03 apostila pefoce 2015 - criminalistica geral

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criminalistica geralperitos criminais

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  • Academia Estadual de Segurana Pblica do Cear AESP|CE Curso de Formao Profissional Para Ingresso nos Cargos de Mdico Perito Legista 1 Classe, Perito Legista 1 Classe,

    Perito Criminal 1 Classe e Auxiliar de Percia 1 Classe da Percia Forense do Estado do Cear - PEFOCE CRIMINALSTICA GERAL

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    SECRETARIA DA SEGURANA PBLICA E DEFESA SOCIAL - SSPDS

    DELCI Carlos TEIXEIRA SECRETRIO DA SSPDS

    PERCIA FORENSE DO CEAR

    MAXIMIANO Leite Barbosa Chaves

    PERITO GERAL DA PERCIA FORENSE DO ESTADO DO CEAR

    ACADEMIA ESTADUAL DE SEGURANA PBLICA DO CEAR AESP|CE

    Jos Herlnio DUTRA Cel PM DIRETOR-GERAL DA AESP|CE

    ELIANA Maria Torres Gondim - DPC

    SECRETRIA EXECUTIVA DA AESP|CE

    DOUGLAS Afonso Rodrigues da Silva Ten Cel PM COORDENADOR GERAL DE ENSINO DA AESP|CE

    NEYLA Adriano de Santana

    ORIENTADORA DA CLULA DE EDUCAO DISTNCIA DA AESP|CE

    CURSO DE FORMAO PROFISSIONAL PARA INGRESSO NOS CARGOS DE MDICO PERITO LEGISTA 1 CLASSE, PERITO LEGISTA 1 CLASSE, PERITO CRIMINAL 1 CLASSE E AUXILIAR DE PERCIA 1 CLASSE DA PERCIA FORENSE

    DO ESTADO DO CEAR - PEFOCE

    DISCIPLINA CRIMINALSTICA GERAL

    CONTEUDISTA

    Idelci Uile Costa

    FORMATAO JOELSON Pimentel da Silva Sd PM

    2015

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    SUMRIO

    1. INTRODUO ............................................................................................................................................................ 4

    CRIMINALSTICA NO BRASIL: .................................................................................................................................... 4 2. CONCEITOS DE CRIMINALSTICA: ............................................................................................................................ 4 3. OBJETIVOS DA CRIMINALSTICA ................................................................................................................................ 5 4. PRINCPIOS DA CRIMINALSTICA. .............................................................................................................................. 5 5. LOCAL DE CRIME ....................................................................................................................................................... 6 6. CLASSIFICAO DOS LOCAIS DE CRIMES .................................................................................................................. 6 7. ISOLAMENTO E PRESERVAO DE LOCAL................................................................................................................. 7 8. CORPO DELITO E EXAME DE CORPO DE DELITO ....................................................................................................... 7

    EXAME DE CORPO DE DELITO................................................................................................................................... 7 VESTGIO E INDCIO: ................................................................................................................................................. 8

    9. LAUDO PERICIAL ....................................................................................................................................................... 8 LOCAL DE CRIMES CONTRA A PESSOA (MORTE VIOLENTA): ................................................................................... 8

    10. NOES SOBRE DATILOSCOPIA............................................................................................................................. 11 11. INSTRUMENTOS E SEUS FERIMENTOS .................................................................................................................. 12 12. BALSTICA FORENSE .............................................................................................................................................. 13

    BALSTICA INTERNA ................................................................................................................................................ 13 BALSTICA EXTERNA ................................................................................................................................................ 13 BALSTICA DOS EFEITOS .......................................................................................................................................... 14 EFEITOS DO TIRO .................................................................................................................................................... 14 AS LESES CAUSADAS POR ARMAS DE FOGO ........................................................................................................ 15 DISTNCIA DOS DISPAROS EM RELAO PELE .................................................................................................... 16

    13. ARMAS .................................................................................................................................................................. 17 CONCEITO DE ARMA DE FOGO ............................................................................................................................... 17 CLASSIFICAES DAS ARMAS DE FOGO ................................................................................................................. 17 CALIBRE .................................................................................................................................................................. 18 MUNIO DE ARMA DE FOGO ............................................................................................................................... 19 A INTERLIGAO ENTRE A ARMA E O CRIME ......................................................................................................... 19

    14. QUEIMADURAS ..................................................................................................................................................... 21 PROVOCADA PELO CALOR: ..................................................................................................................................... 21 QUEIMADURAS PROVOCADAS PELO FRIO:............................................................................................................. 21

    15. TANATOLOGIA ....................................................................................................................................................... 21 MODALIDADES DO EVENTO MORTE: ..................................................................................................................... 21 FENMENOS CADAVRICOS:.................................................................................................................................. 22 NATUREZA DO EVENTO MORTE: ............................................................................................................................ 22 TIPOS DE MORTE .................................................................................................................................................... 23

    16. DOCUMENTOSCOPIA ............................................................................................................................................ 24 GRAFOSCOPIA ........................................................................................................................................................ 24

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICA: ................................................................................................................................... 25

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    CRIMINALSTICA GERAL

    1. INTRODUO A Criminalstica considerada uma cincia nascida da Medicina Legal, uma vez que em pocas passadas

    o mdico era pessoa de notrio saber, sendo sempre consultado. No sculo XIX era a medicina legal que tratava da pesquisa, da busca e da demonstrao de elementos relacionados com a materialidade do crime.

    Mas com os avanos dos diversos ramos das cincias, como a Qumica, a Biologia e a Fsica, houve a necessidade de uma maior especializao, o que fez com que outros profissionais passassem a ser consultados.

    Desse modo, surge a necessidade da criao de uma nova disciplina para a pesquisa, anlise e interpretao de vestgios encontrados em locais de crimes. Nasce assim a Criminalstica, uma cincia independente que vem dar apoio polcia e a justia, tendo como objetivo o esclarecimento de casos criminais.

    A cincia da Criminalstica tem como uma das suas finalidades, dar a materialidade do fato tpico descrito nas leis penais. Podemos dizer que ela se utiliza de outras cincias para poder realizar seu mister, que extrair informaes de qualquer vestgio encontrado em local de infrao penal que propiciem a obteno de concluses acerca do fato ocorrido, reconstituindo-se os gestos do agente da infrao e, se possvel, identificando-o.

    CRIMINALSTICA NO BRASIL: A Criminalstica Brasileira teve suas origens em So Paulo no quartel do sculo XX, com as conferncias

    proferidas pelo ento diretor da Universidade de Lausanne, Rodolph Atchibal Ress. Estas palestras deram margens criao da Delegacia de Tcnica Policial, em 1924, rgo que se desenvolveu rapidamente at transformar-se no Instituto de Criminalstica, a partir de uma estrutura delineada na Superintendncia de Polcia Tcnico-Cientfica, graas aos esforos conjugados pelos Peritos e do governador Mrio Covas. Esta entidade maior, que rene Peritos Criminais e Mdicos Legistas, consagra a criao de rgos que agrupam a elite da Polcia Civil, com a atribuio de fornecer Justia Criminal os necessrios elementos para a formao do conhecimento das Autoridades Judicirias, de modo a lhes possibilitar a condio de exercerem as suas atividades Jurisdicionais.

    Em 1947 na cidade de So Paulo, aconteceu o Primeiro Congresso Brasileiro de Polcia Tcnica onde nasceu, no Brasil, o conceito de Criminalstica. Conceito abrangente que traduzido para o portugus at hoje amplamente utilizado, pois bem define essa cincia ou disciplina. Alis, essa a diferena que existe e que perdura sendo vista apenas de maneira didtica de autor para autor. Para uns ela, a Criminalstica, uma cincia enquanto que para outros uma disciplina, ou seja, uma parte, uma diviso da cincia. No importa, pois, saindo disso, ela caminha como qualquer ramo da cincia. Com metodologia, com sistematizao de procedimentos e tcnicas semelhantes. Peritos nos pases ditos desenvolvidos tm introduzido novos mtodos e, hoje peritos brasileiros pesquisam temas e mtodos especficos com nfase forense fazendo isso com grande sucesso.

    2. CONCEITOS DE CRIMINALSTICA:

    No I Congresso Nacional de Polcia Tcnica, realizando em 1961, foi aprovada a seguinte definio de

    Criminalstica: " a disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e interpretao dos indcios materiais extrnsecos, relativos ao crime ou identidade do criminoso".

    GILBERTO PORTO, ao analisar os aspectos subjetivos e objetivos da Criminalstica, d s atividades policiais respectivas, as denominaes de policia Emprica e policia Tcnica. Enquanto a primeira se vale dos conhecimentos do investigador, da sua habilidade, da sua experincia, do seu tato, da sua inteligncia, do seu esforo pessoal da sua atividade, das suas relaes sociais, a segunda vive dentro dos laboratrios especializados, usa do trabalho paciente, pertinaz, contnuo e exaustivo dos peritos, ou seja, dos tcnico. Entretanto, indispensvel para o bom xito das investigaes, que elas estejam em ambos os setores comandadas por uma direo nica, que deve ser o delegado, pois a ele que cumprir determinar as diretrizes gerais a serem seguidas.

    No Rio Grande do Sul, um dos mais geniais peritos brasileiros, o Dr. Eraldo Rabelo assim definiu a Criminalstica: " uma disciplina autnoma integrada pelos diferentes ramos do conhecimento tcnico-cientfico, auxiliar e informativo das atividades policiais e judicirias da investigao criminal.

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    Na atual conjuntura duas definies simples e concisas seriam: Criminalstica a cincia que analisa sistematicamente os aspectos materiais do ilcito penal, visando,

    numa sntese de indcios, elucidar o delito e indicar a sua autoria. Ou, ainda: Criminalstica o conjunto de conhecimentos que estuda o crime e as circunstncias por ele produzido, tendo por finalidade produzir a prova material.

    Prova Material o conjunto de elementos necessrios a elucidao do delito, sem deixar dvidas da

    maneira de como ocorreu. Prova Pericial a prova material aps analisada.

    3. OBJETIVOS DA CRIMINALSTICA A Criminalstica uma cincia que tem por objetivos: a) dar a materialidade do fato tpico, constatando a ocorrncia do ilcito penal; b) verificar os meios e os modos como foi praticado um delito, visando fornecer a dinmica do

    fenmeno; c) indicar a autoria do delito, quando possvel; d) elaborar a prova tcnica, atravs da indiciologia material.

    4. PRINCPIOS DA CRIMINALSTICA. Um dos mtodos de pesquisa, tanto da Criminalstica como dos demais ramos da cincia, parte dos

    efeitos para se chegar s causas. Assim, aprende o profissional a trabalhar os fenmenos ao inverso, ou seja, do fim para o incio. Mesmo porque, uma vez o fenmeno ocorrido, na maioria das vezes, no h como repeti-lo. necessrio ento, descobrir analisar e conhecer os vestgios relacionados com as causas para se chegar a estas. necessrio conhecer os princpios que levam a essas concluses, ou seja, s concluses relacionadas como o conhecimento do fenmeno em questo. preciso conhecer e reconhecer as marcas deixadas pela ocorrncia dos fenmenos para traar a sua dinmica, para entender o seu mecanismo e chegar sua causa. Assim possvel esclarecer um fenmeno a partir do diagnstico dos seus vestgios.

    A Criminalstica se comporta dentro desses princpios, pois ela se constitui das cincias naturais. Podemos dizer que so princpios cientficos nos quais a Criminalstica se baseia para a maioria de suas concluses. Dentre eles:

    a) Princpio da Identidade - No existem duas coisas ou fatos iguais. Cada uma com suas particularidades

    so diferentes. Uma cousa, um corpo, um ente, s pode ser igual a si mesmo. De acordo com esse princpio no existem duas coisas ou dois fenmenos iguais, e assim sendo, no

    acontecem dois crimes da mesma maneira, com os mesmos instrumentos, e nas mesmas circunstancias. Consequentemente dois crimes mesmo parecidos, no podem ser vistos pela mesma tica. No podem ser apurados da mesma forma. Podem sim, serem aplicados os mesmos mtodos e as mesmas tcnicas, mas os resultados com certeza sero diferentes.

    b)Princpio da Universalidade As tcnicas usadas em Criminalstica so de conhecimento e aplicao

    universal. Quer dizer que as tcnicas e os mtodos usados aqui no Brasil so as mesmas usadas nos outros pases.

    E so de conhecimentos da comunidade cientfica internacional. De acordo com esse princpio, a cincia se comporta como sistema uniforme em toda comunidade cientfica. Assim, no se iludam, pois a criminalstica como tal, no pode improvisar. Pode criar tcnicas e mtodos, mas deve fazer o que tem que ser feito com base nesses princpios e conhecimentos, de maneira que toda inovao deve ser testada assim como qualquer

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    experimento cientfico. Para ter credibilidade preciso passar pelo crivo da cincia e dos cientistas. Assim as tcnicas usadas aqui devem ser as mesmas usadas em qualquer lugar do mundo. Num mesmo tipo de experimento, os resultados alcanados por um cientista devem ser os mesmos alcanados por outros cientistas. Um mesmo tipo de exame num mesmo material os resultados alcanados por um perito, devem ser os mesmos alcanados por outros peritos. Por isso uma boa bibliografia deve ser consultada e citada em todos os laudos periciais, no que diz respeito a citaes menos conhecidas.

    c)Princpio da Intercomunicabilidade Ningum entra em um local sem levar para o mesmo as marcas

    da sua presena e, nem sai sem levar sobre si, marcas deste local. O principio da intercomunicabilidade, diz respeito a fenmenos relacionados ao dia a dia do cidado,

    pois seu procedimento pautado por causas e consequncias. No se faz nada sem que os vestgios fiquem gravados, impressos, tanto na pessoa que faz, como no local em que o ato foi praticado. impossvel isso no acontecer. Por mais que o homem tente desfazer os seus rastros, o que faz na verdade produzir outros rastros. Diante disso tiram-se pelo menos duas concluses no mundo da Criminalstica. Primeiro que o local uma vez no protegido, no resguardado, perde sua originalidade, dificultando a interpretao dos vestgios originais. a chamada violao do local do crime, que traz na maioria das vezes, consequncias danosas ao esclarecimento dos crimes cujos vestgios originais so violados. Segundo, que criminalstica como cincia precisa ser pautada por mtodos e conhecimentos especficos, ter disponveis, tecnologias e equipamentos especficos e suficientes para fazer o reconhecimento e a interpretao desses vestgios. Para assim fazer sua relao do criminoso com o crime. Com base nesse princpio, o legislador quando estabeleceu a necessidade de preservar o local do crime o fez com muita sabedoria, e conhecimento de como a cincia se comporta. De como o prprio homem se comporta. Como deve se comportar a investigao para que a apurao do crime no leve a resultados desastrosos.

    O que podemos deduzir, esse princpio representa sem dvida o comportamento dos fenmenos e baseado nele o diagnstico de um, pode lanar luz sobre outro. Isso no significa de maneira alguma que um fenmeno seja igual a outro, mas que de um conhecimento se deduz outro conhecimento. Baseado em uma das afirmaes do postulado, infere-se outra.

    5. LOCAL DE CRIME

    Definio: Local de Crime a poro do espao compreendida num raio que, tendo por origem o ponto

    no qual constatado o fato, se estenda de modo a abranger todos os lugares em que, aparente, necessria ou presumivelmente, hajam sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos materiais, preliminares ou posteriores, consumao do delito, e com estes diretamente relacionados.

    Observa-se, portanto, que a conceituao gira em tomo do lugar que apresenta evidncias originrias de uma atividade anormal, que deixou marcas capazes de serem descobertas, levantadas e interpretadas tecnicamente e, ainda, instrumentos ou armas relacionadas com a mesma, cujo estudo ir redundar no levantamento da dinmica e apresentao das concluses, que conduziro descoberta do autor.

    6. CLASSIFICAO DOS LOCAIS DE CRIMES

    1. QUANTO COM A NATUREZA DO CRIME: Ex: Homicdio, latrocnios, Suicdio, infanticdio, Furto,

    incndio, Atropelamento, Etc. 2. QUANTO NATUREZA DA REA

    a) Local Interno: aquele que coberto, podendo ter ou no sua rea confinada por paredes, cuja

    importncia reside no fato de que os vestgios, porventura nele existentes, ficaro protegidos contra a ao de agentes atmosfricos (sol, chuva, vento). Ex: residncias, casas comerciais, escritrios, etc.

    b) Local Externo: aquele situado fora das habitaes e que est sujeito s influencias do tempo, podendo acarretar alteraes ou destruies s evidencias fsicas. Ex: Vias pblicas, quintais, terrenos baldios, etc.

    c) Local Relacionado: aquele em que o fato ocorre em dois ou mais locais, bastante distantes um do outro, podendo ser, tanto internos com externos, ou ainda, locais em veculos cada um com seus ambientes imediato e mediato. Ex: Falsificao de selos, atentado terrorista, sequestros, etc.

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    Os locais internos e externos ainda so subdivididos em: a)Ambiente imediato: o local onde ocorreu o fato, ou seja, o local propriamente dito. b)Ambiente mediato: so as reas adjacentes, constitudas pela rea intermediria entre o local do fato

    e o grande ambiente exterior. Compreende as vizinhanas da rea onde foi praticado o delito. 3. QUANTO PRESERVAO:

    a) Local idneo, preservado ou no violado: aquele que no sofreu alteraes, que foi devidamente

    isolado e preservado, tal como foi deixado aps a consumao do fato, permitindo um completo e eficiente exame pericial. Pode acontecer em alguns casos, que o agente(s), aps a prtica do delito, procure propositadamente provocar alteraes no aspecto geral do local, com o intuito de prejudicar as investigaes ou dar conotao ambgua para o caso, retirando-lhe a originalidade.

    b) Local inidneo, no preservado ou violado: aquele que foi mal protegido, isolado

    inadequadamente, alterado, culminando em prejuzo par o exame pericial, uma vez que com a destruio total ou parcial dos elementos formadores da evidncia fsica, esta perder sua autenticidade. 7. ISOLAMENTO E PRESERVAO DE LOCAL

    No Brasil, no possumos uma cultura e nem mesmo preocupao sistemtica com esse importante

    fator, que um correto isolamento do local do crime e respectiva preservao dos vestgios naquele ambiente. Essa problemtica abrange trs fases distintas. A primeira compreende o perodo entre a ocorrncia do crime at a chegada do primeiro policial. A segunda fase compreende o perodo desde a chegada do primeiro policial at o comparecimento do delegado de polcia. E, a terceira fase, aquela desde o momento que a autoridade policial j est no local, at a chegada dos peritos criminais.

    Sem dvida alguma a fase mais importante para a investigao criminal a preservao do local do crime, assegurando, em consequncia o levantamento das provas. A possibilidade de produzir provas cientificamente depende quase em sua maior parte do correto procedimento dos policiais incumbidos da preservao do local at a chegada no mesmo dos peritos para a realizao de um exame eficaz. O policial deve saber o que um local de crime, conhecer a sua extenso e entender a importncia e necessidade de proteger todo esse local, porque ele o mais frutfero manancial de informaes.

    8. CORPO DELITO E EXAME DE CORPO DE DELITO

    D-se o nome de "corpo de delito" ao local do crime com todas os vestgios materiais deixados pela

    infrao penal. Trata-se dos elementos corpreos sensveis aos sentidos humanos, ou seja, aquilo que se pode ver, tocar, etc. Exemplo disso o cadver exposto ao solo, as roupas que a vtima utilizava naquele momento, os objetos encontrados ao redor do corpo e que aparentam possuir relao com o crime, como uma arma, entre outras situaes. J "exame de corpo de delito" o laudo tcnico que os peritos fazem nesse determinado local, analisando-se todos os referidos vestgios.

    EXAME DE CORPO DE DELITO De um modo geral cabe ao perito criminal o levantamento dos seguintes locais: 1. Percias externas (dinmicas) - Aquelas que o tcnico desloca-se at o local do fato para a realizao

    de vistorias e exames. Ocasies em que realiza levantamentos em locais de: morte violenta (homicdio, suicdio e acidente); crime contra o patrimnio; acidente de trfego (com vtima e/ou envolvendo viatura oficial que ocasiona danos ao patrimnio pblico); desabamento; incndio; e, outros.

    2. Percias internas (estticas): Aquelas em que o perito realiza em seu gabinete. Dentre elas destacamos: exame balstico; exame documentoscpico; exame metalogrfico; exame em peas e objetos; exame laboratorial; exame de audiovisual, fontica e informtica.

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    VESTGIO E INDCIO: "Vestgio todo e qualquer elemento sensvel encontrado no local do crime, na vtima ou no suspeito de

    ter sido o autor do ilcito penal". Quando um vestgio, atravs de sua interpretao puder levar a uma prova indiciaria, estamos diante do que tecnicamente denominamos indcio. Vestgio o elemento material no necessariamente relacionado com o evento, pressuposto de prova. Indcio, pois, todo vestgio relacionado diretamente com o evento. um princpio de prova manifesto.

    Como regra geral, os vestgios materiais podem ser diretamente perceptveis pelo sentidos (viso, olfato, tato, audio) ou imperceptveis diretamente pelos sentidos.

    Os vestgios imperceptveis so subdivididos em: 1. Latentes - os que s podem ser percebidos sensorialmente depois de revelados; 2. Microscpicos - so aqueles cujas dimenses esto aqum da capacidade de percepo do olho

    desarmado. 3. Em relao ao fato delituoso, os vestgios se classificam em: 4. Verdadeiros - quando esto diretamente relacionados com o evento; 5. Forjados - quando produzidos com a finalidade que possa iludir a investigao; 6. Ilusrios - no tem nenhuma relao com o crime, podendo ser anteriores ou posteriores ao

    prprio delito. 9. LAUDO PERICIAL

    Laudo Pericial um documento tcnico que traz consigo o relato do tcnico ou especialista designado

    para avaliar determinada situao que estava dentro de seus conhecimentos. O laudo a traduo das impresses captadas pelo tcnico ou especialista, em torno do fato litigioso, por meio dos conhecimentos especiais de quem o examinou.

    O perito, ao produzir seu trabalho para justia, deve ser meticuloso no desempenho de suas atividades. No deve agir de forma parcial ou com senso comum, ele deve agir imparcialmente em sua anlise e na elaborao de seu laudo. O profissional perito deve se policiar nos estudos do caso tratado para que finalize o laudo pericial com pleno xito, pois mesmo sendo um trabalho bem feito, haver sempre algum que ir contest-lo, querendo assim impugn-lo. Porm, sendo o trabalho pericial consubstanciado em prova robusta e estribado na legislao aplicada ao caso, certamente que ser um laudo conclusivo e enftico no havendo margens para dvidas.

    LOCAL DE CRIMES CONTRA A PESSOA (MORTE VIOLENTA): Nos locais de morte violenta a visualizao de alguns vestgios, em determinados casos, no tarefa fcil

    em razo das variedades e sutilezas desses elementos presentes numa cena de crime. Categoria dos Vestgios:

    Impresses

    Manchas

    Marcas

    Instrumentos do crime contra a pessoa

    Outros vestgios Impresses: o Papilares: so deixadas pelas extremidades digitais, palma das mos e planta dos ps; Impresso

    digitais: reproduo de desenhos digitais, formado por conjunto de cristais e sulcos que se encontram na polpa digital;

    o Impresses palmares: so deixadas pelas palmas da mos; o Impresses plantares: so deixadas pelas plantas dos ps (descalos), reproduzindo os desenhos

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    papilares; o Impresses das mos: deixadas pelas mos sem reproduzir as cristas papilares. Neste caso

    interessam o contorno da mo e dos dedos. o Impresses latentes: So submetidas a um processo de revelao por meio de processos qumicos

    (ps reveladores). o Pegadas: So impresses feitas por ps calados ou descalos: Pegada Dinmica: quando produzidas pelo ps em movimento; Pegada Esttica: quando produzidas pelos ps em repouso, isto quando a pessoa est parada em

    um lugar;c) Pegada Estampadas: produzidas sobre algum fundo moldvel como terra, areia, argila,neve, etc. o Impresses de luvas A superfcie de uma luva mostra um desenho, o qual, com frequncia tem um

    aspecto caracterstico. Em casos raros, possvel encontrar fragmentos de impresses digitais dentro da impresso da luva, isto pode ocorrer quando as luvas tm furos to grandes que alguma parte de um dedo fica descoberto e deixa uma impresso ao mesmo tempo que a da luva, por isso aconselhvel o seu exame e conservao.

    o Impresses Dentrias So produzidas pelos dentes, comumente no corpo humano e em certos alimentos;

    o No corpo humano verifica-se geralmente no corpo da vtima, particularmente nos casos de crime de natureza sexual, e, em certas circunstncias, em caso de luta;

    o Nos alimentos so aproveitadas por meio de moldagem. Manchas: So resduos ou sinais que se apresentam sob a forma de crosta, aderida a determinada superfcie: 1) ORGNICAS: so produzidas pelos lquidos orgnicos, agregados ou produzidas pelo corpo humano.

    Ex: Sangue, esperma, lquido amnitico, colostro, suor, muco nasal, secrees uretrais,secrees vaginais, leite, vmitos etc.

    a) Manchas de esperma so encontradas geralmente nos casos de crimes de natureza sexual, so

    recolhidas nas vestes, roupa de cama, vagina e no reto; b) Colostro uma substncia das glndulas mamria, durante o perodo de gestao, indicio de

    gravidez ou parto recente, pode ser coletado nas roupas intimas da mulher,apresentam-se sob forma de pequenas gotas amareladas

    c) Fezes so encontradas nos locais de crime, mais frequente nos locais de furto qualificado; d) Leite as manchas de leite humano apresentam-se brancas, amareladas, encorpadas,possuindo um

    odor caracterstico, indica o estado de gestao ou de amamentao, so submetidas a exame microscpico, para verificar se trata de leite humano ou animal;

    e) Liquido amnitico segregado pela membrana em forma de saco que envolve o feto,mais frequente nos locais de aborto;

    f) Mecnio uma substncia pastosa, de cor amarelada escura ou verde escuro que se encontra no intestino do recm nascido e expelido nos primeiros dias, indicativo de infanticdio ou aborto provocado;

    g) Muco Nasal Manchas de cor cinza, algumas vezes amareladas, verdosas ou escuras produzidas pelo nariz .

    2) INORGNICAS: produzidas por qualquer substncia no oriunda nem agregada do corpo humano.

    Exemplo: Ferrugem, cera, tinta, lama, plvora, substncias gordurosas, graxas,corantes... etc; a) Ferrugem - essas manchas determinam o tempo aproximado em que a pea metlica esteve em

    contato com agentes oxidantes; b) Lama - podem indicar os lugares onde o individuo transitou; c) Plvora - Podem ser encontradas e recolhidas pelos seguintes processos:

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    d) no corpo da vtima, do autor ou terceiros pela lavagem com gua destilada; e) Nas vestes pelo mesmo processo; f) Nas armas pela lavagem do interior do cano ou das cmaras do tambor; g) Nos estojos pela lavagem das peas. Manchas de Sangue: Geralmente encontradas nos locais de crime contra a pessoa, podem ser localizadas sobre o corpo da

    vtima, do autor, no solo, paredes, mveis, armas, etc. Diagnstico das Manchas de Sangue nos Locais de Crime: 1. Se a mancha realmente de sangue; 2. Se o sangue humano; 3. Qual a regio do corpo que poder ter produzida; 4. Qual o grupo sanguneo; 5. Qual o aspecto ou forma da mancha; 6. Quantidade de sangue extravasado; 7. Formao do soro; 8. Recentidade da mancha; 9. Cor da mancha; 10. Consistncia da mancha; Formas das Manchas de Sangue: varivel e atender ao extravasamento, s condies do terreno, maneira porque o sangue caiu

    (ngulo da queda), as condies que foram produzidas, a direo traada pelo ferido. 1) Manchas por projeo: salpicaduras; 2) Manchas por escorrimento: as que formam poas, charcos, regos, etc. 3) Manchas por impregnao: embebimento em toalhas, lenos, panos em geral; 4) Manchas por limpeza: as que apontam lavagem ou enxugamento de objeto; 5) Rastro sanguneo: so manchas que indicam a passagem de algum sangrando ou o vazamento de

    sangue durante uma caminhada; 6) Manchas de sangue amassado: so produzidas pela compresso de qualquer superfcie sobre a

    mancha de sangue antes do seu ressecamento completo. Procedncia do sangue: Os exames laboratoriais podem determinar a origem do sangue: 1. De uma violao: contm partculas de esperma e pelos pubianos; 2. Do nariz: contm partculas dos pulmes; 3. Menstrual: contm clulas da mucosa vaginal e bactrias diversas; 4. De feridas ou lceras: contm partculas da epiderme e pelos locais. Caractersticas do sangue: As caractersticas do sangue so constantes, perenes e imutveis. O sangue vazado se infiltra nos mais

    estranhos lugares, por isso sua busca deve ser bem cuidadosa. O sangue muda de aspecto, quanto cor e a coagulao, em virtude da decomposio qumica dos seus componentes. A cor do sangue pode variar devido s circunstncias especiais:

    1. suporte 2. tempo de exposio

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    3. rgo de procedncia. 10. NOES SOBRE DATILOSCOPIA

    Datiloscopia o estudo dos desenhos formados pelas papilas drmicas ao nvel das polpas digitais, e,

    consiste num processo de identificao que atende a todos os requisitos do mtodo cientfico, como a perenidade e imutabilidade, a variabilidade e classificabilidade, a praticabilidade e a unicidade.

    A metodologia aplicada identificao datiloscpica foi estabelecida por dois estudiosos, em 1981, Henry Varigny, na Frana e Juan Vucetich, na Argentina, que tem como base s caractersticas nicas dos desenhos papilares, por meio dos quais duas pessoas no se confundem. De acordo com as pesquisas dos especialistas, para se encontrar uma outra impresso digital com 13 pontos caractersticos coincidentes seria necessrio procurar em mais de 12 quintilhes de pessoas. A partir de estudos, to apurados tornou-se o sistema datiloscpico a forma mais segura e eficiente de proceder identificao humana, e consequentemente, adotado em instituies responsveis pela identificao civil e criminal de vrios pases. A identificao datiloscpica chegou ao Brasil em 1903 por iniciativa do jornalista e diretor do Gabinete de identificao do Distrito Federal - Rio de Janeiro, Felix Pacheco. A datiloscopia o processo, mais aplicado pelos peritos papiloscopistas na pesquisa de impresses digitais destinada a descobrir a identidade de criminosos ou at de cadveres, denominado de exame necro papiloscpico;

    A segurana neste tipo de pesquisa est na certeza da imutabilidade dos desenhos contidos na palma das mos e nas extremidades dos dedos. A formao das cristas papilares vem do quarto ms de vida intrauterina e s desaparecem com a putrefao do corpo.

    A impresso digital a reproduo do desenho das papilas deixada sobre qualquer superfcie lisa, ou seja, a rplica invertida do desenho digital. O nome tcnico da impresso digital datilograma.

    Os componentes de uma impresso digital so: 1. Cristas papilares linhas impressas do datilograma; 2. Sulcos interpapilares intervalos em branco entre as linhas formadas pelas cristas; 3. Poros canais que excretam a secreo gordurosa; 4. Linhas diretrizes cristas que, partindo do delta, formam as regies basilar, nuclear e marginal; 5. Delta espao formado pela confluncia das linhas basilar, nuclear e marginal; 6. Pontos caractersticos acidentes anatmicos que individualizamos datilogramas e permitem sua

    identificao.

    Figura 2 Exemplos de mincias identificadas em um datilograma.

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    Classificao das impresses digitais: Juan Vucetich adotou quatro tipos fundamentais de desenhos digitais quando da criao do seu sistema

    de classificao. Eles se baseiam na existncia/inexistncia e posio do delta. O delta ocorre no encontro das trs regies: basilar, nuclear e marginal. Sendo assim, as impresses podero ser classificadas em quatro padres diversos:

    ARCO no tem delta: o desenho composto por linhas mais ou menos paralelas, que vo de uma

    extremidade outra do campo digital; PRESILHA INTERNA tem um delta direita do observador: o datilograma que tem um delta direita

    do observador; PRESILHA EXTERNA tem um delta esquerda do observador: o datilograma que tem um delta

    esquerda do observador); VERTICILO tem um delta de cada lado: o datilograma de dois deltas, sendo um esquerda e outro

    direita do campo digital.

    Apresentao dos quatro tipos fundamentais de impresses digitais de Vucetich.

    11. INSTRUMENTOS E SEUS FERIMENTOS

    Instrumentos contundentes - Os instrumentos mais comuns utilizados na produo de ferimentos

    contusos so: pedra, basto, coronha de arma de fogo, barra metlica, martelo, etc. Instrumentos cortantes - Os instrumentos mais comuns do tipo cortante so: faca, navalha, lmina de

    barbear, bisturis, seces de vidro, etc. Quando a regio atingida pelo instrumento cortante ou contundente for a parte anterior do pescoo, diz-se esgorjamento. Quando for a posterior, degolamento.

    Instrumentos perfurantes - Entre os inmeros instrumentos perfurantes, podemos citar: estiletes,

    agulhas, pregos, etc. Instrumento corto contundentes - Como instrumentos corto - contundentes, temos: foice, machado,

    faces, facas especiais, etc. Instrumentos lacero contundentes - Como exemplo mais prtico de instrumentos causador de leses

    lacerantes e contusas temos o veculo automotor, em caso de atropelamento, com superposio do mesmo em relao vtima, isto , passagem das rodas do veculo sobre o corpo.

    Instrumentos corto dilacerantes - Quando um instrumento cortante produzir, alm da ferida incisa,

    dilacerao dos tecidos devemos caracteriz-lo como instrumento corto - dilacerante. Assim sendo, leses produzidas por fragmentos de vidro (cacos de vidro) decorrentes da quebra de objetos de conformao rolia, na maioria das vezes apresentam aspectos corto dilacerantes.

    Instrumentos corto perfurantes - Entre os instrumentos corto perfurantes podemos citar: punhal,

    canivete, espada, etc.

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    Instrumentos perfuro contundentes - O instrumento perfuro - contundente tpico o projtil de arma

    de fogo.

    12. BALSTICA FORENSE Em sentido amplo, Balstica apenas aquela parte da Fsica, compreendida no captulo da Mecnica, que

    estuda o movimento dos projteis, conceituando-se como projtil todo o corpo que se desloca livre no espao, em virtude de um impulso recebido.

    Cumpre-se definir que projtil tudo o que seja arremessado e projetil (sem acento) o objeto arremessado por arma de fogo (o plural de projtil projteis e plural de projetil projets) .

    A Balstica Forense uma disciplina integrante da Criminalstica, que estuda as armas de fogo, sua munio e os efeitos dos tiros por elas produzidos, sempre que tiverem uma relao com infraes penais, visando esclarecer e provar sua ocorrncia ou no.

    Diviso da balstica: Segundo os estudos que so submetidos balstica forense, esta pode ser dividida

    em: balstica interna, balstica externa e balstica dos efeitos. BALSTICA INTERNA Balstica interna, conhecida tambm como balstica interior, a parte da balstica que estuda a

    estrutura, mecanismos e funcionamento das armas de fogo, o tipo de metal usado na sua fabricao bem como, a sua resistncia s presses desenvolvidas na ocasio do tiro.

    ORIENTAO DESTROGIRA: Sentido de giro horrio ou para a direita. ORIENTAO SINISTROGIRA: Sentido de giro anti-horrio ou para a esquerda.

    As armas de fogo so criteriosamente analisadas nesse ramo da balstica forense, assim sendo, alm do

    estudo do funcionamento das armas, da sua estrutura e mecanismos, este ramo da balstica descreve at mesmo as tcnicas do tiro.

    BALSTICA EXTERNA Balstica externa, conhecida tambm como balstica exterior, estuda a trajetria do projtil, desde a

    sada da boca do cano da arma at a sua parada final (repouso). A balstica exterior analisa as condies do movimento, velocidade inicial do projtil, sua forma, massa, superfcie, resistncia do ar, a ao da gravidade e os seus movimentos intrnsecos.

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    BALSTICA DOS EFEITOS Balstica dos efeitos, conhecida tambm como balstica terminal ou balstica do ferimento, estuda os

    efeitos gerados pelo projtil desde que abandona a boca do cano at atingir o alvo. EFEITOS DO TIRO Os projteis de arma de fogo iro provocar diversos efeitos no alvo humano. Estes efeitos podem ser

    divididos em: Efeitos Primrios: Resultam da ao dos projteis e so caractersticas dos pontos de impacto.Os efeitos primrios

    resultam da ao do projtil contra um alvo animado ou no animado. No alvo animado o projtil atinge a pessoa produzindo orlas de impacto ou embate,formando zonas de contorno seguintes:

    1. Orla de Enxugo - O projtil deixa resduos ao friccionar-se contra a pele,limpando-se. A orla de enxugo

    sendo circular indica tiro perpendicular superfcie da pele e, quando ovalada, denuncia tiro inclinado, cujo eixo maior revela a direo do tiro

    2. Orla de Escoriao - Em que h mais perda da epiderme do que da derme. 3. Orla de Contuso - O projtil ao romper a epiderme produz escoriaes em torno do orifcio de

    entrada, formando a orla de contuso. A orla de contuso coincide com a orla de enxugo, constituindo-se, assim, a chamada orla de contuso e enxugo;

    Efeitos secundrios: Os efeitos secundrios resultam da ao explosiva contra um alvo animado ou no animado. Os efeitos

    secundrios so os que resultam nos tiros curta distncia, assim como, da ao dos gases e resduos da combusto da plvora. A regio atingida pelos efeitos explosivos compreende as zonas seguintes:

    1. Zona de Chamuscamento - produzida pelos gases superaquecidos e inflamados produzindo queimadura da pele, pelos e vestes da regio. A zona de chamuscamento circunda o orifcio de entrada. Atravs da zona de chamuscamento pode-se diagnosticar o orifcio de entrada, distncia e direo do tiro;

    2. Zona de Esfumaamento - forma-se pela fuligem oriunda da combusto da plvora em torno do orifcio de entrada, constatados em tiros efetuados curta distncia, sendo facilmente removidos por lavagem. Outrossim, as vestes em correspondncia com a regio atingida podem reter os resduos de fuligem;

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    3. Zona de Tatuagem - produzida pelos resduos de plvora combusta ou incombusta e, tambm, pelos

    resduos metlicos que atingem o alvo, incrustando-se em torno do orifcio de entrada. Tais resduos penetram como micro projteis, incrustando-se na pele, no sendo removveis por lavagem. (CINELLI, 2008)

    AS LESES CAUSADAS POR ARMAS DE FOGO Os projteis de armas de fogo devem ser considerados como agentes traumticos da classe dos perfuro

    contundentes, uma vez que, o orifcio por este produzido se assemelha ao produzido por um instrumento perfurante, mas que sempre apresenta os bordos contundidos e mortificados. Aos seus efeitos vulnerantes ocasionalmente se associam os produzidos pela fora da expanso dos gases.

    As caractersticas das leses causadas por armas de fogo variam de acordo com a distncia do tiro, segundo CAMARGO JNIOR (1987: 91).

    Segundo a distncia entre a boca do cano da arma de fogo e o alvo, os tiros classificam-se em: Tiro encostado aquele em que a boca do cano da arma se apoia no alvo. O ferimento de entrada do tiro encostado tem forma irregular, apresenta crepitao gasosa (cmara de

    mina de Hoffmann) e apresenta o desenho da boca e da massa de mira do cano.

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    Tiro a curta distncia aquele desferido contra o alvo situado dentro dos limites da regio varrida pelos gases e resduos de

    combusto da plvora expelidos pelo cano da arma, produzindo os efeitos de esfumaamento. O ferimento de entrada do tiro curta distncia apresenta forma arredondada ou ovalar, orla de

    escoriao(arrancamento da epiderme), bordas invertidas (de fora para dentro), halo de enxugo (limpeza das impurezas do projtil na passagem pelos tecidos), aurola equimtica (equimose em face do rompimento de capilares, vnulas e arterolas) e zonas de esfumaamento, chamuscamento e tatuagem.

    Tiro a distncia: aquele desferido contra o alvo situado fora dos limites da regio espacial varrida por gros de plvora

    comburida ou incombusta e por resduos metlicos expelidos pelo cano da arma. O ferimento de entrada do tiro distncia apresenta forma redonda ou ovalar, orla de escoriao, halo

    de enxugo,aurola equimtica (equimose em face do rompimento de capilares, vnulas e arterolas), bordas reviradas para dentro e dimetro menor do que o projtil.

    DISTNCIA DOS DISPAROS EM RELAO PELE a) Com o cano encostado pele: todos os elementos do disparo foram para baixo da pele, portanto ao

    retirar o cano da arma, iremos observar, alm do orifcio de entrada do projtil, o sinal de Pupper-Wertgaartner (que o sinal de queimadura do cano ao redor do orifcio), e ao se abrir o ferimento, logo abaixo do mesmo, encontraremos uma caverna enegrecida, formada pelo afastamento dos tecidos devido presso dos gases do disparo, e colorida pelos mesmos e pela lngua de fogo, que chamada cmara de mina de Hoffmann.

    b) A queima-roupa, com o cano da arma bem perto da pele, de modo que alm do orifcio de entrada

    do projtil, a lngua de fogo queimar a pele, causando a zona de chamuscamento, os gases da combusto sujaro a pele formando a zona de esfumaamento ou negro de fumo, e os gros de plvora incombusta se incrustaro na pele formando a zona de tatuagem; necessrio salientar que o esfumaamento intenso pode ser apagado quando se passa um pano mido na pele.

    c) A curta distncia, com o cano da arma em uma distncia em relao pele, de tal forma que no seja

    atingida pela lngua de fogo, e muito pouco pela fumaa dos gases, da teremos, alm do orifcio de entrada do projtil, ausncia de chamuscamento, esfumaamento pouco ou quase ausente, e tatuagem discreta.

    d) A longa distncia, em que somente o projtil atinge a pele, sem os demais fenmenos, da teremos

    somente o orifcio de entrada do projtil. Trajeto: De acordo com CROCE e CROCE JNIOR, trajetria e trajeto possuem definies diferentes, onde:

    Trajetria o caminho descrito pelo projtil desde seu ponto de disparo at percutir o alvo. Trajeto o percurso seguido pelo projtil dentro do alvo.

    O trajeto de um projtil, para CROCE e CROCE JNIOR, pode ser: ... simples, ou seja, uma linha reta entre os orifcios de entrada e de sada, ou ter desvio angular, de

    retorno e de contorno, ou ainda ser ramificado ou mltiplo, quando h fragmentao de projtil e/ou de corpos estranhos alheios munio dentro do organismo.

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    Orifcio de Sada: O orifcio de sada s se apresenta nas leses transfixantes, ou seja, nos casos de trajeto fechado esse

    no se verificar. Segundo FVERO (1991: 304): o orifcio de sada produzido pelo projtil propriamente dito, isoladamente ou reforado por corpos

    outros que a ele se juntarem no decorrer do trajeto (vestes, botes, ossos, dentes). O orifcio de sada possui algumas caractersticas que o difere do orifcio de entrada, so elas: 1. geralmente maior que o orifcio de entrada; 2. Tem o aspecto de fenda, quando o projtil no sofre deformao, ou forma irregular, quando este

    deforma-se ou arrasta consigo alguns fragmentos, apresentando as bordas evertidas (viradas para fora); 3. No apresenta orlas e nem zonas de contorno, salvo a arola equimtica; 4. Apresenta maior sangramento. Essa diferena entre o orifcio de sada e o orifcio de entrada ocorre porque ao tempo de sada o projtil

    alm de apresentar menor energia cintica, perde as impurezas no percurso ao passo que adquire material orgnico, tendo, assim, maior capacidade dilacerante do que perfurante e uma eventual mudana de direo.

    13. ARMAS

    Conceito vulgar de arma: qualquer objeto que sirva como instrumento de ataque ou defesa. Conceito legal de arma: todo objeto concebido com a finalidade de causar dano em seres vivos ou

    objetos. Baseado neste conceito as armas so classificadas em: a) Prprias: 1. branca - Qualquer arma constituda essencialmente de uma lmina e destinada a produzir

    ferimentos cortantes ou perfurantes, no combate a curta distncia e na luta corpo a corpo. 2. de fogo .

    b) imprprias: ferramentas; instrumentos; etc...) CONCEITO DE ARMA DE FOGO Basicamente, arma de fogo todo artefato que funciona mediante a deflagrao de uma carga explosiva

    que d lugar a formao de gases, sob cuja ao lanado no ar um projetil. So peas constitudas de um ou mais canos, abertos numa das extremidades e parcialmente fechados na parte de trs, por onde se aloja o projetil, o qual lanado a distncia atravs da fora expansiva dos gases pela combusto de determinada quantidade de plvora. Produzido o tiro, escapam pela boca da arma o projetil ou projteis, gases superaquecidos, chama, fumaa, grnulos de plvora incombusta e, em alguns casos, a bucha.

    CLASSIFICAES DAS ARMAS DE FOGO Quanto ao tipo de cano: Alma lisa: So aquelas em que a superfcie interna do cano lisa. ex: Espingardas, Pistoletes. Alma raiada: So aquelas em que a superfcie interna do cano apresenta estriamentos que se

    desenvolvem de forma helicoidal, proporcionando giro ao projetil - por ex:- Rifles, Revlveres .

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    Quanto ao Sistema de Municiamento: Antecarga - Introduo de plvora, buchas e projets pela boca ex.: espingarda pica-pau . Retrocarga - Cartuchos alojados nas cmaras do tambor; Cartuchos alojados em carregador ex.:

    pistola; fuzil automtico sub-metralhadoras; Cartuchos em carregador tubular ex.: espingarda de repetio e algumas carabinas; Cartuchos alojados diretamente na cmara da culatra do cano ex.: espingarda de caa, pistolas de tiro unitrio, pistolete de caa e garrucha.

    Quanto ao transporte: Fixas: Alguns canhes de grosso calibre Mveis: por reboque ou automotrizes Semiportteis: Pelo menos dois indivduos para transportar (metralhadora pesada; morteiro) Portteis: Apenas uma pessoa pode transportar . Quanto ao tamanho: Curtas: Peso dificilmente superior a um quilograma; projeo da coronha (cabo) com ngulo menor que

    150 graus em relao a cano; permitem o uso com apenas uma mo. Longas: Cano normalmente maior que 50 centmetros; projeo da coronha com ngulo maior que 150

    graus em relao ao cano; uso com duas mos e o ombro. Quanto cadncia de tiro: De tiro unitrio: A cada tiro efetuado necessitam de novo carregamento manual (espingardas). De repetio no automtica: Possuem carregador mas para cada tiro a necessidade de acionamento

    manual de mecanismo de alimentao. De repetio semiautomtica: o sistema de alimentao efetuado automaticamente aps cada tiro,

    sendo que para cada tiro necessrio o acionamento da tecla do gatilho. De repetio automtica: o sistema de alimentao efetuado automaticamente aps cada tiro, sendo

    que uma vez acionada a tecla do gatilho e enquanto esta estiver pressionada, os tiros se faro at o esvaziamento do carregador.

    CALIBRE a medida do dimetro interno do cano de uma arma. Pode ser expresso no sistema mtrico ou no

    sistema ingls (polegada) . Calibre nominal: aquele indicado pelo fabricante e comumente gravado na arma ou na munio. Calibre real: aquele obtido pela medio direta do interior do cano de uma arma, realizado com

    instrumentos de preciso (paqumetro). Calibre de armas de alma raiada: Nestes casos, o calibre determinado pelo dimetro interno do cano

    da arma, medido antes da execuo do respectivo raiamento. Quando determinado pelo sistema mtrico, o calibre expresso em milmetros e quando determinado pelo sistema ingls ou norte-americano expresso em centsimos ou milsimos de polegada.

    Calibres de armas de alma lisa: O calibre de armas de alma lisa (ex.: espingarda) expresso pelo nmero de esferas de chumbo puro, de dimetro igual ao do cano em referncia, necessrio para atingir 1 libra (454 g) de peso. Assim, em um cartucho calibre doze gauge (12ga.) so necessrias 12 esferas de chumbo com o dimetro igual ao dimetro interno do cano para se obter 1 libra de peso.

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    MUNIO DE ARMA DE FOGO

    1.Estojo; 2.Espoleta 3.Plvora 4.Projetil Estojo - O estojo o componente externo do cartucho que tem maior dimenso, a quem compete dar a

    dimenso da cmara ou das cmaras de combusto de uma arma em que for utilizado o calibre nominal. Geralmente so fabricados em lato ou cobre, sendo o lato, uma liga de cobre e zinco, o preferido na fabricao.

    Ferreira (1948) ainda ensina que a boca do estojo compreende a parte superior aberta, na qual engastado o projtil, que pode ter parte aparente ou no, dependendo do tipo de munio. Na base do estojo, o chamado culote, contm um orifcio circular para que seja alojada a espoleta ou a cpsula de espoletamento, que se comunica com o interior do estojo, onde fica a plvora (carga de projeo), por um ou dois orifcios. No centro desse orifcio poder haver uma bigorna, cuja funo consiste em, no momento da percusso, receber a compresso da cpsula de espoletamento, iniciando, assim sua inflamao. O estojo ora citado pertence ao cartucho do tipo fogo central, em que a espoleta inserida no orifcio circular do prprio estojo. Existe tambm o cartucho de fogo circular ou radial, que no possui espoleta, consequentemente, no possui alojamento para ela.

    Espoleta - Tocchetto diz que a espoleta consiste em uma pequena cpsula em forma de um pequeno cubo que tem por funo armazenar a mistura iniciadora, ou seja, a carga de inflamao, para que venha, no momento do disparo, iniciar a queima da carga de projeo (plvora). A espoleta pode estar montada no alojamento no centro do culote do estojo (cartucho de fogo central) ou pode ser parte integrante do estojo, como no caso dos cartuchos de fogo circular ou radial.

    Plvora - Segundo Rabello (1982), a plvora um combustvel slido, granular, que, quando entra em combusto, produz quase que instantaneamente uma grande quantidade de energia calorfica e um grande volume de gases, para que possa expelir o projtil sem que seja necessria a presena de oxignio do exterior, pois seus prprios componentes possuem o oxignio necessrio para a devida detonao.

    Projtil - a parte da munio, instrumento perfuro contundente, expelida pela fora dos gases resultante da detonao da plvora com o fim de atingir um determinado alvo.

    De acordo com Gomes (1987, p. 559): Os principais movimentos do projtil so os de propulso ou de deslocamento para frente, que resultam da fora expansiva dos gases da plvora, e o de rotao, que lhe comunicado pelas ranhuras do cano da arma, visando a vencer a resistncia do ar.

    Segundo Tocchetto (2006), o projtil pode ser constitudo por apenas um elemento (projtil nico) ou por vrios (projtil mltiplo).

    A INTERLIGAO ENTRE A ARMA E O CRIME Identificao do Atirador pela Arma: A identificao do atirador pela arma baseia-se no encontro de impresses digitais deixadas naquela

    arma. Uma vez encontradas, deve-se revel-las e fotograf-las a seguir para serem ampliadas e melhor estudadas. Se tiver um suspeito as impresses sero comparadas com as dele, caso contrrio sero comparadas as do banco de impresses digitais, onde houver.

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    Identificao da Arma pelo Projtil : Em primeiro lugar necessrio achar o projtil, que pode estar no corpo da vtima ou fora dele (no local

    do crime), sendo mais frequente o primeiro caso. Em qualquer das hipteses, o perito balstico ir examinar o projtil, verificando seu peso, formato,

    comprimento, dimetro, composio, calibre, raiamento, estriaes laterais finas e deformaes. O calibre da arma serve para demonstrar a medida do cano, a raiao indica o tipo de arma e a estriao lateral fina individualiza a arma. O perito ao estudar o raiamento dever observar a sua correspondncia com a arma suspeita, mencionando o seu nmero, a sua largura, o seu aspecto e se estas so destrgiras ou sinistrgiras, ou seja, se so obliquamente dirigidas para a direita ou para a esquerda.

    Identificao da Arma pelo Estojo : Outra forma de se identificar a arma utilizada no crime pelo exame do estojo. O estojo pode ser

    encontrado no local do crime ou no tambor da arma apreendida como suspeita. Em ambos os casos este deve ser apreendido e encaminhado para exame. O perito balstico, ao receber o estojo, determina o seu material, sua marca, seu calibre e suas deformaes, para assim determinar que tipo de arma foi usada no crime.

    De acordo com ALMEIDA JNIOR e OUTROS (1998: 150): Com efeito, esses estojos apresentam marcas mais ou menos individualizadoras da arma a que serviram: marcas produzidas pela superfcie interna do cano (em que o cartucho foi introduzido sob presso); marca do percussor sobre a espoleta; marca da espalda do cano sobre o talo (determinada pelo recuo); marca do extrator na gola do estojo.

    De posse do estojo suspeito e do padro, deve-se ento lev-los ao microscpio comparador para o exame dos sinais deixados no culote do percussor.

    Para a identificao o que realmente tem importncia a depresso em sua parte mais profunda, que apresenta de forma microscpica detalhes deixados pela ponta do percussor, de maneira a esclarecer se as deformaes deixadas em dois estojos foram produzidas pelo percussor de uma mesma arma. Outra caracterstica do estojo utilizada na identificao so os sinais deixados pelo extrator e pelo ejetor, que pela violncia de seus movimentos, deixam marcas especficas de cada arma.

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    14. QUEIMADURAS

    PROVOCADA PELO CALOR: Conceito de Calor: o aumento da temperatura. Pode ser Direto e Difuso. Calor direto (fogo): As Queimaduras so provocadas pelas chamas, pelos slidos incandescentes e

    lquidos ferventes. Segundo Hoffmann classificam-se em 4 (Quatro) Graus: 1. Queimaduras de 1 grau Provocam um vermelhido na superfcie corporal; 2. Queimaduras de 2 grau Provocam bolhas ou flictemas cheias de liquido sero hemtico (Sinais de

    Chambert); 3. Queimaduras de 3 grau - Provocam uma escarificao e deixam cicatrizes. 4. Queimaduras de 4 grau Provocam a Carbonizao. Esta Carbonizao poder ser parcial ou total. CARACTERISTICAS DO CARBONIZADO TOTAL: Cor enegrecida, diminuio de tamanho, atitude de

    boxeador ou de saltimbanco,fendas nas cavidades (craniana, torcica e abdominal), pelos crestados, fuligem no pulmo (Sinal de Muntalti).As queimaduras levam a morte por choque Neurognico, Hipovolmico,Toxmico e Sptico.

    Causas jurdicas de morte: Homicdio Suicdio Acidente. Calor difuso: Insolao e Intermao. 1. Insolao provocado pelo sol Produz queimaduras de 1 e 2 graus. A morte quase sempre

    acidental. 2. Intermao - motivada pelo exagero dos aquecedores, quenturas das caldeiras ou dos fornos em

    geral e dos ambientes fechados. Provoca um mormao sistmico com convulses e asfixia. A morte quase sempre acidental, podendo tambm acontecer homicdios.

    QUEIMADURAS PROVOCADAS PELO FRIO: Conceito de Frio: a diminuio da temperatura. A diminuio acentuada da temperatura causa as

    Geladuras: 1. Geladuras de 1 grau Provocam um vermelho plido na superfcie corporal devido

    vasoconstrio; 2. Geladuras de 2 grau Provocam flictemas ou bolhas hemorrgicas; 3. Geladuras de 3 grau Provocam isquemias; 4. Geladuras de 4 grau Provocam a necrose dos tecidos ou gangrena.

    15. TANATOLOGIA Tanatologia a parte da Medicina Legal que estuda a morte e suas consequncias jurdicas. Morte a

    cessao dos fenmenos vitais, por parada das funes cerebral, respiratria e circulatrias, com surgimento dos fenmenos abiticos, lentos e progressivos, que causam leses irreversveis nos rgos e tecidos.

    MODALIDADES DO EVENTO MORTE:

    morte aparente estados patolgicos do organismo simulam a morte, podendo durar horas, sendo possvel a recuperao pelo emprego imediato e adequado de socorro mdico.

    morte relativa estado em que ocorre parada efetiva e duradora das funes circulatrias, respiratrias e nervosas, associada cianose e palidez marmrea, porm acontecendo a reanimao com manobras teraputicas.

    morte absoluta ou morte real estado que se caracteriza pelo desaparecimento definitivo de toda

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    atividade biolgica do organismo, podendo-se dizer que parece uma decomposio. FENMENOS CADAVRICOS: Fenmenos transformativos destrutivos: Processo destrutivo - Processo de destruio dos tecidos que ocorre aps a morte com a transio dos

    restos biolgicos at sua fossilizao. Os fatores que influem para a ocorrncia destes fenmenos so, principalmente, a temperatura, a aerao, a higroscopia do ar, o peso do corpo, as condies fsicas, a idade do morto e a causa da morte. Podemos observar tambm a atividade de bactrias e insetos necrfagos.

    Autlise - Caracteriza-se por uma srie de fenmenos fermentativos anaerbicos que ocorrem no

    interior das clulas do individuo aps sua morte, ocorrem independentemente de qualquer ao de outros microrganismos. o primeiro dos fenmenos cadavricos.

    Putrefao uma forma de transformao cadavrica destrutiva, que se inicia, logo aps a autlise, pela ao de micrbios aerbios, anaerbios e facultativos em geral, sobre o ceco; o sinal mais precoce da putrefao a mancha verde abdominal.

    Macerao um fenmeno de transformao que ocorre no cadver quando em meio aquoso como nos afogados (macerao sptica), ou pode ocorrer no feto quando morre no tero da me do sexto ao nono ms de gestao (macerao assptica).

    H o destacamento de amplos segmentos cutneos, devido ao fenmeno da embebio da

    hemoglobina, fazendo com que a epiderme se solte facilmente, alm dos rgos soltarem-se dentro do ventre. Fenmenos transformativos conservadores: 1. mumificao um processo transformativo de conservao pela dessecao, natural ou artificial,

    do cadver. 2. natural quando o cadver submetido a evaporao rpida de seu componente lquido e os

    tecidos adquirem aspecto de couro curtido, ou seja, mmia, ocorrendo em local quente e seco. 3. artificial com emprego de processo, resinas, formol e outras substncias conservadoras, ou seja,

    embalsamamento. 4. saponificao um processo transformativo de conservao em que o cadver adquire consistncia

    untuosa, mole, como o sabo ou cera, s vezes quebradia, e tonalidade amarelo-escura, exalando odor de queijo ordinrio e ranoso; as condies exigidas para o surgimento da saponificao cadavrica so: solo argiloso e mido, que permite a embebio e dificulta, sobremaneira, a aerao, e um estgio regularmente avanado de putrefao.

    NATUREZA DO EVENTO MORTE:

    morte natural aquela que sobrevm por causas patolgicas ou doenas, como malformao na vida uterina.

    morte suspeita aquela que ocorre em pessoas de aparente boa sade, de forma inesperada, sem causa evidente e com sinais de violncia definidos ou indefinidos, deixando dvida quanto natureza jurdica, da a necessidade da percia e investigao.

    morte sbita aquela que acontece de forma inesperada e imprevista, em segundos ou minutos. morte agnica aquela em que a extino desarmnica das funes vitais ocorre em tempo longo e

    neste caso, os livores hipostticos formam-se mais lentamente.

    morte reflexa aquela em que se faz presente a tenso emocional, ou seja, uma irritao nervosa (excitao) de origem externa, exercida em certas regies, provoca, por via reflexa, a parada definitiva das funes circulatrias e respiratrias.

    morte violenta aquela que resulta de ao exgena e lesiva, mesmo tardiamente no organismo; ocorre em razo de prticas criminosas ou acidentais e na infortunstica (relaes de trabalho), podendo ser: morte acidental, morte criminosa, morte voluntria ou suicdio.

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    TIPOS DE MORTE Causadas pela eletricidade: A eletricidade classifica-se em: Natural e Industrial. Eletricidade natural ou csmica: representada pelo Raio. As leses provocadas pelo Raio so

    arboriformes ou em zigue-zague e so chamadas Leses de Lichtenberg. 1. Quando h somente queimaduras dizemos que houve Fulgurao. 2. Quando acontece a morte dizemos que houve Fulminao. Eletricidade industrial ou artificial: a que produz a iluminao comum e impulsiona o progresso

    mundial. Tem como lado malfico o Choque Eltrico. Este provoca leses de entrada denominadas de saca bocado ou marcas de Jellinek e outros tipos de leso de sada.

    Morte provocada por asfixias: As definies propostas pelos diversos autores sobre asfixia, convergem para a interrupo da

    respirao. As diversas modalidades de morte por asfixia podem ser englobadas na classificao seguinte: enforcamento, estrangulamento, esganadura, sufocamento, soterramento, afogamento.

    Asfixia por constrio do pescoo: Enforcamento a modalidade de asfixia mecnica determinada pela constrio do pescoo por um

    lao cuja extremidade se acha fixa a um ponto dado, agindo o prprio peso do indivduo como fora viva; o sulco descontnuo de direo oblqua ascendente.

    Estrangulamento a modalidade de asfixia mecnica por constrio do pescoo por lao tracionado pela fora muscular da prpria vtima, por mo criminosa ou por qualquer fora que no seja o prprio peso da vtima; o sulco, nico, duplo ou mltiplo contnuo e de profundidade uniforme e tipicamente horizontalizado.

    Esganadura a modalidade de asfixia mecnica por constrio anterolateral do pescoo, impeditiva da passagem do ar atmosfrico pelas vias areas, promovidas diretamente pela mo do agente.

    Morte por sufocao - A sufocao consiste na ocluso das vias respiratrias. A presena, local, de panos

    impregnados de lquidos biolgicos, como saliva, vmito, etc., pode, s vezes, indicar este tipo de asfixia. Asfixias por sufocao direta e indireta: Sufocao a modalidade de asfixia mecnica provocada pela obstaculao, direta ou indireta,

    penetrao do ar atmosfrico nas vias areas ou por permanncia forada em espao fechado. 1. Direta: a obstruo da boca, nariz e traqueia. Tem como sinais prprios equimoses e escoriaes na boca e

    nariz. No engasgamento se encontra o corpo estranho obstruindo a traqueia. a) soterramento a modalidade de asfixia mecnica resultante da obstruo direta das vias

    respiratrias quando a vtima se encontra mergulhada num meio slido ou pulverulento. Os sinais caractersticos so a presena de estranhas nas cavidades bucal e nasal bem como na traqueia e brnquios.

    b) confinamento - a modalidade de asfixia mecnica por sufocao direta de indivduo enclausurado

    em espao restrito ou fechado, sem renovao do ar atmosfrico, por esgotamento do oxignio e aumento gradativo do gs carbnico, aumento de temperatura, alteraes qumicas e saturao do ambiente por vapores dgua; a causa jurdica : acidental (desmoronamento de minas) ou criminosa (infanticdio).

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    2. Indireta: a modalidade de asfixia mecnica ocasionada especialmente pela compresso do trax ou

    eventualmente do trax e abdome, em grau suficiente para impedir os movimentos respiratrios e desencadear a morte; a causa jurdica : homicida ou acidental; em alguns vitimados por sufocao indireta podero faltar os sinais de asfixia; em outros podero estar presentes a mscara equimtica de Morestin, fraturas do gradil torcico, manchas de Tardieu, sinal de Valentim etc.

    Asfixias por introduo da pessoa em meio lquido: Afogamento: a modalidade de asfixia mecnica desencadeada pela penetrao de lquido nas vias

    respiratrias, por permanncia da vtima totalmente ou apenas com a extremidade anterior do corpo imersa no mesmo.

    Asfixia por gases irrespirveis: Os gases irrespirveis se classificam em: gases de combate (lacrimogneos, esternutatrios, vesicantes, sufocantes etc.); gases txicos (cido ciandrico e monxido de carbono etc.); gases industriais (vapores nitrosos e gases anestsicos.

    Morte por precipitao: Neste tipo de morte, esto enquadradas as precipitaes voluntrias, acidentais

    e a criminosa (forada).

    16. DOCUMENTOSCOPIA a parte da Criminalstica que estuda os documentos para verificar se so autnticos e, em caso

    contrrio, determinar a sua autoria. A Documentoscopia se distingue de outras disciplinas, que tambm se preocupam com os documentos, porque ela tem um cunho nitidamente policial. No se satisfaz com a prova da ilegitimidade do documento, mas procura determinar quem foi o seu autor, os meios empregados, o que no ocorre com outras.

    Documentoscopia compete exames gerais de documentos, exames de ttulos e outros papis, pesquisa de autoria grfica, identificao de escritos datilografados, pesquisa de alteraes aditivas e subtrativas em documentos, recuperao de escrita rasurada e reflexa, exames e identificao de carimbos, recomposio e estudo de documento dilacerado, identificao de material e instrumentos de escrita manual, exame de escritos em documentos obliterados (que houve adulterao, apagados) ou queimados, reconhecimento de escritos pelas pessoas a quem so atribudos, etc.,

    GRAFOSCOPIA Grafoscopia, Grafstica, Grafotcnica ou Percia Grfica o captulo da Documentoscopia que tem por

    objetivo determinar a autenticidade ou falsidade de uma escrita ou assinatura, e, se, falso, determinar o seu autor. O manuscrito no passa de uma srie de gestos de mo e brao, gravados no papel. Por isso no h duas escritas iguais e o manuscrito de um indivduo reflete toda sua ndole, seu carter, sua idade.

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