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    Geografia de Mato Grosso

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    Curso Preparatrio: Polcia Militar/Soldado 83

    GEOGRAFIA DE

    MATO GROSSO

    CAPTULO 01

    LOCALIZAO DO ESTADO DE MATO GROSSO

    1. POSIO GEOGRFICA

    O Estado de Mato Grosso localiza-se na Amrica do Sul fazendo parte da Amrica Latina, a Oeste de Greenwich e ao Sul dalinha do Equador.

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    O Estado de Mato Grosso faz parte da regio Centro-Oeste do Brasil, localizado na parte sul do continente americano.Possui superfcie de 903.357,91 km2, limita-se ao norte com os Estados do Par e Amazonas, ao sul com Mato Grosso do Sul,a leste com Gois e Tocantins e a oeste com Rondnia e Bolvia.

    1.1 FUSO HORRIO

    O Estado Mato-grossense com uma rea de 906.806,9 Km2 localiza-se na Amrica do Sul fazendo parte da Amrica Latina,a Oeste de Greenwich e ao Sul da linha do Equador.

    Mato Grosso est a oeste de Greenwich, 01 (uma) hora a menos em relao hora oficial do Brasil e 4 (quatro) horas emrelao hora oficial mundial ou GMT (Greenwich Meridian Time), localidade nos arredores de Londres, na Inglaterra.

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    1.2 FRONTEIRAS

    O Estado de Mato Grosso faz fronteira com 06 (seis) Estados da federao

    brasileira e 01(um) pas, ou seja, fronteira internacional.

    Fronteiras ao Norte com Estado do Amazonas e o Par, ao Sul com Mato Grosso do Sul, a Leste com os Estados de Goise Tocantins, a Oeste com Rondnia e Bolvia.

    1.3 PONTOS EXTREMOS

    Os pontos extremos do Estado de Mato Grosso so:

    Norte confluncia dos rios Teles Pires e Juruena, municpio de Apiacs;Sul cabeceira dos rios Furnas e Araguaia, no municpio de Alto Taquari;

    Leste extremo sul da Ilha do Bananal, municpio de Cocalinho;

    Oeste cabeceira do rio Maderinha, municpio de Rondolndia

    Localizao

    Pontos Extremosrea

    (Km2)Norte Sul Leste Oeste

    Latitude Longitude Latitude Longitude Latitude Longitude Latitude Longitude

    Brasil +51620 -601243-

    334503-532348 -70928 334503 -73313 -735932 8.547.403,50

    Centro Oeste -72113 -580744-

    240402-541710

    -143216

    -455836-

    100904-613604 1.612.077,20

    Mato Grosso -72113 -5807 44-

    180226-532909 -95027 -501222

    -100904

    -613604 906.806,90

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    CAPTULO 02

    ASPECTOS NATURAIS ASPECTOS NATURAIS

    1. RELEVO

    O relevo corresponde ao conjunto de formao apresentadas pela litosfera. Essas formas so definidas pela estruturageolgica combinada com as aes da dinmica interna e externa da Terra. A estrutura geolgica diz respeito ao tipo de rocha magmtica, sedimentar ou metamrfica , bem como idade que elas apresentam mais antigas ou mais recentes. As

    caractersticas tais rochas condicionam a ao dos fatores modificadores do relevo os chamados agentes de eroso.

    FATORES DO RELEVO

    Os fatores internos so responsveis pela elevao ou rebaixamento da superfcie da crosta terrestre os fatores externos,por sua vez, causam modificaes nessa superfcie.

    Internos: tectonismo, vulcanismo e abalos ssmicos;

    Externos: intemperismos, guas correntes, vento, mar, gelo, seres vivos, entre outros.

    A seguir algumas caractersticas do relevo de Matogrossense:

    Formaes antigas

    Alti tudes modestas

    Sofre ao de agentes externos

    Predomnio de planaltos sedimentares: Chapadas e Chapades;

    Chapada dos Guimares

    2 RELEVO

    O relevo brasileiro e mato-grossense modificou muito pelo

    passar das eras geolgicas sofrendo influncia de agentes

    internos (tectonismo, vulcanismo e abalos ssmicos), bem

    como a influncia de agentes externos (ventos, chuvas, rios,

    ao do Homem, ...). O Brasil na sua parte continental

    bastante antigo, o que faz com que no tenhamos grandes

    altitudes. Na atual Era a Cenozica os agentes externos(exgenos) tm predominado sobre os internos (endgenos)

    o que nos d uma relativa estabilidade geolgica.

    Caractersticas Gerais:

    - Antigo;

    - Altitudes modestas;

    - Sofre ao dos agentes Externos;

    - Predomnio de planaltos sedimentares: Chapadas e

    Chapades;

    CLASSIFICAO ATUAL DO RELEVO:CLASSIFICAO

    ATUAL DO RELEVO:

    A proposta atual de classificao do relevo brasileiro feita pelo professor Jurandyr Ross (1995). Para conclu-la Ross

    baseou-se nos trabalhos anteriores - dos professores Aroldo

    de Azevedo e AbSaber - e nos relatrios, mapas e fotosproduzidos pelo Projeto Radambrasil - entidade governamental

    responsvel pelo levantamento dos recursos naturais do pas.

    O professor Ross d uma nova definio para os conceitosde plancies e planaltos e introduz uma nova forma de relevo,

    as depresses.

    O resultado de seu trabalho foi identificao de 28

    unidades de relevo, sendo 11 planaltos, 06 plancies e 11depresses.

    Dentre as 28 unidades, 11 esto presentes no Estado deMato Grosso, sendo 04 planaltos, 03 plancies e 04

    depresses.

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    Planalto e Chapada da Bacia do Paran este planalto formado por terrenos sedimentares com idade que vo desde

    o Devoniano at o Cretceo e rochas vulcnicas bsicas ecidas do Mesozico. Em Mato Grosso, esse relevo marcadopela formao de costas e pela presena de superfcies altase planas que podem atingir entre 900 a 1000 metros de

    altitude.

    Planalto e Chapada dos Parecis a mais extensa

    unidade geomorfolgica, ocupando o meio norte do Estado.Superfcie aplainada da Chapada dos Parecis apresenta cotasque ultrapassam os 700 metros de altitude nas reasprximas das nascentes dos rios Juruena, Guapor e Jauru,

    declinando em direo a NE, chegando extremidade Nortecom 550 metros. O relevo caracteriza-se por superfciesplanas, apresentando algumas rupturas de nvel (escarpa)nos anfiteatros erosivos das cabeceiras de alguns cursos de

    gua. Est rea apresentam topografia favorvel s prticasagrcolas mecanizadas.

    PlanaltosResiduais sul-amaznicos so reas queemergem das superfcies rebaixadas da Depresso Sul

    Amaznia. Caracterizam-se pela presena de inmeros blocosde relevos residuais, distribudos dispersamente na poro

    no Norte do Estado. Esse conjunto conhecidoregionalmente pelo nome de serras como a Serra dos Apiacs,Serra do Cachimbo e dos Caiabis, Serra do Norte, Serra dasOnas, Serra Formosa e Serra do Roncador.

    Serras Residuais do Alto Paraguai esse conjunto derelevo separa fisicamente a Depresso do Alto Paraguai da

    Depresso Cuiabana. Na poro sul, o conjunto de serrasrecebe o nome de Bodoquena e ao Norte o conjunto conhecido como Provncia Serrana, cuja serra mais conhecida a Serra das Araras. So formas residuais de dobramentos

    muitos antigos, bastante desgastados pela eroso, chegandoa 800 metros de altitude. construda de rochas sedimentares

    tambm muito antigas.Depresso Marginal sul-amaznica compreende uma

    rea que extrapola os limites matogrossenses ao Norte doEstado. O relevo apresenta superfcie rebaixada e dissecada

    em forma predominante convexa dividida por uma infinidadede rios que drenam a regio.

    Depresso Araguaia localiza-se na poro leste doEstado, caracterizada por superfcie plana altitudes entre 200a 300 metros, onde predominam relevos pediplanosconservados, ao lado de plancies de acumulaes que ficam

    inundadas periodicamente. Esta rea drenada pelo rioAraguai e das Mortes.

    Depresso Cuiabana compreende uma rea rebaixadasituada entre o Planaltos dos Guimares e a ProvnciaSerrana, sua topografia representa, de modo geral, uma formarampeada com inclinaes de Norte para Sul com altimetria,

    variando de 200 metros no limite sul e 450 metros no alto valedos rios Cuiab e Manso. Ao Norte aparecem formas convexas

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    e dirigindo-se no sentido do Pantanal aparecem reas querevelam sedimentos de acumulaes recentes.

    Depresso do Alto Paraguai Guapor Compreendeuma rea drenada pelo alto curso do rio Paraguai e afluentes.O relevo tem uma pequena declividade com altitude entre 120a 300 metros. A depresso do Guapor acompanha todo ovale do rio Guapor vinculado a Bacia Amaznica. O relevotem uma altitude mdia de 200 metros.

    Plancie e Pantanal do Guapor corresponde as reasde acumulao freqentemente sujeitas inundaes comaltitude entre 180 a 220 metros. uma rea de sedimentosquaternrios.

    Plancies e Pantanais Matogrossense s essadenominao ocorre devido s feies peculiares queassumem as reas drenadas pelo rio Paraguai e afluentes.Esta plancie no uma rea permanentemente alagada. Asreas sujeitas a inundaes variam com a altura da lminadgua, durao do alagamento e extenso da rea inundada.Sendo assim, pode-se distinguir vrios pantanais como o deCceres, Pocon, Baro de Melgao e etc.

    No Pantanal, tambm encontramos as cordilheiras,pequenas elevaes que sobressaem sobre a plancie.

    Plancie do rio Araguaia (Bananal) Topografia planacom sedimentao recente sujeita a inundaes peridicas,com altitude entre 200 a 220 metros. Em territriomatogrossense corresponde a uma pequena faixa margemesquerda do rio Araguaia.

    3 SOLO DE CERRADO

    cido: Grande quantidade de Fe, Si e Al

    Predomnio do Latossolo

    Correo feita com calcrio Expanso agrcola graas ao POLOCENTRO

    FORMAS DE DEGRADAO DO SOLO

    A ao natural aliada a ao antrpica (Homem) no solotem provocado srios danos, prejudicando a fertilidade do solo.Iremos elencar algumas formas de degradao mais comunsdos solos em Mato Grosso:

    Desmatamento feito de forma predatria, expe o soloa intempries climticas facilitando o aparecimento deeroses tanto na forma de ravinas como em voorocas. Omunicpio de So Jos do Rio Claro tornou-se notrio noslivros de geomorfologia por possuir grandes reas com

    processo erosivo. Compactao refere-se diminuio do perfil

    topogrfico do solo devido ao uso incessante de mquinaspesadas no solo. Essas mquinas so comuns na lavouramato-grossense, sendo assim ocorre uma diminuio doshorizontes do solo.

    Laterizao consiste no processo final da lixiviao,ou seja, a gua das chuvas transporta os sedimentos, deixandouma concentrao de ferro no solo. A retirada da coberturavegetal expe o solo a intensa radiao, o que proporciona oendurecimento do solo, formando as chamadas pedra canga,que so comuns em reas de cerrado.

    Queimadas o uso de queimadas constantes no solocompromete a sobrevivncia dos microorganismos, que soessenciais para formao da matria orgnica.

    Agrotxicos o uso de agentes qumicos eleva aprodutividade na agricultura, no entanto o uso excessivo e

    inadequado prejudicial ao solo e aos mananciais de guapois os agrotxicos podem ser levados pelas chuvas para oscursos de gua, provocando uma eutrofizao dos crregos erios. O estado de Mato Grosso um dos maioresconsumidores de agentes qumicos do pas.

    4 HIDROGRAFIA

    O Estado de Mato Grosso e contemplado com 03 bacias

    principais: a bacia Amaznica, a bacia Platina (rio Paraguai) ea bacia Tocantins-Araguaia.

    Bacia Amaznica

    Essa abrange uma maior rea dentro de Mato Grosso tendoinmeros rios que compe os afluentes da margem direita damaior bacia hidrogrfica do mundo. Os rios so de corredeirasdevido o contato entre as reas cristalinas (serras) com asreas sedimentares (depresses). Dentre os rios dessa baciatemos os rios: Xingu onde se encontra a maior reservaindgena do mundo que o parque do Xingu, rio Guapor um importante afluente do rio madeira que est em fase deestudo para a implantao de uma hidrovia ligando o rioGuapor ao rio madeira em Rondnia, Rio Teles Pires que ao

    encontrar com o rio Juruena vai formar o Tapajs, atualmentetemos estudos para viabilizar uma hidrovia na regio norte deMato Grosso ligando at o rio Amazonas, ainda fazem partedessa bacia hidrogrfica o rio Roosevelt, Aripuan, Arinosdentre outros.

    Rio Guapor faz fronteira com Bolvia e o Estado deRondnia. Banha os municpios de Comodoro, Nova Lacerda,Conquista DOeste, Pontes e Lacerda, Vila Bela da SantssimaTrindade, Jaur, Porto Esperidio, Tangar da Serra, Camposde Julio e Vale de So Domingos.

    Rio Aripuan, faz fronteira com os Estados de Amazonas eRondnia. Banha os municpios de Juruena, Juna,Castanheira, Colniza, Aripuan e Cotriguau.

    Rio Roosevelt tem como seus principais tributrios o rioFlor do Prado, rio Quatorze de Abril e rio Capito Cardoso.Banha os municpios de Rondolndia, Juna, Aripuan eColniza.

    O Salto Dardanelos, no rio Aripuan, fica na rea urbana

    da cidade de Aripuan, um a sucesso de inmeras

    cachoeiras em um desnvel de 150 metros, um dos maisbelos cartes postais do Mato Grosso.

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    Rio Teles Pires, sua bacia ocupa uma rea de

    aproximadamente 146.600 km2 incluindo os Estados de Mato

    Grosso e Par, que utilizam os recursos hdricos da bacia

    principalmente para o abastecimento pblico, agropecuria,

    pesca, turismo, lazer e produo industrial. O Teles Pires tem

    suas nascentes no municpio de Primavera do Leste e suasguas banham dois importantes biomas brasileiros: o

    cerrado e a floresta amaznica.

    Segundo EPE Empresa Produtora Energtica (EPE), do

    Ministrio das Minas e Energia, estima construo de cinco

    novas usinas no rio Teles Pires:

    - U.H Sinop (Julho/2014)- potncia instalada de 461 mW;

    - U.H Colder (fevereiro/2015) - potncia instalada de 342

    mW;

    - U.H Magessi (abril/2015) - potncia instalada de 53 mW;

    - U.H So Manuel (janeiro/2015) - potncia de 746 mW;

    - U.H Teles Pires (setembro/ 2015) potncia de 1,82 mW.

    - BACIA AMAZNICA

    - BACIA DO PARAGUAI - BACIA DO PARAGUAI

    Dos rios que compem a bacia Platina o rio Paraguai o

    nico que nasce em Mato Grosso, na regio da serra Azul

    entre os municpios de Diamantino e Alto Paraguai. Esse rio

    de plancie, isto , propicio a navegao. Tem uma grandefuno ecolgica, que abastecer o pantanal de Mato Grosso,

    pois o rio Paraguai e afluentes os responsveis pelas cheias

    pantaneiras, haja vista que os desnveis desse rio so baixos

    no pantanal. Por ser um rio mendrico, isto , sinuoso, as

    cheias ocorrem com atrasos no pantanal pois a declividade

    chega 1,5 cm/Km no sentido norte-sul e ao menos de 1,0 cm/

    Km no sentido de Leste-Oeste.

    A malha hidrog rf ica do Pantanal fo rmada pe lo rio

    Paraguai e seus maiores afluentes so: So Loureno (670

    Km), Cuiab (650 Km), Miranda (490 Km), Taquari (480 Km),

    Coxim (280 Km) e Aquidauana (565 Km), bem como os rios

    menores: Nabileque, Apa e Negro. A bacia do rio Paraguai

    formada por 175 rios que totalizam 1400 quilmetros de

    extenso dentro do territrio brasileiro.

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    BACIA DO TOCANTINS-ARAGUAIA BACIA DO TOCANTINS-

    ARAGUAIA

    Essa bacia a maior totalmente brasileira, pois a bacia

    Amaznica e a bacia Platina abrangem outros pases.

    O rio Araguaia tem suas nascentes na serra do Caiap a

    850m de altitude na divisa entre os estados de Mato Grossocom Mato Grosso do Sul e Gois. Corta o extremo leste de

    Mato Grosso com uma extenso de 2.115Km sendo o maior

    afluente do rio Tocantins. O rio das mortes o maior afluentedo rio Araguaia, e aps se encontrarem vo formar a ilha do

    bananal que corresponde a maior ilha fluvial do mundo, sendo

    que nesta ilha est reserva indgena dos ndios da etniaKaraj.

    A implantao de uma hidrovia ligando o rio das mortes apartir de Nova Xavantina ao rio Araguaia que por sua vez vai

    ligar-se ao rio Tocantins tem gerado muitas discusses devido

    aos possveis impactos ambientais na regio, no momento ahidrovia est embargada, no entanto a populao do mdio e

    baixo Araguaia vem a hidrovia como grande propulsora do

    desenvolvimento econmico daquela regio.

    5 CLIMA

    FATORES QUE DETERMINAM:

    Latitude;

    Altitude;

    Continentalidade;

    Massas de ar.

    O Estado de Mato Grosso apresenta sensvel variedadede climas, os tipos climticos;

    - Clima Equatorial (Af)

    - Clima Tropical Tpico (Aw)

    TROPICAL TPICO/ CONTINENTAL OU SEMI - MIDO

    TROPICAL TPICO/ CONTINENTAL OU SEMI - MIDO

    Caracteriza-se por uma alternncia: Seco e mido, nosentido Centro-Sul-Leste atingindo a maior parte do Estado.Predominando altas temperaturas com mdias entre 20C a28C, com exceo das reas mais elevadas no Sudoeste

    do Estado. No vero, esse clima influenciado pela massade ar equatorial continental (mEC), que quente e mida,tornando a essa estao chuvosa. No inverno temos a atuaode massa tropical continental (mTC) que da a origem a ventosquentes e secos, e temos tambm nessa estao, a atuaoda massa polar atlntica (mPA), que provoca queda brusca datemperatura na regio, ocasionando o fenmeno conhecidopor friagem. O inicie pluviomtrico nessa regio de 1.500mm/ano, no entanto as chuvas se concentram no vero onde

    ocorrem 70% das precipitaes.

    CLIMA EQUATORIALCLIMA EQUATORIAL

    Caracteriza-se pela pequena amplitude trmica, pelaselevadas temperaturas e por apresentar chuvas o ano todo,

    onde os ndices pluviomtricos esto acima de 2.000 mm/ano, com temperaturas mdias entre 240 C a 270 C,

    predominando na poro Centro-Norte do Estado.

    VEGETAO

    No territrio mato-grossense, temos paisagens florsti-cas pertencentes a trs domnios morfoclimticos: o Domnio

    Amaznico, o Domnio dos Cerrados e o Domnio das Faixas

    de Transies (Pantanal, Complexo do Xingu e Cachimbo).

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    DOMNIO AMAZNICODOMNIO AMAZNICO

    uma das maiores formaes florestais do mundo,cobrindo uma rea que inclui, alm do Brasil, territrios daVenezuela, Colmbia, Equador, Peru, Guianas, Suriname eBolvia.

    uma formao higrfila, isto adaptada a ambientemido, latifoliada (com grande folhas), perene (sempre verde),densa, de difcil penetrao e heterognea, isto , rica em

    espcies vegetais. Ao longo dos espaos amaznicos,podemos notar variaes.

    Localizada na poro Centro-Norte do Estado inserida narea correspondente a Amaznia Legal. Podemos subdividi-lo em:

    - Floresta Periniflia Higrfila Hileiana Amaznica

    - Floresta Subcaduciflia Amaznica

    Caractersticas:

    - Higrfila (Adaptada a ambiente mido)

    - Latifoliada (com grande folhas)

    - Perene (sempre verde)

    - Densa, (difcil penetrao)- Heterognea (rica em espcies)

    - Solo de baixa fertilidade

    Floresta Pereniflia Higrfila Hileiana Amaznica

    Estando no extremo Norte de Mato Grosso, possui rvoresde grande porte, podendo atingir at 70 metros de altura. Oseu aproveitamento econmico esta ligada diretamente explorao da madeira como o mogno, cedro, jacarand,angelim, castanheira, seringueira, peroba e outros. Por trsda sua imensa riqueza e grandiosidade esconde-se umaassustadora realidade: toa a enorme floresta amaznicadesenvolve-se em uma fina e pobre camada de solo, a maior

    parte produzida por ela e que a sustenta. As folhas e galhosque caem so decomposto por fungos e bactrias, formandoo solo orgnico (o hmus) e liberando nutrientes (fsforo,potssio, nitrognio), que so reabsorvidos pelas razes dasplantas.

    Floresta Subcaduciflia Amaznica

    Dentre as formaes vegetais que recobrem amicrorregio Norte mato-grossense, esta a que ocupa maiorparte. Estende tambm, na poro sul e Sudeste da Chapadados Parecis.

    A Floresta Subcaduc iflia formada por rvores de estratosque variam de 15 metros 30 metros, com troncos finos e

    copas pouco desenvolvidas. Essas matas so muito densas,e, por isso, em seu interior h pouca luz: as copas das rvoresso muito prximas umas das outras, chegando quasesempre a se tocarem. Dentre as espcies presentes nessasregies destacam-se; o angico, jatob, seringueira ecastanheira.

    Como subtipos desta floresta, aparecem ainda as Matasde Galeria (ou Ciliar) e a Mata de Poaia.

    As Matas de Galerias localizam-se ao longo dos cursos

    das guas. J a Mata de Poaia destaca-se a espcie a qualoriginou-se o seu nome Ceplhaelis epecacuanha rich que

    j teve grande valor econmico para o Estado de Mato Grosso,

    dada a sua utilizao na industria farmacutica.DOMNIO DO CERRADODOMNIO DO CERRADO

    So formaes vegetacionais associadas com o clima

    tropical semi-mido do interior do Brasil.

    O Cerrado uma formao do tipo savana tropical, com

    extenso de cerca de 2 milhes de km no Brasil Central, compequena incluso na Bolvia.

    Espalha-se por uma extensa regio de So Paulo, MinasGerais, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Gois, Braslia e Mato

    Grosso.

    Caractersticas:

    - Arbustos retorcidos

    - Casca grossa- rvores esparsas

    - Razes profundas

    OBS. So plantas resistentes ao fogo, que assemelham

    as Savanas africanas

    COMPLEXO DO PANTANAL COMPLEXO DO PANTANAL

    Localizado em uma extensa plancie inundvel - bacia do

    Rio Paraguai - a maior plancie inundvel do mundo. Ocupa

    uma rea no Brasil de aproximadamente 150.000 km,

    englobando em territrio do Sudoeste de Mato Grosso e Oeste

    de Mato Grosso do Sul, junto fronteira com o Paraguai e

    Bolvia. Somando os terrenos dos pases vizinhos a rea

    pantaneira ultrapassa a 200.000 km Devido s condies

    mesolgicas, muito mida, h uma mistura de espcies

    vegetais, onde surgem rvores tpicas a Mata Atlntica e

    Floresta Amaznica em reas um pouco mais firme, arbustos

    retorcidos do cerrado em reas onde a gua permanece por

    trs meses, e gramneos no fundo das baas, quando elas

    secam. H tambm a presena de cactceas. Devido

    profuso de espcies, trata-se de um nicho ecolgico, uma

    rea de reproduo animal. O Pantanal um dos mais

    importantes patrimnios naturais do Brasil, com uma fauna

    muito rica so 650 espcies de aves, 80 de mamferos, 260de peixes e 50 de rpteis, de acordo com um levantamento

    feito pela ONG (Organizao No Governamental) WWF.

    Devido profuso de espcies, trata-se de um nicho

    ecolgico, uma rea de reproduo animal. Dentre os vegetais

    mais comumente encontrados podemos destacar: Palmeiras

    (carand e buriti), Aguap, Capim-mimo so, Paratudo,

    Quebracho e Angico.

    - COMPLEXO DO CAXIMBO

    - COMPLEXO DO XINGU

    Localizam-se no extremo norte do Estado;

    Regio de solo arenoso e pobre;

    Vegetao de transio entre Cerrado -Mata de Galeria-

    Campo, ou seja, so formaes arbustivas, com presena de

    gramneas.

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    CAPTULO 03

    ASPECTOS HUMANOS

    3.1 - POPULAO

    Aps a diviso do estado de Mato Grosso em 1979 houveum grande aumento populacional saltando de 1.138.426 para2.854.642 (IBGE,2007), chegando a mais de 3 milhes em

    2010, correspondendo a um crescimento superior a 120%,nas ltimas dcadas.

    Atravs dos dados acima podemos observar que a partirde censo de 1980 a populao de Mato Grosso passa a serpredominantemente urbana. Tendo hoje em torno de 80% dapopulao morando nas cidades.

    O macrocefalismo (inchao) das cidades provocou a que-da do padro de vida mdio da populao, provocando o su-perpovoamento, ou seja, o aumento populacional proporcio-nou em aumento considervel dos problemas urbanos.

    3.2 CENSO 2010

    CRESCIMENTO POPULACIONAL REGIES BRASILEIRA

    Sudeste 42,1%

    Nordeste 27,8%

    Sul 14,4%

    Norte* 8,3%

    Centro-Oeste* 7,4%

    *Continuam aumentando a representatividade nocrescimento populacional, enquanto as demais regies

    mantm a tendncia histrica de declnio em sua participao

    nacional.

    A regio Norte fronteira agrcola mais recente foi a quemais cresceu no ltimo Censo (2010), devido os seguintes

    fatores:

    - boom das commodities agrcolas;- Melhoria da infraestrutura;

    - Encarecimento da produo no Centro-Oeste;

    Ano Total Homem Mulher

    1940 432.265 230.405 201.8601950 522.044 271.078 250.966

    1960 889.539 464.175 425.364

    1970 1.597.090 833.123 763.967

    1980 1.138.691 594.146 544.545

    1991 2.027.231 1.049.228 978.003

    1996 2.235.832 1.154.216 1.081.616

    2000 2.504.353 1.287.387 1.216.966

    MAIORES TAXAS DE CRESCIMENTO (2000-2010)

    As regies Norte (2,09%) e Centro-Oeste (1,91%), obtiveram

    os maiores crescimento.

    As dez Unidades da Federao que mais aumentaram

    suas populaes se encontram nessas regies:

    Amap (3,45%);

    Roraima (3,34%);

    Acre (2,78%);

    Distrito Federal (2,28%);

    Amazonas (2,16%);

    Par (2,04%);

    Mato Grosso (1,94%);

    Gois (1,84%);

    Tocantins (1,80%);

    Mato Grosso do Sul (1,66%).

    De acordo com o IBGE, a componente migratria contribuiu

    significativamente para esse crescimento.

    Estados de ocupao agrcola mais antiga como Mato

    Grosso e Mato Grosso do Sul obtiveram taxas altas, mas sem

    o ritmo das dcadas anteriores, revelando a estabilidade de

    sua estrutura fundiria e de sua produo agrcola.

    Observao: Mato Grosso teve o segundo maior

    crescimento da regio Centro-Oeste, perdendo apenas para

    o Distrito Federal.

    POPULAO ABSOLUTA:

    3 035 122 Habitantes

    DENSIDADE DEMOGRAFICA:

    3,36 Hab./Km2

    MAIORES CIDADES:

    Cuiab 551 098

    Vrzea Grande 252 596

    Rondonpolis 195 476

    Sinop 113 099

    Cceres 87 942

    Tangar da Serra 83 431

    CRESCIMENTO POPULACIONAL CAPITAL: CUIAB

    A capital de Mato Grosso obteve um crescimento inferior a

    do que ocorreu no Estado.

    Entre os anos de 70 80: 112,2 %

    Entre os anos de 2000 2010: 14,0 %

    a menor variao desde 1950, quando a populao da

    cidade deu um salto quase imperceptvel de 3,3%.

    MUNICPIOS QUE MAIS CRESCERAM EM MATO GROSSO

    Sapezal;

    Nova Mutum; Juruena;

    OBS.: Itaba foi o que a maior reduo populacional em

    MT, est entre os cinco do pas.

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    Maiores Cidades de Mato Grosso

    MENORES CIDADES DE MATO GROSSO

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    3.3- DISTRIBUIO DA POPULAO

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    DISTRIBUIO POR SEXO

    Em Mato Grosso contrariando uma tendncia nacional, hum predomnio de Homens, uma diferena de 63.797 pessoas.

    - 1.548.894 homens;

    - 1.485.097 mulheres;

    Brasil: 100 mulheres para cada 96 homens.

    Mato Grosso: 100 mulheres para cada 104,30 homens.

    Cuiab: 100 mulheres para cada 95,5 homens.

    Vrzea Grande: 100 mulheres para cada 98,38.

    Tapurah: 100 mulheres para cada 139,83 homens.

    DISTRIBUIO POR FAIXA DE IDADE

    Acompanha a tendncia nacional, predomnio de adultos.

    Idosos 5,82%

    Adultos 53,46%

    Jovens 40,72%

    3.4 - DIVISO DA POPULAO SEGUNDO A COR3.4 -DIVISO DA POPULAO SEGUNDO A COR

    A populao brasileira e mato-grossense formou-se a partir

    de trs grupos tnicos bsicos: o indgena, o branco e o negro.

    A intensa miscigenao (cruzamentos) ocorrida entre os

    grupos deu origem a numerosos mestios ou pardos (comoso oficialmente chamados), cujos tipos fundamentais so

    os seguintes:

    mulato (branco+negro);

    caboclo ou mameluco (branco+ndio);

    cafuzo (negro+ndio).

    BRANCOS: 37,0%

    NEGROS: 4,5%

    PARDOS: 57,0%

    MARELOS: 0,5%

    NDIOS: 1,0%

    NDIO NDIOOs nativos espalhavam-se por todo territrio nacional,

    formando tribos com diferentes estgios culturais, originados

    de trs grandes lingsticos: Tupi, J, Aruak.

    Tambm desconhecido o nmero de ndios que

    habitavam o espao mato-grossense antes da chegada de

    Pascoal Moreira Cabral. Sabe-se que eram muitos.

    Estudos mostram que nessa poca j existiam disputa

    por territrio entre tribos diferentes. Tambm j conhecida a

    grande diversidade lingstica das tribos que vivem neste

    Estado.

    importante o conhecimento dessa diversidade, para

    entendermos por que muitas tribos so rivais e no conseguem

    se entender. Como exemplo, podemos citar os ndios

    originados da famlia Tupi-Guarani (Apiak, Kayabi) que

    estabelecem boas relaes entre si, porque conseguem se

    entender atravs de uma linguagem semelhante. O mesmo

    no acontecendo se forem colocados juntos os ndios Bororos

    (cujo tronco lingstico o Macro-J), com os ndios Parecis

    da famlia Aruak (tronco lingstico desconhecido) que falam

    lnguas diferentes e tm culturas diferentes.

    Quando o Brasil realizou seu primeiro recenseamento em

    1872, Mato Grosso tinha uma populao de 60.417 habitantes,destes 14,10% foram agrupados como caboclo-ndios. Em1980, um sculo mais tarde, os amarelos constituam 0,41%

    da populao mato-grossense.

    PRINCIPAIS ETNIAS E REAS:

    - XAVANTES:

    Nova Xavantina, Campinpolis, Barra do Garas, So Fe-

    lix do Araguaia, Cocalinho e gua Boa.

    - CHIQUITANO:

    Porto Esperidio, Cceres, Pontes e Lacerda e Villa Bela

    S. Trindade.

    - PARESI:

    Sapezal, Pontes e Lacerda, Campo Novo dos Parecis,

    Tangar da Serra, Campos de Julio e Conquista do Oeste.

    - CINTA LARGA:

    Aripuan e Juna

    - BORORO:

    Rondonpolis, Poxoru, Nova So Joaquim, Baro deMelgao, Santo Antonio do Leverger.

    * KAIAP, KAYABI, AWETI, TRUMAI, WAUR E OUTROS:

    TEXTO COMPLEMENTAR

    Histrico da ocupao do entorno do Xingu

    Apesar de a soja ser o vetor mais recente da degradaoambiental na rea de entorno do Parque Indgena do Xingu, opassivo ambiental da regio j existia. Est associado his-tria de ocupao da regio, marcada pelos projetos da Su-perintendncia de Desenvolvimento da Amaznia (Sudam),criada em 1966, pelos projetos de colonizao do InstitutoNacional de Colonizao e Reforma Agrria (Incra) e de em-presas particulares.

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    O resultado foi a intensa especulao de terras, desenca-deada com fora na dcada de 1960, e o incentivo ao desen-volvimento agrcola e pecurio, sem qualquer tipo de cuidadoambiental, o que gerou um quadro de expressiva degradaoambiental. Para se ter uma idia, dados do Instituto Nacionalde Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a rea desmata-da no Mato Grosso passou de 920 mil hectares em 1975 para6 milhes de hectares, em 1983.

    Essa histria comeou nos anos 1940, quando o presi-

    dente Getlio Vargas criou a Marcha para Oeste. O objetivo eradesbravar uma parte do Brasil, at ento desconhecida e iso-lada do contexto nacional, e realizar obras de infra-estruturapara permitir sua ocupao por no-ndios e integrar econo-micamente o Centro-Oeste ao Norte e Sul do pas. Paralela-mente, Vargas organizou a Expedio Roncador-Xingu, cujamisso era abrir o caminho e realizar o reconhecimento ofici-al das reas ocupadas pelos povos indgenas. O nome foidado em referncia Serra do Roncador, divisor de guasentre o Rio das Mortes (Bacia do Araguaia) e o Rio Xingu, noleste do Mato Grosso. A expedio era subordinada Funda-o Brasil Central (FBC), criada no mesmo ano, 1943, cujameta era estabelecer ncleos populacionais.

    A partir de 1946, a FBC comeou a se instalar na regioleste do Mato Grosso e iniciou-se o trabalho dos irmos Vi-llas Boas, indigenistas, integrantes da Expedio Roncador-Xingu. A misso dos Villas Boas era contatar grupos indge-nas que vivessem nos locais onde seriam implementados osncleos de desenvolvimento e lev-los para outros lugares.Essa misso se estendeu pela dcada de 1950 e incio dosanos 1960 e foi acompanhada por uma forte campanha parademarcar e proteger as Terras Indgenas da regio. Doze anosdepois, em 1964, era criado o Parque Indgena do Xingu.

    Os militares e o surto desenvolvimentista

    Naquele ano, logo aps o golpe militar, o presidente Cas-tello Branco instituiu a Operao Amaznia, estratgia que vi-

    sava introduzir um modelo de desenvolvimento econmico naregio amaznica, com base em obras de infra-estrutura -como a abertura de rodovias - e em incentivos fiscais e crdi-tos iniciativa privada. Entre as diretrizes estabelecidas, me-rece destaque a criao da Superintendncia de Desenvolvi-mento da Amaznia (Sudam), que seria a partir daquele mo-mento e at o final dos anos 1980 o principal norteador daocupao da regio a leste do Xingu por grandes projetosagropecurios. Extinta em fevereiro de 2001 sob uma enxur-rada de denncias de desvio de dinheiro pblico, acaba deser recriada, em novas bases, pelo governo Lula.

    Se at a dcada de 1950, grande parte das reas de flo-resta amaznica e de cerrados no norte do estado do Mato

    Grosso estava bem preservada e praticamente intacta nosanos 1960 a estratgia do governo federal de intensificar aocupao na regio das nascentes do rio Xingu, gerou osprimeiros desmatamentos a leste do parque indgena, cujasterras haviam sido demarcadas em 1961 pelo presidente J-nio Quadros.

    A ocupao da regio das nascentes do Rio Xingu - e donorte do Mato Grosso - no se restringe, no entanto, aos gran-des empreendimentos agropecurios. O outro eixo da estra-tgia de ocupao e desenvolvimento da regio foi a polticade colonizao, que era dirigida pelo Instituto Nacional deColonizao e Reforma Agrria (Incra) e contava com incenti-vos fiscais da Sudam para projetos privados de colonizao.Essas iniciativas foram implementadas nas dcadas de 1970e 1980, destinadas ao assentamento de pequenos produto-res do sul, produo de lavouras alimentares (arroz, milho emandioca) e ao desenvolvimento da pecuria bovina. Os pro-

    jetos de colonizao, princ ipalmente os de carter privado,tornaram-se marcos importantes na formao de cidades.

    CAPTULO 04

    CRESCIMENTO URBANO

    4.1 URBANIZAO

    o aumento da populao urbana sobre a populao rural.

    Caractersticas:

    A partir da dcada de 80

    - Processo Rpido

    - Centralizado

    - Desorganizado

    Conseqncias:

    - Violncia

    - Falta de moradia

    - Favela

    - Trnsito precrio

    - Desemprego

    MIGRAES

    Atualmente o Mato Grosso aparece como uma das maioresfrentes pioneiras da Amaznia. A ocupao do norte do estadose iniciou com a abertura da BR 163 inaugurada em 1974. Osprimeiros empreendimentos foram realizados por empresasprivadas de colonizao que implantaram projetos demilhares de hectares e de onde surgiram cidades como AltaFloresta, Colder ou Sinop. At 1978, o INCRA no tinha nenhumprojeto na regio. O custo alto de implantao e o sucessodos projetos privados levaram o INCRA a desenvolver um novotipo de colonizao pblica: o PAC (Projeto de AssentamentoConjunto) onde seriam somadas as experincias e recursosdo rgo colonizador oficial (INCRA) e da iniciativa privada

    (cooperativas)A part ir de imagens de satlite da srie Landsat, fo irealizado um estudo multitemporal da ocupao do solodesses projetos. Esse trabalho mostra a dinmica dodesmatamento em cada um dos seis projetos para quatrodatas diferentes. A observao das imagens em conjunto coma realizao de trabalhos de campo permitiu identificar algunsfatores responsveis pela a forma e a velocidade dosdesmatamentos, assim como os modos de uso do solo.

    Em trinta anos, o Mato Grosso tornou-se numa dasfronteiras mais ativa da Amaznia. Quando o governo federalcriou o PIN (Plano de Integrao Nacional) em 1970, apenaso sul do atual estado do Mato Grosso j tinha sofrido ocupao

    e principalmente devido: ao garimpo (bacia do rio Cuiab eregio de Diamantino), pecuria (Pantanal) e agriculturafamiliar (regio de Rondonpolis). Em 1974, a abertura da BR163 ligando Cuiab Santarm levou vrios projetos decolonizao privada (SINOP, LDER, INDECO...) em direoao interior do estado e a outras regies da Amaznia. No finalda dcada de 70, o governo federal procura implementarprojetos de colonizao pblica ao longo da BR 163. O INCRAno quis assumir sozinho a realizao desses projetos edecide ento estabelecer parcerias com associao deprodutores ou cooperativas. So criados os PAC (Projeto de

    Assentamento Conjunto). No Mato Grosso, o governo instalaseis PACs, todos ao longo da BR 163.

    No incio dos anos 1980, vrios colonos vindoprincipalmente das regies de tenso social do sul do pascompraram lotes nesses PACs e comearam a implantar aagricultura nessa regio da Amaznia Legal a marcha para ooeste: em busca do progresso

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    Em 1937, o Governo VARGAS, visando alargar as fronteirasocupacionais, dentro das fronteiras fsicas do Pas, decideocupar os grandes vazios demogrficos existentes no Oestedo territrio brasileiro, iniciando, ento, talvez um dos maisambiciosos projetos colonizadores j desenvolvidos por umgoverno no Sculo XX.

    Foi uma iniciativa governamental progressista, cujosresultados refletem-se, ainda hoje, no modo de vida e emdiversos problemas ainda enfrentados pelas populaes

    locais. Desenvolvida por cerca de quarenta anos, a Marchapara o Oeste fundou cerca de 43 vilas e cidades, construiu 19campos de pouso, contatou mais de 5 mil ndios e percorreu1,5 mil quilmetros de picadas abertas e rios. A integrao doVale do Araguaia economia nacional e a construo derodovias como Belm-Braslia e Araguaia-Cuiab tambmpodem ser creditadas como conseqncia desteempreendimento e, cidades como Braslia e Goinia vem naesteira deste esforo de desenvolvimento e ocupao dasterras da fronteira oeste do pas.

    Neste contexto, o Oeste, com enorme potencial deprodutividade agrcola e com as necessidades dos centrosurbanos em plena expanso, a Marcha tambm promoveu a

    migrao de trabalhadores brasileiros, o que se pretendeufazer com base em pequenas propriedades de terra.

    Desta forma, ainda que nesta poca sejam encontradasreferncias ocupao do Estado pela tica de minifndios oseu territrio foi e continua sendo predominantementedemarcado pela presena de latifndios. E, em geral, umamoderna e mais eficiente marcha para o oeste continuaadentrando os estados de Rondnia, Par e a Amaznia comoum todo.

    O desenvolvimentismo dos anos 70 e 80: A OCUPAOINCENTIVADA

    Nos anos 1970-80, o esgotamento das fronteiras agrcolas

    nos estados do Sul, entendendo-se a o devastamento dequase todas as florestas ento existentes, associado a umamaior pauperizao do homem do campo (no s naquelesestados, como em vrias outras regies do Pas) d ensejo aque as terras do Centro-Oeste sejam novamente pervadidaspor levas e mais levas de migrantes em busca de novas reaspara desbravamento e cultivo - terras mais baratas e maisfceis de serem adquiridas.

    Colonos do Sul, em grande maioria, buscam nas terras deMato Grosso e de Rondnia, e, posteriormente, mais ao norte,na regio amaznica e, inclusive, alm fronteira, no Paraguai,novas fronteiras a serem exploradas em busca de melhorescondies de vida.

    A ocupao das terras deste Estado se d conforme trsvertentes migratrias que se somam propiciando um dosprocessos de desbravamento mais predatrios da natureza

    j verificados no Pas:

    a) iniciativas individuais/familiares, configuradas pela levade famlias que, autonomamente buscaram as terras mato-grossenses;

    b) companhias de colonizao que, por meio de estmulose facilidades propiciadas pelo poder pblico federal e estadual,promoveram a ocupao massiva de determinadas reas doEstado (algumas das cidades mato-grossenses foraminclusive nominadas com as siglas destas companh ias);

    c) programas governamentais que foraram estaocupao.

    Neste perodo, a ocupao desordenada e indiscriminadada poro noroeste do Estado, teve seus efeitos, em termosde impactos ambientais, amplamente divulgados.

    Apesar do s disc ursos of ic iai s, das boas in ten esdiscursivas e de resultados positivos no que tange implementao de infra-estrutura para acesso s regies defronteira, os processos de ocupao daquele perodo foramconsiderados verdadeiros desastres sob o ponto de vistaambiental. Esta dinmica, que associa problemas sociais nascamadas menos favorecidas com problemas ambientais,indicam que o Mato Grosso ingressou num processo deacelerada explorao dos seus recursos, num processo que

    caracteriza-se por sua insustentabilidade.Desta forma, se at a dcada de 1970 a ocupao das

    terras de Mato Grosso foi realizada em funo da apropriaodo territrio, nas dcadas seguintes, esta foi determinadasobretudo pela busca de novas terras para trabalho e,principalmente, pelo uso da terra como objeto de negcio.

    Em 1985, o Censo Agropecurio realizado pelo IBGEmostrou o perfil da ocupao das terras de Mato Grossorevelando que o mesmo contava com 78.370estabelecimentos e, que, 70% destes tinham menos de 100hectares e correspondiam to somente a 3% da rea total,enquanto que os com mais de 1000 hectares (7% do total),abarcavam 83% da rea total dos estabelecimentos. [71]

    Predominantemente, o Estado (a regio Centro-Oeste) estavaconstitudo por grandes estabelecimentos agropecurios(latifndios), situao que perdura at os dias de hoje.

    Neste perodo, os agentes institucionais federais eestaduais estavam, em geral, estrategicamente voltadospara apoiar a ocupao do territrio e motivar odesenvolvimento da poro Centro-Oeste do territrionacional. Na prtica, pouca ateno foi efetivamente voltadapara a varivel ambiental. Implicaes decorrentes do nofortalecimento institucional, resultaram tambm numareduzida capacidade gerencial dos rgos pblicos e naobservncia de fragilidades internas s agncias executorasdos projetos e programas governamentais levados a efeitoneste lapso de tempo.

    A preocupao maior, existente no perodo, foi voltada ocupao efetiva do territrio e, pouco foi realizado no sentidodo fortalecimento das instituies gestoras no mbito doEstado e, ademais, isto tambm ocorre nos outros estadosque sofreram os efeitos dos processos migratrios edecorrente ocupao scio-econmica.

    Neste perodo, o desmatamento e a explorao pura esimples, de resultados imediatistas, de lucro relativamentefcil , em geral, sempre associado ao desenvolvimento doEstado e a conceitos tais como progresso, prosperidade,avano da civilizao, abertura de novas fronteiras agrcolas.Conceitos estes que, como se observa na atualidade, vemsendo submetidos a novos pontos de vista, processos dereavaliaes e de redefinies.

    neste cenrio que se planeja e executa o ProgramaIntegrado de Desenvolvimento do Noroeste do Brasil(POLONOROESTE) cujos resultados negativos serviriam paraembasar muitas das justificativas de definio do seusucessor o PRODEAGRO, objeto desta Avaliao Final.

    o polonoroeste: o antecedente do prodeagro

    neste contexto e com este histrico poltico, institucionale social de ocupao territorial e, ainda sob a vigncia destaviso de mundo que, em 1980, reconhecendo os crescentesproblemas scio-econmicos causados pela migraoacelerada [73], o Governo Brasileiro lanou mais um programa

    de investimentos nas reas de fronteiras agrcolas deRondnia e Mato Grosso: o POLONOROESTE.

    Criado no final da dcada de 1970, somente foi assinadoem 1982, sendo financiado com recursos do Banco Mundial.Foi coordenado pelo Governo Federal e executado por

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    instituies federais e estaduais. Seu principal produto foi aconstruo/pavimentao da BR-364. [74]

    Este programa, de cunho nitidamente desenvolvimentista(...) visava orientar o ordenamento do processo de ocupaoem curso, estabelecendo e consolidando uma estrutura fsicae social sustentvel e, foi efetivado em reconhecimento doscrescentes problemas scio-econmicos causados pelamigrao acelerada. Em sua gnese, foi reputado como umatentativa da maior importncia, por parte do governo brasileiro

    de ordenar a ocupao do espao rural da regio e, um dosmaiores programas de desenvolvimento do Governo.

    O POLONOROESTE consumiu US$423,4 (quatrocentos evinte e trs milhes e quatrocentos mil dlares), distribudosem quatro projetos principais, dois projetos adicionais e umfinanciamento complementar, assim distribudos:

    NOROESTE 1 - Proteo Ambiental e DesenvolvimentoAgrcola 1, aprovado em 1981, emprstimo 2060-BR, no valorde US$67,0 (sessenta e sete milhes de dlares), destinado melhoria das colonizaes agrcolas existentes naRondnia Central;

    NOROESTE 2 - Proteo Ambiental e DesenvolvimentoAgrcola 1, aprovado em 1982, emprstimo 2116-BR, no valor

    de US$26,4 (vinte e seis milhes e quatrocentos mil dlares),destinado a atividades semelhantes em Mato Grosso;

    NOROESTE 3 - Novas Colonizaes, aprovado em1983, emprstimo 2553-BR, no valor de US$65,2 (sessenta ecinco milhes e duzentos mil dlares), destinado colonizao das terras no ocupadas em Rondnia;

    Em adio aos esforos pretendidos peloPOLONOROESTE tambm foram executados os seguintesprojetos:

    SADE DO NOROESTE, aprovado em 1981, emprstimo2061-BR, no valor de US$13,0 (treze milhes de dlares),destinado a melhoria das condies de sade nas reas decolonizao em Rondnia e Mato Grosso;

    RODOVIAS DO NOROESTE, aprovado em 1981,emprstimo 2062-BR, no valor de US$240,0 (duzentos equarenta milhes de dlares) destinado a ajudar a financiara pavimentao da rodovia federal BR-364, entre Cuiab/MT ePorto Velho/RO.

    Em 1983, por meio do Programa de Aes Especiais (SAP),o Banco tambm aprovou um financiamento suplemementarno valor de US$22,8 (vinte e dois milhes de dlares). Osrelatrios de encerramento do POLONOROESTE, excetoaquele relativo ao ltimo projeto agrcola - emprstimo 2353-BR, foram todos preparados em 1991, sendo que o do projeto2353-BR foi encerrado em 31 de maro de 1992.

    No entanto, tendo em vista que a nfase do mesmo foivoltada para a implementao de infra-estrutura e, muitopouco para o desenvolvimento social, observa-se que osresultados desse Programa, entretanto, no foramsatisfatrios do ponto de vista scio-ambiental, nem paraRondnia e nem para Mato Grosso.

    Uma avaliao de meio-termo, realizada em 1984,acentuou as diferenas entre o motivo pelo qual o projetotinha sido planejado e a maneira pela qual estava sendoimplementado, ou seja, entre o que foi inicialmente previsto eo que estava efetivamente sendo feito foram constatadosdiversos problemas, dentre os quais merecem destaque:

    a) liberaes inadequadas e atrasadas de fundos de

    contrapartida;b) o virtual desaparecimento de crditos de investimento

    necessrio para estabelecer culturas perenes;

    c) integrao ineficiente das agencias participantes;

    d) alta migrao no esperada;

    e) desmatamento no controlado;

    f) contnuos abusos em reas no adequadas defertilidade marginal do solo.

    Neste perodo, vale observar que o Conselho Nacional doMeio Ambiente (CONAMA) tambm apresentava algumaspreocupaes quando, considerando que a estratgia doPrograma POLONORESTE manter um razovel equilbriosocial e ambiental na Regio Noroeste do Pas, e (...) anecessidade de se compatibilizar as atividades desse

    Programa, cria uma Comisso Especial com as diretrizesdo CONAMA. Por ser um Programa estratgico existiu apreocupao de que tambm estivesse compatibilizado comas estratgias em nvel federal, ou seja, no faltarampreocupaes de ordem estratgica apesar de que, com otempo, estas se verificassem com pouco eficientes em relao preservao do meio ambiente.

    A despeit o destas preocupaes, tendo em vista ascondies efetivamente propiciadas em decorrncia damelhoria de acesso s regies abrangidas pela aes deinfra-estrutura do POLONOROESTE, o processo de migraoe desflorestamento acelerou-se, transformando radicalmente,em menos de uma dcada, quase toda a estrutura social,

    cultural e ambiental onde este Programa foi desenvolvido.Por um outro lado, o POLONOROESTE tambm se

    propunha a assentar comunidades de pequenos agricultoresembasada na agricultura auto-sustentada, com atendimentobsico nas reas de sade, educao, escoamento daproduo, protegendo a floresta e garantindo a manutenodas terras e das culturas das comunidades indgenas.

    Isto provocou a imediata reao de organismosinternacionais, principalmente aqueles ligados s questesambientais, que elegeram o Banco Mundial como alvo principal,acusando-o de financiar o desmatamento da Amaznia. E oPOLONOROESTE foi descontinuado.

    Em geral, quando se consulta as fontes informacionais

    disponveis, particularmente aquelas que fundam osargumentos dos projetos governamentais seqentes, oPOLONOROESTE apresentado com o grande vilo,constituindo-se no saco-de-pancadas predileto dasconsideraes e argumentaes e, em geral, comum oesquecimento de que este Programa foi levado a efeito porum conjunto de agentes que permaneceram no tempo e que,todo um conjunto de elementos culturais e entendimentosparticularizados destes agentes antecederam a existnciado mesmo e se mantiveram nos programas/projetosseguintes, ainda que os novos empreendimentos mudassemsuas nfases discursivas. O POLONOROESTE seria maisum da lista de projetos e programas que tiveram problemas

    na sua execuo. Restaram, no entanto, algumas liesreputadas como aprendidas pelos diferentes agentesenvolvidos na sua execuo (governos federal e estaduais).

    Ocupao da Amaznia Matogrossense

    A ocupao da Amaznia matogrossense ocorreu sem quequalquer tipo de reflexo fosse feita a respeito dasparticularidades da regio. Inmeros projetos de colonizaoforam implantados pelos Governos Federal e Estadual eexecutados pela iniciativa privada, especialmente no contextode ocupao dos espaos vazios do territrio nacional to emvoga no regime militar, ou seja, a regio era vista como umavlvula de escape das tenses sociais que estavamocorrendo em outras reas, principalmente aquelas de carter

    fundirio do Nordeste (latifndio) e, tambm as conseqnciasdo elevado crescimento populacional da regio Sudeste.

    Vale ressaltar as polticas pblicas direcionadas para aimplantao de plos de desenvolvimento, como por exemploo Polocentro, o Polonordeste e o Polamaznia. No caso doPolocentro foi direcionado para a expanso da cultura de gros

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    (soja e arroz, principalmente) nas reas de cerrado do CentroOeste brasileiro. J os investimentos do

    Polonordeste foram destinados para projetos de irrigaona Zona da Mata nordestina e no Serto. O Polamaznia foiresponsvel pela implementao de plos de desenvolvimentoagromineral e agropecurio na regio amaznica, dando incioaos processos de desatamento desta rea.

    A partir dos anos 70, ocorreu uma maior insero do estadode Mato Grosso no mercado nacional e internacional. Esta

    incorporao da rea com a expanso capitalista aumenta aprocura pela propriedade privada e grandes fazendasagropecurias vo sendo formadas por meio definanciamentos nas reas de cerrado, consideradas at entoinadequadas para fins agrcolas.

    O processo de ocupao e uso dos recursos naturais nessaregio foi acelerado pelo forte investimento do Governo Federalem obras de infra-estrutura, principalmente na construo derodovias como a Transamaznica e a BR-163 que liga Cuiaba Santarm.

    Eram abertos os chamados corredores de desmatamento, ou seja, medida que diversas reas iam sendo desmatadasa partir de um eixo central da rodovia, contribua para um

    desmatamento podendo chegar at 50Km mata adentroAponta para o fato de que a colonizao do Norte de Mato

    Grosso comea por iniciativa de trs grandes empresascolonizadoras: SINOP - Sociedade Imobiliria Norte do Paran;COLIDER - Colonizadora Integrao e DesenvolvimentoRegional e INDECO - Integrao desenvolvimento eColonizao. Em 1972, o grupo econmico pertencente colonizadora SINOP de propriedade do senhor Enio Pipino,adquiriu uma rea de 48.670.000 Km2 de terras do municpiode Chapada dos Guimares, onde teve incio o processo deformao das cidades de Vera e Sinop, entre outros ncleosurbanos localizados na ento denominada Gleba Celeste.

    Assim, o incio do desmatamento da rea contribuiu para

    o desenvolvimento das cidades, visto que a explorao demadeira tornou-se a principal atividade econmica da regionorte e noroeste do Estado.

    OS PRIMEIROS PROJETOS DE COLONIZAOOSPRIMEIROS PROJETOS DE COLONIZAO

    Histrico resumido da origem dos municpios na regiodas nascentes do rio Xingu.

    Municpio Povoamentogua Boa 1950-1960 - doao de terras

    produtores e empresrios do sule sudeste;

    1970 - primeiro projeto decolonizao pela ComercialAgrcola e Colonizao Ltda(COMAGRA), voltado ao cultivodo arroz e atividades pastoris;1974 -projeto de colonizao daCOOPERCOL e CONAGRO(Colonizao e ConsultoriaAgrria);1975 - novos contingentes decolonos atravs daCOOPERCANA e incentivosfiscais para cultivo no cerrado;

    1976 - fundao do ncleourbano;1979 - criao do municpio.

    Campinpolis

    1973 - formao do povoado deJatob, em Barra do Garas,com produtores de Gois eMinas Gerais, e cultivo do milho,arroz e feijo para famlia;- extenso do movimentocolonizador de Nova Xavantina;1980 - criao do distrito deCampinpolis;1986 - criao do municpio.

    Canarana 1971 - Nasce a CooperativaColonizadora 31 de Maro(COOPERCOL) voltada atividades pecurias;1972 - 1975 - Primeiros colonos,estabelecimento de uma agrovilae colonizaes assentadasatravs da empresa deColonizao Consultoria Agrria

    (CONAGRO S.C. Ltda) e daEmpresa CaciqueEmpreendimentos;1975 - ncleo urbano deCanarana;1975 - projetos de colonizaoatravs da COOPERCANA;1979 - criao do municpio.

    Cludia 1978 - Incio do projeto decolonizao pela empresaSociedade Imobiliria doNoroeste do Paran S/A

    (SINOP), na maior parte domunicpio e pela ColonizadoraMaik, responsvel pela Vila

    Atlntica;1985 - criao do distrito deCludia;1988 - criao do municpio;

    Feliz Natal 1950 - a regio participa da"Terceira Borracha" ;1978 - empresrios madeireirosde Sinop deslocam-se para aregio do Rio Ferro;- ocupao se efetiva apscolonizao de Sinop, Cludia,Santa Carmem e Vera;1995 - criao do municpio.

    Gacha doNorte

    1979 - projeto da ColonizadoraGacha e implantao do ncleode Gacha do Norte;1980 - fluxo migratrio do Sul ecultivo da seringa comoalternativa agricultura;

    1980- criao do distrito deGacha;1997 - criao do municpio.

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    Marcelndia

    1977 - Primeiro projeto decolonizao Colonizadora MaikLtda;1980 - Implantao do ncleourbano Marcelndia;1982 - criao do distrito deMarcelndia;1986 - criao do municpio.

    Nova Ubirat

    1960 - explorao da seringa no

    Rio Novo ("Terceira Borracha").Ubirat Spinelli compra aFazenda Ubirat;1970 -1980 - colonizao epovoamento, atravs do cultivoda soja em Sorriso;1995 - criao do municpio.

    Nova Xavantina1944 - fundao da VilaXavantina, administrada at1967 pela Fundao BrasilCentral; assentamento decolonos do Norte e Nordeste;19774- colonizao atravs daempresa CONGAGRO;

    1980 - criao do distritoXavantina, a partir de Barra doGaras;1986 - criao do municpio.

    Novo SoJoaquim

    1940-50 - povoamento sobinfluncia da Fundao BrasilCentral;1970 - incio de povoamentocom migrantes de Gois.1980 - projeto de colonizao eincentivos fiscais para cultivo nocerrado.1981 - criao do distrito de So

    Joaquim;1986 - criao do municpio.

    Paranatinga 1963 - povoamento estimuladopela explorao de diamante;posteriormente ocupao porposseiros agricultores;1969 - criao do distrito deParanatinga;1979 - criao do municpio.

    Peixoto deAzevedo

    1950 - movimentao atravs da"Terceira Borracha";1973 -abertura da BR-163 peloexrcito e chegada dos colonos;1979 - invaso de garimpeiros;

    1980 - assentamento depequenos produtores dabarragem Jacu, atravs doprojeto de colonizao mistoINCRA e Cooperativa TritcolaErechim (COTREL);1981 - criao do distrito dePeixoto de Azevedo;1986 - criao do municpio.

    Querncia 1975 - fundao da Empresa deColonizao Consultoria Agrria(CONAGRO S.C. Ltda)implantou projetos decolonizao na mesma poca daCOOPERCANA;1986 - primeiros moradores;1991 - criao do municpio.

    Santa Carmem

    1972 - colonizaocontempornea Sinop, pelacolonizadora SINOP;1981 - criao do distrito deSanta Carmem;1991 - criao do municpio.

    So Flix doAraguaia

    1940 - 1960 - instalao degrandes agropecurias e vinda

    de imigrantes do Norte e doNordeste;1948 - criao do distrito de SoFlix.1976 - criao do municpio.

    So Jos doXingu

    1974 - ocupao atravs decolonizao para atividadepecuria;1976 - intensificao dopovoamento;1991 - criao do municpio.

    Sinop 1969 - projeto de colonizaoem rea denominada "Gleba

    Celeste", adquirida pelaColonizadora SINOP S/A(Sociedade Imobiliria doNoroeste do Paran).1972 - incio do projeto, tendo ocaf e cacau como produto deponta. Instalao de uma usinade lcool cuja matria-prima foi amandioca;1976 - criao do distrito deSinop;1979 - criao do municpio.

    Unio do Sul 1978 - colonizao porintermdio da ColonizadoraItaipu;1984 - Incio da colonizaoprivada com famlias vindas doRio Grande do Sul, Paran eSanta Catarina;1995 - criao do municpio.

    Vera 1954 -imigrantes japoneses, comdoao de terras paraexplorao de seringueira elavoura; nasce a primeira colniaagrcola da Gleba Rio Ferro de

    pequenos agricultores. Aexplorao da seringa abandonada.1971 - incio da colonizaoatravs da Colonizadora SINOPS/A;1972 - chegada de outrascolonizadoras e grandesagropecurias Sul. Surge oncleo urbano de Vera, sendo aprimeira cidade da GlebaCeleste.1976 - criao do distrito de

    Vera;1986 - criao do municpio.

    Fonte: Sanches & Gasparini (2000). Origem dos dados: "Estudos de

    Realidade dos municpios" (EMPAER), entrevistas em 1999 e Ferreira

    (1997)

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    4.2 ECONOMIA

    Mato Grosso tem crescido economicamente muito acima

    da mdia nacional. Esse crescimento econmico pode ser

    comprovado com os dados referentes evoluo da

    exportao do estado.

    INDSTRIA

    DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO MATO GROSSO

    O Estado que mais cresceu a partir de 1980, com base no

    agronegcio, parte para o seu segundo ciclo de crescimento,agora com base tambm na indstria.

    Bero esplndido do agronegcio, representando 1/5 daproduo brasileira de soja, milho, arroz e algodo, e com o

    maior rebanho do pas, Mato Grosso inicia sua

    industrializao. A maior parte dos projetos est relacionadaao agronegcio, como as unidades de abate de aves, sunos

    da Perdigo-Sadia, em Lucas do Rio Verde (centro-norte do

    Estado) e Nova Mutum. Tambm tm destaque a cearense

    Santana Txtil, em Rondonpolis; Biopar (Biocombustvel

    Parecis), Barralcool, as multinacionais do setor debeneficiamento e processamento de gros, Bunge, ADM e

    Cargill; e a Carrolls Foods, em Diamantino, ligada

    suinocultura.

    BALANA COMERCIAL

    MATO GROSSO

    US$ 1.000 FOB

    O grande motor desse crescimento tem sido a agropecu-ria e os setores ligados a ela. Essa vocao para a agrope-curia tem atrado empresrios das diferentes regies do pas.Das exportaes a soja tem tido maior destaque na balanacomercial, enquanto que nas importaes tem tido maior vul-to os setores de adubos e fertilizantes constantemente utiliza-dos na agricultura, como pode ser observado nas tabelas aseguir:

    EXPORTAES DO ESTADO DE MATO GROSSO

    PRINCIPAIS PRODUTOS

    JANEIRO - DEZEMBRO

    2004

    Ano / Ms E x p o r t a o I m p o r t a o S a l d o

    Valor (A) Var% (*) Valor (B) Var % (*) (A) (B)

    1998 652.661 -40,57 83.997 -90,68 568.664

    1999 741.095 13,55 149.681 78,20 591.414

    2000 1.033.354 39,44 90.644 -39,44 942.709

    2001 1.395.772 35,07 136.532 50,62 1.259.241

    2002 1.795.853 28,66 209.049 53,11 1.586.804

    2003 2.186.163 21,73 276.688 32,36 1.909.474

    2004 3.101.889 41,89 417.680 50,96 2.684.209

    2005 4.151.628 33,84 410.199 -1,79 3.741.429

    2006 4.333.468 4,38 406.518 -0,90 3.926.950

    2007 5.130.866 18,40 753.285 85,30 4.377.581

    2008 7.812.346 52,26 1.277.176 69,55 6.535.170

    2009 8.426.869 7,87 792.396 -37,96 7.634.473

    2010 8.451.372 0,29 988.967 24,81 7.462.405

    US$ FOB

    Kg PART%

    ALIMENTOS 2.606.995.407 9.514.315.842 84,03%SOJA 2.349.814.472 8.674.436.509 75,74%Gros 1.368.182.449 5.041.915.482 44,10%Farelo 706.860.581 3.114.604.594 22,78%leo 274.771.442 517.916.433 8,86%MILHO 76.281.252 676.195.077 2,46%ARROZ 0 0 0,00%CARNE 169.451.304 104.375.366 5,46%Bovina 122.893.460 54.386.893 3,96%Frango 43.354.358 47.915.789 1,40%Suna 3.203.486 2.072.684 0,10%ACAR 11.448.379 59.308.890 0,37%SORGO 1.936.977 17.397.786 0,06%MADEIRA 197.632.513 346.943.684 5,92%Bruta 210.282 1.532 0,00%Serrada 125.496.667 301.832 3,70%Perfilada 68.281.498 190.416 2,12%

    Objetos 3.644.066 5.171.330 0,10%MINERAIS 983.824 9 0,03%COURO 12.526.460 4.908.650 0,40%CIMENTO 184.800 4.620.000 0,01%ALGODO 269.194.299 238.334.149 8,68%OUTROS 13.049.962 18.922.422 0,42%TOTAL 3.102.504.242 10.145.442.542 100,00%

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    104

    US$ FOB

    Kg PART% %

    ALIMENTOS 1.894.631.572 8.318.880.978 86,66% 37,60%SOJA 1.725.855.497 7.921.903.816 78,94% 36,15%Gros 1.033.680.713 4.848.502.011 47,28% 32,36%

    Farelo 509.839.714 2.687.534.559 23,32% 38,64%leo 182.335.070 385.867.246 8,34% 50,70%MILHO 30.895.203 290.270.492 1,41% 146,90%ARROZ 13.359 102,060 0,00% -100,00%CARNE 134.773.301 92.571.182 6,16% 25,73%Bovina 100.746.448 53.223.396 4,61% 21,98%Frango 33.790.198 39.123.918 1,55% 28,30%Suna 236,655 223,868 0,01% 1253,65%ACAR 3.094.212 14.033.428 0,14% 269,99%SORGO 392,970 3.492.575 392,91%MADEIRA 135.111.666 283.041.884 5,63% 46,27%Bruta 677.314 5.089 0,05% -68,95%Serrada 87.865.698 237.646 3,57% 42,83%Perfilada 44.607.343 163.601 1,94% 53,07%Objetos 1.961.311 2.830.499 0,07% 85,90%MINERAIS 5.545.211 24 0,25% -82,26%COURO 14.128.077 6.336.763 0,65% -11,34%CIMENTO 197,200 4.520.000 0,01% -6,29%ALGODO 130.081.920 122.181.637 5,95% 106,94%OUTROS 6.069.742 13.796.408 0,28% 115,00%TOTAL 2.186.158.358 8.752.223.269 100,00% 41,92%

    2003

    Importaes de Mato Grosso

    2004

    Produtos Janeiro - Dezembro

    Adubos ou fertilizantes 343.502.384 82,24%

    Gs natural 23.930.525 5,73%

    Prod. Ind. Qumicas 13.394.235 3,21%

    Mquinas mecnicas 9.220.069 2,21%

    Zinco e suas obras 7.020.760 1,68%

    Aparelhos de ptica 3.463.824 0,83%

    Material eltrico 3.319.685 0,79%Trens e partes 2.473.261 0,59%

    Plsticos e suas obras 2.080.176 0,50%

    Aeronaves e partes 1.390.019 0,33%

    Gorduras animais ou

    vegetais1.335.729 0,32%

    Alumnio e suas obras 820.987 0,20%

    Prep. de Cereais e farinhas 798.661 0,19%

    Fibras sintticas 772,957 0,19%

    Filamentos sintticos 644.148 0,15%

    Produtos farmacuticos 485.683 0,12%

    Total 417.668.505 100,00%

    2003

    Produtos Janeiro - Dezembro

    Adubos ou fertilizantes 171.525.202 61,99%

    Gs natural 57.156.824 20,66%

    Prod. Ind. Qumicas 10.732 0,00%

    Mquinas mecnicas 21.155.535 7,65%

    Zinco e suas obras 1.823.752 0,66%

    Aparelhos de ptica 1.133,320 0,41%

    Material eltrico 1.422.556 0,51%

    Trens e partes 4.987.723 1,80%

    Plsticos e suas obras 625.763 0,23%

    Aeronaves e partes 3.865.740 1,40%

    Gorduras animais ou

    Vegetais

    1.391.123 0,50%

    Alumnio e suas obras __ 0,00%

    Prep. de Cereais e farinhas 756.983 0,27%

    Fibras sintticas __ 0,00%

    Filamentos sintticos 69.000 0,02%

    Produtos farmacuticos 1.392.253 0,50%

    Total 276.688.419 100,00%

    Diferena

    Produtos 2003 - 2004

    Adubos ou fertilizantes 61,99% 100,26%

    Gs natural 20,66% -58,13%

    Prod. Ind. Qumicas 0,00% 124706,51%

    Mquinas mecnicas 7,65% -56,42%

    Zinco e suas obras 0,68% 284,98%

    Aparelhos de ptica 0,41% 205,64%

    Material eltrico 0,51% 133,36%

    Trens e partes 1,80% -50,41%

    Plsticos e suas obras 0,23% 232,42%

    Aeronaves e partes 1,40% -64,05%

    Gorduras animais ou

    vegetais0,50% -3,99%

    Alumnio e suas obras 0,00%

    Prep. de Cereais e farinhas 0,27% 5,51%

    Fibras sintticas 0,00%

    Filamentos sintticos 0,02% 833,55%

    Produtos farmacuticos 0,50%

    Total 100,00% 50,95%

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    Mato Grosso faz parte juntamente com estados vizinhos

    do Mercoeste, que um projeto capitaneado pelos presidentes

    das Federaes das Indstrias, sob o patrocnio do SENAI, e

    que se prope induzir o desenvolvimento da regio,

    apresentada pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso de

    Sul, Gois, Tocantins, Rondnia, Acre e o Distrito Federal.

    Comparando as exportaes de Mato Grosso com os demais

    membros do Mercoeste podemos perceber melhor a relevnciada economia de Mato Grosso.

    PRODUO MINERAL2. PRODUO MINERAL

    Mato Grosso encontra-se sobre terrenos cristalinos e

    grandes partes desses terrenos so recobertas por bacias

    sedimentares, sendo assim encontraremos no estado grande

    potencial mineral metlico e no-metlico. O mapeamento

    desses recursos realizado pela METAMAT - companhia Mato-

    grossense de minerao. Dentre os minerais destacam-se:

    ouro, diamante e calcrio.

    AGROPECURIA3. AGROPECURIA

    Principalmente a partir da dcada de 70 o governo federal

    comeou a incentivar a migrao de pessoas do Centro-sul

    do Brasil para ocupar a Amaznia brasileira. De incio,

    importante destacar, foi estabelecida uma poltica de

    colonizao dirigida, que inclua a criao de ncleos de

    povoamento, de iniciativa tanto governamental como particular

    que atraram milhares de pessoas de todas as partes do pas,

    os projetos dirigidos pelo Incra foram basicamente de dois

    tipos: Projeto Integrado de Colonizao (PIC), que fez o

    assentamento das famlias de colonos, prestou assistnciatcnica e concedeu emprstimos em dinheiro;

    Projeto de Assentamento (PA), que fez a demarcao das

    terras de cada famlia e forneceu o documento da propriedade,

    um tipo de assentamento sem assistncia tcnica nem

    financeira.

    Esses projetos faziam parte do PIN (Programa de

    Integrao Nacional) criado pelo governo Federal em 1970,

    no entanto poucas famlias foram beneficiadas pois a maioria

    foi vencida pelos obstculos naturais da regio e a falta de

    subsdios. O PROTERRA (Programa de Distribuio de Terras),que tambm pertencia ao PIN no facilitou o acesso a terra

    como se havia proposto.

    Os projetos particulares tiveram grande xito pois

    conseguiram crditos bancrios e subsdios governamentais

    para produo em larga escala de soja e cana-de-acar.

    O POLONOROESTE (Programa Integrado de

    Desenvolvimento Rural do Noroeste do Brasil) que abriu a

    BR-364 facilitando a ligao de Cuiab a Porto Velho, o

    POLOAMAZNIA (Programa de Plos Agropecurios e

    Agrominerais da Amaznia) que abriu a BR-163 ligando Cuiab

    Santarm no Par colaboraram para que se formassem

    ncleos rurais ao longo das rodovias, que posteriormente

    transformaram em vrios municpios de Mato Grosso,

    Rondnia e Par. Cabe ainda ressaltar que o governo Federal

    tambm criou o POLOCENTRO (Programa deDesenvolvimento do Cerrado) em 1975, que foi o maior projetode pesquisa do Cerrado brasileiro para buscar aspotencialidades agrcolas da regio, atravs da pesquisa emelhoramento dos solos de cerrado feitos pela EMBRAPA(Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecurias). Essaspesquisas tornaram o cerrado altamente produtivo,incorporando essas reas ao processo produtivo do Brasil.

    A migrao de sulistas aumentou as terras produtivas, fezcrescer a economia de Mato Grosso, porm no foi feita a

    reforma agrria e ainda temos muitos focos de conflitosagrrios no estado de Mato Grosso, embora tenhamos alguns

    projetos de assentos rurais.

    PECURIA - Com um rebanho que ultrapassa 26 milhes

    de cabeas (2006), Mato Grosso possui atualmente o maior

    rebanho bovino do pas. Esse rebanho criado de formapredominantemente extensiva, onde o gado alimenta-se de

    pastagens naturais em grandes reas. No entanto esse setor

    tem recebido grandes investimentos o que tem favorecido acriao e reproduo do gado geneticamente melhorado no

    estado.Somente em 2000, Mato Grosso foi considerado habilitado

    a exportar carne bovina in natura para o mercado europeu, ao

    comprovar estar livre de incidncia da febre aftosa comvacinao, depois de anos de rigoroso controle. Esta uma

    questo sanitria que exige fiscalizao constante, uma vez

    que a doena no est totalmente erradicada em regieslimtrofes, como Rondnia, Amazonas, Par e Bolvia.

    Para proteger as reas consideradas livres da ocorrnciada doena, foram criadas medidas preventivas, como a

    delimitao de zonas tampo, permetro estabelecido como

    rea de risco. O rebanho fica impedido de ser transportadopara reas consideradas livres de risco, sendo tambm

    proibida a comercializao livres de riscos, sendo tambm

    proibida a comercializao do boi em p e da carne comosso.

    O rebanho bovino sempre ocupou a maior parte das terrasexploradas com atividades agropecurias no estado. Em 1995,

    abrangia mais de 21 milhes de hectares, 90% do total da

    rea destinada agropecuria.

    OS MAIORES REBANHOS BOVINOS DE MATO GROSSO

    POR MUNICPIO - 2003

    Municpios Nmero de cabeas

    1. Cceres 892.348

    2. Juara 874.413

    3. Vila Bela da SantssimaTrindade

    807.827

    4. Alta Floresta 657.834

    5. Pontes de Lacerda 610.898

    6. Juna 509.494

    7. Porto Esperidio 493.669

    8. Paranatinga 454.784

    9. Barra do Garas 452.195

    10. Vila Rica 426.580

    Fonte: SEDE

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    106

    Em relao ao rebanho bovino preocupa os casos de fe-bre aftosa registrados em 2004 no Amazonas e Par e em2005 no Mato Grosso do Sul, estados que fazem fronteira comMato Grosso. A aftosa uma enfermidade altamente contagi-osa que ataca os animais de casco (bovinos, sunos, ovinos ecaprinos), e qualquer foco isolado pode bloquear as exporta-es de carne, leite e derivados de uma regio ou do pasinteiro. O estado de Mato Grosso considerado zona livre daaftosa com vacinao, mesma categoria em que se enquadra

    o Mato Grosso do Sul.A suinocultura e a avicultura vm ganhando espao no

    setor agropecurio em decorrncia da implementao da agro-indstria ligada produo de soja. Em alguns municpiosprodutores de soja e milho, a criao de sunos e de aves integrada como forma de diversificar a produo e agregarmaior valor ao produto final. Esse sistema permite maior apro-veitamento do farelo se soja e do milho como rao.

    MATO GROSSO - EFETIVOS DE SUNOS

    1985,1995,1999,2003

    A criao de sunos em Mato Grosso est concentradaprincipalmente nos municpios de Diamantino, Nova Mutum eLucas do rio Verde.

    A criao de aves est concentrada em Campo Verde com36% de todo o rebanho de aves de Mato Grosso.

    MATO GROSSO - EFETIVOS DE GALINCEOS

    1985,1995,1999,2003

    AGRICULTURA - Mato Grosso apresentou nos ltimos anoso maior crescimento nesse setor do Brasil, sendo que a agri-cultura e pecuria colocam o Estado no topo do ranking doagronegcio.

    PRODUO DE GOS E FIBRAS NO BRASIL E EM MATOGROSSO - 2004

    SOJA - a soja vem sendo cultivada em vrias proprieda-

    des rurais por meio do plantio direto, com o cultivo de gram-

    neas como o milho, o sorgo e o milheto, que apresentam um

    ciclo vegetativo curto, em sucesso ao seu plantio. Os restos

    culturais da planta utilizada para a cobertura morta formam a

    palhada, utilizada para a cobertura do solo, evitando a sua

    exposio ao sol e s chuvas. O plantio da soja feito entre o

    incio de outubro e a metade de dezembro, conforme o tama-

    nho da rea, as variedades cultivadas e as condies climti-

    cas, situaes que podem retardar o plantio em at um ms.

    A colheita feita usualmente de fevereiro ao incio de maro.

    Alguns produtores utilizam tcnicas arti ficiais para a seca-

    gem dos gros, permitindo antecipar a colheita e assegurar

    melhores preos. Para obter melhor aproveitamento da rea,

    os sojicultores e os agricultores, de um modo geral, tm re-

    corrido a uma segunda produo, denominada safrinha, cujo

    plantio se d logo aps a colheita da cultura principal. Consis-te, portanto, numa etapa de um sistema de produo alterna-

    tivo, que permite manter o solo protegido, diminuindo custos

    e aumentando os rendimentos.

    SOJA - a soja vem sendo cultivada em vrias proprieda-

    des rurais por meio do plantio direto, com o cultivo de gram-

    neas como o milho, o sorgo e o milheto, que apresentam um

    ciclo vegetativo curto, em sucesso ao seu plantio. Os restos

    culturais da planta utilizada para a cobertura morta formam a

    palhada, utilizada para a cobertura do solo, evitando a sua

    exposio ao sol e s chuvas. O plantio da soja feito entre oincio de outubro e a metade de dezembro, conforme o tama-

    nho da rea, as variedades cultivadas e as condies climti-

    cas, situaes que podem retardar o plantio em at um ms.

    A colheita feita usualmente de fevereiro ao incio de maro.

    Alguns produtores utilizam tcnicas arti ficiais para a seca-

    gem dos gros, permitindo antecipar a colheita e assegurar

    melhores preos. Para obter melhor aproveitamento da rea,

    os sojicultores e os agricultores, de um modo geral, tm re-

    corrido a uma segunda produo, denominada safrinha, cujo

    plantio se d logo aps a colheita da cultura principal. Consis-

    te, portanto, numa etapa de um sistema de produo alterna-

    tivo, que permite manter o solo protegido, diminuindo custos

    e aumentando os rendimentos.

    Anos 1985 1995 1999 2003

    N deanimais

    671.150 671.789 771.157 1.114.592

    Fonte: IBGE, 1991, 1997; IBGE. PPM, 2000,2003,

    In: Mato Grosso,2005.

    Anos 1985 1995 1999 2003

    N deaves

    3.676.103 13.066.000 15.517.593 19.812.784

    Fonte: IBGE, 1991, 1997; IBGE. PPM, 2000,2003,

    In: Mato Grosso,2005.

    BRASIL

    Cultura rea (ha) Produo (t)

    Soja 21.243.700 49.712.400

    Algodo 1.067.900 1.255.100

    Arroz 3.585.400 12.700.400

    Sorgo 752.000 1.759.300

    MATO GROSSO

    Cultura rea (h) Produo (t) % Ranking

    Soja 5.148.800 15.008.800 30 1

    Algodo 414.400 574.400 46 1

    Arroz 632.800 1.780.100 14 2

    Sorgo 146.300 307.200 17 2

    Fonte: SEDER

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    MILHO - geralmente associado produo de soja, atra-vs da rotao de cultura. Assim como as demais lavouras, aproduo do milho depende da poltica agrcola nacional e daincorporao de tecnologias disponveis para o seu cultivo,bem como da demanda dos mercados interno e externo.Embora a tendncia seja de predomnio da lavoura tecnifica-da com o uso de sementes selecionadas e de insumos in-

    dustriais, a lavoura tradicional tambm praticada nas pe-quenas propriedades. A produo 2005 foi de 3.417.000 tone-ladas de milho, fazendo de Mato Grosso o terceiro maior pro-dutor nacional.

    MAIORES PRODUTORES NACIONAIS DE SOJA -2004

    Municpio/ UF Produo (t)

    1. Sorriso/MT 1.688.1202. Sapezal/MT 955.066

    3. Campo Novo do Parecis/MT 879.881

    4. Nova Mutum/MT 855.720

    5. So Desidrio/BA 738.844

    6. Primavera do Leste/MT 736.721

    7. Diamantino/MT 731.833

    8. Tapurah/MT 719.808

    9. Jata/GO 669.600

    10. Rio Verde/GO 609.178

    MAIORES PRODUTORES NACIONAIS DEALGODO HERBCEO - 2004

    Municpio/ UF Produo (t)

    1. So Desidrio/BA 312.382

    2. Campo Verde/MT 268.570

    3. Sapezal/MT 181.642

    4. Primavera do Leste/MT 146.635

    5. Pedra Preta/MT 135.367

    6. Barreiras/BA 131.392

    7. Campo Novo do Parecis/MT 125.274

    8. Itiquira/MT 117.279

    9. Diamantino/MT 116.188

    10. Chapado do Cu/GO 96.670

    ALGODO - Essa produo teve uma ascenso meteri-ca no estado a partir da dcada de 90 com a criao do PRO-

    ALMAT, programa que deu incentivo a produo desse produ-to no estado. Sendo que atualmente Mato Grosso o maiorprodutor no Brasil.

    Ressalta-se que a cultura do algodo, devido sua sus-cetibilidade a diversos tipos de pragas, exige a aplicao deum grande volume e diferentes variedades de agrotxicos.

    Altamente poluidores, esses compostos afetam o ambiente,

    provocando diretamente a contaminao do solo, com a con-seqnte perda de sua fertilidade, e doenas que podem serletais a quem os manuseia, caso no haja um rigoroso con-trole durante o seu cultivo e armazenamento, bem como nadestinao de seus resduos e embalagens.

    ARROZ - Com a 2 maior produo no pas, perdendoapenas para o Rio grande do Sul, Mato Grosso produz o arrozsequeiro, ou seja, no se planta em reas alagadas ou irriga-das como ocorre no sul do pas. Os maiores produtores emMato Grosso so Tapurah, Sorriso e Sinop.

    MATO GROSSO - ARROZ: REA COLHIDA,

    PRODUO E RENDIMENTOS -1995,1999,2002,2003

    CANA-DE-ACAR - Mato Grosso est entre os cinco prin-cipais produtores do pas. Essa monocultura exige solos deboa fertilidade e provoca um desgaste excessivo ao solo. Osmunicpios de Barra do Bugres, Denise, Nova Olmpia e Cam-po Novo dos Parecis, so os maiores destaques de produono estado.

    O plantio da cana-de-acar feito nos meses de abril emaio e a colheita de setembro a dezembro. Embora grandeparte da produo seja mecanizada, o trabalho braal ainda muito utilizado, sendo a maioria da mo-de-obra volante, ouseja, contratada temporariamente pelas empresas, atravsde empreiteiros ou agenciadores, conhecidos por "gatos". Atu-almente, parte dos trabalhadores migra por conta prpria em

    busca de trabalho, uma vez que a mecanizao das lavourasreduziu essa oferta nos canaviais.

    MATO GROSSO - CANA-DE-ACAR: REA COLHIDA,PRODUO E RENDIMENTOS -1995,1999,2002,2003

    Anosrea colhida

    (ha)Produoobtida (t)

    Rendimentomdio

    obtido (kg/ha)

    1995 341.562 588.518 1.723

    1999 726.682 1.727.339 2.377

    2002 438.646 1.192.447 2.718

    2003 439.502 1.253.363 2.851

    Fonte: IBGE,1997;IBGE,PAM,1994-2003,In:Mato Grosso,2005.

    Anosrea

    colhida (ha)Produoobtida (t)

    Rendimentomdioobtido(kg/ha)

    1995 130.446 8.298.954 63.551

    1999 142.747 10.378.088 72.703

    2002 176.746 12.642.258 71.528

    2003 196.684 14.667.046 74.571

    Fonte: IBGE,1997;IBGE,PAM,1994-2003,In:Mato Grosso,2005.

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    TEXTO COMPLEMENTAR

    EXPORTAES DE MT AT OUTUBRO ULTRAPASSAMVOLUME TOTAL DE 2010

    Complexo da soja, cereais e carne foram componentes maisvendidos.

    O estado o quarto maior exportador brasileiro, com US$ 9bilhes.

    As exportaes de Mato Grosso realizadas entre janeiro eoutubro deste ano superaram em quase 10% o montanteembarcado em todo o ano passado. Nos primeiros dez me-ses de 2011, o estado enviou a diferentes pases o equivalen-te a US$ 9 bilhes em produtos, enquanto no acumulado de2010 foram exportados US$ 8,3 bilhes. Os dados so doMinistrio do Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Mapa).

    Para o economista Vitor Galesso, o cenrio est atrelado

    diretamente demanda mundial por alimentos. Mas, ao mes-mo tempo em que as exportaes mato-grossenses cres-cem, na forma de produtos ainda na forma bruta, o especialis-ta em mercado exterior chama a ateno para a necessidade

    de se agregar valor produo. Alm de produzir, necess-rio transformar, segundo Galesso.

    A caracterstica mato-grossense de produo e expor-tao com baixo valor agregado. A China um grande com-prador de alimentos e um grande exportador de alto valor agre-gado. Enquanto no h uma crise chinesa, e ela aumenta onmero de habitantes, vai priorizar alimentos, declarou o eco-nomista, ao G1.

    A China vai consumir alimentos sim, mas temos queagregar produtos para no futuro termos opes de investi-mento, salientou o economista. No rol dos produtos maisexportados destacou-se no perodo o complexo da soja, cu-

    jas vendas totalizaram US$ 5,8 bilhes entre janeiro e outubrodeste ano. J o montante de cereais e carnes embarcados noperodo atingiu, pela ordem, US$ 1,4 bilho e US$ 1,1 bilho,figurando na segunda e terceira posies da lista dos bensmais destinados pelo estado.

    A tendncia para os prximos meses que o estado man-tenha o ritmo de crescimento, segundo o economista. Gales-so fala em um cenrio conservador, mas estima ganhos nasexportaes acima dos 20%. Desenha-se algo em torno de20% a 25%. uma avaliao conservadora, observando es-sas possibilidades, declarou.

    Quando comparado o volume embarcado por Mato Gros-

    so entre janeiro e outubro e compar-lo com a igual poca de2010, as vendas externas cresceram 27,80%, passando deUS$ 7,1 bilhes aos US$ 9 bilhes entre os ciclos.

    As cifras movimentadas pelo estado neste ano deixarama unidade federada como a quarta maior exportadora do pas,atrs dos estados de So Paulo, onde as vendas em dezmeses totalizaram US$ 18,3 bilhes; do Paran, outros US$10,7 bilhes; e Rio Grande do Sul, que embarcou US$ 10,5bilhes.

    Outubro

    Individualmente, o ms de outubro tambm foi de altapara as exportaes. Neste ms, os embarques evoluram

    88% frente ao mesmo ms de 2010. De acordo com o Mapa,as vendas avanaram de US$ 540,4 milhes para US$ 1 bi-lho. Mato Grosso foi o terceiro estado que mais exportou noms.

    Fonte: G1 - 13/11/2011

    CAPTULO 05

    DIVISO POLTICA

    1. DIVISO POLTICA DE MATO GROSSO

    O Centro-Oeste a segunda maior regio brasileira, comuma extenso de 1.604.852 quilmetros quadrados, equiva-lentes a 19% do territrio nacional. Sua localizao geogrfi-

    ca, confere-lhe certas peculiaridades. Ela a nica das regi-es brasileiras a fazer limites com as outras quatro (Norte,Nordeste, Sudeste e Sul). Alm disso, possui fronteiras inter-nacionais com dois pases: Bolvia e Paraguai. a rea tipica-mente tropical do pas, com paisagens nicas e inconfund-veis, como as chapadas recobertas pela vegetao de cerra-do.

    Sua ocupao inicial remonta ao sculo XVII, nos primr-dios da colonizao portuguesa, quando a descoberta de ouroe pedras preciosas atraiu expressivos contingentes luso-bra-sileiros que buscavam essas riquezas. Com a decadnciada explorao de ouro o Centro- Oeste sofreu um longo pro-cesso de estagnao econmica e demogrfica. Essa situa-o s mudou de forma significativa a partir dos anos 40 dosculo XX. Na dcada de 50 e 60 com a construo de Bras-lia e sua infra-estrutura, o Centro- Oeste voltou a receber no-vos fluxos migratrios.

    A expanso econmica de Mato Grosso d-se a partir das

    dcadas de 70 e 80, onde as aes do governo Federal pormeio de projetos de desenvolvimento regionais e setoriais,possibilitaram a criao e ampliao da infra- estrutura e in-terferindo de forma direta e indireta na compra de grandesglebas de terra, e incentivando a pesquisa de plantio e melho-ria de solo. Atualmente Mato Grosso est se tornado o grandeceleiro agrcola brasileiro, tendo com isso um considervelcrescimento econmico.

    A evoluo territorial comea no ano de 1748 quando criada a capitania de Mato Grosso com sua capital em VilaBela da Santssima Trindade, e posteriormente a capital pas-sa a ser Cuiab. Dois anos depois formalmente a regio pas-sa a pertencer ao Brasil de acordo com o tratado de Madri.

    J no sculo XX na dcada de 40 Mato Grosso tinha umarea total de 1.477.041 quilmetros quadrados, no entantoem 1943 criado o territrio do Guapor mediante ao des-membramento de parte de Mato Grosso e parte do Amazo-nas.

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    Nesta poca apesar de Cuiab ser a capital do estado, Campo Grande teve um crescimento econmico maior pois maisprxima da regio Sudeste. A presso por desmembramento de Mato Grosso do Sul acabou resultando na separao, atravsda lei complementar nmero 31 assinada no dia 11 de outubro de 1977, quando o estado era governado por Jos Garcia Neto.Essa separao ocorreu de fato em 1979 j no governo de Cssio Leite de Barros. Nessa poca Mato Grosso tinha 38municpios.

    Nessa poca assumiu o governo de Mato Grosso Frederico Soares de Campos, passando posteriormente para Jlio Josde Campos, Carlos Gomes Bezerra, Jaime Verssimo de Campos, Dante de Oliveira e o atual governador Silval Barbosa.Durante esse perodo houve uma rpida emancipao de municpios em Mato Grosso, conforme mostra o mapa a seguir:

    DIVISO POLTICO-ADMINISTRATIVA MATO GROSSO

    Mato Grosso possui 141 municpios, agrupados em 22 microrregies poltico-administrativas, que fazem parte de 5 mesor-regies definidas pelo IBGE.

    Atualmente Mato Grosso possui 68 terras indgenas e 23 unidades de conservao federais, 44 estaduais e 38 municipaisdistribudas entre reservas, parques, bosques, estaes ecolgicas e RPPN (Reserva Particular do Patrimnio Nacional).

    1 Acorizal

    2 Alto Araguaia3 Alto Graas4 Alto Paraguai5 Araguaiana6 Arenpolis7 Aripuan8 Baro de Melgao

    9 Barra do Bugres10 Barra do Garas11 Cceres12 Chapada dos Guimares13 Cuiab14 Dom Aquino15 Diamantino16 General Carneiro17 Guiratinga18 Itiquira19 Jaciara20 Luciara21 Mirassol d Oeste22 Nobres23 Nortelndia24 NsaSr

    a do Livramento25 Pedra Petra26 Pocon27 Ponte Branca28 Porto dos Gachos29 Poxoro30 Rondonpolis31 Rosrio Oeste32 St Antnio de Leverger33 So Felix do Araguaia34 Tangar da Serra3