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08. estudo demográfico | 3.ª fase | plano director municipal de monção
A . C a r a c t e r i z a ç ã o G e r a l
Para melhor conhecer a realidade de um concelho e para a sua consequente análise demográfica, é
necessário ter o conhecimento das suas características sócio-culturais, a evolução, a estratificação e as
perspectivas de crescimento da população de uma região. Os dados proporcionados pela análise
demográfica, permitirão a identificação de uma série de conjunturas e cenários de desenvolvimento, bem
como, das causas que estiveram na sua origem, apontando o melhor caminho para orientar e / ou
consolidar um quadro de intervenções estratégicas, no âmbito do presente Plano.
Recorreu-se, para a elaboração deste estudo, aos dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística -
INE ( Censos de 1960, 1970, 1981, 1991, e ainda, a alguns Resultados Preliminares e Definitivos dos
Censos 2001 ). Procurou-se, sempre que possível, proceder à análise de alguns indicadores desagregados
por freguesia, nos últimos decénios, com vista a enquadrar a estrutura e tendência de ocupação da
população no concelho.
O Concelho de Monção pertence actualmente à Comunidade Intermunicipal de Vale do Minho, e é
presentemente um dos centros urbanos com maior relevância na relação entre a Galiza e a Região Norte.
Localizado na NUT III - Minho-Lima, a mais setentrional das Sub-regiões Portuguesas, o Município de
Monção, faz a Norte (N), fronteira fluvial com a Galiza ( Espanha ), sendo limitado a Oeste (O) pelo
concelho de Valença, Sudoeste (SO), com o concelho de Paredes de Coura, a Sul (S), com Arcos de
Valdevez e, por fim, a Este (E), com Melgaço.
Figura 8.1. Enquadramento do Concelho de Monção na Sub - Região de Minho - Lima.
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Assenta numa base territorial de cerca de 211,2 Km², divididos administrativamente por 33 freguesias:
Abedim, Anhões, Badim, Barbeita, Barroças e Taias, Bela, Cambeses, Ceivães, Lapela, Lara, Longos
Vales, Lordelo, Luzio, Mazedo, Merufe, Messegães, Monção, Moreira, Parada, Pias, Pinheiros, Podame,
Portela, Riba de Mouro, Sá, Sago, Segude, Tangil, Troporiz, Troviscoso, Trute, Valadares e Cortes.
Inserido em pleno coração da futura Euro-região do Noroeste Peninsular, o concelho de Monção assume-
se como espaço de crescimento demográfico e económico em potência.
Com efeito, em 2001, residiam no Concelho de Monção, 19 957 pessoas, que representavam, cerca de 8%
da população da sub-região do Minho-Lima ( 250 273 indivíduos ) e 0,5% do quantitativo populacional da
Região Norte ( 3 687 212 indivíduos ). Mais de metade ( mais precisamente 53,1% ) desta população
assentava residência nos concelhos de Viana de Castelo ( 35,4% ) e Ponte de Lima ( 17,7% ), definindo,
conjuntamente com os Municípios de Monção ( 8,0% ), Valença ( 5,7% ) e Arcos de Valdevez ( 9,9% ) um
eixo interior de alguma dinâmica demográfica.
Da análise do Quadro 2.1., constata-se, desde logo, a existência de um assinalável decréscimo da
população, ao longo da década de 60, que se reflectiu num forte fenómeno de instabilidade na evolução da
dinâmica demográfica no concelho. Nos decénios intercensitários de 1960 / 70 houve um decréscimo de ( -
10,2% ), já na década de 1970 / 81 foi de ( -3,3% ). Nas décadas seguintes o decréscimo verificado
aumentou consideravelmente para os ( -8,4% ) tanto na década de 1981 / 91 como na de 1991 / 2001.
Quadro 8.1. Distribuição da Densidade e Variação Populacional.
Concelhos Área
( km2 )
População Residente Variação
( % )
Dens.( hab./km2 )
1960 1970 1981 1991 2001 60/70 70/81 81/91 91/01 2001
Arcos Valdevez 450 38 739 34 365 31 156 26 976 24 761 -11,3 -9,3 -13,4 -8,2 55,0
Caminha 136 16 688 13 680 15 883 16 207 17 069 -18,0 16,1 2,0 5,3 125,5
Melgaço 232 18 211 15 805 13 246 11 018 9 996 -13,2 -16,2 -16,8 -9,3 43,1
Monção 211 27 393 24 600 23 799 21 799 19 957 -10,2 -3,3 -8,4 -8,4 94,6
Paredes Coura 136 14 886 12 970 11 311 10 442 9 571 -12,9 -12,8 -7,7 -8,3 70,4
Ponte Barca 189 16 265 14 745 13 999 13 142 12 909 -9,3 -5,1 -6,1 -1,8 68,3
Ponte Lima 321 42 979 42 395 43 797 43 421 44 343 -1,4 3,3 -0,9 2,1 138,1
Viana Castelo 316 75 320 70 455 81 009 83 095 88 628 -6,5 15,0 2,6 6,7 280,5
V.N. Cerveira 110 - 8 645 8 666 9 144 8 852 - 0,2 5,5 -3,2 80,5
Valença 117 16 237 12 850 13 948 14 815 14 187 -20,9 8,5 6,2 -4,2 121,3
Minho-Lima 2 213 - 250 510 256 814 250 059 250 273 - 2,5 -2,6 0,1 113,1
Região Norte 21 194 - - 3 410 099 3 472 715 3 687 212 - - 1,8 6,2 174,0
Fonte : INE, Recenseamentos Gerais da População de 1960 a 1991 e Resultados Definitivos dos Censos 2001.
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A dinâmica demográfica observada, no decénio de 1960 / 70, reflecte porém tendências similares
registadas ao nível dos restantes municípios da Região Minho-Lima, sendo igualmente caracterizada por
taxas de crescimento negativas, que atingiram valores mais expressivos em Valença ( -20,9% ) Caminha
( -18% ) Melgaço ( -13,2% ) e Paredes de Coura ( -12,9% ). Este decréscimo populacional encontra na
emigração maciça para o estrangeiro e também nos movimentos migratórios internos, sobretudo para os
grandes centros urbanos de Lisboa e Porto, as suas causas principais, as quais, contribuíram certamente,
para acentuar as assimetrias existentes entre litoral / interior.
Convém referir que, apesar do panorama não ser muito positivo, ou seja, apesar de esta época ser
marcada por decréscimos populacionais significativos, verificou-se um impulso demográfico nos anos 70 e
80, que se cifrava globalmente nos 15,3 pontos percentuais.
Esta situação de diminuição do decréscimo da população concelhia, que se verificou, na década de 70,
não se explica exclusivamente como uma consequência da diminuição da emigração, encontrando
também expressão no significativo fluxo populacional das ex-colónias, fenómeno que se estendeu aos
concelhos da sub-região Minho-Lima ( 2,5% ) e a todas as regiões do País. Neste decénio conseguiu-se
esbater um período de tão considerável regressão demográfica, generalizada a um número significativo de
Municípios do País, ocorrida nos anos 60, consequência do forte fluxo migratório que já se vinha a registar
e que atingiu o seu pico nesse período. A evolução populacional por concelho neste agrupamento, na
década de 70, evidenciou contudo, configurações diferenciadas, uma vez que apenas os concelhos de
Caminha ( 16,1% ), Ponte de Lima ( 3,3% ), Viana do Castelo ( 15,0% ), Valença ( 8,5% ) e Vila Nova de
Cerveira ( 0,2% ) contribuíram para a recuperação demográfica registada neste período.
No período 1981/1991, volta a observar-se no concelho uma tendência de decréscimo ainda mais
acentuado da população ( -8,4% ), que foi acompanhado, pelos concelhos de Melgaço ( -16,8% ) e Arcos
de Valdevez ( -13,4% ). Mas, por outro lado, houve um acréscimo dos concelhos de Valença ( 6,2% ), Vila
Nova de Cerveira ( 5,5% ), Viana do Castelo ( 2,6% ) e Caminha ( 2% ). Estes concelhos da Ribeira Minho
revelaram-se focos de atracção, relativamente aos restantes concelhos do agrupamento, dada a sua
localização geográfica ( faz fronteira com a Galiza e onde se concentram áreas de grande qualidade de
solo agrícola ), acessibilidades ( onde o sistema de ocupação se articula com eixos viários estruturantes
como a EN 101, a EN 202 ), e centros de considerável decisão empresarial, entre outros.
Nesta década, a população da sub-região do Minho-Lima evidenciou algum recuo ( -2,6% ), embora sem
grande significado. A constatação simultânea de sucessivas quedas na população residente nos concelhos
de Monção, Melgaço, Paredes de Coura, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca ( que vem já desde os anos
60 ), leva-nos a inferir que este fenómeno se deve, não só à emigração para o estrangeiro ( da qual não
conseguiram recuperar na década seguinte, nem com o retorno dos cidadãos das ex-colónias ), mas
também, a um surto migratório para os concelhos do litoral, incrementando, assim, a desertificação do
interior desta sub-região e contribuindo para o aprofundamento do fosso existente entre às áreas do litoral
e do interior.
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Ainda, relativamente à população residente do Concelho de Monção, na última década, pode verificar-se o
constante decréscimo da população ao longo dos anos. Este fenómeno apenas sofreu um ligeiro
crescimento no ano de 2001.
No que diz respeito ao decénio 1991 / 2001, verifica-se um mesmo decréscimo de ( -8,4% ), que
representa um decréscimo de 1842 indivíduos a residirem no concelho. Ainda nesta temática da
demografia, ao nível dos vários concelhos da região Minho-Lima constata-se que somente Viana do
Castelo ( 6,7% ), Caminha ( 5,3% ) e Ponte de Lima ( 2,1% ) registam variações positivas da população
entre 1991 e 2001 ( bem distinto da média do Minho-Lima, que praticamente estabilizou ), ao contrário dos
restantes concelhos do agrupamento.
Para melhor se compreender a recente evolução demográfica no concelho, será talvez conveniente olhar
para o excedente de vidas ( saldo fisiológico ), que permaneceu durante a década de 90, negativo – isto é,
a taxa de mortalidade superou sempre a taxa de natalidade. Este comportamento do saldo fisiológico
contribuiu, assim, para que a população residente concelhia tenha decaído neste período, ao invés de
aumentar como aconteceu nos concelhos mais litorais do Minho-Lima.
O mesmo se verifica quando analisados os dados dos anos 2000 ao 2007, nos quais a taxa de mortalidade
continuou a suplantar a taxa de natalidade, o que se traduz numa taxa de crescimento natural negativa.
Taxa de Mortalidade e Natalidade em Monção
12,9
5,2
16,314,8
13,614,6
16,3
15,2
15,716,8
14,6
15,815,815,1
13,8
14,3
13,3
15,2
7,26,6
6,1
7
6,4
6,47,2
6,15,7
6,7
6,4
6,97,2
6,4
7,18,1
0
3
6
9
12
15
18
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Tx Mortalidade Tx Natalidade
Gráfico 8.1. Evolução das Taxas de Natalidade e de Mortalidade no Concelho de Monção ( 1991-1999 ).
Ainda sobre a evolução da população residente no concelho de Monção e, tendo em conta dados mais
recentes expressos no gráfico seguinte, verifica-se que a tendência de perda de população não se regista
de forma tão acentuada como nos anos ’90, podendo apontar-se para um cenário de alguma estabilização
ao nível populacional.
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População Residente em Monção (1991-2007)
19738
1964619838
19842
19837
19789
21799
21702 21464
2125721017
20755 20563
20295 20064
19818
19957
19 500
20 000
20 500
21 000
21 500
22 000
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Gráfico 8.2. População Residente no Concelho de Monção ( 1991-2007 ).
Fonte : INE.
O concelho de Monção registava, em 2001, uma densidade populacional relativamente baixa
( 94,6 hab / km² ), valor este abaixo dos 100 hab / km². Já os concelhos de Caminha ( 125,5 hab / km² ) e
Ponte de Lima ( 138,1 hab / km² ) registaram valores ligeiramente mais elevados. Viana do Castelo, por
sua vez, revelou a densidade populacional mais elevada de todo este agrupamento, registando
280,5 hab / km², a Região Norte um valor de 113,1 hab / km2 e a Região Norte 174,0 hab / km².
Relativamente à posição que o Concelho de Monção ocupa no agrupamento de concelhos, esta não se
restringe apenas, à proximidade de importantes eixos de acessibilidade ( como são o IP 1 - A 3, o IC 1 -
EN 13, EN 101 e EN 202 ), devendo-se também a aspectos de ordem natural ( relacionados com a
proximidade à beleza paisagística do Parque Nacional Peneda-Gerês e do Rio Minho ). Acresce ainda às
suas potencialidades, a aptidão dos solos para a agricultura e turismo que constituem as margens do Rio
Minho.
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Figura 8.2. Densidade Populacional na Sub-Região Minho-Lima.
No que diz respeito às acessibilidades pode dizer-se que Monção, não obstante não ter itinerários
principais confluentes ao seu centro, ao mesmo tempo de viagem que Valença está do Porto ou de Lisboa
e apresenta-se a meio do percurso entre Valença e Melgaço o que a torna, do ponto de vista das
acessibilidades, ao mesmo nível de qualquer cidade média do Norte de Portugal relativamente ao espaço
da Galiza. Muito contribui para isso, a sua proximidade à A 3, ao IC 1 e à prevista IC 28, aliás, com troço
de ligação entre Arcos de Valdevez e A 3 ( IP 1 ) já construído.
Deste modo, se pode concluir que, as condições geográficas que outrora eram, sem dúvida, enormes
debilidades para o concelho, fazem dele hoje, não um território excluído, mas um espaço com novas
potencialidades e, portanto, com novos desafios aos políticos e aos técnicos.
De qualquer forma, dizer que a rede de estradas cobre satisfatoriamente o concelho, não quer dizer que o
concelho tenha estradas em qualidade e quantidade compatíveis com as suas necessidades. Existem
muitas carências ao nível do perfil ( transversal e longitudinal ) das mesmas, bem como a existência de
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estrangulamentos físicos que impedirão o desenvolvimento de algumas partes do concelho. O estado de
conservação das estradas nem sempre é o melhor, sentindo-se a necessidade de algum investimento na
manutenção de alguns troços de vias.
Por tudo que foi analisado, pode-se concluir que a actual Rede Viária distribui-se de forma a apresentar
uma boa cobertura sobre o Concelho de Monção. A continuada aposta na melhoria da qualidade dessas
infra-estruturas, poderá contribuir inequivocamente, para o desenvolvimento do eixo do Alto-Minho, nas
diferentes escalas: regional, nacional ou mesmo transfronteiriça, em que Monção, por razões geográficas e
históricas poderá tomar a liderança.
A actual rede viária existente no Concelho tem despertado interesse a um conjunto de actividades
económicas localizadas ao longo da 101 entre Valença e a sede do Concelho. Da mesma forma o mesmo
começa a sentir-se no eixo Monção – Melgaço, principalmente desde que foram implementadas as
variantes à 101 e 202.
Alguns aspectos referentes à rede viária e acessibilidades serão desenvolvidos com mais profundidade
num capítulo próprio.
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B . E v o l u ç ã o e D i s t r i b u i ç ã o d a P o p u l a ç ã o
B . 1 . P o r F r e g u e s i a s
Os graus de intensidade de ocupação e de crescimento da população do concelho de Monção,
determinam fortes contrastes entre as zonas que fazem fronteira com o Rio Minho e as freguesias que se
localizam mais no interior do território municipal. Deste modo, as freguesias com uma densidade
populacional mais elevada localizam-se na frente ribeirinha, sendo elas Monção, Cortes, Troviscoso,
Mazedo e Bela, que constituem o núcleo urbano principal do concelho - centro polarizador de bens ( maior
oferta comercial ) e serviços ( por aqui se concentrarem os equipamentos estruturantes e os serviços de
utilização colectiva ), e por conseguinte, de uma vivência mais dinâmica e de uma qualidade de vida algo
diferenciada do restante território.
Há outro conjunto com elevada densidade populacional que são as freguesias que se desenvolvem ao
longo de parte da EN 101. Por outro lado, as freguesias que apresentam uma mais baixa densidade
populacional, são as que se localizam na parte sul do concelho e que fazem fronteira com os concelhos de
Paredes de Coura e Arcos de Valdevez.
Para esta situação concorrem diversos factores, entre os quais se destacam, os espaciais ( relacionados
com a sua localização fronteiriça, com todas as relações sócio-económicas que daí advêm ), as
acessibilidades nomeadamente a EN 102 e EN 202, o elevado potencial agrícola do Vale do Minho e uma
maior dinâmica económica ( comercial e industrial ).
Saliente-se, desde já, que Monção, freguesia e sede de concelho, apresenta a densidade mais elevada
( 846 hab / km2 ), muito superior ( cerca de seis vezes ) à média concelhia. Fazendo uma análise do
panorama concelhio, podemos dizer que as freguesias com mais baixa densidade populacional são as
freguesias de Luzio ( 20,6 hab / km2 ), Portela ( 26,2 hab / km2 ), Anhões ( 27,8 hab / km2 ), Abedim
( 34 hab / km2 ), Tangil ( 40,9 hab / km2 ) e Merufe ( 43,4 hab / km2 ) que correspondem precisamente às
freguesias, que como foi referido anteriormente, que se localizam na parte sul do concelho e que fazem
fronteira com os concelhos de Paredes de Coura e Arcos de Valdevez.
A seguir à sede de concelho, Monção, as freguesias que registam densidades mais elevadas são Cortes
( 236 hab / km2 ), Troviscoso ( 190,9 hab / km2 ), Moreira ( 190,2 hab / km2 ), Mazedo ( 190,2 hab / km2 ) e
Bela ( 180,8 hab / km2 ) mas mesmo assim, muito abaixo do valor verificado em Monção.
Acresce ainda, destacar, as freguesias de Barroças e Taias ( 131,3 hab / km2 ), Messegães
( 150,2 hab / km2 ), Barbeita ( 153,7 hab / km2 ), Lapela e Lara, ambas com ( 154,9 hab / km2 ) que
registavam, em 2001, uma densidade populacional acima dos 131 hab / km2, valor correspondente à média
concelhia.
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Relativamente às áreas de índole mais rural e onde as dinâmicas têm vindo a ser negativas, conduzindo a
um fenómeno de desertificação dos aglomerados, assiste-se a densidades populacionais mais baixas, com
as freguesias de Luzio, Portela, Anhões, Abedim, Lordelo, Badim, Tangil, Merufe e Trute ( registando
valores de densidade populacional abaixo dos 50 hab / km2 ), bem como Sá, Longos Vales, Riba de Mouro,
Sago, Pias, Podame e Parada ( estas mais a Sul e com índices de densidade entre 50 e 100 hab / km2 ),
apresentando valores inferiores à média concelhia.
Relativamente às freguesias que sofreram um maior decréscimo populacional do ano de 1991 para 2001,
destacam-se Portela ( -33,0% ), Badim ( -24,2% ), Merufe ( -27,4% ), Lordelo ( -22,1% ), e Riba de Mouro
( -22% ).
Quanto à evolução populacional registada no concelho, verifica-se que a dinâmica demográfica registada
entre os quatro decénios ( 1960-2001 ) aponta para variações consideravelmente relevantes
( Quadro 2.2. ), podendo-se, de certa forma, aferir a tendência para uma diminuição da dinâmica
demográfica ( com base no último decénio ), dado que se assiste a situações de decréscimo populacional
a um ritmo considerável.
No decénio 1960/1970 o concelho, registou um decréscimo muito acentuado, de cerca de 10%, da sua
população residente, consequência do forte fluxo migratório ( tanto para o litoral como para o Brasil e
Europa ) que então ocorreu e que caracterizou um período de regressão demográfica generalizada a um
número significativo de Municípios do País.
Figura 8.3. Densidade Populacional na Sub-Região Minho-Lima.
< 50 [ 50 - 99 [ [ 100 - 149 [ [ 150 - 199 [ [ 200 - 399 [ > 400
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Quadro 8.2. Variação e Densidade da População por Freguesia.
Freguesias Área
( km2 )
População Residente Variação ( % ) Dens.( hab/km2 )2001 1960 1970 1981 1991 2001 60/70 70/81 81/91 91/01
Abedim 7,6 524 430 352 311 260 -17,9 -18,1 -11,6 -16,4 34,0
Anhões 7,0 356 345 283 211 196 -3,1 -18,0 -25,4 -7,1 27,8
Badim 5,6 463 390 396 297 225 -15,8 1,5 -25,0 -24,2 40,0
Barbeita 6,9 1424 1245 1211 1094 1057 -12,6 -2,7 -9,7 -3,4 153,7
Barroças e Taias 2,7 425 415 438 373 356 -2,4 5,5 -14,8 -4,6 131,3
Bela 3,8 1073 1095 685 767 685 2,1 -37,4 12,0 -10,7 180,8
Cambeses 4,0 689 625 637 398 484 -9,3 1,9 -37,5 21,6 120,5
Ceivães 3,3 984 860 756 668 574 -12,6 12,1 -11,6 -14,1 172,8
Cortes 4,6 - - - 992 1080 - - - 8,9 236,0
Lapela 1,6 316 190 283 303 248 -39,9 48,9 7,1 -18,2 154,9
Lara 4,9 546 500 363 403 355 -8,4 -27,4 11,0 -11,9 154,9
Longos Vales 14,0 1830 1219 1370 1134 1101 -33,4 12,4 -17,2 -2,9 78,7
Lordelo 4,0 219 240 184 181 141 9,6 -23,3 -1,6 -22,1 35,5
Luzio 7,3 373 305 221 178 151 -18,2 -27,5 -19,5 -15,2 20,6
Mazedo ( e Cortes ) 7,6 * 2178 * 1785 * 2340 1388 1428 -18,0 31,1 -40,7 2,9 188,8
Merufe 28,5 1885 1635 1717 1704 1237 -13,3 5,0 -0,8 -27,4 43,4
Messegães 2,2 546 340 402 359 329 -37,7 18,2 -10,7 -8,4 150,2
Monção 3,0 2510 2645 2571 2592 2561 5,4 -2,8 0,8 -1,2 846,0
Moreira 3,7 852 840 846 750 709 -1,4 0,7 -11,3 -5,5 190,2
Parada 1,2 216 205 132 133 112 -5,1 -35,6 0,8 -15,8 92,0
Pias 11,1 1262 1085 1057 1021 944 -14,0 -2,6 -3,4 -7,5 84,9
Pinheiros 2,1 458 490 413 394 372 7,0 -15,7 -4,6 -5,6 174,4
Podame 3,6 505 510 513 376 321 1,0 0,6 -26,7 -14,6 88,0
Portela 8,1 522 395 373 318 213 -24,3 -5,6 -14,7 -33,0 26,2
Riba de Mouro 14,0 2185 2240 1783 1425 1111 2,5 -20,4 -20,1 -22,0 79,1
Sá 4,0 385 325 275 236 233 -15,6 -15,4 -14,2 -1,3 57,5
Sago 3,1 454 555 410 280 266 22,2 -26,1 -31,7 -5,0 84,6
Segude 2,4 545 520 461 431 389 -4,6 -11,3 -6,5 -9,7 164,2
Tangil 22,9 1518 1460 1417 1105 936 -3,8 -2,9 -22,0 -15,3 40,9
Troporiz 2,4 421 305 296 301 297 -27,6 -3,0 1,7 -1,3 125,2
Troviscoso 5,7 924 825 873 1073 1089 -10,7 5,8 22,9 1,5 190,9
Trute 6,0 461 415 454 364 278 -10,0 9,4 -19,8 -23,6 46,2
Valadares 2,0 399 245 287 239 218 -38,6 17,1 -16,7 -8,8 109,0
CONCELHO 211,2 27448 23679 23799 21799 19956 -13,7 0,5 -8,4 -8,5 94,5
Fonte : INE, Resultados Definitivos dos Censos 2001.
(*) - Valores referentes à área geográfica correspondente às freguesias de Mazedo e Cortes.
ventura da cruz planeamento / lugar do plano / le ituras do território | 8.11
08. estudo demográfico | 3.ª fase | plano director municipal de monção
A situação de decréscimo populacional continuou a verificar-se, na década de 80, mas de um modo menos
acentuado ( -3,25% ), facto este que adveio da consequência da diminuição da emigração, mas
fundamentalmente devido ao fluxo da população das ex-colónias, fenómeno que se verificou, grosso modo,
em quase todas as regiões do País. Já, nas décadas seguintes, registou-se uma diminuição da ordem dos
8,4%, tendo o concelho de Monção
No último decénio ( 1991/2001 ), regista-se uma inversão na tendência de crescimento populacional que se
vinha registando no concelho de Monção, sofrendo uma variação negativa de ( -8,4% ).
Esta situação revela particular interesse, pois começa-se a definir em termos futuros, uma tendência para
uma certa diminuição da população do Concelho, essencialmente como consequência do decréscimo do
crescimento natural, ao qual está evidentemente associado o envelhecimento da população.
Relativamente às variações de crescimento ocorridas nas Freguesias do Concelho, verifica-se que:
Apenas três freguesias, de 1991 para 2001, registavam um crescimento populacional positivo: a
freguesia de Cambeses com um aumento populacional na ordem dos 21,6%, tendo recebido mais
86 indivíduos; a freguesia de Cortes com mais 8,9% da população ( de referir que este aumento de
88 pessoas deve-se ao facto de Cortes ter passado a freguesia, fazendo anteriormente parte da
freguesia de Mazedo ), e, por fim, a freguesia de Troviscoso que teve um aumento muito tímido, de
cerca de 1,5%;
Ainda na década de 1991 para 2001, no que diz respeito a decréscimos, as freguesias a mencionar
são elas a de Portela, com um decréscimo de 33,0% e a de Badim com um decréscimo de 24,2%;
Entre os censos de 1981 e 1991, Abedim foi a freguesia que demonstrou ter uma maior perda
populacional, na ordem dos 41,5%, ao lado de Mazedo que se registou um decréscimo de 40,7%.
No entanto, relativamente a Mazedo foi o facto de Cortes até então ter feito parte da freguesia de
Mazedo, fez com que naturalmente uma percentagem considerável da sua população residente
passasse a fazer parte desta nova freguesia;
Entre 1970 e 1981, poucas foram as freguesias que da totalidade que constituem o concelho ( 33 )
que registaram variações positivas, sendo elas Lapela ( 48,6%, com um aumento populacional de 93
indivíduos ), Mazedo ( incluindo a freguesia de Cortes ) ( 31,1% ), Messegães ( 18,2% ), Valadares
( 17,1% ), e ainda Trute ( 9,4% ), Troviscoso ( 5,8% ), Barroças e Taias ( 5,5% ) Merufe ( 5% );
De registar ainda freguesias que, ao longo das últimas quatro décadas, foram continuamente
perdendo a sua população, a freguesia de Luzio foi a que registou uma maior perda populacional,
na ordem dos 59,5%, seguindo-se Portela com ( 59,2% ), Badim ( 51,4% ) e, por último, Abedim
( 50,9% ). Apenas se referem estas quatro freguesias, apesar deste fenómeno afectar, na
generalidade, todo o concelho, excepto as freguesias de Monção, Cortes e Troviscoso. Monção
como maior centro urbano e como maior centro empregador do concelho, conseguiu atrair
ventura da cruz planeamento / lugar do plano / le ituras do território | 8.12
08. estudo demográfico | 3.ª fase | plano director municipal de monção
população, tal como Troviscoso que é uma freguesia contígua a Monção. Já Cortes registou um
aumento, visto ter sido desintegrada da freguesia de Mazedo.
As freguesias que se apresentam com o mais elevado índice populacional são elas, naturalmente
Monção, segundo os últimos dados disponíveis do INE, de cerca de 2561, seguindo-se seis
freguesias com um número superior aos mil habitantes, sendo elas, Mazedo ( 1428 ), Merufe
( 1237 ), Riba de Mouro ( 1111 ), Troviscoso ( 1089 ) e, por último, Cortes ( 1080 );
Globalmente, são apenas três as Freguesias que apresentavam, em 2001, um quantitativo
populacional superior ao registado em 1960, ( Monção, Troviscoso e Cortes ), permitindo definir-se
um cenário de uma forte regressão demográfica. Sendo que a freguesia de Cortes apenas foi
separada administrativamente da freguesia de Mazedo 24 de Agosto de 1989.
A capacidade do Município de retenção / atracção da sua população, nestes quatro períodos, traduziu-se
de uma forma diferenciada pelas suas freguesias. Tal situação terá derivado da conjugação de diversos
factores, aos quais não serão alheios questões como a maior ou menor proximidade ao principal centro de
concentração das funções urbanas, Monção, o maior ou menor nível de acessibilidade às principais vias
estruturantes do Concelho, a estrutura produtiva e obviamente factores de ordem social e cultural.
B . 2 . E s t r u t u r a d a P o p u l a ç ã o p o r G r u p o s E t á r i o s e p o r S e x o
A análise de uma população por Grupos de Idade e Sexo assume-se de grande importância quando se
pretende avaliar a sua vitalidade, conhecer a sua evolução futura e identificar as causas de alguns
desequilíbrios, entre escalões etários e sexos.
Permitirá desta forma, determinar indicadores importantes como os Coeficientes de Dependência e de
Envelhecimento, que numa perspectiva dinâmica, contribuirão para a definição e programação equilibrada
dos equipamentos e serviços necessários à estrutura populacional da área-plano.
A evolução da estrutura etária do Concelho, representada no Quadro 2.3., bem como, o Gráfico 2.3,
reflectem bem o fenómeno da diminuição da natalidade, circunstância referida no ponto anterior. Com
efeito, a suas leituras permitem extrair algumas ilações:
O acentuado recuo do estrato da população mais jovem ( 0-14 anos ), combinada com o aumento
do peso relativo dos escalões de maior idade ( > 65 anos ), traduz o envelhecimento da população.
A faixa etária dos ( 0-14 anos ) teve um decréscimo de cerca de ( -39,7 % ), enquanto a faixa etária
( > 65 anos ) aumentou cerca 17,3 %. Neste contexto, torna-se relevante o aumento considerável da
população idosa ( em 1991, os idosos representavam 19,6 %, valor percentual este, que aumentou
consideravelmente para 25,1 % em 2001) resultante, quer de uma tendência de envelhecimento
natural da população, como também, consequência da melhoria das condições de vida ( assistência
médica, social, etc. ). Acresce, ainda, referir que a população das camadas etárias mais novas
decresce devido a uma tendencial e contínua diminuição da natalidade, circunstância que será
ventura da cruz planeamento / lugar do plano / le ituras do território | 8.13
08. estudo demográfico | 3.ª fase | plano director municipal de monção
aprofundada no capítulo seguinte desta análise. A variação negativa da população censitária, entre
1991 e 2001, é assim determinada por um saldo fisiológico negativo. De facto, a camada etária dos
0 aos 14 anos, diminuiu dos 18,1 %, em 1991, para os 11,9 % no ano de 2001.
Relativamente ao quadro abaixo apresentado pode reter-se várias informações, pode referir-se que,
no ano de 1991, o grande grupo etário representando uma fatia de 48,7%, era a população
residente pertencente ao grupo dos 25 aos 64 anos. Estando os restantes grandes grupos etários de
certa forma equilibrados. Já relativamente ao ano de 2001, a faixa que abrange os 25 aos 64 anos,
continua a corresponder à maior faixa etária. A população em idade activa ( 15 – 64 anos ), ou seja,
( 15-24 anos ) e dos ( 25-64 anos ) registou um decréscimo da ordem dos ( -10,6 % ) e ( -6,6 % ),
respectivamente.
Do quadro abaixo apresentado, pode referir-se que o grande grupo etário com uma maior
percentagem é o que abrange os 25-64 anos, que corresponde à população considerada activa.
Índices de Envelhecimento e Juventude de Monção
0
50
100
150
200
250
300
1981 1991 2001
Índice de Envelhecimento Índice de Juventude
Gráfico 8.3. Evolução do Índices de Envelhecimento e de Juventude
no Concelho de Monção ( 1981-2001 ).
Quadro 8.3. Variação e Densidade da População por Freguesia.
Classes Etárias
Homens e Mulheres Homens e Mulheres Variação 1991 - 2001
1991 % 2001 % 1991/2001 %
0-14 3 937 18,1 2 375 11,9 -1 562 -39,7
15-24 2 986 13,7 2 670 13,4 -316 -10,6
25-64 10 608 48,7 9 904 49,6 -704 -6,6
> 65 anos 4 268 19,6 5 007 25,1 739 17,3
Total 21 799 100,0 19 956 100,0 -1843 -8,5 Fonte: INE, Censos 2001, Q.1.02.
ventura da cruz planeamento / lugar do plano / le ituras do território | 8.14
08. estudo demográfico | 3.ª fase | plano director municipal de monção
Quadro 8.4. .Distribuição da População por Sexos e Idades e Relação de Masculinidade
Classes
Etárias
Homens Mulheres Relação de Masculinidade
2001 2001 % 2001 %
< 4 anos 301 1,5 331 1,7 909
5—9 395 2,0 376 1,9 1051
10--14 517 2,6 455 2,3 1136
15 - 19 645 3,2 673 3,4 958
20 - 24 674 3,4 801 4,0 841
25 - 29 566 2,8 566 2,8 1000
30 - 34 491 2,4 579 2,9 848
35 - 39 557 2,8 671 3,3 830
40 - 44 666 3,3 652 3,3 1021
45 - 49 555 2,8 697 3,5 796
50 - 54 538 2,7 673 3,4 799
55 - 59 548 2,7 712 3,5 770
60 - 64 606 3,0 827 4,1 733
65 - 69 644 3,2 928 4,6 694
70 - 74 514 2,6 691 3,4 744
75 - 79 439 2,2 603 3,0 728
80 - 84 248 1,2 414 2,1 599
> 85 anos 172 0,9 343 1,7 501
Total 9076 45,2 10992 54,8 826
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População de 1991 e Censos 2001 - Q.6.01
Observando a pirâmide etária da população de 2001, é possível verificar que reflecte um panorama de
uma população envelhecida, percebe-se que a base da pirâmide é muito estreita o que demonstra uma
baixa taxa de natalidade. Por outro lado, as faixas etárias mais elevadas, a partir dos 60 aos 74 anos a
percentagem é bastante elevada, daí que facilmente se percepciona, através da estrutura etária da
população de 2001 que, de facto, a população do concelho de Monção está a ficar cada vez mais
envelhecida. Este facto vai fazer com que as necessidades do concelho se alterem e que o município tem
que estar ciente destas transformações, a nível demográfico, que irão trazer consequências de carácter
social e de natureza vária. O envelhecimento da população vai requerer um maior investimento e uma
maior procura de serviços de apoio à terceira idade, nomeadamente centros de dia, serviços de saúde e de
apoio ao domicílio, para chegar estes serviços às várias freguesias do concelho, principalmente aquelas
que não usufruem de uma boa rede de transportes, que faz com que estas se tornem isoladas.
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His
tog
ram
a 8
.1.
Pirâ
mid
e Et
ária
– 2
00
1
His
tog
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Pirâ
mid
e Et
ária
– 1
99
1
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08. estudo demográfico | 3.ª fase | plano director municipal de monção
Procuraremos, agora, identificar o peso de cada sexo, na estrutura etária da população, através do
indicador “relação de masculinidade”. Tendo como referência, ainda o Quadro 2.4., constata-se que, no
ano de 2001, a relação entre o número de homens e o número de indivíduos do sexo feminino, varia de
escalão para escalão etário, sendo porém, desde logo evidente que, globalmente existiam apenas 826
homens por cada 1000 mulheres, no concelho de Monção. A superioridade quantitativa do sexo masculino
apenas se regista nas classes etárias dos ( 5-9 anos ), em que havia 395 homens e, por seu lado, 376
mulheres; na classe etária dos ( 10-14 anos ), que os homens eram 517, enquanto as mulheres eram 455;
na classe etária ( 40-44 anos ), os homens eram 666 e as mulheres 652. Em todas as outras faixas etárias,
o número de mulheres é superior ao dos homens, exceptuando a classe etária, dos ( 25-29 anos ), em que
o número de homens e mulheres é exactamente igual e igual a 566.
Quadro 8.5. Taxa de Envelhecimento, Coeficiente de Dependência e Relação de Substituição de Gerações em Monção (1991, 2001).
Unidade Geográfica Ano
Grupos Etários Índice deVitalidade
a )
Coeficiente de
Dependência b )
Relação de Substituição de Gerações
c ) 0 - 14 15 - 24 25 - 64 > 65
Abedim 1991 49 40 136 86 175,5 76,7 ( * )
2001 19 36 125 80 421,1 61,5 ( * )
Anhões 1991 19 12 114 66 347,4 67,5 ( * )
2001 16 11 95 74 462,5 84,9 ( * )
Badim 1991 60 41 138 58 96,7 65,9 ( * )
2001 28 24 109 64 228,6 69,2 ( * )
Barbeita 1991 204 135 559 196 96,1 57,6 ( * )
2001 113 163 520 261 231,0 54,8 ( * )
Barroças e Taias
1991 64 53 181 75 117,2 59,4 ( * )
2001 53 43 177 83 156,6 61,8 ( * )
Bela 1991 128 110 379 150 117,2 56,9 ( * )
2001 98 79 331 177 180,6 67,1 ( * )
Cambeses 1991 66 55 187 90 136,4 64,5 ( * )
2001 57 69 227 131 229,8 63,5 ( * )
Ceivães 1991 113 71 358 126 111,5 55,7 ( * )
2001 49 74 279 172 351,0 62,6 ( * )
Lapela 1991 57 39 151 56 98,2 59,5 ( * )
2001 20 41 123 64 320,0 51,2 ( * )
Lara 1991 82 36 188 97 118,3 79,9 ( * )
2001 44 53 149 109 247,7 75,7 ( * )
Longos Vales 1991 215 144 525 250 116,3 69,5 ( * )
2001 133 160 533 275 206,8 58,9 ( * )
Lordelo 1991 26 21 83 51 196,2 74,0 ( * )
2001 7 23 69 42 600,0 53,3 ( * )
Luzio 1991 24 12 90 52 216,7 74,5 ( * )
2001 9 12 65 65 722,2 96,1 ( * )
Mazedo 1991 293 205 660 230 78,5 60,5 ( * )
2001 231 200 774 223 96,5 46,6 ( * )
Merufe 1991 300 299 797 308 102,7 55,5 ( * )
2001 109 161 604 363 333,0 61,7 ( * )
ventura da cruz planeamento / lugar do plano / le ituras do território | 8.17
08. estudo demográfico | 3.ª fase | plano director municipal de monção
Quadro 8.5. Taxa de Envelhecimento, Coeficiente de Dependência e Relação de Substituição de Gerações em Monção (Continuação).
Unidade Geográfica Ano
Grupos Etários Índice deVitalidade
a )
Coeficiente de
Dependência b )
Relação de Substituição de Gerações
c ) 0 - 14 15 - 24 25 - 64 > 65
Messegães 1991 64 42 174 79 123,4 66,2 ( * )
2001 36 38 171 84 233,3 57,4 ( * )
Monção 1991 487 362 1358 385 79,1 50,7 ( * )
2001 320 378 1278 585 182,8 54,7 ( * )
Moreira 1991 121 106 365 158 130,6 59,2 ( * )
2001 79 100 353 177 224,1 56,5 ( * )
Parada 1991 35 5 64 29 82,9 92,8 ( * )
2001 15 20 49 28 186,7 62,3 ( * )
Pias 1991 155 125 510 231 149,0 60,8 ( * )
2001 114 108 469 253 221,9 63,6 ( * )
Pinheiros 1991 64 59 180 91 142,2 64,9 ( * )
2001 44 50 183 95 215,9 59,7 ( * )
Podame 1991 50 53 192 81 162,0 53,5 ( * )
2001 30 37 162 92 306,7 61,3 ( * )
Portela 1991 44 42 143 89 202,3 71,9 ( * )
2001 17 26 104 66 388,2 63,9 ( * )
Riba de Mouro
1991 285 200 653 287 100,7 67,1 ( * )
2001 131 130 548 302 230,5 63,9 ( * )
Sá 1991 43 18 115 60 139,5 77,4 ( * )
2001 31 30 103 69 222,6 75,2 ( * )
Sago 1991 45 41 132 62 137,8 61,9 ( * )
2001 34 25 137 70 205,9 64,2 ( * )
Segude 1991 82 65 209 75 91,5 57,3 ( * )
2001 42 66 192 89 211,9 50,8 ( * )
Tangil 1991 186 156 506 257 138,2 66,9 ( * )
2001 82 101 455 298 363,4 68,4 ( * )
Troporiz 1991 48 41 148 64 133,3 59,3 ( * )
2001 34 42 144 77 226,5 59,7 ( * )
Troviscoso 1991 240 152 510 171 71,3 62,1 ( * )
2001 148 178 564 199 134,5 46,8 ( * )
Trute 1991 52 70 173 69 132,7 49,8 ( * )
2001 44 29 135 70 159,1 69,5 ( * )
Valadares 1991 37 29 121 52 140,5 59,3 ( * )
2001 26 22 111 59 226,9 63,9 ( * )
Cortes 1991 199 147 509 137 68,8 51,2 ( * )
2001 162 141 566 211 130,2 52,8 ( * )
Concelho 1991 3937 2986 10608 4268 108,4 60,4 1.12
2001 2375 2670 9904 5007 210,8 58,7 ( * )
Minho Lima
1991 51600 39356 117452 41651 80,7 59.47
2001 37796 35894 126429 50154 132,7 54,20
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População de 1991 e Resultados Provisórios dos Censos 2001.
a ) Pop. ( 65 e + anos ) / Pop. ( 0-14 anos ) x 100 | b ) Pop. ( 65 e + anos + Pop. ( 0-14 anos ) / Pop. ( 15-64 anos ) x 100
c ) Pop. ( 15-39 anos ) / Pop. ( 40 - 64 anos ) | ( * ) – Não se possui informação relativa à estrutura etária da população por freguesia
e por concelho nos extractos. ( 15-39 anos ) e ( 40 - 64 anos ) referente aos Censos 2001, pelo que não foi possível, o cálculo dos
indicadores em causa.
ventura da cruz planeamento / lugar do plano / le ituras do território | 8.18
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Relativamente ao Quadro 2.5. é possível tecer algumas considerações sobre a evolução de alguns
indicadores demográficos, igualmente pertinentes para a análise que se está a desenvolver sobre a
distribuição populacional por estratos etários. Através do indicador “Coeficiente de Dependência”
relacionar-se-á, por exemplo, o quantitativo das pessoas que na sua maioria, não produzem riqueza
( jovens e idosos ), com o extracto da população em idade de produzir ( população activa ), evidenciando
tanto maior desequilíbrio, quanto maior for o seu índice.
Por sua vez, através do relacionamento entre os activos mais novos e os mais velhos, obter-se-á
indicações sobre a capacidade que as gerações mais recentes têm, de vir a substituir as mais antigas.
Quanto maior o valor deste índice mais probabilidades existem de ser garantida a substituição da geração
criadora. Se esta relação for inferior à unidade, a substituição é posta em risco. Posto isto, da análise do
Quadro 2.5. é de relevar o seguinte:
Uma redução do ‘ coeficiente de dependência ’ ( razão entre a população dos grupos etários
potencialmente activos e os potencialmente não activos ), cerca de 102 pontos ( passou de 108,4
para 210,8 ), circunstância que resulta basicamente do decréscimo da população jovem entre 1991
e 2001, como consequência da constante diminuição da natalidade no decénio 1991 / 2001, bem
como, do número de dependentes jovens; Simultaneamente, o incremento do número de idosos,
neste período ( 17,3 % ) fez com que o coeficiente de dependência se aumentasse, pois este grupo
etário aumentou o seu peso. É, no entanto, atenuado, de um modo geral, o desequilíbrio entre
‘ activos ’ e ‘ inactivos ’;
Ao nível das freguesias, manifestam-se preocupantes os índices de envelhecimento atingidos, em 2001,
nas freguesias de Luzio ( 722,2 ), Anhões ( 462,5 ), Abedim ( 421,0 ), Portela ( 388,2 ), Tangil ( 363,4 ),
Ceivães ( 351,0 ), relativamente ao ano de 1991, tendo a relação entre o escalão de indivíduos com mais
de 65 anos e o estrato etário inferior a 14 anos, atingido o seu expoente em Luzio, passando de 2 idosos
por cada jovem, para cerca de 7 idosos por cada jovem, actualmente. Luzio, segundo este indicador,
apresenta-se como a freguesia que mais idosos tem por jovem, ou seja, Luzio tem presentemente uma
relação de 7:1. Nas freguesia de Abedim, Anhões, Portela apresentam-se com um elevado índice de
envelhecimento, ou seja, com uma relação de 1:4, um jovem para 4 idosos; Já em Ceivães, esta relação é
de cerca de 1 para três, tal como na freguesia de Tangil.
No que diz respeito ao coeficiente de dependência, as freguesias em que se verificou um aumento mais
significativo foram as freguesias de Trute, em que se registou um aumento de 39,6 % relativamente ao ano
de 1991, ou seja, houve um aumento de 19,7 pontos; Luzio também foi uma freguesia em que o coeficiente
de dependência aumentou consideravelmente, reflexo de uma população bastante envelhecida, o
incremento foi de 29,0 %, passou de 74,5 para 96,1, registou-se um aumento de 21,6 pontos; Anhões, em
1991, tinha um coeficiente de dependência de 67,46 %, passando em 2001 para 84,91 %, o incremento foi
de 25,8 %, que corresponde a um aumento de 17,4 pontos; a freguesia de Bela, apesar de o índice de
vitalidade não ser elevado como as demais freguesias, registou, mesmo assim, um aumento de 17,9 % de
1991 para 2001, registando um aumento de 10,2 pontos. Ainda a freguesia de Podame, no panorama geral
do concelho, registou um coeficiente de dependência de 61,31, em 2001, mais 14,6 % do que no ano de
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1991. O aumento foi, então, de 7,8 pontos. Por fim, na freguesia de Ceivães, em 1991, o coeficiente era de
55,71, enquanto, no ano de 2001, este valor passou a ser de 62,61 %, o aumento foi de 12,4 % que
corresponde a um incremento de 6,9 pontos. Este indicador reflecte o que até então tem sido dito, ou seja,
que de 1991 para 2001, houve, de facto, um aumento da dependência das classes etárias inactivas
relativamente aos escalões etários em idade activa.
Não são, no entanto, resultados inesperados, na medida em que corresponde às freguesias mais interiores
e rurais do concelho em que a perda de população, ao longo das últimas décadas, tem sido uma
constante, todos estes factores aliados à baixa taxa de natalidade registada, em todas as freguesias do
concelho, que faz com que as dinâmicas existentes sejam muito frágeis. Desta forma, a desertificação
destas áreas vai sendo uma constante, também pelo facto do tecido empresarial não ser muito competitivo
o que faz com que no concelho, não sejam oferecidas condições de fixação das populações mais jovens e
que estes se deslocalizem para a sede de concelho e, por vezes, para os concelhos limítrofes e mesmo
para Espanha. Este fenómeno verifica-se visto as oportunidades de emprego em vários sectores da
economia, que não na agricultura, perspectiva para os mais jovens melhores perspectivas de vida.
Para que as freguesias de menor crescimento populacional voltem a ser atractivas, ou melhor, consigam
apresentar “vantagens competitivas” relativamente às outras é necessário que existam condições que
realmente reflictam qualidade mínimas de vida para as populações, nomeadamente, a instalação de
infraestruturas básicas tais como o abastecimento de água de qualidade, de esgotos, electricidade, recolha
de lixos e instalação de ecopontos. Para além destes aspectos de grande importância, para tentar inverter
as tendências de desertificação verificadas no concelho, é necessário promover a fixação da população
através de equipamentos desportivos e de carácter sócio-cultural, para desenvolver actividades e outro tipo
de equipamentos, de forma a servir as populações mais idosas. No entanto, é necessário que a rede de
equipamentos seja elaborada de modo integrador, ou seja, as freguesias devem cooperar de modo a que,
em conjunto, ofereçam às populações uma maior diversidade de serviços, sem, no entanto, em cada uma
delas haver efectivamente todos os serviços.
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C . P o p u l a ç ã o p o r N í v e l d e I n s t r u ç ã o
Recorrendo ao Quadro 2.6., pode-se caracterizar o nível de instrução da população residente do concelho
de Monção.
Cerca de 2909 indivíduos, constituíam a população escolar que se encontrava a frequentar o ensino, em
2001, correspondendo a aproximadamente 14,6% da população residente do concelho. Desta forma, o
concelho de Monção apresentava, ainda, valores médios de frequência escolar abaixo dos registados, quer
na sub-região Minho-Lima ( 18,4 % ), quer na Região Norte ( 21,6 % ).
Quadro 8.6. Grau de Instrução atingido / Frequência de ensino da população residente – 2001.
Monção Minho - Lima Região Norte
N.º % N.º % N.º %
População Residente 19 956 100.0 250 273 100.0 3 687 212 100.0
População – Nenhum Nível de Ensino 3 299 16.5 39 781 15.9 518 597 14.1
População – 1.º Ciclo Ensino Básico 8 753 43.9 99 020 39.6 1 381 758 37.5
População – 2.º Ciclo Ensino Básico 2 668 13.4 37 762 15.1 560 497 15.2
População – 3.º Ciclo Ensino Básico 1 639 8.2 24 536 9.8 392 271 10.6
População – Ensino Secundário 2 226 11.2 29 696 11.9 490 839 13.3
População – Ensino Médio 75 0.4 1 053 0.4 17 974 0.5
População – Ensino Superior 1 296 6.5 18 425 7.4 325 276 8.8
População a frequentar o ensino 3 515 17.6 47 662 19.0 759 299 20.6
Fonte: INE, Censos 2001 – Quadro 6.04.1
O nível de instrução predominante no concelho de Monção é o 1.º Ciclo do Ensino Básico ( ensino
primário ), representando quase tanto, quanto o conjunto de todos os outros níveis de ensino ( 43,9 % ). A
primeira ilação que se poderá tirar destes valores, sabendo que a natalidade tem vindo a diminuir, nas
últimas décadas, é que são cada vez mais, as crianças que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico sendo
cada vez menor o quantitativo que dá continuidade aos seus estudos.
A taxa de analfabetismo ( razão entre a população com mais de 10 anos que não sabe ler nem escrever e
a população residente com mais de 10 anos ), era em 2001, de 14,1 o que equivalia a que, em cada 100
residentes com idade superior a 10 anos, cerca de 14 eram analfabetos. Valores estes, que se podem
considerar ainda, excessivos e preocupantes atestando a existência de um marcado carácter rural do
concelho. A taxa de analfabetismo, na Sub-Região Minho-Lima, por seu lado rondava os 12 %.
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Relativamente aos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, os valores observados, em 2001 ao nível concelhio
são ligeiramente inferiores ( 21,6 % ), às verificadas na Região Norte: cerca de 25,8 % da população
residente completou ou frequenta / frequentou o 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, média que se apresenta
superior em 0,9 pontos percentuais ( fronteira ténue ) à da sub-região Minho-Lima.
Já no que respeita ao Ensino Secundário, cerca de 11,2 % ( 2226 pessoas ) detinham ou ainda
frequentavam este nível de ensino, média esta, que acompanha o cenário verificado na sub-região do
Minho-Lima ( 11,9 % ) e que não se encontra muito longe da registada no Norte do País ( 13,3 % ). Sendo
do conhecimento geral, que o grau de especialização de mão-de-obra, é um dos aspectos mais
susceptíveis de influenciar o desenvolvimento local / regional, será este um nível de leccionação em que se
deverá apostar, nomeadamente através da promoção de cursos com uma componente vocacional
profissionalizante, em função das capacidades e potencialidades dos sectores da actividade económica
locais e dos equipamentos já instalados. Só suprindo as deficiências no campo da formação técnico-
profissional, se poderão colmatar as carências de mão-de-obra especializada.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
%
EB 1.º Ciclo EB 2.º e 3.ºCiclos
Ens.ºSecundário
Ens.º Superior
Nível de Ensino
Alunos Matriculados em 1999/2000 - Minho-Lima e Monção
Minho-LimaMonção
Gráfico 8.4. Alunos Matriculados em 2000/2001 na sub-região Minho-Lima e em Monção.
( Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Norte de 2001, Quadro: Alunos
Matriculados segundo o Ensino Ministrado no Ano Lectivo 2000/2001 )
Os valores para a população com um nível de ensino além do secundário simplesmente é nulo, isto é, no
concelho de Monção no ano lectivo de 2000/2001, não houve população inscrita no ensino superior,
enquanto que na Sub-Região Minho-Lima a percentagem rondava os 7,2 %, percentagem esta que
representava 3946 indivíduos. Desta forma, facilmente se percebe que a situação não é muito positiva
relativamente ao grau de escolaridade da população concelhia, que faz com que se possa dizer que a
mão-de-obra qualificada não deve abundar em Monção.
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Pode-se de certo modo, concluir, que a área em estudo, se caracterizava por um nível de instrução baixo,
dado que aproximadamente 73,8 % da população não possuía mais do que o 1.º e 2.º ciclos do ensino
básico ( ensino primário e preparatório ), e que apenas, cerca de 6,9% da população possui ou ainda
frequenta um grau de ensino, para além do secundário.
Comparando estes valores com os registados na sub-região de Minho-Lima, podemos referir que a
tendência registada no concelho, reflecte a realidade da região em geral.
Grau de Instrução no Concelho e Sub-Região – 2001
16,5%15,90%
43,9%39,60%
21,6%24,90%
11,2%11,90%
6,9% 7,80%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
Nenhum Níve
l
EB 1.º C
iclo
EB 2.º e
3.º C
iclos
Secundári
o
Médio / S
uperior
Grau de Ensino
Concelho de Monção
Sub-Região Minho-Lima
Gráfico 8.5. Grau de Ensino no concelho de Monção e na Sub-Região Minho-Lima
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D . B i b l i o g r a f i a
Câmara Municipal de Monção, Online – http://www.cm-moncao.pt
CCR-Centro, Online – http://www.ccr-n.pt / região / municípios ( Concelho de Monção )
INE, http://www.ine.pt
INE, Instituto Nacional de Estatística ( 2000 ) – “Estatísticas Demográficas - 1999”, Edições do Instituto
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INE, Instituto Nacional de Estatística – “11.º Recenseamento Geral da População”, Estimativa a 20 % - 1.º
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