. 462, 2. ed., 2006). RECURSO IMPROVIDO.

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162 QUESTÃO 26 (PROVA PRETA)_ Referida questão encontra sua resposta na literalidade do disposto no art. 35 da Carta Magna, verbis: “Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial”. RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 27 (PROVA AZUL)_ Referida questão baseou-se nas regras de competência insculpidas no Código de Processo Penal, bem como na Constituição Federal. Não era objetivo da questão (e do próprio edital) exigir o conhecimento das súmulas do Supremo Tribunal Federal, até mesmo porque o verbete mencionado nos recursos aviados não tem caráter vinculante. Conhece-se dos recursos, sem contudo dar-lhes provimento. QUESTÃO 27 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se a hemofilia de causa preexistente à conduta do agente, mas que só deu azo ao resultado morte porque foi com a conduta conjugada. Por isso é relativamente independente. Na questão dada, João responderá pelo artigo 129, caput (lesão simples — letra “B” do gabarito). Como desconhecia a condição de hemofílico da vítima e agiu com a intenção única de provocar-lhe lesão, o resultado morte (art. 129, § 3º) não pode lhe ser atribuído ? sob pena de lhe estar sendo imputado o resultado objetivamente / sem culpa (v. redação do art. 19, CP), o que é vedado por nosso ordenamento jurídico penal. Nenhuma reparação deve ser feita na questão ora guerreada, de forma que forçoso é reconhecer que ambos os recursos devem ser IMPROVIDOS. QUESTÃO 28 (PROVA PRETA)_ Trata-se de questão objetiva, que encontra resposta clara na literalidade no art. 2° da LEI No 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004 (que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública), verbis: “Art. 2o: Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa”. RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 28 (PROVA AZUL)_ Por lapso, o recorrente diz que o gabarito oficial indicou a letra “C” como a ser assinalada, ledo engano. O gabarito oficial é, de fato, a letra “D”, de forma que o recurso interposto perdeu seu objeto. RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 29 (PROVA AZUL)_ Referida questão não merece reparos. A letra “D” está consonante e coerente com o que dispõe o art. 89 da Lei 9099/95 (artigo este que não foi alterado com o advento da Lei 10.259/01), verbis: “Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena”. RECURSO IMPROVIDO.

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163 QUESTÃO 30 (PROVA PRETA)_ Por lapso, o recorrente diz que o gabarito oficial indicou a letra “D” como a ser assinalada. Ledo engano. O gabarito oficial é, de fato, a letra “C”, de forma que o recurso interposto perdeu seu objeto. RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 30 (PROVA VERMELHA)_ Não versa a questão sobre o instituto da culpa imprópria. Esta ocorre na hipótese das descriminantes putativas do artigo 20, § 1°, 2ª parte (caso de erro evitável). Na culpa imprópria o agente atua com dolo mas, por questões de política criminal, é punido com as penas cominadas ao crime culposo. Assim, claro está que a menção aos crimes culposos na letra “C” refere-se à culpa em sentido estrito. RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 31 (PROVA AZUL)_ Não tem sentido o recurso proposto, uma vez que não ataca o gabarito oficial. A afirmativa “C”, como o próprio recorrente reconhece, não responde a questão proposta (que encontra na letra “D” o gabarito oficial). RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 32 (PROVA PRETA)_ O recurso não permite a identificação da prova. De qualquer sorte, as questões de n° 32 das provas preta, azul e vermelha foram detidamente analisadas, não se verificando qualquer vício no gabarito oficial. RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 34 (PROVA AZUL)_ Referida questão encontra resposta na literalidade do art. 42, caput, da Lei 8069/90. A letra “C” não está correta por que há a possibilidade da adoção ser feita, excepcionalmente, por pessoa com menos de 21 anos. É o que se dessume do art. 42, § 2° do ECA: “A adoção por ambos os cônjuges ou concubinos poderá ser formalizada, desde que um deles tenha completado vinte e um anos de idade, comprovada a estabilidade da família”. RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 35 (PROVA VERMELHA)_ ANULADA. QUESTÃO 35 (PROVA PRETA)_ A questão foi clara em mencionar que o candidato assinalasse a alternativa INCORRETA. Assim, remetemos os recorrentes à literalidade do art. 5° da Lei 7347/85, onde se verificará que os territórios não estão entre os legitimados. Senão vejamos: “Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). V - a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007)”. RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 36 (PROVA VERMELHA)_ Referida questão encontra resposta na literalidade do art. 42, caput, da Lei 8069/90. A letra “C” não está correta por que há a possibilidade da adoção ser feita, excepcionalmente, por pessoa com menos de 21 anos. É o que se dessume do art. 42, § 2° do ECA: “A adoção por ambos os cônjuges ou concubinos poderá ser formalizada, desde que um deles tenha completado vinte e um anos de idade, comprovada a estabilidade da família”.

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164 RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 37 (PROVA VERMELHA)_ A questão foi clara em mencionar que o candidato assinalasse a alternativa INCORRETA. Assim, remetemos os recorrentes à literalidade do art. 5° da Lei 7347/85, onde se verificará que os territórios não estão entre os legitimados. Senão vejamos: “Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). V - a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007)”. RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 37 (PROVA AZUL)_ Não há reparos a se fazer na questão, ora guerreada. Conforme se infere do art. 463 do CPC, publicada a sentença, o juiz poderá alterá-la por meio de embargos de declaração e para lhe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou lhe retificar erros de cálculo. RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 38 (PROVA PRETA)_ ANULADA QUESTÃO 40 (PROVA AZUL)_ A questão foi clara em mencionar que o candidato assinalasse a alternativa INCORRETA. Assim, remetemos os recorrentes à literalidade do art. 5° da Lei 7347/85, verbis: “Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). V - a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007)”. QUESTÃO 41 (PROVA PRETA)_ Trata-se a hemofilia de causa preexistente à conduta do agente, mas que só deu azo ao resultado morte porque foi com a conduta conjugada. Por isso é relativamente independente. Na questão dada, João responderá pelo artigo 129, caput (lesão simples — letra “B” do gabarito). Como desconhecia a condição de hemofílico da vítima e agiu com a intenção única de provocar-lhe lesão, o resultado morte (art. 129, § 3º) não pode lhe ser atribuído ? sob pena de lhe estar sendo

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165 imputado o resultado objetivamente / sem culpa (v. redação do art. 19, CP), o que é vedado por nosso ordenamento jurídico penal. Nenhuma reparação deve ser feita na questão ora guerreada, de forma que forçoso é reconhecer que ambos os recursos devem ser IMPROVIDOS. QUESTÃO 41 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva, que encontra resposta clara na literalidade no art. 2° da LEI No 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004 (que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública), verbis: “Art. 2o: Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa”. RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 42 (PROVA AZUL)_ A norma que dispõe que “é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva” (art. 5° VII, CF/88) é mesmo norma constitucional de eficácia contida, nada havendo a reparar na questão sub examen. Trata-se de norma que tem aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não integral. Pedro Lenza, em referencial obra (Direito Constitucional Didático, 11 ed., 2008, p. 137), ao lecionar sobre tais normas, diz: “O que a lei infraconstitucional fez foi reduzir a amplitude do direito constitucionalmente assegurado. Outros exemplos, ainda, podem ser constatados nos incisos VII, VIII, XV, XXIV, XXV, XXVII, XXXIII do art. 5°” (grifo nosso). RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 42 (PROVA PRETA)_ Não versa a questão sobre o instituto da culpa imprópria. Esta ocorre na hipótese das descriminantes putativas do artigo 20, § 1°, 2ª parte (caso de erro evitável). Na culpa imprópria o agente atua com dolo mas, por questões de política criminal, é punido com as penas cominadas ao crime culposo. Assim, claro está que a menção aos crimes culposos na letra “C” refere-se à culpa em sentido estrito. RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 43 (PROVA PRETA)_ Referido conceito de reabilitação foi consignado na questão com base na definição da melhor doutrina. Colacionamos, na oportunidade, o que menciona o mestre NEY MOURA TELES (professor licenciado de Direito Penal do UniCEUB e da Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás, advogado em Goiânia/GO) sobre o conceito de reabilitação: “É o instituto por meio do qual o condenado tem assegurado o sigilo sobre os registros acerca do processo e de sua condenação, podendo, ainda, por meio dele, readquirir o exercício de direitos interditados pela sentença condenatória, com a suspensão condicional de alguns efeitos penais da condenação” (Direito Penal, v. I, p. 462, 2. ed., 2006). RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 43 (PROVA AZUL)_ “Segundo entendimento majoritário da doutrina e jurisprudência, os atos expressivos de Poder Público, dentre eles a polícia administrativa, não podem ser delegados aos particulares, sob pena de colocar em risco o equilíbrio social” (Fernanda Marinela, in “Direito Administrativo”, p. 169, 2007). Nesse diapasão manifestou-se o STF na ADIn n° 1717, quando da análise da constitucionalidade do art. 58 da Lei Federal n° 9649/98. Ressalta-se, ainda, que o exercício do poder de polícia exige mesmo proporcionalidade entre a medida adotada e a finalidade legal a ser atingida, bem como a proporcionalidade entre a intensidade e a extensão da medida aplicada, além da exigência de ser a medida eficiente. É o que se infere, inclusive, da jurisprudência do STJ a seguir colacionada: “ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. VÍCIOS FORMAIS. INEXISTÊNCIA. APLICAÇÃO DA PENA DE DEMISSÃO. DESPROPORCIONALIDADE CONFIGURADA NA ESPÉCIE. SEGURANÇA CONCEDIDA EM PARTE.

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166 1. A autoridade administrativa, ciente da prática de qualquer irregularidade no serviço público, deve, de ofício, por mandamento legal, determinar a apuração dos fatos imediatamente, assegurada ao acusado a ampla defesa. Inteligência do art. 143 da Lei n. 8.112/90. 2. A sindicância, que visa apurar a ocorrência de infrações administrativas, sem estar dirigida, desde logo, à aplicação de sanção, prescinde da observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, por se tratar de procedimento inquisitorial, prévio à acusação e anterior ao processo administrativo disciplinar, ainda sem a presença obrigatória de acusados. 3. A jurisprudência desta Corte Superior é pacífica em afirmar que o excesso de prazo para conclusão do processo administrativo disciplinar não conduz à nulidade deste. 4. O mandado de segurança somente se viabiliza quando o alegado direito líquido e certo, que se visa proteger, vier comprovado de plano, aferindo-se sua existência apenas com as provas trazidas com a impetração, nos limites do procedimento sumário, característico dos remédios constitucionais. 5. A autoridade julgadora pode acatar o parecer de sua Consultoria Jurídica, servindo aquele como elemento integrante do ato demissionário, sem que isso vicie o procedimento administrativo. 6. A punição administrativa há de se nortear, porém, segundo o princípio da proporcionalidade, não se ajustando à espécie a pena de demissão, ante a insignificância da conduta do agente, consideradas as peculiaridades verificadas. 7. Segurança concedida em parte para o fim específico de anular-se a Portaria n. 469, de 29 de março de 2005, que demitiu o impetrante do cargo de Policial do Departamento de Polícia Rodoviária Federal do Ministério da Justiça, sem prejuízo de eventual apenamento menos gravoso, pelas infrações disciplinares detectadas, a partir do procedimento administrativo disciplinar instaurado. (MS 10.827/DF, Terceira Seção, DJ de 6/2/2006, p. 195)”. RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 44 (PROVA VERMELHA)_ A norma que dispõe que “é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva ” (art. 5° VII, CF/88) é mesmo norma constitucional de eficácia contida, nada havendo a reparar na questão sub examen. Trata-se de norma que tem aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não integral. Pedro Lenza, em referencial obra (Direito Constitucional Didático, 11 ed., 2008, p. 137), ao lecionar sobre tais normas, diz: “O que a lei infraconstitucional fez foi reduzir a amplitude do direito constitucionalmente assegurado. Outros exemplos, ainda, podem ser constatados nos incisos VII, VIII, XV, XXIV, XXV, XXVII, XXXIII do art. 5°” (grifo nosso). RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 44 (PROVA AZUL)_ Não há qualquer impropriedade na expressão Ação Direta de Constitucionalidade (ADC) como sinonímia da expressão Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADECON). O próprio Pretório Excelso se vale em sua jurisprudência da expressão Ação Direta de Constitucionalidade, conforme se depreende do exemplo que se segue:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1. CONTRIBUIÇÕES DE QUE TRATAM OS ARTS. 1º E 2º DA LEI COMPLEMENTAR Nº 110/2001. CONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, NO JULGAMENTO DA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE 2.556. 2. APLICABILIDADE DA DECISÃO PLENÁRIA PELOS MINISTROS E TURMAS QUE INTEGRAM ESTA SUPREMA CORTE. 1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade das contribuições de que tratam os arts. 1º e 2º da Lei Complementar nº 110/2001 (ADI 2.556-MC, da relatoria do ministro Moreira Alves). 2. É legítima a aplicação do entendimento do Plenário aos processos submetidos à apreciação das Turmas ou dos Ministros desta excelsa Corte, possibilitando o imediato julgamento de causas que versem sobre a mesma controvérsia. Precedentes. Agravo regimental desprovido” (grifo nosso).

RECURSOS IMPROVIDOS.

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167 QUESTÃO 45 (PROVA VERMELHA)_ Referida questão encontra sua resposta na literalidade do disposto no art. 35 da Carta Magna, verbis: “Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial”. RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 46 (PROVA AZUL)_ A questão é muito clara ao mencionar em seu enunciado e expressão “Não está em consonância com os ditames do art. 5° da Constituição Federal”. Trata-se mesmo da letra “a” o gabarito, não havendo qualquer reparo a se fazer. Os recursos aviados encontram resposta clara e objetiva na literalidade do próprio dispositivo constitucional insculpido no art. 5°, XVI, verbis: “XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, SENDO APENAS EXIGIDO PRÉVIO AVISO À AUTORIDADE COMPETENTE” (grifo nosso). RECURSOS IMPROVIDOS. QUESTÃO 46 (PROVA VERMELHA)_ A assertiva da letra “C” não apresenta qualquer falha ou dubiedade, afigurando-se como uma reprodução do art. 52, X da CF/88, verbis: “Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: [...] X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal”. RECURSOS IMPROVIDOS.

QUESTÃO 47(PROVA PRETA)_ Referida questão baseou-se nas regras de competência insculpidas no Código de Processo Penal, bem como na Constituição Federal. Não era objetivo da questão (e do próprio edital) exigir o conhecimento das súmulas do Supremo Tribunal Federal, até mesmo porque o verbete mencionado nos recursos aviados não tem caráter vinculante. Conhece-se dos recursos, sem contudo dar-lhes provimento. QUESTÃO 49 (PROVA VERMELHA)_ A questão é muito clara ao mencionar em seu enunciado e expressão “Não está em consonância com os ditames do art. 5° da Constituição Federal”. Trata-se mesmo da letra “a” o gabarito, não havendo qualquer reparo a se fazer. O recurso aviado encontra resposta clara e objetiva na literalidade do próprio dispositivo constitucional insculpido no art. 5°, XVI, verbis: “XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, SENDO APENAS EXIGIDO PRÉVIO AVISO À AUTORIDADE COMPETENTE” (grifo nosso). RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 49 (PROVA AZUL)_ Referida questão exigia que o candidato assinalasse a alternativa INCORRETA. Para tanto foi tomado como base o art. 34 da Constituição Federal, ao qual remetemos o recorrente:

“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

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168 I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; (grifamos) IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de

força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos

prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a

proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 50 (PROVA VERMELHA)_ “Segundo entendimento majoritário da doutrina e jurisprudência, os atos expressivos de Poder Público, dentre eles a polícia administrativa, não podem ser delegados aos particulares, sob pena de colocar em risco o equilíbrio social” (Fernanda Marinela, in “Direito Administrativo”, p. 169, 2007). Nesse diapasão manifestou-se o STF na ADIn n° 1717, quando da análise da constitucionalidade do art. 58 da Lei Federal n° 9649/98. RECURSO IMPROVIDO. QUESTÃO 51 (PROVA AZUL)_ Analisando-se as formas estruturais de cada uma das opções, percebe-se claramente que a letra “B” é a única que está em desacordo com as demais. Senão vejamos: Projetos eclesiásticos; substantivo seguido de um adjetivo. História velha: substantivo seguido de adjetivo. Prazos largos: substantivo seguido de adjetivo. Livros devotos: substantivo seguido de adjetivo. Ora a letra “B” “primeiras letras” ao contrário, no texto, “primeiras” está adjetivando o substantivo “letras”, a única, portanto, que não é paralela estruturalmente às demais. Fica, pois, mantida a opção do gabarito oficial. QUESTÃO 52 (PROVA PRETA)_ O entendimento do texto é condição fundamental para se responder às questões formuladas sobre ele. No terceiro parágrafo está claro, evidente e, portanto, sem ligação alguma com subjetivismo, que as crianças, ao representarem os papéis de padre e sacristão, demonstravam claramente que gostavam do doce que substituía a hóstia. “A hóstia era sempre um doce”, diz o texto. As crianças precipitavam a cerimônia, isto é, abreviavam-na para chegarem mais depressa ao momento de tomar a hóstia, que era um doce.O apreço das crianças pelo doce era tão grande que eles abstinham-se até da água para não tirar o gosto do “sacrifício” que na missa das crianças era o doce. Ainda mais, a cerimônia era abreviada justamente pela gulodice das crianças em comer o doce “tal era a gulodice do padre e do sacristão”. As crianças gostavam , pois, das guloseimas ou seja: “Não eram alheias a elas” como afirma a opção “D” que fica mantida como a correta. QUESTÃO 53 (PROVA AZUL)_ No texto está explícito que a mãe pegou-se a Deus para que o segundo filho vingasse, não importando o sexo. Tanto é que prometeu que se fosse varão iria encaminhá-lo para a carreira eclesiástica. Quando afirma que “talvez esperasse uma menina” fica

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169 clara a insinuação de que escaparia da promessa. A mãe não tinha medo de conceber uma menina e não poder cumprir a promessa. Isso, jamais é sugerido no texto. Fica mantida, pois, a opção “B” como a única que responde ao enunciado da questão. QUESTÃO 55 (PROVA PRETA)_ A letra “B” é mantida como a opção incorreta porque o que se refere ao “tempo” e não a “projetos”. Vale ressaltar, que todas as opções, inclusive a assinalada como incorreta têm de ser analisadas de acordo com o parágrafo em que se encontram no texto, que, aliás, vêm entre parênteses. Portanto, fica mantida a opção “B” do gabarito oficial. QUESTÃO 56 (PROVA VERMELHA)_ A única alternativa que apresenta um princípio ortográfico seguido de um exemplo que o confirma é a letra “D”. Fica mantida a opção do gabarito oficial. QUESTÃO 59 (PROVA VERMELHA)_ O entendimento do texto é condição fundamental para se responder às questões formuladas sobre ele. No terceiro parágrafo está claro, evidente e, portanto, sem ligação alguma com subjetivismo, que as crianças, ao representarem os papéis de padre e sacristão, demonstravam claramente que gostavam do doce que substituía a hóstia. “A hóstia era sempre um doce”, diz o texto. As crianças precipitavam a cerimônia, isto é, abreviavam-na para chegarem mais depressa ao momento de tomar a hóstia, que era um doce.O apreço das crianças pelo doce era tão grande que eles abstinham-se até da água para não tirar o gosto do “sacrifício” que na missa das crianças era o doce. Ainda mais, a cerimônia era abreviada justamente pela gulodice das crianças em comer o doce “tal era a gulodice do padre e do sacristão”. As crianças gostavam , pois, das guloseimas ou seja: “Não eram alheias a elas” como afirma a opção “D” que fica mantida como a correta. QUESTÃO 60 (PROVA PRETA)_ Analisando-se as formas estruturais de cada uma das opções, percebe-se claramente que a letra “B” é a única que está em desacordo com as demais. Senão vejamos: Projetos eclesiásticos; substantivo seguido de um adjetivo História velha: substantivo seguido de adjetivo Prazos largos: substantivo seguido de adjetivo Livros devotos: substantivo seguido de adjetivo Ora a letra “B” “primeiras letras” ao contrário, no texto, “primeiras” está adjetivando o substantivo “letras”, a única, portanto, que não é paralela estruturalmente às demais. Fica ,pois, mantida a opção do gabarito oficial.

CARGO/FUNÇÃO: TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO QUESTÃO 07 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 01 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 02 (PROVA VERMELHA)_ Sobre a questão ecológica em nosso planeta, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiras e F para as falsas: ( ) Trata-se de um debate amplo e complexo, sendo necessário um redimensionamento das relações entre o homem e seu habitat, assim são prioridades da humanidade, levando em consideração este pensamento: o manejo de recursos renováveis, produto florestais e vida marinha, protegendo o ecossistema, controlando e erradicando organismos modificados geneticamente para que se estabeleça a construção de um desenvolvimento sustentável. ( ) Constituem em objetivos que devem ser alcançados atualmente e em um futuro recente, na questão ambiental no que tange a políticas públicas objetivando o binômio, desenvolvimento sócio-econômico e preservação de recursos humanos, entre outros: a coleta seletiva do lixo urbano, a recuperação de resíduos industriais e a instalação de rede de coleta de esgotos urbanos.

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170 ( ) É considerado um problema não só social, mas também para alguns ecossistemas o acúmulo de materiais não-biodegradáveis, e ainda, a proliferação de insetos e ratos, podem transmitir várias doenças como, por exemplo, a dengue. A seqüência está correta em; A) F,V,V B) V,V,V C) F,F,V D) F,V,F E) V,V,F

RESPOSTA:

Recurso procedente, alterar alternativa de resposta para “C”.

Referente à 1ª afirmativa, a expressão “controlando e erradicando” não incorre em “ilogismo” ou “incoerência”. Veja: erradicar = eliminar; controlar = exercer controle. A conjunção “e”, neste caso, produz um efeito de sentido de adição. Duas ações contínuas “controlando” e “erradicando” acontecem numa progressão. Contudo, essa primeira afirmativa torna-se falsa já que ao usar o verbo “erradicar” ocorre neste caso um problema de generalização radical, em afirmações deste tipo estas generalizações são perigosas já que tais dados precisam de bases sólidas para serem comprovados. Referente à segunda alternativa, o gabarito oficial será alterado para a opção “C”, tendo em vista o contexto em que está inserida a expressão “recursos humanos” nota-se que no lugar deveria estar “recursos naturais”. Continuando, e usando mais um argumento dos recorrentes temos a comprovação de não ser verdadeira a 1ª afirmativa, veja: “O termo erradicando foi erroneamente utilizado na frase”. Temos aí o motivo de ter sido considerada falsa. Ainda, sobre o questionamento da 1ª afirmativa, erradicar organismos modificados geneticamente, como os próprios recorrentes afirmam: “a questão não é uma verdade insofismável, sendo que o termo divide cientistas e ambientalistas no mundo todo”. Portanto, já que o assunto gera divisões, o termo radical “erradicar” torna falsa a questão. QUESTÃO 06 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 05 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 06 (PROVA VERMELHA)_ Recurso improcedente. A questão guerreada é a que se segue:

Ozama Bin Laden criou a Al Qaeda em 1998. Essa organização com um indefinido de participantes atua em diversos conflitos e crises, notadamente na guerra do Afeganistão contra a ex-URSS. Sobre a Al Qaeda, analise: I. São ações terroristas atribuídas a esta organização: a explosão de uma bomba no World Trade Center no século passado e explosão nas embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 2001. II. Não aceita a influencia bélica-militar do EUA sobre os países Árabes. III. Discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico. IV. As células de atuação se restringem aos grupos terroristas do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) II B) III C)I e II D) II e III E) I, II e IV

O gabarito oficial divulgado: letra D – II e III

OS RECORRENTES ALEGAM QUE:

- Existência de ambigüidade/dupla interpretação no item III devido a erro gramatical na vírgula antes da palavra Palestina, apresentando a regra de orações subordinadas substantivas. - Que deve-se anular a questão devido a inconsistência no item IV da questão, considerando que “... células de atuação da Al-Qaeda não se restringem a grupos a terroristas no Afeganistão. É notório que as células da organização terrorista Al-Qaeda estão espalhadas em diversos países do mundo e não apenas naqueles país. Este fato é confirmado frequentemente pela mídia...” “... Também alegam que Usamah Bin Mühammad bin ‘Awaed bin Ladin, terrorista internacional que criou a organização terrorista entitulada “Al Qaed” é denominado no Brasil “Osama Bin Laden” (tradução do árabe para o português brasileiro). Afirmam ainda que no enunciado da questão 5, lê-se “Ozama Bin laden”

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171 tornando a questão inadequada ao português brasileiro ESCRITO invalidando o propósito da questão: a avaliação de conhecimentos básicos na forma ESCRITA....” - Que o item da questão de qualquer forma que for examinada encontra-se com uma redação obscura pela incorreção históricas estando eivado de incorreções, devendo ser, portanto anulada.

VEJAMOS AS PONDERAÇÕES DA BANCA ELABORADORA:

1° Quantos as alegações de que a Al Qaeda: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico...”

“ As subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de virgula”. Não existe razão aos recorrentes. Vejamos o conceito de oração segundo a gramática da língua portuguesa: “À frase ou ao membro de uma frase que se organiza ao redor de um verbo ou locução verbal damos o nome de oração.” Portanto, à parte da afirmativa III que o recorrente chama de oração subordinada substantiva, esta nomenclatura torna-se incorreta. Veja: “...como defensores do fundamentalismo islâmico” – onde está o verbo ou locução verbal neste trecho para que o mesmo seja considerado uma oração? Quanto mais oração subordinada substantiva? 2° Os recorrentes afirmam: “Quem defende o fundamento islâmico? Israel? Os Palestinos? Pelo exposto, solicitamos a anulação da questão”. Para que tal ambigüidade seja descartada, cabe-nos demonstrar como, neste caso, usou-se o “aposto”. O aposto é um termo que amplia, explica, desenvolve ou resume o conteúdo de outro termo. O termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática. Sintaticamente, o aposto é equivalente ao termo com que se relaciona. A vírgula trata-se de um sinal de marcação do aposto. Veja: “discorda do tratamento de Israel aos Palestinos, como defensores do fundamentalismo islâmico.” Aos Palestinos – objeto indireto. Aposto explicativo – “como defensores do fundamentalismo”. Concluindo, explica-se (através do aposto marcado pela vírgula) a característica (adjetivo) atribuída aos Palestinos, defensores do fundamentalismo, relevante no contexto. Quanto ao Item I – As datas apresentadas pela banca encontram-se efetivamente erradas no que tange as explosões nas embaixadas americanas para que este item configure como incorreto, portanto, não há que se argumentar que a afirmativa encontra-se inconsistente, visto que realmente está inconsistente para invalidar a alternativa, colocando-a como incorreta. Quanto ao Item IV – Não deve, também, prosperar a solicitação dos recorrentes, pois efetivamente a afirmação “se restringem” é o que faz com que o item fique incorreto, uma vez que as células de atuação da Al Qaeda não se restringem aos grupos terroristas defensores do fundamentalismo islâmico no Afeganistão. Quanto ao enunciado o erro de grafia do nome Osama grafado com Ozama não modifica o que se solicita na questão. Vejamos: Considere a finalidade do enunciado da questão quando sobre enfaticamente se pergunta “Sobre Al Qaeda, analise.” A figura de Ozama bin Laden pré-citada no enunciado existe apenas como informação e, como tal, em momento algum a inconsistência do z pelo s no prenome modifica o eixo correto da questão. As alternativas de respostas a serem analisadas, não nominalizam os expoentes ou criadores da Al Qaeda, como motivo precípuo da referência das afirmativas, o que por julgamento nos motiva a não aceitar os argumentos dos candidatos. Outro detalhe que confirma e valida como correta a grafia de Ozama ou Osama no enunciado é o discurso contextual, ou seja, o script da narrativa. Não há como fugir deste contexto considerando enunciado, utilizando o z e ou s além do que fonologicamente o z e o s neste caso possuem o mesmo fonema não alterando o significado do prenome.

QUESTÃO 02 (PROVA PRETA) / QUESTÃO 07 (PROVA AZUL) / QUESTÃO 01 (PROVA VERMELHA)_

A questão guerreada é a que se segue:

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172 A mundialização do capitalismo é um fenômeno recente na economia global, sendo formada por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços. São processos que coadunam com o enunciado citado: I. Difícil identificação da territorialidade cultural local devido às inúmeras inter-relações e integrações mundiais. II. Necessidade de criação de normas e padrões mundiais para mercados mundiais regulamentados, ou ainda, em regulamentação. III. Existência de organizações com bases mundiais com uma cultura de organização aberta e globalizada, tendo como meta, uma estratégia mundial. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): A) I e II B) II e III C) I e III D) II E) I, II e III ALEGAÇÃO DOS RECORRENTES: ,,, I – Quanto ao item I alegam que o mesmo encontra–se incorreto, considerando que a globalização não dificulta a identificação da territorialidade cultural... citam os recorrentes que as inúmeras relações e integrações mundiais não atrapalham a nossa territorialidade cultural, muito pelo contrário... afirmam, ainda, que a globalização não homogeneizou as diferenças sócio-culturais locais, embora algum costumes tenham se globalizado... também afirmam que ... “a palavra “difícil”, o que, torna a questão dúbia, pois com a globalização da economia (capitalismo), ocorrem dois fenômenos que caminham paralelos a formação de marcas mundiais, espalhadas pelo mundo todo; mas também, a regionalização retrógrada, marcada pela volta ao passado mítico glorioso (ex:fundamentalismo islâmico). Ainda, segundo os recorrentes, a primeira parte da questão “difícil identificação da territorialidade cultural”, ficaria meio dúbia, pois a identificação da territorialidade cultural não é de difícil identificação, como afirma a questão...” Item I – “ Difícil identificação ...” Referente ao item I, acima citado, é correto dizermos que tal afirmativa coaduna com o enunciado citado. Coadunar, segundo o Aurélio significa: Juntar, incorporar, reunir, para a formação de um todo: Coadunar várias idéias. 2. Conformar, combinar, harmonizar: Coadunar opiniões diferentes, ou seja, tais itens, em que são citados processos, se harmonizam com o enunciado referido. Ao dizer que está intimamente ligada à mundialização do capitalismo, ou seja, a massificação produzida pelo capitalismo em vários setores, tais como: área social, cultural, religiosa, familiar, financeira, etc; a identificação difícil da territorialidade cultural está se fazendo uma afirmativa verdadeira. Uma difícil identificação não é o mesmo que dizer uma impossível identificação. É fato que com o capitalismo refletido na economia global, os traços culturais territoriais vão-se esfacelando. Muitas das vezes as idéias disseminadas pela mídia e o consumismo compulsivo são “determinados” e “impostos” de certa forma à maior parte da população, através da idéia de que “o diferente” neste processo global “poderá” ser excluído em muitas situações, acarretando assim em uma massificação sócio-econômico-cultural. Item II – Quanto ao item II, a afirmativa é correta visto que com a evolução da tecnologia pós-moderna, desencadearam-se e estão ainda em processo de desenvolvimento muitas criações; a ciência caminha numa velocidade muitas vezes inesperada. Como exemplo, podemos citar: internet, células tronco, alimentos transgênicos e reprodução assistida. Todos estes temas precisam ainda de regulamentação consistente nos direitos nacionais e internacionais para que seus benefícios possam ser aproveitados e legalizados. Item III – Em um capitalismo global é necessária “uma cultura de organização aberta e globalizada”. Para incorporar, “acolher” toda essa cultura global e ao mesmo tempo implantar uma mundialização do capitalismo faz-se necessária uma organização complexa. Como exemplificação, as multinacionais são prova desta “cultura de organização aberta e globalizada, à medida que atendem também “necessidades” regionais tornando o seu produto aceito”. QUESTÃO 10 (PROVA PRETA); QUESTÃO 11 (PROVA AZUL); QUESTÃO 14 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 11 (PROVA PRETA); QUESTÃO 09 (PROVA AZUL); QUESTÃO 12 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 12 (PROVA PRETA); QUESTÃO 13 (PROVA AZUL);

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173 QUESTÃO 10 (PROVA VERMELHA) / QUESTÃO 13 (PROVA PRETA); QUESTÃO 12 (PROVA AZUL); QUESTÃO 13 (PROVA VERMELHA)_ Questões ANULADAS. As questões têm fundamentação correta na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás (Lei Complementar 25/1998); No entanto, considerando que o Conteúdo Programático publicado no Anexo I do Edital nº 1 do Concurso Público 1/2008, delimita os itens a serem observados, a Banca de Provas optou pela anulação das mesmas. QUESTÃO 08 (PROVA PRETA); QUESTÃO 10 (PROVA AZUL); QUESTÃO 11 (PROVA VERMELHA)_ Conforme se infere do art. 129 da CF/88, o exercício do controle externo da atividade policial não é vedação inerente aos membros do Ministério Público, mas função institucional deste órgão. Senão vejamos:

“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; (grifamos) VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 09 (PROVA PRETA); QUESTÃO 14 (PROVA AZUL); QUESTÃO 08 (PROVA VERMELHA)_ A questão encontra sua resposta no Título II da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás, especificamente no art. 4°, § 1° e § 4°, III. Vejamos:

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO CAPÍTULO I DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 4º - O Ministério Público compreende: I - órgãos de administração superior; II - órgãos de administração; III - órgãos de execução; IV - órgãos auxiliares. § 1º - São órgãos da Administração Superior do Ministério Público: I - a Procuradoria Geral de Justiça; II - o Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - a Corregedoria Geral do Ministério Público. § 2º - São órgãos de Administração do Ministério Público: I - as Procuradorias de Justiça; II - as Promotorias de Justiça. § 3º - São órgãos de execução do Ministério Público:

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174 I - o Procurador-Geral de Justiça; II - O Colégio de Procuradores de Justiça; III - o Conselho Superior do Ministério Público; IV - os Procuradores de Justiça; V - os Promotores de Justiça. § 4°- São órgãos auxiliares do Ministério Público I - os Centros de Apoio Operacional; II - a Comissão de Concurso; III - a Escola Superior do Ministério Público; IV- os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e de Assessoramento; V - os Estagiários. DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 14 (PROVA PRETA); QUESTÃO 08 (PROVA AZUL); QUESTÃO 09 (PROVA VERMELHA)_ Trata-se de questão objetiva que encontra resposta na literalidade do artigo 310 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias (Lei Estadual n° 10460/88). Vejamos:

CAPÍTULO V Das Responsabilidades Art. 305 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente. Art. 306 - A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual poderá ser liquidada nos termos do art. 150 deste Estatuto, à míngua de outros bens que respondam pela indenização. § 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado. Art. 307 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário como tal. Art. 308 - A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma das transgressões ou proibições previstas no capítulo anterior. Art. 309 - As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa. Art. 310 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria (grifo nosso). DESTA FORMA, OS RECURSOS SÃO IMPROCEDENTES. QUESTÃO 18 (PROVA PRETA)_ ANULADA devido a uma inconsistência na digitação do enunciado da questão. A tecla de atalho é CTRL+F3. QUESTÃO 29 (PROVA VERMELHA)_ Alternativa de resposta alterada para LETRA E. “Ocorreu um erro de digitação, na afirmativa I, faltou uma frase que concluía a afirmativa. QUESTÃO 42 (PROVA VERMELHA)_ O recurso não procede.Verificando a NR 3, item 3.7, onde se diz: “Da decisão do Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho Marítimo, poderão os interessados recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho - SSMT, à qual é facultado dar efeito suspensivo.”

Entende-se que a afirmativa está correta, pois a Norma Regulamentadora NR3 é clara e se refere à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho - SSMT. Portanto, deve se manter a resposta do Gabarito: LETRA (B).

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175 QUESTÃO 55 (PROVA VERMELHA)_ Nessa questão a opção que contém erro de grafia é a letra “D” pois “ária” com “i” se refere a uma peça de música ou melodia. Agora, “área” com “e” pode ser uma superfície delimitada; a medida dessa superfície; campo de ação etc. mas jamais um trecho de música como se refere a opção “D” que fica mantida como opção a ser assinalada.

III DAS CONCLUSÕES

Face ao exposto, após análise dos recursos, os mesmos foram julgados, deferidos ou indeferidos, de acordo com as decisões e fundamentações supra elencados.

Publique-se,

GOIÂNIA(GO), 27 DE JUNHO DE 2008.

CONSULPLAN CONSULTORIA LTDA