1 - amebas parasitas do homem
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Amebas parasitas do homem
Profa. Dellane Tigre
Características das amebas
Entamoeba histolytica e seu cisto.
(Neves,1983)
• São organismos eucariontes e unicelulares. • Se movimentam através de pseudopodes. • Na fase trofozoítica se alimentam por Fagocitose ou pinocitose. • Se reproduzem por divisão binária simples.
Amebas parasitas
• As amebas parasitas importantes pertencem ao complexo “Entamoeba histolytica”;
• Apresentam duas formas:
– Minuta: luz intestinal
– Magna: lesões patológicas
Entamoeba histolytica: A, forma não-
patogênica (minuta); B, forma patogênica
(magna).
Amebas não patogênicas
• Espécies não patogênicas inclui:
– Entamoeba coli (B)
– E.hartmanni (C e D)
– Endolimax nana (F e G)
– Iodomoeba butschili (I)
– Entamoeba gingivalis
Na Fig. encontram-se ainda: Dientamoeba fragilis (H), um
flagelado com aspecto de ameba por não ter flagelos.
E cistos das amebas: E. coli (J); E. nana (K); E. hartmanni
(L); E. histolytica (M, N); e I. butschili (O).
Complexo “histolytica”
• É formado por mais de 18 variedades
• As espécies E. dispar e E. hartmanni já foram bem caracterizadas e não são patogênicas.
• Sete variedades de E.histolytica produzem doença no homem
– Variedade de sintomatologia e gravidade
A- Na luz intestinal (10-20µm) B- Fase invasiva (20-30µm)
Ciclo da E.histolytica Nas fezes formadas, a ameba já não
fagocita, perde seus vacúolos
digestivos e assume a forma pré-
cística (A); elabora um envoltório e se
torna um cisto (B).
O cisto contém depósitos de polis-
sacarídios (glicogênio), e
aglomerados de RNA; fortemente
corados pela hematoxilina: os corpos
cromatóides (B, C).
No cisto, o núcleo divide-se 2 vezes
(C, D) tornando-se tetranucleado.
Quando ingerida, a ameba tetranu-
cleada abandona o cisto (E), divide-se
para produzir 8 amébulas (F) e, no
intestino grosso, cresce e se
multiplica, completando o ciclo não-
patogênico (G, H, I).
E.histolytica e Amebíase
• É geralmente assintomática
(C-D) ; nas formas invasivas
são produzidas úlceras
na mucosa do cólon (E-F)
• Invadindo a circulação
(G) As amebas podem formar
abscessos no fígado, pulmões,
cérebro, etc.
Amebíase intestinal
• Em torno das amebas em reprodução desenvolve-se um processo necrótico do tecido conjuntivo, com destruição dos vasos e formação de úlceras;
• Em sua fase aguda, a forma de amebíase invasiva é denominada disenteria amebiana.
Na amebíase invasiva as amebas procedentes da luz intestinal (E) invadem a mucosa e aí se multiplicam (F).
Amebíase intestinal
• Colite amebiana aguda
– dor abdominal, febre, evacuações frequentes de fezes líquidas, muco-sanguinolentas ou só com muco;
– Duração: 4-5 dias e torna-se crônica ou subaguda
• Amebíase intestinal crônica
– evacuações frequentes (5-6 vezes ao dia) de tipo diarreico ou não, flatulência, desconforto abdominal ou ligeira dor durante alguns dias.
Complicações da amebíase
Colite amebiana fulminante: Forma grave da doença que afeta mulheres durante a gravidez e o puerpério ou pessoas com imunodepressão.
Os cólons ficam cravejados de úlceras, muitas das quais chegam a perfurar a parede intestinal.
Amebíase hepática: pode imitar uma colecistite, com febre inconstante, náuseas e vômitos.
O fígado fica aumentado e doloroso, podendo haver icterícia.
Diagnóstico da amebíase
• Clínico e laboratorial
– Quadro compatível com a parasitose;
– Demonstração do parasito ou dos cistos nas fezes;
– Teste sorológico positivo;
– Resposta terapêutica aos antiamebianos.
A B C D
Trofozoíto e cisto de Entamoeba hartmanni (A, B) e de
Entamoeba histolytica (C, D)
TRATAMENTO • Amebicidas não-absorvíveis
– dicloracetamidas
• Amebicidas teciduais – nitroimidazóis
EPIDEMIOLOGIA • E.dispar é frequente em todo o mundo, sendo a
E.histolytica 10 vezes menos! • No Brasil: alta prevalência (Manaus, Belém, João
Pessoa e Porto Alegre. • Nas regiões frias e temperadas a doença é rara.
Transmissão
• Fontes de infecção
– Pacientes crônicos e assin-
tomáticos;
• Direta
– Mãos sujas
• Indireta
– Água/alimentos contaminados
• Insetos: vetores mecânicos do parasito
Controle
• Tratar todos os manipuladores de alimentos que eliminem cistos de amebas, sejam sintomáticos ou não.
• Evitar alimentos que possam estar contaminados. • Promover a higiene pessoal com programas de
educação sanitária e com ênfase na lavagem das mãos.
• Assegurar o saneamento ambiental e o fornecimento de água potável para todos; ou, em certos casos, utilizar filtros de porcelana porosa para assegurar a qualidade da água.