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1 EM_1S_HIS_005 Roma: “a cidade eterna”. A nomeação é mais do que justa. Situada no centro da Península Itálica há milênios, por meio dela podemos rastrear um pouco da história do mundo. Localização É na cidade de Roma que se inicia a civilização romana, que do século V a.C ao III a.C conquistou a Península Itálica. Essa península localiza-se ao sul da Europa, tendo como limite ao norte os Alpes e cercada pelo mar Adriático e o mar Tirreno. Períodos da história romana A história romana está dividida de acordo com as etapas de organização política da sua história. Desta forma, suas etapas principais foram: monar- quia, república e império. Período Duração Características Monarquia VIII - VI a.C Época mais antiga de Roma, cuja influência era dada pelos etruscos. República VI - I a.C. Com a queda da monar- quia, sobe ao poder uma república de aristocratas – os senadores. Roma efetua suas expansões em busca de terras. Império I a.C. - V d.C. A instalação do Impé- rio busca resolver os problemas existentes no final da República. Época em que a civilização romana chega ao seu apogeu (Alto Império), mas depois entra em seu processo de decadência (Baixo Império). Roma antiga Embora essa divisão da história de Roma seja a tradicional, para melhor entender a sua dinâmica estudaremos primeiro Roma como cidade-Estado (a civitas romana) e depois Roma como Império. Roma enquanto cidade-Estado Os romanos no entanto, foram um dos primeiros a utilizar em larga escala o termo “civitas”. Civitas não é o mesmo que cidade – os romanos denomina- vam cidade enquanto espaço físico como urbe. A palavra civitas significa o sentimento de cidadania, de pertencimento a um território específico. As origens da cidade-Estado romana encon- tram-se no período da Monarquia. Monarquia (VIII a VI a.C.) A fundação de Roma é palco para muitas his- tórias mitológicas. A mais conhecida é a lenda de Rômulo e Remo. Origem lendária de Roma A lenda de Eneias e o surgimento do povo La- tino – Eneias, herói troiano, segundo a lenda filho do mortal Anquises e da deusa grega Afrodite, ou Vênus, seu nome latino. Após a queda de Troia, Eneias reuniu seus sobreviventes e fugiu em uma jornada de muitas adversidades, até que, por fim, chegaram ao rio Tibre. Latino, rei dos habitantes desta região, os recebeu cordialmente. Alguns anos antes Latino recebera uma profecia que dizia que sua filha, La- vínia, seria desposada por um estrageiro, que viria de muito longe, este daria a Latino descendência e elevaria seu nome como nome de uma nação. Lavínia, porém, era noiva de Turno, rei dos rútulos que, ao saber da chegada de Eneias, prontamente lhe prestou combate. Eneias e os troianos rece- Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br

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Roma: “a cidade eterna”. A nomeação é mais do que justa. Situada no centro da Península Itálica há milênios, por meio dela podemos rastrear um pouco da história do mundo.

LocalizaçãoÉ na cidade de Roma que se inicia a civilização

romana, que do século V a.C ao III a.C conquistou a Península Itálica. Essa península localiza-se ao sul da Europa, tendo como limite ao norte os Alpes e cercada pelo mar Adriático e o mar Tirreno.

Períodos da história romanaA história romana está dividida de acordo com

as etapas de organização política da sua história. Desta forma, suas etapas principais foram: monar-quia, república e império.

Período Duração CaracterísticasMonarquia VIII - VI a.C Época mais antiga de

Roma, cuja influência era dada pelos etruscos.

República VI - I a.C. Com a queda da monar-quia, sobe ao poder uma república de aristocratas – os senadores. Roma efetua suas expansões em busca de terras.

Império I a.C. - V d.C. A instalação do Impé-rio busca resolver os problemas existentes no final da República. Época em que a civilização romana chega ao seu apogeu (Alto Império), mas depois entra em seu processo de decadência (Baixo Império).

Roma antigaEmbora essa divisão da história de Roma seja

a tradicional, para melhor entender a sua dinâmica estudaremos primeiro Roma como cidade-Estado (a civitas romana) e depois Roma como Império.

Roma enquanto cidade-Estado

Os romanos no entanto, foram um dos primeiros a utilizar em larga escala o termo “civitas”. Civitas não é o mesmo que cidade – os romanos denomina-vam cidade enquanto espaço físico como urbe. A palavra civitas significa o sentimento de cidadania, de pertencimento a um território específico.

As origens da cidade-Estado romana encon-tram-se no período da Monarquia.

Monarquia (VIII a VI a.C.)A fundação de Roma é palco para muitas his-

tórias mitológicas. A mais conhecida é a lenda de Rômulo e Remo.

Origem lendária de Roma

A lenda de Eneias e o surgimento do povo La-tino – Eneias, herói troiano, segundo a lenda filho do mortal Anquises e da deusa grega Afrodite, ou Vênus, seu nome latino.

Após a queda de Troia, Eneias reuniu seus sobreviventes e fugiu em uma jornada de muitas adversidades, até que, por fim, chegaram ao rio Tibre. Latino, rei dos habitantes desta região, os recebeu cordialmente. Alguns anos antes Latino recebera uma profecia que dizia que sua filha, La-vínia, seria desposada por um estrageiro, que viria de muito longe, este daria a Latino descendência e elevaria seu nome como nome de uma nação. Lavínia, porém, era noiva de Turno, rei dos rútulos que, ao saber da chegada de Eneias, prontamente lhe prestou combate. Eneias e os troianos rece-

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Por trás dessas histórias fantasiosas, que não possuem provas que tenham ocorrido, há uma roman-tização do passado romano. O certo é que a povoação de Roma foi feita pela contribuição de vários povos da época, principalmente os etruscos. Tanto que essa etapa da história romana pode ser chamada de a Roma Etrusca.

Um exemplo da arte etrusca.

Monarquia: as instituições políticas

Essa época tinha como instituições a Realeza (porque Roma era governada por uma monarquia), o Senado (formado por anciãos representantes de famílias importantes escolhidos pelo rei; sua fun-ção era dar assistência ao monarca) e os colégios sacerdotais.

Havia também a Assembleia por Cúrias. For-mada por tribos compostas de famílias, tinha como função deliberar sobre casos de direito familiar e tratar questões públi cas relativas à população.

Monarquia: as estruturas sociais

Durante o período monárquico, podemos notar uma grande divisão na sociedade romana. De um lado havia os patrícios que possuíam benefícios políticos e econômicos (a camada dominante); do outro havia o restante da população – um grupo heterogêneo e subordinado aos nobres.

Além dessas duas grandes divisões, nos foca-remos mais especificamente numa das estruturas mais importantes, a família.

A família era o centro econômico, social e religio-so, sendo chefiada pelo pater familias. Ele detinha uma liderança dentro da família sobre todos (mulher, filhos, escravos etc.) e deveria administrar os bens familiares, decidir sobre casamentos, castigos e cultuar os antepassados.

O conjunto de famílias reunidas, ao redor de um culto ou ancestrais em comuns, formava o gens. Estes podiam se unir em caso de conflito militar.

beram apoio dos súditos de Latino, venceram em batalha os Rútulos. Eneias matou Turno, casou-se com Lavínia e sucedeu ao rei Latino, morto em combate, e conforme a profecia governou o povo que veio a se chamar Latino.

A lenda de Rômulo e Remo, a fundação de Roma - Segunda a lenda, Rômulo e Remo, irmãos gêmeos eram filhos do deus grego Ares, ou Marte seu nome latino, e da mortal Reia Sílvia filha de Numitor, rei de Alba Longa.

Amúlio, irmão do rei Numitor, deu um golpe de estado, apoderou-se da coroa e fez de Nu-mitor seu prisioneiro. Reia Sílvia foi confinada à castidade, para que Numitor não viesse a ter descendência.

Entretanto Marte desposou Reia que deu à luz aos gêmeos Rômulo e Remo. Amúlio, rei usur-pador, ao saber do nascimento das crianças as jogou no rio Tibre. A correnteza jogou à margem os irmãos que foram encontrados por uma loba, que teria amamentado e cuidado dos dois até que estes foram achados pelo pastor Fáustulo, que junto com sua esposa os criou como filhos.

Quando adulto, Remo se indispôs com pasto-res vizinhos, estes o tomaram e levaram à presença do rei Amúlio que o encarcerou. Fáustulo revelou a Rômulo as circunstâncias de seu nascimento, este foi ao palácio e libertou ao irmão, matou Amúlio e libertou seu avô Numitor. Numitor recompensou os netos dando-lhes direito de fundar uma cidade junto ao rio Tibre. Os dois consultaram os pressá-gios e seguiram até a região destinada à construção da cidade. Remo dirigiu-se ao Aventino e viu seis abutres sobrevoando o monte. Rômulo indo ao Pa-latino, avistou doze aves, fez então um sulco por volta da colina, demarcando o Pomerium, recinto sagrado da nova cidade. Remo, enciumado por não ser o escolhido, escarneceu do irmão e, num salto, atravessou o sulco sendo morto por Rômulo, que o enterrou no Aventino.

Rômulo, após a fundação da cidade, preocu-pou-se em povoá-la. Criou o Capitólio, um refúgio para todos os banidos, devedores e assassinos da redondeza. A notícia da nova cidade se espalhou e os primeiros habitantes foram chegando, prin-cipalmente latinos e sabinos. Rômulo, após longa batalha com os sabinos, firmou acordo com Tito Tácio, seu rei, e com este reinou sob uma só nação na grande cidade de Roma.

Atribui-se também a Rômulo a instituição do Senado e das Cúrias.

(Disponível em: <http://meef.vilabol.uol.com.br/roma/lendas.htm>.)

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O conjunto de gens formava as cúrias. Chefia-das por um curião, possuíam grande importância na vida pública (seja nas celebrações religiosas), ou como base da orga nização das assembleias popula-res e do exército.

O fim da monarquia

A política da monarquia estava centrada no rei. Mas podemos observar que os patrícios tinham grande força. Concentrados no Senado – órgão que sempre simbolizou seus interesses – eles deram um golpe e depuseram o rei (no caso, Tarquínio, o sober-bo). Foi o fim da monarquia e o início da República.

República (VI-I a.C.)Etimologicamente, a palavra república significa

“coisa pública”, o que é de todos. Ao contrário do significado que a palavra possa dar, a república roma-na não foi uma instituição de todos, mas de poucos. Quem a dominava era a facção dos aristocratas que haviam derrubado a monarquia. A república romana era uma república oligárquica.

República: as instituições políticas

Observe o quadro a seguir.

Senado

Magistraturas superiores (patrícios)

inferiores (plebeus)

Poder em Roma

Podemos notar que o poder, durante o período republicano, estava concentrado nas mãos dos pa-trícios (fossem eles membros do Senado ou das ma-gistraturas superiores). Essa estrutura se configurou dessa forma desde os inícios da República – o que, no futuro, redundou em profundos problemas sociais na República romana.

República: as estruturas sociais

Também no início da República ocorreu a divi-são entre as camadas sociais em patrícios, plebeus e escravos.

Patrícios a)

Descendentes dos patres, isto é, senadores – daí o nome. Com o fim do domínio etrusco, um grupo de clãs de patrícios assumiu o po-der político, econômico e o controle religioso. Eram cidadãos que estavam em um grupo social fechado (não permitiam misturas – como casamento – entre as famílias patrícias com as famílias plebeias), com privilégios econômicos, sociais, políticos e religiosos. Possuíam um grupo de clientes (plebeus em situação de dependência para com os patrí-cios), o que fortalecia o seu poder. Eram a minoria na sociedade da época.

Plebeus b)

O significado de plebeus é “coletividade indiferenciada” – em outras palavras, todos os que não fossem patrícios e escravos. Eram cidadãos, mas não possuíam privilégios por se encontrarem fora das famílias que monopo-lizavam o poder. Formados pelo povo comum, de homens livres (embora pudessem existir homens com riquezas); pobres; sem terras ou em vias de perdê-las. Além disso, muitos deles estavam em situação de dependência junto aos patrícios (os clientes eram os ple-beus que pediam proteção/auxílio aos patrí-cios; os patrícios que forneciam tal proteção eram chamados de patronos). Os plebeus eram a maioria na sociedade da época.

Escravosc)

No início da república não eram a maioria. Só foram fundamentais em Roma após a sua expansão e conquista pelo Mediterrâneo. Os escravos eram integrados na organização familiar (função econômica semelhante aos outros membros da família); não tinham bens e eram objetos de compra e venda como se fossem uma propriedade; sua condição de escravo vinha por dívidas ou por ser prisio-neiro de guerras. Eles reforçavam o trabalho familiar e não eram a principal força de tra-balho (algo que só ocorreu mais para o fim da República).

República: expansão e conflitos

Uma vez estabelecidas as instituições políticas e sociais de Roma, sua dinâmica histórica resultou em uma grande expansão. Inicialmente uma cidade da Península Itálica, a cidade eterna (como também é conhecida) conseguiu se tornar um dos maiores impérios da Terra. Vamos agora entender como Roma

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conseguiu realizar esse processo de expansão e quais foram as repercussões internas àquela sociedade.

Primeira expansão e o conflito entre patrícios e plebeus

Cada expansão dos romanos provocou alte-rações na ordem estrutural da sociedade, gerando desequilíbrios dentro dela. A primeira expansão romana conquistou as terras da Península Itálica.

A expansão de Roma na Península Itálica.

S

W E

N

LIGÚRIA GÁLIA

CISPALINA ILÍRIA

Córsega

Sicília

Sardenha

Cartago

Roma

NápoleEléia Tarento

Crotona

Reggia

SiracusaAgrigento

Messina

MarTirreno

MarMediterrâneo

MarAdriático

Rio Pó

0 125 Km

Conquistas da segunda metadedo século IV a.C.

Conquistas da primeira metadedo século IV a.C.

Ocupação Grega

Conquistas do século III a.C.

Sentido da expansão

Ocupação Cartaginesa

Pod

zwat

o.

Por meio de várias guerras contra outras cidades rivais, Roma aumentou sua faixa territorial. Porém, isso gerou uma crise interna e lutas sociais que fica-ram conhecidas como o confronto entre patrícios e plebeus. Esse confronto teve mais especificamente como motivações:

Crise econômica • : o que gerou problemas financeiros à população, resultando em au-mento da escravidão por dívidas. Além disso, havia a concentração de terras nas mãos dos patrícios.

Crise política • : a plebe passou a se mobilizar em torno de conquistas. Suas reivindicações eram de caráter político: igualdade política, acesso às magistraturas, código escrito de leis, abolição da proibição de casamentos mistos, entre outras.

Crise militar • : ameaças externas como conse-quência das guerras de expansão.

O conflito entre essas duas principais camadas sociais romanas resultou na aliança entre plebeus ricos e pobres para reivindicação de reformas. Buscavam:

acesso ao consulado; •

código escrito; •

casamentos mistos; •

abolição das dívidas e da escravidão por •dívidas;

acesso ao • ager publicus (nome dado às terras conquistadas por Roma e que seriam de do-mínio do Estado romano – mas, na verdade, eram surrupiadas pelos patrícios).

Para entender esse momento é necessário sa-ber que Roma, após a Monarquia, buscou – entre outras coisas – terras. Isso levou a disputas e lutas. Ocorreu também uma depressão econômica o que aumentou a escravidão por dívidas dos pequenos camponeses. Os plebeus se revoltaram com sua situação de exploração. A tensão cresceu, e os patrícios concederam algumas conquistas para amenizar os conflitos e manter o Estado coeso.

Os patrícios, para não perderem o controle sobre a situação, fizeram algumas concessões aos plebeus:

Criação do tribunato da plebe • (494 a.C.): es-ses tribunos poderiam defender os interesses dos plebeus.

Lei das 12 Tábuas • (451-450 a.C.): as leis, que antes eram orais, agora se tornaram escritas. Mas isso não trouxe grandes melhoras, porque as leis escritas ainda garantiam, por exemplo, o domínio absoluto do pater familias e proibiram ainda os casamentos mistos.

Lei Canuleia • (445 a.C.): acabou com a proi-bição de casamentos mistos.

Leis Licínias • (367 a.C.): permitiu o acesso plebeu ao consulado.

Lei Poetélia Papiria • (326 a.C.): acabou com o nexum, a escravidão por dívidas.

Lei Hortênsia • (287 a.C.): os plebiscitos (vota-ções feitas pela plebe) foram equiparados às leis obrigatórias para toda a população.

É o fim da luta social, mas não do predomínio dos patrícios. Apesar de todo o combate dos ple-beus, os patrícios sempre permaneceram coesos e conseguiram contornar a situação, aproveitando-se da heterogeneidade dos plebeus.

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Como os plebeus não formavam um todo ho-mogêneo (eles eram compostos por indivíduos nas mais diversas situações sociais, tanto ricos como pobres), os patrícios observaram essa situação e se aproveitaram dela para ceder concessões que bene-ficiassem mais a camada rica dos plebeus (como a Lei Canuleia, por exemplo).

Visavam quebrar o lastro em comum que unia os plebeus. Assim, aliando-se aos plebeus ricos, houve a formação de uma nova camada, a nobilitas (com-posta da aliança entre patrícios e plebeus ricos). Ela ocupou, junto com os patrícios, os mais altos cargos da República.

Segunda expansão e as consequências estruturais

Após a conquista da Península Itálica, Roma passou por uma segunda expansão: a conquista do Mediterrâneo, que fez com que os romanos conquis-tassem várias rotas comerciais.

Para tanto, era necessário que Roma tivesse a hegemonia nas rotas marítimas do Mediterrâneo. E sua grande rival foi a ex-colônia fenícia de Cartago, ao norte da África.

O conflito contra os cartagineses durou por três guerras conhecidas como Guerras Púnicas (de 264 a 146). Roma venceu o adversário. Foi o marco inicial do imperialismo romano.

As consequências da segunda expansão romana: aspectos estruturais

O expansionismo romano fez com que Roma entrasse em choque com uma antiga colônia fenícia – Cartago – para conseguir o domínio sobre o mar Mediterrâneo. Tal domínio garantiria controle sobre rotas e entrepostos comerciais para os negócios que os romanos pretendiam realizar.

Entretanto, a vitória sobre Cartago (marco do im-perialismo romano) determinou, como consequên cia principal, alterações na estrutura da sociedade roma-na que desencadeariam uma crise na República.

A razão disso foi estrutural. A república romana era oligárquica e suas instâncias políticas eram com-patíveis com a administração de uma cidade-Estado. Sabemos que uma cidade-Estado é territorialmente reduzida: ela abrange a zona urbana juntamente com a zona rural.

Com o processo de expansão, Roma adquiriu ter-ras e aumentou seu território. Seus domínios não eram mais de uma cidade-Estado, mas sim de um império.

Assim, a expansão territorial romana, de forma rápida, foi uma das principais causas da crise do final da República em formação.

As consequências da segunda expansão romana: aspectos conjunturais

A primeira abordagem tratou dos aspectos es-truturais das consequências da segunda expansão romana. Agora veremos os aspectos conjunturais, relacionados a situações mais específicas deste momento.

As lutas sociaisOs conflitos sociais vividos pelas camadas da

República romana expressaram as principais trans-formações naquela sociedade.

Reformas dos irmãos Graco

Os irmãos Tibério e Caio Graco eram tribunos da plebe. Nessa função, cada um deles (a sua vez) deveria defender os interesses dos plebeus.

Naquele momento, o grande problema vivido por essa camada social era a questão agrária. As conquistas romanas de novas terras faziam com que estas fossem transformadas em terras públicas per-tencentes ao estado romano (ager publicus). Todavia, quem estava no controle do governo da República eram os patrícios. Dessa forma, eles surrupiavam as terras que eram públicas (do Estado romano).

Essa apropriação indevida feita pelos patrícios redundou na formação de grandes latifúndios e fez com que uma grande massa de camponeses plebeus ficassem sem terra (ou por não poderem trabalhar no ager publicus, ou por perderem suas terras devido a dívidas). A perda de terras fez com que houvesse uma descaracterização da figura do camponês com suas terras para o cultivo – muito simbólica e presente aos romanos. Vale notar que o latifúndio romano não tinha as características dos latifúndios da América colonial do período moderno: as grandes propriedades na Antiguidade não eram contínuas, mas formadas por pedaços de terra em diferentes locais. Além disso,

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na Antiguidade romana, esses latifúndios eram tra-balhados por mão-de-obra escrava, angariada com as conquistas militares territoriais.

Assim, as reformas dos irmãos Graco foram ten-tativas de restabelecer a pequena e média propriedade rural combatendo a concentração das terras públicas nas mãos dos patrícios. Suas propostas eram:

fundação de colônias agrícolas para campo- •neses;

doação de trigo aos que não têm (Lei Fru- •mental).

Tanto Tibério como Caio Graco fracassaram em suas lutas contra a concentração fundiária por sofrerem oposição da aristocracia rural.

Mário e Sila

Mário e Sila são os nomes de dois generais que se destacaram no período final da República, represen-tando a forte militarização da política em Roma.

Nesse momento, houve o crescimento do vínculo entre generais e soldados. Os primeiros ambicionavam o poder político – esta era uma época muito instável politicamente na República. Já os últimos sairiam lucrando caso apoiassem o seu superior em uma inves-tida (como um golpe), haja vista os generais promete-rem benefícios aos soldados que lhes fossem fiéis.

Por exemplo, Mário assumiu como cônsul (uma alta magistratura) e implementou reformas no exér-cito. Não tardou muito, aplicou um golpe e assumiu como ditador. Seu governo, embora não tão cedo, concedeu privilégios aos populares, desagradando os aristocratas. Dessa forma, após a morte de Mário, assumiu o poder Sila, ligado à camada mais privile-giada dos patrícios.

Revolta de Espártaco (73-71 a.C.)

Outro episódio que marca o período conturbado da República após a expansão sobre o Mediterrâneo foi a grande revolta de escravos, mais conhecida como Revolta de Espártaco.

Espártaco era o nome de um gladiador que liderou uma rebelião na qual milhares de escravos buscavam a liberdade. Depois de algumas vitórias, eles foram derrotados e grande parte deles captu-rados e reconduzidos à condição de escravos pelas forças militares romanas.

O caráter escravista era muito acentuado em Roma. É interessante notar, por exemplo, que a revolta de Espártaco não foi uma revolta contra a escravidão e sim, contra a condição de escravos de seus revoltosos.

Os triunviratos

No momento final da República, pouco antes de seu término e transição para o Império, houve os triunviratos. Eles representam o momento no qual Roma foi governada por três generais (os triúnviros). Dividindo entre si os domínios romanos a serem ad-ministrados, nenhum era superior ao outro.

A ideia da divisão de poder entre esses homens ocorreu porque os territórios romanos eram tão vastos – e os problemas vividos lá eram tão constantes – que foi melhor dividir para governar; porém nem sempre essa divisão foi tão pacífica.

Um exemplo de disputas deu-se no primeiro triunvirato composto por Pompeu, Crasso e César. Ao invés de haver uma convivência pacífica, ocorreu disputa de poder; cada um tentou derrubar o outro a fim de conseguir conquistar o poder sozinho.

Quem conseguiu conquistar o poder foi Júlio César, o qual triunfou de forma retumbante. Con-quistou o poder e popularidade entre o povo romano; porém, estava cada vez mais claro suas intenções em passar por cima do Senado (órgão de poder dos patrícios) e tomar o poder total de Roma. Esse temor fez com que uma conspiração de senadores o matasse a fim de conquistar o poder.

O plano senatorial se mostrou bem-sucedido. César foi morto, mas devido aos seus apoiadores (como Marco Antônio), os senadores foram impedidos de assumir. Assim, Marco Antônio, juntamente com Lépido e Otávio (filho adotivo de César) assumiram o poder: foi o segundo triunvirato.

A história se repete e os triúnviros disputaram o poder entre si prevalecendo Otávio.

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Fim da República e início do Império: o principado

O principado marcou o início do Império Roma-no. Vimos a pouco que César foi morto justamente por uma conspiração dos senadores, receosos de perderem o poder com a instauração de um império. Então como foi possível o triunfo de Otávio (agora chamado de Augusto)?

Otávio em muito aprendera com a morte de César; percebeu que o erro deste foi ameaçar retirar por completo o poder das mãos dos senadores. Otávio Augusto soube como lidar com isso levando em conta duas circunstâncias descritas a seguir.

Necessidade de pacificar a República

Vimos que o período final da República foi uma época bastante conturbada (revolta de escravos, confrontos contra as ideias dos tribunos da plebe, triunviratos com suas reviravoltas políticas etc.). Cada vez mais estava sendo fomentada, entre os romanos, a ideia de um “salvador da pátria” com o fim de pacificar esse período conturbado; alguém que tivesse autoridade de equacionar tais problemas.

A ideia norteadora do principado

O que estabelecia o principado era o lema latino princeps inter pares, que significa “primeiro entre iguais”. De acordo com isso, Otávio Augusto não seria um imperador a ignorar e estar acima do Senado. Na verdade, administrava o poder rodeado pelos patrí-cios senadores e estava com o mesmo estatuto de importância e de poder. Não era um superior, e sim o primeiro entre um grupo de iguais (não desvalori-zando a camada senatorial).

Portanto, Augusto se projeta ao poder com o fim de acabar com o conturbado e instável período em que se vivia. Conseguiu fixar-se no poder sem ignorar a camada senatorial mas, aos poucos, retirou dela toda a sua importância política e comando decisório. Foi o fim do período republicano e o início da Roma Imperial.

Roma Imperial (I a.C. - V d.C.)

Roma já tinha a vastidão de um império, mas agora possuía um imperador. Tinha como característi-cas a centralização do poder em torno de suas mãos e o fato de ser cultuado como uma entidade divina suprema (os súditos deveriam prestar reverência e culto a ele).

Contudo, a diferença fundamental entre a Repú-blica e o Império deu-se no fato de que, na primeira houve a ocupação de magistraturas, assembleias etc.; já no Império todo o poder estava concentrado nas mãos do Imperador.

A periodização do Império encontrou-se dividi-da em dois grande momentos: o Alto Império (tempo de apogeu) e Baixo Império (tempo de decadência).

Alto Império (I a.C. - III d.C.)O Alto Império representou o apogeu romano.

Este se destacou na hegemonia total de Roma sobre o mundo mediterrâneo – como demonstra o mapa da extensão máxima do Império. Essa época é também conhecida como a da pax romana ou século de Au-gusto (com sua prosperidade econômica, estabilida-de social, grandes obras artísticas).

As razões da prosperidade e magnificiência do Alto Império foram a conjugação de dois fatores: o imperialismo e o escravismo.

O imperialismo romano representa a força de Roma se voltando para outros territórios a fim de conquistá-los e subordiná-los a seus interesses eco-nômicos. Foi essa política de expansão que propiciou a conquista de territórios e, consequentemente, dos povos derrotados em tais guerras de expansão sub-metido à escravidão.

Já o escravismo era a outra face decorrente desse processo. À medida que Roma alargava suas fronteiras, até tornar-se o maior império em extensão territorial do planeta, os povos de terras distantes e agora submetidas eram escravizados. Assim, Roma tornava-se gradualmente dependente da mão-de-obra escrava. É por isso que essa época corresponde à consolidação do modo de produção escravista.

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Mapa da extensão máxima do Império Romano.

Baixo Império (III d.C. - V d.C.)O Baixo Império representou a decadência roma-

na. O que depois será conhecido com a “passagem do mundo antigo ao mundo medieval”. A razão desse declínio foi gerada pela crise do século III – vejamos os seus fatores.

Crise do século III

A crise do século III foi originada no fim da ex-pansão romana. Roma conquistava terras e escravos: as terras eram a fonte de riqueza, os escravos a fonte de mão-de-obra. O fim da expansão ocorreu devido a uma decisão política, pois o Império não tinha mais como administrar seus territórios. Como resultado disso temos:

Crise do escravismo •

A falta de escravos foi decisiva para o declínio romano, pois eles eram a mão-de-obra princi-pal (embora não única) do Império. A falta de braços gerou problemas econômicos, principal-mente crises.

Expansão do colonato •

O colonato foi também uma decorrência dessa crise econômica. Ele se caracterizou como um regime de fixação obrigatória de trabalhadores à terra. Com isso se buscou garantir mão-de-obra (fixando o camponês a terra) em um ambiente de escassez de escravos. Mais tarde (no período medieval) o colonato originou a servidão.

Crise política •

A crise econômica tomou conta de todo o império. Isso gerou desconfiança em relação às estruturas do Estado, ocasionando um enfraquecimento do poder imperial.

Exército cada vez mais heterogêneo •

O exército romano sempre foi a instituição mais forte do império, mas até ele sofreu com as alterações existentes. Nessa fase final, o exército aceitou em suas fileiras os “bárba-ros” – uma das provas mais contundentes das alterações da época.

Como forma de contornar essa crise o impera-dor Diocleciano determinou o dominato: por decreto, o imperador deveria ser considerado senhor e deus. Essa instituição foi a busca por fortalecer o poder do imperador. Além disso, o soberano determinou reformas econômicas (cobrando mais tributos) e políticas: estabe-lecendo uma tetrarquia – quatro governantes romanos; e dividiu o Império Romano entre as partes ocidental e oriental.

O cristianismo

O imperador Constantino foi o responsável pela conciliação entre o Império e o cristianismo, a partir do Edito de Milão (313), que garantia a liberdade religiosa aos cristãos. Eles, até então, haviam sofrido intensa perseguição e naquele momento, representavam uma possibilidade de justificativa ao poder centralizado. Muitos consi-deram que essa aliança (igreja + Estado) serviu para frear o movimento popular e escravo, uma vez que a doutrina cristã reforçou a esperança de uma vida digna após a morte, no Reino de Deus.

A nova religião foi mais reforçada durante o governo de Teodósio quando, por meio do Edito de Tessalônica (392), o cristianismo foi considerado como religião oficial do Império. A política imperial baseava-se na utilização da Igreja como aliada, na medida em que era uma instituição hierarquizada e centralizada e que, nesse sentido, contribuiria para justificar a centralização do poder.

(Texto modificado. Disponível em:

<http://historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=144>.)

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A queda do Império RomanoOs resultados da crise do século III culminaram

na queda do Império Romano do Ocidente, em 476, com as invasões bárbaras.

Com a situação de decadência vivida pelos ro-manos, o imperador buscou fortalecer o seu próprio poder (e o do Estado também). Isso, acompanhado das medidas econômicas impostas, fez com que a

população vivesse em um regime repressivo. O povo enxergava o Estado como um inimigo. Mais do que uma invasão externa, foi uma fraqueza interna, que explica como as invasões dos bárbaros ocorreram sem grande oposição do povo romano.

Esses invasores adentraram pelo território, instalaram-se e formaram reinos – os reinos bárbaros. É o início da Idade Média.

A formação das estruturas medievais

AspectoCrise do séc. IIIManifestação

Estruturas pré-medievaisResultante

(FR

AN

CO

JU

NIO

R, 2

001.

)

Demográfico Recrudescimento de epidemias e migra-ções internas.

Fixação da população no campo: o colonato.

Econômico Recuo da mão-de-obra escrava e queda na produção.

Colonato; tendência à autossuficiência, corporações.

Político Militarização do poder. Divisão do Império = tetrarquia (284).

Institucional Anarquia Militar.Crescente autonomia das províncias.

Cristianização do poder = imperador convoca o primeiro Concílio Ecumênico (325).Nova capital = Constantinopla (330).

Militar Pressão germânica. Contratação de tribos bárbaras = germanização do exército romano.

Social Êxodo urbano.Hereditariedade das funções.Fim do assistencialismo (pão e circo).

Ruralização.Enrijecimento das hierarquias sociais.Aumento das distâncias sociais.

Cultural Esterilidade. Respeito excessivo às autoridades.Simplificação dos padrões culturais.

Religioso Aumento da descrença.Sucesso dos cultos orientais.

Cristianismo: permitido (313) / oficializado (392).

Psicológico Fatalismo, desânimo. Cristianismo: esperança em outra vida.

Pouco antes das invasões bárbaras, em 440, um monge chamado Salviano nos relata como os romanos viviam no Baixo Império.

“Os pobres são despojados, as viúvas gemem, os órfãos esmagados, a tal ponto que muitos dentre eles, incluídas gentes de bom nascimen-to que tinham recebido uma educação superior, refugiam-se entre os inimigos. Para não perecer sob a perseguição injusta, vão buscar entre os bárbaros a humanidade dos romanos, porque não podem suportar mais, entre os romanos, a

inumanidade dos bárbaros. Não se parecem em nada aos povos entre os quais buscam refúgio. As suas maneiras são diferentes, não conhecem sua linguagem, e, atrevo-me a dizê-lo, carecem assim mesmo do cheiro fétido que impregna os corpos e as vestes dos bárbaros. Preferem, porém, submeter-se a essas diferenças de costumes a sofrer entre os romanos a injustiça e a crueldade. Emigram, pois, até os godos ou até os burgúngios ou até outros bárbaros que dominam por toda a parte. E não têm motivo algum para se arrepender deste desterro. Porque preferem viver livres sob aparência de escravidão a serem escravos sob aparência de liberdade.”

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(Mackenzie) Na pólis grega e no Império Romano, o 1. trabalhador escravo esteve na origem das grandes rea-lizações, podendo-se afirmar que:

tanto na Grécia como em Roma, eram instrumentos a) vivos e participavam da vida política, respectiva-mente da Bulé e do Senado.

os escravos podiam pertencer exclusivamente aos b) cidadãos e realizavam assembleias que defendiam seus direitos.

a fonte principal de abastecimento de escravos, c) tanto em Roma como na Grécia, era o comércio com as tribos africanas.

a invasão Macedônia na Grécia e as guerras de ex-d) pansão romanas determinaram o fim da escravidão.

o sistema de produção era baseado na força de e) trabalho de prisioneiros de guerra ou populações escravizadas.

(Mackenzie) As Guerras Púnicas, conflitos entre Roma 2. e Cartago, no século II a.C., foram motivadas:

pela disputa e controle do comércio no mar Negro a) e posse das colônias gregas.

pelo controle das regiões da Trácia e Macedônia e b) o monopólio do comércio no Mediterrâneo.

pelo domínio da Sicília e disputa pelo controle do c) comércio no mar Mediterrâneo.

pela divisão do Império Romano entre os generais d) romanos e a submissão de Siracusa a Cartago.

pelo conflito entre o mundo romano em expansão e e) o mundo bárbaro persa.

(Unesp) Dos Séculos III a I a.C., através de guerras de 3. conquista, os patrícios romanos estenderam a sua do-minação sobre quase todos os povos do Mediterrâneo. Mas essa vitória externa de Roma contribuiu para trans-formar a sua própria ordem social interna. Como uma das mais importantes transformações, podemos citar:

a queda da monarquia e o estabelecimento da re-a) pública.

a Lei das XII Tábuas, que equiparou patrícios e b) plebeus.

a escravização generalizada dos plebeus e estran-c) geiros residentes em Roma.

(Unesp) A inovação decisiva desse processo foi, em 1. última análise econômica: a introdução, nos domínios ro-manos, do latifundium [latifúndio] cultivado por escravos, em larga escala, pela primeira vez na Antiguidade.

(ANDERSON, Perry. Passagens da Antiguidade

ao Feudalismo. Adaptado.)

O processo responsável pela introdução do latifúndio escravista a que se refere o texto foi a:

legislação reformista de Sólon.a)

fundação do Império por Otávio.b)

deposição da dinastia etrusca pelos patrícios.c)

expansão romana no Mediterrâneo.d)

invasão da Itália pelos germânicos.e)

Solução: ` D

Justificativa: A expansão romana está associada à con-quista de escravos e de terras. Estas últimas deveriam pertencer ao Estado romano (é o que denominavam de “ager publicus”), mas acabavam sendo surrupiadas pela elite patrícia que tomava para si a terra conquistada pelo Estado, formando grandes propriedades individuais de terras, os latifúndios.

(Fuvest) Em relação à formação dos reinos bárbaros:2.

Explique os motivos que permitiram as invasões a) bárbaras no Império Romano do Ocidente.

Mencione três povos bárbaros que invadiram o Im-b) pério Romano do Ocidente.

Solução: `

As invasões bárbaras no Império Romano do Oci-a) dente tiveram como causas:

– pressões sofridas pelos povos germânicos e pelos mongóis que vinham do Oriente;

– crises na administração interna de um Império muito grande;

– exército desorganizado e ineficiente.

Os principais povos bárbaros que invadiram as b) fronteiras do Império Romano foram os francos, ostrogodos, visigodos, vândalos, saxões e hunos.

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a introdução do latifúndio cultivado por escravos, d) em larga escala.

a generalização do trabalho assalariado, estimulada e) pela expansão mercantil.

(Fuvest) A expansão de Roma durante a República, com 4. o consequente domínio da bacia do Mediterrâneo, pro-vocou sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as quais:

marcado processo de industrialização, êxodo urba-a) no, endividamento do Estado.

fortalecimento da classe plebeia, expansão da pe-b) quena propriedade, propagação do cristianismo.

crescimento da economia agropastoril, intensifica-c) ção das exportações, aumento do trabalho livre.

enriquecimento do Estado romano, aparecimento d) de uma poderosa classe de comerciantes, aumento do número de escravos.

diminuição da produção nos latifúndios, acentuado e) processo inflacionário, escassez de mão-de-obra escrava.

(Fuvest) Importantes transformações políticas, econô-5. micas e sociais ocorreram com a expansão romana pelo Mediterrâneo, entre elas:

fortalecimento econômico da elite patrícia, concen-a) tração da população nas zonas rurais, crescimento do trabalho livre.

supremacia política dos generais, abolição do tra-b) balho escravo, fixação da plebe no campo.

austeridade moral, monopólio dos cargos públicos c) pelos plebeus e erradicação da influência da cultu-ra grega.

emigração da população do campo para a cidade, d) predomínio da atividade comercial, grande aumen-to do número de escravos.

fortalecimento da família tradicional, concentração e) da economia nas atividades agropastoris, preserva-ção do monoteísmo.

(Fuvest) Comparando-se às civilizações da Antiguidade 6. Ocidental (Grécia e Roma), com as da Antiguidade Oriental (Egito e Mesopotâmia), constata-se que ambas conheceram as mesmas instituições básicas, muitas das quais, aliás, o Ocidente tomou do Oriente. Contudo, houve um setor original e específico da civilização greco-romana. Trata-se do:

econômico, com novas formas de indústria e comércio a) que permitiram o surgimento de centros urbanos.

social, com novas formas de trabalho compulsório b) e hierarquias sociais baseadas no nascimento e na riqueza.

religioso, com o aparecimento de divindades com re-c) presentação antropomórfica e poderes ilimitados.

cultural, com o desenvolvimento das artes plásticas e d) de expressões artísticas derivadas do uso da escrita.

político, com a criação de práticas participativas no e) poder e instituições republicanas de governo.

(FEI) A colônia fenícia de Cartago, localizada onde hoje se 7. encontra a cidade de Túnis, ao norte da África, havia se desenvolvido consideravelmente, a ponto de se constituir em poderosa rival dos interesses romanos no Mediter-râneo. Por mais de um século, os romanos lutaram para destruir Cartago, acabando por arrasá-la (146 a.C.). Esses acontecimentos são conhecidos como:

Guerras Médicas.a)

Revolução Cartaginesa.b)

Guerras Púnicas.c)

Guerra de Troia.d)

Guerra da Reconquista.e)

(Unicamp) O mar Mediterrâneo foi a maior de todas as 8. vias de circulação romanas e dele resultou a formação do Império Romano.

Como se deu a conquista do mar Mediterrâneo pe-a) los romanos?

Explique a importância dessa conquista para a for-b) mação do Império Romano.

(Fuvest) Quem foram os cartagineses e qual sua impor-9. tância na trajetória histórica romana?

(Udesc) Assinale a alternativa correta.10.

As lutas que envolveram patrícios e plebeus na Roma antiga foram motivadas, principalmente:

pela exclusividade de participação política dos ple-a) beus no Senado romano.

pelo interesse dos patrícios em implantar na cidade b) o voto livre e universal.

pela incapacidade dos plebeus em realizar uma boa c) administração pública.

pela insistência dos patrícios em promover a paz nas d) fronteiras do Império.

pelo desejo dos plebeus em assegurar maior igual-e) dade de direitos com os patrícios.

(UFSC) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos pa-11. rênteses a soma dos itens corretos.

Assinale os aspectos relacionados com as civilizações da Antiguidade Clássica.

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(01) Cidades-Estado da Grécia.

(02) As Guerras Púnicas.

(04) A construção de grandes pirâmides.

(08) O código de Hamurabi.

(16) O oráculo de Delfos.

(32) O direito romano.

Soma ( )

(UFRS) Os itens a seguir referem-se a possíveis carac-12. terísticas da sociedade ateniense e/ou da sociedade romana na Antiguidade Clássica.

I. Organização política centrada na cidade-Estado.

II. Formação de impérios comerciais decorrentes do expansionismo militar.

III. Utilização do trabalho assalariado como mão-de-obra básica.

Quais apresentam características da sociedade atenien-se, da sociedade romana ou de ambas?

Apenas I.a)

Apenas II.b)

Apenas III.c)

Apenas I e II.d)

I, II e III.e)

(Fuvest) “Em verdade é maravilhoso refletir sobre a 13. grandeza que Atenas alcançou no espaço de cem anos depois de se livrar da tirania [...] Mas acima de tudo é ainda mais maravilhoso observar a grandeza a que Roma chegou depois de se livrar de seus reis.”

(MAQUIAVEL. Discursos sobre a Primeira

Década de Tito Lívio.)

Nessa afirmação, o autor:

critica a liberdade política e a participação dos cida-a) dãos no governo.

celebra a democracia ateniense e a República romana.b)

condena as aristocracias ateniense e romana.c)

expressa uma concepção populista sobre a Anti-d) guidade clássica.

defende a pólis grega e o Império romano.e)

(Fuvest) A expansão de Roma durante a República, com 14. o consequente domínio da bacia do Mediterrâneo, pro-vocou sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as quais:

marcado processo de industrialização, êxodo urba-a) no, endividamento do Estado.

fortalecimento da classe plebeia, expansão da pe-b) quena propriedade, propagação do cristianismo.

crescimento da economia agropastoril, intensifica-c) ção das exportações, aumento do trabalho livre.

enriquecimento do Estado romano, aparecimento d) de uma poderosa classe de comerciantes, aumento do número de escravos.

diminuição da produção nos latifúndios, acentuado e) processo inflacionário, escassez de mão-de-obra escrava.

(Unesp) “O vínculo entre os legionários e o comandante 15. começou progressivamente a assimilar-se ao existente entre patrão e cliente na vida civil: a partir da época de Mário e Sila, os soldados procuravam os seus generais para a reabilitação econômica e os generais usavam os soldados para incursões políticas.” (ANDERSON, P. Passagem da Antiguidade ao Feudalismo.)

O texto oferece subsídios para a compreensão:

da crise da República romana.a)

da implantação da monarquia etrusca.b)

do declínio do Império Romano.c)

da ascensão do Império Bizantino.d)

do fortalecimento do Senado.e)

(Mackenzie) Leia o texto:16.

“Os homens que combatem e morrem pela Itália têm o ar, a luz e mais nada [...]. Lutam e perecem para sustentar a riqueza e o luxo de outro, mas embora sejam chamados senhores do mundo, não têm um único torrão de terra que seja seu.”

(ANDERSON, Perry. Passagem da Antiguidade

ao Feudalismo, p. 60.)

Os irmãos Tibério e Caio Graco, tribunos da plebe ro-mana, pretendiam:

limitar a área de terras públicas (a) ager publicus) ocupadas por particulares e distribuir as mesmas aos cidadãos pobres.

limitar a área de latifúndios e distribuir as terras pú-b) blicas aos patrícios.

limitar o direito de cidadania romana aos habitantes c) do Lácio, Etrúria e Sabínia.

limitar a excessiva expansão territorial derivada de d) uma prolongada política de conquista e anexação de terras.

limitar a expropriação dos latifúndios e estabelecer e) propriedades coletivas.

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(FEI) A colônia fenícia de Cartago, localizada onde hoje se 17. encontra a cidade de Túnis, ao norte da África, havia se desenvolvido consideravelmente, a ponto de se constituir em poderosa rival dos interesses romanos no Mediter-râneo. Por mais de um século, os romanos lutaram para destruir Cartago, acabando por arrasá-la (146 a.C.). Esses acontecimentos são conhecidos como:

Guerras Médicas.a)

Revolução Cartaginesa.b)

Guerras Púnicas.c)

Guerra de Troia.d)

Guerra da Reconquista.e)

(UFPR) Quais os principais fatores determinantes da 18. decadência do Império Romano do Ocidente?

(FGV) O Edito de Milão (313), no processo de desen-19. volvimento histórico de Roma, reveste-se de grande significado, tendo em vista que:

combateu a heresia ariana, acabando com a força a) política dos bispados de Alexandria e Antioquia.

tornou o cristianismo a religião oficial de todo Império b) Romano, terminando com a concepção de rei-deus.

acabou inteiramente com os cultos pagãos que en-c) tão dominavam a vida religiosa.

deu prosseguimento à política de Deocleciano de d) intenso combate à expansão do cristianismo.

proclamou a liberdade do culto cristão passando e) Constantino a ser o protetor da Igreja.

(Unaerp) Na história de Roma, o século III da era 20. cristã é considerado o século das crises. Foi nesse período que:

As tensões geradas pelas conquistas se refleti-a) ram nas contendas políticas, criaram um clima de constantes agitações, promovendo desordens nas cidades.

O exército entrou em crise e deixou de ser o exérci-b) to de cidadãos proprietários de terras.

O Império Romano começou a sofrer a terrível crise c) do trabalho escravo, base principal de sua riqueza.

Os soldados perderam a confiança no Estado e tor-d) naram-se fiéis a seus generais partilhando com eles os espólios de guerra.

Os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra e) Civil.

(UFES) A sociedade ateniense dos séculos V e IV a.C. 1. e a sociedade romana do século II a.C. ao século II d.C. caracterizaram-se, do ponto de vista socioeconômico, pela utilização maciça e generalizada da mão-de-obra escrava. Um aspecto que aproximava o escravismo ateniense do escravismo romano era:

a concessão aos escravos de personalidade jurídi-a) ca, o que lhes garantia, mesmo privados de liber-dade, a capacidade legal de herdar, testar, iniciar processo criminal, testemunhar em juízo e contrair matrimônio com pessoa livre.

a crescente especialização dos ofícios entre os es-b) cravos e os trabalhadores livres, reservando-se aos primeiros as atividades relacionadas à agricultura, à mineração e ao pastoreio, enquanto que os úl-timos se incumbiam do comércio e do artesanato urbanos.

a extrema concentração territorial de escravos pos-c) suindo a mesma origem étnica, o que possibilitou o desenvolvimento de uma consciência de classe, expressa nas revoltas em prol do fim da escravidão, dentre as quais se destaca a liderada por Espárta-co, em 73 a.C.

o aviltamento do trabalho escravo, com a conversão d) de seres humanos em meios inertes de produção, privados de todo direito social, assimilados a bes-tas de carga e reduzidos a objetos padronizados de compra e venda nos mercados urbanos.

o estímulo à concorrência entre trabalho livre e tra-e) balho escravo, o que resultou nos violentos protes-tos sustentados por cidadãos e estrangeiros com o intuito de defender os interesses dos assalariados urbanos e rurais, ameaçados de desemprego.

(UFBA) Assinale as proposições corretas, some os 2. números a elas associados e marque no espaço apro-priado.

Sobre as civilizações da Antiguidade - Oriental e Clássica - é possível afirmar:

(01) A base da religião egípcia era o culto local, o que co-locava cada cidade sob a proteção de um deus e fazia dos sacerdotes o grupo de maior poder e prestígio na sociedade.

(02) A consulta aos signos do zodíaco, tão em voga nas so-ciedades contemporâneas, foi uma prática intensamente desenvolvida entre os povos mesopotâmios.

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(04) O Zende-Avesta, o Livro dos Mortos e o Velho Testamen-to foram textos considerados sagrados, respectivamente, pelos persas, egípcios e hebreus.

08) A civilização fenícia, estruturada em bases agrárias, cons-truiu a sua unidade política, submetendo à autoridade do Imperador o poder dos dirigentes das satrapias.

(16) Os atenienses estruturaram a prática educacional, objeti-vando desenvolver no cidadão um conjunto harmonioso das qualidades do espírito e do corpo.

(32) Os gregos legaram à civilização ocidental uma grande produção nos campos do teatro, da teoria do conheci-mento e da História.

(64) Os princípios de igualdade, de autogestão, de soberania popular e de autodeterminação dos povos foram desen-volvidos na República romana e constituíram uma grande contribuição cultural dos romanos para a civilização ocidental.

Soma ( )

(UFRS) Os itens a seguir referem-se a possíveis carac-3. terísticas da sociedade ateniense e/ou da sociedade romana na Antiguidade Clássica.

I. Organização política centrada na cidade-Estado.

II. Formação de impérios comerciais decorrentes do expansionismo militar.

III. Utilização do trabalho assalariado como mão-de-obra básica.

Quais apresentam características da sociedade atenien-se, da sociedade romana ou de ambas?

Apenas I.a)

Apenas II.b)

Apenas III.c)

Apenas I e II.d)

I, II e III.e)

(Fuvest) O mundo greco-romano e o mundo ocidental 4. moderno criaram colônias ultramarinas e usaram o trabalho escravo.

Indique as diferenças entre esses dois períodos históri-cos no que se refere à colonização e à escravidão.

(Unesp) Os romanos davam aos fenícios o nome de 5. puni. Cartago, antiga colônia fenícia, teve que enfrentar Roma numa série de guerras que duraram, com longos intervalos de trégua, mais de um século (264-146 a.C.). Esclareça o grande motivo da rivalidade crescente entre as duas cidades e indique a principal decorrência para Cartago ao final da terceira Guerra Púnica.

(FGV) Após a conquista da Península ltálica, Roma 6. ampliou seus domínios em torno do Mediterrâneo, que passou a ser designado como mare nostrum, um verdadeiro lago interno que permitia a comunicação, as transações comerciais e o deslocamento de tropas para as diversas regiões romanas. A respeito dessa expansão, é correto afirmar.

A conquista de novos territórios desacelerou o a) processo de concentração fundiária nas mãos da aristocracia patrícia, uma vez que o Estado romano estabeleceu um conjunto de medidas que visava distribuir terras aos pequenos e médios proprietá-rios e à plebe urbana empobrecida.

Apesar da conquista do Mediterrâneo, os roma-b) nos não conseguiram estabelecer a integração das diversas formações sociais ao sistema escravista, nem tampouco se dispuseram a criar mecanismos de cooptação social e política dos seus respectivos grupos dominantes.

As conquistas propiciaram, pela primeira vez na c) Antiguidade, a combinação entre o trabalho escra-vo em larga escala e o latifúndio, associação que constituiu uma alavanca de acumulação econômica graças às campanhas militares romanas.

As conquistas militares acabaram por solucionar o d) problema agrário em Roma, colocando em xeque as medidas defendidas por líderes como os irmãos Graco, que postulavam a expropriação das terras particulares dos patrícios e sua repartição entre as camadas sociais empobrecidas.

A expansão militar levou os romanos a empreen-e) der um duro processo de latinização dos territórios situados a leste, o que se tornou um elemento de constante instabilidade político-social durante a República e também à época do Império.

(Elite) Qual foi o grande descompasso que gerou a 7. expansão romana ao redor do Mediterrâneo?

(Elite) Leia o poema a seguir.8.

Língua Portuguesa

Olavo Bilac

Última flor do Lácio, inculta e bela,

És, a um tempo, esplendor e sepultura:

Ouro nativo, que na ganga impura

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equilíbrio de poderes, instituído após a queda da d) monarquia, evitou totalmente conflitos entre as clas-ses sociais durante toda a República, já que permitiu a participação do povo na vida política.

os plebeus não tinham direito de participação nas e) instituições políticas romanas da República, já que eles eram estrangeiros e não possuíam, portanto, a cidadania romana.

(FGV) Leia atentamente os textos:10.

I. “Como tudo entre nós depende não de uma minoria, mas de todo o povo, [...] quando se trata de resolver as questões de cada um, todos são iguais perante a lei; quando se trata de escolher entre uma pessoa e outra, para posições de responsabilidade pública, o que vale não é o fato de pertencer a determinada classe, mas o mérito real que o homem possui.”

II. “Se alguém atentar contra os tribunos da plebe, [...] ele terá a cabeça imolada a Júpiter, e todos os seus bens vendidos em benefício dos templos.”

Esses textos se referem, respectivamente:

à república espartana e à democracia romana.a)

à democracia grega e à oligarquia de Esparta.b)

à democracia ateniense e à república romana.c)

à oligarquia ateniense e à democracia romana.d)

à democracia ateniense e à tirania de Esparta.e)

(Fuvest) “A história da Antiguidade Clássica é a história 11. das cidades, porém, de cidades baseadas na proprie-dade da terra e na agricultura.”

(MARX, K. Formações Econômicas Pré-Capitalistas.)

Em decorrência da frase de Marx, é correto afirmar que:

os comerciantes eram o setor urbano com maior a) poder na Antiguidade, mas dependiam da produ-ção agrícola.

o comércio e as manufaturas eram atividades desco-b) nhecidas nas cidades em torno do Mediterrâneo.

as populações das cidades greco-romanas depen-c) diam da agricultura para a acumulação de riqueza monetária.

a sociedade urbana greco-romana se caracterizava d) pela ausência de diferenças sociais.

os privilégios dos cidadãos das cidades gregas e e) romanas se originavam da condição de proprietá-rios rurais.

(Fuvest) Sobre as invasões dos “bárbaros” na Europa 12. Ocidental, ocorridas entre os séculos III e IX, é correto afirmar que:

(PUC-Campinas) Leia o texto sobre as instituições 9. políticas da antiga República romana.

“Mesmo para um cidadão romano, seria impossível dizer, com certeza, se o sistema, em seu conjunto, era aristocrático, democrático ou monárquico. Com efeito, a quem fixar atenção no poder dos cônsules, a Constitui-ção romana parecerá totalmente monárquica; a quem a fixar no Senado, parecerá aristocrática, e a quem fixar no poder do povo, parecerá, claramente, democrática.” (Políbio, historiador grego do século II a.C. ln: FUNARI, Pedro Paulo

Abreu. Roma: vida pública e vida privada. São Paulo: Atual, 1993.

p. 21.)

Com base no texto e no conhecimento histórico, pode-se afirmar que:

as instituições romanas não sofreram influências a) dos gregos, uma vez que os romanos mantiveram uma política isolacionista durante todo o período republicano.

os romanos não inovaram na formação das institui-b) ções políticas, já que imitaram o sistema político das civilizações gregas e das civilizações orientais.

a instituição do equilíbrio de poderes, presente na c) constituição da antiga República romana, influen-ciou posteriormente as instituições ocidentais, tra-zendo enorme contribuição à ciência do direito.

A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura.

Tuba de alto clangor, lira singela,

Que tens o trom e o silvo da procela,

E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma

De virgens selvas e de oceano largo!

Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

em que da voz materna ouvi: “meu filho!”,

E em que Camões chorou, no exílio amargo,

O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Com base no texto e em seus conhecimentos, responda:

Por que o autor se refere à Língua Portuguesa a) como a “última flor do Lácio”?

Através do poema podemos perceber uma lin-b) guagem diferente da atual. Pesquise a respeito do poema e do poeta, visando entender o con-texto e a corrente literária em que foi produzido.

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foi uma ocupação militar violenta que, causando a) destruição e barbárie, acarretou a ruína das insti-tuições romanas.

se, por um lado, causaram destruição e morte, por b) outro contribuíram, decisivamente, para o nasci-mento de uma nova civilização, a da Europa Cristã.

apesar dos estragos causados, a Europa conse-c) guiu, afinal, conter os bárbaros, derrotando-os mili-tarmente e, sem solução de continuidade, absorveu e integrou os seus remanescentes.

se não fossem elas, o Império Romano não teria d) desaparecido, pois, superada a crise do século III, passou a dispor de uma estrutura socioeconômica dinâmica e de uma constituição política centralizada.

os godos foram os povos menos importantes, pois e) quase não deixaram marcas de sua presença.

(Unesp) Dos séculos III a I a.C., através de guerras de 13. conquista, os patrícios romanos estenderam a sua do-minação sobre quase todos os povos do Mediterrâneo. Mas essa vitória externa de Roma contribuiu para trans-formar a sua própria ordem social interna. Como uma das mais importantes transformações, podemos citar:

a queda da monarquia e o estabelecimento da re-a) pública.

a Lei das XII Tábuas, que equiparou patrícios e ple-b) beus.

a escravização generalizada dos plebeus e estran-c) geiros residentes em Roma.

a introdução do latifúndio cultivado por escravos, d) em larga escala.

a generalização do trabalho assalariado, estimulada e) pela expansão mercantil.

(PUC-SP) Dentre os itens a seguir, dois representam 14. características integrantes do ideário cristão que, à época do reconhecimento do Cristianismo como religião oficial de Roma (séc. IV), funcionaram como elementos facilitadores da aliança que uniu os interesses da Igreja Cristã aos do Estado romano:

1. O dogma da transcendência divina.

2. As noções de culpa original dos homens e de per-dão divino.

3. Os dogmas da criação e do juízo final.

4. O missionarismo expansionista.

5. A moral celibatária.

6. As concepções de inferno, purgatório e reino dos céus.

7. A estrutura hierárquica da organização clerical.

Os itens corretos são os de número:

5 e 1.a)

3 e 6.b)

4 e 7.c)

6 e 4.d)

3 e 7.e)

(Unesp) O Estado romano edificou-se, passando por 15. transformações prolongadas no tempo. A Monarquia ce-deu lugar à República, que sofreu modificações por cinco séculos. O regime Imperial começou a ser estruturado a partir do ano 27 a.C. Ofereça subsídios que possibilitem a compreensão do processo de desagregação da Re-pública romana e advento do regime imperial.

(Unioeste – modificada) Sobre o mundo antigo, assi-16. nale V nas afirmativas verdadeiras e F nas afirmativas falsas.

Na Grécia antiga, as classes sociais da Atenas clás- )(sica compreendiam a dos cidadãos, a dos metecos e a dos escravos.

A classe dos cidadãos, a que se refere a alternativa )(anterior, era a mais numerosa, superando, em núme-ro, a dos metecos e a dos escravos.

O Império Romano destacou-se pela relação comer- )(cial com outros impérios próximos, o que permitiu o desenvolvimento de Roma sem que houvesse ne-cessidade de conquistas militares de regiões próxi-mas, evitando expansões imperialistas.

A ruralização da sociedade e a introdução do cris- )(tianismo foram sintomas da decadência do Império Romano.

A falência do escravismo antigo e a crise militar do )(século III d.C. foram motivos da decadência e ruína do Império Romano.

Os bárbaros começaram a participar do exército ro- )(mano a partir do terceiro século, contribuindo, desta forma, para a manutenção e fortalecimento do Impé-rio Romano.

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E1.

C 2.

D3.

D4.

D5.

E6.

C7.

8.

Após as Guerras Púnicas, Roma passou a praticar a) um imperialismo militar.

As terras conquistadas eram colonizadas, o povo b) escravizado e as riquezas espoliadas.

São descendentes de fenícios localizados no Norte 9. da África. Enfrentaram Roma nas Guerras Púnicas, marcando o início o expansionismo romano e a crise da República.

E10.

Soma: 5111.

D12.

B13.

D14.

A15.

A16.

C17.

Foram fatores: a crise do escravismo; as invasões bár-18. baras; a ascensão do cristianismo e a divisão político-administrativa.

E19.

C20.

D1.

Soma: 552.

D 3.

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Na Antiguidade, as colônias tinham autonomia política e 4. eram pontos estratégicos como bases militares e(ou) co-merciais. Eram pontos de afluxo migratório de excedentes populacionais. A escravidão, de modo geral, era resultante de dívidas ou produto de guerras. Os escravos eram uti-lizados no setor produtivo e doméstico. Muitos escravos gregos se notabilizaram por tomarem parte importante na educação dos filhos de senhores romanos.

Na época moderna, as colônias são parte fundamental na política econômica mercantilista. São fornecedores obrigados de produtos para a metrópole e são merca-dos consumidores forçados de produtos da metrópole. A escravidão foi praticada contra os índios americanos e negros africanos. Foram utilizados na produção em grandes propriedades. O comércio e o tráfico de escra-vos poderia ser também um fator de enriquecimento da metrópole.

Disputa pela hegemonia no Mediterrâneo Ocidental. 5. Cartago foi derrotada.

C6.

Roma tinha uma estrutura política de cidade-Estado 7. (organizada a fim de resolver problemas relativos a uma cidade-Estado, quer dizer, de pequeno território), mas adquiriu, com a expansão, um tamanho de império. Toda uma série de problemas a seguir advêm desse descompasso entre uma estrutura administrativa que não está preparada a resolver problemas de um império que se forma.

8.

Porque o português é derivado do latim, língua fa-a) lada pelos romanos (Roma fica na região do Lácio, na Península Itálica). Daí ela ser uma “flor” do Lácio, isto é, originada daquela região.

Resposta pessoal do aluno. Mas deve conter da-b) dos, tais como: Olavo Bilac, grande representante da corrente literária do Parnasianismo, vigente nas décadas finais do século XIX no Brasil.

C9.

C10.

E11.

B12.

D13.

C14.

As conquistas imperiais, o êxodo rural e as crises de 15. abastecimento geraram conflitos civis e constantes convocações de ditadores, generais e triunviratos (centralização do poder).

V, F, F, V, V, F16.

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