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d ossi e ARQ U EOLOGIA DE TERRl T 6RIO RE.sUMO Abordagem dos aspectos metodo16gico$, terminolOgicos e conceptuais em que asseDra a construoyao de uma base de dado. de sirias arqueol6gicos da Pre-Historia Recente (do VI ao II milenios a.c.) no territ6rio portugues da bacia hidrogdfica do fiD Douro. Reflectindo sobre a classiflcao;.ao de sirias arqueoJ6gicos, a autora pretende contribuir para 0 di:ilogo construtivo entre pre-hisroriadores, flum tema em que 0 debate tern escassNdo. PAUVRAS CHAVE: Prt -Hist6ria recente; Carra arqueo16gb; Merodologia. ABSTRACT Approach to the methodological. terminological and conceptual issues underlying the construction of a database of Late Prehistory archaeological sites (from the 6th to the 2nd millenniums BC) in the Portuguese territory of the River Douro basin. The author offers her reflections on historical site classification as a way of furthering the dialogue among prehistorians about a theme that has not been discussed sufficknrly. KEY WORDS: Late Prehistory; Archaeological map; Methodology. Approche des aspects methodologiques, de terminologie et conceptuels sur lesquels s'appuie la construction d'une base de donnees de sires archeologiques de la Prehistoire r6 :eme (du VIl:me au Heme millenaire avo J .C) sur Ie tetritoire portugais du bassin hydtographique du fleuve i)Quro. Reflkhissanr a la classification de sites archeologiques, I'auteure pretend contribuer au dialogue constructif entre prehi storiens, au sujet d'un theme autour duquel Ie debat s'est rarese. MOTS ells: Pr€histoire recente; Plan archeologique; Methodologie. J Bolseira de DOUloramento da para a Ciencia e a Tecnologia; Centro de btada; Arqueol6gicos das U niversidades de Coimbra e do Porto I I [nstituto Politecnico de BraganYl. [texto entregue para em Mal¥> de 101 01 A Pre-Historia Recente na Bacia Hidrografica do Douro de uma base de dados Alexand ra Vieira t I. INTRODUC;:AO O a ssunw que abo r damos neste artigo t gr a-se no projecto de i nvestiga,ao que nos encontramos a desenvolver e que tern como terna central a da pai sagem" na to ria Recente (do Vl ao II milenios a,C) da B acia Hid rografi ca do Douro, em Portugal, P ara a sua con - deflnimos como objectivos gerais a esrudo da pai sagem en q uanto realidade construfda no inte- rior de urn processo de entre 0 rneio ffs i co e as comunidades hurnanas) e 0 de hip6teses 1 apresem:ada no I Encontro de Jovens Investigadores do (FAvep/CAM, com 0 titulo uA Pre-Historia Recente na Bacia Hidrogcifica do Douro -a conceptualizat;io de uma base de dados" (Universi dade de Coimb ra, 23 e 24 de Janeiro 2009) , transposta para e5(e artigo com algumas exp l icativas sobre as principais formas de "constru,"o" da paisagem emre 0 Vl e II mili- nios a,C Neste processo de estrutura,ao do nosso trabalho, deparamo-nos com algumas questaes relacionadas com a construl;;o de uma Base de Dad os de Sftios Arqueologicos da Recente) nomeadamenre com a grande variabilidade ao nlvei dos "sftios" entre 0 Vl e II milenios a,C A ciassificalao de tip os de "sftios" da Pre-Historia Recente e a recorrente de terminologias ambiguas) sao da is aspectos expostos aqui de forma muito sumida, assim como a de uma nova proposra de Tipos de Sftios Arqueo logicos e de uma B ase de Dados de Sf tios Arqueologicos da Pre-Historia R ecente para a B acia Hidrografica do Douro,

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Page 1: 0 do Douro - IPB

d ossie ARQUEOLOGIA DE TERRlT6RIO

RE.sUMO

Abordagem dos aspectos metodo16gico$, terminolOgicos e conceptuais em que asseDra a construoyao de uma base de dado. de sirias arqueol6gicos da Pre-Historia Recente (do VI ao II milenios a.c.) no territ6rio portugues

da bacia hidrogdfica do fiD Douro. Reflectindo sobre a classiflcao;.ao de sirias arqueoJ6gicos, a autora pretende contribuir para 0 di:ilogo construtivo entre pre-hisroriadores, flum tema em que 0 debate tern escassNdo.

PAUVRAS CHAVE: Prt -Hist6ria recente; Carra arqueo16gb;

Merodologia.

ABSTRACT

Approach to the methodological. terminological and conceptual issues underlying the construction of a database of Late Prehistory archaeological sites (from the 6th to the 2nd millenniums BC) in the Portuguese territory of the River

Douro basin. The author offers her reflections on historical site classification as a way of furthering the dialogue among prehistorians about a theme that has not been discussed sufficknrly.

KEY WORDS: Late Prehistory; Archaeological map; Methodology.

Approche des aspects methodologiques, de terminologie et conceptuels sur lesquels s'appuie la construction d'une base de donnees de sires archeologiques de la Prehistoire r6:eme (du VIl:me au Heme millenaire avo J .C) sur Ie tetritoire

portugais du bassin hydtographique du fleuve i)Quro. Reflkhissanr a la classification de sites archeologiques, I'auteure pretend contribuer au dialogue constructif entre prehistoriens, au sujet d'un theme autour duquel

Ie debat s'est rarese.

MOTS ells: Pr€histoire recente; Plan archeologique; Methodologie.

J Bolseira de DOUloramento da Funda~o para a Ciencia e a Tecnologia; Centro de btada;

Arqueol6gicos das Universidades de Coimbra e do Porto I I [nstituto Politecnico de BraganYl.

[texto entregue para publica~o em Mal¥> de 101 01

A Pre-Historia Recente na Bacia Hidrografica do Douro

constru~ao de uma

base de dados

Alexandra Vieira t

I. INTRODUC;:AO

O assunw que abordamos neste artigo t inre~

gra-se no projecto de investiga,ao que nos

encontramos a desenvolver e que tern como

terna central a "constru~ao da paisagem" na Pre~His~

toria Recente (do Vl ao II milenios a,C) da Bacia

Hidrografica do Douro, em Portugal, Para a sua con­

cretiza~ao, deflnimos como objectivos gerais a esrudo

da paisagem enquanto realidade construfda no inte­

rior de urn processo de inrerac~ao entre 0 rneio ffs ico

e as comunidades hurnanas) e 0 avan~ar de hip6teses

1 Comunica~ao apresem:ada no

I Encontro de Jovens Investigadores do (FAvep/CAM,

com 0 titulo uA Pre-Historia Recente na Bacia Hidrogcifica do

Douro - a conceptualizat;io de uma base de dados" (Universidade

de Coimbra, 23 e 24 de Janeiro 2009) , transposta para e5(e

artigo com algumas altera~6es.

explicativas sobre as principais formas de "constru,"o" da paisagem emre 0 Vl e II mili­

nios a,C Neste processo de estrutura,ao do nosso trabalho, deparamo-nos com algumas

questaes relacionadas com a construl;;o de uma Base de Dados de Sftios Arqueologicos

da Pre~Hist6ria Recente) nomeadamenre com a grande variabilidade ao nlvei dos "sftios"

entre 0 Vl e II milenios a,C A ciassificalao de tipos de "sftios" da Pre-Historia Recente

e a recorrente utiliza~o de terminologias ambiguas) sao dais aspectos expostos aqui de

forma muito sumida, assim como a apresenta~ao de uma nova proposra de Tipos de

Sftios Arqueologicos e de uma Base de Dados de Sftios Arqueologicos da Pre-Historia

Recente para a Bacia Hidrografica do Douro,

Page 2: 0 do Douro - IPB

2. A CONSTRU<;:Ao DA BASE DE DADOS

"Inventariar signifiea compilar, actuali7Ar, gerir e

disponibiliV1r informardo estruturada que descreva

urn objecto (au can junto de objectos) em momentos

determinadlJs do tempo, tendIJ em vista a compreensdo

dIJ seu valor material e simbolieo,

roo,] Os inventdrios dIJ patrimonio [. "j transformaram~se gradualmente em complexos sistemas de informardo, conslituidos par dlJdos

textuais e icollogrdficos, capazes de fornecer chaves para leiluras polivalentes, orientatlas para as

diferentes necessidtuks e procuras"

(AU;ADA 1998: 49),

Como compilar e gerir os dados arqueologicos da Pri-Historia

Recente da Bacia Hidrografica do Douro, A melhor SOIUlaO pareceu­

-nos ser a consrru<;io de uma base de dados de shios arqueo16gicos.

Atendendo ao facto de que uma base de dados e urn eonjuuto estrutu­

rado de informafdo, optamos par comes:ar pela recolha e sistematiza-

910 de dados, com a intuitO de realizar urn inventirio exaustivo de

sitios do VI ao II milenios a,c' para roda a area do projecto,

2,1, METODOLOGIA

o primeiro passo passon pela consrrul'o de uma base de dados de

sitios arqueologicos da Pri-Historia Recente na regiao estudada,

Arendendo a extensao da Bacia Hidrogd.fica do Douro em territorio

portugues, e a existincia da Base de Dados de Sitios Arqueologicos do

Instituto Portuguis de Arqueologia (posteriormente inregrado no

ICESPAR), disponivel oil-line, foi relativamente simples congregar urn

conjumo de dados que provim da revisao de bibliografia arqueologi­

ca exisrente e dos resultados dos trabalhos arqueologicos desenvolvi­

dos no pais desde os finais da dicada de noventa do seculo passado,

Esta base de dados on-line reline urn conjunro de dados, rais como a

localiza~ao adrninistrativa de urn determinado sirio arqueologico1 a

Seu periodo cronologico, 0 tipo de shio, descri~ao e referencias biblio­

gr.ificas, encontrando-se disponfvel a radas as investigadores, nacio­

nais e esrrangeiros. Apesar de constituirem urn born ponto de parti­

da, a maior parte das flehas, pDf comerern apenas uma descri~ao mui­to sumaria dos sirios, carecem de seT revisras, analisadas e comple­

menradas com Durws dados. Decidimos seleccionar rodas as fichas

referentes ao periodo de tempo que nos encontrarnos a esrudar e as unidades geograflcas que se integram na nossa area de analise, a que

nos levou a urn processo de revisao dos d~dos referenres a estes sirios

arqueologicos da regiao,

Are ao momento, os trabalhos realizados cingem-se ao levantamento

de informal'o bibliografica e documental.

A recolha bibliografica compreende a consulta de obras de caracrer

geeal, de arrigos de revistas arqueologicas, de publica,oes de variada

indole relacionada com a Pre-Historia da regiao, das bases de dados

do [nsrituto Porruguis de Arqueologia, IGESPAR e DGEMN (SIPA),

assim como de outras fomes de informa~o diversa, nomeadamente

os trabalhos de mestrado ou dourorarnenro de investigadores relacio­

nados com projectos arqueologicos a decorrer na zona.

2.2, P ATRIM6NIO ARQUEOL6GICO: ENDOV£UCO

Portugal possui urn sistema de informalao arqueologica - Endovelieo

- ''que e ° mais completo can junto de dados sobre a aetividade arqueolti­

gica nacional". Nos Ulcimos dez anos, e no cumprimento da legislal'o

relativa ao parrimonio arqueo16gico ao nivel das ac~6es de investjga~

~io, foram inseridos novos regis[Qs, estando parte dessa informa~io

disponivel on-line.

Tendo como finalidade a amplialao dos contelidos disponibilizados

no site do Insrituto Porruguis de Arqueologia, foi execurado urn pro­

jecro atravis do Programa Operacional da Cultura, co-financiado por

fundos FEDER, Neste projecto procmou-se adaptar os dados das

ftchas de sitios arqueol6gicos, que se encontram on-line, as exigencias

da accividade arqneologica, tendo para tal sido escolhidos os sitios

arqueologicos intervencionados no ambito do Plano Nacional de

Trabalhos Arqueologicos - realizados enrre 1998 e 2004 -, bern como

as areas das albufeiras das barragens do A1queva, Pedrogao e Alamos

(Inventariar para Salvaguardar, em Iinha),

Segundo informa~io do ICESPAR, ''este sistema estd associado a urn

Sistema de InfonnaftW Geogrdfica, que visa conferir uma dimemao espa­

cial, permilindo pesquisas de natureV1 territorial e 10caliV1rdo dlJs sitios

arqueo16gicos" (IGESI'AR, em linha), Os contendos fomecidos estao em

permanente actualiza~io e podem ser obtidos mediante 0 preenchi­

menta de urn ou mais elementos de pesquisa nos campos disponiveis

(por ex" designa,ao, concelho, categoria de classificalaO, etc.).

Podemos considerar que este sistema de jnforma~io arqueo16gica (0

Endovilieo) e uma mais-valia para os investigadores em Porrngal e urn

exemplo a seguir por outros paises, 0 Endovilieo permite uma rapida

compila~io de dados e 0 acesso a dados inediros e nio publicados res­

peitantes a relatorios de escavaloes e trabalhos arqueologicos, Ati ha

pOlleo tempo arras era urn meio de pesquisa exemplar na Peninsula

Iberica, quando comparado com 0 mesmo cipo de sistema de pesqui­

sa on-line em Espanha,

Apesar das vantagens da existencia de urn sistema de gestio arqueo­

logica como 0 Endovelieo, existem alguns aspecros que podem ser

melhorados. Urn dos elementos que nos suscirou urna serie de consi­

deraloes prende-se com a classifica,ao de sitios, melhor dizendo, com

a categoriza~io de shios arqueol6gicos que tern ate 11 data sido utili­

uda e que, no nosso entendimemo, deve ser revista e novamente

equacionada.

Page 3: 0 do Douro - IPB

>,

dossie ARQUEOLOGIA DE TERRITORIO

2.3. as TIPOS DE SfTIOS

DA P RE-HIST6RIA R ECENTE

Dois elementos-chave da pesquisa de silios arqueologieos no f"do­ve/ieo sao 0 Peciodo Historieo (Tabela 1) e 0 Tipe de Silio (Tabela 2).

Enquanto 0 primeiro naa nos suscita grande controversia, esta !isra­

gem de tipos de sirios arqueologicos encomra·se urn pOlleD superada.

nomeadarnenre no que concerne aos sitios da Pn!-Hist6ria Recente

(Tabela 3), em vinude dos trabalhos arqueologicos realizados nos ul­

timos anas.

Propomos a realiza,ao de urn pe­

queno exercicio. Analisemos algu­

mas fichas que se inserem denna

do lipo de silio Necropole 1 e veja­

mas 0 que nos dizem.

2.3. 1. Necropole

I. Outdriies (Carvalho; Celorico

de Basto; Braga)

- Calcolirico? I ldade do Bronze'

2 Os dados que comp6em os POflfOS seguimes foram ret irados

do sif( do extimo Instituto Ponugue de Arqueologia

(WWw.ip'l,min-rulrura,ptl) entre 05

anas de 2006 e 2008 e contemplam a designa~o do stria,

localizali"io administrativa (fr~guesia, conce/ho e distriw),

cranalogia e dcscrir;ao.

- Foram identificadas tres rnamoas, uma delas aparenternente intacta

e as Dutras duas apresenrando vesrigios de carapacra petrea, com era­

tera central de viola~o. Situam-se numa pequena cha, num nucleo

cujas distincias entre si nao ultrapassam os 50 metros. Medem eerca

de 15 metros de diametro e 1.5 melros de altura. Poueo rempe apos

a descobena, 0 local foi selado para instala,.;o de uma induslria de

exrrae~o de granito. De salientar a descobena de urn esteio graniti­

co que, alendendo a morfologia, pede rer perrencido a camara sepul­

eral de urn destes monumentos. Eneontra-se integrado num mUrD

que ladeia 0 caminho juntO da necropole.

2. Lugar do Lameira (Rego; Celorico de Basro; Braga)

- Indelerminado I Pri-Hisloria.

- Aquando da eonstruc:io de uma esl rada, foram descoberras sepul-

turas escavadas no terreno, corn urn raio media na ordern dos 80 em.

Recolha de ossos e de fragmentos ceramieos de fabrieo manual, al­

guns dos quais vasos de largo bordo horizontal.

- Levantarnenlo I 2000: no alargamento da eslrada entre Lameira e

Rego surgiram varias fossas abenas no saibro. que [oram desrrufdas

ou eorladas. As escava,6es arqueologicas realizadas posleriormente re­

velaram pe,as de ceramica de fabrico manual, sendo algumas vasos de

largo bordo horizontal.

3. Lagares (Vale Benfeiro; Macedo de Cavaleiros; Bragan,a)

- Indeterminado I Pri-Hisroria Recente?

- Nesre local, actualmente ocupado por culturas agricolas, nomeada-

mente urn olival, apareceu em 1904 urna ciSla ou sepultura, que foi

deslruida. Segundo a deseri,ao, era composta por Ires lajes, uma de

cabeceira e duas laterais. Em visira pesrerior do Abade de Ba,al, foi

98 1 ",t.~ ... II St,,(l7) I )UNH02012

T ABELA 1 - Pedodo Hist6rico

Pakolicico Neolidco Final Romano, Republica Paleolidco Inferior Neo-Calcolidco Romano, Imprrio Paleolltico Medio Calcolitico Romano, AltO Impttio PaIeotilico Superior Calcolitico - Inidal Romano. Baixo Imperio Aurignacense Calcolitico - Pleno IdadeMbfia Grarelense CaJcolitico - Final Alra Idade Media Proto-Solutrense Made do Bronze Mcd.iMl. CrisUo Solurrense Idade do Bronze - Inicia\ Medieval Is!:i.mico MagdaJenense ldade do Bronte - Medio Bma ldade MMia Epipaleolifioo Idade do Bronze· Finat Moderno Mesolitico Idade do Ferro Comemporineo Neolitico Idade do Ferro - 10 Indelerminado Neotltico Antigo Idade do Fwo - 20

Neolirico Mooio Romano

Fonte: ICE.SPAR (Glossario - http://arqurologia.igupar.pl/POC/J

TABElA 2 - Tipo de Sitio ArqueoI6gioo (EndovliiuJ)

Abrigo Ermida Naufragio Ac:amp.amento &corial Na~;o

Aclu.do(s) Isolado(s) Escultura Necropole Aeronave Estaleiro Naval Nicho Aknia Emr;io de AI Livre NUdeo de Povoamento Alinhamento Estela Oficina Ana,,, Estru"", Olana Anfiteatro Explora~o mineral Ossario Anu Fernria QUIros Aquedul0 Fonte Palacio Armadilha de pesca Forja Pa\O Ane Rupeslrl: Fonim Pedreira Au/aia F6rum Pdourinho Arenh. Forno Peso de lagar Balneario Fortjfl~o Pio Barca Fo", Piroga 8amg<m fundtadouro Poldn Bast1ica Galeria POniC

Bateria Col.", 1'0"" Serrao Granja Po\"oado em Gruu I:'ovoado Fortificado Cal(>d, GrutlAnifidal Povoado Mineiro Campo de Bmlha Habitat 1'''1'' Co," Hipocausto Quinla au Granja (apliciYd Cmalw~o H;pof,<U 10 pc:" .. oamelllo run! rollWllll Caohao HipOdromo Recimo Upd.a Igreja Represa Casal Rlistico Indeterminado Sal in3 c.sro Inscri~o Sanruario Cal;ldo InscullUra Satrof.lgo Castdo Roqueiro )3lida Sepultura uverna de emb:ltca~ ugar Silo Ccmiterio [.,g,t= Sinagoga Cetaria Lajc Sepulcral T3lude Ch.furn.w lixeira Tanque Cidade Ma!aposta I Mutati() T~atro

Cipo Mamoa Templo Circo Mancha de Oru~o Tarnal Ci5ta Marui() Tesouro Cisterna ~1arco TllDlo, Complao Industrial Marco de Propriedade Torre Concheiro Menir Tulhas Conhtin. Mesquita TUmuio Convento Miliario Varadouro c.."d, Lobo Mina Vestigios Divcrsos CriptopOrtico Moinho Vntigios de SUp<'rficie Cromelequc Moinho de mar~ Vi. Cruzeiro Monteiro Viaduto c,"'" Monumento Mcgalilico Vi"" Dep6silO Mosaico Vi/la Dep6.siro de lasrtO Mostciro Vlveiros Dolmen Muralha Edificio Mum

Fome: IGESPAR (Glossirio - http://arqu(()1ogia.igrJptlr.pt/POQJ

Page 4: 0 do Douro - IPB

TABErA 3 - Tipologia de Sirios Pri-Hist6rioos (E""''''lito)

Ahrigo Fo", Povoado Achado(s} Isolado(s) Gruta Povoado Fortificado

An~ HabiQt Recimo Arte Rupestre Indeterminado Santuario Cina Laje Sepulcral &pultut:l. Cromeleque Mrun" Tumulo DOlmen Mancha de D<:upa~o Vestigios de ocupa~o Escuhura Menir Vesrigios de superficic Estar;.ao de ar livre Monumeruo Mega!itico Vestigios diverros Estela Necr6pole Emu"", Pedrtira

Fonte: IGESPAR (Gloss:irio - http://arqutowgia.igtspar.ptlPOCl)

referenciado a aparecimento de uma segunda, havendo noticias ain­

da do aparecimemo de mais. que reria sido destruidas rambem. Na

primeira cism assinala-se 0 aparecimemo de numerosos fragmentos de ceramica e de urn anel de aura) em espiral, de tres voltas, que desa­

pareceu com 0 resro do esp6lio e das cistas. No terreno, a par de gran­

de quantidade de pequenas laies de xisto. aparecem pequenas aglo­

mera~6es de tres ou quatro Jajes maiores, tambem de xisto, registan­

do-se ainda 0 aparecimento de uma em graniro, pedra alheia it geolo­

gia local. Nao apareceram outros materiais a superficie. Hi algumas

indiea,6es, pouco precisas, de que podera rer sido aqui 0 local de

achado das quatro alabardas de Vale Benfeito.

4. Penedo de Cuba / Gruta do Coriscada (Soalhaes; Marco de

Canaveses; Porto)

- Neolitico.

- Localiza-se numa plataforma coberta de pinhal onde afloram mui-

tos penedos, em encosta sobranceira a ribeira de Lardosa. A gruta das

Coriseadas e formada por urn aglornerado de penedos e foi aprovei­

rada como gruta sepulcral, aberta no saibro, desconhecendo-se no

entanto a sua estrutura interna, Forneceu esp6lio: dois machados de

pedra polida, uma ponta de sera em silex, duas facas de silex, urna goi­

va de pedra e ossos humanos. 0 local e tambem conhecido como

Penedo de Cuba.

- Reiocaliza,ao / Identifiea,ao 12000: penedo de grandes dimensoes,

arredondado, que forma na sua base uma reentrancia corresponden~

te a urn pequeno abrigo.

Posto isto, e atendendo aos sublinhados, podemos formular uma serie

de questoes: 0 que e uma necr6pold Sao conjuntos de mamoas~ Sao

conjuntos de sepulturas I cistas? Sao conjuntos de fossas com mate­

riais e oode se encontram ossos humanos? Sao grutas ou abrigos corn

materiais e onde se encontram ossos humanos?

2.3.2. Habitat

I. ~iga (Agilde; Celorico de Basto; Braga)

- Indererminado / Pre-Historia Recente indeterminada.

- Pequeno cabe,o em esporao pouco destaeado da paisagern, numa

extensa area aplanada e entre duas linhas de agua triburarias da Ri-

beira de Redolhos. as materiais, escassos, foram encontrados sensi­

velmente no centro da plataforma, entre as sedimentos revolvidos

recentemente.

2. Lameiros (Seixo Amarelo; Guarda; Guarda)

- Neo-Calcolirico.

- Pequena plataforma de encosta, sobranceira a Seixo Arnarelo, onde

ocorre ceramica pre-hist6rica a superficie.

3. Fraga do TabillS (Alfandega da Fe; Alfandega da Fe; Bragan",)

- Indererminado / Pre-Historia Recente.

- Habitat aberto localizado num monte sobranceiro a aldeia do Cas-

telo. Detectam-se alg110s materiais a superficie, provavelmente colo­

cados a descoberto por urn arroteamento recente, existindo alguns

fragmentos de ceramica manual, algo atipicos, mas de aparente cro­

nologia pre-historica, e destacando-se 0 achado de dois machados de

pedra polida e de uma ponta de sera em silex branco.

4. Habirat eIas CarvalheirllS (Casteleiro; Sabugal; Guarda)

- Calcolitico.

- A esta,ao arqueol6giea ocupa 0 topo e a vertente Sui de uma plata-

forma pouco e1evada, sobranceira it ribeira do Casreleiro. Em cerea de

324 m' de terreno, identificou-se urn pequeno habitat de uso tem­

porario e esporadico, talvez para dar apoio a expedicoes de ca~, usa­

do para recolha de certos recursos alimeotares. Quanto as estruturas

identificadas, sao de dois tipos: buracos de paste e estruturas de COffi­

bustao. as buracos de paste, num total de oito, concentram-se sobre­

tudo 00 topo da plataforma, nao apresentando uma orgaoiza~ao apa­

rente, sendo na sua maioria estruturas de sustenta~ao a uma ou mais

cabanas e estando tambem relacionados com as estruturas de com~

buscao. Quanto a estas, num total de del, apresentavam-se escavadas

no saibro, com diferentes morfologias e dimeosoes, de acordo com as

suas diferentes funcionalidades dentro da organiza,ao do habitat (iareiras, fomos de ceramica, fomos de culinaria, fossas de argila).

estando algumas delas relacionadas enrre si.

E formulemos novamente algumas questoes: 0 que e urn habitat! 0

que a caracteriza~ E a existencia de materiais? Que tipo de materiais?

Sera a existencia de materiais e estruturas? Que tipo de estruturas?

2.3.3. Povoado

I. Calvelo (Carvalho; Celorico de Basto; Braga)

- Calcolitico' / Idade do Bronze,

- Localiza-se numa e1eva"o (contiguo aos cabe,os de Pena Grande, a Oeste) de morfologia coniea e verteores dedivosas, rodeado por linhas

de:igua de caudal tempocirio- Apresenta exposi"o a todos os quarlran­

tes, beneficiando, no entanto, de ampla v~ibilidade para Sui I Sudeste

(Vale do 1'amega e Serra do Matio). Algyns dos materiais arqueologicos

recolhidos encontravam-se dispersos na metade superior da vertente

Est<, afectada por uma planta.,o de eucaliptos que se esrende do topo

Page 5: 0 do Douro - IPB

dossie ARQUEOWGlA DE TERRITOruO

do monte are a base (junto ao caminho de aces­

so). Em rod. a extens'o do cabe,o n'o foram

detectados quaisquer materiais arqueol6gicos.

facto que se cleve a total ausencia de seclimento,

2. ArenTos (Rego; Celorico de Basro; Braga)

- Neo-Calcolitico.

- Nos cortes provocados pela abertura de um es-

tradao surgiram fragmentos de ceramica de f.bri­

co manual, alguns com decora~ao phistica de cor­

does e aneis mamilares.

- Prospec~ao I 2001: no perfil de um estradao

rasgado no saibro (Dram encomradas dUelS fossas e uma vaia, abertas no saibro. £Sta ultima revelou

varios fragmemos de cerfunica de fabrico manual

e aind. alguns objecros Iiticos.

3. Cmtelillhos (Paredes da Beira; Sao Jo.o da Pes­

queira; Viseu)

- NeoHtico I Calcolitico I [dade do Bronze. • II ~

- Povoado sohranceiro aD rio Tivora, que ocupa

preferencialmeme a base Oeste do maci~o local­

I - Povoado da Lavra, Marco de ARQUfOLOGIA, 1988).

mente denominado por Castelinhos ou Castelos Ve!hos. Trata-se de

uma plataforma com cerca de 50 m de comprimemo e 30 m de lar­

gura, com acesso facilitado por Este e Sudoeste. A sua peculiar locali­

ucla 56 se compreende se se pellsar que a principal funr;a,o desre

povoado era a de vigiar 0 fluxo de pessoas e de bens que se fazia pelo

rio Tavora, nao d~scurando a hiporese da explora,ao dos recursos

mineiros da zona. A dispersao dos achados leva a crer que 0 povoado se

esrende pela encosta a Esre. Vma espessa linha de muralha envolve 0

morro. A muralha i constituida por blocos informes de graniro de con­

sideraveis dimensoes, sendo poSSIVe! observar a reaproveiramenra de

alguns elememas de moo de rola na sua edifica~a. Nao sao vislveis

quaisquer faces da muralha. Pelas observa~6es feiras no terreno, parece

possive! que 0 povoado possuisse uma acropole na plataforma supe­

rior, que, a dado momento, foi amuralhada. Existiram, muito prova­

velmeme, varias fases de expansao e de recuo dos limites do povoado.

4. Villh. do SOlltilha (Mairos; Chaves; Vila Real)

- CalcoHrico.

- 0 povoado pri-historico da Sourilha localiza-se numa zona de sua-

yes encostas, volradas a Oeste e delimiradas por pequenas Iinhas de

agua afluentes da ribeira do Rigueiral. A dispers.o dos materiais de

superflde e vasta. ulrrapassando largamente a rona oade [oi feita a

inrervencio arqueologica, e parece distribuir-se ao longo de duas en·

COstas disrintas, separadas a meio pela ribeira onde se poden Iocaliz.,

o abrigo do Buraco Feio I Buraco do Jac-mi-Jorge. Os materiais dis­

tribuem-se ao longo de diversas plataformas, entre as numerosos ro­

chedos granlticos que pontuam as encostas. A interven!(aO arqueolo­

gica [eita nos aDos 80 cemcou-se numa plataforma siruada a meia

encosta. Identificaram-se diversas estruturas. como cabanas. lareiras.

100 I "l.~ ... II St., (t71 I JUNHO 2012

fossas e empedrados. com abundante espolio arqueologico. incluindo

material cedmico. litico. faunistico e algum metal. tendo sido tam­

bim obridas algumas daracoes por Carbono 14.

Novamenre nos quesrionamos: a que e urn Povoado? 0 que caracre­

riza urn Povoado? E a localiza~o do sidor E a ausencia au presenifa

de dererrninado tipo de estruturas? Que tipo de estrmuras? E a pre­

sen~a de mareriais? .E a associa~ao de rnateriais a esrruturas? 0 que

distingue urn Habitat de urn Povoado'

2.3.4. Povoado forrificado

1. Castro de Santa jltStn (Euelsia; Alfandega da Fi; Bragan~a)

- Calcolitico I [dade do Bronze Ildade do Ferro I [dade Midia.

- Povo.do fortificado de midias dimensoes, localizado num cabe,o

em esporao, na encosta Leste do vaJe da Vilaricya, sobranceiro a aJdeia

de Santa Justa. Tern boas cond i~6es defensivas narurais e urn excelen­

re dominio visual sobre 0 Vale da Vilari~. Do lado Poente rem gran­

des fragueiros namrais. dos quais arranca a unica linha de muralha

perceptive!' que rodeia 0 resto do topo do cabe,o. Dentro da wna

amuralhada, e sobrerudo nas encostas subjacenres, que se encontram

agricultadas, e possivel encontrar grandes quantidades de c,,,mica

superficial. a partir das quais e possive! discern ir pelo menos w~s fam disrimas de ocupa!(ao. A primeira perrence a Pre-Historia Receme,

destacando-se urn conjunto apreciavel de ceramicas decoradas com

morivos "penteados". Sendo menos 6bvios, h:i urn conjunro de cera­

micas que aparentam perrencer a [dade do Ferro (a segunda fase de

ocupa~ao) e, par nm, existem algumas escassas ceramicas de clara cro~

Page 6: 0 do Douro - IPB

"alagia medieval. Naa hi elementos para dizer a que fase pertencera

a linha de muralha existente. mas as caracreristicas do local tornam

provavel que tenha sempre sido urn pavaada farrificada.

2. Calille!o (Milhaa; Braganp; Bragan,a)

- Calcalitico ! Idade da Bronze.

- Pavaada fartificada de grandes dimensoes, sabranceiro a Ribeira da

Ferradasa, na margem esquerda, Ocupa a ropa de urn cabe,a apla­

nada de vertentes basranre suaves e acessiveis, excepto a Oeste, oode

enfrenta a ribeira, e, parcialmenre, a Norte. Na encosta Norte e evi­

denre uma linha de muralha a meia encosta, e pareee haver uma pri­

meira logo no rchorda superior do cabeyo, a quaL par sua vr::z., e evi­

denre na enCOSla Oeste. Sao assim pela menos duas as li nhas de mu­

ralha deste pavaada, As faces naa saa visfveis, senda detectadas pelas

taludes farmadas pel os seus derrubes. Nas restantes encosras. as de

acessa mais facilitado. naD sao clarameme visiveis quaisquer mura­

Ihas. 0 que padeti dever-sf' a ac~ao cia agriculrura e ao facto de a zona

onde presumivelmente cxisririam esrar cobena de malO. 0 recinto

interno e uma vasta plataforma plana. Os materiais de super6de dis­

trihuem-se por toda a area, com maior concentra~ao no sector Noro­

es!e, A excep,aa de urn fragmento perdida de telha de meia-cana, to­

dos os materiais se enQuadram numa cronologia da Pn!-Hisr6ria

Recente. provavelmente da Calcalftico e Idade da Bronze. 0 mate­

rial mais abundante e a ceramica, destacando-se pela ausencia a cera­

mica decorada. Quanta a Jit icos, nao se encontrOll qualquer elemen­

to de mo manual au artefaclOs de pedra palida. Aparecem numero­

sos seixos inteiros ou fracrurados. de quarrzito ou quarrzo. e algumas

lascas de quartzito.

3. Espolldra (Marais; Maceda de Cavaleiros; Bragan,a)

- Calcolitica !Idade da Branze ! Idade da Ferra,

- 0 mante da Espondra constirui-se por uma eleva,aa basrame alan-

gada, que se desenvalve na planailO de Marais, As suas caracteristicas

geamarfalogicas nao "unem graod., condi,6es de defrsa oatural,

embora a sua impl anta~ao permita 0 controlD geDestrategico sabre

uma vasta area envolveme. 0 mOllIe e de fadl acesso praticameme

por todos as senores, com excep~ao dos seetores Sui e, particular.

mente, do sector Este, que consritui a vertenre que descai no sentido

da ribeira de Vale de Mainhas. 0 lacal fai sujeilO a uma intensa des­

trui,aa, devida a urn projecta de flaresta,aa aqui cancretizada. Talvez

par tal motivo nao se consigam observar vesrigios articulados com a

exisrenda de estruturas defensivas, nem Qualquer talude. derrube au

amontoado de pedra que perrnita deduzir a sua exisrencia. Tal facto

constitui urn elemento a eer em conta, ja que, por urn lado, a shio

nao posslii QuaiQuer indicia estrurural de urn sistema defensivo e. par

autra, a sua implantacia confere-Ihe grande vuloerabilidade em !er­

mas de defw natural. Os vesrigios mareriais reduzem-se a fragmen­

tos cecimicos, cujas pastas se inserem em periodos cronol6gicos arri·

culadas cam a Calcalftico, Idade da Bronze e Idade da Ferra. Estes

mareriais, unicos vestigios arqueol6gicos observados no local, eneon­

tram-se dispers~s em grande quanridade, por uma area superior a um

hectare.

4. Castelo-Ariz (Ariz; Maimenta da Beira, Viseu)

- Calcalirico,

- A esta,ao arquealogica ocupa urn panta elevada que damina a vale

da Ribeira de Cubos, marcada par abundantes penedas e alguns tro­

~os de muralha, que deftnem um recinro oode se idenrifica uma dis­

persaa de vestigias de DCUpa,aa humana (ceriunica), assaciadas ram­

bern a diversos abrigos naturais.

o que e urn Pavaado Fartificada' Que caraCleristicas apresenta' E urn sitio localizado em pontos com boas condi~6es de defesa narurais~

Tern urn excelenre dominio visual sobre a regiao~ Possui urn sistema

defensiva: uma au duas linhas de "muralha"'

Fai na decorret da consulta da base de dados de sftias arquealogicos

da IPA e na constru\aa da nassa propria Base de Dadas, que desper­

ramos para a necessidade de sisremarizar esras quest6es, refercnres nao

Casrelo Velho de Freixo de Num:i.o (Vila Nova de Foz Coal. ----------~--~----~~~------~----~--~~~~

Page 7: 0 do Douro - IPB

dossie ARQUEOLOGIA DE TERRlTOruO

56 a variabilidade de sitios oa Pre-Hisr6ria Recente, mas tambem pela

forma como estas tipologias e conceitos tern sido utilizados.

Escolhemos as exemplos apresentados anteriormente de forma alea­

taria e com 0 objecrivo de mostrar 0 quaa diffcil pode ser a interpre­

ta,ao e gestao da informayao disponibilizada pelo Endovelico. Nao

pretendemos com isto caIocar em causa 0 nabalho que tern sido fei­

to pelos tecnicos do IGESPAR que, no fundo, e apenas 0 reflexo do

pensamento arqueologico que se vern desenvolvendo are aD momen·

to. Pretendemos apenas agitar consciencias, promover a reflexao e

suscitar uma deflnic;ao mais precisa de conceiros e criterios de classi­

ficac;ao de sitios arqueologicos.

Portugal nao disp6e, ate a data, de uma ciassifica,ao rigorosa de sitios

arqueologicos. Alguns autores, que empreenderam uma abordagem

abrangente da nossa Pf(~-Hist6ria Recente, regisraram e perpetuaram

nomendaruras que foram surgindo e sendo adaptadas de outras rea­

lidades ou de outros perfodos cronologicos. Muitos desses termos

continuaram a ser utilizados de forma convencional) apesar de alguns

deles Hcarem urn pouco aquem de espelhar a nossa realidade actual.

3. A CLASSIFICA<;:AO DE SfTlOS ARQUEOL6GICOS

DA PIlli-HIST6RlA RECENTE: BREVES REFLEX6ES

o que e urn s!tio arqueologico) RENFREW e BAHN (1996a: 46) dei­

xam-nos a seguinre sugestao: ''Archaeological sites may be thought of as places where artifacts, features, structures, and organic and environmen­

tal remains are found together. For workingpurposes one can simplifj this still filrther and define sites as places IVhere significant traces of human activity are identified. Thus a village or tOlVn is a site, and so too is an isolated monument like Stonehenge in England. Equally, a mrfoce scat­ter of stone tools or potsherds may represent a site occupied for no more

than a few hours, whereas a Near Easten! tell or mound is a site indica~

ting human occupation over perhaps thousands of years". Urn Dutro autor) Karl W. Butzer,

na sua obra Archaeology as Human Ecology s, escreve: "An archaeologi­cal site can be defined as the tangi-ble record of a 10Clis of past hnman

3 lnforma~:io pessoal de

Lesley Mcfadyen.

activity. Such sites vary in scale from the locus of a single processing task to a complex urban settlement. They also range in duration from an ephe­meral sojourn to millennia of sequential occupation",

Quando pensamos em sitios arqueologicos, pensamos em sitios iden­

tiflcados atraves da existencia de vestfgios materia is, independeme­

mente da sua natureza e cronologia. AD observarmos a realidade da

Bacia Hidrografica do Doum ao nivel da Pre-His[oria Recente, aper­

cebemo-nos de que muitos destes sitios inventariados resultam de tra­

balhos de prospecyao, nos quais, em muito casos, sao detectados ma­

teriais 11 superHcie (fragmemos de ceramica e alguns Hricos atribuidos

1021 ",t~ .. II SlruE (17) I jU>lHO 2012

a Pre-Historia Recente) e estruturas (nomeadamente muros), a que

sao atribuidas de imediato tipologias e cronologias, sem se estar na

posse de dados suflcientes para tal. Existem sitios que se enconrram

classificados como "povoados", onde foram detectados apenas uns

quamos fragmemos de ceramica de cronologia da Pre~ Historia Re­

ceme, que poderiam ter sido classificados como vestfgios de ocupa­

yao, vestigios diversos, habitat, mancha de ocupayao. Por outro lado,

compreendemos a necessidade que temos, enquanto investigadores,

de temar "encaixar" os vestfgios encontrados nas tipologias de sitios que

se conhecem, apesar de este ser urn processo problemarico e delicado.

"«Classification!> is that activity in which objects,

concepts and relations are assigned to categories;

«classifYing» refers to the cognitive and cultural

mechanisms by which this is achieved; and IIclassifications) are the linguistic, mental and other

cilitural representations which result"

(ELLEN 2002: 103).

"Classifications as things, therefore, are not the

inventiom ofindividua&, but arise through the histOJically contingent character of cultural

transmission, lingllistic constr/lints, metaphorical

extensions, and shared social experience in relation to individual cognitive practice"

([dem: 106).

A classiflca~io pode ser emendida como a estrurura~3o ou organiza­

y30 de determinados fenomenos em grupos ou DUUOS esquemas das­

sificatorios, com base em atriburos comuns. Classificar sirios arqueo­

logicos, ou definir uma tipologia de sftios arqueologicos, implica a

organiza~io sistematica de elementos em tipos com base ern atributoS

comuns, sendo que urn tipo e urn conjunto de elementos def'inidos

pelo agrupamento coerente de atrihutos (RENFREW e BAHN 199Gb).

Qualquer tentativa de ciassifica,ao de sitios arqueologicos deve ser

baseada em crirerios objectivos, usando atributos de caracter quanti­

tativo e qualitativo. AD reflecrirrnos sobre as ripologias vigentes para

a Pre-Hisroria Recenre acmalmeme, chegamos 11 conclusao que mui­

tos destes sitios arqueologicos se inserem nas seguimes caregorias:

- Local de implanta,ao: podem ser Silios de ar livre ou abrigos sob

rocha I grutas;

- Arquitecturas: recintos abertos ou fechados, tumulus) cistas, monu­

memos megaliticos, cromeleques, esrelas, menires, fossas, entre outros;

- Tempo: sazonal, temporario, permanence;

- Explora,ao do espa,o I Funcionalidade: habitat, povoado, sepulero,

santuario (advem da interpretayao dos dados);

- Praticas f Contextos: domestico; funerario-cultual; ritual (advem da

interpretayao dos dados).

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"Ndo me pareee que as pa/avras sejam inocuas. Povoddo, povoado

fortiflcado, recinto, neeropole [. .. j, todos tbn uma historia que

exp/ira nao 56 a sua aparipio, como a sua mais ou menos

prolongado manut,nrao"

UORGE 2003a: 9-10).

Ate ha POllCO tempo, tudo 0 que nio Fosse "enterramento" oem "san~

ru<irio de arte rupestre", era classificado como "povoado". 0 povoado

esra muiras vezes associado ao conceito de profano. Se nos deparar~

mas com urn sitio amuralhado, entaa sera urn local de defesa, urn

povoado fortificado. Estas c1assificaloes c1assicas assentam em dicoto­

mias: domestico I ritual; lugares dos vivos I lugares dos mortos.

A partir dos anos 90 do seculo passado, alguns pressupostos e para­

digmas foram colocados em causa, permitindo uma nova forma de

olhar os testemunhos materiais. Nas palavras de Susana Oliveira JORGE

(2003b: 1431), "mudou sobretudo a maneira de «olhar". Olhar os ves­

tigios arqueolOgicos, os sitios, a paisagem, a propria maneira de se fozer

arqueologia. Nao i pOl' deaso que ttpareceram imovos sitios) em diferentes

regibes transmontanas e alto durienses". Que sitios sao esses~ Surge, por

exemplo, a oo~ao de redotos mulrifuocionais Dude coexistem, de for­

ma rnuito complexa, diversos contextos riruais que, na pratica, sub­

vercem a tradicional dicotomia entre ''esparos domistieos / esparos sepul­

crais-rihldis" UORGE 2000: 97).

Segundo a mesma autora, exisre oa abordagem rradicional uma sepa­

ra~ao entre aquilo que sera da esfera do domestico, por oposi~ao ao

funerario e cultual, assim como a oposi~ao secular I profano versus ri­

tual. No entanro, 0 dominio "ritual" atravessa todos os contextos. Lo­

go, nao pode ser autonomizado. Daf que se tome fundamental pro­

blematizar a nOlaO de ritual (algo que excede os objecrivos de", arri­

go). Algumas nomendaruras esrao "viciadas", pois transp6em quase

que linearmente conceitos da nossa conremporaneidade para a Pre­

·Hisr6ria Recenre. Temos de ter consciencia de que uma necr6pole

megalitica na~ e urn cemiterio acrual; de que urn "povoado" Pre-His­

tarico na~ e igual ao povoado actual.

Ao colocar em causa a dicotomia domesrico I ritual, Susana Jorge le­

vanta uma inreressante discussao em Torno de terminologias e concei·

ros esrabilizados, como sejam "vida domestica", "uso comum I uso

domestico", "povoado", discussao esta que vai ser determinante para

a caracteriZ4yao dos ripos de sitios da Pre-Hisraria Recente, au mes­

rno para as questoes ligadas a constfUlao da paisagern em Pri-Histo­

ria. As realidades deixam de ser tao esranques para se tornarem mais fluidas.

A luz desta nova perspectiva, parece-nos redutor classificar de forma

categorica "sitios onde se vive" (povoados) e "sitios sagrados" (por ex.

"santuarios" de ane rupestre), a partir de uma analise exclusivamenre

arqueografica e muiras vezes superficial. Efectivamente, urn abrigo

sob rocha poderia ter funcionado como habitat, como necropole ou

ainda como "sanruario" de arte rupestre.

FIG. 3 - Torre principal do recinto pre-hisrorico de Casranheiro do Vento (Vila Nova de Foz COa), na campanha arqueologica de 2005.

Basicamente, temos de admitir urn polimorfismo de Steios arqueolo.

gicos. Urn sitio arqueologico pode rer varias ocupa\6es diferenciadas

com cronologias distintas.

Hoje temos consciencia de que um mesmo sido pode ter diferemes

significados em momemos diferemes. Sao as prdticas que atribuem

urn determinado significado ou sentido ao sitio arqueologico. No

entanto, so "conseguimos" perceber esse tipo de praticas atraves da

escavalao dos sitios arqueologicos e da definilao dos contmos onde

esses elememos materiais nos surgem. Esras questoes (aqui abordadas

de forma muito superficial) obrigam.nos a repensar conceitos, a ten­

tar encontrar novas oomenclaturas, mals adequadas a complexidade e

heterogeneidade das espacialidades pri-historicas.

Expomos de seguida a proposta de uma possive! tipologia de sitios

arqueologicos para a Pre-Hisroria Recenre para a Bacia Hidrografica

do Douro, que tern como base criterios ou categorias relacionados

com as arquitecturas dos sftios. Gostariamos de salienrar que esre e

urn rrabalho ainda em curso, passive! de alrera~6es, melhoramentos e

reflexaes (ver Fig. 4).

Em virrude desre oovo "olhar", tentamos compor expressoes descom·

prometidas (tanto quanto isso for possive! em Arqueologia), que nos

possibilitem integrar os sirios da Pre-Historia Receme em derermina·

dos Tipos, permitindo uma maior flexibilidade conceptual e urn

maior encaixe de realidades variaveis. Obviamente, urn rrabalho des·

ra natureza incorre numa serie de riscos, nomeadamente 0 de "esva·

ziar" algumas nomenclaturas de sentido. A maior diflculdade que en­

frentimos ao estruturar a tipologia que apresentamos continua a ser

a do conceito de "povoado". Optimos por altera-Io para "sitios com

estruturas peredveis", mas este nao e urn ponto pacifico oa discussao

que remos rido com varios colegas. Continuad a ser urn assunto em

aberto, quem sabe passive! duma discussao saudavel por parte da co­

munidade arqueol6gica em Portugal.

Page 9: 0 do Douro - IPB

dossii ARQUEOLOGlA DE TERRITORIO Srnos DA Pll-HmuRJA R£crNJt DA

BN:::tA. HIDROGAAflCA 00 DouRO

r - --- - --=---=---~- !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!~:::::=:L..----.. : N30 lmentnciomdos t Nlo Explici!OJ I bo rom /lUltrWS Ik wptrficid

r---- p---- ----, , ~:~\~~~~~.~~d~'!~~~~'fl~~~~~ ______ ~ ~:~A'.h'~d~~'W.u.~ .. 1

Menil~ ou EudH isoWos qlK tmcrgtm em lugu~ ~uu)n(lmos

Anc RUJXSfIr

p---- ---- r---- ----, , I AoAr Livre: I, Em Gmu I Abrigo

'~----'

4. A BASE DE DADOS DE

SITIOS DA P RE-H ISTORIA

RECENTE DA BACIA

H lDROGRAFlCA DO D OURO

Uma base de dados e urn instrumento de

trabalho fu ndamental em Arqueologia, na

qual e possivel armazenar dados de maneira

e5t[ururada. Organizimos a nossa Base de

Dados arraves da compila,ao de urn conjun­

to de dados sob a fo rma de flchas de sitios

arqueologicos. Pensamos que a flcha de sitio

que comp6e a nossa Base de Dados corresponde as exigencias que se

colocam a urn invemario sistematico de Patrimonio arqueologico. ern

especial da Pre-Histotia Recente, de uma atea tao ampla e diversifl­

cada como e 0 caso da Bacia Hidtograflca do Douro. E abrangente 0

suficiente para servir de supone ao levantamemo dos sltios arqueol6·

gicos que constituern os gtUpos tipologicos estabelecidos mas, ao

mesmo tempo. e suhcienremenre detalhada, na medida em que com·

porta todos os elementos considerados adequ.dos a identi flca,ao e

caracterjza~ao dos elementos a invenrariar. A sua concep~ao recolheu

i nspi ra~ao em diversas fichas aplicadas a invemaria~ao de patrim6nio

imovel, nomeadamente d. Direc,ao-Geral dos Edificios e Monu­

mencos Nacionais (Sistema de Invenrario do Patrimonio Arquitect6.

nico), do Instituto Portugues do Patrimonio Arquitectonico, do Ins­

tituto Pottugues de Arqueologia, da emptesa Ctivarque e do Projecto de bwentario do Patrimol1io Imovel dOl A,ores (ver Fig. 5).

A frcha de sitio atqueologico que se integra nesta Base de Dados en­

contra-se organizada em varios descritores, com os seus respectivos

campos e subcampos. Num primeiro POntO - Identiflca,ao -, identi­

fica·se 0 sitio arqueologico em causa atraves do seu numero de inven·

tario (atribuido de fotma sequencial) e explicita-se a sua designa,ao

ou designa~6es (por vezes, urn mesmo strio e conhecido par varios

nomes). De seguida, ptocede-se a sua Localiza,ao. Aqui reunimos urn

conjunto de informa~6es que congregarn as seguimes itens: top6ni.

rno I lugar, freguesia, concelho. distrito; acessos ao sido; Carta /vli/itar

de Portugal; a1timettia; latitude e longitude e respectiva fonte de in­

forma,ao. A Catacteriza,ao do Sitio conternpIa 0 tipo de sirio e respectivas obser­

va~6es que possarn ser necessarias, cronologia e data~6es absolutas que

\041 ",t .~ IIS'm(l7) 1 jL""O'O]'

Reci!ltClS

A<>ArLil,rt

Em Gruras I Abrigos

AuAr lil'lt

Em mligos I GlUtiS

FIG. 4 - Proposta de (ipos de Sitios Arqueol6gicos

da Pre-Historia Receme.

existam e descti,ao e tr. balhos efectuados (prospee,ao, lev.marnen­

to, escava~io). Decidimos individualizar as motivos de ane rupeme

encomrados no sitio arqueologico, para que essa in forma~io nao pas­

sasse despercehida. Foi ainda incluido urn item reference aD nueleo ou

conju1l(o de sitios. rais como nucleos de arte rupesrre au monumen­

[Os sob (limltlus que fayam pane, ou que os invesrigadores assumam

que fa>"", parte, da mesma tealidade. POt flm, comempla-se 0 estado

de conserva~o do sirio, imporranre, ja que mui tos deles se enconrram

compleramente destruidos. Consideramos importante a caracteriza­

~io do sitio arqueologico a varios niveis, nomeadarnente a Caraete­

riza~ao do Meio Envolvente (implanta~io topografica, contexto geo­

logico, Iinha de 'gua e observ.,6es respeitames a este assunto), a ca­

ractetiza, ao da Componente Artelactual e a Caracteriza, ao Etnogri­

fica (trad i~6es I lendas, circunsrancias da sua deseoberta. parriculari·

dades) que se relaciona com a tematica que estamos a estudar: paisa-

Page 10: 0 do Douro - IPB

gem e memoria social. Este e urn ponto-ehave da nossa invesriga~ao.

Olhamos para os Sirios com ocupac;6es Pre-Hisrorieas como urn pre­

texro para pereebermos esse sirio como urn rodo, tendo em conside­

ra~o nao s6 os elementos arqueogrificos, mas ram bern tentando per­

eeber de que forma as popllla~6es locais se relacionam com os mes­

mos. E preciso abrir a invesriga~ao arqueologica a urn eonjunro de

elementos que nio eosrumarn ser devidamenre analisados, au que

costumam ser olhados como meras euriosidades.

Inrroduzirnos ainda urn campo para observac;oes gerais e a bibliogra­

fi. consulrad •. Opramos por colocar 0 COdigo Naeion.1 de Sirio (que

remere p.ra 0 Endo\'elico) no final de cada fieh •.

5. N OTAS FINAlS

Neste anigo, procuramos reeer lima serie de considerac;6es com as

quais nos fomos canfromando no decurso da investiga~ao da Pre­

-Historia Reeente d. Bacia Hidrogcifica do Douro. nomeadameme

no processo de cons"u,;o da Base de Dados de sirios arqueologieos.

Abordimos superficialmeme a questao basilar da classifica,ao de

sirios arquealogicos em Pre-Historia Recenre, que deveria ser fruro de

discussao alargada. Apesar de ser urn terna bastanre comentado, exis­

[e pouca bibliografia sobre 0 assumo no nosso pais. Enecrar urn dia­logo emre pre-historiadores, promover uma discussao saudavel e

construriva sobre as questoes que aqui referimas brevemente1 e alga

que almejamos para urn futuro proximo.

FIG. 5 - E.murura da Ficha de Sitio da

Pre-Historia Rccenre da Bacia Hidrogrifica do Douro.

AGRADECIMENTOS

Agrade~o a Professora Domora Susana Oliveira Jurge (minha orien­

radora de Douroramenro), pel. sua d~pon i bi l idade em discurir

alguns dos pomos aqui abordados. Agrade,o igualmenre a Lesley

McFayden e a Andreia Arezes pelos seus conrriburos, assim como a

(ristiana Vcleda pela revisao do [(xro . .t

REFEMNCIAS BIBLIOGMFICAS E E LECTR6NICAS

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