03 11 2014

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Fale conosco | Redação: (82) 3021.5837 | Comercial: (82) 3021.0563 | Assinante: (82) 3021.0563 | Internet: http://www.primeiraedicao.com.br | e-mail: [email protected] Mais prazo para fim dos lixões O prazo legal expirou em agosto último, mas poucas prefeituras cumpriram a Lei dos Resíduos Sólidos. Resultado: o Congresso Nacional acaba de aprovar mais quatro anos para que os municípios acabem com os lixões e implantem seus aterros sanitários. > A-5 Ninguém acerta a Mega-Sena Ninguém acertou a Mega-Sena deste sábado (1/11) e o prêmio acumulado deve pagar R$ 37 milhões na 4ª feira (5/11). Foram sorteadas as dezenas 24, 33, 38, 42, 44 e 54. A Quina vai pagar R$ 23,8 mil a 99 ganhadores. Outros 7.522 acertaram a Quadra e vão receber R$ 448. e d ição PRIMEIRA Ano 10 | Edição 592 | Maceió, Alagoas, 3 a 9 de novembro, 2014 | R$2,00 Lessa quer mais apoio da União aos estados > A-3 Enquanto Dilma Rousseff (o governo) propõe plebiscito, Renan Calheiros (o Congres- so) defende a reforma políti- ca através de referendo po- pular. São fórmulas pareci- das, mas a segunda (deputa- dos e senadores aprovam um projeto e o submetem à deci- são popular) representa a vontade majoritária do Par- lamento, daí a posição segu- ra do presidente do Senado, Renan Calheiros a favor de uma proposta previamente aprovada pelo CN. > A-2 Senador Renan não abre mão do referendo Divulgação Renan defende o referendo como afirmação do Congresso Nacional Transição de governo começa nesta segunda-feira > A-3 Após elevar juros, governo define reajuste da gasolina nesta 3ª feira Um reajuste entre 4% e 5% (para gasolina) e de 8% (para o diesel) será definido nesta terça-feira (4) durante reunião do Conselho de Administração da Petrobras. Será o segundo impacto na economia após as eleições: na semana passada, o Ban- co Central elevou a taxa bá- sica de juros (Selic) como medida crítica para conter a inflação, que, no entanto, sofrerá o reflexo da alta dos combustíveis. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admite novo aumento da gasolina em 2914. > A-6 Rodovias duplicadas (como este trecho da AL-101-Su), evitam colisões frontais, é verdade, mas estimulam o excesso de velocidade, que também tem sido a causa de inúmeros acidentes Miguel Goes Velocidade anula segurança em rodovia duplicada O motorista alagoano son- hou a vida toda com a du- plicação de rodovias, mas, quando a novidade che- gou, adveio uma constata- ção preocupante: o exces- so de velocidade tem cau- sado acidentes em estradas duplicadas, inclusive aqui, na AL-101-SUL. Para con- ter os excessos, foram ins- taladas barreiras eletrôni- cas, mas tiveram de ser re- tiradas após uma decisão do Tribunal de Contas. Por outro lado, multas estão mais caras e devem ajudar a conter a imprudência dos motoristas > A-4 e A-7 CRB joga mal e perde de 4x0 para o Macaé Divulgação O São Paulo venceu o Criciúma por 2x1 (fora de casa) e permanece na vice-liderança da Série A do Brasileiro, a 4 pontos do líder Cruzeiro que, no Mineirão, derrotou o Bo- tafogo por 2x1. O Inter- nacional bateu o Santos e está em terceiro, en- quanto o Fluminense é o quarto com 54 pontos, a mesma colocação do Atlético-MG, Grêmio e Corinthians. > ESPORTES No Mineirão, o Cruzeiro venceu o Botafogo por 2x1 e segue líder isolado do Campeonato Brasileiro > B-3 São Paulo vence e continua como více-líder Movimento dentro da cú- pula do Judiciário poderá tirar da presidente Dilma a chance de nomear cinco novos integrantes para a Suprema Corte. > A-8 Ministros articulam mudar aposentadoria no STF para 75 anos Manifestantes convergi- ram para a Av. Paulista com faixas e cartazes pe- dindo o impeachment da presidente Dilma e inter- venção militar. > A-8 Ato por impeachment de Dilma reúne em SP 2,5 mil pessoas

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Edição impressa do dia 03 de novembro

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Fale conosco | Redação: (82) 3021.5837 | Comercial: (82) 3021.0563 | Assinante: (82) 3021.0563 | Internet: http://www.primeiraedicao.com.br | e-mail: [email protected]

Mais prazo para fim dos lixões

O prazo legal expirou em agosto último, maspoucas prefeituras cumpriram a Lei dos

Resíduos Sólidos. Resultado: o CongressoNacional acaba de aprovar mais quatro anospara que os municípios acabem com os lixões

e implantem seus aterros sanitários. > A-5

Ninguém acerta a Mega-Sena

Ninguém acertou a Mega-Sena deste sábado(1/11) e o prêmio acumulado deve pagar

R$ 37 milhões na 4ª feira (5/11).Foram sorteadas as dezenas 24, 33, 38, 42, 44

e 54. A Quina vai pagar R$ 23,8 mil a 99ganhadores. Outros 7.522 acertaram a

Quadra e vão receber R$ 448.ediçãoPRIMEIRA

Ano 10 | Edição 592 | Maceió, Alagoas, 3 a 9 de novembro, 2014 | R$2,00

Lessa quer mais apoio da União aos estados > A-3

Enquanto Dilma Rousseff (ogoverno) propõe plebiscito,Renan Calheiros (o Congres-so) defende a reforma políti-

ca através de referendo po-pular. São fórmulas pareci-das, mas a segunda (deputa-dos e senadores aprovam um

projeto e o submetem à deci-são popular) representa avontade majoritária do Par-lamento, daí a posição segu-

ra do presidente do Senado,Renan Calheiros a favor deuma proposta previamenteaprovada pelo CN. > A-2

Senador Renan não abre mão do referendo

Divulgação

Renan defende o referendo comoafirmação do Congresso Nacional

Transição de governo começa nesta segunda-feira > A-3

Após elevar juros, governo definereajuste da gasolina nesta 3ª feiraUm reajuste entre 4% e5% (para gasolina) e de 8%(para o diesel) será definido

nesta terça-feira (4) durantereunião do Conselho deAdministração da Petrobras.

Será o segundo impacto naeconomia após as eleições:na semana passada, o Ban-

co Central elevou a taxa bá-sica de juros (Selic) comomedida crítica para conter a

inflação, que, no entanto,sofrerá o reflexo da alta doscombustíveis. O ministro da

Fazenda, Guido Mantega,admite novo aumento dagasolina em 2914. > A-6

Rodovias duplicadas (como este trecho da AL-101-Su), evitam colisões frontais, é verdade, mas estimulam o excesso de velocidade, que também tem sido a causa de inúmeros acidentes

Miguel Goes

Velocidade anula segurança em rodovia duplicadaO motorista alagoano son-hou a vida toda com a du-plicação de rodovias, mas,quando a novidade che-gou, adveio uma constata-ção preocupante: o exces-so de velocidade tem cau-sado acidentes em estradasduplicadas, inclusive aqui,na AL-101-SUL. Para con-ter os excessos, foram ins-taladas barreiras eletrôni-cas, mas tiveram de ser re-tiradas após uma decisãodo Tribunal de Contas. Poroutro lado, multas estãomais caras e devem ajudara conter a imprudência dosmotoristas > A-4 e A-7

CRB joga mal e perde de 4x0 para o Macaé

Divulgação

O São Paulo venceu oCriciúma por 2x1 (forade casa) e permanece navice-liderança da Série Ado Brasileiro, a 4 pontosdo líder Cruzeiro que, noMineirão, derrotou o Bo-tafogo por 2x1. O Inter-nacional bateu o Santos eestá em terceiro, en-quanto o Fluminense é oquarto com 54 pontos, amesma colocação doAtlético-MG, Grêmio eCorinthians. > ESPORTES No Mineirão, o Cruzeiro venceu o Botafogo por 2x1 e segue líder isolado do Campeonato Brasileiro > B-3

São Paulo vence e continua como více-líder

Movimento dentro da cú-pula do Judiciário poderátirar da presidente Dilma a

chance de nomear cinconovos integrantes para aSuprema Corte. > A-8

Ministros articulammudar aposentadoriano STF para 75 anos

Manifestantes convergi-ram para a Av. Paulistacom faixas e cartazes pe-

dindo o impeachment dapresidente Dilma e inter-venção militar. > A-8

Ato por impeachmentde Dilma reúne emSP 2,5 mil pessoas

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014A2 | Política

APÓS AS

ELEIÇÕESPara Renan, só referendo confere aoCongresso papel decisivo na reformaSenador alagoano defende entendimento nacional e adverte sobre mudanças que o povo está exigindo

Romero Vieira BeloEditor-Geral

O senador Renan Calheiros(PMDB) prefere uma reformapolítica decidida por um refe-rendo popular, e não por umplebiscito, por entender, aprio-risticamente, que essa é maté-ria, na forma e na essência, decompetência exclusiva do Con-gresso Nacional.

Referendo e plebiscito têmum só espírito - o de submetera reforma ao crivo popular -mas no atual cenário, a segun-da fórmula, já proposta pelapresidente Dilma Rousseff, epor isso mesmo, acabaria poratribuir a iniciativa do projetoao governo federal, e não aoParlamento, a quem cabe, po-rém, elaborá-lo em qualquerdos casos.

Ainda no calor das eleições,na 2ª feira (27) o senador RenanCalheiros usou uma frase fortepara justificar sua preferênciapelo referendo: "Entendo que omelhor caminho é o CongressoNacional aprovar a reforma -caso contrário poderá pagarcaro pela omissão - e submetê-la a um referendo popular, co-mo fizemos na proibição devenda de armas e munições".

A posição do presidente doSenado, assumida logo após apresidente Dilma ter afirmado,mais uma vez, que prefere umareforma política plebiscitária,diverge do Palácio do Planalto,mas de forma alguma o colocaem rota de choque com a chefedo governo. Renan, muito pelo

contrário, defende um grandeentendimento nacional comoforma democrática de se bus-car saídas para os desafios na-cionais.

A manifestação de RenanCalheiros ganhou de pronto o

apoio dos congressistas em ge-ral, até porque deputados e se-nadores (eleitos e reeleitos) nãocogitam abrir mão da prerroga-tiva de analisar, discutir, votare aprovar aquela que tem sidochamada de 'a mãe das refor-

mas', por suas implicações navida do país.

REFORMANa nota a seguir, o senador

Renan Calheiros manifesta seupensamento sobre o caminhopara se fazer a reforma política:

"As eleições de 2014 entra-rão para história brasileira comuma das disputas mais acirra-das e combativas desde a rede-mocratização". "Mesmo comtantos tensionamentos, venceua democracia e o pleito foi mar-cado pela ordem e respeito aosresultados".

"Apuradas as urnas é pru-dente que todos os brasileiros ebrasileiras, notadamente os ho-mens públicos, reflitam sobre ahumilde convocação feita pela

Presidente reeleita em torno daconciliação nacional".

"Eleição não tem 3º turnoe, portanto, devemos seguirem frente neste propósito deunião nacional pelo bem doPaís, como também defendeuelegantemente o Senador Aé-cio Neves, candidato da opo-sição".

"De minha parte, comoPresidente do Senado Federal,defendo a superação das diver-gências e também reitero mi-nha defesa pela reforma políti-ca como o fiz desde sempre e,em especial, em 2013, após asmanifestações cívicas".

"Por ser tratar de uma una-nimidade estática, onde todossão favoráveis, mas ela nuncaprospera, devemos mesmo

recorrer à força transformado-ra da sociedade".

"Entendo, entretanto, queo melhor caminho é o Con-gresso Nacional aprovar a re-forma - caso contrário poderápagar caro pela omissão - esubmetê-la a um referendopopular, como fizemos naproibição de venda de armase munições".

"Um dos maiores recadosdados aos governantes nasruas em 2013 e, agora nas elei-ções gerais de 2014, foi que asociedade está atenta, madurae exigindo ser ouvida com maisassiduidade e mais respeito. Asociedade exige mudanças,mas também deseja ser prota-gonista neste processo". (Textointegral)

Senador Renan Calheiros não abre mão de reforma através de referendo

O plebiscito é a convocação dos eleitores dopaís a aprovar ou rejeitar questões relevantesantes da existência de lei ou do ato administrati-vo. Assim, a população diz se quer ou não queele seja aprovado.

Quem propõe? A competência para propor édo Congresso quando se tratar de questões derelevância nacional.

Como funciona? É convocado por decretolegislativo da Câmara ou do Senado, com pro-posta que deve ser assinada por no mínimo umterço dos deputados (171) ou de um terço dossenadores (27). A medida deve ser aprovada emcada uma das Casas por maioria absoluta (meta-de mais um de todos os parlamentares). NaCâmara, são necessários 257 votos favoráveis.No Senado, 41. O referendo pode ser convocadoem trinta dias a partir da lei ou medida adminis-trativa.

Depois da votação, o resultado é homologa-do pelo Tribunal Superior Eleitoral. O processoocorre como numa campanha eleitoral, comtempo de rádio e TV e possibilidade de distri-buição de panfletos.

Se a população for a favor, o resultado daconsulta é levado para o Congresso. Há di-vergência, no entanto, sobre se o resultado doplebiscito teria que ser seguido pelo Con-gresso, porque não há previsão expressa naConstituição sobre isso. Para alguns juristas,o resultado do plebiscito poderia ser inter-pretado apenas como uma consulta, e nãocomo uma "ordem" da população aos deputa-dos.

Depois de feitas as escolhas, a implementa-ção das decisões deve ocorrer por meio dos ins-trumentos legislativos adequados.

O que é plebiscitoO referendo também é uma consulta popu-

lar, mas ele é convocado depois que o ato já foiaprovado, cabendo ao povo ratificar ou rejeitara proposta.

Quem propõe? Da mesma forma que o ple-biscito. Como funciona?

Da mesma forma que o plebiscito.Nesse caso, os deputados já teriam aprova-

do o texto da reforma política, condicionandosua aprovação definitiva à consulta popular. Apopulação diria se concorda ou não. Se discor-dar, ela não entra em vigor. O Congresso po-deria começar um novo processo, alterando ostemas rejeitados, e novamente submeter aocrivo popular por referendo.

Ainda segundo especialistas, não há impe-dimento para incluir quantas perguntas foremnecessárias em um questionário a ser respon-dido pela população, tanto no plebiscito como

no referendo.O último plebiscito realizado no Brasil

ocorreu em dezembro de 2011 e abordou adivisão do Pará. O projeto de decreto legislati-vo havia sido aprovado em maio daquele ano.O processo eleitoral levou sete meses para serorganizado. A população do estado rejeitou acriação dos estados do Carajás e de Tapajós.Naquela ocasião, a consulta custou R$ 19 mi-lhões.

No país, também aconteceram três referen-dos. Em 23 de outubro de 2005, o povo brasi-leiro foi consultado sobre a proibição docomércio de armas de fogo e munições e rejei-tou alterar a lei, mantendo o comércio. Em1993, foi realizado plebiscito para escolher en-tre monarquia ou república e parlamentarismoou presidencialismo. A consulta consolidou aforma e o sistema de governo atuais.

O que é referendo

Congresso Nacional deve elaborar reforma política, transformá-la em projeto e submetê-la ao crivo popular

fotos: Divulgação

Renan Filho forma equipe etransição tem início nesta 2ªGovernador eleito define nomes e se concentra na formação do futuro secretariado

> NOVO GOVERNO

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014 Política | A3

Romero Vieira Belo

Enfoque Político

CHOQUE ELÉTRICO

Viva o consumidor alagoano!Lembra-se do reajuste da tarifade energia elétrica de 29%, paraAlagoas, que motivou uma gritageral? Foi merreca. No Norte, aestocada foi de estratosféricos54%.

AÇÃO E REAÇÃO

Como na física, na economiatambém toda ação provoca umareação. A alta da taxa dos jurosvai esfriar o comércio mais ainda,em compensação ampliará o ren-dimento da caderneta de pou-pança.

RENAN É O CARA

Com Sarney fora do páreo, e como PMDB 'solto e disperso', o Pla-nalto vai acabar pedindo de joe-lhos que o senador Renan Calhei-ros volte atrás e aceite continuarpresidindo o Congresso.

VOTO DE SARNEY

Apesar do filme exibido na inter-net, no qual se vê Zé Sarney vo-tando no 45, o velho senador ma-ranhense garante que o registronão passa de lixo eletrônico: "Vo-tei, sim, na candidata Dilma".

ATRAÇÃO IRRESISTÍVEL

Quarto município mais cobiçadopelos políticos, graças ao ICMS doPolo Químico, Marechal Deodorojá registra, nos bastidores, intensamobilização com vistas à sucessãode Cristiano Matheus, em 2016.

CRATERA NA PISTA

A turma da operação tapa-buracofez o serviço pela metade naTravessa Comendador Tércio Wan-derley, na Levada. Aliás, a crateraque ficou é bem maior que os bu-racos tapados com asfalto

IMPERADOR DO SERTÃO

Nada confirmado, ainda, mais oimperador Júlio Cezar deverámesmo concorrer à Prefeitura dePalmeira dos Índios, com novocacife eleitoral conquistado nasucessão do mês passado.

IMPERADOR DO NORTE

Já o imperador do Norte, CíceroCavalcante, que não se elegeudeputado estadual, assumindo ounão uma vaga arranjada na ALE,deverá disputar de novo a Prefei-tura de São Luiz do Quitunde.

DESCULPA NA SOLA DO SAPATO

Não acontecia sempre, em casos de atropelamento na via urbana, masantes da vigência do atual Código de Trânsito, era mais comum se vê oatropelador parando o carro e indo socorrer a vítima. Hoje, quase todosque atropelam, tratam de se mandar e depois apresentam a mesma des-culpa: "Fugi com medo de ser linchado".

O PSOL DE LUCIANA MOSTRANDO A CARA DO PT

Enquanto a Câmara e o Senado sepultam o projeto dos tais conselhospopulares, o PSOL, de Luciana Genro, adianta que vai apresentar novaproposta de criação dos arrumadinhos bolivarianos. Aécio tinha ou nãotinha razão quando dizia, na campanha presidencial, que Luciana eraapenas uma 'linha auxiliar do PT'?

HELOÍSA HELENA E AS FUTURAS ELEIÇÕES

E o futuro político de Heloísa Helena? Daqui a 2 anos, deverá renovar omandato de vereadora, mas em 2018 precisará repensar sua insistênciaem concorrer ao Senado, mesmo com duas vagas em jogo. Não seriamais seguro disputar uma das 27 vagas da Assembleia? Ou mesmo ten-tar uma cadeira de deputado federal?

A força do interiorNa democrática, não tem outra: ganha quem tem mais voto

(salvo no atual sistema anômalo da eleição proporcional). DeuDilma porque, no cômputo, ela pôs 3,4 milhões de votos sobreAécio. Não há, pois, o que questionar, os números do TSE são con-clusivos.

Discutível, aí sim, é como a presidente se reelegeu. Primeiro,fazendo uma campanha de terror, de ameaças, levando pânico aoseleitores mais humildes. "O Aécio vai acabar com o BolsaFamília". Os analfabetos e miseráveis foram coagidos e ameaça-dos, como diz Elisabeth Carvalho, presidente do TRE de Alagoas.Uma campanha em que o PT mostrou que, para seus militantes,não existem limites.

Segundo, de onde veio a vitória de Dilma? Do interior, exata-mente onde se concentra a massa de beneficiários do BolsaFamília. Está provado, em números, que o BF é um programa elei-toral. Dilma venceu no Nordeste e perdeu no Sul e Sudeste (exce-ção de Minas e Rio de Janeiro, com pequenas diferenças), em cujosestados as populações dependem menos do Bolsa Família. É umaobviedade.

O PT manteve a presidência, mas encolheu no Congresso.Veja-se o caso emblemático de Pernambuco: ali, Dilma obteve70% dos votos. Em compensação, o eleitor pernambucano derro-tou o PT na disputa para governador, para senador e ainda dei-xou os quatro deputados federais petistas sem mandato. Só esca-pou a chefe do Bolsa Família.

A própria eleição presidencial mostra a queda do PT: em 2010,Dilma teve 57% dos votos contra apenas 43% de Serra. Agora,poucos mais de 51% contra mais de 48% de Aécio. A Coluna pre-viu: o ciclo petista se encerrará com Dilma, neste mandato emcurso ou em um segundo período de governo. Deu mais um.

NOVO QUADRO PARTIDÁRIO PÓS ELEIÇÕES

Para José Thomaz Nonô, presidente re-gional do DEM, ainda é cedo para ava-liar o novo quadro partidário que surgiráno Congresso Nacional como resultadodas eleições de outubro. O DEM devematerializar sua fusão com o PSDB?Nonô não descarta esse caminho, masacha que o assunto deve ser objeto deaprofundada análise. Afinal, por queextinguir um partido ainda forte, se tan-tos outros, nanicos mesmos, lutam parasobreviver como anões?

Da Editoria de Política

As reuniões entre as equipes de transi-ção de governo, definidas pelo governadorTeotonio Vilela Filho (PSDB) e o governa-dor eleito Renan Filho (PMDB), devemcomeçar nesta segunda-feira (03), numadas salas do Centro Empresarial Barão dePenedo, área central de Maceió.

Na quinta-feira (30) à tarde, RenanFilho ainda mantinha contatos para esco-lha dos últimos nomes que comporão ogrupo que vai receber informações seto-riais mostrando a realidade do Estado,sobretudo no tocante aos compromissosfinanceiros vincendos ou a vencer.

O governador eleito disse que antes deanunciar os nomes para a imprensa, dariaconhecimento ao governador TeotonioVilela. "Nossa expectativa é que a equipe játrabalhe na segunda-feira (3 de novem-bro). Para isso, estamos escolhendo e dis-cutindo os últimos nomes que vão comporo grupo" disse Renan Filho, acrescentando,já na sexta-feira, que o vice-governadoreleito Luciano Barbosa fora indicado parachefiar sua equipe de transição.

Enquanto definia a equipe encarregadade proceder a fase de transição de gover-no, Renan Filho também avançava naescolha de nomes para compor seu secre-tariado, mas já adiantou que não temprazo para concluir essa etapa, até porquesua intenção é formar um governo capazde corresponder às expectativas dos ala-goanos.

O governador eleito tem reiterado oque usou como grande bandeira da cam-panha eleitoral: secretarias como Fazenda,Educação, Saúde e Planejamento serãoentregues a técnicos de comprovada capa-cidade, deixando esses setores imunes ainterferências políticas.

SECRETARIASO governador Teotonio Vilela sur-

preendeu os meios políticos ao encami-nhar à Assembleia Legislativa um projetode Lei extinguindo duas secretarias doEstado - a de Articulação Social (Seas) e ade Articulação Política (Seap). Segundo aVilela, a medida tem o objetivo de cortar

gastos, devido à redução da arrecadação eda diminuição dos repasses da União paraAlagoas.

Conforme o texto do projeto, publicadono Diário Oficial do último dia 29, as secre-tarias deixam de existir a partir de primei-ro de janeiro. Há informações de que amedida teria sido antecipadamente infor-mada ao governador eleito Renan Filho.

De acordo com o projeto de lei, ficamextintas da estrutura da administraçãopública direta as duas secretarias, Seap eSeas, assim como os respectivos cargos deprovimento em comissão e funções gratifi-cadas. Seus patrimônios serão absorvidospor outros órgãos do governo.

Governador eleito Renan Filho designou o vice Luciano Barbosa para liderar sua equipe de transição

Divulgação

Lessa diz que Dilma não podeignorar o papel do Parlamento

> CENÁRIO

Da Editoria de Política

A presidente Dilma Rousseff terá de seaproximar mais do Congresso Nacional,iniciando uma etapa mais produtiva de en-tendimento com deputados e senadores,ou terá dificuldades para tocar seu segun-do mandato - prevê o ex-governador Ro-naldo Lessa (PDT), eleito deputado federalno pleito de cinco de outubro. Na sexta-feira (31) o ex-governador alagoano visitoua sede do Primeira Edição, sendo recebidopelo diretor-executivo Luiz Carlos Barretoe pelo editor-geral Romero Vieira Belo.

Lessa invoca o resultado das urnas (aperda de cadeiras pelos partidos da basegovernista e o avanço da oposição e legen-das independentes) como argumento paraafirmar que a presidente reeleita precisamudar sua relação com o Parlamento.

Eleito deputado federal com 88 mil vo-tos, Ronaldo Lessa também defende umamaior participação do governo central noesforço para superar os grandes problemasenfrentados por estados e municípios,lembrando, sempre, que governou Ala-goas em dois mandatos consecutivos enunca conseguiu reduzir os juros da dívi-da pública do Estado, durante a gestãopresidencial de Lula.

Lessa critica o sistema centralista degoverno e diz que a União arrecada muitoe remete pouco para estados e municípios,que já têm muitas atribuições.

Só para assinalar, Alagoas paga atual-mente cerca de R$ 53 milhões mensais so-

mente de juros da dívida para com aUnião, e nem Lessa, ontem, nem TeotonioVilela, depois, conseguiu sensibilizar o go-verno federal para reduzir esses valores.

RECADOPara Lessa, as urnas de 26 de outubro

mandaram um recado muito claro: o paísquer mudança, o que já tinha ficado claronos protestos de rua de 2013, e as mudan-ças terão de ser adotadas pela presidentereeleita atuando em harmonia com o Con-gresso Nacional.

O ex-governador alagoano lembrou quepartidos que eram da base, como o PSB (queele presidiu em Alagoas) passaram para a

oposição, enquanto, no geral, o governoperdeu espaço nas urnas de cinco de outu-bro, sobretudo na Câmara dos Deputados, oque vai exigir muita habilidade e muitoentendimento por parte da presidenteDilma na condução das propostas que terãode ser apreciadas e votadas no Congresso.

Bem colocado na votação para a Câ-mara dos Deputados, Ronaldo Lessa man-tém uma posição crítica em relação ao go-verno de Teotonio Vilela Filho, que, na suaavaliação, "trouxe empresas para o Estadonesses últimos oito anos (e poderia ter sidomais), concluiu o trabalho de exclusão deAlagoas da zona da aftosa, mas não avan-çou um só passo nas políticas sociais".

Deputado federal eleito, Ronaldo Lessa defende a União mais presente nos estados e municípios

Márcio Ândrei

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014A4 | Cidades

ACIDENTEExcesso de velocidade pode anularsegurança das rodovias duplicadasNa AL-101-Sul, só as lombadas eletrônicas coíbem abuso de motoristas apressados, mas foram desativadas

Da Redação

Providência esperada hádécadas - e vista como remédioeficaz contra acidentes rodo-viários - a duplicação de rodo-vias agrada praticamente atotalidade dos motoristas, masnão tem evitado acidentes,aqui em Alagoas e no resto doPaís, pelo menos na proporçãoantes prevista.

As colisões frontais - as maisviolentas e fatais - deixaram deacontecer, já que, com a dupli-cação, os automóveis transitamem um único sentido - mas omesmo não se dá em relação atrombadas nas muradas de pro-teção e aos atropelamentos.

Essa situação já foi verifica-da no trecho duplicado da AL-101-Sul (ligando Maceió a Bar-ra de São Miguel), o que levoua Polícia Rodoviária Estadual aredobrar sua vigilância nessavia, sobretudo nos fins de se-mana, quando o fluxo aumentaconsideravelmente.

O histórico feito até agoracom as rodovias duplicadasnos estados leva à seguinteconclusão: a duplicação é posi-tiva, na medida em que evita ascolisões frontais, mas tambémestimula os motoristas a pisa-rem fundo no acelerador, prati-cando excesso de velocidade.

E é justamente a velocidadeexcessiva que tem causado aci-dentes frequentes nas vias du-plicadas, com perda de contro-le dos veículos que acabam sechocando com a murada deproteção e, muitas vezes, vol-tam para o centro da pista,criando riscos de colisões comoutros automóveis. Para coibiro excesso de velocidade, alémda sinalização, é necessário umtrabalho constante de fiscaliza-ção por parte da Polícia Rodo-viária, com punição para osmotoristas temerários.

As autoridades do trânsito

rodoviário entendem, além desinalização, é preciso conscien-tizar as pessoas que viajam nosentido de que evitem excessode velocidade, uma vez que,comprovadamente, a duplica-ção de rodovias não representa

uma garantia absoluta contraacidentes.

Além da perda do controledo automóvel, o excesso de ve-locidade também aumenta emmuito o risco de atropelamen-tos, um tipo de acidente que

tem ocorrido com frequênciana AL-101-Sul.

UM EXEMPLOUm relatório divulgado pe-

la Polícia Rodoviária Federal(PRF) revela o aumento do nú-

mero de acidentes e mortes naBR-467 entre Cascavel e Tole-do, no oeste do Paraná, depoisque a rodovia foi duplicada en-tre as duas cidades. A PRFcomparou os números de 2008,quando o trecho era de pista

simples, com os de 2013 - in-cluindo o período de janeiro amarço de 2014. O resultado foium aumento de 80% em rela-ção ao número de acidentes. Jáo número de mortes triplicouno mesmo período.

AL-101-SUL, trecho ligando Maceió à Barra de São Miguel, já registrou inúmeros acidentes, com mortes inclusive, indicando que excesso de velocidade gera riscos nas rodovias duplicadas

Miguel Goes

Contrato suspenso, lombadas desativadasLombadas eletrônicas ajudam a

controlar velocidade, mas as barreirasda AL-101-Sul (ativadas depois demuitos protestos contra o registro deacidentes no trecho duplicado) tiveramde ser retiradas pelo DER-AL, por de-terminação do Tribunal de Contas doEstado.

Segundo o DER-AL, as lombadasforam desativadas após decisão doTCE publicada no Diário OficialEletrônico em 28 de março passado,suspendendo o contrato com a em-presa responsável pelos equipamen-tos.

Desde então, o Departamento vem

tentando fechar novo contrato a fim deobter autorização do Tribunal de Con-tas para restabelecer os serviços de fis-calização com barreiras eletrônicas. Oatraso tem sido causado pelos trâmitesburocráticos demorados, a exemplo deestudos técnicos detalhados e elabora-ção de um edital de licitação.

Na ausência das barreiras eletrôni-cas (que rendem receita para o DER-AL graças à aplicação de multas porexcesso de velocidade) o órgão impro-visou instalando lombadas físicas(quebra-molas), atendendo aos mora-dores das localidades de Jacaré e San-ta Rita.

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014 Cidades | A5

NOVELA

DOS LIXÕESEm crise, prefeituras têm mais quatroanos para implantar aterros sanitáriosPrazo legal expirou em agosto, mas só um município alagoano (Maceió) cumpriu Lei dos Resíduos Sólidos

Da Redação

Os 101 municípios alagoa-nos que descumpriram a Leidos Resíduos Sólidos (apenasMaceió fez o dever de casa), ga-nharam mais quatro anos deprazo para a implantação deaterros sanitários, de acordocom Projeto de Lei de Conver-são aprovado pela Câmara dosDeputados, que espicha o ca-lendário para execução dasobras.

A Medida Provisória quetrata do assunto, e estava em-butida em outra que prevê me-didas para aquecer a economia,foi aprovada também pelo Se-nado Federal na última quarta-feira (29) (o prazo para votaçãoiria até 6 de novembro, quandopoderia perder a validade) eagora vai à sanção da presiden-te Dilma Rousseff..

Em Alagoas, o único muni-cípio a cumprir a exigência aLei dos Resíduos Sólidos foiMaceió: em seu segundo man-dato, o então prefeito CíceroAlmeida mandou executar oprojeto de construção do Ater-ro Sanitário, decretando o fimdo lixão de Cruz das Almas,que durante quatro décadasfuncionou atraindo centenasde catadores de lixo, inclusivemulheres e crianças.

O exemplo da capital atéestimulou alguns municípios,mas nem a criação de consór-cios, apoiados pela AMA (As-sociação dos Municípios deAlagoas) viabilizou o cumpri-mento da lei.

PRAZO FINDOO prazo para que os muni-

cípios apresentassem seus ater-

ros sanitários construídos, indi-vidualmente ou através de con-sórcios, expirou no dia 2 deagosto último, mas o descum-primento da lei não foi particu-laridade de Alagoas, já que nosdemais estados a grande maio-ria das prefeituras não se ade-quou à Lei da Política Nacionalde Resíduos Sólidos.

A Secretaria Estadual deMeio Ambiente e Recursos Hí-dricos (Semarh), informou queapenas no final de 2016 as admi-nistrações municipais devemestar dentro da lei, mas a fiscali-

zação, a cargo do Instituto doMeio Ambiente (IMA), já estáautorizada a autuar e punir commultas de até R$ 50 milhões àsprefeituras passíveis de enqua-dramento por crime ambiental.

SEM RECURSOSSegundo a Associação dos

Municípios Alagoanos, quetentou auxiliar as cidades aolongo desse processo, as nor-mas da Lei não foram cumpri-das devido à falta de recursosfinanceiros. "Isso custa milhõese as prefeituras não podem ar-

car, principalmente com rela-ção à manutenção. Poderiamaté conseguir construir, masnão manter", explica a assesso-ria jurídica da AMA.

Mas aqui em Alagoas jáhouve alguns avanços: o con-sórcio da Bacia Leiteira, com 16cidades, já está com o aterro,que fica em Olho D'Água dasFlores, porém ainda não estáfuncionando, inclusive por fal-ta de algumas licenças.

CONSÓRCIOSNo Estado, para tentar

ajudar as prefeituras à se ade-quar à Política Nacional deResíduos Sólidos, foram orga-nizados consórcios entre osmunicípios, separados em se-te áreas: Região Metropolita-na, que não envolve Maceió,já com aterro funcionando,Bacia Leiteira e Regiões Nortee Sul, Zona da Mata, Agrestee Sertão.

Os gestores que não cum-prirem as determinações legaispertinentes estarão sujeitas àspunições previstas na lei de cri-mes ambientais, que inclui

multas que variam de R$ 5 mila R$ 50 milhões, valendo lem-brar que, atualmente, apenasos estados do Ceará, Maranhãoe Rio de Janeiro possuem planode resíduos sólidos.

Com a ampliação do pra-zo inicial, em mais quatroanos, a execução dos projetosde aterros sanitários terá deocorrer na gestão dos atuaisprefeitos, que ainda têm 2anos de mandato, cabendoaos futuros gestores o prazodos 2 anos restantes para aconclusão das obras.

Márcio Ândrei / Arquivo

Os lixões, que degradam ambiente e transmitem doenças, deverão ser extintos nos próximos quatro anosCícero Almeida implantou aterro sanitário durante seu segundo mandato

Divulgação

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014A6 | Cidades

Governo aumenta a gasolinanesta terça, após elevar juro

> ECONOMIA

Diesel também sobe e governo diz que medida recupera confiança na economia

Geraldo Câmara

Estelionato culturalIncrível como os desejos de uma profissão são frustrados

pelas universidades brasileiras, principalmente em alguns cur-sos especiais. A nossa UFAL não fica atrás nessa frustraçãoquando falamos dos cursos de música, de teatro e até de comu-nicação. Ouvi de uma estudante de teatro e de um de música,pasmem: o piano, além de desafinado tem as teclas quebradas.Outros instrumentos, nem falar! O curso de teatro não conse-gue sair do papel e o laboratório de comunicação, estúdio, ou seilá o que, não funciona. E a reclamação continua pontuandodefeitos incríveis, claro, desestimuladores para quem querseguir aquelas profissões a sério. Se estivéssemos em um terre-no mais comum para os consumidores, PROCON neles! Comonão estamos, a quem reclamar? Ao bispo? As pessoas, os diri-gentes, precisam entender que nem só de profissões tradicionaisvive uma universidade e quando se engana e se acaba com ossonhos dos jovens sempre munidos de tanta garra, a coisa passaa ter um outro nome que fizemos questão de encabeçar nesteartigo: Estelionato cultural.

Ouvidor [email protected]

O destaque da semana vaipara Nadja Lessa que, à frenteda Secretaria da Mulher e Di-reitos Humanos vem fazendoum excelente trabalho aparaapoio à mulher que sofre de vio-lência neste estado. e não é pou-co.

DESTACÔMETRO

O nosso "Almoçando com a Notícia" deste fim de semana foi na sede doInstituto Ronaldo Lessa, na Rua 7 de setembro. Vale a pena conferir osobjetivos do Instituto, absolutamente apolítico e que ainda guarda todoum acervo do ex-governador, agora deputado federal.

ABRAÇOS IMPRESSOS

PÍLULAS DO OUVIDOR

A semana foi de uma calmaria extrema, após o período elei-toral. Exceção da discussão sobre reforma política que deveser precedida de um plebiscito ou procedida por um refe-rendo.Vamos ver e analisar os interesses presentes e futu-ros.Uma coisa é certa: o Brasil das discussões vazias precisamudar e dar lugar a um Brasil discutível e discutido fazendocom que a sociedade participe de maneira mais sólida e con-vincente. Plagiando Camões, "que uma voz mais alta se ale-vante".As nossas universidades, principalmente algumas particula-res, começam a sentir o problema, a sair dos seus simplescurrículos obrigatórios e a colocarem em debate o Brasil queprecisa ser pensado. Cruzamentos de cursos que se complementam como, porexemplo, o de engenharia ambiental com o de administra-ção darão ao aluno de engenharia a nítida orientação decomo administrar as necessidades ambientais que ele estu-da.Pós eleição é sempre problema.A presidente Dilma começoua amargar os primeiros ao ver projetos de governo rejeita-dos pela Câmara. Ao que parece por dor de cotovelo do nãoeleito governador, presidente da Câmara, Henrique Alves.A expectativa agora, em Alagoas, resume-se à quem vaiestar na Comissão de Transição de um governo para o outroe qual será a política de escolha do novo secretariado noapoio ao jovem governador eleito, Renan Filho.Pela primeira vez, em 10 anos, vejo o pessoal comissionadoda prefeitura municipal de Maceió passar a não receber seusproventos dentro do mês trabalhado. A situação deve estarpreta porque pagar no dia 10 seguinte, sei não!!No StartUp Weekend Education, concurso realizado na FAL,o primeiro lugar foi para o Teach Hand, aplicativo que auxi-lia crianças surdas no aprendizado da gramática da LínguaPortuguesa. É o empreendedorismo nativo dando as cartas.Por falar em Língua Portuguesa, gente formada em diversasprofissões, gente com pós graduação que não sabe falar ouescrever o português é impressionante. Erros de grafia e deconcordância são absolutamente normais em relatórios ofi-ciais. O excelente Danúbio Lacerda (foto), "expert" em energia(anos e anos que teve de Ceal), deu uma verdadeira aulasobre nossa matriz energética em nosso Bartpapo. De que-bra levou o seu saxofone alto e aí o show ficou completo.

Da Redação

O Conselho de Administra-ção da Petrobras adiou de sex-ta-feira (31) para esta terça-fei-ra (4) a decisão sobre o reajustedos combustíveis.

O leitor deve se lembrardas sucessivas matérias destejornal prevendo aumento doscombustíveis para depois daseleições. Pois bem, é chegada ahora. Além da alta de jurosanunciada na quarta-feira(29/10) pelo Banco Central(BC), o governo vai definir oaumento dos preços da gasoli-na e do diesel, que deve entrarem vigor imediatamente.

Anunciado pela mídia nofinal da semana, o reajuste foidiscutido na quinta e sexta-feira durante reunião do conse-lho administrativo da estatal, edeverá ser de 4% para gasolinae de 8% para o diesel.

Conforme previsão de eco-nomistas, o reajuste deve re-presentar uma alta de 2% a2,5% no preço na bomba para oconsumidor. Os preços da ga-solina e do diesel, sobre osquais incide o reajuste anuncia-do, não incluem os tributosfederais Cide e PIS/Cofins e otributo estadual ICMS.

Trata-se, como justificaramos técnicos do governo, de"mais um esforço para recupe-rar a confiança sobre a políticaeconômica".

O aumento dos combustíveis(que pode não ser o único desteano) terá impacto sobre a infla-ção, já que até setembro ultrapas-sou o teto da meta, de 4,5% aoano, pela quarta vez em 2014.

Nos postos de abastecimen-to de Maceió, o litro da gasoli-na está sendo vendido, emmédia a R$ 3.00, mas essa cota-ção deverá mudar, para cima, àmedida que os estoques foremzerando. Isso impossibilita oconsumidor de saber qual seráo preço do derivado de petró-leo em face do aumento decre-tado pela Petrobras.

O ministro da Fazenda,Guido Mantega, vinha adver-tindo, mesmo no período elei-

toral, que os combustíveis se-rão reajustados ainda este ano,chegando a admitir a possibili-dade de mais de um aumento.

A declaração do governo,de que o aumento é para recu-perar a confiança na políticaeconômica, chama a atençãopara o fato de que o Petrobrasestá elevando o preço da gaso-lina no momento em que essecombustível, aqui, já está maiselevado do que nos EstadosUnidos.

Há ainda outro complica-dor para que o governo consi-ga manter os preços em rédeacurta. O próprio BC, no maisrecente relatório de inflação,em setembro, estimou que o

IPCA desaceleraria para 6,3%em dezembro. O problema éque essa projeção levava emconta o dólar de R$ 2,25, mas,desde setembro, a moeda nor-te-americana já subiu 10%, pa-ra até R$ 2,468 durante a sema-na que passou.

Vale lembrar que nas últi-mas semanas, devido às expec-tativas eleitorais, a moeda nor-te-americana chegou a atingirR$ 2,56 - o maior patamar des-de 2005. Cada elevação de 10%no dólar, ao persistir por 12meses, tem o potencial de ele-var o IPCA em 0,5 ponto per-centual, conforme frisou umtécnico da equipe econômica,justificando a subida dos juros.

Preço da gasolina será reajustado nesta terça-feira e aumento terá reflexos imediatos sobre a taxa de inflação

Primeira Edição

Hospital Vida amplia parceriaspara suprir aumento de demanda

> SAÚDE

Com mais de 25 serviçosmédicos, o Hospital Vida, loca-lizado no bairro da Jatiúca, emMaceió, está aumentando suasparceiras devido às necessida-des da população. Para atenderà demanda são operados 16convênios e Sistema Único deSaúde (SUS) para um númerode usuário que só faz aumen-tar.

"Mais uma parceria, queestamos tentando conseguir, éo serviço da tradicional Uni-med. Muitos pacientes chegamà nossa unidade, pagam e de-pois pedem o reembolso. Masestamos conversando e tentan-do viabilizar mais essa parce-ria", explicou o médico MiguelArcanjo, diretor do hospital.

Conforme salientou, a uni-dade surgiu para atender àcrescente demanda da comuni-dade por serviços médicos dequalidade. "A população da ca-pital aumentou, mas o númerode hospitais não", assinalou.

Com pouco tempo de im-plantação, o Hospital Vida é

uma instituição que vem seafirmando no conceito da so-ciedade alagoana, por issomesmo uma referência emprestação de bons serviços,principalmente no que se refe-re ao tempo de espera. "En-quanto em outros lugares, de-mora-se um mês para umaconsulta, aqui com dois ou trêsdias, o paciente está sendoatendido".

AMPLIAÇÃOO projeto de ampliação

continua para os próximos seismeses. Uma Emergência seráconstruída na parte de baixodo hospital, ajudando assim, osdemais hospitais que sofremcom superlotação.

O médico Miguel Arcanjodestaca como principal preocu-pação do Hospital Vida, o com-promisso de proporcionar umatendimento diferenciado aosseus pacientes. “Nosso objetivomaior é oferecer um serviçohospital de qualidade e com omáximo de presteza possível”.

Diretor Miguel Arcanjo anuncia ampliação do HV para os próximos meses

fotos: Divulgação

Hospital Vida, novo conceito de assistência médica em constante evolução

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014 Cidades | A7

PERIGO

NA PISTAMultas no trânsito estão 900% maiscaras; medida visa reduzir acidentesOnze artigos do Código de Trânsito foram alterados; novos valores começaram a vigorar neste sábado

As punições para motoris-tas que fazem ultrapassagensperigosas e rachas estão maisseveras desde sábado (1º) emtodo o Brasil. Em alguns casos,as multas ficaram 900% maispesadas e se equiparam com ade dirigir embriagado, chegan-do a R$ 1.915 - o valor mais altopara uma infração de trânsitono país.

É o caso, por exemplo, deultrapassagens forçadas quan-do outro veículo vem em senti-do oposto da via (artigo 191 doCódigo de Trânsito Brasileiro),que passam de R$ 191,54 para ovalor máximo, além de suspen-são da carteira de habilitação(CNH). Ultrapassagens ilegaisou perigosas são responsáveispelo tipo de acidente que maismata nas estradas federais: ascolisões frontais.

De janeiro a setembro de2014, a Polícia Rodoviária Fe-deral (PRF) registrou 5.042 aci-dentes deste tipo. Isso equivalea 3,99% do total de acidentesno período, mas esse é o tipomais letal.

Segundo levantamento dapolícia, as colisões frontais dei-xaram 2.067 vítimas fatais nos 9primeiros meses do ano, ou33,5% do total de mortes nasestradas. O número de mortosem batidas de frente no perío-do subiu 5,5% em relação aoano passado.

Colisões traseiras lideramem número de acidentes entrejaneiro e setembro (37 mil),mas o as mortes causadas porelas equivalem a um quarto donúmero dos que morreram porcausa de colisões frontais.

A segunda principal causade mortes nas estradas é o atro-

pelamento, que vitimou 940pessoas até setembro.

De acordo com a PRF, aspunições mais severas paradeterminados tipos de infraçãofazem parte de um pacote parareduzir as mortes no trânsitoem 50% até 2020.

No total, são 11 artigos doCódigo de Trânsito Brasileiro(CTB) alterados, entre eles ul-trapassar em faixa contínua(artigo 203) ou pelo acostamen-to (artigo 202). Neste últimocaso, a infração foi de grave pa-ra gravíssima - as demais jáeram consideradas de maiorgravidade.

Além disso, se o motoristarepetir a infração em menos de12 meses, o valor da multa do-bra na segunda autuação, paraaté R$ 3.830,80. A mudança nalegislação foi sancionada pelapresidente Dilma Rousseff emmaio deste ano, com validadeapós 6 meses.

RACHASAções de direção agressiva,

como disputar corrida (artigo173), promover competição ouparticipar de exibições de ma-nobras (artigo 174), manobraperigosa, mediante arrancadabrusca, derrapagem ou frena-gem (artigo 175), agora sãoconsideradas todas tão gravesquanto dirigir alcoolizado, commulta de R$ 1.915.

Se for pego nestes casos, omotorista poderá ficar maistempo na prisão, de acordocom a nova lei. A pena paraparticipar de "racha" agora va-ria de 6 meses a 3 anos de re-clusão - antes o limite era de 2anos. Caso alguém fique feri-do, o período passa para 3 a 6

anos. Já em caso de morte, a le-gislação prevê agora de 5 a 10anos na cadeia.

EXPECTATIVAA Polícia Rodoviária Fede-

ral espera que as multas mais

pesadas reduzam o número deacidentes com vítimas fataisem pelo menos 5% nos próxi-mos meses, com queda maisacentuada ao longo do tempodevido à fiscalização.

"A legislação era muito

branda. O motorista pratica-mente cometia um homicídio ea multa era de R$ 127. Temos aconsciência de que a maioriados cidadãos dirige de formacorreta. Nosso objetivo é tirarde circulação estes poucos con-

dutores que trazem risco muitogrande à população", explicou,Stênio Pires, inspetor da PRF.

A entrada em vigor dos no-vos valores ocorre perto domomento em que a PRF inten-sifica o controle nas estradas.

Polícia Rodoviária intensifica fiscalização, agora com um respaldo importante: valor da multa por ultrapassagem agora é de quase dois mil reais

Divulgação

Correção atrasou uma décadaDe acordo com os especia-

listas consultados, a correçãodos valores é feita com atrasode mais de uma década, mas éimportante para retomar a efi-cácia das punições. As multasforam fixadas em 1997 e deve-riam ser corrigidas pela Ufir(Unidade fiscal de referência),que foi extinta em 2000. Desdeentão ficaram congeladas,com exceção das mudanças nachamada Lei Seca em 2008.

"Após um período inicialcom efeito muito importantede redução da mortalidade,de lá para cá a coisa veio per-dendo força. Agora, esse pe-queno pacote foca em umadas frentes do problemas, a al-ta gravidade dos acidentesnas rodovias", afirma Biavati.

As mudanças pontuaiscriam um desequilíbrio dentrodo Código Brasileiro de Trân-sito com relação às multas, di-

zem eles. A sanção para quemfala ou utiliza telefone celulardirigindo continua de R$ 85 e4 pontos na carteira, enquantoquem não usar o cinto desegurança é penalizado comR$ 127 e 5 pontos na carteira."Algumas pessoas 'colecio-nam' essas multas de R$ 80 ouR$ 100. Não dá em nada", co-mentou Biavati.

No Reino Unido, porexemplo, a multa para usar o

telefone enquanto dirige é de1 mil libras, ou seja, cerca deR$ 3,9 mil (na cotação de sex-ta-feira) - mais do que a multamáxima no Brasil. Por lá, asanção para dirigir embriaga-do é de 5 mil libras (R$ 19,5mil) e não há limite para mul-ta em caso de morte.

"Para o motorista médio,problema financeiro causadopor multa gera uma mudançano comportamento”, disse.

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014A8 | Nacional

> PODER

Eles querem ampliar compulsória para 75 anos; emenda poderá tirar chance de Dilma de nomear 5 ministros para o Supremo

Ministros articulam mudança no STFMinistros de tribunais su-

periores articulam com líderesdo Congresso a aprovação deuma emenda constitucionalque pode tirar da presidenteDilma Rousseff a chance denomear cinco novos ministrosdo Supremo Tribunal Federalaté o fim de seu segundo man-dato, em 2018.

Conhecida como a PEC daBengala, a proposta de emendaà Constituição eleva de 70 para75 anos a idade limite para aaposentadoria nos tribunais.Cinco dos dez ministros da

composição atual do STF farão70 anos de idade nos próximosquatro anos.

A articulação ocorre em ummomento em que lideranças doCongresso, em especial doPMDB, estão em atrito com ogoverno Dilma e em busca deespaço no segundo mandatoda presidente.

A emenda foi aprovada em2005 pelo Senado e desde 2006está parada aguardando vota-ção no plenário da Câmara dosDeputados.

Segundo a Folha apurou,

ministros do STF, como GilmarMendes, conversaram sobre oassunto com lideranças doCongresso recentemente, in-cluindo o presidente da Câ-mara, Henrique Eduardo Al-ves (PMDB-RN), e o líder dabancada do PMDB, deputadoEduardo Cunha (RJ).

Procurados, eles não confir-maram as conversas oficial-mente. Cunha, no entanto, dizser favorável ao projeto. "Vousubmeter o tema à bancada napróxima terça-feira", afirmouele, que é pré-candidato a pre-

sidência da Câmara no ano quevem.

Parlamentares ouvidos pe-la Folha, tanto da base aliadacomo da oposição, dizem que aideia é aguardar a aposentado-ria de José Jorge no TCU (Tri-bunal de Contas da União), pa-ra evitar que a proposta seja as-sociada a uma manobra parafavorecê-lo.

Jorge virou desafeto do Pa-lácio do Planalto por ser o rela-tor da investigação sobre a refi-naria de Pasadena no TCU,parte das investigações em cur-

so sobre corrupção na Petro-bras. Ele faz 70 neste ano e suaúltima sessão está prevista pa-ra 11 de novembro.

O presidente do STJ (Su-perior Tribunal de Justiça),Francisco Falcão, também tra-balha nos bastidores pela apro-vação da emenda, segundo in-tegrantes do Judiciário.

Procurado pela Folha, Men-des disse que não trata de as-suntos da Câmara e que qual-quer avaliação sobre a PEC daBengala deve ser feita peloCongresso: "É assunto do Le-gislativo". O mesmo disse Fal-cão: "Estou longe, quem cuidaé o Congresso".

No STF, o ministro MarcoAurélio Mello, que tem 68 anose em 2003 escreveu artigo de-fendendo a proposta, disse quesegue favorável a ela. "Não éporque estou próximo de seralcançado pelo cartão verme-lho que sou favorável. As con-dições de vida mudaram, a ex-pectativa de vida mudou. Estána hora de [o Congresso] deci-dir se modifica ou não, o quenão pode é permanecer nolimbo. Mas, caso isso tambémnão aconteça, viro a página

com muita felicidade", afir-mou.

A aposentadoria aos 70anos de idade é compulsóriapara todos os funcionários pú-blicos, mas a PEC da Bengalasó muda o limite para juízes.Muitos magistrados resistem àmudança, porque temem levarmais tempo para alcançar otopo da carreira se desembar-gadores e membros da cúpulados tribunais demorarem parase aposentar.

Se a emenda não fora apro-vada, Dilma poderá nomearseis ministros do Supremo até2018. Além da vaga do ex-ministro Joaquim Barbosa, queantecipou sua aposentadoria edeixou o tribunal em julho,vão se aposentar por idadenos próximos quatro anos osministros Celso de Mello,Marco Aurélio Mello, RicardoLewandowski, Teori Zavasckie Rosa Weber.

Dos cinco que se aposenta-rão, só Celso de Mello e MarcoAurélio não foram indicadospelos governos petistas. O de-cano foi indicado por José Sar-ney e Marco Aurélio por Fer-nando Collor.

Gilmar Mendes entende que emenda é matéria do Congresso Nacional

fotos: Divulgação

Supremo manda incluirreajuste de magistrados

A ministra Rosa Weber, doSupremo Tribunal Federal(STF), determinou nesta sexta-feira que o Congresso Nacionalvote a previsão orçamentáriapara 2015 do Judiciário e doMinistério Público conformeproposto pelo STF e pela Pro-curadoria Geral da República,e não a versão com cortes efe-tuados pela presidente DilmaRousseff. A proposta originalinclui aumento salarial paraservidores, juízes, promotores,procuradores e ministros decortes superiores e do próprioSupremo.

O aumento dos salários doJudiciário foi aprovado em ses-são administrativa do STF nodia 28 de agosto. Os vencimen-tos de ministros do Supremocorrespondem ao teto do fun-cionalismo público e está fixa-do em R$ 29.462 desde janeirodeste ano. A proposta estabele-ce o novo valor em de R$35.919. O aumento é de 22%.Antes de enviar o Orçamentode 2015 para o Congresso, Dil-ma vetou os aumentos.

A decisão de Rosa Weberobriga o Congresso a analisar aversão enviada pelo STF e pelaProcuradoria, mas não deter-mina que a proposta seja apro-vada. O plenário do STF aindavai analisar o assunto, poden-do manter ou derrubar a limi-nar da ministra no futuro. Adecisão foi tomada a pedido doprocurador-geral da Repúbli-

ca, Rodrigo Janot."Impõe-se o deferimento de

liminar que assegure ao PoderLegislativo o conhecimento ir-restrito das propostas orça-mentárias apresentadas peloPoder Judiciário, incluído oConselho Nacional de Justiça,pelo Ministério Público daUnião e pelo Conselho Nacio-nal do Ministério Público, co-mo integrantes do projeto delei orçamentária anual de2015", escreveu a ministra. "Édo Congresso Nacional o papelde árbitro da cizânia, pois, aoexaminar, em perspectiva glo-bal, as pretensões de despesasdos Poderes e órgãos autôno-mos da União, exercerá o pro-tagonismo que lhe é inerentena definição das prioridades",concluiu.

Se aprovado no Congresso,o aumento vai refletir em todaa magistratura brasileira. Issoporque os vencimentos da ca-tegoria funcionam de forma es-calonada: o salário de minis-tros de tribunais superiores edo Tribunal de Contas daUnião (TCU) - que é do Legis-lativo - corresponde a 95% dossalários de ministros do STF.Na mesma lógica, o salário dedesembargadores de Tribunaisde Justiça corresponde a 95%do valor pago a ministros detribunais superiores. A primei-ra instância, por sua vez, rece-be salário 5% menor que o pa-go aos desembargadores.

Ato por impeachment de Dilma reúne2,5 mil pessoas no centro de S. Paulo

Cerca de 2,5 mil pessoas,segundo a Polícia Militar, par-ticiparam de um protesto natarde de sábado (01) na Ave-nida Paulista, em São Paulo,pedindo o impeachment dapresidente Dilma Rousseff e aintervenção militar no País.Gritos como "Viva a PM" fo-ram entoados pelos manifes-tantes.

Os manifestantes carrega-vam faixas e cartazes com asmais variadas mensagens,que vão de "Intervenção mili-tar já" a "PT é o câncer do Bra-sil". O protesto, que teve iníciono vão livre do Masp, seguiuno sentido Paraíso, e fechouparte da avenida.

O ato foi escoltado pelaPM, que organizou uma ope-ração para eventuais confron-tos. Dois pelotões da Tropa doBraço ficaram posicionadosnas ruas laterais ao Masp. Oprotesto foi organizado pelainternet.

"Se você acha que demo-cracia é isso que temos aqui,então sou a favor da volta domilitarismo", disse o investi-gador de polícia, Sergio Salgi,

de 46 anos. Ele foi ao protestocarregando uma faixa com osdizeres "SOS Forças Arma-das".

Para o investigador, a me-

lhor chance de tirar Dilma nopoder seria lançar a candida-tura do deputado federal JairBolsonaro (PP-RJ) à Presidên-cia, nome apoiado por ele. "Amelhor chance é só com o Bol-sonaro. Mas não teve como",disse Salgi. Em entrevistas,Bolsonaro já antecipou sua in-tenção de ser candidato à Pre-sidência em 2018.

O filho de Bolsonaro,Eduardo Bolsonaro (PSC),que se elegeu deputado fe-deral por São Paulo, partici-pou da manifestação. O de-putado discursou sobre oúnico carro de som do ato."Ele (Jair Bolsonaro) teriafuzilado Dilma Rousseff sefosse candidato este ano.Ele tem vontade de ser can-didato mesmo que tenha demudar de partido", afirmouEduardo, ao prever que opai terá dificuldades emlançar seu nome à Presidên-cia pelo PP.

Protesto em SP pediu o impeachment de Dilma e a volta dos militares

Marco Aurélio Mello defende aprovação da chamada PEC da Bengala

O Ministério da Saúdeanunciou na quinta-feira (30)que pretende vacinar 12,7 mil-hões de crianças contra parali-sia infantil neste ano. O núme-ro corresponde a 95% do públi-co-alvo, que é formado porcrianças entre 6 meses e 5 anos.As aplicações ocorrem entre 8 e28 de novembro.

A poliomielite é uma doen-ça contagiosa que afeta princi-palmente crianças com menosde 5 anos. Ela pode causar pa-ralisia em algumas horas e, emalguns casos, ser fatal. O Brasilnão registra casos da doença há25 anos.

De acordo com a pasta,serão distribuídas 17,8 milhõesde doses da vacina em gotaspara todas as unidades da fe-deração. A recomendação, noentanto, é que as secretarias

estaduais disponibilizem aimunização injetável paracrianças que tenham mais de 6meses e estejam com a vacina-ção atrasada.

Dados do ministério apon-tam que dez países registraramcasos de poliomielite em 2013 eem 2014. Até 22 de outubro,foram 228 casos da doença, noAfeganistão, Nigéria e Paquis-tão.

"[Isso] coloca o mundo in-teiro com a responsabilidadede fazer a proteção, porque apoliomielite não está erradica-da no mundo. Pode ter famíliaque pense que a criança nãoprecisa tomar a vacina, mascom o mundo globalizado dehoje, de viagens e turismo, omundo todo tem contato com omundo hoje", explicou o secre-tário de Vigilância em Saúde,

Jarbas Barbosa.A pasta vai disponibilizar

mais de 100 mil postos de vaci-nação em todo o Brasil. Além

disso, serão feitas campanhasna televisão e no rádio, tendo oZé Gotinhas como principalpersonagem. Os personagensinfantis Peppa Pig e Minionstambém serão usados nas pe-ças publicitárias.

SARAMPONo mesmo período da cam-

panha contra a pólio, o ministé-rio também vai vacinar crian-ças de 1 a 5 anos contra saram-po, caxumba e rubéola. Serãodistribuídas 12,5 milhões dedoses de tríplice-viral, e a metaé atingir 10,9 milhões de crian-ças.

O lançamento da campa-nha vai ser feito pelo ministroArthur Chioro no Ceará, queneste ano registrou casos de sa-rampo. A doença, que tem fe-bre alta, tosse, manchas aver-

melhadas, coriza e conjuntivitecomo principais sintomas, étransmitida por vírus e é alta-mente contagiosa.

Chioro afirmou que o obje-tivo é superar a meta de 95%."Não tem outra alternativa pa-ra a gente que não seja a mobi-lização nacional e a intensifica-ção da cobertura. Teremos umsábado, que é o dia 8 de no-vembro, como da mobilizaçãomais intensificada, mas é im-portante deixar claro que man-teremos os serviços todos emmobilização até 28."

O ministro destacou a im-portância de seguir o calendá-rio vacinal, já que há casos decrianças que não se imuniza-ram com doses anteriores. Nes-te ano, foram registrados154.637 casos de sarampo em175 países.

Vacinação contra paralisia infantil terá início no próximo sábado (8)

> CAMPANHA

Vacinação contra poliomielite começa dia 8

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014

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Esportes

Partida na Série D tem cenário de “guerra”> AMADORISMO

Duelo entre Brasil de Pelotas e Londrina virou uma verdadeira batalha com três pessoas detidas e uma hospitalizada

Opinião - Diário Oficial dos Municípios - Social

UOL

A partida entre Brasil dePelotas e Londrina virou umaverdadeira guerra no últimosábado, dia 1º de novembro. Ojogo, no Estádio do Café, na ci-dade paranaense, acabou em-patado por 2 a 2 e classificou osgaúchos para a final da Série Ddo Brasileirão. Três pessoas fo-ram detidas pela polícia e pelamenos uma foi hospitalizada.

Por volta dos 30 minutos,uma briga generalizada come-çou no gramado logo após osparanaenses empatarem oduelo por 2 a 2. RogérioZimmerman, treinador do Bra-sil de Pelotas, não quis sair decampo após ser expulso.

Daí para frente, jogadores ecomissão técnica dos dois ti-mes começaram a se enfrentar.A briga durou mais de 15 mi-nutos e acabou com a expulsãode Alan Vieira, do Londrina, eEduardo Martini, do Brasil dePelotas. O goleiro foi retiradode campo detido pelos poli-ciais, acusado de ter chutado acabeça de um adversário, se-gundo a TV Xavante.

Segundo a rádio Brasil Sul,o massagista do Brasil, PauloCésar Tatu, entrou em campocom um espeto de churrascotrazido do vestiário para amea-çar membros da equipe rival.

Depois do jogo, a polícia

negou que o objeto usado foium espeto de churrasco. "Opessoal foi dizendo que foi umespeto, mas isto não é um espe-to", disse um porta-voz da polí-cia militar à Brasil Sul. "É umahaste de fixação da rede que foiusada para agredir os jogado-res."

Durante a confusão, Chim-bica, massagista do Londrina,foi levado a um hospital dacidade. De acordo com a asses-soria de imprensa do clube, seuestado de saúde é estável. Se-gundo pessoas presentes nomomento, ele chegou a des-maiar.

Depois de mais de 20 minu-tos parado, o jogo foi reiniciadoe mais confusão aconteceu. Osdois times estavam sem técni-cos quando um pênalti foi mar-cado para o Brasil de Pelotas.Na cobrança, Vitor salvou oLondrina de sofrer mais umgol.

"O que eu acho que é la-mentável é que era um jogo defutebol com dois times classifi-cados", disse Claudio Monta-nelli, vice-presidente do Brasilde Pelotas, à Brasil Sul. "Agorapaciência, é administrar o queaconteceu."

Na decisão da Série D, oBrasil de Pelotas enfrentará oclassificado que sair do jogoTombense e Confiança. Osquatro times conseguiram o

acesso para a Série C.

GOLEIRODetido durante a verdadei-

ra guerra que aconteceu nestesábado na partida entre Brasilde Pelotas e Londrina, no Está-dio do Café, Eduardo Martinise explicou neste domingo. Ogoleiro, que foi liberado na ma-drugada deste domingo, negouque tenha iniciado as cenas deviolência protagonizadas no

local e que tentou ajudar um ci-negrafista que estava apanhan-do atrás do gol.

Em entrevista exclusiva aoUOL Esporte, Martini afirmaque tudo começou quando Ro-gério Zimmerman, treinadordo Brasil de Pelotas foi expul-so. A primeira informação erade que o técnico não quis dei-xar o gramado, mas, segundo ogoleiro, não foi o que aconte-ceu. Zimmerman não conse-

guiu sair do local porque foisurpreendido por pessoas nãocredenciadas no gramado.

O comandante teria levadochutes e pontapés e ficou en-curralado. Em seguida, as pes-soas não identificadas no gra-mado começaram a agredir umcinegrafista da rede RBS queteria filmado a violência contrao técnico do Brasil de Pelotas.Foi então que Eduardo Martiniinterveio e também foi agredi-

do, o que forçou uma reaçãomais firme para se defender. Ocaso foi supostamente mal in-terpretado e o arqueiro acaboudetido e levado para a delega-cia.

TÉCNICOO momento era para come-

morar a classificação inédita auma decisão de título nacional,mas o técnico do Brasil de Pe-lotas acabou lamentando o epi-sódio de confusão que tomouconta do jogo da equipe gaú-cha com o Londrina, na voltapela semifinal da Série D, noEstádio do Café, na noite destesábado. Rogério Zimmermannfoi um dos expulsos na partidaque terminou empatada em 2 a2. Como venceu o primeiroconfronto por 3 a 1, o Xavanteestá na final. Vai pegar Tom-bense ou Confiança.

O jogo foi marcado poruma paralisação de cerca de 25minutos, com briga generaliza-da. O comandante xavante foiexpulso da partida. Em conver-sa com o GloboEsporte.com,relatou que, quando rumava aovestiário, foi cercado. Segundoele, foi aí que o conflito come-çou. "Após a expulsão, quandoestava indo ao vestiário, vie-ram para cima de mim. Um ci-negrafista disse que entre oito e10 pessoas. Aí começou a con-fusão”.

Confusão marcou jogo entre Londrina e Brasil de Pelotas pelo Campeonato Brasileiro da Série D no último sábado

fotos: Divulgação

GLOBOESPORTE.COM

Com cinco rodadas de ante-cedência, a Portuguesa foi re-baixada, pela primeira vez emsua história, para a Série C doCampeonato Brasileiro. Masalém da crise no futebol, a Lusapassa por maus momentos fi-nanceiros, tanto que os jogado-res estão há dois meses sem re-ceber salários e os funcionáriosdo Canindé chegaram até aentrar em greve, cerca de umasemana atrás. O presidente Ilí-dio Lico reconhece a época devacas magras.

"O problema é que a receitanão cobre a nossa estrutura. Écomplicado, tanto que tive depagar contas do meu bolso.Ainda não temos, mas precisa-mos encontrar uma soluçãopara isso", afirmou.

"Nossa situação é delica-da, mas não pensamos emabrir falência. Isso nuncapassou pela nossa cabeça",completou.

Com 1.116 torcedores porpartida, a Portuguesa tem apior média de público comomandante entre os 20 clubesque disputam a Série B do Bra-sileirão.

A ocupação média do Ca-nindé é de 5% dos lugares dis-

poníveis - 21.375 é a capacida-de. O público pagante somadodos 15 duelos disputados noestádio não chega a 18 mil pes-soas.

"Não temos torcedores co-mo os do Corinthians ou doPalmeiras, que sempre vão aoestádio em todos os jogos.Nossa realidade é outra", disseo presidente.

Quando indagado sobrequal seria o planejamento para2015, o presidente diz preferiresperar o final desta tempora-da para decidir o que fará com

a equipe na Série C."Precisamos primeiramente

pensar no Paulista. Estamosconversando para estabelecerum planejamento, mas nãoquero contratar um treinadoragora no final do campeonatopara jogar só esses últimos jo-gos", contou.

A Lusa apenas cumpre ta-bela contra o Luverdense nodia 8 de novembro, um sábado,no Canindé.

O time rubro-verde ocupa aúltima colocação da Série B,com 21 pontos em 33 jogos dis-

putados.

HEVÉRTONQuase um ano após estar

envolvido no embate jurídicoque rebaixou a Portuguesapara a Série B, Héverton viveum momento bem menos tur-bulento na carreira. É uma dasreferências do Paysandu e aju-dou o time paraense a alcançaro principal objetivo traçadopara a temporada: o retornopara a Série B. Vivendo "umdia de cada vez", o brasiliensede 29 anos lamentou o novorebaixamento da Portuguesa,para a Série C, mas não deixoude apontar críticas à gestão daLusa e afirma não se sentir cul-pado pela atual situação vividapelo clube.

"A Portuguesa continuacomo estava, não mudou nadacom relação a desorganização,a falta de profissionalismo dealguns diretores, da diretoria,que fez com que chegassenessa situação. Eu acredito queo futebol é profissionalismo, equando se tem isso, as coisastendem a acontecer", pontuouo ex-jogador verde-rubro.

Depois ser rebaixada para aSegundona nos tribunais, aPortuguesa viveu um turbilhãoem seus bastidores.

Presidente Ilídio chegou a pagar contas do Canindé com seu dinheiro

Rebaixada à Série C pela primeiravez, Portuguesa sofre sem receita DA REDAÇÃO

O CRB recebe o time doMacaé-RJ no próximo sábado(08), às 17h, no estádio ReiPelé, para fazer o jogo da vol-ta - o segundo e decisivo en-tre as duas equipes -, visandoà final do Campeonato Bra-sileiro da Série C. Despa-chando a equipe carioca nes-te segundo duelo de uma dassemifinais da Segundona Na-cional, o Galo terá pela frentea equipe do Paysandu ou otime do Mogi-Mirim.

O Paysandu-PA está maispróximo de ir às finais da Sé-rie C para disputar o título dacompetição nacional, umavez que goleou o clube pau-lista por 4 a 1, no último sá-bado dia 1º de novembro, noMangueirão, o Olímpico doPará, em Belem - PA. O se-gundo duelo entre estas duasequipes será no domingo(09), no Romildo Ferreira, emMogi Mirim-SP.

Tanto o CRB quanto Ma-caé-RJ, Paysandu-PA e MogiMirim-SP já estão garantidosna Série B de 2015 do Bra-sileirão.

As quatro equipes agora

só estão tentando decidircom quem vai ficar o títuloda Terceirona do Campeo-nato Brasileiro.

DE VOLTAO CRB retorna à Série B

após dois anos fora da com-petição. Agora o time rega-tiano quer conquistar o títuloda Terceira Divisão Nacio-nal. O Galo já possui um vi-ce-campeonato da Série C,que foi obtido em 2011, quan-do na ocasião havia voltadopara a Segunda Divisão.

Só que no ano seguinte,em 2012, ano do centenáriodo clube, o CRB voltou a serrebaixado para a Série C.

PRESIDENTEO retorno à Série B foi

uma promessa feita e cum-prida pelo presidente-exe-cutivo do CRB, Marcos Bar-bosa. A meta foi estabeleci-da pelo mandatário rega-tiano que, na época, pensa-va em deixar o cargo com oGalo novamente na Série B.Informações de bastidoresdão conta que Marcos Bar-bosa deverá tentar a reelei-ção.

Goleado no Rio, CRB querdar troco ao Macaé sábado

> DERROCADA > TROCO

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014B2 | Esportes

No fim, Timão empata com o Coritiba > BRASILEIRÃO

Árbitro gaúcho Jean Pierre Gonçalves Lima 'desmarcou' pênalti corintiano já voltou atrás em uma marcação

UOL

Na noite deste sábado, oCorinthians marcou nos acrés-cimos e buscou empate por 2 a2 para evitar vexame dentro decasa contra o Coritiba. A parti-da teve o brilho de Alex, comgol e assistência, gol de BrunoHenrique no fim e várias polê-micas.

Comandada pelo gaúchoJean Pierre Gonçalves Lima, aequipe de arbitragem anulouum gol paulista e outro para-naense, voltou atrás na marca-ção de um pênalti para o Co-rinthians, ameaçou expulsarCássio em lance legal e viu im-pedimento inexistente na me-lhor chance corintiana nos mi-nutos finais.

Os primeiros minutos dejogo indicaram que o Corin-thians poderia ter vida fácilneste sábado. Com 13min, a ar-bitragem indicou pênalti deWelinton sobre Luciano, porcarga dentro da área. Enquantoo atacante discutia com RenatoAugusto quem cobraria, o au-xiliar atrás do gol chamou JeanPierre Gonçalves Lima parasugerir a mudança de marca-ção. E assim o árbitro canceloua penalidade.

Depois, o Corinthians no-vamente reclamaria da arbitra-gem, por anular gol marcadopor Anderson Martins em bolacruzada por Renato Augusto.

Com 24min, Alex serviuRobinho no espaço vazio e elevenceu Cássio para abrir omarcador. Enquanto o Corin-thians assimilava o golpe, o ca-misa 10 do adversário dobrou avantagem: sem marcação, Alexchutou rasteiro de fora da áreae marcou o segundo do Co-ritiba.

Depois de um apagão quese arrastaria por toda a pri-meira etapa, o Corinthiansvoltou ao segundo tempo

com Ángel Romero e dispostoa mudar o panorama. No pri-meiro minuto, o paraguaiorecolheu bola afastada porBruno Henrique e bateu paraElias, livre, empurrar paradentro do gol.

Apesar de diminuir o pla-car e conseguir criar algumasoportunidades, o Corinthiansnão impôs pressão capaz dedesestabilizar o adversário nosminutos seguintes. Romero,mesmo depois de participar de

um gol, falhou em chance clarade cabeça na entrada da peque-na área e fez a torcida sentirsaudades de Guerrero, suspen-so.

Mano Menezes deixou oCorinthians ainda mais ofensi-vo ao retirar um zagueiro e co-locar Jadson, o que acaboudando certo. No último lancedo jogo, Bruno Henrique fez decabeça após escanteio da es-querda e deu ao menos o em-pate para o time da casa.

Jogadores do Corinthians reclamam da reversão de um pênalti marcado no primeiro tempo com o árbitro gaúcho

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O Grêmio bateu o Vitóriapor 1 a 0, com um gol contrade Richarlyson. O lance veioapós um chute de fora da áreade Luan, rebatido por Wilson.Breno cruzou da esquerda, abola passou por toda área ePará, no lado oposto, cruzounovamente para área do Vitó-ria. Ninguém completaria nãofosse Richarlyson, que meteu acabeça nela e colocou na rede.

O Vitória foi quem come-çou no ataque. Marcando asaída de bola do Grêmio, Apartir dos 10 minutos, Barcosrecebeu lançamento, ganhouda zaga e bateu para fora. Noentanto, a equipe comandadapor Luiz Felipe Scolari pade-ceu pela ausência de um arma-dor. Lucas Coelho, que é cen-troavante, foi improvisado enão conseguiu exercer a fun-ção. Os donos da casa ficaram

pouco com a bola nos pés ejamais comandaram plena-mente o jogo.

Lucas Coelho acertou, po-

rém, aos 24 minutos. Em umbelo passe, encontrou Luandentro da área. O atacantetirou do goleiro Wilson e faria

o gol, não fosse Roger Carva-lho ter tirado de cima da linha.

E se o Grêmio tinha proble-mas ofensivos, contou comuma 'ajudinha' de Richarlysonpara abrir o placar. Pará cru-zou da direita e o jogador ten-tou colocar para escanteio masencontrou a rede. Aos 44, fez 1a 0 para os gaúchos. Foi tudono primeiro tempo.

Na segunda etapa, maistranquilo pela superioridadeno placar, o Grêmio voltoumelhor. Aos 14 minutos, LucasCoelho entrou pela direita, dri-blou o marcador e bateu cruza-do. Wilson pegou. Dois minu-tos depois, Barcos entrou pelolado oposto e bateu sobre o gol.Mas até o fim do jogo, ninguémmais conseguiu mexer no pla-car. O Grêmio venceu, graçasao gol contra de Richarlyson, e'colou' no G-4.

Atacante Barcos desperdiçou uma oportunidade na primeira etapa do jogo

Grêmio conta com 'ajuda' deRicharlyson e bate o Vitória

O 100º gol de Fred na histó-ria do Campeonato Brasileiro,seria suficiente para o Flumi-nense conseguir uma impor-tante vitória sobre o Goiás. Oclube carioca marcou um golcom o Conca e venceu por 2 a 0o Goiás.

O Goiás teve a primeiraoportunidade aos 21min. Moi-sés ganhou de Chiquinho umadisputa na retaguarda e roloupara Bruno Mineiro, que des-perdiçou a chance.

O FLU não jogou fora a pri-meira boa oportunidade queteve e abriu o placar aos 26min.Conca deu um lindo passe pa-ra Jean dentro da área do Goiáse o volante tocou rapidamentepara Fred só ter o trabalho deempurrar para o fundo das re-des. O centroavante marcouseu 14º gol nesta edição doBrasileiro e o 100º em jogos dacompetição na carreira.

O Goiás partiu para cimaem busca do empate, mas pa-rou em Diego Cavalieri aos31min, quando Erik recebeu

pela direita e bateu cruzado,exigindo grande defesa dogoleiro. No final do primeirotempo, o zagueiro GuilhermeMattis salvou o Fluminenseda igualdade ao tirar de cabe-

ça uma finalização certeira deDavid, que não seria alcança-da por Cavalieri. O ritmo caiuno segundo tempo, mas oFLU ainda ampliou comConca.

Fred marcou seu 100º gol na carreira em jogos do Campeonato Brasileiro

Fred faz 100º gol no Brasileiro eFluminense vence Goiás: 2 a 0

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014 Esportes |B3

> NA LIDERANÇA

Cruzeiro vence Bota e mantém vantagemRaposa afunda time carioca e segue na liderança do Brasileirão com cinco pontos à frente do São Paulo, segundo colocadoUOL

O Cruzeiro voltou a mos-trar sua força neste Campeona-to Brasileiro. Neste domingo, olíder isolado fez as pazes com avitória após dois tropeços con-secutivos e conseguiu manter avantagem sobre os concorren-tes diretos ao título. Com golsde Marquinhos e Egídio, o timemineiro venceu o Botafogo por2 a 1, no Mineirão, e chegou aos64 pontos – o São Paulo, segun-do colocado, também venceu echegou aos 59. Leó, em gol con-tra, diminuiu para os visitan-tes.

Além de deixar o Cruzeiroainda mais isolado na ponta, oresultado deste domingo ser-viu para complicar o Botafogona tabela. Estacionado nos 33pontos, o alvinegro carioca nãoconseguiu sair da zona do re-baixamento e ficou em situaçãoainda mais difícil na luta contraa degola.

O time está em 18º lugar, adois pontos do lanterna Criciú-ma.

Fases do jogo: A diferençana tabela foi refletida logo noinício do jogo. Aproveitando oapoio da torcida que compare-

ceu em bom número ao Minei-rão, o líder Cruzeiro não tomouconhecimento do Botafogo eimpôs seu ritmo intenso. E bas-taram 15 minutos para que avantagem tomasse forma noplacar.

Aos quatro, Marquinhosaproveitou falha de RodrigoSouto, que atuava improvisadona zaga, e tocou na saída deJefferson para fazer 1 a 0. Apressão não diminuía, e osdonos da casa chegaram aos 2 a0 em boa cobrança de falta deEgídio, 11 minutos depois.

Neste momento, o desespe-ro já tomava conta do Botafo-go.

O técnico Vagner Mancinifoi expulso após discussão como quarteto de arbitragem e dei-xou o time ainda na metade doprimeiro tempo.

A situação botafoguense sónão ficou ainda pior porque oCruzeiro diminuiu o ritmo eapenas administrou a vanta-gem até o intervalo.

Na volta para o segundotempo, o Botafogo chegou a as-sustar logo no primeiro minu-to, em chance desperdiçadapor Carlos Alberto. Mas nãopassou disso. O Cruzeiro vol-

tou a mandar no jogo logo nasequência. E só não marcoumais gols, consolidando umagoleada, por conta da boa atua-ção de Jefferson.

O goleiro alvinegro fez pelomenos três grandes defesas naetapa final.

Os visitantes ainda tenta-ram esboçar uma reação, apro-

veitando um certo desgaste doCruzeiro nos últimos minutos,mas esbarravam nos inúmeroserros no ataque.

Os mineiros apenas admi-nistravam o bom resultado.Aos 46 minutos, m gol contrado zagueiro Léo diminuiu oprejuízo do Botafogo, mas nãoimpediu que os mineiros cele-

brassem mais uma rodada comboa vantagem na liderança: 2 a1 no final do jogo.

AUTORIDADEO técnico Vágner Manicni

foi expulso ainda no primeirotempo da partida entre Cru-zeiro e Botafogo, neste domin-go, no Mineirão. O comandan-

te alvinegro discutiu com oquarto árbitro e foi expulso pe-lo juiz Elmo Alves ResendeCunha.

Na saída do gramado,Mancini não escondeu a revol-ta e disparou críticas ao quarte-to de arbitragem em mais umcompromisso pelo Campeo-nato Brasileiro. O quarto árbi-tro Emerson de Almeida Fer-reira foi o principal alvo.

"É excesso de autoridade!Só isso. Por que eu preciso daratenção ao árbitro e ele nãopode me dar atenção? Ele nãoolha na minha cara. O juiz estáacima de qualquer coisa", desa-bafou o treinador.

O Botafogo luta contra orebaixamento no CampeonatoBrasileiro e acumula proble-mas na temporada.

O meia Carlos Alberto co-brou os companheiros ao en-cerramento da primeiraetapa, já que o Cruzeiro ven-ceu os primeiros 45 minutospor 2 a 0.

"Temos que jogar também.Não adianta não aparecer parao jogo. Temos que jogar parasair dessa situação. Só assimvamos conseguir alguma coi-sa", encerrou o camisa 19.

Marcelo Moreno teve três oportunidades na etapa final, mas não conseguiu deixar sua marca na partida

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O São Paulo precisou usar acabeça para vencer o Criciúmafora de casa neste domingo por2 a 1. Os dois gols foram feitoscom a altura e o bom posicio-namento de Edson Silva e AlanKardec, que apareceram bemposicionados na área para mar-car. O gol do Criciúma foi mar-cado pelo atacante Souza, emum lance polêmico em que ossão-paulinos reclamaram deimpedimento. A vitória paulis-ta fora de casa representa a ma-nutenção da perseguição ao lí-der Cruzeiro, que está cincopontos acima do São Paulo. Osmineiros também venceram. OCriciúma, com mais uma der-rota, se manteve na lanterna

Agora, o São Paulo viajaráagora para Guaiaquil, no Equa-dor, onde enfrentará o Emelecpelo jogo de volta das quartasde final da Sul-Americana. Nodomingo, o time enfrentará oVitória, em Salvador, pelo Bra-sileiro. Já o Criciúma, ainda nalaterna, enfrentará o Cruzeiro,na próxima rodada do Nacio-nal.

FASES DO JOGODepois dos primeiros 20

minutos, nos quais nenhumadas equipes conseguiu criarjogadas importantes, o Criciú-ma acelerou o ritmo e chegoualgumas vezes com perigo nafrente de Rogério Ceni, mas ogoleiro estava atento e pôdeevitar o gol. O São Paulo apos-tava principalmente na habili-dade de Michel Bastos, quejogou na direita do setor ofen-sivo. Foi dele o cruzamento,em um escanteio, bem aprovei-tado por Edson Silva, que abriuo placar de cabeça no final doprimeiro tempo.

No segundo tempo, o Cri-ciúma conseguiu o empate emum levantamento na área emque três jogadores ficaram so-zinhos na frente de Rogério.Souza completou para as re-des, os são-paulinos reclama-ram de impedimento, mas ojuiz validou. O São Paulo con-seguiu o segundo gol não mui-to depois. Alan Kardec apare-ceu na área e completou de ca-beça levantamento de Ademil-son. No final, o time paulistaainda teve chance de matar ojogo, mas falhou.

Zagueiro Edson Silva abre o placar para o São Paulo contra o Criciúma

São Paulo vence o Criciúma esegue na cola da líder Raposa

Santos e Inter viveram 15minutos de chance após chan-ce de gol. Foram duas para ca-da time. Logo aos 7, Rildo en-trou pela direita e bateu, Alis-son pegou. O Inter, no contra-ataque, respondeu com cruza-mento de Jorge Henrique quepor centímetros não foi alcan-çado por Nilmar. Aos 12,D'Alessandro bateu de forada área, Aranha deu rebote eJorge Henrique não conse-guiu colocar na rede. E aos 14,uma cobrança de escanteiosantista foi concluída de cabe-ça por Bruno Uvini e parou natrave. No rebote, Gabriel fez ogol, mas estava impedido eacabou vendo o lance ser anu-lado.

Depois da profusão deoportunidades desperdiça-das, o Santos assumiu o con-trole da partida. Com LucasLima centralizando as açõesdo time, os donos da casa sepostaram preferencialmenteno campo do rival. Porém, de-ram espaço para jogadas lon-gas e com a qualidade deD'Alessandro, o Inter abriu oplacar. O argentino inverteu

uma bola para Aránguiz quedriblou o marcador já dentroda área e bateu cruzado fa-zendo 1 a 0, aos 24 da etapainicial.

O segundo tempo foi ain-da mais de pressão do Santos.Robinho, aos 13 minutos,entrou livre pela esquerda ebateu longe do gol de Alisson.Tanto tentou o Santos queconseguiu o empate. Aos 17minutos do segundo tempo,Cicinho arrancou pela direitae cruzou, Gabriel se antecipou

a Alan Costa e colocou na re-de.

Aos 25, Rildo, de dentroda área, bateu de primeira,para fora, muito perto do gol.E quando o Inter era inferior,conseguiu mais um gol graçasa uma falha do Santos. Umabola foi atrasada pelo lateralMena para o goleiro Aranha,que pegou com as mãos. Tiroindireto marcado e, de dentroda área, Aránguiz transfor-mou em gol aos 36 minutosdo segundo tempo.

D'Alessandro deu uma bela assistência para primeiro gol de Aránguiz,

Internacional bate Santoscom dois gols de Aránguiz

Sport derrota o Figueira e põe fim a longo jejumAcabou o jejum de oito

jogos sem vitória do Sport. Aequipe pernambucana contoucom a força de seu torcedor,que compareceu em bom nú-mero na Ilha do Retiro, paravencer o Figueirense por 1 a 0

neste domingo, pela 32ª rodadado Campeonato Brasileiro, erespirou na competição nacio-nal. Diego Souza, de pênalti,marcou o único gol da partidae a equipe da casa abriu seispontos de vantagem para o Co-

ritiba, primeiro clube dentro dazona de rebaixamento.

A partida começou com oSport pressionando o Figuei-rense desde o minuto inicial. OFigueirense não se intimidou.

O Sport continuava mel-hor na partida e se aproximounovamente do gol, aos 11,com Ibson. O lateral direitoPatric tabelou com FelipeAzevedo e cruzou para omeio-campo finalizar comperigo. O goleiro Tiago Volpidefendeu no susto.

A equipe pernambucanacomeçou o segundo tempo

com Joelinton no lugar de Da-nilo.

O Figueirense deixava mui-tos espaços no lado esquerdode sua defesa e Patric quaseabriu o placar para os donos dacasa, aos 13, quando finalizoucruzado na entrada da área e abola passou triscando a trave.

A pressão acabou surtindo,aos 17, quando Ibson foi derru-bado dentro da área do Figuei-rense por Jefferson. Diego Sou-za cobrou dois minutos depoise abriu o placar. A bola bateuno travessão e entrou na metaadversária.

Próximos jogos / Série A08/11 - 18:30 Palmeiras x Atlético-MG08/11 - 18:30 Coritiba x Fluminense08/11 - 20:00 Botafogo x Atlético-PR09/11 - 16:00 Sport x Flamengo09/11 - 16:00 Vitória x São Paulo09/11 - 16:00 Grêmio x Internacional09/11 - 16:00 Figueirense x Chapecoense09/11 - 18:30 Corinthians x Santos09/11 - 18:30 Cruzeiro x Criciúma09/11 - 18:30 Goiás x Bahia

Resultados / Série A01/11 Grêmio 1 x 0 Vitória01/11 Goiás 0 x 2 Fluminense01/11 Corinthians 2 x 2 Coritiba02/11 Sport 1 x 0 Figueirense02/11 Santos 1 x 2 Internacional02/11 Cruzeiro 2 x 1 Botafogo02/11 Criciúma 1 x 2 São Paulo02/11 Flamengo 3 x 0 Chapecoense02/11 Atlético-PR 1 x 0 Atlético-MG02/11 Bahia 0 x 1 Palmeiras

CruzeiroSão PauloInternacionalFluminenseAtlético-MGGrêmioCorinthiansSantosAtlético-PRFlamengoGoiásSportPalmeirasFigueirenseChapecoenseVitóriaCoritibaBotafogoBahiaCriciúma

1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º11º12º13º14º15º16º17º18º19º20º

P6459565454545446434341403936363434333130

J3232323232323232323232323232323232323232

V1917171515151413121211111110998977

E785999

12777876697

106

109

D67

108886

12131313141516141614171516

GP5652435142274038363530263230303431312523

GS3336333133182431383733404743364438403344

SG2316102099

167-2-2-3

-14-15-13-6

-10-7-9-8

-21

Classificação / Série A

Sport e Figueirense ocupam a 12ª e 13ª posições, respectivamente

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014B4 | Esportes

Hamilton dá show e se aproxima do bi> FÓRMULA 1

Inglês pôs Rosberg no bolso na espetacular jornada deste domingo, que teve como palco o circuito de Austin, nos EUA

No dia 2 de novembro de2008, Lewis Hamilton conquis-tava seu primeiro título mun-dial, naquela épica decisãocontra Felipe Massa em Inter-lagos. Exatos seis anos depois,o britânico, hoje na Mercedes,deu um grande passo em dire-ção ao bicampeonato. Depoisde perder a pole position doGP dos Estados Unidos para ocompanheiro Nico Rosberg,Hamilton deu o troco na corri-da deste domingo no Circuitodas Américas. Com uma belamanobra no fim da reta opostana 24ª das 56 voltas, alcançou aquinta vitória seguida em 2014,a décima na temporada, a 32ªna carreira, tornando-se o in-glês com mais triunfos na Fór-mula 1, deixando para trás alenda Nigel Mansell. Rosbergcompletou a dobradinha dasFlechas de Prata e DanielRicciardo (RBR) ganhou a posi-ção de Felipe Massa nos boxespara fechar o pódio, deixandoo brasileiro da Williams com aquarta colocação.

A corrida em Austin tam-bém assegurou matematica-mente o título do Mundial dePilotos para um dos dois com-petidores da Mercedes, já cam-peã de Construtores. Restandoduas provas para o fim da tem-porada, Hamilton chegou a 316pontos, contra 292 de Rosberg.Nenhum dos dois pode seralcançado por Ricciardo, quepossui 214. A definição dequem será o campeão, porém,ficará apenas para a últimaprova, dia 23/11 em Abu Dha-bi, que vale pontuação emdobro e dará 50 pontos ao ven-cedor. Com a diferença de 24pontos, o britânico não terá achance de assegurar o título jáno GP do Brasil do próximofim de semana. Confira a clas-sificação completa do Mundialde Pilotos.

Felipe Massa, que largouem 4º, fez o dever de casa.Passou Valtteri Bottas na larga-da, mas acabou perdendo o 3ºlugar do pódio para a DanielRicciardodepois de um erro deestratégia da Williams, quealém de demorar a chama-lopara o segundo pit stop, fez umtrabalho lento nos boxes. Obrasileiro terminou 1s3 atrásdo australiano da RBR e ficou4s à frente de seu companheirode equipe, que fez uma corridadiscreta. Com os 15 pontosmarcados, Massa subiu para a8ª colocação do Mundial de Pi-lotos, deixando Nico Hulken-berg (Force India) para trás.

A Williams ficou fora dopódio, mas ao menos abriuvantagem sobre a Ferrari nabriga pelo terceiro lugar doMundial de Construtores. Adiferença do time inglês para aescuderia italiana aumentou de28 para 42 pontos. Veja a classi-ficação do Mundial de Cons-trutores.

Largando dos boxes por terestourado o limite de cinco mo-tores permitidos na tempora-da, Sebastian Vettel conseguiuuma bela corrida de recupera-ção e terminou em sétimo, po-sição que havia mirado chegar.O tetracampeão da RBR che-gou colado no espanhol Fer-nando Alonso, sexto colocadocom a Ferrari. De quebra, aindavez a volta mais rápida da cor-rida: 1m41s379 (50ª volta).Kevin Magnussen (McLaren),Jean-Eric Vergne (STR) e PastorMaldonado (Lotus) completa-

ram os dez primeiros que mar-caram ponto.

De Austin, os pilotos em-barcam para São Paulo, para oGP do Brasil, válido pela 18ª epenúltima etapa da tempora-da, que será disputado de 7 a 9de novembro no circuito deInterlagos.

A CORRIDAHamilton sequer tentou

ameaçar a liderança de Ros-berg, que fez boa largada. JáMassa, por sua vez, arrancoubem como de costume e tomoua terceira posição de Bottas.Alonso e Magnussen passaramRicciardo e subiram para quin-to e sexto, respectivamente.Mas o australiano da RBR recu-perou a posição do dinamar-quês da McLaren. Ainda naprimeira volta, Pérez tocou deleve em Raikkonen e acertouSutil em cheio, provocando aentrada do Safety Car.

Na relargada, Rosbergmanteve a ponta. Enquantoisso, Bottas tentou passar Mas-sa por fora, mas o brasileiro fe-chou a porta. A dupla daWilliams teve que frear forteno duelo e Ricciardo, que ten-tava passar Alonso por dentroquase acertou o finlandês. Oaustraliano precisou desviar epor pouco não perdeu a posi-ção que havia acabado de con-quistar com maestria sobre o

espanhol da Ferrari.Após dez voltas, a vanta-

gem de Rosberg sobre Hamil-ton era de exatos 1s. A quatrosegundos das Mercedes, Massae Bottas eram separados pelamesma diferença. Lá atrás,Vettel, que largou dos boxes, sóhavia ganhado uma posição ereclamava da falta de falta deaderência.

Massa e Ricciardo abriram otrabalho nos boxes entre os pon-teiros na volta 15. Após a pri-meira rodada de pit stops, Ros-berg se manteve a frente de Ha-milton na liderança. Massa se-

guiu em terceiro, enquanto seucompanheiro Bottas perdeu oquarto lugar para Ricciardo.Nesse meio tempo, Hulkenbergabandonou, encerrando a parti-cipação da Force India na prova.

Como reflexo do acidentede Jules Bianchi no GP do Ja-pão, a direção de prova penali-zou Vergne, Maldonado e Gut-iérrez com cinco segundos pornão ter desacelerado o suficien-te durante o período de SafetyCar. As punições podem sercumpridas durante uma para-da nos boxes.

Depois de sair dos boxes2s4 atrás de Rosberg, Hamiltonfoi tirando a diferença rapida-mente. O bote veio na volta 24.O britânico botou de lado nofim da reta oposta, freou den-tro da curva 12 e não deixouespaço para o alemão fazer acurva, assumindo a ponta. Aseis segundos de Nico, Massase mantinha em terceiro, eabria vantagem para Ricciardo,o quarto.

Na segunda rodada de pitstops, Ricciardo voltou a se darbem, tomando a terceira posi-ção de Felipe Massa, após aWilliams demorar no trabalhodos boxes do brasileiro. Hamil-ton parou uma volta antes deRosberg, mas retomou a lide-rança assim que o alemão fezsua parada.

Mesmo tendo largado dofim do grid, Vettel conseguiuentrar na zona de pontuação.Apesar de não conseguir im-primir um ritmo forte, o tetra-campeão conseguiu fazer algu-mas ultrapassagens e se benefi-ciou de alguns abandonos.

Hamilton construiu cercade 3s de vantagem para Ros-berg e administrava a liderançacom tranquilidade. Enquantoisso, Massa forçava o ritmo ten-tando se aproximar de Ricciar-do para lutar pelo pódio.

Sem sustos, o inglês cruzoua linha de chegada em primei-ro, para conquistar sua décimavitória na temporada. Rosbergcompletou a dobradinha daMercedes. Massa não alcançouo australiano da RBR e recebeua bandeirada em quarto.Bottas terminou em quinto.Alonso, Vettel, Magnussen,Vergne e Maldonado comple-taram o top 10.

Lewis Hamilton deitou e rolou em Austin (EUA) e deu grande passo rumo ao bicampeonato

Divulgação

RESULTADO FINAL DO GP1º Lewis Hamilton (GBR) - Mercedes2º Nico Rosberg (ALE) - Mercedes3º Daniel Ricciardo (AUS) - Red Bull4º Felipe Massa (BRA) - Williams5º Valtteri Bottas (FIN) - Williams6º Fernando Alonso (ESP) - Ferrari7º Sebastian Vettel (ALE) - Red Bull8º Kevin Magnussen (DIN) - McLaren9º Jean-Eric Vergne (FRA) - Toro Rosso10º Pastor Maldonado (VEN) - Lotus11º Romain Grosjean (FRA) - Lotus12º Jenson Button (GBR) - McLaren13º Kimi Raikkonen (FIN) - Ferrari14º Esteban Gutierrez (MEX) - Sauber15º Daniil Kvyat (RUS) - Toro Rosso

NÃO COMPLETARAM:Nico Hulkenberg (ALE) - Force India - 20 voltas/AbandonoSergio Pérez (MEX) - Force India - 2 voltas/AcidenteAdrian Sutil (ALE) - Sauber - 2 voltas/Acidente

PILOTOLewis Hamilton (ING)Nico Rosberg (ALE)Daniel Ricciardo (AUS)Valtteri Bottas (FIN)Sebastian Vettel (ALE)Fernando Alonso (ESP)Jenson Button (ING)Felipe Massa (BRA)Nico Hulkenberg (ALE)Kevin Magnussen (DIN)Sergio Pérez (MEX)Kimi Raikkonen (FIN)Jean-Eric Vergne (FRA)Romain Grosjean (FRA)Daniil Kvyat (RUS)Jules Bianchi (FRA)

1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º11º12º13º14º15º16º

P31629221415514914994837653474723882

Mundial de pilotos

Unidade na diversidade

Uma vitória eleitoral, como esta da presidente Dilma, pode dizermuitas coisas, mas duas são substantivas: A - o Brasil está norumo errado; B - a maioria do eleitorado, ainda que precária,optou por não trocar de timoneiro, deixando claro, porém, odesejo de mudança.O próprio PT captou essas variáveis durante a campanha eleito-ral, quando passou a falar em 'governo novo, novas ideias'. Avantagem final de Dilma sobre Aécio foi mínima, dentro do uni-verso global de votos, significando que o modelo implantado apartir do primeiro governo de Lula deteriorou-se na gestãoDilma. Então, o povo foi às urnas para dizer: é preciso corrigir orumo do país, mas vamos deixar que isso seja feito, ainda, porvocês que estão no poder.Não cabe questionar aqui como Dilma venceu. Claro, os númerosmostraram o peso do eleitorado interiorano, com grande ênfaseno Nordeste, onde é maior o número de beneficiários do progra-ma Bolsa Família, mas a petista também foi muito bem votadanas capitais, onde é maior o grau de politização dos eleitores.Cabe afirmar, isto sim, que o modelo petista perdeu massa elei-toral em grande proporção (é só comparar a votação de Dilmaem 2010 e agora) o que significa dizer que a sociedade brasilei-ra acordou para os graves problemas que o país enfrenta - pro-blemas surgidos nos últimos 12 anos - e também despertou paraa questão da alternância no poder.Trata-se, aliás, de uma questão que terá de ser resolvida daqui aquatro anos. Pode-se dizer, aliás, que o PT se salvou por falta deuma terceira via mais confiável - talvez fosse o socialista EduardoCampos. Ou seja, havia um desejo de mudança muito forte econtagiante, que, no entanto, perdeu força por falta de umaopção que fugisse à polarização entre PT e PSDB. Eis, porque, no'pau do canto', Dilma escapou.

Renan Calheiros (*)

Mais uma vez a sociedadebrasileira deu um exemplomundial de democracia ematuridade. As eleições de2014 registraram inciden-tes próximos a nulos e acivilidade em que transcor-reram uma das maioreseleições do planeta é mere-cedora de registro.No campo político, o pleitode 2014 deverá entrar parahistória brasileira com umadas disputas mais acirradase combativas desde a rede-mocratização. Mesmo as-sim, com tensionamentos,divergências e, eventual-mente, ânimos exaltados,venceu a democracia e avotação foi marcada pelaordem e respeito aos resul-tados.Encerradasas urnas ép r u d e n t eque todos osbrasileiros ebrasi leiras,notadamen-te os home-ns públicos,reflitam pro-fundamente sobre a con-vocação feita pela presi-dente reeleita em torno daconciliação nacional. Éhora, sem dúvida, de todosos brasileiros darem asmãos em benefício do País.A eleição, como sabemos,não tem terceiro turno e,portanto, devemos seguirem frente neste propósitode união nacional, comotambém defendeu o sena-dor Aécio Neves, candidatoda oposição no último dia26, após a divulgação doresultado oficial das urnas.Como presidente do Se-

nado Fe-deral, de-fendo a su-p e r a ç ã odas diver-gências et a m b é mreitero a defesa pela refor-ma política como o fizdesde sempre e, em espe-cial, em 2013, após asmanifestações cívicas.Por se tratar de uma unani-midade estática, ondetodos são favoráveis, masela nunca prospera, deve-mos mesmo recorrer àforça transformadora dasociedade, como bemmencionou a presidenteDilma Rousseff logo apóssua reeleição.Entretanto, entendo que omelhor caminho é o

C o n g r e s s oN a c i o n a laprovar a re-forma - casoc o n t r á r i opoderá pagarcaro pelaomissão - esubmetê-la aum referendopopular, co-

mo fizemos na proibiçãode venda de armas e muni-ções.Um dos maiores recadosdados aos governantes nasruas em 2013 e, agora naseleições gerais de 2014, foique a sociedade está aten-ta, madura e exigindo serouvida com mais assidui-dade e mais respeito. Asociedade exige mudanças,mas também deseja serprotagonista neste proces-so.

(*) É senador pelo PMDB e presidentedo Congresso Nacional

Editorial

O veredicto das urnas

Divaldo Suruagy (*)

Eleitos em 1982, governamos nomesmo período os Estados de SãoPaulo e Alagoas. Ele possuía umagrande influência sobre todos osgovernadores, não apenas peloenorme poder que São Paulo des-fruta no cenário nacional, mas,principalmente, pela sua rica histó-ria política aliada a uma naturalsimpatia.O apoio que empresto a candidatu-ra de Tancredo Neves, então, Go-vernador de Minas Gerais, foi deci-sivo para que fosse eleito Presiden-te da República. Nossas vidas cruza-ram em várias oportunidades. Ele-gante no vestir e no proceder eraum verdadeiro cavalheiro.Ulisses Guimarães, Tancredo e Mon-toro vieram a Maceió, para o fune-ral de Teotônio Vilela. Recordo-mede um diálogo que tivemos, no Par-que das Flores, naquela tarde, queesperávamos o corpo de Teotônio,Franco Montoro nos informava quehavia renunciado à escolha da pre-sidência da Comissão de Anistia emfavor de Teotônio o que possibilitouo surgimento do mito do "Paladinoda Liberdade", graças a coragem cí-vica e a incansável peregrinação do

estimado líder.Concluído seu mandato, Montorocoordena a luta pela consolidaçãodo regime democrático em todosos países da América do Sul. Nosencontramos, certa feita, no PalácioSimon Bolivar, sede do governo daVenezuela, em Caracas, quandotestemunhei o imenso prestígio in-ternacional que possuía.

Parlamentarista por convicção,acreditava que o poder dos Presi-dentes da República seria mais bemdosado se fosse melhor divididocom o Congresso. Costumava usarum argumento irrespondível: "O Re-gime Parlamentar era o único quepenalizava o administrador políticopela incompetência". Julgava-se umandarilho em busca do Parlamenta-

rismo. Essa con-vicção teórica foisolidificada, naprática, quandoocupou o Minis-tério do Traba-lho, na equipedo Primeiro-Mi-nistro TancredoNeves. Explicava com muita lógicaque se o Presidente João Goularttivesse tido a consciência históricade não conspirar contra a derruba-da do parlamentarismo e o tivesseconsolidado teria evitado a inter-rupção da democracia Brasileira.A última vez que conversamos foino Hotel Bonaparte, sua residência,em Brasília, quando retornara à Câ-mara Federal. Conversávamos, na-turalmente, sobre política. Tentavame arrastar para o engajamento darazão maior da sua atividade parla-mentar. Externei minha simpatiapela causa. Os 80 anos não pesa-vam sobre seus ombros. Ele era to-do entusiasmo. Sendo a vida umaescolha, optou por se transformarum exemplo do Político Maior.

(*) É professor e ex-governador de Alagoas

Franco Montoro

Rosineia Oliveira dos Santos (*)

"Às vezes, a minha alma se elevacom a magnitude do pensamento,torna-se ávida por palavras e aspiraàs alturas".Sêneca (4 a.C. - 65d.C.) filósofo,dramaturgo e entre outras coloca-ções, nos revelou o parágrafo aci-ma e convida-nos a vencer os reve-ses da sorte, deixando de lado osprazeres, não valorizando as rique-zas e eliminando aquilo que nostraz infelicidade. Afirma ainda quea felicidade se constrói por meio darazão, da retidão e da harmoniacom o universo.Alguns navegam e enfrentam ostrabalhos de uma peregrinaçãomuito longa apenas pelo prêmio deconhecer algo longínquo e oculto.É isso que reúne a multidão para osespetáculos, é isso que nos leva abuscar coisas não aparentes, aquestionar as secretas e a remexerantiguidades.Quem quer que tenha o firme pro-pósito de se tornar útil aos cida-dãos e, ao mesmo tempo para

quem trabalha e produz, deveráadministrar de acordo com suascondições, as dádivas valiosas davida.O sábio não deve ter acesso a negó-cio público a não ser que seja obri-gado, o que se exige do homem éque seja útil ao maior número desemelhantes, se possível. Caso não

consiga, sirva a poucos, ou aosmais próximos, ou a si mesmo.Existem três modos de vida e cabe-nos questionar qual o melhor: oque se consagra ao prazer; o que seconsagra à contemplação ou aque-le que se dedica a ação? Em qual

dessas provoca-ções você está?Não existe nadade tão amargoque não encon-tre consolo nu-ma alma equili-brada. Pensoque muitos po-deriam ter chegado à sabedoria senão pensassem já serem sábios, senão tivessem dissimulado para simesmos algumas coisas e se nãotivessem passado por outras tantascom os olhos fechados.Ou seja, estar em paz consigo mes-mo, e que essa alegria não se inter-rompa, mas permaneça em estadoplácido, sem elevar-se, sem abater-se. A isso eu chamo: tranquilidade.Deve-se praticar a virtude em detri-mento do vício para ser feliz.Pensem!

(*) É professora do complexo deensino Andreucci e Legale, especialista

em Docência do ensino superior ePsicologia Organizacional

O sábio e a virtude da alma

“A eleição, comose sabe, não temterceiro turno e,portanto, deve-mos seguir em

frente...”

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014 Opinião |B5

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“A última vez queconversamos foi no

Hotel Bonaparte, suaresidência, em Brasília,

quando retornava àCâmara Federal”

“O filósofo Sênecaafirma que a felici-

dade se constrói pormeio da razão, da

retidão e da harmoniacom o Universo”

A foto do fato

Cumprindo um rito tradicional, milhares de maceioenses visitaram os cemitérios da capital, neste domingo, 2 de novembro, Dia de Finados,para reverenciar seus mortos acendendo velas e colocando flores nos túmulos. O São José, no Trapiche, este ano bateu recorde de visitação

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014B6 | Diário Oficial dos Municípios

Parreira minimiza revanche com Alemanha> SELEÇÃO

Presidente da CBF, José Maria Marin, defende amistoso-revanche na tentativa de apagar fiasco histórico da Copa do Mundo

Apesar do presidente daConfederação Brasileira de Fu-tebol, José Maria Marin, desejaruma revanche contra a Alema-nha para tentar apagar a máimpressão deixada na Copa doMundo de 2014, o ex-coordena-dor técnico Carlos Alberto Par-reira é mais cético. Presente nacomissão técnica de Luiz FelipeScolari no Mundial no Brasil,Parreira evita falar em revan-che e disse que somente umavitória em Copa do Mundo ser-virá para afastar de vez o estig-ma da goleada de 7 a 1.

- Revanche é uma palavramuito forte. Não vai adiantarnada ganhar da Alemanhaagora. Não vai apagar a Copado Mundo. Queremos enfren-tar a Alemanha novamente emuma semifinal ou final, aí simvou considerar uma revanche.Aquele jogo foi aleatório. OBrasil tem vantagem muitogrande no confronto com aAlemanha, só que foi marcantepelo placar de 7 a 1. Histórico,vai ficar marcado - disse.

Marin revelou o desejo deencarar a Alemanha em umduelo amistoso sob o comandode Dunga, que assumiu nolugar de Felipão. O time euro-peu, no entanto, já está com aagenda cheia e não tem previ-são de encarar os brasileirosem 2015. Na visão de Parreira,um novo duelo serviria apenas

para provar que o placar na se-mifinal do Mundial foi um aci-dente.

- Um amistoso serviria paramostrar que aquilo foi um fatoaleatório. Não é revanche, só sefor na Copa. Copa do Mundosó se reabilita em Copa doMundo. Perdeu 90, ganhou 94.Perdeu 98, ganhou 2002. Só

com título na próxima Copa.Reabilitação só em 2018.

O Brasil já acumula quatrovitórias sob o comando deDunga, contra Colômbia,Equador, Argentina e Japão.Os próximos compromissos dotime canarinho são contra Tur-quia e Áustria nos dias 12 e 18de novembro.

CARRASCOO presidente da CBF quer

revanche com a Alemanha. Jo-sé Maria Marin afirmou que aseleção brasileira precisa en-frentar seu "carrasco" para es-pantar o fantasma dos 7 a 1nas semifinais da Copa doMundo. Marin acredita queessa postura será importante

para a nova Era Dunga. O diri-gente também admitiu que aseleção não correspondeu noMundial, e que vê nas Olim-píadas de 2016, no Rio, umaoportunidade para retribuir aotorcedor o que não foi possívelem 2014.

O amistoso que vai encer-rar a temporada 2014 da sele-

ção brasileira será no dia 18 denovembro, contra a Áustria,em Viena, após o jogo com aTurquia (no próximo dia 12 denovembro), primeiro paíseuropeu que a Seleção brasilei-ra vai enfrentar após a Copa doMundo. O último confronto doano estava em aberto após adesistência da Ucrânia.

O experiente Parreira acha que só um jogo de Copa pode valer por outro jogo de Copa

fotos: Divulgação

José Maria Marin propõe revanche, na esperança de ‘apagar’ goleada sofrida no Mundial

AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL Nº 007/2014-SRPO CIGIP – CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL PARAGESTÃO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA, com sedena Rua Dr. Antônio Brandão, 333, Ed. MaceióWork Center, Loja 01, Farol, Maceió-AL,informa aos interessados que estará realizan-do na sua sede, a Licitação como segue:Pregão Presencial nº 007/2014-SRP OBJETO:Aquisição de Material Elétrico. DATA DAREALIZAÇÃO: 13/11/2014 às 10:00 h.(horário local). O edital, encontra-se a dis-posição dos interessados na sala da CPL nohorário das 8:00 às 16:00 h, no endereçoacima citado. Maceió/AL., 03 de novembro de 2014.Arnaldo de Araujo Alécio - Pregoeiro-------------------------------------------------------

ESTADO DE ALAGOASPREFEITURA MUNICIPAL DE JOAQUIM

GOMESHOMOLOGAÇÃO DO CONVITE N° 001/2014

A Prefeita do Município de Joaquim GomesHOMOLOGA o presente processo, importandoo mesmo o valor total de R$56.160,00(cinquenta e seis mil cento esessenta reais).EXTRATO DO CONTRATO N° 001/2014 – CVCONTRATANTE: Prefeitura Municipal deJoaquim Gomes, CNPJ: 12.262.739/0001-50.CONTRATADA: FR DE O JUNIOR ME,OBJETO:Aquisição de Cameras deMonitoramento,Instalação e Manutenção, novalor total R$ 56.160,00(cinquenta e seis milcento e sessenta reais). Joaquim Gomes/AL,08 de Agosto de 2014.

Ana Genilda Costa CoutoPrefeita

------------------------------------------------------- PREFEITURA DE MAR VERMELHO

ERRATAEXTRATO DO CONTRATO Nº 009/2014-PP

CONTRATANTE: PREFEITURA DE MAR VERMEL-HOCONTRATADA: MACEIÓ MED DISTRIBUIDORADE PRODUTOS HOSPITALAR LTDA – EPPeORTOPÉDICA MACEIÓ COMERCIO LTDAOBJETO: Aquisição de Equipamentos eMateriais Permanente.Onde se lê: “VIGÊNCIA: 10/03/2014”leia-se: “VIGÊNCIA: 10/03/2015”Matéria veiculada na edição do DIÁRIO OFI-CIAL DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS do dia27/10/2014.

Juliana Lopes de Farias AlmeidaPrefeita

------------------------------------------------------- ESTADO DE ALAGOAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO DEPEDRAS

AVISO DE LICITAÇÃO Chamada Pública nº 001/2014, Objeto:Aquisição de gêneros alimentícios da agricul-tura familiar para alimentação escolar. DATA:13/11/2014, às 10h00m. Edital Disponível naRua Dr. Sebastião da Hora,404, Centro – Portode Pedras/AL, na sala da Central de Licitaçãodas 08:00 às 12:00hs.

Porto de Pedras /AL, 30 de Outubro de2014.

Elaine Cristina de MenesesPresidente da CPL

------------------------------------------------------- ESTADO DE ALAGOAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇUHOMOLOGAÇÃO DO PREGÃO PRESENCIAL N°

002/2014O prefeito do Município de PiaçabuçuHOMOLOGA o presente processo, importando

o mesmo o valor total de R$:851.203,49(Oitocentos e cinquenta e um mil duzentos etrês reais e quarenta e nove centavos).EXTRATO DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS N°002/2014Modalidade: Pregão Presencial nº 002/2014–Objeto: Aquisição de Material de Limpeza.CONTRATANTE: Município de Piaçabuçu CNPJ:12.247.268/0001-01, DETENTORA: BORDSETECOMERCIO LTDA - ME , CNPJ nº12.466.706/0001-22. Foro: Piaçabuçu – Datade Assinatura: 04/08/2014 – Ordenador dadespesa: Dalmo Moreira Santana Júnior. Oconteúdo integral desta Ata de Registro dePreços encontra-se a disposição na sede domunicípio, na Comissão Permanente deLicitação, Praça São Francisco de Borja S/N,PIAÇABUÇU/AL.

Piaçabuçu /AL, 25 de Setembro de 2014.Dalmo Moreira Santana Júnior

Prefeito-------------------------------------------------------

ESTADO DE ALAGOASPREFEITURA MUNICIPAL DE PIAÇABUÇU

DAS PARTES: PREFEITURA MUNICIPAL DEPIAÇABUÇU / IMPRENSA NACIONALEXTRATO DE 1º TERMO ADITIVO AO CONTRATONº 01-09/2013-ILCLÁUSULA PRIMEIRA - OBJETO O presente termo aditivo tem como objeto aprorrogação da vigência do contrato nº 01-09/2013-IL (celebrado entre as partes acimaqualificadas), por 12 (DOZE) meses.

CLÁUSULA SEGUNDA – DO PRAZOPelo presente aditivo fica a vigência do con-trato nº 01-09/2013-IL prorrogada por 12(doze) dias, ou seja, até 15/10/2015.

CLÁUSULA TERCEIRA – DA VINCULAÇÃO

Este aditivo está vinculado ao contrato nº 01-09/2013 - IL, oriundo da PregãoInexigibilidade nº 01-09/2013 - IL, realizadapor meio do processo administrativo nº589/2013.

CLÁUSULA QUARTA – DA RATIFICAÇÃOAs demais cláusulas do Contrato original per-manecem inalteradas.

SIGNATÁRIOS: PREFEITURA: Dalmo MoreiraSantana Júnior,

IMPRENSA NACIONAL: Jorge Luiz AlencarGuerraForo: Piaçabuçu – Data de Assinatura:16/10/2014 – Ordenador da despesa: DalmoMoreira Santana Júnior.

Piaçabuçu /AL, 31 de Outubro de 2014.Dalmo Moreira Santana Júnior

Prefeito-------------------------------------------------------

ESTADO DE ALAGOASPREFEITURA MUNICIPAL DE PINDOBA

RATIFICAÇÃO DE INEXIGIBILIDADE N° 03/2014O Prefeito do Município de Pindoba RATIFICAe HOMOLOGA o presente processo, importan-do o mesmo o valor total de R$ 36.500,00(trinta e seis mil e quinhentos reais). EXTRATO DO CONTRATO N° 03/2014 – ILCONTRATANTE: Prefeito Municipal dePindoba, CNPJ: 12.335.436/0001-10. CON-TRATADA: Edvalmir Quintela Cavalcante.OBJETO: Contratação de grupo musical, CPF:381.501.824.20, no valor global de R$36.500,00 (trinta e seis mil e quinhentosreais). Pindoba/AL, 09 de Outubro de 2014.

Maxwell Tenório Cavalcante Prefeito

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014 Social |B7

Primeira Edição | 3 a 9 de novembro, 2014B8 | Especial

Zuenir Ventura assume cadeira na ABL> NOVO IMORTAL

Escritor passou mal NO jantar de comemoração pela conquista. 'Estou me sentindo imortal', brincou ao garantir que foi só um sustoHoras depois de ser eleito o

mais novo imortal da Acade-mia Brasileira de Letras, o jor-nalista e escritor Zuenir Ven-tura, de 83 anos, foi levado pa-ra o Hospital Samaritano, emBotafogo, Zona Sul do Rio, de-pois de passar mal durante jan-tar realizado em comemoraçãoà sua conquista. Ele passou porexames e foi liberado em segui-da, dando continuidade ao fes-tejo com pizza e vinho.

"Eu tive uma queda depressão apenas. Tive um diacom uma agenda emocional efísica muito intensa, e quasenão me alimentei direito", disseZuenir ao G1, por telefone já namadrugada de sexta-feira.

Segundo o escritor, algunsmédicos amigos participavamdo jantar quando ele passoumal. "Eu sabia que era só umaqueda de pressão, mas eles in-sistiram que eu deveria ir a umhospital para fazer exames. Fiztodos os exames e está tudonormal. Estou me sentindo umimortal", brincou, destacandoque se encontrava em um res-taurante em Ipanema comendopizza e tomando para conti-nuar os festejos. "Quem me viusaindo de lá [do jantar] quasecarregado não vai entender na-da se me ver aqui agora", brin-cou novamente.

Zuenir fez questão de des-tacar que o cardiologista Cláu-dio Domêmico, "a quem entre-go meu coração", chegou aojantar quando ele acabara deser levado para o hospital. "Ele[Domênico] foi direto para lá.Engraçado é que saí de lá [doHospital Samaritano] com omeu médico e amigo], disse.

SUASSUNAZuenir Ventura passa a

ocupar a cadeira 32, que ficouvaga com a morte do acadêmi-co, dramaturgo, poeta e ro-mancista Ariano Suassuna, em23 de julho passado, em Recife,Pernambuco. Zuenir foi eleitocom 35 votos. Thiago de Melloteve um e Olga Savary um.

Estavam presentes na elei-ção 18 acadêmicos e 19 vota-ram por carta. O presidente daacademia, Geraldo Cavalcante,deu as boas-vindas ao novo in-tegrante da ABL. " Ele é umquerido por sua dedicação elucidez e pela argúcia com queacompanha a vida social e eco-nômica do Brasil. Estamos con-tente em recebê-lo", disse.

Os ocupantes anteriores dacadeira foram Carlos de Laet,Ramiz Galvão, Viriato Correia,Joracy Camargo e GenolinoAmado.

Zuenir não escondia a ale-gria com o resultado: "Eu tiveum impacto positivo. Por maisque se espere, é diferente quan-do você recebe a notícia. Demo-rei a me candidatar porque dasoutras vezes meus amigos secandidataram e eu achei queeles mereciam mais do que eu.A grande votação é uma acolhi-da, pois o número é expressivo,uma grande responsabilidade".

Ele falou ainda sobre o fatode suceder Suassuna. "Preten-do frequentar a ABL o máximopossível, pois é um convívioamistoso e agradável. SucederSuassuna é uma emoção espe-cial. Dedico essa vitória a ZéliaSuassuna. Antes de ser interna-do, o Suassuna falou para oGerson Camarotti, grandeamigo dele, que pretendia vo-tar em mim, mesmo sem votargá muitos anos. A academiatem uma tradição de jornalis-tas. Espero não decepcionar",afirmou.

TRAJETÓRIABacharel e licenciado em

Letras Neolatinas, Zuenir Ven-tura é jornalista, ex-professorda Universidade Federal doRio de Janeiro e da Escola Su-perior de Desenho Industrial,da Universidade do Estado doRio de Janeiro

Mineiro de Além Paraíba,ele é colunista do jornal O Glo-bo e ingressou no jornalismocomo arquivista, em 1956. Nosanos 1960/61 conquistou bolsa

de estudos para o Centro deFormação dos Jornalistas deParis. De 1963 a 1969, exerceuvários cargos em diversos veí-

culos: foi editor internacionaldo Correio da Manhã, diretorde Redação da revista Fatos &Fotos, chefe de Reportagem da

revista O Cruzeiro, editor-che-fe da sucursal-Rio da revistaVisão-Rio.

No fim de 1969, realizou

para a Editora Abril uma sériede 12 reportagens sobre "Osanos 60 - a década que mudoutudo", posteriormente publica-da em livro. Em 1971, voltoupara a revista Visão, permane-cendo como chefe de Redaçãoda sucursal-Rio até 1977, quan-do se transferiu para a revistaVeja, exercendo o mesmo car-go. Em 1981, transferiu-se paraa revista IstoÉ, como diretor dasucursal. Em 1985, foi convida-do a reformular a revista Do-mingo, do Jornal do Brasil,onde ocupou depois outrasfunções de chefia.

Em 1988, Zuenir Venturalançou o livro 1968 - o ano quenão terminou, cujas 48 ediçõesjá venderam mais de 400 milexemplares. O livro serviutambém de inspiração para aminissérie "Os anos rebeldes",produzida pela TV Globo. Ocapítulo "Um herói solitário"inspirou o filme O homem quedisse não, que o cineasta Oli-vier Horn realizou para a tele-visão francesa.

Jornalista e escritor consagrado, Zuenir Ventura acaba de ser eleito para a Academia Brasileira de Letras. Na comemoração, sofreu uma indisposição

fotos: Divulgação

Reportagem sobre o Acre rendeu Prêmio EssoEm 1989, publicou no Jor-

nal do Brasil a série de reporta-gens "O Acre de Chico Men-

des", que lhe valeu o PrêmioEsso de Jornalismo e o PrêmioVladimir Herzog. Em 1994,

lançou Cidade partida, um li-vro-reportagem sobre a violên-cia no Rio de Janeiro, traduzido

na Itália, com o qual ganhou oPrêmio Jabuti de Reportagem.Em fins de 1998, publicou O

Rio de J. Carlos e Inveja - MalSecreto, que foi lançado depoisem Portugal e na Itália. Já ven-deu cerca de 150 mil exempla-res.

CRIME E CASTIGOCRIME E CASTIGOEm 2003, lançou Chico

Mendes - Crime e Castigo. Seuslivros seguintes foram Crôni-cas de um fim de século e70/80 Cultura em trânsito - darepressão à abertura, com He-loísa Buarque e Elio Gaspari.No cinema, codirigiu o docu-mentário Um dia qualquer e foiroteirista de outro, Paulinho daViola: meu tempo é hoje, deIzabel Jaguaribe. Suas obrasmais recentes são Minhas his-tórias dos outros, 1968 - o quefizemos de nós e Conversa so-bre o tempo, com Luis Fernan-do Verissimo. Seu livro maisrecente é o romance SagradaFamília, muito bem recebidopor críticos de diferentes cor-

rentes.

TROFÉU Em 2008, Zuenir Ventura

recebeu da ONU um troféuespecial por ter sido um doscinco jornalistas que "mais con-tribuíram para a defesa dosdireitos humanos no país nosúltimos 30 anos". Em 2010, foieleito "O jornalista do ano" pelaAssociação dos Corresponden-tes Estrangeiros.

Ao comentar sua série dereportagens sobre Chico Men-des e a Amazônia, The NewYork Review of Books classifi-cou o autor como "um dosmaiores jornalistas do Brasil".A revista inglesa The Econo-mist definiu-o como "um dosjornalistas que melhor obser-vam o Brasil".

Zuenir Ventura tem 83 anose há 51 é casado com MaryVentura, com quem tem doisfilhos: Elisa e Mauro.

Ariano Suassuna, recentemente falecido, tem como sucessor o autor de ‘Chico Mendes - Crime e Castigo’