09-qualidade da boa radiografia

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1 1 Qualidade da Boa Radiografia Por Gilson Amorim 9 2 Avaliação de uma radiografia de boa qualidade O técnico/tecnólogo deve saber avaliar as seguintes características das imagens: Transparência Densidade Contraste Morfologia Detalhe Velamento 3 Transparência Quando são convenientemente penetradas pela ação da kV 4 Densidade Todas as partes da radiografia devem apresentar um apreciável depósito de prata O excesso ou a falta de enegrecimento prejudicam a leitura da radiografia 5 Contraste Diferença de enegrecimento entre uma imagem e outra, possibilitando a visualização de ambas Exemplo: um gato preto de olhos fechados que não pode ser visto no escuro 6 Contrastes – Questões que devem ser consideradas Significados da palavra contraste Escalas de contrastes Contraste ótimo Latitude de exposição Influência do EFE Influência da radiação policromática

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Page 1: 09-Qualidade Da Boa Radiografia

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Qualidade da Boa Radiografia

Por Gilson Amorim

9

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Avaliação de uma radiografia de boa qualidade

� O técnico/tecnólogo deve saber avaliar as seguintes características das imagens:� Transparência� Densidade� Contraste� Morfologia� Detalhe� Velamento

3

Transparência

� Quando são convenientemente penetradas pela ação da kV

4

Densidade

� Todas as partes da radiografia devem apresentar um apreciável depósito de prata

� O excesso ou a falta de enegrecimento prejudicam a leitura da radiografia

5

Contraste

� Diferença de enegrecimento entre uma imagem e outra, possibilitando a visualização de ambas

� Exemplo: um gato preto de olhos fechados que não pode ser visto no escuro

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Contrastes – Questões que devem ser consideradas

� Significados da palavra contraste� Escalas de contrastes� Contraste ótimo� Latitude de exposição� Influência do EFE� Influência da radiação policromática

Page 2: 09-Qualidade Da Boa Radiografia

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Significados da palavra contraste

� Meios de contraste� Diferença de tons de cinza da imagem radiográfica

� Espectro de atenuações dos tecidos� Diferenças

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Escala de Contraste

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Radiografia do ombro

� Com escala curta de contrastes (50 kV e 60 mAs) demonstrando ossos “brilhantes”; as partes moles se apresentam escurecidas, impedindo seu estudo

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Radiografia do ombro

� Com escala longa de contrastes (75 kV e 10 mAs) foi estabelecido um “contraste ótimo”, que permite o estudo completo do filme

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Radiografia do ombro

� A- 50kV e 60 mAs, ossos brilhando e partes moles escurecidas

� B- 75 kV e 10 mAs, contraste ótimo, ossos sem brilho, visualiza da pele, linha das gorduras e massas musculares

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Contraste Ótimo

� As boa radiografias devem aspecto acinzentado regular

� Harmônico� Número equilibrado de tons de cinza� Distingue bem todas as imagens� Ampliar o campo de observação� Possibilitar identificar alterações patológicas importantes

Page 3: 09-Qualidade Da Boa Radiografia

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Contraste Ótimo

� Encontrar alterações fora do campo de interesse imediato do exames, achados radiográficos

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Contraste Parcial

� É quando se deseja estacar uma região, que tenha maior interesse diagnóstico

� Emprega-se kV elevada e mAs baixo para se obter escala curta de contraste utilizando meios de contraste

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Dupla Escala – Suspensão de Bário

� Radiografia prévia do abdômen

� 75 kV para obter escala curta de contraste – estudo partes moles

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Dupla Escala – Suspensão de Bário

� Radiografia simples do abdômen, mesmo paciente

� 110 kV escala longa de contraste, formar o “plano de fundo”

� Imagens de baixo contraste não vão prejudicar a visualização do MC

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Dupla Escala – Suspensão de Bário – A e B

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Dupla Escala – Suspensão de Bário

� Radiografia do delgado com MC

� Mesma técnica usada em B

� Escala curta entre o sulfato de bário e o “plano de fundo”

� Escala longa entre as estruturas do plano de fundo

� As partes ósseas não prejudicam a observação

Page 4: 09-Qualidade Da Boa Radiografia

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Dupla Escala – Suspensão de Bário – B e C

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Latitude de Exposição - longa

� Suponhamos uma radiografia de escala longa de contraste

� Neste caso, pequenas alterações (erros) no mAs não afetam tanto a densidade

� A radiografia ainda tem valor diagnóstico

� Esse caso possui uma grande latitude de exposição

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Latitude de Exposição - curta

� Inversamente, suponhamos uma escala curta de contraste

� Pequenos acréscimos ou redução do mAs ou kV

� Levaram a grandes mudanças nas densidades, podendo prejudicar a radiografia

� Neste caso, a latitude de exposição é curta

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Morfologia

� Boas Radiologias � Fidelidade Morfológica

� A semelhança com os objetos observado devem ser o máximo possível

� Reduzir as ampliações e distorções ao mínimo

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Detalhe

� Importantíssimo para a leitura de uma boa radiografia

� Estruturas finas e contornos devem estar visíveis

� Exemplo: micro-calcificações em exames momográficos

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Velamento

� É sempre prejudicial� Todas as causas devem ser pesquisadas e eliminadas

� Suas causas podem estar nas diversas fases da radiografia. Ex.: RS durante a exposição, revelador/fixadordeteriorados etc.

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Comentários sobre a qualidade da radiografia

� Ao perceber que uma radiografia não lhe parece boa, os aspectos vistos anteriormente deve ser investigados separadamente

� Nem sempre é necessário repetir um exame� O radiologista ou o médico solicitante devem

decidir sobre uma nova exposição, em caso de dúvida sobre o valor da imagem

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Comentários sobre a qualidade da radiografia

� A radiografia de qualidade é aquela que permite ao médico colher informações na maior área possível da radiografia, afim de se ter um diagnóstico seguro.

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Orientação em algumas técnicas – Abdômen simples, frente e decúbito

� Maiores espessuras� Longos espectros de atenuação� Baixa kV � Elevada mAs� Encurtando a escala de contrastes� Aumenta a kV até tornar os ossos transparentes

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Abdômen com contraste ótimo – Feminino(A) Masculino(B)

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Tórax - frente� Espectro muito curto de atenuação� Alongar a escala de contrastes� mAs baixa� kV suficientemente elevada� Imagem cardíaca semitransparente� Mostrar as regiões póstero-internas dos

campos pulmonares� Penetrar nas mamas mais densas� Conservar contraste nas estruturas do

parênquimas pulmonares

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Tórax - frente

� Ossos das constelas transparentes� Partes moles visíveis� Contraste e nitidez: vasos pulmonares, paredes brônquicas espessas, micro-calcificações e micro-nódulos

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Contraste ótimo em radiologia de tórax

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Joelho- Perfil� Acentuadas diferenças de espessura� O espectro de atenuações será mais curto� Nos joelhos “magros” as há maior dificuldade

em demonstrar com clareza todas as parte em um único filme

� Neste caso, as diferenças de atenuação são muito centuadas

� Solução: radiografar separadamente a patela e suas partes moles com escala longa de contraste

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Crânio - Perfil

� Ossos com espessuras diferentes� Espectros de atenuações bastante curtos

� Quase todos os ossos podem ser visualizados em um filme

� kV elevada para se obter a escala longa de contrastes

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Coluna Dorsal -Frente

� Não é suficiente a escala longa de contraste

� Uniformizar a grande diferença de atenuações

� Entre supra-aórtica e infra-aórtica, ébastante a atenuante

� Solução: aproveitar o efeito anódico, com DFF de 100 cm no máximo