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MEMORANDO DE ENTENDIMENTO 1

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MEMORANDO DE ENTENDIMENTO

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CELEBRADO ENTRE OS CHEFES DE ESTADO E GOVERNO DO MERCADO COMUM DOS

ESTADOS DA ÁFRICA ORIENTAL E ÁFRICA AUSTRAL (COMESA), A COMUNIDADE DA ÁFRICA

ORIENTAL (EAC) E A COMUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DA ÁFRICA AUSTRAL (SADC)

(daqui em diante designados “as Partes”) –

CONSIDERANDO que os Estados Membros da Organização da Unidade Africana, precursora da

União Africana (UA), celebraram em Abuja, Nigéria, em Junho de 1991, um Tratado que estabelece

uma Comunidade Económica Africana (AEC) com os objectivos que se seguem –

(a) Promover o desenvolvimento económico, social e cultural e a integração das economias

Africanas a fim de aumentar a autossuficiência económica e promover o desenvolvimento

endógeno e autossustentado;

(b) Estabelecer à escala continental, um enquadramento para o desenvolvimento, mobilização e

utilização dos recursos humanos e materiais de África com o fim de alcançar o

desenvolvimento autossuficiente;

(c) promover a cooperação em todas os domínios da actividade humana para incrementar o nível

de vida dos povos Africanos e manter e incrementar a estabilidade económica, promover as

relações estreitas e pacíficas entre os estados membros e contribuir para o progresso,

desenvolvimento e a integração económica do Continente;

(d) coordenar e harmonizar as políticas entre as comunidades existentes e futuras a fim de

promover o estabelecimento gradual da Comunidade;

CONSIDERANDO que os estados membros estabeleceram entre si, em 1994, um Mercado Comum

para a África Oriental e África Austral (COMESA) designado como Mercado Comum, para substituir a

Zona Preferencial do Comércio que tinha existido desde 1981 e celebrado na forma de um Tratado

para o efeito;

CONSIDERANDO que os estados parceiros da Comunidade da África Oriental (EAC) celebraram um

Tratado para o seu estabelecimento a 30 de Novembro de 1999;

CONSIDERANDO que os estados partes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral

assinaram um Tratado a 17 de Agosto de 1992 para o seu estabelecimento;

CONSIDERANDO que o COMESA, a EAC e a SADC constituem pilares da AEC e da UA e que foram

estabelecidos em conformidade com o objectivo último do Tratado que estabelece a AEC;

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CONSIDERANDO que, em 2005, as Partes estabeleceram a Zona Tripartida COMESA – EAC –

SADC;

NA SEQUÊNCIA do workshop regional que teve lugar a 9 e 10 de Julho de 2008, em Nairobi, Quénia e

que foi organizado pelo Programa de Políticas de Transporte na África Subsaariana (SSATP), UNECA

e as três Comunidades Económicas Regionais (COMESA, EAC e SADC) com os objectivos que se

seguem:

(a) divulgar as questões identificadas no Relatório de Síntese, Estudos de Caso e Linhas

Orientadoras;

(b) identificar os elementos principais da prática de controlo de carga a serem padronizados e

harmonizados;

(c) desenvolver uma estratégia de implementação para superar os desafios encontrados no

controlo efectivo do excesso de carga de veículos na África Oriental e Austral (ESA);

(d) produzir resoluções referentes aos elementos primários do controlo de excesso de carga a

serem padronizados ou harmonizados na região ESA;

NA SEQUÊNCIA de uma reunião dos Ministros responsáveis pelo sector de transportes no COMESA e

SADC, realizada a 15 de Maio de 2009 em Swakopmund, Namíbia na qual os Ministros recordaram

que o COMESA, a SADC e o Gabinete da África Austral da Comissão Económica das Nações Unidas

para África (UNECA), a trabalhar no âmbito da Comissão Coordenadora dos Transportes das

Comunidades Económicas Regionais estabelecida no enquadramento do SSATP, identificaram o

controlo do excesso de carga como uma das áreas prioritárias a ser contemplada no seu Programa de

Trabalho de 2006/7 e, neste contexto, foi encomendado um projecto para preparar os relatórios sobre

vários aspectos de controlos de excesso de carga na região de ESA cujos principais resultados foram -

(a) síntese da Prática de Controlo do excesso de carga e as principais lições tiradas;

(b) estudos de caso sobre as Boas Práticas Emergentes;

(c) directrizes sobre os Apectos do Controlo de excesso de carga;

NOS TERMOS da decisão Ministerial na reunião realizada em Swakopmund, a 15 de Maio de 2009,

notando as resoluções tomadas por consenso dos Peritos na sessão plenária final do Workshop,

realizada a 9 e 10 de Julho em Nairobi, Quénia;

CONSIDERANDO que a EAC aprovou o Projecto de Lei de Controlo da Carga de Veículos de 2012,

que espera aprovação pelos Chefes de Estado;

E CONSIDERANDO que as Partes ao presente Memorando desejam reforçar a sua cooperação e

endossar o objectivo de uma zona económica continental até 2028, com referência específica ao

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controlo de cargas de veículos, à harmonização da implementação e dos acordos institucionais para

cooperação regional no controlo da carga de veículos.

ASSIM, AS PARTES ACORDAM O SEGUINTE:

1. DEFINIÇÕES

“descriminalização” significa uma conversão do delito de excesso de carga de um veículo

de uma infracção penal para uma infracção administrativa que deve ser adjudicada nos termos

dos princípios da legislação administrativa;

“devido processo” significa um processo administrativo que obedeça às regras de boa

administração;

“rede regional de estradas nacionais” significa a rede nacional de estradas nacionais acordada

e indicada na Lista B;

“caução” significa um valor pagável por um operador através de um depósito electrónico numa

báscula quando se verifica que existe um excesso de carga, e cujo montante deve ser

reembolsado no caso de uma decisão de que o operador não é responsável, após o devido

processo, e cujo montante deve ser confiscado se se verificar que o operador é responsável,

após o devido processo;

“organização de normalização” significa qualquer departamento, organismo, organização ou

autoridade estabelecida com o objectivo de promover a normalização, e à qual um estado

membro de uma Parte é autorizado a afiliar-se nos termos de um acordo entre o referido estado

membro e o departamento, organismo, organização ou autoridade em questão.

2. REFORMA POLÍTICA

As Partes acordam a -

2.1. descriminalizar o transporte de cargas em excesso dos limites legais das cargas e a introduzir

um sistema de controlo administrativo da cargas de veículos;

2.2. combater o incumprimento dos limites legais da carga impondo sanções financeiras, restrições

na mobilidade, sanções administrativas e sistemas de pontuação negativa em resposta a um

tal incumprimento;

2.3. conferir a responsabilidade primária da gestão da carga de veículos a autoridades rodoviárias

apropriadas e garantir que tais autoridades rodoviárias tenham poderes adequados para

assumirem a gestão abrangente e efectiva da carga dos veículos;

2.4. cobrar as taxas por excesso de carga que sejam exponencialmente punitivas face aos níveis

de excesso de carga e que cubra os danos às estradas, as despesas de controlo e

administração e direcionar as receitas obtidas a partir das taxas por excesso de carga para a

manutenção e reabilitação das estradas;

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2.5. encorajar o cumprimento voluntário dos limites legais de carga e, para o efeito, acordar em

promover as parcerias regionais entre o sector público e o sector privado;

2.6. tomar todas as medidas necessárias para implementar medidas de controlo apropriadas para

combater as práticas de corrupção na gestão do carregamento de veículos;

2.7. encorajar o investimento alargado do sector privado na provisão e operação de estações de

pesagem, desde que tal investimento privado não seja feito por operadores de transportes

rodoviários numa capacidade individual;

2.8. monitorizar a adequação do controlo de excesso de cargas e da rede regional de estações de

pesagem.

3. HARMONIZAÇÃO

3.1. As Partes concordam com os limites legais de carga harmonizados contidos na Lista A.

3.2. As Partes acordam que, no futuro, não serão efectuadas revisões dos limites legais de carga

sem consultas exaustivas entre os intervenientes.

3.3. As Partes acordam em harmonizar as dimensões dos veículos.

3.4. As Partes acordam em harmonizar as definições legais de veículos de acordo com as

definições técnicas dos veículos contidas na Lista A.

3.5. As Partes acordam em harmonizar os princípios e os elementos de custos a serem usados

para determinar o cálculo das taxas de excesso de carga.3.6. As Partes acordam em harmonizar as sanções financeiras, as restrições na mobilidade, as

sanções administrativas, infracções e sistemas de pontuação negativa associados ao

incumprimento.

3.7. As Partes acordam em introduzir um sistema para o pagamento electrónico de uma caução

igual à coima permitida em termos da legislação relevante aplicável a uma infracção de

excesso de carga, caução essa que pode ser reembolsada caso o operador não seja

considerado responsável pela referida infracção nos termos dos procedimentos jurídicos

relevantes.

3.8. As Partes acordam em calcular as taxas por excesso de carga em conformidade com uma

fórmula que relaciona o dano causado a uma estrada por um veículo ou combinação de

veículos que exceda a carga admissível prescrita -

3.8.1.que tome em conta a média ponderada relativamente às distâncias das viagens das

categorias de veículos pesados;

3.8.2.que inclua um factor de punição;

3.8.3.que inclua um factor de recuperação dos custos de recuperação.

4. SISTEMAS COMPLEMENTARES

4.1. As Partes acordam em desenvolver níveis complementares e categorias de taxas de excesso

de carga diferenciando-as entre as diversas classes de veículos ou tipos de veículos, estradas

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e rotas, horas, datas em termos de semanas ou meses durante os quais o transporte tem lugar

e entre escolta e qualquer obrigação acessória ao transporte de excesso de carga.

4.2. As Partes acordam em desenvolver procedimentos administrativos e de controlo

complementares bem como sistemas de gestão da informação.

5. REDE REGIONAL DE ESTAÇÕES DE PESAGEM 5.1. As Partes acordam em garantir a eficácia do controlo de carga de veículos numa base regional

através do desenvolvimento de uma rede regional de estações de pesagem que seja efectiva e

sustentável tanto para o tráfego rodoviário nacional como internacional.

5.2. As Partes acordam que as estações de pesagem que formam parte da rede regional devem

ser localizadas estratégica e equitativamente –

5.2.1. na Rede Regional de Estradas Nacionais; e

5.2.2. em estradas principais que não sejam parte da Rede Regional de Estradas Nacionais

às quais se aplicam os limites legais de carga constantes na Lista A.

5.3. As Partes acordam em monitorizar, numa base contínua, o funcionamento efectivo da rede

regional de estações de pesagem e o equipamento associado e, quando for adequado, as

Partes acordam ainda em maximizar os recursos financeiros e humanos nacionais e regionais

5.3.1. promovendo o uso conjunto das estações de pesagem e de instalações conexas;

5.3.2. promovendo a gestão conjunta de estações de pesagem e de instalações conexas;

5.3.3. investigando opções para o financiamento conjunto da modernização de

infraestruturas e equipamento; e

5.3.4. mobilizando conjuntamente o investimento privado e a transferência de tecnologias

para a modernização das instalações existentes e o estabelecimento de novas

instalações.

5.4. As Partes acordam em implementar conjuntamente um sistema de gestão da informação para

o sistema regional de básculas -

5.4.1.que ligará as básculas na rede regional de estradas nacionais de modo a permitir que

todas as básculas localizadas nessa rede identifiquem um veículo que tenha sido pesado

na primeira báscula da sua rota;

5.4.2.sujeito ao reconhecimento mútuo das básculas, que permita que um veículo seja pesado

somente uma vez durante um troço de uma viagem quando o referido troço está entre os

pontos onde o veículo carrega e descarrega a sua carga ou parte da sua carga;

5.4.3.que dentifique os infractores habituais;

5.4.4.que identifique o operador ou proprietário e o motorista de um veículo; e

5.4.5.que identifique um operador ou um veículo ao qual foram impostas restrições de

mobilidade de modo a permitir que um estado membro de uma Parte proíba o referido

veículo de entrar no referido estado membro.

6. AUDITORIAS DE DESEMPENHO REGIONAL

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6.1. As Partes acordam em efectuar auditorias periódicas de desempenho regional em termos da

eficácia da rede regional de estações de pesagem.

6.2. Para o efeito, as Partes comprometem-se a desenvolver metas regionais de desempenho e a

projectarem níveis regionais de desempenho.

7. CERTIFICAÇÃO, VERIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DE BÁSCULAS

7.1. As Partes acordam que as básculas recebam um certificado de conformidade com uma

norma que estabeleça os requisitos de desenho e de instalação das básculas e que seja

usada pelas autoridades reguladoras.

7.2. As Partes comprometem-se a garantir que a inspecção das básculas seja efectuada

anualmente, em conformidade com uma norma acordada para básculas usada pelas

autoridades reguladoras que estabelecem as normas para a medição da precisão da báscula

face a pesos calibrados.

7.3. As Partes acordam em desenvolver normas operacionais que devem ser aplicadas às

básculas nas redes regionais de estradas nacionais.

7.4. As Partes acordam em garantir que o equipamento nas estações de pesagem seja mantido

continuamente.

7.5. As Partes acordam que o incumprimento das disposições contidas na presente clásula

permitam que um estado membro de uma Parte não reconheça um certificado da báscula de

um estado membro de outra Parte, emitido em conformidade com o número 7.1.

8. ASSOCIAÇÃO REGIONAL DE CONTROLO DE EXCESSO DE CARGA

8.1. As Partes acordam em promover o estabelecimento de uma Associação Regional de

Controlo de Excesso de Carga de Veículos integrando representantes dos sectores público e

privado para supervisionar a implementação da estratégia regional aplicável ao controlo de

excesso de carga e em promover a eficácia regional do controlo de sobrecargas de veículos -

8.1.1. identificando as oportunidades para integrar sistemas nacionais de controlo de cargas

excessivas;

8.1.2. identificando a distribuição regional óptima de estações de pesagem fixas.

8.1.3. identificando a utilização óptima de estações de pesagem móveis em apoio à rede

regional de estações de pesagem;

8.1.4. harmonizando o desenvolvimento de um sistema regional de controlo de cargas

excessivas que abrange a análise de risco com base nos motoristas e expedidores;

8.1.5. harmonizando o desenho e a implementação de um sistema de pontuação negativa e

de sanções harmonizadas para os infractores em termos da carga excessiva de

veículos;

8.1.6. monitorizando a eficácia da fiscalização do peso das cargas de veículos numa base

regional através da nomeação de um único contratante privado;

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8.1.7. monitorizando as incidências e os níveis de corrupção associados à carga de

veículos;

8.1.8. analisando as avaliações do impacto e aconselhando as partes sobre as acções a

serem tomadas em apoio de um sistema regional de controlo de cargas excessivas;

8.1.9. harmonizando os programas regionais de formação direcionados aos funcionários

das autoridades rodoviárias, oficiais da polícia rodoviária e outras pessoas envolvidas

nos sistemas nacionais de controlo do excesso de carga de veículos; e

8.1.10. divulgando informação sobre os objectivos, desenho, funções e procedimentos de um

sistema regional de controlo de excesso de carga.

8.2. As Partes acordam que a Associação Regional de Controlo de Excesso de Carga de Veículos

será a representante das estruturas nacionais técnicas e de coordenação responsáveis pelo

controlo da carga de veículos nos estados membros.

8.3. As Partes acordam que a Associação de Controlo do Excesso de Carga de Veículos deve

comunicar regularmente com outras estruturas institucionais no seio da região Tripartida.

8.4. As Partes acordam que o Secretariado Tripartido deve promover o estabelecimento da

Associação Regional de Controlo do Excesso de Carga de Veículos e presidir à primeira

reunião da referida Associação quando a Associação elegerá os seus membros executivos.

8.5. As Partes acordam que a Associação Regional de Controlo de Carga de Veículos reunir-se-á

sempre que necessário mas pelo menos 4 vezes por ano.

8.6. As Partes acordam que a Associação Regional de Controlo do Excesso de Carga de Veículos

deve definir o seu próprio regimento interno e manter um registo dos seus procedimentos.

9. MANUAL OPERACIONAL

As Partes acordam que a fim de garantir que todas as operações das básculas sejam efectuadas de

um modo adequado, consistente e padronizado deve ser compilado e acordado pelas Partes um

manual regional sobre o funcionamento e os procedimentos aplicáveis a básculas.

10. AUTO-REGULAÇÃO

As Partes acordam que, como objectivo a longo prazo, as Partes e os estados membros respectivos

envidarão esforços para alcançarem a auto-regulação relativamente ao controlo da carga de veículos.

11. RESPONSABILIDADE POR INFRACÇÕES EM TERMOS DE EXCESSO DE CARGA DE VEÍCULOS 11.1. As Partes acordam em emendar a legislação nacional antes da implementaçõ do sistema de

gestão de informação contemplado no número 5.4 que preconiza que o infractor primário

responsável pela infracção de excesso de carga do veículo seja o operador/proprietário do

veículo.

11.2. As Partes acordam em investigar a implementação de um sistema em que as pessoas

envolvidas na cadeia de carregamento de um veículo podem ser responsabilizadas pela

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carga excessiva de um veículo, incluindo o expedidor, o destinatário, o operador/proprietário

o motorista e o carregador.

12. RECONHECIMENTO MÚTUO 12.1. As Partes acordam em reconhecer a competência das pessoas nomeadas por um estado

membro para implementar as funções de controlo do carregamento de um veículo, como

possa ser acordado, em instalações comuns no território de outro estado membro e, para o

efeito, acordam em reconhecer mutuamente as qualificações dos funcionários devidamente

autorizados.

12.2. Em conformidade com o número 7, as Partes comprometem-se a reconhecer os respectivos

certificados de pesagem, e a documentação conexa, emitidos por uma estação de pesagem

acreditada desde que isto tenha lugar numa base recíproca e sujeito à condição que um

estado membro deve ter a liberdade de recusar o reconhecimento quando não forem

mantidas as normas idênticas.

12.3. As Partes acordam em que, não obstante as disposições dos números 12.1 e 12.2, os

operadores dos estados membros das Partes ainda estarão vinculados pelos limites legais

das cargas de outro estado membro das Partes e as autoridades competentes de inspecção

do referido estado terão direito a inspecionar e a pesar a carga do referido operador em

qualquer altura que o desejar.

12.4. Quando uma Parte for informada por um estado membro que este tem motivos razoáveis

para suspeitar que uma estação de pesagem acreditada num estado membro de outra Parte

não esteja a cumprir as normas exigidas, a Parte deve alertar a Tripartida COMESA-EAC-

SADC sobre a suspeita e sobre qualquer intenção para recusar o reconhecimento dos

certificados de pesagem emitidos pela estação de pesagem em questão.

13. FORMAÇÃO

13.1. As Partes, em apoio do cumprimento voluntário e da promoção de um entendimento comum

do sistema de carregamento de veículos e da sua aplicação na região através do intercâmbio

de informações constante, devem esforçar-se por promover, através da formação apropriada,

um elevado nível de profissionalismo entre os funcionários autorizados,

operadores/proprietários, motoristas, expedidores e destinatários.

13.2. Para o efeito, as Partes acordam -

13.2.1. em encorajar os programas que visam a promoção de um entendimento comum sobre

-

13.2.1.1. a regulação e execução de carregamento de veículos;

13.2.1.2. a maneira como quaisquer mercadorias podem ser carregadas e

transportadas num veículo incluindo as práticas de condução;

13.2.1.3. práticas e procedimentos de pesagem;

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13.2.2. compartilhar as instalações de formação existentes e investigar a viabilidade para o

estabelecimento de centros de formação regionais;

13.2.3. harmonizar programas de formação tendo em mente a necessidade de garantir níveis

adequados de conhecimentos técnicos e de profissionalismo;

13.2.4. coordenar as políticas e os programas de desenvolvimento de recursos humanos

desenvolvendo um plano regional para a transferência de conhecimentos,

competências e tecnologias;

13.2.5. prever o reconhecimento mútuo de qualificações;

13.2.6. encorajar a formação prática conjunta em exercício.

14. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

As Partes acordam que, para que se integrem de modo faseado os requisitos mínimos da legislação

aplicável ao controlo da carga de veículos, os veículos que entrem num país que imponha um limite de

peso de carga admissível inferior ao limite imposto pelo país de onde tem origem, pagarão uma taxa

adicional calculada com base numa fórmula acordada pelas Partes nos termos do número 3.8.

15. INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES E SENSIBILIZAÇÃO DO PÚBLICO

As Partes acordam em promover um entendimento comum do sistema de carregamento de veículos e

sobre a sua aplicação na Região através do intercâmbio constante de informações e da realização de

campanhas de sensibilização do público para desenvolver uma avaliação do impacto que as cargas

transportadas nos veículos têm na preservação das infraestruturas rodoviárias.

16. EMENDAS À LEGISLAÇÃO NACIONAL 16.1. As Partes acordam em aderir aos princípios fundametais e operacionais que regerão a

concretização dos objectivos mencionados acima e aos princípios do direito internacional

que rege as relações entre estados soberanos.

16.2. As Partes acordam que as respectivas legislações nacionais precisam de ser examinadas e

emendadas ou que precisa de ser desenvolvida legislação adicional sempre que necessário

preconizando o esforço concertado para controlo da carga de veículos, para a

harmonização das disposições institucionais e para a aplicação do controlo da carga de

veículos.

16.3. As Partes acordam que as legislações nacionais serão emendadas ou desenvolvidas para

reflectirem o conteúdo mínimo prescrito na Lista A, adaptado para se adequar às estruturas

institucionais nacionais dos países membros.

17. QUADRO DE EXECUÇÃO 17.1. As Partes acordam em depositar os respectivos quadros reguladores de controlo de cargas

de veículos já existentes junto do Secretariado Tripartido dentro do prazo de 90 dias a partir

da data do presente Memorando.

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17.2. As Partes comprometem-se a arquivar as emendas e adições subsequentes relevantes ao

quadro regulador referido no número 17.1 a fim de providenciarem e manterem uma base

de dados central da legislação na região Tripartida.

17.3. Dentro de um ano a contar da dada da entrada em vigor do presente Memorando, cada

Parte tomará as medidas necessárias acordadas no número 16 para efectuar as emendas

ou adições à respectiva legislação nacional.

17.4. Dentro de um ano a partir da entrada em vigor do presente Memorando, cada Parte

submeterá um relatório à Tripartida COMESA-EAC-SADC sobre a situação da execução do

presente Memorando relativamente a todos os estados membros da referida Parte.

18. APRESENTAÇÃO DE DESVIOS 18.1. Uma Parte pode apresentar desvios ao conteúdo mínimo prescrito na Lista A ou

relativamente ao Quadro de Execução preconizado no número 17.

18.2. A apresentação de um desvio será na forma de uma notificação por escrito a todo o

Secretariado Tripartido e integrará pelo menos -

18.2.1. o detalhe do desvio específico; e

18.2.2. o efeito previsto no Quadro de Execução contemplado na cláusula 17.

18.3. O Secretariado Tripartido remeterá cópias autenticadas de qualquer desvio apresentado em

conformidade com a presente cláusula a todas as Partes para divulgação aos respectivos

estados membros.

19. ASSINATURA, RATIFICAÇÃO E ADESÃO 19.1. O presente Memorando estará aberto a assinatura em nome de qualquer comunidade

económica regional em África.

19.2. As Partes -

19.2.1. ratificarão o Memorando em conformidade com os seus procedimentos

constitucionais;

19.2.2. publicarão o presente Memorando no Diário da República dos respectivos Estados

ou através de quaisquer outros meios apropriados; e

19.2.3. depositarão um instrumento de ratificação junto do Secretariado Tripartido em

conformidade com as regras definidas pelo Secretariado Tripartido nos termos do

número 6.8 do Memorando de Entendimento sobre a Cooperação e Integração

Inter-regionais.

19.3. O presente Memorando permanecerá aberto a adesão por qualquer estado membro que

não seja um estado signatário e uma tal adesão pode ser efectuada através do depósito de

um instrumento de adesão em conformidade com as regras estabelecidas pelo Secretariado

Tripartido nos termos do artigo 6.8 do Memorando de Entendimento sobre a Cooperação e

Integração Inter-regionais.

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19.4. O Secretariado Tripartido remeterá cópias autenticadas de um instrumento de ratificação ou

adesão a todas as Partes para distribuição aos seus estados membros.

19.5. O Secretariado Tripartido pode, em qualquer altura, substituir a Lista B de acordo com a

expansão da Rede Regional de Estradas Nacionais.

20. ENTRADA EM VIGOR

O presente Memorando entra em vigor à data da assinatura pelos representantes das Partes

devidamente autorizados.

EM TESTEMUNHO DO QUE, as Partes através dos seus representantes devidamente autorizados

assinaram o presente Memorando.

Assinado em ........................................................ neste ................ dia de .............................................

_______________________________ _______________________________

Testemunha Yoweri Museveni, Presidente do Uganda e Presidente do COMESA

_______________________________ Pelo Mercado Comum da África Oriental e Austral

Testemunha

Assinado em ........................................................ neste ................ dia de .............................................

_______________________________ _______________________________

Testemunha Uhuru Muigai Kenyatta, Presidente da República do Quénia e Presidente da EAC

_______________________________ Pela Comunidade da África Oriental

Testemunha

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Assinado em ........................................................ neste ................ dia de .............................................

_______________________________ _______________________________

Testemunha Hifikepunye Pohamba, Presidente da República da Namíbia e Presidente da SADC

_______________________________ Pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral

Testemunha

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LISTA AREQUISITOS MÍNIMOS A SEREM INTEGRADOS NA LEGISLAÇÃO QUE REGE O CONTROLO DA CARGA DE

VEÍCULOS

As Partes acordam no seguinte como um conteúdo mínimo a ser incorporado nas respectivas

legislações nacionais para o controlo da carga de veículos:

1. DEFINIÇÕES

A terminologia que se segue precisa de ser padronizada:

– "eixo" no respeitante a um veículo, significa um dispositivo, ou conjunto de dispositivos,

contínuo em toda a largura do veículo ou não, no qual as rodas do veículo giram e que é

posicionado de modo a que quando o veículo se desloca para a frente, as linhas centrais

verticais de tais rodas ficam num plano vertical em ângulo recto com a linha central

longitudinal do referido veículo;

– "peso por eixo” significa a soma do peso bruto de todas as rodas sobre qualquer eixo;

– "unidade de eixo" relativamente a um veículo, significa um conjunto de dois ou mais eixos

paralelos do veículo em questão que são interligados de modo a formarem uma unidade;

– "linha central de uma unidade de eixos” ou qualquer expressão similar, significa a linha

equidistante entre as linhas centrais dos eixos nas extremidades de uma unidade de eixos;

– "veículo de mercadorias" significa um veículo motorizado excluindo uma motocicleta,

carro, autocarro, desenhado ou adaptado para o transporte de mercadorias numa estrada

pública e inclui um camião-tractor, adaptador atrelado (adaptor dolly), conversor atrelado

(converter dolly) e reboque;

– "Peso bruto por eixo” relativamente a um veículo, significa o peso bruto máximo de um

eixo particular do veículo como especificado pelo fabricante do mesmo ou, na ausência da

referida especificação, como estabelecido pela autoridade responsável pelo registo;

– "peso bruto por unidade de eixos", relativamente a um veículo significa o peso máximo

por uma unidade de eixo particular de acordo com o especificado pelo fabricante do mesmo

ou, na ausência de uma tal especificação, como definido pela (relevante) autoridade

rodoviária;

– "peso bruto por combinação", em relação a um veículo que está a ser usado para

rebocar qualquer outro veículo significa o peso máximo de qualquer combinação de

veículos, incluindo o veículo de reboque, e a carga especificada pelo fabricante do mesmo,

ou na ausência de uma tal especificação, como definido pela autoridade rodoviária

(relevante);

14

Page 15: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

– "peso bruto por cabeçote de engate” relativamente a um semi-reboque, significa o peso

máximo do cabeçote de engate especificado pelo fabricante do semiatrelado ou na

ausência de uma tal especificação como determinado pela autoridade rodoviária

(relevante);

– "fabricante" significa uma pessoa que fabrica ou monta novos veículos para venda ou

alienação comercial;

– "altura total ", em relação a um veículo, significa a distância entre onível do pavimento e o

ponto mais alto -

(a) de qualquer parte do veículo em questão; ou

(b) em qualquer condição de carregamento,

– qualquer que seja a parte mais alta, mas no caso de um veículo activado por energia

eléctrica a altura total não deve incluir qualquer catenária ou passarela de contacto do

sistema eléctrico que se eleve acima do veículo em questão;

– "comprimento total", em relação a um veículo, significa a distância entre a extremidade

frontral e a extremidade posterior do veículo, e, em relação a um combinação de veículos, a

distância entre a extremidade frontal do primeiro veículo e a extremidade posterior do

último veículo;

– "largura total ", em relação a um veículo, significa a largura medida entre dois planos

paralelos à linha central longitudinal da viatura e passando através dos pontos extremos

projectados de ambos os lados desse veículo, excluindo qualquer retrovisor ou indicador de

mudança de direcção;

– “eixo de direcção/direccional " significa um eixo, as rodas do qual estão fixas de tal modo

que permitem que o veículo em questão seja assim conduzido, mas exclui -

(a) qualquer eixo de um semiatrelado ou atrelado;

(b) o eixo à retaguarda de qualquer veículo motorizado; e

(c) qualquer eixo de um veículo motorizado que seja conduzido pelo movimento da

parte dianteira do veículo em relação à parte da retaguarda do veículo, ou que é

conduzido pelo movimento da sua estrutura articulada,

e a frase “unidade do eixo de direcção” tem o mesmo significado, salvo quando devido a

alteração quando necessário;

– “tandem” significa uma unidade de eixo incluindo dois eixos paralelos;

– “tridem” significa uma unidade de eixo incluindo três eixos paralelos;

– "camião-tractor" significa um veículo motorizado desenhado ou adaptado -

(a) para rebocar outros veículos; e

(b) para não transportar qualquer carga que não seja a que é imposta por um

semiatrelado, mas não inclui um tractor;

15

Page 16: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

– "dispositivo de pesagem" significa uma báscula ou qualquer outro dispositivo, quer seja

instalado numa posição fixa ou móvel, que seja usado para determinar a massa de

veículos, carregados ou descarregados;

– "peso da roda", em relação a qualquer roda de um veículo, significa o peso total suportado

pela área de contacto entre o pneu de tal roda e a superfície da estrada.

2. PROIBIÇÃO DE EXCESSO DE CARGA

As proibições que se seguem devem ser incluídas e o operador/proprietário deve ser a pessoa

susceptível de procedimento penal. O motorista só será susceptível de procedimento penal no caso de

evitar uma báscula.

(a) Proibição de excesso de carga admissível por eixo no caso do eixo de direcção com duas

rodas, que é a menor capacidade de carga por eixo determinada pelo fabricante ou 8000kg;

(b) Proibição de excesso de carga admissível por eixo no caso de uma unidade de eixo de

direcção, que é a menor capacidade de carga determinada pelo fabricante ou 16000kg;

(c) Proibição de excesso de carga admissível no caso de um eixo único (excluindo um eixo

direccional) com quatro rodas que é a menor capacidade de carga determinada pelo fabricante

do veículo ou 10 000kg;

(d) Proibição de excesso de carga admissível por unidade de eixo, no caso de um tandem com

quatro ou seis rodas que é a menor capacidade de carga por unidade de eixo determinada

pelo fabricante do veículo ou 16 000kg;

(e) Proibição de excesso da carga admissível por unidade de eixo no caso de um tandem de oito

rodas, ou 18 000kg;

(f) Proibição de excesso de carga admissível por unidade de eixo de um tridem, no caso de um

tridem com seis ou dez rodas, que seja a menor capacidade de carga por unidade de eixo

determinada pelo fabricante do veículo ou 22 000kg;

(g) Proibição de excesso de carga admissível por unidade de eixo de um tridem com doze rodas,

que seja a menor capacidade de carga por unidade de eixo determinada pelo fabricante do

veículo ou 24 000kg;

(h) Proibição de excesso de combinação admissível que é a menor carga bruta de combinação

determinada pelo fabricante ou 56 000kg;

(i) Proibição de excesso de carga admissível determinada de acordo com a fórmula de ajuste que

se segue:

(i) quando a carga total por eixo de qualquer grupo de eixos do veículo em questão ou

combinação de veículos exceder a carga em quilogramas calculada multiplicando a

dimensão de um tal grupo medida nos termos de (ii) e (iii) por 2100 e adicionando

18 000;

16

Page 17: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

(ii) quando um grupo de eixos referido em … possa consistir de quaisquer séries de eixos

mas não pode consistir de uma só unidade de eixo;

(iii) a dimensão referida em (i) é medida em metros e décimas de metro a partir do centro

do primeiro eixo de qualquer grupo de eixos até ao centro do último eixo desse grupo;

(iv) se a dimensão assim medida não for um número definido em metros e décimas de

metro, o número superior seguinte de décimas de metro em que a dimensão assim

medida for excedida deve ser usado para o cálculo referido em (i);

(v) quando um grupo de eixos de uma combinação de veículos é medido, os veículos

dessa combinação devem ser posicionados em linha e ambos os lados dessa

combinação de veículos devem ser medidos, e se as dimensões dos dois lados

diferirem, a dimensão mais comprida deve ser usada para o cálculo referido em (i).

Nota: o referido acima prevê as configurações usuais de pneus assim como o uso de pneus maciços de rodados simples que, de acordo com a resolução de Swakopmund, só pode ser permitido com a aplicação inflexível da lei e um estudo documental deve ser efectuado sobre a viabilidade de se permitir os mesmos.

3. PLACAS DE INFORMAÇÃO PARA VEÍCULOS DE CARGA QUE EXCEDAM UM PESO BRUTO DE VEÍCULO DE 3500 KG

Para que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a

informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de metal fixa num local acessível no

umbral da porta, sob o capô do veículo ou no painel de instrumentos do veículo em questão ou,

no caso de um reboque, no respectivo lado esquerdo em qualquer lugar conspícuo:

(a) a tara em quilogramas (designada como T);

(b) o peso bruto do veículo em quilogramas (designado como GVM/PBV);

(c) o peso bruto por eixo ou peso bruto por unidade de eixo de cada eixo ou unidade de eixo em

quilogramas (designados por GA ou GAU, respectivamente);

(d) no caso de semiatrelado o peso bruto do cabeçote de engate especificado pelo fabricante

(designado GKM);.

(e) o peso bruto de combinação em quilogramas quando o veículo é usado para atrelar qualquer

outro veículo (designado como GCM);

(f) o peso máximo admissível de um veículo referido em [inserir a referência à legislação

nacional] em quilogramas (designado como V), mas esta alínea não se aplica a um

semiatrelado;

(g) o peso máximo admissível por eixo referido em [inserir a referência à legislação nacional] ou

peso por unidade de eixo referido em [inserir a referência à legislação nacional] de cada eixo

ou unidade de eixos em quilogramas (designados como A ou AU, respectivamente).

17

Page 18: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

4. COIMAS ESPECIFICADAS DE ACORDO COM UMA FÓRMULA ESPECIFICADA

Segue-se um exemplo1 de uma tal disposição:

“A coima prescrita (pela legislação subsidiária) por excesso do peso máximo admissível de um veículo

ou combinação de veículos, deve estar relacionada com os danos rodoviários causados por um veículo

ou combinação de veículos que exceda o peso admissível prescrito e que pode -

(a) ser calculada com base em médias ponderadas relativamente às distâncias das viagens das

categorias dos veículos para os quais um operador está registado nos termos de [inserir a

referência à legislação nacional];

(b) incluir um factor punitivo;

(c) incluir um factor de recuperação de custos administrativos.”

As disposições da Lei Modelo da SADC oferece o exemplo seguinte:

“(1) Quando uma pessoa não cumprir a secção [inserir a referência à legislação nacional], uma

autoridade rodoviária, para além da recuperação de quaisquer montantes devidos como taxas de

sobrecarga, pode impor uma ou mais das sanções que se seguem contra a referida pessoa -

(a) uma proibição temporária no uso de uma estrada ou via específica ou geral;

(b) a imposição de uma escala mais elevada de taxas de excesso de carga relativamente a

qualquer transporte de cargas no futuro em excesso do limite legal de carga por um período

especificado ou indeterminadamente;

(c) a revogação de uma licença de operador.

(2) a imposição das taxas de excesso de carga mais elevadas podem estar ligadas ao

sistema de pontuação negativa contemplada [inserir a referência à legislação nacional] como

prescrito.”

5. PONTUAÇÃO NEGATIVA ASSOCIADA AO NÚMERO E À GRAVIDADE DA INFRACÇÃO

Os países devem desenvolver um sistema de pontos de penalização que deve ser aplicado no caso de

uma decisão de culpa de uma infracção. O ponto de saturação deve ser determinado por ano, com a

acumulação a levar à suspensão de licença do veículo/cartão de operador/carta de condução, assim

como à possibilidade de ser proibição de entrada no país em que foram cometidas as infracções.

– A pontuação negativa deve tomar em conta os seguintes objectivos de punição que se aplicarão

quer a infracção seja ou não descriminalizada:

(a) a sanção deve ser adequada ao infractor assim como ao crime, deve ser justa para a

sociedade e deve integrar uma medida de perdão de acordo com as circunstâncias;1 Projecto de Lei aplicável à Massa de Veículos

18

Page 19: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

(b) deve ser feita a diferenciação entre a pontuação de penalização acumulada pelo motorista

e a pontuação acumulada pelo operador/proprietário – o excesso de carga é na sua maioria

devido a decisões do operador, não do motorista;

– A pontuação negativa deve tomar em conta a sanção financeira paga por cada infracção;

– O exemplo Sul-africano (ainda não em vigor) preconiza uma pontuação negativa de 0 a 6 para

um operador por infracções por excesso de carga, em que 0 pontos são para excesso de carga

de 2 a 3,99% e 6 pontos são pelo excesso de carga superior a 13,99%. A pontuação negativa

para os operadores resulta no seguinte:

(a) O cartão de operador para um veículo individual é suspenso por um mês quando for

alcançado um total de 12 pontos;

(b) Todos os cartões de operador de um operador particular são suspensos quando atingir um

ponto de saturação de pontuação negativa calculado numa escala degressiva em que um

cartão de operador é suspenso para um veículo ao alcançar doze pontos e é suspensa

para um operador proprietário de 1050 veículos ao alcançar o nível de saturação de 6 660

pontos negativos. Depois de 1050 veículos devem ser adicionados 6 pontos para cada

veículo, e é aplicada a tabela seguinte:

Atribuição de pontos negativos por veículo no caso de operadores

Número de veículos operados/

possuídos

1-20 21-40 41-60 61-80 81-100 101-120 >121

Nível de saturação de pontos (quando o cartão de operador é suspenso)

12 pontos por

veículo para os

primeiros 20

veículos

A partir

de 21

veículos

adicione

11

pontos

por

veículo,

superior

a 20

A partir

de 41

veículos

adicione

10

pontos

por

veículo

superior

a 40

A partir

de 61

veículos

adicione

9

pontos

por

veículo

superior

a 60

A partir

de 81

veículos

adicione

8

pontos

por

veículo

superior

a 80

A partir

de 101

veículos

adicione

7

pontos

por

veículo

superior

a 100

A partir

de 121

veículos

adicione

6 pontos

por

veículo

superior

a 120

Nota: o exemplo acima não pode ser copiado tal como está. Pode somente oferecer uma directriz em relação ao excesso de carga. Os pontos acima a serem aplicados aos operadores referem-se a todas as infracções de tráfego rodoviário e transporte rodoviário e não somente a infracções por excesso de carga.

19

Page 20: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

6. PESAGEM OBRIGATÓRIA DE VEÍCULOS

A evasão à pesagem nas básculas deve ser considerada uma infracção pela qual são responsáveis

tanto o motorista como o operador. O exemplo que se segue é do Projecto de Lei aplicável à Carga de

Veículos da Namíbia:

“Infracções e Sanções

É considerada uma infracção administrativa -

(a) evitar uma báscula; ou

(b) fugir de uma báscula depois de ter sido conduzido para essa báscula e no caso de

qualquer das infracções acima ter sido cometida, o motorista e o operador do veículo

podem ambos ser considerados responsáveis pela infracção e a infracção pode ser

adjudicada nos termos de [inserir a referência à legislação nacional].”

7. COMPETÊNCIAS DOS FUNCIONÁRIOS

Esta disposição está contida na legislação ou estabelecendo a força policial ou a unidade tráfico.

Um funcionário deve poder -

– Verificar as dimensões da carga, ou o peso, ou a carga por eixo ou peso máximo por

unidade de eixo de qualquer veículo, ou o peso de qualquer combinação de dois ou mais

veículos acoplados, carregados ou descarregados, e exigir que tal veículo ou combinação

de veículos seja levado para um local designado para inspecção de tal carga por meio de

um equipamento de pesagem, e se a carga verificada exceder a carga admissível nos

termos de [inserir a referência à legislação nacional], proibir a operação desse veículo ou

combinação de veículos numa estrada pública até que tal carga tenha sido reduzida ou

ajustada de modo a estar em conformidade com as disposições de [inserir referência à

legislação nacional], mas se a carga de um veículo incluir quaisquer mercadorias perigosas,

a redução e o manuseamento da carga devem ser efectuados de acordo com os requisitos

impostos por qualquer legislação relacionada com uma tal mercadoria;

– Conduzir qualquer veículo, que esteja a ser examinado por ele ou ela ou para efectuar

qualquer outra tarefa em relação ao veículo em questão ao abrigo de [ inserir a referência à

legislação nacional], desde que ele ou ela tenha carta de condução para a classe em

particular do referido veículo;

– se for aparente ao oficial que o motorista ou a pessoa aparentemente responsável por um

veículo está incapaz na altura de conduzir ou ser responsável por tal veículo devido à sua

condição física ou mental, o oficial deve proibir temporariamente tal pessoa de continuar a

conduzir o veículo ou ser responsável por ele e deve organizar o armazenamento ou o

estacionamento seguros do veículo, o que na sua opinião possa ser necessário ou

desejável nas referidas circunstâncias;

20

Page 21: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

– regular e controlar o tráfego em qualquer estrada pública e dar as orientações que julgar

necessárias para a regulação segura e eficiente do tráfego, se na sua opinião o motorista

de um veículo estiver a impedir a circulação normal do tráfego na báscula, ordenar ao

motorista que remova o veículo da báscula ou que siga uma rota diferente com o veículo;

– exigir que qualquer pessoa que o oficial suspeite razoavelmente de ter cometido uma

infracção ao abrigo da presente Lei ou que possa apresentar provas relativamente à

infracção cometida ou à suspeita de ter sido cometida uma tal infracção, forneça o seu

nome e endereço e quaisquer dados particulares que sejam necessários para a sua

identificação ou qualquer processo judicial;

– relativamente a qualquer veículo, exigir que o proprietário ou motorista do mesmo

apresente qualquer documento prescrito nos termos da presente Lei;

– apreender qualquer documento que lhe seja apresentado nos termos da subsecção (x)

acima e que no seu parecer possa constituir prova de uma contravenção ou incumprimento

de qualquer disposição contida em [inserir a referência à legislação nacional] desde que

providencie ao motorista um recibo pela apreensão de tal documento;

– inspecionar qualquer veículo ou parte do mesmo e apreender qualquer documento (com a

condição de providenciar um recibo) emitido e conexo ao registo e licença de tal veículo se

verificar que o número do motor ou do quadro (chassis) difere do número do motor ou do

quadro especificado no documento, e pode instruir no sentido de que o referido veículo

seja imediatamente removido para a estação da polícia mais próxima indicada pelo agente

de autoridade para que obtenha a emissão de um certificado da polícia, e pode notificar o

proprietário do veículo que o veículo deve ser registado de novo.

8. ACREDITAÇÃO, INSPECÇÃO, CALIBRAÇÃO E AUDITORIA DE BÁSCULAS

As disposições gerais devem incluir pelo menos o seguinte:

– Acreditação/aprovação de básculas

(a) A autoridade rodoviária pode estabelecer os requisitos para a aprovação de uma báscula.

Estes requisitos incluirão tipicamente o seguinte:

Certificação de conformidade com uma norma que tenha sido incorporada na

legislação nacional e que defina os requisitos do desenho e da instalação de

básculas a serem usados pelas autoridades reguladoras;

Inspecção anual de básculas. A inspecção deve ser feita em conformidade com a

norma incorporada na legislação nacional, e que estabelece as normas para a

medição da precisão da báscula face aos pesos calibrados. Esta inspecção deve ser

feita por uma pessoa ou por pessoas acreditadas pela Organização de Normalização

relevante;

As normas operacionais podem ser prescritas por cada país e a auditoria anual deve

ser feita de acordo com as referidas normas. Não é necessário incorporar as

21

Page 22: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

Directrizes na legislação nacional, mas a legislação deve conter uma disposição que

conceda à autoridade rodoviária a competência de definir as normas operacionais

para básculas.

Cláusulas típicas para a execução dos requisitos acima podem ser encontradas nas Disposições da

Lei Modelo da SADC:

“Pedido para acreditação das estações de pesagem

29. (1) Uma pessoa –

(a) que opere uma estação de pesagem; ou

(b) que deseje construir e operar uma estação de pesagem,

deve solicitar, no modo prescrito, a uma autoridade rodoviária ou autoridade de inspecção,

que uma tal estação seja acreditada.

(2) Um pedido apresentado nos termos da subsecção (1) deve ser acompanhado por -

(a) um mapa da localização e desenhos da estação de pesagem;

(b) um certificado de especificações emitido pelo fabricante do equipamento de medição

de peso instalado na estação de pesagem.

Acreditação de estações de pesagem

30. (1) Uma vez recebido o pedido referido na secção 29, uma autoridade rodoviário

deve -

(a) garantir que um tal pedido seja apresentado devidamente;

(b) efectuar uma inspecção da estação de pesagem de modo a garantir a

conformidade com as normas de acreditação prescritas.

(2) Uma autoridade rodoviária pode especificar diferentes normas para diferentes

estações de pesagem tendo em conta -

(a) o volume de tráfego na via ao longo da qual está situada uma estação de

pesagem;

(b) a categoria ou o tipo de veículos a serem pesados na estação de pesagem;

(c) se a estação de pesagem é uma instalação para utilizadores comuns ou

dedicada a veículos operados pelo requerente ou a uma categoria

específica de transportadoras; ou

(d) se a estação de pesagem será gerida conjuntamente ao abrigo de um

acordo multilateral ou bilateral celebrado com o governo de outro Estado.

(3) Se uma autoridade rodoviária considerar que a estação de pesagem está em

conformidade com as normas de acreditação prescritas -

22

Page 23: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

(a) deve emitir ao requerente um certificado de acreditação no formulário

prescrito; e

(b) deve publicar a referida acreditação no Diário da República

(4) Sujeito à secção 31(1), um certificado de acreditação emitido nos termos do

número (3) é válido durante um prazo ilimitado e deve conter as condições ao

abrigo das quais o referido certificado foi emitido.

Nota: a acreditação da báscula deve estar sujeita a uma auditoria anual positiva.

(5) O Ministro pode prescrever as condições ao abrigo das quais um certificado de

acreditação pode ser renovado.

Auditorias anuais e inspecções aleatórias

31. (1) Uma estação de pesagem acreditada está sujeita a uma auditoria anual por

uma autoridade rodoviária para confirmar que satisfaz os requisitos de acreditação.

(2) Para efeito do número (1), uma autoridade rodoviária ou o seu agente

devidamente autorizado pode cobrar uma tarifa pela auditoria para recuperar os

custos relativos a uma auditoria anual.

(3) Uma pessoa que opere uma estação de pesagem deve conceder assistência

razoável à autoridade rodoviária, ou ao seu representante devidamente autorizado,

incluindo -

(a) qualquer informação que possa ser solicitada;

(b) o acesso à documentação conexa ao funcionamento da estação de

pesagem;

(c) acesso a qualquer parte da estação da pesagem e das suas instalações; e

(d) acesso a qualquer pessoa que esteja envolvida no funcionamento da

estação de pesagem.

(4) Se as constatações de uma auditoria anual indicarem que uma estação de

pesagem já não está em conformidade com as normas prescritas, uma autoridade

rodoviária ou o seu representante devidamente autorizado pode -

(a) emitir uma directiva por escrito à pessoa que opera a estação de pesagem

para que garanta a conformidade dentro do prazo especificado na directiva;

(b) suspender o certificado de acreditação pendente de tal conformidade; ou

(c) revogar o certificado de acreditação.

(5) Um certificado de acreditação pode ser emitido de novo se se verificar que

uma estação de pesagem está em conformidade com a norma prescrita, após ter sido

23

Page 24: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

efectuada uma inspecçao de acreditação contemplada na alínea (b) número (1) da

secção 30.

(6) Uma autoridade rodoviária ou o seu representante devidamente autorizado

pode, em qualquer altura, efectuar uma inspecção aleatória de uma estação de

pesagem para verificar a conformidade com uma norma aplicável a tal estação.

(7) As disposições da subsecção (3) aplicam-se a qualquer inspecção aleatória

realizada nos termos da subsecção.

(8) Uma autoridade rodoviária deve periodicamente introduzir acções

suplementares para monitorizar o desempenho das estações de pesagem utilizando

tecnologias móveis de pesagem em movimento.

Direito de recurso ao Ministro

32. (1) Qualquer pessoa que se considere lesada com a recusa de uma autoridade

rodoviária de acreditar a estação de pesagem, ou pela suspensão ou cancelamento

da sua acreditação pode recorrer ao Ministro, por escrito, apelando contra tal recusa,

suspensão ou cancelamento dentro de 21 dias após uma tal recusa, suspensão ou

cancelamento e tal requerente deve ao mesmo tempo entregar uma cópia do recurso

a uma tal autoridade rodoviária.

(2) Após a recepção da cópia do recurso referido na subsecção (1), uma

autoridade rodoviária deve imediatamente apresentar ao Ministro as suas razões para

a recusa, suspensão ou cancelamento a que se refere o recurso.

(3) O Ministro pode depois de apreciar o recurso apresentar a decisão que julgar

adequada.”

Nota:

1. O direito de recurso em diferentes países pode residir em organizações diferentes, por exemplo, um tribunal ou comissão de recurso na área de transportes.

2. As directrizes relativas à compilação das normas e directrizes operacionais que regem as operações das básculas podem ser encontradas nas “Directrizes sobre o Controlo da Carga na África Oriental e Austral” do Programa Subsaariano da Política de Transportes, datada de Março de 2010 e disponível na net www.worldbank.org/afr/ssatp. Este documento oferece-nos entre outros documentos, as directrizes sobre a compilação de -

• Directrizes processuais

• Directrizes para a gestão e manutenção institucionais

• Recolha de dados e elaboração de relatórios

• Monitorização de instalações de pesagem operadas pelo sector privado – as

directrizes oferecem os indicadores de desempenho aplicáveis às básculas, entre

24

Page 25: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

outros elementos. (Embora estas directrizes sejam para as instalações do sector privado, são também úteis para as instalações do sector público.)

9. INTEGRAÇÃO DE NORMAS

O que se segue é uma disposição típica que permite a integração de normas na legislação

subsidiária:

Integração de normas

(1) O poder conferido para elaborar regulamentos inclui o poder de integrar em qualquer

regulamento assim elaborado qualquer publicação padrão (standard publication) contemplada na

secção [inserir a referência à legislação nacional] ou uma parte dela, sem indicar o respectivo texto,

através da mera referência ao número, título e ano de emissão dessa publicação padrão (standard

publication) ou quaisquer outros detalhes através dos quais é suficientemente identificada.

(2) Qualquer disposição de uma publicação padrão (standard publication) incorporada nos

regulamentos ao abrigo do número (1), para efeito da presente lei, desde que não seja inconsistente

com os regulamentos elaborados ao abrigo da presente Lei, é considerada como sendo um

regulamento.

(3) Os regulamentos que incorporem qualquer publicação padrão (standard publication) ao abrigo

da subsecção (1) devem indicar o local e as horas em que uma cópia da mesma está disponível para

inspecção.

(4) Para efeitos da subsecção [inserir a referência à legislação nacional], publicação padrão ou

"standard publication" significa qualquer código de prática, especificação, norma ou método padrão

publicado ou emitido pelo [inserir o nome do país e o nome da organização de normalização de um

país (se qualquer)], uma norma adoptada pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral

[inserir referência à CER relevante] ou qualquer departamento, organização ou autoridade estabelecida

com o objectivo de promover a normalização, e que [inserir o nome do país] é autorizado a aplicar por

virtude de um acordo entre o [inserir o nome do país e o nome da organização de normalização no país

(se qualquer)] e esse departamento, organismo, organização ou autoridade, ou entre o governo de

[inserir o nome do país] e esse departamento, organismo, organização ou autoridade ou entre o

Ministro e esse gabinete, organismo, organização ou autoridade.

– Presentemente, as normas seguintes foram desenvolvidas pelas autoridades reguladoras com

base nas relevantes normas ISO:

(a) Para básculas estáticas:

25

Page 26: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

SANS 10343:2003: Verificação de equipamento não-automático electrónico indicador

de medição do peso de veículos para uso pelas autoridades de tráfego rodoviário.

Esta norma estipula o modo de certificação de básculas.

SANS 1838-1:2007: Equipamento electrónico indicador de medição do peso de

veículos para uso pelas autoridades de tráfego rodoviário, Parte 1: equipamento não-

automático de medição estática de peso. A presente norma preconiza a aprovação

tipo para básculas estáticas.

NOTA: Estas normas foram publicadas pelo South African Bureau of Standards (Departamento de Normalização da África do Sul) e são sujeitas a direitos de autor.

(b) Para básculas de Pesagem em Movimento

E1318-02: Especificação de normas para Sistemas de Pesagem em Movimento (WIM)

com os Requisitos do Utilizador e os Métodos de Testagem. Esta é uma norma publicada

por ASTM International (anteriormente conhecida como American Society for Testing and

Materials) e é sujeita a direitos de autor.

(c) Se um país ou uma Comunidade Económica Regional tiver adoptado normas para o

mesmo efeito, e essas normas estejam substancialmente em conformidade com a norma

acima ou a norma ISO em que é baseada, essas normas podem ser incorporadas na

legislação nacional.

10. RECONHECIMENTO MÚTUO DOS CERTIFICADOS DAS BÁSCULAS

As básculas devem emitir certificados atestando o facto que um veículo foi pesado por essa

báscula, e a legislação nacional deve ser adaptada de modo a prever o reconhecimento de

certificados de básculas de outros países. O pré-requisito para a implementação da presente

cláusula é que as básculas devem estar em conformidade com as mesmas normas e que as

básculas regionals devem ser ligadas por um sistema de informação. As Disposições da Lei Modelo

da SADC oferecem um exemplo típico de uma tal disposição:

“Reconhecimento Mútuo de Certificados de Pesagem”

(1) Um certificado de pesagem emitido por uma estação de pesagem acreditada em qualquer

outro país é reconhecido como válido para efeitos de transporte na República/Reino, mas tal

reconhecimento não isenta uma transportadora dos requisitos obrigatórios de pesagem nos

termos de [inserir a referência à legislação nacional], se aplicáveis.

(2) Nada na presente secção é interpretado como proibindo um oficial devidamente autorizado de

exigir que um veículo portador de um certificado de pesagem contemplado na subsecção (1) seja

pesado nos termos da presente Lei.”

26

Page 27: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

11. DIMENSÕES

As dimensões seguintes de veículos foram acordadas pelas partes e seguem-se os exemplos do modo

como estas podem ser incorporadas na legislação nacional – devemos notar que os Ministros

responsáveis pelos Transportes só acordaram no limite de 22 metros:

Comprimento total do veículo

Uma pessoa não pode operar numa estrada pública -

(a) um atrelado que seja acoplado a um veículo tractor de tal modo que o

atrelado e o veículo tractor não possam girar num plano horizontal no

ponto de engate, se o comprimento total incluindo qualquer barra de

engate ou acoplamento exceder um metro e oitenta centímetros;

(b) um atrelado com um eixo ou uma unidade de eixo, que não seja um

semiatrelado -

(i) com um peso bruto que exceda 12 000 quilos, se o comprimento

total do atrelado, excluindo qualquer barra de engate ou

acoplamento, exceder 11,3 metros; ou

(ii) com um peso bruto que não exceda 12 000 quilos, se o

comprimento total do atrelado, excluindo qualquer barra de engate

ou acoplamento, exceder oito metros;

(c) um veículo motorizado articulado ou qualquer outra combinação de

veículos motorizados consistindo de um veículo tractor e um semiatrelado,

se o comprimento total do veículo motorizado ou a combinação de

veículos motorizados, incluindo qualquer barra de engate ou acoplamento

exceder 18,5 metres;

(d) um autocarro-comboio se o comprimento total do mesmo exceder 20

metros;

(e) um atrelado não referido na alínea (b), excluindo um semiatrelado, com

um peso bruto de veículo que exceda 12 000 quilos, se o comprimento

total do atrelado excluindo qualquer barra de engate ou acoplamento,

exceder 12,5 metros;

(f) qualquer outro veículo, excluindo um semiatrelado, se o comprimento

total, incluindo qualquer barra de engate ou acoplamento, exceder 12, 5

metros; ou

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Page 28: extranet.sadc.int · Web viewPara que tenha lugar a aplicação da lei e o cálculo de cargas com massas admissíveis, a informação que se segue deve ficar inscrita numa placa de

(g) qualquer outra combinação de veículos motorizados, se o respectivo

comprimento, incluindo qualquer barra de engate ou acoplamento,

exceder 22 metros, mas esta alínea não se aplica a um veículo de

reboque/resgate que reboque qualquer outro veículo motorizado.

12. PRESUNÇÃO

Para facilitar as provas ou no Tribunal ou durante a adjudicação administrativa de infracções por

excesso de carga, os exemplos seguintes de presunções podem ser usados, que são exemplos de um

sistema de adjudicação administrativa:

Presunção em relação ao peso bruto de veículo motorizado

Em qualquer adjudicação nos termos da presente Lei para uma infracção relativamente ao peso

bruto de veículo de um veículo motorizado -

(a) qualquer documento alegadamente emitido pelo fabricante do referido veículo

motorizado e indicando o peso bruto do veículo do modelo particular do veículo

motorizado; ou

(b) na ausência de provas como contemplado na alínea (a), um certificado supostamente

emitido por um centro de inspecção de veículos e especificando o peso bruto de

veículo do modelo particular do veículo motorizado,

é uma prova prima facie do peso bruto do veículo do modelo do veículo motorizado em questão.

Presunção em relação ao peso de um veículo ou combinação de veículos

(1) Não obstante qualquer disposição constante em qualquer outra legislação, quando

na adjudicação de uma infracção nos termos da presente Lei, ou na revisão de uma decisão

tomada nos termos da presente Lei, a prova de que a infracção é resultante do peso verificado

por meio de um dispositivo de pesagem, esse peso, sujeito à subsecção (2), é considerado

correcto na ausência de qualquer prova em contrário.

(2) Todos os dispositivos de pesagem devem ser instalados de acordo com as

normas relevantes incorporadas num regulamento elaborado nos termos de [inserir a referência à

legislação nacional], no modo contemplado nessa secção.

(3) O Ministro deve constante e relativamente ao dispositivo de pesagem, poder

produzir um certificado que garanta que o dispositivo de pesagem foi inspecionado verificando-se

que funcionava correctamente e que a pessoa que emitiu o certificado é qualificada com a

aprovação do Ministro e indicando a data em que tal inspecção foi feita sendo a referida data há

menos de um ano da data da alegada infração.

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13. JULGAMENTO

Os processos/procedimentos de acusação rápidos, efectivos e justos devem ser implementados por

todos os países com o apoio de sistemas de informação electrónicos.

Antes de um processo por excesso de carga poder ser tratado como uma infracção administrativa

existem alguns requisitos que são quase não-negociáveis e que devem estar estabelecidos. Os

requisitos têm como objectivo a criação de um ambiente justo e equitativo para o cálculo e imposição

da taxa por excesso de carga (taxa por excesso de carga), assim como a eficácia de custos do sistema

para um governo. Além disso, a oportunidade para casos de corrupção deve ser limitada.

Os pré-requisitos antes de a descriminalização poder ser implementada são:

O equipamento de medição do peso deve ser fiável;

O sistema deve ser automatizado, limitando a intervenção humana;

O sistema que é implementado deve apresentar eficácia de custos (o sistema não pode custar

mais do que as poupanças resultantes);

O sistema deve ser fácil para que os operadores o possam compreender;

O sistema a ser implementado deve ser mais simples do que o sistema actual;

A conformidade com o sistema ao nível regional deve ser garantido;

Deve aderir-se às regras da justiça administrativa. Estas regras incluem, resumidamente -

o notificação adequada da natureza e finalidade da acção administrativa proposta;

o uma oportunidade razoável para apresentar reclamações;

o uma declaração clara da acção administrativa;

o uma notificação adequada de qualquer direito de revisão ou recurso interno, quando

aplicável;

o uma notificação adequada do direito de solicitar as razões para a decisão num

processo de adjudicação;

o em casos difíceis ou altamente técnicos, o adjudicador pode permitir que o infractor

obtenha assistência jurídica ou qualquer outra;

o o adjudicador pode autorizar o infractor a apresentar e a questionar a informação e os

argumentos;

o o adjudicador pode autorizar o infractor a estar presente.

Existem várias opções e combinações de opções para a adjudicação efectiva de infracções por

excesso de carga:

(a) o sistema de direito penal podia ser adaptado para evitar que um infractor por excesso de

carga fique com a infracção registada no respectivo registo criminal, mas que preveja que

a infracção seja adjudicada nos termos de um processo penal sumário que seja apoiado

por um sistema de informação electrónico, “automatizando” o sistema e ligando a báscula

a outras componentes da cadeia do processo penal, tais como a polícia e os tribunais. O

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processo sumário preconiza o pagamento de uma multa por admissão de culpa, quando

se implementa um sistema de uma pontuação negativa. No caso em que haja direito a

defesa, uma “caução” proporcional à taxa do excesso de carga poderia ter de ser paga

adiantadamente, pendente da decisão da infracção. A taxa/multa é paga por meio

electrónico para limitar a intervenção humana e assim limitar as oportunidades de

corrupção.

(b) A infracção podia ser descrita como uma infracção penal, mas a sua adjudicação pode ser

efectuada administrativamente, o que pode ser previsto numa Lei separada. Com este

cenário, o infractor fica com a escolha de prosseguir com o processo penal ou de

prosseguir com o processo administrativo. No caso de uma adjudicação administrativa, a

falta de representação pelo infractor ou uma decisão pela autoridade resulta no sistema de

pontos negativos e uma sanção (taxa) pré-determinada. No caso de o infractor escolher

prosseguir com o processo de adjudicação/resolução penal, o tribunal tem competência

para confirmar ou aumentar a sanção ou impor uma punição que considere adequada. A

taxa/multa é paga electronicamente para limitar a intervenção humana e assim limitar a

oportunidade de corrupção.

(c) Pode ser promulgada uma nova lei, declarando que a infracção é uma infracção

administrativa e indicando que seja decidida nos termos do direito administrativo,

integrando um procedimento justo. Uma agência/autoridade pode ser estabelecida ou uma

agência já estabelecida pode ficar responsável pela decisão da infracção. Uma “caução”

proporcional à taxa de excesso de carga pode ter de ser paga inicialmente, pendente da

decisão da infracção. No caso dos argumentos do infractor terem sucesso, a caução é

reembolsada ao infractor. A caução e/ou a taxa de excesso de carga é pagável para um

fundo rodoviário relevante. Se as apresentações não tiverem sucesso ou o infractor não

apresentar quaisquer diligências, a decisão torna-se final e o sistema de pontuação

negativa é implementado. A taxa/multa é paga electronicamente para limitar a intervenção

humana e assim, a limitar a oportunidade de corrupção. A decisão do adjudicador pode

ser tomada no âmbito de qualquer revisão num tribunal, mas essa revisão será limitada à

equidade do procedimento.

Nota: o tipo de Sistema que pode ser implementado em cada país difere de acordo com a Constituição e o direito administrativo do país.

14. CUMPRIMENTO VOLUNTÁRIO

O Projecto da lei Modelo da SADC oferece um exemplo que pode ser usado na legislação nacional.

Contudo, estes programas não precisam necessariamente de ser legislado, mas devem ser

desenvolvidos em cada país.

“Parceiros em programa de conformidade

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A autoridade rodoviária nacional deve desenvolver paulatinamente um programa de cumprimento

voluntário com o objectivo de -

(a) estabelecer os procedimentos e práticas que apoiem as transportadoras a melhorar o

cumprimento das disposições da presente Lei, incluindo medidas que promovam novas

pesagens de veículos;

(b) introduzir incentivos adicionais de uma natureza económica e financeira que encoraje taxas

melhoradas de cumprimento pelas transportadoras;

(c) encorajar os investimentos pelas transportadoras, individualmente ou através de

organizações representantes, em -

(i) estações de pesagem únicas ou comuns;

(ii) tecnologia de última geração aplicável -

(aa) na pesagem;

(bb) na recolha, processamento e intercâmbio de dados.”

15. TERCEIRIZAÇÃO/EXTERNALIZAÇÃO DE FUNÇÕES DA AUTORIDADE RODOVIÁRIA

Quando um país não possui legislação específica relativamente à externalização de funções ou

não possui competência inerente para o fazer, as disposições modelo seguintes podem ser

usadas como se incorporam na SADC MLP e no Projecto de Lei de Controlo da Carga de

Veículos da EAC:

“Acordos de Agência

(1) Uma autoridade rodoviária nacional pode celebrar acordos de agência para

externalizar/terceirizar qualquer função a uma pessoa contemplada em [inserir referência à

legislação nacional] da presente Lei.

(2) Um acordo de agência pode preconizar:

(a) o estabelecimento de metas de desempenho;

(b) pagamento de bónus ou de incentivos nos casos em que as metas sejam

ultrapassadas;

(c) redução de compensações nos casos em que as metas não sejam cumpridas;

(d) auditorias regulares e aleatórias;

(e) qualquer outra matéria necessária para concretizar os objectivos da presente Lei.

Compensação de Representantes

(1) Quando é celebrado qualquer acordo para externalizar uma função de uma autoridade

rodoviária nacional, tal acordo deve, sujeito a [inserir a referência à legislação nacional]

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contemplar uma compensação justa e adequada de um agente, em conformidade com os

princípios comerciais.

(2) Um acordo contemplado na subsecção (1) pode, no caso de externalização da recolha

de uma taxa prever a retenção de uma componente administrativa da estrutura das taxas como

compensação.”

Nota: Ao externalizar as funções relativas a básculas, os países também devem considerar a possibilidade de externalizar a função de execução da lei. Assim, o Sistema Namibiano podia ser usado como um exemplo: qualquer organização com a qual o Ministro de Obras Públicas e Transportes tem um acordo para desempenhar funções em seu nome, pode nomear um inspector de transportes rodoviários, desde que seja registado como um oficial. A organização é vinculada por uma acordo de desempenho com o Ministro e o oficial fica vinculado, sob risco de cancelamento de registo, a um Código de Conduta prescrito pelo Ministro. O oficial deve como um pré-requisito para o registo, ser sujeito a uma formação determinada pelo Ministro.

16. CARGAS ANORMAIS OU DE FORMA ESTRANHA

Os exemplos que se seguem podem ser usados para os regulamentos de cargas anormais ou de

forma estranha:

Carga Anormal

(1) O Ministro pode, na maneira prescrita, autorizar o proprietário ou operador/condutor de um

veículo ou de uma combinação de veículos de carga indivisível que em termos de peso não está em

conformidade com o peso máximo admissível contemplado em [inserir a referência à legislação

nacional] para operar o veículo ou a combinação de veículos numa estrada pública.

(2) Através do Diário da República (Gazette), o Ministro deve publicar as directrizes em

conformidade com as quais uma autorização referida na subsecção (1) deve ser emitida.

(3) O Ministro pode impor condições em relação a cada autorização, individualmente, em

conformidade com os requisitos do veículo ou a carga em questão.

(4) O Ministro pode impor uma tarifa para a concessão da autorização referida na subsecção (1)

devendo essa tarifa incluir -

(a) o custo administrativo de conceder a autorização;

(b) o custo estimado dos danos causados às estradas públicas que o excesso

de carga terá probabilidades de causar, calculado em conformidade com os

princípios gerais do desenho das estradas;

(c) o custo, se o houver, de providenciar uma escolta ao veículo motorizado

em questão, se necessário;

(d) qualquer outro custo razoável relevante para operar um veículo numa

estrada pública quando o peso do veículo em questão exceder o peso

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máximo admissível.

17. EXTRATERRITORIALIDADE

A fim de integrar as disposições de extraterritorialidade da legislação da CER na legislação nacional, a

secção que se segue pode ser usada:

Execução

Não obstante qualquer disposição em contrário contida em qualquer outra lei, e em relação a um

corredor regional, os poderes e obrigações de um inspector de transportes rodoviários [inserir a

terminologia específica do país] dados e impostos nos termos da presente Lei podem em termos de

[inserir referência ao presente acordo] serem exercidos ou efectuados por um oficial de qualquer outro

estado membro referido nesse Acordo.

18. GESTÃO DE DADOS

A disposição seguinte do projecto de Lei de Controlo da Carga de Veículos da EAC pode ser usada

para garantir a aquisição e a implementação de um sistema de gestão de dados:

“Gestão de Dados

(1) As estações de pesagem, para fins de execução, devem armazenar os registos das

operações, identificando os veículos pesados nas estações, e os dados registados localmente serão

transmitidos para uma base de dados central administrada pela autoridade rodoviária nacional, de um

modo e com o conteúdo prescritos pela autoridade rodoviária nacional.

(2) Cada autoridade nacional de segurança rodoviária submeterá relatórios trimestrais e

anuais com os dados recolhidos por todas as estações de pesagem a [inserir a relevante instituição

regional].”

19. ISENÇÕES

A disposição que se segue da Lei de Controlo de Carga de Veículos pode ser usada para

preconizar certas isenções da pesagem obrigatória em todas as estações de pesagem:

“(1) Os veículos seguintes serão isentos das disposições de [inserir a referência à

legislação nacional] acima:

(a) Se uma pessoa proprietária ou operadora de um veículo apresentou um tal veículo

para ser pesado numa estação de pesagem acreditada antes do início da viagem e se

tal veículo tiver sido completamente carregado e selado, e uma estação de pesagem

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tenha emitido um certificado de pesagem certificando que o peso do veículo não

excede o limite legal da carga;

(b) Um veículo para o qual foi concedida uma autorização especial ao abrigo de [inserir a

referência à legislação nacional] da presente Lei;

(c) Um veículo em questão para o qual o tratamento preferencial possa ser concedido por

conformidade com o código de autorregulação previsto ao abrigo [inserir a referência à

legislação nacional] da presente Lei;

(d) Quaisquer outras categorias de veículos que o Conselho possa prescrever através do

Jornal Oficial da Comunidade;

(2) Uma pessoa proprietária ou que opere um veículo que tenha sido submetido a uma

pesagem antes da viagem nos termos da subsecção (1) ou a quem foi concedido uma

Autorização Especial ao abrigo de [inserir a referência à legislação nacional] da presente

Lei deve garantir que o certificado de pesagem ou a Autorização Especial emitidos sejam

apresentados para inspecção em todas as estações pesagens situadas ao longo da rota

utilizada por um tal veículo ou que sejam designadas para este fim pela autoridade

nacional rodoviária.

(3) Um oficial autorizado pode, apesar das disposições contidas na presente secção, solicitar

que um veículo para o qual foi emitido um certificado de pesagem antes da viagem seja

pesado quando houver motivos suficientes para suspeitar que tal veículo está a

transportar uma carga que excede o peso indicado no referido certificado.”

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LISTA B

REDE REGIONAL DE ESTRADAS NACIONAIS

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