0 universidade estadual do cearÁ prÓ-reitoria de …§ão.pdfherbívoros e aves. orientadora:...

67
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS MOISÉS FERNANDES MARTINS TOXICIDADE DE AGENTES CRIOPROTETORES EM CÉLULAS ESPERMÁTICAS DE Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Decapoda, Palaemonidae) FORTALEZA 2017

Upload: duongthu

Post on 07-Feb-2019

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

0

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

FACULDADE DE VETERINÁRIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

MOISÉS FERNANDES MARTINS

TOXICIDADE DE AGENTES CRIOPROTETORES EM CÉLULAS

ESPERMÁTICAS DE Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Decapoda,

Palaemonidae)

FORTALEZA

2017

1

MOISÉS FERNANDES MARTINS

TOXICIDADE DE AGENTES CRIOPROTETORES EM CÉLULAS

ESPERMÁTICAS DE Macrobrachium amazonicum (Decapoda, Palaemonidae)

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Ciências Veterinárias

da Faculdade de Veterinária da

Universidade Estadual do Ceará, como

requisito parcial para a obtenção do

título de Mestre em Ciências

Veterinárias.

Área de Concentração: Reprodução

Animal. Linha de Pesquisa: Reprodução

e sanidade de carnívoros, onívoros,

herbívoros e aves.

Orientadora: Profa. Dra. Célia Maria

Souza Sampaio

FORTALEZA

2017

2

3

MOISÉS FERNANDES MARTINS

TOXICIDADE DE AGENTES CRIOPROTETORES EM CÉLULAS

ESPERMÁTICAS DE Macrobrachium amazonicum (Decapoda, Palaemonidae)

Dissertação apresentada ao Programa

de Pós-Graduação em Ciências

Veterinárias da Faculdade de

Veterinária da Universidade Estadual

do Ceará, como requisito parcial para

a obtenção do título de Mestre em

Ciências Veterinárias.

Aprovada em: 19 de dezembro de 2017.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________

Profª. Drª. Célia Maria de Souza Sampaio

Orientadora

____________________________________

Profª. Drª. Carminda Sandra Brito Salmito-Vanderley

Examinadora

____________________________________

Prof. Dr. Manoel Paiva de Araújo Neto

Examinador

4

AGRADECIMENTOS

A todos que colaboraram direta e indiretamente com a produção desse trabalho.

5

RESUMO

As técnicas de criopreservação têm se destacado na aquicultura por viabilizar a

estocagem e o transporte de material genético. Para tanto o uso de agentes crioprotetores

são comumente empregados, contudo, quando utilizados em altas concentrações podem

apresentar efeitos tóxicos. Assim, testes prévios de toxicidade são capazes de

estabelecer as concentrações mais eficazes para os protocolos de criopreservação. Este

estudo avaliou os efeitos de toxicidade dos agentes crioprotetores dimetilsulfóxido

(DMSO), etilenoglicol (EG) e glicerol (GLY) na massa espermática de M. amazonicum.

Para o presente experimento, 150 espermatóforos foram coletados de 30 machos de M.

amazonicum, usando uma adaptação da técnica de leve compressão abdominal. A massa

espermática foi extrusada, formando pools e submetida em DMSO, GLY e EG nas

concentrações de 5, 10 e 15% v/v, preparada em solução salina estéril livre de cálcio

(Ca-F) durante 30 minutos de tempo de equilíbrio. O percentual de espermatozoides

vivos foi determinado por um teste modificado de coloração com eosina-nigrosina e os

espermatozoides foram contados em microscópio óptico (40x) com auxílio de um

hemicitômetro (câmara de Neubauer). Os resultados foram analisados utilizando análise

de variância (ANOVA) e teste de Tukey HSD e Dunnett a um nível de significância de

5%. De acordo com o teste de toxicidade, o GLY foi o menos tóxico entre os

crioprotetores testados em comparação com o controle (P < 0,05) com 47,5 ± 2,2 de

espermatozoides vivos. Os testes de toxicidade de DMSO não revelaram diferença

estatisticamente significativa (P < 0,05) nas concentrações de 5, 10 e 15% com 18,6 ±

1,8, 19,2 ± 2,0 e 16,5 ± 2,7 de espermatozoides vivos, respectivamente. Para testes com

EG, a concentração de 15% resultou em 100% de mortalidade nas células espermáticas

testadas. Este estudo sugere que a massa espermática de M. amazonicum pode ser

criopreservado utilizando GLY 5% como agente crioprotetor.

Palavras-chaves: Camarão da amazônia. Espermatóforo. Criopreservação.

6

ABSTRACT

The cryopreservation techniques have been highlighted in aquaculture by enabling the

storage and transport of genetic material. For this, the use of cryoprotectants is

commonly used, however, when used in high concentrations they may present toxic

effects. Thus, prior toxicity tests are able to establish the most effective concentrations

for cryopreservation protocols. This study evaluated toxicity effects of cryoprotectants

agents dimethyl sulfoxide (DMSO), ethylene glycol (EG) and glycerol (GLY) on

Macrobrachium amazonicum sperm mass. For the present experiment, 150

spermatophores were taken from 30 M. amazonicum males, collected using an adapting

technique of gentle abdominal compression. The sperm mass were extruded in pools

and submitted in DMSO, GLY and EG at concentrations of 5, 10 and 15% v/v, prepared

in sterile Calcium Free saline (Ca-F saline) for 30 min of equilibration time. The

survival of the sperm was determined by staining with eosin-nigrosin modified and

sperm cells were counted in the optical microscope (40x) with the aid of a

hemacytometer (Neubauer chamber). Results were analysed using analysis of variance

(ANOVA), Tukey’s and Dunnett’s test at a 5% significance level. According

cryoprotectant toxicity assay, GLY was less toxic among the tested cryoprotectants

compared to control (P < 0.05) with 47.5 ± 2.2 of viability sperm. DMSO toxicity tests

revealed no statistically significant difference (P < 0.05) between 5, 10 and 15% sperm

viability with 18.6 ± 1.8, 19.2 ± 2.0 and 16.5 ± 2.7 respectively. For tests with EG, the

concentration of 15% resulted in 100% mortality to tested sperm. This study suggests

that sperm mass from M. amazonicum can be cryopreserved using GLY 5% as a

cryoprotective agent.

Keywords: Amazon River prawn. Spermatophore. Cryopreservation.

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Macho de Macrobrachium amazonicum ........................................................ 16

CAPÍTULO I

Figure 1 The sperm survival rate of M. amazonicum submitted to different

cryoprotectants at various dilution percentages compared to the control treatment .... 51

Figure 2 The sperm survival rate of M. amazonicum submitted to different

cryoprotectants at various dilution percentages compared to each other ……………. 52

Figure 3 Viable and non-viable sperm cells of M. amazonicum stained with eosin-

nigrosin ………………………………………………………………………………. 53

8

LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO I

Table 1 Percentage of viable sperm of M. amazonicum submitted to different

cryoprotectants at various concentration ……….………………................................. 50

9

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Ca-F – Solução salina livre de cálcio

CC – Cinnamon Claw

CP – Proteína bruta

DMSO – Dimetilsulfóxido

EG – Etilenoglicol

GC1 – Green Claw 1

GC2 – Green Claw 2

GLY – Glicerol

IGS – Índice gonadossomático

IHS – Índice hepatossomático

NL2 –

Nitrogênio puro em estado líquido

PI – Iodeto de propídeo

SYBR-14 – Corante fluorescente de ácidos nucleicos

TC – Translucent Claw

v/v – Percentagem volúmica

10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11

2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................... 13

2.1 BIOLOGIA DO Macrobrachium amazonicum ................................................ 13

2.2 APARELHO REPRODUTOR MASCULINO DE CAMARÕES/

CRUSTÁCEOS DECÁPODES ....................................................................... 15

2.3 TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DOS ESPERMATÓFOROS DE

CAMARÕES .................................................................................................... 18

2.4 CRIOPRESERVAÇÃO E TOXICIDADE DE AGENTES

CRIOPROTETORES......................................................................................... 20

2.5 AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE ESPERMÁTICA DE CAMARÕES ...... 23

3 JUSTIFICATIVA .......................................................................................... 25

4 HIPÓTESE CIENTÍFICA ............................................................................ 26

5 OBJETIVOS ................................................................................................... 27

5.1 GERAL.............................................................................................................. 27

5.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................. 27

6 CAPÍTULO I ................................................................................................... 27

7 CONCLUSÕES .............................................................................................. 54

8 PERSPECTIVAS ............................................................................................ 55

REFERÊNCIAS ............................................................................................. 56

11

1 INTRODUÇÃO

Macrobrachium amazonicum é uma espécie nativa da Bacia Amazônica, e

se destaca por oferecer um grande potencial para a aquicultura (KUTTY et al., 2000;

NEW, 2005; ROUTLEDGE et al., 2006), além de ser o principal camarão de água-doce

explorado comercialmente nos estados do Pará e Amapá pela pesca artesanal, onde

apresenta uma comercialização significativa (LUCENA-FRÉDOU et al., 2010). M.

amazonicum também é conhecido como “camarão regional” no estado do Pará

(MORAES-RIODADES et al., 1999), “camarão canela” e “camarão sossego”

(VALENTI, 1985) e, atualmente, vem sendo chamado de “camarão da amazônia”

(MORAES-RIODADES; VALENTI, 2009).

O camarão da Amazônia pode alcançar até 16 cm e 30 g (BROWN; NEW;

ISMAEL, 2010). É um camarão pequeno quando comparado a espécies mais

estabelecidas comercialmente como o camarão gigante da Malásia M. rosenbergii,

porém, sua carne apresenta textura mais firme e sabor mais acentuado, por isso, é

melhor aceita nos mercados consumidores (MORAES-RIODADES et al., 1999).

Apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo desde a Venezuela até o estado do

Paraná e em quase todo o território nacional, ocorrendo nos rios Orinoco, Amazônia,

São Francisco, Paraná e Paraguai (AUGUSTO; VALENTI, 2016; BROWN; NEW;

ISMAEL, 2010).

M. amazonicum vem despertando interesse para o cultivo por apresentar

rápido crescimento, rusticidade e fácil manutenção em cativeiro pois a mesma não

apresenta a agressividade característica de outras espécies do gênero como M.

acanthurus e M. carcinus, além de ser mais resistente a doenças e predadores (LOBÃO;

ROJAS, 1991; MACIEL; VALENTI, 2009). E do ponto de vista ecológico não

apresenta riscos à natureza por escape de viveiros de aquicultura, como observado nas

produções de espécies exóticas (BROWN; NEW; ISMAEL, 2010).

Morfologicamente, o aparelho reprodutor de machos de M. amazonicum

apresenta testículos simétricos, alongados e transparentes. De cada lado dos testículos

partem os ductos deferentes, estruturas enoveladas que apresentam na sua porção final

uma dilatação denominada de ampola do ducto deferente, onde está localizado o

espermatóforo contendo a massa espermática (BROWN; NEW; ISMAEL, 2010; PAPA,

2007; SILVA, 2006). Em geral, espermatozoides da decápodes não apresentam

motilidade, logo, sua sobrevivência pode ser determinada por técnicas de exclusão com

12

uso de corantes supravitais, como eosina-nigrosina ou azul de trypan. Os

espermatozoides viáveis não se impregnam, enquanto espermatozoides inviáveis

adquirem coloração por apresentam lesões na membrana celular que permitem a

penetração do corante supravital (CABRITA et al., 2008).

As técnicas de resfriamento e criopreservação de material genético têm se

destacado nos manejos reprodutivos em aquicultura, por viabilizar a estocagem e o

transporte de material genético (GOLDBERG et al., 2000). A preservação de

espermatóforos por longos períodos caracteriza-se em uma vantagem adicional para

futuros programas de melhoramento genético, assim como já é realizado em outras

espécies de camarões (NIMRAT et al., 2006; VUTHIPHANDCHAI et al., 2005).

A eficiência das técnicas de criopreservação baseia-se em evitar a exposição

dos espermatozoides aos efeitos do choque térmico. Para tanto, a solução conservadora

deve possuir elementos crioprotetores e curvas de congelação e descongelação bem

controlados (UBERTI, 2014). Os agentes crioprotetores ajudam a diminuir criolesões,

mas quando utilizados em altas concentrações podem apresentar efeitos tóxicos aos

espermatozoides (MARIA, 2005).

Portanto, a toxicidade é um dos fatores limitantes para o sucesso de um

protocolo de conservação (MAZZOBRE et al., 2001). Porém, vale ressaltar que a

toxicidade biológica dos agentes crioprotetores está diretamente relacionada às suas

respectivas concentrações. Assim, testes prévios de toxicidade são capazes de

estabelecer as concentrações mais eficazes para os protocolos de criopreservação.

Testes de toxicidade com espermatóforos de decápodes como M. rosenbergii,

Litopenaeus schmitti e L. vannamei indicaram glicerol e DMSO como agentes

crioprotetores indicados por apresentarem taxas de sobrevivência acima de 91%

(CHAVES, 2010CHOW, 1985; UBERTI, 2014).

Desta forma, existe uma necessidade de se estudar a toxicidade de

crioprotetores seminais para o M. amazonicum uma vez que inexistem estudos dessa

natureza para esta espécie.

13

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 BIOLOGIA DO MACROBRACHIUM AMAZONICUM

Os crustáceos são animais que vivem nos ecossistemas aquáticos e

terrestres. Apresentam exoesqueleto, apêndices birremes e possuem dois pares de

antenas (RUPPERT; BARNES, 1994). A ordem decápoda apresenta aproximadamente

10.000 espécies descritas, encontradas em diferentes ambientes, representando um

grupo altamente diversificado que contribui significativamente para o tamanho,

complexidade e o funcionamento das comunidades bentônicas tropicais e subtropicais

(BOWMAN; ABELE, 1982; HENDRICKX, 1995). A infraordem Caridea ostenta a

maioria das espécies de camarão conhecidas, das quais estão agrupadas em 270 gêneros

e 27 famílias. Dentre estas se destaca a família Palaemonidae, cujos representantes

ocorrem em todos os continentes, vivendo principalmente em ambientes de água salobra

e doce. Segundo Melo (2003), são registradas no Brasil 39 espécies de camarões

dulcícolas, pertencentes a três famílias, sendo a Palaemonidae a mais recorrente, cujo

gênero Macrobrachium é representado por varias espécies, dentre elas as mais

conhecidas são M. acanthurus, M. amazonicum, M. brasiliense, M. carcinus, M. olfersi,

M. potiuna, etc.

M. amazonicum apresenta como característica um rostro longo com a ponta

virada para cima que ultrapassa distintamente o escafocerito, com aproximadamente 12

dentes na porção superior e 10 na porção inferior. O telson apresenta uma extremidade

ponte-aguda com cerdas posteriores que não se estendem até a ponta – essas

características não são tão evidentes nos juvenis, dificultando na identificação da

espécie durante esse período. Os dáctilos são 3/4 do comprimento dos quelípodos e são

cobertos com uma camada espessa de cerdas. Geralmente os machos adultos são

maiores que as fêmeas e apresentam os quelípodos proporcionalmente mais

desenvolvidos. Os espécimes apresentam uma coloração transparente e quase incolor

(HOLTHUIS, 1952; MAGALHÃES et al., 2005; MELO, 2003).

M. amazonicum habita diversos tipos de ambientes lóticos na América do

Sul tropical. É bastante encontrado em rios de águas turvas, ricos em sedimentos e sais

dissolvidos, como os rios de águas brancas da bacia Amazônica, os rios e lagoas do

Pantanal (MAGALHÃES, 2000) e reservatórios da região nordeste (ARRAES;

RAMOS-PORTO, 1994). Em geral, o M. amazonicum pode ser encontrado em

14

ambientes com diferentes gradientes de salinidade, incluindo ambientes inteiramente

dulcícolas até águas estuarinas, podendo ser dividido em duas populações principais:

costeira e continental (MAGALHÃES et al., 2005; PORTO, 2004; VERGAMINI,

2009).

Segundo Maciel e Valenti (2009) pelo fato de a espécie demonstrar diversas

variações interpopulacionais como morfologia, crescimento, reprodução,

desenvolvimento e fisiologia existe a possibilidade de especiação. Baseado em

variações morfológicas, Porto (2004) propôs que as populações costeiras e continentais

constituíam duas espécies distintas. Além disso, estudos mais recentes apontam

diferenças genéticas no DNA mitocondrial e no rRNA indicando que três grupos

monofiléticos podem ser distinguidos: (1) Amazônia oriental, (2) rios costeiros do norte

e nordeste do Brasil e (3) bacia superior do rio La Plata (Paraná-Paraguai)

(VERGAMINI, 2009). Porém, tais divergências genéticas apresentam variabilidade

intraespecífica, sendo assim, a espécie M. amazonicum ainda é considerada como uma

única espécie.

Além de possuir uma extensa distribuição, o M. amazonicum apresenta

ampla plasticidade ecológica e morfológica (VERGAMINI et al., 2011; PANTALEÃO,

2014). Diferenças quanto a morfometria, morfotipos e diferenciação morfotípica de

machos de M. amazonicum, foram observadas por Moraes-Riodades e Valenti (2004),

Silva (2005) e Silva et al. (2009), que de acordo com analises morfológicas externas,

observaram que as populações de machos adultos provenientes de viveiros de

aquicultura apresentam quatro grupos de machos que diferem entre si pela coloração e

espinação do segundo par de quelípodos e pelo padrão de crescimento. Estes diferentes

morfotipos denominam-se Translucent Claw (TC), Cinnamon Claw (CC), Green Claw 1

(GC1) e Green Claw 2 (GC2). Todos apresentam entre si diferença quanto ao tamanho,

com uma diferença marcante de TC e CC pois estes são menores em relação a GC1 e

GC2. Os autores referem-se ao morfotipo GC2 como machos dominantes e

reprodutivamente ativos, enquanto o morfotipo GC1 classifica-se como um estádio ou

forma de transição. Os diferentes morfotipos de machos são uma característica da

espécie, mas o padrão de desenvolvimento completo das estruturas morfológicas varia

em decorrência do ambiente (MACIEL; VALENTI, 2009). Papa (2007), em estudos

sobre o sistema reprodutor de M. amazonicum, mostrou que todos os morfotipos são

capazes de produzir gametas férteis, porém, a espermatogênese é menor no morfotipo

CC.

15

M. amazonicum possui uma atividade reprodutiva contínua ao longo do ano,

contudo apresenta certos períodos mais favoráveis à sua maturação (BIALETZKI et al.,

1997; ODINETZ-COLLART, 1993; SAMPAIO et al., 2007; SILVA et al. 2005). A

fecundidade absoluta é inferior quando comparada a outras espécies do gênero

Macrobrachium. Estas diferenças observadas podem ser atribuídas ao ambiente ou a

características individuais e que a fecundidade aumenta com o crescimento do animal

(SCAICO, 1992).

O ciclo de vida de M. amazonicum é semelhante ao de outas espécies do

mesmo gênero (CARVALHO, 1980; CHOW et al., 1982). A fêmea sofre uma muda

pré-cópula, então, o macho deposita o espermatóforo contendo os espermatozoides em

sua região abdominal, especificadamente no gonóporo. Após isso, a fêmea libera os

ovos que serão fertilizados na passagem pela massa espermática, dando origem aos

embriões que são transferidos e incubados nas cerdas pleopodais até o momento da

eclosão das larvas (CHAVES; MAGALHÃES, 1993; ODINETZ-COLLART). O

embrião eclode no estádio larval de zoea com natação livre que passa por cerca de 9

estágios larvais subsequentes com duração média de 20 dias, variando de acordo com os

padrões de cultivo (GUEST, 1979; MAGALHÃES, 1985). Após sucessivas

metamorfoses, os juvenis assumem um habito bentônico, escalando substratos e

superfícies verticais, comportamento característico de adultos (MORAES-RIODADES;

VALENTI, 2004). Posteriormente, em um curto período de crescimento somático, de

aproximadamente dois meses, desenvolvem-se animais adultos que atingem de 45 a 60

mm (GUEST, 1979; MORAES; RIODADES; VALENTI, 2002; SAMPAIO et al.,

2007; SILVA; SAMPAIO, 2004; SILVA et al., 2005).

2.2 APARELHO REPRODUTOR MASCULINO DE CAMARÕES/CRUSTÁCEOS

DECÁPODES

Camarões de água doce podem apresentar polimorfismo entre machos que

compõem os indivíduos sexualmente maduros de uma mesma população, deste modo,

os diferentes morfotipos podem adotar estratégias de cópula alternativas (SAGI et al.,

1988). Moraes-Riodades e Valenti (2002) em trabalho com machos de M. amazonicum

oriundos de cultivo identificaram e classificaram quatro morfotipos da espécie. Segundo

os autores, os morfotipos correspondem a castas dentro da população e foi sugerido que

os machos GC1 e GC2 sejam os dominantes e com maior atividade reprodutiva.

16

Todavia, estudos posteriores revelaram que não existe diferença na estrutura testicular

dos morfotipos GC1 e GC2 (PAPA et al., 2004), do mesmo modo, com base nos índices

gonadossomático (IGS) e hepatossomático (IHS) de M. amazonicum, também não foi

observado diferenças entre estes morfotipos (PAPA et al., 2004), sugerindo que o

morfotipo GC1 consista em um estádio de transição entre o morfotipo CC e o GC2,

considerando a existência de apenas três morfotipos, a saber, TC, CC e GC2 (PAPA et

al., 2004).

Figura 1 – Macho de Macrobrachium amazonicum.

O aparelho reprodutor dos camarões tem sido descrito em várias espécies,

sendo constituído de dois testículos que são alongados e simétricos, ductos deferentes,

canal ejaculador e estruturas anexas como glândulas androgênicas. (BELL;

LIGHTNER, 1997; KROL et al., 1992).

Carvalho (1980), em analise microscópica do aparelho reprodutor masculino

de M. acanthurus, descreve que os testículos são providos de túbulos seminíferos

enovelados, do qual evidenciam-se as células da linhagem germinativa, e estão

revestidos por uma parede de tecido conjuntivo. A estrutura do testículo, ducto

deferente e espermatóforo, foram observados no camarão M. rosenbergii por Chow et

al. (1982). Os testículos desta espécie unem-se na região anterior do animal e adquirem

a forma de V, estendem-se para a região antero-ventral do estômago ficando sobre o

hepatopâncreas e abaixo do coração. Verdi e Delgado (1998) investigaram a histologia

do aparelho reprodutor masculino do camarão M. borellii, descrevendo que os testículos

Fo

nte

: L

AC

AR

, 2

01

7

17

apresentam túbulos seminíferos enovelados em forma de espiral na região dorso lateral

do animal, cobertos por uma parede de tecido conjuntivo.

Papa et al. (2004), em trabalho de caracterização gonadal de machos de M.

amazonicum, relata que o aparelho reprodutor dessa espécie está localizado na parte

antero-ventral do estômago, sobre o hepatopâncreas e debaixo do coração. Os testículos

são simétricos, alongados, transparentes e situados na região dorsal da carapaça. De

cada lado dos testículos partem os ductos deferentes, finos, tubuliformes divididos em

três regiões: proximal, média e distal. Na região distal, região dilatada dos ductos

deferentes também chamada de ampola terminal, se localiza as glândulas androgênicas

onde situa-se o espermatóforo (PAPA, 2007; SILVA et al., 2009).

Os ductos deferentes possuem em seu interior as células espermáticas, sendo

responsável por encaminhar os espermatozoides dos testículos para os gonóporos

(KROL et al., 1992; DIAZ et al., 2002). Os ductos deferentes da lagosta verde P.

laevicauda surgem da porção mediana de cada testículo, enovelam-se e dirigem-se em

linha reta até alcançarem o quinto par de pereópodes, abrindo-se para o exterior através

do gonóporo (MOTA-ALVES; TOMÉ, 1966), o que foi semelhantemente descrito para

o camarão M. rosenbergii (CHOW et al., 1982) e para o M. amazonicum (SILVA et al.,

2009). Ao passar pelo comprimento do ducto deferente, os espermatozoides são

encapsulados e formam os espermatóforos (SAINTE-MARIE; SAINTE-MARIE, 1999).

A morfologia dos espermatóforos tem sido estudada devido à sua grande importância

filogenética e, também, devido ao desenvolvimento tecnológico para a inseminação

artificial em crustáceos (DIAZ et al., 2002; SUBRAMONIAM, 1993).

O espermatóforo é uma cápsula que contém espermatozoides e os protege

durante a transferência para a fêmea (KROL et al., 1992). O espermatóforo consiste em

uma massa de espermatozoides emparelhados e uma matriz gelatinosa, responsável pelo

empacotamento e direcionamento dos espermatozoides. Essas matrizes são secretadas

por células epiteliais na região proximal dos ductos deferentes (CHOW et al., 1982;

DIAZ et al., 2002; WANG et al., 2002). Na região distal dos ductos deferentes,

denominada ampola terminal, ocorre deposição e a organização dos componentes do

espermatóforo, assim como a finalização da maturação. As células epiteliais dessa

região secretam muco e substancias adesivas responsáveis pela adesão do espermatóforo

no receptáculo das fêmeas (DIAZ et al., 2002; WANG et al., 2002).

Os espermatozoides de M. amazonicum apresentam uma forma de “taça” ou

de “cálice”, possuem a porção apical côncava e a porção distal convexa e uma pequena

18

espícula (SILVA et al., 2009), morfologicamente semelhantes a espermatozoides de M.

rosenbergii (CHOW et al., 1982) e M. acanthurus (CARVALHO, 1980). O núcleo dos

espermatozoides apresenta um aspecto descondensado com cromatina fibrilar e a

espícula não apresenta motilidade, apresentando elementos ultruaestruturais do tipo

microfilamentos e estriações transversais (SILVA et al., 2009). Os estudos que avaliam

a relação entre o número de espermatozoides por espermatóforo têm se restringindo

principalmente às espécies de camarões marinhos, como Penaeus monodom

(PRATOOMCHAT et al., 1993), L. stylirostris (ALFARO-MONTOYA, 1993),

Pleoticus muelleri (DIAZ et al., 2002) e L. vannamei (LEUNG-TRUJILLO, 1985). Os

autores supracitados descrevem que em animais com pesos médios entre 20 e 40 g

foram observadas, respectivamente, médias de 0,8 milhões, 1,6 milhões, 4,7 milhões e

31,9 milhões de células espermáticas por unidade de espermatóforo, indicando que

diferenças entre o número de células dependem da espécie.

2.3 TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DOS ESPERMATÓFOROS DE CAMARÕES

O método de extração do espermatóforo pode ter grande influência na

qualidade espermática, um fator decisivo para o sucesso da criopreservação e

inseminação artificial, além de permitir o reaproveitamento do reprodutor e de seleção

dos mesmos por meio da contagem do número de células espermáticas, do percentual de

células vivas e da morfologia dos espermatozoides (CEBALLOS-VAZQUEZ et al.,

2003; LEUNG-TRUJILLO et al., 1985,).

Para a obtenção dos espermatóforos de carídeos, são utilizados quatro

métodos de extrusão. Uma das primeiras a serem desenvolvidas e utilizadas para

obtenção de espermatóforos, foi a técnica de dissecção do macho congelado, com a qual

Clark et al. (1973) obtiveram êxito pela primeira vez na obtenção de larvas resultantes

de fertilização "in vitro" utilizando de gametas de L. aztecus a fresco. Essa técnica

permite o uso de todo o comprimento do ducto deferente, proporcionando maior volume

de sémen para inseminação artificial (GOLDBERG, 1998).

Sandifer e Smith (1979) propuseram a técnica de eletroejaculação, utilizada

primeiramente em Macrobrachium rosenbergii, e esta tornou-se a mais difundida por

ser mais rápida e fornecer o espermatóforo na forma mais similar de como ocorre na

natureza. Ceballos-Vázquez et al. (2003) em trabalho com L. vannamei conseguiram

alto índice de fêmeas inseminadas com espermatóforos obtidos através da técnica de

19

eletroejaculação. A aplicação dos estímulos elétricos é realizada através de sucessivos

toques com eletrodos, no primeiro pleonito e em uma das coxas do quinto par de

pereópodes (AIKEN et al, 1984), com duração de até um segundo, de maneira contínua,

durante aproximadamente um minuto. Assim, a corrente elétrica se fecha através da

resistência encontrada no corpo dos camarões, induzindo a ocorrência de contrações

musculares seguida da expulsão do espermatóforo armazenado na ampola terminal

(GOLDBERG, 1998). Para M. rosenbergii, Bhaskar et al. (2004) afirmam que a

reutilização do macho para uma nova extração do espermatóforo pode ser executada em

intervalos de 24 h e Harris e Sandifer (1986) obtiveram entre 81% e 100% dos

espermatóforos por um período de 29 dias.

Chow et al. (1985) em estudos de criopreservação do espermatóforo de M.

rosenbergii, obtiveram sucesso na fertilização utilizando o espermatóforo recém

depositado no receptáculo seminal da fêmea, por meio da técnica de remoção pós-

cópula. A cópula acontece com a transferência de uma fêmea que recentemente tenha

sofrido muda pré-cópula para um aquário contendo um espécime macho. Durante a

cópula o macho deposita o espermatóforo por intermédio da matriz adesiva no

receptáculo seminal da fêmea, localizado na região abdominal entre o segundo e o

quarto par de pereópodes, tornando possível, através de um método meticuloso a

retirada do espermatóforo com o auxílio de pinças.

A técnica de eletroejaculação permite a expulsão dos espermatóforos

repetidas vezes, porém, a aplicação frequente de estímulos elétricos induz a

melanização dos tecidos reprodutivos culminando em uma diminuição na taxa de

fertilização das fêmeas com o decorrer do tempo (HARRIS; SANDIFER, 1986).

Pesquisas posteriores verificaram que a eletroejaculação compromete a regeneração do

espermatóforo, pois segundo eles, o eletrochoque poderia estar prejudicando as funções

testiculares ocasionando uma diminuição significativa no volume de ejaculado

(DOUGHERTY; DOUGHERTY, 1990; PASCUAL et al. 1998; ROSAS et al. 1993).

Assim, apenas espermatóforos não melanizados devem ser selecionados para estudos de

preservação a fim de garantir que os resultados não sejam prejudicados pela má

qualidade inicial do conteúdo espermático (FERNANDES, 2014).

Atualmente, a técnica de compressão abdominal é o método mais utilizado

devido a simplicidade e praticidade. Em machos no período de intermuda, os

espermatóforos são expelidos pela compressão da região latero-ventral posterior à

inserção do quinto par de pereópodes utilizando os dedos polegar e indicador até atingir

20

a expulsão parcial do espermatóforo, que logo em seguida é retirado completamente

com o auxílio de uma pinça sem atingir o gonóporo a fim de evitar danos ao animal

(ALFARO-MONTOYA, 1998; LIN; TING, 1986). Esse método tem a vantagem de ser

aplicado mais diretamente no ponto de extrusão do espermatóforo, porém, depende da

habilidade do operador para evitar danos ao animal e diminuir o tempo de manipulação

do organismo durante este processo. Nakayama et al. (2008) observaram maior

sobrevivência e qualidade dos espermatóforos regenerados em animais que passaram

por compressão abdominal do que em animais eletroestimulados, de modo que a

primeira técnica possibilita melhor reutilização dos machos. Amrit et al. (2006),

Lezcano et al. (2004), Nimrat et al. (2006) e Vuthiphandchai et al. (2007) obtiveram

espermatóforos de boa qualidade com esta técnica. Em contrapartida, Chamberlain et al.

(1983) em estudos com camarões marinhos, atribuiu a melanização da porção distal dos

ductos deferentes em Penaeus setiferus, P. stylirostris, e L. vannamei por danos

ocasionados pela força exercida com a técnica de compressão abdominal.

2.4 CRIOPRESERVAÇÃO E TOXICIDADE DE AGENTES CRIOPROTETORES

A criopreservação é uma técnica que envolve a congelação de tecidos,

células germinativas e embriões, tendo como princípio a redução do metabolismo

celular e, consequentemente, o prolongamento da vida útil das células permitindo a

retomada do desenvolvimento celular normal após períodos indeterminados de

armazenamento (PEGG, 2007).

A criopreservação do espermatóforo é um método valioso na restauração de

espécies em perigo de extinção, bem como uma técnica para manipulação reprodutiva e

a melhoria genética do camarão (MEMON et al., 2012). O processo de criopreservação

de esperma possui etapas importantes, como a coleta das amostras, o tipo do meio

diluidor, tipo e níveis de concentração dos agentes crioprotetores, tempos de equilíbrio,

curvas de congelação, período de preservação em nitrogênio liquido e taxa de

arrefecimento (TIERSCH; GREEN, 2011). Cada etapa dos protocolos de

criopreservação de esperma proporciona riscos relacionados com a lesão celular.

Os agentes crioprotetores tratam-se de solventes orgânicos de baixo peso

molecular, capazes de penetrar nas células e retirarem a água intracelular a uma taxa

que impede a formação de cristais de gelo que possam romper as membranas. Agem em

concomitância com os efeitos causados pelo ritmo de congelamento através da

21

diminuição da concentração osmótica do meio diluidor, tornando mais viscoso e

permitindo um congelamento relativamente mais lento ao material (HAFEZ, 1995).

Além disso, os crioprotetores também atuam prevenindo a exposição do material a altas

concentrações de eletrólitos, através da ligação aos próprios eletrólitos ou pela

substituição parcial pela água (JAIN; PAULSON, 2006; LEIBO, 2000), permitindo a

manutenção da estrutura original da célula espermática, garantindo maiores taxas de

sobrevivência (CASTRO, 2011; CHAVES et al., 2010;). Vários agentes já foram

utilizados isoladamente ou em combinação e a escolha depende da espécie em questão

(GWO, 2000).

Para garantir o sucesso da criopreservação, a composição da solução

crioprotetora, é de fundamental importância, pois a eficiência dos agentes crioprotetores

pode variar em função da estrutura (célula ou tecido) a ser criopreservada (FULLER;

PAYNTER, 2004), do tipo, concentração e tempo de exposição ao agente crioprotetor

utilizado antes do processo de criopreservação propriamente dito. Dependendo da

concentração utilizada, a metabolização celular destes agentes pode gerar subprodutos

potencialmente tóxicos para a célula. Portanto, a toxicidade dos crioprotetores é um dos

fatores limitantes para o sucesso de um protocolo de criopreservação. A alteração da

pressão osmótica celular, resultante da ação do agente crioprotetor, é um dos diversos

fatores que podem prejudicar a sobrevivência da célula (MAZZOBRE et al., 2001).

Porém, vale ressaltar que a toxicidade biológica dos agentes crioprotetores está

diretamente relacionada às suas respectivas concentrações. Assim, testes prévios de

toxicidade são capazes de estabelecer as concentrações mais eficazes para os protocolos

de criopreservação (MAZZOBRE et al., 2001).

Os crioprotetores são divididos em duas categorias, internos (intracelulares)

e externos (extracelulares) (SANTOS et al., 2008), podendo ser usados separadamente

ou associados para diferentes tipos de protocolo de criopreservação. Os crioprotetores

permeáveis protegem as organelas das células durante o resfriamento, os quais são

constituídos por moléculas com baixo peso molecular, que permitem atravessar as

membranas celulares com relativa facilidade, diminuindo a pressão osmótica através da

substituição de água dentro da célula (YANG et al., 2013), sendo os mais empregados:

dimetilsulfóxido (DMSO), glicerol (GLI), propanodiol (PROP), etilenoglicol (EG) e

propilenoglicol (PROG) (GONÇALVES et al., 2008).

Para camarões peneídeos, diversos crioprotetores já foram testados. Em

2005, Vuthiphandchai et al. testaram acetamida, DMSO, etanol (ET), EG, formamida,

22

GLI, metanol, PROG e sacarose como crioprotetores para embriões de P. monodon,

descrevendo acetamida, DMSO, GLI e sacarose como menos tóxicos. Bart et al. (2006)

utilizaram DMSO, EG e metanol para crioconservar espermatóforos da mesma espécie

por até 48 horas e verificaram que o DMSO foi o mais efetivo contra os efeitos do

resfriamento. Lezcano et al. (2004) pesquisaram o efeito dos crioprotetores DMSO,

metanol, glicerol e EG em espermatozoides de L. vannamei e constataram maiores

índices de sobrevivência para glicerol. Espermatozoides de P. indicus foram

criopreservados com sucesso utilizando uma combinação de DMSO e trealose por 60

dias (DIWAN; JOSEPH, 1998). Destacam-se também os trabalhos com L. vannamei

(NIMRAT et al., 2006), L. schmitti (CASTELO-BRANCO, 2010; FERNANDES et al.,

2014) e P. monodon (NIMRAT et al., 2006; VUTHIPHANDCHAI et al., 2007).

Trabalhos envolvendo a criopreservação em camarões palemonídeos ainda

são escassos, porém, alguns estudos foram realizados utilizando crioprotetores como

glicerol e EG em espermatóforos de M. rosenbergii, indicando o EG como crioprotetor

mais adequado (DAMRONGPHOL; AKARASANON; 2008). Ao aferir a toxicidade

dos agentes álcool metílico, DMSO e EG em embriões de M. amazonicum, Ferreira et

al. (2015) verificaram que o álcool metílico foi menos tóxico em relação aos demais

crioprotetores. Em estudo mais recente, Valentina-Claudet et al. (2016) avaliaram os

efeitos de DMSO, propilenoglicol, metanol, glicerol e etilenoglicol na criopreservação

de espermatóforos de M. rosembergii, verificando que o uso de baixas concentrações de

DMSO constitui-se em um protocolo favorável para tal fim.

Assim como as substâncias crioprotetoras são importantes na preservação

criogênica, o uso de diluidores é fundamental para manter o equilíbrio osmótico do

material e facilitar o contato célula-crioprotetor (MORAES, 2004). O agente

crioprotetor deve ser diluído à concentração desejada antes de ser adicionado à

suspensão de células. Os diluentes, são soluções de sais ou de carboidratos as quais

ajudam a manter as células viáveis durante o processo de congelamento, assegurando a

exposição mais uniforme para o agente crioprotetor quando ele é adicionado a

suspensão de células, reduzindo seus efeitos tóxicos. Têm por principais características

a isotonia, a estabilidade e a esterilidade (LEGENDRE et al., 1996).

Em animais aquáticos, a maioria das moléculas crioprotetores podem ser

diluídas em água do mar (GWO; LIN, 1998; LIU; LI, 2008; PAREDES et al., 2015;

TSAI; LIN, 2009) ou em água doce (FERREIRA et al., 2015), ou frequentemente em

23

meios diluidores com composições que podem variar de acordo com a espécie

(MORALES-UENO et al., 2013).

2.5 AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE ESPERMÁTICA DE CAMARÕES

Geralmente a viabilidade espermática pode ser avaliada a partir da

motilidade dos espermatozoides (MATOS et al., 2008; VERSTEGEN et al., 2002).

Porém, este método de avaliação não se aplica em espermatozoides de crustáceos

decápodes devido à ausência de flagelos (CLARK et al. 1981), impossibilitando a

avaliação por meio dos batimentos flagelares. Diante das demandas crescentes por

gametas de alta qualidade emergiu a necessidade de pesquisas capazes de aperfeiçoar a

avaliação das células espermáticas (LUBZENS et al., 1997). Com isso, as técnicas de

criopreservação de células espermáticas de crustáceos são avaliadas por testes de

inseminação ou por técnicas de coloração ou microscopia de fluorescência para a

realização da contagem espermática (BAUER, 1991; GOLDBERG, 1998; WANG et

al., 1995).

Assim, diferentes técnicas são empregadas para avaliar a viabilidade

espermática. A “técnica de exclusão”, com a utilização do corante eosina-nigrosina para

determinar a vitalidade dos espermatozoides através de microscopia é realizada por

meio de esfregaço em lâmina de uma gota da amostra se esperma com uma gota de

eosina (0,5%) e duas gotas de nigrosina (10%). Espermatozoides inviáveis, apresentam

lesões na membrana celular que permitem a penetração do corante supravital eosina

corando o interior do núcleo em vermelho, a nigrosina atua como fundo facilitando a

análise (JEYALECTUMIE; SUBRAMONIAM; 1989; NIMRAT et al., 2008;

VUTHIPHANDCHAI et al., 2005,). Outra técnica de análise de viabilidade é a de

exclusão com o corante azul de trypan, que cora os espermatozoides inviáveis, com

membrana lesada em azul, enquanto os viáveis não se impregnam (AKARASANON et

al., 2004; BHAVANISHANKAR; SUBRAMONIAM; 1997; LEUNG-TRUJILLO;

LAWRENCE, 1987; ROSAS et al., 1993; PASCUAL et al., 1998).

Outra alternativa já testada em camarões é a verificação da reação

acrossômica do espermatozoide por intermédio de microscopia de contraste de fase. A

reação acrossômica é induzida através de uma solução derivada de ovos de fêmeas

sexualmente maduras chamada de “egg water” (GRIFFIN et al, 1987). Os

espermatozoides são submetidos em alíquotas de “egg water” durante 1 hora, assim,

24

induzindo a segunda fase da capacitação espermática, sem contato com a fêmea

(ANCHORDOGUY et al., 1988), caracterizada pelo início das duas primeiras fases da

reação acrossômica, no qual ocorre a retração do espinho do espermatozoide e a

exocitose da vesícula acrossomal respectivamente (CHAVES, 2010).

A técnica de coloração dupla com os fluorocromos iodeto de propídeo (PI) e

SYBR-14 é frequentemente utilizada para avaliar a qualidade do esperma em mamíferos

e tem sido usado cada vez mais frequentemente em espermatozoides de peixes e

mariscos. Espermatozoides viáveis com membranas íntegras fluoresce em verde,

enquanto células danificadas fluorescem em vermelho (CABRITA et al. 2009;

LEZCANO et al. 2004; PANIAGUA-CHÁVEZ, 2006).

Atualmente a técnica mais moderna de avaliação espermática de camarões é

o método de citometria de fluxo, já utilizado em organismos aquáticos para avaliar as

características e integridade da membrana de células espermáticas após a

criopreservação (ADAMS et al. 2003; CABRITA et al. 2005; LEZCANO et al. 2004;

PANIAGUA-CHÁVEZ, 2006). A técnica de citometria de fluxo consiste na coloração

especifica de moléculas por uma substância fluorescente, como o PI, capaz de penetrar

células com lesões na membrana celular, resultando na emissão de fluorescência,

enquanto células viáveis não sofrem marcação (ADAMS et al. 2003).

25

3 JUSTIFICATIVA

A carcinicultura de água doce no Brasil é embasada na espécie M. rosenbergii,

mas, por ser espécie exótica, existem preocupações com problemas inerentes aos

impactos de sua liberação em ambientes naturais e em relação a possíveis problemas

com esses animais, o que causaria um colapso em seu cultivo. Uma alternativa de

espécie para essa atividade é o M. amazonicum, vastamente distribuída nas bacias da

América do Sul, amplamente utilizada na pesca artesanal no Norte e Nordeste do país e

com grande potencial para a aquicultura. Por esse motivo, torna-se importante a criação

de alternativas para conservação das populações naturais desse camarão e a manutenção

destes animais para produção comercial.

Nesse contexto, o processo de resfriamento e criopreservação de

espermatozoides representa uma alternativa viável para preservação de germoplasmas

paternos, bem como para sua reprodução em escala comercial. Na aquicultura, uma das

maiores dificuldades é a dependência da sazonalidade, pois cada espécie responde de

forma diferente a este fator. Assim, a técnica de criopreservação torna-se uma

ferramenta que está diretamente ligada à independência dos períodos reprodutivos

naturais e à conservação das populações naturais. Dessa forma, torna-se importante o

estudo da toxicidade dos agentes crioprotetores utilizados nos protocolos de

criopreservação que possibilitem a manipulação reprodutiva e a melhoria genética do

camarão da Amazônia.

Ademais, para que a criopreservação seja efetiva faz-se necessário conhecer e

entender a interação dos agentes crioprotetores com os espermatozoides de M.

amazonicum uma vez que não existem estudos dessa natureza para esta espécie.

26

4 HIPÓTESE CIENTÍFICA

Espermatozoides de M. amazonicum, não sofrem danos durante a exposição,

por até 30 minutos aos crioprotetores dimetilsulfóxido, etilenoglicol e glicerol

27

5 OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a toxicidade de diferentes agentes crioprotetores internos sobre a

sobrevivência das células espermáticas de M. amazonicum.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) testar a toxicidade dos agentes crioprotetores DMSO, EG e glicerol e nas

concentrações de 5, 10, 15% por até 30 minutos em células espermáticas de M.

amazonicum;

b) definir as concentrações menos letais dos agentes crioprotetores avaliados.

28

6 CAPÍTULO I

Toxicity of cryoprotectants agents in spermatic cells of Macrobrachium

amazonicum (Heller, 1862) (Decapoda, Palaemonidae).

Toxicidade de agentes crioprotetores em células espermáticas de Macrobrachium

amazonicum (Heller, 1862) (Decapoda, Palaemonidae).

Moisés Fernandes Martins, Arthur Vinícius Lourenço Ferreira, Elias José Teles Castro,

Jéssica Vieira Freire, Yago Brito de Pontes, Francisca Amanda da Silva Martins e Celia

Maria de Souza Sampaio.

Periódico: Ciência Rural Submetido em: 06/11/2017

29

Toxicity of cryoprotectants agents in spermatic cells of Macrobrachium

amazonicum (Decapoda, Palaemonidae)

Toxicidade de agentes crioprotetores em células espermáticas de Macrobrachium

amazonicum (Decapoda, Palaemonidae)

Moisés Fernandes Martins1 Arthur Vinícius Lourenço Ferreira

1 Elias José Teles Castro

1

Jéssica Vieira Freire1 Yago Brito de Pontes

2 Francisca Amanda da Silva Martins

2 Celia

Maria de Souza Sampaio3

RESUMO

Para o presente experimento, 150 espermatóforos foram coletados de 30

machos de M. amazonicum, usando uma adaptação da técnica de leve compressão

abdominal. A massa espermática foi extrusada de 10 espermatóforos formando pools e

submetidos em dimetilsulfoxido, etilenoglicol e glicerol nas concentrações de 5, 10 e

15% v/v. O percentual de espermatozoides vivos foi determinado por um teste

modificado de coloração com eosina-nigrosina contadas em microscópio óptico (40x).

De acordo com o teste de toxicidade, o glicerol foi o menos tóxico entre os

crioprotetores testados em comparação com o controle (P < 0,05) com 47,5 ± 2,2 de

espermatozoides vivos. Os testes de toxicidade de dimetilsulfoxido não revelaram

diferença estatisticamente significativa (P < 0,05) nas concentrações de 5, 10 e 15%.

Para testes com etilenoglicol, a concentração de 15% resultou em 100% de mortalidade

nas células espermáticas testadas. Este estudo sugere que o esperma de M. amazonicum

pode ser criopreservado utilizando glicerol 5% como agente crioprotetor.

Palavras-chave: Camarão da amazônia. Espermatóforo. Criopreservação.

30

ABSTRACT

For the present experiment, 150 spermatophores were taken from 30 M. amazonicum

males, collected using an adapting technique of gentle abdominal compression. The

sperm mass was extruded from 10 spermatophores forming pools and submitted to

dimethylsulfoxide, ethylene glycol and glycerol at concentrations of 5, 10 and 15% v /

v. The survival of the sperm was determined by staining with eosin-nigrosin modified

and sperm cells were counted in the optical microscope (40x). According cryoprotectant

toxicity assay, glycerol was less toxic among the tested cryoprotectants compared to

control (P < 0.05) with 47.5 ± 2.2 of live sperm. Dimethyl sulfoxide toxicity tests

revealed no statistically significant difference (P < 0.05) between 5, 10 and 15%

concentrations. For tests with EG, the concentration of 15% resulted in 100% mortality

to tested sperm. This study suggests that sperm from M. amazonicum can be

cryopreserved using GLY 5% as a cryoprotective agent.

Keywords: Amazon River prawn, Spermatophore, Cryopreservation.

INTRODUCTION

Cryopreservation has various important applications in biotechnology and

reprodutive biology such as the development of selective breeding, restoration of

species in danger of extinction and conservation stocks (MEMON et al., 2012). The

efficiency of cryopreservation techniques for male gametes is based on avoiding the

exposure of sperm to the effects of heat shock. For this, the conservative solution must

have cryoprotective elements and well-controlled freezing and thawing rhythms

31

(UBERTI, 2014). Cryoprotectants allow a reduction of the solidification point of the

solutions during freezing but are minimally toxic and penetrate cell membranes easily

(LEUNG & JAMIESON, 1991; FULLER et al., 2004). The biological toxicity of the

cryoprotectants is directly related to their respective concentrations, becoming one of

the limiting factors for the success of a conservation protocol (MAZZOBRE et al.,

2001). Therefore, it is important to determine cryoprotective efficiency and the toxicity

tolerance of the cell types that are to be cryopreserved (CHAO & LIAO, 2001).

In a study with Litopenaeus schmitti, FERNANDES et al. (2014) analyzed

the effects of cryopreservation of sperm mass and spermatophores for toxicity, relative

ability to protect against injuries caused by the freezing process, and cooling protocols

using GLY and DMSO as cryoprotectants. Subsequently, VALENTINA-CLAUDET et

al. (2016) evaluated the toxicity, viability and fertility potential of cryopreserved sperm

(spermatophores) of M. rosenbergii suspended in DMSO, propylene glycol, methanol,

GLY and ethylene glycol (EG) agents. Decapod crustacean sperm are non-motile

(CLARK, KLEEVE; YUDIN, 1981). Their survival can be determined by eosin-

nigrosin (JEYALECTUMIE & SUBRAMONIAM, 1989) or trypan blue

(BHAVANISHANKAR & SUBRAMONIAM, 1997) staining. Live sperm exclude the

stain while dead sperm incorporate the stain.

Macrobrachium amazonicum is a species native to the Amazon basin, and

is notable for offering great potential for aquaculture (KUTTY et al., 2000; NEW, 2005;

ROUTLEDGE et al., 2006), as well as being the main freshwater prawn commercially

exploited in the states of Pará and Amapá by artisanal fishing, where it presents a

significant commercialization (LUCENA-FRÉDOU et al., 2010). It has a wide

geographic distribution, occurring from Venezuela to the state of Paraná (Brazil) and

almost all of the Brazilian territory (HOLTHUIS, 1952; BIALETZKI et al., 1997) in

32

contrast to what happens in the production of exotic species, does not present risks to

nature by the escape of aquaculture ponds (MORAES-RIODADES & VALENTI,

2004).

In this context, the process of cryopreservation of sperms represents a viable

alternative for the preservation of paternal germplasms. In aquaculture, one of the

greatest difficulties is the dependence of seasonality, since each species responds

differently to this factor. Thus, cryopreservation becomes a tool that allows the

independence of natural reproductive periods and the conservation of natural

populations. This in turn makes the toxicological investigation of cryoprotectants used

in the process relevant (SANSONE et al., 2005; MACIEL & VALENTI, 2009).

Hence, this study aims to test the toxicity of the following cryoprotectants

on sperm mass of M. amazonicum: GLY, DMSO and EG.

MATERIALS AND METHODS

Prawns used in this study were collected in the Sapiranga Lake, located in

Fortaleza, Ceará (03°47′54.79′′S, 038°27′28.73′′W), from July to December 2016.

Prawns were transported to the Laboratory of Prawn Farming of State University of

Ceará in Fortaleza, Brazil. In the laboratory, adult males in the inter-molt period

presenting all thoracic and abdominal appendages were separated and then placed in

formaldehyde solution at 25 ppm for 30 minutes for disinfection in a 10 L tank with

constant aeration.

After disinfection, the prawns were duly acclimatized in a maturation tank

(5.000 L) for a period of seven days at a density of 15 m3 animals. In this tank a mean

water temperature of 30 °C (± 0.6), constant aeration, feeding twice a day with

commercial feed (40% CP) and with 12 h photoperiod of luminosity was maintained.

33

Prawns were weighed to the nearest 0.1 g body weight and measured to the nearest 0.1

cm total body length (base of eyestalk to tip of telson) and carapace length (base of

eyestalk to posterior margin of the carapace). Average weight, total length and carapace

length of males (N= 30) was 4.8 ± 1.0 g, 6.1 ± 0.5 cm and 19 ± 2.4 cm respectively.

At random, 30 prawns were stored in groups of 10 animals in 3 aquariums

with 60 L capacity, with closed water circulation system and 12-hour photoperiod of

luminosity. Every 5 days a different group was used to collect spermatophores, allowing

a period of 15 days for spermatophore renewal. Average water temperature, pH,

ammonia and nitrite levels of aquariums were 30.4 ± 0.7 °C, 7.1 ± 0.4, 0.05 ± 0.1 and 0

respectively.

Completely developed spermatophores were removed by adapting the

technique of gentle abdominal compression by the use of non-serrated cushing forceps

(ARCE et al.,1999; NIMRAT et al., 2006). When the white spermatophores partially

protruded from the ampoules, they were removed by forceps using an aseptic technique.

Average wet weight of spermatophores was around 0.0018 ± 0.0003 g. Only

nonmelanized spermatophores were selected for preservation studies (DOUGHERTY &

DOUGHERTY, 1990).

Cryoprotectants such as dimethyl sulphoxide (DMSO), glycerol (GLY) and

ethylene glycol (EG) (Sigma-Aldrich, Duque de Caxias, RJ, Brasil) were used at three

different concentrations (5, 10 and 15% v/v) using sterile Calcium Free saline (Ca-F

saline) as extender medium. Each spermatophore was then weighed and transferred with

sterile forceps into 1.5 mL eppendorf tubes containing the extender at ambient

temperature (27 °C). Spermatophores were extruded with the aid of a scalpel in the

diluent forming a spermatic solution, in which 100 μml of spermatic solution was

immersed in 100 μl of cryoprotectant solution within a 1.5 ml sterile eppendorf tube.

34

The apparent live of sperm was assessed after 30 min of exposure at room temperature

(27 ºC) and samples of sperm was subjected to vital stains.

The evaluation of the apparent percentage of live and dead spermatozoa was

determined by staining with eosin-nigrosin modified in which 25 μL of 0.5% eosin and

25 μL of 10% nigrosin were added in 50 μL of sperm solution (JEYALECTUMIE &

SUBRAMONIAM, 1989). Sperm were counted in the optical microscope with the aid

of a hemacytometer (Neubauer chamber), according to the method proposed by

LEUNG-TRUJILLO & LAWRENCE (1987). The percentage of live sperm was

calculated in duplicates from counting 100 sperm cells under 40x magnification.

Results are shown as means ± standard error of the mean (SEM). Percentage

data for sperm live counts were analyzed after arcsine transformation; however,

untransformed values are presented for clarity. To investigate the occurrence of

significant differences between the results, an analysis of variance (ANOVA) was

performed, followed, where appropriate, by Tukey’s HSD test for comparison between

treatments, and Dunnett's test for comparison between control and treatments, both with

a significance level of 5%. All data were analyzed using the Graphpad Prism 7 software

package.

RESULTS

The percentage of live spermatozoa was 56.4 ± 3.2. For the DMSO toxicity

test, researchers observed that concentrations of 5, 10 and 15% showed no statistically

significant difference (P < 0.05) between them (Figure 2), but all differed from the

control (P < 0.05) (Figure 1). Sperm mass exposed to a minimum concentration (5%) of

GLY showed a better percentage of live spermatozoa compared to control (Figure 1), in

addition, concentrations of 5 and 10% showed no significant difference (P < 0.05)

35

(Figure 2). In the EG treatment the concentration that reached the highest survival value

was 5% with 10 ± 1.3. In addition, this treatment had 0 survivals at the highest

concentration (15%) and all concentrations showed statistical difference when

compared to the control (P < 0.05) (Table 1).

Sperm cap became markedly swollen, may be due to the swelling of the

acrosome. The structures within the cap region were apparently flocculated in most non-

viable sperm. Most sperm appeared an expansion of the base plate and spike elongation

(Figure 3).

DISCUSSION

Macroscopic assessments performed during sperm counts are used to

evaluate the reproductive potential in penaeid prawns (WANG et al., 1995). Although

fertilization is absolute proof that spermatozoa have a viability quality this method is

impractical considering that the maturation of females in captivity is difficult for M.

amazonicum species.

The present results showed the influence of subjecting the sperm mass

directly in contact with the cryoprotectant due to the low survival rate observed in the

control treatment. The survival rate of sperm submitted only to Ca-F diluent (control)

was lower when compared to studies using complete spermatophores submitted to Ca-F

with the same time of equilibrium as VUTHIPHANDCHAI et al. (2007) with

spermatophores of P. monodon and MEMON et al. (2012) with spermatophores of P.

merguiensis, with 85.0 ± 2.2 and 84.8 ± 0.8 sperm viability, respectively. A similar

result was observed in the study by FERNANDES et al. (2014) that verified the

viability of the sperm mass of L. schmitti, however in this case the sperm were

submitted to cryopreservation of -32 ºC and -120 ºC with 43.57 ± 15.74 and 1.99 ± 3.48,

36

respectively. SALAZAR et al. (2008) reported that the spermatophore wall may serve as

a barrier, interfering with no effect of the cryoprotectant on a cell. Thus, these studies

corroborate with the results obtained in the present study, since less sperm survival was

observed using sperm mass compared with studies using spermatophore. It is also taken

into account that the spermatophore adhesive material that covers the sperm of the

sperm mass can contribute to the protection against the toxic damages of the

cryoprotectants and to the change of osmolarity in them (FERNANDES et al., 2014).

Equilibration time for 30 min is enough to allow penetration of

cryoprotectants into the sperm, as the enhanced period of equilibration is a prerequisite

for cryopreservation of a large biological system (VUTHIPHANDCHAI et al., 2007).

CHOW et al. (1985) reported that prolonged contact of sperm with the cryoprotective

agent could cause a negative effect, multiplying its toxicity, since after 60 minutes of

equilibration time the viability decreased significantly. VALENTINA-CLAUDET et al.

(2016) reported lower sperm survival of M. rosebergii after exposure time of 60 min in

comparison to those exposed to 30 min using the cryoprotectants DMSO, propylene

glycol and DMSO + propylene glycol in the 10% concentration. VUTHIPHANDCHAI

et al. (2007) in their study the P. monodon sperm viability was 0% in DMSO, EG,

propylene glycol, formamide and methanol in 60 min exposure time in the 15%

concentration for all cryoprotectants.

DMSO has been used as a universal cryoprotectant for over four decades

this was found by LOVELOCK & BISHOP, (1959). In this study, the cryoprotectant

toxicity tests results showed no significant difference in the percentage of live

spermatozoa submitted to DMSO at 5, 10 and 15% concentrations in equilibration time

of 30 min (Figure 3), with results between 16.5 ± 2.7 and 19.2 ± 2.0. Differently from

what was observed by BARTH et al. (2006) while working with giant tiger shrimp, P.

37

monodon, used DMSO in 5 and 10% as cryoprotectant. The results showed that 5%

DMSO provided better results when sperm survival reached 79.7%. An increase in

DMSO concentration to 10% resulted in a reduction in sperm survival. It should be

emphasized that the above-mentioned test used complete spermatophores are not

cellular suspensors as not present study. ANCHORDOGUY et al. (1988) studied the

acute toxicity of different cryoprotectants in thawed sperm cells of Sicyonia ingentis,

described DMSO (5%) as the best cryoprotectant in relation to the other concentrations

and the other cryoprotectants used (GLY, sucrose, proline and trehalose). This result

differs from the present study with M. amazonicum, due to the absence of differences

between the concentrations used for DMSO for sperm mass and lower percentage of

live spermatozoa when compared to GLY (5%). However, it corroborates with GWO

(2000) in which it affirms that the choice of the cryoprotectant depends on the species

of crustacean.

RALL (1987) quoted an evidence to suggest that, cells exposed to GLY

resulted in a specific chemical toxic effect. Prior to its evidence, GLY was already

known to protect cells from the deleterious effects of freezing and thawing (SMITH &

POLGE, 1950). The present study showed that sperm submitted in GLY in the

concentrations of 5 and 10% resulted in higher survival percentages, with 47,5 ± 2,2 and

44,1 ± 1,9 respectively. Studies have reported the effectiveness of GLY for

cryopreservation of spermatophores of freshwater prawn M. rosenbergii (CHOW et al.,

1985; AKARASANON et al., 2004) and horseshoe crab L. polyphemus (BEHLMER et

al., 1984). FERREIRA et al. (2015) mentions research that attempts to create a protocol

for cryopreservation of long-term spermatophores for M. rosenbergii, which use EG

and GLY as cryoprotectants. Although PARKS & GRAHAM (1992) have suggested

that glycerol interferes at the hydrophilic end of the phospholipids of cell membranes,

38

leading to their damage, this information is not in agreement with the results found in

the present study, where glycerol proved to be the best cryoprotectant agent for sperm

when compared to DMSO and EG. VALENTINA-CLAUTED et al. (2016) described

DMSO and propylene glycol as least toxic cryoprotectants on sperm viability in M.

rosenbergii, whereas GLY and EG exhibited moderate toxicity. In their study GLY

concentrations of 10% or less seem to cause no permanent harmful effects when the

spermatophore is subjected to this cryoprotectant, while 20% concentration caused

mortality. These findings corroborate in part with the results obtained in this study,

because the cryoprotective agent GLY at 10% concentration did not have significant

difference of the concentration of 5% high percentage of live spermatozoa.

The lower rates of live sperm found for EG at all concentrations may be

associated with several factors. According to AYE et al. (2010), DMSO and its

metabolites have low toxic potential and compared with EG did it did not induce

chromosomal abnormalities, even at high concentrations. Depending on the amount of

metabolized EG, formed glycolic acid exceeds the natural buffering capacity of the cell,

reducing pH and causing cellular acidosis (CARNEY, 1999). For M. amazonicum

embryos, acute cryoprotectant toxicity increased as the EG concentration increased (0.1-

10%) resulting in death of the embryos at concentrations of 3, 5 and 10% (FERREIRA

et al., 2015). In contrast, AKARASANON et al. (2004) emphasize the use of 20% EG

for the long-term cryopreservation of spermatophores of M. rosenbergii. However, the

use of EG as a cryoprotectant agent becomes effective for methods using the full

spermatophore because the membrane surrounding the spermatophore acts to protect the

sperm cells from the toxic effects of EG, while suspension, the cells were more exposed

to toxic metabolites, such as glycolic acid and oxalate (CORLEY et al., 2005).

39

Cryoprotective agents are essential for the cryopreservation of almost all

biological systems. However, in view of the biological and physicochemical effects of

cryoprotectants, the toxicity of these agents is a key factor for cryobiology. The same

was observed in the present study, since some agents in certain concentrations were

toxic to the sperm cell. Differences in sensitivity of invertebrate species to

cryoprotectants among these studies may reflect differences in species tolerance to

cryoprotectants (VUTHIPHANDCHAI et al., 2007). These observations are important

for the continuity of efforts in relation to cryopreservation, since by means of this

biotechnology the preservation of both spermatophore and sperm mass could benefit not

only the conservation of male genetic stocks but also the applications in technological

advances, such as genetic manipulation, which would benefit both species preservation

and aquaculture.

CONCLUSION

In conclusion, GLY can be used in the cryopreservation of sperm mass of

M. amazonicum. For cryopreservation of sperm, the use of 5% glycerol is suggested.

Taking into consideration the experimental character of the study, no works in this area

have tested the toxic effects of cryoprotective agents on sperm from M. amazonicum.

Thus, the protocols must be better investigated and described, mainly, so that they could

be reapplied to avoid the randomness of results. It could be said that this study was a

relevant step in the creation of future sperm cryopreservation protocols of M.

amazonicum.

40

ACKNOWLEDGEMENTS

We would like to thank Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES) for their financial support.

CONFLICT OF INTEREST

The authors declare there are no conflicts of interest.

REFERENCES

AKARASANON, K. et al. Long‐term cryopreservation of spermatophore of the giant

freshwater prawn, Macrobrachium rosenbergii (de Man). Aquaculture Research,

v.35, n.15, p.1415-1420, 2004. Available from: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/

10.1111/j.1365-2109.2004.01163.x/full>. Accessed: Oct. 18, 2017. doi: 10.1111/j.1365-

2109.2004.01163.x.

ANCHORDOGUY, T. et al. Cryopreservation of sperm from the marine shrimp

Sicyonia ingentis. Cryobiology, v.25, n.3, p.238-243, 1988. Available from: <http://

www.sciencedirect.com/science/article/pii/0011224088900314>. Accessed: Oct. 17,

2017. doi: 10.1016/0011-2240(88)90031-4.

ARCE, S. M. et al. Artificial insemination and spawning of Pacific white shrimp,

Litopenaeus vannamei: implications for a selective breeding program. Spawning and

Maturation of Aquatic Species. Proceedings of the Twenty-Eighth US-Japan Natural

Resources Aquaculture Panel. UJNR Technical Report, v.28, p.5-8, 2000.

41

AYE, M. et al. Assessment of the genotoxicity of three cryoprotectants used for human

oocyte vitrification: dimethyl sulfoxide, ethylene glycol and propylene glycol. Food

and chemical toxicology, v.48, n.7, p.1905-1912, 2010. Available from: <http://

www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278691510002462>. Accessed: Oct. 16,

2017. doi: 10.1016/j.fct.2010.04.032.

FERNANDES, A. B. et al. Criopreservação do espermatóforo e da massa espermática

do camarão branco Litopenaeus schmitti post-mortem. Boletim do Instituto de Pesca,

v.40, n.1, p.49-60, 2016. Available from: <http://revistas.bvs-vet.org.br/bolinstpesca

/article/view/34533>. Accessed: Oct. 18, 2017.

BART, A. N. et al. Spermatophore cryopreservation and artificial insemination of black

tiger shrimp, Penaeus monodon (Fabricius). Aquaculture research, v.37, n.5, p.523-

528, 2006. Available from: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2109.

2006.01460.x/full>. Accessed: Oct. 18, 2017. doi: 10.1111/j.1365-2109.2006.01460.x.

BEHLMER, S. D. & BROWN, G. Viability of cryopreserved spermatozoa of the

horseshoe crab, Limulus polyphemus. International journal of invertebrate

reproduction and development, v.7, n.3, p.193-199, 1984. Available from: <http://

www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/01688170.1984.10510089>. Accessed: Oct. 16,

2017. doi: 10.1080/01688170.1984.10510089.

BHAVANISHANKAR, S. & SUBRAMONIAM, T. Cryopreservation of spermatozoa

of the edible mud crab Scylla serrata (Forskal). Journal of Experimental Zoology

Part A: Ecological Genetics and Physiology, v.277, n.4, p.326-336, 1997. Available

42

from: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/(SICI)1097-

010X(19970301)277:4%3C 326::AID-JEZ6%3E3.0.CO;2-R/full>. Accessed: Oct. 18,

2017. doi: 10.1002/(SICI) 1097-010X(19970301)277:4<326::AID-JEZ6>3.0.CO;2-R.

BIALETZKI, A. et al. Occurrence of Macrobrachium amazonicum (Heller)(Decapoda,

Palaemonidae) in Leopoldo's inlet (Ressaco do Leopoldo), upper Paraná River, Porto

Rico, Paraná, Brazil. Revista brasileira de Zoologia, v.14, n.2, p.379-390, 1997.

Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-81751997000200011

&script=sci_arttext&tlng=pt>. Accessed: Oct. 18, 2017. doi: 10.1590/S0101-

81751997000200011.

CARNEY, E. W. et al. Ethylene glycol developmental toxicity: unraveling the roles of

glycolic acid and metabolic acidosis. Toxicological sciences: an official journal of the

Society of Toxicology, v.50, n.1, p.117-126, 1999. Available from: <https://

academic.oup.com/toxsci/article-abstract/50/1/117/2261271>. Accessed: Oct. 17, 2017.

doi: doi.org/10.1093/toxsci/50.1.117.

CHAO, N. & LIAO, I. C. Cryopreservation of finfish and shellfish gametes and

embryos. Aquaculture, v.197, n.1, p.161-189, 2001. Available from: <http://

www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0044848601005865>. Accessed: Oct. 18,

2017. doi: doi.org/10.1016/S0044-8486(01)00586-5.

CHOW, S. et al. Cryopreservation of spermatophore of the fresh water shrimp,

Macrobrachium rosenbergii. The Biological Bulletin, v.168, n.3, p.471-475, 1985.

43

Available from: <http://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.2307/1541526>.

Accessed: Oct. 16, 2017. doi: doi.org/10.2307/1541526.

CLARK, W. H. et al. An acrosome reaction in natantian sperm. Journal of

Experimental Zoology Part A: Ecological Genetics and Physiology, v.218, n.2,

p.279-291, 1981. Available from: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/

10.1002/jez.1402180220/full>. Accessed: Oct. 17, 2017. doi: 10.1002/jez.1402180220.

CORLEY, R. A. et al. Development of a physiologically based pharmacokinetic model

for ethylene glycol and its metabolite, glycolic acid, in rats and humans. Toxicological

Sciences, v.85, n.1, p.476-490, 2005. Available from: <https://academic.oup.com

/toxsci/article-abstract/85/1/476/1674415>. Accessed: Oct. 17, 2017. doi: doi.org/

10.1093/toxsci/kfi119. doi: doi.org/10.1093/toxsci/kfi119.

DOUGHERTY, W. J. & DOUGHERTY, M. M. Ultrastructure observations on

melanized sperm in developing and fully formed spermatophores of male shrimp,

Penaeus vannamei. In: JENKINS, J.O., CHENG, T.C. Eds., Pathology in Marine

Science, London: Academic Press, Inc. 1990. p.387–394.

FERREIRA, A. V. L. et al. Toxicity of cryoprotectants agents in freshwater prawn

embryos of Macrobrachium amazonicum. Zygote, v.23, n.6, p.813-820, 2015.

Available from: <https://www.cambridge.org/core/journals/zygote/article/toxicity-of-

cryoprotectants-agents-in-freshwater-prawn-embryos-of-macrobrachium-

amazonicum/21BEFE65BB49F0D7C0DA74DA5B0F99AC>. Accessed: Oct. 16, 2017.

doi: 10.1017/S0967199414000458.

44

FULLER, B. J. Cryoprotectants: the essential antifreezes to protect life in the frozen

state. CryoLetters, v.25, n.6, p.375-388, 2004. Available from: <http://

www.ingentaconnect.com/content/cryo/cryo/2004/00000025/00000006/art00001>.

Accessed: Oct. 18, 2017. doi: 2004/00000025/00000006/art00001.

GWO, J. C. Cryopreservation of aquatic invertebrate semen: a review. Aquaculture

Research, v.31, n.3, p.259-271, 2000. Available from: <http://onlinelibrary.wiley.com/

doi/10.1046/j.1365-2109.2000.00462.x/full>. Accessed: Oct. 15, 2017. doi: 10.1046/

j.1365-2109.2000.00462.x.

HOLTHUIS, L.B. A general revision of the Palaemonidae (Crustacea, Decapoda,

Natantia) of the Américas, II: The Subfamily Palaemoninae. Allan Hancock

Foundation Occasional Papers, v.12, p.1-396, 1952. Available from: <http://

repositories.tdl.org/tamug-ir/handle/1969.3/20038>. Accessed: Oct. 15, 2017. doi:

1969.3/20038.

JEYALECTUMIE, C. & SUBRAMONIAM, T. Cryopreservation of spermatophores

and seminal plasma of the edible crab Scylla serrata. The Biological Bulletin, v.177,

n.2, p.247-253, 1989. Available from: < http://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/

10.2307/1541940>. Accessed: Oct. 15, 2017. doi: 10.2307/1541940.

KUTTY, M. N. et al. Culture of other prawn species. Freshwater prawn culture: the

farming of Macrobrachium rosenbergii, In: NEW M. B. & VALENTI W. C. (eds.),

Freshwater Prawn Culture. Oxford: Blackwell, p.393-410, 2000.

45

LEUNG, L. K. & JAMIESON, B. G. M. Live preservation of fish gametes, In:

JAMIESON, B. G. M. (ed.), Fish evolution and systematics: evidence from

spermatozoa. Cambridge: Cambridge University Press, p.245-269, 1991.

LEUNG-TRUJILLO, J. & LAWRENCE, A.L. Observations on the decline in sperrn

quality of Penaeus setiferus under laboratory conditions. Aquaculture, v.65, p.363-

370, 1987. Available from: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/

0044848687902493>. Accessed: Oct. 15, 2017. doi: 10.1016/0044-8486(87)90249-3.

LOVELOCK, J. E. & BISHOP, M. W. H. Prevention of freezing damage to living cells

by dimethyl sulphoxide. Nature, v.183, n.4672, p.1394-1395, 1959. Available from:

<http://link.springer.com/article/10.1038/1831394a0>. Accessed: Oct. 18, 2017. doi:

10.1038/1831394a0.

LUCENA-FREDOU, F. et al. Population dynamics of the river prawn, Macrobrachium

amazonicum (Heller, 1862) (Decapoda, Palaemonidae) on Combu island (Amazon

estuary). Crustaceana, v.83, n.3, p.277-290, 2010. Available from: <http://

booksandjournals.brillonline.com/content/journals/10.1163/001121609x125965439522

98>. Accessed: Oct. 18, 2017. doi: 10.1163/001121609X12596543952298.

MACIEL, C.R. & VALENTI, W.C. Biology, fisheries, and aquaculture of the amazonas

river prawn Macrobrachium amazonicum: a review. Nauplius, v.17, n.2, p.61-79,

2009. Available from: < http://www.crustacea.org.br/wp-content/uploads/2014/

02/nauplius-v17n2a01.MacielValenti.pdf>. Accessed: Oct. 15, 2017.

46

MAZZOBRE, M. F. et al. Effect of salts on the properties of aqueous sugar systems, in

relation to biomaterial stabilization. 1. Water sorption behavior and ice

crystallization/melting. Cryobiology, v.43, n.3, p.199-210, 2001. Available from: <

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0011224001923454>. Accessed: Oct.

15, 2017. doi: 10.1006/cryo.2001.2345.

MEMON, A.J. et al. Optimization of spermatophores cryopreservation protocolo of

banana shrimp (Penaeus merguiensis) (De Man, 1888). Journal of Animal and

Veterinary Advances, v.11, n.10, p.1688-1704, 2012. Available from: < https://

www.researchgate.net/profile/Ambok_Abol-Munafi/publication/285695680_

Optimization_of_Spermatophores_Cryopreservation_Protocol_of_Banana_Shrimp_Pen

aeus_merguiensis_De_Man_1888/links/57e248b208ae1f0b4d9568af/Optimization-of-

Spermatophores-Cryopreservation-Protocol-of-Banana-Shrimp-Penaeus-merguiensis-

De-Man-1888.pdf>. Accessed: Oct. 18, 2017. doi: 10.3923/javaa.2012.1688.1704.

MORAES-RIODADES, P.M.C. & VALENTI, W.C. Morphotypes in Male Amazon

river Prawns Macrobrachium amazonicum. Aquaculture, v.236, p.297-307, 2004.

Available from: < http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/

S0044848604001231>. Accessed: Oct. 16, 2017. doi:

10.1016/j.aquaculture.2004.02.015.

NEW, M.B. Freshwater prawn farming: global status, recent research and a glance at

the future. Aquaculture Research, v.36, p.210-230, 2005. Available from: <http://

onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2109.2005

47

.01237.x/full>. Accessed: Oct. 16, 2017. doi: 10.1111/j.1365-2109.2005.01237.x.

NIMRAT, S. et al. Chilled storage of white shrimp (Litopenaeus vannamei)

spermatophores. Aquaculture, v.261, p.944-951, 2006. Available from:

<http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0044848606006454>. Accessed:

Oct. 16, 2017. doi: 10.1016/j.aquaculture.2006.08.018.

PARKS, J. E. & GRAHAM, J. K. Effects of cryopreservation procedures on sperm

membranes. Theriogenology, v.38, n.2, p.209-222, 1992. Available from: < http://

www.sciencedirect.com/science/article/pii/0093691X9290231F>. Accessed: Oct. 17,

2017. doi: 10.1016/0093-691X(92)90231-F.

RALL, W. F. Factors affecting the survival of mouse embryos cryopreserved by

vitrification. Cryobiology, v.24, n.5, p.387-402, 1987. Available from: < http://

www.sciencedirect.com/science/article/pii/0011224087900423>. Accessed: Oct. 15,

2017. doi: 10.1016/0011-2240(87)90042-3.

ROUTLEDGE, E. A. B. et al. Aquaculture researches priorities in Brazil.

Aquaculture’2006, 9–13 May 2006, Firenze, p.816, 2006.

SALAZAR, M. et al. Protocol for cryopreservation of Penaeus vannamei sperm cells.

Methods. In: Reproductive Aquaculture - Marine and Freshwater Species. Boca

Raton: CRC Press, p.505-508, 2008.

48

SANSONE, G. et al. Toxic effects of cryoprotectants on oyster gametes and embryos: a

preliminary step towards establishing cryopreservation protocols. Biociências v.13,

p.11-8, 2005.

SMITH, A. U., & POLGE, C. Survival of spermatozoa at low temperatures. Nature,

v.166, p.668-669, 1950. Available from: <https://www.cabdirect.org/cabdirect/abstract/

19522200863>. Accessed: Oct. 16, 2017. doi: 10.1038/166668a0.

UBERTI, M. F. et al. Assessment of viability of sperm cells of Litopenaeus vannamei

on cryopreservation. Brazilian Archives of Biology and Technology, v.57, n.3, p.374-

380, 2014. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-8913201400

0300010&script=sci_arttext&tlng=es>. Accessed: Oct. 17, 2017. doi: 10.1590/S1516-

89132014005000013.

VALENTINA-CLAUDET, P. et al. Effect of cryoprotectants and cooling rates on

fertility potential of sperm in the giant freshwater prawn, Macrobrachium rosenbergii

(De Man). Animal Reproduction Science, v.171, p.49-57, 2016. Available from:

<http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378432016302305>. Accessed:

Oct. 17, 2017. doi: 10.1016/j.anireprosci.2016.05.013.

VUTHIPHANDCHAI, V. et al. Development of a cryopreservation protocol for long-

terra storage of black tiger shrimp (Penaeus monodon) spermatophores.

Theriogenology, v.68, p.1192-1199, 2007. Available from: <http://

www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0093691X07005274>. Accessed: Oct. 16,

2017. doi: 10.1016/j.theriogenology.2007.08.024.

49

WANG, Q. et al. Egg water induced reaction and biostain assay of sperm from marine

shrimp Penaeus vannamei: dietary effects on sperm quality. Journal of the World

Aquaculture Society, v.26, n.3, p.261-271, 1995. Available from: <http://

onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1749-7345.1995.tb00254.x/full>. Accessed: Oct.

16, 2017. doi: 10.1111/j.1749-7345.1995.tb00254.x.

50

Table 1 - Percentage of live spermatozoa of M.

amazonicum submitted to different cryoprotectants

at various concentration.

Treatment % 1Control 56.4 ± 3.2ª

DMSO 5% 18.6 ± 1.8d

DMSO 10% 19.2 ± 2.0d

DMSO 15% 16.5 ± 2.7d

EG 5% 10.0 ± 1.3d

EG 10% 5.5 ± 0.6d

EG 15% 0d

GLY 5% 47.5 ± 2.2b

GLY 10% 44.1 ± 1.9c

GLY 15% 23.7 ± 3.1d

Values with different letters (a-c) in the same

column are significantly different (P < 0.05) among

dilution percentage. 1 Control represents sperm suspended in saline Ca-F

extender without cryoprotectants.

51

Figure 1 - The sperm survival rate of M. amazonicum submitted to different

cryoprotectants at various dilution percentages compared to the control treatment.

Values with different letters (a-d) letters in columns differ from each other by Dunnett

test (P < 0.05).

52

Figure 2 - The sperm survival rate of M. amazonicum submitted to different

cryoprotectants at various dilution percentages compared to each other. Values with

different letters (a-e) letters in columns differ from each other by Tukey HSD test (P <

0.05).

53

Figure 3 - Viable and non-viable sperm cells of M. amazonicum stained with eosin-

nigrosin. A: control treatment; B: 10% DMSO treatment (Zoom in the lower right

corner); C: 15% EG treatment and D: 5% GLY treatment (Zoom in the upper right

corner). Red arrows indicate dead sperm, yellow arrows indicate live sperms and white

arrow indicates expansion of base plate and swelling of the sperm acrosome. Scale bar:

100 µm.

54

7 CONCLUSÕES

O EG é o mais tóxico entre os agentes crioprotetores testados, com 100% de

mortalidade na concentração de 15%, portanto, devendo ser descartado a sua

utilização para criopreservação da massa espermática de M. amazonicum;

O DMSO, independente das concentrações utilizadas neste trabalho (5, 10 e

15%), infere danos à massa espermática de M. amazonicum.

O GLY pode ser utilizado como crioprotetor interno em espermatozoides de M.

amazonicum na concentração de 5%.

55

8 PERSPECTIVAS

A realização de novas pesquisas para o desenvolvimento do pacote

tecnológico da espécie M. amazonicum é essencial. Dessa forma os dados do presente

trabalho servem como estudo preliminar envolvendo toxicidade de agentes

crioprotetores com espermatozoides dessa espécie.

Essas observações são importantes para a continuidade dos esforços em

relação à criopreservação, uma vez que, por meio desta biotecnologia, a preservação de

espermatozoides poderia beneficiar não apenas a conservação dos estoques genéticos

masculinos, mas também as aplicações nos avanços tecnológicos, como a manipulação

genética o que beneficiaria tanto a preservação das espécies quanto a aquicultura.

Ademais, a toxicidade dos agentes crioprotetores nos espermatóforos

completos e em diferentes tempos de equilíbrio devem ser testados para formação de

base científica nessa área bem como a criação de protocolos de resfriamento e

criopreservação de espermatóforos e da massa espermática devem ser considerados.

56

REFERÊNCIAS

ADAMS, S.L.; HESSIAN, P.A.; MLADENOV, P.V. Flow cytometric evaluation of mitochondrial function and membrane integrity of marine invertebrate sperm. Invertebrate Reproduction and Development, v. 44, n. 1, p. 45-51, 2003. AIKEN, D.E.; WADDY, S.L.; MORELAND, K.; POLAR, S.M. Electrically induced ejaculation and artificial insemination of the American lobster Homarus americanus. Journal of Crustacean Biology, v. 4, n. 4, p. iii-527, 1984. AKARASANON K.; DAMRONGPHOL, P.; POOLSANGUAN, W. Long-term cryopreservation of the spermatophore of the giant freshwater prawn, Marobrachium rosenbergii (de Man). Aquaculture Research, v. 35, p. 1415-1420, 2004. ALFARO-MONTOYA, J.; LOZANO, X. Development and deterioration of spermatophores in pond-reared Penaeus vannamei. Desarrollo y deterioro de los espermatoforos de Penaeus vannamei cultivado en lagunas. Journal of the World

Aquaculture Society, v. 24, n. 4, p. 522-529, 1993. ALFARO-MONTOYA, J. Control de la reproducción de camarones marinos. Uniciencia, v. 15, n. 1, p. 87-92, 1998. AMRIT, N.B.; CHOOSUK, S.; THAKUR, D.P. Spermatophore cryopreservation and artificial insemination of black tiger shrimp, Penaeus monodon (Fabricius). Aquaculture Research, v. 37, p. 523-528, 2006. ANCHORDOGUY, D.E.; CROWE, J.H.; GRIFFIN, F.J.; CLARK, W.H. Cryopreservation of sperm from the marine shrimp Sicyonia ingentis. Cryobiology, Davis, v. 25, n. 3, p. 238-243, 1988. ARCE, S.M.; MOSS, S.M.; ARGUE, B.J. Artificial insemination and spawning of pacific white shrimp Litopenaeus vannamei: implications for a selective breeding program. UJNR Technical Report, v. 28, p. 5-8, 2000. ARRAES, R.R.; RAMOS-PORTO, M. Contribuição ao estudo das águas interiores do Nordeste do Brasil (Crustacea, Decapoda). Revista Nordestina de Zoologia, v. 1, n. 1, p. 61-88, 1994. AUGUSTO, A.; VALENTI, W.C. Are there any physiological differences between the male morphotypes of the freshwater shrimp Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Caridea: Palaemonidae) Journal of Crustacean Biology, vol. 36, n. 5, p. 716-723. 2016. AYE, M.; Di GIORGIO, C.; DE MO, M.; BOTTA, A.; PERRIN, J.; COURBIERE, B.. Assessment of the genotoxicity of three cryoprotectants used for human oocyte vitrification: dimethyl sulfoxide, ethylene glycol and propylene glycol. Food and Chemical Toxicology, v. 48, n. 7, p. 1905-1912, 2010. BART, A.N.; CHOOSUK, S.; THAKUR, D.P. Spermatophore cryopreservation and artificial insemination of black tiger shrimp, Penaeus monodon (Fabricius). Aquaculture Research, v. 37, p. 523-528, 2006.

57

BAUER, R.T. Sperm transfer and storage structures in penaeoid shrimps: a functional and phylogenetic perspective. Crustacean Sexual Biology, Columbia University Press, New York, p. 183-207, 1991. BEHLMER, S. D.; BROWN, G. Viability of cryopreserved spermatozoa of the horseshoe crab, Limulus polyphemus. International Journal of Invertebrate Reproduction and Development, v. 7, n. 3, p. 193-199, 1984. BELL, T.A.; LIGHTNER, D.V. A Handbook of Normal Penaeid Prawn Histology. World Aquaculture Society, Baton Rouge, p. 45, 1988. BHAVANISHANKAR, S.; SUBRAMONIAM, T. Cryopreservation of spermatozoa of the edible mud crab Scylla serrata (Forskal). Journal of Experimental Zoology, v. 277, p. 326-336, 1997. BHASKAR, N. V.; MARIAPPAN, S.; SURENDRARAJ, A.; VENKATARAMANI, V. K. Broodstock development in freshwater prawn Macrobrachium rosenbergii by artificial insemination. Indian Journal of Fisheries, v. 51, n. 4, p. 517-520, 2004. BIALETZKI, A.; NAKATANI, K.; BAUMGARTNER, G.; BOND-BUCKUP, G. Occurrence of Macrobrachium amazonicum (Heller) (Decapoda, Palaemonidae) in Leopoldo's inlet (Ressaco do Leopoldo), upper Paraná River, Porto Rico, Paraná, Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, v. 14, n. 2, p. 379-390, 1997. BOWMAN, T.E.; ABELE, L.G. Classification of the recent Crustacea. The Biology of Crustacea, v. 1, p. 1-27, 1982. BROWN, J. H.; NEW, M. B.; ISMAEL, D. Biology p. 18 39. In: M. B. NEW; W. C. VALENTI; J. H. TIDWELL; L. R. D’ABRAMO; M. N. KUTTY, (eds) Freshwater prawns: biology and farming. Oxford, Wiley-Blackwell, 2010. CABRITA, E.; ROBLES, V.; HERRÁEZ, P. Methods in Reproductive Aquaculture:

Marine and Freshwater species. New York: CRC Press (TAYLOR; FRANCIS). p. 568, 2008. CABRITA, E.; ENGROLA, S.; CONCEIÇÃO, L.E.C.; POUSÃO-FERREIRA, P.; DINIS, M. T. Successful cryopreservation of sperm from sex-reversed dusky grouper, Epinephelus marginatus. Aquaculture, v. 287, n. 1, p. 152-157, 2009. CABRITA, E.; ROBLES, V.; REBORDINOS, L.; SARASQUETE, C.; HERRÁEZ, M. P. Evaluation of DNA damage in rainbow trout (Oncorhynchus mykiss) and gilthead sea bream (Sparus aurata) cryopreserved sperm. Cryobiology, v. 50, n. 2, p. 144-153, 2005. CARNEY, E. W.; FRESHOUR, N. L.; DITTENBER, D. A.; DRYZGA, M. D. Ethylene glycol developmental toxicity: unraveling the roles of glycolic acid and metabolic acidosis. Toxicological sciences: An official journal of the Society of Toxicology, v. 50, n. 1, p. 117-126, 1999. CARVALHO, H.A. Morfologia do Aparelho Reprodutor de Macrobrachium acanthurus (WIEGMANN, 1836) (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) PARTE I - MASCULINO. Ciência e Cultura. v. 32. nº 7. 941 – 945p. 1980.

58

CASTELO-BRANCO, T.C. Avaliação de técnicas de criopreservação de sêmen do

camarão-branco, Litopenaeus schmitti (Crustacea, Dendrobranchiata, Penaeidae). 2010. 42p. Dissertação de Mestrado, Seropédica, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2010. CASTRO, S.V.; CARVALHO, A.D.A.; DA SILVA, C.G.; FAUSTINO, L.R.; DE FIGUEIREDO, J. R.; RODRIGUES, A. R. Intracellular Cryoprotant Agents: Characteristics and Use of Ovarian Tissue and Oocyte Cryopreservation. Acta Scientiae Veterinariae, v. 39, n.2, p. 957, 2011. CEBALLOS-VÁZQUEZ, B.P., ROSAS, C., RACOTTA, I.S. Sperm quality in relation to age and weight of white shrimp Litopenaeus vannamei. Aquaculture, 228, 141–151, 2003. CHAMBERLAIN, G.W., JOHNSON, J.K., LEWIS, D.H. Swelling and melanization of the male reproductive system of captive adult penaeid shrimp. Journal of the World Mariculture Society. v. 14, p. 135–136, 1983. CHAO, N.; LIAO, I. C. Cryopreservation of finfish and shellfish gametes and embryos. Aquaculture, v. 197, n. 1, p. 161-189, 2001. CHAVES, T.C.B. Avaliação de técnicas de criopreservação de sêmen do camarão

branco, Litopenaeus shmitti (Crustácea, Dendrobranchiata, Penaeidae). Dissertação de Mestrado, Seropédica, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2010. CHAVES, P.; MAGALHAES, C.O desenvolvimento ovocitário em Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Crustacea: Decapoda: Palaemonidae), camarão dulcícola da Região Amazônica. Acta amazônica, v. 23, n. 1, p. 17-23, 1993. CHOW, S.; OGASAWARA, Y.; TAKI, Y. Male reproductive system and fertilization of the palaemonid shrimp Macrobrachium rosenbergii. Bulletin of the Japanese

Society of Scientific Fisheries, v. 48, n. 2, p. 177–183, 1982. CHOW, S.; TAM, Y.; OGASAWARA, Y. Cryopreservation of spermatophore of the fresh water shrimp, Macrobrachium rosenbergii. Biological Bulletin, v. 168, p. 471-475, 1985. CLARK, W.H.; TALBOT, P.; NEAL, R.A.; MOCK, C.R.; SALSER, B.R. In vitro fertilization with non-motile spermatozoa of the brown shrimp Penaeus aztecus. Marine Biology, v. 22, p. 353-354, 1973. CLARK, W.H.; KLEVE, M.G.; YUDIN, A.I. An acrosome reaction in natantian sperm. Journal of Experimental Zoology, v. 218, n. 2, p. 279-291, 1981. CORLEY, R. A.; BARTELS, M. J.; CARNEY, E. W.; WEITZ, K. K.; SOELBERG, J. J.; GIES, R. A.; THRALL, K. D. Development of a physiologically based pharmacokinetic model for ethylene glycol and its metabolite, glycolic acid, in rats and humans. Toxicological Sciences, v. 85, n. 1, p. 476-490, 2005. DAMRONGPHOL, P.; AKARASANON, K. Techniques for Cryopreservation of spermatophores of The Giant Freshwater Prawn, Macrobrachium rosenbergii (De

59

Man). In: CABRITA, E.; ROBLES, V.; HERREZ, P. Methods in Reproductive

Aquaculture: Marine and Freshwater Species. CRC Press, p. 509-514, 2008. DIAZ, A.C.; FERNANDEZ GIMENEZ, A.V.; PETRIELLA, A.M.; FENUCCI, J.L. Morphological and functional study of the male reproductive tract in the shrimp Pleoticus muelleri Bate (Decapoda, Penaeoidea). Invertebrate Reproduction and Development, v. 42, n. 1, p. 69-74, 2002. DIWAN, A.D.; JOSEPH, S. Cryopreservation of spermatophores of the marine shrimp Penaeus indicus. Indian Journal of Fisheries, v. 46, n. 2, p. 159–166, 1998. DOUGHERTY, W.J.; DOUGHERTY, M.M. Electron microscopical and histochemical observations on melanized sperm and spermatophores of pond-cultured shrimp, Penaeus vannamei. Joumal of Invertebrate Pathology, v. 54, p. 331-343, 1990. FERNANDES, A.B.; DE MATTOS, L.A.; BOURG DE MELLO, M.R.; YOSHII OSHIRO, L.M. Post-mortem spermatophore and sperm cryopreservation of the white shrimp Litopenaeus schmitti. Boletim do Instituto de Pesca, v. 40, n. 1, p. 49-60, 2014. FERREIRA, A.V.L.; CASTRO, E.J.T.; BARBOSA, M.A.S.; SOUSA, M.L.N.S.; PAIVA, M.A.N.; SOARES FILHO, A.A.; SAMPAIO, C.M.S. Toxicity of cryoprotectants agents in freshwater prawn embryos of Macrobrachium amazonicum. Zygote, v. 26, p. 813.1-820, 2015. FULLER, B. J.; PAYNTER, S.; AND WATSON, P. Cryopreservation of human gametes and embryos. In: Life in the Frozen State. pp. 505–539. Fuller, B.; Lane, N.; Benson, E. E. Eds., CRC Press, London, UK, 2004. GOLDBERG, R.S. Comparação da eficiência da eletroejaculação entre tipos

morfológicos de macho e manejos de criopreservação espermática do camarão de água doce Macrobrachium rosenbergii. 1998. Dissertação de Mestrado - Curso de Zootecnia, Departamento de Produção Animal, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 1998. GOLDBERG, R.S.; OSHIRO, L.M.Y. Eficiência da eletroejaculação de morfotipos machos do camarão-de-água-doce Macrobrachium rosenbergii. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 29, n. 1, p. 1-5, 2000. GONÇALVES, P.B.D.; FIGUEIREDO, J.R.; FREITAS, V.J.F. Biotécnicas aplicadas à reprodução animal. 2a ed. São Paulo: Roca, p. 408, 2008. GRIFFIN, F.J.; CLARK, W.H.; CROWE, J.H.; CROWE, L.M. Intracellular pH decreases during the in vitro induction of the acrosome reaction in the sperm of Sicyonia ingentis. The Biological Bulletin, v. 173, n. 2, p. 311-323, 1987. GUEST, W.C. Laboratory life history of the palaemonid shrimp Macrobrachium amazonicum (Heller) (Decapoda, Palaemonidae). Crustaceana, v. 37, n. 2, p. 141-152, 1979.

60

GWO, J.C. Cryopreservations of aquatic invertebrate semen: a review. Aquaculture

Research, v. 31, p. 259-271, 2000. GWO, J.C.; LIN, C.H. Preliminary experiments on the cryopreservation of penaeid shrimp (Penaeus japonicus) embryos, nauplii and zoea. Theriogenology v. 49, p. 1289-99, 1998. HAFEZ, E.S.E. Reprodução Animal. 6 ed. São Paulo: Ed. Manole, p. 582, 1995. HARRIS, S.E.; SANDIFER, P.A. Sperm production and the effects of electrically induced spermatophore expulsion in the prawn Macrobrachium rosenbergii (De Man). Journal of Crustacean biology, v. 6, n. 4, p. iii-647, 1986. HENDRICKX, M.E. Checklist of brachyuran crabs (Crustacea:Decapoda) from the eastern tropical Pacific. Bulletin de l’Institut Royal des Sciences Naturelles de

Belgique, Biologie, v. 65, p. 125-150, 1995. HOLTHUIS, L.B. A general revision of the Palaemonidae (Crustacea, Decapoda, Natantia) of the Américas, II: The Subfamily Palaemoninae. Allan Hancock

Foundation Occasional Papers, v. 12, p. 1-396, 1952. JAIN, K.J; PAULSON, R.J. Oocite cryopreservation. Fertility and Sterility. n. 86, v. 3, p. 1037-1046, 2006. JEYALECTUMIE, C.; SUBRAMONIAM, T. Cryopreservation of spermatophores and seminal plasma of the edible crab Scylla serrota. Biological Bulletin, v. 177, p. 247-253, 1989. KROL, R.M.; HAWKINS, W.E.; OVERSTREET, R.M. Reproductive components. Microscopic anatomy of invertebrates, v. 10, p. 295-343, 1992. KUTTY, M.N.; HERMAN, F.; LE MENN, H. Culture of other prawn species. In: M. B. NEW; W. C. VALENTI (eds.), Freshwater prawn culture. Blackwell, Oxford, p. 393-410, 2000. LEGENDRE, M.; LINHART, O.; BILLARD, R. Spawning and management of gametes, fertilized eggs and embryos in Siluroidei. Aquatic Living Resources, v. 9, p. 59-80, 1996. LEIBO, S.P. Sources of variation in cryopreservation; In: Cryopreservation in

Aquatic Species, TIERSCH, T.R.; MAZIK, P.M. World Aquaculture Society, Baton Rouge, p. 75–83, 2000. LEUNG, L. K.; JAMIESON, B. G. M. Live preservation of fish gametes, In: JAMIESON, B. G. M. (ed.), Fish evolution and systematics: evidence from

spermatozoa. Cambridge: Cambridge University Press, p. 245-269, 1991. LEUNG-TRUJILLO, J.; LAWRENCE, A.L. The effect of eyestalk ablation on spermatophore and sperm quality in Penaeus vannamei. Journal of the World

Mariculture Society, v. 16, n. 1‐4, p. 258-266, 1985.

61

LEUNG-TRUJILLO, J.; LAWRENCE, A.L. Observations on the decline in sperrn quality of Penaeus setiferus under laboratory conditions. Aquaculture, v. 65, p. 363-370, 1987. LEZCANO, M.; GRANJA, C.; SALAZAR, M. The use of flow cytometry in the evaluation of cell viability of cryopreserved sperm of the marine shrimp (Litopenaeus vannamei). Cryobiology, v. 48, p. 349-356, 2004. LIN, M.; TING, Y. Spermatophore transplantation and artificial fertilization in Grass Shrimp. Bulletin of the Japanese Society of Scientific Fisheries, v. 52, p. 585-589, 1986. LIU, B.; LI, X. Preliminary studies on cryopreservation of sydney rock oyster (Saccostrea glomerata) larvae. Journal of Shellfish Research, v. 27, p. 1125-1128, 2008. LOBÃO, V.L.; ROJAS, N.E.T. Camarões de água doce. Da coleta ao cultivo, à comercialização. São Paulo: Ícone, p. 112, 1991. LOVELOCK, J. E.; BISHOP, M. W. H. Prevention of freezing damage to living cells by dimethyl sulphoxide. Nature, v. 183, n. 4672, p. 1394-1395, 1959. LUBZENS, E.; DAUBE, N.; PEKARSKY, I.; MAGNUS, Y.; COHEN, A.; YUSEFOVICH, F.; FEIGIN, P. Carp (Cyprinus carpio L.) spermatozoa cryobanks strategies in research and application. Aquaculture, v. 155, n. 1, p. 13-30, 1997. LUCENA-FREDOU, F.; ROSA FILHO, J.S.; SILVA, M.C.; AZEVEDO, E.F. Population dynamics of the river prawn, Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Decapoda, Palaemonidae) on Combu island (Amazon estuary). Crustaceana, v. 83, n. 3, p. 277-290, 2010. MACIEL, C.R.; VALENTI, W.C. Biology, fisheries, and aquaculture of the amazonas river prawn Macrobrachium amazonicum: a review. Nauplius, v. 17, n. 2, p. 61-79, 2009. MAGALHAES, C. Desenvolvimento larval obtido em laboratório de palemonídeos da região Amazônica. I. Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Crustacea, Decapoda). Amazoniana, v. 9, n. 2, p. 247–74, 1985. MAGALHAES, C. Diversity and abundance of decapod crustaceans in the Rio Negro basin, Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brazil. In: A Biological Assessment of the

Aquatic Ecosystems of the Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brazil, (CHERNOFF, B.; ALONSO, L.E.; MONTAMBAULT, J.R.; LOURIVAL, R.), p. 56–62, 2000. MAGALHAES, C.; BUENO, S.L.S.; BOND-BUCKUP, G.; VALENTI, W.C.; SILVA, H.L.M.; KIYOHARA, F.; MOSSOLIN, E.C.; ROCHA, S.S. Exotic species of freshwater decapod crustaceans in the state of Sao Paulo, Brazil: records and possible causes of their introduction. Biodiversity and Conservation, v. 14, p. 1929–45, 2005. MARIA, A.N. Diluidores e crioprotetores no resfriamento e congelamento do sêmen de piracanjuba (Brycon orbignyanus). Dissertação de Mestrado. Lavras, Universidade Federal de Lavras. p. 71, 2005.

62

MATOS, D.L.; ARAÚJO, A.A.; ROBERTO, I.G.; TONIOLLI, R. Análise computarizada de espermatozoides: revisão de literatura. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v. 32, n. 4, p. 225-232, 2008. MAZZOBRE, M. F.; LONGINOTTI, M. P.; CORTI, H. R.; BUERA, M. P. Effect of salts on the properties of aqueous sugar systems, in relation to biomaterial stabilization. 1. Water sorption behavior and ice crystallization/melting. Cryobiology, v. 43, n. 3, p. 199-210, 2001. MELO, G.A.S.; MELO, G.D. Famílias Atyidae, Palaemonidae e Sergestidae. Manual de identificação dos Crustacea Decapoda de água doce do Brasil, p. 289-415, 2003. MEMON, A.J.; TALPUR, A.D.; KHAN, M.I.; FARIDDUDIN, M.O.; SAFIAH, J. Optimization of spermatophores cryopreservation protocolo of banana shrimp (Penaeus merguiensis) (De Man, 1888). Journal of Animal and Veterinary Advances, v. 11, n.10, p. 1688-1704, 2012. MORAES, G.F. Resfriamento e congelamento do sêmen de piauaçu Leporinos

macrocephalus. Dissertação de Mestrado, Lavras, Universidade Federal de Lavras, p. 68, 2004. MORAES-RIODADES, P.M.C.; VALENTI, W.C. Crescimento relativo do camarão canela Macrobrachium amazonicum (Heller) (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae) em viveiros. Revista Brasileira de Zoologia, v. 19, p. 1169–76, 2002. MORAES-RIODADES, P.M.C.; VALENTI, W.C. Morphotypes in Male Amazon river Prawns Macrobrachium amazonicum. Aquaculture, v. 236, p. 297-307, 2004.

MORAES‐ RIODADES, P.; VALENTI, W. C. Culture of the Amazon River prawn Macrobrachium amazonicum. Freshwater Prawns: biology and farming, p. 485-501, 2009. MORAES-RIODADES, P.M.C.; VALENTI, W.C.; PERALTA, A.S.L.; AMORIM, M. D.L. Carcinicultura de água doce no Estado do Pará: situação atual e perspectivas. Anais do XI CONBEP, Recife, p. 598-604, 1999. MORALES-UENO, K.; MONTALDO, H.H.; ORTEGA, A.M.; PANIAGUA-CHAVEZ, C.G.; CASTILLO-JUAREZ, H. An extender solution for the short-term storage of Litopenaeus vannamei sperm to be used in artificial insemination. Aquaculture Research, v. 44, p. 1254-1258, 2013. MOTA-ALVES, M.I.; TOME, G.S. Estudo sobre as gônadas da lagosta Panulirus laevicauda (Latreille). Arquivo dos Estudo de Biologia Marinha, v. 6, n. 1, p. 1-9, 1966. NAKAYAMA, C.; PEIXOTO, S.R.M.; LOPES, D.L.D.A.; KRUMMENAUER, D., FOES, G.K.; CAVALLI, R.O.; WASIELESKY JUNIOR, W.F.B. Métodos de extrusão manual e elétrica dos espermatóforos de reprodutores selvagens do camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis (Decapoda:Penaeidae). Ciência Rural, v. 38, n. 7, p. 2018- 2022, 2008.

63

NEW, M.B. Freshwater prawn farming: global status, recent research and a glance at

the future. Aquaculture Research, v. 36, p. 210-230, 2005. NIMRAT, S.; SIRIBOONLAMOM, S.; ZHANG, S.; XU, Y.; VUTHIPHANDCHAI, V. Chilled storage of white shrimp (Litopenaeus vannamei) spermatophores. Aquaculture, v. 261, p. 944-951, 2006. NIMRAT, S.; SUKSAWAT, S.; MALEEWEACH, P.; VUTHIPHANDCHAI, V. Effect of different shrimp pond bottom soil treatments on the change of physical characteristics and pathogenic bacteria in pond bottom soil. Aquaculture, v. 285, p. 123-129, 2008. ODINETZ-COLLART, O.; MOREIRA, L. C. Potencial pesqueiro de Macrobrachium amazonicum, na Amazônia Central (Ilha do Careiro): variação da abundância e do

comprimento. Amazoniana, v. 12, n. ¾, p. 399‑ 413, 1993.

ODINETZ-COLLART, O.; RABELO, H. Variation in egg size of the fresh‑water prawn Macrobrachium amazonicum (Decapoda:Palaemonidae). Journal of Crustacean

Biology, v. 16, n. 4, p. 684-688, 1996. PANIAGUA-CHÁVEZ, C.G.; JENKINS, J.; SEGOVIA, M.; TIERSCH, T.R. Assessment of gamete quality for the eastern oyster (Crassostrea virginica) by use of fluorescent dyes. Cryobiology, v. 53, n. 1, p. 128-138, 2006. PANTALEÃO, J.A.F.; HIROSE, G.L.; COSTA, R.C. Ocurrence of male morphotypes of Macrobrachium amazonicum (Caridea, Palaemonidae) in a population with an entirely freshwater life cycle. Brazilian Journal of Biology, v. 74, n. 3, p. S223-S232, 2014. PAPA, L. P. Caracterização estrutural do sistema reprodutor masculino e do hepatopâncreas dos diferentes morfotipos de Macrobrachium amazonicum. Tese de Doutorado. Jaboticabal, Universidade Estadual Paulista, p. 94, 2007. PAPA, L.P.; FRANCESCHINI-VICENTINI, I.B.; RIBEIRO, K.; VICENTINI, C.A.; PEZZATO, L.E. Diferenciação morfotípica de machos do camarão de água doce Macrobrachium amazonicum a partir da análise do hepatopâncreas e do sistema reprodutor. Acta Scientiarum, v. 26, n. 46, p. 3–7, 2004. PAREDES, E.; BELLAS, J.; COSTAS, D. Sea urchin (Paracentrotus lividus) larval rearing - Culture from cryopreserved embryos. Aquaculture, v. 437, p. 366-369, 2015. PARKS, J. E.; GRAHAM, J. K. Effects of cryopreservation procedures on sperm membranes. Theriogenology, v. 38, n. 2, p. 209-222, 1992. PASCUAL, C.; VALERA, E.; RE‐REGIS, C.; GAXIOLA, G.; SANCHEZ, A.; RAMOS, L.; ROSAS, C. Effect of water temperature on reproductive tract condition of Penaeus setiferus adult males. Journal of Aquaculture Society, v. 4, n. 29, p. 477-484, 1998. PEGG, D.E. Principles of cryopreservation. Methods in Molecular Biology, v. 368, p. 39–57, 2007.

64

PORTO, L.A.C. Estudos morfológicos em populações do complexo Macrobrachium

amazonicum (Heller, 1862) (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae) em diferentes bacias hidrográficas brasileiras. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo, p. 149, 2004. PRATOOMCHAT, B.; PIYATIRATITIVORAKUL, S.; MENASVETA, P.; FAST, w. Sperm quality of pond-reared and wild-caught Penaeus monodon Fabricius. In:

Proceeding of the Seminar on Fisheries 1993 Department of Fisheries, Bangkok (Thailand), 15-17 Sep 1993. 1993. RALL, W. F. Factors affecting the survival of mouse embryos cryopreserved by vitrification. Cryobiology, v. 24, n. 5, p. 387-402, 1987. ROSAS, C.; SANCHEZ, A.; CHIMAL, E.; SALDANA, G.; RAMOS, L.; SOTO, L.A. The effect of electrical stimulation on spermatophorc regeneration in white shrimp Penaeus setiferus. Aquaticulture Research, v. 6, p. 139-144, 1993. ROUTLEDGE, E.A.B.; MATHIAS, J.F.N.; FREITAS, L.E.L. Aquaculture Researches Priorities in Brazil. In: Abstracts of Aquaculture 2006, 9–13 May 2006, Firenze. World Aquaculture Society, Baton Rouge, p. 816, 2006. RUPPERT, E.E.; BARNES, R.D. Invertebrate Zoology. Saunders College Publishing. Orlando, p. 1056, 1994. SAGI, A.; MILNER, Y.; COHEN, D. Spermatogenesis and sperm storage in the testes of the behaviorally distinctive male morphotypes of Macrobrachium rosenbergii (Decapoda, Palaemonidae). The Biological Bulletin, v. 174, n. 3, p. 330-336, 1988. SAINTE-MARIE, G.; SAINTE-MARIE, B. Reproductive products in the adult snow crab (Chionoecetes opilio). Multiple types of sperm cells and of spermatophores in the spermathecae of mated females. Canadian Journal of Zoology, v. 77, n. 3, p. 451-462, 1999. SALAZAR, M.; LEZCANO, M.; GRANJA, C. Protocol for cryopreservation of Penaeus vannamei sperm cells. Methods. In: Reproductive Aquaculture - Marine

and Freshwater Species. Boca Raton: CRC Press, p.505-508, 2008. SAMPAIO, C.M.S.; SILVA, R.R.; SANTOS, J.A.; SALES, S.P. Reproductive cycle of Macrobrachium amazonicum females (Crustacea, Palaemonidae). Brazilian Journal of Biology, v. 67, n. 3, p. 551-559, 2007. SANDIFER, P.A.; SMITH, T.I.J. A method for artificial insemination of Macrobrachium prawns and its potential use in inheritance and hybridization studies. Proceedings of the World Mariculture Society, v. 10, p. 403-418, 1979. SANSONE, G.; NASCIMENTO, I. A.; LEITE, M. B. N. L.; ARAUJO, M. M. S. D.; PEREIRA, S. A.; MARIANI, A. M. Toxic effects of cryoprotectants on oyster gametes and embryos: a preliminary step towards establishing cryopreservation protocols. Biociências v.13, p. 11-8, 2005.

65

SANTOS, R.R.; CELESTINO, J.J.H.; LOPES, C.A.P.; MELO, M.A.P.; RODRIGUES, A.P.R.; FIGUEIREDO, JR. Criopreservação de folículos ovarianos pré-antrais de animais domésticos. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v. 32, p. 9-15, 2008. SCAICO, M.A. Fecundidade e fertilidade de Macrobrachium amazonicum (Crustacea, Decapoda) de um açude do nordeste brasileiro. Boletim do Instituto de Pesca, v. 19, p. 89-96, 1992.

SILVA, G.M.F. Estudo estrutural e ultra‑ estrutural das gônadas masculinas dos

diferentes morfotipos de Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae). Dissertação de Mestrado, Belém, Universidade Federal do Pará, p. 63, 2006. SILVA, G.M.F.; FERREIRA, M.A.P.; VON LEDEBUR, E.I.C.F.; ROCHA, R.M. Gonadal structure analysis of Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) from a wild population: a new insight on the morphotype characterization. Aquaculture Research,

v. 40, p. 798‑ 803, 2009. SILVA, K.C.A.; CINTRA, I.H.A.; MUNIZ, A.P.M. Aspectos bioecologicos de Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) a jusante do reservatório da hidrelétrica de Tucuruí, Pará. Boletim Técnico-Científico do CEPNOR, v. 5, n. 1, p. 55-71, 2005. SILVA, R.R.; SAMPAIO, C.M.S. Ciclo reprodutivo de fêmeas de Macrobrachium amazonicum (Crustacea:Palaemonidae). In: Abstracts of AquaCiência 2004, Vitória, p. 382. Jaboticabal, Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática, 2004. SMITH, A. U.; POLGE, C. Survival of spermatozoa at low temperatures. Nature, v. 166, p. 668-669, 1950. SUBRAMONIAM, T. Spermatophores and sperm transfer in marine crustaceans. Advances in Marine Biology, v. 29, p. 129-214, 1993. TIERSCH, T.R.; GREEN, C.C. Cryopreservation in Aquatic Species. 2 ed. Louisiana: Ed. World Aquaculture Society, Baton Rouge, p. 1003, 2011. TSAI, S.; LIN, C. Effects of cryoprotectant on the embryos of banded coral shrimp (Stenopus hispidus); preliminary studies to establish freezing protocols. Cryo Letters, v. 30, p. 373-381, 2009. UBERTI, M. F.; VIEIRA, F. D. N.; SALÊNCIA, H. R.; VIEIRA, G. D. S.; VINATEA, L. A. Assessment of viability of sperm cells of Litopenaeus vannamei on cryopreservation. Brazilian Archives of Biology and Technology, v. 57, n. 3, p. 374-380, 2014. VALENTI, WC. Cultivo de camarões de água doce. São Paulo, Nobel. p. 82, 1985. VALENTINA-CLAUDET, P.; SELVAKUMAR, N.; NATESAN, M. Effect of cryoprotectants and cooling rates on fertility potential of sperm in the giant freshwater prawn, Macrobrachium rosenbergii (De Man). Animal Reproduction Science, v. 171, p. 49-57, 2016.

66

VERDI, A.C.; DELGADO GARGIULO, E.A. Microestructura del aparato reproductor masculino de Macrobrachium borellii (Nobili, 1896) (Crustacea, Caridea, Palaemonidae), Revista Brasileira Biologia, v. 58, n. 2, p. 343-348, 1998. VERGAMINI, F.G. Análise comparativa entre populações costeiras e continentais

do camarão Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) (Crustacea, Palaemonidae) por meio de dados morfológicos e moleculares. Dissertação de Mestrado. Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, p. 91, 2009. VERGAMINI, F.G.; PILEGGI, L.G.; MANTELATTO, F.L. Genetic variability of the Amazon river prawn Macrobrachium amazonicum (Decapoda, Caridea, Palaemonidae). Contributions to Zoology, v. 80, n. 1, p. 67-83, 2011. VERSTEGEN, J.; IGUER-OUADA, M.; ONCLIN, K. Computer assisted semen analyzers in andrology research and veterinary practice. Theriogenology, v. 57, n. 1, p. 149-179, 2002. VUTHIPHANDCHAI, V.; PENGPUN, B.; NIMRAT, S. Effects of cryoprotectant toxicity and temperature sensitivity on the embryos of black tiger shrimp (Penaeus monodon). Aquaculture, v. 246, p. 275-284, 2005. VUTHIPHANDCHAI, V.; NIMRAT, S.; KOTCHARAT, S.; BART, A.N. Development of a cryopreservation protocol for long-terra storage of black tiger shrimp (Penaeus monodon) spermatophores. Theriogenology, v. 68, p. 1192-1199, 2007. WANG, Q.; ZHAO, Y.; CHEN, L. Biochemical composition and sperm metabolism of male reproductive system in Eriocheir sinensis. Journal of Fishery Sciences of China v. 26, p. 411–416, 2002. WANG, Q.; MISAMORE, M.; JIANG, C.Q.; BROWDY, C.L. Egg water induced reaction and biostain assay of sperm from marine shrimp Penaeus vannamei: dietary effects on sperm quality. Journal of the World Aquaculture Society, v. 26, n. 3, p. 261-271, 1995. YANG, H.; SUPAN, J.; GUO, X.; TIERSCH, T.R. Nonlethal Sperm Colleclion and Cryopreservation in the Eastern Oyster Crassostrea virginica. Journal of Shellfish Research, v. 32, p. 429-437, 2013.