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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal CARTILHA DO SÍNDICO Obras e serviços de Engenharia e Agronomia: o que o síndico precisa saber

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Cartilha, síndico de condomínios

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  • SERVIO PBLICO FEDERAL

    Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Dist rito Federal

    CARTILHA DO SNDICO

    Obras e servios de Engenharia e Agronomia: o que o sndico precisa saber

  • Cartilha do Sndico

    DIRETORIA DO CREA-DF - 2012

    Eng. Flavio Correia de Sousa Presidente

    Eng. Adriano Silva Arantes

    Vice-Presidente

    Eng. Rodrigo Baudson Godoi Filho Diretor-Administrativo

    Eng. Marcus Vincius Batista de Souza

    Diretor-Financeiro

    Tec. Wellington Siqueira de Medeiros Diretor de Relaes Institucionais

    Eng. Emlio Faanha Mamede Neto

    Diretor de Fiscalizao

    Eng. Liberalino Jacinto de Souza Diretor de Valorizao Profissional

  • Cartilha do Sndico

    NDICE

    CONTEDO PGINA

    Diretoria do Crea-DF

    Apresentao

    Misso institucional do Crea-DF

    O que condomnio?

    Qual a responsabilidade legal do sndico?

    O que manuteno predial preventiva?

    Por que fazer manuteno predial preventiva?

    Procedimentos requeridos para executar a manuteno predial de forma adequada

    Quem o profissional habilitado para executar atividades de engenharia ou de agronomia

    A participao de profissional habilitado em uma obra ou servio pode evitar prejuzos para o condomnio

    A Anotao de Responsabilidade Tcnica

    Quando fazer o registro da ART?

    Quais as vantagens, para o condomnio, de ter um profissional habilitado executando uma obra ou servio?

    Qual a responsabilidade dos profissionais na execuo dos servios?

    O Cdigo de Defesa do Consumidor e a Misso do Crea-DF

    A legislao referente acessibilidade

    Legislao aplicada ao exerccio das profisses da Engenharia e da Agronomia

    Legislao que regulamenta a execuo de alguns servios utilizados pelo condomnio

    Anexo 1 - Exemplos de servios/obras de engenharia e ou de agronomia executados no mbito dos condomnios

    Anexo 2 - Glossrio de termos tcnicos

    Anexo 3 - Execuo de obras nas unidades residenciais do condomnio: sugesto de modelo de correspondncia a ser encaminhada aos condminos

  • Cartilha do Sndico

    APRESENTAO Os condomnios agregam muitos servios e obras relacionados

    Engenharia e Agronomia, exigindo manuteno constante, executada por empresa habilitada e profissional qualificado com registro no Crea-DF. Este ltimo precisa possuir o conhecimento tcnico necessrio ao desempenho de suas atribuies.

    O desgaste natural nas edificaes uma preocupao constante dos

    proprietrios de imveis. Esse desgaste impe edificao uma aparncia destoante da paisagem que domina a arquitetura de Braslia, com suas linhas modernas. Para evitar as conseqncias do desgaste natural ou decorrente do uso, a alternativa para o proprietrio e sndicos das centenas de condomnios do Distrito Federal a execuo de manuteno preventiva ou corretiva em suas edificaes. Para a execuo dos servios ou obras necessrios, o sndico ou proprietrio deve recorrer profissional habilitado, condio primeira para a obteno de um resultado que atenda a necessidade dos proprietrios, sndicos e condminos.

    Esta Cartilha do Sndico ressalta a importncia da manuteno

    preventiva, procedimentos regulares e programados que prolongam a vida til e valorizam as edificaes, corrigindo deficincias de construo, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar, bem como aumentando a segurana dos condminos e usurios. Apresenta tambm, um modelo de contrato, um glossrio de termos tcnicos, a importncia da Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART), que pode funcionar como uma espcie de certificado de garantia para o contratante de servios de Engenharia ou de Agronomia, dentre outros assuntos.

    Acreditamos que esta cartilha poder se tornar uma fonte de consulta a

    todos que atuam como sndico ou administradores de condomnio e sirva de uma ponte para o estabelecimento de uma importante parceria a ser renovada sempre, com o fito de oferecermos nossa populao servios tcnicos de boa qualidade na rea da Engenharia e da Agronomia, minimizando de forma significativa os problemas decorrentes da falta de acompanhamento por profissionais habilitados.

    Braslia, novembro de 2012.

    Eng. Flavio Correia de Sousa Presidente

  • Cartilha do Sndico

    O QUE O SNDICO PRECISA SABER

    1. MISSO INSTITUCIONAL DO CREA-DF O Crea-DF, autarquia federal responsvel pela fiscalizao do

    exerccio das profisses relacionadas Engenharia e Agronomia, em seus nveis superior e mdio, tem como principal misso defender a sociedade e resguardar os interesses sociais e humanos, por intermdio da fiscalizao do exerccio das profisses, de forma orientativa e coercitiva, nas reas de Engenharia e Agronomia. No cumprimento de sua misso, o Crea fiscaliza empresas e o profissional, para que estes procedam de acordo com as normas legais. Identifica e pune leigos no exerccio ilegal das profisses regulamentadas.

    O Crea, amparado pelas Leis Federais n 5.194, de 1966, 9.784, de

    1999, e o Decreto-Lei n 2.848, de 1940 (Cdigo Penal), dotado do poder de polcia administrativa, que o autoriza a fiscalizar e aplicar penalidades a profissionais, empresas ou pessoas fsicas leigas que exercem atividades de Engenharia ou de Agronomia sem habilitao legal. Essas penalidades vo desde a aplicao de multas pecunirias cassao do registro de profissionais inabilitados.

    Ainda, como atividade fim, o Crea atua como agente habilitador ao

    conceder atribuies aos diplomados em Engenharia ou em Agronomia, de acordo com as competncias adquiridas ao longo de sua formao escolar.

    2. O QUE CONDOMNIO?

    Condomnio o conjunto de apartamentos, casas, salas comerciais e

    reas comuns (escadas, coberturas, corredores, terreno na vizinhana etc.) de uma edificao que os ocupantes, denominados de condminos, usam e administram de forma coletiva.

    Essas reas comuns so indivisveis, no podendo ser alienadas, pois

    so consideradas agregadas a todas as partes exclusivas desse conjunto. De forma sucinta, condomnio seria o domnio exercido juntamente com outrem. O condomnio pode ser residencial, comercial ou misto.

    Todos os condminos so responsveis pela organizao e manuteno da

    edificao.

  • Cartilha do Sndico

    3. QUAL A RESPONSABILIDADE LEGAL DO SNDICO?

    A Norma Tcnica n 5.674, de 1999, da ABNT, que define a

    manuteno de edificaes, referncia para que os proprietrios ou sndicos possam elaborar e implantar programas de manuteno preventiva. O sndico e os administradores diretos tm papel fundamental no cumprimento dessa norma, uma vez que os prejuzos advindos da omisso em realizar a manuteno predial so de sua responsabilidade. Os sndicos respondem civil e criminalmente por todo problema ocorrido no condomnio, conforme previsto na Lei n 4.591, de 1964, que dispe sobre o condomnio em edificaes e as incorporaes imobilirias.

    4. O QUE MANUTENO PREDIAL PREVENTIVA? A Norma Tcnica n 5.674, de 1999, da ABNT conceitua a atividade de

    manuteno como um conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificao e de suas partes constituintes a fim de atender s necessidades e segurana dos seus usurios.

    5. POR QUE FAZER MANUTENO PREDIAL PREVENTIVA? A manuteno preventiva prolonga a til dos edifcios em decorrncia

    da execuo de servios peridicos de conservao. Possibilita a localizao de deficincias da construo que, com o passar do tempo, podem se traduzir em risco para a segurana do imvel e de seus condminos. Proporciona, tambm, uma economia significativa nos custos com provveis reformas ou servios de maior porte, que surgem devido falta de um cuidado tcnico prvio.

    Em sntese, a manuteno preventiva objetiva:

    prolongar a vida til dos edifcios mediante a execuo de servios peridicos de conservao;

    Proporcionar uma economia significativa nos custos com provveis reformas ou servios de maior porte;

    localizar deficincias da construo; Revitalizar e modernizar o edifcio.

  • Cartilha do Sndico

  • Cartilha do Sndico

    6. PROCEDIMENTOS REQUERIDOS ANTES DE INICIAR A

    MANUTENO PREDIAL (*)

    Na maioria das vezes a edificao passa vrios anos sem que seja feito um trabalho de manuteno e quando se resolve fazer algo, o sndico no sabe nem por onde comear, diante da variedade de trabalhos que se tem por fazer. Se este o seu caso, que tal conferir uma lista de perguntas com as respectivas respostas que geralmente surgem na fase inicial de definio dos trabalhos?

    6.1. Com tanta coisa para fazer, o que deve ser san ado de imediato?

    Neste caso, a melhor atitude que voc deve tomar a contratao de um Engenheiro para a elaborao de um laudo tcnico.

    6.2. Qual a finalidade do laudo tcnico?

    A finalidade do laudo tcnico a de relatar em um caderno, todas as patologias detectadas durante o perodo de vistoria e mais aquelas informadas pelo sndico, assim como indicar as terapias que devem ser adotadas com o intuito de se atenuar ou eliminar as fontes causadoras dos diversos problemas que afetam a edificao.

    Neste documento, o profissional contratado indicar as prioridades que devem ser sanadas de imediato. No entanto, a definio de execuo destas prioridades ficar a critrio dos condminos.

    O laudo tcnico tambm um meio de se aumentar a produtividade dos sndicos, visto que estes no tero que ficar repetindo os servios que devem ser feitos quando as empresas interessadas na execuo das obras se apresentarem, sendo suficiente que as mesmas leiam o laudo tcnico para se informar sobre os servios que devem ser feitos.

    6.3. Outra vantagem do laudo tcnico

    Na hiptese de substituio do sndico, o novo gestor no ficar perdido, pois ter em mo um documento onde esto relacionados todos os servios que ainda esto por fazer.

    6.4. Com o laudo tcnico em mo, o que o sndico de ve fazer?

    Aps a leitura do laudo tcnico, o sndico ter plena noo dos trabalhos de recuperao a que deve ser submetido o prdio. Deve, ento, se reunir com os condminos para definio dos servios que devem ser feitos de imediato.

    Definida esta etapa, o sndico deve entrar em contato com empresas ou profissionais liberais, para que apresentem proposta oramentria para execuo dos servios necessrios.

  • Cartilha do Sndico

    6.5. O que deve conter na proposta oramentria?

    A proposta oramentria deve conter alm do valor para a execuo dos servios, no mnimo, os seguintes itens:

    O nome do responsvel tcnico pela execuo dos trabalhos, que deve estar registrado no Crea (Conselho Regional de Engenharia e de Agronomia);

    Os materiais que sero utilizados na execuo dos servios. Exemplo: tipo de tinta e respectivo fabricante, especificao do piso ou revestimento etc.;

    O prazo para a execuo dos servios; Prazo de validade do oramento entregue; Endereo e telefone da empresa ou profissional que se prope a executar os servios; Valor e condies de pagamento.

    6.6. O sndico deve sempre optar pelo preo mais ba ixo na hora de contratar um servio?

    O sndico dever efetuar uma comparao entre os oramentos entregues e avaliar o que cada um se prope a fazer, analisando os servios relacionados, os materiais que sero utilizados e como estes materiais sero aplicados.

    6.7. E se ainda persistirem dvidas com relao aos oramentos entregues?

    Neste caso, o sndico dever agendar uma reunio com o profissional tcnico que assinou a proposta para a execuo dos servios e esclarecer todas as dvidas. Se necessrio, pea por escrito e assinado, todas aquelas dvidas que foram esclarecidas durante a reunio, para que no ocorram divergncias durante ou aps a concluso dos servios prestados.

    6.8. Como fazer um bom contrato?

    Segundo conceito amplamente difundido, contrato um acordo em que duas ou mais pessoas assumem certos compromissos ou obrigaes ou asseguram entre si algum direito. Neste sentido, para regular a relao entre o condomnio e o prestador de servios, altamente necessrio que seja feito um bom contrato. A Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Cdigo Civil), dentre outros assuntos, regula os contratos. O sndico dever observar a citada lei quando elaborar um contrato de prestao de servios/execuo de obras de Engenharia ou Agronomia.

    6.6. UM EXEMPLO: Um oramento "atrativo" pode estar especificando uma tinta inadequada e com baixa durabilidade para o local onde ser aplicada. Ento, o preo inicialmente "tentador" se traduzir em uma manuteno de repintura precoce, devido baixa durabilidade do material aplicado em relao ao ambiente onde vai ser utilizado. Resultado: Voc vai gastar muito mais.

  • Cartilha do Sndico

    No ato da elaborao do contrato para execuo de servio ou obra do condomnio, alm da correta qualificao das partes, o sndico precisa estar atento s clusulas que tratam dos seguintes temas:

    Objeto preciso descrever detalhadamente o que dever ser executado. Utilizar, se preciso, um anexo, que dever ser vinculado ao contrato;

    Qualidade do material utilizado se o contrato envolver o fornecimento de material, dever ser apresentada a especificao tcnica do material e a quantidade;

    Etapas do servio/obra se dividido em etapas, preciso que se defina com clareza e suficiente detalhamento o que compe cada uma dessas etapas;

    Prazo para entrega do servio/obra - a fixao das datas para incio e concluso essencial para que se possa monitorar a execuo e o pagamento.;

    Valor do pagamento; Forma do pagamento especificar a forma de pagamento, inclusive

    quanto a adiantamento de recursos; Multa por atraso na entrega do servio/obra; Prazo de garantia do servio/obra observar, no que couber, o art. 618

    da Lei n 10.406, de 2002, Cdigo Civil Brasileiro; Registro da Anotao de Responsabilidade Tcnica pelo servio/obra

    objeto do contrato no Crea; Nome da pessoa responsvel pelo contato entre a empresa contratada e

    o condomnio visa facilitar o dilogo entre as partes. Tratando, ainda, sobre a importncia das clusulas do contrato, no que se refere a forma de detalhar o objeto por ocasio da contratao de um servio, apresentamos um exemplo oferecido pelo Eng. Mecnico Francisco Machado da Silva, sndico em Braslia no edifcio onde reside: Descrio do servio de recuperao de fachada fron tal do bloco I da SQN 106, Braslia-DF:

    a. Retirar 27 painis metlicos (ferro), substituindo-os por alvenaria (opo reboco cor azul e opo de pastilhas maiores azuis); retirar 24 janelas metlicas, substituindo-as por esquadrias de alumnio (basculante); colocar grade por dentro (apenas nas janelas do trreo). Colocar vidros;

    b. Retirar 72 janelas metlicas (laterais), substituindo-as por esquadrias de alumnio; colocando vidros fixos, exceto na janela central que ser basculante; colocar grade por dentro, na janela do trreo;

    c. Retirar 12 colunas metlicas onde esto as 72 janelas laterais (item anterior), substituindo-as por pastilhas;

    d. Retirar 48 janelas metlicas, substituindo-as por esquadrias de alumnio; colocar vidros; colocar grade na janela do trreo (por dentro);

    e. Lavar com pressurizao as pastilhas, retirando manchas e encardidos; f. Pintar na cor branca os cobogs; g. Pintar sobre o reboco, na cor azul vivo com tinta acrlica Metalatex ou similar, rea

    abaixo das janelas das unidades residenciais; h. Pintar na cor branca com tinta acrlica Metalatex ou similar, a rea ao lado das

    janelas das unidades residenciais; a. Aps a execuo dos servios, limpar os vidros das janelas das unidades

    residenciais.

  • Cartilha do Sndico

    Como visto, no detalhamento do servio/obra no pode haver dvida do que dever ser executado pelo contratado. Isto evitar aborrecimentos na hora do recebimento do servio e fazer o respectivo pagamento. O sndico dever buscar modelos de contrato com advogados, Internet ou, ainda, com outros colegas sndicos, para que se cerque de todas as garantias legais. Aps a assinatura do contrato, as firmas das partes devero ser reconhecidas em cartrio de notas. (*) Itens 6.1 a 6.7 so recomendaes do Eng. Civil Jorge Henrique Pezente (www.escolher-e-construir.eng.br)

  • Cartilha do Sndico

    7. QUEM O PROFISSIONAL HABILITADO PARA EXECUTAR

    ATIVIDADES DE ENGENHARIA OU DE AGRONOMIA

    Todo servio tcnico exige a contratao de uma empresa ou profissional habilitado. A Lei n 5.194, de 1966, que regula as profisses de Engenharia e Agronomia, estabelece no art. 67 que o profissional ou empresa habilitado aquele que est registrado e em dia com as obrigaes perante o Crea.

    Art. 67. Embora legalmente registrado, s ser considerado no legtimo exerccio da profisso e atividades de que trata a presente lei o profissional ou pessoa jurdica que esteja em dia com o pagamento da respectiva anuidade. A escolha do profissional ou da empresa depende da atividade tcnica

    a ser executada. Assim, antes de contratar um profissional ou empresa, o sndico dever buscar no mercado aquele profissional ou empresa que se oferecem para executar o servio/obra de Engenharia ou de Agronomia e verificar se est em situao regular no Crea-DF (www.creadf.org.br/sociedade/profissional ou empresa registrado).

    8. A PARTICIPAO DE PESSOA NO HABILITADA NA EXECUO DE OBRA OU SERVIO PODE TRAZER PREJUZOS PARA O CONDOMNIO Um projeto elaborado ou executado por pessoa no habilitada pode

    ocasionar os seguintes prejuzos:

    utilizao de materiais inadequados; oramento impreciso; gasto desnecessrio; manuteno incorreta; danos ao edifcio; ocorrncia de acidentes, tragdias e prejuzos irreparveis; desvalorizao do imvel.

    Em face dos riscos ao patrimnio dos condminos mais segura a

    contratao de uma empresa ou profissional legalmente habilitado. A Lei n 5.194, de 1966, exige a presena de um profissional registrado no Crea quando da execuo de qualquer obra ou servio tcnico de Engenharia ou de Agronomia.

    9. A ANOTAO DE RESPONSABILIDADE TCNICA A ART Anotao de Responsabilidade Tcnica um documento que

    identifica e define, para os efeitos legais, os responsveis tcnicos por uma obra ou servio tcnico. Nela, so especificados o contratante da obra ou servio, o local da sua realizao, o prazo para execuo, o tipo de servio ou obra realizada, entre outras informaes.

  • Cartilha do Sndico

    A ART obrigatria, conforme a Lei n 6.496, de 1977, para todo o contrato escrito ou verbal, visando execuo de obras ou prestao de quaisquer servios profissionais nas reas da Engenharia ou Agronomia e tem que ser registrada no Crea. A responsabilidade pelo registro da ART no Crea-DF cabe ao profissional contratado.

    Para os usurios de servios, a ART registrada um documento

    importante, que estabelece, para todos os efeitos legais, os deveres do profissional para com o contratante. tambm o registro do contrato perante o rgo de fiscalizao do exerccio profissional o Crea-DF. Funciona como um certificado de garantia, definindo o responsvel tcnico pelos servios, alm de ser um documento que integra processos ticos e jurdicos quando da no satisfao do consumidor pelos servios prestados.

    O sndico deve exigir, do profissional ou da empresa responsvel pela

    realizao da obra ou servio tcnico, uma cpia da Anotao de Responsabilidade Tcnica ART registrada no Crea-DF.

    10. QUANDO FAZER O REGISTRO DA ART? O momento adequado para efetuar o registro da ART antes de iniciar

    a execuo da obra ou servio tcnico, aps a assinatura do contrato com o profissional ou empresa. Isto porque a finalidade da Anotao de Responsabilidade Tcnica de garantir que a obra e ou servio sejam realizados sob a responsabilidade de um profissional habilitado. O profissional habilitado aquele que est registrado e em dia com as obrigaes perante o Crea.

    11. QUAIS AS VANTAGENS, PARA O CONDOMNIO, EM TER UM

    PROFISSIONAL HABILITADO EXECUTANDO UMA OBRA OU SERVIO? A exigncia de apresentao de Anotao de Responsabilidade

    Tcnica-ART por parte do CONTRANTE impe a profissionalizao das atividades do CONTRATADO. A ART formaliza perante uma autarquia federal (Crea-DF) uma relao contratual que obriga o CONTRATADO a realizar servios com a qualidade necessria, dentro das normas tcnicas e prazo estabelecido.

    Quando a relao comercial acabar em processo judicial,

    especialmente em casos de acidentes, incidentes, sinistros ou falta de qualidade dos servios executados, a apresentao da ART caracteriza claramente que o administrador ou sndico foi prudente na hora de selecionar e contratar o prestador de servios, visto que este se encontrava habilitado pelo Crea. Desta forma, a responsabilidade civil e criminal do CONTRATADO, isentando o administrador ou sndico de responsabilidade tcnica pelos servios executados.

  • Cartilha do Sndico

    12. QUAL A RESPONSABILIDADE DOS PROFISSIONAIS NA EXECUO DOS SERVIOS? Os profissionais da Engenharia e Agronomia, no exerccio de suas

    atividades, esto sujeitos s seguintes responsabilidades:

    RESPONSABILIDADE TICO-PROFISSIONAL RESPONSABILIDADE TCNICA RESPONSABILIDADE CIVIL RESPONSABILIDADE PENAL ou CRIMINAL RESPONSABILIDADE TRABALHISTA

    O que responsabilidade tico-profissional?

    aquela que deriva de imperativos morais, do respeito ao colega

    profissional e ao cliente. Responsabilidade tica significa responder pela liberdade profissional, pelas regalias e direitos que a profisso oferece, antepondo um limite consciente e voluntrio. A liberdade profissional no absoluta e nem ilimitada, mas deve ser gozada dentro do domnio delimitado pela conscincia e pela razo, para que no resulte em abusos, danos ou dolos. Exige dos profissionais um grande senso de responsabilidade e seu comportamento dever se basear no Cdigo de tica Profissional.

    A infrao aos dispositivos do Cdigo de tica Profissional, institudo

    pela Resoluo n 1.002, de 2002, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, resulta nas sanes previstas no art. 72 da Lei n 5.194, de 1966. As sanes podem ser advertncia reservada ou censura pblica, de acordo com a gravidade da falta. Em determinadas situaes, previstas em lei, o profissional poder ter o seu registro cancelado e ficar impedido de exercer a profisso.

    O que responsabilidade tcnica?

    aquele que se estabelece entre profissionalclienteCrea , e diz

    respeito responsabilidade pela correta aplicao das tcnicas e qualidade do servio ou obra executada. A legislao que rege o exerccio dos profissionais fiscalizados pelo Crea dispe sobre os tipos de infraes e as penalidades aplicveis. As penalidades, de acordo com a gravidade da falta, podem resultar em multa, em suspenso temporria do exerccio profissional ou cancelamento definitivo do registro.

    O que responsabilidade civil?

    aquela que impe a quem causa um dano a obrigao de repar-lo.

    Essa reparao deve ser a mais ampla possvel, abrangendo no apenas aquilo que a pessoa lesada perdeu, como tambm o que ela deixou de ganhar. A responsabilidade civil por determinada obra ou servio permanece pelo prazo de cinco anos, a contar da data em que foi entregue podendo, em alguns casos, estender-se por at vinte anos mediante deciso judicial.

  • Cartilha do Sndico

    O que responsabilidade penal ou criminal? Resulta da prtica de uma infrao considerada contraveno ou crime

    e sujeita o causador s penalidades que variam da multa, recluso, deteno, priso simples e a interdio do exerccio da atividade profissional. As infraes penais podem ser DOLOSAS caracterizadas pela inteno do infrator em pratic-las, ou CULPOSAS se decorrentes de um ato de imprudncia, impercia ou negligncia, sem que o causador tenha tido a inteno ou assumido o risco de praticar o delito.

    O que responsabilidade trabalhista?

    Resulta das relaes contratuais ou legais entre o empregador e os

    empregados, abrangendo tambm as obrigaes acidentrias e previdencirias. A Consolidao das Leis do Trabalho CLT, equipara a empregador os profissionais liberais que admitem trabalhadores em obra/servio, originando-se da o vnculo empregatcio e toda a responsabilidade daqueles profissionais no mbito da legislao trabalhista.

    13. O CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E A MISSO DO CREA-

    DF

    Com a promulgao da Lei Federal n 8.078, de 1990, que instituiu o Cdigo de Defesa do Consumidor, consolidou-se, definitivamente, por intermdio de seu art. 50, as protees contratuais e legais, permitindo que os direitos bsicos do consumidor-contratante sejam respeitados. A eficcia da legislao em vigor, Leis Federais ns 5.194, de 1966, 6.496, de 1977, e 8.078, de 1990, inquestionvel. Permite uma perfeita fiscalizao e, conseqentemente, a punio dos maus profissionais e empresas inscritos no Crea, potenciais fornecedores de servios da rea tecnolgica, impossibilitando que prejudiquem a sociedade. Nesse caso, esses profissionais poderiam ser retirados do mercado, sem prejuzo da obrigao de ressarcir ao consumidor pelos danos causados.

    Profissionais e empresas registrados no Crea, na condio de

    fornecedores de servios ou executores de obras de Engenharia ou Agronomia, esto obrigados a oferecer garantias contratuais ou legais ao consumidor. Com o Cdigo de Defesa do Consumidor, tais garantias ganharam importncia relevante e deixar de fornec-las caracteriza infrao, com pena de deteno ou multa (arts. 50 e 74 da Lei Federal n 8.078, de 1990). No que se refere aos servios e obras de Engenharia ou de Agronomia, esta garantia contratual e legal est implcita na ART, que expressa a responsabilidade tcnica do profissional quanto ao servio ou obra descrito no contrato e se constitui em elemento probatrio em processo de conciliao ou ao judicial.

    14. A LEGISLAO REFERENTE ACESSIBILIDADE

    O Decreto n 5.296, de 2004, regulamentou a Lei no 10.048, de 8 de

    novembro de 2000, que d prioridade de atendimento s pessoas que

  • Cartilha do Sndico

    especifica, e a Lei n 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas e critrios para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    Ao regulamentar as citadas leis, o decreto estabeleceu que a

    concepo e a implantao dos projetos arquitetnicos e urbansticos de edificaes de destinao pblica ou coletiva devem atender aos princpios do desenho universal, tendo como referncias bsicas as normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    O Decreto Federal n 5.296, de 2004, alm de estabelecer que a

    construo, a reforma ou a ampliao de edificaes devero ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessveis pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, tambm definiu que as entidades de fiscalizao profissional das atividades de Engenharia e Agronomia, ao anotarem a responsabilidade tcnica dos projetos, exigiro do profissional responsvel tcnico declarao de que o projeto ou a obra atende s regras de acessibilidade previstas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT e na legislao especfica.

    Os sndicos devem estar atentos para que a legislao

    retromencionada seja cumprida, ao contratar a elaborao de projetos ou a execuo de servios ou reformas nas reas comuns do condomnio.

    15. LEGISLAO APLICADA AO EXERCCIO DAS PROFISSES DA ENGENHARIA E DA AGRONOMIA

    Apresentamos, a seguir, os principais textos legais que regulamentam

    o exerccio das diversas profisses abrangidas pelo Sistema Confea/Crea:

    15.a) Exerccio das profisses de Engenharia e Agro nomia

    Lei n 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exerccio das profisses de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrnomo, e d outras providncias.

    Lei n 4.076, de 23 de junho de 1962, que regula o exerccio da profisso de gelogo.

    Lei n 4.643, de 31 de maio de 1965, que determina a incluso da especializao de engenheiro florestal na enumerao do art. 16 do Decreto-Lei n 8.620, de 10 de janeiro de 1946.

    Lei n 5.524, de 5 de novembro de 1968, que dispe sobre o exerccio da profisso de tcnico industrial de nvel mdio.

    Lei n 6.664, de 26 de junho de 1979, que disciplina a profisso de gegrafo.

    Lei n 6.835, de 14 de outubro de 1980, que dispe sobre a profisso de meteorologista.

    Lei n 7.399, de 4 de novembro de 1985, que altera a redao da Lei n 6.664, de 26 de junho de 1979, que disciplina a profisso de gegrafo.

    Decreto-Lei n 8.620, de 10 de janeiro de 1946, que dispe sobre a regulamentao do exerccio das profisses de engenheiro, de arquiteto

  • Cartilha do Sndico

    e de agrimensor, regidas pelo Decreto n 23.569, de 11 de dezembro de 1933.

    Decreto n 23.196, de 12 de outubro de 1933, que regula o exerccio da profisso agronmica.

    Decreto n 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que regula o exerccio das profisses de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor.

    Decreto n 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, que regulamenta a Lei n 5.524, de 5 de novembro de 1968, que dispe sobre o exerccio da profisso de tcnico industrial e tcnico agrcola de nvel mdio ou de 2 grau.

    Decreto n 4.560, de 30 de dezembro de 2002, que altera o Decreto n 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, que regulamenta a Lei n 5.524, de 5 de novembro de 1968.

    15.b) Registro de Empresas

    Lei n. 6.839, de 30 de outubro de 1980, que dispe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exerccio de profisses.

    15.c) Segurana do Trabalho

    Lei n. 7.410, de 27 de novembro de 1985, que dispe sobre a especializao de engenheiros e arquitetos em Engenharia de Segurana do Trabalho, a profisso de tcnico de segurana do trabalho, e d outras providncias.

    Decreto n. 92.530, de 9 de abril de 1986, que regulamenta a Lei n. 7.410, de 27 de novembro de 1985. A Lei n 7.410 dispe sobre a especializao de engenheiros e arquitetos em Engenharia de Segurana do Trabalho, a profisso de tcnico de segurana do trabalho, e d outras providncias.

    15.d) Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART

    Lei n 6.496, de 7 de dezembro de 1977, que institui a Anotao de Responsabilidade Tcnica na prestao de servios de Engenharia e Agronomia.

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    16. LEGISLAO QUE REGULAMENTA A EXECUO DE ALGUNS

    SERVIOS UTILIZADOS PELO CONDOMNIO

    CENTRAL DE GS Deciso Normativa n 032, de 1988, do Confea CONCRETAGEM Deciso Normativa n 020, de 1986, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - Confea CONDICIONADORES DE AR E FRIGORIFICAO Deciso Normativa n 042, de 1992, do Confea ELEVADORES E ESCADAS ROLANTES Deciso Normativa n 036, de 1991, do Confea GERADORES DE VAPOR E VASOS DE PRESSO Deciso Normativa n 045, de 1992, do Confea PRA-RAIOS, SISTEMA DE PROTEO CONTRA DESCARGAS ATMOSFRICAS (SPDA) Deciso Normativa n 070, de 2001, do Confea POOS TUBULARES Deciso Normativa n 059, de 1997, do Confea SUBESTAES DE ENERGIA ELTRICA Deciso Normativa n 057, de 1995, do Confea TV POR ASSINATURA, SERVIOS DE DISTRIBUIO DE SINAIS Deciso Normativa n 065, de 1999, do Confea

    A legislao citada poder ser consultada em www.creadf.org.br (legislao)

    OUTRAS NORMAS DE INTERESSE DO SNDICO

    Lei Federal n 4.591, de 1964, que dispe sobre o condomnio em edificaes e as incorporaes imobilirias (www.planalto.gov.br)

    Lei Federal n 8.078, de 1990, que institui o Cdigo de Defesa do Consumidor (www.planalto.gov.br)

    Lei Federal n 9.099, de 1995, que dispe sobre os Juizados Especiais Cveis e Criminais e d outras providncias (www.planalto.gov.br)

    Lei Federal n 10.259, de 2001, que dispe sobre a instituio dos Juizados Especiais Cveis e Criminais no mbito da Justia Federal (www.planalto.gov.br)

    Lei Federal no 10.098, de19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das

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    pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias (www.planalto.gov.br)

    Lei Federal n 10.406, de 2002, que institui o Cdigo Civil, principalmente os arts. 610 a 626 (www.planalto.gov.br)

    Decreto Federal n 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que d prioridade de atendimento s pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias (www.planalto.gov.br)

    Lei Distrital n 2.105, de 8 de outubro de 1998, que dispe sobre o Cdigo de Edificaes do Distrito Federal

    Decreto Distrital n 19.915, de 17 de dezembro de 1998, que regulamenta a Lei n 2.105 de 8 de outubro de 1998 que dispe sobre o Cdigo de Edificaes do Distrito Federal

    Norma Tcnica n 5.674, de 1999, da ABNT, que regulamenta a manuteno de edifcios (www.abnt.org.br)

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    Anexo 1 EXEMPLOS DE SERVIOS/OBRAS DE ENGENHARIA E OU DE AGRONOMIA EXECUTADOS NO MBITO DOS CONDOMNIOS

    Os servios ou obras compreendem a instalao, manuteno, execuo, elaborao de projeto, vistorias, percias etc. 1. alarme eletrnico; 2. antena coletiva; 3. aquecedor solar; 4. bombas dgua; 5. caldeiras/geradora de gua quente; 6. casa de fora; 7. central de gs e rede de distribuio para as unidades consumidoras; 8. central telefnica; 9. circuito interno de TV; 10. climatizao (central de ar condicionado); 11. desinsetizao/desratizao; 12. extintores de incndio; 13. grupos geradores; 14. impermeabilizao; 15. instalao e manuteno de elevadores; 16. instalaes hidrulicas e sanitrias; 17. lgica (computadores); 18. paisagismo/jardinagem/sistema de irrigao; 19. pavimentao; 20. poos tubulares: perfurao, anlise fsica, qumica e bacteriolgica da

    gua, limpeza de caixa dgua, reservatrios e cisternas etc.; 21. porto eletrnico; 22. portas automticas corta-fogo; 23. porteiros eletrnicos (interfone); 24. preveno contra incndio (sistemas mecnico e automtico); 25. recuperao de fachadas, construes diversas; 26. reforma do edifcio ou de unidades residenciais; 27. servios e reformas em prdios e unidades residenciais; 28. sistema de proteo contra descargas atmosfricas (pra-raios); 29. sistema eltrico; 30. sistema no-break. Antes de iniciar a execuo dos servios, o sndico deve verificar se a empresa ou profissional, prestador de servios/executor de obra, est habilitado. A habilitao est relacionada existncia de registro regular do profissional ou empresa no Crea-DF.

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    Anexo 2 GLOSSRIO DE TERMOS TCNICOS

    ACESSIBILIDADE: possibilidade e condio de alcance para utilizao, com segurana e autonomia, dos espaos, mobilirios e equipamentos urbanos, das edificaes, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicao, por pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida. Na promoo da acessibilidade, sero observadas as regras gerais previstas no Decreto Federal n 5.296, de 2004, que regulamentou a Lei n 10.098, de 2000, complementadas pelas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT e pelas disposies contidas na legislao dos Estados, Municpios e do Distrito Federal; AGENTE DE FISCALIZAO: empregado pblico designado pelo Crea para verificar o cumprimento da legislao profissional, expedindo notificao e ou lavrando autos de infrao pelo seu descumprimento. ACABAMENTO: ltima aplicao de material. Qualquer servio efetuado que busca dar o fecho na obra. ALICERCE: base da construo. Estrutura de apoio obra, que permite sua sustentao e apoio no terreno. ALVAR DE CONSTRUO: documento emitido pelos rgos da administrao municipal ou distrital, com prazo e local determinado para a execuo de obra. ALVENARIA: diz-se do material que utilizado para levantar paredes. Em geral de tijolos ou blocos de concreto. Forma paredes, muros, divide e configura espaos. ARGAMASSA: areia, cal, cimento, gesso, acrescidos de gua, que serve para unir tijos, cobrir paredes, ajustar prumos e desnveis. ARQUITETURA: ato de projetar e construir espaos. Composio de tcnicas e especificaes destinadas a executar obras para qualquer finalidade, tendo em vista o conforto humano e o sentimento plstico (esttico) de uma poca, em conformidade com a realidade social. ARQUITETURA DE INTERIORES: reordenao do espao interno de ambientes, visando otimizao e adequao a novos usos, implicando em alteraes como: modificaes na diviso interna, com adio ou retirada de paredes; modificao na estrutura; substituio ou colocao de materiais de acabamentos em pisos, forros e paredes, colocao de mobilirio fixo em alvenaria ou outro material; colocao de mobilirio de grandes dimenses, como prticos e totens, mesmo que temporria; colocao repetitiva de mobilirio padro. ART: Anotao de Responsabilidade Tcnica. CLIMATIZAO: ambiente com temperatura controlada artificialmente. CDIGO DE OBRAS: conjunto de leis, ordenamento legal que controla o uso do solo das cidades e define como devem ser construdas as edificaes. CONCRETO: material composto de cimento, areia, brita e gua destinado a construir peas estruturais. Pode ser aparente ou revestido. Quando utilizado como pea estrutural h que se utilizar armao de ao para fazer frente aos esforos estruturais. DECORAO DE INTERIORES: arranjo de espao interno, criado pela disposio de mobilirio no fixo, obras de arte, cortinas e outros objetos de pequenas dimenses, sem alterao do espao arquitetnico original, sem modificao nas instalaes hidrulicas, eltricas ou de ar-condicionado, no importando, portanto, em modificaes na estrutura, adio ou retirada de parede, forro, piso, e que tambm no implique modificao da parte externa da edificao.

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    ELETRICISTA: profissional que, sob a superviso de um engenheiro eletricista ou tcnico e nvel mdio, faz a instalao eltrica, segundo determinado projeto. ESQUADRIA: portas, janelas, venezianas, alapo, portinholas, portes etc. EXECUO DE DESENHO TCNICO: atividade que implica a representao grfica por meio de linhas, pontos e manchas, com objetivo tcnico. EXECUO DE INSTALAO DE ENERGIA ELTRICA: atividade tcnica que envolve montagem de equipamentos e acessrios, obedecendo ao determinado em projeto, alm da execuo de ensaios predeterminados, para a garantia do funcionamento satisfatrio da instalao eltrica executada, em rigorosa obedincia s normas tcnicas vigentes. EXECUO DE PROJETO: atividade de materializao, na obra ou no servio, daquilo previsto em projeto. FISCALIZAO: atividade que envolve a inspeo e o controle tcnicos sistemticos de obra ou servio, com a finalidade de examinar ou verificar se sua execuo obedece ao projeto e s especificaes e prazos estabelecidos. IMPERMEABILIZAO: projeto e execuo de conteno de infiltrao de lquidos na edificao. INSTALAO: atividade de dispor ou conectar convenientemente conjunto de dispositivos necessrios a determinada obra ou servio, em conformidade com instrues estabelecidas. INSTALAO ELTRICA: diz-se da planta ou do projeto eltrico. Sistema de captao, transformao e distribuio de energia no edifcio. INSTALAO HIDRULICA: refere-se execuo, em obra, do projeto hidrulico, segundo normas tcnicas e equipamentos e materiais especificados, com utilizao de mo-de-obra especializada e amparada por profissional legalmente habilitado. INSTALAO DE SISTEMAS DE PROTEO CONTRA DESCARGAS ATMOSFRICAS (PRA-RAIOS): atividade tcnica que envolve a montagem de equipamentos e acessrios no local a ser protegido, obedecendo ao projeto, alm da execuo de ensaios e testes para garantir a confiabilidade da instalao executada, em rigorosa obedincia s normas especficas da ABNT. JARDIM: terreno onde se cultivam plantas com finalidade de recreio ou estudo. Constitui complemento importante de composio da paisagem. LAJE: estrutura plana e horizontal, que divide os pavimentos da construo. MANTA ASFLTICA: revestimento em material betuminoso utilizado para impermeabilizar lajes, calhas, drenos, condutores, coberturas etc. MANUTENO: atividade que implica manter aparelhos, mquinas, equipamentos e instalaes em bom estado de conservao e operao. MANUTENO DE SISTEMAS DE PROTEO CONTRA DESCARGAS ATMOSFRICAS (PRA-RAIOS): atividade que envolve a inspeo das partes constituintes, da instalao do captor ao eletrodo da terra, testes das conexes e demais elementos de fixao, bem como da preveno das caractersticas originais do projeto. MONTAGEM: operao que consiste na reunio de componentes, peas, partes ou produtos, que resulte em dispositivo, produto final ou unidade autnoma que venha a tornar-se operacional.

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    OBRA: resultado da execuo ou operacionalizao de projeto ou planejamento visando consecuo de uma construo, demolio, reforma, ampliao de edificao ou qualquer outra benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo. OBRA CLANDESTINA: obra realizada sem a permisso da autoridade competente (ex.: obra em loteamento irregular; obra sem alvar de construo etc.). OPERADORA DE TELECOMUNICAES: empresa detentora de concesso, permisso e ou autorizao do poder pblico para explorar servios de telecomunicaes. ORIENTAO TCNICA: atividade de proceder ao acompanhamento do desenvolvimento de uma obra ou servio, segundo normas especficas, visando o cumprimento do respectivo projeto ou planejamento. PAISAGISTA: profissional que planeja e compe paisagens decorativas de jardins. Denominao daquele que se dedica ao paisagismo. PAISAGISMO: arte e tcnica de projetar os espaos abertos; estudo dos processos de preparao e realizao da paisagem como complemento da edificao; melhoria do ambiente fsico por intermdio da utilizao de princpios estticos e cientficos. PARQUE: termo que designa grande jardim arborizado, particular ou pblico, que prima pela extenso. PERCIA: atividade que envolve a apurao das causas que motivam ou motivaram determinado evento ou da reivindicao de direitos na qual o profissional, por conta prpria ou a servio de terceiros, efetua trabalho tcnico visando emisso de parecer ou laudo tcnico, compreendendo: levantamento de dados, realizao de anlise ou avaliao de estudos, propostas, projetos, servios, obras ou produtos desenvolvidos ou executados por outrem. PROJETO: representao grfica ou escrita necessria materializao de uma obra ou instalao, realizada por meio de princpios tcnicos e cientficos, visando consecuo de um objeto ou meta, adequando-se aos recursos disponveis e s alternativas que conduzem viabilidade da deciso. PROJETO BSICO: conjunto de elementos que define a obra, o servio ou o complexo de obras e servios que compem o empreendimento, de tal modo que suas caractersticas bsicas e desempenho almejado estejam perfeitamente definidos, possibilitando a estimativa de seu custo e prazo de execuo. PROJETO E EXECUO: envolve o planejamento e a execuo do empreendimento. PROJETO DE INSTALAO DE ENERGIA ELTRICA: atividade tcnica que envolve a determinao do arranjo eltrico, desenhos esquemticos de controle eltrico, seleo e especificao de equipamentos e materiais, clculos de parmetros eltricos, executada em rigorosa obedincia s normas tcnicas vigentes. PROJETO DE SISTEMAS DE PROTEO CONTRA DESCARGAS AT MOSFRICAS (PRA-RAIOS): atividade que envolve o levantamento das condies locais, do solo, da estrutura a ser protegida e demais elementos sujeitos a sofrer os efeitos diretos e indiretos de uma eventual descarga atmosfrica, os clculos de parmetros eltricos para sua execuo, em especial para o aterramento e as ligaes equipotenciais necessrias, desenhos e plantas da instalao, seleo e especificao de equipamentos e materiais, tudo isto em rigorosa obedincia s normas especficas vigentes. REFORMA: ato ou efeito de reformar. Neste caso, dada nova roupagem a um edifcio ou objeto, sem nenhum compromisso com a forma ou uso original, no se considerando valores estticos, histricos ou culturais, inexistindo, portanto, qualquer relao com a tcnica, formas ou materiais usados na obra original.

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    REPARO: atividade que implica recuperar ou consertar obra, equipamento ou instalao avariada, mantendo suas caractersticas originais. RESTAURAO: conjunto de intervenes tcnicas e cientficas, de carter intensivo, que visam recuperar as caractersticas originais de uma obra. RESPONSVEL TCNICO DA EMPRESA: profissional habilitado, responsvel tcnico pela execuo de obras e servios de pessoa jurdica. TRABALHO TCNICO: desempenho de atividades tcnicas coordenadas, de carter fsico ou intelectual, necessrias realizao de qualquer servio, obra, tarefa ou empreendimento especializados.

    Execuo de obras ou servios de Engenharia ou de Agronomia sem a participao de profissional habilitado resulta em prejuzo para os condminos.

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    Anexo 3 EXECUO DE OBRAS NAS UNIDADES RESIDENCIAIS DO CONDOMNIO: sugesto de modelo de correspondncia a ser encaminhada aos condminos Senhor condmino Unidade n 101 Bloco N SQN 415

    Braslia, 2 de janeiro de 2014.

    Prezado Senhor (a),

    Recomendamos aos condminos que esto executando qualquer obra

    ou servio de Engenharia ou de Agronomia, que verifiquem junto ao contratado (profissional ou empresa) se a ANOTAO DE RESPONSABILIDADE TCNICA - ART foi registrada no Crea-DF.

    A Anotao de Responsabilidade TcnicaART um resumo do

    contrato firmado entre o profissional e seu cliente para a execuo de uma obra ou prestao de um servio. Nele, fica estabelecido o que o profissional se props a executar e define a responsabilidade tcnica pela obra ou servio de Engenharia ou de Agronomia. A responsabilidade pela emisso da ART do profissional ou empresa contratada.

    Se a ART no estiver disponvel no local da obra para fins de

    fiscalizao do Crea-DF, o condmino responder por exerccio ilegal da profisso e ser notificado para, em 10 dias, regularizar a situao. Caso a regularizao no ocorra nesse perodo ser lavrado um auto de infrao, com aplicao de multa ao proprietrio da unidade residencial.

    importante salientar que, alm da multa aplicada, as pessoas no

    habilitadas que exercerem profisso nas reas de Engenharia ou de Agronomia esto sujeitas s penalidades previstas na Lei de Contravenes Penais (Decreto-Lei n 3.688, de 1941, art. 47).

    Atenciosamente,

    SNDICO

    NO CORRA RISCOS Contrate um profissional habilitado para projetar e executar sua obra ou servio de

    ENGENHARIA ou de AGRONOMIA. O Crea-DF possui uma relao de empresas e de profissionais disponvel para consulta (www.creadf.org.br/sociedade)

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    Trabalho elaborado sob inspirao do Manual do Sndico 2008 , editado pelo Crea-AL, e da publicao O Edifcio Idias e Conceitos Para Uma Linguagem Comum, de autoria do Arquiteto Osvaldo Pontalti ([email protected]). Informaes para elaborar este manual foram obtidas, tambm, no trabalho do Eng. Civil Jorge Henrique Pezente (www.escolher-e-construir.eng.br). A assessoria do Eng. Francisco Machado da Silva e diversas publicaes encontradas na Internet tambm serviram de referncia para a elaborao deste trabalho. Pesquisa, compilao e redao executadas pelo Eng. Agr. Joo Batista Lustosa de Carvalho, Crea-DF n 3.675/D-DF, chefe do Departamento de Fiscalizao do Crea-DF. Braslia, DF, novembro de 2012.

    CREA-DF: parceiro do sndico na busca da qualidade na prestao de servios/execuo de obras.

    CREA-DF Presidncia: (61) 3961-2802 Gabinete: (61) 3961-2820 Assessoria de Comunicao: (61) 3961-2836 Assessoria Jurdica: (61) 3961-2812 Departamento Tcnico: (61) 3961-2833 Departamento de Documentao e Atendimento: (61) 3961-2841 Departamento de Fiscalizao : (61) 3961-2839 Fone central (61) 3961-2800; fax (61) 3321-1581; Endereo: SGAS QD 901, CONJUNTO D, CEP 70.390-010 BRASLIA/DF

    www.creadf.org.br