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1- APRESENTAÇÃO
A sociedade atual demanda por uma escola com novas características, que
promova uma educação de qualidade social, de modo que possibilite o domínio de
conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas operativas e sociais
necessárias ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, a
inserção no mundo do trabalho, a constituição da cidadania, tendo em vista a
construção de uma sociedade mais justa, democrática, fraterna e sustentável.
Para tal, cada escola possui um espaço de autonomia (relativa), que lhe
permite definir o que deseja ser, que tipo de seres humanos pretende formar na
constituição de uma sociedade melhor. Assim, para que a escola conquiste a
autonomia, necessita possuir um Projeto Pedagógico construído com a participação
de seus membros, o que demanda consistente fundamentação teórica, liderança
educacional, organização dos tempos da escola, empenho do colegiado da escola
para que possa expressar a unidade de pensamento, idéias, propostas e ações na
efetivação de uma escola de qualidade social.
O projeto político pedagógico do Colégio Agrícola Estadual do Noroeste foi
construído em 2005 a partir da mobilização e sensibilização da própria escola,
através de reuniões pedagógicas, cursos ofertados pela SEED e participação da
Universidade Estadual de Maringá. Em 2008, após o parecer desfavorável da SEED
sobre a organização das disciplinas no currículo em módulos surgiu a necessidade
da reelaboração do Projeto Político Pedagógico. Sendo assim, foram organizadas
reuniões com a participação da comunidade escolar e foram enviados questionários
para os pais na intenção de reavaliar, analisar e (re) definir as estratégias de ação
do projeto educativo da escola.
Nessa perspectiva, o projeto pedagógico desta instituição foi elaborado em
conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96)
e em consonância com a política nacional de educação, tendo por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, sua preparação para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o mundo do trabalho, estimulando o desenvolvimento de virtudes
necessárias para a vida em sociedade.
2- INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico implantado nas escolas brasileiras a partir do
início dos anos noventa tem sua origem justificada pelo esgotamento do modelo de
gestão baseado no poder centralizado e no controle técnico-burocrático. Assim a
mudança institucional de descentralização da educação e de deslocamento do poder
de decisão para os níveis de execução, pela autonomia das escolas, foi adquirindo
força no debate sobre gestão democrática e sendo institucionalizada pelas leis
maiores.
A Lei de Diretrizes e Bases Lei nº 9.394/96, estabelece no seu art. 12, Inciso I,
que os estabelecimentos de ensino, respeitados as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta
pedagógica; no artigo 13 e 14 – Definem as incumbências docentes com relação ao
projeto pedagógico; no artigo 13 “l – participar da elaboração da proposta
pedagógica do estabelecimento de ensino e no Artigo 14”
“l – participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto pedagógico
da escola”.
Em conformidade com a nova LDB, o Projeto Político Pedagógico constitui-se
na construção coletiva da identidade da escola pública de qualidade que pressupõe
um projeto de sociedade, de educação, de cultura e de cidadania, fundamentado na
democracia e na justiça social.
Portanto, deve expressar a reflexão e discussão crítica sobre os problemas da
sociedade e da educação, para encontrar as possibilidades de intervenção na
realidade, buscar a transformação da realidade social, econômica e política; e exigir
e articular a participação de todos os sujeitos do processo educativo: professores,
funcionários, pais, alunos e outros, de modo a construir uma visão global da
realidade e dos compromissos coletivos.
É importante salientar que o objetivo do Colégio Agrícola Estadual do
Noroeste é oferecer o Ensino Médio integrado à Educação Profissional,
desenvolvendo uma visão solidária e social na formação dos alunos e atender com
cursos e treinamentos práticos, um número elevado de famílias de baixo poder
aquisitivo na busca de alternativas para o desenvolvimento, emprego e renda da
região.
Para tanto, o Colégio Agrícola Estadual do Noroeste visa oferecer um ensino
pautado na ampliação e diversificação das atividades desenvolvidas nas pequenas
propriedades rurais, segundo a vocação regional, com enfoque agroecológico, de tal
forma que, os mesmos possam agregar valores a seus produtos, promovendo a
melhoria na qualidade de vida do homem do campo.
Nesse sentido, a metodologia aplicada tem em vista o desenvolvimento
humano sustentado, isto é, ir além dos conhecimentos técnicos. A educação como
meio de crescimento pessoal, deve levar o individuo ao conhecimento e pleno uso
dos seus direitos de cidadania e, a atingir uma vida digna e o enobrecimento da sua
personalidade, pois os profissionais que enfrentarão o mundo moderno devem estar
preparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo e para o exercício
da cidadania.
Deste modo, o Ensino Técnico Profissionalizante de nível médio, para a sua
consolidação, necessita de algumas ações que envolvem recursos financeiros para
atender um maior número de alunos e a própria comunidade local. Considerando as
necessidades pedagógicas, a equipe técnica através de estudos da especificidade
regional, elaborou um projeto contemplando as atividades agrícolas e pecuárias a
serem implementadas na estrutura do Colégio.
2.1 – Identificação do estabelecimento
UNIDADE EXECUTORA: Colégio Agrícola Estadual do Noroeste – E.F.P
Código do Colégio: 00192
ENDEREÇO PARA CONTATO: Rodovia Pr 182 Km 01 – Cx postal: 13 CEP: 87990-000
LOCALIZAÇÃO: Zona Rural
MUNICÍPIO: Diamante do Norte
Código do Município: 0710
ESTADO: Paraná
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE LOANDA
Código do NRE: 20
TELEFONES: (44) – 3429-8300 ou Fax: (44) 3429-8305
E-MAIL: [email protected]
SITE: dttcolagricola.seed.pr. gov.br
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
ATO DE AUTORIZAÇÃO – Resolução n°1044/05
ATO DE RECONHECIMENTO: Resolução n° 3253/07
ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR: nº. 170/07.
2.2 – Aspectos históricos da escola
Em 1986 a prefeitura municipal de Diamante do Norte solicita apoio da
Universidade Estadual de Maringá (UEM) para a implantação de um Colégio
Agrícola no Município. A UEM a partir disso, inicia negociação com os governos dos
Estados do Paraná e São Paulo e elabora o projeto do Campus.
Em 1987 a Companhia Energética de São Paulo – CESP começou o
programa de desativação do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Rosana,
localizada no Rio Paranapanema, em território paranaense.
O Prefeito de Diamante do Norte, Sr. Manoel Francisco de Queiroz,
através do Ofício nº 122/87, de 11/05/87, solicita ao Exmº Sr. Governador do Estado
de São Paulo, a doação das instalações do canteiro de obras da Represa de
Rosana para estabelecimento de um Colégio Agrícola na região Noroeste do
Paraná. A solicitação é acatada e a Prefeitura Municipal de Diamante do Norte
solicita apoio à Secretaria de Estado da Educação, que por sua vez consulta a UEM,
quanto ao interesse de realizar o projeto, organizar e dirigir o futuro Colégio Agrícola
do Noroeste do Estado.
Em agosto de 1987 após visita local, UEM e SEED, verificam a viabilidade
e a necessidade da instalação de um Colégio Agrícola na região.
Em novembro do mesmo ano, representantes da UEM e da Associação
dos Municípios do Noroeste do Paraná – AMUNPAR entregam ao Governador do
Estado do Paraná o projeto do campus do qual faz parte o subprojeto do Colégio
Agrícola e outros subprojetos de pesquisa e extensão. Em dezembro é comunicado
o apoio ao projeto através do Ofício nº 1132/87-GAB.
Em reunião da AMUNPAR decidiu-se que cada município contribuiria com
uma quantia para a aquisição dos 30 alqueires de terra arável necessários à prática
agrícola do Colégio. Igualmente as cooperativas da região se comprometeram a
colaborar.
Em junho de 1988, o Governador Álvaro Dias, através do ofício ATG-
1000/88, comunica ao Governador de São Paulo, Sr. Orestes Quércia, seu interesse
em receber o canteiro de obras de Rosana. Em outubro, a CESP envia a UEM como
seu representante o Dr. Sérgio Pamplona para acertar com a Direção da UEM os
termos do compromisso de intenções que deverá ser assinado entre CESP, UEM e
governos de São Paulo e Paraná.
Em fevereiro de 1989 ficou caracterizada a doação à UEM de 79,8
hectares de terra com 37.000m2 de edificações diversas.
Através do Parecer da Secretaria de Educação do Estado do Paraná de
28/03/90, o Governo do Estado cria o Colégio Agrícola do Noroeste do Paraná.
Nesta mesma data a UEM cria o Campus Regional do Noroeste. Em Dezembro, a
UEM faz a doação de 30 alqueires para Implantação da fazenda Escola.
Em 1993, o então governador Roberto Requião autoriza o início do
funcionamento do Colégio Agrícola.
O Parecer 239/93 de 18/03/93 recomenda que seja encaminhado à
SEED/DESG no 3º trimestre de 1994 o processo próprio (reconhecimento) e
aprovação da Grade Curricular e aprova Projeto de Implantação de Ensino de 2º
Grau Técnico em Agropecuária.
Portanto, em 1994 a Deliberação 17/93, Parecer 239/93 de 26/01/94
considera a Grade Curricular adequada a tal Deliberação, suprimindo EMC e OSPB.
Ainda neste mesmo ano, o Parecer 602/94 de 29/09/94 favorece o pedido de
prorrogação de autorização de funcionamento da Habilitação Técnico em
Agropecuária que é concedido com a Resolução nº 4949/94 que autoriza a
prorrogação por mais 02 (dois) anos, a partir do início do ano letivo de 1995.
Em 1996, o governo de Jaime Lerner estabelece uma nova política para o
Ensino profissionalizante no Estado do Paraná e o fechamento do Colégio Estadual
Agrícola do Noroeste.
Em 1997, a UEM solicita sua renovação do convênio junto à SEED, a fim
de concluir as turmas em andamento no Colégio Estadual Agrícola do Noroeste, o
que não ocorreu, e por meio de recursos próprios manteve seu compromisso com a
Região.
O Ato Administrativo nº 122/97, Parecer 157/97 de 30/07/97 aprova o
Regimento Escolar.
A Resolução nº 3082/97, Parecer 269/97 de 10/09/97 reconhece a
habilitação Técnica em Agropecuária, em caráter excepcional, para fins de cessação
gradativa, a partir do ano letivo de 1997 e reconhece o estabelecimento.
A cessação gradativa das atividades escolares da Habilitação Técnico em
Agropecuária ocorre com a Resolução nº 3458/97, Parecer 1906/97 de 15/10/97,
obedecendo ao seguinte cronograma de cessação: 1997 a 3ª série; 1998 a 1ª e 2ª
séries; 1999 a 1ª, 2ª e 3ª séries.
A Resolução nº4801/99, Parecer 440/99 de 10/11/99 acrescenta
profissional no nome, passando a denominar-se: Colégio Agrícola do Noroeste -
Ensino Médio e Profissional.
A partir da mesma Resolução autoriza o funcionamento do Curso Técnico
em Produção Agrícola com ênfase em Mandiocultura no Colégio Agrícola do
Noroeste - Ensino Médio.
Em 2004, o governo de Roberto Requião estabelece uma nova política
educacional que contribui para a reabertura do Colégio Agrícola Estadual do
Noroeste, com um total de 120 alunos.
A Alteração da denominação de Centro Estadual de Educação
Profissional Agrícola do Noroeste para Colégio Agrícola Estadual do Noroeste -
Ensino Fundamental e Profissional, é autorizada com o Parecer 0470/05 -CEF.
Em 2005 tem-se a abertura de mais 80 vagas para o curso Técnico em
Agropecuária e apresentação do projeto de implementação da infra-estrutura do
Colégio Agrícola Estadual do Noroeste. Neste mesmo ano, a Resolução n°1044/05,
Parecer 0470/05 - CEF de 08/04/05 autoriza o funcionamento do Ensino
Fundamental 5/8 série, com a oferta da 8ª série, no período matutino, com 25 vagas.
A Resolução n°3331/05, Parecer 0682/05 - CEE reconhece o curso da oitava série
do Ensino Fundamental.
Em 08 de março de 2006 a Resolução n° 997/06 autoriza o
funcionamento do curso Técnico em Agropecuária - Área profissional Agropecuária,
integrado ao Ensino Médio, com oferta presencial desde 2004, com sua implantação
gradativa através do Parecer 0134/06 - DEP.
A Resolução n° 3253/07, Parecer 409/07 reconhece em 12/09/2007 o
curso Técnico em Agropecuária integrado ao Ensino Médio a partir de 04/07/07.
2.3 - Espaço físico
O Campus onde está localizado o Colégio Agrícola Estadual do Noroeste
possui uma área total de 84,7 hectares, sendo 14.184,47m2 de construções e
71,8.ha ocupado pela fazenda - escola. Toda esta área está inserida na Estação
Ecológica do Caiuá que conta com 142.630 hectares, protegendo uma das últimas
amostras significativas da exuberante Floresta Estacional Semidecidual.
O Colégio Agrícola Estadual do Noroeste está instalado no Campus Regional
do Noroeste, extensão da Universidade Estadual de Maringá ocupando um espaço
físico que abrange 05 (cinco) pavilhões, destinados a salas de aula, alojamentos dos
alunos, sala dos professores, laboratórios de física, química, biologia e agroindústria,
lavanderia, sala de coordenação de curso e coordenação pedagógica, sala de
coordenação de estágio, sala de administração do internato, sala de vídeo, sala de
jogos. E ainda conta com área reservada às dependências administrativas (sala de
direção, secretaria e setor financeiro) além dos espaços reservados à cozinha,
refeitório, biblioteca e laboratório de informática.
As instalações físicas da escola precisam de constantes reparos e necessitam
de profundas reformas por se tratar de uma construção antiga e também sendo a
sua estrutura física mista. Por isso, para sua manutenção torna-se necessário um
dispêndio de recursos financeiro muito grande.
Muitos dos seus ambientes, principalmente, as salas de aula, apresentam-se
pouco iluminadas e ventiladas. Com relação aos problemas de ventilação, justifica-
se pela sua arquitetura em relação à altura do piso ao teto e quantidade de janelas e
portas. Já o problema da iluminação se refere à precariedade da rede elétrica.
Os alojamentos masculinos e femininos dos alunos contam com móveis
adequados fornecidos pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná bem como
mobília de uso pessoal.
Os ambientes que compõem a atual estrutura física do colégio na sede do CRN são:
• Sala da direção• Secretaria• Sala da Coordenação Pedagógica e Coordenação de Curso • Sala da Coordenação de Estágio• Sala da Sala da Direção da UDP• Sala dos professores• Sala de jogos• Sala do setor financeiro• Sala do Grêmio Estudantil• Internato• Cozinha• Refeitório• Lavanderia• 04 Sanitários femininos• 10 Sanitários masculinos• Biblioteca• Laboratórios de informática• Salão de reuniões• 10 Salas de Aula em funcionamento• 03 Quadras de esportes (apenas uma é coberta)• Alojamento feminino: 02 pavilhões com 08 quartos cada• Alojamento masculino: 06 pavilhões com 08 quartos cada• 02 Salas de televisão/vídeo• Laboratório de química e física• Sala para agroindústria• Laboratório de biologia.• Área para cunicultura e avicultura• Área do viveiro de mudas• Área da olericultura
2.4 - Recursos materiais
MATERIAIS DIDÁTICOS/TECNOLÓGICOSDescrição Quantidade
Televisor 21 (tela plana) 01TV 29 - multimídia 12Vídeo-cassete 01Aparelho de DVD 01Retroprojetor 03Conjunto de ótica e ondas 01Conjunto de termologia 01LEIS DE OHMs 01Globo (mapa mundi) 02
Monitor 15” (Laboratório Proinfo) 10CPU 16Impressora 01Monitor 17” (Laboratório Paraná Digital) 25Impressora 03Servidor 01Micro sistem 01Televisor 02Microscópio 02
EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOSDescrição QuantidadeFogão 6 bocas 02Conjunto Escolar FDE/4 312Conjunto de mesas e bancos 30Extrator Centrífugo 01Lavadora horizontal – 50 kg 01Beliche tubular 143Estante de aço 14Multiprocessador de alimentos 01Amassadeira basculante 01Mesa de leitura 20Cadeira estofada 45Cadeira tubular 150Freezer 300 lts 04Liquidificador industria 8 lts 02Ventilador de parede 32Batedeira Semi-industrial - 12 lts 01Armário de aço 2 portas 136Mesa do professor 11Armário aço 16 portas 03Mesa de informática 17Cadeira giratória 34Receptor 02Rack p/ TV 12Mesa escrivaninha com3 gavetas 04Secadora rotativo frontal 01Modelador de pão 01Bebedouro 04Coifa industrial (aço inox) 01Distribuição de alimentos (aço inox) 01Dosador de cloro 01Geladeira 05Arquivo de aço com 4 gavetas 07Aparelho de fax 02Câmera fotográfica digital 01Cofre de gaveta 01Computador 02
Condicionador de ar 03Esmerilhadeira moto esmeril 01Fogão industrial 01Furadeira elétrica 02Home theater 01Impressora 06Lavadora (tanquinho) 01Máquina jato d água 01Mesa p/ computador 03Serra circular 01Serra marmori 01Antena parabólica 01Cilindro elétrico 01
VEÍCULOS E IMPLEMENTOSDescrição QuantidadeTrator John Deer 4x4 01Semeadora adubadora 01Carreta agrícola 01Micro - ônibus 01Caminhonete S-10 01Distribuidor de esterco 01Escarificador - tração mecânica 01Pulverizador agrícola 01Misturador ração 01Triturador 01Cabine para trator 01Trator roçadeira 01Moenda de cana c/ motor 01Motor bomba p/ irrigação 01Soldador elétrico 01Roçadeira motor 02Motoserra 01
2. 5 - Recursos humanos
Pessoal de execução, apoio, docente e administrativo do Colégio Agrícola Estadual do Noroeste. (ver tabela).
Equipe administrativa do Campus Regional do Noroeste – extensão da UEMDiretor(a) do Campus/CRN
ÓRGÃOS COLEGIADOS QUANTIDADE FUNÇÃO VÍNCULO
EQUIPE DE DIREÇÃO
03
Diretor QPM
Diretor auxiliar QFEB
Diretor Auxiliar da UDP QPM
EQUIPE PEDAGÓGICA
01 Coordenador Pedagógico QPM
02 Pedagogo do Internato REPE
COORDENAÇÃO
02 Coordenador de Curso QPM
01 Coordenador de Estágio QPM02 Coordenador técnico QPM
EQUIPE DOCENTE
08 Base Nacional Comum QPM
03 Base Nacional Comum REPR
11 Formação Específica QPM01 Formação Específica REPR
EQUIPE TÉCNICO-
ADMINISTRATIVO
01 Secretário (a) QFEB01
01
Auxiliar de secretaria
Auxiliar de secretaria
PSS
QFEB
01 Auxiliar Adm. do Internato QFEB02 Bibliotecário (a) QFEB
01 Técnico em contabilidade QFEB02 Almoxarife QFEB
EQUIPE AUXILIAR –
OPERACIONAL
06 Cozinheiras REPR
02 Lavadeiras READ01 Motorista READ
01 Inspetor READ01
03
Vigia
Vigia
READ
QFEB
06
01
Trabalhador de Campo
Trabalhador de Campo
READ
QFEB
02 Auxiliar Serviços Gerais READ01
01
Tratorista
Tratorista
QFEB
READ
Coordenador (a) de Projetos -UEM/CRN;
Coordenador (a) de ensino e treinamentoSecretário(a)
2.6 - Oferta e demandas de vagas
Nº. DE ALUNOS 2007 2008 2009 2010INSCRITOS 233 207 240 233VAGAS 80 110 80 80EXCEDENTES 153 97 160 153
2.7 - Dados educacionais
ANO LETIVO Nº de alunos matriculados
Taxa de aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de abandono
2007 211 95,7 4,2 02008 224 97,3 2,6 02009 209 93,7 4,8 1,4
0
50
100
150
200
250
300
350
2006 2007 2008 2009 2010
INSCRITOS
VAGAS
EXCEDENTES
2.8 – Característica da comunidade escolar
2.8.1 – Corpo Discente
O corpo discente é constituído, em sua maioria, de alunos advindos dos
municípios do estado do Paraná, principalmente, da região noroeste paranaense e
em minoria advindos dos estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo. E, em 2008
também recebemos alunos paraguaios.
Quanto ao nível sócio-econômico e cultural apresentam-se heterogêneos,
pois nossos alunos são oriundos de famílias de trabalhadores rurais, de pequenos
proprietários rurais, assentados e de latifundiários.
Portanto, grande parte dos alunos reside na zona rural, advindos de famílias
de classe média baixa, cuja renda varia de um a três salários mínimos.
Os alunos internos utilizam o transporte coletivo para o deslocamento de suas
casas até o colégio. Já os alunos externos, ou seja, aqueles que residem na cidade
de Diamante do Norte utilizam o transporte escolar.
0
50
100
150
200
250
2006 2007 2008 2009
TAXA DEAPROVAÇÃO %
TAXA DEREPROVAÇÃO %
TAXA DE ABANDONO
Nº ALUNO/ANO
2.8.1.1 – Alunos atendidos
ESTADOS
Ano letivo
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Paraná 76 67 72 41 71 49 51
São Paulo 0 2 3 2 6 3 6
Mato Grosso do Sul
3 2 8 9 18 13 10
2.8.1.2 – Requisitos de acesso
Para o ingresso em nossa instituição os alunos passam por um processo de
seleção: questionário sócio-econômico, apresentação do histórico escolar da 8ª
série, especificamente, com atenção voltada ao desempenho nas disciplinas de
Língua de Portuguesa e Matemática e entrevista para, com isso, tentar identificar o
seu perfil agropecuário.
2.8.2 – Corpo Docente
Em relação aos professores, a escola conta com educadores licenciados,
especialistas, mestres e doutores sendo que vários deles se deslocam de municípios
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Paraná
São Paulo
Mato Grosso doSul
relativamente distantes para cumprirem sua jornada de trabalho. Deste modo, para
sua maior comodidade é disponibilizado alojamento para esses professores.
Também encontramos professores com jornadas complexas, que precisam
completar sua carga horária em diversas escolas, o que desfavorece a excelência
na execução de suas atividades didáticas. Porém, mesmo dentro deste quadro de
adversidades contamos com professores comprometidos com a formação integral
dos alunos.
A equipe docente é composta por 11 professores licenciados que atendem as
disciplinas da Base Nacional Comum de ensino e 14 professores da formação
específica (06 agrônomos, 01 médico veterinário, 03 zootecnistas, 01 administrador,
02 técnicos em informática e 01 tecnólogo em alimentos) que atendem as disciplinas
aplicadas às técnicas de produção agropecuária.
2.8.3 – Quadro de Funcionários
A maioria dos funcionários reside no município e tem o trabalho na escola sua
forma principal de sustento. Os funcionários que moram em outros municípios têm
alojamento dentro da escola.
O quadro dos Funcionários é formado pelos cargos de Agente Educacional I e
Agente Educacional II.
O cargo de agente educacional abrange as funções na área de manutenção
de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente, alimentação escolar e in-
teração com o educando. E, o cargo de agente educacional II abrange as funções na
área de administração escolar e operação de multimeios escolares.
Todos os funcionários não concursados e que atuam na categoria agente
educacional I possuem o ensino médio completo e alguns já freqüentam curso de
nível superior na área da educação. Os funcionários da categoria agente
educacional II têm curso de nível superior e a maioria possui cursos de
especialização. As funções são bem diversificadas e cada um trabalha, sempre que
possível, no setor no qual tem alguma experiência.
Os funcionários permanecem em tempo integral na escola e, portanto utilizam
o refeitório para as refeições e contam com espaço para descanso. O meio de
transporte de acesso ao colégio utilizado pelos funcionários que residem em
Diamante do Norte é disponibilizado pela prefeitura do município.
2.8.4 – Equipe de direção e pedagogo(s)
A equipe de direção é composta pelo diretor, diretor auxiliar e diretor auxiliar
da UDP (Unidade Didática Produtiva) eleitos democraticamente pela comunidade
escolar.
O gestor escolar administra, dirige, coordena e articula o trabalho de
professores e funcionários em função de uma meta: a aprendizagem de todos os
alunos. E a equipe pedagógica junto com ele responde por esse trabalho, formando
uma relação de parceria e cumplicidade para transformar a escola num espaço de
aprendizagem.
A relação intrínseca do papel do diretor e equipe pedagógica na gestão esco-
lar é clara e inevitável, uma vez que o pedagogo responde pela mediação, organiza-
ção, integração e articulação do trabalho pedagógico e ao diretor, cabe dirigir e coor-
denar o andamento do trabalho pedagógico, de acordo com sua função social.
2.8.5 - Relação entre a escola - família e comunidade
A escola busca o fortalecimento da participação efetiva dos pais,
principalmente, através do Conselho Escolar e APMF, de modo que possam
contribuir com suas opiniões, suas culturas, revelando seus desejos e aspirações no
sentido de colaborar com a qualidade de ensino de seus filhos. Contudo,
encontramos dificuldades com relação à efetiva participação da família na escola,
pois a maioria reside em municípios distantes e até mesmo em outros estados.
No entanto, é imprescindível a presença e a participação da família na escola
não apenas em reuniões de pais de entrega de boletins e para informá-los dos
problemas disciplinares do aluno, mas para responder pelo que é de sua
responsabilidade na educação de seus filhos.
3 - Objetivos da Instituição
3.1 - Objetivo geral
Formar profissionais técnicos para a área agropecuária com enfoque na
produção agroecológica, despertando consciência crítica com visão solidária e social
com condições de promover o desenvolvimento regional sustentável.
3.2 - Objetivos específicos
Desenvolver a educação profissional, integrada às diferentes formas de
educação, trabalho ciência e tecnologia, conduzindo ao permanente
desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.
Propiciar a melhoria da qualidade da produção e de qualidade de vida do
homem do campo, através de ações voltadas para a agropecuária sustentada nas
pequenas e médias propriedades.
• Contribuir para o acesso, a permanência e o sucesso dos alunos em relações
democráticas, promovendo a identidade social dos mesmos;
• Proporcionar formação técnica às atividades agropecuárias que permita o
desenvolvimento rural, com capacidade de pensamento autônomo e criativo;
• Oferecer uma educação de qualidade em vista à formação do cidadão crítico,
reflexivo e participativo;
• Respeitar a diversidade étnica, social e cultural dos educandos;
• Possibilitar a formação continuada do coletivo de profissionais da educação;
• Possibilitar o uso das novas tecnologias de informação e de comunicação na
prática docente;
• Favorecer a participação da comunidade escolar na gestão democrática da
escola, de modo a promover a integração com os órgãos colegiados (Conselho
Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe);
4 – MARCO SITUACIONAL
Na sociedade contemporânea, as vertiginosas transformações no mundo do
trabalho, o avanço tecnológico configurando a sociedade virtual e os meios de
informação e comunicação exercem uma força brutal nas relações sociais e em
todas as instituições de nossa sociedade, exigindo delas um reposicionamento e a
busca de um novo perfil frente aos desafios do que tem se chamado de pós-
modernidade.
Essas transformações atingem crucialmente a escola, suas concepções, suas
formas de construção do saber, pois há, sem dúvida alguma, uma mudança de
paradigma que está a exigir um novo modelo de escola e um novo perfil de
professor que possam estar a serviço de uma escolarização de qualidade social, e
atenda efetivamente, com eficiência e eficácia, a todas as crianças, jovens e adultos
que demandam a instituição escolar.
Nesse sentido, as tendências do mundo contemporâneo de adaptar as
políticas públicas, principalmente de Educação Profissional e de instituições
responsáveis por essa modalidade de ensino, aos aspectos orientadores da
globalização, do neoliberalismo, das novas tecnologias, das novas formas de
informação, de comunicação e de todas as rápidas transformações em que a
sociedade está envolvida, apontam para a necessidade de um novo modelo de
desenvolvimento afluído para o conhecimento.
Desta forma, a educação deve pensar o desenvolvimento considerando os
aspectos da diversidade, da especificidade regional, os recursos disponíveis, as
expectativas, os anseios e necessidades da comunidade.
4.1 - Realidade brasileira
O Brasil é considerado um país emergente e ocupa, atualmente, o 6º lugar no
ranking das maiores economias do mundo. O país é um grande produtor e
exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais,
agrícolas e manufaturados. As áreas de agricultura, indústria e serviços são bem
desenvolvidos e encontram-se, atualmente, em bom momento de expansão.
Contudo, o Brasil está com uma das mais altas concentrações de renda do
mundo. E, embora o país tenha enriquecido nos últimos anos não conseguiu
transformar esta riqueza em mais expectativa de vida e em educação.
A educação brasileira passou por grandes transformações nas últimas
décadas, que tiveram como resultado uma ampliação significativa do número de
pessoas que têm acesso a escolas, assim como do nível médio de escolarização da
população. No entanto, estas transformações não têm sido suficientes para colocar
o país no patamar educacional necessário, isto é, da igualdade de oportunidades
que a educação deve proporcionar a todos os cidadãos.
As grandes disparidades sociais e econômicas existentes no Brasil se
refletem em especial sobre a qualidade de vida da população: expectativa de vida,
mortalidade infantil e analfabetismo, dentre outros aspectos.
Segundo os dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) o Brasil apresenta IDH de 0,813, valor considerado alto e
atualmente ocupa o 75° lugar no ranking mundial.
Os novos números mostram que taxa de alfabetização brasileira aumentou de
88,6% para 89,6% (10,4% de analfabetismo), correspondendo ao principal motivo da
melhoria do IDH do Brasil. Já a taxa bruta de matrícula não sofreu alteração. No
ranking do índice referente à educação, o país é o 65º do mundo.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro revelou que 74% dos
brasileiros são analfabetos funcionais, ou seja, não são capazes de realizar a leitura
de um texto devido à dificuldade de interpretação. De cada 4 pessoas somente uma
consegue entender um texto complexo.
4.2 - Realidade do estado do Paraná
O Paraná ocupa o quinto lugar em importância econômica entre todos os
estados brasileiros. As diferentes características físicas e climáticas do estado
propiciam a existência de atividades agrícolas diversificadas e seu grau de
desenvolvimento econômico permite a utilização de avançadas técnicas agrícolas,
que nos traduzem mais altos índices de produtividade do país.
Na agricultura, a soja, milho, feijão, algodão, café e trigo são as principais
lavouras do estado. Destaca-se ainda, a produção de batatas, de cana-de-açúcar,
de mandioca e de arroz. Nos últimos anos, programas de desenvolvimento da
fruticultura vêm sendo implantados em diversas regiões do estado.
O estado possui um dos maiores rebanhos pecuário do país, sendo
expressivas também as criações de suínos e galináceos. A produção paranaense
de leite representa cerca de 10 % da produção nacional.
O estado do Paraná apresenta o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
de 0,820. Na área de educação, o estado saltou de 0,896 em 2002 para 0,913 em
2005. Para a avaliação desta área, o indicador é medido pela combinação da taxa
de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais e taxa de freqüência escolar nos
três níveis de ensino (fundamental, médio e superior) em relação à população de 7 a
22 anos de idade.
4.3 - Realidade do município
O Colégio Agrícola Estadual do Noroeste, localizado no Município de
Diamante do Norte – situado na região Noroeste do Estado do Paraná, atende
alunos dos municípios da AMUNPAR (Associação dos Municípios do Noroeste do
Paraná) além de outros municípios do Paraná, Estado de São Paulo e Mato Grosso
do Sul e através de um acordo entre o governo do Paraná e do Paraguai passamos
a receber alunos Paraguaios.
A população dos 28 municípios da Amunpar é de 260.234 habitantes,
segundo estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE,2009).
Cerca da metade desses municípios apresentam um percentual de pessoas
pobres mais do que a média do estado.
A taxa de analfabetismo da população entre 15 anos e mais dos municípios
que integram a Amunpar é de 12% a 17% da população.
O município de Diamante do Norte possui uma população de 5.624
habitantes, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE, 2007).
Quanto à situação educacional da comunidade, a taxa de analfabetismo
(IBGE, 2000) da população de 15 anos e mais é de 15,1% e de 15 à 19 anos é de
1,6 %. E o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município - 0,738
é considerado médio.(PNUD,2000).
O nível sócio-econômico da comunidade classifica-se de médio para baixo,
sendo a renda familiar de 80% da população em torno de um salário mínimo.
O ramo de atividade exercido pela maioria da população baseia-se na
agropecuária, indústria e comércio/serviços.
A atividade econômica predominante no município está ligada à Agricultura e
Pecuária.
Na agricultura destaca-se o plantio de café, milho, mandioca, feijão e cana-
de-açúcar e na pecuária destaca-se a criação de bovinos e suínos.
A região Noroeste do Paraná caracteriza-se pela existência de uma grande
quantidade de pequenos proprietários de terras. Das propriedades rurais existentes
na região cerca de 4.950 são classificadas em micro e pequenas propriedades,
sendo que cerca de 85% dos alunos são oriundos destas propriedades.
Diante deste quadro, o fortalecimento do ensino médio profissionalizante,
principalmente em regiões carentes, beneficiando principalmente o meio rural, é uma
atitude política que promove a sustentabilidade das famílias no campo. Neste
contexto, o estado assume a responsabilidade social de incentivo à produção,
geração e distribuição de rendas, inclusão das minorias e de respeito às diferenças
sociais.
5 - MARCO CONCEITUAL
5.1 - Pressupostos filosóficos
O ensino ministrado no Colégio Agrícola Estadual do Noroeste será em
conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº
9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente –ECA -, Lei nº 8069/90 e a
Legislação do Sistema Estadual de Ensino, pautado nos princípios de liberdade,
dignidade, respeito e solidariedade humana, tendo como finalidade a efetivação do
processo de apropriação do conhecimento, de modo a garantir o pleno
desenvolvimento do educando e sua preparação para o exercício da cidadania.
A prática pedagógica a ser desenvolvida nesta escola está embasada na
construção de valores sociais e humanos, dentre eles, a cidadania e a ética, pois, de
acordo com Libâneo:
É preciso que a escola contribua para uma nova postura ético-valorativa de recolocar valores humanos fundamentais como a justiça, a solidariedade, a honestidade, o reconhecimento da diversidade e da diferença, o respeito à vida e aos direitos humanos básicos, como suportes de convicções democráticas. (2002, p.7).
A proposta educativa, portanto baseia-se na formação ampla do técnico em
Agropecuária, abordando a formação técnica alinhada a conhecimentos humanos
que permitam os estudantes compreender melhor a realidade que o cerca, perceber
os aspectos morais, éticos e filosóficos envolvidos na convivência em sociedade e
adquirir uma formação cultural mais ampla, compreendendo o papel do ser humano
enquanto produtor e disseminador de conhecimento e cultura.
A educação profissional em nível médio será desenvolvida de forma integrada
ao ensino médio, e tendo o trabalho como princípio educativo, visando à formação
humana para a apreensão dos conhecimentos sócio-histórico-científicos e
tecnológicos, indispensáveis ao exercício da cidadania, à efetiva participação nos
processos sócio-culturais e produtivos e a continuidade dos estudos. Para tal,
alicerça seu planejamento a partir das seguintes concepções.
5.1.1 - Concepção de mundo
O Mundo é onde ocorrem as interações homem-homem e homem-meio social
caracterizadas pelas diversas culturas e pelo conhecimento.
Enquanto uma dimensão histórico-cultural e, portanto inacabado, o mundo
encontra-se em uma relação permanente com o ser humano, igualmente inacabado
que transformando e sendo transformado pelo mundo, o mesmo sofre os efeitos de
sua própria transformação.
O mundo atual se caracteriza pela pluralidade de formas de compreender a
realidade, exigindo o surgimento de novas narrativas no processo de produção do
conhecimento.
Uma vez que a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o
mundo adulto e suas contradições e considerando que seu papel “transformador”
está na compreensão crítica do mundo, a qual só é possível através da apropriação
dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, torna-se
necessário que a escola inclua em seus conteúdos curriculares a dimensão
humanística, técnica-científica e político-social, de modo a permitir a inserção do
educando no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as mudanças
estruturais também necessitam de sua participação.
5.1.2 - Concepção de sociedade
A sociedade pode ser conceituada como organização humanamente fundada
ou sistema de inter-relações que articula indivíduos numa mesma cultura. Ou ainda,
conjunto de indivíduos que vivem em um grupo organizado, sujeitos as mesmas
regras, compartilhando costumes, histórias, valores e princípios. Esse conjunto de
normas e regras determina condutas que rege a vida dos indivíduos, entrando assim
no campo da moral e da ética, atingindo terrenos dos valores, presentes nas ações e
nas reflexões de homens e mulheres na sociedade.
Vivemos hoje, na era da sociedade do conhecimento, marcada pelo foco na
informação, onde estamos reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar e
a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o
social.
Na atual sociedade capitalista e globalizada, caracterizada pelo individualismo
e a competitividade faz-se necessário construir uma sociedade democrática e
autônoma, crítica e reflexiva, comprometida com o desenvolvimento sustentável.
5.1.3 - Concepção de educação
A Educação é um dos pilares fundamentais dos direitos humanos, da
democracia, do desenvolvimento sustentável e tem dado provas de sua capacidade
de transformar-se e propiciar mudanças e progressos para a sociedade.
A educação é processo de emancipação humana. Educar é totalmente
diferente de treinar, domesticar, adaptar, moldar, adequar, integrar. Educar não é
enquadrar, incutir um padrão ou modelo, mas sim formar pessoas autônomas,
sujeitos livres e responsáveis.
A Educação deverá ser transformada para enfrentar os desafios propostos
pelo desenvolvimento da sociedade do conhecimento, enfrentando a profunda crise
de valores afetada pelo exacerbado interesse econômico, e assumir dimensões
éticas e morais mais profundas.
5.1.4 - Concepção de escola
A Escola enquanto instituição social tem uma série de funções, dentre elas,
contribuir para o desenvolvimento global do indivíduo, ou seja, desenvolvimento nos
aspectos sociais, cognitivos, afetivos, moral cívico e ético, e ao mesmo tempo
integrá-lo na sociedade como membro ativo e participante. Esses objetivos são para
todos, sem distinção.
A Escola, portanto deve responder às necessidades de socializar, de
transmitir a cultura, de integrar, de capacitar para o exercício pleno da cidadania as
novas gerações, satisfazendo as necessidades de desenvolvimento pessoal e
realização do indivíduo, sem discriminação de qualquer índole.
Portanto, a Escola deve ser o espaço que proporciona igualdade de
oportunidades, compensando as desigualdades sociais existentes na sociedade.
Uma Escola de qualidade seria aquela que presta serviços públicos gratuitos, de
qualidade pedagógica, sem privilégios, com espaço aberto para todos. Uma escola
comum, que lute contra a segregação, contra as desigualdades e discriminação.
Sem essa base epistemológica será difícil responder aos desafios
educacionais do século XXI.
5.1.5 - Concepção de homem
O homem é sujeito histórico, produto e produtor das relações econômicas,
sociais, culturais e políticas que o transformam e são transformados pelos conflitos
estabelecidos entre as diferentes classes sociais.
O ser humano é social por natureza. Desde muito jovens vivemos em
sociedade, fazemos parte e formamos grupos com pessoas das mais diversificadas
crenças, origens e personalidades. Graças a esse convívio no decorrer de nossas
vidas, vivemos situações que nos constrangem ou enaltecem, sofremos desilusões,
aprendemos com nossos erros e acertos e, através de comparações, conseguimos
construir a nossa personalidade e interagir com o universo.
Para que o Homem seja considerado enquanto sujeito histórico há a
necessidade de levar em consideração o seu mundo vivido, os conflitos
estabelecidos entre as diferentes classes sociais que são determinadas pelas
relações dialéticas, e, para que o educando possa analisar-se enquanto sujeito no
convívio social através da ação pedagógica consideramos que a leitura crítica da
realidade social tem de ser evidenciada, através da Ação Comunicativa.
5.1.6 - Concepção de trabalho
O trabalho é o eixo do processo educativo, porque através dele o homem
modifica a natureza e também se modifica, numa perspectiva que incorpora a pró-
pria história da formação humana. Ao consideramos o trabalho uma práxis humana,
é importante o entendimento de que o processo educativo é um trabalho não mate-
rial, uma atividade intencional que envolve formas de organização necessária para a
formação do ser humano.
5.2 - Pressupostos epistemológicos
O contexto social, político, econômico e educacional em que vivemos, tem
pressionado por necessárias transformações dos sistemas de ensino e das escolas
na direção de novas concepções de conhecimento, ensino e aprendizagem,
avaliação e currículo, dentre outros elementos do processo ensino-aprendizagem.
Nesse sentido, a proposta educativa desta instituição de ensino apresenta as
concepções de conhecimento, ensino e aprendizagem, avaliação e currículo
defendidos pelo coletivo da escola de forma a contribuir no desenvolvimento de
práticas escolares capazes de aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem.
5.2.1 - Concepção de conhecimento
O conhecimento é construído através das relações sociais, em suprimento
das necessidades individuais, pensadas coletivamente, e revestidas de
intencionalidade. Sendo o conhecimento processos humanos, históricos,
incessantes, de busca de compreensão, de organização, de transformação do
mundo vivido e sempre provisório, têm origem na prática do homem e nos processos
de transformação da natureza.
De acordo com Luckesi (1995) consideramos o conhecimento como uma
forma teórica-prática e prático-teórica de compreender a realidade que nos cerca.
Desse modo, a compreensão do mundo ocorre tanto em situações simples do
cotidiano quanto nas complexas, em instituições e laboratórios científicos.
Destacam-se, ainda, os seguintes aspectos em relação ao conhecimento:
- é social; é o indivíduo relacionado a outros que encontra saídas para os problemas
da realidade;
- é histórico: para solucionar impasses da atualidade contamos com a contribuição
do passado;
- é necessário para o progresso, para o atendimento às necessidades do ser
humano;
- e, finalmente, “o conhecimento, como compreensão da realidade e como
necessidade para o ser humano, pode ter uma função de libertação ou de
opressão”(p.56).
5.2.2 - Concepção de ensino e aprendizagem
Conjunto de ações e estratégias que o sujeito/educando, considerado na sua
individualidade ou coletividade, realiza, contando para tal, com a gestão facilitadora
e orientadora do professor, para atingir os objetivos propostos pelo plano e
formação. Constitui essencialmente o trabalho escolar, cujo produto é os
conhecimentos construídos, os conhecimentos dominados e as habilidades.
Consideramos que a relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica,
não é uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que
aprende. Ao contrário, deve ser uma relação recíproca na qual se destacam o papel
dirigente do professor e a atividade persuasiva dos alunos.
Para Libâneo (1994) a educação sempre será produto da relação entre
educadores e educandos, porém, nesta concepção, os papéis de cada um são
diferentes em relação à construção do conhecimento. A tarefa principal do professor
é garantir a unidade didática entre ensino e aprendizagem, através do processo de
ensino. Ensino e aprendizagem são duas facetas de um mesmo processo. O
professor planeja, dirige e controla o processo de ensino, tendo em vista estimular e
suscitar a atividade própria dos alunos para a aprendizagem.
O Processo ensino-aprendizagem deve ser entendido como valorização do
educando em sua experiência social, na construção coletiva do conhecimento, para
que possa ser desenvolvida sua capacidade de pensar, criar, produzir, criticar,
também devendo participar nas decisões da estruturação e organização das aulas
como agente de transformação social na busca de determinados saberes e
conhecimentos. Nesta perspectiva, a relação professor-aluno deverá ser dialógica,
democrática, solidária, horizontal, em constante interação, possibilitando a
humanização e conscientização, ajudando-o a se comprometer no processo de
transformação social.
Portanto, pela diversidade individual e pela potencialidade que esta pode
oferecer à produção de conhecimento, conseqüentemente ao processo de ensino e
aprendizagem, pode-se entender que há necessidade de estabelecer vínculos
significativos entre as experiências de vida dos alunos, os conteúdos oferecidos pela
escola e as exigências da sociedade, estabelecendo também relações necessárias
para compreensão da realidade social em que vive e para mobilização em direção a
novas aprendizagens com sentido concreto.
5.2.3 - Concepção de avaliação
A avaliação na prática escolar tem sido associada a fazer prova ou fazer
exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano, revelando desta forma, sua função
exclusivamente classificatória, oficializada pela visão de sociedade excludente, de
educação como simples transmissão e memorização de informações prontas e de
educando como ser paciente e receptivo.
Numa abordagem dialética e libertadora, concebemos a avaliação como um
processo contínuo de aprendizagem no qual se deve manter a interação professor-
aluno. Pode também ser definida como um meio de obter informações sobre os
avanços e as dificuldades do aluno, constituindo-se em um procedimento
permanente de suporte ao processo de ensino e aprendizagem, de orientação ao
professor na tomada de decisões em relação às atividades didáticas, a fim de ajudar
o educando a prosseguir com êxito seu processo de escolarização. Portanto, de
acordo com Luckesi, ao referir-se sobre a avaliação:
“significa diagnosticar e intervir, o que quer dizer,
praticar a investigação sobre o que está
acontecendo tendo em vista proceder intervenções
adequadas, sempre para a melhoria dos
resultados. ( 2005,p.8).
Neste caso, a avaliação não pode ser vista como método de reprovação, mas
uma especialidade para promover o conhecimento participativo, coletivo e
construtivo entre professor e aluno.
A avaliação entendida como uma ação pedagógica necessária para a qualida-
de do processo ensino-aprendizagem, deve cumprir, basicamente, três funções di-
dático-pedagógicas: função diagnóstica, função formativa e função somática.
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96)
determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos
estudantes ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova
final. Entendemos, portanto, que a avaliação do aproveitamento escolar seja
praticada como uma atribuição de qualidades aos resultados da aprendizagem dos
educandos.
5.3 - Princípios da Gestão democrática
5.3.1 – Acesso e permanência na escola
A Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei n° 9394/96) e o Estatuto da Criança do Adolescente (ECA -) garantem
e asseguram a igualdade de condições para o acesso e permanência do aluno na
escola.
Em vista disso, a gestão escolar tem como função propiciar a formação de
seus alunos e contribuir para o acesso, a permanência e o sucesso escolar da sua
aprendizagem.
O acesso aos alunos portadores de necessidades especiais (deficiência
física) relacionadas à locomoção ainda é restrito devido às instalações físicas da
escola sendo necessário realizar adaptações para assegurar as condições para sua
permanência na escola.
Apesar de apresentar baixos índices de evasão escolar devido ao seu
funcionamento em tempo integral, a escola realiza o trabalho de adaptação ao
regime de internato com os alunos da 1ª série. Os casos de desistências ocorrem
com mais freqüência nas primeiras semanas de aula e por isso proporcionamos aos
alunos uma semana de integração.
Outra medida adotada pela escola para a permanência do aluno na escola é a
oferta de atividades de complementação curricular e extracurricular realizadas no
período noturno e que envolve atividades artísticas, culturais e esportivas.
Com relação à assiduidade dos alunos, quando constatada a sua ausência
continuada o professor comunica a direção e/ou equipe pedagógica para que sejam
tomadas as devidas providências. A primeira medida a ser tomada é o registro na
Ficha FICA e o contato com os pais ou responsáveis, depois recorrer ao Conselho
tutelar e em última instância a Vara da Infância e da Juventude.
5.3.2 – Capacitação continuada de educadores
De acordo com Libâneo (2001), a formação teórica e prática dos professores
envolvem obviamente a formação inicial, mas será necessário um investimento
maciço na formação continuada através de um programa de requalificação
profissional.
A formação dos professores envolve a apreciação do saber e do saber-fazer;
o domínio de sua área de conhecimento, a relação desta com currículo da escola;
envolve competência profissional e a especificidade da função de ensinar, a necessi-
dade inerente desta profissão de estudo e de pesquisa permanente, bem como com-
promisso ético e político com a sociedade e com a escola pública. No entanto, de
acordo com Libâneo (2001) para garantir o exercício profissional de qualidade deve-
mos considerar as condições ideais de formação continuada:
(...) nas quais o professor aprende e desenvolve as competências, habilidades e atitudes profissionais; remuneração compatível com a natureza e as exigências da profissão; condições de trabalho (recursos físicos e materiais, ambiente e clima de trabalho, práti-cas de organização e gestão). (Libâneo, 2001, p. 63).
As ações de formação consistem em participar da construção e discussão do
projeto político pedagógico, reuniões de trabalho para discutir a prática com os cole-
gas, encontros com a Coordenação Pedagógica, pesquisas, mini-cursos, participar
de congressos, cursos, seminários, encontros, palestras, dentre outros.
A formação continuada se faz por meio de estudo, da reflexão, da discussão e
da confrontação das experiências dos professores. A rotina do funcionamento da Es-
cola pode ser a possibilidade de o professor aperfeiçoar, continuamente, sua compe-
tência docente-educativa.
A direção e a coordenação pedagógica deveram exercer um papel de desta-
que, apoiando e sustentando esses espaços de reflexão, investigação e formação
contínua.
A formação continuada é de responsabilidade da instituição de ensino, mas
também do professor que deve investir no seu desenvolvimento profissional.
5.3.3 – Qualidade do ensino-aprendizagem
A gestão democrática, em vista a qualidade de ensino-aprendizagem requer
a análise e avaliação dos aspectos físicos, administrativos e pedagógicos da escola
e suas implicações na prática pedagógica para assegurar ao educando o domínio de
conhecimentos escolares assim como o desenvolvimento de suas capacidades
intelectuais.
Para tanto, é preciso investir na formação continuada dos profissionais da
educação e na avaliação do seu desempenho; buscar cada vez mais a participação
de todos, procurando tomar as decisões em forma de colegiado, envolvendo o maior
número possível de atores do processo ensino/aprendizagem; implementar medidas
pedagógicas que levem em conta os resultados de avaliação dos alunos e a atuação
dos professores articulada ao projeto pedagógico e às necessidades de melhoria do
rendimento escolar; analisar os serviços prestados pela escola em relação ao
atendimento ao público, à manutenção do prédio, dos equipamentos, bem como a
utilização e aplicação dos recursos financeiros e analisar os resultados obtidos pela
escola (aprovação/reprovação); considerar a qualidade do ambiente escolar e a
adoção de mecanismos de monitoramento e avaliação desses resultados, com o
objetivo de melhorá-los, em compatibilidade com o projeto pedagógico escolar.
5.4 – Currículo da escola pública
Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do
Paraná, concebemos o currículo como “produto histórico, resultado de um conjunto
de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes
que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez,
são também históricos e sociais.” (DCE, 2008).
É uma seleção de conteúdos, de concepções, de intenções que devem ser
democratizados para toda a população, e são requisitos mínimos para a participação
consciente em uma sociedade cada vez mais excludente, seletiva e contraditória.
Expressa as intenções da escola, através do conjunto das atividades nucleares que
devem refletir um projeto maior, o projeto de sociedade. O currículo deve ser
pensado em duas dimensões principais: a seleção dos conteúdos e os métodos de
apropriação dos conteúdos.
Os conteúdos devem ser trabalhados de forma contextualizada,
estabelecendo-se entre eles relações interdisciplinares, partindo sempre do contexto
histórico-social no qual se encontram os alunos. Desta perspectiva, propõe-se que
tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições políticas e econômicas
presentes na estrutura da sociedade contemporânea.
Acreditamos que no processo de construção do currículo é possível
estabelecer um processo dinâmico de ação e reflexão, como uma prática social
coletiva, fruto de debates e da consistência de propósitos que envolvem as
perspectivas e as intenções sociais do conjunto de professores e alunos. Este
movimento não se constitui num processo harmônico, porém, os conflitos e
contradições são necessários e desejáveis para a legitimidade de um projeto que se
pretenda coletivo e democrático, na construção de práticas curriculares reais.
5.5 - Trabalho coletivo
O trabalho coletivo é o melhor meio de atualização e reflexão sobre a ação
educativa de seus profissionais. Entende-se o trabalho coletivo como um articulador
dos diversos segmentos da comunidade escolar e que é fundamental para sustentar
a ação da escola em torno de um projeto.
Para romper as relações de poder autoritárias, rígidas e burocratizantes
existentes durante anos na escola, o trabalho coletivo torna-se condição “sine qua
non” para a construção e reconstrução do dia a dia escolar.
5.6 – Perfil do Técnico em Agropecuária
O Técnico em Agropecuária deverá ser um profissional eclético, detentor das
competências gerais da área agropecuária e com perfil que lhe permita atuar como
agente autônomo de desenvolvimento, tanto nas inúmeras e predominantes
pequenas propriedades da região, bem como na prestação de serviços de
assistência técnica e extensão rural. Deverá também atender às necessidades de
formação para atuação como empregado de organizações empresariais de todos os
portes, publicas ou privadas.
6 – MARCO OPERACIONAL
6.1 – Pressupostos didático-metodológicos
O trabalho pedagógico da escola consiste em uma ação intencional e
sistemática voltada à articulação dos diferentes trabalhos educativos. É constituído
pelo conselho escolar, equipe de direção, órgãos colegiados de representação da
comunidade escolar, conselho de classe, equipe pedagógica, equipe docente,
equipe técnico-administrativa e equipe - auxiliar operacional.
A educação preconizada nesta instituição de ensino quer ser coerente com as
concepções de conhecimento, de homem, de mundo e de sociedade assumida pelo
coletivo da escola. Deste modo, orienta sua prática educativa segundo preceitos
legais que asseguram a todos, o direito de igualdade de acesso e permanência na
escola, sendo respeitada a diversidade cultural, a diferença de gênero, orientação
sexual, etnia e os alunos portadores de necessidades especiais.
A prática educativa deve ser orientada para o desenvolvimento de atividades
práticas e projetos inter-relacionados voltados às especificidades do campo,
facilitando a aprendizagem e a qualificação para uma melhor formação profissional.
Estas novas diretrizes estão de acordo com a política para a Educação
Profissional definida pela Secretaria de Estado da Educação em consonância com a
política nacional que ratifica a necessidade de oferta de um ensino profissionalizante
que integre os conhecimentos da Base Nacional Comum com a Formação
Especifica no currículo dos cursos.
A prática cotidiana da escola está voltada também para a construção de
valores educativos, éticos e morais, de cidadãos e cidadãs autônomas, que buscam
de maneira consciente e virtuosa, o bem-estar pessoal e coletivo.
6.2 – Gestão da escola
Num processo de descentralizado de tomada de decisões, a gestão escolar
deverá propiciar a participação da comunidade escolar na construção da prática
pedagógica.
O modelo de gestão democrática tem criado novas oportunidades de
participação popular no campo educacional, contribuindo para construir uma
representação social de que a gestão da escola pública não pode ser apenas
responsabilidade do Estado ou do gestor, mas também responsabilidade de outros
atores educativos, integrando conselhos de escola e outros órgãos colegiados.
Para que a tomada de decisão seja partilhada, é necessária a implementação
de vários mecanismos de participação tais como: o aprimoramento dos processos
de provimento ao cargo de diretor, a criação e consolidação de órgãos colegiados na
escola, a construção coletiva dos projetos, a progressiva autonomia da escola e,
conseqüentemente, a discussão e a implementação de novas formas de organiza-
ção e de gestão escolar e a garantia de financiamento público da educação.
O gestor escolar deve ser o articulador da proposta pedagógica, propiciar
momentos de discussão e participação da comunidade escolar na tomada de
decisões, coordenar a parte administrativa sem prejuízo do acompanhamento das
questões pedagógicas, ressaltar as funções educativas dos funcionários e
providenciar condições materiais e estruturais para que todos possam realizar seu
trabalho
Portanto, com base no princípio de democratização, compete aos
responsáveis pela Gestão escolar, promover a criação e a sustentação de um
ambiente propício à participação plena, no processo social escolar, dos seus
profissionais, de seus alunos e de seus pais, uma vez que se entende que é por
essa participação que os mesmos desenvolvem consciência social crítica e sentido
de cidadania.
6.3 - Órgãos colegiados
6.3.1 - Conselho escolar
O conselho escolar torna-se um espaço privilegiado de discussão, negociação
e encaminhamento das demandas educacionais, possibilitando a participação social e
promovendo a cultura da gestão democrática. Tem por atribuição deliberar sobre
questões pedagógicas, administrativas e financeiras no âmbito escolar.
A Lei nº 9394/96 no Artigo 14, que trata dos princípios da Gestão Democrática
no inciso II – "participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares
ou equivalentes", esses conselhos devem ser implementados para se ter uma gestão
democrática.
O conselho escolar desta instituição de ensino é constituído por pais,
representantes de alunos, professores, funcionários, membros da comunidade e
diretores de escola que participaram efetivamente na organização, na construção e
avaliação dos projetos pedagógicos, na administração dos recursos, enfim nos
processos decisórios que garantem uma escola de melhor qualidade social.
6.3.2 - Associação de pais e mestres e funcionários (APMF)
A Associação de Pais e Mestres é o órgão destinado a promover o
intercâmbio entre a família do aluno, os mestres, que tem por finalidade colaborar no
aprimoramento do processo educacional, na assistência ao escolar e na integração
família-escola-comunidade. Os objetivos da APM são de natureza social e educativa,
sem caráter político, racial ou religioso, assim como sem finalidades lucrativas.
Como a escola não tem autonomia para movimentar recursos financeiros
diretamente, é pela APMF que recebe e aplicam os recursos vindos da Secretaria de
Educação ou resultante de festas, contribuições etc.
Os membros da APMF da nossa escola prima pela busca de soluções
equilibradas para os problemas coletivos do cotidiano escolar, dando suporte a
Direção e Equipe Pedagógica, visando o bem estar e formação integral dos alunos.
6.3.3 - Grêmio estudantil
O Grêmio Estudantil é a organização que representa os interesses dos
estudantes firmando, sempre que possível, uma parceria com todas as pessoas que
participam da escola. É também um importante espaço de aprendizagem, cidadania,
convivência, responsabilidade e de luta por direitos.
Com o Grêmio, os alunos têm voz na administração da escola, apresentando
suas idéias e opiniões.
O Grêmio Estudantil da nossa escola tem como objetivo contribuir para
aumentar a participação dos alunos nas atividades da escola, organizando
campeonatos, palestras, projetos e discussões, de modo a criar e fortalecer inúmeras
possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.
6.3.4 - Conselho de classe
Conselho de classe é um dos vários mecanismos que possibilitam a gestão
democrática na instituição escolar. Tem caráter deliberativo, sendo instância de
reflexão, discussão, decisão, ação e revisão da prática educativa.
É um órgão colegiado, presente na organização da escola, o qual reúne
periodicamente os vários professores das diversas disciplinas, juntamente com a
Equipe pedagógica, direção e representantes dos alunos para refletirem
conjuntamente e avaliarem o desempenho pedagógico dos alunos das diversas
turmas, séries ou ciclos.
A finalidade primeira do conselho de classe realizado em nossa escola é
diagnosticar problemas e apontar soluções tanto em relação aos alunos e turmas,
quanto aos docentes.
Portanto, o Conselho de Classe deve desempenhar um papel no sentido de
mobilizar avaliação escolar na perspectiva de desenvolver um maior conhecimento
sobre o aluno, a aprendizagem, o ensino e a escola.
6.4 – Equipe docente
A equipe docente é composta de profissionais que desenvolve o currículo
escolar, responsável por conduzir saberes científicos, conteúdos formais, com base
nos conhecimentos prévios destes alunos, além de receber dos educandos novas
informações que vão modificando e enriquecendo gradativamente a sua visão de
sociedade, civilização e de mundo.
Portanto, o professor tem a função de vivenciar com seus alunos, a
transposição didática, do saber científico em saber escolar, possibilitando a
construção dos novos saberes.
O novo paradigma educacional, com sua evolução, leva a sociedade a exi-
gências qualitativas que são visíveis e prioritárias, requerendo um novo tipo de edu-
cador que assume o papel de ensinante e ao mesmo tempo de aprendente.
O novo sujeito educativo é o educador que é capaz de entender a heteroge-
neidade da turma, adequando-se e integrando-se a ela, tendo domínio do conteúdo,
que o torne capaz de promover o intercâmbio entre os alunos e o conhecimento,
consequentemente estabelecendo uma relação harmoniosa em atendimento às exi-
gências do princípio da inclusão.
Os professores, enquanto intelectuais, precisam ser fomentadores de mudan-
ças, incentivando seus alunos nesta luta contra as injustiças sociais, econômicas e
políticas para assim buscar soluções para os problemas da atualidade.
6.5 – Equipe pedagógica
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-Pedagógico
e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações
emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
O papel da equipe pedagógica é de favorecer a construção de um ambiente
democrático e participativo, onde se incentive a produção do conhecimento por parte
da comunidade escolar, promovendo mudanças atitudinais, procedimentais e
conceituais nos indivíduos.
6.6 - Equipe técnico-administrativa e auxiliar operacional
O reconhecimento de que todos os espaços da escola, além da sala de aula
são importantes espaços educativos confere aos funcionários a responsabilidade na
formação do educando e tem papel importante na elaboração de práticas, sejam
elas dentro ou fora da sala de aula.
A função do funcionário como apoio ao projeto pedagógico e ao processo de
ensino-aprendizagem contribui para a melhoria do processo pedagógico. Em vista
disso, à merendeira, cabe a educação alimentar; aos encarregados da limpeza e
manutenção, a educação ambiental; aos auxiliares de bibliotecas, de laboratórios, a
educação para a cultura, para a comunicação, para o lazer; aos que trabalham nas
secretarias, a educação para a gestão democrática, para a responsabilidade cidadã.
Conforme previsto no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro
dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná (Lei
Complementar nº 123) os funcionários que atuam como agente educacional I tem
como atribuições: zelar pela ambiente escolar, preservando, valorizando e integran-
do o ambiente físico escolar bem como executar atividades de manutenção e limpe-
za conforme a necessidade de cada espaço. E os funcionários que atuam como
agente educacional II tem como atribuições realizar atividades administrativas e de
secretaria, atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunica-
ção e tecnologia.
6.7 - Organização do espaço e tempo escolar
Por se tratar de uma instituição de ensino em regime de internato, os alunos
internos têm disponíveis: alojamento, serviços de lavanderia e recebem cinco
refeições diárias (café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche noturno).
A finalidade do internato é possibilitar alojamento para os alunos advindos dos
municípios do estado do Paraná, principalmente, da região noroeste paranaense,
além dos estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Em vista disso, o internato tem como função o acompanhamento dos alunos
internos considerando os aspectos sociais e emocionais. Para tanto é realizado um
trabalho de orientação e apoio pedagógico através do diálogo, aconselhamento e,
se houver necessidade, o cumprimento de medidas disciplinares.
Os alunos estudam dez aulas por dia, sendo 05 no período matutino e 05 no
período vespertino, distribuídas em aulas teóricas e práticas de 50 minutos de se-
gunda a sexta-feira.
No período noturno, a escola oferta atividades de complementação curricular
como: Celem (Centro de Língua Estrangeira Moderna) de espanhol e a atividade do
Programa Viva a Escola (Jornal Agriconews), além de aulas de orientação de está-
gio e atividades recreativas, esportivas, artísticas e culturais.
TURNO HORÁRIO ROTINA ESCOLAR
MANHÃ
06h: 00 Sinal para despertar
06h: 30 min as 07h: 00 Limpeza dos alojamentos e café da
manhã
07h: 30 às 11h: 50min Aulas teóricas/práticas
11h: 50min as 13h: 00 Almoço
TARDE
13h:00 Aulas teóricas/práticas
15h:30min as
15h:45min
Café da tarde
15h:45min as
17h:25min
Aulas teóricas/práticas
NOITE
18h:00 as 19h:00 Jantar
19h:30min – 22h:00min Leitura e pesquisas na biblioteca,
pesquisas no laboratório de informática,
cursos, palestras, atividades de
complementação curricular (CELEM e
Programa Viva a Escola), orientação de
estágio, atividades recreativas, esportivas
e culturais.
6.7.1 - Critérios para elaboração do calendário escolar
O calendário escolar ordena o tempo, prevê os dias letivos e não letivos, as
ferias, os períodos escolares em que o ano se divide os feriados cívicos e religiosos,
os períodos para reuniões técnicas - pedagógicas, cursos e projetos, conselho de
classe e eventos a serem realizados pelo estabelecimento.
O Calendário Escolar deve estar embasado na LDBEN no 9394/96, a qual
determina o mínimo de oitocentas (800) horas anuais, distribuídas por um
mínimo de duzentos (200) dias de efetivo trabalho escola.
6.7.2 - Critérios para a organização das turmas
Os critérios utilizados para a organização das turmas são regulamentados por
Instrução própria, normalizadas pela SEED (Secretaria de Estado da Educação).
A organização das turmas da-se a partir de dados levantados em Conselho
de classe, do acompanhamento da equipe pedagógica, da observação cotidiana e
da observância da equidade do número de alunos.
6.7.3 - Distribuição de aulas
A Resolução nº. 6007/2006, em seu Art. 2º, especifica que “A distribuição de
aulas nos estabelecimentos de ensino da rede estadual de Educação Básica, far-se-
a com a observância das normas e diretrizes contidas” na Lei, considerando-se a
jornada de trabalho dos professores a soma das horas-aula e das horas – atividade.
6.7.4 - Critérios para organização e utilização dos espaços educativos
6.7.4.1 - Biblioteca
A biblioteca é um espaço de aprendizagem que tem por finalidade incentivar e
disseminar o gosto pela leitura junto à comunidade escolar por meio do acervo
organizado e integrado aos interesses e necessidades da instituição.
O objetivo da biblioteca nesta instituição de ensino é de subsidiar a pesquisa,
leitura e a informação ao educando, professores, funcionários e comunidade em
geral.
Compreendemos que o espaço da biblioteca não pode se tornar um mero
“enfeite” da escola e os livros não pode ser vistos como produtos ou mercadorias,
mas sim como um objeto cultural gerador de conhecimentos e prazeres aos leitores.
Portanto, como ambiente educativo deve proporcionar o desenvolvimento cultural,
autonomia intelectual e o pensamento crítico em vista a formação de leitores.
A Biblioteca será regida por um regulamento próprio, onde estarão
explicitados sua organização, funcionamento e atribuições dos bibliotecários.
6.7.4.2 - Laboratório de informática
O laboratório de informática tem o objetivo de propiciar o uso das novas
tecnologias na educação de modo a permitir ao professor a utilização de
metodologias didáticas que facilitem o processo ensino-aprendizagem.
A utilização do computador e o acesso à internet devem ser considerados
como ferramenta educacional para melhorar o ensino despertando o gosto pela
pesquisa e o saber, dando acesso à informação, onde professor e aluno se
integrem, buscando o conhecimento através da investigação, de forma a transformar
o conhecimento em ação concreta, possibilitando o bem comum.
O uso do laboratório, bem como as principais normas relativas ao seu
funcionamento encontram-se especificadas no Regimento Escolar.
7- PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA
7.1 - Apresentação da modalidade da Educação Básica
O estabelecimento de ensino oferta o Curso Técnico em Agropecuária - Área
Profissional Agropecuária integrado ao Ensino Médio com 03 (três) de duração.
A Educação Profissional, em nível médio, será desenvolvida de forma
integrada/articulada ao Ensino Médio, observados os princípios de articulação com a
Educação Básica, o trabalho como princípio educativo, integração com o trabalho, a
ciência, a cultura e a tecnologia e o estímulo à educação permanente e contínua
visando à formação humana para apreensão dos conhecimentos sócio-históricos,
científicos e tecnológicos.
A nossa proposta é formar cidadãos com visão de mundo que ultrapasse as
barreiras do comodismo, da disputa do poder, do egoísmo, sendo pessoas com
capacidades de enxergar o ideal de liberdade nas suas relações em sociedade,
tendo a possibilidade de agir e transformar o meio em que vive.
Portanto, o compromisso da escola não está apenas na formação para o
mundo do trabalho, no qual se espera que o trabalhador seja cada vez mais
polivalente, multifuncional, criativo e flexível, mas, principalmente, com a formação
do ser humano, no seu desenvolvimento como pessoa e cidadão, de sua inserção
no processo democrático de construção de uma sociedade mais justa e humana.
Diante disso, é primordial que a escola assuma sua função social, ou seja,
propiciar ao educando meio de acesso aos saberes essenciais para sua formação
como sujeito autônomo, crítico e competente no mundo do trabalho e em todas as
demais esferas da vida em sociedade.
Nesse contexto, a Educação Profissional na área Agropecuária deve
contribuir para a formação técnica, sendo propulsor da capacitação profissional e do
exercício da cidadania e também como um meio de desenvolvimento regional, uma
vez que é suporte para a transformação dos pequenos proprietários em empresários
rurais que alcançam a auto-suficiência de suas propriedades.
A Educação Profissional, portanto, passa a ser um pilar na formação da
consciência e da aplicação do conhecimento técnico, na motivação dos filhos dos
pequenos proprietários, agentes multiplicadores do saber e do agir e também a
valorização da permanência do homem no campo.
7.2 - Fundamentos da Proposta Pedagógica
O trabalho pedagógico do colégio Agrícola Estadual do Noroeste se
desenvolverá com base nos princípios da Lei 9.394/96 e em conformidade com as
Diretrizes Curriculares da Educação Básica e organizada de acordo com as
Diretrizes da Educação do Campo.
O curso Técnico em Agropecuária tem como proposta pedagógica a matriz
curricular integrada com enfoque Agroecológico, pois se acredita que é possível re-
orientar os processos produtivos e estratégias de desenvolvimento que sejam
capazes de contribuir para minimizar os impactos ambientais gerados pela
agricultura convencional e, ao mesmo tempo, sugerir estratégia que possam vir a ser
adotadas para um desenvolvimento socialmente mais apropriado e que preserve a
biodiversidade e a diversidade sócio-cultural.
Nesse sentido, o processo de ensino-aprendizagem a ser desenvolvido
propiciará ao educando aprendizagem significativa, aproximando de seus interesses
e conseqüentes motivações numa dialética de interação, onde articula os diversos
atores, professores e alunos, socializando o conhecimento produzido historicamente
pela humanidade, de forma a ampliar a compreensão do sujeito sobre a prática
social e promover ações transformadoras.
Para tanto, a nossa proposta pedagógica fundamenta-se na pedagogia
histórico-crítica, que entende que a função social da escola é de promover o acesso
aos conhecimentos socialmente produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao
educando condições de emancipação humana. Em vista disso, busca-se a
promoção, através da escola, do desenvolvimento sustentável e do acesso aos bens
econômicos, sociais e culturais. Em outros termos, significa que a educação é
entendida como mediação no seio da prática social global.
De acordo com Saviani, a prática social é o ponto de partida e de chegada do
processo de ensino-aprendizagem. Daí decorre o método dialético que parte da
prática social, onde professor e aluno se encontram igualmente inseridos, ocupando,
porém, posições distintas, condição para que travem uma relação fecunda na
compreensão e encaminhamento da solução dos problemas postos pela prática
social, cabendo aos momentos intermediários do método identificar as questões
suscitadas pela prática social (problematização), dispor os instrumentos teóricos e
práticos para a compreensão e solução (instrumentação) e viabilizar sua
incorporação como elementos integrantes da própria vida dos alunos (catarse).
Deste modo, a prática educativa será desenvolvida com o objetivo de
privilegiar a aquisição do saber vinculado às realidades sociais de modo que os
métodos favoreçam a correspondência dos conteúdos com os interesses dos
alunos, e que estes possam reconhecer nos conteúdos o auxílio ao seu esforço de
compreensão da realidade (prática social). Assim, acreditamos que o conhecimento
da prática social-histórica deve proporcionar a dimensão crítica ao educando, para
que possa reagir sobre a própria realidade social no sentido de sua transformação.
7.3 – Objetivo geral
- Formar profissionais de nível médio na área de agropecuária para atuar nas
atividades voltadas para a produção vegetal, produção animal, produção
agroindustrial, planejamento, gestão de negócio, com competência para realizar e
orientar o desenvolvimento de práticas agropecuárias economicamente viáveis e
com menor impacto ambiental, visando a sustentabilidade dos sistemas produtivos,
e com capacidade para o autodesenvolvimento, visando a incorporação das
inovações tecnológicas da área agropecuária.
7.3.1 – Objetivos específicos
• Despertar consciência crítica no presente e no futuro da agropecuária, como
atividade transformadora do meio ambiente em geral e do próprio
agroecossistema, em particular sua relação com os aspectos sócio-econômico
e culturais;
• Promover a compreensão e o conhecimento do funcionamento dos
ecossistemas em geral e dos agroecossistemas em particular, assinalando
diferenças e semelhanças entre ambos;
• Manejar ferramentas que permitam compreender os principais processos que
ocorrem em agroecossistemas e suas relações com diferentes práticas
agropecuárias.
• Visualizar o impacto do manejo dos agroecossitemas sobre as principais
adversidades do sistema produtivo predominante na região, como pragas,
doenças, clima, e até no desequilibro sócio econômico;
• Desenvolver atitude reflexiva em torno dos fundamentos conceituais, critérios e
parâmetros que permitam entender e propor soluções à problemática rural com
enfoque agroecológico, visando a sustentabilidade agrícola;
• Conhecer as metodologias que permitam diagnosticar, avaliar e investigar os
agroecossistemas, com a finalidade de estabelecer o manejo de sistemas
sustentáveis.
7.4 - Metodologia
A proposta pedagógica da escola privilegia o ensino onde a teoria e a prática
esteja fundamentalmente interligada no saber, em que a prática funcione como
elemento motivador e a teoria uma reflexão sobre esta prática, capazes de produzir
alterações comportamentais que levem os alunos a elaborar e criar soluções
próprias.
Partindo dos princípios educativos da escola, a organização curricular tem
como ponto de partida a compreensão do conhecimento em sua totalidade, de modo
a também abarcar as questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e culturais
no currículo, sem, contudo, secundarizar a função social da escola. Deste modo, os
Desafios Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental, Educação Fiscal,
Enfrentamento a Violência, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena,
Prevenção ao uso indevido de drogas e Sexualidade) serão trabalhados no currículo
somente como condição de compreensão do conteúdo na totalidade a fim de
compreendê-lo como parte da realidade concreta e de forma que incentivem
mudanças individuais e sociais.
O trabalho desenvolvido com a questão ambiental visa implementar a Lei
9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental a partir de uma
compreensão crítica e histórica das questões relacionadas ao meio ambiente e de
forma a promover um processo permanente de formação e de busca de informação
voltada para a preservação do equilíbrio ambiental e para a qualidade de vida. Com
relação à educação fiscal propõe-se a conscientizar os alunos do seu papel de
cidadão com relação aos direitos e deveres em acompanhar a arrecadação e
aplicação dos tributos; no que se refere ao enfrentamento à violência, é necessário
desenvolver um trabalho no sentido de preparar os alunos para o convívio em
sociedade, respeitando-os e fazendo-os respeitar às leis e ao próximo.
O trabalho com a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena tem
como intuito a implementação da Lei 10.639/03, a consolidação das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino da
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual
n°04/06 do Conselho Estadual de Educação, de modo a promover o reconhecimento
da identidade, da história e da cultura da população negra, assegurando a igualdade
e valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, européias e asiáticas.
Nesse sentido, a formação da Equipe Multidisciplinar, que envolve a direção,
equipe pedagógica, professores e funcionários têm como finalidade orientar e
auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnicos e
Raciais e o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana ao longo do ano
letivo.
A prevenção ao uso indevido de drogas busca instigar a busca pelo
conhecimento da legislação específica e debater assuntos presentes em nosso
cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação do usuário
de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.
A questão da sexualidade deverá ser entendida como uma construção social,
histórica e cultural. O trabalho educativo será desenvolvido de modo a considerar os
referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.
Dentro desta perspectiva, a escola propõe-se a delinear uma forma de
construir o fazer educativo, desenvolvendo o senso crítico, reflexivo e libertador.
Assim, o professor deve ver o aluno como um ser social e político e ser o mediador
no processo de apropriação do conhecimento pelo aluno e em sua relação com a
prática social.
Nesse sentido, o trabalho educativo da escola fundamenta-se na concepção
dialética de educação, de modo a priorizar a prática pedagógica através do diálogo,
partindo do contexto histórico-social do educando em situações de ensino e
aprendizagem que favoreçam a postura crítica, ou seja, para que possa reagir sobre
a realidade concreta e melhor entendê-la, explica-la e transformá-la, com autonomia
na busca e ampliação dos conhecimentos.
Comprometida com a busca da qualidade da educação pública a escola
assume uma concepção de educação técnica profissional alinhada com o trabalho
como princípio educativo, que considera o homem em sua totalidade histórica e a
articulação entre trabalho manual e intelectual, presentes no processo produtivo
contemporâneo.
Nesse intuito, um dos fundamentos das práticas pedagógicas está o respeito
à especificidade da Educação do Campo e à diversidade de seus sujeitos, e cuja
intenção está em promover o desenvolvimento sustentável, tornando viável a vida
digna, o trabalho e a cidadania para os povos do campo.
Portanto, nossa proposta educativa concebe a formação geral integrada a
formação técnica profissional em vista a formação integral dos educandos, de modo
que a abordagem dos conteúdos se fundamente no conceito de totalidade para que
possa propiciar um trabalho interdisciplinar.
Nessa perspectiva, o estabelecimento de ensino desenvolve atividades
pedagógicas de complementação curricular através do Programa Viva a Escola com
o Jornal Agriconews. Este programa permite a elaboração e execução de atividades
artísticas, culturais, científicas e esportivas, de acordo com as necessidades
pedagógicas e sociais dos alunos e da escola. Essas atividades são realizadas em
horários alternativos aos de aula. Ofertamos também o CELEM (Centro de Língua
Estrangeira Moderna) de língua inglesa e espanhola, com carga horária de 320
horas/aulas, organizado em 4 semestres de 80 horas/aulas cada.
Em vista a formação cívica do aluno executamos (uma vez por semana) o
Hino Nacional Brasileiro e o Hino do Paraná, buscando esclarecer e valorizar o signi-
ficado dos Hinos, resgatando o contexto cultural, histórico e social em que está ou
esteve inserido.
A escola, também participa de outros programas oficiais da Secretaria de
Estado da Educação do Estado do Paraná (SEED) como o Festival de Arte da Rede
Estudantil (FERA) e a Educação Com Ciência, de modo a propiciar o enriquecimento
na formação de alunos e professores e o aprimoramento da expressão de sua
criatividade e, além disso, dar a oportunidade de divulgação de trabalhos de
natureza cientifica e tecnológica, incentivando a curiosidade e a pesquisa. E, ainda
participamos dos Jogos Colegiais do Paraná (Jocop's) com o objetivo de possibilitar
aos nossos alunos o aprendizado das regras, dos limites, da dedicação, do esforço
individual e coletivo que torna possível o enfrentamento aos desafios do mundo
contemporâneos.
As disciplinas do curso Técnico em Agropecuária deverão ser desenvolvidas
de forma integrada às disciplinas da Base Nacional Comum, utilizando metodologias
que visem a articulação entre todas as disciplinas. Isto irá possibilitar ao aluno o
desenvolvimento das competências cognitivas, pela apreensão dos saberes próprios
da ciência e da cultura, os quais irão dar a fundamentação necessária para a
incorporação dos saberes técnicos e tecnológicos específicos da agropecuária.
A opção da organização curricular, partindo de uma concepção de
conhecimento interdisciplinar possibilita uma relação significativa entre
conhecimento e realidade, de modo a envolver o educador na prática de construir o
currículo, determinando uma relação dialética entre a realidade local e o contexto
mais amplo.
Nesse sentido, as atividades práticas realizadas nas áreas da UDP (Unidade
Didático Produtivo) têm como objetivo proporcionar uma aprendizagem significativa
aos alunos e favorecer o processo de ação-reflexão-ação.
Na integração entre a sala de aula e o campo podemos identificar e estamos
aprimorando os trabalhos em:
Agricultura Pecuária
Bioenergéticas: Apicultura
Cana de açúcar e oleaginosas para fins energéticos como: mamona, girassol, pinhão manso e canola).
Avicultura de corte e postura
Olerícolas Bovinos de leite
Culturas anuais: Minhocultura (húmus)
Milho, Feijão, Soja, Sorgo, Mandioca, Arroz e Triticale*
Cunicultura
Secundárias/perenes: Forrageiras (fenação e silagem)
Café e Seringueira Suinocultura
Forrageiras (implantação das espécies)
Sericicultura *
Produções de mudas: Caprinos e ovinos *
Olerícolas, frutíferas, espécies nativas e exóticas
Sistema de Mandala (Peixes/Aves) *
Fruticultura:
Abacate, Abacaxi, Banana, Coco, Citros, Goiaba, Lichia, Maracujá, Uva
Sistema de Mandala (olerícolas) *
* em processo de instalação e adequação.
A parceria SEED/UEM visa levantar dados administrativos de forma
sistemática para clarear e distribuir de forma constante e firme todos os custos e
produções a fim de demonstrar ao aluno vantagens e desvantagens na adoção de
certas tecnologias.
Parceria com produtores, empresas e indústrias para obtenção de mudas,
coleta de materiais (irrigação, adubação, forração), bem como para, conjuntamente
com os alunos, elaborar testes varietais com a comunidade local e arredores.
Sempre tendo em mente a segurança do agricultor, meio ambiente e
operadores, mostramos aos alunos o uso e cuidados quando ao uso correto de EPIs
(Equipamento de proteção individual) e EPCs (Equipamento de proteção coletiva).
Em concordância com regras de mecanização para manutenção, operação,
regulagens em máquinas e implementos, o aluno terá a oportunidade de manipular
elementos essenciais ao bom andamento de técnicas como plantio direto, rotação
de culturas, controle integrado e biológico de pragas e doenças com monitoramento
e contagem.
É essencial que os alunos deste estabelecimento saibam demarcar e
executar o levantamento de CNs (curva de nível) em vários condições
edafoclimáticas e culturais, disponibilizando ao aluno ferramentas e softwares
atualizados para a solução dos problemas que poderão advir.
Montagem e manutenção de sistema de irrigação seja ao nível de horta
(gotejamento com fertirrigação), de pastagem (aspersão) ou na forma de
gotejamento ao pé da planta em frutíferas.
Para o melhor aproveitamento do conteúdo estipulado nas respectivas
ementas da matriz curricular do curso técnico, os professores em reunião com a
equipe pedagógica e direção concluíram que a divisão de pequenas equipes de 6
(seis) alunos para cada setor de produção, quando em aulas de práticas
agropecuárias e 2 (duas) equipes de meia sala quando em aula da parte específica,
tendo um relevante que de acordo com o horário do respectivo professor estiver
embutido em alguma aula da BNC (Base Nacional Comum), esse professor
acompanhara as aulas à nível de campo, sempre com a visão de integração e
aplicabilidade dos conteúdos ministrados em sala para o futuro técnico de nível
médio.
As aulas práticas realizadas na UDP (Unidade Didática Produtiva), a cargo da
responsabilidade do professor da respectiva disciplina serão ministradas após a
execução das aulas de PA (práticas agropecuárias) o professor poderá visitar ou
acompanhar o desenvolvimento de outros alunos em outros setores.
Dentre as atividades teóricos-práticas a serem desenvolvidas pelos
professores junto aos alunos poderão ser contempladas:
– Práticas Agropecuárias: desenvolvimento de projetos nos setores agro-
pecuários: implantação; manutenção; manejo alimentar; manejo sanitário; plantio;
tratos culturais; colheita; montagem, desenvolvimento e avaliação de experimentos;
acompanhamento dos resultados técnicos, econômicos e financeiros dos setores;
– Visitas Técnicas: visitas técnicas às propriedades rurais, agroindus-
triais, haras, cabanhas, fábricas de rações, instalações avícolas e suinícolas, labora-
tórios entre outras. As visitas têm por objetivo introduzir, reforçar ou melhorar as téc-
nicas e práticas e, ainda obter informações e cooperação técnica; além do conheci-
mento sócio-econômico da região, complementando o conhecimento técnico e tec-
nológico de alunos e professores.
– Práticas de Campo: serão feitas concomitantemente ao embasamento
teórico, podendo ser individuais ou conjugadas, ou seja, com a participação de dois
ou mais professores, visando a complementação dos conteúdos.
– Estudos de Caso: serão feitos estudos de acordo com a especificidade
do conteúdo a ser trabalhado nas disciplinas do curso.
– Acompanhamento e Desenvolvimento de Projetos, Experimentos, Pes-
quisas e Avaliações: o desenvolvimento de projetos de agropecuária dentro da área
de experimentação e produção da escola-fazenda, juntamente com empresas públi-
cas e privadas, proporcionam maior aprofundamento de conteúdos, sempre com o
direcionamento e supervisão dos professores.
– Dias de Campo: esta estratégia tem a finalidade de mostrar uma serie
de atividades em uma mesma propriedade, realizadas durante um dia e tem o objeti-
vo de despertar o interesse e a adoção mais rápida da tecnologia que está sendo
apresentada. O dia de campo é realizado em propriedade de colaboradores, unidade
demonstrativa para demonstrações de resultados ou em estações experimentais.
Não se limita apenas a uma determinada atividade, mas um conjunto destas, com o
fim de sensibilizar o publico para sua adoção, sendo aberta a qualquer pessoa inte-
ressada. Quando o dia de campo se realizar no colégio será com o objetivo de:
apresentar à comunidade o trabalho realizado pela instituição e pelos pesquisado-
res, despertando o desejo para melhorar os trabalhos agrícolas, expor os trabalhos
executados e as finalidades da instituição. Além disso, oportuniza a integração de
produtores de várias comunidades e/ou alunos para troca de experiências.
– Conferências: é uma atividade formal em que, em uma única sessão,
os conferencistas apresentam temas específicos aos alunos do Centro, em tempo
previamente determinado com programação definida, articulada aos conteúdos do
curso.
– Cursos: é uma metodologia que emprega um conjunto de atividades
técnicas e práticas, com progressão especifica, objetivando capacitar um grupo de
pessoas com interesses comuns. Sua realização envolve técnicas de trabalho em
grupo, recursos áudio visuais, excursões programadas, demonstrações. Pretende-se
oferecer vários cursos para que os alunos, através destes fiquem motivados para
aprender, verificando a possibilidade de adoção de novas tecnologias e/ou aperfei-
çoamento de determinadas práticas e conhecimentos.
– Palestras: as palestras que se pretende oportunizar aos educandos
têm como objetivo principal apresentar informações de maneira formal/informal, es-
clarecer pontos de controvérsia, informar e analisar fatos e explorarem facetas limi-
tadas de um problema.
– Seminários: nesta atividade os alunos terão contato com temas abran-
gentes da agropecuária, pois os docentes serão especialistas de renomadas institui-
ções públicas e/ou privadas, de comprovada experiência sobre o tema a ser aborda-
do. Os alunos participam de grupos de discussões e, ao final apresentam as con-
clusões em plenária.
– Entrevistas: é uma metodologia realizada extra-classe, e tem como ob-
jetivo conhecer pessoas e fatos, identificar problemas, estudar situações, pesquisar
determinado assunto.
– Reuniões Técnicas: as reuniões técnicas serão realizadas regularmen-
te pelos alunos em propriedades da região com orientação dos professores e princi-
palmente em unidades experimentais, com elaboração de relatório.
– Aulas Práticas: atividade sistemática desenvolvida pelos professores
sendo as turmas divididas em, no máximo, quinze alunos para assegurar o melhor
aproveitamento das práticas apresentadas.
7.5 – Avaliação
A avaliação deve ser planejada e articulada com os objetivos propostos no
processo de ensino e aprendizagem, ou seja, deve ser coerente com os resultados
que pretende alcançar. É concebida como oportunidade de acolhida e
acompanhamento do(a) aluno(a), no seu processo de construção do conhecimento,
com vistas a resultados satisfatórios. Não apenas uma constatação de dados, mas
ocasião em que o professor, identificando as razões que impedem a aprendizagem
de acontecer, redireciona a sua prática, buscando novas alternativas para o êxito.
A avaliação do processo ensino-aprendizagem é contínua, cumulativa e
processual e procura estar vinculada ao grande objetivo da educação que é a
formação de pessoas autônomas, críticas e conscientes.
7.6 - Práticas avaliativas
A concepção de avaliação que fundamenta nossa proposta pedagógica tem
sua base no materialismo histórico-dialético. Nesta perspectiva, a avaliação está
voltada para a aprendizagem do aluno e para a sua inclusão nos processos
escolares e na sociedade como ser ativo, autônomo, ético, informado e participante
do processo de produção e de melhoria social.
Nesse contexto, coerente com a concepção de homem, de educação, de
sociedade e de processo de ensino e aprendizagem preconizada pela escola, o
processo de avaliação se dá nas modalidades diagnóstica, formativa e somativa.
Para tanto, a finalidade de cada uma delas está em:
Diagnóstica: conhecer as condições de trabalho, as dificuldades e
possibilidades do aluno;
Formativa: verificar se os educandos estão alcançando os objetivos previstos,
isto é, os resultados obtidos durante o desenvolvimento das atividades propostas;
Somativa: classificar os alunos, de acordo com os níveis de aproveitamento
previamente estabelecidos, geralmente, tendo em vista sua promoção de uma série
para outra.
A avaliação, desta forma, deve ser processual, sistemática e contínua, de
modo a superar seu caráter punitivo e classificatório, sendo pensada de forma
democrática e emancipadora, o que implica em garantir o acesso ao conhecimento
por parte do aluno e avaliá-lo durante todo seu processo de apropriação do saber.
De acordo com Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e conservadora,
a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deve ser o instrumento dialético
do avanço, terá de ser o instrumento de identificação de novos rumos”.
Atuar numa perspectiva dialógica de avaliação implica superarmos a
concepção de “educação bancária” como a define Paulo Freire e passarmos a
postura libertadora, na qual alunos e professores sejam efetivamente sujeitos do
processo ensino-aprendizagem e este seja mediado pelo diálogo.
Nessa visão de educação, a mensuração no processo avaliativo deve ter sua
importância relativizada. Ela deve ser vista como um instrumento que auxilia o
professor dentro da dinâmica iniciante à prática avaliativa que objetiva em última
instância, criar situações em que os alunos sejam estimulados a usar a criatividade
para enfrentar desafios e resolver problemas relacionados às suas vidas.
O objetivo das práticas avaliativas, então, é de promover a aprendizagem e o
desenvolvimento global do aluno. Entendemos, portanto a recuperação paralela
como uma prática avaliativa permanente que deve ser realizada no decorrer das
aulas, por meio da retomada de conteúdos, orientação de estudos e atividades
diversificadas.
Acreditamos, portanto, que a avaliação deve ser utilizada como procedimento
de preparação do aluno para a conquista da sua autonomia, visando à
transformação do modelo de sociedade para que cada pessoa se assuma cidadão,
consciente de seus direitos e de seus deveres e dos compromissos com a
coletividade.
7.7 - Estágio Supervisionado
O estágio supervisionado, estabelecido pelas necessidades da natureza da
qualificação ou habilitação profissional, deverá ser orientado e acompanhado por
profissional qualificado habilitado.
Será realizado em empresas e entidades ligadas à agropecuária, a partir da
conclusão da primeira série. O aluno será orientado na escola pelo Orientador de
Estágio e na empresa e/ou instituição por um supervisor.
A avaliação será realizada pelo supervisor responsável e, no Colégio, através
de relatório escrito e com defesa das atividades desenvolvidas no estágio perante
uma banca avaliadora. O estágio será detalhado no Plano de Estágio Orientado, a
ser elaborado pelo Estabelecimento para integrar o Regimento Escolar.
8 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
8.1 - Disciplinas da Base Nacional Comum
Língua Portuguesa
Apresentação geral da disciplina:
A Língua Portuguesa como disciplina escolar passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX.
Com a Lei 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no
primeiro grau, Comunicação e Expressão e Comunicação em Língua Portuguesa,
baseando-se nos estudos de Jakbson, referentes à teoria da comunicação.
Diante disso, tinha-se um ensino de Literatura focado na historiografia literária
e no trabalho com fragmentos de textos, em vez dos textos integrais. Para o Ensino
de Língua Materna, aplicavam-se exercícios estruturais que desconsideravam as
potencialidades que a interação com o texto proporcionaria para a expansão dos
sentidos da leitura.
Na década de 90 surgem os Parâmetros Curriculares Nacionais que
fundamentava a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções
interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem
oral e escrita.
Dessa forma, os fundamentos teóricos que levam às discussões sobre o
ensino da Língua Materna ganham novos posicionamentos em relação as suas
práticas.
A Língua Portuguesa deve basear-se em propostas interativas
língua/linguagem, consideradas em um processo discursivo de construção do
pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno, em particular e da sociedade em
geral.
O desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno, a
verbalização da mesma e o domínio de outras linguagens utilizadas em diferentes
esferas sociais serão o ponto de partida para a construção do saber e dos valores
transformadores e permanentes, abordando o universo e o modo de vida do aluno,
incluindo-o numa sociedade que busca a justiça, a igualdade, a equidade e a
felicidade para o indivíduo.
O ensino da língua materna deve proporcionar situações que favoreçam
melhorias qualitativas no uso e conhecimento da língua, de modo a remediar as
desigualdades entre os alunos e a garantir o progresso no domínio efetivo da língua
oral e escrita. Portanto, o ensino da língua materna, requer que se considerem os
aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de
produção do enunciado, uma vez que os seus significados são sociais e
historicamente construídos.
O trabalho educativo com e sobre a língua somente tem sentido se
considerar, como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em
atividades que possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais do uso da
língua materna, pois de acordo com FARACO (2002):
Os conceitos de texto e de leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita; abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com as outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio de linguagem criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas as práticas sociais, discursivas) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos, seus diferentes modos de composição e geração de significados). (FARACO, 2002, p. 101)
Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o
amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para
que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com
seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a
outras significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a
autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis
ao convívio social. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno
modifique, aprimore, re-elabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.
Objetivos gerais da disciplina
Propiciar a valorização da língua portuguesa como patrimônio nacional e fator de
ligação entre povos distintos;
Alargar a competência comunicativa pela confrontação de variações lingüísticas
regionais ou sociais com formas padronizadas da língua;
interagir com o universo textual, a partir da sua experiência e conhecimento do
mundo;
Praticar a escrita como meio de desenvolver a compreensão na leitura;
Propiciar o uso da linguagem oral em diferentes situações, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de praticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
Proporcionar as produções de textos, os quais deverão ser lidos ou ouvidos,
atualizar o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais
empregados na sua organização.
Contribuir para a identificação crítica do aluno com a literatura e outras
manifestações de cultura, nacional e universal;
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
critico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando por meio da Literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com
as praticas da oralidade e da escrita;
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos
do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita;
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando
ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também, da norma padrão.
BÁSICOS
Conteúdo Estruturante
- Discurso como prática social
Metodologia da disciplina
No processo de ensino e aprendizagem da língua devem-se tomar como
ponto de partida os conhecimentos lingüísticos dos alunos, promovendo situações
que os incentivem a falar, fazendo uso da variedade de linguagem que empregam
em suas interações familiares.
As aulas de Língua Portuguesa devem possibilitar aos alunos o uso das
linguagens verbais e não verbais por meio do contato direto com textos dos mais
variados gêneros. Para que esse trabalho tenha efeito significativo, é necessário
relacionar os gêneros com o contexto social em que a escola está inserida.
O professor deve apresentar a norma culta da Língua Portuguesa, mas sem
ignorar os fatores lingüísticos que compõem nosso país.
Planejar ações pedagógicas que permitam ao aluno a leitura de textos difíceis
que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias com a mediação do
professor.
O professor, ao escolher o conteúdo a ser trabalhado, deverá levar em conta
o conhecimento prévio e o desenvolvimento cognitivo e lingüístico dos alunos.
Práticas discursivas: a ação referente à língua(gem) precisa se pautar na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não apenas a
leitura e a expressão oral ou escrita, mas também reflexão sobre o uso da
linguagem em diferentes situações.
Prática da oralidade: deve oferecer condições ao aluno de falar com fluência
em situações formais. adequar a linguagem conforme as circunstâncias, aproveitar
os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a
convivência democrática, tanto pelo livre direito à expressão quanto pelo
reconhecimento do mesmo direito ao outro.
Prática da leitura: compreende o contato do aluno com uma ampla variedade
de textos produzidos numa ampla variedade de práticas sociais. Trata-se de
propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o
sujeito presente nos textos e, ainda, a uma atitude responsiva diante deles.
Em relação à escrita, os alunos precisam se envolver com os textos que
produzem, assumindo sua autoria.
O ato de ler é identificado com o de familiarizar-se com diferentes tipos de
textos produzidos em diferentes práticas sociais, percebendo em cada texto a
presença de um sujeito histórico, de uma intenção.
O trato com a leitura a escola não pode deixar de lado as linguagens não-
verbais que fazem parte do universo do aluno. É preciso levar em consideração o
multiletramento, textos que os alunos têm facilmente acesso.
As atividades de leitura devem considerar a formação do leitor, seu diálogo
com o texto, o envolvimento com sua leitura de mundo e experiência de vida.
O professor deve trabalhar de forma que o aluno tenha noção de unidade
temática, entendendo como um assunto é organizado e como as partes de um texto
são costuradas, garantindo a interação com o leitor.
No que se refere à literatura, o professor deve ser um leitor, capaz de
conhecer e selecionar textos de diferentes gêneros, que se relacionem com o
contexto social do aluno para qualificá-los como sujeitos capazes de fazer proliferar
o pensamento por meio da multiplicidade de relações possíveis. A leitura do texto
literário deve ser uma experiência que revela ao aluno suas especificidades na
criação de mundos, nos recursos de linguagem presentes em cada obra.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Oralidade
Espera-se que o aluno:
- Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
- Apresente idéias com clareza;
- Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
- Compreenda os argumentos do discurso do outro;
- Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas idéias;
- Organize a seqüência da fala de modo que as informações não se percam;
- Respeite os turnos de fala;
- Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
- Contra-argumente idéias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas
redondas, diálogos, discussões, etc.;
- Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais,
pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.
Leitura
Espera-se que o aluno:
- Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não
verbais;
- Localize informações explícitas e implícitas no texto;
- Produza inferências a partir de pistas textuais;
- Posicione-se argumentativamente;
- Amplie seu léxico;
- Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
- Identifique a idéia principal do texto;
- Analise as intenções do autor;
- Identifique o tema;
- Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os
diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o
contexto histórico atual;
- Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
- Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras ne/ou expressões no
sentido conotativo;
- Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
- Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
- Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
Escrita
Espera-se que o aluno:
- Expresse idéias com clareza;
-Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;
- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
- Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,
etc.;
- Utilize adequadamente recursos lingüísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
- Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos;
- Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
- Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
Referências Bibliográficas
BRAGGIO, Silvia L.B. Leitura e Alfabetização: da concepção mecanicista à
sociopsicolingüística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.
FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.
FÁVERO, Leonor L; KOCH, Ingedore G. V. Lingüística textual: uma introdução.
São Paulo: Cortez, 1988.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7. ed.
Campinas: Pontes, 2000.
LAJOLO, Marisa. O que é literatura? São Paulo: Brasiliense, 1982.
QUELUZ, A.; ALONSO, M. O trabalho docente: teoria & prática. São Paulo:
Pioneira, 1999.
Matemática
Apresentação geral da disciplina
A Matemática está impregnada na história da humanidade desde seus
primórdios, surgindo justamente para suprir as necessidades do cotidiano das
primeiras civilizações. Deste modo, faz parte também da cultura, seja na economia,
na tecnologia, no comércio ou mesmo nas atividades mais simples do cotidiano.
Aplicamos a matemática em nossa vida quando, diante de uma situação prática,
utilizamos conceitos matemáticos que vamos, pouco a pouco, incorporando as
atividades que realizamos diariamente.
Na Grécia por meio dos pitagóricos ocorreram as preocupações inicias sobre
a importância e o papel da matemática no ensino e na formação das pessoas. Com
os platônicos, buscava-se, pela matemática, principalmente a aritmética um
instrumento que, para eles, instigaria o pensamento do homem.
Trabalhar matemática é construir conhecimentos que nos incidirão aos mais
variados domínios do pensamento, correspondendo a uma necessidade social para
melhor compreender o mundo que exige diferentes habilidades; Dessa forma os
educandos poderão tomar decisões, agindo como produtores de conhecimento e
não apenas executores de instruções o que irá contribuir par a formação de
cidadãos autônomos e críticos.
Assim, a matemática também pode transformar-se em uma importante
ferramenta de mudança social, pois partindo do pressuposto que o aluno assimilou o
conhecimento matemático ele é capaz de contextualizá-lo.
O ensino da matemática, portanto, deve possibilitar aos estudantes análises,
discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. Aprende-
se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias,
mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte,
contribua para o desenvolvimento da sociedade.
Objetivos gerais da disciplina
- Perceber a Matemática no dia-a-dia, considerando-a uma necessidade natural,
científica e social,
- Desenvolver os conceitos e procedimentos matemáticos que são úteis para
compreender o mundo e, compreendendo-o, poder atuar melhor nele;
- Propiciar sistematicamente a presença da Matemática no dia-a-dia
(quantidade, números, formas geométricas, simetrias, grandezas e medidas, tabelas
e gráficos, “previsões”, etc.);
- inter- relacionar os vários eixos temáticos da Matemática (números e operações,
geometria, grandezas e medidas, raciocínio combinatório,estatística e probabilidade)
entre si e com outras áreas do conhecimento;
- Propiciar a comunicação de modo matemático, argumentando, escrevendo e
representando de varias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.)
as idéias matemáticas;
- Possibilitar a interação com os colegas cooperativamente, em dupla ou em
equipe, auxiliando-os e aprendendo com eles, apresentando suas idéias e
respeitando as deles, formando, assim, um ambiente propicio a aprendizagem;
- Desenvolver o pensamento lógico, relacionando idéias, descobrindo regularidades
e padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua
criatividade na solução de problemas.
- Desenvolver a capacidade de o aluno utilizar a Matemática como instrumento
de novas aprendizagens e como meio de interpretação da realidade;
- Ampliar as capacidades de raciocínio, de resolução de problemas, de comunicação
e de rigor, bem como o espírito critico e a criatividade;
- Incentivar a relação pessoal, o desenvolvimento de atitudes de autonomia e
cooperação e o sentimento de segurança em relação as próprias capacidades
matemáticas;
- Desenvolver conceitos e procedimentos com relação aos temas: Números,
Álgebra, Medidas, Geometria, Estatística, Contagem e Probabilidades, bem como
aplica-las na resolução de problemas matemáticos ou não;
- Expressar-se oral e graficamente em situações matemáticas e valorizar a precisão
da linguagem e as demonstrações em Matemática.
Conteúdos Estruturantes
- números e álgebra
- grandezas e medidas
- funções
- geometrias
- tratamento da informação
Conteúdos básicos
Números e álgebra -
- Números Reais;- Números Complexos;- Sistemas lineares;- Matrizes e Determinantes;- Polinômios;- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.ICOS
Grandezas e medidas
- Medidas de Área;- Medidas de Volume;- Medidas de Grandezas Vetoriais;- Medidas de Informática;- Medidas de Energia;- Trigonometria.
Funções
- Função Afim;- Função Quadrática;- Função Polinomial;- Função Exponencial;- Função Logarítmica;- Função Trigonométrica;- Função Modular;- Progressão Aritmética;- Progressão Geométrica.
Geometrias
- Geometria Plana;- Geometria Espacial;- Geometria Analítica;- Geometrias não-euclidianas
Tratamento da informação
- Análise Combinatória;- Binômio de Newton;- Estudo das Probabilidades;- Estatística;- Matemática Financeira.
Metodologia da disciplina
Para um aprendizado matemático com significado é preciso trabalhar as
idéias, os conceitos matemáticos, antes da simbologia e da linguagem matemática.
É imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma que
“compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e
comunique idéias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas
matemáticos com segurança”
Enfatizar a história da matemática em cada conteúdo apresentado, mostrando
que ela está centrada na pratica pedagógica da matemática, de forma a envolver-se
com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático.
Abordar o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os
conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando
na formação do pensamento do aluno.
Por meio de situações-problema próprias da vivencia do aluno, fazer com que
ele realmente pense, analise, julgue e decida pela melhor solução de um problema.
Apresentar as atividades desenvolvidas pelo aluno e o comentário das
dificuldades sentidas na realização dessas atividades.
Alertar para o fato de que nem sempre essas idéias aparecem explicitamente
Cabe ao professor ter consciência e conhecimento da importância da inclusão
desses conceitos nos conteúdos propostos para eu os alunos tenham a
possibilidade de perceber por si mesmo as idéias apresentadas.
Criar novas oportunidades no aprendizado, proporcionando um melhor
desempenho, fazendo com que a passagem do concreto ao abstrato seja feito com
desenvoltura e precisão.
Propor atividades em sala de aula instigando os alunos a explicitarem os
procedimentos adotados.
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam
ao aluno atribuir sentido e construir significado às idéias matemáticas de modo a
tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse
modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular
e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- elaborar planos e estratégias para a solução do problema, desenvolvendo varias
formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução, busca de padrão ou
regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.), executando esses planos e
estratégias com procedimentos adequados;
Números e álgebra
- Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes
contextos;
- Compreenda os números complexos e suas operações;
- Conceitue e interprete matrizes e suas operações;
- Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por
meio de determinante;
- Identifique e realize operações com polinômios;
- Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as
exponenciais, logarítmicas e modulares.
Grandezas e medidas
- Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de
diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas
unidades;
- Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar
elementos desconhecidos.
Funções
- Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as;
- Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema;
- Realize análise gráfica de diferentes funções;
- Reconheça, nas seqüências numéricas, particularidades que remetam ao conceito
das progressões aritméticas e geométricas;
- Generalize cálculos para a determinação de termos de uma seqüência numérica.
Geometrias
- Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;
- Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria
Analítica;
- Perceba a necessidade das geometrias não euclidianas para a compreensão de
conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de
Euclides;
- Compreenda a necessidade das geometrias não euclidianas para o avanço das
teorias científicas;
- Articule idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;
- Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.
Tratamento da informação
- Recolha, interprete e analisem dados através de cálculos, permitindo-lhe uma
leitura crítica dos mesmos;
- Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;
- Compreenda a idéia de probabilidade;
- Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas;
- Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade
humana;
- Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição
da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.
Referências Bibliográficas
ANAIS, VI Encontro Paranaense de Educação Matemática VI EPREM - outubro de
2000.
BEZERRA, Jairo Manoel. Matemática – Volume único – 2º grau – editora Scipione.
Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica – Curitiba 2008.
LONGEN, Adilson. Matemática – coleção nova didática – Ensino Médio 2ª série –
Editora Positivo. Curitiba: 2004
Língua Estrangeira Moderna (Inglês)
Apresentação geral da disciplina
Em 1976, o ensino de Línguas Estrangeiras voltou a ser valorizada, pois na
década de 1950 o governo preocupado com o currículo mais técnico diminuiu a sua
carga horária, sendo obrigatório somente no 2º grau, depois paulatinamente
alcançou o 1º grau. Em 1982, a UFPR incluiu a Língua Estrangeira em seu
vestibular. Caminhando em nossa história chega-se à 1996 quando a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação determina a oferta obrigatória de pelo menos uma
LEM no Ensino Fundamental e Ensino Médio.
As línguas estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel de
conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproxima-se de
várias culturas e conseqüentemente, propiciar sua integração num mundo
globalizado. Nesse sentido, a aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna
possibilita o acesso à informação e a comunicação internacional necessário para o
desenvolvimento pleno do aluno na sociedade atual.
Entendendo a importância do plurilingüísmo dentro da política educacional,
percebe-se a valorização e respeito à diversidade cultural, e há a liberdade para a
escola definir qual a Língua Estrangeira que deve ser ensinada.
Objetivos gerais da disciplina
- Desenvolver a capacidade de usar a língua em situações de comunicação oral e
escrita;
- Vivenciar, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite
estabelecer relações individuais e coletivas;
- Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passiveis de transformação na pratica social;
- Proporcionar maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do pais.
Conteúdo Estruturante
- Discurso como prática social
Conteúdos Básicos
• Greetings; texts;
• Leitura; escrita e fala;
• Compreensão auditiva;
• Occupations; Nationalities;
• Grammar.
Metodologia da disciplina
O trabalho com Língua Inglesa na escola não deve ser entendido apenas
como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas
como uma possibilidade de ver e entender o mundo e de constituir significados.
O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira exige o confronto da
língua materna com a que se está aprendendo. Dessa forma, tanto os alunos quanto
os professores percebam que é possível construir significados além dos encontrados
na língua materna, ou seja, outras possibilidades de entender o mundo.
Língua e cultura constituem um dos pilares da identidade do sujeito como
cidadão. Por isso, é necessário aproximar o aluno de algo que constrói por uma
determinada comunidade.
A apresentação do discurso nos mais variados gêneros: orais, escritos ou
visuais, garantirá ao aluno o estímulo necessário para que entre no universo da
língua estrangeira e interaja com ele.
O docente deverá realizar atividades baseadas na resolução de problemas
que estimulem o desenvolvimento de processos lingüísticos que são considerados
fundamentais para a aprendizagem da língua estrangeira.
Para que esse trabalho seja executado de forma eficiente, o professor deverá
empregar o listening (ouvir), writing (escrever), speaking (falar) e reading (leitura).
A gramática indutiva é parte integrante do processo de aquisição de uma
língua estrangeira, pois permite que o aluno reconheça e produza as estruturas
linguísticas com precisão. Desse modo, ele é capaz de inferir regras que facilitarão
sua compreensão e lhe darão a confiança necessária para o seu uso eficaz em um
contexto real.
A língua inglesa é instrumento de comunicação entre alunos e professor
durante as aulas por meio de atividades, jogos, dinâmicas de grupo, debates,
discussões, dramatizações, música e filmes. É, portanto, incentivado o trabalho em
pares, trios e grupos, o que favorece a cooperação entre os alunos e o envolvimento
deles em um aprendizado mais significativo.
O estudo da Língua, Cultura e Literatura permeia o ensino de Inglês no
Ensino Médio; esses conteúdos são acessados por meio de livros de literatura,
produções de textos autênticos de variadas fontes, possibilitando a inserção de
aspectos culturais de países de língua inglesa e ampliando o repertório cultural do
aprendiz.
O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por
sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma
prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e
percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso
no qual se revele o respeito às diferenças culturais, crenças e valores.
Expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, de
modo que se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo
articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários
conhecimentos proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada cultura, o
contato e a interação com outras línguas e culturas.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Leitura
• Realização de leitura compreensiva do texto;
• Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicionamento argumentativo;
• Ampliação do horizonte de expectativas;
• Ampliação do léxico;
• Percepção do ambiente no qual circula o gênero;
• Identificação da idéia principal do texto;
• Análise das intenções do autor;
• Identificação do tema;
• Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual;
Escrita
• Expressão de idéias com clareza;
• Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;
• Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc;
• Utilização adequada de recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, etc;
• Emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero
proposto.
• Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;
• Reconhecimento de palavras e/ ou expressões que estabelecem a referência
textual.
Oralidade
• Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresentação de idéias com clareza;
• Compreensão de argumentos no discurso do outro;
• Exposição objetiva de argumentos;
• Organização da seqüência da fala;
• Respeito aos turnos de fala;
• Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua
materna, etc;
• Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos
Referências Bibliográficas
ANDREOTTI,V.;JORDÃO,C. M. GIMENEZ, T. (orgs).Perspectivas educacionais e ensino de Inglês na escola pública. Pelotas:Educat,2005.
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.
FERRARI, Mariza & Rubin, Sarah G. Inglês.Coleção novos Tempos. Ensino Médio. Volume único. Editora Scipione.
JORDÃO, Clarissa Meneses. A língua estrangeira na formação do indivíduo- Curitiba:Mimeo,2004.
Língua Estrangeira Moderna (Espanhol) – CELEM
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A oferta da Língua Espanhola na escola pública representa um importante passo
para a implantação de uma visão plurilíngüe do ensino de idiomas e ainda, é um
imprescindível instrumento de democratização do ensino de idiomas na rede pública e,
sobretudo, de inclusão.
O idioma espanhol assume, atualmente, um papel importante no cenário econômico,
político e, sobretudo cultural, do mundo inteiro. É a segunda língua mais falada no Ocidente,
bem como, nos Estados Unidos. É a língua oficial de 21 nações e constitui, juntamente com
a Língua Portuguesa, o idioma dos países membros do MERCOSUL.
Ao longo da história da educação brasileira, o ensino de línguas estrangeiras e a
estrutura do currículo sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social,
política e econômica do país.
A análise a seguir da trajetória do ensino de línguas na escola pública objetiva
refletirmos sobre a relevância da inserção da Língua Espanhola no currículo do ensino
médio da Escola Pública a partir de uma visão plurilíngüe e democrática.
As línguas estrangeiras que integravam o currículo no modelo educacional dos
jesuítas eram os idiomas clássicos – Grego e Latim, consideradas importantes para o
desenvolvimento do pensamento e da literatura. O método de ensino adotado era o
Tradicional, em que concebia a língua como um conjunto de regras gramaticais e
privilegiava somente a escrita, visto que a língua não era ensinada como instrumento de
comunicação.
O início da valorização do ensino de LEM no Brasil ocorreu em 1809, com o decreto
assinado por D. João VI, em que se criaram cadeiras de inglês e francês de forma a atender
as demandas que surgiram com a abertura dos portos ao comércio.
No final do século XIX e início do século XX o número de imigrantes aumentou,
consideravelmente no país. Em grande parte do território brasileiro foram criadas colônias
de imigrantes, que numa tentativa de preservar suas culturas, organizaram-se para construir
e manter escolas para seus filhos, onde a língua de seus ascendentes era ensinada como
língua materna. Porém, em 1917, para efetivar os propósitos nacionalistas essas escolas
forma fechadas e, criou, a partir de 1918, as escolas primárias sob a responsabilidade dos
Estados.
Em 1931, com a reforma Francisco Campos, estabeleceu-se o Método Direto como o
primeiro método oficial de ensino de Língua Estrangeira. Em contraposição ao Tradicional,
esse método tem como princípio fundamental a aprendizagem em constante contato com a
língua de estudo, sem intervenção da tradução, de modo que, o significado deve ser
construído por meio de figuras, gestos e simulação e a gramática aprendida de forma
indutiva com o objetivo de atingir uma competência semelhante ao do nativo.
Com a instauração do Estado Novo durante o governo Vargas deu-se a ênfase no
discurso nacionalista. Naquela conjuntura, o idioma espanhol foi introduzido como matéria
obrigatória alternativa ao ensino do alemão e o Latim permaneceu como Língua Clássica.
Tal valorização da Língua espanhola se deu com o fim do prestígio das línguas alemã,
japonesa e italiana, em função da Segunda Guerra Mundial. O idioma espanhol, então,
passou a ser permitido oficialmente como componente curricular, porque representava para
o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas tradições e á história
nacional.
[..] o espanhol, que até então não havia figurado como componente curricular; é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. Na época, os conteúdos privilegiados pelos professores de línguas vivas eram a literatura consagrada e noções de civilização, ou seja, história e costumes do país onde se fala a língua estrangeira.O espanhol, naquele momento, era indicado como a língua de autores consagrados, como Cervantes, Becker e Lope de Veja. Ao mesmo tempo, era a língua de um povo que [...] (mesmo com) importante participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo. (PICANÇO, 2003 apud DCE, 2008, p.42).
O sistema de ensino proposto em 1942, pela Reforma Capanema, que atribuía ao
ensino secundário um caráter patriótico, existiu até 1961 quando, depois de 13 anos de
tramitação, foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 4.024). Com a
LDB, as línguas estrangeiras foram incluídas como disciplinas complementares, não mais
obrigatórias, o que significava que as línguas poderiam, de acordo com os Conselhos
Estaduais de Educação, constar ou não do currículo escolar.
Em 1942, lingüistas estruturalistas da época, pautados na concepção de
aprendizagem, segundo o princípio do behaviorismo, sistematizaram os Métodos
Audiovisual e Áudio-Oral onde a língua era concebida como um conjunto de hábitos a serem
automatizados e não mais um conjunto de regras gramaticais a serem memorizadas.
(DCE,2008).
Na época da ditadura militar, a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de
primeiro e segundo grau deixou de ser obrigatórias, numa tentativa exacerbada de impedir a
entrada de outras culturas e ideologias no país.
Em 1976, as línguas estrangeiras recuperam sua obrigatoriedade, com importantes
mudanças no aspecto que ocupa nossa atenção: a língua a ser ensinada continua sendo de
escolha da comunidade, mas a obrigatoriedade de ensino de línguas estrangeiras modernas
passa a existir para o segundo grau. Porém, o parecer nº 581/76 do Conselho Federal
determinou que esta fosse ensinada por acréscimo, conforme as condições de cada
estabelecimento, ocasionado desta forma, a redução do ensino de língua estrangeira por
uma hora semanal, por apenas um ano, de um único idioma. As reformas do ensino
geraram o descontentamento por parte dos docentes que impulsionados pelos movimentos
de redemocratização do país, na década 1980 realizaram mobilizações em prol do retorno
da pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas escolas públicas. Em decorrência disso,
a secretaria de Estado da Educação do Paraná criou, em 1986, o Centro de Línguas
Estrangeiras Modernas (CELEM).
Nesse contexto histórico, ganhou força no Brasil um novo método de ensino: a
Abordagem Comunicativa, que concebia a “língua como instrumento de comunicação ou
interação social, concentrada nos aspectos semânticos, e não mais no código lingüístico”.
(DCE, 2008, P.46). Nesse método, os alunos deveriam comunicar-se em Língua Estrangeira
por meio de jogos e dramatizações. Porém, a abordagem comunicativa começou a ser
criticada por alguns intelectuais, por estar centrada em funções da linguagem do cotidiano,
sem considerar as diferentes vozes que permeiam as relações sociais, o que esvazia as
práticas sociais mais amplas de uso da língua.
No artigo 36 da lei 9394/ 96, disposto na LDB, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, no tópico direcionado ao ensino médio, é estabelecida a inclusão de uma língua
estrangeira moderna, como disciplina obrigatória escolhida pela comunidade escolar, e uma
segunda, com caráter optativo, dentro das possibilidades da instituição.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1999) de Língua Estrangeira
para Ensino Médio torna-se imprescindível incorporar ao currículo, novas alternativas
lingüísticas que atendam às necessidades do estudante e supere o monopólio lingüístico
existente nas escolas da rede pública. Conforme os PCNs, a ênfase está no ensino da
comunicação oral e escrita, para atender as demandas relativas à formação pessoal,
acadêmica e profissional.
Em contraposição aos PCNs, novos referenciais teóricos analisam a função da língua
estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir as desigualdades sociais e
desvelar as relações de poder que as apóiam.
A inserção da Língua Espanhola no currículo do Ensino Médio, de forma obrigatória,
por determinação da lei 11.161, de 05 de agosto de 2005, em horário regular, nas escolas
públicas e privadas brasileiras que atuam nesse nível de ensino, representa o resultado de
um processo que buscava destacar o Brasil no Mercosul e ainda, atender a interesses
político-econômicos para melhorar as relações comerciais do Brasil com países de Língua
Espanhola.
A oferta de Língua Espanhola, portanto, tornou-se obrigatória nos estabelecimentos
de ensino de Ensino Médio e de matrícula facultativa para o aluno, tendo as escolas cinco
anos para implementação da referida lei.
O curso de espanhol oferecido pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
(CELEM) tem duração de dois anos e as aulas são divididas em quatro semestres. Os
estudantes freqüentam uma base de duas horas aula por dia, duas vezes por semana. Ao
final desse período recebem certificado reconhecido pela Secretaria de Educação do
Paraná.
A rede pública de ensino do Paraná tem como referencial teórico as Diretrizes
Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua Estrangeira Moderna (LEM)
fundamentada na pedagogia crítica e na teoria do Discurso proposta pelo Círculo de
Bakhtin, que concebe a língua como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado,
constrói significados e não apenas os transmite. Conforme as DCEs (2008):
[...] “ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo”. (p. 57).
Nesta perspectiva, a DCE (2008) de Língua Estrangeira Moderna tem a língua
como objeto de estudo e como conteúdo estruturante - o Discurso como prática
social. Desta forma, pretende-se que o ensino de LEM na Educação Básica permita
que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem
mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do
papel das línguas na sociedade e o reconhecimento da diversidade cultural.
As línguas estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel de
conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproxima-se de
várias culturas e conseqüentemente, propiciar sua integração num mundo
globalizado. Nesse sentido, a aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna
possibilita o acesso à informação e a comunicação internacional necessário para o
desenvolvimento pleno do aluno na sociedade atual.
Não se trata aqui de por em evidência uma língua, em detrimento da negação
da importância de outra. Trata-se de reduzir a limitação, historicamente existente,
com a ampliação do universo de ofertas e possibilidades, através da oportunidade
de acesso a outras línguas estrangeiras, de escolha dos próprios alunos, escola e
comunidade.
Nesse sentido, o principal objetivo do Colégio Agrícola Estadual do Noroeste em
ofertar o ensino de Língua espanhola no CELEM é possibilitar que o aluno entre em contato
com o universo de informações e conhecimentos que, diariamente, são inseridos na cultura
brasileira, por meio da língua castelhana para que, ao conhecer outra(s) cultura(s), outra(s)
forma(s) de encarar a realidade, os alunos possam refletir, também, muito mais sobre a sua
própria cultura e ampliem a sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior
profundidade, tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes
entre a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos, enriquecendo a sua
formação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos – P1
GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
análise lingüística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação.
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação:
Bilhete
Carta pessoal
Cartão felicitações
Cartão postal
Convite
Letra de música
Receita culinária
Esfera publicitária de circulação:
Anúncio**
Comercial para radio*
Folder
Paródia
Placa
Publicidade Comercial Slogan
Esfera produção de circulação:
Bula
Embalagem
Placa
Regra de jogo
Rótulo
Esfera jornalística de circulação:
Anúncio classificados
Cartum
Charge
Entrevista**
Horóscopo
Reportagem**
Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:
Autobiografia
Biografia
Esfera escolar de circulação:
Cartaz
Diálogo**
Exposição oral*
Mapa
Resumo
Esfera literária de circulação:
Conto
Crônica
Fábula
História em quadrinhos
Poema
Esfera midiática de circulação:
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Telejornal*
Telenovela*
Videoclipe*
Arte
Apresentação geral da disciplina
A Arte é produto de um conjunto de idéias, crenças e doutrinas, próprias de
uma sociedade, de uma época ou de uma classe. É organizada e estruturada por
um conhecimento próprio, o conteúdo formal, ao mesmo tempo possui, o conteúdo
social, que tem como objeto o ser humano em suas múltiplas dimensões. É uma
forma de trabalho onde, ao criar o ser humano se recria, constituindo-se como ser
que toma posição ante o mundo.
A disciplina de Arte ainda exige reflexões que a contemplem como área de
conhecimento e não meramente como meio para o destaque de dons inatos, sendo
até mesmo utilizada equivocadamente, em alguns momentos, como pratica de
entretenimento e terapia. O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema
educacional e passa também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito
frente a uma sociedade construída historicamente
e em constante transformação.
O ensino de Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo,
aguçar o espírito crítico para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua
realidade histórica. Deve ampliar o repertorio cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estético e artístico aproximando-o do universo cultural da
humanidade nas suas diversas representações.
Objetivos gerais da disciplina
- Desenvolver a capacidade de raciocínio, a memória, o espírito crítico e estimular a
criatividade e a sensibilidade estética;
- Conceituar e conhecer através do contato com o mundo da cultura a forma
especifica de a arte significar o mundo e as coisas, expondo o que pensam sobre a
forma expressiva que vêem e o sentido que elaboram ao usufruir a produção
artística.
1
- Relacionar e comparar intenções e valores nas manifestações artísticas e estéticas
do passado e da atualidade, na sua própria cultura e na de outros povos, bem como:
no teatro, na musica, na dança, nas artes visuais, identificando autores e artistas de
diferentes épocas, paises, movimentos, gêneros nas diversas linguagens da arte.
Conteúdos Estruturantes
- Elementos formais;
- Composição;
- Movimentos e períodos.
Conteúdos Básicos
Música
- Elementos formais : altura, duração, timbre, intensidade e densidade.
Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia, Escalas, Modal, Tonal e fusão de ambos.
Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ...Técnicas: vocal,
instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação.
Movimentos e períodos: Música Popular Brasileira, Paranaense, Popular, Indústria
Cultural, Engajada, Vanguarda, Ocidental, Oriental, Africana e Latino-americana.
Artes visuais
Elementos formais: ponto, Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor e Luz
Composição: bidimensional, Tridimensional, Figura e fundo Figurativo, Abstrato
Perspectiva, Semelhanças, Contrastes, Ritmo, Visual, Simetria, Deformação
Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance,
fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em Quadrinhos, Gêneros:
paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
Movimentos e períodos: Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Brasileira,
Arte Paranaense, Arte Popular, Arte de Vanguarda, Indústria Cultural, Arte
Contemporânea, Arte Latino-Americana.
2
Teatro
Elementos formais: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação Espaço
Composição: Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio,
Teatro, Fórum, Roteiro, Encenação, leitura dramática, Gêneros: Tragédia, Comédia,
Drama e Épico, Dramaturgia, Representação nas mídias Caracterização,
Cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, Direção Produção
Movimentos e períodos: Teatro Greco-Romano,Teatro Medieval, Teatro Brasileiro,
Teatro Paranaense, Teatro Popular, Indústria Cultural, Teatro Engajado, Teatro
Dialético,Teatro Essencial, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro de Vanguarda,
Teatro Renascentista, Teatro Latino- Americano, Teatro Realista e Teatro Simbolista
Dança
Elementos formais: Movimento Corporal, Tempo Espaço
Composição: Kinesfera, Fluxo, Peso, Eixo, Salto e Queda, Giro, Rolamento
Movimentos articulares, Lento, rápido e moderado, Aceleração e desaceleração,
Níveis Deslocamento, Direções, Planos, Improvisação Coreografia, Gêneros:
Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, populares, salão
Movimentos e períodos: Pré-história, Greco Romana, Medieval Renascimento,
Dança Clássica, Dança Popular Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena, Hip Hop,
Indústria Cultural, Dança Moderna, Vanguardas, Dança Contemporânea
Metodologia da disciplina
- Música
Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea
(popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social. Teoria da
Música Produção de trabalhos com os modos de organização e composição
musical, com enfoque na música de diversas culturas.
3
- Artes visuais
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e
mídias. Teoria das artes visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com os
modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas.
- Teatro
Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com
os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro. Percepção dos
modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Produção de trabalhos
com teatro em diferentes espaços.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Produção de trabalhos
com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação
social.
- Dança
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos
de composição e movimentos e períodos da dança. Percepção dos modos de fazer
dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da
dança. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de
composição.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação
com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos musicais, visando atuação
do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica dos
modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas à
produção, divulgação e consumo.
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua
relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos de artes visuais
visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática
e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias,
relacionadas à produção, divulgação e consumo.
4
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação
com o movimento artístico no qual se originaram. Compreensão da dimensão do
teatro enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos teatrais,
visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e
teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias;
relacionadas à produção, divulgação e consumo. Apropriação prática e teórica de
técnicas e modos de composição teatrais
- Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação
com o movimento artístico no qual se originaram. Compreensão das diferentes
formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Compreensão
da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Compreensão das
diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e
ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e
modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e
consumo.
Referências Bibliográficas
AZEVEDO, Heloiza de Aquinop. Aprendendo com Arte,S.P. Arvore do Saber.2005.
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da Arte. S.P. Perspectiva, 1991.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ –– SEED/2008.
Livro Didático Público de Arte
REZENDE E FUSARI, Maria. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez,2002.
Educação Física
Apresentação geral da disciplina
A disciplina de Educação Física apresenta uma proposta avançada de ensino-
aprendizagem em que o mero exercício físico deve dar lugar a uma formação
humana do aluno em amplas dimensões. O reflexo desse contexto para a Educação
Física configurou-se em um projeto escolar que possibilitasse a tomada de
5
consciência dos educandos sobre seus próprios corpos, não no sentido biológico,
mas especialmente em relação ao meio social em que vivem.
A Educação Física na escola deve oportunizar aos alunos uma organização
do pensamento a respeito de um conhecimento, As atividades, tarefas e
responsabilidades dos alunos não são simplesmente correr, brincar, jogar, exercitar,
fazer. Esse “fazer” deve configurar-se como procedimento imprescindível para
refletir criticamente o conhecimento trazido por um determinado tema da cultura
corporal, compreendendo-o conceitualmente, inclusive através de experimentações
corporais; ou seja, deve ser um “fazer” crítico-reflexivo.
Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa
entender que ela é composta por interações que se estabelecem nas relações
sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.
Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento
produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto
histórico, político, econômico e social.
A educação física deve oferecer conhecimentos para que os indivíduos
possam ter participação efetiva no mundo do trabalho no que se refere à
compreensão do papel do corpo no mundo da produção, no que tange ao controle
sobre a próprio esforço e do direito ao repouso e ao lazer.
Portanto, torno-se importante que o professor reconheça as maneiras
como o modo de produção capitalista influencia as formas de pensar e agir
sobre o corpo, o que tem efeitos diretos na prática pedagógica da Educação
FísicaA finalidade das práticas corporais deve ser a modificação das
relações sociais. Portanto, os conteúdos esporte, jogos e brincadeiras,
ginástica, dança e luta deve estar comprometida como uma Educação Física
transformadora.
Por fim, o papel da Educação Física é transcender o senso comum e
desmistificar formas arraigadas e equivocadas em relação às diversas
práticas e manifestações corporais. Prioriza-se o conhecimento
sistematizado, como oportunidade para re-elaborar idéias, e práticas que
6
ampliem a compreensão do aluno sobre os saberes produzidos pela
humanidade e suas implicações para a vida.
Objetivos gerais da disciplina
- Proporcionar uma vivencia corporal variada a fim de estimular as habilidades
corporais, a criatividade e a expressividade, o senso critico, podendo assim,
contribuir de forma significativa no desenvolvimento geral do educando;
- Demonstrar o verdadeiro significado e importância da disciplina de Educação
Física no currículo escolar.
Conteúdos Estruturantes
- Ginástica
- Lutas
- Esporte
- Jogos e brincadeiras
- Dança
Metodologia da disciplina
A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o
acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,
exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas,
ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de
representação simbólica de realidades vividas pelo homem
As práticas pedagógicas devem promover a integração e a inserção no grupo;
representar uma via de acesso para a valorização e apreciação da cultura corporal;
mostrar a relação entre a cultura corporal e o exercício de cidadania; validar e
instrumentalizar o lazer resgatando o prazer enquanto aspecto fundamental para a
saúde e melhoria da qualidade de vida; promover por meio de conhecimento sobre o
corpo, a formação de hábitos de autocuidado; e também criar condições para que os
conhecimentos construídos possibilitem uma analise critica dos valores sociais,
7
Os conteúdos precisam ter uma complexidade crescente a cada série
acompanhando o desenvolvimento motor e cognitivo do aluno. Precisa existir uma
relação teórica-prática na metodologia de ensino.
O professor tem de inovar e diversificar, pois o campo de trabalho envolve
muitas atividades que podem ser trabalhadas com os alunos como jogos,
competições, danças, música, teatro, expressão corporal, práticas de aptidão física,
jogos de mímica, gincanas, leituras de textos, trabalhos escritos e práticos, dinâmica
em grupo, uso de TV, DVD, etc.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Ginástica
- Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que
envolvem a ginástica.
- Compreender a função social da ginástica.
- Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica.
- Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.
Lutas
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
manifestações das lutas.
- Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação
das lutas pela indústria cultural.
- Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da
mesma enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos
básicos.
- Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros.
- Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os
diferentes tipos de golpes,
8
Esporte
- Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de
tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento.
- Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte de
rendimento e a relação entre esporte e lazer.
- Compreender a função social do esporte.
- Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte.
- Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos utilizados e
questões relacionadas a nutrição.
Jogos e brincadeiras
- Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas
de superação.
- Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e
considerem individualidades.
Dança
- Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,
entre outros,
- Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais,
por meio da dança.
- Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.
- Criação e apresentação de coreografias
9
Referências Bibliográficas
CARLINI, Alda Luiza. A educação e a corporalidade do educando. Discorpo. São
Paulo, N.04, P.41-60,1995.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANA –– SEED/2008.
MEDINA, João P.S. O Brasileiro e seu corpo. 2a Ed. Campinas: Papirus,1990.
Física
Apresentação geral da disciplina
O conhecimento físico é imprescindível, pois leva a compreensão do mundo
em que vivemos, contribui para a formação de uma cultura científica efetiva que
permite ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais,
redimensionando sua relação com a natureza em transformação.
A importância da física para a formação do cidadão se deve pela presença
desta ciência no dia-a-dia das pessoas, traduzindo não só pelas leis que a regem e
estão inseridas na natureza, mas por ser um dos motivos da forma como o mundo
se comporta atualmente: em constante transformação.
A educação para cidadania se faz considerando não a apenas a dimensão
crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e a não-
neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e
envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.
A disciplina de física tem como objeto de estudo o Universo, sua evolução,
suas transformações e as interações que nele se apresentam. Portanto, o ensino de
física procura a compreensão e interpretação dos fenômenos naturais relacionados
com: os movimentos, a termodinâmica e o eletromagnetismo.
O ensino de física não deve realizar-se mediante a apresentação
desarticulada e descontextualizada de conceitos, leis e fórmulas, distantes da vida
do aluno e desprovidos de significado. Sendo assim, o professor deve buscar
construir um ensino de física centrado em conteúdos e metodologias capazes de
levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva
10
de que esta não é somente fruto da racionalidade científica. É preciso ver o ensino
da física “com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos debates, a força dos
princípios e a beleza dos conceitos científicos”
Objetivos gerais da disciplina
- Levar o aluno a refletir sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que esta
ciência não é fruto apenas de pura racionalidade científica.
- Contribuir para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza
da produção científica e compreender a necessidade deste conhecimento para
entender o universo de fenômenos que o cerca,
- Compreender enunciados que envolvem códigos e símbolos físicos para tabelas,
gráficos e relações matemáticas gráficas para a expressão do saber físico.
- Ser capaz de discriminar e traduzir as linguagens matemáticas e discursivas entre
si. Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos
de sua representação simbólica.
- Apresentar de Forma clara e objetiva o conhecimento aprendido, através de tal
linguagem.
- Elaborar sínteses os esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados.
- Conhecer e utilizar conceitos físicos.
- Relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes.
- Relacionar e compreender leis e teorias físicas.
- Construir e investigar situações -problema, identificar a situação física, utilizar
modelos físicos, generalizar de uma outra situação, prever, avaliar, analisar
previsões.
- Articular o conhecimento físico com conhecimento de outras áreas do saber
cientifico.
- Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam
aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.
- Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão da
cultura humana.
- Conhecer fontes de informações relevantes, sabendo interpretar noticias
cientificas.
- Reconhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua historia e
relações com o contexto cultural, social, político e econômico.
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- Reconhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo a evolução
dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução dos meios
tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento
cientifico.
Conteúdos Estruturantes
- Movimento
- Termodinâmica
- Eletromagnetismo
Conteúdos básicos
- Momentum e inércia Conservação de quantidade de movimento (momentum)
Variação da quantidade de movimento = Impulso 2ª Lei de Newton 3ª Lei de Newton
e condições de equilíbrio
- Energia e o Princípio da Conservação da energia
- Gravitação
- Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da Termodinâmica ,2ª
Lei da Termodinâmica
- Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas, Força eletromagnética
Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de
Ampère, Lei de Gauss, magnética, Lei de Faraday)
- A natureza da luz e suas propriedades
Metodologia da disciplina
O conhecimento físico não pode apresentar-se ao aluno como um produto
acabado, fruto da genialidade dos grandes cientistas. O grande desafio é que a
atividade científica seja vista com uma atividade humana, com seus acertos, virtudes
,falhas e limitações.
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e,
por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, os
conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são
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coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no
intuito de explicar e entender essa natureza.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Movimento
Espera-se que o estudante:
• formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX e
compreenda a visão de mundo dela decorrente;
• compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de
partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre
eles o da Incerteza);
• perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o
conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito
básico da mecânica clássica: trajetória;
• compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção
científica ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico)
como uma resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante de
movimento e o momentum como uma medida dessa resistência (translação);
• compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a dificuldade
apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e à
distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminuição
do momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro e vice-versa;
• associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um
sistema (impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou
desaceleração) e à concepção de massa e inércia;
• entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.)
como dependentes do referencial e de natureza vetorial;
• perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à
conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da
quantidade de movimento translacional ou linear;
• compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os
movimentos rotacionais;
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• perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os
translacionais como os rotacionais;
• perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a
aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;
• aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1ª lei de
Newton e as noções de equilíbrio estável e instável.
• reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.
Energia e o Princípio da Conservação da energia
Espera-se que o estudante
- Perceba a idéia de conservação de energia como uma construção humana,
originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos princípios
fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia,
aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como
outros campos externos à Física.
Assim, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:
• conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas
formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e
potencial gravitacional;
• perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à
transformação/variação de energia;
• compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou
seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações
de energia, indicada pela grandeza física potência.
Gravitação
- A Lei da Gravitação Universal como uma construção cientifica importante, pois
unificou a compreensão dos fenômenos celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza
uma concepção de espaço, matéria e movimento, desde os primeiros estudos sobre
a natureza até Newton.
Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele:
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• associe a gravitação com as leis de Kepler;
• identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de
vista clássico.
• compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria
da Relatividade Geral.
Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da Termodinâmica ,2ª
Lei da Termodinâmica.
- Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da
termodinâmica, composto por idéias expressas nas suas leis e em seus conceitos
fundamentais: temperatura, calor e entropia.
Assim, ao se avaliar o estudante,espera-se que ele:
• compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido
para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e
fundamental para o desenvolvimento das idéias na termodinâmica;
• formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e
extrapole o conceito a outras aplicações físicas;
• entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de
um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um
sistema;
• diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das
formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da
termodinâmica;
• compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de
Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua
importância para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como
forma de energia;
• associe a primeira lei à idéia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.
• compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como
propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da
mesma forma, o conceito de calor latente;
• identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm
acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse
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princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação
de energia e sugere um estudo da entropia;
• compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos
e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;
Carga, corrente elétrica
Espera-se que o estudante:
• compreenda a teoria eletromagnética, suas idéias, definições, leis e conceitos que
a fundamentam.
• compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois
todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga.
• compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o
campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de
campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que
o estudante entenda essa idéia de campo como uma entidade teórica criada no
eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e mediador da interação entre
cargas;
• compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base
para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos;
• entenda o campo como uma entidade física dotado de energia;
• apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a
corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;
• associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;
• conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a
resistividade e a condutividade;
• conheça as propriedades magnéticas dos materiais;
• entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao
campo;
• reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos,
pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e
propriedades dos gases;
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• compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético
sobre a corrente elétrica;
• entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos
constituintes;
• conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação
de energia, como a nuclear e a eólica.
• compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema
elétrico;
• perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à transformação/
variação de energia elétrica.
A natureza da luz e suas propriedades
- A partir da formulação das equações de Maxwell e a comprovação experimental de
Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No
entanto, estudos realizados
no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da natureza
corpuscular da luz (os quanta). Isso contribui para a apresentação da Física como
uma ciência construída e em construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante
espera-se que ele:
• entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;
• conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as
radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório
e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria;
• entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a
mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo
de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;
• entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa,
dispersão e absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão de
fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes
um ou outro se sobressai;
• associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação
do arco íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos
luminosos estudados;
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• compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria,
apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o
efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou
seja, entenda a luz a partir do comportamento dual;
• extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por
exemplo ao elétron.
Referências Bibliográficas
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.
Sampaio, José Luiz, Calçada, Caio Sérgio. Física. 2ª ed.São Paulo:Editora atual,
2005.
Luz, Antônio Máximo R. Álvares, Beatriz Alvarenga. Física – Ensino Médio. 1ª
ed.São Paulo: Scipione, 2008.
Sampaio, José Luiz, Calçada, Caio Sérgio. Universo da Física. 2ª ed. São
Paulo:Saraiva, 2005.
Química
Apresentação geral da disciplina
A aprendizagem da Química indica a compreensão e a utilização dos
conhecimentos científicos para explicar o funcionamento do mundo, planejando,
executando e avaliando as ações de intervenção na realidade.
A química no Ensino Médio deve possibilitar ao aluno uma compreensão dos
processos químicos em si, suas implicações ambientais, sociais, políticas e
econômicas.
Não se pode simplesmente aceitar que a ciência está pronta e acabada, e
que os conceitos científicos atuais são uma verdade absoluta. Assim, o
conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos
isolados, prontos e acabados, mas sim uma construção da mente humana, em
constante mudança.
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Considerando a ciência como produção humana e como processo dinâmico
em constante evolução, abordam-se as temáticas de forma crítica e reflexiva,
buscando-se estabelecer interações fundamentais no âmbito da sobrevivência e da
melhoria da qualidade de vida.
Objetivos gerais da disciplina
- Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;
- Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;
- Identificar fontes de informações e formas de obter informações relevantes para o
conhecimento da Química (livro, computador, jornais, manuais, etc);
- Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica;
- Compreender dados quantitativos, estimativas e medida;
- Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para
resolução de problemas quantitativos em química, identificando e acompanhando as
variáveis relevantes;
- Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado a química,
selecionando procedimentos experimentais;
- Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humana individual
e coletiva com o ambiente;
- Reconhecer as relações entre desenvolvimento cientifico e tecnológico da Química
e aspectos sócio-político-culturais;
- Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa.
- Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas
modificações ao longo do tempo;
- Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em química:
gráficos, tabelas e relações matemáticas;
- Compreende dados quantitativos, estimativos e medidas, compreender relações
proporcionais presentes na Química (raciocino proporcional);
- Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros
(classificação, seriação e correspondência em Química);
- Desenvolver conexões hipotético- lógicas que possibilitem revisões das
transformações químicas;
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- Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e rural;
- Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no
desenvolvimento da Química e da tecnologia.
Conteúdos Estruturantes
• Matéria e sua natureza
• Biogeoquímica
• Química Sintética
Conteúdos básicos
Matéria - Constituição da matéria; Estados de agregação; Natureza elétrica da
matéria; Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). Estudo dos
metais. Tabela Periódica.
Solução - Substância: simples e composta; Misturas; Métodos de separação,
Solubilidade; Concentração; Forças intermoleculares; Temperatura e pressão;
Densidade; Dispersão e suspensão; Tabela Periódica.
Velocidade das reações - Reações químicas; Lei das reações químicas;
Representação das reações químicas; Condições fundamentais para ocorrência das
reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de
colisão) Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato,
temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); Lei da velocidade
das reações químicas; Tabela Periódica.
Equilíbrio químico - Reações químicas reversíveis; Concentração; Relações
matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); Deslocamento de
equilíbrio (príncipio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito
dos catalizadores; Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização,
Ks ). Tabela Periódica
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Ligação química - Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações
químicas em relação as propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações
químicas; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias
moleculares; Ligações de Hidrogênio; Ligação metálica (elétrons semi-livres)
Ligações sigma e pi; Ligações polares e apolares; Alotropia.
Reações químicas - Reações de Oxi-redução, Reações exotérmicas e
endotérmicas; Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas, Variação de
entalpia; Calorias; Equações termoquímicas; Princípios da termodinâmica; Lei de
Hess; Entropia e energia livre, Calorimetria; Tabela Periódica.
Radioatividade - Modelos Atômicos (Rutherford); Elementos químicos
(radioativos); Tabela Periódica, Reações químicas; Velocidades das reações;
Emissões radioativas; Leis da radioatividade; Cinética das reações químicas;
Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
Gases - Estados físicos da matéria; Tabela periódica; Propriedades dos gases
(densidade/ difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e
temperatura x volume); Modelo de partículas para os materiais gasosos; Misturas
gasosas; Diferença entre gás e vapor; Leis dos gases
Funções químicas - Funções Orgânica, Funções Inorgânicas, Tabela Periódica
Ementa da Disciplina
Modelos atômicos; alotopia; elementos químicos; aspectos técnicos da química
moderna; tabela periódica; número de oxidação; sistemas substância e misturas;
funções e reações inorgânicas; Leis das Reações Químicas; massa atômica,
molecular e mol; estudo dos gases; estequiometria; soluções; termoqímica;
oxirredução; química orgânica suas funções e reações; isomeria; compostos
orgânicos; solos – formação micro e macro nutrientes, reações; esterilização e
desinfecção.
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Metodologia da disciplina
Considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)
construir os conhecimentos químicos. Essa (re) construção acontecerá por meio das
abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos,
A abordagem teórico metodológica mobilizará para o estudo da Química
presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma
descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida.
Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo
estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera, hidrosfera e
litosfera. Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo
estruturante Química Sintética, o foco será a produção de novos materiais e
transformação de outros, na formação de compostos
artificiais. Os conteúdos químicos serão explorados na perspectiva do Conteúdo
Estruturante Matéria e sua Natureza por meio de modelos ou representações. E é
imprescindível fazer a relação do modelo que representa a estrutura microscópica
da matéria com o seu comportamento macroscópico.
Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a
significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica,
ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém,
para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais abordagens são limitadas.
Os fenômenos químicos, na perspectiva desse conteúdo estruturante, podem
ser amplamente explorados por meio das suas representações, como as fórmulas
químicas e modelos.
O conteúdo básico Funções Químicas não deve ser apenas explorado
descritivamente ou classificatoriamente. Este conteúdo básico deve ser explorado de
maneira relacional, por que o comportamento das espécies químicas é sempre
relativo à outra espécie com a qual a interação é estabelecida.
Subsidiar reflexões sobre o ensino de Química, bem como possibilitar novos
direcionamentos e abordagens da prática docente no processo ensino–
aprendizagem, para formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e
seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em que está inserido.
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Critérios de avaliação específicos da disciplina
Espera-se que o aluno:
- Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da
Química;
- Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;
- Problematize a construção dos conceitos químicos;
- Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela
produção do conhecimento químico.
• Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre
modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;
• Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo
básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade,
concentração, forças intermoleculares, etc;
• Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,
representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade,
inibidores;
• Compreenda o conceito de equilibro químico, a partir dos conteúdos específicos:
concentração, relações matemáticas e o equilíbrio químico, deslocamento de
equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio
químico em meio aquoso; de ligação química, na perspectiva da interação entre o
núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste
conteúdo básico;
• Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível
microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo
básico;
• Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem
na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;
• Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos
gases, modelo de partículas e as leis dos gases;
• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra
espécie com a qual estabelece interação.
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- Compreenda que o conhecimento químico, assim como todos os demais saberes,
não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.
Referências Bibliográficas
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.
FELTRE, Ricardo. Química. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2004.
PENTEADO, Paulo César M,, TORRES, Carlos Magno A. Física, Ciência e
Tecnologia. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2005.
Biologia
Apresentação geral da disciplina
O processo científico tecnológico inegavelmente tem gerado, em algum nível,
uma melhora de qualidade de vida de uma parcela da população mundial e do nosso
país ao longo do processo histórico. Contudo, esse mesmo progresso e
desenvolvimento têm comprometido drasticamente as condições naturais e
humanas, contribuindo para o processo de desumanização do homem na esfera
social.Isso nos leva a tomar a ciência e a tecnologia como objetos de
questionamentos, passíveis de uma necessária contestação crítica e de uma ampla
problematizarão de sua suposta neutralidade.
É necessário, então,que o ensino de Biologia efetivamente subsidie a
transferência de uma esfera e percepção ingênua da realidade para uma esfera
crítica, na qual se denuncia a estrutura desumanizante presentes nas relações entre
ciências, economia, política e sociedade e se anuncia à estrutura humanizante
A Biologia não pode significar a simples memorização de nomenclatura
taxonômica, filos, etapas e processos fisiológicos, ecológicos, probabilidades em
problemas de genética, nomes de doenças e seus ciclos, etc. Ela não pode ser
encarada como um amontoado de frases, esquemas, nomes e raciocínios para o
vestibular ou para o concurso, para se passar de ano. O aprendizado da biologia,
em seus princípios gerais, é necessário para que o cidadão moderno possa melhor
interagir com o mundo.
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A formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, portanto consolida-se por
meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar
concepções pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os
alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do
fenômeno VIDA.
Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida como
processo de produção do próprio desenvolvimento humano.
Objetivos gerais da disciplina
- Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados
em microscópio ou a olho nu;
- Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da biologia;
- Apresentar, de forma organizada o conhecimento biológico apreendido através de
textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;
- Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento,
leitura de texto e imagem, entrevista) selecionando aquelas pertinentes ao tema
biológico em estudo;
- Expressar duvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos;
- Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia (lógica interna) na
compreensão de fenômenos
- Estabelecer relações entre parte e todo, de um fenômeno ou processo
biológico;
- Selecionar e utilizar metodologias cientificas adequadas para a resolução de
problemas, fazendo uso quando for o caso de tratamento estatístico na analise de
dados coletados;
- Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas
apresentados, utilizando elementos da Biologia;
- Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado
(existencial escolar);
- Entender a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da
conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e
tecnológicos;
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- Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do
senso comum relacionadas a aspectos biológicos;
- Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações
intencionais por ele produzidas no seu ambiente;
- Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e a
implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;
- Identificar as relações entre o conhecimento cientifico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável.
Conteúdos Estruturantes
- Organização dos Seres Vivos
- Mecanismos Biológicos
- Biodiversidade
- Manipulação Genética
Conteúdos básicos
- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
- Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
- Teorias evolutivas.
- Transmissão das características hereditárias
- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com
o ambiente
- Organismos geneticamente modificados.
Metodologia da disciplina
Confrontar os saberes do aluno com o saber elaborado, na perspectiva de
uma apropriação da concepção de ciência como atividade humana. Ainda, busca-se
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a coerência por meio da qual o aluno seja agente desta apropriação do
conhecimento.
Para o ensino de Biologia, propõe-se o método da prática social, que decorre
das relações dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de mundo; entre a
compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade.
A abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos
estruturantes, de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos como
tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e
categorizando-os, seja possível, também, discutir o mecanismo de funcionamento, o
processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de
novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo “classificação dos seres
vivos” não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem
pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo específico “organismos
geneticamente modificados”, partindo se da compreensão das técnicas de
manipulação do DNA, comparando as com os processos naturais que determinam a
diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos. Portanto, é
imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos
estruturantes.
Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que
constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante
Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos
Seres Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas,
envolvendo, inclusive, a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste
contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida
como elemento da estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite
observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a
abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da
existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a
diversidade, envolvendo a variabilidade
genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os
processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e
as produzidas pelo homem.
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Critérios de avaliação específicos da disciplina
Espera-se que o aluno:
• Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
• Estabeleça as características específicas dos micro-organismos, dos organismos
vegetais e animais, e dos vírus;
• Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular),
tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia
(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
• Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e
molecular) dos seres vivos;
• Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas
biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,
esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
• Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
• Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que
ocorrem no interior das células;
• Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,
reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
• Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais
freqüentes nos sistemas biológicos (histologia);
• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das
espécies;
• Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade
dos seres vivos;
• Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os
seres vivos;
• Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as
relações existentes entre estes;
• Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do
equilíbrio dos ecossistemas;
• Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o
meio em que vivem;
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• Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação/utilização;
• Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos
biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução
de problemas sócio-ambientais;
• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem
na diversidade biológica;
• Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolve a manipulação genética.
Referências Bibliográficas
AMABIS, José Mariano, MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. 2ª ed. São Paulo:
Moderna, 2004.
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.
FAVARETTO, José Arnaldo, MERCADANTE, Clarinda. Biologia. 1ª ed. São Paulo:
Moderna, 2005.
LINHARES, Sérgio. GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia. São Paulo: Ática,
2009.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2008.
História
Apresentação geral da disciplina
A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas
fundamentadas por meio de um conhecimento constituído por interpretações
históricas, É a formação de um pensamento histórico a partir da produção do
conhecimento. Esse conhecimento é provisório, configurado pela consciência
histórica dos sujeitos.
Entende-se que a consciência histórica seja uma condição da existência do
pensamento humano, pois sob essa perspectiva os sujeitos se constituem a partir de
29
suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico, ou seja, a
consciência histórica é inerente à condição humana em sua diversidade
A disciplina História tem como objeto de estudo os processos históricos
relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a
respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas
ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como
estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir,
representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.
O ensino de história não pode reduzir-se a memorização de fatos, a
informação detalhada dos eventos, ao acúmulo de dados sobre as circunstâncias
nas quais ocorreram. A história não é simplesmente um relato de fatos periféricos,
não é o elogio de figuras ilustres. Ela não é um campo neutro, é um lugar de debate,
as vezes de conflitos. É um campo de pesquisa e produção do saber que está longe
de apontar para o consenso.
No ensino de história o principal objetivo é compreender e interpretar as
várias versões do fato, e não apenas memoriza-lo. Sem que se identifique, preserve,
compreenda, sem que se indique onde se encontram outros fatos e qual o seu valor,
não pode haver continuidade consciente no tempo, mas somente a eterna mudança
do mundo e do ciclo biológico das criaturas que nele vivem. O conhecimento da
história da civilização é importante porque nos fornece as bases para o nosso futuro,
permite-nos o conhecimento de como aqueles que viveram antes de nós
equacionaram as grandes questões humanas.
São essas as grandes questões que devemos nos ocupar no ensino de
História. Que homem se quer formar Agente transformador na construção de um
novo mundo, posicionando de maneira crítica, responsável e construtiva nas
diferentes situações sociais.
Sob essa perspectiva, os estudos de história contribuiriam para formar no
aluno a idéia de que a realidade como está foram produzida por uma determinada
razão, e mais importante, podem ser alteradas ou conservadas. Para isso é
importante que a História seja entendida como o resultado da ação de diferentes
grupos, setores ou classes de toda a sociedade. É importante que o aluno conheça
30
a história da humanidade como a história da produção de todos os homens e não
como resultado da ação ou das idéias de alguns poucos.
Nessa medida a História seria entendida como um processo social em que
todos os homens estariam nele engajados como seres sociais. De outra parte, é
fundamental que se estabeleça a relação do passado e do presente, isto é, que os
estudos não se restrinjam apenas ao passado, mas sim que este seja entendido
como chave para a compreensão do presente, que por sua vez melhor esclarece e
ajuda a entender o passado. Aqui duas funções se evidenciam como básicas nos
estudos da história: capacitar o individuo a entender a sociedade do passado e a
aumentar o seu domínio da sociedade do presente.
Sob esse enfoque, não tem sentido um ensino de História que se restrinja a
fatos e acontecimentos do passado sem estabelecer sua vinculação com a situação
presente; como não têm sentido analisar os acontecimentos atuais sem buscar sua
gênese e sem estabelecer sua relação com outros acontecimentos políticos,
econômicos, sociais e culturais ocorridos na sociedade como um todo. Não é
possível, portanto, analisar fatos isolados. Para entender seu verdadeiro sentido é
imprescindível remete-los á situação socioeconômica, política e cultural da época
em que foram produzidas, reconstituídas suas evoluções na totalidade mais amplas
do social até a situação presente.
Objetivos gerais da disciplina
- Despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais,
e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico;
- Estabelecer o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos da
historia do cotidiano, da historia cultural;
- Identificar no próprio cotidiano, nas relações sociais e nas ações políticas da
atualidade, a continuidade de elementos do passado, reforçando o dialogo passado -
presente;
- Contribuir para que o educando amplie a compreensão da realidade e seja capaz
de estabelecer relações com outras realidades históricas e de respeitar os valores
culturais das diferentes sociedades;
31
- Formar cidadãos critico, participativo, reflexivo, compromissado e atuante, capaz
de exercer com êxito a sua cidadania.
Conteúdos Estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Conteúdos básicos
- Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
- Urbanização e Industrialização
- O Estado e as relações de poder
- Os sujeitos, as revoltas e as guerras
- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
- Cultura e Religiosidade
Metodologia da disciplina
- Problematização dos conteúdos básicos como temas históricos por meio da
contextualização espaço temporal;
- Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da
América Latina, África e Ásia;
- Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
- Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
32
- O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem
aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de
narrativas históricas.
- Utilizar de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos
alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Trabalho Escravo, Servil,Assalariado e o Trabalho Livre
- Pretende perceber como os estudantes compreendem: o conceito de trabalho; o
trabalho livre nas sociedades do consumo produtivo (primeiras sociedades,
indígenas, africanas, nômades, seminômades); o trabalho escravo e servil; a
transição do trabalho servil e artesanal para o assalariado; o sistema industrial,
Taylorismo, Fordismo e Toyotismo; o sindicalismo e legislação trabalhista; as
experências do trabalho livre nas sociedades revolucionárias; a mulher no mundo do
trabalho (...).
Urbanização e Industrialização
- Pretende perceber como os estudantes compreendem as cidades na História
(neolíticas, antigüidade greco-romana, da Europa Medieval, pré-colombianas,
africanas e asiáticas); ocupação do território brasileiro e formação de vilas e cidades;
urbanização e industrialização no Brasil; urbanização e industrialização nas
sociedades ocidentais, africanas e orientais; urbanização e industrialização no
Paraná no contexto da expansão do capitalismo; modernização do espaço urbano
(...)
O Estado e as relações de poder
- Pretende perceber como os estudantes compreendem: os Estados teocráticos; os
Estados na antigüidade clássica; o poder descentralizado e a igreja católica na
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sociedade medieval; a formação dos Estados Nacionais; as metrópoles européias,
as relações de poder sobre as colônias na expansão do capitalismo; o Iluminismo e
os processos de independência da América Colonial; o Paraná no contexto da sua
emancipação; o Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo);
o nacionalismo nos Estados ocidentais; o populismo e as ditaduras na América
Latina; o Estado e as relações de poder na segunda metade do século XX; o Estado
na América Latina no contexto da Guerra Fria; o Estado ideologia e cultura; a
independência das colônias africanas e asiáticas.[...]
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
- Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações de dominação
e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade: (mulheres, crianças,
estrangeiros e escravos); as guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e
Roma; relações de dominação e resistência na sociedade medieval: (camponeses,
artesãos, mulheres, hereges e doentes); as relações de resistência na sociedade
ocidental moderna; as revoltas indígenas, africanas na América portuguesa; os
quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro; as revoltas sociais na
América portuguesa; as revoltas e revoluções no Brasil no século XVII e XIX; [...]
Movimentossociais,políticos e culturais e as guerras e revoluções
- Pretende perceber como os estudantes compreendem: as revoluções democrática-
liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA); as guerras mundiais no século XX;
As revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina; os movimentos de
resistência no contexto das ditaduras da América
Latina; os Estados africanos e as guerras étnicas; a luta pela terra e a organização
de movimentos pela conquista do direito a terra na América Latina; a mulher e suas
conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas [...].
Cultura e Religiosidade
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- Pretende perceber como os estudantes compreendem: os rituais, mitos e
imaginários dos povos (africanos, asiáticos, americanos e europeus); os mitos e a
arte greco-romanos e a formação das grandes religiões( hinduísmo, budismo,
confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo); os movimentos religiosos e
culturais na passagem do feudalismo para o capitalismo; o modernismo brasileiro;
representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte
brasileira; as etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e
religiosas; as festas populares no Brasil;
Referências Bibliográficas
COTRIM, Gilberto, História Brasil e Geral. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.
EITEL, Lúcia da Silva. Conhecendo o Paraná/Estudos Sociais. Editora Ática/1995.
KARNAL, Leandro. História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. (org.). 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2005.
PETTA, Nicolina Luiza; OJEDA, Eduardo Aparício Baez. História (Volume Único). São Paulo: Editora Moderna, 1999.
Geografia
Apresentação geral da disciplina
O conhecimento geográfico é fundamental para o desenvolvimento e
evolução da humanidade, principalmente nos dias atuais onde vivemos o
advento da globalização e a Revolução Técnico-Cientíca-Informacional.
A geografia estuda as relações entre a sociedade e a natureza,analisa a forma
como a sociedade atua,criticando os métodos utilizados e indicando as técnicas e as
formas sociais que melhor mantenham o equilíbrio biológico e o bem estar social.
Ela é a ciência eminentemente política, no sentido aristotélico do termo, devendo
indica caminhos a sociedade, nas formas de utilização da natureza. daí admitiu que
a Geografia fosse eminentemente uma ciência social da sociedade.
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Como Ciência Social, a geografia tem a preocupação de entender o espaço em
sua dimensão social de construção. Nesse sentido,o papel da geografia escolar é de
pensar este espaço com o aluno.Não nos serve o papel de passar informações,para
isto,os meios de comunicação já fazem com mais recursos.As mudanças,ocorridas
com a globalização,mudaram também a noção de tempo e espaço,de relações de
trabalho e de poder nas diversas esferas da sociedade.
Hoje podemos obter os mais diversos conhecimentos sobre o espaço, seja
pelos meios de comunicação, pela ciência etc. Assim parece que tudo e o todo
podem ser estudados pela geografia. Então é preciso definir o que queremos com a
geografia,para quê,o quê e como vamos ensinar.
O homem, individualmente, não tem influência na formação do espaço e na
utilização do território, mas a sociedade, dispondo cada vez mais de capital e de
tecnologia, modifica o espaço natural criando o espaço próprio que lhe interessa. As
aspirações da sociedade variam conforme os recursos e a força de que dispõem,e
também,conforme os objetivos que pretendem alcançar
Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações sócio-
espaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual
das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e
contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um
determinado espaço.
Pretende-se que o estudo da Geografia estimule o desenvolvimento do
educando e forneça-Ihes um conjunto de informações, e também a ampliação do
pensamento reflexivo no que se refere ao mundo do trabalho, pois a construção
deste planejamento está tratando de assuntos atuais, que estará levando o aluno
a se enquadrar dentro destes novos paradigmas exigido pelo mundo
mercadológico, além de estar formando cidadãos na concepção da palavra.
A educação para cidadania é um desafio para o ensino e a Geografia é um dos
componentes curriculares fundamentais para tanto. Os conteúdos trabalhados
devem ter uma tríplice função,qual seja:resgatar o conhecimento produzido
36
cientificamente,reconhecer e valorizar o conhecimento que cada aluno traz
consigo,como resultado de sua própria vida e dar sentido social para este saber.
Assim, a geografia serve para ajudar o educando a desvendar o mundo pelo
método de análise e investigação procurando formar o verdadeiro cidadão
participativo, levando a conhecer a organização do espaço local, nacional e
mundial,bem como as inter-relações,enfim a sociedade como um todo, despertando
a sua verdadeira cidadania e necessidade da conquista de seu próprio espaço,
capaz de transformar e usufruir os benefícios da natureza, conservando-a.
Portanto, o campo de preocupação da geografia é o espaço da sociedade
humana, onde homens e mulheres vivem, e ao mesmo tempo, produzem
modificações que constroem e reconstroem permanentemente; a realidade a ser
estudada não pode ficar restrita aos seus limites, devendo sempre ser
contextualizada no espaço e no tempo, sem que se perca de vista as várias
dimensões da escala geográfica.
Objetivos gerais da disciplina
- Formar um cidadão crítico e atuante, capaz de exercer com êxito a sua cidadania;
- Formar indivíduos capazes de entender e interpretar os fatos que acontecem no
mundo, estabelecer relações entre os fatos e o espaço geográfico;
- Ajudar o aluno a entender as diversidades e as mudanças que acontecem no
espaço geográfico, tornando-o capaz de “pensar” esse espaço e perceber-se como
parte integrante dele;
- Fornecer a base conceitual da disciplina através de sua evolução; educar o aluno
para o pleno domínio da linguagem cartográfica, noções de escala e fusos horários,
alem de conhecer os processos naturais e antrópicos que regem a superfície do
planeta Terra;
- Colaborar para que o aluno compreenda os processos que regem as sociedades
humanas e sua organização; ter noções dos processos de urbanização, evolução
populacional, desenvolvimento da agricultura e problemas ambientais.
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Conteúdos Estruturantes
- Dimensão econômica do espaço geográfico;
- Dimensão política do espaço geográfico;
- Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico; e
- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Conteúdos básicos
- A formação e transformação das paisagens.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- A revolução técnico- científica- informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
- A circulação de mão- de- obra, do capital, das mercadorias e das informações.
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente
- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
- Os movimentos migratórios e suas motivações.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- O comércio e as implicações socioespaciais.
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- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
Metodologia da disciplina
- Problematizar os conteúdos, bem como reconhecer que os impasses e
contradições existentes são procedimentos fundamentais para compreender e
ensinar o espaço geográfico no atual período histórico.
- O professor deverá proporcionar atividades,oportunizando ao educando relacionar
conhecimentos (geográficos e interdisciplinares), tirar conclusões e realizar trabalhos
de síntese dos conhecimentos adquiridos.
- Oferecer temas de discussão, de questionamento, reflexão que colaborem para a
abertura do diálogo, despertando o senso crítico, para que o estudante através
dessas reflexões no contexto social atual, se instrumentalize para o pensamento
crítico.
- Aula de campo - parte-se de uma realidade local bem delimitada para investigar a sua constituição histórica e realizar comparações com os outros lugares, próximos ou distantes.
- A aula de campo abre possibilidades de desenvolver múltiplas atividades práticas,
tais como: consultas bibliográficas (livros e periódicos), análise de fotos antigas,
interpretação de mapas, entrevistas com moradores, elaboração de maquetes,
murais, etc.
O trabaIho com lmagens - Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e
imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados
para a problematização dos conteúdos da Geografia, desde que sejam explorados à
luz de seus fundamentos teórico-conceituais.
- Obras de arte - As obras de arte possuem uma importância destacada no conjunto
de abordagens possíveis nas aulas de Geografia, visto que abarcam
particularidades que não são possíveis em outros recursos
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-Obras literárias - As obras literárias, por sua vez, podem ser entendidas como uma
representação social condicionada a certos períodos históricos e utilizadas, no
ensino de Geografia, como instrumento de análise e confronto com outros contextos
históricos.
Cartografia: como linguagem - os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos
estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação, problematização e
análise crítica.
O domínio da leitura de mapas é um processo de diversas etapas porque
primeiro é acolhida a compreensão que o aluno tem da realidade em exercícios de
observar e representar o espaço vivido, com o uso da escala intuitiva e criação de
símbolos que identifiquem os objetos. Depois, aos poucos, são desenvolvidas as
noções de escala e legenda, de acordo com os cálculos matemáticos e as
convenções cartográficas oficiais interagem na sociedade e que possa crescer cada
vez mais em sua consciência e na consciência do mundo em que vivem.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Espera-se que o aluno:
- Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar.
- Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia - mapas, tabelas,
gráficos e imagens.
- Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela
ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista.
- Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.
- Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas
atividades produtivas.
- Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de
energia na sociedade industrializada.
- Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e
uso dos recursos naturais.
- Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de matérias
primas e a organização espacial.
- Reconheça as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos
étnicos no processo de
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configuração do espaço geográfico.
- Compreenda as ações internacionais de proteção aos recursos naturais frente a
sua importância estratégica.
- Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua importância
política, estratégica e econômica.
- Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades
produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da população.
- Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional e sua
relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias e nas formas de
consumo.
- Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões
onde as indústrias se instalam.
- Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas
comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.
- Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de
transformação do espaço.
- Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo agropecuário
moderno.
- Entenda a importância das redes de comunicação e de informação na formação
dos espaços mundiais.
- Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão-de-obra, capital e
das informações na organização do espaço mundial.
- Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas na
atualidade e sua repercussão ambiental e social.
- Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os problemas
sociais e ambientais.
- Reconheça as interdependências econômicas e culturais entre campo e cidade e
suas implicações socioespaciais.
- Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivo rural e
urbano.
- Relacione o processo de urbanização com as atividades econômicas.
-Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de segregação, os
espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco.
- Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais.
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- Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho, consumo
e de produção.
- Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos
indicadores sociais.
- Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países.
- Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o processo de
expansão das fronteiras agrícolas.
- Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos fatores
de estímulo dos deslocamentos populacionais.
- Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos
estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e
produtivas.
- Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na
configuração do espaço mundial.
- Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica e da OMC
para o comércio mundial.
- Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais,
FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do espaço geográfico
mundial.
- Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a divisão
norte-sul e a formação dos blocos econômicos.
- Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações
econômicas e de poder na
nova ordem mundial.
- Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de
poder na configuração das fronteiras e territórios.
Referências Bibliográficas
ADAS, Melhem. Noções básicas de Geografia. São Paulo Moderna
DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná. Geografia
LUCCI, Elian Alabi. Geografia – Homem Espaço. São Paulo: Saraiva
Livro Didático Público. Secretaria de Estado da Educação
42
MOREIRA, João Carlos e SENE, Eustáquio – Geografia. São Paulo: Scipione.
2008, 1 ed.
PIFFER, Osvaldo. Geografia Geral – Novo Ensino Médio – volume único curso
completo. Sistema de Ensino IBEP
TERRA, Lygia e COELHO, Marcos de Amorim. Geografia Geral e Geografia do
Brasil – O Espaço Natural e Socioeconômico. São Paulo: Moderna, 2008 1 ed.
Sociologia
Apresentação geral da disciplina
A sociologia tem a contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico,
ao lado de outras disciplinas, pois promove o contato do aluno com sua realidade
bem como o confronto com realidades distantes e culturalmente diferentes. É
justamente nesse movimento de distanciamento do olhar sobre nossa própria
realidade e de aproximação sobre realidades outras que desenvolvemos uma
compreensão de outro nível e crítica.
O conhecimento sociológico certamente beneficiará nosso educando na
medida em que lhe permitirá uma análise mais acurada da realidade que o cerca e
na qual está inserido. Mais que isto, a sociologia constitui contribuição decisiva para
a formação da pessoa humana, já que nega o individualismo e demonstra
claramente nossa dependência em relação ao todo, isto é, à sociedade na qual
estamos inseridos. Representa uma tomada de consciência de aspectos importantes
da ação humana e da realidade na qual se manifesta. Adquirir uma visão sociológica
do mundo ultrapassa a simples profissionalização, pois, nos mais diversos campos
do comportamento humano, o conhecimento sociológico pode levar a um maior
comprometimento e responsabilidade para com a sociedade em que se vive,
A Sociologia permite ao ser humano conscientizar-se de seu papel enquanto
agente transformador da realidade.
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Deste modo, o desafio do educador é apresentá-los a uma sociologia que
forneça novas expectativas, e que alimenta o jovem da sua importância enquanto
agente social, que é seu verdadeiro papel. Não podemos responsabilizar a
implantação da disciplina como a “solucionadora” de todos os problemas da
sociedade, mas como uma tentativa lúcida de refletir sobre ela.
Objetivos gerais da disciplina
- Contribuir para o desenvolvimento do pensamento analítico, livre de noções
preconceituosas e deterministas, acerca das relações sociais;
- Desnaturalizar as ações que se estabelecem na sociedade;
- Reconhecer a importância do homem como um ser social;
- Percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída explicitar
e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-
noções e pré-conceitos
- Questionar quanto à existência de verdades absolutas, sejam elas na
compreensão do cotidiano ou na constituição da ciência
- Possibilitar através do conhecimento sociológico a reflexão, a observação, a
pesquisa, levando o educando a compreender a complexidade dos fenômenos
sociais, culturais, econômicos e políticos confrontando-os em diferentes
interpretações, construindo sua própria versão de mundo, desenvolvendo o
compromisso de ampliar o exercício da cidadania;
- Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de
qualificação exigido, gerado por mudanças em diferentes níveis da sociedade.
- Respeitar a diversidade cultural, levando o educando a perceber a riqueza,
complexidade cultural e a existência de inexistência de culturas superiores e
inferiores.
Conteúdos Estruturantes
- O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
- O Processo de Socialização e as Instituições Sociais Cultura e Indústria Cultural
- Trabalho, Produção e Classes Sociais Poder, Política e Ideologia
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- Direito, Cidadania e Movimentos Sociais.
Conteúdos básicos
- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
- Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.
- O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
- Processo de Socialização;
- Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;
- Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).
- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
- Diversidade cultural; Identidade; Indústria cultural;
- Meios de comunicação de massa;
- Sociedade de consumo;
- Indústria cultural no Brasil;
- Questões de gênero;
- Cultura afro-brasileira e africana;
- Culturas indígenas;
- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
- Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
- Globalização e Neoliberalismo;
- Relações de trabalho;
- Trabalho no Brasil
- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
- Democracia, autoritarismo, totalitarismo
- Estado no Brasil;
- Conceitos de Poder;
- Conceitos de Ideologia;
- Conceitos de dominação e legitimidade;
- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
- Direitos: civis, políticos e sociais;
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- Direitos Humanos;
- Conceito de cidadania;
- Movimentos Sociais;
- Movimentos Sociais no Brasil;
- A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
- A questão das ONG’s.
Metodologia da disciplina
- Problematizar a vida do próprio aluno, sua existência real num mundo real, com
suas implicações nos diversos campos da vida: ético-moral, sociopolítico, religioso,
cultural e econômico”.
- Apropriação, por parte dos educandos, de um modo de pensar distinto sobre a
realidade humana, não pela aprendizagem de uma teoria, mas pelo contato com
diversas teorias e com a pesquisa sociológica, seus métodos e seus resultados.
- Refletir profundamente sobre a vida, seu papel na sociedade e sobre suas relações
enquanto indivíduos. Enfim, devemos formá-los enquanto seres conscientes de que
seus interesses particulares devem ceder espaço aos interesses sociais.
Problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos
que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos
sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de
recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura.
A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constituem importante elemento
para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a
construção coletiva dos novos saberes.
A pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os
dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de
compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno
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Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária
a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações
e contextualizações propostas Essa prática deve permitir que os conteúdos
estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que o
conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras
disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Espera-se que os estudantes compreendam:
- O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;
- Como as teorias clássicas relacionam se com o mundo contemporâneo;
- Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão
da sociedade e dos indivíduos.
- Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para
capacidade de análise e crítica da realidade social que os cerca.
- Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a
diversidade de interesses existentes na sociedade.
- Identifiquem se como seres eminentemente sociais;
- Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em
seu processo de socialização e as contradições deste processo;
- Reflitam sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são
interdependentes;
- Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças
sexuais e de gênero presentes nas sociedades
- Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de
dominação na sociedade contemporânea;
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- Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que
transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de
formação e padronização de opiniões, gostos e
comportamentos;
- Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que
está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social
Espera-se que os estudantes compreendam, de forma crítica:
- A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história
- A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho
diversas a ela.
- As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;
- Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja não são
“naturais” variam conforme a articulação e organização das estruturas de
apropriação econômica e de dominação política;
- As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de globalização;
- Analisem e compreendam, de forma crítica, o desenvolvimento do Estado
Moderno e as contradições do processo de formação das instituições políticas;
- Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder
presentes nas sociedades.
- Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários
contextos sociais.
- Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes
sociedades.
- Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e
estabelece na sociedade brasileira.
- Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a
cidadania;
- Percebam como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta
de diversos indivíduos ao longo do tempo;
- Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa
sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;
- Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.
- Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais
em suas especificidades.
48
Referências Bibliográficas
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.
Filosofia
Apresentação geral da disciplina
Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos,
políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e muito a
contribuir. Ela está presente em toda a esfera do saber, através da reflexão crítica,
rigorosa e profunda do pensamento.
Os conhecimentos filosóficos devem oferecer aos estudantes a possibilidade
de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas
particularidades e especializações. Deve instrumentalizar o ser humano, buscando
auxiliá-lo quanto à sua capacidade de agir e interagir no mundo e, ao mesmo tempo,
compreender a ação exercida.
Deste modo, o ensino da filosofia deverá dialogar com os problemas do
cotidiano, com o universo do aluno – as ciências, a arte, história, cultura. Deve
considerar as contradições próprias de nossa sociedade que é, ao mesmo tempo
capitalista e dependente, rica e explorada, consciente e alienada.
Na filosofia, aprendemos a analisar os elementos que compõem a existência
do ser-no-mundo. Portanto, ela é um pensar reflexivo, com o qual o ser humano
aprende a saber, a partir da reflexão e do discernimento, que é o verdadeiro
caminho para o conhecimento
Os estudos filosóficos podem contribuir de maneira significativa na vida do
individuo, já que demanda a formação integral do ser humano. É a filosofia que
reúne o pensamento fragmentado pelas ciências e as outras formas do conhecer.
Busca resgatar a integração que se localiza no sentido humano do sentir, do pensar
e do agir. A filosofia dá ao ser humano a oportunidade de desenvolver as
competências necessárias para o seu pensar autônomo, indagando sobre as coisas.
É uma disciplina de caráter interdisciplinar, pois é capaz de estabelecer um elo entre
todos os saberes.
49
A filosofia na escola pode e deve significar o espaço de experiência filosófica,
espaço de provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da
imaginação, da investigação, da análise e da criação de conceitos.
Objetivos gerais da disciplina
- Desenvolver a capacidade da indagação crítica;
- Compreender o significado da existência do homem em suas diferentes interfaces,
oferecendo uma reflexão sobre a natureza e o processo de produção do seu estar
no mundo, ou seja, de sua existência;
- Possibilitar a compreensão do mundo contemporâneo em suas múltiplas
particularidades.
- Entender os mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas
políticos, tendo como objetivo problematizar conceitos como o de cidadania,
soberania, justiça, igualdade liberdade de maneira a preparar o estudante para
uma ação política efetiva.
- Permitir a qualidade de sistematização, de fundamentação, rigor conceitual,
combate a qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo;
Conteúdos Estruturantes
- Mito e Filosofia
- Teoria do Conhecimento
- Ética
- Filosofia Política
- Filosofia da ciência
- Estética
Conteúdos básicos
Mito e Filosofia - Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade
do mito; O que é Filosofia?
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Teoria do Conhecimento - Possibilidade do conhecimento; As formas de
conhecimento O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e
lógica.
Ética - Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
Filosofia Política - Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade
política; Política e Ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou
participativa.
Filosofia da Ciência – Concepções de ciência; A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética.
Estética - Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo,
sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc. Estética e sociedade.
Metodologia da disciplina
Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva de fazer
com que os estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e
analisem a partir dos textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que
pesquisem, façam relações e criem conceitos a fim de articular os problemas da vida
atual com as respostas e formulações da história da Filosofia e com a criação de
conceitos. Através de diálogos, investigando-se temáticas implicadas no exercício da
cidadania; através de atividades que promovam o uso da argumentação, da
competência de colocar-se no lugar do outro; da habilidade de solucionar problemas,
capazes de articular sua própria visão de mundo enquanto sujeito coletivo,
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes
para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O professor
propõe problematização, leituras e análise de textos, organiza debates, sugere
pesquisas e sistematizações.
O ensino de Filosofia, portanto, deverá dialogar com os problemas do
cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de
problematizar e investigar o conteúdo estruturante Filosofia Política e seus
51
conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como
referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos filosóficos,
espera-se que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e, que, nesse
processo, crie e recrie para si os conceitos filosóficos, ciente de que não há conceito
simples.
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos dos conteúdos estruturantes - Mito e
Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e
Estética, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a
problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com
os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de
forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de
ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser
avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
Referências Bibliográficas
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –– SEED/2008.
8.2 - Disciplinas da Formação Específica
Mecanização agrícola
Apresentação da disciplina
A mecanização agrícola é sem dúvida um dos grandes avanços da agricultura
nas últimas décadas, estando cada vez mais presente inclusive em médias e
pequenas propriedades, trazendo inúmeros benefícios ao produtor, pois, a força
mecânica constitui na agropecuária atual um importante insumo no processo de
52
produção, devido o alto grau de produtividade. Contudo, o uso da mecanização no
campo deve ser feito de maneira racional e sustentável no âmbito ambiental,
econômico e social, tendo com base nisso o conceito de sustentabilidade agrícola.
Em vista aos inúmeros benefícios da utilização de máquinas na agricultura é
fundamental o estudo relacionado ao funcionamento e ao uso adequado dos
equipamentos e máquinas agrícolas no Curso Técnico em Agropecuária, pois além
das altas produtividades, o emprego de maneira displicente ou irracional da
mecanização no campo pode ocasionar vários danos aos recursos naturais,
principalmente a água e ao solo.
Objetivos gerais da disciplina
- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e
preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;
- Capacitar o Técnico em Agropecuária para o uso adequado dos equipamentos e
máquinas, visando sua otimização e viabilidade da obtenção de altas produtividades
agropecuárias, com a racionalização dos custos e a preservação dos recursos
naturais e do meio ambiente.
Ementa da disciplina
Técnicas de manutenção, regulagem e operação de motores, máquinas,
equipamentos, implementos de tração motorizada, humana e animal; normas de
segurança no uso de maquinários, implementos e equipamentos; técnicas de
direção defensiva; uso de softwares aplicados ao gerenciamento de máquinas e
equipamentos.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
53
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Conhecer as técnicas de manutenção, regulagem e operação de motores,
máquinas, equipamentos e implementos de tração motorizada, humana e animal;
- Reconhecer a importância das normas de segurança no uso de máquinas,
implementos e equipamentos;
- Perceber a importância das técnicas de direção defensiva;
- Utilizar os aplicativos no gerenciamento de máquinas e equipamentos;
- Entender o consumo de energia, suas fontes e seu uso para a produção de
trabalho mecânico;
- Conhecer as fontes de potência para a realização das atividades agropecuárias;
- Conhecer a constituição, uso e o princípio de funcionamento dos motores;
- Reconhecer os mecanismos e sistemas que constituem o trator.
- Entender a função, constituição, manutenção e operação da caixa de transmissão;
- Compreender a função, constituição, manutenção e operação do sistema hidráulico
dos tratores, os diferentes tipos de lubrificantes
- Entender a constituição, função, manutenção dos rodados e sistema de direção,
categorias de pneus agrícolas.
- Entender a função, constituição, manutenção e operação do sistema elétrico e de
controle elétrico-eletrônico do trator;
- Conhecer formas de engate de equipamentos;
- Conhecer os principais itens a serem considerados na escolha adequada de um
trator para o trabalho.
54
Referências Bibliográficas
MIALHE, L.G. Máquinas motoras na agricultura. São Paulo, Edusp, 1980.
MIALHE, Luís Geraldo. Máquinas motoras na agricultura. São Paulo, EPU-EDUSP,
1980.
Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural. Mecanização Agrícola
– tração animal; pulverizadores manuais. Brasília, EMBRATER, 1983.
SENAR-PR. Trabalhador na operação e na manutenção de tratores agrícolas.
Curitiba, Senar-PR, 2004.
Topografia
Apresentação da disciplina
O homem sempre necessitou conhecer o meio em que vive, por questões de
sobrevivência, orientação, segurança, guerras, navegação, construção, etc. No
princípio, a representação do espaço baseava-se na observação e descrição do
meio. Com o tempo surgiram técnicas e equipamentos de medição que facilitaram a
obtenção de dados para posterior representação. A Topografia foi uma das
ferramentas utilizadas para realizar estas medições.
A Topografia pode ser entendida como parte da Geodésia, ciência que tem
por objetivo determinar a forma e dimensões da Terra. Estuda os instrumentos,
métodos de levantamento no terreno, cálculos e desenhos necessários à
representação gráfica o mais detalhada possível, de uma parte da superfície da
terra.
A aplicação dos conhecimentos topográficos na área agrícola é fundamental,
principalmente pelas características edafiológicas do Brasil, o que requer a criação e
desenvolvimento de sistemas de conservação estruturada baseados em engenharia
de dados apurados de forma sistemática e lógica para aproveitamento da
biodiversidade de forma racional e produtiva.
As grandes variações altimétricas em lavouras, pastos, estradas,
propriedades em geral, requer o embasamento prático-teórico das aplicações,
55
impedimentos, soluções e avaliações necessárias ao máximo aproveitamento
econômico-social de áreas agricultáveis. Por isso torna-se necessário que na
formação do Técnico em Agropecuária contemple os conhecimentos sobre
levantamento topográfico para melhor utilização da capacidade de uso do solo.
Objetivos gerais da disciplina
- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e
preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;
- Fornecer subsídios básicos ao Técnico em Agropecuária para assessorar, planejar
e construir curvas de nível bem como terraços, seja de base larga ou estreita, para
manutenção das propriedades edáficas de uma região ou propriedade agrícola à
nível de propriedades rurais ou empresas públicas ou privadas.
Ementa da disciplina
Instrumentos topográficos; convenções topográficas; métodos de levantamento
planimétricos, altimétricos e planialtimétricos; cálculos, representação e
interpretação de plantas topográficas; curvas em nível e em desnível; terraços;
estradas rurais; goniologia; goniometria; aerofotogrametria; sistema de
posicionamento global por satélite.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
56
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
- As aulas práticas devem envolver atividades com o procedimento de medida em
campo utilizando um teodolito de modo a possibilitar aos alunos aprender como
usar este instrumento desde a instalação do equipamento; focalização e pontaria;
leitura da direção. E ainda, elaboração dos cálculos baseados nas medidas
obtidas para a determinação de coordenadas, volumes, etc. Produzir o mapa ou
carta a partir dos dados medidos e calculados.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Construir curvas de nível;
- Efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e desníveis) que
permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala adequada.
- Efetuar medidas (lineares e angulares) realizadas sobre a superfície da terra e a
partir destas calcular áreas, volumes, coordenadas, etc.
- Estabelecer os princípios norteadores da construção de terraços;
- Desenhar plantas baixas;
- Desenhar plantas altimétricas;
- Interpretar escalas em mapas geodésicos;
- Separar mapas para estradas e para propriedades.
Referências Bibliográficas
ESPARTEL, L. Curso de Topografia. 9 ed. Rio de Janeiro, Globo, 1987.
57
DOUBECK, A. Topografia.Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1989.
JOLY, F. A Cartografia. Tradução de Tânia Pellegrini. Campinas: Papirus, 1990.
Irrigação e drenagem
Apresentação da disciplina
O crescimento da área irrigada brasileira acontece de forma lenta mais
gradual. A todo o momento novas aplicações técnicas de irrigação são utilizadas
pelos produtores de forma a ampliar ou de viabilizar sua produção.
A irrigação e a drenagem é uma técnica agrícola que contribui para o
aumento da produtividade sem depender totalmente das condições climáticas, pois
proporciona o desenvolvimento adequado das plantas a fim de suprir a falta, a
insuficiência ou a má distribuição das precipitações pluviométricas.
Para a formação do Técnico em Agropecuária é necessário, então, que no
currículo contemple os conhecimentos sobre a aplicação de técnicas de irrigação de
forma racional e também de outros procedimentos que permitam o controle,
conservação e manutenção dos recursos hídricos.
Objetivos gerais da disciplina
- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e
preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;
- Capacitar o Técnico em Agropecuária para elaborar, executar e avaliar projetos de
irrigação.
58
Ementa da disciplina
Importância;qualidade da água para irrigação; relação solo-água-clima- planta;
infiltração; ponto de murcha; evapotranspiração; turno de rega; captação e condução
de água para irrigação; equipamentos de irrigação; métodos de irrigação;
importância da drenagem; tipos de drenos; cálculos; condutividade hidráulica;
drenos; salinização e dessalinização; hidroponia; fertirrigação; técnicas de
prevenção de problemas ambientais causados pela irrigação e drenagem; uso de
softwares de irrigação e drenagem.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transforma-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema próprias da vivencia do aluno, de forma a permitir
o confronto dos seus saberes com o saber elaborado, na perspectiva de
apropriação do conhecimento cientifico.
As aulas práticas devem envolver atividades de Identificação de métodos e
equipamentos de irrigação e drenagem e elaboração de projetos de irrigação em
que os alunos possam demonstrar seus conhecimentos e também identificar,
dimensionar e apresentar soluções para problemas com recursos hídricos.
59
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- elaborar, executar e avaliar pequenos projetos de irrigação,
- Identificar, dimensionar e apresentar soluções para problemas com recursos
hídricos,
- analisar a economia e sustentabilidade de projetos de irrigação e drenagem,
- Estabelecer as relações solo-água-clima-planta,
− reconhecer a irrigação como tecnologia para aumento da produção de qualidade;
− Conceber a utilização racional e planejada dos recursos hídricos para irrigação
de lavouras como fatores fundamentais na maximização da produção agrícola;
− Entender que o manejo adequado da irrigação no campo depende,
fundamentalmente, de estimativas precisas do uso da água pelas plantas.
- Realizar cálculos de necessidade de água para diferentes estádios de diferentes
culturas,
Referências Bibliográficas
Bernardo, Salassier. Manual de Irrigação Ed. UFV 2005
Coelho, Rubens Duarte. Contribuições para irrigação pressurizada no Brasil. Tese
de Livre-Docência, USP, Piracicaba,SP, 2007.
Daker, Alberto. A água na agricultura, Ed . UFV, vol.1e vol.2, 1976
Olitta, Antônio Fernado Lordello. Os Métodos de Irrigação, Ed Nobel 1976
Construções e instalações rurais
Apresentação da disciplina
No princípio, as construções tinham o objetivo de dar abrigo ao homem.
Com a evolução surgiram outras necessidades. Construíram-se abrigos rústicos
para os animais; locais para máquinas e equipamentos; galpões para depositar as
colheitas enfim… espaços e equipamentos que facilitassem a atividade diária numa
propriedade rural, independente do seu tamanho ou do tipo de produção da mesma.
60
O homem por força das suas necessidades, age como um agente inventivo e
modificador acelerando desta forma, a sua própria evolução.
A funcionalidade que se consegue com a organização de espaços onde o ser
humano desenvolve as suas atividades corriqueiras tanto profissionais como de
vida, tem por objetivo, além de facilitar o trabalho, a redução de custos, uma
lucratividade maior e propiciar o melhor desenvolvimento das funções em locais
onde haja mais conforto ambiental, sejam eles térmico, acústico ou visual.
Objetivos gerais da disciplina
- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em
defender e preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como
cidadão;
- Capacitar o Técnico em Agropecuária para projetar, quantificar e executar
diferentes tipos de instalações rurais.
- Fornecer aos alunos conceitos básicos de materiais e técnicas de
construção, especialmente aqueles de maior interesse para construções rurais.
- Proporcionar conhecimentos sobre as principais características dos
materiais e técnicas de construção, adequados à utilização em meios rurais,
Ementa da disciplina
Técnicas de construções e instalações agropecuárias; fundamentos e
operacionalização de obras fitotécnicas e zootécnicas; confecção de plantas de
obras fitotécnicas e zootécnicas; projetos agropecuários, paisagísticos e agro-
industriais; tratamento de madeira; legislação pertinente; uso de softwares de
construções e instalações rurais.
Metodologia
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− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a 62ransforma-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema próprias da vivencia do aluno, de forma a permitir
o confronto dos seus saberes com o saber elaborado, na perspectiva de
apropriação do conhecimento cientifico.
-Permitir ao aluno organizar de forma racional e funcional através de projetos e
em escala adequada os espaços onde serão desenvolvidas as atividades diárias
em uma propriedade rural, em função do tipo de produção e do tamanho da
mesma. Dar a ele condições de prever os custos das obras e de escolher os
materiais mais adequados a serem utilizados nas mesmas usando o seu
conhecimento, o seu senso de observação e o poder de decisão.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Conhecer as técnicas de construções mais simples, os principais materiais de
construção e sua utilização;
- Aplicar os conceitos básicos de materiais e técnicas de construção às instalações
para animais, no que se refere aos sistemas construtivos que as compõem,
quantificação de materiais e conforto térmico.
62
- Conhecer as edificações rurais mais comuns, suas características específicas e os
recursos que poderão ser utilizados para que possam oferecer conforto, eficiência e
praticidade;
- Planejar corretamente uma edificação rural com base no manejo e na finalidade a
que se destina;
- Entender e desenvolver um projeto arquitetônico rural simples;
- Fazer orçamentos para calcular o material necessário para a construção de uma
edificação rural simples;
Referências Bibliográficas
BAETA, F. da C. Resistência dos materiais e dimensionamento de estruturas
para construções. Viçosa: Imprensa Universitária. 1990, 63p. (apostila)
CARDÃO, C. Técnica da construção. Belo Horizonte, Engenharia e Arquitetura,
1983.
CARNEIRO, O. Construções rurais. São Paulo, 1961,
CREDER, H. Instalações hidráulicas e Sanitárias. Rio de Janeiro, Livros Técnicos
e Científicos, 1987,
FREIRE, W. J. Tecnologia da construção. Campinas. 2000, 98p.
PEREIRA, M. F. Construções rurais. v.2. São Paulo, Livraria Nobel S.A , 1983,
PETRUCCI, E. G. R. Materiais de construção. 3.ed. Porto Alegre: Globo. 1978,
SOUZA, J. L. M. Manual de construções rurais. Curitiba. 1997, 165p.
Agroindústria
Apresentação da disciplina
Até o século XX, nossa dinâmica econômica era dada essencialmente pela
sucessão de ciclos de exploração de produtos primários, no que já se incluía certo
nível de processamento, como no caso do açúcar. No início da industrialização, o
63
setor alimentício e o têxtil respondiam por quase dois terços do produto fabril,
proporção que foi caindo à medida que se implantavam novos setores.
A indústria de alimentos ganhou certa prioridade na tarefa de agregação de
valor exportado, com destaque para o processamento da soja, que se tornou cultura
importante a partir dos anos 70. Em grande medida, a agroindústria cumpriu a
contento essas tarefas, embora sua marcha tivesse sido acompanhada de vários
desequilíbrios.
O agronegócio brasileiro tem sido desde o início do processo de
modernização e industrialização da produção agropecuária do país, objeto de
diversos estudos e debates.
A agricultura moderna, mesmo a familiar, extrapolou os limites físicos da
propriedade. Depende cada vez mais de insumos adquiridos fora da fazenda e sua
decisão de o que, quanto e de como produzir, está fortemente relacionada ao
mercado consumidor.
A agroindústria como parte do agronegócio tem sido considerada um dos
segmentos mais importantes da economia brasileira, sendo basicamente o setor que
transforma e processa matérias-primas agropecuárias em produtos elaborados,
adicionando valor ao produto.
Atualmente, tornou-se corriqueiro assegurar que a agro-indústrialização e a
agregação de novos valores aos produtos agrícolas representam vias fundamentais
através da qual é possível viabilizar a agricultura familiar brasileira.
Objetivos gerais da disciplina
- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e
preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;
- Capacitar o(a) Técnico(a) em Agropecuária para assessorar, planejar, implantar e
conduzir uma unidade agroindustrial a nível de propriedade rural;
- Proporcionar conhecimentos sobre a agroindústria e sua importância no
desenvolvimento regional, sobre as características dos alimentos e matérias primas
64
agropecuárias, as alterações a que estão sujeitas e os métodos de conservação,
bem como os métodos de fabricação de produtos de origem animal origem vegetal.
Ementa da disciplina
Indústria rural-importância sócio-econômica; fundamentos de higiene, sanitização na
agroindústria; água; detergentes e sanitizantes; efluentes e águas residuais;
instalações; equipamentos e utensílios; conservação e armazenamento da matéria-
prima; aditivos; processamento de leite e derivados, de carnes e subprodutos; de
frutas, de hortaliças, temperos; fabrico de produtos de higiene e limpeza;
conservação e armazenamento de produtos agroindustriais; alterações física-
químicas e microbiológicas; embalagens; controle de qualidade; legislação
pertinente.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
Desenvolver os conteúdos de forma a relacionar a teoria com a prática de
maneira a possibilitar que o aluno aplique os conhecimentos básicos de como
proceder para instalar uma agroindústria.
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As práticas são desenvolvidas em laboratório próprio com a finalidade de
recriar o ambiente de agroindústria, de modo que, as atividades contemplem os
procedimentos de higienização, utilização de equipamentos e utensílios necessários,
conservação e armazenamento da matéria –prima e processamento e fabricação
dos produtos de origem animal: leite e carnes e de origem vegetal: frutos e
hortaliças, de acordo com a legislação vigente.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- reconhecer a importância econômica do processamento da matéria-prima animal e
vegetal,
- aprender métodos de fabricação de produtos de origem animal e vegetal,
- conhecer a importância da higiene na agroindustrialização,
- fabricar produtos de higiene e limpeza.
- Conhecer e identificar os equipamentos utilizados na prática agroindustrial e
aprender a manuseá-los de maneira correta;
- saber como estocar a matéria-prima e produtos acabados em conformidade com a
sua condição, natureza e legislação.
- fabricar queijos, iogurtes e doces
- industrializar frutas e fabricar doces, polpas e conservas.
- Manusear hortaliças após a colheita e fabricar temperos e molhos.
- conhecer os procedimentos corretos para obtenção de matéria-prima de qualidade
para fabricação de embutidos e defumados.
- conhecer as possibilidades existentes de transformação de carnes em embutidos e
defumados e suas vantagens
- processar carnes para a fabricação de produtos crus.
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- processar carnes para a fabricação de produtos fermentados (salames).
- processar carnes para a fabricação de produtos cozidos (presuntos).
- aprender os procedimentos corretos para defumação de carnes;
- processamento dos produtos de origem animal: leite e carnes e de origem vegetal:
frutos, hortaliças de acordo com a legislação vigente,
Referências Bibliográficas
BOBBIO, P. A. & BOBBIO, F. O. Química do processamento de alimentos. Campinas, Fundação Cargill, 1984. 232 p.
CETREISUL. Tecnologia Agroindustrial em pequena escala para agricultores. FAEM. Ed. UFPEL, 1990.
CRUESS, W. V. Produtos industriais de frutas e hortaliças. v. 2. 2 ed. Edgara Blücher, São Paulo, 1973.
Administração e economia rural
Apresentação da disciplina
O processo de modernização da agricultura, durante o século XX, trouxe
consigo a idéia de eficiência produtiva, ou seja, necessidade de maximizar o uso dos
fatores de produção, a fim de obter maiores níveis de produtividade e rentabilidade.
Diante desta situação, há a necessidade de adoção, por parte dos
empreendimentos agropecuários, de modelos administrativos que busquem a
redução dos custos de produção e o aumento do faturamento através da adequada
inserção do empreendimento na cadeia produtiva e, pela definição correta do
produto, do processo de produção, das técnicas de gestão e escoamento de
produção.
67
O gerenciamento da propriedade rural, deste modo, é uma das ferramentas
importantes e indispensáveis para se buscar um desenvolvimento sustentável da
propriedade como um todo, independentemente do seu tamanho.
Objetivos gerais da disciplina
- Conscientizar o (a) Técnico (a) em Agropecuária de sua responsabilidade em
defender e preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como
cidadão;
- Capacitar o (a) Técnico(a) em Agropecuária em gerir atividades na empresa rural
ou agroindustrial., tendo em vista que mudanças significativas ocorrem na ordem
econômica mundial, com conseqüências relevantes para os setores produtivos,
principalmente na agricultura.
- Fomentar a Organização Social como alternativa de desenvolvimento sustentável
no meio rural.
Ementa da disciplina
Princípios de administração; organização de empresas; recursos humanos;
princípios de contabilidade; matemática financeira; noções de estatística; fatores de
produção; planejamento estratégico; comercialização.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
68
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Atuar nas diversas etapas do processo administrativo: planejamento, organização,
direção e controle.
- Identificar características inerentes ao empreendedor e a empresa rural.
- Posicionar-se aos diversos elos do agronegócio;
- Reconhecer a necessidade de utilizar os instrumentos contábeis (balanço
patrimonial, fluxo de caixa, capital de giro e custo de produção) no processo de
tomada de decisões;
- Saber efetuar planejamento financeiro de mercado e de comercialização.
Referências Bibliográficas
COMPARIN, EDELAR LUIZ – Noções básicas de Administração Rural – EMATER
PARANÁ 1988.
Extensão rural
Apresentação da disciplina
69
A atividade de extensão rural tem como fundamento a idéia de que o
conhecimento tecnológico, a difusão de novas técnicas agropecuárias e o apoio
financeiro contribuiria para o aumento da produção e melhoria da qualidade de vida
dos agricultores familiares.
A existência do serviço de extensão estimula toda a população rural para que
se processem mudanças em sua maneira de cultivar a terra, criar o gado,
administrar o negócio e até mesmo educar os filhos para um futuro promissor.
Na medida em que o produtor tem a oportunidade de conhecer esses
ensinamentos sobre agricultura, pecuária e economia doméstica, os hábitos e
atitudes da sua família, nos aspectos técnico, econômico e social sofrem alterações
positivas. Isto lhe possibilita produzir mais e melhor, elevando a sua renda e
melhorando o seu nível de vida.
O acesso do produtor rural aos conhecimentos e habilidades, relativamente
às práticas agropecuárias, florestais e domésticas, é imprescindível ao crescimento
da atividade produtiva no campo e à melhoria de sua qualidade de vida.
Objetivos gerais da disciplina
- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e
preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;
− Propiciar aos alunos conhecimentos básicos sobre o conceito, princípios e objetivos
da extensão rural e os desafios e tendências da Extensão Rural no Brasil, tendo
em vista nossa história e estrutura agrícola e agrária, dando condições para que
possam atuar de forma consciente, crítica e criativa no desenvolvimento do meio
rural e da sociedade como um todo.
− Fornecer embasamento teórico e prático ao Técnico em Agropecuária nas
técnicas de trabalho em grupo, no exercício de liderança, na prática de
motivação e comunicação em massa, no desenvolvimento de práticas de
relacionamento interpessoal, nas práticas extensionistas e organização de
eventos e no desenvolvimento do espírito associativo.
70
Ementa da disciplina
Conceito; objetivos; princípios; técnicas de trabalho em grupo, chefia, liderança,
motivação e comunicação em massa; relacionamento interpessoal; Problematização
e diagnóstico da realidade social urbana e rural;Planejamento extensionista aplicado
à comunidade; planejamento extensionista aplicado à comunidade; associativismo.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Analisar o papel da Extensão Rural no processo de desenvolvimento da agricultura
brasileira e suas relações com os demais instrumentos de Política públicas;
71
- Estudar e compreender os modelos teóricos de difusão e adoção de inovação
tecnológica, fazendo uma reflexão crítica, sobre as questões de comunicação;
metodologia e planejamento da Extensão Rural brasileira;
- Desenvolver habilidades de transferência de inovações, fundamentais no trabalho
de Extensão Rural;
- Problematizar e diagnosticar a realidade social do meio rural e urbano
− Elaborar planejamento extensionista aplicado á comunidade
- Conhecer e praticar os métodos individuais e grupais de comunicação rural e
difusão de inovações.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, J.A. Pesquisa em Extensão Rural. Brasília: ABEAS, 1989.
ARCAFAR, Manual das Casas Familiares Rurais. Barracão - PR, 1995.
BIASI, C. A. F; GARBOSSA NETO; SILVESTRE F.S.; ANZUATEGUI, I. A. Métodos
e meios de comunicação para a Extensão Rural. Volume I e II, Curitiba, 1979.
BORDENAVE, J. E D. Além dos meios e mensagens: Introdução à comunicação
como processo, tecnologia, sistema e ciência. Rio de Janeiro: Vozes, 1983. 110p.
BORDENAVE, J. E D. O que é comunicação rural. 2 ed. São Paulo: Brasiliense,
1985. 104p.
CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia e Extensão Rural: contribui-
ções para a promoção do desenvolvimento rural sustentável. Brasília: MDA/SAF/DA-
TER-IICA, 2004. 166p.
FONSECA, M. T. L. A Extensão Rural no Brasil, um projeto educativo para o
capital. São Paulo: Loyola, 1985.
Agroecologia
Apresentação da disciplina
72
A Agroecologia é uma nova abordagem da agricultura que integra diversos aspectos
agronômicos, ecológicos e socioeconômicos, na avaliação dos efeitos das técnicas
agrícolas sobre a produção de alimentos e na sociedade como um todo. Engloba
modernas ramificações e especializações, como a: agricultura biodinâmica,
agricultura ecológica, agricultura natural, agricultura orgânica, os sistemas agro-
florestais, etc.
Em anos mais recentes, a referência constante à Agroecologia, que se constitui em
mais uma expressão sócio-política do processo de ecologização, tem sido bastante
positiva, pois nos fazem lembrar de estilos de agricultura menos agressivos ao meio
ambiente, que promovem a inclusão social e proporcionam melhores condições
econômicas aos agricultores.
Objetivos gerais da disciplina
- Capacitar o Técnico em Agropecuária para assessorar, planejar, implantar e
conduzir unidades agroecológicas em nível de propriedades rurais e empresas
públicas ou privadas.
- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e
preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;
- Fornecer embasamento teórico-prático ao Técnico em Agropecuária sobre este sistema de
produção, a nível global, estadual e regional, fornecendo os subsídios necessários para a
implantação das mesmas observando a sustentabilidade dos ecossistemas.
Ementa da disciplina
Agroecologia -conceitos e importância; biodiversidade; problemas ambientais;
agricultura sustentável; agricultura orgânica; adubação orgânica; manejo de dejetos;
compostagem; controle biológico de pragas e doenças; bioindicadores; uso
sustentável de recursos naturais renováveis e não renováveis; processos de
conversão de sistemas produtivos convencionais em agroecológicos.
Metodologia
73
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Conhecer os fundamentos e princípios da Agroecologia;
- Diferenciar sistemas convencionais de sistemas orgânicos;
- Classificar parasitos de importância ecológica;
- Reconhecer e classificar plantas indicadoras;
- Determinar formas de manejo ecológico de solos;
- Diferenciar os sistemas de adubação mineral, sintética da adubação orgânica;
- Fabricar e testar fórmulas de fertilizantes e inseticidas naturais;
- Determinar e estabelecer sistemas de rotação de culturas;
- Estabelecer tabela de composição biológica dos alimentos naturais com sintéticos;
- Conhecer o sistema de renovação energética;
- Reconhecer a forma de manejo de acordo com as condições climáticas.
Referências Bibliográficas
74
ZAM, BERLAM, J.; FRONCHETI, A. Agricultura Ecológica – Preservação do Pequeno Agricultor e do Meio Ambiente. 2ed. Petrópolis. 2002.
Zootecnia
Apresentação da disciplina
A zootecnia tem a finalidade de buscar maior produtividade e rentabilidade na
criação de animais com o uso de técnicas de melhoramento genético, reprodução e
nutrição, em vista a melhoria da saúde dos rebanhos e a qualidade dos produtos de
origem animal.
Objetivos gerais da disciplina
− Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender
e preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como
cidadão;
− Proporcionar subsídios para a formação do(a) Técnico (a) em Agropecuária
através do estudo e controle da reprodução, aprimoramento genético e nutrição
de animais domésticos em vista ao aumento da produtividade e melhoria da
qualidade dos produtos de origem animal.
Ementa da disciplina
Importância sócio-econômica dos animais domésticos; estudo dos animais domésticos;
taxonomia zootecnia; atributos étnicos; influência do meio ambiente sobre os animais de
interesse zootécnico; sistemas de criação; noções de melhoramento animal; ezoognose;
contenção; anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor masculino e feminino das
espécies de interesse zootécnico; tipos de monta; coleta e análise de sêmen;
inseminação artificial; transferência de embrião; anatomia e fisiologia do aparelho
digestivo de monogástricos ruminantes; composição e classificação de alimentos
75
usados na alimentação animal; estudo dos nutrientes;aditivos; balanceamento de
rações; epidemiologia; farmacologia;desinfetantes; desinfecção; defesa sanitária
animal.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo na UDP devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Espera-se do aluno:
- Reconhecer a importância sócio-econômica da criação de animais domésticos;
- Saber como ocorreu a domesticação dos animais de interesse econômico;
- Conhecer os sistemas de criação dos animais domésticos;
- Conceituar e diferenciar o sistema intensivo e sistema extensivo de criação;
- Perceber a influência do ambiente sobre os animais;
- Conhecer as técnicas de manejo: sanitário, reprodutivo e nutricional;
- Conhecer a anatomia e fisiologia dos animais domésticos;
- Conhecer a anatomia e fisiologia dos aparelhos digestivo e reprodutivo das
espécies de interesse zootécnico;
76
- Ter noções de melhoramento genético;
- Descrever o método de inseminação artificial;
- Identificar os tipos de monta;
- formular e fabricar uma ração específica para qualquer espécie;
- Conhecer a anatomia e fisiologia do aparelho digestivo de monogástricos
ruminantes;
- valorizar a importância de uma boa alimentação no sucesso da atividade;
- diferenciar quantitativamente os alimentos utilizados na alimentação de animais.
Referências Bibliográficas
Andriguetto, J.M...(et al.). Nutrição Animal. 4ª ed.Nobel São Paulo – SP.
Eduardo, M. Zootecnia e Veterinária. Volume I. – Instituto Campineiro de Ensino
Agrícola, Campinas. 1975
Criações
Apresentação da disciplina
A criação de animais é uma atividade que remonta a tempos longínquos
sendo de grande importância para o ser humano, seja pela produção de alimentos
em quantidade e qualidade, seja pela geração de emprego e renda nos meios rurais
e urbanos ou pela possibilidade de exploração comercial, auferindo lucros e divisas
para o país.
Para obter bons resultados com a criação de animais não podemos
considerá-los simplesmente como fábrica de ovos, leite carne, esterco ou tratores
vivo. Eles até podem ser aproveitados como tal, mas para que isso ocorra sem
maiores problemas e com um grau de satisfação mútuo, temos que mantê-los bem
77
atendidos.Quando não são bem atendidos, ocorrem muitos problemas,
enfermidades, incomodação, frustração e prejuízo financeiro.
Objetivos gerais da disciplina
- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e
preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;
- Preparar o Técnico em Agropecuária para atuar nas diferentes áreas da produção
agropecuária com enfoque no domínio das técnicas necessárias para conduzir bem
uma criação e para analisar dados que levem à conclusão sobre a viabilidade ou
não da criação, opinando e promovendo ações que garantam a produtividade com
sustentabilidade.
Ementa da disciplina
Animais de pequeno, médio e grande porte. Mercado; principais raças e linhagens;
condições para criação, instalações; sistemas de criação; manejo nas diversas fases
de criação; manejo reprodutivo;manejo nutricional;manejo sanitário e principais
doenças infecciosas e parasitárias; melhoramento genético;custos de
produção;cálculos de índices zootécnicos.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
78
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Conhecer as diferentes maneiras de condução da pecuária, avicultura, cunicultura,
minhocultura, psicultura, suinocultura e ovinocultura e observar as atividades
relacionadas com manejo de alimentação, produção e sanidade verificando como as
mesmas interferem diretamente na produtividade.
- Reconhecer a importância sócio-econômica da atividade no Paraná e nos princi-
pais estados produtores do Brasil e no mundo.
- Conhecer índices zootécnicos e de produção.
- Definição do sistema de criação, importância no contexto socioeconômico para o
pequeno produtor;
- Conhecer as técnicas de manejo: sanitário, reprodutivo e nutricional;
- Conhecer os sistemas de criação de minhocas;
- Identificar as raças das minhocas e a característica do húmus,
- Conhecer as práticas de manejo da atividade durante a fase de cria;
- Considerar diferentes temperaturas exigidas pelas aves de acordo com a sua idade
para um melhor rendimento zootécnico.
- Conhecer sobre os principais programas de luz utilizados em avicultura e sua im-
portância para a avicultura.
79
- Identificar os principais tipos de comedouros e bebedouros utilizados em avicultura
de corte e postura;
- Selecionar os diversos materiais utilizados na formação da cama no aviário; Mane-
jo para o reaproveitamento da cama, destino final da cama.
- Saber a importância dos diferentes balanceamentos de rações, de acordo com a
fase produtiva da ave;
- Saber a importância do manejo correto de retira do lote para embarque ao abate-
douro;
- Entender a importância do isolamento de uma propriedade e todos os cuidados
preventivos a entrada de agentes patogênicos no sistema de produção;
- Saber a importância de se construir um aviário de acordo com as recomendações
técnicas.
- Conhecer das principais raças e linhagens produtoras de ovos, mercado consumi-
dor e sistemas de manejo.
- Conhecer sobre as principais raças exploradas economicamente, características e
aptidão zootécnica, sistemas de criação comercial, principais alimentos consumidos.
- Conhecer sobre o manejo reprodutivo dos coelhos, sistemas de criação e suas
principais enfermidades.
-Conhecer práticas de manejo comuns a atividade na suinocultura, caprinocultura e
ovinocultura.
- Conhecer sobre as varias raças de suínos exploradas economicamente.
- Importância dos cruzamentos (vantagens e desvantagens) no sistema de produ-
ção suína.
- Conhecer as primeiras práticas de manejo nos recém nascidos.
- Conhecer as praticas de manejo durante a fase de creche.
- Conhecer sobre os diferentes balanceamentos de rações, nas diferentes fases da
vida do animal.
- Conhecer sobre a formação dos lotes para terminação.
- Conhecer para a seleção e manejo para o embarque dos animais.
- Conhecer sobre as diversas formas de obtenção de alimentos para os suínos, ovi-
nos e caprinos.
- Conhecer sobre as diversas exigências nutricionais dos animais de acordo com
sua fase produtiva.
- Conhecer sobre as diversas fases da reprodução dos suínos, ovinos e caprinos.
80
- Conhecer os protocolos de Inseminação Artificial e monta natural nos suínos, ovi-
nos e caprinos.
- Conhecer as formas de indução de cio na fêmea, momento de cobertura nas mar-
rãs, ovelhas e cabras.
- Conhecer sobre a importância da biosseguridade num sistema de produção.
- Vacinações e monitorias realizadas no rebanho;
- Principais alimentos utilizados no balanceamento de rações.
- Exigências nutricionais dos animais domésticos.
- Os animais e as doenças epidêmicas.
- Tipos de desinfetantes e sua utilização nas atividades pecuárias.
- Métodos de desinfecção e respectivas criações.
- Conhecer a legislação acerca da defesa sanitária
- Identificar os principais mercados e comercialização de carnes e lãs;
- Principais raças e linhagens dentro de cada espécie;
- Condições para criação;
- Instalações;
- identificar e classificar as principais doenças infecciosas e parasitárias;
Referências Bibliográficas
COTTA, Tadeu, “Produção de Frangos de Corte” Viçosa: CPT, PUPA, 2003
RIBEIRO, Júlio Maria ,“Galinhas Poedeiras –Cria e Recria” Viçosa: CPT, PUPA,
2005.
RIBEIRO, Júlio Maria. “Galinhas Poedeiras - Produção e
Comercialização”.Viçosa – MG: CPT, 2005
MELLO, Hélcio Vaz de,SILVA, José Francisco da. “Criação de Coelhos” Viçosa –
MG: Aprenda Fácil, 2003.
ARENALES, Maria do Carmo & ROSSI, Fabrício. “Sistema Orgânico de Criação
de Suínos” Viçosa – MG, CPT, 2001.
STERZELECKI, Remi José; SANTOS, Luiz Feitosa dos & SILVA, Júlio Carlos B.
Veiga“. Criação de Suínos em Camas Sobrepostas” Viçosa – MG, CPT, 2002.
81
JARDIM, V.R. - Curso de bovinocultura.- 4.ed.- Instituto Campineiro de Ensino
Agrícola, Campinas. 1973.
Culturas
Apresentação da disciplina
A agricultura é a atividade desenvolvida pelo homem desde os tempos mais remotos
e que consiste em explorar o sistema solo-planta-atmosfera para produzir alimentos
capazes de manter a espécie.
Objetivos gerais da disciplina
- Conscientizar o Técnico em Agropecuária de sua responsabilidade em defender e
preservar o meio ambiente no exercício da profissão de técnico e como cidadão;
− Fornecer embasamento teórico e prático ao Técnico em Agropecuária para atuar
na área de produção vegetal no uso das técnicas necessárias para conduzir bem
uma lavoura e tenha condições necessárias para avaliar e analisar dados referentes
à produção das espécies;
- Capacitar o (a) Técnico (a) em agropecuária para orientar produtores rurais na
exploração econômica das culturas a serem estudadas.
Ementa da disciplina
Culturas primárias e culturas secundárias: importância sócio-econômica;
classificação botânica; variedades; época de plantio; técnicas de preparo de solo;
tratos culturais; colheita; beneficiamento e armazenagem; comercialização e
transporte.
Metodologia
82
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema próprias da vivencia do aluno, de forma a permitir
o confronto dos seus saberes com o saber elaborado, na perspectiva de
apropriação do conhecimento cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Conhecer importância sócio-econômica de cada cultura no âmbito mundial e
internamente para todas as regiões e em maiores detalhes para o Estado do Paraná
e suas regiões;
- Conhecer as classes, ordens, famílias, gêneros das espécies objeto de estudo.
- Identificar os estágios de desenvolvimento e os fatores ecológicos que gover-
nam o desenvolvimento das principais culturas agrícolas anuais.
- Reconhecer que o mercado de cada espécie é mister para quem pretende atuar
como empresário rural.
Espera-se que o aluno compreenda que;
- O conhecimento sobre as diferentes cultivares permite utiliza-las de forma mais
adequada em função das condições edafoclimáticas e econômica do produtor rural;
- As diferentes maneiras de preparo de solo podem reduzir custos, melhorar as
propriedades físicas químicas e biológicas, interferindo diretamente na
produtividade;
83
- Diferentes épocas de plantio para determinadas regiões podem proporcionar até
duas colheitas/ano e, para cada cultura em cada região existe uma época adequada.
- Diferentes tratos culturais reduzem o ataque de pragas e doenças em cada cultura,
a minimização de custos através da adoção dessas técnicas é diferencial do técnico
agrícola.
- Conhecer os teores de umidades ideais para colheita, secagem, beneficiamento e
armazenagem dos diferentes produtos agrícolas podem permitir maiores ganhos e
em qualidade dos produtos finais ou mesmo durante o período de armazenamento.
Referências Bibliográficas
TORRES, E.; SARAIVA, O.F.; GALERANI, P.R. Manejo do solo para a cultura da
soja. Londrina, EMBRAPA-CNPSo, 1993. 71p. (EMBRAPA-CNPSo. Circular técnica,
12).
ZAM,BERLAM, J. ; FRONCHETI, A. Agricultura Ecológica- Preservação do
Pequeno Agricultor e do Meio Ambiente.2 ed. Petropolois.2002.
500 perguntas e 500 respostas Autores: Aurelir Nobre Barreto Joffre Kouri e outros
Editora: Embrapa Ano: 2007.
Horticultura
Apresentação da disciplina
Horticultura é o cultivo do Horto, ou seja, é a subdivisão da agricultura que
trata da exploração econômica das plantas. Divide-se em cinco ramos: Olericultura
(hortaliças) Floricultura (flores) Fruticultura (frutas), Silvicultura (floresta) e
Arquitetura paisagista (parques e jardins).
A Olericultura é uma atividade que se encontra em pleno crescimento e
expansão. É um dos setores de produção agropecuária que mais cresceu nas
84
últimas décadas, principalmente próximo aos grandes centros, exigindo, desta
forma, um constante aprimoramento dos técnicos envolvidos nesta atividade,
buscando novas técnica de cultivo como: a fertirrigação, métodos de propagação
assexuada, instalações, equipamentos para produção em ambientes protegidos,
cultivo hidropônico, produção de plantas aromáticas e condimentares, produção
orgânica e tratos culturais pertinentes a cada espécie.
A Olericultura destaca-se como uma atividade rentável, principalmente para a
pequena propriedade, pela alta concentração de produção por unidade área, exigir
uma grande quantidade de mão-de-obra, retorno rápido do capital empregado. Além
da importância econômica, a Olericultura também tem um importante papel social,
através da fixação do homem na área rural, diversificando a fonte de renda das
pequenas propriedades, empregando a mão-de-obra familiar e incentivando a
formação de cooperativas e pequenas agroindústrias.
O cultivo de flores e plantas ornamentais e novas aplicações da cultura in
vitro permitem a obtenção de produtos de alta qualidade e competitividade, tanto
para o mercado interno como para exportação.
A fruticultura brasileira, contemplando o cultivo de várias espécies, alcan-
ça dia a dia maior expressão na agricultura nacional e conta com amplas possibilida-
des de expansão, pois o País dispõe de extensas áreas com condições de clima fa-
voráveis tanto para fruteiras de clima temperado como tropical.
Silvicultura é a ciência que se ocupa das atividades ligadas a
implantação e regeneração de florestas. Vista desta forma o aproveitamento e
manutenção racional das florestas, em função do interesse ecológico, científico,
econômico e social.
O paisagismo é determinado hoje como arquitetura de paisagem, sendo definido
como a arte e a técnica de promover o projeto, planejamento, gestão e preservação
de espaços livres, urbanos ou não.
Objetivos gerais da disciplina
85
- Fornecer embasamento teórico e prático ao técnico em Agropecuária sobre os
princípios básicos de cultivo na área de Olericultura, Floricultura, Fruticultura,
Silvicultura e Arquitetura paisagista quanto aos sistemas de condução e práticas
culturais adequados à produção das espécies de maior importância socioeconômica
no Brasil.
- Capacitar o(a) técnico(a) em Agropecuária para assessorar, planejar, implantar e
fornecer manutenção em unidades produtoras de mudas ou de construção
ambiental, seja em ambiente fechado ou ao ar livre;
Ementa da disciplina
Culturas de olerícolas, frutíferas: importância sócio-econômica; classificação
botânica; variedades; época de plantio; técnicas de preparo de solo; tratos culturais;
plasticultura; colheita; beneficiamento e armazenagem; comercialização e
transporte. Silvicultura: coleta de sementes; produção de mudas; viveiros;
implantação de espécies; manejo agrosilvicultural; tratos culturais; exploração e
comercialização e legislação. Paisagismo: sementeiras; propagação; cultivo;
arborização; implantação de jardins; projetos de paisagismo; comercialização.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
86
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
− As aulas práticas serão realizadas na horta com o cultivo a campo, estufa de
cultivo, produção de mudas, berçário.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Espera-se do aluno:
- Reconhecer a Importância sócio-econômica de cultivo na área de Olericultura,
Floricultura, Fruticultura, Silvicultura e Arquitetura paisagista;
- Posicionar-se quanto à viabilidade sócio-econômica e ambiental dos sistemas de
produção: convencional e alternativo;
- Conceituar e classificar as plantas hortículas;
- Conhecer as principais espécies olerícolas, de ervas medicinais e condimentares
produzidas na região;
- Explicar e determinar os meios de propagação das plantas hortícolas;
- Citar as vantagens e desvantagens da propagação sexuada e assexuada;
- Montar sementeiras e viveiros;
- Planejar e instalar pomares;
- Identificar os fatores de improdutividade dos pomares;
- Conhecer os diversos tipos de podas das árvores frutíferas;
- Implantar e conduzir tecnicamente pomares nos seus diversos aspectos;
- Conhecer as técnicas de implantação de uma horta comercial;
- Diferenciar as melhores técnicas para a multiplicação e o cultivo das espécies
olerícolas, de ervas medicinais e condimentares.
- Conhecer as formas de comercialização dos hortigranjeiros;
- Reconhecer e utilizar as técnicas de controle das principais pragas e doenças que
atacam as espécies olerícolas;
- Relacionar a Influência dos fatores ambientais no desenvolvimento dos cultivos;
- Identificar os sintomas mais comuns de deficiência nutricional das hortaliças.
87
- Conhecer os preceitos da hidroponia;
- Entender as tecnologias de cultivo em ambientes protegidos;
- Planejamento e organização da infra-estrutura: instalações e equipamentos;
- Manusear adubos orgânicos e sintéticos;
- Saber armazenar, tratar e utilizar os resíduos do sistema.
- Entender a classificação botânica das espécies;
- Saber a época de plantio e cultivo com semeio ou transplante;
- Identificar e utilizar as técnicas de preparo do solo, de adubação e capinas;
- Controle ambiental da atividade;
- Saber os requisitos necessários para o beneficiamento e armazenamento de
espécies;
- Conhecer as diferentes espécies de flores e suas associações com arbustos e
árvores observando as maneiras de como associar, como plantar, respeitando suas
aptidões;
- Identificar as principais técnicas de produção comercial de plantas ornamentais
para jardins, vasos e corte;
- Conhecer a certificação para fins de comercialização; padronização para
exportação; potencialidade atual e projetada.
- Saber a classificação botânica, variedades e estrutura anátomo-fisiológica das
plantas;
- Plantio: técnicas (preparo de berço, plantio em nível, período de instalação para
pomar); espaçamento variante para cada cultivar;
- Relacionar as características morfofisiológicas das plantas com os fatores de
produção e utilizar as técnicas culturais objetivando manejo adequado das culturas
da estação;
- Tratos culturais: preparo de mudas (porta-enxertos, doenças permissíveis,
quarentenas, prerrogativas para instalação e condução de viveiros); enxertia (tipos,
88
épocas, compatibilidade); adubações; podas; pulverizações (produtos sintéticos,
orgânicos, ou biológicos); coeficientes técnicos.
- Conhecer as diferentes espécies de flores frutíferas nativas e exóticas, verificar a
maneira de como as mudas são produzidas, sua adaptação e plantio;
- Conhecer e saber identificar as pragas e doenças e as formas de controle;
- Conhecer o método de colheita e pós-colheita: ponto de maturação; efeitos
fisiológicos (desverdeamento); climaterismo e não climatéries; doenças pós-colheita;
beneficiamento; armazenagem (temperatura, sulfetos, dióxidos, radiações e
irradiações);
- Comercialização: legislações pertinentes; acondicionamentos (criofilização,
respiração); efeitos atacadistas x varejistas; perdas pós-colheita.
- Transporte: acondicionamento (temperaturas, efeitos fisiológicos da perda em
estradas de rodagem, trem, navios ou avião).
- Saber escolher espécies para sombra e para luz direta;
- Montar projeto paisagístico;
- Determinar espaço sombrio para estacionamentos;
- Escolher substratos para produção de mudas;
- Reconhecer e detectar comércio para mudas;
- Planejar o uso de equipamentos e sistemas visuais.
- Classificar de plantas ornamentais; de exterior e interior;
- Identificar as espécies para sombra ou ambiente gnóstico;
Referências Bibliográficas
FILGUEIRA, F.A.R. ABC da Olericultura׃ Guia da pequena horta. São Paulo׃
Ceres, 1987.
OLTRAMARI, A.C. Zoldan, P. ALTMANN, R. Agricultura orgânica em Santa
Catarina. Florianópolis. Instituto Cepa, 2002.
89
PINTO,A.S.et al., (org) Controle Biológico de pragas na Prática. Piracicaba
editora gráfica, 2006.
DAROLT, M.R. Agricultura Orgânica,Inventando o futuro. IAPAR, 2002.
CÉSAR, Heitor Pinto. Manual Prático do Enxertador. São Paulo. Ed. Nobel. 12 ed. 1982.
158p.
LORENZI, Harri, et al. Frutas Brasileiras e Exóticas Cultivadas. São Paulo. Ed.
Plantarum. 2006. 640 p.
Sistema agrossilvipastoril
Apresentação da disciplina
O sistema agrossilvipastoril é uma alternativa viável para o uso consciente da
terra, pois contribui de forma muito eficiente para reduzir os problemas causados
pelo desmatamento e pela degradação de diferentes ecossistemas. A combinação
de árvores, cultura agrícola e animais numa mesma área ao mesmo tempo ou de
forma seqüencial, sendo manejados de forma integrada, é uma ótima opção para
auxiliar na reversão do processo de degradação ambiental.
Os sistemas agrossilvipastoris são determinados por três princípios básicos
de sustentabilidade, ou seja, devem ser economicamente viáveis, ambientalmente
equilibrados e socialmente justos. Além disso muitas são as vantagens da utilização
desse sistema, principalmente no que diz respeito à otimização da utilização dos
recursos naturais.
Objetivos gerais da disciplina
- Fornecer embasamento teórico e prático ao técnico em Agropecuária para o uso
consciente da terra de forma a reduzir os problemas causados pelo desmatamento e
pela degradação de diferentes ecossistemas.
90
Ementa da disciplina
Classificação de espécies nativas e exóticas com potencial econômico para compor SAF
(sistemas agroflorestais); Conhecimento dos ecossistemas; Conceitos de vários sistemas
agroflorestais alimentares, energéticos e conservacionista, sistemas silvipastoriis e
silviculturas; seleção de espécies forrageira (gramíneas e leguminosas) em consorcio nos
sistemas silvipastoris; classificar espécies quanto as suas importância na recuperação
ambiental (pioneiras, secundárias, climácias); produção animal em sistemas silvipastoris
(bovinos, ovinos, caprinos, suínos e aves); comportamento animal em sistemas silvipastoris;
produção de forragem em pastagens sombreadas; espécie arbórea para associar com
pastagens; colheita em sistemas SAF e silvipastoris; comercialização.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
91
- Conhecer o potencial econômico das diferentes espécies permite selecionar as
mesmas para composição de sistemas agroflorestais em determinadas regiões;
- Conhecer as espécies florestais, sabendo quais são as pioneiras, secundárias e
climácicas permitindo maior conhecimento de como as florestas se formam- qual a
melhor maneira de se montar os Safs(sistemas agroflorestais)
- Conhecer a produção energética e conservacionista das silviculturas assim como
de forrageiras é fundamental no consórcio paisagem x floresta, visando a
maximização do ecossistema;
- Selecionar espécies para sombreamento conhecendo a área foliar e o potencial de
sombreamento das várias espécies é primordial para o bem estar dos animais.
- Potencial econômico de espécies nativas e exóticas;
- Classificação de espécies florestais quanto ao grupo sucessional;
- Consórcios silvipastoris e silviculturas;
Espécies arbóreas para sombreamento de pastagens.
Solos
Apresentação da disciplina
O solo é um componente fundamental do ecossistema terrestre pois, além de
ser o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e
disseminação, fornecendo água, ar e nutrientes, exerce, também, multiplicidade de
funções como regulação da distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva
e de irrigação, armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros
elementos, ação filtrante e protetora da qualidade da água e do ar.
Como recurso natural dinâmico, o solo é passível de ser degradado em
função do uso inadequado pelo homem, condição em que o desempenho de suas
funções básicas fica severamente prejudicado, o que acarreta interferências
negativas no equilíbrio ambiental, diminuindo drasticamente a qualidade de vida nos
ecossistemas, principalmente naqueles que sofrem mais diretamente a interferência
humana como os sistemas agrícolas e urbanos.
92
As atividades agrícolas, portanto, dependem direta ou indiretamente do solo,
de modo que, não há possibilidade de êxito em exploração agrícola permanente sem
o conhecimento dos conceitos e das técnicas do uso adequado do solo.
Portanto, o estudo científico do solo, a aquisição e disseminação do
conhecimento sobre o papel que o mesmo exerce na natureza e sua importância na
vida do homem, são condições primordiais para sua proteção e conservação, e uma
garantia da manutenção do meio ambiente sadio e auto-sustentável.
Objetivo geral da disciplina
- Fornecer embasamento teórico e prático ao técnico em Agropecuária sobre os
conceitos e as técnicas do uso adequado do solo.
Ementa da disciplina
Gênese e formação do solo; características físicas, químicas e biológicas do solo ;
análise de solo; adubos e adubação; classificação dos solos; capacidade de uso de
solo; adubação verde; rotação de culturas; plantio direto; práticas conservacionistas;
legislação de uso e manejo de solo.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
93
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema próprias da vivencia do aluno, de forma a permitir
o confronto dos seus saberes com o saber elaborado, na perspectiva de
apropriação do conhecimento cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Conceituar solo;
- Saber os fatores e processos de formação dos solos.
- Classificar os solos de acordo com sistema brasileiro de classificação;
- Conhecer as terminologias e os principais solos do estado do Paraná e sua
capacidade de uso;
- Diferenciar através da identificação do solo em cada região e a capacidade de uso,
quais as atividades agrícolas adequada aquele solo;
Espera-se que o aluno compreenda que:
- Ultilização de práticas conservacionistas preservam todas as características físicas,
químicas e biológicas do solo diminuindo a quantidade de insumos, preservando a
fertilidade do solo;
- Conhecer os diferentes tipos de adubos orgânicos e químicos facilita o balanço de
nutrientes nas recomendações de adubos para as diferentes culturas.
Referências Bibliográficas
AMARAL, Nautir David. Noções de conservação do solo. 2. ed. São Paulo : Nobel,
1994.
ANDREI, Edmond. Compêndio de defensivos agrícolas : quia prático de
produtos fitossanitários para uso agrícola. 5. ed. rev. e atual. São Paulo :
Andrei, 1996.
BEISER, Arthur. A terra. Rio de Janeiro : J.Olympio, 1963. (Coleção Biblioteca da
Natureza Life).
94
BRADY, Nyle C. Natureza e propriedade dos solos. 7. ed. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos,1989.
Informática aplicada à agropecuária
Apresentação da disciplina
A utilização da informática é cada vez mais importante e imprescindível em
praticamente todos os campos da atividade humana. Pouco se faz, atualmente, sem
a utilização, por menor que seja, de algum recurso computacional.
No caso da agropecuária, houve sempre um interesse especial por causa de
sua importância para o país e, também, por ser um ambiente completamente
diferente daqueles aos quais costumava se associar com a presença de um
computador.
As revistas e os jornais, principalmente os de informática e agropecuária,
davam bastante destaque às atividades pioneiras de utilização dos
microcomputadores nas atividades agropecuárias. Eram, sobretudo, aplicações de
gerenciamento das propriedades, repetindo-se o que normalmente se fazia na
cidade, ou controle de rebanhos e plantações extensivas.
A introdução da microinformática no meio rural era citada como uma nova
revolução no campo, semelhante ao acontecido com a mecanização agrícola. Por
isso, havia uma grande preocupação quanto ao impacto social que isto poderia
causar, contribuindo para aumentar, ainda mais, o êxodo rural.
No entanto, a utilização da informática para fins agropecuários, desde os
"softwares agrícolas" que surgiu com o advento da microinformática, na primeira
metade da década de 80 até os dias atuais com os novos sistemas computacionais,
vem ganhando cada vez mais espaço e importância, pois esses sistemas têm o
objetivo principal de auxiliar os produtores na tomada de decisões importantes
dentro de suas propriedades.
95
Perante os avanços da informática e tecnologia o seu uso se tornou
indispensável em todas as áreas, pois auxilia na economia e melhor uso dos
recursos visando qualidade e redução de custo automaticamente, sendo assim dá-
se a importância de utilizarmos a informática como uma ferramenta necessária no
uso das atividades agropecuárias.
Objetivo geral da disciplina
- Fornecer embasamento teórico e prático ao técnico em Agropecuária para utilizar
as diferentes tecnologias emergentes relativas à área da agropecuária.
Ementa da disciplina
Hardware; software; sistemas operacionais; editores de texto; planilhas eletrônicas;
softwares de apresentação; Internet; navegadores para Internet; Metodologia do
Planejamento de Pesquisas: Fases da elaboração de um projeto utilizando Word,
Excel, Internet e Power Point: - Escolha do tema; - Formulação do problema; -
Construção das hipóteses; - Revisão bibliográfica; - Amostragem; - Seleção dos
métodos e técnicas; - Construção dos instrumentos de pesquisa e coleta de dados; -
Tabulação; - Analise dos instrumentos e procedimentos metodológicos: Softwares
aplicados à Agropecuária; Softwares agropecuários,
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
96
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas no laboratório de informática devem proporcionar ao aluno atividades
que envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus
saberes com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
Espera-se que o aluno:
- Conceitue hardware- Identifique os equipamentos que compõem o computador;
- Conceitue software
- Aprenda a utilizar o Sistema Operacional
- Organize arquivos e pastas
- Utilize o editor de texto, seus recursos de formatação, configuração de páginas, ta-
belas, capitulação, colunas, recurso de copiar, recortar, colar e mover e as normas
da ABNT em textos.
- Saiba como utilizar e montar as planilhas eletrônicas de Planilhas eletrônicas;
- Formular e montar apresentações com recursos de som
- Aprenda como utilizar a internet com segurança
- Noções de como trabalhar com software de visualização via Satélite;
- Aprenda como aplicar a Informática no Gerenciamento Rural: levantamento e In-
ventário, Área de Terra: terra nua, cultivada e preservação ambiental proporcional
(20%); atividades agrícolas e pecuárias, custos: entrada e saída de mercadorias, em
moeda, receita e despesa.
Referências Bibliográficas
VELOSO, Fernando de Castro; Informática conceitos Básicos: Ed. Campus. 2000: Rio de Janeiro.
AMARA, Haroldo. Windows. São Paulo: Atlas, 1996.
GREC, Waldir. Informática para todos. Atlas, 1993.
97
MARMEL, Elaine. Excel para Windows. Rio de Janeiro: Campus, 1997
NASCIMENTO, Ângela J., Introdução ao Word: Makron Books; São Paulo; 1999.
OHARA, Selley, Word para Windows rápido e fácil para iniciantes – Campus, 1996 TJARA, Sanmya Feitosa; Projetos em Sala de Aula – Word 98; Ed. Eric: 1ª Ed.: 2000 São Paulo.
TJARA, Sanmya Feitosa; Projetos em Sala de Aula – Windows 98: Ed. Érica: 1ª Ed.: 2000 São Paulo.
WHITE, Ron. Como funciona o software. Quark, 1993.
Práticas agropecuárias
Apresentação da disciplina
As atividades agropecuárias são desenvolvidas pelo homem desde os tempos
mais remotos e consistem na exploração do sistema para produzir alimentos por
meio de atividades denominadas práticas agropecuárias.
Nesse sentido, o objetivo da disciplina de prática agropecuária está em transmitir
conhecimento prático sobre as diversas maneiras de produção, fornecendo os
subsídios necessários para a implantação das diversas atividades agropecuárias
conhecendo as práticas necessárias para a implantação observando a
sustentabilidade do ecossistema.
Ementa da disciplina
Desenvolvimento de projetos nos setores agropecuários: implantação; manutenção;
manejo alimentar; manejo sanitário; plantio; tratos culturais; colheita; montagem,
98
desenvolvimento e avaliação de experimentos; acompanhamento dos resultados
técnicos, econômicos e financeiros dos setores.
Metodologia
− Considerar os conhecimentos prévios e o contexto social do educando;
− Uso do método dialético de ensino, partindo da prática social dos alunos;
− Trabalhar os conteúdos de forma contextualizada, nas dimensões conceitual,
científica, social, histórica, econômica, política, estética, ideológica etc, de modo
a transformá-los em questões problematizadoras;
− Adotar estratégias metodológicas como: exposição oral, debates, leitura,
palestras, filmes, visita técnica, práticas de campo, estudos de caso, atividades
individuais (de estudo e pesquisa), trabalhos em grupo, seminários e outros;
− Utilização de recursos auxiliares na transmissão didática do conteúdo: quadro de
giz, projetor multimídia e retroprojetor, computador, Tv pendrive, e vídeo,livros,
jornais, revistas e outros.
− As aulas práticas de campo devem proporcionar ao aluno atividades que
envolvam situações-problema, de forma a permitir o confronto dos seus saberes
com o saber elaborado, na perspectiva de apropriação do conhecimento
cientifico.
Critérios de avaliação específicos da disciplina
- Realizar as atividades práticas na área da pecuária e agricultura, no
desenvolvimento de projetos nos setores agropecuários: implantação; manutenção;
manejo alimentar; manejo sanitário; plantio; tratos culturais; colheita; montagem,
desenvolvimento e avaliação de experimentos; acompanhamento dos resultados
técnicos, econômicos e financeiros dos setores.
9- PROPOSTAS DE TRABALHO
9.1 – Plano de ação de Diretores
99
Ação a ser implementada Objetivos PrevisãoProjeto Político Pedagógico: Revisão e realimentação
Adequar a realidade do momento atual e a legislação vigente.
Durante o primeiro bimestre letivo
Regimento Escolar: Estudo e readequação do regimento escolar vigente.
Atender as necessidades no cotidiano e a legislação vigente.
Durante todo o ano letivo.
Calendário Escolar: Medidas que garantam o cumprimento do calendário escolar e a proposta curricular.
Cumprir a legislação e garantir a qualidade de ensino ao corpo discente.
Durante todo o ano letivo.
Módulos: Discussão e viabilidade de novas propostas curriculares modulares para a BNC e para a formação específica e a sua legalização junto aos órgãos competentes.
Viabilização do melhor aproveitamento das disciplinas, espaço, tempo, qualidade da aprendizagem de cada disciplina envolvida.
Durante o primeiro semestre letivo.
Conselho Escolar: Tornar o Conselho Escolar mais atuante envolvido em todos os setores da escola, conforme previsto em seu estatuto.
Premiar o apoio na gestão escolar, garantindo a transparência e o melhor acerto nas ações envolvidas.
Durante todo o ano letivo.
Grêmio Estudantil: Capacitação e orientação da sua atuação na escola;
Atuar com qualidade dentro das normas legais.
Março e abril.
APMF: Tornar-se mais participativa e atuante nas ações escolares
Envolver mais a participação da família da escola.
Durante todo o ano letivo.
Conselho de Classe: Reavaliar e normatizar as ações respeitando as individualidades de cada ação ou caso; Discutir o papel do conselho e promover palestras.
Avaliar o rendimento escolar, visando a melhora do aluno, oportunizando ações que garantam melhores condições de aprendizagem.
Datas a serem definidas anteriormente ao conselho de classe.
Avaliação: Rediscutir o sistema e possibilitar adequações de acordo com as possibilidades levantadas.
Manter o sistema atualizado e adequado a nossa necessidade e legislação; Garantir a qualidade
Reuniões pedagógicas previstas em calendário.
Hora Atividade: Reestruturar de acordo com novas orientações da SEED com acompanhamento do NRE.
Garantir seu comprimento. Durante todo o ano letivo. Conforme calendário previsto pelo NRE/SEED.
100
Recuperação de Estudos: Além da paralela conforme legislação; proporcionar outros momentos e formas de recuperar conteúdos defasados.
Oportunizar ao aluno outras condições de recuperar conteúdos em função da quantidade dos conteúdos e disciplinas.
Semestral.
Evasão Escolar: Além da semana de integração, criar mecanismos de acompanhamento que visem a adequação e adaptação ao regime de internato e ao sistema curricular.
Diminuir a evasão Início do ano letivo intensivamente e acompanhamento regular durante todo o ano.
Capacitações: Além das agendadas pela SEED, promover outras capacitações de acordo com a necessidade de cada disciplina ou setor
Manter atualizado o quadro funcional; Suprir as necessidades de cada área.
Agendar durante todo o ano letivo.
Projetos: Leitura e literatura; xadrez voltado para o cálculo; sexualidade; educação ambiental; violência na escola; prevenção ao uso indevido de drogas; educação fiscal; história e cultura afro-brasileira e africana; campo agroestológico; compostagem; reciclagem; bolsa estágio e emprego; minhocário; plantas medicinais; mandala.
* Melhorar conhecimentos gerais, dicção e ortografia; * estimular a formação geral do aluno; atender as especificidades de cada projeto.
Durante todo o ano
letivo.
Visitas Técnicas: Proporcionar condições para realização de visitas em feiras, propriedades e outros órgãos.
Complementar conhecimentos teóricos práticos obtidos dentro do espaço escolar.
Agendado durante ano letivo.
Laboratórios: Gestionar perante os órgãos públicos, ONGs ou iniciativa privada para melhoria das instalações e equipamentos.
Aplicação de maior número de aulas práticas visando melhorar a aprendizagem
Durante todo o ano letivo.
Reuniões:Pedagógicas, conselhos, planejamentos e administrativas.
Adequar junto ao corpo docente às datas de reuniões.
Oportunizar a participação do máximo de profissionais possível em função da maioria residir em outros municípios e lecionar em outros estabelecimentos
Durante todo o ano letivo.
101
Torneios Esportivos: Organizar eventos nas diversas modalidades. Torneios oficiais agendados pela SEED.
Sociabilizar; melhorar condicionamento físico e mental; expressão corporal.
Durante todo o ano letivo.
Fera/Comciência: Oportunizar meios de participação incentivando a criação de projetos técnicos e culturais.
Sociabilizar com outras escolas da região; interagir pela troca de experiências aluno-aluno ampliando conhecimentos.
Datas definidas pela SEED.
Sala de Jogos: Implementar outras opções de atividades e equipamentos de lazer com apoio do Grêmio Estudantil e APMF.
Lazer, interação, descontração entre os alunos, funcionários e professores.
Fevereiro e Março.
Viva Escola: Participar do programa. Científico, esportivo e outros.
Oportunizar mais opções de lazer e aprendizagem.
Durante todo o ano letivo.
Show de talentos: Incrementar o evento já realizado com toda a comunidade escolar
Integração com a comunidade escolar. Desenvolver e descobrir novos talentos.
No primeiro e no segundo semestre.
Acervo bibliográficos: Aquisição e renovação de periódicos com vistas a diversificar o material de leitura.
Atualizar os conhecimentos gerais, lazer e cultura.
Durante todo o ano letivo.
Multimeios: Melhoria nas salas de TV, vídeo, multimídia
Melhorar as condições de confortabilidade, estrutural e equipamentos.
Segundo semestre.
Cursos e Capacitação:Disponibilizar cursos de capacitação para funcionários de serviços gerais de acordo com sua área de atuação, além dos previstos pela SEED.
Melhorar e atualizar a capacidade de atuação do servidor.
Durante todo o ano letivo.
Parcerias: IEEs, Empresas para estágio, públicas e privadas, ONGs, etc.
Desenvolver conhecimentos, aplicações e pesquisas
Durante todo o ano letivo.
Horta: Aquisição de sombrite e materiais diversos para sombreamento com utilização de bambu.
Melhorar produção, qualidade de aulas práticas, estabilidade climática; trabalhar no projeto de construção rural com bambu.
Fevereiro a março.
102
Panificadora Caseira: Construção e instalação dos equipamentos conseguidos através de projetos de cota suplementar.
Contribuir para aulas de agroindústria; diversificar a alimentação; reduzir custos de aquisição de alimentos.
Primeiro semestre.
Reparos emergenciais: Prédios, instalações elétricas e hidráulicas.
Cozinha, sala do grêmio estudantil,refeitório, pátios, alojamentos e iluminação na sede do colégio e na UDP.
Melhorar a segurança e bem estar dos alunos e funcionários nos devidos setores.
Primeiro semestre
Recursos financeiros: Gestionar junto aos órgãos competentes a melhoria no repasse de recursos na alimentação e material de consumo.
Melhor qualidade de alimentação e manutenção dos prédios e equipamentos. Aquisição de materiais didáticos pedagógicos e oportunizar mais as visitas técnicas, participações em eventos e exposições agropecuárias.
Durante todo o ano letivo.
Espaço funcional: Gestionar junto a UEM um espaço físico para descanso e lazer durante os intervalos de almoço, jantar e finais de semana.
Melhorar qualidade de vida e rendimento após cada fase da jornada de trabalho. Disponibilizar um espaço apropriado para descanso.
Fevereiro e Março
Interação de setores: Implementar e agilizar formas e mecanismos de comunicação.
Viabilizar meios de comunicação e integração entre os setores visando a melhor padronização das informações.
Fevereiro e Março
Recursos Humanos: Criar mecanismos para melhorar as ações e funcionamento dos setores
Normatizar as ações para melhor organizar e funcionar o setor.
Fevereiro e Março.
9.2 - Plano de ação da Equipe Pedagógica
Construção e Implementação do Projeto Político-Pedagógico
Ação a ser implementada CronogramaCoordenar a elaboração coletiva e a implementação do projeto político-pedagógico,
No decorrer do ano letivo
Criar condições para a participação dos profissionais da escola e No decorrer do ano
103
comunidade na construção do projeto político pedagógico. letivo
Organização do espaço e tempo escolar
Ação a ser implementada CronogramaOrganizar turmas, calendário letivo, distribuição das aulas e disciplinas, horário semanal de aulas, disciplinas e recreio.
No inicio do ano letivo
Planejar e organizar espaços e tempos da escola para projetos de recuperação de estudos.
No decorrer do ano letivo
Organizar da hora atividade do professor para estudo, planejamento e reflexão do processo de ensino e aprendizagem,
No decorrer do ano letivo
Organização da prática pedagógica
Ação a ser implementada CronogramaImplementar a proposta curricular da escola de acordo com as políticas educacionais da SEED/PR e com as Diretrizes Curriculares Nacionais e Diretrizes Curriculares Estaduais
No inicio do ano letivo
Elaborar projetos de intervenção na realidade da escola para a melhoria do processo educativo. Planejar o ensino e acompanhamento do trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores.
No inicio do ano letivo
Assessorar o professor no planejamento, quanto a seleção de conteúdos e transposição didática em consonância com os objetivos expressos no P.P.P.
Periodicamente
Assessorar o professor na identificação e planejamento para o atendimento às dificuldades de aprendizagem.
Periodicamente
Planejar em conjunto com o coletivo da escola a intervenção aos problemas levantados em conselho de classe.
Bimestral
Levantar e informar ao coletivo de profissionais da escola e comunidade os dados do aproveitamento escolar.
Bimestral
Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir da proposta curricular e do projeto político pedagógico da escola;
No inicio do ano letivo
Incentivar e assessorar o professor na seleção de recursos didáticos para o ensino e aprendizagem dos conteúdos escolares
No decorrer do ano letivo
Participar da organização e atualização do acervo de livros e periódicos da biblioteca da escola
Periodicamente
Desenvolver processos de gestão colegiada entre os profissionais da equipe pedagógica.
No decorrer do ano letivo
Orientar o professor no preenchimento do Livro de registro de classe
No decorrer do ano letivo
Orientar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao coletivo de professores da escola;
semestral
104
Formação Continuada do Coletivo de Profissionais da Escola
Ação a ser implementada CronogramaElaborar o projeto de formação continuada dos profissionais da escola para o aprimoramento teórico-metodológico, na forma de trocas de experiências, estudos sistemáticos e oficinas.
No decorrer do ano letivo
Desenvolver processo contínuo pessoal e profissional de fundamentação teórica.
Periodicamente
Pesquisar e fornecer subsídios teórico-metodológicos para o estudo e atender as necessidades do trabalho pedagógico.
Periodicamente
Organizar reuniões de estudo para a reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico da escola
No decorrer do ano letivo
Coordenar grupos de estudo No decorrer do ano letivo
Relação entre Escola e Comunidade
Ação a ser implementada CronogramaDesenvolver projetos de interação escola-comunidade amplian-do espaço de participação da comunidade nas decisões pedagó-gicas da escola
No decorrer do ano letivo
Participar do conselho escolar subsidiando teórica emetodologicamente as reflexões e decisões sobre o trabalho pe-dagógico escolar
No decorrer do ano letivo
Incentivar e propiciar a participação dos alunos nos diversos mo-mentos e órgãos colegiados da escola.
No decorrer do ano letivo
Elaborar estratégias para a superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de compromisso ético e político com todas as categorias e classes sociais.
No decorrer do ano letivo
Repensar a natureza da relação dos pais com a escola No decorrer do ano letivo
Promover reuniões de caráter formativo e informativo No decorrer do ano letivo
Levar os pais a conhecerem a proposta da escola. No inicio do ano letivo
Avaliação do Trabalho Pedagógico
Ação a ser implementada CronogramaOrganizar e coordenar conselhos de classe de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagó-gico
Bimestral
Avaliar o trabalho pedagógico pelos profissionais da escola e co-munidade
No decorrer do ano letivo
Acompanhar e assessorar o professor na seleção deprocedimentos de avaliação do rendimento da aprendizagem
No decorrer do ano letivo
105
adequando-os aos objetivos educacionais previstos no P.P.P.
9.3 - Plano de ação da Coordenação de Curso
Ação a ser implementada CronogramaAcompanhar a efetivação da Proposta Curricular do Curso para a consolidação do processo de formação integrada;
No decorrer do ano letivo
Em conjunto com os Docentes de aulas teóricas, Coordenador de Curso e Coordenador de Estágio, elaborar normas e atividades de estágio
Inicio do ano Letivo
Orientar, analisar e acompanhar com o Pedagogo o processo de elaboração do Plano de Trabalho Docente;
Semestralmente
Indicar e sugerir aos Docentes, em articulação com a equipe pedagógica (pedagogo) metodologias de ensino adequadas à concepção do curso e recursos didáticos apropriados e atualizados;
No decorrer do ano letivo
Possibilitar e incentivar os docentes quanto à promoção de atividades complementares extracurriculares do curso como: palestras, seminários, debates, visitas técnicas, etc;
No decorrer do ano letivo
Participar da (re) organização da biblioteca verificando a disponibilidade de bibliografias para pesquisas e a necessidade de aquisição de livros, periódicos, etc;
Periodicamente
Promover e coordenar, em articulação com a equipe pedagógica (pedagogo) reuniões pedagógicas e grupos de estudos para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico, visando a elaboração de propostas de intervenção para aperfeiçoar a proposta do curso;
Periodicamente
Proceder, em articulação com a equipe pedagógica (pedagogo), à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem dos alunos;
Bimestralmente
Organizar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), a hora-atividade dos Docentes do curso, de maneira a garantir que esse espaço/tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
No decorrer do ano letivo
Estimular e acompanhar a freqüência dos Docentes, negociando antecipadamente sua substituição (troca de horário) e reposição de aulas;
No decorrer do ano letivo
Organizar e acompanhar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), o Pré Conselho e o Conselho de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico, bem como, acompanhar a efetivação de propostas de intervenção decorrentes das
Bimestralmente
106
decisõesOrientar e acompanhar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), entrega de notas/freqüência dos alunos junto à Secretaria da Escola
Bimestralmente
Orientar e acompanhar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), através do Livro de Registro de Classe a freqüência, faltas, desempenho, recuperação paralela, evasão dos alunos;
No decorrer do ano letivo
Orientar o corpo administrativo quanto à concepção e objetivos do curso para atendimento adequado às necessidades do mesmo;
Periodicamente
Acompanhar o processo de Matrículas, transferências, remanejamentos de alunos;
No decorrer do ano letivo
Organizar reuniões com os alunos para: incentiva-los quanto à permanência no curso mostrando a importância do mesmo; informação quanto à diversidade do mundo do trabalho e a profissionalização que o curso oferece;
Periodicamente
Elaborar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), junto aos professores o regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
No decorrer do ano letivo
Apoiar e facilitar o acesso à biblioteca, laboratórios, internet; No decorrer do ano letivo
Orientar alunos quanto às dúvidas em relação aos conteúdos, horários de aula, dentre outros;
No decorrer do ano letivo
Promover a intermediação com o mundo do trabalho (estágios, práticas);
No decorrer do ano letivo
Coordenar a elaboração ou reelaboração de normas ou critérios específicos para a operacionalização dos estágios, junto ao Professor Orientador de Estágio e os docentes do curso;
No decorrer do ano letivo
Assessorar o Professor Orientador de Estágio nas questões pedagógicas e práticas do estágio;
No decorrer do ano letivo
Articular junto à Coordenação de Estágio, novas parcerias para firmar cooperação técnica;
No decorrer do ano letivo
Promover intercambio com outras instituições formadoras afins do Curso;
Periodicamente
Participar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), do processo decisório e ações referentes à infra-estrutura e recursos materiais (salas de aulas, laboratórios, biblioteca, ambientes especiais, instalações e equipamentos gerais e específicos).
No decorrer do ano letivo
Orientar e acompanhar, em articulação com a equipe pedagógica(Pedagogo), a distribuição, conservação e utilização dos livros, periódicos, equipamentos pedagógicos e de
No Inicio e no decorrer do ano letivo
107
laboratórios;
Coordenar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), a elaboração de critérios para a aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos de laboratórios, livros, e outros;
No Inicio e no decorrer do ano letivo
Coordenar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), a utilização dos laboratórios do curso;
No decorrer do ano letivo
Acompanhar, em articulação com a equipe pedagógica (Pedagogo), o processo de avaliação institucional do Curso e do Estabelecimento;
Periodicamente
9.4 - Plano de ação da Coordenação de Estágio
Ação a ser implementada CronogramaBuscar e contatar parcerias junto às instituições Públicas e Privadas visando a abertura de vagas para o estágio Semestralmente
Firmar os termos de Cooperação Técnica junto à Direção do Estabelecimento
No Inicio e no decorrer do ano letivo
Coordenar e acompanhar a execução do Plano de Estágio No decorrer do ano letivo
Elaborar e definir junto ao Professor Orientador de Estágio o cronograma de distribuição de alunos nos campos de estágios; Bimestralmente
Manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio procurando dinamizar e otimizar as condições de funcionamento do estágio;
Semestralmente
Promover reuniões com as instituições de campo de estágio No decorrer do ano letivo
Coordenar e acompanhar junto ao Professor Orientador de Estágio o cumprimento, pelo estágio, da assiduidade, responsabilidade, compromisso e desempenho pedagógico;
Bimestralmente
Coordenar e participar junto ao Professor Orientador de Estágio, reuniões de avaliação do Estágio e/ou prática profissional, emitindo conceitos de acordo com o sistema de avaliação;
Semestralmente
Coordenar a confecção de impressos de acompanhamento (Fichas); No decorrer do ano letivo
Providenciar credencial de apresentação do estágio para o ingresso nas empresas
No decorrer do ano letivo
Informar e orientar a instituição concedente quanto à Legislação e Normas do estágio;
No decorrer do ano letivo
9. 5 - Plano de ação da Equipe Multidisciplinar
Dia da Consciência Negra: espaço para a valorização da cultura negra na escola.
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Objetivo Geral:
- Levar a comunidade escolar a refletir a História e a Cultura Afro-Brasileira e Africana, criando espaços para que se pense na valorização de negros e descendentes numa perspectiva de afirmação positiva de sua identidade.
Objetivos Específicos:
Propor a reflexão a respeito da diversidade étnico-cultural do Brasil, de forma a não discriminar as manifestações culturais pertinentes a cada uma dessas etnias;
Reconhecer a influência da cultura africana na formação do povo e cultura brasileira em suas diversas manifestações como:língua, literatura, artes plásticas, música, festas,danças, religiões, mitos e lendas;
Ampliar o conhecimento e a compreensão sobre a história dos afro-descendentes e a história da África, contribuindo para os objetivos previstos na Lei nº-10.639/03;
Apresentar os costumes e tradições africanas;
Contribuir para a análise crítica das condições sociais da população negra e afro-descendente no Brasil;
Divulgar a contribuição da cultura africana na formação da cultura brasileira;
Levar os envolvidos a refletir sobre os conceitos de raça, etnia, estereótipo, racismo, preconceito, a fim de desconstruir preconceitos;
Conduzir os alunos à reflexão sobre a cultura afro-descendente: importância e valor histórico-cultural;
Estimular o contato com elementos de socialização como: a capoeira,a comida, danças, músicas e narrativas;
Desenvolver trabalhos com a intenção de promover a inclusão cultural e a cidadania participativa.
Disciplinas envolvidas Atividades desenvolvidas
Palavras de origem africana em nossa língua;
Texto sobre o Dia da Consciência Negra;
Poema: O Navio Negreiro, de Castro Alves, recitado sob forma de música por Caetano Veloso;
109
LÍNGUA PORTUGUESA
A imagem do negro na literatura brasileira;
Poesias – Músicas e Literaturas;
Poesias – Estudo das poesias, criação de poesias e recitações.
Músicas – Estudar a musica sobre a questão e parodias e interpretações.
Literatura – Leitura das obras que falam sobre as questões e fazer discussões sobre o tema.
MATEMÁTICA Probabilidades, porcentagens, resolução de problemas;
Levantamento de dados de etnias ( branco, pardo, amarelo, negro, indígena), do colégio.
Organização dos dados em tabelas.
Construção de gráficos.
HISTÓRIA
Fatos históricos: os negros e afro-descendentes no Brasil;
Literatura;
Resgate dos personagens negros que marcaram nossa historia
GEOGRAFIA
A formação do povo brasileiro;
Regiões de maior concentração da população negra;
Aspectos políticos, sociais e culturais da África;
Análise de textos sobre as condições sócio-econômicas dos povos afro – descendentes do passado e na atualidade e comparação econômica entre as raças branca e negra.
Estudo das belezas naturais e o turismo.
Levantamento histórico - geográfico da origem do preconceito racial.
Condições sociais da população negra e afro-descendente na época atual;
110
SOCIOLOGIA Diversidade cultural e regional;
Políticas públicas de valorização da cultura africana;
FILOSOFIA
Valores – preconceito e discriminação social;
Ética
Trabalhar textos-filmes-musica que questionem a grande desigualdade social e outras atividades que contribuam para interiorizar e incorporar novas atitudes em relação ao preconceito.
BIOLOGIA Genética, hereditariedade
EDUCAÇÃO FÍSICA Capoeira: origem e movimentos
ARTE
Diversidade cultural;
Folclore brasileiro
musica, Dança, Teatro e artes visuais;
Arte e cultura negra;
História e obras que retratam a cultura negra;
Exposição com cartazes dos resultados obtidos nas dependências da escola.
PECUÁRIA Criações de animais advindos da África;
Influências gastronômicas (Agroindústria)
AGRICULTURA Culturas e pastagens oriundas dos países africanos
As disciplinas que nos foram citadas incluirão a temática nos seus planos de trabalho.
Exibição dos filmes;
Apresentações artísticas e culturais no Dia da Consciência Negra.
111
10 - PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO
A Formação Continuada dos Profissionais da Educação tornou-se uma meta
de políticas educacionais nos últimos 20 anos. A Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, Lei nº 9394/96, ao tratar dos “Profissionais da Educação”
estabelece no art.67 que:
Os sistemas de ensino promoverão a
valorização dos profissionais da educação,
assegurando-lhes, inclusive nos termos dos
estatutos e dos planos de carreira do magistério
público: (...) II – aperfeiçoamento profissional
continuado, inclusive com licenciamento periódico
remunerado para esse fim; (...) IV – Progressão
funcional baseada na titulação ou habilitação, e na
avaliação do desempenho; V – período reservado a
estudos, planejamento e avaliação, incluindo na
carga de trabalho...
A formação continuada dos Profissionais da Educação Pública está sendo
garantida pelas secretarias Estaduais e Municipais de Educação por meio de uma
política de formação continuada através de eventos de capacitação como:
simpósios, encontros descentralizados, semanas de estudos pedagógicos, grupos
de estudos, Grupo de Trabalho em Rede, produção de materiais didáticos
pedagógicos e sua socialização através do portal Dia-a-dia Educação. Todos esses
meios constituem uma forma de garantir espaços para que os docentes socializem
suas experiências, reflitam sobre sua prática pedagógica e redimensionem e,
evidentemente, ampliem seus conhecimentos e seu saber fazer.
112
Os docentes dispõem também da Hora-atividade coletiva, conforme a lei
estadual nº 13.807 de 30/09/2002 em que se reúnem por área do conhecimento,
organizado, em articulação com a equipe pedagógica de maneira a garantir que
esse espaço/tempo seja de efetivo trabalho pedagógico.
Uma educação pública de qualidade depende da valorização de todos os
profissionais. Do professor a todos aqueles responsáveis pela educação escolar,
que trabalham nas secretarias, nas cantinas, nas áreas de infraestrutura, nas
bibliotecas, em laboratórios e na segurança das escolas.
A formação continuada dos funcionários através do Profuncionário é um
grande avanço para a melhoria da qualidade da educação pública. Este Programa
tem por finalidade aumentar a escolarização dos Agentes Educacionais I e II,
entendendo seu importante papel no contexto da escola pública na atualidade.
Esse modo de pensar a formação continuada constitui, então, mais um dos
meios para ressignificar o papel da escola, na medida em que se oportuniza o
acesso aos novos conhecimentos produzidos nas mais diferentes áreas.
11 – Atividades de Complementação Curricular
11.1 - CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas)
É uma oferta extracurricular, plurilinguísta e gratuita de cursos básicos e de
aprimoramento em Línguas Estrangeiras destinada aos alunos da Rede estadual de
educação básica. Esta oferta é estendida aos professores e funcionários que
estejam no efetivo exercício.
11.2 - Programa Viva a Escola
Visa a expansão de atividades pedagógicas realizadas nas escolas como complementação
curricular, vinculadas ao projeto político pedagógico a fim de atender as especificidades da
formação do aluno e de sua realidade. Previsto na Resolução nº 3683/2008 e instrução nº
017/2008 – SUED/SEED.
PROGRAMAS OFICIAIS
113
11.3 - Fera com Ciência
É uma ação pedagógica para ampliação e enriquecimento dos conteúdos curricula-
res das Escolas da Rede Publica Estadual, que podem ser estendidas as escolas
das Redes Municipal e Particular. Será desenvolvido por meio da contextualização e
experimentação da Arte e da Ciência. Trata-se de formação continuada e programa-
ção cultural extracurricular que propicia alternativas para a utilização dos tempos e
espaços escolares.
11.4 - Jogos Colegiais do Paraná (JOCOP’S)
O objetivo do Jocop’s é propiciar o estímulo recíproco, intercâmbio social, a vivência
e reflexo sobre os aspectos positivos do esporte, contribuindo para situar a escola
como centro cultural, desportivo e formativo da comunidade.
12 - ATIVIDADES EXTRACURRICULARES
Leitura
Justificativa
A prática da leitura e a produção de texto constituem hoje um desafio para a
escola, pois sabemos que os alunos estão mais interessados nos jogos e bate–
papos na internet do que ler um livro, revista ou jornal.
Em qualquer meio intelectual a leitura constitui um dos fatores decisivos do
estudo. É principalmente através dela que as pessoas ampliam e aprofundam seu
campo cultural, porque os textos formam uma fonte praticamente inesgotável de
idéias e conhecimentos. Portanto, é preciso ler, sempre e muito, mas também é
preciso saber ler.
114
Saber ler é uma habilidade necessária para aprender e, por isso, os
professores de todas as disciplinas devem ter como foco de seu trabalho
desenvolver o hábito da leitura nos alunos.
Trabalhar e incentivar a leitura em sala de aula contribui na tarefa do
educador de formar leitores eficientes e também competentes na produção de um
bom texto. Devemos permitir ao aluno enxergar a leitura sob outra perspectiva e não
a que já tem internalizado: é chata, monótona e cansativa.
Para tanto, é interessante o professor utilizar a intertextualidade como forma
de prender a atenção do aluno no texto, possibilitar o acesso aos diversos tipos de
textos e diferentes linguagens, de modo a favorecer na ampliação do conhecimento.
Objetivos
Promover e incentivar a prática da leitura e a produção de texto pelos alunos;
Possibilitar que o aluno reconheça a leitura como fonte de informação e prazer;
Desenvolver o senso crítico nos alunos;
Aprimorar a escrita;
Desenvolver o repertório e aumentar o vocabulário.
Metodologia
Mobilizar os professores para o trabalho de leitura e procedimentos de estudo;
Reuniões para orientar os professores sobre procedimentos de apoio à leitura;
Estipular o cronograma das ações;
Organização quanto à utilização dos espaços da biblioteca.
Semana de integração
Justificativa
A finalidade da semana de integração é desenvolver um trabalho com os
alunos calouros da 1ª série, de modo a, facilitar o processo de adaptação ao regime
115
de internato, proporcionar um ambiente agradável e acolhedor, no sentido de
amenizar a ansiedade, insegurança, angústias, medos e as dúvidas nos estudantes
e também ajudar a enfrentar e superar a distância do ambiente familiar.
Objetivos
Proporcionar um ambiente agradável e acolhedor, visando o
bem estar do educando;
Desenvolver atividades que permitam a adaptação gradativa do aluno aos ritmos
e as rotinas da escola;
Conhecer o espaço físico e a rotina da escola.
Metodologia
Recepção dos alunos;
Divulgação do cronograma de atividades;
Passeios pelas dependências da escola;
Passeio na Trilha Ecológica;
Integração entre professores, alunos e funcionários com atividades na fazenda-
escola;
Palestras;
Gincanas e dinâmicas;
Exibição de filme;
Mutirão de combate à dengue
116
Justificativa
Com a expansão da infestação do mosquito Aedes Aegypti no Brasil e em
todas as áreas tropicais do mundo torna-se extremamente necessário a
compreensão e sensibilização de alunos, familiares e comunidade em geral para a
tomada de decisões no combate efetivo à dengue, ampliando as ações já
desencadeadas pelos especialistas e institutos responsáveis pela saúde pública
brasileira.
A dengue se manifesta de forma epidêmica na época do verão, quando as
chuvas são mais freqüentes, pois o mosquito transmissor se reproduz em focos de
água parada.
A localização do colégio em um reserva ecológica, portanto, cercada de mata
virgem, constitui-se local propício para a procriação do mosquito transmissor da
dengue, principalmente em épocas de chuvas.
Em vista disso, a escola através da mobilização da comunidade escolar e de
atividades e ações programadas visam o trabalho preventivo de combate à dengue
e a eliminação dos mosquitos adultos e principalmente, acabar com os criadouros de
larvas.
Objetivos
Conscientizar a comunidade escolar da importância e necessidade do trabalho
preventivo;
Conhecer o ciclo de vida do mosquito Aëdes aegypti;
Reconhecer que a epidemia de dengue é um problema que afeta todos os
cidadãos, não importando suas diferenças sociais e culturais.
Conhecer as diversas formas de contágio, prevenção e tratamento da dengue;
Reconhecer a importância dos hábitos de higiene como a forma de manter a
saúde e prevenir doenças;
Adquirir hábitos e atitudes que colaborem no combate ao mosquito da dengue.
117
Metodologia
Discutir o assunto com toda a comunidade escolar,
Montar cartazes informativos para a exposição em murais da escola,
Divisão e organização dos grupos nos setores da escola para realização do
mutirão, coordenados pelos professores e/ou funcionários;
Distribuição de sacos de lixo, vassouras, rastelos, balaios e pás.
Semana do Meio Ambiente
Justificativa
A importância da temática ambiental diante da preocupação com a
degradação do planeta ocupa atenção da sociedade local e mundial, onde a escola
como espaço social se engaja em promover a Educação Ambiental em que os
alunos têm a possibilidade de tomarem consciência das situações que acarretam
problemas no seu ambiente próximo ou para a biosfera em geral, refletindo sobre
as suas causas e determinarem os meios ou as ações apropriadas na tentativa de
resolvê-los.
A escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os
fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua
própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada
aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e
comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma
sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.
Se existe inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente, isto se devem
em parte ao fato das pessoas não serem sensibilizadas para a compreensão do
frágil equilíbrio da biosfera e dos problemas da gestão dos recursos naturais
Não é por falta de conhecimento que o meio ambiente é destruído, mas
devido ao estágio de desenvolvimento existente nas relações sociais de nossa
espécie. Ao desmatar, queimar, poluir, utilizar ou desperdiçar recursos naturais ou
energéticos, cada ser humano está reproduzindo o que aprendeu ao longo da
118
história e a cultura do seu povo. Portanto, este não é um ato isolado de um ou outro
indivíduo, mas reflete as relações sociais e tecnológicas de sua sociedade.
A finalidade da educação para o ambiente é de permitir aos alunos e à
comunidade escolar a compreensão dos problemas existentes, da presença humana
no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um
país e de um planeta. Deste modo, busca-se desenvolver assim, as competências e
valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes
diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.
Objetivos
Estimular a mudança prática de atitudes e a formação de novos hábitos com
relação a utilização dos recursos naturais favorecendo a reflexão sobre a
responsabilidade ética de nossa espécie e o próprio planeta como um todo,
auxiliando para que a sociedade possua um ambiente sustentável, garantindo a vida
no planeta;
Possibilitar a construção da consciência ecológica para este mundo diferente e
transformador, fazendo análises importantes tanto nos conteúdos programáticos
como na prática relativa ao meio ambiente escolar;
Criar uma consciência sobre a necessidade de diminuir e buscar formas para
solucionar a poluição do ar, da água, do solo, sonora e visual;
Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a
interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis.
Metodologia
Mobilização de toda a comunidade escolar para o desenvolvimento de atividades
durante a Semana do Meio Ambiente, com a finalidade de conscientizar a população
sobre as questões ambientais,
Atividades e ações programadas como: visita a Estação Ecológica do Caiuá;
Trilhas ecológicas; Mutirões de limpeza.
119
Reflexões sobre alguns temas - Lixo (redução, reutilização e reciclagem);
Compostagem, Água (consumo, desperdício, poluição); Florestas (porque
preservá-las?); Fogo (prevenção, efeitos negativos ao meio ambiente); Agrotóxicos
(riscos para a saúde, danos ambientais); Caça e pesca ilegal; Respeito aos animais
silvestres e domésticos,
Elaboração e exposição de cartazes com desenhos e frases relacionados ao meio
ambiente.
Festa Junina
Justificativa
A festa junina ao retratar a diversidade cultural brasileira contribui para a
promoção da cultura popular, pois constitui uma forma de propagação das tradições
folclóricas do nosso povo.
Deste modo, conhecer a origem e as contribuições culturais de cada povo à
cultura brasileira é imprescindível para a valorização e preservação das nossas
tradições culturais. Ao comemorar as festas juninas, agrega-se informações sócio-
históricas que envolvem a origem dessa festividade.
A tradição das festas juninas chegou ao Brasil através dos portugueses, no
período colonial, trazendo influência de diferentes países da Europa e da Ásia. A
dança marcada que inspirou a criação da quadrilha, teria vindo da França; a tradição
de soltar fogos de artifício, da China; a dança de fitas, da Espanha e Portugal. Essas
expressões culturais foram incorporadas aos costumes dos povos indígenas e
negros e resultaram no que hoje conhecemos como Festas Juninas Brasileiras.
O resgate da tradição junina na escola, do significado cultural desta
festividade contribui para o reconhecimento da importância do trabalho na lavoura
e da valorização do homem no campo, pois na verdade, com a festa junina se
comemorava na roça, o solstício de inverno, que marcava o início da colheita de
grande parte dos alimentos, simbolizando, portanto, a fertilidade da terra.
120
Objetivos
Perceber a importância da valorização e preservação das tradições culturais;
Reconhecer os costumes e tradições das festas juninas como parte da cultura do
nosso povo;
Desenvolver o interesse e o gosto pelas diversas tradições culturais do nosso
país;
Promover e divulgar o universo caipira e sertanejo;
Valorizar o trabalho do homem do campo;
Desfazer a imagem estereotipada do homem do campo;
Conhecer a origem das Festas juninas;
Promover a integração da comunidade escolar.
Metodologia
Recriar o ambiente rural: decoração
Arrecadação de prendas;
Culinária regional: organização do cardápio de comidas típicas;
Elaboração e confecção de convite;
Expressão artística: danças folclóricas e músicas regionais.
Jogos Interclasse
Justificativa
A realização dos jogos interclasses é um evento muito aguardado por nossos
alunos, motivo pelo qual a escola se propõe a pensar alternativas para torná-lo um
espaço de formação dos alunos. E ainda, constituem um meio de integração entre
os alunos e estimula a prática esportiva na escola.
121
Objetivos
Despertar o gosto pela prática de esportes, com fins educativos e formativos;
Propiciar o intercâmbio entre os alunos, estreitar laços de amizade e
solidariedade;
Favorecer o desenvolvimento global do aluno;
Proporcionar atividades que contribuam para o aprimoramento psicomotor do
aluno;
Efetuar o processo de formação física, social, de valores, priorizando a
solidariedade.
Metodologia
Reunir a equipe organizadora para discutir e montar o regulamento e dividir as
tarefas durante a interclasse;
Elaborar a tabela de jogos e marcar data para o início dos mesmos.
Show de talentos
Justificativa
O show de talentos é um espaço sócio-educativo para incentivar e divulgar a
cultura e a arte na escola, em vista a formação integral do educando.
A oportunidade de fazer arte é extremamente valiosa, pois ao se apresentar
em público e expressar-se em uma determinada vertente artística provoca intensas
e positivas repercussões e se configura em uma experiência rica em significados
que o aluno leva para toda a vida.
A intenção da escola é contribuir na auto-estima do aluno, desenvolver a
criticidade e a criatividade, promover a descontração e o entretenimento.
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Portanto, a realização do show de talentos se consolida como o espaço onde
o aluno junto com a comunidade escolar tem a oportunidade de revelar e apresentar
o seu talento seja na música, dança, teatro e artes visuais.
Objetivos
Resgatar e valorizar a arte na escola;
Revelar e desenvolver talentos da comunidade escolar;
Promover a criatividade, cooperação e descontração entre os alunos e a
comunidade escolar.
Desenvolver atividades extracurriculares.
Metodologia
Divulgação do evento;
Inscrições de acordo com as categorias: danças músicas, artes visuais e teatro;
Programação: data, horário e local de realização do evento;
Decoração e organização do ambiente: Instalação do som, do jogo de luz; do gelo seco, etc;
Escolha do Apresentador;
Cronograma das apresentações;
Apresentações artísticas dos alunos;
Halloween
A intenção em comemorar o Halloween é de fazer com que os alunos
percebam a questão da influência de outras culturas no Brasil graças à imigração e
à globalização. E também apontar diferenças culturais entre os vários países e até
discutir o choque cultural.
123
A participação dos alunos em uma manifestação cultural americana permite
que relacionem o aprendizado da língua inglesa com a cultura do país que a fala.
Objetivos
Permitir aos alunos relacionar o aprendizado da língua inglesa com a cultura do
país que a fala.
Promover a socialização entre os alunos,
Desenvolver a criatividade na elaboração da fantasia
Metodologia
Decoração do ambiente,
Organização do cardápio,
Concurso de fantasias,
Consciência negra
Justificativa
A História do Brasil tem suas raízes do outro lado do Atlântico, pois de lá
vieram milhões de escravos que, além de braços para o trabalho, trouxeram também
os seus costumes, os seus hábitos alimentares, as suas religiões, as suas tradições,
enfim os seus diversos modos de vida, contribuindo significativamente para a
formação sócio-cultural da sociedade brasileira.
Explanar sobre as contribuições do povo africano para a formação do povo
afro descendente no Brasil é de fundamental importância uma vez que a cultura é
um produto gerado e transmitido socialmente, é um produto das relações humanas e
que norteia e orienta o ser humano no seu ciclo de convívio.
É necessário pensar a educação voltada para a consciência da importância
do negro para a constituição e identidade da nação brasileira e principalmente, do
124
respeito à diversidade humana e a abominação do racismo e do preconceito,
desenvolvido por meio de um processo educativo de debate, do entorno, buscando
nas nossas próprias raízes a herança biológica e/ou cultural trazida pela influência
africana.
A educação tem fundamental importância nesta luta, pois se acredita que o
espaço escolar seja responsável por boa parte da formação pessoal dos indivíduos,
sendo assim um ambiente fundamental para a superação das desigualdades raciais
e superação do racismo.
Nesse sentido, a Lei nº 10.639/2003 determina a obrigatoriedade de estudos
relacionados á História e Cultura Afro-Brasileira nos diferentes níveis de ensino da
Educação Básica, estabelecendo como conteúdo programático nas diferentes
disciplinas do currículo “o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na sociedade nacional,
resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política
pertinente a história do Brasil. Tal lei é fruto de lutas históricas do Movimento Negro
no Brasil que há tempos combate contra o preconceito racial muito existente na
sociedade brasileira
Esse ato do Estado Brasileiro visa reconhecer, valorizar e discutir
devidamente a cultura e historia da África, evidenciando suas múltiplas dimensões e
contribuições dos povos africanos e afro-brasileiros na conformação do território
nacional.
Conhecer a cultura africana implica valorização e respeito à pessoas negras,
bem como seus descendentes, sua cultura e história. Significa tornar-se sensível ao
seu sofrimento e lutas em busca de uma vida que lhe ofereça liberdade de
expressão e inclusão social.
Objetivos
Resgatar princípios de convivência, tolerância e respeito às diferenças;
Divulgar a contribuição da cultura africana na formação da cultura brasileira;
125
Conduzir os alunos à reflexão sobre a cultura afro-descendente: importância e valor histórico-cultural;
Apresentar os costumes e tradições africanas;
Estimular o contato com elementos de socialização como: a capoeira,a comida, danças, músicas e narrativas;
Desenvolver trabalhos com a intenção de promover a inclusão cultural e a cidadania participativa.
Metodologia
Apresentar a lei nº 10.639/03 que predispõe sobre o trabalho com a cultura afro-
brasileira e africana na escola, inserida nas disciplinas do currículo;
Mobilização do corpo docente na realização dos trabalhos;
Elaboração das atividades a serem desenvolvidas em cada disciplina, as quais po-
derão ser trabalhadas em sala de aula, como extra-classe;
Apresentação e exposição dos trabalhos realizados pelos alunos e professores en-
volvidos no projeto culminando com a comemoração de 20 de Novembro, que e o
“Dia da Consciência negra”.
13 - IMPLEMENTAÇÃO
13.1 – Acompanhamento, assistência à execução e avaliação.
A Avaliação Institucional possibilita analisar as ações administrativas, técnicas
e pedagógicas da escola de maneira crítica e participativa, permitindo perceber suas
possibilidades e limitações, bem como apontar caminhos para a tomada de decisão
em relação ao pensar e o agir institucional, em busca de melhor qualidade de ensi-
no. Portanto requer a participação de todos os profissionais da instituição: professo-
res, direção, pedagogos, alunos, pais, funcionários, A.P.M.F., Grêmio Estudantil,
Conselho Escolar e outros segmentos.
As formas de avaliação curricular e institucional serão diferenciadas oportuni-
zando refletir e debater os avanços e deficiências diagnosticadas. A avaliação envo-
lverá o corpo docente, discente e administrativo e terá como diretriz:
– Análise da compatibilidade do currículo com o planejamento;
126
– Atualização dos conhecimentos por parte dos docentes;
– Participação dos docentes em simpósios, encontros, cursos, etc.;
– Adequação curricular para sanar as deficiências detectadas;
– Avaliação dos docentes pelos discentes;
– Estudos de egressos do curso;
– Acompanhamento e avaliação de Estágio Orientado.
14 - REFERÊNCIAS
CAMPOS, Casimiro de Medeiros. Saberes docentes e autonomia dos
professores. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Legislação Educacional Brasileira. 2ª ed. Rio de
Janeiro: DP&A, 2002.
DONATONI, Alaíde Rita, org. Avaliação Escolar e formação de professores.
Campinas, SP: Ed. Alínea, 2008.
GANDIN, Danilo. Cruz, Carlos Henrique C. Planejamento na sala de aula. 6ª ed.
Petrópolis,RJ: Vozes, 2006.
LIBANEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? 6º ed São Paulo,
SP. Cortez, 2002.
__________________ Organização e gestão da escola: teoria e prática. 4ª ed.
Goiânia: Alternativa, 2001.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez,
1999.
_________________ Avaliação da aprendizagem na escola: relaborando
conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos,
2005.
MENEGOLLA, Maximiliano, SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que planejar ?, Como
planejar ?. 16ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.SAVIANI, Demerval. A pedagogia
histórico -critica e a pratica escolar. IN:
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico - crítica.
127
Campinas, SP: Autores Associados, 2002.
VEIGA, Ilma Passos A. org. Didática: ensino e suas relações. Campinas,SP:
Papirus, 1999.
___________________ Escola: espaço do projeto político pedagógico.
Campinas,SP: Papirus, 1998.
128
129
15 – ANEXOS
15.1 - Calendário escolar – 2010
JANEIRO FEVEREIRO MARÇOD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 13 7 8 9 10 11 12 13 23
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 31 31 1- Dia Mundial da Paz 19- São José
ABRIL MAIO JUNHOD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 1 1 2 3 4 5
4 5 6 7 8 9 10 21 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 21
11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 30 31
2- Paixão 1- Dia do Trabalho 3 - Corpus Christi
5 à 9 - FERA CONSCIÊNCIA 8 - OBMEP - 1ª fase
21- Tiradentes
JULHO AGOSTO SETEMBROD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 12 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4
4 5 6 7 8 9 10 dias 8 9 10 11 12 13 14 16 5 6 7 8 9 10 11 20
11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias
18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30
7- Independência
11 - OBMEP - 2ª fase
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBROD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4
3 4 5 6 7 8 9 19 7 8 9 10 11 12 13 20 5 6 7 8 9 10 11 16
10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 31 31
12- N. S.Aparecida 2- Finados 19- Emancipação Pol. do PR
11- Dia do Professor 15- Procl. da República 25- Natal
20- Dia Nac. da Consc. Negra
Dias letivos Férias Discentes Férias/Recessos/Docentes
Feriado Municipal 1 janeiro 31 janeiro / férias 30NRE Itinerante 2 fevereiro 7 jul/agosto/recesso 23Recesso 3 julho/agosto 28 dez / reces. 9 dezembro 9 Total 62Dias Letivos 200 Total 75 Início/Término Planejamento e Replanejamento Férias Recesso Formação Continuada Reunião Pedagógica Conselho de Classe ReposiçãoOBS: Conselhos de Classe - período noturno