04 jeff smiley embocadura balanceada versão em português

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    THEBALANCEDE M B O U C H U R E

    A DYNAMIC DEVELOPMENT SYSTEM Ti 1ATS EASY TO LEARN AND WORKS FOR EVERY TRUMPET PLAYER

    byJeff Smiley

    www.trumpct1cadicT.nct

  • No importando a sua idade ou o n de anos que voc toca

    No importando quanto fraca sua embocadura atual

    No importando sua formao labial

    No importando quo confuso voc est

    No importando o que j disseram para voc

  • 1 - Panorama geral

    Introduo

    Alguns anos atrs eu estava ensinando para aproximadamente 40 crianas por semana. Meus alunos tocavam muito bem em competies, sendo que a cada quatro, trs deles j tocam um DO super agudo (notas reais, no rudos).

    Eu era considerado um professor de sucesso - especialmente em ajudar alunos a desenvolver o registro agudo - mas um estranho sentimento continuava me incomodando. Por anos eu tinha aplicado as mais modernas tcnicas de construo de embocadura de professores como JEROME CALLET, LOUIS MAGGIO e EARL IRONS, mas eu no podia ajudar todos. Algumas crianas ainda se esforavam para tocar notas acima do pentagrama. Alguma coisa estava faltando.

    claro, para a maioria dos professores de trompete e regentes de banda, a idia de que voc pode ajudar todo mundo a se desenvolver em um poderoso instrumentista um idealismo tolo. inversamente proporcional realidade diria de uma banda; que no tem mudado nada ao longo dos anos: Apenas poucos alunos podero tocar bem (chamados de naturais). De frente a esta realidade, instrumentistas e professores racionalizam falando que existem diferentes tipos de lbio, coroos diferentes etc. .E-_q.ue algumas-pessoas no foram feitas" para .tocar notas agudas.,.que est ok. porque algum tem que tocar as 2 e 3o vozes !!!!! Fim da histria.

    Eu nunca discordei que as 2o e 3o vozes fossem importantes. Harmonia geralmente mais divertido do que tocar a 1o voz. Mas, ser forado a tocar estas partes (2oe 3o) por no ter bico desastroso para mim e psicologicamente doloroso para umestudante. A realidade escondida , voc sendo um amador ou profissional, nenhumaracionalizao pode apagar o estigma de ser una instrumentista apenas de 2 voz.. _

    Contudo os fatos mudam. Como PicaQ.^iz em Star Trek, Tudo impossvel at que no seja

    Minha viso agora e que como seres htfmaqos. todos nsJemos as condies fsicas_necessrias_para toca^no repistco aoudo^lb ios so mais~9&feres do gue dissimilares e diferenas fsicas so meags importantes *do guie-supostamente era previsto. O que foi esquecido tanto tempo - e ^c^pal motivo pel-ebVia falta de su^so at agora - de como fazer os lbios trabalharem QQfr.fetamente. ' *-

    - v,Depois de trabalhar Qom centenas de trompetistas ao passar dos nos, tem

    se tomado .claro que para tocar b*riyos lbios devem s^anover livremen^^ntro no bocal. Este movimento livre completo e no pode ser descnt^xorno dedos apertando s pistos. ma coordenao inconscTeote: uma combinaaffIce*vforas oposts^e relaxamenb^nso e lbios Para-Dentro ft&U-in) e Para-Fora (rol-htl concentrados em uma rea murta pequena, que acontece espo^aneamente quando um trompetista adquire o ponto de ba la fico em sua embocadura. Par alguns, este eficiente estcj de balano acontece sem raz*o. Estes so os sortudos, porque a maioria dos trompetistas nunca acharo. *

  • O propsito deste livro descrever em um modo prtico a influncia dos lbios por exerccios que exageram o movimento dos mesmos, adquirindo, de forma espontnea e indireta o desejado ponto de balano.

    Balano significa tocar fcil, por mais tempo, com pegada, com um som melhor e uma afinao mais apurada.

    E, claro, aumento de extenso.

    Confuso profissional

    Notas agudas e embocadura balanceada no so nada novo! No comeo de 1900, cometistas como BOHUMIR KRYL e W1NFRED KEMP regularmente tocavam solos que vinham do DO super agudo at as notas pedais. KRYL, aproveitando, como a maioria dos grandes trompetistas da histria, no tinha nenhuma idia de como eles faziam isso. Diferentemente dos outros, ele era o nico que admitia isto publicamente.

    Grandes instrumentistas continuam indo e vindo. E ainda, depois de dcadas os observando e perguntando a eles sobre questes detalhadas, nada mudou. Estudantes de trompete e professores ainda se esforam para achar o segredo dos grandes trompetistas. Essa viagem sem-fim" para encontrar o segredo produziu uma srie de teorias superficiais sobre o desenvolvimento de uma embocadura. Que nada tem a ver com a mecnica de se tocar trompete.

    Desde oue o movimento dos lbios uma coordenao complexa e inconsciente e muito resistente anlise, (minhas palavras,no a deles) muitos bem intencionados professores, procurando pelo segredo acabam confundindo a causa pelo efeito. Em outras palavras, eles observam o produto natural de uma execuo balanceada (por exemplo: pouca presso do bocal contra os lbios) e criam um mtodo baseado nesse produto (nesse caso: Tocar sem presso). Ou ainda, eles ouvem os grandes trompetistas dizendo quanto ar eles usam enquanto tocam e decidem que respirao o segredo, e prosseguem indicando exerccios exticos de respirao.

    Estes so os exemplos clssicos de como colocar o carro na frente dos bois", que posteriormente cria muita confuso e ainda mais modos ineficientes de tocar.

    * queixo liso/chapado fthe flat chin)Mas ainda mais confuso so os mistrios do queixo liso". a embocadura

    mais utilizada atualmente. E a causa de todas as frustraes.

    Aqui eu quero dar uma pausa e agradecer JEROME CALLET por apontar algum dos problemas usando o queixo liso. JERRY um verdadeiro pioneiro, suas descobertas tm mudado O mundo dos trompetistas.

    Olhe em um espelho enquanto faz abelhinha (buzzing) no bocal. Muitos de vocs observaro que seu queixo fica chapado/liso e pontiagudo. Pare de fazer

  • abelhinha e foque seu olhar no ponto central entre o seu lbio inferior e a ponta do seu queixo. Comece a abelhinha novamente. Perceba como seus msculos vo para baixo, longe do bocal!!.

    Agora, pare e pense por um minuto. Tocar trompete envolve uma certa quantidade de presso do bocal nos lbios e um fechamento dos lbios para tocar mais agudo. Uma questo lgica : O que ajudaria voc a tocar mais agudo e com mais confiana - jnsculos direcionando-se para o bocal ou msculos direcionando-se para fora do bocal?? Se voc respondeu, para fora, suas idias mudaro quando voc acabar de ler o prximo capitulo - Mecnicas.

    *

    E ainda, alguns instrumentistas tocam muito bem com o queixo liso. O grande Philip Farkas, 1o trompista da Sinfnica de Chicago (um grande instrumentista e um grande ser humano), escreveu um livro sobre o queixo liso depois de perceber que todos os seus colegas de naipe tocavam com o queixo liso (flat chin). A questo : Se bons instrumentistas utilizam, como pode ser ruim?? A questo que o queixo liso no mau, apenas ineficiente. to ineficiente que apenas uma pequena percentagem dos instrumentistas so capazes de tocar dessa forma

    1 Trompete - Joozinho

    A realidade est a e aberta para todos virem, em toda a experincia diria do professor de trompete. Ensinar utilizando o queixo liso tem sido um jogo de nmero (nunca se sabe puem vai vencer). Dado um naipe fictcio de 10 trompetistas (utilizando o queixo liso), apenas 1 - o Joozinho, 1o trompete - ser o melhor. Os prximos 2 ou 3 alunos estaro na mdia das mdias e o resto, sero frustrados. Para a maioria dos professores, este desperdcio de material humano considerado normal e perpetuado em todos os nveis, passando de professores para estudantes, gerao aps gerao.

    O que faz esse terrvel ciclo prosseguir??? Professores falham ao considerar a idia de gue apenas 10 por cento podem fazer o gueixo liso funcionar. Quando estudantes do meio do naipe comeam a perceber a falta de progresso, os professores sempre apontam para a 1a estante e dizem: Funcionou para o Joozinho. Vocs no devem estar tentando o suficiente!

    Se pressionados posteriormente, os professores comeam a apontar Nem todos so criados da mesma forma, ou usam a famosa frase Talvez voc no tenha os lbios adequados. J pensou em tocar bombardino?.

    Humilhao parte, o que tudo isto nos leva a considerar que o queixo liso ineficiente. Um trompetista pode tocar com uma embocadura ineficiente? claro que sim!!! Obviamente, existem tantos tipos de embocadura e algumas funcionam melhor do que outras. Mas, a maioria, incluindo profissionais - grande parte deles, utiliza queixo liso e so ex-Joozinhos 1o trompete - nunca encontraram o ponto de balano mais eficiente. Eles encontraram um que deram a eles sucesso (limitado) e infelizmente, estaro presos a isso para sempre. Em concerto eles provavelmente soaro bem, mas a Platia no sabe sobre todos os sofrimentos com notas agudas, falta de confiabilidade no bico e nas infinitas horas de prtica requeridas para que tudo isso no seja desperdiado.

  • Um modelo diferente

    Muitos de meus estudantes so 1o trompete em Dallas, Texas. Como todos os jovens estudantes, eles ocasionalmente sofrem com ritmos, articulao e interpretao.

    Mas eles no tm problemas com extenso. E, em raras excees, eles no utilizam a tcnica queixo liso.

    ma histria final. Alguns anos atrs, um de meus alunos foi convidado a tocar na Banda Nacional em uma toume europia. Ele aceitou, mas chegou atrasado para o 1o ensaio e perdeu a audio para definio de naipe e sentou na ltima cadeira No outro dia, ele foi colocado no 1o trompete e no saiu de l at o fim da toume. Ele ficou maravilhado de como foi interessante notar que todos usavam o queixo liso.

    Todos, menos ele.

    Um sistema que proporciona um movimento total dos lbios no apenas funciona melhor, funciona melhor para todos. Para entender exatamente o que significa, voc precisa primeiro explorar a mecnica bsica da embocadura no trompete, explicada no prximo capitulo.

    2 - M ecnicas

    Uma embocadura extremamente complexa. Alguns msculos esto relaxados, outros tensos. Lbios se contorcem para dentro e para fora como foras contra o poder do vento (ar). Um pequeno pedao de carne/pele (a parte de nossos lbios que vibra ao tocar o instrumento) vibra em todas as freqncias - altas e baixas. Mexendo-se como uma serpente, a lngua se contorce em formas complexas e ainda consegue alcanar uma incrvel preciso!

    Toda esta coordenao (controlada naturalmente por nossa mente: inconsciente) totalmente focada em uma rea de 1,27 centmetros de dimetro (meia polegada). Tente dirigir um caminho com um volante de 15,24 centmetros (seis polegadas) e voc comear a entender a coordenao inconsciente e o jeito necessrio para tocar o trompete.

    Para pessoas baseadas na frase: A nica funo dos lbios vibrar, a descrio abaixo soar nova e diferente. Algumas vezes sentimos que algumas partes de nossa embocadura enlouqueceram! Ento, podemos deduzir que uma grande variedade de movimentos dos lbios - geralmente do tipo que a gente no precisa - obviamente acontece inconscientemente.

    Se a embocadura to complexa, como possvel control-la??Uma resposta rpida : os lbios sabem se controlar se voc estabelecer

    uma posio inicial correta dos mesmos. Em outras palavras, quando voc posiciona os seus lbios mais ou menos na condio correta a totalidade de sua embocadura comea a

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  • trabalhar da melhor forma. O corpo tende a coordenar todo o esforo por voc, processo descrito adiante no capitulo Exerccios.

    Mas antes de ir para l, ajudar saber como funciona uma embocadura - como lbios, lngua e o vento (ar) trabalham independentemente para formar uma complexa coordenao conhecida como tocar trompete

    Os Lbios quando formam uma embocadura eficiente, so requisitados a se mover mais e mais complexamente do que entendido.

    Lbios

    /)% e h algo como o segredo", podemos dizer que o modo de como os lbios se movem no bocal. Lbios fazem muito mais do que apenas vibrar. Eles so a 1o vlvula que controla a presso do vento (ar) de todo o sistema. Quando os lbios esto enrolados Para-Dentro (roll-in) e resistem ao vento; a compresso do ar aumenta e as notas so mais agudas. Quando os lbios esto Para-Fora (roll-out) o oposto acontece. Esse um princpio universal e fundamental para que o trompete funcione corretamente.

    Superficialmente, tudo parece ridiculamente simples, mas experincias pessoais mostram o contrrio. Voc se esfora muito para melhorar, mas os lbios parecem que esto paralisados, incapazes de se mover dentro do bocal. Ento, voc conclui que o problema pode estar em outro lugar - o bocal no o ideal, ou o trompete est muito alm de suas capacidades fsicas. ERRADO. Os lbios precisam se mover! Voc simplesmente no sabe como faz-los se mover suficientemente na direo certa.

    "^i^/ejam, os lbios so incrivelmente fracos exatamente no lugar onde eles precisam ser fortes: no centro. Para entender isto, estenda o seu dedo indicador e coloque-o na frente de seu dente frontal superior. Morda o seu dedo (com os seus lbios) o mais forte que voc puder. Enquanto est mordendo, remova o seu dedo e perceba a resistncia que oferecida aos lbios.

    O que te oferece maior resistncia? Claramente os dedos so anos- luz mais fortes do que os lbios. Os msculos dos lbios so fracos! E ainda; nossa resistncia, como trompetistas, vem da coordenao da fora dos lbios. Se eles so to fracos, por que precisamos nos esforar tanto?

    ^rProblemas comeam a acontecer quando tocamos a primeira nota no trompete. /ubmo os lbios so fracos no centro, instintivamente foramos para trs e tencionamos os cantos da boca - onde os msculos so maiores (mais fortes). Tencionar os cantos da boca cria a embocadura do tipo queixo liso (flat chin). O instinto de tencionar os cantos da boca abre o centro do lbio. Quando procuramos tocar os agudos, o centro dos lbios (que so fracos) deixa o ar escapar com muita facilidade o que resulta em uma maior presso do bocal contra os lbios (para compensar a falta de compresso do ar, que deveria ser feita pelos lbios oferecendo resistncia)

    O sofrimento ccmea.

  • T

    Como disse antes, a embocadura do tipo Fiat Chin (queixo liso) no mim, apenas ineficiente. uma embocadura de iniciante, perfeita para criar vibrao para notas mdias e graves. O treino necessrio para guiar o estudante para uma posio labial mais fechada. Lbios bem treinados movem-se em direo ao bocal. Para tocar com facilidade, fora e extenso, os lbios devem vibrar mais iuntos um do outro.

    liberalmente dizem que se voc forar os lbios a vibrarem mais juntos, o som piora afinao baixa, estridente, etc. Mas quando voc usa a embocadura de iniciante - cantos da boca tencionados, queixo liso, lbios separados no centro - e fecha os lbios exatamente o resultado acima que voc tem (afinao baixa, som estridente, etc.)

    Uma embocadura balanceada mostra resultados diferentes porque os msculos trabalham em harmonia com as mecnicas bsicas:

    1.) Como j explicado, os msculos em tomo dos lbios movem-se em direo ao bocal quando se direcionam aos registros mais agudos.

    2.) O instrumentista no separa os lbios antes do ataque inicial (o que acontece quando os cantos da boca esto tencionados e o centro aberto). Ao contrrio, ele comea com os lbios fechados e deixa a presso do ar criar a abertura do lbio. Isso fora o ar a sair por uma abertura muito menor, aumentando a compresso interna - desta forma que os grandes trompetistas conseguem uma extenso inacreditvel.

    3.) A abelhinha criada por lbios balanceados significantemente menor do que a usual. Sim, voc pode treinar os seus lbios a vibrar em menor rea. Quando se pratica corretamente, com os lbios mais juntos, um micro-canal de ar formado, criando uma vibrao muito menor na superfcie do lbio. Quando a rea de vibrao for menor, melhor a manipulao de notas em toda a extenso do trompete.

    Os lbios so capazes de ter vrios nveis de controle. Tudo que necessrio entender a mecnica bsica de funcionamento dos lbios, praticar exerccios que faam os lbios se moverem, bom ouvido e muita prtica e pacincia.

    Lngua

    To quanto o lbio fraco a lngua forte.Muitos trompetistas inteligentes acreditam que a lngua a principal vlvula

    que controla a embocadura. Esta percepo, entretanto, no a realidade.

    Como os msculos dos cantos da boca, a lngua geralmente muito confivel por sua fora e coordenao. Muitos mtodos para trompete ensinam que subir a lngua (vocalizao: ) a principal maneira de tocar notas agudas. Mas, como a grande parte dos trompetistas descobre, voc pode ficar o dia inteiro subindo a lngua enquanto toca e no vai tocar agudo enquanto o caminho do ar, que percorre at bocal, no estiver devidamente pressurizado.

    A lngua a segunda vlvula de ar. Os lbios que podem comprimir o ar entre uma passagem bastante pequena (quando flexionados corretamente) so a primeira vlvula de ar. Quando voc levanta e abaixa a lngua dizendo a-i-a-P varia a resistncia

    'ff

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  • total do ar, mas somente sob uma pequena extenso. A extenso que a lngua afetar depende de os lbios estarem fechados ou abertos. Por exemplo, se os lbios esto relativamente perdidos, erguendo a lngua pode variar a entonao do DO grave ao SOL do pentagrama (isto , uma quinta). Os lbios pressionados um pouco mais um contra o outro e lngua levantada alcanar do SOL do pentagrama ao Ml agudo e assim por djante. Obviamente, se os lbios so fracos, a lngua acaba ficando pesada demais. Isto cria uma embocadura no balanceada e a tendncia usar presso demasiada contra o bocal resultando em notas baixas, ou seja, no sentido de notas desafinadas para baixo e tambm, pouca resistncia.

    Alguns dos grandes trompetistas afirmam que nunca arqueiam suas lnguas, pois isto pode ser prejudicial. Outros testemunham, como eu j disse, que arquear a lngua o segredo para o desenvolvimento do registro agudo.

    Meu ponto de vista est entre os dois citados: que a lngua pode ser til para comprimir o ar, mas a posio do lbio mais importante.

    Usando A Lngua Para Monitorar A Posio Do Lbio

    Um outro papel desconhecido da lngua o de, constantemente, m onitorara posio dos lbios. Em outras palavras, a lngua capaz de tocar os lbios - enquanto voc toca - para ter a certeza que os lbios esto propriamente posicionados no bocal. Esta rea ienae ser a menos compreendida pelos trompetistas, portanto, eu expiicarei em detalhes.

    O ataque com a lngua nos lbios" (tonguing on the lips) considerado algo inconcebvel (no-no) para muitos da comunidade trompetstica. Ele est associado com um "Cuspir" (Splatty) ou com um ataque duro demais. Em vez de pressionar os lbios, os estudantes so ensinados a dizer ti-ti , du-du ou algum nmero ou slaba que coloque a lngua no cu da boca, logo atrs dos dentes. O que os professores no entendem que os lbios so fracos. Frequentemente os lbios dos estudantes no so fortes o suficiente para manter a posio do bocal centralizado. A lngua proporciona uma maneira de o estudante sentir a posio do lbio enquanto ele toca. A lngua como um dedo que d estabilidade e segurana.

    O quanto isto importante? Quando meus estudantes comearam a tocar com a lngua batendo no lbio superior (logicamente durante os exerccios propostos) os resultados foram extraordinrios. A maioria conseguiu faz-lo, mas uma mdia de 30% teve grande dificuldade. Surpreendentemente, eles foram os mesmos 30% que tiveram grande dificuldade em tudo, especialmente em extenso. Aps duas semanas fazendo isto todos mudaram. Alguns deles melhoraram em duas semanas mais do que o tinham nos ltimos dois anos.

    O que na verdade eu descobri que a pergunta no : voc toca com a lngua encostando-se aos lbios?, mas sim, Voc consegue tocar com a lngua encostando-se aos lbios? Simplesmente por ser capaz de fazer isto o suficiente para desencadear uma mudana positiva generalizada. Em outras palavras, isto significa que voc chegar a aigum lugar satisfatrio, mesmo que seja para contentar apenas a voc mesmo.9

  • A maioria dos trompetistas concorda que tocar pode e deve ser feito usando diferentes posies silbicas. Apesar de tudo a lngua uma tremenda ferramenta capaz de uma larga extenso de efeitos e deveria ser usada do modo devido, ela tem um valor alm de uma simples articulao. Tocar com a lngua batendo nos lbios ajuda a voc sentir os lbios corretamente no bocal. Por um lado positivo ela tambm ajuda a manter os dentes na distncia conreta e como conseqncia pode-se tocar limpo, sem nenhum cuspir'' (Splatter) (e isto timo para o staccato). Isto o mais importante - como muitos outros exerccios - mudar toda a embocadura num alto nvei de coordenao.

    A propsito, JERRY CALLET foi a primeira - pessoa que sugeriu que eu tocasse com a lngua tocando os lbios. Este homem sabe muito sobre mecnicas e merece uma grande platia.

    Respirao (Breathinq)

    O grande CLAUDE GORDON frequentemente dizia que o trompete parecia to somente como um extravagante cachimbo. Ele dizia que at que algum fornecesse o ar era s isso: um cachimbo.

    Ele estava certo claro. Sem ar o trompete no possui vida. Todos os instrumentos de vento precisam de ar para funcionar - e do msico que tambm parece ser um requisito bsico - . Voc consegue sobreviver alguns segundos sem ar. A mesma vida, vital para manter o msico vivo, mantm o instrumento vivo. O ar o mais ntimo elo entre os dois, um lao de experincia nica para msicos e instrumentos de vento.

    O ar fundamental para manter o instrumento funcionando, eu acho que a respirao um dos aspectos de tocar trompete que deve ser examinado em detalhes mais profundos. H todo tipo de sistemas de respirao. Em minha opinio, tcnicas exticas de respirao so criadas porque msicos profissionais quando do seminrios tm que falar sobre alguma coisa. Eles podem ser grandes msicos, mas geralmente, eles no entendem sobre como funciona suas embocaduras, muito menos como te ajudar. Ento eles continuam a te dizer sobre seus mtodos secretos de respirao; um processo que pode, na verdade, ter te ajudado, mas provavelmente ter valor zero para voc. Por qu? Porque se voc como muitos msicos, seu primeiro problema a posio do lbio. Esta condio mais comum de todas (problema com a posio dos lbios) deve ser discutida antes das tcnicas de respirao. Por outro lado, estas tcnicas no tero valor algum.

    lgico que gerar mais presso de ar benfico para todo msico, mas no a soluo. A respirao tambm pode ser ensinada sem um conhecimento profundo da anatomia muscular ou sem divagar* sobre os mistrios da filosofia oriental (salvo em um outro momento, que ser abordado).

    Simplesmente assopre e voc obter a maior parte do poder de seu ar vindo dos msculos do estmago, diferentemente das costelas que so protegidas pelos ossos e que possuem uma extenso limitada, os msculos do estmago so capazes de flexionarem e comprimirem internamente contra a parte inferior do pulmo. Se voc bater contra seu estmago, voc perder a maior parte de seu ar, faa o mesmo contra suas costelas e elas podero ser machucadas, mas raramente voc conseguir expelir seu ar.

    10

  • O desenvolvimento do ar to fcil quanto aprender a inalar e a exalar completamente. 99% (noventa e nove por cento) dos msicos vm at mim no importando suas idades, so msicos que respiram pouco para tocar. Por diversas vezes durante as lies do curso eu lembrava aos estudantes para tomar uma grande respirao- mesmo se ele ou ela fossem tocar uma nica nota. Voc no deve respirar na proporo de uma passagem musical, sempre melhor inspirar completamente e manter o ar pressurizado.

    Uma presso de ar consistente no importando quando tocado notas fortes ou piano uma das chaves do sucesso para o trompetista. fdl de manter a presso quando o pulmo est cheio de ar. Quando voc inala somente metade do ar, os msculos do pulmo, responsveis por comprimir o ar, comeam a trabalhar mais pesado. O ar inconsistente significa a perda de notas e som fraco como resultado. Sempre que possvel mantenha o tanque cheio.

    uExerccios De Respirao (Breathing Exercise)

    Para o desenvolvimento da capacidade de ar eu recomendo fazer diariamente um exerccio de respirao enquanto voc caminha. Os exerccios especficos envolvem diversos professores, mas a idia bsica provavelmente se originou com o grande LOUIS MAGGIO.

    ^ lE n q u a n to voc caminha inale em quatro tempos pelo nariz, um tempo para cada passo. Calcule cada inalao separando igualmente at que seus pulmes estejam cneios de ar. Quando contado o terceiro tempo os pulmes jlTdevem estar cheios. No quarto tempo force mais ar para dentro do corpo mesmo este i estando cheio de ar. Segure o ar por quatro tempos enquanto caminha. Depois exale pela boca quatro tempos como se estivesse enchendo uma bexiga, separando igualmente cada tempo at que seus pulmes estejam vazios ao terceiro tempo. No quarto tempo force seu pulmo para que fique completamente vazio. Segure o pulmo vazio por quatro tempos depois repita o exerccio. Conforme seus pulmes se desenvolvem ^umente a contagem para cinco, depois seis, at chegar a uma contagem de dez temposjp ^

    NOTA do autor Para aqueles que tm pressa em aprender sobre os mecanismos descritos neste captulo, pule para o tpico exerccios.

    NOTA dos Tradutores: Recomendamos ler tudo antes.

    Aos Professores

    Qual o papel do professor de trompete hoje em dia? O papel seria apropriado usando-se os mtodos de ensino do passado ou deveriam ser consideradas com mais seriedade as tcnicas recentes? A mudana inevitvel em quase todos os campos do conhecimento. Assim como os leais defensores do sistema antigo declinam e novas idias aparecem, tambm surgem idias radicais. Se o professor de trompete se submete ou no a ta! paradigma de mudanas, outro assunto. Por certo, muitas coisas no tm mudado nesta profisso desde que ARBAN escreveu seu mtodo h bem mais de 100 (cem) anos.

  • O Quanto Ns Estamos Realmente A judando

    Uma porcentagem mnima se arruinar com uma embocadura ineficiente sem que o professor possa corrigi-lo. O famoso MAYNARD FERGUSON, por exemplo, assombrava seus professores (tocando muito), assim como ele fez com outros msicos. A questo - e eu acho que deveria ser a principal questo para todos os professores de trompete - para todos os trompetistas que no conseguem encontrar o ponto de embocadura balanceada: H algum denominador comum que ajude a todos? H alguma falha mecnica que perpetua o msico a fazer menos do que se espera e o deixa com pouca expectativa?

    Os nmeros por si s lanariam dvidas sobre os nveis atuais de eficincia do ensino trompetstico. No mundo real da msica, 100.000 (cem mil) trompetistas a cada ano nunca tiveram a experincia de se emocionar em tocar na primeira estante, isto somente nos EUA.

    Defensores do mtodo de ensino tradicional olham com suspeita tudo o que novo. Se um sistema funciona muito mais rpido ridicularizado como um simples atalho. Apesar da eficincia deste sistema novo outros defendem que, se a tcnica de estudo no requerer um tremendo esforo e tempo, no deve ser profissional e que todos sabem que se tomar um trompetista profissional leva anos e anos de sacrifcio.

    Mesmo se eu acreditasse nesta prvia declarao eu ainda no seguiria os mtodos antigos porque a expectativa dos atuais estudantes tem mudado. Francamente eu no esquematizo nada para que o aluno se tome profissional e no os fao pensar neste objetivo. A maior e imediata importncia o que eu posso fazer para melhorar o nvel de eficincia satisfazendo suas experincias musicais. Acima de tudo eles querem o sucesso agora.

    Os estudantes de hoje geralmente no so preguiosos; seus anseios so maiores que antes. A maioria dos meus estudantes pr-faculdade gastam pouco tempo assistindo TV. Alm de seus trabalhos de casa, o cotidiano deles repleto de atividades extracurriculares. Eles procuram tambm captar a experincia que a vida fornece, rodeados por pessoas com o mesmo pensamento. Na maioria das vezes, eles no tm tempo considervel para praticar sequer uma hora ao dia, sete dias por semana. O que eles querem so mtodos que os ajudem a melhorar o mais rpido possvel, dando-lhes nveis de compromisso. Eles querem gastar seus tempos praticando com algo que funcione com eficincia, no com algo que parece funcionar. Como um professor, eu quero honrar o passo a frente" que os Senhores escolheram. Isto significa que eu tenho que fazer a minha parte e ensinar com a maior preciso possvel.

    Atravs destes anos, eu tenho crescido e me tomando cada vez mais convicto com o processo de embocadura balanceada. Contanto que o estudante pratique, mesmo que em uma pequena porcentagem deste mtodo, eu sei que o progresso ocorrer, no importando em qual circunstncia. Fazendo os exerccios corretamente, vai for-lo a desenvolver. Eu afirmo acreditar que o desenvolvimento e o alto nvel de responsabilidades que acompanha este desenvolvimento deveria ser uma expectativa de todos e no s para alguns.

  • Meus primeiros professores de trompete foram maestros de bandas com boas intenes e s. Sem um direcionamento especfico eu adquiri alguns dos piores hbitos imaginveis. Eu lutei por anos a procura de respostas, juntando uma pea aqui e l, pasmado com tamanha ignorncia pelo que passei, buscando informao de real valor.

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    A coisa mais estranha foi que, atravs daqueles primeiros anos lutando contra minha maneira de tocar e anos de pesquisas, eu ainda ensinava frequentemente com um sucesso estrondoso. Muitos trompetistas, por anos, vieram at mim decepcionados com os nossos sistemas ineficientes de ensino musical; esperanosos de que minha mala de truques resolveria seus problemas. Por diversas vezes eu vi como os msicos floriam com muito pouco esforo de minha parte. Eles estavam com fome de conhecimento e eu dei a eles tanto quanto eu pude de meu limitado conhecimento. ^

    NOTA: Mala de truques so mtodos que s vezes funcionam, enquanto um processo universal sempre funciona.

    A motivao para ensinar

    Eu sempre tive sucesso como professor, mesmo porque eu no sabia fazer algo melhor, ignorante por tradicionalmente ser considerado bom ou mim. Como resultado eu questionava abertamente tudo que no se parecia funcionar como anunciado. Desde que no funcionasse pra mim eu questionava, e muito.

    Se eu soubesse o que eu sei agora, meu desenvolvimento como trompetista teria sido mais suave. claro que esta briga para eu tocar me levou a entender porqu tocar trompete to difcil. Sem esta batalha eu poderia no encontrar a pacincia para ensinar.

    Durante o processo de estudos eu me tomei interessado no processo de ensinamento e alterei meu estilo de ensino significantemente ao passar dos anos.

    Velho/Novo

    H um velho ditado que diz: Aqueles que no conseguem fazer, ensinem.

    Este um ponto de vista compreensvel, mas que falha ao no reconhecer as habilidades especiais que requer ao ensinar. Um msico profissional no o mesmo que um professor profissional. As habilidades so diferentes.

    Ao observar professores de trompetes por mais de trinta anos, me deu o direito de reescrever o velho ditado:

    Aqueles que somente fazem, no conseguem ensinar.

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    Entre todas as mudanas, uma coisa infelizmente continua a mesma: ensinar ainda a profisso mais desvalorizada e no compreendida da nossa sociedade. w

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    Trs em cada dez

    Grandes msicos quase nunca se tomam grandes professores. Eles tendem a operar suas embocaduras iguais os grandes atletas - inconscientemente, sem nenhuma idia de como eles realmente o fazem. Ademais, estas embocaduras funcionam corretamente desde o princpio de suas carreiras, no familiares com a batalha severa que a maioria dos trompetistas se depara.

    Considerando um desentendimento das mecnicas bsicas, o grande trompetista fica desonentado. Devido ele ter tido grande sucesso, ele espera que todos

    Y tenham o mesmo sucesso quando passam por seus ensinamentos (um pouco de ego). Elese realizou porque toca bem, mas ele tem que saber como ajudar os outros. Quanto difcil e duro isto deve ser?

    Na verdade, se o grande trompetista consegue ensinar interpretao musical ou habilidades especiais, ele sem dvida poder contribuir com algo de valor. S que, a

    ^ maioria dos estudantes tem a embocadura ineficiente. Ao passo que, o grande trompetista,ao comear a manipular a embocadura do estudante, todo o processo muda e o estudantecomea a atingir o objetivo.

    y Trs entre dez trompetistas sentem os benefcios j de incio com a mudana, dos lbios, isto porque trs em cada dez msicos se adaptam melhor com o mtodo

    utilizado. O restante ter dificuldades. Ao menos que voc esteja disputando basebol, trsentre dez uma pequena porcentagem e um tremendo desperdcio de potencial humano.

    A Maior parte dos grandes trompetistas continua seguindo cegos com seus , ensinamentos, esquecendo de acordar o humano que eles criaram. Iguais a mariposas em

    chamas, os estudantes continuam chegando, esperanosos em obterem alguma ajuda.

    DOC SEVERNSEN um exemplo do grande trompetista que decidiu dar aulas. Logo ele descobriu que muitos estudantes no respondiam ao que era ensinado, mesmo que, obviamente, o tivesse beneficiado. Quando ele lecionava - eu estou sendo delicado, pois eles (estudantes) so grandes fs - ele sempre comeava tudo dizencJo: Isto o que funciona pra mim. Por favor, no me culpe se no funcionar para voc!.

    ffw Os aquecimentos de DOC (DOC's warm-up), a proposito, so pura tortura para

    metade dos trompetistas - Leve, Ligaduras Macias e Cromticos.

    Grandes trompetistas no esto sozinhos em conduzirem os estudantes para o caminho errado. Eles simplesmente esto mais visveis. A vasta maioria de professores desiste de procurar uma melhor soluo, perdidos em desinformao e cticos em direo possibilidade de encontrar um mtodo efetivo.

    Tipos de Professores

    Muitos dos professores que eu conheci so bem intencionados, mas aderiram a um mtodo ineficiente. De acordo com suas filosofias particulares, os professores de trompete tendem a plantar certa crena no sistema. Mesmo estes, so esteretipos.

    14

  • Todos deveriam se reconhecer aqui, pelo menos um pouco (incluindo eu mesmo). Alguns esto listados, como segue:

    O maestro de banda: trabalhador e mal pago, o trabalho sobrecarregado mantm a maioria deles ocupados para explorar inovaes para os ensinamentos do trompete. 50% (cinqenta por cento) deles tendem a aceitar como verdade aquilo que lhes foram ensinados durante a faculdade e querem ensinar suas bandas da mesma maneira, assim como, tpicas idias de que todos devem usar o mesmo tamanho de bocal (frequentemente um Bach 5B ou 3C).

    No meu ponto de vista, quando seus lbios esto propriamente desenvolvidos, o menos importante o tamanho do bocal que voc toca. Eu concordo com DOC SEVERINSEN que disse muitas vezes que o som determinado mais pela posio dos seus lbios do que pelo tipo de bocal que se usa. ^yej-noipico-EQUIPAMENTO.S.- Hardware). Contudo, um estudante menos desenvolvido ter dificuldades com um bocal mais largo e pode desistir. Os lbios podem se perderem num bocal grande, eles ficam esparramados e no so capazes de um FOCO efetivo. Um bocal ligeiramente menor, tal como o Bach 7C, tende a dar mais apoio e encoraja os lbios a se moverem mais na direo correta.

    JOE NOTA AGUDA (JQE H1GH NOTE): Seja via Internet ou mtodos em livros, h diversas pessoas l fora que querem tocar o duplo ou triplo D e muitos destes mtodos querem atrair novos estudantes. A maioria deles ensina uma variao do mtodo de CALLET, contudo, poucos admitem isto. Eles tendem a ser defensivos. Cada um diz ser o nico mtodo musical para notas agudas e no merecem vaias.

    Muitos na verdade, so bons trompetistas. Contudo, eles tendem a ter um FOCO muito estreito de ensinamentos e baixa taxa de sucesso. Ainda assim, eles atraem uma gama imensa de estudantes devido a suas extenses no trompete. Assim como CLAUDE GORDON disse certa vez: Msicos de metais so as mais crdulas pessoas do mundo. Eles compram tudo se voc escrever uma nota aguda no mtodo.

    O msico de sinfnica: Geralmente so bons msicos, mas no necessariamente grandes. A maioria tem embocadura com queixo liso (FARKAS).

    Muitos foram Joozinho de primeira cadeira no colgio e ainda so bons msicos de segunda cadeira (que tocam segunda voz) no nvel profissional, mas ainda muitos tm problemas com agudos. Eles se desenvolveram na escola antiga durante anos, sem falar dos anos gastos em conservatrios. Depois de tudo, eles se favoreceram com um bocal gigante, como o Bach 1C. Por causa de suas histrias eles so colocados em um pedestal pelos seus maestros e seus pais, independentemente de suas porcentagens de sucesso ensinando (que frequentemente so quase nada). A mais comum falta de percepo : ele um msico bem formado, ento ele deve ser um professor preparado". Contudo, bons trompetistas que ensinam a nuance do desempenho musical, podem no saber nada sobre as entrelinhas da mecnica que d poder mquina.

    O cientista: brilhante e analtico. Estas tcnicas soam como uma tentativa de fazer sua embocadura trabalhar seguindo os conhecidos princpios da fsica de /Newton. compassando a trajetria do ar ou construindo um dispositivo para treinar os msculos dos seus lbios; que esto onde as cabeas deles esto.

    O problema : eu nuca vi uma pureza analtica funcionar. Minha assero que uma embocadura muito complexa para que se faa um modelo efetivo. Mesmo se15

  • j ' pudess descrev-la o r T I ,oda cs
  • O principal assunto

    Ocasionalmente eu converso com outros professores de trompete sobre o funcionamento da embocadura. Algumas vezes eu ouo coisas to distantes da realidade que soam como um monte de vagas psicobaboseiras. Independente do tpico discutido, eu invariavelmente volto para o que eu vejo como terra firme - em outras palavras, os lbios. Como a abertura dos dentes afeta os lbios? Como o movimento do maxilar afeta os lbios? Como a pronuncia de palavras afeta os lbios? Como encher as bochechas, selecionar e posicionar o bocal, tencionar a garganta, etc afeta a posio dos lbios?

    Os lbios so a causa. O restante o efeito.

    O mais engraado que todos parecem saber disto instintivamente, mas devido ao movimento irregular do lbio quando se toca toda a extenso do instrumento, parece que se toma complexo de ser manipulado por analistas de esquerda e professores. Os msicos acabam frustrados e comeam a procurar respostas em todo lugar.

    Se os lbios funcionam corretamente, todo o restante se encaixa no lugar.

    E ainda, saber exatamente como os lbios se movem est alm de qualquer anlise. Ento, todo trompetista em qualquer nvel de habilidade fsica pode ser ensinado at o objetivo. Um professor pode rever as mecnicas bsicas e prescrever exerccios especficos para ajudar o estudante a se tomar mais familiar com os estudos de movimentao labial, dependendo do nvel em que estiver. Mas experincia do Aha!"- O momento em que tudo acontece de uma vez e o balano da embocadura encontrado - o passo final que os estudantes devem sentir com prazer.

    Voc realmente quer ser um professor?

    Nem todos tm talento para ser um professor de trompete. Muitos comeam por razes equivocadas. Logo abaixo esto algumas exigncias bsicas, mas no todas:

    1. Psicologia da ajuda: No fundo, lecionar no para fazer algum dinheiro, mas sim para ajudar o prximo a crescer. H uma grandeza nesta profisso que diminuda por todos aqueles professores que procuram por dinheiro fcil. Voc quer ajudar os outros ou a si mesmo?

    2. Comprometimento: Voc deve estar l pelo estudante e, quando possvel, nas audies e atuaes. Se voc tambm um trompetista, dever haver um balano entre tocar e ensinar. Professores que cancelam aulas por ter que tocar em outro lugar, no conseguem ser um verdadeiro professor.

    3 . Energia: Isto soa muito simples, mas incrivelmente importante estar l, focado, com um propsito e pronto para tudo. Voc no pode exigir de um aluno aquilo que voc mesmo no .

    4 . Supere-me, por favor!: Muitos professores sentem-se na verdade ameaadospelo progresso de seus alunos, preocupados com a possibilidade de serem diminudos se os estudantes, de alguma forma, super-los. Lembre-se de que quem pensa assim so os trompetistas e no os professora?; Pn--------

  • Ttr uma mnima competitividade mental. Isto mais uma parceria do que uma disputa de desejos. Um professor deve colocar o ego de lado e fazer tudo para que promova o sucesso do estudante.

    Mente aberta: O mundo est cheio de professores medocres, trancafiados num nico pensamento, resistentes a novas idias s porque estas idias ameaam as zonas de conforto estabelecidas ao longo do tempo. De outra forma, um bom professor nunca pra de procurar por melhorias efetivas do ensino.

    6. Os estudantes tambm te ensinam: Todo grande professor sabe que pode aprender mais que ensinar. Em outras palavras, h uma reciprocidade de informaes que ocorrem nos mais diferentes nveis entre professor e estudante. Professores com punho de ferro" deixam escapar esta chance. Seja aberto para a especial sabedoria do estudante.

    7. Entendimento pleno: No fundo, assim como professores querem um vasto conhecimento em seu campo; eles podem explicar tudo de maneiras diferentes. Por exemplo, alguns estudantes so mais auditivos que visuais ou dominam mais o lado direito do crebro que do esquerdo. Voc precisa saber quando alterar sua explicao para que se encaixe s habilidades do estudante e que voc se faa compreender.

    T

    Se estes atributos soam razoveis para voc (Professor) e voc est interessado em aprender mais sobre a Embocadura Balanceada - (que passarei a chamar de BE), ou seja, Balanced Embouchure, para uma perspectiva de ensino, por favor, me mande um e-mail. Eu estou procurando professores que passem a ensinar este processo. Eu estou escrevendo um manual para professores com um pacote de informaes prticas que foram colhidas atravs de dcadas lecionando. Se voc novo nesta profisso e quer um comeo brilhante de carreira ou quer um argumento que eleve seu atual nvel de experincia, este livro pode ser que preencha suas necessidades.

    Meu e-mail atual : trumpetteacherl @aol.com. Verifique o Site por eventual mudana de endereo: www.trumpetteacher.net

    NOTA DOS TRADUTORES: Ateno: vale lembrar que esta uma traduo. Qualquer e-mail enviado ao Professor Jeff Smiley, dever ser redigido em ingls.

    Corpo/Mente

    Ns estamos rodeados por uma tecnologia incrvel e aprendemos muito sobre o mundo l fora, mas sabemos muito pouco sobre ns mesmos.

    Este tpico sobre sade. A sade deveria vir em primeiro lugar em qualquer processo educacional. Se sua mente lenta e seu corpo trabalha com pouca energia, impossvel aprender e seu progresso interrompido. Como professor, eu estou consciente dos normais desafios que o estudante de trompete enfrenta. A ltima coisa que um trompetista precisa, acima de todas as coisas, um problema de sade. E mais, os

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  • alunos abusam deles mesmos, seguindo muito alm de seus limites e quase sempre sofrem as conseqncias.

    Quando enfrentamos os sintomas do resfriado, febre ou nos sentimos afetados pelas condies de longo prazo, tais como, ADHD - Attention Dficit HypGractivity Disorder, ou seja: - Transtorno do Dficit de Ateno/Hiperatividade , ou asma; o maior sofrimento a auto-induo. Ns criamos a maior parte dos nossos prprios problemas, pois levamos o limite de Stress muito alm do que nossas mentes/corpos podem tolerar. Ns no somos educados para saber o quanto nossas mentes/corpos podem se curar por si prprias, ns aceitamos sofrer como uma coisa normal da vida. Alm disso, ao invs de aprendermos como ativar nosso mecanismo de cura natural, assumindo a responsabilidade pelo nosso bem estar, ao contrrio, de forma equivocada, nos colocamos no papel de vtima ou paciente e esperamos que algum venha nos curar.

    Neste captulo esto as dicas bsicas sobre como cuidar de sua sade. Eu os alerto, entretanto, que as idias apresentadas aqui soaro, s vezes, como novas ou no usuais. Na verdade, a maioria das idias que conhecemos so muito antigas, esperando pelo momento certo para serem recicladas, mais uma vez, na principal corrente de pensamento. Como diz o ditado: no h nada novo abaixo do sol.

    A Escolha: Reduzir ou Expandir?

    Ahi O que seria a vida sem os diferentes pontos de vista? No campo da sade assim como no da execuo trompetstica, h filosofias contrnas. Nos dois principais pontos de vista da sade as diferenas podem ser resumidas numa simples frase: reduzir ou expandir?

    Primeiro, h o mdico que promove a idia da reduo de doena para restaurar ou manter a sua sade. Neste ponto de vista a sade definida como falta de doena; uma linha bsica de estado esttico do funcionamento do corpo humano. Quando a doena est presente - e o sistema imunolgico baixo - o Doutor se foca em conduzir a doena na idia de recuperar o paciente, o deixando dentro de um estado normal. Os mtodos adotados por estes mdicos com a inteno de reduzir as doenas, tendem a ser invasivos, acompanhados por desconfortveis efeitos colaterais, alguns mais srios que outros.

    Por outro lado, h a medicina alternativa de sade que busca ser menos invasiva, utilizando maneiras no-txicas de manter a sade por aumentar o sistema imunolgico natural do corpo expandindo as habilidades internas da mente/corpo para cessar doenas. Em vez de atacar diretamente a doena (que consideram ser o sintoma, no a causa), esta alternativa mdica trabalha no sentido de manter o sistema imunolgico acima do normal. Em outras palavras, a sade no tratada simplesmente como falta de doena, mas como uma expansvel robustez e vigor de toda existncia. Pela perspectiva alternativa, levar a sade a altos nveis de defesa diminui o risco de que doenas ocorram.

    Usando como exemplo um simples resfriado, ns podemos ver como as duas abordagens diferem.

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  • O mdico v o bvio - muco, dor de garganta, dores em geral - e conclui que voc esteve em contato com alguns indesejveis germes. Ele ento prossegue na tentativa de reduzir cada sintoma. Usando um medicamento ou diversos deles, ele tenta matar os germes da garganta com um spray ou gargarejos; seca o muco com um descongestionante e tranqiliza a respectiva dor at que o paciente se sinta mais confortvel. Mesmo assim, em pouco tempo, o paciente em verdade tem reduzidos apenas os sintomas. No obstante, alguns novos sintomas podem temporariamente aparecer em razo dos efeitos colaterais causados pelos medicamentos.

    NOTA: Todos os medicamentos so txicos para o corpo humano. Esta no minha opinio, mas sim um fato.

    A medicina alternativa v com outros olhos. Para ela, germes oportunistas so o resultado e no a causa de um resfriado e outras doenas. O nvel qumico existente no corpo no primrio. Em comparao, os germes, de fato, causam menos doenas no homem do que os mosquitos fazem de sujeira. At certo ponto concordo que bactrias em excesso e germes so os culpados pelo enfraquecimento do sistema imunolgico que nestas situaes no consegue manter o balano prprio. Livrar-se de germes como livrar-se de mosquitos. A menos que voc sempre limpe o lixo, eles sempre vo voltar.

    A medicina alternativa sabe que os sintomas do resfriado tm um propsito - livrar o corpo do lixo - e ir terminar, em poucos dias, quando o resfriado tiver feito seu trajeto completo e o trabalho estiver pronto.

    Os mdicos adeptos da medicina alternativa tambm sabem que inibindo os sintomas do resfriado com medicamentos, mais tarde, o sistema imunolgico pode ser enfraquecido, fazendo com que a causa da doena se aloje profundamente. As bactrias quando presas, eventualmente aparecero. Todavia, ao se manifestarem, sua forma geralmente ser mais sria do que a de um simples resfriado.

    A maioria dos mtodos alternativos designada para acelerar o processo de purificao, ativando a habilidade natural da mente/corpo para a cura do prprio corpo. Algumas das maneiras mdico-altemativas so atravs da nutrio, exerccios fsicos ou qualquer outra modalidade responsvel de cura. Enfatizando que, a inteno de expandir a sade. No processo, os sintomas de doenas espontaneamente desaparecem sem efeitos colaterais.

    Por que os mdicos no reconhecem o sistema alternativo? Em funo dos medicamentos - que so a primeira ferramenta medicinal para um mdico. Os medicamentos so instrumentos que no precisam de incises para serem ministrados, porm, so mais prejudiciais que bons; se no fossem usados, seria fcil solucionar o sintoma sem o efeito negativo dele resultante. Medicamentos so corpos estranhos para a mente/corpo. Voc no pode drogar uma pessoa para que tenha um alto sistema defensivo. Quando voc tem um desconforto fsico tenha certeza que no porque seu corpo implora por um Tylenol.

    Assim como todo msico, sua habilidade no desempenho em parte determinada pela sua escolha de vida. Obviamente, eu sou favorvel medicina alternativa abordada; mas seja l qual for a sua escolha, isto pode, ao menos, ajud-lo a entender detalhadamente sobre problemas de sade. Sabendo disto, por que voc deixa que sua mente/corpo se tome, em primeiro lugar, um lixo?

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  • O real inim igo

    Pra l de comum, todos os dias o costumeiro stress responsvel pela maior parte dos nossos problemas de sade - como aquele tipo de stress que comea e termina sem sentido, causado pelo pesado e cansativo estudo dirio, o infindvel e complicado trfego, aquele chefe de naipe que te pe para baixo, o cachorro latindo a noite toda, os trabalhos de casa aps o ensaio e voc, to cansado, se alimenta com qualquer comida sem muito valor nutritivo; com muita gordura, carboidrato e acar. Estas so tpicas situaes de stress que podem ter um efeito cumulativo, sobrecarregando sua mente/corpo e desencadeando o to conhecido estado de stress responsvel. Voc consegue se manter nesse estado por um longo perodo - s vezes, anos - com o sistema imunolgico enfraquecido, lutando para que no fique inferior a um limite considervel, transformando-se em estado de stress doentio.

    Mesmo as clnicas mdicas tm este ponto de vista. Uma matria de capa da Newsweek, lanada em 14 de Junho de 1.999, tinha como assunto A atual viso cientfica sobre o stress. De acordo com o artigo, stress no s uma enfermidade adquirida com a correria diria; ele tambm est ligado s doenas do corao, imunidade deficiente e perda de memria. Ns estamos aprendendo que o processo de stress dos homens e das mulheres so diferentes e que o stress infantil pode levar a srios problemas cardacos quando adulto. (Para obter uma cpia completa do artigo, visite meu website).

    O stress faz parte da vida e, quando no compreendido, pode ating-lo em forma de fadiga.

    Aqui esto os trs principais tipos de fadiga:

    1. Stress Emocional: uma grande categoria, podendo lev-lo depresso raivosa, incluindo a experincia de radiao emocional nos problemas de relacionamento, quer dizer, os reflexos nos relacionamentos, tal como o divrcio. A mente e o corpo esto intimamente ligados: ansiedade, algum tipo medo ou emoo podem te levar s doenas fsicas.

    2. Stress Fsico: um dos mais comuns e srios tipos de stress. Vem geralmente seguido de insnia. As profisses ou atividades fsicas que requerem exerccios fsicos alm de seus limites podem ter o stress como reao.

    3. Stress qumico: O pobre ar que voc respira, a comida pouconutritiva que voc ingere e os curtos ou longos efeitos que os medicamentos te trazem - alm de drogas proibidas - precisam ser considerados; especialmente se voc ainda jovem. Os bons hbitos comeam nos seus primeiros anos de vida.

    Olhando para a lista acima referida, voc pode facilmente distinguir qual a principal causa de stress que sobrecarrega sua vida, ou voc pode se identificar com todas as trs. Mas a real questo : Voc est fazendo algo para mudar sua vida ou voc est

    ^terpretando o papel de vtima, sem foras para reagir e fazendo menos que seu melhor?

  • Se voc no consegue resolver o assunto de stress por voc mesmo, voc precisa procurar ajuda externa. No minha pretenso examinar exaustivamente todos os sistemas alternativos de ajuda. Voc encontrar os assuntos abordados bem documentados na Internet, livros ou vdeos. Escolher o sistema alternativo correto , no raras vezes, um pouco confuso devido grande variedade de processos disponveis. Meu principal conselho : No se enrole ainda mais com os processos de deciso. Se voc precisa de ajuda, siga sua intuio e corra atrs. Voc pode ler o dia inteiro sobre tudo isto, mas somente fazendo, voc saber se efetivamente funciona ou no para voc.

    Dicas de Sade (sem medicamentos)

    Eu no tenho - nem pretendo ter - um diploma de mdico. Por anos eu tenho me envolvido em ajudar trompetistas e a estudar assuntos como mtodos alternativos e no txicos. neste pensamento que apresento abaixo algumas dicas:

    1. Durma o suficiente: De acordo com um estudo recente, em mdia, um adolescente necessita dormir nove horas e meia por noite. Eu no sei se isto verdade, mas sei que seis horas ou menos de sono no o suficiente. Os estudantes comumente contam que dormem entre uma e duas horas todos os dias durante o perodo de aula. Os jovens atuais encaram mais stress por ano que nossos pais enfrentavam em dez anos ou nossos avs a vida inteira. Como resultado, os jovens contraem mais doenas relacionadas ao stress, como nunca visto antes. Dormir a primeira linha de defesa na batalha contra o stress. To fora de moda quanto soa, durma mais e melhore sua qualidade de vida.

    2. Tome suplementos vitamnicos: As vitaminas e minerais vindos de plantas e do solo esto desaparecendo devido ao esgotamento do prprio solo. Fazendeiros tentam restaurar o contedo mineral com fertilizantes, mas a cada ano isto se toma menos efetivo.

    Seu corpo necessita de vitaminas e minerais para crescer e funes especficas. O problema com a maioria das plulas suplementares o fato da difcil absoro, podendo passar, ainda, intactas pelo intestino e sendo indigestas. Escolha suplementos que so em forma de comida ou aqueles que ajudam na digesto, como os Bioflavinoids 1. Marcas-padro disponveis no mercado geralmente no valem pena. Os restaurantes de alimentos naturais so as melhores opes.

    A vitamina C muito til para aumentar o sistema imunolgico. O corpo no produz Vitamina C por si prprio. Os suplementos so teis quando voc no se alimenta corretamente. Por experincia prpria, posso dizer que nem todas as marcas de vitaminas so criadas de modo igual. Voc pode experimentar um pouco delas. De cem a quinhentos

    1 Nota dos tradutores: Bioflavinoids so complexos vitamnicos cm forma dc alimento22

  • miligramas por dia o suficiente. Lembrando que voc deve encontrar as marcas que sejam de fcil absoro.

    3. Dietticos: Minha dica para ouvir boas histrias de terror : quando meus alunos descrevem seus hbitos alimentares. Alguns estudantes tm sintomas contnuos, tais como excesso de muco (catarro na garganta) ou dor de garganta que, se arrastados por semanas, os afetam em: como se sentem e o desempenho quando tocam. Desde que os dietticos passaram a ter efeito poderoso sobre o sistema imunolgico, eu frequentemente pergunto qual tipo de refeio eles fazem diariamente. As respostas tm um denominador comum: refrigerantes e acar (ou produtos nutrasweef2 - ou piores) consumidos em cada refeio, entre refeies ou na hora de dormir.

    Recomendo que os estudantes alterem suas dietas, pelo menos at que os sintomas desapaream. um conselho que se deve prestar ateno. Algumas pessoas parecem entender que o cido carbnico gelado da gua-xarope (conhecido como soda refrigerante) no tem valor nutricional algum e pode seriamente estressar seu sistema imunolgico.

    4. Limpar o bocal e trompete: No meu modo de ver, no fundo os germes no causam doenas, mas no h razo para vocs se exporem imundice (stress qumico) e sobrecarregar desnecessariamente o sistema imunolgico. Ns no bebemos, por exemplo, gua do banheiro. Ainda assim, algumas das coisas que eu mais tenho visto so bocais que fazem com que um banheiro se parea mais limpo ao serem comparados. Mantenha seu equipamento limpo!!!

    5. Asma: Para muitas crianas com asma, tocar trompete tem sido uma das melhores terapias. Exercitar os pulmes parece mudar toda a fisiologia. A maioria delas joga fora suas bombinhas inaladoras aps um ou dois anos.

    Para os outros, eu tenho uma possvel soluo no txica. Com exceo dos asmticos, um msculo localizado perto do ombro omoplata (shoulder blade) - conhecido como: msculo Infraspinatus3 - tende a ser extremamente tenso (nos espasmos)4 e doloroso ao toque; especialmente quando a respirao se toma dolorida. Quando este msculo relaxado, os sintomas respiratrios diminuem ou desaparecem completamente.

    Todos os terapeutas sabem que a simples presso do msculo central de dez a quinze segundos pode amenizar os espasmos. Para este procedimento localize omsculo Infraspinatus situado na rea geral (como mostrado nas figuras) e pressione

    2 * Nutraswcct c um tipo dc aspartamc3 O msculo Infrospinaus tambm c conhccido como msculo irfra-espircd ou infra-es pinai.A Nota dos tradutores: Espasmos so coo traes muscular cs involuntrias.

  • firmemente com o polegar. um processo simples, mas inicialmente um pouco doloroso e requer um pouco de coragem da pessoa que est fazendo a massagem.

    6. Hiperatividade, ADD. ADHD: Esta a condio mais comum,devido falta de ativao do crebro. Incapaz de pensar claramente ou de ter o pensamento focado, a ateno fica delirante como uma bola elstica. O medicamento usado o Ritalin (nome genrico: methylphenidate) geralmentemedicado bem antes de investigar alternativas profissionais como nutricionismo ou terapias conhecidas comobiofeedback.

    Particularmente, o mais preocupante para mim como os pais parecem no ligar para a enorme quantidade de comida sem valor nutricional que suas crianas consomem; desde barras de cereais com puro acar no caf da manh at refrigerantes que por diversas vezes so consumidos diariamente. J est provado que este tipo de consumo - Lixos de comida (Junk Food) - podem realmente afetar o comportamento.Uma das minhas alunas mais inquietas e sem concentrao costumava falarincessantemente sobre balas de goma - quantas ela tinha, quantas ela ia comprar depois da escola, assim por diante. Ento ela alcanava sua bolsa e puxava um punhado de doces. Aps mais ou menos trs semanas fazendo isto, eu liguei para a me dela. Oh, no! Isto no verdade! disse essa me. Ela dificilmente tem consigo qualquer tipo de doces ou balas! e eu no consegui convenc-la do contrrio.

    Antes de drogai uma criana, eu pesquisaria exaustivamente na Internet sobre o assunto. H na minha pgina um link sobre pesquisas da prtica alternativa e, como ser forte o suficiente para confiar nos ensinamentos desta prtica. Lembre-se de que se no for uma droga, o mdico provavelmente no ir recomendar.

    7. O teclado emocional: Ns viemos at esta existncia para experimentar a larga quantidade de emoes. Cada emoo como a tecla de um piano, que pode ou no ser tocada. O

    lmuscle

    Para informaes mais especficas, v para o link da minha pgina na Internet.

  • importante a ser lembrado : apertar ou no aquela tecla uma escolha e, cada escolha tem sua conseqncia.

    Mente e corpo esto intimamente ligados, uma observao secular que continua a ser confirmada pela cincia atual. Por causa desta conexo, os pensamentos e emoes podem ter um efeito poderoso sobre o corpo.

    Quando duelamos com um pensamento negativo e sentimento de raiva, por exemplo, ns no paramos e consideramos o que estamos fazendo com os nossos prprios corpos. Pendemos a pensar que, por termos emoes, podemos us-la da maneira que entendermos. Mais tarde, quando o sintoma fsico aparece - como uma dor de cabea ou uma dor nas costas - ns no conseguimos ver facilmente essa conexo, ento ns culpamos alguma coisa fora de ns mesmos. Mas o real problema interno. Assim, ao se continuar a tocar o teclado emocional de maneira errada, ir se formar um molde vitalcio. Eventualmente, mais sintomas fsicos crnicos se manifestam - como as dores de cabeas se tomam enxaquecas e dores dorsais se transformam em hrnia de disco - os pensamentos ficam menos claros. Ns ficamos mais velhos antes do tempo.

    A boa noticia : frequentemente, as pessoas descobrem a cura mais cedo e mudam seus hbitos emocionais. Uma boa maneira de comear observar seu comportamento durante a expresso de uma emoo negativa e perguntar para si mesmo se este nervosismo te traz algum tipo verdadeiro de benefcio. Ou voc um simples prisioneiro de seus hbitos capturado pelo reflexo da reao emocional desenvolvida atravs dos anos de prtica?

    Muitos mtodos alternativos so especialmente designados para ajudar a quebrar a fechadura do molde emocional, acalmando a mente, incluindo a meditao, a mentalizao e a orao. Estes mtodos podem ser feitos por voc mesmo sem assistncia especializada. Para aqueles que precisam de ajuda de um mdico, incluindo manipulao fsica (Afinal de contas, a mente e o corpo esto intimamente ligados), h dzias de boas escolhas disponveis. Vasculhe a Internet e visite estabelecimentos como restaurantes voltados prtica desta filosofia natural para encontrar o melhor profissional nestas reas.

    Aprender sobre sade uma jornada muito longa de auto-conhecimento. Voc pode alterar seu comportamento e experimentar o efeito. Baseado nestes resultados, voc pode decidir encarar esta responsabilidade de tentar evoluir seu bem-estar ou no. A escolha sua.

    Desempenho

    Eu estava do lado de fora da porta ouvindo Jess (no um nome real) tocar nu gvia primeira audio de bandas em Dallas. Jess, cursando o stimo ano, parecia muito feanqilo caminhando e encarando todos aqueles jurados. Assim como outras criqnas, ele no estava nem um pouco nervoso. Mas depois de concluda a pea, a porta se abriu de repente e Jess, em lgrimas, correu para o hall entrando no banheiro mais prximo.

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  • Eu imediatamente fui atrs dele, esperando ajudar, na tentativa de contornar as coisas, mesmo no tendo certeza do porqu de ele estar to estressado; pois ele tinha tocado razoavelmente bem.

    Apesar de eu ter chegado at ele apenas segundos depois de ter passado por mim; suas lgrimas quase tinham secado, substitudas por um olhar confuso. Qual o problema?" Eu perguntei. Eu no sei! Ele respondeu.

    E ele realmente no sabia.

    O que Jess vivenoou pode melhor ser descrito como uma sobrecarga de energia. Ns costumamos chamar este algo mais usando qualidades emocionais especificas como medo, ansiedade e nervosismo. Mas, analisando por um panorama geral, somente uma coisa est presente - energia.

    j ^^u a lq u e r tipo de desempenho gera energia. No importa se voc est tocando numa audio, sendo entrevistado para um trabalho ou discursando para uma grande platia; a energia est presente em diferentes nveis. A questo no se o msico consegue enfrentar ou no estas tarefas. A real questo : O instrumentista deve desfazer-se desta energia ou transform-la efetivamente em alta voltagem? Em outras palavras: Voc se sentiria mais positivo ou negativo? Isto vai depender de como seu sistema nervoso interpreta sua energia!

    Por exemplo. H duas pessoas sentadas no carrinho da frente de uma montanha-russa e este comea a fazer a ltima descida de seu trajeto. Enquanto o carrinho mergulha com uma velocidade alucinante, um deles se levanta, ficando com os braos para o ar e gritando de alegria. O outro - e ns j vimos isto - encolhe-se de medo e horrorizado, comea a chorar Eu quero minha me...! ou outra exclamao similar para pedir ajuda.

    H aqui duas pessoas vivenciando exatamente a mesma experincia fsica, mas a interpretao diferente. Uma adora e a outra rejeita. Uma diz: Me d mais voltagem, enquanto a outra pede desesperadamente para ser desplugada.

    A situao de Jess no foi a de costume, porque ele no tinha passado por uma experincia - que para ns comum - de medo ou nervosismo, com uma sobrecarga repentina. Ele simplesmente sentiu que estava pronto para explodir com... Algum! Nas apresentaes, esta tal coisa cria a oportunidade de tocar num alto nvel, mais inspirado e com um profundo sentimento de bem-estar. Tal energia pode alterar a conscincia do intrprete, parecendo com uma experincia espiritual. Isto o que mantm os msicos veteranos no palco, frequentemente, no auge por muito tempo. Eles se sentem mais vivos e viciados em energia.

    Somente uma pequena parcela de msicos utiliza a energia para um aspecto positivo, levantando-os desta maneira. A maioria das pessoas tem medo desta energia e ainda fazem de tudo para evit-la durante todas suas vidas, assim como ilustrado pela histria abaixo:

    Num outro concurso musical, os pais de um garoto escutavam, do lado de fora, orgulhosamente seu filho tocar. Quando o prximo estudante entrou para o teste, eu

  • ouvi um dos pais dizer Eles deveriam receber uma nota Um somente pela coragem de entrar l! (nos concursos do Texas a nota um a nota mais alta, enquanto a mais baixa a nota 5"). O outro concordou, Sim, eu no conseguiria fazer isto. Sabendo o que eles queriam dizer, eu me virei em direo a eles e disse que fazer uma apresentao na frente de um jurado experienciar uma energia (energy experence) similar ao de falar em pblico. Imediatamente os dois pais colocaram a mo no corao e deram meio passo atrs como se estivessem desequilibrando. Oh...! Falar em pblico meu maior medo!", um deles disse.

    Muitos adultos carregam este tipo de medo em se apresentar durante a vida toda. O que acontece com o estudante de msica : em vez de enterrar o medo da energia, eles tm que encarar este medo regularmente - com relativa segurana e um ambiente suportvel como uma audio ou 1a cadeira - e crescerem com essa experincia.

    Ser que o msico fica nervoso? daro que sim. De fato, eu posso garantir! Sempre antes das audies eu ouvia os estudantes dizerem: Eu espero no ficar nervoso!. Em outras palavras, eles estavam preocupados se ficariam nervosos. Agora eu digo a eles que normal ficarem nervosos, mas que no fiquem pensando nisso. A real questo : Voc consegue tocar quando est nervoso? Nesse processo de auto- conhecimento. voc tem que enfrentar a si prprio - passo a passo - e encontrar o quo poderoso voc realmente . Quando voc perceber que voc pode tocar, mesmo enquanto sentindo certo surto de energia, a confiana comea a crescer.

    Por muitos anos eu tive vrias conversas com Jess. Ele pde ver este crescimento e ficou maravilhado como estava mudando. Ele se sentia mais solto quando fazia apresentaes para sua classe e mais seguro quando se deparava com situaes de presso. No seu ltimo ano de colgio, ele participou do Snior Trumpet Tradition" tocando como solista, antes de cada partida de futebol.

    Estando em p no campo, visto por milhares de pessoas, Jess teve que encarar novamente a energia, mas desta vez a experincia era exatamente a mesma que encaFap.com emoo a Montanha-Russa. Desta vez a viagem foi divertida. Ele tocou bem, tendo rpetido suas apresentaes muitas vezes naquele ano.

    A msica est, no fundo, relacionada performance. Superar o medo do pblico o objetivo que voc deve alcanar. Precisa de certa quantia de coragem, mas a recompensa imensa. Voc ganha enorme autoconfiana, tanto quanto a admirao e o respeito de seus colegas.

    Equipamento (Hardware)

    Aqui est um diferente ponto de vista em comparao maioria dos equipamentos usados pelos trompetistas - bocais e trompetes.

    A controvrsia do bocal

    Quando discutido o assunto sobre lecionar trompete geralmente h diferenas de opinies, que vo de algumas at muitas diferenas. Mas quando o assunto

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  • : o tamanho e tipo de bocal, a opinio se toma pessoal. A profundidade entre pontos de vista contrrios faz com que, por comparao, o Grand Canyon se tome estreito.

    Supostos professores clssicos (amparados pela maioria dos estabelecimentos educacionais) insistem em usar - e ter estudantes que usam - bocais de grande dimetro, tal como um bocal Bach 1C para assegurar o livre movimento dos lbios e um som redondo e escuro. Eles detestam o chiado associado a bocais pequenos, condenando-os como bocais trapaceiros direcionados unicamente para notas agudas.

    Supostos Jazzistas (com pensamentos isolados que dependem do mtodo de tentativas por erros e acertos) jogam para outro time, optando por bocats de tamanhos menores, por serem mais fceis de tocar agudos por um longo periodo. Eles frequentemente preferem um bocal mais brilhante, um som mais vivo e consideram os msicos clssicos como elitistas que perdem tempo demais olhando os outros de cima para baixo.

    Ento, quem est certo?

    A resposta ideal : Voc deve tocar com um estilo de bocal apropriado para a situao, usando qualquer equipamento que funcione melhor para voc. Contudo, o mundo real est longe do ideal. A maioria dos msicos no se desenvolve e escolhe por uma mudana mais fcil de estilos. Em vez de terem uma embocadura que mantm sua integridade independente do bocal usado, muitos msicos formam suas embocaduras de acordo com o tipo e tamanho de bocal usado - O bocal modelador". Como efeito disto, o bocal detecta como os seus lbios se movem - ou no se movem - enquanto voc toca.

    O resultado final : O MEDO. Msicos que usam bocais grandes consideram- se incapazes de tocar em bocais com copos pequenos com preciso ou uma boa afinao. claro que, eles adoram criticar e tendem a ter uma atitude superior quando confrontados com suas inabilidades em fazer com que bocais de dimetros pequenos funcionem. E, msicos que adotam bocais pequenos, que esto acostumados com estes, os ajudam a manterem o FOCO; relatam que seus lbios se esparramam nos bocais fundos e grandes, tendo como correspondncia a perda da extenso no instrumento. claro que, eles perdem ento a confiana nas suas habilidades para tocar com bocais grandes e ficam pensando: Por que os msicos se torturam usando estes tipos de bocais?

    Novamente, ambos os campos, na verdade, tm o mesmo problema - Faltade FOCO.

    Aqueles que tm FOCO

    Para 95% (noventa e cinco por cento) dos trompetistas no mundo, o tamanho e/ou forma do bocal influencia demasiadamente em quo boa sua embocadura vai funcionar. Os outros 5% (cinco por cento) conseguem tocar em todos os bocais e so capazes de criar variadas cores de som (escuro, brilhante, etc.).

    A propsito, se voc no acredita no que eu acabei de dizer porque voc no parte dos 5%.

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  • DOC SEVERINSEN costumava contar uma famosa histria sobre seu amigo ADOLPH BUD HERSETH: famoso 1o trompete da Sinfnica de Chicago. O impassvel Sr. HERSETH contou-lhe que ele tinha recentemente usado um bocal Bach 7C durante a gravao de Quadros de Uma Exposio (Pictures at na Exhibition)5. Seus lbios estavam um pouco cansados (stiff), devido apresentao do dia anterior. Ento ele decidiu tomar as coisas mais fceis e usou um bocal menor - sem fazer grande diferena. Os outros msicos, despercebidos da mudana, o parabenizaram cordialmente pelo belssimo som!

    Com o que seu som se parece uma questo de escolha que no deve ser 100% detectado pelo bocal. Muitos dos grandes trompetistas atuais podem mudar seus bocais sem preocupao, pois o som vai continuar bonito.

    A preferncia uma coisa, a dependncia outra coisa...

    Vamos dizer a verdade

    H tambm uma diferena entre o ponto de vista e uma mentira proposital. Os estudantes me contam, s vezes, Meu Maestro diz que mais fcil tocar agudos com bocais maiores. Este tipo de desinformao dos Maestros realmente mexe com as mentes dos estudantes. O que frequentemente acontece que o Maestro, querendo que seus alunos faam igual aos msicos das sinfnicas", se esfora na tentativa de que os alunos superem a barreira de tocar agudo em bocal grande. A esperana dos Maestros de que, se os alunos no souberem o quanto difcil, ento talvez no seja difcil. Eu penso que posso, eu penso que posso, eu sei que posso etc. Esta manobra psicolgica desorientada pode causar um tremendo estrago. Enquanto os estudantes no se encontrarem em apuros, eles valentemente batalharo para atingir notas agudas com bocais grandes, mas, num certo momento, percebero suas prprias realidades. Pode levar anos para que os estudantes acordem e percebam que o professor estava errado. Neste interim, eles se sentem como derrotados, receosos de que eles, de alguma forma, no tenham gabarito para atingir o objetivo, o que supostamente aconteceria.

    Vamos enterrar este mito para sempre. Se bocais grandes ajudassem os trompetistas a tocar agudo, ento um do tamanho do bocal de uma tuba teria uma grande procura.

    O efeito de um bocal pequeno

    Na faculdade, eu tinha uma embocadura pobre, quase incapaz de tocar acima do pentagrama. Num certo dia, um dos alunos que tocava notas acutssimas tirou seu bocal e disse: Pegue, tente este. Eu o segurei com curiosidade. Era um bocal estreito com taa em V, parecendo com uma forma invertida de um vulco em miniatura. Eu o coloquei no meu trompete e soprei, mas mal pude fazer com que meus lbios vibrassem. Ele olhou para mim pesaroso. Nossa, funciona to bem para mim, ele disse.

    3 Nota dos tradutores: O compositor dc Os Quadros dc uma Exposio c M ODEST MOUSSORGSKJL 9Q

  • O que ele tinha era FOCO. Os meus lbios, alm de moverem-se incorretamente estavam vibrando numa rea muito grande, acompanhando de forma fraca os contornos da borda do meu bocal.

    Anos mais tarde, depois de finalmente decidir que o FOCO dos lbios que era o problema, eu revivi a experincia. Naquela poca, eu ainda no conseguia focar o suficiente para gerar um bom som num bocal pequeno. Eu sempre tentava tocar em um e rapidamente desistia. Mas ser que eu pegaria o jeito tentando por vrias semanas? Os meus lbios se ajustariam por serem forados contra uma pequena abertura?

    Para encurtar a histria - funcionou. Por um ms ou mais, meu som se parecia com o Pato Donald - para a diverso dos meus alunos - e eventualmente meu som no centralizava. Embora meu FOCO no estivesse ainda bom, estava significantemente melhor.

    Anos atrs eu usei esta tcnica com os estudantes que no conseguiam tocar acima do pentagrama quando usavam um bocal Bach 7C. Durante seis semanas eles tocaram com bocais menores para forar mudanas, possibilitando a eles tocarem mais agudo que antes. Mas o mais interessante era que eu fiz com que os alunos, entre seis e onze meses, voltassem a tocar com o bocal Bach 7C (vocs podem imaginar o quanto eles protestaram). Para a surpresa deles, no houve perda de extenso. Os lbios retiveram o FOCO.

    Hoje em dia eu no uso por muito tempo um bocal pequeno para forar a melhorar o FOCO. Em vez disso, eu prefiro confiar no mtodo utilizado neste livro. Contudo, se me parecer necessrio, eu no hesitaria em novamente usar a tcnica do bocal pequeno.

    NOTA: Sim, eu estou consciente de que alguns professores defendem o contrrio, usando bocais grandes que foram o FOCO dos lbios, argumentando que, se difcil focar em um bocal largo, o estudante ser forado a focar ainda mais, acelerando o processo. Esta idia, por exemplo, precede da idia de se tocar como num bombardino, na tentativa de os lbios se sentirem melhor com bocal grande.

    Enquanto isto soa bem em teoria, na prtica esta outra questo. Para alguns, isto funciona at certo ponto. A maioria, no obstante, deturpar a posio dos lbios que mal os permitir tocar, tomando-os prisioneiros de bocais maiores. Isto especialmente verdade com jovens trompetistas.

    Professores X Estudantes

    Eu entendo a resistncia quanto aos bocais menores abordados, especialmente vindo de professores com anos de experincia. Contudo, eu espero que os professores ao lerem isto, considerem como uma nova gama de possibilidades.

    Os estudantes, claro, so diferentes. Eles no vem a hora de tentar algo novo, ao pensar que os ajudaro a tocar melhor. O objetivo aqui o de apresentar as novas descobertas na forma de ajudar os estudantes a adquirir uma viso ampla, no

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  • somente em um s ponto de vista. Os bocais pequenos so somente uma pea do quebra-cabea e no a resposta que vai resolver todos os seus problemas.

    Falando de extremos, eu sei que um Maestro inflexivelmente contra os bocais pequenos e que alunos so convidados a sarem da banda se tiverem usando um bocal assim.

    Ocorre que, quando os alunos persistem com um bocal grande, eles so repreendidos por no atingirem notas agudas.

    No fcil ser um trompetista.

    A descoberta do bocai

    Eu me importo com a qualidade do som. Por anos eu tentei diferentes tipos de bocais na esperana de descobrir qual deles requeria um menor esforo para produzir um som suave.

    Um dia, meu amiao Bobpv Hibbs me emprestou alguns bocais de sua loja, Mejroplex Music. Bobbv j faleceu, mas naquela ocasio ele administrava um estabTeamnto bem original, no qual s poderia ser descrito como uma loja de primeira linha em trompetes, ligeiramente escondida, quase imperceptvel. Assim como em qualquer outra loja havia vrios tipos de instrumentos venda, mas os trompetistas eram seus principais clientes. O dia inteiro poderia se encontrar alguns dos melhores msicos da redondeza curtindo o ambiente.

    De qualquer forma, um dos bocais que ele me emprestou foi o Plaip Jape" que eu quase levei da loja. Naturalmente ele revelou ser o melhor de todos aqueles bocais: fcil de tocar, com um som bem escuro; rivaliza com um bocal mdio da Bach.

    Este bocal foi feito por um trompetista chamado BOBBY DeNicola.

    BOBBY outro msico interessante. Um trompetista das antigas que estudou com trompetistas de renome, incluindo o inovador DONALD REINHARDT. Os bocais de BOBBY so nicos. Eu recomendo para os meus alunos. Eles vm em diversos tamanhos e tipos de taas. Mas eu declino para um modelo que ele lanou em minha homenagem. O bocal PeNicola-BE6

    Eu mantenho um estoque para meus estudantes. Para saber do preo atual , verifique o meu site.

    No h nada como um bocal com um tamanho que corresponda tudo o que se necessita. O DeNicola BE chega bem perto. Quando meus trompetistas mais avanados (com a habilidade de FOCAR bem desenvolvida) experimenta um, a maioria deles (95%) gosta imediatamente. E, como eu disse antes, os bocais de BOBBY encorajam um som suave. De fato, se um bocal no parecesse ser to pequeno no seu

    6 Nota dos tradutores: BE refere-se Balanccd Embouchure que o ttulo Originai deste livro.7 Nota dos tradutores: O preo dc um Bocal DeNicola BE foi cotado cm $60 (sessenta dlares) cm Jan/2006.

  • formato, a maioria dos Maestros nunca saberia que seus alunos estariam tocando com um equipamento pequeno.

    Principalmente os estudantes usam bocais pequenos para bandas de Jazz ou Banda Marcial (Marching Band), mas, surpreendentemente, muito deles usam, e muito bem, em concertos de bandas sinfnicas.

    Como Avaliar um Trompetei

    Avaliar um trompete muito diferente de avaliar um bocal. Instrumentos tendem a ser obras de arte, to individuais quanto os quadros de REMBRANDT.

    Os pais me perguntam com muita freqncia: Qual a marca de trompete que eu devo comprar?". Minha resposta sempre : Todos os trompetes tocam diferente. Voc pode pegar dez trompetes da mesma marca, coloc-los lado a lado sobre a mesa, tocar cada um deles e notar que no h dois trompetes com som exatamente igual. A marca do instrumento no to importante quanto o que ele soa.

    Certamente alguns fabricantes tm desenvolvido uma reputao pela qualidade. Os trompetes da Bach, por exemplo, so os preferidos de muitos Maestros. Mas algumas variedades ainda existem. Quando eu estava no exrcito, eu tocava com um trompete Bach Stradivarius 37 - Standard que estava num estado lamentvel. Mais tarde, quando j estava todo danificado eu fiz um reparo. Ele ficou fantstico. Eu gostaria de t-lo at hoje.

    Ento, se voc um pai, como voc escolheria um bom instrumento?

    Nos dias de hoje, isto pode no ser um grande problema. Se o estudante um iniciante, um trompete decente pode ser encontrado no jomal ou alguma loja de musica pelo preo aproximado de $300 (trezentos dlares). Quando o estudante alcana um nvel mais avanado, pode uma outra pessoa escolher um instrumento para ele? Nunca, nunca e nunca v impulsivamente para a loja e compre um trompete baseado na sua aparncia. Se tiver muitos enfeites e desenhos, as chances so grandes de o instrumento estar to bonito propositalmente para propaganda. Os fabricantes sabem que mais fcil fabricar um instrumento bonito do que um que toque bem. A maioria das pessoas no faz idia de como escolher um instrumento, outros compram pela aparncia.

    Alguns poucos e bons trompetes

    Se um estudante estiver procurando por um instrumento, aqui esto os trompetes que eu olharia primeiro:

    1. Qualquer um que soe excepcionalmente bem, independente da marca ou aparncia.

    2. Algum feito por JERRY CALLET. Nunca toquei em algo to leve, suave e responsvel. Suas inovaes foram largamente copiadas.

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  • Os instrumentos de CALLET esto disponveis em New York e atravs da rede (network). Voc pode encontrar por um preo razovel, normalmente uns $800 mais que um Bach Strad. Voc pode obter mais informaes em seu prprio site: www.callet.com.

    3. Bach Strad 43 w/reversed lead pipe (cano reverso). D ocrdito ao Bach. Quando eles ouviram um trompete CALLET copiaram suas inovaes, incluindo o Cano Reverso (reversed lead pipe). Este o nico trompete da Bach que tem uma resposta rpida. Ele capaz de produzir um som ligeiramente mais brilhante que o standard modelo 37. O preo de mercado por volta de $1,500.00 (Um mil e quinhentos dlares).

  • rI f

    V~ II. EXERCCIOSil i

    O Grande Cenrio

    Nesta seo eu descrevo os exerccios, maneiras prticas para aplicar os princpios da embocadura universal resumidos no captulo Mecnicas.

    r r_/ Antes de comear os exerccios aqui est um resumo do Grande Cenrio,j mais profundo do que j fra comentado nos captulos anteriores:

    O movimento dos lbios extremamente limitado na maior parte das embocaduras para a extenso do instrumento. Os msculos dos lbios so fracos, quase

    u incapazes de se movimentarem durante condies de presso nas notas agudas j , presentes neste meio trompetstico. Muitos estudantes aprendem a tocar sem a mnima

    idia do que esto fazendo, agarrando-se automaticamente em qualquer segurana ~ disponvel. Em outras palavras, os lbios deles declinam para uma embocadura limitada,

    mas e!a, todavia, oferece um senso de segurana e eles se satisfazem em se manterem j trancafiados neste cenrio. Mais cedo ou mais tarde o estudante alcana certo patamar e

    o trabalho estagna.3 l

    preciso ir muito alm desta segurana temporria (beco sem sada) oferecida por uma posio ineficiente, que continua a esticar" o movimento do lbio mais

    1 ou menos na direo correta para se ter extenso. Neste caso, a direo conreta" determinada pelos seguintes princpios universais j comentados no captulo Mecnicas, isto . os msculos faciais devem ser direcionados para o bocal, os lbios devem estar

    ' /m a is prximos durante a execuo musical em todos os registros, enrolam-se Para-Dentro J (Roll-in) para tocar agudo e Para-Fora (Roll-Out) para tocar grave, da por diante.

    Tal como um alto nvel da atividade fsica, uma embocadura eficiente requer uma extraordinria coordenao. H muitas peas do quebra-cabea que se encaixam no

    Y lugar quando se trabalha corretamente. Estas peas so organizadas pelo seuV inconsciente. Quando se FOCA (direciona) o movimento dos lbios na direo mais ou

    menos correta voc est dando para seu inconsciente ferramentas necessrias para formar o ponto de balanceamento.ff

    Se voc no entende as mecnicas bsicas da embocadura, ainda sim, voc pode alcanar o ponto de balano, mas ser pura sorte. O caminho para o sucesso est bem escondido e pode ser facilmente perdido. Por exemplo, nos primeiros estgios do desenvolvimento da Embocadura Balanceada voc no percebe que est fazendo algo inteligente (parece que nada acontece). Muitos estudantes ficam inicialmente desconfiados em como estes exerccios com som e caractersticas to estranhos so capazes de gerar tais resultados incrveis.

    -

    34

  • Ento eu te convido para comear este processo e encontrar a verdade por voc mesmo. Alguns de vocs so relativamente novos no trompete e no tem reservas sobre comear os exerccios do livro imediatamente.

    Para outros...

    Medo de mudar

    O maior obstculo para encontrar mais peas do quebra-cabea (aumentando sua extenso) o MEDO - medo de estragar ou perder sua frgil embocadura atual (que deve ter sido trabalhada por anos) e acabar ficando pior do que antes.

    A maior parte deste medo vem da constante batalha em fazer com que os lbios se movam numa embocadura que est condicionada (que aquela embocadura que s funciona quando ela quer) - Em outras palavras, uma embocadura que depende do dia para estar em perfeito funcionamento. Uma embocadura condicionada sempre tem uma extenso limitada e caracterizada por vrios movimentos insignificantes, com a posio errada dos lbios, fazendo com que se precise constantemente de longos aquecimentos, de novo e de novo, com o persistente problema de se este ser ou no um dia bom.

    Com trompetistas sentindo tanto medo, a idia de melhorar atravs da mudana da posio dos lbios normalmente recebida com muita resistncia. Esta uma das razes destes exerccios serem to vlidos. Eles so desenvolvidos de uma maneira que o msico continue a tocar com seu nvel de embocadura atual, enquanto gradualmente vai ativando os novos msculos. Alguns msicos mantm separados dois tipos de embocadura, uma para ensaios/apresentaes e outra para a prtica dos estudos enquanto vai construindo sua extenso. Quando os lbios comeam a se mover, o medo diminui. A confiana aumenta assim que os lbios espontaneamente comeam a responder expanso do movimento dos lbios na extenso do instrumento e mudam para uma sensao de segurana no bocal. Lentamente e naturalmente a antiga embocadura vai desaparecendo.

    Direto x Indireto

    Mudar delicadamente para uma embocadura mais eficiente um aspecto benfico para o caminho indireto oferecido pelo sistema. Aps anos ensinando eu descobri que trabalhar com a embocadura dos estudantes diretamente, por exemplo, forando-os a uma posio dos lbios que parea a mais correta, surtia uma eficincia limitada. Algumas vezes funciona, mas quase sempre impossvel porque os movimentos dos lbios so extremamente complexos na extenso normal do instrumento. Manipular visualmente os lbios de algum como dizer, no meio de uma partida de futebol, a dois times rivais, que, de repente, mudassem seus esquemas defensivos e ofensivos. Uma confuso, a falta de coordenao e um total colapso so os resultados mais provveis.

    Eu agora utilizo um caminho indireto, que fra alcanado com a combinao entre os mtodos de tentativas por erros e acertos e a intuio. Eu percebi que, quando voc aumenta o movimento dos lbios para alcanar o agudo, usando exerccios especialmente feitos para exagerar nos movimentos, acima do normal, enquanto toca, os35

  • lbios comeam espontaneamente a usar estes movimentos durante seu trabalho regular e alcana o ponto de balano. Em outras palavras, os lbios tendem a se corrigirem por eles mesmos, formando o mais complexo e benfico formato que, nenhum professor do mundo, jamais poderia conceber.

    Para ser breve, a regra do desenvolvimento da embocadura : D a dose correta de movimento exagerado mais ou menos na direo correta e os lbios inconscientemente sabero o que fazer.

    Obviamente, alguns movimentos exagerados so mais benficos do que outros. Os exerccios a seguir so a nata; s vezes, parecendo mgica em suas habilidades para transformar a fraqueza em extenso balanceada. A maioria destes exerccios foca os lbios. Alguns outros trabalham a posio da lngua e o fornecimento de ar. Todos os exerccios so importantes e devem ser tratados como parte de um sistema completo. O seu sucesso depende deles.

    Cada exerccio ser explicado na sua ntegra mais tarde, mas o exerccio a seguir um breve resumo de como voc pode obter, de imediato, uma percepo de como combinar as partes para formar um todo.

  • Para-Fora/Para-Dentro (Roll-out/Roll-in) (resu m o )

    Estes exerccios exagerados, fceis o suficiente para um estudante de stima srie aprender (e muitos tm tal facilidade) so o corao do sistema. Analisando o diagrama abaixo, h uma seo central que representa o limitado movimento habitual dos lbios que a maioria dos trompetistas possui. esquerda est o Para-Fora, uma extenso prolongada dos movimentos atingida com o rolar dos lbios para fora (franzidos) quando se toca as notas de duplos pedais (duas oitavas abaixo da nota D central), de uma maneira muito especfica e focada. direita est o movimento oposto, quando os lbios rolam para dentro (os msculos faciais se agrupam na direo do bocal) Chiam8 resultando em notas acima do pentagrama. Em ambos os movimentos, os lbios so previamente aproximados para tocar, permitindo que a presso do ar crie uma abertura para a vibrao.

    PARA-FORA MOVIMENTO RESTRITO PARA-DENTRO

    H trs estgios de desenvolvimento:

    1. Cada exerccio (Para-Dentro/Para-Fora) aprendido independ